PANROTAS 1.312 - Fórum PANROTAS 2018

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ÍNDICE

nº 1.312 | 21 a 27 de março de 2018 | www.panrotas.com.br

8 Check-in

As principais notícias da semana

20 A hora da verdade

As empresas de maior faturamento em 2017

40 Nítida recuperação Aerolíneas Argentinas segue de olhos atentos no Brasil 44 R$

2 bi em 2017

Carlos Vazquez comenta o ano da Esferatur

56 Nos

GDSs

Bandeira de cartões Elo se aproxima do Turismo e fecha acordo com Sabre e Amadeus

68 Localiza Hertz 45 anos

Quem está por trás da maior locadora do Brasil

78 Exemplo de diversidade

Gol abraça individualidade de cada colaborador

92 Diagnóstico Os hábitos de três gerações de consumidores no Turismo 96 Ano

oportuno

CNC quer um Turismo mais ouvido pelos presidenciáveis

104 CVC Corp Gigante busca sinergia na hora de comprar para ampliar liderança 110 Superação

Rio CVB acredita nos eventos para recuperar o destino

116 Delta Award

Aérea premia os principais parceiros brasileiros 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Janize Colaço, Karina Cedeño e Raphael Silva Estagiários: Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) DIREÇÃO DE ARTE Criação: Erick Motta (erick@panrotas.com.br), Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Ivie Furlan (ivie@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

COMO FAZER NEGÓCIOS EM 2018?

O

tema que permeia as apresentações e debates do Fórum PANROTAS este ano é complexo, mas também muito simples. Quer dizer, nem tão simples. O desafio é saber identificar e usar os dados e as ferramentas estão por aí: no palco do fórum, nessa revista, em nosso portal, nos eventos de ontem e de amanhã, nos relatórios diversos, nas análises conjunturais, no noticiário da TV, nas conversas de bastidores, nos números da sua empresa, nos comentários do seu cliente (e no seu conhecimento de quem ele é e do que precisa), nas tendências tecnológicas, nas ações dos seus concorrentes, nas entrelinhas das falas e discursos, nas expressões faciais e nos gestos e sinais que o corpo manda, no ouvido aberto para os colaboradores, fornecedores e parceiros, na diversidade de funcionários e clientes, nos grandes anúncios e nos lançamentos feitos sem alarde, nas feiras, encontros e congressos, nos comunicados oficiais e nos oficiosos, na falta de estatísticas e no excesso de achismos... Tá fácil esse big data? Um big data que vai ter de levar em conta também a sua vivência, o seu feeling, os seus achismos, sentimentos, sua visão do mundo (certa ou errada), toda a sua subjetividade, mesmo que você se considere tão objetivo, claro e justo. Ficou mais fácil ainda, não é mesmo? Talvez você ache que precisa mesmo de um remedinho tarja preta ou daqueles hotéis onde deixamos o smartphone no check-in e onde o silêncio da natureza é ensurdecedor nos primeiros instan-

tes. Talvez você, ao pensar em tudo isso e tentar analisar tantos dados ao mesmo tempo, tenha um pequeno (e natural) ataque de pânico. Ou fique paralisado. Muita calma nessa hora. Você não está sozinho. Mais uma vez, as dicas são (quase) objetivas: busque as ferramentas certas, ouça (poucas) pessoas certas (e uma ou duas erradas para dar aquela certeza de que necessitamos), leia bastante (só o que interessa – e nisso a gente pode ajudar, com conteúdo relevante), seja seletivo (mas simpático), faça parcerias (certeiras), não subestime concorrentes (e nem faça alarde sobre as besteiras que eles fazem), invista (em pessoas, pesquisas, tecnologia, bem estar), seja fiel aos seus princípios (com flexibilidade inteligente)... Continua angustiado? Isso está virando uma aula de não-ajuda? Pois é. Não é fácil mesmo. E a pressão só aumenta. Então relaxa e goza... ops, não, essa frase é da ex-ministra. Então, relaxe e transforme. Relaxe e olhe pro lado. Relaxe e conte conosco. Relaxe e continue construindo uma indústria que ainda precisa ser valorizada, por alguns, mas sabemos muito bem o que faz hoje e poderá fazer no futuro. Bem-vindos ao Fórum PANROTAS 2018 (se você está com a gente no evento), bem-vindos ao novo Jornal PANROTAS — agora chamado de PANROTAS e em formato revista, bem-vindos a “mais do mesmo” e ao que “nunca foi feito antes no Turismo brasileiro”. Isso vale para você, e para nós também. Boa leitura. Bons negócios.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in

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Primeiro voo da Ethiopian a Buenos Aires foi todo tripulado por mulheres

ESTREIA NA ARGENTINA

A Ethiopian Airlines aproveitou a comemoração do Dia Internacional da Mulher, no último dia 8, para estrear o novo voo de Adis Abeba a Buenos Aires, com escala em Guarulhos (SP), totalmente comandado por uma tripulação feminina, da comandante às comissárias. Em território argentino, porém, foi o Brasil que ganhou destaque do CEO Tewolde Gebremariam, que revelou ver o País como um futuro hub

para conectar toda a América do Sul com a África e a Ásia. “A rota com São Paulo tem sido muito bem sucedida após todo o desafio que tivemos. Ao longo dos últimos cinco anos, conectamos os passageiros não só a Adis Abeba, mas também a todo o continente africano e a destinos asiáticos emergentes, como China, Índia e Israel. Agora é a hora de conectar a Argentina”, revelou o CEO da Ethiopian, em entrevista à PANROTAS. Os voos, que agora incluem o Aeroporto Internacional de Buenos Aires-Ezeiza, acontecem

regularmente cinco vezes por semana, às segundas, quartas e quintas-feiras, e aos sábados e domingos. A partir de 5 de junho, a operação se tornará diária a bordo de um Boeing 787 Dreamliner. A inclusão da Argentina como ponto final da rota também faz a companhia aérea buscar um crescimento de 5% na ocupação das aeronaves, subindo a 80% nos próximos meses. Para vencer a concorrência no disputado trecho entre Guarulhos e Buenos Aires, a aposta da aérea é em qualidade do serviço e a capacidade do avião.

LIBERADO

A Anac autorizou mais 12 aeroportos brasileiros a receber o A380. O maior avião comercial do mundo agora pode operar em Belém, Brasília, Cabo Frio (RJ), Confins (MG), Manaus, Fortaleza, Viracopos (SP), Porto Alegre, Petrolina (PE), Recife, Natal e Salvador 8

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+Lidas da semana 1 Anac libera operações de A380 em mais 12 aeroportos – em 9/3

2 Aerolíneas adiciona 2ª frequência diária na rota EZEPOA – em 9/3

3 Zurich compra Travel Ace e Universal Assistance; saiba mais – em 12/3

4 Gerente de Operações deixa a Magda apostou na volta por cima do Encontro Comercial

EM BOA FORMA O Encontro Comercial Braztoa voltou ao seu modelo independente em São Paulo depois de cinco anos com a WTM Latin America. Após a descontinuidade de contrato, o evento começou em meio a protestos contra a corrupção na política e pedidos de maior presença da mulher na indústria de viagens, pois ali marcava o dia internacional da mulher, em 8 de março. No Centro de Convenções Frei Caneca, 40 expositores entre parceiros e associados levaram seus produtos para cerca de 1,9 mil agentes de viagens de todo o Brasil. Em um dia, o encontro promoveu mais de

500 reuniões de negócios programadas. Em seu segundo mandato, a presidente da Braztoa, Magda Nassar, ressaltou a realização do evento em pouco mais de um mês, e prometeu uma edição ainda melhor para 2019, o que não significa que a Braztoa permanecerá em seu voo solo. “A nossa intenção é trabalhar com o que seja bom para nós, sempre. Amanhã pode ser que apareça algo que seja bom e nós façamos, mas se não for, não faremos.” A maré positiva que paira sobre a entidade também diz respeito à receita do setor. Em 2017, segundo os primeiros números lançados, os associados Braztoa venderam R$ 12,2 bilhões em viagens, acima dos R$ 11,3 bilhões em comparação com o ano anterior.

Visual após 30 anos – em 13/3

5 Ex-Trend lança empresa de representação hoteleira – em 8/3

6 Copa: reservas do Brasil à Rússia se multiplicam por 15 – em 13/3

7 Número de agências cai, mas atividade vê retomada no País – em 13/3

8 Flytour Viagens MMT inicia divulgação de nova marca – em 8/3

9 Codeshare com Avianca e nova rota: Alitalia investe no BR – em 8/3

10 Por falta de neve, agência é condenada a pagar R$ 32 mil - em 12/3

11 Com novas rotas em 2018, Azul Acompanhe essas matérias e muito mais no

PANROTAS.COM.BR

reforça presença em Recife – em 12/3

12 Veja os promovidos e contratados da semana do Turismo - em 9/3

13 Maior avião do mundo faz seu primeiro teste; veja – em 8/3

14 Azul aumenta frequências entre Viracopos (SP) e Lisboa – em 8/3

15 NY Times ranqueia os destinos a serem visitados em 2018 – em 9/3 10 Pag 8 a 18.indd 10

Fonte: Portal PANROTAS

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+Lidas eventos 1 Dois dias de atividades: a agenda do Fórum PANROTAS – em 12/3

2 MSC premia melhores agentes da temporada; fotos – em 12/3

3 Veja quem compareceu ao evento da Aerolíneas e Jujuy – em 14/3

4 Lideranças contam por que vão ao Fórum PANROTAS– em 9/3

5 Veja fotos dos vencedores do Delta Partner Award 2017 – em 15/3

6 Mais corporativa, WTM espera manter resultados de 2017– em 13/3

7 Olivier Anquier une gastronomia e Turismo em palestra – em 14/3

8 Veja agentes presentes no 49º Encontro Comercial Braztoa – em 8/3

9 Veja fotos do evento da Procolombia em São Paulo – em 13/3

10 Conexão Pernambuco reúne lideranças e o trade; fotos – em 9/3 Fonte: Portal PANROTAS

EXEMPLO SULAMERICANO

O Brasil é o segundo principal emissor internacional de turistas para a Colômbia, que no ano passado recebeu 6,5 milhões de estrangeiros, e por isso a Procolombia, órgão de promoção do país andino, foi a São Paulo para lançar sua nova campanha Colômbia, Terra de Sabrosura. O fio condutor é atrair turistas por meio da música e diversidade artística. O número de visitantes brasileiros, que em 2012 era de 83 mil, subiu para mais de 200 mil no ano passado. Sinal que a estratégia está dando certo.

CAMPEÕES MSC

Equipe MSC agradeceu os agentes presentes na premiação

A bordo do Magnifica, a MSC premiou as 45 agências de viagens que mais venderam seus produtos na última temporada. Os executivos da MSC presentes na premiação — Adrian Ursilli (diretor geral para o Brasil), Achille Staiano (chief sales officer global) e Ignacio Hidalgo (diretor comercial para

o Brasil) — ressaltaram a importância das agências de viagens para a empresa. Hoje, as vendas nos mais de cinco mil pontos espalhados pelo Brasil representam mais de 90% do total gerado pela companhia no País. Confira abaixo os premiados em cada categoria:

MESTRE DOS MARES Aldo Leone (in memoriam), Agaxtur

TOP INTERNACIONAL Lobotur World Tour Afra Operadora Excellertour Milenium

TOP SEGUROS Clube Turismo Abreutur Kerigma Turismo ACC Tours CIA Tour TOP SERVIÇOS PRÉ-PAGOS AMB Turismo e Viagens Atlantis Viagens BR Afora Turismo Luana Viagens e Turismo Nichele Turismo TOP MSC YACHT CLUB Aquarius Eventos Quero Navegar Jund Turismo Orlatur Supervia Turismo e Viagens TOP GRUPOS Copastur Renase Promoação Girassol Top Service

TOP OTAs Logitravel Dream Lines Viajar Barato Decolar 1 2 3 Cruzeiros TOP PREMIUM CVC Agaxtur Visual Latam Travel Flytour TOP 10 Marítimos Casa do Agente Mendes Turismo Mar-tha Rio RR Turismo Total Viagens Central Marítima 4 Cantos Monte Alegre Lopes Turismo 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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+Lidas Destinos 1 Noruega: DMC teve aumento de 60% em brasileiros em 2017 – em 13/3

2 Brand USA lança plataforma exclusiva para o trade – em 12/3

3 Brasileiros na Alemanha sobem em 2017; Munique se destaca – em 9/3

4 Número de visitantes em Israel já subiu 25% em 2018 – em 15/3

5 O que vale a pena no Turismo: quantidade ou qualidade? – em 15/3 Fonte: Portal PANROTAS

“VIEMOS PARA FICAR”

Nove empresas norueguesas vieram ao Brasil para um roadshow em março

O Turismo da Noruega está empolgado com o mercado brasileiro, e tem quase 100% de motivos de sobra para isso. Representado pela GVA em nosso mercado, o país europeu cresceu 92% no número de pernoites de turistas do Brasil em 2017 na comparação com 2016. A meta para 2018, para o verão, é ver uma alta de 30%. Na semana passada, uma comitiva de nove empresas norueguesas veio a São Paulo e Rio de Janeiro para roadshows com o trade. “Estamos nos aproximando do Brasil há cinco anos e estamos vendo resultados cada vez mais positivos como os de 2017”, comemorou o diretor de Marketing do Visit Norway, Per Holte. “Viemos para ficar.”

NOVA FERRAMENTA

Nova York é um dos destinos de capacitação do Brand USA

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Órgão de marketing turístico dos Estados Unidos, o Brand USA lançou um novo site voltado exclusivamente ao trade. A nova plataforma atuará como um portal informativo aos profissionais do Turismo que procuram otimizar serviços e vendas de destinos norte-americanos. Do design melhorado para tablets e smartphones a um diretório expandido de operadores de Turismo receptivo, o novo site conta com ferramentas que facilitam a operação do trade. Ainda estão disponíveis um “trip kit”, com itinerários e fotos dos destinos, além de uma ferramenta de planejamento e até um calendário corporativo com datas de eventos com até cinco anos de antecedência. Conheça: https://traveltrade.visittheusa.com/

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+Lidas Hotelaria 1 Gran Meliá deixa a

administração do Hotel Nacional, no Rio – em 13/3

2 Vento Sul assume gestão de hotel ecológico no RS – em 15/3

3 Club Med exalta alta em

reservas e esqui na Europa – em 13/3

4 Teneo Hospitality apresenta

hotéis para Mice em SP; fotos – em 15/3

5 Aposta no Mice: hotéis

internacionais trazem diferenciais para eventos – em 15/3

Hotel Nacional passou por reforma e desde 2016 leva a bandeira Gran Meliá

PROCURA-SE ADMINISTRADOR

Uma das referências do luxo no Rio de Janeiro, o Hotel Nacional não terá mais a administração da bandeira Gran Meliá. Os espanhóis deixam a propriedade até o final deste mês, e ainda não passaram informações sobre os motivos da decisão e tampouco se já existe um novo administrador no radar. Após décadas sendo chamado de Hotel Nacional, o empreendimento de São Conrado foi reinaugurado em dezembro de 2016 sob a administração do Meliá. O então Gran Meliá Nacional Rio recebeu investimentos de R$ 430 milhões em revitalização.

ZURICH COMPRA TRAVEL ACE

Fonte: Portal PANROTAS

REPRESENTANTE HOTELEIRA

Fernando Donizeti pretende trazer novas ideias e negócios para a hotelaria com a Tack

São Paulo tem agora mais uma empresa de representação turística. O responsável pela Tack Soluções em Negócios é Fernando Donizeti, ex-Trend, Latam e Latam Travel. Seu forte será defender os interesses de hotéis e produtos turísticos. Para entrar em contato com Fernando Donizeti, o telefone é (11) 945297878 e o e-mail é comercial@tacknegocios.com.br. 16

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O Zurich Insurance Group adquiriu duas marcas na América Latina: Travel Ace e Universal Assistance. As cifras da negociação não foram divulgadas, mas a gigante do ramo de seguros revelou que a transação incluiu 19 entidades jurídicas, principalmente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. O negócio deve ser concluído no segundo trimestre deste ano. Há alguns dias, a Zurich adquiriu também as operações da seguradora australiana QBE, pelo valor total de US$ 409 milhões.

DESPEDIDA

Gerente de Operações durante mais de 30 anos na Visual Turismo, Marlene Oliveira deixa a operadora hoje pertencente à CVC Corp. A profissional pode ser encontrada no marlene.oliveira.turismo@gmail.com ou (11) 97152 6110.

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+Lidas pancorp 1 Veja fotos dos vencedores do Delta Partner Award 2017 – em 27/6

2 Delta premia seus

principais parceiros de vendas no Brasil – em 27/6

3 Mais corporativa, WTM

espera manter resultados de 2017 – em 23/6

4 Ex-Intercity assume

VENDAS CORPORATIVAS GJP

A GJP Hotels & Resorts amplia o seu quadro de colaboradores com a contratação de uma nova executiva. Trata-se de Vanessa Esteves, nova gerente nacional de Vendas Corporativo da empresa hoteleira. A ex-Blue Tree e Intercity pode ser encontrada no vanessa. esteves@gjphotels.com Vanessa Esteves, ex-Blue Tree e Intercity, agora na GJP

Vendas para o corporativo da GJP – em 23/6

5 Veja fotos da

comemoração dos 45 anos de Copastur – em 23/6

6 Copastur celebra 45

anos com maior foco no funcionário – em 23/6

7 Emirates terá voos diários para Orlando e Fort Lauderdale – em 26/6

8 Rede Beach contrata ex-

Rio Quente para gerenciar Eventos – em 22/6

9 Locação de veículos tem vendas de R$ 15,5 bi em 2017– em 27/6

10 Eduardo Murad é o novo

diretor executivo da Alagev – em 27/6

Fonte: www.pancorp.com.br

Pai e filho, Edmar Bull e Edmar Mendoza celebraram 45 anos de Copastur na semana passada

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DE VP A DIRETOR EXECUTIVO

Eduardo Murad (foto) é o novo diretor executivo da Alagev. O profissional tem passagens por IBM, Alatur JTB, HRS e Siemens e já presidiu a entidade. Murad deixa a cadeira de vice-presidente e agora tem a missão de modernizar e transformar a principal associação de viagens corporativas do Brasil, algo que vem sendo reforçado pelo presidente Rodrigo Cezar desde que assumiu, em agosto do ano passado.

COPASTUR 45 ANOS

Neste mês, a Copastur comemorou 45 anos de história. Em um brinde realizado na matriz em São Paulo, Edmar Bull, Edmar Mendoza e todos os colaboradores da TMC comemoraram as quase cinco décadas de trabalho e conquistas. A agência, que foi criada em 1973, mesmo ano em que Bull ingressou no Turismo, foi comprada por ele nove anos depois. Na época, a empresa contava com quatro funcionários, estava quase parada e tinha pouco movimento. “De lá para cá estamos focando muito em capacitação, treinamento, tecnologia, gestão e pessoas. Esse ano com certeza promete para nós”, comenta o presidente da Copastur.

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Mercado Artur Luiz Andrade

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AS MAIORES

DISTRI BUIDORAS Nosso ranking anual de empresas do segmento de distribuição de bilhetes aéreos e demais serviços de Turismo confirma algumas certezas do setor: o gigantismo da CVC; o forte contraponto do Grupo Flytour; a força do corporativo e das consolidadoras (muitas empresas grandes, como operadoras e TMCs, ainda emitem boa parte de seus bilhetes nos consolidadores); a resistência de algumas companhias em revelarem seus números; e a recuperação da indústria. A primeira lista é baseada em dados públicos ou em informações das próprias empresas, enviadas à PANROTAS. A segunda parte traz a visão a partir do relatório Boss/Smash, que não é completa, mas é um ângulo importante. O Smash contabiliza a emissão de aéreo internacional, com exceção de BA/IB, das aéreas brasileiras e parte da Latam. Ou seja, é cerca de 70% do total vendido pelos canais indiretos. E a figura do consolidador acaba camuflando importantes nomes. Por exemplo, uma relevante operadora de luxo faz toda sua emissão em uma grande consolidadora. Ela nunca aparecerá na nossa lista ou no Smash, a não ser que queira revelar seu faturamento.

O mesmo vale para uma TMC que canaliza parte de sua venda para uma consolidadora e opta por não abrir seus números. Aos poucos, porém, o receio da indústria vai sendo quebrado e mais empresas integram nosso ranking. Quando elas são compradas pela CVC, então, isso se torna inevitável, apesar de a CVC Corp não divulgar o faturamento por unidade de negócios, apenas em alguns casos, de acordo com sua conveniência. É o caso dos números da Submarino Viagens. Sabemos, até por exclusão, que é baixo, mas quão baixo? E a recuperação, a quantas anda? Outro quadro interessante seria as companhias aéreas divulgarem a produção de cada agência, individualmente, mesmo se a compra foi via consolidadora. Assim, a produção de uma consolidadora seria importante no ranking do seu segmento, mas seria zero no cômputo geral, deixando que cada player aparecesse. Uma transparência que já existiu em outras eras de nossa indústria, quando a venda indireta era dominante e as empresas aéreas e consolidadoras tinham menos concorrência e áreas de atuação mais definidas (até com reserva de mercado mesmo). ▶

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1 Vendas em 2017: R$ 10,2 bilhões Inclui CVC Operadora (cerca de R$ 5,2 bilhões), Rextur Advance (cerca de R$ 3,3 bilhões), Grupo Trend (cerca de R$ 1,2 bilhão), Experimento (cerca de R$ 100 milhões), Visual (cerca de R$ 400 milhões) e Submarino Viagens (cerca de R$ 250 milhões) Crescimento de 13,5% sobre 2016

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Vendas em 2017: R$ 5,6 bilhões R$ 4,64 bilhões do Corporativo R$ 951 milhões do Lazer *Inclui Flytour Amex Global Business Travel (R$ 2,52 bilhões, +10%), Flytour Gapnet Consolidadora (R$ 2,1 bilhões, +16%), Flytour Viagens, MMTGapnet (agora Flytour MMT, com meta de R$ 700 milhões em vendas este ano), Flytour Eventos e Flytour Franchising Crescimento de 11,1% sobre 2016

3 Vendas em 2017: Entre R$ 5,6 bilhões e R$ 7,2 bilhões A empresa não divulga quanto vende no Brasil, mas estima-se que seja entre 40% e 50% do total de R$ 15 bilhões da América Latina. A Decolar divulgou apenas que o Brasil representou 41% do total de 9,1 milhões de transações da Despegar.com em 2017, com crescimento de 18% no último trimestre do ano (sobre o mesmo período de 2016).

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4 R$ 2,25 bilhões *

Inclui Orinter Tour & Travel, com vendas de R$ 247 bilhões (+63%)

e que deixou o grupo em janeiro de 2018

5 R$ 1,69 bilhão Estável em relação a 2016. Desse montante 44% internacional e 56% doméstico. Segundo a empresa, a maior recuperação no ano veio no último trimestre, o que deve se estender 2018 adentro. *

Inclui as empresas Alatur JTB, 55 Destinos, Honour, Quickly Travel e MCI

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R$ 1,17 bilhão *Inclui R$ 439 milhões de aéreo internacional,

R$ 1,05 bilhão

R$ 336,1 milhões de aéreo doméstico e R$ 80

eventos (R$ 152 milhões) e outra de tecnologia

milhões de hospedagem no Exterior.

(R$ 4,2 milhões). Crescimento de cerca de 25%

* Inclui a TMC (R$ 891 milhões), a empresa de

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R$ 903 milhões Crescimento de 11% sobre 2016.

sobre 2016.

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R$ 785 milhões * Crescimento de 27% sobre 2016 e meta de alcançar R$ 1 bilhão este ano * Inclui Ancoradouro Consolidadora e Ancoradouro Operadora

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R$ 733,5 milhões Aumento de 2% sobre 2016, pois em março a empresa deixou de emitir para a Prime. *

R$ 762,4 milhões Crescimento de 32% sobre 2016. Dados apenas da consolidadora do grupo. Do total, R$ 442,4 milhões vieram de bilhetes aéreos internacionais.

Inclui Confiança e Volare (consolidadoras) e

R$ 705,5 milhões Aumento de 115% sobre 2016, com meta de chegar a R$ 1 bilhão em 2018

11 R$ 750 milhões Crescimento de 20% sobre 2016, com meta de chegar a R$ 1 bilhão este ano.

14 R$ 575 milhões *

Inclui R$ 290 milhões de vendas da conso-

lidadora PVT (aumento de 73% sobre 2016) e R$ 285 milhões da Picchioni Câmbio (28% de crescimento)

operadora West Central (R$ 48,3 milhões)

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OPERADORAS (2017) Nesse canal de vendas, o domínio da CVC é marcante, com US$ 236 milhões em produção, enquanto a segunda colocada, a Abreu, aparece com US$ 17 milhões. Mesmo somando a produção de MMTGapnet (US$ 16 milhões) com Flytour Viagens (US$ 14 milhões), já que ambas agora são uma só empresa, a Flytour MMT, teríamos a segunda colocada com US$ 30 milhões, US$ 200 milhões a menos que a líder.

1 – CVC

6 – Agaxtur

2 – Abreutur

7 – Orinter Tour & Travel

3 – MMTGapnet

8 – Teresa Perez

4 – Flytour Viagens

9 – Queensberry

5 – Trend Operadora

10 – Kangaroo

US$ 236 milhões (+46%) Tarifa média: US$ 540

US$ US$ 12 milhões (+33%) Tarifa média: US$ 824

US$ 17 milhões (+64%) Tarifa média: US$ 851

US$ 11 milhões (+29%) Tarifa média: 635

US$ 16 milhões (+28%) Tarifa média: US$ 601

US$ 10 milhões (+55%) Tarifa média: US$ 1.440

US$ 14 milhões (+50%) Tarifa média: US$ 529

US$ 7,5 milhões (+37%) Tarifa média: US$ 1.103

US$ 13 milhões (+89%) Tarifa média: US$ 482

US$ 6,8 milhões (+15%) Tarifa média: US$ 759 Completam o Top 20: New Age, Visual, Mondiale, Frontur, RCI, Newit Club, BRT, Schultz, Sky e MGM.

Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

OTAS (2017) Mais uma vez a diferença da líder do setor, a Decolar.com, para as demais é enorme. A Decolar.com lidera com US$ 423 milhões em bilhetes internacionais, um aumento de 62% sobre 2016. Mesmo em relação à CVC, esses números da Decolar representam o dobro da operadora tradicional. A segunda colocada, a Viajanet, vem bem atrás da Decolar, com

US$ 80 milhões, e o mesmo crescimento. A Expedia, que emitiu via Tour House, vem em terceiro, com US$ 49 milhões e só em quarto aparece a Subamarino Viagens, da CVC Corp, com US$ 39 milhões. A Hotel Urbano fecha a lista, com apenas US$ 4,8 milhões, mas a empresa vem de uma reformulação e, assim como a Viajanet, tem emissão em consolidadoras.

1 – Decolar.com

US$ 423 milhões (+62%) Tarifa média: US$ 551

2 – Viajanet

US$ 80 milhões (+62%) Tarifa média: US$ 388

3 – Expedia (via Tour House)

US$ 49 milhões (+55%) Tarifa média: US$ 534

4 – Submarino Viagens US$ 39 milhões (+16%) Tarifa média: US$ 451

5 – Hotel Urbano Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

US$ 4,8 milhões (+67%) Tarifa média: US$ 483

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R$ 560 milhões O crescimento foi de 32,7% na consolidação e de 46,8% na operação. *Inclui R$ 450 milhões da consolidadora e R$ 110 milhões da operadora (a produção hoteleira via e-Fácil Plus está inclusa nesse último dado).

18

19

R$ 504 milhões Crescimento de 24% *

R$ 525,8 milhões Aumento de 20,5% sobre 2016. Do total, R$ 274,3 milhões foram vendas domésticas; R$ 375 milhões com aéreo (doméstico e internacional); e R$ 127,5 milhões com hospedagem (doméstica e internacional).

Inclui corporativo e marcas de lazer.

R$ 485,4 milhões Crescimento de 20% sobre 2016. Apenas 21% do movimento é doméstico.

17 R$ 504,8 milhões Aumento de 4,57% sobre 2016.

20 R$ 455,6 milhões Aumento de 12% sobre 2016 *Não inclui a emissão de Expedia no Brasil, feita pela Tour House.

* Inclui R$ 35,6 milhões da AIT Operadora.

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22

R$ 380,1 milhões Crescimento de 9% sobre 2016. Do total, R$ 241 milhões são produção aérea, R$ 112 milhões reservas de hotéis e o restante outros serviços.

24

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*

R$ 305 milhões Aumento de 22% sobre 2016.

Já sem a TC World, do Grupo Trend.

25

R$ 285 milhões Crescimento de 12% sobre 2016,

28

R$ 318,7 milhões, crescimento de 51%.

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R$ 278 milhões

26 R$ 231 milhões (somente vendas Boss/Smash)

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27 R$ 207,7 milhões Incremento de 33,31% sobre 2016.

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R$ 204,2 milhões Crescimento de 12,32% sobre 2016.

R$ 201 milhões Crescimento de 6% sobre 2016. * Inclui TMC, operadora e empresa de receptivo em Minas Gerais.

30 R$ 163 milhões Crescimento de 45% sobre 2016. Na operadora e consolidadora o aumento foi de 12%.

31

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R$ 160 milhões *Somente dados do Boss/Smash (US$ 49 milhões emitidos via Tour House)

*Inclui TMC, consolidadora e operadora. Maior volume vem da TMC, com R$ 138 milhões.

33 R$ 115,8 milhões Aumento de 15% sobre 2016.

34

R$ 139 milhões Crescimento de 31,65% sobre 2016 e segundo Aroldo Schultz, presidente do grupo, não inclui as vendas da TZ Viagens. Ainda de acordo com ele, só nos Small Groups em Portugal, foram 1,4 mil passageiros. A meta para 2018 é passar dos dois mil.

35

R$ 101,5 milhões Crescimento de 26,87% sobre 2016.

R$ 99,7 milhões Crescimento de 91% sobre 2016.

36 R$ 78 milhões Crescimento de 37% sobre 2016.

CONSIDERAÇÕES:

Sua empresa não está no ranking? Quer inclui-la na próxima edição? Envia um e-mail com seus dados para artur@panrotas.com.br. As estimativas são baseadas em diversas fontes de mercado e, exceção às empresas com ações na bolsa, todos os dados foram enviados pelas próprias companhias.

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VENDA DE BILHETES AÉREOS

INTERNACIONAIS (2017) Dados do relatório Boss/Smash, que se baseia na produção aérea internacional no Brasil (exceto Iberia e British Airways, parte da Latam e aéreas nacionais) mostram que, em 2017, a indústria vendeu US$ 4 bilhões em bilhetes aéreos para o Exterior, um crescimento de 42,67% sobre 2016. Foram 5,3 milhões de bilhetes (+21%), com tarifa média de US$ 760 (contra US$ 650 em 2016). Por canais de venda, o maior share ficou com as consolidadoras aéreas: US$ 2,1 bilhões, aumento de 49% sobre o ano anterior. Em seguida vem o segmento corporativo, com US$ 735 milhões. O maior crescimento foi do canal OTAs: 57%, chegando a US$ 597 milhões. O segundo maior crescimento foi o das consolidadoras (48%) e em terceiro o das operadoras (44,78%). Em número de bilhetes, liderança das consolidadoras (2,6 milhões), seguidas das OTAs (1,1 milhão), operadoras (740 mil) e TMCs (605

mil). O canal agências de viagens com emissão direta caiu 12,25% em número de bilhetes, totalizando 154 mil. A maior tarifa média ficou com o corporativo: US$ 1.215, seguida pelos US$ 808 dos consolidadores. Confira os resultados por canais de vendas no quadro e abaixo por segmento nas próximas páginas. Vale lembrar que algumas empresas optam por comprar bilhetes internacionais de consolidadoras, tendo um faturamento de inter bem maior do que o apresentado pelo Boss/ Smash, que também não inclui a venda de aéreo para o Exterior nas empresas nacionais. Outras fazem todas as suas emissões com terceiros e por isso não aparecem no ranking nas páginas a seguir.

CANAL

VENDAS (EM DÓLARES)

VARIAÇÃO

BILHETES

TARIFA MÉDIA (EM DÓLARES)

VARIAÇÃO

Consolidadoras

2,1 bilhões

+49%

2,6 milhões

808

+19%

TMCs

735 milhões

+20%

605 mil

1.215

+10%

OTAs

597 milhões

+57%

1,1 milhão

532

+23%

Operadoras

441 milhões

+45%

741 mil

595

+25%

Agências de viagens

115 milhões

+10%

154 mil

750

+26%

Outros

42 milhões

Total

4 bilhões

+42,67%

5,3 milhões

762

+17%

Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

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CONSOLIDADORAS POR ESTADO (2017) ALAGOAS

1 – Aeroturismo

AMAZONAS

1 – Flytour Gapnet 2 – Rextur Advance

BAHIA 1 2 3 4 5

– – – – –

Flytour Gapnet Sky Team Rextur Advance Salvatur Brementur/BRT

CEARÁ 1 2 3 4 5

– – – – –

Flytour Gapnet Rextur Advance Esferatur Brementur/BRT Grandes Viagens

PARANÁ 1 2 3 4 5

– – – – –

Esferatur Brementur/BRT Rextur Advance Frontur Flytour Gapnet

PERNAMBUCO 1 2 3 4 5

– – – – –

Esferatur GS Travel Skyteam Rextur Advance Flytour Gapnet

RIO DE JANEIRO 1 2 3 4 5

– – – – –

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High Light Rextur Advance Flytour Gapnet Esferatur Confiança

DISTRITO FEDERAL 1 – Rextur Advance 2 – Flytour Gapnet 3 – Esferatur

ESPÍRITO SANTO 1 2 3 4 5

– – – – –

Intercontinental High Light Ancoradouro Rextur Advance ITS

GOIÁS

1 – Rextur Advance 2 – Esferatur 3 – The Best Travel

MATO GROSSO

1 – Confiança 2 – Flytour Gapnet

MATO GROSSO DO SUL 1 – Confiança 2 – Esferatur 3 – Flytour Gapnet

MINAS GERAIS 1 2 3 4 5

– – – – –

Picchioni/PVT Rextur Advance Esferatur Flytour Gapnet Pátria

MARANHÃO

1 – Rextur Advance

RIO GRANDE DO NORTE 1 – Brementur/BRT 2 – Aerotur

RIO GRANDE DO SUL 1 2 3 4 5

– – – – –

Skyteam Flytour Gapnet Confiança Esferatur Prime

SANTA CATARINA 1 2 3 4 5

– – – – –

Esferatur Rextur Advance Sky Team Brementur/BRT Flytour Gapnet

SÃO PAULO

1 – Rextur Advance 2 – Sakuratur 3 – Esferatur 4 – Flytour Gapnet 5 – Ancoradouro 6 – CNT 7 – LTS 8 – Princess Travel 9 – Tyller 10 – Confiança

SERGIPE

1 – Flytour Gapnet

Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

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CONSOLIDADORAS (2017) Apesar do gigantismo da Rextur Advance, no segmento de consolidadoras a distribuição é mais equilibrada, especialmente nas cinco ou seis primeiras colocações. A destacar os crescimentos de 198% da Sakuratur e de 93% da Picchioni/ PVT, no Top 10. E de 106% da Princess Travel e 333% da Intercontinental, no Top 20.

1 – Rextur Advance

6 – Sky Team

2 – Esferatur

7 – High Light

3 – Flytour Gapnet

8 – Picchioni/PVT

4 – Sakuratur

9 – Confiança

5 – Ancoradouro

10 – Brementur/BRT

US$ 450 milhões (+35%) Tarifa média: US$ 812 US$ 383 milhões (+47%) Tarifa média: US$ 875 US$ 259 milhões (+24%) Tarifa média: US$ 785 US$ 230 milhões (+198%) Tarifa média: US$ 686 US$ 111 milhões (+42%) Tarifa média: US$ 814

US$ 110 milhões (+51%) Tarifa média: US$ 779 US$ 84 milhões (+24%) Tarifa média: US$ 915 US$ 78 milhões (+93%) Tarifa média: US$ 831 US$ 77 milhões (+20%) Tarifa média: US$ 748 US$ 49 milhões (+56%) Tarifa média: US$ 717

Completam o Top 20: CNT, LTS, Princess Travel, Intercontinental, Tyller, Frontur, Elitravel, ITS, TK Royal e GS Travel.

Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

VIAGENS CORPORATIVAS (2017) A disputa no corporativo é entre três gigantes: Flytour Business Travel, com US$ 116 milhões em vendas internacionais; CWT com US$ 107 milhões e Alatur JTB, com US$ 83 milhões (única das três a cair em 2017).

1 – Flytour Business Travel

6 – Kontik

2 – CWT

7 – Maringá

3 – Alatur JTB

8 – Copastur

4 – Transpac Travel

9 – Avipam

5 – BCD Travel

10 – Voetur

US$ 116 milhões (+11%) Tarifa média: US$ 1.361 US$ 107 milhões (+11%) Tarifa média: US$ 1.333 US$ 83 milhões (-4%) Tarifa média: US$ 1.398 US$ 70 milhões (+154%) Tarifa média: US$ 892 US$ 48 milhões (+28%) Tarifa média: US$ 1.361

Fonte: Relatório de Produção Aérea Boss/ Smash (somente empresas aéreas internacionais, menos Iberia/British, e parte da Latam)

US$ 40 milhões (+40%) Tarifa média: US$ 1.295 US$ 37,2 milhões (+10%) Tarifa média: US$ 1.442 US$ 25 milhões (+22%) Tarifa média: US$ 1.183 US$ 17 milhões (+41%) Tarifa média: US$ 1.345 US$ 14 milhões (+3.000%) Tarifa média: US$ 1.805 Completam o Top 20: Tunibra, Tour House, Rio Travel, BBTur, Trips, Promotional, Mascaro, Belvitur, Quickly Travel e ABC. n 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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Eventos

NEGÓCIOS SUSTEN TÁVEIS Sustentabilidade é uma ação que pode, sim, impactar diretamente os negócios de uma empresa, ainda mais em uma época em que os orçamentos estão cada vez mais enxutos. No setor de eventos isso não é diferente e a Tes Cenografia tem apostado na criatividade para lidar com essa realidade. “Há algumas medidas que nos permitem negociar com os orçamentos reduzidos dos clientes. Por exemplo, ao reutilizarmos a madeira não temos o custo de compra e assim conseguimos passar para o cliente um valor mais baixo. As empresas também podem optar por reutilizar os tecidos, não precisando reimprimi-los e economizando com isso. Sem contar que investimos em máquinas mais modernas, que consomem menos energia” conta o diretor da 36

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Tes Cenografia, Raffaele Cecere. Para ele, foi-se o tempo em que a cenografia de um evento priorizava apenas o aspecto visual, sem levar em consideração o impacto na natureza. “A sustentabilidade não é mais uma tendência, e sim uma necessidade. Os recursos naturais estão ficando cada vez mais escassos e já passou da hora de as pessoas e empresas se atentarem a isso. As gerações mais antigas não pensavam muito nessas questões, mas as novas as valorizam muito”, reforça Cecere, lembrando que uma cenografia convencional de médio porte “utiliza”, em média, seis árvores, além de tintas tóxicas e produtos à base de petróleo. Ao buscar tendências e inspirações no Exterior, a Tes Cenografia visitou uma feira nos Estados Unidos neste mês

para firmar uma parceria com uma das maiores empresas de tecido tensionado, buscando novos formatos e maneiras de produzi-lo. “Sem dúvida teremos muitas novidades para o mercado brasileiro, fortalecendo ainda mais a imagem da Tes como maior empresa de cenografia e tecido para eventos no País”, conta ele. A empresa oferece soluções que utilizem materiais retornáveis, como estruturas metálicas no lugar de placas de madeira e tecido no lugar das lonas para a impressão da comunicação visual das cenografias. O processo de impressão do tecido é feito por meio do método de sublimação, utilizando tintas à base de água e biodegradáveis. Há ainda carpetes e forrações com matéria prima reciclável, além de produtos com certificação ambiental. n

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Eventos

Karina Cedeño

ALCANCE

POTENCIA

LIZADO Raffaele Cecere, diretor da R1 Soluções Audiovisuais

As novas tecnologias não irão substituir os eventos presenciais, mas sim potencializar o seu alcance, na opinião do diretor da R1 Soluções Audiovisuais, Raffaele Cecere. “A realidade virtual, por exemplo, permitirá que o participante acompanhe o evento de sua casa, podendo visualizá-lo em tempo real de forma imersiva, por meio de óculos específicos. Isso significa que o número de participantes aumentará de forma exponencial, ultrapassando os limites físicos de capacidade máxima dos espaços de eventos”, explica Cecere. E outras tendências vêm por aí, como a tradução simultânea fora das salas de convenções. “Já estamos trabalhando em um aparelho que o participante coloca no ouvido e faz a tradução simultânea enquanto conversa com convidados que falam outros idiomas. A evolução dessa tecnologia quebra barreiras enormes, considerando que hoje 38

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o participante só tem tradução simultânea dentro da sala do evento, enquanto o networking que acontece fora dela fica prejudicado”, ressalta Cecere. Outra tendência trabalhada pela R1 é uma tecnologia que dispensará o uso de microfones nos eventos. “Essa solução funciona por meio de placas acopladas no teto que, por meio de um chip de computador, identificam, direcionam e abrem o canal do microfone sem a necessidade do próprio aparelho”, explica o diretor da R1, adiantando que novidade poderá ser usada no próximo Lacte. A empresa também está investindo na otimização das salas de eventos, com o uso de sistemas que controlem a internet, o ar-condicionado, o projetor, o computador e outros equipamentos por meio de um único sistema. Isso sem contar os dispositivos de imagem e os aparelhos de TV, que se tornam cada vez mais

inteligentes. No que se refere aos negócios, a empresa espera crescer de 15% a 20% este ano. “Acredito que 2018 vá ser bom, porém ainda não será o ano da retomada, que deverá ficar para 2019 e 2020”, salienta o diretor da R1. Para oferecer as soluções adequadas aos cientes, é preciso antes entender seus perfis e necessidades, mas, no contraponto, as empresas também precisam ter visão estratégica sobre a tecnologias que pretendem usar. “Há ainda empresas que usam determinadas tecnologias por modismo, mas sem uma visão estratégica, e isso acaba prejudicando o evento, em vez de aprimorá-lo”, explica Raffaele. “Os eventos são uma grande oportunidade para as empresas alcançarem seus objetivos, e a partir do momento em que elas dão a atenção e dedicação necessárias a eles, conseguem potencializar seus negócios“, conclui o diretor da R1. n

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Aviação

Beatrice Teizen

NOVAS ROTAS, MAIS ASSEN TOS

Foi em 1950 que a Aerolíneas Argentinas passou a voar em céus argentinos como uma empresa do Estado. Dezesseis anos depois, a companhia aérea realizou o primeiro voo sem escalas na história entre Madri e Buenos Aires, em pouco mais de 11 horas, estabelecendo um recorde mundial de velocidade. Em 2009 a transportadora assina um contrato com a Embraer para a compra de 20 aviões para a Aerolíneas Argentinas-Austral, que fazia parte do plano de recapitalização da empresa. Hoje, são 93 rotas diretas semanais conectando o Brasil com a Argentina, chegando a 120 frequências por semana em alta temporada, como o verão. “O Brasil é o principal mercado depois da Argentina, o maior em voos e movimentação. É muito importante e muito forte para nós. Estamos trabalhando uma grande frequência de rotas no País. Atualmente, operamos em sete mercador, conectando de forma direta e diária”, afirma o gerente geral da aérea para o Brasil, Gonzalo Romero. No começo deste ano a Aerolíneas Argentinas investiu em rotas e ampliou sua conectividade com alguns destinos. No Brasil, a transportadora avalia quais são os principais mercados e quais estão em crescimento. 40

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“Temos visto que o Sul do País é a principal região em recuperação. Por isso, em 3 de abril, acrescentaremos a nossa oferta, dobrando os voos de Porto Alegre a Buenos Aires”, conta Romero. Da capital gaúcha à argentina são, atualmente, sete voos semanais, com um voo diário. Com a mudança, serão duas operações por dia, chegando a 14 semanais. Outro destino brasileiro visado pela Aerolíneas é Curitiba. Durante janeiro e fevereiro foram trocados equipamentos e outros acrescentados na oferta. “Mudamos a operação, antes eram 98 poltronas e, agora, com o Boeing 737 700, são 128 assentos. Temos visto uma oportunidade forte falando em Porto Alegre e Curitiba e o Sul do País é também um mercado muito importante para o corporativo brasileiro, além de São Paulo.” CORPORATIVO O setor de negócios, inclusive, é um dos principais segmentos para a Aerolíneas Argentinas e a companhia está trabalhando fortemente para crescer ainda mais. Segundo Romero, a transportadora atingiu em 2017 um crescimento de vendas perto de 30% no corporativo de toda a empresa no Brasil.

Gonzalo Romero, country manager da Aerolíneas Argentinas no Brasil

EUROPA Para Madri, a companhia terá, a partir do segundo semestre deste ano, mais três voos, chegando a dez no total. Além do voo diário que parte do aeroporto de Ezeiza (Buenos Aires), às 23h55 (horário local), a companhia acrescentará saídas às terças e quintas-feiras e aos sábados, às 12h20. Com um Airbus 330-200, são somados 816 lugares por semana ao destino europeu. Esta novidade faz parte do acordo de joint business que a aérea argentina fez com a Alitalia no começo de fevereiro. A parceria possibilita o alinhamento de estratégias comerciais, horários mais convenientes e novas opções aos clientes de ambas as transportadoras. Apesar de o cliente brasileiro não ser beneficiado de forma direta, haverá uma melhora significativa nas rotas e nos serviços oferecidos entre América do Sul e Europa. CARIBE Em julho a Aerolíneas estreia seu voo para Punta Cana, na República Dominicana, a partir de seu hub em Córdoba. A operação será semanal e sairá aos sábados, às 23h45, com retorno aos domingos, às 8h45 no horário local. Essa rota será a substitu-

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ta de uma das frequências que partia de Buenos Aires. Para que essas mudanças sejam alinhadas, a aérea vai reduzir uma de suas frequências semanais a Bogotá, na Colômbia, oferecendo decolagens às segundas e quintas-feiras e aos sábados e domingos. Outra mudança será o serviço para Cancun, México, que sofrerá a redução de uma saída e a grade de voos ficará às segundas, terças e sextas-feiras e sábados e domingos. BRASIL Já para o Brasil, a dúvida ainda paira sobre qual seria o novo destino a ser explorado pela transportadora argentina. Ela já voa para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Porto Seguro. Agora, o Nordeste pode estar na mira: o interesse pela região vem de outras épocas e as cidades de Maceió, Recife e Natal podem ser algumas das opções. “Por agora ainda não temos muito o que comentar, pois sempre estamos olhando para o Nordeste. A região já é um lugar que o argentino gosta por

natureza, a demanda é muito alta, mas ainda não temos nenhuma previsão de nova rota”, comenta o executivo. FROTA Além de rotas, a companhia aérea também vem trazendo novidades relacionadas às aeronaves. No dia 7 de fevereiro pousou no Aeroporto de Guarulhos o primeiro Boeing 737 Max 8 da América Latina, vindo do Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires. Foi o primeiro voo internacional do avião da Aerolíneas. Em operação desde dezembro de 2017, a aeronave atendia apenas o território argentino e em serviços de menor duração. No mês do lançamento, a aérea recebeu seu terceiro modelo da Boeing e até maio terá cinco deles em seu hangar. “Estamos muito felizes, pois estamos melhorando nosso serviço e também otimizando os recursos. Hoje a companhia está com uma frota muito renovada, que permite a redução de custos.” O B737 Max 8 tem 170 assentos e é configurado com oito lugares na Club Economy e 162 na econômica. Seu motor é considerado um dos mais avançados na indústria e é o

NÚMEROS

Em 2017, foram mais de 12 milhões de passageiros transportados pela Aerolíneas Argentinas – 13% a mais do que no ano anterior e 20% a mais do que em 2015. “Acreditamos que o mercado brasileiro continuará crescendo, mas razoavelmente, perto de 10%. Nossa perspectiva é muito positiva.” Melhoria dos serviços, aquisição de equipamentos mais modernos, reforço de rotas no Sul do Brasil e trabalhar de perto com as empresas do mercado corporativo são os principais objetivos da aérea para este ano. “Temos que ter passo firme para continuar aprimorando o que oferecemos”, finaliza Romero. modelo mais econômico da Boeing. Reduz em 14% o uso de combustível, 14% a emissão de carbono e traz uma economia de 8% nos custos operacionais. Além disso, ele também diminui em 40% o impacto sonoro. “É o mais rentável a operar”, acrescenta Romero. n

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Entrevista

Artur Luiz Andrade

As vendas em 2017 na consolidadora Esferatur bateram todos os recordes e chegaram a R$ 2 bilhões. Com grande força no Sul e uma filial importante em São Paulo, a empresa abriu vários home-offices no ano passado e se prepara para novos e importantes passos em 2018. Conversamos com o vicepresidente da empresa, Carlos Vazquez, sobre o que vem po aí. PANROTAS — Como foi 2017 para a Esferatur? CARLOS VAZQUEZ — Chegamos a R$ 2 bilhões de faturamento, recorde de crescimento na história da Esferatur. O crescimento mais surpreendente foi para a Europa, com vendas 164% maiores em relação a 2016. Os Estados Unidos continuam sendo nosso produto mais forte, mas crescemos muito em Europa e Ásia no ano passado. PANROTAS — A aposta para 2018 é crescer quanto? VAZQUEZ — Difícil dizer quanto, uma vez que as tarifas estão muito flutuantes, mas o objetivo é continuar crescendo, e para este ano a nossa estimativa é algo em torno de 18% . PANROTAS — Já há uma retomada da oferta cortada pelas companhias internacionais? As tarifas estão competitivas ou aumentaram muito? VAZQUEZ — As empresas aéreas estão apostando este ano novamente no Brasil. A oferta de Europa está forte, já vemos incremento para a Ásia, assim como novos players na América do Sul. Os Estados Unidos acompanham a retomada e no geral a oferta de voos está aumentando. As tarifas trabalham de acordo com a disponibilidades de lugares e têm flutado bastante, o que deixa cada vez mais o cliente na dúvida para saber qual o melhor momento para comprar. PANROTAS — Que recomendação daria aos agentes de viagens em relação ao portal da Esferatur e a seus produtos? VAZQUEZ — Fazer a comparação de qualidade do produto para o agente de viagens e o cliente final e não somente 44

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ANO HISTÓ RICO

aceitar o mesmo sem conhecer os grandes diferenciais. Ver o novo site é muito importante. Hoje somos o único consolidador com 99% de emissão on-line no País, sem nenhuma ingerência humana para emissões Internacionais. PANROTAS — Além do aéreo, como estão as vendas de outros produtos? O que vem por aí? VAZQUEZ — Nosso foco sempre foi o aéreo. Mas mudanças poderão ocorrer no decorrer do ano. PANROTAS — Foram abertas bases ou home offices em 2017? VAZQUEZ — Em 2017 fechamos três escritórios (CGR, LDB e MGF). E abrimos 13 home offices (CGR, CGB, SJK, MGF, LDB, IGU, SJP, BAU, JPA, SSA, AJU, MCZ e VIX). PANROTAS — Quais os principais desafios dos agentes de viagens? Como concorrer com OTAs, com sites das empresas aéreas e outras plataformas tecnológicas com mais recursos que os sites das agências? VAZQUEZ — O maior desafio do agente de viagens, e sua missão, é conhecer as necessidades de cada cliente e mostrar que um agente sempre agrega valor, com seus conhecimentos e diferenciais. As OTAs e companhias aéreas sempre vão ter seu mercado. O cliente que procura OTAs busca preço, nada que todas as agências não possuam, via portais como o nosso. E as aéreas somente têm aquela única opção ao cliente. Já o agente de viagens tem o coração que bate, escuta e sempre vai ser a primeira e grande opcão. PANROTAS — Qual o futuro da consolidação? VAZQUEZ — Grande. As agências de viagens cada vez mais vão reduzir seus custos para poderem enfrentar um concorrência cada dia maior e o consolidador por sua vez trará mais conhecimento e tecnologia ao agente de viagens. n

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Tecnologia Marcos Martins

RENOVAÇÃO E EXPANSÃO

Diretor global de Operações da Omnibees, Paulo Salvador, com o presidente Luis Ferrinho

A empresa de distribuição, análise e marketing no Turismo Omnibees está cheia de novidades e acaba de anunciar as primeiras etapas de sua expansão em 2018. A empresa, que tem Luis Ferrinho como presidente, espera colher os frutos de um cenário mais estável no Brasil. “Conseguimos fechar o ano passado com 3,5 mil hotéis no portfólio, o que mostra o reconhecimento do mercado que atendemos de hotéis, operadoras, agências, TMCs e on-lines. A expectativa é que a nossa cadeia produtiva seja ainda maior com a possível retomada econômica”, aposta o diretor global de Operações da Omnibees, Paulo Salvador. Um dos principais objetivos é alcançar 5,5 mil hotéis no sistema até dezembro, aumentando também o número de operadoras e expandindo a atuação em outros países, como Argentina, México 46 Pag 46.indd 46

e Colômbia. Hoje a equipe conta com 30 vendedores no território nacional e outros dez em diferentes países da América Latina, que comercializam soluções de conectividade. “Os hotéis vão ensaiar um aumento em taxas de preço e de ocupação, mas para isso terão que se concentrar em um modelo de distribuição segmentada, e isso aumenta as nossas possibilidades”, acrescenta o diretor, que trabalhará no desenvolvimento de business intelligence e ampliação de capacitações por meio da Omnibees Academy. Neste ano já foram lançados 50 cursos para formação de 500 pessoas de 20 cidades, que têm como objetivo permitir que os usuários saibam otimizar ao máximo o potencial que a ferramenta da Omnibees oferece. Salvador adiantou também que haverá

o lançamento de uma plataforma 100% baseada no mobile, de olho no crescimento do uso de telefonia móvel ao realizar negócios durante as viagens. O motor de reservas – que determina toda a experiência – será criado especialmente para o mobile, e não adaptado. “Será um ano em que vamos fazer modificações profundas em nossos sistemas para melhorar a infraestrutura na gestão de clientes. Lançaremos um sistema completamente renovado, que permitirá que a experiência do usuário seja mais dinâmica, fácil e intuitiva, representando uma melhora na performance do sistema para assegurar a satisfação dos clientes que já conquistamos”, pontua o executivo. Para reforçar a visibilidade regional, a Omnibees estará na WTM Latin America 2018. n

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Hotelaria Eduarda Chagas

RESORT EM CANCUN

Em 1º de dezembro, a AMResorts vai inaugurar o resort Sunscape Star Cancun, primeiro estabelecimento da marca em Cancun, no México. Situado entre Puerto Cancun e Playa Mujeres, o resort fica a apenas 30 minutos do Aeroporto Internacional de Cancun. “Estamos muito felizes com a abertura do Sunscape Star Cancun, uma vez que o México é um dos países de preferência dos turistas brasileiros. Eles adoram o clima mexicano e o seu entretenimento, fazem muitas compras e passeios próximo aos resorts e se encantam com a qualidade e infraestrutura dos estabelecimentos neste destino”, afirma o gerente de Vendas e Marketing da rede hoteleira no Brasil, Ney Neves, da Imaginadora. “Antes mesmo da inauguração, já está sendo muito bem aceito pelos agentes, operadoras e hóspedes brasileiros”. Com foco nas famílias, o Sunscape Star Cancun terá um programa ex48 Pag 48.indd 48

clusivo para as crianças, o Explorer’s Club for Kids (para idades entre três e 12 anos) e outro para adolescentes, o Core Zone Teens Club. Restaurantes à la carte (sem reservas) ou bufê, bares e petiscos à vontade estarão disponíveis aos hóspedes.

CASSINO Também no México, o grupo acaba de inaugurar o Casino 52, em Puerto Vallarta. O espaço poderá ser usado por hóspedes dos resorts Secrets Vallarta Bay Puerto Vallarta e Now Amber Puerto Vallarta. Caça-níquel, bingo, roleta eletrônica e black jack e bar estão entre os atrativos. FOCO Completando 17 anos, a AMResorts, administradora de resorts do Apple Leisure Group, possui seis marcas: Zoëtry, Secrets, Breathless, Dreams, Now e Sunscape Resorts & Spa. São quase 60 propriedades com o con-

ceito all-inclusive, na Costa Rica, Curaçao, Jamaica, México, Panamá e República Dominicana. Férias românticas, em família e casamentos são os três principais focos do grupo este ano. Para viagens a dois, as recomendações são as marcas Zoëtry, que envolve privacidade e luxo, Secrets, para quem deseja conforto e estilo casual, e Secrets, para casais que buscam diversão e entretenimento. Para lazer em família, adolescentes e crianças, as marcas Dreams, Now e Sunscape são as mais recomendadas com opções de entretenimento para essas idades. O setor de casamentos também é uma aposta do período. Cada resort possui um gerente dedicado apenas aos casamentos para cuidar de todos os detalhes, desde a assinatura do enlace até a realização da cerimônia. Para mais informações, acesse www.amresorts.com. n

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Hotelaria Karina Cedeño

EVENTOS NA MIRA Ana Luiza Masagão, diretora comercial e de Marketing do Royal Palm Hotels & Resorts

Impacto. Essa é a palavra que acompanha de perto o Royal Palm Hall, novo centro de convenções do Royal Palm Hotels & Resorts, em Campinas (SP), anexo aos resorts já existentes do grupo. E não só no que diz respeito ao espaço que ele oferece (afinal, são 44 mil metros quadrados de área construída e um ballroom de 4,5 mil metros quadrados), mas principalmente em relação à influência gerada nos negócios do grupo, que deverão ver cifras maiores de agora em diante. “O Royal Palm Hall aumentará em 60% o faturamento de eventos sobre o volume já gerado pelo Royal Palm Plaza, e temos 20 eventos fechados para este ano no novo centro de convenções, sendo o primeiro deles realizado logo na inauguração, no dia 18 de maio”, conta a diretora comercial e de Marketing do Royal Palm Hotels & Resorts, Ana Luiza Masagão. Definido por ela como um produto único no mercado, o novo centro de convenções aumentará o fatura50 Pag 50 e 51.indd 50

mento total do grupo em 7% no primeiro ano de operação e terá o foco direcionado ao nicho de congressos médicos e grandes eventos de associações. “Os congressos médicos têm necessidades específicas e precisam de espaços de eventos que sejam amplos, mas sem aquela cara de feira. Acredito que neste aspecto o Royal Palm Hall atenda de forma ideal a esse perfil de evento”, explica Ana. Para reforçar o segmento, foi contratada uma nova gerente de Congressos, que está no cargo há um mês: Anna Paula Cesário, ex-WTC São Paulo, ficará focada nesse nicho e desenvolverá estratégias específicas para ele no novo Hall. A contratação dela, junto à de outros executivos, mostra que a geração de empregos é também um item que entra na lista dos impactos provocados pelo novo centro de convenções: o empreendimento inaugura com 200 colaboradores, devendo chegar a mais de 350 empregos diretos em

sua maturidade. Ao que tudo indica, as perspectivas para 2018 são muito boas, considerando que o ano mal começou e o setor de eventos do Royal Palm Plaza já registrou recorde de faturamento em janeiro, com crescimento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. “O primeiro semestre deste ano está bastante forte em eventos, mas o segundo ainda se mostra uma incógnita por influência de diversos fatores, como a Copa do Mundo, as eleições, a reforma da previdência e a situação da violência no Rio de Janeiro”, destaca Ana. Este último caso, inclusive, tem gerado a migração de muitos eventos do Rio para São Paulo. “O Rio tem um potencial incrível para eventos, principalmente internacionais, mas temos visto a migração de muitos deles para São Paulo por conta dessa situação. Não é legal uma cidade performar bem em função do problema de outra, mas em todo caso nos preparamos para receber esses eventos”, conta ela.

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INTERNACIONAL A captação de eventos internacionais será, inclusive, maior com o novo centro de convenções. “Os eventos internacionais não representam nem 10% da nossa demanda atual, mas com a chegada do Royal Palm Hall as perspectivas aumentam, afinal, o acesso ao centro de convenções é muito fácil, já que ele está localizado a 16 quilômetros de Viracopos ( hub da Azul Linhas Aéreas), a cinco quilômetros do cento de Campinas e a 90 quilômetros do centro de São Paulo”, lembra Ana Luiza. “Além disso, a aceleração da economia tem contribuído para que as pessoas façam mais eventos. Há um alto número de convenções de vendas sendo realizadas pelas empresas de diversos setores, como farmacêutico, químico, cosmético, eletroeletrônico, entre outros. As companhias estão investindo cada vez mais em suas equipes, com a expectativa de que melhorem sua performance em 2018”, destaca Ana.

A diversidade dos eventos é também uma aposta do centro de convenções. “O Royal Palm Hall receberá muitas formaturas e futuramente shows, o que poderá diversificar também o perfil dos hóspedes”, comenta ela. Com a construção dos dois novos hotéis no complexo (Royal Palm Tower Anhanguera, com 226 apartamentos, e Hotel Contemporâneo, com 310) os negócios do grupo deverão crescer ainda mais. “O Tower Anhanguera, inclusive, chega para fortalecer o segmento corporativo, que representa cerca de 20% de nosso share”, conta Ana, reforçando que as perspectivas não são de aumentar esse share, mas sim o volume de negócios dentro dele. “Estamos fazendo um trabalho muito forte com provedores de GDS, que ainda têm grande penetração nas TMCs, e também apostamos em parcerias com canais como a HRS e a Omnibees para a distribuição”, conta. As parcerias do Royal Palm Plaza

também envolvem a R1 Soluções Audiovisuais, que já investiu R$ 4 milhões em novas tecnologias no novo centro de convenções, e a Shift, que oferecerá ônibus para transportar os hóspedes do resort para o centro de convenções. Em 2017 as vendas do Royal Palm Plaza cresceram 10% em relação a 2016. O último semestre do ano passado vendeu 30% a mais para 2018 do que as vendas realizadas no mesmo período de 2016 para 2017. No segmento de lazer, os resultados obtidos pelo resort também têm sido bastante robustos. “Nos últimos feriados (carnaval, réveillon e dia das crianças), o Royal Palm Plaza apresentou ocupação máxima, revelando que as estratégias adotadas têm dado certo”, comenta a diretora comercial e de Marketing do grupo. “Apostamos muito no Vacation Club para aumentar nossas vendas no segmento de lazer, e as receitas provenientes dele cresceram 56% em 2017, em relação a 2016”, conta Ana. n

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Destinos Marcos Martins

NOVI DADES

A MIL O destino Orlando, na Flórida, sempre investe em atrações diferentes a cada ano e, em 2018, serão mais de 15 novidades, dentro e fora dos tradicionais parques temáticos. “Todas as viagens para Orlando são únicas, já que a cidade oferece muitas atrações e atividades para os visitantes intercalarem ou combinarem entre si. Este será um ano excepcional para novas experiências”, adianta o presidente e CEO do Visit Orlando, George Aguel. O órgão turístico reforça também o treinamento on-line Orlando Travel Academy, que ganhou conteúdo inédito, incluindo as novas atrações, com o objetivo de proporcionar valor agregado aos agentes de viagens, para venderem melhor os produtos. A plataforma está disponível em inglês, espanhol, alemão e português. CALENDÁRIO DE INAUGURAÇÕES O Disney’s Hollywood Studios, em Walt Disney World, vai dar vida aos personagens da Disney-Pixar na Toy Story Land, que terá restaurantes e atrações como o Slinky Dog Dash e Alien Swirling Saucers. Já no Uni52

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versal Studios Florida, um dos três parques da Universal Orlando, o destaque é a inauguração da atração/ simulador Fast & Furious – Supercharged, baseada nos filmes de ação da franquia Velozes & Furiosos. No mesmo parque, outra novidade é o show Nighttime Lagoon, que reunirá personagens animados, muitas luzes e efeitos especiais. Já o Sea World vai inaugurar a Infinity Falls(foto), atração sobre a água, que levará os visitantes a uma floresta tropical com fontes de água, ruínas de uma civilização perdida e cachoeiras. Já no parque aquático do Sea World, o Aquatica, a novidade é o Ray Rush, que vai proporcionar três maneiras de deslizar, mergulhar e subir de altitude. O Vue at 360, vizinho do I-Drive 360, apresentará o Star Flyer, atração que balançará os visitantes a uma altura de 137 metros. Na Legoland Florida Resort, a montanha-russa The Great Lego Race será uma transformação do Project X com realidade virtual, colocando as crianças no banco de passageiros e levando-as para uma corrida em um mundo feito de Lego.

Na parte gastronômica, o destaque fica por conta dos novos restaurantes Jaleo, com os sabores da Espanha, além do Winebar George, comandado pelo sommelier George Miliotes, ambos em Disney Springs. Outros endereços que ampliarão a oferta culinária são o Heirloom Deli (restaurante vegano), o japonês Jinya Ramen Bar, o remodelado Wolfgang Puck Bar & Grill e o The Edison, que servirá comidas típicas norte-americanas e coquetéis. Em hotelaria, o Disney’s Coronado Springs vai ganhar uma nova torre com 15 andares e 500 quartos e espaços para reuniões. O Universal’s Aventura Hotel está com abertura prevista para agosto e contará com uma torre de vidro de 16 andares com 600 quartos, incluindo 13 suítes para crianças e o primeiro rooftop bar do grupo, com vista para os três parques do complexo. Já o Margaritaville Resort Orlando terá 175 quartos, 300 unidades de timeshare e mil casas de veraneio; e o The Delaney Hotel, com previsão de abertura em março, será um hotel butique de 54 quartos. n

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Hotelaria Janize Viana

PREPARADA PARA RETOMAR É com expectativa de retomada que a Accor Hotels inicia o ano. Em 2017, apesar das incertezas econômicas que atingiram não apenas o Brasil, mas também outros importantes países na América do Sul, o volume de negócios cresceu 1,7% no continente. As evidências de que 2018 pode ser melhor são acentuadas pelo resultado no quatro trimestre do ano, alta de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior em todos os segmentos. O otimismo, embora alguns entraves possam ser encontrados no meio do caminho, segue firme para 2018. “Tivemos dois bons primeiros meses, que seguem a perspectiva de recuperação. Uma vez que teremos eleições no fim do ano, estamos mantendo a projeção positiva entre janeiro e agosto”, explica o CEO da rede francesa para América do Sul, Patrick Mendes. Além da troca de presidente, outro ponto que também pode comprometer o desempenho do grupo é o Rio de Janeiro. Relevante para todo cenário nacional e até sul-americano o de54 Pag 54.indd 54

sempenho ruim da cidade foi um dos principais influenciadores na queda de 3,4% na receita por apartamento disponível (Revpar) de todo o continente. Portanto, Mendes ressalta a importância da administração pública em tratar o assunto da segurança com sua devida relevância. Segundo o CEO, a imagem negativa da cidade tem sido mais impactada pela redução de visitantes brasileiros do que pelos internacionais. “O impacto mais perceptível é em relação aos próprios hóspedes brasileiros, que se sentem mais inseguros de visitar a cidade do que os visitantes internacionais.” Contudo, o País segue como o mais estratégico na América do Sul para a Accor Hotels. Entre todas as localidades do mundo, o Brasil foi o segundo com o maior número de aberturas do grupo, sobretudo feito a partir de contratos em longo prazo. Foram 283 unidades em terras nacionais, sendo que na América do Sul a Accor opera um total de 329 em-

O CEO da Accor Hotels para América do Sul, Patrick Mendes

preendimentos — o objetivo é chegar a 500 unidades até 2020. “Somente no Brasil foram 42 hotéis sob contrato, sendo que 17 deles no acordo com a BHG”, informa o diretor de Desenvolvimento, Abel Castro. E no contínuo plano de expansão, a Accor pretende atingir o Brasil com todos os segmentos. O luxo terá presença ampliada com a reabertura do Sofitel Copacabana como Fairmont, no Rio de Janeiro, em 2019. Além disso, para os próximos meses, outras importantes cidades da América do Sul também serão contempladas, como é o caso de Medelín, na Colômbia, que receberá o terceiro Swissôtel. Enquanto isso, a MGallery terá aberturas em Buenos Aires e Montevidéu. Outra aposta que veio para ficar é nos empreendimentos lifestyle, com as marcas Jo & Joe e Mama Shelter — esta última em breve também terá inauguração na capital paulista, com o Pergamon São Paulo Frei Caneca, ainda sem data divulgada. n

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Meios de pagamento Eduarda Chagas

ELO ENTRE

AGENTES E GDSs

Elisa Carneiro, do Sabre, Eduardo Chedid, da Elo, e Leandro Mello, da Amadeus, na comemoração da parceria

A Elo deu um importante passo para ser cada vez mais presente no Turismo. A bandeira de cartão de crédito e débito 100% brasileira fechou parceria com dois dos principais GDSs (global distribution system) do mercado: Sabre e Amadeus. Isso significa que, a partir de agora, a bandeira pode ser aceita em todas as agências de viagens físicas e on-line que operam com os sistemas. Criada em 2011 por Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, a Elo obteve seu código Iata há quatro anos e começou a desenvolver uma relação mais próxima com a indústria de Turismo, seja na aceitação do cartão, seja nos benefícios a usuá56 Pag 56 e 57.indd 56

rios dos cartões. A Elo é a primeira bandeira de cartão de crédito 100% brasileira integrada com a Amadeus e Sabre a obter o código de aprovação 100% automatizado. Segundo o CEO da Elo, Eduardo Chedid, a integração com Sabre e Amadeus foi um dos projetos mais complexos da história da empresa, até porque são duas multinacionais tendo que desenvolver integrações com um produto 100% brasileiro, em um mercado dominado por grandes marcas de cartão. “Não é todo ano que uma nova bandeira chega ao mercado. As equipes do Sabre e do Amadeus foram excepcionais no desenvolvimento dessa solução”.

“Para nós é muito importante essa integração. Estamos com uma expectativa muito alta”, complementa o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Elo, Marcelo Marques. A Elo vem crescendo em participação no Brasil e tem hoje cerca de 12% do market share. Há cerca de 115 milhões de cartões com a bandeira. Para o executivo, a empresa, os portadores do cartão Elo e as agências se beneficiam da parceria. “O benefício para o lado do portador é a aceitação nas compras dele. Para as agências do segmento, é a entrada desses novos clientes que ficam aptos a transacionar. A partir do momento que a gente constrói a

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A Elo celebrou a novidade em um jantar com os principais players da aviação e distribuição de bilhetes aéreos do País, em São Paulo

Marcelino Cruz (superintendente de Desenvolvimento de Negócios da Elo), Bruno Oliveira (gerente de Desenvolvimento de negócios), Eduardo Chedid (CEO) e Marcelo Marques (diretor de Desenvolvimento de Negócios)

COMPRA DIRETA

estrada, a gente gera mais oportunidade de venda”, destaca. PASSO IMPORTANTE O diretor comercial da Amadeus Brasil, Paulo Rezende, concorda que agregar todos os tipos de fornecedores é dar opção para que compradores e agentes fiquem satisfeitos ao final de uma venda. “A nossa estimativa é de que seja algo parecido com a participação deles no mercado geral de cartões. Como a Elo já está em terceiro lugar e crescendo, acho que o potencial para uso da bandeira na compra de viagens é enorme”, diz. A Amadeus tem 43,6% do market share mundial segundo o último relatório público de resultados da empresa. A Sabre também destaca que a parceria aumenta a possibilidade de vendas das agências de viagens

junto aos seus passageiros. “Agora, com a Elo disponível no Sabre, as agências podem processar suas autorizações automaticamente, tanto para as companhias aéreas que usam o BSP, como as que emitem seus bilhetes usando a solução de emissão direta (Direct Ticketing)”, afirma a country manager da Sabre no Brasil, Elisa Carneiro. A empresa hoje lidera o mercado brasileiro, com 57,2% de participação. “Com sinais da retomada econômica no Brasil e o impacto que isso pode trazer nas viagens, acreditamos que o potencial é grande para a utilização da Elo via Sabre”, afirma Elisa. A integração da Elo com os GDSs era uma das principais engrenagens que faltavam para a empresa consolidar a sua presença no Turismo. Agora está feito. n

A Elo também tem trabalhado para ser aceita como forma de pagamento de companhias aéreas. Em 2017, a Aerolíneas Argentinas e a Tap incluíram a bandeira entre as suas formas de pagamento. Para atrair mais visibilidade e, claro, compras, a empresa tem apostado em promoções. No final de dezembro, por exemplo, uma ação feita em parceria com a Tap garantiu 50% de desconto em passagens para clientes dos cartões Grafite e Nanquim. Válida somente para a classe econômica, a ação durou quatro horas e, nesse período, a empresa vendeu o equivalente a um mês de vendas do produto com o cartão. Os acessos à página da promoção ultrapassaram a marca de 25 mil. A bandeira tem ainda buscado oferecer outros diferenciais para os clientes. “Temos trabalhado muitos benefícios relacionados ao segmento de Turismo, como salas vips pelo mundo, rede wi-fi gratuita, seguro-viagem. São benefícios muito importantes para o viajante”, destaca o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Elo, Marcelo Marques. Segundo o executivo, em breve, serão anunciadas outras novidades para o setor.

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Tecnologia

Beatrice Teizen

DUPLA PROTE ÇÃO

Solange e Luis Vabo, presidente do Conselho do Reserve e presidente da empresa, respectivamente

Após aprovação na auditoria de certificação PCI DSS, em janeiro, o Reserve anunciou a criação do R-Token, um aplicativo com duplo fator de autenticação para garantir ainda mais mobilidade e confiança nas transações com o Reserve Travel Manager. Em especial nos processos de compra e emissão de bilhetes aéreos e outros serviços de viagens. “Desenvolvemos um aplicativo seguro que gera uma dupla checagem de identidade do usuário em todas as atividades críticas do sistema”, explica o COO da empresa, Sidney Filho. “Buscamos atuar preventivamente e o R-Token reforçará ainda mais a tranquilidade na operação de nossas

soluções”, conclui o executivo. Funcionando mesmo sem acesso à internet, o aplicativo emite automaticamente, a cada 30 segundos, uma combinação numérica para a realização de operações sensíveis no Reserve Travel Manager, como autorizações, edição de alguns cadastros e emissão de passagens de avião e outros serviços relacionados aos deslocamentos. O projeto foi desenvolvido a partir de um programa de estímulo à inovação, promovido pelo Reserve Lab entre os colaboradores da empresa. “O R-Token foi o vencedor entre os projetos que participaram do programa em 2017. Seu realizador, o gerente de Desenvolvimento

O COO do Reserve, Sidney Filho

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Eduardo Cardoso, é um especialista em tecnologias inovadoras”, explica a presidente do Conselho do Reserve, Solange Vabo. O vencedor foi anunciado durante o Workshop Anual Reserve, no início do ano. O R-Token estará disponível para download gratuitamente no smartphone do usuário, por meio das principais lojas de aplicativos on-line. NOVO APP Em dezembro foi lançado o New Reserve Mobile, aplicativo da empresa para smartphones. O app integra as viagens e despesas corporativas em um único espaço, facilitando o uso por parte dos clientes. Com o objetivo de reunir todos os sistemas da companhia em uma plataforma mobile, o produto foi desenvolvido pela equipe de especialistas em UX (user experience), pensando na usabilidade e na aderência do usuário. Os três milhões de colaboradores cadastrados nas 25 mil empresas que utilizam os serviços de Travel e Expense já utilizam a nova plataforma desde o mês de lançamento. Para ter acesso à solução, o cliente deverá logar no sistema Reserve, com as mesmas credenciais, a partir de um dispositivo móvel ou tablet de qualquer sistema operacional. n

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Parques temáticos Leonardo Ramos

TEMPOS DE RENO Roberto Vertemati, diretor comercial do Beto Carrero World

Um ano de novidades, sim, mas principalmente de continuar o crescimento. O Beto Carrero World, em Santa Catarina, fechou em 2017 o segundo ano consecutivo de alta nos resultados, tanto em público quanto em receita, números que o diretor comercial Roberto Vertemati preferiu não revelar – embora já em julho do ano passado o parque alcançasse um recorde de público para o mês, de 229 mil pessoas, aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para pensar em números reais é só lembrar que em 2016, ano em que o faturamento teve alta de 24%, o número de visitantes passou da casa dos dois milhões – ou seja, se teve novo aumento, a quantidade de pessoas que passaram pelo parque em 2017 foi maior que isso. Alcançar novos públicos, segundo Vertemati, foi um dos meios de continuar o crescimento. “É um mercado que tem potencial, está se recuperando, mas depende muito das nossas ações. Nosso crescimento no ano passado faz parte de uma estratégia que desenhamos no final de 2016, 62

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VAÇÃO

que foi ampliar a presença em mercados em que não tínhamos grande atuação. Centro-oeste, Nordeste e até países sul-americanos vizinhos entraram com força em nosso share”, explicou o executivo, reafirmando a necessidade de continuar essas ações em 2018. Mas no fim das contas, os parques temáticos vivem de novidades – elas que são o chamariz para atrair o público, tanto o novo quanto o antigo, e consequentemente, é o que leva aos bons resultados. Renovações no repertório de espaços e atrações dedicados a diferentes perfis de visitantes é algo que tem que ser cíclico. “Vivemos no Beto Carrero três principais enfoques: zoológico, parque e shows”, explicou Roberto Vertemati. “O primeiro e o terceiro com certeza estarão bem servidos com novidades neste ano”, adiantou ainda o diretor comercial do parque. “Sempre tentamos manter um bom espaço para receber bem todo o fluxo de público, de diferentes faixas etárias, que recebemos no ano inteiro, principalmente considerando que nos

dedicamos a todas as gerações, dos ‘bebês aos vovôs’. Pensando nisso estamos focando em renovar nossos espaços para 2018, com dois novos previstos para serem abertos até o final do ano”, comentou Vertemati, que já adiantou do que se trata, além de revelar uma exposição que deve animar os apreciadores do futebol, e principalmente de Copa do Mundo. HOT WHEELS EPIC SHOWS O já anunciado novo espetáculo do Beto Carrero World recebeu um destaque especial de seu diretor comercial: o Hot Wheels Epic Show, espetáculo em parceria com a empresa de brinquedos Mattel e que deve abrir em maio. “O legal é que envolve, além do show de carros nos moldes que a gente já contava antes, uma série de novas manobras automobilísticas e cenários diferentes. O próprio imaginário sobre os carros de brinquedos da Hot Wheels é algo incrível, já que eles serão transformados em veículos em escala real”, comentou Vertemati. Embora o espetáculo aconteça na

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mesma arena em que acontecia o antigo show do parque — a Arena Extreme, para três mil pessoas —, uma transformação muito maior deve acontecer em todo o entorno do espetáculo: uma área temática de 30 mil metros quadrados será renovada com a cara da Hot Wheels. “Não só o show será melhorado, todo o espaço contará com uma nova imagem e estrutura. Dentro dele terá um restaurante customizado, com menu temático e ambiente decorado com elementos do universo da marca; e ainda a primeira loja do mundo que é inteiramente dedicada aos itens e brinquedos da Hot Wheels”, se entusiasmou Vertemati. A inauguração da área coincide ainda com o ano do 50º aniversário da Hot Wheels, o que fará do Beto Carrero World a “sede das comemorações do aniversário da marca para toda a América Latina”. Vale lembrar que se trata da primeira ocasião em que a marca é trazida em uma atração permanente de grande porte na América do Sul, de acordo com a empresa.

NOVA ÁREA DO ZOO A segunda nova área prevista para este ano, esta para quem aprecia animais, precisará de mais tempo para sair do forno. Sem data marcada para abertura — com a certeza apenas de que será no segundo semestre —, um novo espaço no zoológico será construído 100% dedicado a um novo animal, que ainda não foi anunciado. “É um ícone da vida selvagem do Brasil”, se limitou a dizer Roberto Vertemati. “Mas embora seja legal contar com a espécie em si, o que queremos é que a área não seja baseada apenas em ver o animal, mas aprender sobre ele, conscientizar e ajudar na formação tanto de crianças quanto de adultos na forma de olhar a natureza”, afirmou o executivo, ressaltando que se tratam de animas que sofreram maus tratos, e vão receber uma área inteira voltada aos seus cuidados. Mais informações sobre a nova área devem ser reveladas no decorrer do semestre.

RELÍQUIAS DA COPA É difícil qualquer empreendimento que seja fugir de ações voltadas ao futebol em ano de Copa – muito menos deixar de transmitir os jogos. Telões nas áreas de alimentação, e até nos locais dos shows, estarão transmitindo os jogos. Mas a atração que deve chamar a atenção neste ano é uma nova exposição. E o nome não poderia representar melhor o que será exposto: Relíquias da Copa. “Reunimos uma série de relíquias raríssimas de Copas do Mundo, uma opção bem legal para os fãs de futebol, e até para os que não acompanham tanto, mas que passando pelo parque vão querer ‘entrar no jogo’ em ano de Copa”, explicou Vertemati, adiantando que uma das peças expostas será uma camisa da equipe do Uruguai utilizada na final da Copa de 50, episódio em que nosso vizinho derrotou o Brasil no até hoje lamentado Maracanazo. “A exposição ficará aberta até 15 de julho, dia da final da copa na Rússia”, finalizou o diretor comercial do parque. n

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Política

Renê Castro

ECONOMIA DA VISI

TAÇÃO

O Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresentará, ainda este mês, as pautas que serão trabalhadas ao longo do ano. Os conselheiros, que além dos setores tradicionais também representam empresas e organizações da área de tecnologia, economia compartilhada, sustentabilidade e diversidade, por exemplo, vão se debruçar sobre questões importantes como a legalização dos jogos, as questões vinculadas ao setor aéreo, a baixa representatividade política do setor e a necessidade de dados mais confiáveis. Segundo a presidente do conselho, Mariana Aldrigui, um dos desafios é reunir dados de diferentes fontes, com metodologias distintas, e sintetizá-los em informações confiáveis, de um lado, e compreensíveis por pessoas que não estão acostumadas a tratar o Turismo 66

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como uma pauta de desenvolvimento. Na federação, a intenção é mostrar que quanto melhor desenvolvida a atividade de Turismo, mais os outros setores são envolvidos – especialmente o comércio e os serviços, em todos os níveis. Uma das consequências de mais movimento econômico é maior arrecadação de impostos que permita ao poder público fazer investimentos adequados em diferentes setores. Para tanto, uma das estratégias é trazer o conceito da Economia da Visitação (Visitor´s Economy), indicando que é importante acolher todos que visitam um destino, independentemente do motivo de sua visita. Mesmo que em teoria muitos sejam turistas, se o indivíduo não se vê como turista, não agirá como tal e os projetos não farão sentido. Por outro lado, todo aquele que não reside e não ganha o seu dinheiro na cidade, estando aqui naturalmente vai gastar em algo, injetando recursos nesta Economia da

Visitação. Dos tradicionais gastos de um turista até a movimentação em função de tratamentos de saúde, educação profissional, serviços jurídicos, compras, os diferentes aspectos serão organizados em relatórios claros e objetivos. “É um esforço diferente, já que antes de simplesmente anunciar os dados ou compará-los com outros setores ou outros países, é fundamental fazer com que eles sejam compreendidos por qualquer pessoa, mas especialmente pela classe política”, disse a presidente. Para ela, são muitos anos de pouco avanço e, por vezes, muito retrocesso na gestão pública. E o empresário brasileiro se vê constantemente desafiado a rever a viabilidade de seu negócio no Turismo em função de outras áreas que o governo negligencia. “Para que nos levem a sério como setor, temos que argumentar com dados que façam sentido em qualquer contexto, e esse será nosso desafio.”n

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Portas Abertas

Rodrigo Vieira

créditos: Ronaldo Dolabela

TOP OF MIND

Eugenio Mattar, co-fundador e CEO da Localiza Hertz

A Localiza é uma daquelas empresas de referência quando o brasileiro é remetido à sua atividade. Poucos consumidores não lembram da marca no momento em que o assunto é alugar um carro. Hoje nomeada Localiza Hertz, após comprar as operações brasileiras de outra grande marca notória no setor, essa internacional, por R$ 337 milhões, a companhia de locação foi fundada durante o período do primeiro choque do petróleo, em 1973, com seis fuscas usados e comprados a crédito. Salim Mattar, Eugenio Mattar, Flávio Resende e Antônio Cláudio Resende: os quatro irmãos foram os fundadores da empresa, e desde então nunca se separaram. Eugenio é o CEO da companhia e Salim é o presidente do Conselho de Administração, onde Flávio e Antônio Cláudio também ocupam suas cadeiras. No segundo choque do petróleo, seis anos depois, a Localiza adotou a estratégia de adquirir concorrentes e se expandir para 11 capitais, principalmente no Nordeste, em um dos principais passos da gigante. 68

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Posteriormente, ao enfrentar a crise da dívida externa, capital escasso e custos elevados, a Localiza adotou o modelo de franchising. Isso foi em 1985, quando começou a levar a atividade ao interior do Brasil e ampliou sua presença por todo território. No início da década de 1990, a Localiza deixou de vender os usados de sua frota via leilão ou realizar troca com concessionárias. Assim surgiu a Localiza Seminovos, uma estratégia para redução da depreciação da frota. O modelo consiste em vender seus veículos diretamente ao consumidor final, gerando caixa para renovação da frota. Pouco depois, a Localiza adotou a estratégia de internacionalização das suas operações, também via franquias, o que, segundo a empresa, foi uma forma de contornar as dificuldades do mercado interno. A América do Sul começava a ganhar as lojas verdes da marca mineira. Nos anos seguintes, a companhia continuou se movimentando, seja por necessidade financeira, estratégia de negócios ou simplesmente inovação. Isso

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Salina Figueiredo, gerente de Produto com sua equipe Gustavo Souza, gerente de Marketing e Vendas com sua equipe

Gabriela Moreira, supervisora da Central de Atendimento de Vendas

inclui a operação private equity com um banco norte-americano, o pioneirismo no segmento de aluguel de frotas, departamento hoje chamado de Gestão de Frotas e a abertura de capital na Bovespa em 2005, com ações iniciando a R$ 3,83. POSIÇÃO CONSOLIDADA A Localiza Hertz se posiciona hoje como a maior rede de aluguel de carros do continente, com mais de 577 agências e 194,2 mil carros em sete países: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai. A atual proposta da empresa é oferecer mais do que aluguel de carros e proporcionar mais conveniência para o dia a dia de seus consumidores. Com a parceria com a Hertz, os clientes Localiza têm também acesso à malha internacional da rede estrangeira (exceto América do Sul). Juntas, oferecem aluguel de carros em mais de dez mil agências em duas mil cidades de 150 países. São quase um milhão de carros disponíveis em todo o mundo. A valorização das ações da Localiza foi destaque

À esquerda, Glauco Zebral (diretor de Produtos e Gestão de Vendas), e à direita, Leonardo Quintão, coordenador de Inteligência de Mercado, com as respectivas equipes

desde a abertura de capital: 2,424% de crescimento (na cotação de 31/2/2017). Hoje, a Localiza está avaliada em cerca de R$ 14,7 bilhões e é a empresa de aluguel de carros listada em bolsa com maior valor de mercado no mundo. ESTRATÉGIA COMERCIAL As tecnologias são os maiores esforços de hoje nos processos de vendas da Localiza Hertz. É assim que a empresa busca inteligência competitiva para obter maior produtividade e maior efetividade de sua força comercial. ▶ 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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▶ Ficha // Empresa: Localiza Hertz // Matriz: Belo Horizonte // Fundação: 17/05/1973, por Eugenio Mattar (CEO), Salim Mattar (presidente do Conselho), Flávio Resende (Conselho) e Antônio Cláudio Resende (Conselho) // Frota atual: 194.279 carros // Número de lojas no Brasil: 384 agências próprias, 133 franquias // Lojas internacionais: 71 pela América do Sul // Localizas Seminovos: 99 lojas no Brasil // Colaboradores: 7,7 mil // Principais departamentos: um para trade turístico, outro para corporativo e área backoffice // Resultados em 2017: - Receita líquida de R$ 6,1 bilhões (alta de 36,5%) - Lucro líquido de R$ 563,4 milhões (alta de 37,6%) - 90 mil carros vendidos e a frota fechou o ano com um total de mais de 194 mil carros // Lançamentos recentes: - Localiza Fast: aplicativo com o qual o cliente abre o carro pelo celular e sai da agência com o veículo, sem passar pelo balcão de atendimento; - Chatbot: cliente pode solicitar reserva pelo sistema de mensagem do Facebook, tal como tirar dúvidas - Localiza Way: dispositivo celular que oferece GPS (Waze e Google Maps), conexão wi-fi para até cinco aparelhos, música via Spotify e conexão direta com a assistência - Aplicativo Localiza: oferece acesso aos nossos principais serviços e inovações tecnológicas, como reservas 24 horas, retirada 100% autônoma no Localiza Fast e perfil e histórico de pontos do cliente. n

João Costa, gerente de Produto Corporate

Paulo Henrique Pires (diretor de Vendas) e Glauco Zebral (diretor de Produtos)

Glauco Zebral e Miriam Beatriz Viana com equipe de Administração de Vendas

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Tecnologia Victor Fernandes

CORPO RATIVO

INTELI GENTE Alexandre Arruda, CEO da Argo Solutions

Em busca de seguir evoluindo seus produtos e serviços para o setor de viagens corporativas, a Argo Solutions tem a missão de deixar seu portfólio ainda mais completo em 2018. A estratégia é firmar parcerias com empresas que agregam tecnologia de ultima geração aos seus sistemas. A área de Gestão do Conhecimento vem investindo em qualificação para o mercado, com iniciativas como a Argo School, que promove desde treinamentos presenciais, webinars e EAD até uso de chatbot. Um dos destaques é a parceria com a Hondana, startup focada em serviço chatbot de comunicação e capacitação, aprimorado com inteligência artificial. O diretor executivo da Hondana, Greg Bateman, explica que o atendimento prestado aos revendedores será feito com uma linguagem simples. “Por meio do chatbot Indica será possível disponibilizar dicas rápidas de utilização do Argo e solucionar dúvidas com muito mais agilidade e excelência.” Para complementar as novidades da área, a companhia segue com a realização de cursos gratuitos para estudantes e profissionais do Turismo 72

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em busca de recolocação, considerada uma oportunidade para troca de conhecimento. A empresa já promoveu duas turmas e disponibiliza em seu site informações sobre as aulas, incluindo forma de inscrição. Os lançamentos para o primeiro semestre incluem, ainda, o Argo Moov, iniciativa que veio para completar a ferramenta OBT da empresa, garantindo um processo end-to-end, desde o momento da reserva até a conciliação das despesas. Por meio de acordos com Uber, Cabify e 99, a ferramenta mostrará para o usuário, em uma única tela, todas as opções de fornecedores disponíveis,

veículos, valores e tempo de espera. “Com o mercado cada vez mais usando estes serviços, sejam táxis ou carros particulares, a gestão do deslocamento por meio de uma tecnologia que possa trazer agilidade, automatização e controle se torna fundamental”, explicou o COO da empresa, Gabriel Barreiros. A companhia fechou, ainda, uma parceria com a Flapper para complementar seu portfólio de conteúdos de mobilidade nos próximos meses. O projeto possibilitará que o viajante frete um assento, dividindo um voo executivo com outros passageiros.n Gabriel Barreiros, COO da Argo Solutions

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Tecnologia Henrique Santiago Divulgação

LABORA TÓRIO

DE VIAGENS Elisa é a nova liderança do Sabre para o Brasil

No acelerado mercado de viagens globais, o futuro chega a cada segundo. Por isso, ser competitivo não é suficiente. É preciso pensar diferente, experimentar, superar e, principalmente, inovar. O Sabre Labs é um laboratório de inovação que explora novas tecnologias que impactarão o segmento durante a próxima década. Motor tecnológico por trás de bilhões de transações de viagens, o Sabre processa anualmente mais de US$ 120 bilhões de gastos globais em viagens, conectando compradores e fornecedores. No Brasil, por meio da unidade de negócios Travel Network, o Sabre tem como clientes as maiores agências de viagens (corporativas, on-line, lazer e consolidadores), além de ter suas APIs sendo massivamente usadas há anos para desenvolvimento de soluções personalizadas. “Hoje, nossa participação de mercado de mais de 57% no Brasil nos dá a certeza de que agregamos um valor imenso à cadeia de viagens, permitindo que fornecedores comercializem suas ofertas e serviços e que as empresas que gerenciam viagens tenham uma vasta gama de opções para oferecer aos seus 74

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clientes”, declara Elisa Carneiro, que assumiu a liderança do Sabre no País em dezembro de 2017. Segundo Elisa, conteúdo, tecnologia e serviços são os pilares que alicerçam a atuação da empresa no Brasil e no mundo. “Estamos certos de que o futuro está sendo pensado e trabalhado hoje pelo Sabre para que a tecnologia traga facilidade e eficiência aos diversos negócios desse grande ecossistema.” VAREJO E SERVIÇOS EXTRAS Recentemente foi anunciado pelo diretor financeiro e vice-presidente da empresa, Rick Simonson, que o Sabre estava no início do desenvolvimento do varejo e serviços extras para as companhias aéreas. Elas passaram a vender esses serviços e famílias de tarifas e nós os incluímos nos canais diretos on-line e, mais recentemente, no GDS Sabre, fazendo com que agências tenham acesso a esse vasto conteúdo. É viável na escala da rentabilidade que agências, TMCs, GDSs e aéreas, cresçam juntos, de maneira sustentável.” Com recentes mudanças em toda a liderança global da empresa e lançamentos importantes, a empresa

tem como foco novas estratégias que reinventarão os modelos comerciais do segmento. ALÉM DO NDC “Com o objetivo de ir muito além do NDC, os recursos da equipe de inovação do Sabre estão não apenas incorporando os padrões da Iata, mas dando a eles uma aplicação mais ampla para que as companhias aéreas, agências e consumidores aproveitem o que o NDC pretende realizar”, declarou o vice-presidente da Sabre para América Latina e Caribe, Esteban Velasquez. “A Sabre acaba de ser reconhecida pela Iata como nível três em NDC, dois meses depois de receber o nível dois. Esse reconhecimento significa que suportamos implementações usando mensagens de gerenciamento com padrões compatíveis ao do NDC.” Além da capacidade de criar e personalizar ofertas, o nível três indica também que o Sabre agora está posicionado para atender os pedidos durante todo o processo nos canais diretos e indiretos. E eles seguem avançando para a certificação de nível três como agregador, prometida para este ano. n

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Cartões de assistência Victor Fernandes

FÉRIAS LUCRA TIVAS Celso Guelfi, presidente da GTA

Nas últimas férias de verão, entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, a Global Travel Assistance (GTA) comemorou aumento de 45% em passageiros embarcados na comparação ao mesmo período um ano antes. Em alta, as viagens nacionais corresponderam a 65% desse impulso, enquanto o restante foi conduzido principalmente por Estados Unidos, Europa e América do Sul. Entre as principais sinistralidades da temporada atendidas pela empresa, os serviços de assistência médica encabeçaram o ranking com 61,28%. Em seguida, vieram auxílio para localização e extravio de bagagem (12,45%), compensação por demora ou cancelamento de voo (9,37%), despesas odontológicas (5,89%) e cancelamento de viagem (2,64%). Baseado em informações do market share de 2017, a empresa revisou o portfólio de cada seguro comercializado com o propósito de aperfeiçoá-los e adequálos à demanda do mercado. “A redução de 55 para 36 planos tem como objetivo oferecer produtos e serviços que estejam de acordo com a real necessidade dos passageiros, direcionando e facilitando a venda nas agências de viagens”, destaca 76

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o presidente da GTA, Celso Guelfi. Para 2018, a GTA estipulou meta ousada de capacitar 9,5 mil agentes de viagens, movimento similar ao que a empresa realiza todos os anos, isto é, sempre perto de seu canal de distribuição – em 2017 foram cerca de nove mil agentes treinados. O trabalho visa qualificar o setor e difundir a cultura do seguro viagem no País. Para atingir o objetivo, a empresa já tem parceria firmada com importantes empreendimentos hoteleiros, como o Celebration Resort Olímpia, Hot Beach, Termas de Jurema,

Tauá Hotel & Convention e Portobello Resort & Safari. Este último foi “fechado” pela GTA no final do ano passado para a capacitação de 120 agentes de viagens de várias regiões de São Paulo e do Rio. Também pensando nos agentes, depois de sete edições da campanha Venda Premiada, a GTA retomará a ação, agora denominada Seguro Premiado GTA 8. Pela iniciativa, os profissionais poderão acumular pontos de acordo com as vendas de seguro e trocá-los por uma série de prêmios.n

Encontro Anual de Vendas e Marketing da GTA, ou Eavem, é um dos pontos altos da empresa de cartões de assistência. Todos os anos a GTA reúne executivos de todo Brasil em Mangaratiba, Rio de Janeiro

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Gestão de pessoas Artur Luiz Andrade

Jean Nogueira, diretor de RH da Gol

A GOL ALÉM DE EMPREGO Era 8 de março e a Gol comemorava o dia internacional da mulher com um voo especial, acompanhado da imprensa. A comissária Nicole Alonso, de 34 anos, foi uma das escaladas para a celebração, juntamente com outras mulheres, mas tinha motivos extras para comemorar. Um ano atrás havia vencido a depressão, que tinha a ver com a aceitação e o processo de transição de gênero pelo qual passou. Nicole nasceu no sexo masculino e assim começou sua carreira como comissário e ao se aceitar e decidir percorrer todo o processo de transição recebeu o apoio da empresa e se tornou a primeira comissária transgênero do País. O fato de es78

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tar no voo especial do dia internacional da mulher, sem alarde, sem ser destacada e completamente integrada ao time feminino da Gol é um sinal da decisão acertada que tomou e de como a companhia trata a questão da diversidade e da individualidade de seus funcionários. Como define o diretor de RH da Gol Linhas Aéreas, Jean Nogueira, a empresa quer se mostrar aberta e preparada para receber a todos, sem estabelecer cotas. “Temos isso em nosso DNA desde o começo, já que nosso pessoal veio de outras companhias aéreas, em um mix de culturas e em uma troca com uma geração que também estava começando a entrar no mer-

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cado de trabalho. Queremos criar uma ambiência receptiva a todos e não criar cotas ou apontar diferenças, até porque nossos passageiros também são diferentes e querem suas individualidades respeitadas e não destacadas”. Mas apesar de a Gol ter essa acolhida à diversidade desde a sua fundação, com outras fusões, “misturas de culturas” e transformações ao longo de seus 17 anos, somente recentemente a empresa criou um programa oficial de incentivo à diversidade, o Braços Abertos para Todos, coordenado pelo gerente de RH, Rodrigo Menossi. Segundo declarações dele à revista de bordo da Gol, “o Braços Abertos para Todos ▶

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Rodrigo Menossi coordena o programa de diversidade da companhia

▶ conta com suporte de um comitê de colaboradores que representam a diversidade da empresa, para criar um ambiente inclusivo em que todos tenham voz, sem preconceito, e garantir que o respeito esteja presente no dia a dia”. “Estudos recentes mostram que equipes diversas têm mais êxito na resolução de problemas complexos, provavelmente por conta de seus históricos e percepções diferentes. Entender os mais de 30 milhões de clientes que voam com a gente por ano é uma prioridade para nós. Precisamos começar aqui dentro”, disse Rodrigo Menossi. O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, visto pelos colaboradores como um divisor de águas na questão de gestão de pessoas dentro da companhia, diz, na mesma edição da revista: “desde a criação da Gol, em 2001, nos esforçamos para receber todos os clientes com a mesma atenção e carinho. Agora, queremos ampliar nosso conceito de diversidade e democratização, garantindo que todos os segmentos da sociedade estejam representados 80

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no nosso quadro de 15 mil colaboradores. Atingir esse objetivo requer esforço contínuo e muito aprendizado, mas não vamos abrir mão disso”. Uma das maiores empregadoras do País, a Gol tem na sua missão ir além do emprego em si, e criar profissionais realizados, apaixonados, engajados, inspiradores e inspirados e... respeitados. INDIVÍDUOS Quando se fala em diversidade, é preciso abrir a mente para tudo o que forma um indivíduo: gênero, sim, mas também religião, idade, opção sexual, mobilidade física, necessidades especiais, engajamento político, posição na sociedade, raça... Ou seja, são muitas as diferenças entre os indivíduos, tanto entre passageiros como entre cola-

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boradores, e é preciso estar no trabalho de cultura dentro da empresa o respeito a essa diversidade e a orientação de como agir nos mais diversos casos. A Gol já apoia ou promove outros programas, que agora se integram ao Braços Abertos para Todos. Por exemplo o Experiência na Bagagem, que emprega profissionais com mais de 50 anos. Também está transformando sua capela na sede no Aeroporto de Congonhas, ▶

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▶ na capital paulista, em um espaço aberto a todas as religiões – o Centro de Liberdade Religiosa. Palestras e encontros sobre diversidade são agendados a cada mês, como, por exemplo, um debate pelo dia internacional da mulher. Dos 15 mil funcionários da empresa, 47% são mulheres e 53% homens, mas um censo realizado recentemente pela companhia identificou 14 gêneros, mais de 70 crenças religiosas e seis etnias entre esses colaboradores. A média de idade entre os 15 mil é de 35 anos. OPORTUNIDADES PARA TODOS O ambiente da Gol para os funcionários, garante Jean Nogueira, é de oportunidades. “Elas abrem muito rápido e iniciamos pelo processo interno”, garante ele. “Temos pilotos que começaram na manutenção ou no call center, comissários que iniciaram no atendimento... Nosso diretor de Aeroportos, o José Luiz, tem apenas 35 anos, começou como estagiário em 2007, passou por Cargas, Suprimentos e hoje comanda 52 aeroportos domésticos e

13 internacionais”, exemplifica. O mesmo vale para o vice-presidente de Planejamento, Celso Ferrer, de apenas 36 anos. Começou na Gol em pricing, em 2006, passou por vários departamentos e desde 2014 é o VP de uma das áreas mais estratégicas da empresa. O próprio Jean, na companhia desde o começo, mas no grupo dos donos da Gol desde que entrou como estagiário, passou por vários departamentos e hoje ocupa, aos 37 anos, uma posição de destaque, se reportando diretamente ao presidente Kakinoff. O que ele olha na hora de contratar um novo funcionário? “Não olhamos gênero, raça... o mais importante é como você age sob pressão, se tem empatia, como se comporta no dia a dia, sua vivência... Tenho seis mil dias de Gol e cada dia é diferente. Na construção da carreira aqui dentro essa vivência é 70% do todo. Outros 20% vêm da troca de experiências com nossos parceiros, como Delta, Air France-KLM, Aeromexico, com um intercâmbio de know how, mas mantendo nosso DNA; e diria que 10% da formação vem da sala de aula, com cursos, treinamentos”, explica.

Derrubar rótulos, como o de que depois dos 50 anos o profissional está descartado ou de que manutenção não é lugar para mulheres, faz parte do trabalho de Jean. “Criamos ambiência para que todos se sintam bem nas mais diversas posições e departamentos”. Para ele, a Gol tem dado mais voz aos colaboradores e tem ampliado a escuta, para que os líderes possam implementar melhor esse ambiente de diversidade. “O resultado vem das pessoas. Para nós é um privilégio termos o (Paulo) Kakinoff como líder. É inspirador. A mudança vem de cima, temos hoje todo um trabalho de cultura da companhia e buscamos manter todos os nossos colaboradores bem informados e alinhados com nosso propósito”, continua. Engajar 15 mil profissionais que trabalham em turnos e locais diversos é um desafio que a cultura da empresa liderada por Paulo Kakinoff tem conseguido vencer. As ferramentas vão desde encontros regulares com os departamentos até cartazes espalhados pelos locais de trabalho, além de uma eficiente comunicação interna. Com essa escuta mais aguçada a di▶

Missão da companhia tem os colaboradores (o “time de águias”) como um dos cinco pilares

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▶ versidade terá cada vez mais espaço e a individualidade dos funcionários mais respeitada e incluída na cultura da empresa. Há outros exemplos disso, como casais que trabalham juntos (não importando o gênero) e acabam nas mesmas escalas. Mães que amamentam e, no caso de comissárias, são colocadas em voos curtos, em que retornam todo dia para casa, até o quinto ano de vida do filho. Funcionários em home-office que uma vez por mês visitam a companhia, para se atualizarem... O call center, aliás, tem 900 profissionais (de um total de 1,3 mil) trabalhando em casa — 90% mulheres. O turnover do centro de atendimento da Gol está em 17%, considerado baixo perto dos 50% de média do mercado. “Não estamos preocupados com cobranças da sociedade, rótulos ou cotas e sim com a diversidade de ideias e pensamentos. Com a pluralidade que está conosco desde o início. Não queremos ser uma única foto e sim ter uma diversidade real, que traz também resultados para nosso negócio”, finaliza Nogueira. 84

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NICOLE ALONSO, COMISSÁRIA DE BORDO, 34 ANOS Há oito anos na Gol, a comissária de bordo Nicole Alonso esteve a um fio de desistir da carreira. Diagnosticada com depressão, ela precisou se afastar da empresa por quase quatro anos. Em meados do ano passado, voltou ao trabalho e se tornou a primeira comissária de bordo transgênero do País. De acordo com ela, após estudar alguns anos na Europa, ao retornar ao Brasil, não havia se encontrado profissionalmente. Foi um amigo que lhe indicou o curso de comissários de bordo — que não demorou muito a se tornar a sua paixão. Indo a campo, Nicole iniciou seus trabalhos na Gol, mantendo ainda a identidade masculina. Embora tivesse ciência de seu próprio gênero, o processo de aceitação e início de transição não foram fáceis e, invariavelmente, o temor de não ser aceita pela empresa também fazia parte da sua realidade. “Nós sempre sabemos o que somos, mas, devido à falta de conhecimento e aceitação de muitos, esse medo é constante”, revela. Por conta do tratamento contra a depressão, precisou se afastar. Recuperada, e confiante da mulher que é, Nicole incialmente voltou à Gol realizando serviços administrativos e, já com toda a documentação atualizada, retornou para a sua posição de comissária. “Eu fui muito bem aceita pela empresa e por meus colegas de trabalho. Jamais fui diminuída por ser quem sou e, além de já haver pessoas trans em outras funções, eu acredito que há espaço para mais”, explica Nicole. Apaixonada pela carreira, Nicole também participou da ação da companhia em homenagem ao dia internacional da mulher — em que 14 voos, entre os dias 5 e 11 de março, foram tripulados unicamente por mulheres. “Independemente de ser trans ou cis gênero, nós, mulheres, queremos ser reconhecidas e mostrarmos que não somos menos capazes em nada. A Gol tem acertado dar apoio e visibilidade a todas as diversidades”, pontua. ▶

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▶ GABRIELA DUARTE, COMANDANTE DA GOL, 42 ANOS Sonhar em pilotar um avião é um desafio aceito por poucos. Sendo mulher, contudo, a ideia parece praticamente inconcebível. Para chegar à atual posição de comandante, Gabriela Duarte precisou superar não apenas as dificuldades que a carreira por si só tem, mas ao que a sociedade também impõe que pode ou não ser desempenhado pelas mulheres. Ainda em meados da década de 1980, pouquíssimas mulheres tinham espaço na cabine de comando nas companhias aéreas — não que a atual realidade seja completamente diferente. Gabriela conta que na adolescência tinha o conhecimento de apenas duas pilotos na extinta Vasp. E muito embora a vontade de comandar viesse desde a infância, quando pedia ao pai para levá-la ao Galeão para 86

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ver os aviões, foi na adolescência que o sonho começou a se mostrar viável. “Coincidentemente, a minha madrinha se casou com um dono de escola de aviação. Foi ele, aliás, que me alertou que havia, sim, mulheres pilotos e que, apesar de difícil, não era impossível chegar onde eu queria”, revela a comandante. E, segundo conta, além de todas as exigências da carreira, o fato de ser mulher tornava o caminho mais difícil. É sabido que há mais mulheres na posição de comissárias de bordo e, por isso, era a alternativa que muitos lhe propunham — inclusive sua família. Além disso, detalhes técnicos para a formação na carreira a desmotivavam. Quando se candidatava para companhias executivas e táxis aéreos ouvia que por ser oferecido ape-

nas um quarto a ambos os pilotos, ela não era adequada ao cargo. “Eles me diziam: ‘eu não me sentirei à vontade em dividir o quarto com você’ ou ‘a minha esposa vai ficar incomodada se descobrir’”, revela. Foi então que, após quatro anos acumulando horas de voos como instrutora, Gabriela seguiu para as companhias aéreas comerciais. Em 2001 ingressou na Nordeste, antiga subsidiaria da Varig. A carreira seguiu para a Ocean Air, atual Avianca, até chegar em 2004 na Gol. Na companhia, após sete anos, foi promovida a comandante. Hoje, também membro do Comitê de Diversidade da companhia, Gabriela recebe mensagens de jovens e meninas que também sonham com a carreira. “Quando elas vêm na minha cabine, eu sempre digo: ‘você pode ser piloto, você pode ser o que quiser’”, conta. ▶

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53% homens

Média de idade de 35

15 mil colaboradores 7 mil em São Paulo 4 mil nos aeroportos 3 mil comissários 2,5 mil na manutenção 1,5 mil pilotos 1,5 mil na área administrativa 1,3 mil no call center (900 em home office) 350 no Exterior

47% mulheres

anos

Atendem mais de

30 milhões

6 etnias

de passageiros por ano

Mais de 70 crenças religiosas 14 gêneros identificados 88

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* A expressão é utilizada desde a criação da companhia para identificar os colaboradores. A águia a cada dez anos se renova, trocando bico e penas. Característica, assim como a resiliência, que a indústria de aviação aprecia – e necessita. ▶

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▶ MARCO GALLINARO, GERENTE EXECUTIVO DE MANUTENÇÃO EM CONFINS, 44 ANOS Marco Gallinaro está na Gol desde 2006, mas já havia trabalhado na Vasp e na Alitalia, inclusive em Bruxelas. Retornando ao Brasil, viu na Gol, “uma empresa agressiva e com carência de profissionais”, uma boa oportunidade de retomar a carreira. Começou como técnico de planejamento, ligado à coordenação de manutenção, e praticamente a cada ano e meio recebeu uma promoção. Oportunidades oferecidas pela companhia e devidamente aproveitadas por ele. “A política da empresa torna essas oportunidades acessíveis, cabe a todos estarem prontos para o próximo passo”, disse ele, que hoje comanda uma equipe de 800 pro90

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fissionais no que é um dos cartões de visita da Gol, o Centro de Manutenção em Confins. E manutenção é lugar de mulher? É lugar de bons profissionais, independentemente do gênero, garante Gallinaro. Segundo ele, ainda faltam mulheres formadas para preencher as vagas, mas o ambiente receptivo está criado. “Há muito respeito e não há diferenciação”. Há cerca de 12 mulheres na manutenção em Confins, entre a área de produção e serviços técnicos. Gallinaro é outro que destaca a mudança no dia a dia da companhia com a chegada de Paulo Kakinoff. “Ele trouxe outra proposta, mudou o posicionamento, o tratamento dos clientes, o projeto de cultura para os colaboradores... É um diferencial”, garante.

O diretor de RH, Jean Nogueira, explica que nos primeiros anos a Gol cresceu muito rapidamente. “Vivíamos o hoje, queríamos marcar nosso território. Passamos por duas fusões, com a Varig e a Webjet, tivemos diversos choques de culturas, mas tudo foi muito natural e orgânico. Só com a chegada do Kakinoff, em 2012, que conseguimos olhar mais a longo prazo, planejar melhor e organizar a gestão de pessoas”, explica. O trabalho de cultura organizacional começou em 2015 e termina este ano, deixando um legado para a Nova Gol nos próximos anos. Gallinaro é um dos que sentem isso: “ainda vejo muitas oportunidades para mim dentro da Gol”, finaliza ele, que está com 44 anos, é casado e tem três filhos.n

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Diagnóstico

Henrique Santiago

GERAÇÃO A

GERA ÇÃO

Nos últimos anos, a raça humana foi dividida de acordo com sua classificação etária. Surgiram, então, termos como baby boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964), geração X (1961 a 1981) e os millennials ou geração Y (1981 a 1995). Essas gerações foram esmiuçadas em um estudo realizado pela consultoria WGSN, tendo como foco a maneira como esses três públicos irão consumir viagens daqui em diante. As especificidades desses grupos indicam que cada uma de suas particularidades pode ser estudada e também, por que não, um facilitador na hora de profissionais lidarem com clientes viajantes. O documento aponta que os millennials vão dominar o mercado de viagens ao chegar no ápice de sua idade, segundo o Boston Consulting Group. Homens e mulheres na casa dos 20 e 30 anos são caçadores de independência, experiência e lugares únicos para conhecer. Além disso, o senso de comunidade, ou seja, viver como um habitante local, é um dos norteadores desses viajantes. PAZ DE ESPÍRITO – OS MILLENNIALS Em outras palavras, pode-se pensar em destinos considerados como exóticos que promovem uma vivência além do habitual. “Os millennials têm revigorado as indústrias espiri-

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▶ tuais e de bem-estar, e sua paixão por ioga, comidas saudáveis, cristais de cura e meditação consciente está mudando as expectativas de viagem. Um novo tipo de fuga hedonista saudável, que combina espiritualidade e festas, está substituindo as férias tradicionais dos jovens”, aponta a pesquisa. Os membros desse grupo já são pais e mães e querem manter as férias que apreciavam antes de terem filhos. O diferencial é: ter um aprendizado de família, mas à sua maneira independente. TODOS JUNTOS – GERAÇÃO X Ao seguir na ordem crescente, a geração X é praticamente dominada por consumidores que já constituíram uma família. E esse perfil está atrelado ao tipo de viagem que é feito: pais, mães, filhos e, eventualmente, tios e avós embarcam em experiências ao redor do mundo. Essas pessoas com idade entre 35 e 55 anos, também chamada de meia idade, buscam preços convidativos para fechar um roteiro específico. Mas não é só de custo-benefício que vive esse grupo demográfico. Uma vivência que entrega algo próximo ao ambiente do lar funciona como uma isca para fisgar esses viajantes. A melhor época de lazer para eles é, sem qualquer dúvida, janeiro ou junho, pois dependem do calendário escolar de seus filhos para poderem tirar férias. “Compromissos financeiros – economia para a faculdade dos filhos, ajuda aos pais e pagamento das próprias dívidas – significam que a geração X demanda bons preços e vai pesquisar pelas melhores ofertas no setor de hospitalidade”, destaca a publicação da WGSN.

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VIAJAR É AGORA – OS BABY BOOMERS Por fim, os baby boomers são aqueles que aproveitam a aposentadoria para fazerem o que consideram de melhor: viajar. As viagens-desejo são a motivação mais conhecida para um deslocamento internacional. Já as domésticas são um misto de férias de verão, multigeracionais e as famosas escapadas de final de semana para ir a uma cidade vizinha. O relatório ainda revela um número de impacto: 21 milhões de boomers irão participar de férias multigeracionais. A WGSN recomenda que a indústria de viagens tem de se atentar a essa movimentação para que “todos os membros da família possam compartilhar [bons momentos] através de uma variedade de canais digitais”. A terceira idade ainda abre espaço para uma subdivisão dentro de sua própria “tribo”: os solteiros. Quarenta e três por cento deles não estão casados e 27% valorizam viagens com amigos. Eles também são precavidos e levam consigo itens como medicamentos, calçados confortáveis, câmera e óculos escuros para registrar o momento sem deixar a saúde e o bem-estar de lado. “Os baby boomers têm 85% mais chance que a geração X de ter US$ 300 mil ou mais em suas contas de aposentadoria e 4,6 vezes mais chance do que millennials de terem economizado esse valor. Esses aposentados gastaram perto de US$ 180 bilhões em viagens de lazer só em 2016.” A realidade desses três perfis está cada vez mais presente no horizonte da indústria de viagens. É necessário saber que, do aventureiro independente às famílias que viajam em cinco, seis ou mais, cada um deles têm um interesse específico por trás de um bem comum, que é se ter uma experiência inesquecível. n

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Mercado

Raphael Silva

Alexandre Sampaio, presidente do Conselho Empresarial de Turismo da CNC

NÚMEROS DE FORÇA

A prática de mensurar resultados e analisar números e estatísticas sempre foi um divisor de opiniões no Turismo. Diante da importância que os dados ganharam no âmbito de mercado atualmente, surge a dificuldade de coletá-los e analisá-los para criar projeções e buscar uma otimização realista sobre o momento. É justamente pensando em como esses números podem auxiliar o crescimento turístico que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) deu início ao índice Empregabilidade no Turismo, que em sua primeira edição mostrou a relevância das áreas de Hospedagem e Alimentação como principais empregadores no setor. A CNC, porém, não quer 96

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parar por aí. O objetivo da confederação é ampliar o escopo para uma pesquisa ainda mais completa sobre o Turismo brasileiro, mas há dificuldades. “Hoje é difícil coletar esses números, os Estados são resistentes a nos fornecê-los”, explicou o presidente do Conselho Empresarial de Turismo da CNC, Alexandre Sampaio. Segundo ele, no entanto, o plano é utilizar o sistema das unidades municipais da Fecomercio para aprimorar a comunicação com os principais pontos turísticos do Brasil. “Essa aproximação é fundamental para que possamos reunir um número expressivo de entidades comprometidas com essa conferência de dados e que

nos auxiliem a mensurar os números do Turismo”, destacou Sampaio. “O mercado conta com diversas variáveis, que vão desde a diferenciação dos mercados, como corporativo e lazer, até a diversificação de players. É algo muito complexo, mas que, caso seja analisado da maneira correta, será um benefício geral para o País”, concluiu. PRIMEIRO PASSO Contabilizar a empregabilidade do Turismo no Brasil é o primeiro passo para uma coleta mais analítica de informações de mercado, mas também é um exemplo de como é preciso se aprofundar nos números. Ao destacar a área Hospedagem e Alimentação (HA) como

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grande empregador do setor – com 1,9 milhão de contratados – a CNC admite que esse dado não pode ser considerado totalmente real. Neste ponto, é necessária uma separação do que seria alimentação de lazer e comercial, sendo que apenas a primeira comporia uma estatística turística. O mesmo fator também afeta o Transporte de Passageiros – vice-líder do ranking com 869 mil empregados –, que, junto à HA, representa mais de 90% do mercado. “Ambas as áreas trabalham de forma híbrida. É uma leitura que, no momento, não podemos segregar. Enquanto uma mostra diversificação da alimentação, a outra inclui fretes de funcionários, excursões etc... Atualmente, é impossível diferenciar isso com os dados que temos”, afirmou o presidente do Cetur da CNC. As áreas de Cultura e Lazer e a representação de Agentes de Viagens completam o ranking da empregabilidade com 75 mil e 69 mil empregados, respectivamente. O resultado empregatício anual terminou com uma baixa de 12,6 mil vagas, o que pode ser comemorado como a menor queda desde 2014. Nos dois anos anteriores, o setor viu mais de 138 mil empregos serem fechados, com 2016 (87 mil) sendo o mais drástico da história do Turismo. FUTURO PROMISSOR A aproximação dos órgãos que cuidam do Turismo é o objetivo principal da CNC para adquirir os tão desejados dados, mas não é o único. Alexandre Sampaio revelou à PANROTAS que a confederação irá atrás dos candidatos à presidência da República neste ano para permear mais

Além de presidente do Cetur-CNC, Alexandre Sampaio preside a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)

Cetur-CNC atua ativamente em medidas para tirar os gargalos do setor. Recentemente, promoveu um Seminário Jurídico para discutir importantes temas do Turismo em Brasília

possibilidades para o setor e utilizará justamente as estatísticas atuais para convencê-los. “Vamos pedir a eles que ouçam a voz do Turismo. Com a força dos dados e o apoio dos principais órgãos do setor, vamos mostrar o quanto somos relevantes para o País”, exaltou o presidente. O projeto ainda engloba o apoio à mo-

dernização da Lei Geral do Turismo, a abertura de 100% do capital das companhias aéreas brasileiras ao investimento estrangeiro e a reformulação da Embratur. “Ninguém faz milagre. É preciso apoio e ideias que nos ajudem a avançar. Precisamos de incentivo para nos recuperarmos junto à economia”, concluiu Sampaio. n

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Eventos

DO CORPO RATIVO

Victor Fernandes

AO SOCIAL

Chieko Aoki, proprietária do Villa Blue Tree

Empresa do grupo Chieko Aoki, o Villa Blue Tree foi criado em 2005 com o objetivo de atender eventos corporativos e sociais de forma única e diversificada. O espaço, em São Paulo, garante prezar por serviços exclusivos, ambientes diferenciados e entradas independentes, e, para isso, oferece suporte para eventos que podem variar de workshop, palestras e convenções a confraternizações, casamentos ou outros eventos de particularidades únicas. A companhia aponta, como um de seus principais saltos de qualidade, a entrada do know-how de serviços da rede hoteleira homônima, em 2015, além do alto nível da gastronomia premiada da rede Noah. No último ano, o Villa Blue Tree teve um crescimento de 30% nas vendas comparado com o ano anterior. O resultado se dá muito por conta de sua taxa de conversão, elevada de 3% para 18%. “Para chegar nestes números altos e positivos em um momento de cenário nacional em crise, o Villa Blue Tree buscou junto de seus parceiros homologados proporcionar soluções completas para todas as áreas do seu evento, trazendo em sua estrutura física diversas melhorias tecnológicas, 98

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Chef Gerson Higuchi, responsável pelo cardápio do Fórum PANROTAS 2018

aumento na divulgação do espaço e demais melhorias internas de processos, sem deixar de mencionar a gastronomia de ponta, da rede Noah Gastronomia, do surpreendente chef Gerson Higuchi”, justifica a empresa, em comunicado. Hoje, o Villa Blue Tree conta com uma área de 3,3 mil metros quadrados com capacidade para receber cerca de cinco mil pessoas em apenas um único evento. Os ambientes possuem duas entradas independentes, cinco salas de apoio, recepção, oito toaletes

e sete salas de eventos, sendo elas: Sabi 1 e 2 (com possibilidade de integração entre elas), Nehan 1, Nehan 2, Harai 1, Harai 2 e Tai-an. Para 2018, o Villa Blue Tree pretende transmitir a seus clientes um alto nível nos serviços, excelência nos sabores e alta tecnologia: palavras estas, e conceito que representam fielmente os serviços oferecidos. Fazer o cliente vivenciar experiências incríveis é o maior desafio para ser encarado neste próximo ano, aponta a empresa. n

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LGBTravel

Rodrigo Vieira e Marcos Martins

UNIDOS PELA

John Tanzella, presidente da IGLTA

DIVERSIDADE

Os direitos humanos, a diversidade e a luta contra o preconceito ganham, gradativamente, espaço no mercado de Turismo. Suficientemente ou não, o avanço dessas causas está se fazendo presente em vários elos do setor. As empresas estão abrindo os olhos para uma causa que, em pleno 2018, não deveria ser nem mais discutida, mas antes tarde do que nunca. Para aumentar a visibilidade do tema, a PANROTAS Editora tornou-se media partner da International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA), a principal associação internacional de Turismo LGBTQ, e vai oferecer ao longo de 2018 uma série de conteúdos em sua plataforma digital e revista impressa, com a coluna LGBTravel, além de parceria com a Braztoa no evento Experiência LGBTravel, que estreia também este ano. “Os relacionamentos homoafetivos ainda são ilegais em 72 países. Mesmo em lugares com leis mais progressistas, nem todas as regiões aceitam. A IGLTA foi fundada em 1983 e se tornou a principal rede global de empresas turísticas de acolhimento LGBTQ. A associação fornece informações e recursos para os viajantes enquanto trabalha para expandir o nicho globalmente, demonstrando seu impacto social e econômico significativo”, afirma à PANROTAS o presidente da IGLTA, John Tanzella, que é membro da entidade desde 2005 e trabalha em projetos de pesqui100

sa para identificar as necessidades do segmento. Um dos principais desafios para as empresas de Turismo, segundo Tanzella, é melhorar a receptividade ao público LGBTQ. Um atalho sugerido pelo especialista são ações de marketing mais inclusivas, retratando pessoas do mesmo sexo e diferentes tipos de família, sem medo de levantar a bandeira. Outra atitude essencial é não ter medo de conversar com os fornecedores e colocar em pauta o que ambos estão oferecendo a seus clientes e se o ambiente é, de fato, acolhedor. SITUAÇÃO NACIONAL O Brasil é o segundo maior mercado LGBTQ no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e apresenta cenário favorável para o desenvolvimento de novas oportunidades. Um desses exemplos é o caso do grupo Meliá, que renovou a parceria de nove hotéis brasileiros com a IGLTA em unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, destinos considerados gay friendly (ou simpatizantes, no sentido mais amplo). “O País está muito bem posicionado com um conselho de Turismo nacional de apoio, que é a Embratur, e o envolvimento de longa data do Rio Convention & Visitors Bureau. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal e a Parada Gay de São Paulo é a maior do mundo”, comemora Tanzella.

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Além das cidades brasileiras mais famosas, um destino que foi destacado pelo presidente da IGLTA foi Belo Horizonte, que entrou para a lista de membros da associação e foi incluída no calendário internacional de eventos. Outra parceria comemorada é a do Airbnb, que em 2017 assumiu compromisso e se engajou de vez com a comunidade gay. DESTINOS E TENDÊNCIAS Interessada em vários tipos de experiências, a comunidade gay é criteriosa ao avaliar o seu destino de viagem e leva em consideração o combo de atrações turísticas e entretenimento. A IGLTA destaca como tendências para este ano as cidades de Nova York e Los Angeles, combinadas às tradicionais Miami e Fort Lauderdale, incluindo também os parques nacionais dos Estados Unidos. Outro destino em destaque é São Petersburgo, na Rússia, que amplia a presença LGBTQ apesar de grupos conservadores, e Tóquio, combinada a outras regiões do Japão. O luxo nunca pode ser descartado, mas está longe de ser o único perfil de viagem do público homossexual. CONVENÇÃO ANUAL Para capacitar profissionais e também promover networking entre fornecedores e clientes, a IGLTA realiza anualmente a sua convenção global, que em 2018 acontece de 9 a 12 de maio no Westin Harbour Castle, em Toronto, no Canadá. O evento espera 550 profissionais, que representarão mais de 25 países.

Em 2019, a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, receberá o encontro com expectativa de 600 participantes, no ano em que se comemora o 50º aniversário dos protestos de Stonewall, movimento contra a repressão policial que inspirou diversas mobilizações ao redor do mundo. Já em 2020, a cidade de Milão, na Itália, sediará o encontro. Todas essas ações buscam as melhores alternativas e serviços para que o turista se sinta bem recebido, seguro e respeitado quanto à sua orientação sexual. “Os viajantes LGBTQ querem saber que seu negócio está realmente comprometido com a comunidade e não apenas interessado em ganhar dinheiro.”

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Espaço WTM Latin America

COMPROMISSO COM

O CORPORATIVO A WTM Latin America 2018 lança encontros específicos para gestores de viagens corporativas. O “Programa de Turismo Corporativo” traz importantes parcerias nos três dias de evento, que ocorre na capital paulista, de 3 a 5 de abril, no Expo Center Norte. O principal objetivo dessa iniciativa é incentivar os gestores na concretização de negócios, ampliar sua rede de contatos, firmar parcerias, bem como aprofundar o conhecimento por meio de debates e discussões em torno de temas relevantes do segmento. Para a realização dos encontros, a WTM Latin America fechou importantes alianças estratégicas com as entidades mais representativas do mercado e cada uma

PROGRAMAÇÃO COMPLETA: Terça-feira, 03 de abril de 2018 8h às 12h – Reunião mensal TMG, no Mezanino Expo Center Norte (somente para convidados) 13h às 15h – Fórum Abracorp, no Mezanino do Expo Center Norte (aberto a profissionais do setor) 15h30 às 16h30 – Speed Networking Session, na Corporate Travel Area da WTM Latin America (com gestores de viagens e expositores)

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delas terá uma agenda própria durante o evento. São elas: Abracorp, Alagev, GBTA e TMG. Quem também apoia é a Avianca, responsável pelo transporte de 50 gestores de viaLuciane Leite, diretora da gens de todo o Brasil. WTM Latin America “A WTM Latin America contempla o tema das viagens corporativas desde sua primeira edição, em 2013, e este ano conseguimos viabilizar um programa histórico envolvendo as principais entidades do setor”, destaca a diretora da WTM Latin America, Luciane Leite. 

Quarta-feira, 04 de abril de 2018 10h às 16h - Curso GBTA – Fundamentos da Gestão de Viagens Corporativas, com os seguintes módulos: Gestão de Viagens; Relacionamento com Fornecedores; Tecnologia em Viagens; Desenvolvimento de Programa de Viagens, na Corporate Travel Area (aberto para gestores de viagens). Quinta-feira, 05 de abril de 2018 9h às 13h – Evento das Comunidades Globais Alagev, no Mezanino do Expo Center Norte (somente para convidados) 14h30 às 15h30 – Lançamento Alagev: Estatístico da Comunidade de Gestores de Viagens Corporativas, na Corporate Travel Area (aberto a gestores de viagens)

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Operadoras Renê Castro

Claiton Armelin, Eduy de Azevedo e Cristiano Placeres

CVC CORP BUSCA SINERGIA PARA AMPLIAR LIDERANÇA O investimento bilionário em aquisições tornou-se o grande trunfo da CVC Corp para seguir crescendo em território nacional. Ao apresentar-se como conglomerado formado pelas unidades de negócios CVC Lazer, Rextur Advance, Trend, Experimento, Submarino e Visual, a líder não só alcançou melhores resultados em suas compras nacionais e internacionais, como também ganhou fôlego para pulverizar a atuação em cidades consideradas secundárias e terciárias. No setor de Produto Nacional, o diretor Claiton Armelin viu sua equipe crescer exponencialmente, com a atuação de 160 profissionais nos quatro cantos do País. São supervisores, analistas e exatos 53 negociadores que atuam direta ou indiretamente com acordos comerciais para produtos e serviços terrestres, como hotelaria, receptivo, passeios, alimentação e ingressos. “No final de 2017 iniciamos uma grande sinergia entre os colaboradores das empresas para formar um time único de compras. Esta integração nos abriu um leque de novas possibilidades e 104

deixou claro que nosso objetivo não é ser agressivo na negociação, e sim mostrar-se parceiro do hoteleiro e do receptivo, na alegria (alta temporada) e na tristeza (baixa temporada)”, garantiu Armelin, revelando que, em 2017, as empresas que formam a CVC Corp venderam 7,2 milhões de room nights no Brasil. “Claro que estamos em busca das melhores tarifas, mas de forma respeitosa e visando às parcerias de longo prazo, que proporcionem ao hoteleiro uma boa taxa de ocupação durante o ano”, argumentou, explicando que, genericamente, o mercado corporativo é responsável pela ocupação dos hotéis entre segunda e quinta-feira, enquanto o lazer se responsabiliza pela sexta, sábado e domingo, gerando uma variedade de tarifas que, segundo o dirigente, “agrada muito” o setor hoteleiro. Outro diagnóstico positivo do conglomerado diz respeito a uma das mudanças promovidas pela nova lei trabalhista, que agora permite ao

empregado dividir as férias da maneira que achar mais conveniente, possibilitando viagens curtas. O aumento de deslocamentos a lazer proporcionou também a ampliação do portfólio de destinos ofertados pela companhia. Para isso, foram incluídas cidades secundárias e terciárias na rotina dos negociadores. “É importante ressaltar que, mesmo diante de todas essas mudanças, as 25 empresas de receptivo que temos parceria continuam atuando da mesma forma. Não vamos padronizar os receptivos da CVC Corp, justamente por conta da particularidade de cada unidade de negócios (ou marca)”, garantiu Claiton Armelin. MAIS RESORTS Responsáveis por 15,5% das vendas do segmento lazer da CVC Corp, os resorts nacionais caíram no gosto do viajante, segundo Armelin. O que falta são mais opções. A solução encontrada pelo conglomerado foi aproximar-se da Asso-

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ciação Brasileira de Resorts (ABR) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional) para incentivar os empreendimentos a buscarem novas formas de bem receber o viajante. “O nosso cliente está pedindo pacotes com menos de sete diárias, o que amplia nosso radar de vendas. O trabalho agora é iniciar tratativas para que os hotéis de praia cada vez mais se aproximem do modelo de negócio de um resort, adotando o sistema all inclusive. É o momento de se reinventar, buscar algo a mais. Veja o exemplo do Transamerica Comandatuba”, considerou ele, que tem como objetivo “lotar um Allianz Parque (estádio de futebol) por dia”, ou seja, vender cerca de 40 mil diárias por dia na CVC Corp, um crescimento de pouco mais de 100%, em comparação com o cenário atual. PORTAL DO HOTELEIRO Plataforma exclusiva para hotéis e resorts, o Portal do Hoteleiro é a grande aposta da CVC Corp para este novo momento do terrestre. A versão atualizada do sistema chega após 15 anos e promete automatizar o controle de apartamentos, inclusão de tarifas e digitalização de faturas. “Entregamos ao fornecedor um portal mais robusto e sem custo algum. Nesta primeira etapa, que consideramos soft opening, cadastramos 300 empreendimentos na plataforma, mas até o final do ano, com os ajustes necessários, teremos mais de cinco mil meios de hospedagem utilizando o sistema (incluindo o portfólio Trend e Visual, que, por ora, seguem com seus sistemas próprios)”, enfatizou Cristiano Placeres, responsável pelo Produto Brasil 1, que contempla todo o Nordeste e grande parte do inventário de vendas. “O portal representa o ponto de virada para nós, já que é um sistema completo e dinâmico, possibilitando ao fornecedor inserir tarifas em dois cliques. Posso dizer que entramos no jogo do last minute da hotelaria”, finalizou Armelin, ao lado do megafone que virou sua marca registrada.

Sylvio Ferraz, diretor executivo do Produto Internacional

INTERNACIONAL: INTELIGÊNCIA E PROATIVIDADE

Em sua primeira entrevista como diretor executivo do Produto Internacional da CVC Corp, Sylvio Ferraz afirmou à reportagem que aceitou o desafio de comandar uma equipe de 100 pessoas ao redor do mundo após uma conversa com Luiz Eduardo Falco (presidente) e Valter Patriani (vice-presidente). “Ser um dos responsáveis pela montagem de uma nova estrutura para uma companhia como a CVC Corp é algo que motiva qualquer profissional”, ressaltou ele. Uma das primeiras ações do dirigente na nova função foi unificar os escritórios da CVC Lazer e Trend em Orlando, nos Estados Unidos, e redefinir o raio de atuação dos negociadores. “Fizemos outras mudanças pontuais, mas a grande notícia é a ampliação da nossa atuação comercial nos Estados Unidos, contemplando não apenas a Flórida, como também o restante do país.” A estratégia do novo comandante é ampliar as opções de viagens e acompanhar de perto o comportamento do viajante internacional da CVC Corp. “Não temos uma área passiva, pelo contrário. Queremos colher dados para criar uma inteligência que melhore a nossa distribuição, e fazemos isso analisando todas as regiões do globo para encontrar novas oportunidades de venda”, completou Ferraz. Com mais de 250 mil hotéis no por-

tfólio, por meio de acordo direto ou via brokers, a área de Produto Internacional da CVC segue o mesmo caminho do Nacional e busca agora roteiros em cidades menores. O caderno de Circuitos pelo Mundo auxilia nessa ampliação, já que possui saídas garantidas o ano todo e prevê roteiros por capitais e outras regiões de interesse turístico. A Copa da Rússia e a temporada de inverno em Bariloche (Argentina) e Santiago (Chile) complementam a ofensiva montada por Sylvio Ferraz e sua equipe. “Fora isso, estamos colocando muita energia em Dubai (Emirados Árabes) e na Vacation Homes Collection (VHC), que já está no sistema e estamos buscando outras propriedades fora de Orlando. É um produto muito interessante e que o brasileiro está gostando de experimentar.” O fato de atuar em uma companhia de capital aberto impede Ferraz de fazer prognósticos, mas o crescimento mostra-se iminente, se considerados os últimos balanços operacionais. Para se ter uma ideia, entre janeiro e fevereiro deste ano, o setor contabilizou vendas para 470 cidades no Exterior, comprovando a capilaridade do sistema CVC. “A nossa venda é bem dividida entre os continentes, gerando bons resultados mesmo em momentos mais complicados, como erupções de vulcões, tempestades, entre outros imprevistos. África e Ásia, regiões que ainda são tímidas nos nossos resultados gerais, estão em pleno crescimento. As perspectivas, portanto, são as melhores.”

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ESTRUTURA DE PRODUTOS DA CVC CORP NACIONAL

Responsável pela compra de produtos e serviços terrestres no território nacional para CVC Lazer, Rextur Advance, Trend, Visual e Submarino // 160 colaboradores // 25 receptivos parceiros Resultados em 2017 // Vendeu 7,2 milhões de room nights no Brasil // Lazer – 60% (4,3 milhões de room nights) // Corporativo – 40% (2,9 milhões de room nights) 19.736 apartamentos por dia // Equivalente a 13 complexos da Costa Sauípe lotados por dia // Resorts são responsáveis por 15,5% das vendas

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Principais executivos Claiton Armelin – diretor executivo Cristiano Placeres – head Brasil 1 (Nordeste) Eduy de Azevedo – head Brasil 2 (Sul e Centro-Oeste) Ricardo Assalim – head Brasil 3 (Sudeste e Norte) Permanência média // Lazer: 5 diárias // Corporativo: 2 diárias Principais Destinos Lazer (room nights) 1 – Bahia 2 – Ceará e Alagoas 4 – Pernambuco 5 – Rio Grande do Norte 6 – Rio Grande do Sul 7 – Santa Catarina 8 – Rio de Janeiro 9 – Paraná 10 – São Paulo

Corporativo (room nights) 1 – São Paulo 2 – Rio de Janeiro 3 – Paraná 4 – Minas Gerais 5 – Rio Grande do Sul 6 – Bahia 7 – Santa Catarina 8 – Pernambuco 9 – Distrito Federal 10 – Ceará Lazer + Corporativo (room nights) 1 – Bahia 2 – São Paulo 3 – Ceará 4 – Alagoas 5 – Pernambuco 6 – Rio de Janeiro 7 – Rio Grande do Norte 8 – Paraná 9 – Rio Grande do Sul 10 – Santa Catarina

Destinos com mais embarque de passageiros 1 – São Paulo 2 – Rio de Janeiro 3 – Porto Seguro (BA) 4 – Fortaleza 5 – Maceió 6 – Natal 7 – Porto de Galinhas (PE) 8 – Foz do Iguaçu (PR) 9 – Gramado (RS) 10 – Salvador

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INTERNACIONAL //100 colaboradores //Escritório próprio em Orlando (Flórida - Estados Unidos) //12 negociadores pelo mundo //Acordos com mais de 250 mil hotéis (contratos diretos e brokers internacionais)

Principais executivos Sylvio Ferraz – diretor executivo Rodrigo Vaz – gerente sênior para as Américas Marcelo Patelli – gerente sênior para Europa, Ásia, África e Oceania Elisabete Leonardo – gerente sênior de Hotéis On-line de Conectividade Marcela Ciasca – gerente sênior de Estratégia em Canais Resultados // Comercialização de 470 cidades no Exterior entre janeiro e fevereiro de 2018

Principais destinos Tíquete médio 1 – Orlando (Estados Unidos) 2 – Cancun (México) 3 – Lisboa (Portugal) 4 – Punta Cana (República Dominicana) 5 – Buenos Aires (Argentina) Volume de passageiros 1 – Orlando (Estados Unidos) 2 – Buenos Aires (Argentina) 3 – Cancun (México) 4 – Santiago (Chile) 5 – Punta Cana (República Dominicana) Em alta: Dubai (Emirados Árabes) África do Sul Nova York (Estados Unidos)

Fonte: CVC Corp

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REDUTO GOURMET Na zona norte de Buenos Aires, Recoleta se sobressai por suas construções de estilo parisiense, deslumbrantes palácios dos anos dourados e lojas de luxo. Além disso, conta com verdadeiros clássicos da cena culinária portenha. O bairro foi o primeiro polo gastronômico da capital argentina.

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Muito antes de o boêmio Palermo e do moderno Puerto Madero virarem tendência, a região já concentrava os melhores redutos gourmet de Buenos Aires, espaços muito frequentados por viajantes e residentes de paladar exigente. La Biela é um dos mais tradicionais: um clássico com mais de 150

anos de história declarado “Café notável de Buenos Aires”. Elegante e cosmopolita, tem um salão para 400 pessoas e vista para a Basílica de Nuestra Señora del Pilar e para o cemitério da Recoleta. Sua cozinha internacional, com uma forte marca local, e o típico cafezinho que convida à conversa,

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são experiências imperdíveis. Outro ícone desse bairro é o La Bourgogne, o aclamado restaurante do Alvear Palace Hotel e grande representante da melhor cozinha francesa na Argentina, graças a criações do reconhecido chef Jean Paul Bondoux. A icônica grelha e “ròtissoire” tem um efeito cenográfico para o local, enquanto sua lendária adega o é ideal para organizar reuniões de até 40 pessoas. Ao lado, também se destaca a Boutique de Jean Paul, um espaço gourmet para saborear pratos frios e quentes, além de doces. Com mais de 21 anos de uma trajetória bem-sucedida, Piegari é outro restaurante reconhecido tanto a nível nacional quanto internacional. Em um dos lugares mais exclusivos de Buenos Aires, oferece cozinha italiana artesanal junto com uma seleção de pratos mediterrâneos, como risotos e

receitas com peixes e mariscos. O restaurante recebeu ainda o selo Marca País, do Ministério de Turismo argentino, um fiel testemunho da influência da imigração europeia na tradição culinária local.

La Biela, um bar clássico com décadas de história

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Destinos

Artur Luiz Andrade

RIO DE INFINITAS

POSSIBILIDADES

A presidente do Rio CVB, a hoteleira Sonia Chami, e o diretor executivo, Michael Nagy, falaram à PANROTAS sobre os planos, projetos e desafios do destino, o de maior visibilidade do Brasil no Exterior, um dos mais desejados por viajantes domésticos e que está com estrutura nova para eventos e diversos nichos. Como superar os atuais problemas da cidade e do Estado e mostrar o Rio que é bom para o Turismo de todo o Brasil? 110

PANROTAS — O Rio funciona melhor durante os grandes eventos? Essa é a vocação da cidade? SONIA CHAMI — É notório que os megaeventos dão mais exposição ao Rio. Mas é importante frisar que a cidade funciona durante todo ano de forma profissional e eficiente, seja durante um megaevento ou um encontro de pequeno porte, na baixa ou na alta temporada. Não importa o tamanho ou o período de sua realização. O Rio oferece infinitas

possibilidades e infraestrutura para qualquer tipo de evento. Contamos com excelentes equipamentos de congressos e convenções, moderna rede hoteleira, extensa malha aérea e o mais completo sistema de mobilidade urbana sustentável do País. PANROTAS — O calendário proposto pelo governo federal e a Prefeitura, Rio de Janeiro a Janeiro, já saiu do papel? É o modelo que o trade espera? SONIA — O modelo é exemplar. A

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Divulgação/RIO CVB

criação de um calendário sustentável, como o Rio de Janeiro a Janeiro, permite perpetuar, ano a ano e com diversidade, os eventos que potencializam toda a cadeia produtiva do segmento turístico. Além de estimular o fluxo de turistas, a economia e a geração de empregos, o calendário Rio de Janeiro a Janeiro promove o destino com um ano de antecedência. Isso mostra que o Rio está se profissionalizando e trazendo negócios para todos os players do Turismo carioca. O calendário divulgado no dia 2 de março já está em andamento. Agora, precisamos trabalhar para melhorar e incentivar a realização de mais eventos. PANROTAS — O trade apoia a intervenção federal na segurança do Rio? Como o Turismo é impactado?

SONIA — A intervenção é imprescindível, não apenas para o Rio de Janeiro, como para todo o País. Porém, como o principal cartão postal do Brasil, o Rio de Janeiro precisa e passa por uma ação imediata. A presença e intervenção militar só aumenta a segurança em nossa cidade e nós apoiamos que as mesmas ações se repitam por todo Brasil e para todos nós brasileiros. Precisamos entender que o Rio de Janeiro é um exemplo para o Brasil e que o destino é referência para o mundo. Estamos prontos para receber visitantes e funcionando como nunca visto antes. Acabamos de sediar o maior carnaval de todos os tempos, com 1,5 milhão de turistas e mais de seis milhões de foliões. Simultaneamente, recebemos o Rio Music Conference, importante

festival de música eletrônica. Fomos palco do Rio Open, o maior evento de tênis do Brasil. Lotamos o Maracanã com a presença de Phil Collins e Foo Fighters. Recebemos, também, o Festival do Japão, o mais emblemático evento sobre a cultura japonesa do País. Isso tudo sem falar nos congressos já confirmados em nosso calendário para os próximos anos, representando mais de 800 mil pessoas. Como podemos ver, nada mudou. Ao contrário. Estamos cada vez mais fortes e ativos. PANROTAS — Como o destino se beneficiou desses dois megaeventos, Copa e Olimpíada, e como segmentos como os de Lazer e Mice podem utilizar o legado deixado? MICHAEL NAGY — O Rio de Janeiro é

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protagonista do País e a realização dos megaeventos, como Copa e Olimpíada, só ajudou a consolidar a sua imagem entre os principais destinos turísticos do mundo. Devemos lembrar que os megaeventos deixaram um legado inestimável para a nossa cidade, incluindo infraestrutura, mobilidade urbana, parque hoteleiro, entre outros quesitos que deram ao visitante e ao morador uma melhor funcionalidade do nosso destino. Hoje, o Rio tem espaços e estrutura pronta para atender qualquer requisito exigido. Você desenha o perfil do seu evento e o Rio faz ele se tornar realidade. PANROTAS — O Rio é um destino que trabalha bem os nichos que são tendência entre os viajantes internacionais, como o Luxo, o LGBT, 112

o voluntariado, a experiência, o engajamento social ou os esportes, por exemplo? NAGY — Certamente. O mundo de hoje é composto por tribos, e entre os viajantes essa diversidade é ainda maior. O Rio de Janeiro possui perfil multifacetado e tem como atender todos os gostos e expectativas, criando experiências únicas e exclusivas para o nosso turista. No Rio, o visitante mantém a sua essência, mas leva consigo o espírito carioca. PANROTAS — Como empresas e turistas podem aproveitar melhor os eventos como carnaval e réveillon e também os períodos em que a cidade vive sua normalidade? NAGY — O carnaval e réveillon são excelentes vitrines de promoção

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do destino, porém o Rio é muito mais do que estes dois expoentes eventos. A cidade tem uma riqueza sem igual, seja em cultura, serviços, atrativos turísticos e naturais. Para um melhor aproveitamento, é necessário que as empresas criem novos canais de venda, identifiquem novos nichos e apresentem aos mercados emissores a diversidade dos quatros destinos Rio – Centro, Zona Sul, São Conrado e Zona Oeste –, e todas as atrações que eles têm para oferecer. As agências de receptivo devem estar preparadas para competir, vender e atender as necessidades de todas as tribos, aproveitando o privilégio de o Rio ser um dos poucos destinos do mundo que pode atender a todos os gostos e perfis.

PANROTAS — Fale um pouco sobre os quatro destinos da cidade trabalhados pelo Rio CVB e a que tipo de viajante eles se destinam. NAGY — O Rio de Janeiro deixou de ser visto apenas como Corcovado e Pão de Açúcar. Agora, os dois icônicos atrativos turísticos ficaram ainda mais atraentes com a tamanha diversidade que a cidade tem para oferecer. No Centro do Rio de Janeiro, por exemplo, o nosso visitante pode aproveitar a variedade cultural e gastronômica, as áreas para eventos, as atrações da Zona Portuária, como Aqua Rio, Museu do Amanhã e MAR, entre outros pontos de entretenimento, além da mobilidade urbana, como metrô e VLT. Isso tudo sem falar

na facilidade oferecida pelo aeroporto Santos Dumont e os 9,5 mil quartos que a região possui. Já na Zona Sul, o visitante encontra o Rio icônico, como os bairros e as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, incluindo o circuito de botequins, restaurantes de diversas especialidades, shoppings, teatros, parques e a rica cultura musical valorizada pela MPB. A região conta, ainda, com 19,1 mil quartos de hotéis, que atendem a todos os tipos de gostos e bolsos. Localizado entre o Leblon e a Barra da Tijuca, o bairro de São Conrado é o destino perfeito para quem aprecia golfe, esportes de aventura e ecoturismo. A região, que está conectada com toda a cidade via metrô, conta com 26 trilhas, campos de golfe, rampas de voo livre, praia, entre outros atrativos. Na Zona Oeste, a Barra da Tijuca oferece 24 quilômetros de praia ideais para a prática de esportes aquáticos, reservas, lagoas, trilhas, cachoeiras, parques, dois campos de golfe, locais para cavalgadas, 26 shoppings, atrativos culturais como museus e teatros, espaços para eventos, incluindo o Riocentro, o maior da América do Sul, além dos 12,5 mil quartos da hotelaria mais moderna do País. Como é possível perceber, o Rio oferece 14 dias de roteiro sem a necessidade de repetir a mesma experiência duas vezes. Esta é uma vivência que só o Rio pode oferecer.n

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Aviação

Rodrigo Vieira

Paulo Kakinoff, da Gol, Jean-Marc Pouchol, da Air France-KLM, e Camilo Santana, governador do Ceará

TRANSFORMAR O NORDESTE Está tudo pronto. Em menos de dois meses, Fortaleza poderá se orgulhar em ser o hub nordestino de um dos maiores grupos aéreos da Europa, Air France-KLM, e de seu parceiro no Brasil, a Gol. Feito em setembro do ano passado, o anúncio balançou o mercado, após disputa de Salvador e Recife pela conquista. Serão três voos diretos semanais partindo de Fortaleza para Amsterdã, da KLM, e dois voos diretos também semanais para Paris, da Air France, operados por uma aeronave da recém-lançada subsidiária da aérea francesa, a Joon. Os cinco voos semanais, que duram pouco mais de nove horas, começaram a ser vendidos em outubro e, após pouco mais de um mês nas plataformas comerciais da Air France-KLM, já agradavam o diretor geral da companhia na América do Sul, Jean-Marc Pouchol. “Começou muito forte com vendas no Brasil e agora vemos as vendas da Europa começando a empurrar também”, afirmou, em dezembro de 2017. 114

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Essa via de mão dupla entre inbound e outbound é o principal motivo para tanta comemoração do trade. Atrair o europeu ao Nordeste e ao Norte brasileiro empolga não só o Turismo receptivo quanto todo setor industrial local, já que agora os viajantes corporativos estrangeiros ganham agilidade para visitar a região. “Queremos participar ativamente do momento de recuperação na economia e a demanda dos brasileiros por voos internacionais. Este projeto reforça a nossa presença no País, um dos nossos mercados prioritários”, afirma Pouchol, grato à Gol pela estratégia conjunta no projeto. “Tudo isso só foi possível graças a eles.” E a recíproca é verdadeira. A oportunidade é vista como chave para a Gol manter sua liderança no setor corporativo e reforçar o lazer na região das mais belas praias brasileiras. A companhia prevê expansão das ligações em Fortaleza

em 35% – acréscimo de 51 voos diários para mais de dez destinos. “Vamos aprimorar a nossa malha em Fortaleza para disponibilizar conexões eficientes com os voos das parceiras. Faremos ajustes nos horários e aumentaremos a oferta para Recife, Salvador, Belém e Manaus, além de uma nova rota entre Natal e a capital cearense”, comemora o presidente da companhia brasileira, Paulo Kakinoff. ANOTE AÍ O AF416 sai de Paris às 13h10 e chega em Fortaleza às 17h35 do mesmo dia. O retorno, com o AF415, parte da capital cearense às 19h35 e chega em paris às 9h30 do dia seguinte. O A340-300 da Joon tem 278 lugares. O KL708 sai de Amsterdã às 12h50 e pousa em Fortaleza às 17h20. No retorno, sai do Nordeste brasileiro às 19h50 e chega à Holanda às 10h. O A330-200, com capacidade para 268 lugares, faz o serviço. n

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Memória O Jornal PANROTAS 542 trouxe a íntegra do evento

O INÍCIO

DO DEBATE Há 15 anos, o Jornal PANROTAS, hoje no novo formato revista, cuja primeira edição você, leitor, tem em mãos agora, repercutia nosso primeiro Fórum. Em 2003, a indústria de viagens sofria com as feridas ainda abertas dos ataques de 11 de setembro, em Nova York, seguida pela invasão norte-americana ao Iraque e Afeganistão, e um evento como o Fórum PANROTAS vinha a calhar, com seu conteúdo esclarecedor sobre o futuro dos negócios, como idealizado pelo presidente Guillermo Alcorta. O mercado precisava, e nós demos a 950 líderes, no Grand Hyatt,

em São Paulo, uma luz sobre o futuro. Em um dia de debates, o ponto alto foi contar com a presença do primeiro ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia. A recém-criada pasta animava todo o trade, que desejava ver o País deixar a posição de coadjuvante no cenário internacional. Pois bem, fechamos aquele ano com pouco mais de quatro milhões de visitantes estrangeiros, enquanto, em 2016, ano de Copa e Olimpíada, o número foi de 6,6 milhões, atrás de concorrentes latino-americanos de cenário abaixo do nosso.

O ministro revelou, naquela estreia, um plano para trabalhar em conjunto com a Embratur, então presidida por Eduardo Sanovicz, e trazer nove milhões de visitantes internacionais ao Brasil em três anos. Assuntos recorrentes, como a liberação de mais verba para promoção, também foram discutidos. “Vamos sair dos menos de cinco milhões de visitantes internacionais anuais para nove milhões até 2006”, prometeu Mares Guia. Outras discussões do primeiro Fórum que repercutem até hoje são sobre a especialização em segmentos para pequenos agentes de viagens e o fervoroso debate sobre comissionamento após cortes e mais cortes de companhias aéreas. De lá para cá, o Fórum PANROTAS seguiu de perto o desenvolvimento da indústria, cresceu e modernizou. Passou a acontecer em dois dias, trouxe lideranças da indústria mundial... Se ainda não inventaram a bola de cristal, é nesse evento que a indústria toda se prepara para o que está por vir.

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Aviação Beatrice Teizen, Atlanta (EUA)

TRABALHO EM CONJUNTO “A Delta vem sendo reconhecida, por meio de muito esforço, como a empresa mais parceira do agente de viagens. O time todo trabalha nessa direção o ano inteiro. É por isso que chega um momento em que é muito importante realizar uma celebração com nossos grandes parceiros”, conta o diretor geral da companhia aérea norte-americana no Brasil, Fabio Camargo, sobre o Delta Partner Award, realizado na semana passada em Atlanta. São diversos critérios para escolher o vencedor, como maior receita, market share, crescimento e canal. Para cada uma das 16 categorias é escolhido o parceiro que mais se destacou. Além de receber o prêmio, os ganhadores usufruíram de alguns dias na cidade sede da Delta, com passeios típicos do local e também voltados à estrutura da com116

panhia aérea. Quase a totalidade de vendas da Delta no Brasil é feita por meio dos agentes de viagens, e a premiação é uma maneira de reforçar a relevância da classe no Brasil. “Eles são exatamente o nosso canal de distribuição”, comenta Camargo. Há também os clientes corporativos, com contas globais e muitas locais, com uma ligação muito forte, e a outra grande união é com os próprios colaboradores. “Valorizamos muito as pessoas, não só a equipe de vendas, mas também as de bordo, de aeroportos. Temos o prazer de servir bem.” A aliança com Gol e Air France-KLM também é apontada como fundamental para os resultados da aérea norte-americana no Brasil. Segundo o diretor geral no País, ao somar cada uma individualmente, é, basicamente, possível oferecer

uma solução completa de viagem para o público brasileiro. “Delta e Gol, por exemplo, cobrem 99% do tráfego Brasil e Estados Unidos. Quando vamos oferecer um serviço para uma empresa ou agência de viagens, conseguimos atender praticamente quase toda a necessidade”, afirma. MUITA PROMESSA, POUCA REALIDADE Quanto a 2018, Fábio Camargo diz que a companhia segue bastante vigilante em relação à perspectiva de mercado. Muito tem se falado da recuperação da economia do País, e é possível observar uma demanda que começa a se recuperar, mas não ainda na proporção que deveria ter. “Acho que ainda estamos em um momento de muita promessa e pouca materialização e isso pode ser um pouco

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PARTNER OF THE YEAR

Delta reconhece seus 16 principais parceiros no Brasil em premiação em Atlanta

Soely Oliveira e David Mitchell, da BCD Travel, foram premiados

REVENUE ABSOLUTO

Essa categoria reconhece o parceiro que atingiu o valor máximo em mais de uma das 16 categorias este ano - BCD Travel

Luciano Guimarães, da Rextur Advance, recebe troféu da equipe da Delta

DELTA PARTNER AWARD 2018 "Este prêmio representa um pouco quem nós, da Delta, somos. Não estamos aqui para dizer quem são os dez mais, mas sim para reconhecer os nossos parceiros. Acho que muito mais do que falar quem é o maior, é mais importante mostrar quem são essas brilhantes empresas. Está aqui quem realmente evoluiu e contribuiu para o nosso negócio", afirmou Camargo, durante a cerimônia ocorrida em Atlanta. n A PANROTAS viajou a convite da Delta Air Lines, com proteção GTA

Ivo Lins, do Grupo Flytour, foi premiado com o C. E. Woolman

Prêmio em homenagem ao fundador da Delta, que reforça a importância da parceria com as agências de viagens - Grupo Flytour

CRESCIMENTO

preocupante. Nosso mercado é extremamente dependente de oferta e demanda e vemos uma procura que ainda não está reagindo muito. O cenário para este ano é de cautela”, finaliza Camargo. Palavras do diretor nacional de uma companhia que tem 20 anos de serviços ininterruptos e mais de 30 voos semanais no País.

C. E. WOOLMAN

Parceiro que deu o maior volume de receita para a Delta em 2017 - Rextur Advance

Time da Delta entregou a Carlos Vazquez, da Esferatur, o troféu de Crescimento

Prêmio a quem mais cresceu em 2017 na comparação com 2016 e superou todas as expectativas da Delta - Esferatur 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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ALIANÇA

Eduardo Kina, da Alatur JTB, com executivos da Delta

MARKET SHARE (PAX)

Parceiro que mais desenvolveu e implementou ações para fomentar a sinergia entre Delta, Gol e Air France-KLM - Alatur JTB

SALES INTEGRATION

A Delta considera 2017 um ano e muitas transições, dentre as quais está o projeto de integração de vendas, em que delegou toda sua gestão para a Gol, mas também com um amplo apoio dessa premiada - BRT

MARKET SHARE REGIONAL

Parceiro que mais incrementou e converteu as vendas de tarifas de high yield, convertendo os passageiros mais valorizados da concorrência para a Delta - Carlson Wagonlit Travel

Márvio Mansur, da Skyteam, com o troféu Market Share Regional

Parceiro que desempenhou muito acima da média esperada pela Delta em nível regional - Skyteam

DESTAQUE AMÉRICA LATINA

PREMIUM REVENUE

▶ Nelson de Oliveira, da CWT, recebe prêmio em Atlanta

Marco Aurelio Di Ruzze e Claudio Isolani foram premiados, representando a BRT

Paulo Padula, da Decolar.com, destaque América Latina

Empresa que vendeu acima do esperado pela Delta em toda a região - Decolar.com

Helvécio Garófalo, da Confiança, também foi premiado

Empresa que ao longo de 2017 aumentou significativamente a participação da Delta nos seus negócios com relação a passageiros - Confiança

OUTROS PREMIADOS AGÊNCIA DE LUXO Categoria criada para incentivar as vendas de luxo, combinando o serviço premium da Delta - Riotravel Turismo

DESTAQUE REVENUE SHARE CONSOLIDADORA Destaque em revenue share entre as consolidadoras nacionais - Ancoradouro

REVENUE SHARE

OTA Agência on-line que cresceu muito acima da média neste canal - Viajanet

Andras Fullop, da High Light, com Fabio Camargo, Rodrigo Sienra e Luiz Teixeira, todos da Delta

Parceiro que aumentou significativamente o share de receita ao longo de 2017 - High Light

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MAIOR SHARE GAP ALL CHANNELS Categoria que homenageia um parceiro que desempenhou muito acima da média em todos os canais de distribuição da Delta - Maringá Turismo DESTAQUE TMC CRESCIMENTO A Delta quer incrementar sua premiação, portanto, este ano, incluiu destaques além de homenagem. As TMCs entraram nessa nova leva - Kontik

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Infográfico

OS MAIS PROCURADOS NA DECOLAR.COM EM 2017 Na posição de maior agência de viagens on-line da América Latina, a Decolar.com é referência para todo setor, no sentido de que todas as tendências lançadas pela OTA têm de ser ao menos respeitadas. Em 2017, o canal brasileiro representou 40% das transações do império Despegar.com, que faturou R$ 15 bilhões na América Latina (veja na página 20).

PACOTES NACIONAIS 1 – Rio de Janeiro – 11% de share 2 – São Paulo – 9% 3 – Fortaleza – 6% 4 – Porto Alegre – 6% 5 – Recife – 6% 6 – Foz do Iguaçu (PR) – 6% 7 – Salvador – 6% 8 – Natal – 5% 9 – Maceió – 4% 10 – Gramado (RS) – 4% 120

PACOTES INTERNACIONAIS 1 – Buenos Aires – 19% de share 2 – Orlando – 14% 3 – Santiago – 13% 4 – Cancun – 7% 5 – Nova York – 5% 6 – Montevidéu – 5% 7 – Punta Cana – 5% 8 – Miami – 4% 9 – Bariloche – 3% 10 – Las Vegas – 2%

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HOTÉIS BRASILEIROS 1 – Nobile Suítes Congonhas – São Paulo 2 – WZ Jardins – São Paulo 3 – Hotel Dan Inn Planalto – São Paulo 4 – Costa do Mar Hotel – Fortaleza 5 – Bourbon Convention Ibirapuera – São Paulo 6 – Golden Tulip Porto Vitória Hotel – Vitória 7 – Novo Vernon Hotel – Curitiba 8 – Samburá Praia Hotel – Fortaleza 9 – Golden Tulip Salvador – Salvador 10 – Golden Tulip Angra dos Reis – Angra dos Reis (RJ) HOTÉIS INTERNACIONAIS 1 – Normandy Hotel – Paris 2 – The Floridian Hotel & Suites – Orlando 3 – Hotel Pennsylvania – Nova York 4 – Conrad Punta del Este Resort & Casino – Punta del Este 5 – Monumental Movieland Hotel Orlando - Orlando 6 – Capital Apart Hotel – Santiago 7 – Two Hotel Buenos Aires – Buenos Aires 8 – Universal’s Cabana Bay Beach Resort - Orlando 9 – Rosen Inn International - Orlando 10 – Red Roof Plus+ Miami Airport - Miami

INGRESSOS NACIONAIS 1 – Gramado (RS) – 22% de share 2 – Foz do Iguaçu (PR) – 22% 3 – Penha (SC) – 7% 4 – Rio de Janeiro – 7% 5 – Salvador – 6% 6 - Fortaleza – 5% 7 – Recife – 5% 8 – Maceió – 3% 9 – Natal – 3% 10 – Porto de Galinhas (PE) – 2%

INGRESSOS INTERNACIONAIS 1 – Orlando – 53% de share 2 – Santiago – 8% 3 –Buenos Aires – 7% 4 – Paris – 4% 5 – Nova York – 4% 6 – Los Angeles – 2% 7 – Cancun – 2% 8 – Londres – 2% 9 – Roma – 2% 10 – Montevidéu – 1%

Fonte: Decolar.com 21 a 27 de março de 2018 — PANROTAS

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Raphael Silva

CI INTERCÂMBIO Investimento, interatividade e linguagem jovem são os pilares da comunicação da CI Intercâmbio nas redes sociais. No Facebook, os recursos adotados são os mais recentes disponibilizados pela plataforma, como por exemplo o chatbot – batizado de Robô da CI – integrado ao Messenger para responder rapidamente às questões mais comuns dos clientes, que também podem optar pelo atendimento humano na mesma plataforma, caso a inteligência artificial não seja capaz de resolvê-lo. A empresa de intercâmbio ainda faz um bom aproveitamento das agendas da rede social mais popular do mundo, ferramenta responsável por alertar sobre workshops e palestras, como a “Saiba como trabalhar e estudar na Irlanda”, com a lista de presença no site oficial. Nas 24 horas de Follow PANROTAS, seção que traremos semanalmente, os dois posts da página no Facebook, na qual conta com mais de 445 mil seguidores, contaram com 48 comentários, 131 reações e 13 compartilhamentos. A grande responsável pelas interações foi a postagem de engajamento visando à conexão com os seguidores e interagindo com as respostas de muitos dos que comentaram. Mesmo com números menores em seguidores do que o FB, o Instagram da CI se destacou durante o Follow com mais de 2,2 mil curtidas e 322 comentários em apenas uma das duas postagens no período. Engajada, a empresa respondeu à maioria das interações do público usando a mesma linguagem jovial.

IDs FB: Facebook/CI.Intercambio Instagram: @CI Twitter: @CI_Intercambio SEGUIDORES/ ENGAJAMENTO Facebook: 445.243 curtidas na página/207 interações em dois posts Instagram: 103 mil seguidores/2.924 interações em dois posts Twitter: 23,4 mil seguidores/oito interações em dois posts (iguais) Na outra postagem, a marca replicou a foto de um dos viajantes que adquiriram um pacote com a CI e incluiu uma pequena descrição. Já na seção Stories, a página destaca seis clientes que compartilham suas experiências em depoimentos durante as respectivas viagens. Por fim, o Twitter oficial da CI contou com a mesma postagem vista no Facebook e no Instagram, mas replicada. Em um período de três horas, a página publicou o mesmo conteúdo duas vezes e viu números de engajamento bem menores em relação às outras redes, o que mostra uma menor importância da rede social para a estratégia da empresa. n

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