PANROTAS 1.343

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Edição nº 1.343 - Ano 26 | 24 a 30 de outubro de 2018 | www.panrotas.com.br

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Parques do Sea World na Flórida continuam sua transformação, recuperam parte do público perdido e investem em aventura (radical ou não) para famílias e fãs de todas as idades

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PRESIDENTE

ÍNDICE

nº 1.343 | 24 a 30 de outubro de 2018 | www.panrotas.com.br

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta

SEÇÕES

(guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS

04 Editorial

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO)

06 Check-in

Heloisa Prass

Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Henrique Santiago, Raphael Silva e Rodrigo Vieira Reportagens: Beatrice Teizen, Janize Colaço, Karina Cedeño, Marcel Buono e Renato Machado Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Gerente de Marketing e Eventos: Patricia Brandão (patricia@panrotas.com.br) Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415

Semana de aberturas e fechamentos na hotelaria

12 Infográfico

O Turismo em 24 horas

14 LGBTravel Braztoa & PANROTAS O primeiro evento de comercialização e conteúdo para esse público

28 Memória

Inter mais barato que doméstico

36 Diagnóstico

Entenda a atuação da HSMai

50 Follow

Turismo de Israel nas redes sociais

30 Latam Brasil

Igor Miranda e os projetos da aérea para reconquistar o viajante corporativo

38 Sea World Orlando

Infinity Falls reforça mudança de filosofia do parque temático

46 Fit América Latina

As lições da principal feira da Argentina, que atrai mais expositores que a Abav Expo

MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

COMUNIQUE-SE “T emos conteúdo, estamos falhando na comunicação”, disse o diretor comercial da Latam Brasil, Igor Miranda, em entrevista à PANROTAS (leia na página 30). A dita falha se deu por inúmeros motivos, o principal deles o complexo processo de fusão e de rearrumação interna do grupo e da empresa nos últimos anos. A boa notícia é o conteúdo que existe e precisa ser comunicado. Tanto à indústria, quanto aos clientes. Uma das principais companhias aéreas de bandeira (ou legacy carriers) da América Latina, a Tam passou a integrar o Grupo Latam com as antigas Lan do Chile, Argentina e outros países, exatamente para assegurar que esse legado fosse mantido e que sua competitividade fosse cada vez maior e mais consistente. Muitas mudanças depois, incluindo troca de diretores e gerentes de relacionamento com o trade e o reforço em alianças, como com a Oneworld e com os grupos IAG e American Airlines, a Latam Brasil se diz em um novo momento e é isso que vamos começar a acompanhar, começando por essa entrevista com Miranda. Há cerca de dois meses também ouvimos o presidente da aérea, Jerome Cadier, em uma prévia do que virá por aí (pesquise no Portal PANROTAS, na seção Edições Digitais). E o que vem aí? Mais e melhores produtos, mais relacionamento com o setor, mais facilidades tecnológicas, mais eficiência. Em alguns itens a Latam sabe que está atrás dos concorrentes, mas promete não um match up, mas sim um retorno ao que garante que nunca deixou de ter, o padrão de serviço implantado pelo comandante Rolim. Falar em Rolim Amaro nesse momento, aliás, pode parecer algo anacrônico, ou que estamos em uma aula de história, mas há valores que uma empresa nunca deixa de ter, por mais mudanças

que possam ter ocorrido. E se a Latam não é a Tam de Rolim Amaro, é uma potência latinoamericana que escolheu o Brasil como seu maior pilar na região (vide os investimentos em Guarulhos e Brasília). Há o desafio duplo da comunicação e da concorrência cada vez mais ligeira e agressiva. Mas que bom que há concorrência. E que bom que Avianca, Azul e Gol conseguem se superar e superarem umas às outras a todo instante. Se hoje o melhor app de vendas e reservas é o da Gol e se a Avianca tem uma excelente classe executiva internacional, se a malha internacional mais completa é da Latam e se a Azul consegue voar para mais destinos exclusivos, para ficar em poucos exemplos, tudo isso pode mudar no próximo round, com mais benefícios acrescentados ao cliente, e aos distribuidores. O que gostamos de ver e noticiar são as transformações. A evolução do mercado. Os saltos que cada empresa dá para chegar além, surpreender e rir ao olhar para trás e ver os concorrentes (não tão longe, diga-se). Este ano, a aviação comercial brasileira voltou a crescer em número de passageiros, mas ainda enfrenta os desafios dos custos do combustível e das incertezas econômicas. Este ano, vimos avanços em produtos, vimos troca de pessoas, vimos a legislação andar a passos lentos. Vêm aí as low costs? O capital estrangeiro? Os produtos inusitados? Possivelmente. O que trará novos desafios para toda a cadeia de Aviação, Viagens e Turismo. E novos ciclos. O case Latam, ou mesmo o da Gol, que passou por tantas transformações, mostram que o novo cenário do Turismo é dinâmico e para fortes. Como seus fundadores foram um dia, em outra época, outros ambientes competitivos e regulatórios. n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in +Lidas da semana Portal PANROTAS

Hotelaria

Four Seasons São Paulo

1 GRU ganha primeiro trem expresso; veja o trajeto

2 Othon anuncia fechamento de dois hotéis; confira

3 Avianca Brasil revela sucessor de Tarcísio Gargioni; conheça

4 As três gigantes dos EUA e suas frotas para os próximos anos

5 Teresa Perez premia melhores

agências do primeiro semestre

6 Com Turma da Mônica, Azul e Kissimmee (EUA) lançam campanha

7 Veja os promovidos e

contratados da semana no Turismo

8 Azul Viagens lança plataforma

com promoções de última hora

9 Lemontech anuncia dois novos diretores; saiba mais

10 Política de viagem focada no

custo pode prejudicar viajante

Uma das suítes do Four Seasons São Paulo

O Four Seasons São Paulo está aberto. Na semana passada o hotel de luxo de bandeira canadense abriu ao público, na avenida Nações Unidas, suas 258 acomodações. O hotel oferece mais de 1,4 mil metros quadrados de espaço para eventos sociais e corporativos, incluindo um salão modulável para encontros menores. O Four Seasons também traz um spa assinado pela Bamo, centro fitness e piscina. A proposta é fazer do hotel, inserido no complexo Parque da Cidade, um oásis em meio a São Paulo. n

Nos jardins

A estreia do Canopy by Hilton na América Latina, será em São Paulo. A rede hoteleira norte-americana anunciou a abertura do hotel para 2019, na região dos Jardins. O empreendimento de 98 quartos promete ao público local e aos viajantes o serviço orientado aos hóspedes e uma experiência autêntica do local em que está situado. No espaço chamado Canopy Central, o hotel terá um restaurante e bar que servirão pratos da culinária local e contemporânea e um espaço flexível para reuniões, além de um lounge e uma academia.n

Mais luxo

A Marriott International inaugurará um W Hotel em São Paulo, em 2021. Será a primeira unidade brasileira dessa que é uma das principais bandeiras da hotelaria de luxo do mundo. A rede promete mais do que um hotel, um conceito totalmente novo no setor de hospitalidade na capital paulista. Localizado na Vila Olímpia, o hotel terá 179 apartamentos, incluindo duas Wow Suites, categoria superior da marca, e uma presidencial, a Extreme Wow Suite. A promessa é de um bar no lobby e dois restaurantes, dos quais um no rooftop.n 6

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Fachada do Othon Belo Horizonte, que terá atividades encerradas

Baixas

A partir de 18 de novembro, a rede Hotéis Othon fechará duas unidades de seu portfólio, o Bahia Othon Palace e o Belo Horizonte Othon Palace. Coincidindo com o encerramento das atividades nessas capitais, a companhia anunciou sua nova estrutura organizacional. Anna Christina de Andrade, até então gerente de Vendas Regional e Internacional, assume como gerente corporativo de Vendas e Marketing, em substituição a Bruno Heleno. A Othon também anuncia Jorge Chaves como novo gerente geral corporativo de Operações, preenchendo a posição deixada por Paulo Michel, ex-diretor de Hotelaria.n

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+Lidas Gente

Gente

Pratas da casa

1 Avianca Brasil revela sucessor de Tarcísio Gargioni; conheça

2 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo

3 Lemontech anuncia dois novos diretores; saiba mais

4 Ela sim! Revista traz perfil completo de Magda Nassar

5 Vote nos melhores promotores de vendas do Rio de Janeiro

6 Flytour MMT investe em

departamento de grupos com novo executivo

7 Accor anuncia nove gerentes regionais no Brasil; conheça

8 Teresa Perez, Alatur JTB, Tryp Hotels e mais contratam

9 Inteegra Tec contrata ex-Lemontech Rafael Arantes para COO

10 Kayak reforça equipe comercial com novo gerente para Brasil

No centro da foto, os novos diretores da Lemontech, Andre Wilson e Robert Gil, entre Marcos Arbaitman e Siderley Santos, do Grupo Arbaitman

Com a saída do vice-presidente Rafael Arantes, a Lemontech rearranjou sua estrutura diretiva. A empresa de tecnologia do Grupo Arbaitman anunciou Andre Wilson como diretor de Operações. Ele tem no currículo mais de uma década de Turismo. Já o cargo de diretor de Tecnologia passa a ser ocupado por Robert Gil, que há 11 anos vem desenvolvendo projetos tecnológicos dentro do grupo. Para o VP do grupo, Siderley Santos, a Lemontech nunca viveu momento tão bom, e as duas “pratas da casa” vêm para concluir os projetos que estavam em andamento, entre os quais incluem os 40 novos clientes previstos para 2019.n

Entrosamento

Rafael Arantes, novo diretor de Operações da Inteegra Tec, com Rogério Miranda, presidente da empresa

A Inteegra Tec é a nova casa de Rafael Arantes, então vicepresidente da Lemontech. Ele é o novo diretor de Operações da fornecedora de tecnologia para o mercado de eventos e incentivo. O COO comemora o fato de ter novamente como colega o presidente da empresa, Rogério Miranda, com quem trabalhou na empresa anterior. Miranda, por sua vez, conta com os trabalhos do novo reforço para consolidar a posição da Inteegra Tec no mercado brasileiro. "Por meio de nossas tecnologias de gestão e experiência, atingimos em 2018 a marca de mais de 48 mil eventos gerenciados, servindo a clientes, agências e fornecedores”.n 8

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Um grupo para grupos

Paulo Vieira dos Santos Júnior, à direita, com a equipe de grupos da Flytour MMT

A Flytour MMT agora tem um time totalmente dedicado a viagens de grupos. Para encabeçar o departamento, a operadora do Grupo Flytour contratou Paulo Vieira dos Santos Júnior, profissional do segmento com quase 30 anos de Turismo e passagens por operadoras e agências do mercado. Sua equipe conta, ainda, com o auxílio de mais oito profissionais. A operadora trabalha com grupos a partir de 14 pessoas para destinos nacionais e internacionais, seja com roteiros já prontos ou personalizados. As viagens mais procuradas, segundo o profissional, são as de incentivo e casamentos no Exterior.n

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Aviação

Bagagem cobrada no inter

A segmentação tarifária utilizada pelo Grupo Latam em voos regionais agora também vale para voos internacionais. Atualmente, a companhia aérea oferece quatro perfis de tarifas: Promo, Light, Plus e Top, que se diferenciam pela cobrança ou não da seleção de assentos e pela política de bagagem. “Este modelo de perfis tarifários faz parte de uma tendência global da indústria em oferecer ao cliente a possibilidade de escolher e pagar apenas pelos serviços e benefícios que realmente ele deseja adquirir, além, é claro, de assegurar mais flexibilidade para adequar sua viagem às suas reais necessidades”, esclarece oficialmente a companhia. Para voos dentro da América do Sul, tanto a tarifa Promo quanto a Light não incluem o despacho de bagagem. Está garantida uma peça de 23 quilos para passageiros Plus e duas peças para a tarifa Top. Em voos para a Europa, Promo e Light têm direito a uma bagagem despachada. Já nas rotas para a América do Norte, todas as categorias garantem o despacho de duas peças. Caso o cliente opte por uma categoria que não inclui bagagem ou queira pagar pela escolha de assento, o serviço poderá ser adquirido separadamente até o fechamento do checkin. Os valores variam de acordo com a rota selecionada e a antecedência para o voo, custando a partir de US$ 20 por bagagem despachada (até 23 quilos) e US$ 5 para a seleção de assentos.n

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+Lidas Aviação 1 GRU ganha primeiro trem expresso; veja o trajeto

2 As três gigantes dos EUA e suas frotas para os próximos anos

3 Latam cria Comitê de Negócios com 12 empresas distribuidoras

4 Latam aplica perfis tarifários nacionais para voos inter

5 Singapore lança oficialmente voo mais longo do mundo

6 Anúncio da Gol derruba Smiles na bolsa; queda passa de 30%

7 Gol também vai incorporar programa de fidelidade, o Smiles

8 Azul Cargo apresenta sua pri-

meira aeronave em Campinas

9 Lucro de aéreas cai no 2º trimestre; latinas têm prejuízo

10 Aeromexico encerra rotas para diminuir prejuízo no ano

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Pancorp +Lidas Corporativo 1 Lemontech anuncia dois novos diretores; saiba mais

EXCLUSIVO PARA PARCEIROS Karina Cedeño

2 Política de viagem focada no custo pode prejudicar viajante

3 São Paulo ganhará um W Hotel, da Marriott, em 2021

4 Latam cria Comitê de Negócios com 12 empresas distribuidoras

5 Veja como os gestores medem a qualidade de suas viagens

6 Aéreas e aeroportos estudam usos para tecnologia blockchain

7 Veja quais serão os países mais perigosos do mundo em 2019

8 Inteegra Tec contrata ex-Lemontech Rafael Arantes para COO

9 Acte Campinas será realizado na próxima semana; inscreva-se

10 Veja os 10 aeroportos que mais perderam passageiros nos EUA

Equipe da BCD Travel reunida ao final do BCD Travel Elite Partners Meeting

O Palácio Tangará sediou, no dia 18 de outubro, o BCD Travel Elite Partners Meeting, primeiro evento da BCD Travel Brasil exclusivo para parceiros. Na ocasião, os participantes puderam se atualizar sobre as novidades da TMC e ainda assistir a palestras e debates sobre temas relacionados ao mercado de viagens corporativas. “Queríamos amadurecer a nossa presença no mercado brasileiro antes de realizar este evento, estabilizando nossas operações, e agora é o momento certo para compartilhar com nossos parceiros os conhecimentos que temos”, conta o diretor-presidente da BCD Travel no Brasil, Paul Barry.

Acompanhe essas e outras notícias no

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As palestras e debates trouxeram temas como os desafios de lidar com a fragmentação do conteúdo da indústria hoteleira, além da necessidade de olhar para os programas de sourcing de hotéis de forma mais estratégica. A locação de veículos nas viagens corporativas também esteve em pauta, e foram destacados os benefícios desse serviço para gestores e viajantes, além do fato de a locação de carros ser ainda muito mais utilizada dentro dos aeroportos do que fora deles. Os participantes também foram questionados sobre como é possível alinhar objetivos das empresas com as prioridades dos viajantes, em um debate mediado pelo diretor de Vendas e gestão de Contas da BDC Travel Brasil, Gabriel Domingues. Também participaram do debate o gestor de viagens da IBM na América Latina, Marcel Frigeira, e o gerente sênior de Procurement da Pfizer, Danilo Ferro. Antes do almoço, os participantes se informaram sobre as tendências e o panorama econômico do Brasil para o próximo ano em palestra da economista Ellen Steter, e puderam conhecer os benefícios que a aliança Gol-Delta-Air France-KLM oferece aos gestores e viajantes corporativos. n

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Infográfico O Turismo representa mais de 10,4% do PIB mundial e gera 313 milhões de empregos. Veja o quanto a indústria movimenta em um dia:

174 milhões

de pernoites

US$ 2,52 bilhões

gastos no varejo

22,5 milhões

de visitantes no Expedia

20 mil

novos empregos 12

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15 milhões

de corridas no Uber

1,2 milhão

de carros alugados

100 mil voos 11,2 milhões de paxs 73 mil

cruzeiristas

Fonte: WorldTravel & Tourism Council (WTTC) 24 a 30 de outubro de 2018 — PANROTAS

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LGBTravel Marcos Martins e Renato Machado

UMA EXPERIÊNCIA

PARA TODOS No último dia 9, em São Paulo, o Turismo se reuniu por uma causa ou, mais que isso, para dar voz a uma comunidade que é frequente na indústria de viagens. A primeira edição do Experiência LGBTravel, realizada em espaço da Unibes Cultural, “atingiu os objetivos”, nas palavras da presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Magda Nassar. A entidade realizou o evento ao lado da PANROTAS. “Essa é a primeira vez que aparece no mercado um evento com comercialização e conteúdo voltado à comunidade LGBT”, continuou a dirigente. “É difícil conseguir pensar e atingir novos segmentos como este.” Parceiro no evento, o CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta, garante que “a ideia é fazer mais eventos como este para que o trade se aproxime dessa comunidade, entenda as demandas e se capacite de uma maneira aberta que não crie rusgas ou insensibilidades na hora de atuar”. Além da promoção de pacotes, destinos e produtos citada por Magda Nassar, o Experiência LGBTravel foi marcado por painéis para discutir o Turismo na comunidade LGBTI+. No palco, nomes como o da jornalista e ativista Milly Lacombe e do presidente da Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina (CCGLAR), Pablo de Luca, apresentaram o seu olhar pessoal e profissional sobre a atuação da indústria na aproximação com a comunidade. Esse foi um momento de empatia e de compartilhamento de histórias, além de abrir portas para relacionamentos e negócios. A importância, força e potencial deste mercado foi evidenciada em diversos momentos, como no relato

de Pablo de Luca, apresentando o case argentino, conhecidamente um sucesso na aproximação do país com a comunidade LGBTI+. CONEXÕES LGBTRAVEL A Organização Mundial de Turismo (OMT) afirma que 10% de toda a população global é formada por viajantes da comunidade, sendo que eles representam 15% do total da venda de pacotes turísticos. O país sul-americano líder em buscas por esse público é a Argentina, que possui um trabalho sólido que serve de modelo para outros destinos. “Começamos com um encontro pequeno, entre 2002 e 2004, com anunciantes e profissionais do Turismo. Percebemos que a comunidade viajava bastante e passamos a atuar com os setores público e privado. Tivemos que pesquisar sobre o que acontecia e descobrir mais sobre o segmento. O nosso evento Gnetwork 360 já capacitou 13,7 mil representantes de empresas ao longo de 11 anos”, afirma o presidente da CCGLAR. A expectativa do destino é receber 650 mil viajantes LGBTI+ em 2019 e, segundo levantamento, o Brasil também pode se beneficiar com esses números, muito em razão da proximidade dos territórios. Ao responder sobre qual destino combinariam com a Argentina em viagem futura, 62% dos estrangeiros que não visitaram o país nos últimos dez anos afirmaram que a escolha seria o Brasil, à frente de Chile (60%), Peru (44%), Uruguai (22%), Equador (21%) e Colômbia (16%).

Presença de Pablo de Luca e Ricardo Gomes, das Câmaras de Comércio LGBT de Argentina e Brasil, respectivamente, com Bruna de Freitas, da Aeroméxico, Milly Lacombe, jornalista e roteirista, e Magda Nassar, da Braztoa

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Dindry Buck recepcionou os convidados durante o encontro

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O perfil de visitante LGBTI+ mais provável, segundo a CCGLAR, são homens gays com mais de 40 anos e renda anual acima de US$ 100 mil, sendo que 75% viajam com o seu parceiro. Os principais motivos de viagem são visitar Buenos Aires (83%), conhecer os restaurantes (70%), regiões históricas (64%), aprender sobre a cultura e arte local (62%) e visitar as Cataratas do Iguaçu (50%). Já os interesses mais comuns de quem visita o destino são a visita aos bares gays (68%), ficar hospedado em um lugar dedicado à comunidade (54%), fazer um tour LGBTI+ pela capital (53%) e passeios por outras regiões da Argentina (45%). O presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, avalia que o Brasil começou a dar passos maiores com os novos acordos de cooperação com o Ministério do Turismo, Embratur e Abav Nacional, mas ainda há um longo percurso. “O nosso trabalho da Câmara LGBT completou dois anos em setembro e tivemos uma trajetória difícil para que pudéssemos ser entendidos e aceitos. Agora temos novas conquistas e o convênio com o MTur e a Embratur foi uma das coisas mais importantes de todos os tempos para o Turismo LGBT do País. Este é um plano de Estado e não de quem está na cadeira. O Brasil é o lugar da diversidade e devemos torná-lo bom para todos.” Confira a seguir o que apoiadores e expositores do Experiência LGBTravel apresentaram ao público:

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AEROMEXICO

Por acaso do destino, a Aeromexico é uma promotora direta do Turismo LGBT latinoamericano. Gerente comercial da aérea mexicana no Brasil, Bruna Freitas comemora o que descreve como “grande fortuna” por estar cercada de destinos gay-friendly. “A gente procura agências especializadas no mercado LGBT justamente para promover esses destinos”, completa ela, citando as sete localidades: Cancún, Puerto Vallarta, Oaxaca, Guadalajara, Cuernavaca, Veracruz e Cidade do México. “Nosso trabalho é de fazer com que as pessoas escolham esses destinos e viajem conosco, até porque não fazemos diferenciação alguma entre passageiros”, complementou Bruna.n

Bruna Freitas

BELO HORIZONTE

A cidade de Belo Horizonte, que desde o ano passado tornou-se membro da International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA), tem como aposta o entretenimento para atrair mais viajantes da comunidade. A última edição da parada LGBTI+ da capital mineira reuniu 150 mil pessoas e movimentou cerca de R$ 7 milhões. “Nosso papel é celebrar a riqueza e variedade, e temos a honra de sermos privilegiados pelo público LGBT. O movimento de ocupação das ruas deu origem a uma série de movimentações espontâneas e o carnaval surgiu como ato de resistência, sendo que entre os 500 blocos, há vários que celebram a diversidade”, afirma o diretor de Marketing e Promoção Turística da Belotur, Marcos Barreto. A cadeia turística da cidade é forte em gastronomia e bares considerados LGBTI+ friendly e a viagem pode ser combinada a outras regiões como Inhotim e cidades históricas de Minas Gerais.n

Marcos Barreto

Teresa Christina Fritsch

CARNAVAL TURISMO

O carnaval do Rio de Janeiro é um dos eventos mais famosos do mundo pela sua autenticidade e, de olho no turista que busca uma experiência de alto padrão nos camarotes, o receptivo Carnaval Turismo oferece uma série de serviços personalizados. As opções para curtir o evento incluem hospedagem, transporte de ida e volta em ônibus de luxo com seguranças e guias bilíngues, serviço de bufê e há possibilidade de atendimento a grupos, empresas e clientes individuais. No entanto, há serviço de receptivo o ano inteiro com transfers para os aeroportos e excursões para os arredores, incluindo Búzios, Angra dos Reis e Petrópolis. “Fazemos o receptivo na cidade durante o ano inteiro e no carnaval vendemos os camarotes, frisas e arquibancadas. Não atendemos apenas o corporativo, mas também comercializamos os ingressos individuais. Pegamos o cliente no hotel e vamos para a Marquês de Sapucaí com guia e segurança. Atendemos grupos LGBT e costumo falar que os camarotes são uma extensão da sala vip, pois a experiência neles é sofisticada”, explica a diretora da Carnaval Turismo, Teresa Christina Fritsch. n

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DELTA AIR LINES

A companhia norte-americana Delta Air Lines tem intensificado o seu trabalho em prol da inclusão e diversidade. Entre as ações internas, os funcionários podem usar os seus uniformes de acordo com o gênero que se identificam e têm acesso a uma rede digital de apoio. “A Delta tem o compromisso de respirar a diversidade e aprendemos que todo ser humano é bem-vindo. Temos um grupo privado que reúne eventos LGBTI+ e outras informações, mas funciona também como um comitê. Além disso, a empresa apoia várias paradas nos Estados Unidos e os funcionários costumam frequentá-las com seus familiares”, explica o representante de Vendas da Delta, Diêmerson Batista.n

Diêmerson Batista Eduardo Barbosa

DISCOVER CRUISES

Ao invés de criar produtos específicos para a comunidade LGBTI+, a estratégia da Discover Cruises no Experiência LGBTravel foi mostrar pluralidade. A empresa levou ao evento todo o diverso portfólio de cruzeiros que representa no Brasil, mostrando como os itinerários e o modelo de serviço oferecido podem se encaixar nas férias de casais e famílias. O diretor Eduardo Barbosa elencou saídas e mercados que agradam a comunidade, mas mais que isso, deu ênfase às empresas que representa, elencando a vitrine da Discover Cruises, com a Princess Cruises, Holland America Line, Cunard Line, Seabourn, Hurtigruten, Uniworld e Croisi Europe.n

Washington Sena

FOZ DO IGUAÇU

Já o destino de Foz do Iguaçu tem como principal carta na manga o setor de eventos, é o que explica o diretor de Promoção, Marketing e Eventos, Washington Sena. “Há um grande interesse de utilizar a cidade como palco de eventos para o público LGBTI+ e investimos muito neste setor, pois esse tipo de viajante gasta quatro vezes mais que o turista tradicional”, revela. Entre as tendências, a cidade paranaense serve de cenário para casamentos com as Cataratas do Iguaçu como pano de fundo e outros eventos no Marco das Três Fronteiras.n

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HARD ROCK ALL INCLUSIVE

Carla Cecchelle, diretora de Vendas da RCD no Brasil

Atender a comunidade LGBTI+ “não é uma novidade” para os resorts Hard Rock All Inclusive , como afirma a diretora de Vendas Brasil da RCD Hotels, Carla Cecchele. Ainda assim, para ela, é fundamental mostrar ao mercado que a rede é aberta a todas as formas de amor. Com isso em mente, a RCD Hotels levou ao encontro todo o know-how da rede na realização de casamentos, o que Carla define como “um excelente gancho para vendas”. Para o hóspede, a vantagem é ter sua cerimônia toda organizada e produzida gratuitamente pela equipe do hotel. Ao agente, é a chance de fechar um pacote para grupos que, por vezes, alcançam os 80 passageiros.n

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Frederico Levy

INTERPOINT

O forte enfoque de outras empresas em produtos de cruzeiro fez o diretor da Interpoint, Frederido Levy, brincar que nesse Experiência LGBTravel eles iriam “das águas para as montanhas”. A operadora levou ao evento uma “seleção de destinos” que envolvem esportes de neve e a própria comunidade LGBTI+. A pesquisa da Interpoint trouxe “destinos nos quais temos expertise há anos e esse evento despertou uma luz que a gente pode focar. O esqui é um produto muito familiar e a gente vende sem segmentar por público. Sempre trabalhamos com lazer, não importa o destino ou o alvo”, conta. Seis destinos figuraram em um encarte criado pela operadora para o evento. Os destaques dos Estados Unidos foram a Aspen Gay Ski Week, em Aspen (13 a 20 de janeiro de 2019); o Elevation Utah, em Park City (21 a 24 de fevereiro de 2019); a Telluride Gay Ski Week, em Telluride (23 de fevereiro a 2 de março de 2019); e o Elevation Mammoth, em Mammoth (13 a 17 de março de 2019). No Canadá, foram citados o Whistler Pride and Ski Festival, em Whistler (20 a 27 de janeiro de 2019) e o Elevation Tremblant, em Tremblant (31 de janeiro a 3 de fevereiro de 2019).n

NORWEGIAN CRUISE LINE

Como princípio e mote, a Norwegian Cruise Line trabalha com o slogan “Sintase livre”. “Nós queremos oferecer uma experiência para que todos sejam livres a bordo, nós já temos esse case. Todos são bem-vindos para se expressar e serem felizes”, relatou no evento a diretora Estela Farina. Acostumada a recepcionar casais e famílias da comunidade LGBTI+, uma preocupação maior do que criar produtos específicos é a de mostrar ao mercado que a NCL está aberta a todos. Por isso Estela não hesita em se aproximar dos presentes, “para saber se todos se sentem convidados, se deixamos claro que de fato somos um destino gay friendly”.n

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Estela Farina

MIAMI

Débora Prass

Miami, nos Estados Unidos, divulgou uma lista de eventos confirmados para 2019. O primeiro deles é o Gay 8 Festival, da comunidade latina em Little Havana, marcado para o dia 17 de fevereiro. Com DJs famosos e festas na piscina, o Winter Party Festival acontece de 27 de fevereiro a 5 de março e tem lucro revertido para as organizações LGBTI+ da cidade. O Outshine Film Festival terá programação de filmes e documentários de 18 a 28 de abril. A Miami Beach Gay Pride, que é realizada na Ocean Drive, em South Beach, acontecerá de 1º a 7 de abril. “Quase todo mês há um evento LGBT em Miami e vários deles não são apenas baseados em festa, mas apoiam causas beneficentes. No segmento, há opções para famílias, amigos, casais e o destino atende a todos os perfis de turista”, explica a representante do Greater Miami Convention & Visitors Bureau (Imaginadora), Débora Prass. Na lista sem datas definidas para o próximo ano, em maio acontece o Sizzle Miami (evento da comunidade negra LGBTI+), para julho tem o Out in the Tropics, uma mistura de arte, teatro, comédia e dança, e setembro é o mês do Aqua Girl, evento de celebração das mulheres. Já em outubro tem o Celebrate Orgullo, voltado para a comunidade hispânica de Miami.n

Roberto Sanches

ORINTER TOUR & TRAVEL

A Orinter Tour & Travel foi outra operadora que também investiu em um encarte especial para o Experiência LGBTravel. A publicação da companhia foi dividida por segmentos, com produtos no Caribe (focados em casamentos), Cruzeiros, América do Norte, América do Sul, Europa e Exóticos. Além disso, houve um destaque especial em pacotes para o NYC Pride 2019, em Nova York. “Nossa especialidade é trabalhar sob medida”, afirmou o diretor da Orinter Tour & Travel, Roberto Sanches. “Temos o cuidado de tratar cada detalhe com muito carinho, no feeling e nas necessidades do cliente. Qualquer cliente gosta de ser bem cuidado, mas o excesso de zelo também pode não ser bem visto. Por isso defendemos que tem que ser algo extremamente natural”, completa.n

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Eduardo Cordeiro

R11 TRAVEL

Mostrar ao mercado que sua empresa está aberta a recepcionar a comunidade LGBTI+ é, por vezes, um movimento mais saudável do que criar produtos específicos e desenhar roteiros que, de alguma forma, diferenciem esse público de outros. Por isso a R11 Travel levou o discurso da inclusão em todas as suas esferas. Representante da Celebrity Cruises no Brasil, a companhia da gerente de Vendas, Erika Aguilar, destacou a receptividade da armadora tanto com clientes como com profissionais. A executiva citou a presença constante de colaboradores da comunidade LGBTI+ em seus navios e também relembrou o primeiro casamento gay em alto mar, realizado em um cruzeiro Celebrity.n

Ricardo Campos

TRADE TOURS

Operadora Disney Select, a Trade Tours mostrou como o mundo mágico de Walt Disney World é escolha ideal para todas as famílias. “Nosso principal destino é Orlando, que é um dos maiores destinos para famílias do mundo. Apesar da Disney não ter eventos próprios LGBTI+, ela apoia as realizações da cidade”, conta o diretor Ricardo Campos. Além disso, a companhia levou ao evento sugestões de pacotes que envolvam destinos e hotéis amigáveis à comunidade LGBTI+. Campos cita propriedades “que tenham profissionais com bom conhecimento”, “treinados para lidar com qualquer público” e “promover boas experiências”. Em encarte, os pacotes da Trade Tours sugerem Buenos Aires, Lisboa, Toronto, Cartagena e Porto de Galinhas.n

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Erika Aguilar

RIO CVB

O Rio de Janeiro está no imaginário da comunidade LGBTI+ mundial, tanto pelas suas belezas naturais quanto a diversidade presente em cada canto. No segmento LGBTI+, o destino é forte candidato para sediar os Gay Games 2026, que neste ano aconteceram em Paris, na França, e em 2022 serão realizados em Hong Kong, na China. O trabalho para sediar o evento ainda está em fase de negociações. “Apresentamos o Rio de Janeiro como um destino para todas as tribos, independentemente do segmento. Temos produtos e serviços para todos os públicos e nossos principais eventos são o carnaval e a parada LGBTI+. O preconceito está diminuindo e temos que entender que todos somos iguais, independentemente de sexo, raça e gênero. É um público que geralmente é solteiro, tem renda maior, sem filhos e busca qualidade e bom serviço”, explica o executivo de Captação de Congressos e Eventos pelo escritório de São Paulo do Rio CVB, Eduardo Cordeiro.n

VELLE REPRESENTAÇÕES

Ricardo Alves

Especializada na representação de marcas de cruzeiros fluviais, com cerca de 90% de seus roteiros realizados na Europa, a Velle sabe do potencial que seus produtos têm para com o mercado LGBTI+, conhecidamente um público que, em sua parcela, busca conforto, alto nível e conhecimento. Marcado por cruzeiros que possuem média etária mais elevada e ciente da força que o produto possui, a armadora fluvial norte-americana Uniworld voltou os olhos para um público mais jovem, entre 30 e 50 anos, com o seu novo U by Uniworld. “É um produto que tem muito potencial, não necessariamente por ser LGBTI+, mas pela faixa etária”, conta o diretor da Velle, Ricardo Alves, citando as atividades noturnas, as grandes cidades-destino e a flexibilidade de horários (com oferta de brunch ao invés do usual café da manhã, por exemplo).n

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Experiência LGBTravel

Heloísa Prass, da PANROTAS, Simon Mayle, da ILTM, e Luciane Leite, da WTM

Filomena Parazzoli e Marta Ogata, da Asia Total Operadora

Monica Samia, da Braztoa, e Marcos Barreto Corrêa, da Belotur, posam com Dindry Buck, que deu as boas-vindas ao público

Keila Caldas, entre Jorge Souza e Roberto Sanches, da Orinter Tour & Travel

A jornalista e roteirista Milly Lacombe

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Dante Campos, da Braztoa, e Gisele Abrahão, da GVA

Pablo de Luca, presidente da Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina (CCGLAR)

Larissa Lopes, da Accor Hotels, e Clovis Casemiro, da IGLTA

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Experiência LGBTravel

Marcos Paulo Mendonça, da Latam Travel, vencedor de uma viagem para Orlando, com Magda Nassar, da Braztoa, Diêmerson Batista, da Delta, e Artur Andrade, da PANROTAS. Cortesia Pegasus e Delta Air Lines Darlan Schmidt e Ricardo Gomes, da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil

Fernando Abrão, da Braztoa, Érica Venturim, da PANROTAS, e Ana Laura Ravagnani, da Jam Co Comunicação

Adilson Melo, André Mercanti e Estela Farina, da NCL

Magda Nassar, da Braztoa, entre Guillermo Alcorta, Artur Andrade e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS

Fábio Alonso Pereira, da Aris Turismo, que ganhou uma viagem para Miami, com Magda Nassar, da Braztoa, Diêmerson Batista, da Delta, e Artur Andrade, da PANROTAS . Cortesia Residence Inn Aventura Mall e Delta Air Lines

Chef Antonieta Pozas, responsável pela oferta gastronômica do coquetel, e Carla Cecchele, da RCD Hotels

Artur Luiz Andrade (PANROTAS), Monica Samia (Braztoa), Guillermo Alcorta (PANROTAS), Dindry Buck, Heloísa Prass (PANROTAS), José Guilherme Alcorta (PANROTAS) e Magda Nassar (Braztoa)

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PATROCINADO

O MAIOR DE TODOS OS TEMPOS NO BRASIL Vem aí o maior e mais moderno navio de cruzeiros da história do País. A MSC Cruzeiros trará, pela primeira vez, o novo MSC Seaview para o Brasil, a principal novidade da temporada 2018/2019 por aqui. O transatlântico com a mais ampla área externa dos mares, com vários ambientes internos e paredes de vidro que permitem belas vistas do oceano, possui entretenimento para toda a família. Opções para o bem-estar e atividades fitness, vasta e reconhecida gastronomia, conceito e design únicos são apenas alguns dos atrativos para os brasileiros, que buscarão o agente de viagens para conhecer essa novidade grandiosa trazida pela armadora. Vem aí o seu maior motivo para vender cruzeiros no País. Com 323 metros de comprimento, 72 metros de altura e capacidade para 5,3 mil hóspedes distribuídos em 11 diferentes tipos de cabine, o navio foi inspirado em um inovador conceito de residencial de praia e proporciona, ao viajante, uma exclusiva experiência de proximidade com o mar. A promenade de 360 graus, na altura do deck 8, atua como a animada área de lazer, com bares, restaurantes, lojas e muito mais com um belo visual do oceano. 26 26 e 27.indd 26

GASTRONOMIA No quesito gastronômico, além dos dois buffets disponíveis durante quase todo o dia, o transatlântico soma outros nove restaurantes à la carte. Destes, seis são de especialidades, entre eles o Ocean Cay by Ramon Freixa, primeiro restaurante em alto mar do premiado chef espanhol, e o Asian Market Kitchen by Roy Yamaguchi, que é o segundo restaurante em parceria com o chef pan-asiático. SOL E MAR O MSC Seaview ainda oferece uma rica variedade de opções de entretenimento para todas as idades. Aqueles que gostam de uma boa dose de adrenalina terão a oportunidade de se aventurar na maior tirolesa dos mares. Já quem gosta de apreciar as belas paisagens e o oceano, a vista da Ponte dos Suspiros, localizada a 40 metros de altura, é de tirar o fôlego. Para relaxar ao sol, estão à disposição dos viajantes cinco piscinas. Uma delas, inclusive, está situada no deck 7, onde cria uma experiência ainda mais próxima entre hóspede e o mar. O navio ainda soma 13 hidromassagens e um parque aquático completo com vários

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toboáguas. Para os pequenos, o Baby Club e os Mini Clubs, elaborados em parcerias com Chicco e Lego, são pura diversão. À NOITE Durante as noites, shows ao estilo Broadway levam mágica ao teatro, que tem capacidade para 934 pessoas, enquanto quem prefere algo mais agitado pode dançar na discoteca ou aproveitar os diversos bares e lounges. As instalações do navio ainda oferecem pistas de boliche, cinema XD, simulador de Fórmula 1 e outros games. FITNESS E BEM-ESTAR Os conceitos de luxo e bem-estar também não ficam de fora do novo Seaview. Além do salão de beleza, barbearia e uma academia equipada com aparelhos de última geração, da Technogym, o navio também conta com o exclusivo MSC Aurea Spa. Ele oferece uma autêntica experiência balinesa em alto mar, com variadas opções

de tratamentos. São mais de 20 tipos de massagem, 19 tratamentos corporais e 19 faciais, aromaterapia, manicures, pedicures, sauna e banho turco. EXPERIÊNCIA LUXUOSA No exclusivo MSC Yacht Club, a experiência é totalmente voltada para o público que busca exclusividade, privacidade e um serviço ainda mais personalizado. O produto de luxo da MSC Cruzeiros chega ampliado neste novo navio, com um espaço ainda maior e regalias como mordomo 24 horas, piscina, solário e restaurantes dedicados e acesso exclusivo ao MSC Aurea Spa. ROTEIROS Com embarques de Santos (SP) e Salvador, de dezembro deste ano a março de 2019, o MSC Seaview realizará cruzeiros de 3 a 7 noites pelas praias tropicais do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil nesta temporada..n

Asian Market Kitchen é o restaurante assinado por Roy Yamaguchi

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Memória

Henrique Santiago

POR QUE TÃO CARO? Em uma época quando não existia o Ministério do Turismo, a pasta da Indústria, Comércio e Turismo se juntou a outras entidades, como Embratur, Ministério da Aeronáutica e associações de classe da indústria de viagens brasileira (Abav, ABIH, Abrasel etc) para exigir tarifas aéreas mais baratas nos idos de 1996. Os principais questionamentos desse agrupamento era saber por que as passagens domésticas eram mais caras que as internacionais e por que as tarifas promocionais não eram “acessíveis e transparentes” como em outros mercados. As respostas vieram na

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voz de Ramiro Tojal, então presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Um tanto controverso, ele chamou os agentes de viagens e consumidores de “burros”, reclamou dos custos e impostos. Ainda, informou que as aéreas contavam com mais de 100 tarifas promocionais. Seu posicionamento não agradou os presentes. Para se ter uma ideia, o ministério avaliou, em 1995, que a ponte Rio-São Paulo, de 366 quilômetros, custava por volta de US$ 285, um voo entre Nova York e Washington, de 316 quilômetros, saía por US$ 249.

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Aviação Artur Luiz Andrade

Igor Miranda, diretor comercial da Latam Brasil

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LATAM PARA O CORPORATIVO

Foi um susto quando, na divulgação dos números de vendas das TMCs associadas à Abracorp no segundo trimestre de 2018, a Latam Airlines apareceu em segundo lugar em share doméstico por número de bilhetes (28,2% contra 32,6% da Gol e 26,7% da Azul) e em terceiro em vendas totais (26,5% contra 32,1% da Gol e 32% da Azul). A tarifa média da Latam Brasil também ficou em terceiro lugar entre as grandes: R$ 727 para a Azul, R$ 599 para a Gol e R$ 571 para a Latam. No inter, o primeiro lugar foi da companhia nacional presidida por Jerome Cadier, com R$ 135 milhões em vendas e 18% de share, contra R$ 97% da American Airlines (13% de share), sua parceira de Oneworld e de um futuro joint business agreement. A luz amarela continuou, portanto, acesa para a Latam no doméstico, onde tem como meta ser a preferida do viajante corporativo brasileiro; e manteve-se verde vibrante no internacional, visto que as concorrentes estão bem distantes, ainda mais contando a parceria com a American. Sobre os números da Abracorp, o diretor comercial da Latam Airlines no Brasil, Igor Miranda, é muito claro: a empresa quer reconquistar a liderança. Quer ser a número um para o viajante brasileiro. Mas continua afirmando que todo número pode ser visto de várias formas, e a Latam analisa as suas rotas baseadas na oferta, no percentual de vendas acima dessa oferta e nos resultados dos aeroportos onde tem predominância no Brasil. Em resumo: os números da Abracorp são esses, a Latam quer voltar a liderar esse ranking, mas também vê as análises internas que destacam suas forças em muitos mercados. Hoje as viagens corporativas são 55% da receita

doméstica da Latam e a companhia reconhece que, devido aos processos de fusão por que passou especialmente nos últimos dois anos, se afastou um pouco do mercado corporativo e deixou de comunicar novidades e avanços para esse público. Ainda com relação à comunicação, Miranda acredita que diversas fortalezas da Latam, como a conectividade e sua malha robusta, o programa de fidelidade e os investimentos nos canais B2B, além do fator humano em todos os níveis da companhia, também não estão sendo repassados como deveriam aos clientes. Já no dever de casa a ser feito, mais fácil depois do fim do processo de fusão (o marco foi a migração, em maio, para a plataforma tecnológica Sabre, já usada nas empresas dos países de língua hispânica), estão: implantação de wi-fi, renovação das cabines (em total de US$ 400 milhões a serem investidos), agenda de aproximação com as entidades do setor de viagens corporativas (como Abracorp, Alagev e TMG), aumento da malha doméstica e internacional, e criação de um Comitê de Negócios, com relacionamento direto com o presidente da companhia, Jerome Cadier, e o diretor Igor Miranda. “Temos uma pauta de novidades e de ações já implantadas para o viajante corporativo e que começaremos a comunicar de forma mais consistente ao mercado”, afirma Miranda. “Ser a companhia preferida não é só market-share, mas também envolve produto, marca, preço, fidelidade, processos internos... e esse é o legado da Latam. Temos conteúdo para comunicar ao trade e clientes. Se não tivéssemos seria problemático, mas temos, e muito.” 24 a 30 de outubro de 2018 — PANROTAS

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AS AÇÕES E FORTALEZAS PARA O CORPORATIVO Retrofit das aeronaves Segundo o diretor comercial, a renovação das poltronas e cabines não será um match up com o que já existe no mercado. “Teremos a melhor classe executiva internacional, daremos um salto frente à concorrência.” O investimento contemplará aeronaves de longo curso e também as que realizam voos domésticos e internacionais de curta distância. Nova configuração domésticas Os passageiros corporativos vão ganhar de cinco a sete fileiras nos aviões que fazem rotas domésticas, com mais espaço entre as poltronas e algumas facilidades que ainda serão reveladas. Programa de fidelidade Um dos três maiores do mundo, o programa tem no resgate fácil seu diferencial, de acordo com Igor Miranda. “Tanto para resgate na Latam como em nossas parceiras, nosso programa é bem mais fácil (de resgatar) que os concorrentes. Oferecemos disponibilidade e preço”, garante. “Com o Latam Fidelidade você viaja mais.” Malha aérea Maior hub aéreo da América Latina, Guarulhos, em São Paulo, é a joia da coroa na malha da Latam Brasil. “Nossa diferença de oferta em relação aos concorrentes em Guarulhos é muito importante”, conta Miranda. Além de GRU, Brasília, Lima e Santiago (crescendo em importância) são destaques na região. Guarulhos ganhou 17% mais operações este ano e Brasília 7%. No Brasil, a Latam ainda tem presenças chamadas de estratégicas por Igor Miranda em Congonhas (“com os melhores slots do aeroporto”), Confins (“posição

intermediária, mas importante”) e Campinas (onde a Azul implantou sua estratégia de hub, mas com a Latam com “boa presença”). “São quatro bancos de conexão em Brasília e Guarulhos, o que mostra a robustez de nossa conectividade no Brasil e na América Latina. E vamos continuar investindo nela em 2019.” Novos voos Foram 30 novas rotas em 2017 e 28 em 2018 (até dezembro), sendo que sete novas rotas são internacionais e seis saem de Guarulhos. Os resultados, de acordo com Igor Miranda, estão muito bons. Ele cita Las Vegas, Boston, Lisboa e Tel Aviv como destaques. Relacionamento B2B A Latam Brasil vai criar um Comitê de Negócios, com 12 profissionais de empresas distribuidoras. O presidente da companhia, Jerome Cadier, e o diretor comercial, Igor Miranda, irão interagir diretamente com esse comitê. Miranda promete ainda uma “nova régua de relacionamento com a Abracorp” e a realização de mais eventos com os travel managers (uma reunião com o TMG já ocorreu). “Nosso foco será a eficiência, tanto para as TMCs quanto para os gestores.” Pontualidade Os índices da companhia estão entre 85% e 90%, mas o diretor comercial da Latam destaca que a indústria como um todo vive um bom momento quando o assunto é pontualidade e eficiência operacional. Fator humano “Ele está em nosso DNA. Fizemos várias mudanças mas somos sim uma empresa focada em serviço e atendimento. Investir em pessoas e atendimento é uma de nossas missões”, resume Igor Miranda. 

Latam Airlines investe US$ 400 milhões em renovação das cabines e promete “a melhor classe executiva internacional”

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ESTRUTURA COMERCIAL

Igor Miranda desenhou desde o ano passado a nova estrutura do comercial da Latam e ela já está a pleno vapor. Houve recentes mudanças em algumas posições e as principais lideranças estão hoje assim: Igor Miranda lidera equipe comercial estruturada para atender diversos segmentos

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Gerentes Latam Brasil

Camila Belinelli, gerente do núcleo de Negócios, que comanda 70 profissionais de atendimento e negociação para os canais B2B. “Somos sem dúvida a companhia que mais investe nos canais indiretos”, diz Igor Miranda

Daniel Aguado, gerente sênior de Marketing Trade

Aline Mafra, gerente sênior de Gestão Comercial

Daniel de Almeida, gerente para o Corporativo (era gerente em Brasília)

Antenor Soares, gerente para Consolidadoras

Caroline Carbone, gerente de Vendas para Empresas e Latam Corporate

A equipe ainda conta com: Lucas Diogo, gerente Fidelidade. Erik Rantim, gerente de E-commerce; Laís Careche, gerente de Turismo (era do Corporativo) André Sena, head de canais

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Diagnóstico

Karina Cedeño

HSMAI(S) FORTE NO BRASIL

A história da HSMai é recente no Brasil e talvez por conta disso muitos ainda não saibam exatamente o que a associação faz ou quais são os seus objetivos. Porém, basta participar de alguns de seus eventos para notar que há alguma coisa diferente. Comparado com a média dos eventos do setor, o diálogo entre palestrantes e participantes é mais informal, sem deixar de ser didático. E aquela ideia de que o evento tem de ser algo cansativo, no qual as pessoas entram mudas e saem caladas, passa longe dos objetivos da associação, para a qual a troca de experiências é bastante valorizada, bem como a interação contínua e a co-criação de conteúdo. “Não acreditamos que os negócios são feitos de CNPJ para CNPJ, mas sim de CPF para CPF. Estamos interessados no profissional e no que ele tem para contribuir, colocando-o à frente de sua marca”, comenta a presidente da HSMai no Brasil, Gabriela Otto.

VISÃO COMPLETA A associação sem fins lucrativos foi fundada nos Estados Unidos em 1927 e estreou no Brasil em 2014, representada pela Go Consultoria (empresa de Gabriela Otto), trazendo o objetivo de aprimorar os conhecimentos de executivos e profissionais da indústria de Hospitalidade e Turismo nas áreas de Vendas, Marketing, Distribuição e Revenue Management. Com forte veia educacional, a organização tem os seus pilares sempre conectados com uma visão estratégica. “Ao se falar em hotelaria, por exemplo, muitos pensam apenas na parte operacional, de que o bom hoteleiro é um cara hospitaleiro que pratica o bem receber. Mas a HSMai vai muito além e incita os profissionais do mercado a pensarem de forma estratégica, em como conquistar clientes e conduzir o caminho da decisão da viagem até chegar no hotel”, comenta a presidente da HSMai no Brasil. Hoje a HSMai é composta por cerca de sete mil membros 36

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Gabriela Otto - Presidente da HSMai Brasil

de 35 países em todo o mundo. Presente em três regiões (Américas — sendo o Brasil o único País na América Latina — Ásia-Pacífico e Europa, e recentemente nos Emirados Árabes, a HSMai também conta com a Fundação HSMai, criada em 1983 com o propósito de publicar pesquisas, estudos e atividades educacionais da associação. COMITÊS Hoje a associação conta com três comitês no País, sendo eles o Comitê Corporativo, liderado pelo gestor de Viagens da Philips para a América Latina, Fernão Loureiro; O comitê de Vendas e Marketing, liderado pelo diretor de Vendas e Marketing da IHG para a América do Sul, David Pressler (IHG); e o Comitê de Revenue Management e Distribuição, liderado pelo gerente de Desenvolvimento de Negócios para o Brasil da OTA Insight, Ricardo Souza, juntamente com a revenue manager da Accor no Brasil para marcas midscale e econômicas, Fernanda Palhares. Todos os comitês têm papel fundamental dentro da associação e trabalham em sinergia, promovendo eventos e difundindo entre os participantes as melhores práticas do mercado. Mas a entrada de profissionais no board e nos comitês da HSMai Brasil passa por um processo de seleção bastante criterioso, segundo Gabriela. TODA A CADEIA Desde que iniciou os trabalhos no Brasil, a associação tem visto acontecer um movimento semelhante ao ocorrido na Europa: a aproximação natural de outros players do mercado. Gestores de viagens, OTAs, agências corporativas, entre outros, começaram a frequentar os eventos da HSMai por se interessarem pelo conteúdo, estudos divulgados, certificações oferecidas, entre outros motivos. “Essa aproximação vem acontecendo naturalmente, sem que nada tenha sido planejado. É como um ‘campo neutro’, com foco na pessoa física, não jurídica, e tudo

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O diretor do comitê Corporativo da HSMai Brasil, Fernão Loureiro

O diretor do comitê de Revenue Management e Distribuição, Ricardo Souza

feito 100% pelos próprios profissionais de mercado. Isso tem aproximado as pessoas, que querem contribuir voluntariamente com os eventos, conteúdos, cursos, certificações, pois entenderam que tudo é feito por eles e para eles”, comenta Gabriela. Os eventos e cursos têm, inclusive, mostrado um bom feedback dos participantes, segundo o diretor do Comitê Corporativo da HSMai Brasil, Fernão Loureiro. “Temos recebido muito feedback agradecendo o crescimento profissional e pessoal que a HSMai proporciona e sabemos que ainda há um grande número de gestores de Viagens que não foi alcançado pela HSMai. Por isso apoio a criação de grupos de gestores regionais, já que eles favorecem o alcance desses profissionais que ainda não têm acesso à associação”, complementa Loureiro, lembrando que os parceiros aéreos da HSMai também contribuem para que esse público seja alcançado e levado aos eventos. EVENTOS EM 2018 Entre os eventos realizados pela HSMai Brasil, pode-se citar a Sales & Marketing Conference, a Revenue Optimization Conference (ROC) e a Travel & Mice Managers Conference, além de cursos, premiações, white papers e certificações mundiais e on-line para as áreas de Revenue Management, Vendas, Marketing Digital e Negócios. As certificações são, na opinião do diretor do Comitê de Revenue Management e Distribuição, Ricardo Souza, uma forma de valorizar os profissionais do mercado. NO FUTURO Os planos da HSMai Brasil para os próximos anos são muitos, e alguns já começaram a ser colocados em prática, como a ampliação da atuação no segmento Mice. “Já recebemos de braços abertos Roberta Nonis, grande nome dessa área, no nosso board, incluímos o assunto

O diretor do comitê de Vendas e Marketing, David Pressler

VEJA OS PRÓXIMOS CURSOS E EVENTOS DA HSMAI BRASIL: 09/11 - Curso Revenue Management & Distribuição para Travel Managers e TMCs 28/11 - Roundtable Revenue Managers - exclusivo para convidados 29/11 - 5ª Strategy Conference 12 a 14/12 - Curso de Revenue Management & Distribuição para Hoteleiros Site: hsmaibrasil.org nos cursos para hoteleiros e TMCs, inserindo também a palavra ‘Mice’ no evento dos travel managers, além de criarmos roundtables e eventos exclusivos para debater a comercialização do Mice nos resorts”, conta Gabriela, que já participou do comitê de Mice da Associação Brasileira de Resorts (ABR). Outros objetivos da organização são trazer as TMCs para o centro dos debates, aumentar o número de profissionais certificados pela HSMai no Brasil (nas áreas de Revenue Management, Vendas, Marketing Digital e Negócios) e ampliar o reconhecimento dos profissionais da indústria por meio do HSMai Awards, que premia cases de sucesso, com foco nos profissionais que atuaram no projeto.  24 a 30 de outubro de 2018 — PANROTAS

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Parques temáticos Leonardo Ramos — Orlando (EUA)

SEA WORLD TROPICAL

Adrenalina é a nova praia do Sea World Orlando. Novas montanhas-russas, como a Mako, e revitalização de antigas, como a Kraken, que recebeu introdução de realidade virtual, aconteceram nos últimos anos, todas com o tema no mundo animal dentro d’água, proposta histórica do parque. Embora não seja uma montanha-russa, a última inauguração do complexo não apenas manteve o enfoque radical como bateu um recorde. A Infinity Falls, atração de corredeiras inaugurada há poucos dias e composta por um longo rio turbulento seguido de uma descida em uma espécie de cachoeira, ganhou a marca de queda mais alta dentro desse tipo de atração.

AMAZÔNIA E ADRENALINA A aventura proposta pelo Infinity Falls pode ser dividida em duas partes. A primeira, mais longa, é o percurso de corredeiras, que conta com maiores detalhes de ambientação, além de inúmeras quedas leves que vão molhando os ocupantes durante o caminho. A segunda, merecedora do destaque principal, é a descida final do trajeto, que faz valer a pena sair de lá todo molhado. Ótimo para o calor da Flórida. A primeira surpresa ao chegar na atração, que fica ao lado da montanha-russa Mako, é o tipo de embarcação que leva os visitantes rio adentro. Famílias e grupos inteiros cabem no bote redondo, que comporta oito pessoas e dispõe os convidados de maneira que se aventurem juntos, cara a cara. O design apresenta temas e

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decoração customizados nas fontes de águas cristalinas encontradas em expedições de rafting, exatamente o esporte que motivou a atração. As margens em volta do rio por todo o percurso são repletas de árvores típicas de florestas tropicais, simbolizando a fonte de inspiração para a corredeira — a Floresta Amazônica, que faz da atração a primeira do parque a ir além dos ambientes marítimos para adentrar na temática dos rios de água doce. Mergulhando o visitante no cenário amazônico, o rio é adaptado para que o frio na barriga esteja sempre presente: descidas, curvas rápidas e sinuosas, correntezas fortes e jatos d’água caindo a todo momento entre os visitantes cumprem bem o papel de tornar a atração radical o suficiente para o atual momento do Sea World, em que a

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adrenalina é regra. No caso do Infinity Falls, porém, não tem nada assustador que uma criança não possa fazer. Basta respeitar a altura mínima de 1,06 metros e embarcar sem medo. São cinco minutos no rio que circunda todo o parque, passando por inúmeras pontes de onde boas fotos podem ser tiradas por amigos e parentes que não estão juntos na atração. A dica é levar o celular, permitido neste brinquedo, dentro de uma capinha impermeável (quem não tem pode comprar nas lojas do Sea World). Tirar fotos e filmar todo o trajeto é uma das boas possibilidades do Infinity Falls, inclusive na queda final — apenas segure bem e garanta que o celular esteja bem protegido da água.

VENDER PARA QUEM? Para qualquer pessoa que curta adrenalina em corredeiras similares ao rafting, e quedas onde se molhar é o foco, vale a pena a nova atração do Sea World Orlando. O fato de não ter a descida tão veloz democratiza a atração a um novo tipo de público:

Divulgação

A SUBIDA... Uma das coisas mais curiosas da novidade do Sea World é como o bote chega ao topo do brinquedo, de onde acontecerá a queda final. Ao contrário de outras atrações do tipo, que levam as pequenas embarcações em trilhos — isso inclui a Atlantis, atração do parque que mais se assemelha à nova queda —, o Infinity Falls conta com um enorme elevador, que leva bote atrás de bote para o ponto crucial da aventura. E apenas nesse momento se chega na altura que fez da atração recordista global: são 12 metros, a maior do mundo para atrações de corredeira.

onda é formada, caindo toda sobre os visitantes — não há muita escapatória, assim como tradicionalmente são os brinquedos do tipo, quem vai na Infinity Falls deve estar preparado para se molhar da cabeça aos pés. Mas se por um lado a altura seja considerável, permitindo até a vista de boa parte do parque, a descida não é exatamente das mais velozes. Diferentemente da Atlantis, onde a queda é rápida o suficiente para que visitantes se sintam dentro de uma montanha-russa, a Infinity Falls conta com uma descida menos íngreme e um pouco mais tranquila, permitindo que famílias com crianças menores consigam ir sem preocupação — comportar oito pessoas juntas ajuda nisso. Por fim, vale destacar que uma ponte fica exatamente no ponto em que o bote finaliza a descida, e de lá ótimas fotos podem ser feitas de parentes e amigos no momento de maior adrenalina da atração.

...E A QUEDA E, enfim, a esperada queda. Ela acontece no mesmo instante em que se chega ao seu topo, e em poucos segundos você percorre a “cachoeira” com o bote. No final dela, o impacto com a água é de tamanha força que uma

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crianças menores, que não têm acesso à maioria dos atrativos radicais do parque — eles possuem limites maiores de altura —, e podem acessar tranquilamente o Infinity Falls, o que faz a nova atração agradar bem as famílias com pequenos, um dos tipos de público mais comuns (se não o principal) de Orlando. Na comparação, a nova atração permite crianças a partir de 1,06 metros, enquanto as montanhasrussas do parque têm limite mínimo de 1,38 metros. Isso sem falar do tempo de diversão e os detalhes do entorno, que permitem uma imersão completa. O Infinity Falls traz assim uma experiência diferente, ainda não vista no Sea World, e que permite a diversas idades e tamanhos uma aventura longa, radical e refrescante, com o diferencial de poder ser compartilhada entre os grandes grupos que vão aos parques de Orlando e podem dividir a experiência dentro de um único bote. É uma nova era do Sea World na Flórida. n Fortes corredeiras levam visitantes para aventura de cinco minutos pelo parque

Elevador leva bote aos 12 metros de altura, de onde começa a descida Infinity Falls, a maior do mundo em atrações de corredeiras

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EM NOVA ERA Oferecer atrações radicais para todos os tamanhos, idades e de gostos. Esta tem sido nova diretriz do Sea World nos últimos anos. O parque de Orlando, historicamente conhecido por seu foco na vida animal dentro dos mares e shows de alguns de seus exemplares mais populares – isso desde golfinhos e leões marinhos até as orcas, como a famosa Shamu —, deixou faz algum tempo de desenvolver novas apresentações envolvendo as criaturas marinhas. A mudança de rumo fez, enfim, com que um novo desejo levasse os visitantes ao parque: a adrenalina. São muitos os exemplos dessa nova fase. A Manta, montanha-russa inspirada nas arraias e aberta em 2009, foi responsável por dar a largada na mudança de ares do Sea World. Marcado pela inovação, o brinquedo leva o visitante basicamente deitado, com o corpo inteiro voltado para o chão, o que proporciona uma visão completamente inusitada, já que a sensação é que de fato você sobrevoa o parque. A sequência veio com a Mako, em 2016. Dessa vez inspirada em tubarões, a hypercoaster foi lançada com direito a três recordes invejáveis, se considerar que fica na capital dos parques temáticos: é a montanha-russa mais alta, mais veloz e mais longa de Orlando, com 61 metros de altura, 118 quilômetros por hora de velocidade em seu ápice, e extensão de 1.451 metros. Não é qualquer coisa, e não é à toa que seu

BANCO DE DADOS

Sea World Orlando (visitantes) 2013 - 5,09 milhões 2014 - 4,68 milhões 2015 - 4,77 milhões 2016 - 4,402 milhões 2017 - 3,96 milhões Sea World Parks & Entertainment 2013 - 23,4 milhões 2014 - 22,39 milhões 2015 - 22,47 milhões 2016 - 22 milhões 2017 - 20,8 milhões 2018 – +-18 milhões (jan/2018 à set/2018) = + 9% ou + 1,4 milhão de visitantes Fontes: Theme Index 2017 Aecom / Sea World Entertainment Reports

lançamento colocou de vez o parque na mira dos fanáticos por adrenalina que vão à cidade da Flórida. E mais um passo nesse sentido foi dado com a abertura do Infinity Falls — desta vez atingindo um novo público, já que permite a entrada de pequenas crianças Essas três se somaram às já existentes Atlantis, descida de barco em uma cachoeira, e Kraken, montanha-russa inaugurada em 2000, as atrações radicais mais antigas do Sea World Orlando. Horizonte do Sea World em nova fase é dominado por montanhasrussas

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SHOWS X CONSCIENTIZAÇÃO Os animais marinhos não foram, porém, esquecidos pelo Sea World. Os shows mais clássicos do parque, como o da Shamu e o dos golfinhos, seguem acontecendo, e a área de pinguins continua, em ambiente com temperatura de zero grau. Mas uma mudança foi observada quando se pensa em novos espaços dedicados a eles. Sim, as apresentações mais tradicionais continuaram, mas nenhum novo show surgiu nos últimos anos no parque. Isso porque o foco mudou: de demonstrações espetaculares dos animais para o público, o investimento passou a ser em espaços que focam na conscientização e preservação da vida marinha. O primeiro passo para essa virada de jogo aconteceu em 2016. No início daquele ano, o Sea World decretou o encerramento da reprodução de orcas em cativeiro em seus parques. Alguns meses mais tarde, o então diretor executivo do Sea World Entertainment, Joel Manby, determinou ainda que as baleias não iriam mais “posar, dançar ou se beijar” em qualquer apresentação.

ESTRATÉGIA BEM-SUCEDIDA Se os números forem a resposta, então o novo posicionamento do Sea World está correspondendo. Só no acumulado deste ano até o final de setembro, foi observada alta de 9% em número de visitantes – lembrando que isso se refere a todos os parques do Sea World, e não apenas do seu principal empreendimento de Orlando. Já a receita total dos nove primeiros meses do ano ficou US$ 90 milhões acima do mesmo período de 2017, aumento também de 9% no comparativo. É um indício de recuperação, já que de 2014 até o ano passado o grupo enfrentou quedas de lucro em sequência. O que se sabe, enfim, é que mudanças foram realizadas no parque nos últimos anos, com a aposta em atrações que visam à conscientização e lado educacional das espécies marítimas. E o movimento deve continuar, já que o fim de reprodução de orcas deve levar, após um bom número de anos, ao final do show das baleias do parque – os de leões marinhos e golfinhos, por outro lado, devem ser mantidos. Enquanto isso a adrenalina roubou a cena, ao menos no empreendimento de Orlando. E se depender dos bons números de 2018, os anos de queda do Sea World ficaram para trás. n A PANROTAS viajou a convite do Sea World Parks

Show das orcas tem dias contados no Sea World Orlando, mas golfinhos devem ser mantidos

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ATRAÇÕES RADICAIS Tipo: Corredeiras com queda Extensão: 463 metros Altura da queda: 12 metros Altura mínima: 1,06 metros Nível de emoção: Leve/Para famílias

Tipo: Montanha-russa Nível de emoção: Extremo Altura: 61 metros Velocidade máxima: 118 km/h

INFINITY FALLS

MAKO MANTA

Tipo: Montanha-russa Altura: 45 metros Altura Mínima: 1,38 metros Velocidade máxima: 105 km/h

Tipo: Montanha-russa Tempo de percurso: 2m45s Velocidade máxima: 99 km/h

KRAKEN

ATLANTIS

Tipo: Montanha-russa com água Altura mínima: 1,06 metro Nível de emoção: Leve/Para famílias 24 a 30 de outubro de 2018 — PANROTAS

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Noites de Halloween do Busch Gardens acontecem até o final de outubro

BUSCH GARDENS: TERROR E ADRENALINA O Sea World Parks não ficou para trás neste ano quando se pensa em Halloween. Mais uma temporada da noite de terror está acontecendo neste mês de outubro no Busch Gardens, na cidade de Tampa Bay, onde seis casas de terror foram elaboradas para assustar os visitantes – e se depender das multidões que têm estado nas filas delas, o trabalho do parque tem sido bem-sucedido. Os temas são muitos, todos sob o nome oficial da edição deste ano, Nowhere to Hide (Não há onde se esconder, em tradução livre). Das seis casas, duas são novas, estreantes da temporada: a Insomnia, uma espécie de hospital psiquiátrico mal-assombrado; e a Simon’s Slaughterhouse, onde Simon comanda jogos mortais dentro da casa – lá estão os detalhes mais fortes e explícitos, como membros do corpo arrancados e muito sangue. Fica o destaque para o belo trabalho feito no hospital mal-assombrado, onde os quartos e corredores parecem cena pós-apocalipse e os personagens são tão reais que parecem de fato possuídos por forças sobrenaturais; e para o motel, onde as portas e janelas de onde “monstros” podem vir são incontáveis, e repletas de armadilhas – lá aconteceram os melhores sustos da noite, na avaliação da PANROTAS. 44

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PARQUE MAL-ASSOMBRADO Se engana quem acha que são só as casas de terror que estão preparadas para assustar os visitantes do Halloween do Busch Gardens. Todo espaço do empreendimento de Tampa Bay recebe uma decoração totalmente nova do dia para a noite para o evento – os visitantes que já estão no parque e querem ficar para o evento devem sair do local e entrar novamente a partir das 18h, já que é necessário adquirir uma entrada extra, que parte de US$ 39. A nova iluminação do parque, bem escura e predominantemente roxa, junta-se à fumaça branca e projeções de imagens fantasmagóricas para dar uma nova cara ao ambiente. Mas o principal são os vários personagens de histórias mal-assombradas fantasiados que circulam nas partes mais escuras do parque dando sustos nos transeuntes. Cinco áreas de terror concentram a maior parte deles, e um mapa criado especialmente para o Halloween do parque mostra cada uma delas. Alguns dos personagens até interagem com visitantes nos brinquedos do parque – o Crash Test Clowns, o clássico carrinho bate-bate, é um exemplo. Um show às 20h30 completa a noite de Halloween do parque.n

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Monstros nas casas de terror serão os responsáveis por assustar os visitantes

MAIOR LAUNCH COASTER DA FLÓRIDA Se o Busch Gardens já tinha motivos para ser chamado de o principal parque das montanhas-russas da Flórida, no ano que vem o lançamento de mais uma atração do tipo deve elevar ainda mais sua posição de destaque no Estado. Trata-se da Tigris, que teve detalhes revelados pelo gerente de Projetos do parque de Tampa Bay, Andrew Schaffer. Segundo ele, a Tigris será uma launch coaster, estilo de montanha-russa que se caracteriza pela rápida aceleração inicial, que leva os visitantes para o alto – um exemplo de atração do tipo no parque é a Cheetah Hunt; a Universal Orlando, com a Incredible Hulk Coaster, e o Hollywood Studios, com a Rock ‘n’ Roller Coaster starring Aerosmith, também contam com atrações do tipo. Com 45 metros de altura, a Tigris será a maior montanha-russa do tipo da Flórida, além de ser a nona atração focada em adrenalina no parque, e sua sétima montanha-russa. Um detalhe interessante é que a Tigris levará os visi-

tantes a uma velocidade de 80 quilômetros por hora em um sentido incomum para atrações do tipo: de costas. Após partir de sua base para a esquerda, os três carrinhos (cada um comporta seis pessoas) vão até próximo da altura máxima do brinquedo; antes de chegar ao topo, porém, ela para, despenca com os visitantes de costas, cruzando a base inicial e subindo novamente, desta vez do lado oposto. Ela então para novamente, e inicia uma nova queda, voltando ao sentido original e passando por sua base pela terceira e última vez – desta vez, porém, a subida leva os carrinhos da montanha-russa até o final do percurso. Após atingir a altura máxima, a Tigris conta com uma inversão completa e lenta, para que os visitantes tenham um respiro antes da queda final: um looping com um twist, onde a velocidade máxima da atração, de 99 quilômetros por hora, é atingida. Sua abertura é prevista para o segundo trimestre de 2019. n 24 a 30 de outubro de 2018 — PANROTAS

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Eventos Rodrigo Vieira — Buenos Aires

Fit América Latina recebeu quase 100 mil visitantes em quatro dias, dois dos quais abertos ao público final

LIÇÃO DE FORA

Feira Internacional de Turismo da América Latina. A versão argentina da Fit, que aconteceu no início do mês em Buenos Aires, faz jus à extensão de seu nome. Sua 23ª edição reuniu representantes de 50 países em um espaço de 35 mil metros quadrados, com 1,45 mil expositores. Números para fazer a Abav Nacional refletir. Isso porque a Fit foi realizada logo na sequência da Abav Expo. O evento no Brasil acabou em 28 de setembro, e o da Argentina deu o pontapé inicial nos dias 29 e 30, final de semana, quando abriu ao público final, e, em seguida, 1º e 2 de outubro, estritamente B2B. Essa cronologia, na visão de muitos expositores internacionais, principalmente os de alémmar, poderia ser estratégica. Trazer de uma vez só os escritórios de Turismo para expor nos vizinhos sul-americanos. É assim que a Itália, a Espanha, a Rússia, a Áustria, o Panamá, a Indonésia, o Japão, a República Tcheca, a Turquia e tantos outros representantes oficiais de destinos enxergam a região, mas ainda assim não foi essa estratégia usada em 2018. Todos esses expositores tinham estande na La Rural, na capital argentina, mas não no Anhembi, na capital paulista. Contando com os 50 países e suas marcas adjacentes, a Fit America Latina reuniu mais de 1,45 mil expositores contra 1,18 mil da Abav Expo. A feira brasileira registra “32 expositores principais internacionais, além dos diversos cooperados nos estandes dos destinos, mas nem todos registram a participação no Caex, e acaba entrando só a marca principal”. Há quem diga que essa diferença seja pelo interesse dos fornecedores de diminuir o número de intermediários em sua venda, o que viria a calhar nos dias B2C. “Os destinos também têm interesse em impactar o público final, e não só com marketing, mas também com vendas. Aquela parceria antiga com o trade não existe mais. Portanto, o fato de essa feira ter seus dias voltados aos consumidores faz com que destinos optem pela Fit e não pela Abav”, aponta o CEO da broker Best Buy, Victor van Oorschot. 46

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Esse pode até ser o motivo, mas outras fontes ouvidas pela revista PANROTAS no cooperado da Embratur na Fit apontam que essa goleada da Argentina no Brasil foi por desorganização da Abav. Os destinos e expositores internacionais optam principalmente pela WTM Latin America, no primeiro semestre, e pelo Festuris, a última grande feira do calendário brasileiro. É o caso de Las Vegas, por exemplo, que voltará a subir a Serra Gaúcha em 2018. O presidente da Abav Nacional, Geraldo Rocha, reconhece o déficit. Ele teve menos de quatro meses para organizar o que a associação chama de feira mais importante do Turismo brasileiro. “Como assumi em cima da feira, não tivemos tempo hábil de atrair tantos destinos, mas tenho certeza de que vamos reverter a situação em 2019”, aponta. “Quando entrei, assumi o compromisso de pensar no futuro e não me prender ao que havia passado. Realizamos a Abav Expo com menos destinos internacionais do que gostaríamos, mas a partir de agora faremos do começo, e estamos atrás desses destinos.” O BRASIL PARA A ARGENTINA Vir ao Brasil e não curtir uma praia é perda de tempo para o turista argentino. Se a hospedagem for all-inclusive ou meia pensão, melhor ainda. Na posição de uma das maiores mayoristas (operadora) do país vizinho, a Ola Turismo, aponta que Florianópolis, Rio de Janeiro (capital, Angra dos Reis e Búzios) e Nordeste são os principais alvos no

Flavio Lanzini, da Ola Mayorista de Turismo

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lazer e que outros tipos de produtos, como natureza, cultura e centros urbanos, são praticamente descartáveis. O executivo Flavio Lanzini, do departamento de Contratações da operadora, aponta que, com a crise econômica vivida pela Argentina, caíram as vendas para destinos de outros continentes e, desta maneira, o Brasil se beneficiou. “As famílias que iam ao Caribe optam pelo Brasil. Embora os voos de cabotagem para Florianópolis estejam caros, o Sul é um destino que não precisa de aéreo. Floripa, Rio de Janeiro e Nordeste saem como alternativas mais em conta para os argentinos que buscam praia”, afirma, revelando que em 2017 inteiro vendeu US$ 19 milhões no emissivo ao Brasil, e que no acumulado de janeiro a setembro já somou US$ 37 milhões. “Até metade do ano tivemos resultados excelentes, mas isso foi antes do impacto da crise”, completa. A Ola teve 60% do capital comprado pela CVC Corp em setembro A gerente de Produtos Argentina e Brasil da Top Dest, uma das grandes concorrentes da Ola, tem opinião similar em relação a produtos, mas afirma que “o momento está particularmente difícil”. Teresa de la Torre comemora os novos voos diretos ao Brasil partindo de mercados mais distantes de Buenos Aires, como Córdoba, Rosário e Tucuman. “No ano passado, vendíamos um dólar a 17 pesos argentinos. Hoje a moeda americana custa mais de 35 pesos argentinos. Isso é um impeditivo enorme”, lamenta. “De qualquer maneira, os resorts all inclusive do Brasil contrabalanceiam nosso emissivo internacional, principalmente nos destinos que dá para ir de carro, como Balneário Camboriú e Florianópolis. Os hotéis três estrelas também têm sido alvo de maior procura. As pessoas necessitam viajar e o

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Brasil é sempre um destino almejado.” Teresa ainda lamenta a falta de promoção de nosso País em seu mercado. “O governo brasileiro não nos ajuda muito em termos de publicidade. É incrível como destinos como Peru e México são bem Teresa de la Torre, da mais trabalhados aqui. Sinto Top Dest, uma das também que a Inprotur faz um principais vendedoras de Brasil na Argentina trabalho melhor no Exterior do que a Embratur fora. O Brasil poderia vender ainda mais aqui”, conclui, queixando-se da falta de apoio em verbas para participar como buyer da Abav Expo, feira de que ela participou com recursos próprios. EMBRATUR Fato é que a Embratur teve um dos maiores estandes internacionais da Fit na Argentina. Foram mais de 178 metros quadrados e 24 co-expositores, sendo metade empresas privadas e metade parceiros público: secretarias municipais e estaduais de Turismo de diferentes regiões, além de empresas, operadoras e representantes da hotelaria nacional. A presidente da Embratur, Teté Bezerra, ressaltou a importância de constantemente estreitar os laços com os principais consumidores e vendedores internacionais do Brasil – o turista argentino e o trade local.

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“A Fit é um evento estratégico assim como o mercado argentino. A Argentina envia para o nosso País 40% do total de turistas estrangeiros que nos visitam. Em números, isso significa 2,5 milhões de turistas e a receita de US$ 1,5 bilhão por ano”, destaca. O ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, concorda que ambos os países e os vizinhos sul-americanos precisam trabalhar juntos seus produtos. “A Fit é, provavelmente, a feira de Turismo mais importante da América do Sul, e é uma grande opor-

tunidade para o Brasil se consolidar em um mercado muito fiel, como o argentino. Somos os nossos principais clientes e precisamos trabalhar juntos. Não apenas para aumentar o fluxo de um lado e de outro, mas para captar terceiros mercados”, ressalta Santos. EXPOSITORES BRASILEIROS Veja alguns dos destaques dos brasileiros na Fit América Latina, em Buenos Aires:

Heber Garrido, do Grupo Rio Quente, que destacou o potencial da Costa do Sauípe na América do Sul. Os argentinos representam 75% dos hóspedes internacionais no resort. A revitalização dos apartamentos já está sendo entregue, mas ele faz mistério sobre “uma grande novidade que está por vir, mais precisamente em dezembro, em relação a entretenimento, algo que nenhum outro destino de hospedagem tem no Brasil” Claudia Gonzalez, do Ladevi, e Guillermo Alcorta, da PANROTAS. As duas publicações líderes da indústria do Turismo, o primeiro na Argentina e o segundo no Brasil. Empresas são parceiras e têm várias ações em conjunto no calendário anual

Agustina Bluthgen, do Turismo de Miami (Imaginadora) na Argentina, Ana Maria Donato, da Imaginadora, e Mauricio Alexandre, do Sea World (Imaginadora). Em quatro meses na Argentina, a empresa de representação capacitou mais de 500 agentes de viagens e operadores em Buenos Aires e outros mercados importantes

Guilherme Paulus, da CVC Corp e GJP, com Valter Patriani, da CVC Corp, que comprou empresas argentinas há um mês. Dentre elas, a Ola Turismo, que tem um dos maiores estandes entre as operadoras na feira. Entretanto, Patriani garantiu que seu negócio na Argentina era outro, ainda não revelado

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Catiria Garbelini, do Wish Foz, e Rodrigo Napoli, da GJP Em Foz do Iguaçu (PR), o Wish Foz é apenas um componente do cenário estratégico do Mice da rede GJP, que ainda conta com Wish Serrano, em Gramado (RS), Wish Natal e Wish Salvador como as principais marcas do Mice, além do Prodigy SDU, no Rio de Janeiro, que pela localização também atrai eventos. A próxima etapa, segundo Napoli, consistirá em aproveitar o portfólio digital de Mice disponibilizado pela empresa e conjugá-lo com uma central de eventos corporativos.

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Best Western com Viviane Amadei, Manoel Jucá e Karen Schmidt. Jucá é gerente de Vendas do BW Premier Maceió, hotel pé na areia com 195 apartamentos na bela praia de Pajuçara, em frente às piscinas naturais. Alagoas é um destino que vem ganhando maior expressão na Argentina, daí o grande apelo. A marca também reforçou sua unidade em Natal

A equipe da Matcher ganha corpo e o evento cresce em expectativa entre os fornecedores brasileiros conforme grandes nomes do nosso Turismo vão sendo anunciados para compor o grupo. Idealizada pela experiente trinca Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS, Ana Maria Donato, CEO da Imaginadora, e Jeanine Pires, diretora da Pires & Associados, a Matcher agora conta com o ex-Embratur e WTM Latin America Lawrence Reinisch, a ex-Inprotur Marcela Cuesta, além de Carlos Tenório, do Grupo Ponta Verde. Eles foram à Argentina para atrair compradores com alto desempenho de venda de Brasil. Nos dias 19 e 20 de fevereiro de 2019, no Centro de Convenções de Fortaleza, ocorrerá a primeira edição da Matcher, com foco na venda de produtos e serviços turísticos do Brasil para compradores internacionais

Roberto Vertemati, diretor comercial do Beto Carrero World. Parque busca fazer parte do contexto do Sul do Brasil para os argentinos. Em Santa Catarina, o visitante internacional encontra praia, sol, mar, balada e cultura, e o complexo pode ser a opção de lazer para a família. “Estrutura e serviço nós garantimos”, aponta

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Raphael Silva

TURISMO DE ISRAEL Em dezembro, a Latam Airlines estreia o novo voo de São Paulo (GRU) a Tel-Aviv, e o Turismo de Israel já colhe frutos com a divulgação do destino por aqui. A página do Facebook, em português, dedicada exclusivamente ao Brasil (@VisitarIsrael) soma mais do que o dobro de curtidas em relação à página em inglês (@GoIsrael) e mostra o interesse do viajante brasileiro pelo destino, mas qual o comportamento da marca nas redes sociais?

Um dos padrões da página é replicar conteúdos postados por viajantes em Israel. Mencioná-los para republicar fotos e vídeos cria um movimento de interação, mostra o destino pelos olhos – ou lentes – dos próprios turistas e aproveita para fornecer alguma informação adicional.

Ir a Tel-Aviv é o trivial, mas Israel já se prepara para conquistar o viajante não apenas com um produto. Mostrar o destino além do óbvio também funciona bem para disseminar o que mais ele pode oferecer ao turista que pretende visitá-lo.

PERFIL Facebook: @VisitarIsrael 1.585.117 de curtidas 50 50.indd 50

Apresentar os principais eventos do destino é fundamental para deixar o viajante a par de todas as novidades que estão acontecendo ou que ainda acontecerão por lá. Neste caso, por exemplo, o Festival de Luzes de Jerusalém atrai milhares de turistas todos os anos, e por que não mostrá-lo ao público? Israel acerta mais uma vez ao manter uma sequência frequente de postagens.

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