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Curaçao - Foto de Bruno Van Der Kraan
Edição nº 1.337 - Ano 26 | 12 a 18 de setembro de 2018 | www.panrotas.com.br
Pesquisa exclusiva mostra os melhores caminhos para vender uma das regiões com maior apelo de Turismo no mundo. Sol, mar azul turquesa e casamentos são apenas os argumentos mais óbvios. Descubra
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Henrique Santiago, Raphael Silva e Rodrigo Vieira Reportagens: Beatrice Teizen, Janize Colaço, Karina Cedeño e Marcel Buono Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br), Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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ÍNDICE
nº 1.337 | 12 a 18 de setembro de 2018 | www.panrotas.com.br
SEÇÕES 05 Editorial
Eventos no setor são evidências de desunião
06 Check-in
Air Europa contrata ex-diretor Brasil da Aerolíneas Argentinas
12 Infográfico
Macrotendências de viagens identificadas pelo Google
34 Diagnóstico
O planejamento de malha da Azul Linhas Aéreas
36 Espaço Alagev RFPs: você está pronto?
38 Memória
Uma das 49 aquisições da carreira de Falco
40 LGBTravel
Engajamento na Argentina; Parada no Rio
42 Follow
Visit Costa Rica
14 O que é que o Caribe tem?
Praia, sol, nado com golfinhos e...um mar de oportunidades
22 CVC Corp na Argentina
Tudo sobre o primeiro passo da internacionalização da gigante brasileira
24 Hiper Feirão Flytour
30 mil pessoas compraram 15 mil produtos em Santos, no litoral paulista
Associações
Parceria Estratégica
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Editorial
DIVIDIDOS NÃO CHEGAREMOS LÁ
O
s eventos do trade, não importa o nome ou o formato, muito menos o local, continuam sendo a prova de que vivemos em um setor, indústria, segmento...dividido. Eventos são fonte de renda, prestígio, boa imagem, liderança, visibilidade. E também alimentam egos e vaidades. Eventos são importantes para a formação de profissionais, para a atualização dos mesmos, para negócios, para promoção, para networking, para descobrir tendências e até para saber o que não fazer. Mas, com tanto excesso (de eventos), criatividade é o que menos importa, basta ver que o economista Ricardo Amorim virou arroz de festa (ou praticamente um risoto, já que barato não é – e é bom) nos eventos de Turismo. Os temas também são os mesmos, repetidos por players nem tão diferentes e de formas às vezes iguais. Há eventos de associações (as mais “ousadas” e organizadas realizam feiras e fóruns), há eventos de empresas privadas, de veículos de comunicação (como a PANROTAS, com seu fórum desde 2003), de organizadores de eventos e feiras, e também parcerias entre esses e outros players. Há ainda os eventos governamentais, via MTur, Sebrae, Anac e outros órgãos. E o dinheiro governamental, em todas as instâncias, em quase todos os eventos do trade. Há os eventos regionais e os nacionais, mas a maioria B2B. Poucos se arriscam no B2C e até o momento somente a Flytour Viagens (hoje Flytour MMT) conseguiu resultados efetivos em grandes eventos para os consumidores, o público final. O restante não fez nem marola, só consumiu recursos... públicos. No corporativo os chamados clientes participam pouco (e se repetem nas aparições), mas eles mesmos são intermediários com o viajante final (o funcionário das empresas, as business people). Há os eventos focados e nichados (do Salão do Estudante à ILTM) e esses são os que estão nadando de braçada. Há também os que se dão por satisfeitos se alguém aparecer, não importa a qualificação (afinal, há a necessidade
de crescer sempre, e se possível dois dígitos). Mas há participantes para tanto evento? No Lazer ou no Corporativo, no Sul ou no Nordeste, no centro de convenções ou na sala de hotel? E ainda com os eventos individuais de empresas e destinos, ou os temáticos (de estações de esqui, de hotéis com lago na frente, de tecnologia para o século 31, de operadoras religiosas...) concorrendo pelo mesmo público? Eventos virtuais? Nunca deram certo na nossa indústria. Eventos caça-níquel? Estão diminuindo, mas ainda há quem se contente com pouco. Há de se sobreviver, afinal. Eventos diferentes e inovadores? Hum... há tentativas. Mais do mesmo? Tá assim ó. Eventos com foco profissional? Claro que existem, afinal ir a um evento é sinônimo de investir em conhecimento, relacionamento, melhores condições para se vender... e ser visto, como dissemos no início. E são os profissionais, e não o governo, a despeito de seu dinheiro aqui e ali, que movimentam essa indústria e a fazem crescer e evoluir. Os eventos, portanto, cumprem seu papel na cadeia do Turismo. Mas ainda vemos muitos eventos, até excelentes, dividindo forças. Mostrando apenas uma fatia do bolo ao convidado. E querendo que os mesmos patrocinadores paguem pela festa toda – sem direito a soprar a velinha. Assim como a quantidade de entidades (só na hotelaria são quatro de âmbito nacional), o número de eventos similares atrapalha e enfraquece o setor. Mesmo os regionais. Mesmo os de nicho. Pois se há quatro eventos falando de intercâmbio, por exemplo, o setor está perdendo a chance de se mostrar como nunca conseguiu. Inteiro, grandioso, repleto de oportunidades, diverso, completo. Dividido, o Turismo continuará sendo visto como pulverizado, festivo, com força relativa e desunido. Dividido, o Turismo não conseguirá mostrar toda sua importância e relevância e seus “filhos” continuarão crianças por muito mais tempo, ora correndo, ora engatinhando, e nunca alçando voos longos e em boa altitude.n
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Check-in Hotelaria
Dois anos de Malai
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Comprou de novo: CVC Corp
adquire três empresas na Argentina
2 Insatisfeita, Latam Brasil compra e acaba com Multiplus
3 Google indica 6 macrotendências para o Turismo acompanhar
4 Com Trend no ABC, veja como fica a nova disposição da CVC Corp
5 Ex-Google é o novo chefe do Online e Digital da CVC Corp
6 Falco: mercado precisa pensar menos em preço e mais em produto
7 Latam lança novo voo para Lisboa com evento para o trade; fotos
8 Rextur Advance congela dólar a
R$ 3,99 para 4 companhias aéreas
9 Azul abre as portas de centro
de manutenção pesada em BH; conheça
10 Nova aérea americana começa a operar em novembro; conheça
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O Malai Manso Resort tem motivos de sobra para comemorar seu aniversário de dois anos. Como um dos maiores e mais recentes empreendimentos hoteleiros de lazer inaugurados no Brasil – e o primeiro do Mato Grosso –, o Malai já se consolidou como um dos grandes resorts do País. A celebração foi iniciada com grandes atrações da música brasileira para animar seus hóspedes e visitantes. A primeira atração, no dia 4 de agosto, superou todas as expectativas e lotou todos os apartamentos do resort 15 dias antes do evento. Para animar o público, ninguém menos que Claudia Leitte. A dupla Zezé Di Camargo e Luciano foi a segunda atração
do mês de agosto, no último dia 31, e mais uma surpresa agradável. “No Malai Manso, unir entretenimento e descanso é algo completamente natural desde que abrimos, dois anos atrás. É isso que o turista espera quando vem a um resort. Estamos engajados em aprimorar constantemente novos formatos para atrair os hóspedes para cá, e esses shows, nesse sentido, têm sido um grande êxito e continuarão acontecendo”, explica Ricardo Gouveia, diretor comercial do Malai Manso. Seguindo com a programação, Alexandre Pires leva o “O Baile do Nêgo Véio”, no dia 26 de outubro, ao Malai Manso.n
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Operadoras +Lidas operadoras 1 Comprou de novo: CVC Corp adquire três empresas na Argentina
2 Falco explica compra na Argentina e projeto de aquisições da CVC
3 RCA celebra crescimento de 3
dígitos em vendas para Disney
4 Entenda como funciona o
Mundo Flytour, evento B2B do Feirão
5 Descubra o raio X completo
do turista do Feirão Flytour de Santos
6 Como oferecer uma experiência diferente em um destino conhecido
7 Aroldo Schultz explica por que não adota dólar congelado
8 Tui Brasil congela dólar a
R$ 3,98 até 5 de setembro
9 Schultz mudará de endereço em Curitiba a partir de 2019
10 Com expectativa de 30 mil,
Feirão Flytour tem dia B2B em Santos
TECNOLOGIA PARA TODOS
O Grupo Schultz realizou, na capital paranaense, o seu Encontro Comercial 2018, que reuniu 60 funcionários de todo o Brasil, membros da diretoria, e mais de 100 profissionais. Entre as novidades apresentadas por Aroldo Schultz, o anúncio de que lançará a nova versão do seu site durante a Abav Expo, realizada entre os dias 26 e 28 de setembro, no Anhembi, em São Paulo. A atualização promete menores preços nos aéreos de pacotes e maior competitividade. Outra novidade é que a empresa TZ Systems, do grupo, deve dar passos maiores daqui para frente. “O nosso foco há mais de 20 anos está em tecnologia de desenvolvimento próprio, com investimento superior a US$ 2 milhões. Todos desenvolvem tecnologia para si, mas nós temos uma empresa de tecnologia, a TZ Systems, que era um departamento, e hoje presta serviço para outras fornecedoras. O objetivo é, no ano que vem, realizar uma apresentação e oferecer
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tecnologia para todos os concorrentes”, disse Aroldo Schultz. Os profissionais começarão a usar o sistema, internamente, a partir da próxima semana e o objetivo da TZ Systems é oferecer estes avanços em tecnologia para outras empresas de fora do grupo. Durante o evento em Curitiba, a TZ Systems divulgou que a Tumlare Brasil (pertencente à JTB), que vende para mais de 40 países, é a sua primeira cliente DMC. Para este primeiro negócio, foi desenvolvido um sistema personalizado para compra e reserva de circuitos completos, que já incluem transfers, hotel e aéreo dentro desses pacotes. “Há algum tempo precisávamos investir em um sistema de reservas on-line para facilitar a comunicação das vendas entre o agente de viagens, operador e a Tumlare. Até então, todas as reservas feitas pelas operadoras eram realizadas por meio de um sistema nosso, que era muito básico, e havia uma certa resistência ao utilizá-lo, porque, durante muitos anos, as solicitações aconteciam apenas via e-mail”, explica a gerente comercial da Tumlare Brasil, Ticiana Cunha. Em relação ao evento curitibano, Schultz diz que o principal objetivo foi a confraternização com a equipe para agradecer os bons resultados neste ano difícil, com variação de câmbio e instabilidade política.n
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Aviação
Gente
Na Air Europa
Lazer em Miami Diego Garcia e Gonzalo Romero
Depois de 14 anos na Aerolíneas Argentinas, onde era diretor para o Brasil, Gonzalo Romero foi anunciado como diretor da Air Europa para o mercado brasileiro. O convite veio do diretor geral Américas da Air Europa, Diego Garcia, que também foi diretor da Aerolíneas e está na empresa espanhola desde o começo de 2018. Garcia esteve em São Paulo e Salvador para a apresentação oficial de Romero aos colaboradores. “É uma mudança positiva para continuarmos crescendo no Brasil e uma das
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metas será atrair mais europeus para nossos voos. Hoje 60% dos passageiros são brasileiros mas o objetivo é chegar a 50% para cada lado”, disse Diego Garcia à PANROTAS. A companhia aproveitará a Fitur 2019, em Madri, para divulgar toda sua malha nas Américas, inclusive as do Brasil. Hoje a Air Europa serve a 20 destinos nas Américas, a partir de Madri, e em 2019 chegam mais três: Puerto Iguazu, na fronteira com o Brasil, Medellin, em junho, e Cidade do Panamá, em fevereiro.n
Com cerca de 5% dos hóspedes de lazer do Fontainebleau Miami Beach, o Brasil é o principal mercado da América Latina para o estabelecimento. O número é representativo, considerando que 75% dos visitantes são domésticos. "O mercado doméstico é muito forte. Já somos muito consolidados nos Estados Unidos e o hotel sempre recebe cobertura da imprensa local porque promove diversas atividades", explica a diretora de Vendas de Lazer do hotel, Jenny Cerna, que esteve em São Paulo para capacitar cerca de 100 agentes de viagens e visitar pessoalmente 25 empresas. Os hóspedes do hotel contam com 11 piscinas, com cabanas exclusivas, e nove restaurantes de chefs renomados. No total, o Fontainebleau Miami conta com 1.504 quartos e cerca de três mil funcionários.n
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Espaço Abracorp
PREPARADA PARA ABAV EXPO E ENCONTRO BRAZTOA
A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) prepara-se, mais uma vez, para participar do evento turístico de maior peso e relevância na América do Sul. Como já se tornou tradicional, a entidade se fará presente na Ilha Corporativa, destinada a receber as associadas e os visitantes do meio empresarial. Ali vão se reunir empresários e executivos de visão coesa e compromisso com uma mesma missão: “disseminar, junto aos associados, as melhores práticas de governança corporativa e compliance, buscando o empoderamento e a excelência do relacionamento nos negócios entre todos: clientes, fornecedores, colaboradores e governo”. Com foco em medidas práticas e resultados mensuráveis, hoje o associativismo experimenta um salto de qualidade virtuoso, com o aproveitamento do BI Inteligência de Dados Abracorp. A entidade investe, cada vez mais, no enriquecimento progressivo da base de dados consolidados e compartilhados. Comitês ativos, coordenados segundo princípios de valor e guias de boas práticas, referenciam mais atividades. Com pragmatismo, asseguram ganhos de produtividade, gestão e competitividade. No dia 26 de setembro, início do evento, o Comitê Mice da Abracorp, conectado à Vila do Saber, conduz painel das 14h às 15h20 sobre o tema “Quer saber o rumo da tecnologia para o mercado de eventos? Participe desse painel e descubra qual o cenário de hoje e suas tendências”. As inscrições estão abertas somente para profissionais credenciados no site www.abavexpo. com.br, incluindo os convidados para o Fórum Abracorp. No dia 27 de setembro, os travel managers convidados pelas TMCs associadas e com livre acesso ao Anhembi, participarão do 3º Fórum Abracorp, com o tema “Preço ou Valor, o que é mais importante?” no Auditório 1, a partir das 9h30. O evento tem vagas limitadas. Solicitação de reserva pelo email michelle@abracorp.org.br. De 26 a 28 de setembro, durante os três dias, das 13h às 20h, a Ilha Corporativa recebe visitantes e expositores que buscam conectar tendências do mercado de viagens corporativas. Destaque para Sala Vip - espaço aberto para networking com as TMCs associadas. Expectativa é de otimismo, considerando o retrospecto vencedor da Abav Expo ao longo das quatro últimas décadas. E, por fim, complementando ações efetivas em favor do setor, como rege o planejamento estratégico, o Comitê de Desenvolvimento Humano Abracorp, com suporte de consultores especializados em lógica de remuneração, da XR Consultoria, realiza estudo inédito, capaz de referenciar a gestão do capital humano no ambiente das agências de viagens corporativas. n 10 6 a 10.indd 10
+Lidas pancorp 1 Nova aérea americana começa a operar em novembro; conheça
2 Client Experience CWT
reúne 180 pessoas em SP; fotos
3 Gestores começam a
enxergar eventos como ferramenta de marketing
4 United terá novas rotas
internacionais em 2019; confira
5 Entenda os desafios da
organização do Feirão à Flytour Eventos
6 Aeroporto de Stansted
(Londres) revela imagens de novo terminal
7 Confira mais fotos da
HSMai Travel & Mice Managers Conference
8 RFPs: o mercado está
pronto para dar o próximo passo?
9 Locadoras também devem pensar na experiência do gestor
10 Violação de segurança no
app da Air Canada afeta 20 mil clientes
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Infográfico
TENDÊNCIAS DO TURISMO PELO 53,6 milhões de viajantes brasileiros geram um bilhão de buscas por ano relacionadas a Viagens e Turismo. Os dados são de Aline Prado, Marketing Insights Lead da Google, que levantou seis macrotendências com base nas pesquisas feitas no buscador, e apresentadas no Turismo Summit, evento do MTur e do Sebrae, que ocorreu em Brasília
1 . MESMO PÚBLICO, MAIS EXIGÊNCIAS Desde 2015, apenas 13% dos brasileiros fazem buscas on-line de passagens aéreas. O público não cresce, mas as exigências, essas sim, aumentam ano após ano. “As pesquisas por atendimento, e dentro disso incluo reclamações, SAC, 0800, qualquer necessidade de atendimento, tiveram uma alta na aviação de 42%, e na hotelaria, de 36%. A exigência está subindo proporcionalmente muito mais do que a expansão das compras”, resume Aline Prado.
2 . CRIAÇÃO DE CONTEÚDO Poucos mercados são mais completos do que o Turismo quando o assunto é o ambiente digital. Desde as OTAs one stop shop aos sites segmentados por aviação, hotelaria e metabuscadores, o setor é um expoente on-line. Entretanto, isso apenas diz respeito à comercialização. O próximo passo é dar assistência ao viajante, pois hoje a disputa por viagens on-line está pautada em preço. “Aqueles que conseguirem criar conteúdo para influenciar viajantes terão assim um diferencial”, indica a especialista. “As empresas não se atualizaram neste sentido, não oferecem informações detalhadas que poderiam influenciar na escolha da viagem e agregar valor ao seu negócio, e os consumidores acabam decidindo a viagem inteira por conta própria antes de qualquer compra.” 12 12 e 13.indd 12
3 . PERSONALIZAÇÃO
O smartphone e seu leque de personalização cria no consumidor quase uma necessidade em ser único, diferente. Isso, no Turismo, significa uma imensa amplificação das possibilidades de destinos e atrações dentro deles que podem ser de interesse do público, e um decréscimo da procura por pontos turísticos consagrados, ou então uma nova visão, um novo passeio sobre aquele ponto. “O turista foge cada vez mais dos pontos turísticos massificados. Ele quer algo diferente, um restaurante com estilo musical de seu gosto, uma trilha ou atrativo natural desconhecido, ruelas diferentes do restante da cidade...”, continua Aline Prado. “A segmentação deixou o consumidor com a impressão de que o mundo foi feito para ele. Não destrua a fantasia dele”, conclui.
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4 . CONFUSÃO DO QUE É
5 . ESTADAS
O consumidor não sabe mais o que é um pacote de viagens, o que dificulta enxergar suas vantagens. Segundo o Google, 49% dos consumidores brasileiros acham que eles são passagem, hotel e passeio; outros 36% acham que são apenas hotel mais aéreo, enquanto 16% entendem que pacotes são excursões. Isso está ligado a uma migração da responsabilidade dos pacotes: 2017 foi o primeiro ano em que os comparadores de preços foram responsáveis por negociar mais pacotes do que empresas tradicionais.
O viajante gosta de mostrar a todos seus seguidores que optou por uma experiência que foge dos padrões, isso faz parte de como ele se apresenta ao mundo no ambiente digital. Há três anos, 45% dos brasileiros ficavam em hotéis nas suas viagens, 24% em pousadas, 8% em resorts e apenas 3% em aluguel para temporadas. Em 2018, um decréscimo foi visto nos mais tradicionais: hotéis caíram para 38%, e pousadas, para 22%.
UM “PACOTE DE VIAGENS”
“FORA DO PADRÃO”
“Enquanto isso o aluguel por temporada, o que inclui o Airbnb, viu uma explosão de crescimento, de 87,7%”, aponta Aline.
“Os pacotes estão sendo mais remetidos aos comparadores de preços do que as operadoras e agências, gerando confusão no consumidor”, aponta Aline.
6 . BOM, BONITO E COM DESCONTOS O Google nota um crescimento de 42% em buscas por viagens com desconto. O novo consumidor está desassociando preços altos à alta qualidade, ou, no caminho inverso, de preço baixo à qualidade pior. Boa parte dessa quebra de relações acontece devido aos novos disruptores de transporte – 99, Uber, Cabify - e acomodação - Airbnb.
Fonte: Google, em estudo apresentado durante o Turismo Summit 2018, evento organizado pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur, em Brasília
“Essas empresas ensinaram ao consumidor que é possível conseguir produtos bons a um preço menor. Você pode pedir um Airbnb bem mais barato que um hotel, mas com muito conforto, assim como o Uber contra o táxi”, conta a especialista do Google. 12 a 18 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Pesquisa exclusiva Marcel Buono
ALTOS E BAIXOS DO
Entre os dias 27 de julho e 15 de agosto, a PANROTAS, em parceria com a Copa Airlines e a AM Resorts, perguntou a profissionais do Turismo quais são os destinos do Caribe mais vendidos e aqueles que mais crescem no Brasil, assim como o que mais atrai o turista brasileiro e o que ainda pode ser mais bem explorado na região. No total, foram 965 respostas recebidas e muitos assuntos a serem abordados. Sexto país mais visitado do mundo, o México liderou o ranking de destinos mais vendidos pelos agentes de viagens brasileiros. Em 2017, mais de 39 milhões de pessoas viajaram a cidades mexicanas, dentre as quais Cancún segue, disparadamente, como maior destaque. México é sinônimo de Caribe e alguns respondentes até citaram a Cidade do México e a costa do Pacífico como destinos caribenhos... Ops. Sinal de que capacitação nunca é demais. De acordo com números da CVC, cerca de 70 mil brasileiros compraram viagens para Cancun em 2017, colocando o destino no Top 5 de vendas internacionais da operadora, atrás apenas de Orlando, Buenos Aires e Lisboa.
“Cancún ainda é o destino preferido dos brasileiros na região do mar do Caribe por uma questão cultural. A cidade oferece atrativos para pessoas de todos os gostos e idades, atraindo desde famílias com crianças, até casais apaixonados e grupos de amigos. Das nossas vendas para o litoral mexicano, 95% são ligadas a Cancún, enquanto apenas 5% têm a Riviera Maya como destino. Estamos reforçando nosso trabalho na Riviera, mas Cancún atende tão bem seus visitantes que um grande percentual deles retorna em outras oportunidades”, explicou a gerente de Produtos da CVC, Paula Rorato. O destino também soube se reinventar e oferecer opções para todos, de famílias a grupos de amigos, de adultos a adolescentes, do luxo ao que cabe no bolso. O FATOR COMUNICAÇÃO Apesar de toda a informação disponível hoje em dia pela internet, a atuação de órgãos de Turismo nacionais ainda aparece como fundamental em termos de comunicação e divulgação de destinos a agentes de viagens
DESTINOS MAIS VENDIDOS
Fonte: Pesquisa PANROTAS com 965 agentes
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GOSTARIA DE MAIS INFORMAÇÕES SOBRE
e, consequentemente, potenciais turistas. A questão é tão importante que o Conselho de Promoção Turística do México investe 80% dos seus recursos nela, incluindo ações de capacitação de profissionais ligados ao Turismo. “O México é um mosaico cultural de grande riqueza histórica que requer constantes atualizações sobre as novidades para manter os agentes de viagens interessados, afinal, eles são os principais condutores das negociações que levarão o consumidor final a escolher o destino.
Diana Pomar, México
Por isso, as ações de promoção são dirigidas a estes profissionais e suas adequadas capacitações. No Brasil, participamos das três principais feiras de Turismo: WTM Latin America, Abav Expo e Festuris, em Gramado”, comentou a diretora da CPTM, Diana Pomar. Quem também trabalha sua divulgação no Brasil com muita força e há muito tempo é a República Dominicana. Não à toa, a ilha, que conta com Punta Cana como principal trunfo, foi a segunda mais vendida pelos agentes de viagens ouvidos pela pesquisa. No total, mais de seis milhões de turistas de diversas partes do mundo desembarcaram na nação vizinha ao Haiti em 2017, em uma tendência de crescimento. Destes, cerca de 50 mil foram brasileiros que compraram pacotes pela CVC. “Cancún e Punta Cana são, sem dúvida alguma, os nossos destinos mais vendidos no Caribe por todos seus atrativos. Outros concorrentes do Caribe, como Jamaica e Costa Rica, por exemplo, ainda não possuem um investimento em divulgação adequado à demanda do mercado brasileiro”, contou a executiva de Contas da CVC, Vivian Lima, que foi a vencedora do último Top Promotores de Vendas realizado pela PANROTAS.
A necessidade de mais informações para efetuar vendas também foi evidenciada pela pesquisa realizada com os agentes de viagens. Além do México, que recentemente passou a investir na divulgação de outros destinos (como Puerto Vallarta, Riviera Nayarit e Los Cabos), Cuba, Jamaica, Aruba e Costa Rica foram os países mais citados pelos entrevistados como aqueles que deveriam fornecer mais conteúdo para impulsionar novos negócios. “Percebe-se que os países que investem e mantêm no Brasil um programa dedicado à capacitação e treinamento de produtos e serviços lideram os rankings de vendas. É preciso considerar ainda a malha aérea, diversificação de portões de embarque e hubs com conexões cada vez mais rápidas e sem a necessidade de visto ou imigração”, destacou o gerente sênior de Marketing e Vendas do AM Resorts Brasil, Ney Neves, da Imaginadora. Em entrevista à reportagem, o diretor de Produtos Internacionais da Flytour MMT Viagens, Marcelo Paolillo, ficou surpreso com as respostas do trade. Para ele, a Jamaica, país famoso pelo reggae de Bob Marley, pode causar impasses na hora de uma venda. “É um destino meio que ‘ame ou odeie’, pois lá se fala inglês e pode haver um choque de cultura. Há
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DESTINOS QUE MAIS CRESCEM EM VENDAS
destinos como Negril, Ocho Rios e Montego Bay, que valem muito a pena, além da capital Kingston. Quem viaja para lá, costuma voltar, porque realmente gostou da experiência”, disse o executivo. VAI PRA CUBA! Após passar décadas sob intenso embargo econômico, Cuba iniciou um processo de reconciliação com os Estados Unidos e a abertura internacional nos últimos anos e, mesmo com pouco tempo no concorrido mercado caribenho, já mostra um considerável destaque em procura. Neste ano, a ilha, que já recebeu mais de três milhões de turistas, e espera atingir o número recorde de cinco milhões de visitas estrangeiras. “Cuba está em alta em todo o mundo e é o nosso carro-chefe. Até o fim de 2018, deveremos atingir a meta de dois mil brasileiros embarcados para a ilha em busca de riquezas culturais, históricas e naturais. O país também aparece com destaque dentro do Turismo de negócios”, disse o presidente da Sanchat Tour, Roberto Silva. “A CVC não trabalhava com Cuba antes de novembro de 2016, quando voltamos com o produto na prateleira. Foi um grande lançamento e deu 16 14 a 20.indd 16
um boom no destino”, completou a gerente de Produtos da CVC, Paula Rorato. PRAIA E MUITO MAIS Outro destino que apresenta crescimento de vendas é Aruba, e mais uma vez o contato próximo entre o Turismo oficial e as agências de viagens se mostra essencial na missão de superar a forte concorrência caribenha. Atualmente, o Brasil é o seu quarto maior mercado na América Latina, com um crescimento de 15% em comparação com 2017. “Temos realizado grandes esforços junto com nossos parceiros estratégicos para manter Aruba na mente do consumidor. Estes esforços se dão por meio de investimentos cooperados com operadores, companhias aéreas, associações relacionadas ao setor e ativações para vendas. Temos capacitado cerca de 4,5 mil agentes de viagens a cada ano e, somente até agosto de 2018, já capacitamos cerca de 2,8 mil profissionais”, contou o diretor da Autoridade de Turismo de Aruba, Carlos Barbosa. Assim como já acontece em outros destinos, Aruba também tem trabalhado com muita atenção no mercado de viagens e eventos corporativos, sendo associada à
Carlos Barbosa, Aruba
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CARIBE É SINÔNIMO DE...
Alagev. Em agosto, por exemplo, foi realizado o Mice Vip Fam, que contou com a presença das agências Agaxtur, Corp Travel, Discover, Globalis, MCI, MM Eventos e Top Service, em uma imersão sobre o destino no ponto de vista de incentivos. É preciso reforçar que Caribe não é apenas lazer e que o Mice pode achar boas ofertas na região. “Aruba conta com uma série de incentivos para as empresas que realizam os seus eventos no destino, dentre eles bonificações especiais de acordo com a quantidade de noites do grupo e cartões de compras Vip com descontos em lojas e passeios para participantes do evento”, destacou Carlos Barbosa. Curaçao também está no radar dos brasileiros. “Cada vez mais os brasileiros vêm se destacando em Curaçao, já representando o terceiro mercado mais forte da América Latina para os negócios da ilha. Em junho, por exemplo, tivemos um crescimento de 78% de visitantes em relação a 2017, enquanto agosto apontou resultados 18 14 a 20.indd 18
52% maiores que o mesmo período do ano passado”, comemorou a representante do Turismo de Curaçao no Brasil, Janaína Araújo. Outro nicho que tem chamado a atenção de viajantes brasileiros é o relacionado a casamentos, indo desde a despedida de solteiro até a lua de mel, passando pela cerimônia em si e renovação de votos. Hoje em dia, grande parte dos hotéis e resorts de países como México, República Dominicana, Aruba e Curaçao, por exemplo, já disponibilizam espaços destinados para esse tipo de festividade. “O Caribe é o destino preferido para casais em lua de mel. Nossos pedidos de cotações de casamentos têm aumentado tanto que até desenvolvemos um caderno especializado no tema destinado aos agentes”, comentou Paula Rorato. O mesmo vale para empresas como a Orinter e a Flytour MMT, que possuem departamentos exclusivos e até sites para o produto “Casamento no Caribe”.
Paula Rorato da CVC
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DE OLHO NOS FURACÕES Todos os anos, entre junho e novembro, acontece a chamada temporada de furacões no Caribe. Em 2017, a intensidade dos fenômenos naturais foi muito maior do que a média histórica, causando grandes danos a ilhas como Saint Maarten, Saint Barths, Anguilla, Porto Rico e até a República Dominicana, por exemplo. Porém, essa é uma preocupação que parece incomodar aos brasileiros apenas quando grandes desastres ainda estão frescos na memória. “Temos várias opções mais ao Sul do Caribe que são muito menos afetadas por furacões, como Cartagena e San Andrés, na Colômbia, Curaçao, Aruba, Bonaire, Los Roques, Tobago e San Blás”, disse o presidente da Sanchat Tour, Roberto Silva. De acordo com a pesquisa, 72% dos agentes sentem dificuldade em vender Caribe em decorrência das possíveis condições climáticas extremas. Morar em um país como o Brasil, livre de furacões, terremotos, erupções e afins, pode ser um “complicador” pela falta de vivência nesse ambiente. “O Brasil é um país que não tem registro de passagem de furacões, por isso
acreditamos que o passageiro pode ficar impressionado pelo que é noticiado pela mídia. Durante o ano passado, por exemplo, passei por dois: Irma e Maria, na República Dominicana. O impacto principal se deve ao cancelamento de voos e mudanças de hospedagem/ região do resort”, disse o gerente sênior de Marketing e Vendas da AM Resorts Brasil, Ney Neves. “O ano passado foi muito atípico nessa questão, mas não vejo o brasileiro muito conectado com isso. A Copa Airlines é muito flexível e tem uma política bastante amigável para casos excepcionais, permitindo opções de mudanças aos passageiros com reacomodações e isenções de multas”, alertou o diretor geral da Copa no Brasil, Emerson Sanglard.
Emerson Sanglard, Copa Airlines
MAIOR VILÃO
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MELHORES DESTINOS DO CARIBE NO UMBIGO DA AMÉRICA Com um hub localizado na Cidade do Panamá, a Copa Airlines se destaca nas operações entre o Brasil e o Caribe. O Aeroporto Internacional Tocumen é o mais importante da América Latina em termos de destinos internacionais atendidos, superando, inclusive, o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Muito bem localizado, é capaz de conectar o continente de norte a sul, atendendo praticamente todas as ilhas da região. “Os destinos mostrados na pesquisa estão em linha com as vendas da Copa. O Panamá recebe cerca de 14 milhões de passageiros da Copa por ano, sendo que 15% vêm do Brasil. Além da facilidade de conexão com outros países, também é possível adicionar o país ao roteiro, combinando com um destino no Caribe ou nos Estados Unidos e fazendo duas viagens em uma só”, indicou Sanglard. n
A QUE A VENDA É ATRIBUÍDA
UMA VIAGEM PARA O CARIBE É:
um ótimo custo-benefício vantajosa pela variedade de nichos e produtos mais vantajosa que viajar pelo Brasil um ótimo complemento a uma viagem aos EUA concorre com uma viagem aos EUA substitui uma viagem aos EUA
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Mercado Artur Luiz Andrade
CVC INICIA FASE INTERNACIONAL Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC Corp
Promessa é dívida para o presidente da CVC Corp, Luiz Eduardo Falco. No final de 2017 ele afirmou que a internacionalização do grupo viria este ano e ela foi anunciada na semana passada. A CVC Corp comprou dois grupos argentinos (em um total de três empresas e nove marcas em nichos diferentes) por cerca de US$ 19,4 milhões (ou cerca de R$ 80 milhões). Por 60,06% do Grupo Biblos America (Bibam), a CVC S.A.U. pagou US$ 5,4 milhões, boa parte para saldar dívidas do grupo argentino. E pela Ola Transatlántica Turismo, também para 60% da empresa, desembolsou US$ 14,04 milhões. Segundo a CVC Corp, a Biblos e a Avantrip fazem parte do Grupo Bibam, que foi fundado em 1979 e um dos maiores e-commerce em volume de transações na Argentina. Conta com mais de 400 colaboradores e atua no setor on-line por meio de plataformas que oferecem produtos e serviços de viagem, além de programa de benefícios e fidelidade (Avantrip.com, Alliances, Avantrip Pymes e Quieroviajes). No setor off-line atua por meio de agências de viagens (Biblos e FCM
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Travel Solution) focadas no mercado de luxo, corporativo e eventos, com reservas anuais confirmadas de aproximadamente US$ 200 milhões em 2017. Já a Ola Transatlántica Turismo tem mais de 40 anos de atuação e conta com mais de 320 colaboradores. A Ola Transatlántica tem três marcas: a Ola Mayorista de Turismo, Quinceãneras e Transatlántica Viajes y Turismo, com reservas anuais confirmadas em 2017 de US$ 285 milhões. A Ola Transatlántica Turismo está baseada em Rosario e oferece produtos e serviços para todo o território argentino por meio de agências de viagens multimarcas. Um CFO será contratado para cuidar da padronização dos dois negócios e iniciar as sinergias entre os diversos segmentos. Segundo o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, os dois grupos não concorrem em nenhum setor e se complementam. Juntas, a CVC S.A.U., a Ola Transatlántica Turismo e a Biblos/Avantrip terão aproximadamente US$ 500 milhões de reservas anuais confirmadas, estando entre os três maiores grupos de viagens
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do mercado argentino, com bom balanceamento entre off-line (70% dos negócios combinados) e on-line (30%), “o que nos possibilitará trilhar a mesma estratégia omnichannel já delineada no Brasil”. De acordo com Falco, o mercado argentino é liderado pela Despegar.com, com a Almundo em segundo, mas já muito perto da CVC S.A.U. A Argentina é o maior mercado internacional emissor de turistas para o Brasil, e o segundo para os Estados Unidos na América do Sul (1 milhão de turistas em 2017, contra 1,9 milhão de brasileiros nos EUA). Atualmente o país passa por uma crise econômica, que levou o presidente Mauricio Macri a baixar medidas radicais como a taxação de exportações e o corte de mais da metade de seus ministérios. Para Falco, essa crise pode reduzir o fluxo de viajantes, mas menos que a desvalorização do peso, o que torna o negócio mais vantajoso para investir. A sétima e oitava aquisições da CVC Corp (as outras foram Rextur Advance, Submarino Viagens, Experimento, Grupo Trend, Visual e Esferatur) fazem Falco chegar a 49 compras em sua carreira, mas ele garante que se aposenta em dezembro, cedendo espaço para o novo CEO do grupo, Luiz Fogaça, que assume uma empresa avaliada em R$ 6 bilhões pelo mercado (baseando-se no valor de suas ações). ENTREVISTA REVISTA PANROTAS — Por que começar a internacionalização pela Argentina? LUIZ EDUARDO FALCO — A Argentina é o óbvio para nós. Os clientes das empresas compradas vão muito para o Brasil, o Caribe e Orlando, e a única diferença é que vão mais para a Espanha que para Portugal. Ou seja, há uma coincidência muito grande no fluxo de turistas onde já temos acordos, negociações e estrutura. Isso facilita a elaboração de produtos. Obviamente a Argentina vive um momento complexo, agravado nos últimos dias, mas isso também pode ser bom a curto prazo. É como no Brasil. Quando o real desvaloriza os investimentos de fora aparecem. Acreditamos que a queda no fluxo de viagens de argentinos será menor que a desvalorização do peso, então é um momento bom para investir, temos uns custos bem interessantes em pesos, e as empresas estão prontas, com equipes excelentes, que serão mantidas.
RP — A compra de 60% segue o modelo das outras aquisições no Brasil? A intenção é comprar 100%? FALCO — Sim. É como fizemos com a Rextur Advance. Queremos segurar os talentos, fazer uma transição adequada, e que os dois lados ganhem dinheiro com os 40% restantes. RP — Não há coincidência de mercados entre as empresas compradas? FALCO — Não. Elas se complementam. Uma é como se fosse a Submarino Viagens com a Livelo e a Agaxtur, por exemplo. E o outro grupo uma CVC e uma Rextur Advance. Ou seja, produtos que se complementam. É nossa estratégia de omnichannel, a mesma do Brasil, que vamos replicar em nossa expansão internacional. Os varejistas não ficaram burros. A internet trouxe uma visão adicional ao negócio. Não podemos desprezar a inteligência digital, mas também não podemos substituir a flexibilidade de produtos, a criatividade do varejo. O pêndulo está voltando a ficar no meio entre o off-line e o on-line. Admito que demoramos a entrar no on-line, mas agora crescemos o dobro da concorrência e com margens incomparáveis. RP — E o próximo passo? FALCO — Para mim é a aposentadoria, em dezembro. Essa foi minha 49ª aquisição na carreira, vou parar. Não vai dar tempo para a 50ª. Mas o projeto da CVC não tem fronteiras. Onde tiver mercado, equipe, marcas, oportunidades, estaremos. Seja na América Latina ou fora dela. Sempre com esse modelo que implantamos no Brasil, com vários canais, e aquisições parecidas. Nosso modelo é muito bom, sei que sou suspeito, mas é muito bom. RP — Qual a importância da Argentina para a CVC? FALCO — Já foi o primeiro destino dos nossos clientes brasileiros, mas perdeu o posto para Orlando e hoje briga com o Chile, que está em terceiro lugar. Essa aquisição vai favorecer a vinda de argentinos para o Brasil e outros destinos no mundo, e também reforçar nossa ligação com a Argentina.n 12 a 18 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Operadoras Henrique Santiago e Janize Colaço Santos (SP)
O público lotou o Mendes Convention Center
DE SANTOS PARA O MUNDO A Flytour MMT Viagens desceu a serra mais uma vez para levar seu Hiper Feirão de Viagens Flytour à cidade de Santos. Pelo quarto ano consecutivo, a empresa ofereceu descontos de até 50% em produtos de Brasil e do Exterior para o consumidor final. Se um dia o modelo de evento B2C foi questionado, hoje ele se mostra um acerto e tanto e recebe elogios rasgados de promotores a diretores, de vice-presidentes ao CEO do grupo. Foi com essa moral que o presidente da operadora e idealizador do feirão, Michael Barkoczy, chegou à Baixada Santista na quinta-feira anterior ao evento com uma equipe de cerca de 100 profissionais. Antes do simbólico corte de fita, a companhia trabalhou com a estimativa de receber 30 mil pessoas entre 31 de agosto a 2 de setembro. Durante os três dias, os dez mil metros quadrados do Mendes Convention Center foram tomados por pessoas interessadas em comprar viagens mais baratas e também 24 24 a 31.indd 24
aproveitar as opções de entretenimentos bem focadas na família. MOMENTO DELICADO A alta do dólar, mais evidente do que nunca, parecia não ser um empecilho. Mas acabou sendo, de certa forma. A previsão de público foi atingida: 30.041 visitantes. A moeda norteamericana, hoje vendida acima dos R$ 4, foi influente na venda de pacotes internacionais. Nessa edição, os pacotes para o Exterior foram responsáveis por 30% das vendas, enquanto o nacional respondeu por 70% do total. Embora o número de visitação tenha sido ligeiramente superado (em 2017 foram 29.950), a divisão entre nacional e internacional havia sido 60% a 40%, respectivamente. A queda de roteiros para Estados Unidos, América do Sul e Europa refletiu também no tíquete médio. Nesse ano, as vendas variaram de R$ 2 mil a R$ 2,7 mil ante R$ 1,8 mil e R$ 3,5 mil da edição passada, pois o produto
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Michael Barkoczy, da Flytour MMT, e Christiano Oliveira, do Grupo Flytour: parceria consolidada
Brasil é mais em conta. Em entrevista à Revista PANROTAS, Barkoczy se mostrava ansioso, admitindo um frio na barriga, porém obteve êxito do quarto ano em Santos. “A cidade é campeã para nós. Aqui acontece muito boca a boca e as pessoas acabam se interessando e visitam”, declarou, completando que o índice de reincidência de compra é alto. Da primeira à terceira edição, a então Flytour Viagens embarcou mais de 40 mil passageiros da Baixada Santista. Nesse ano, o primeiro pós-fusão com a MMTGapnet, a operadora
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fechou 15.325 passageiros vendidos. “É um ano diferente por causa da Copa do Mundo e das eleições, além do agravante do dólar. Sempre temos uma preocupação, mas o evento já está no calendário da cidade. Aqui, as pessoas esperam um mês antes do feirão para poderem comprar conosco”, garantiu Barkoczy. Ao voltar os olhos para o passado, o executivo afirma que a crise políticoeconômica de 2015, ano em que correu o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, era maior do que a vivida
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“Tudo certo por aqui”, indica Barkoczy
hoje. “Os viajantes querem esquecer os problemas e buscam promoções, e nós as temos por três dias.” O Grupo Flytour não mede elogios ao Hiper Feirão. Ao exaltar o evento como “inovador” e “consolidado”, seu criador indica, ainda, que a indústria irá adotar esse modelo em algum momento nos próximos anos. Mais contido, o CEO do segundo maior conglomerado de Turismo do Brasil, Christiano Oliveira, recorda que chegou a questionar o sucesso do outlet de viagens. “Eu digo que [o evento] é como o carnaval brasileiro. São 12 meses de trabalho para estarmos aqui. Temos um time dedicado exclusivamente para isso”, sintetizou Oliveira, ao lado de Barkoczy. FUTURO DO FEIRÃO O crescimento do Hiper Feirão de Viagens Flytour levanta questões. A maioria delas é direcionada à chegada desse “shopping de viagens” a outras cidades brasileiras. O assunto já foi trazido à tona em outras oportunidades, mas a operadora não chegou às vias de fato, exceto por Campinas (SP), que estreou
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no ano passado e acontecerá novamente no próximo final de semana. Ao ser questionado, Oliveira mantém os pés no chão, mas adianta que o feirão tem capacidade para chegar a grandes capitais, como São Paulo. As novidades deverão acontecer apenas em 2020, após a consolidação do segundo ano em Campinas. Até mesmo uma realização com a WTM Latin America começou a ser pensada, mas não evoluiu. “Não temos um lugar fechado ainda, colocamos algumas opções à mesa. Vamos esperar Campinas para explorar outras praças. Este ano ainda temos mais aprendizado e melhores”, destacou. O interesse de outros destinos vai além da capital paulista. Belo Horizonte, Rio Grande do Sul e o Nordeste já pincelaram uma ideia, mas a palavra de lei é sentar, planejar e viabilizar o “sonho”. Enquanto nada está definido, as edições de 2019 já têm data e lugar marcado: em Santos será de 13 a 15 de setembro, no Mendes Convention Center, e em Campinas, de 4 a 6 de outubro, no Expo D. Pedro.
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INTERESSE PELO DOMÉSTICO
Ary Xavier, gerente de Atendimento e Vendas da Flytour MMT
É sabido que o Hiper Feirão é uma ocasião oportuna para os viajantes comprarem pacotes promocionais, porém há também aqueles que estejam em busca de novos destinos. Dentre as novas possibilidades apresentadas aos consumidores, muitas vezes também com preços atrativos, a operadora destaca o desempenho nacional. De acordo com o gerente de Atendimento e Vendas da Flytour MMT, Ary Xavier, dada a proximidade e a possibilidade de algumas viagens não serem feitas de avião, conhecer o próprio território nacional tornou-se uma constância. “O Feirão nasceu e tem se desenvolvido de um período instável [de crise econômica] e, oportunamente, o brasileiro, que jamais matou a sede por viagens, tem descoberto os encantos do País”, salientou Xavier. Segundo ele, mais do que o Brasil, os participantes do feirão também es-
tão encontrando boas opções ainda dentro do Estado de São Paulo. Entre alguns destinos que têm ascendido, a capital paulista chama a atenção. “A cidade de São Paulo conta com atrativos que para o paulistano passam batidos. Por exemplo, muitos viajantes do litoral se mostram interessados em conhecer sua parte histórica. Além disso, há ainda os interessados pela Fórmula 1 [em Interlagos]”, pontua. A capital, aliás, ainda desponta na preferência de um nicho que tem crescido: o de futebol. Outro destaque dos nichos é a força que o casamento tem apresentado, mas que não necessariamente se limita à São Paulo. “Um destino nacional para este tipo de evento tem sido Foz do Iguaçu (PR). Embora nem todos efetivamente fechem a compra no Feirão, é aqui que eles fazem os primeiros contatos com hotéis e estimam valores e amenidades.”
O PERFIL DO CONSUMIDOR EM SANTOS O que mais buscam:
Quem são:
Nordeste, Sul do Brasil, Orlando, Santiago e Europa
famílias
Quando vão à feira:
Dia de maior movimentação:
a partir das 16h
domingo
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Tempo que ficam na feira: três horas e meia
Tempo que levam para decidir a compra:
Melhor época de viagem:
até 40 minutos
dezembro a fevereiro e julho Fonte: Flytour MMT
A PANROTAS é media partner do Hiper Feirão de Viagens Flytour. 28 24 a 31.indd 28
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PATROCINADO
O TURISMO AGRADECE O Hiper Feirão de Viagens Flytour é mais do que um evento para vender produtos e serviços de viagens com descontos e condições especiais. Ele é um catalizador de bons negócios, que valoriza a atividade do agente enquanto beneficia o mercado de Turismo como um todo, ampliando e democratizando o acesso às viagens. A edição de Santos, neste ano, que aconteceu de 31 de agosto a 02 de setembro, é prova disso. Reuniu mais de 250 marcas expositoras que, para vender o máximo possível durante os três dias de evento, contaram com o auxílio de nada menos do que 200 agentes de viagens. A fórmula de sucesso é infalível: promoções que ofertam produtos e serviços de viagem com até 50% de desconto; facilidade de financiamento em até 12 vezes sem juros; atrações para crianças e adultos, com shows, interação com personagens famosos, simulador de corrida e distribuição de brindes. O espaço ainda contou com infraestrutura completa, do estacionamento aos food trucks, além de um espaço kids, áreas para descanso e atendimento realizado por especialistas. É assim que, ano após ano, o Hiper Feirão se consolida como um dos mais importantes eventos do calendário turístico com foco no consumidor. Tudo isso se repetirá na segunda edição do Hiper Feirão de Viagens Flytour em Campinas, que
acontece nesta sexta, sábado e domingo, no Expo Dom Pedro. Com uma agenda recheada de atrações e sorteio de quatro viagens com acompanhante para o Iberostar Praia do Forte, na Bahia, com a promoção “Vou de Flytour” (certificado de autorização Caixa nº 6-6543/2018), o evento deve atrair milhares de visitantes. Parte das mais de 50 mil pessoas que, diariamente, passa pelo Shopping Dom Pedro, ao lado do centro de convenções onde ocorrerá o Feirão, também é esperada no evento. Quem comparecer ao Hiper Feirão terá acesso às melhores oportunidades do ano para viajar, além de muito entretenimento. Será possível tirar fotos com dinossauros, conhecer a Mônica e o Cebolinha, pilotar carros infantis e ver detalhes, por exemplo, de Toy Story Land, a mais nova área temática do parque Disney’s Hollywood Studios, de Orlando. FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS NOVIDADES O Hiper Feirão de Viagens Flytour conta com um site que reúne todas as informações sobre o evento, inclusive com área exclusiva para expositores e cadastramento antecipado de visitantes. Acesse e descubra todas as empresas, receptivos e agências que estarão presentes no único outlet de Turismo do Brasil. O endereço é www.hiperfeiraoflytour.com.br n 12 a 18 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Hiper Feirão Flytour – Santos
Fabio Rossi, da Flytour Eventos, com Michael Barkoczy, da Flytour MMT A equipe da Flytour Eventos, que organizou o Hiper Feirão de Viagens
Claudio Cipeda e Michael Barkoczy, da Flytour MMT
Eloí Oliveira, do Grupo Flytour, Marcelo Paolillo, da Flytour MMT, e Fábio Rossi, da Flytour Eventos, com Cristiane Yume e Jamyl Jarrus, ambos da Movida
Fabio Guilhem e Alex Calabria, ambos da Costa Cruzeiros
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Fernando Ciavolella da Flytour Eventos, e Ricardo Sidaras, da PANROTAS
Juliana Springer e Gabriella Cavalheiro, ambas da Universal Orlando Resort, com Bárbara Picolo e Georgia Mariano, da Flytour MMT
Lana Paganini e Adriana Rosa, da Gol Linhas Aéreas
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Michael Barkoczy, da Flytour MMT, entre Rui Alves e Ivo Lins, do Grupo Flytour
Leonardo Peciauskas, Renata Oliveira, Alexandre Daniel, Daniel Júnior, Rafaela Marques, Franciele Santos, Michelle Ribeiro e Fabíola Schneider, do Beto Carrero World
O Grupo Rio Quente foi com Thiago de Souza, Simone Angelo, Milrelle Teixeira, Patrícia da Silva, Pedro Dudeck, Daniela Rocco, Wesley Ramos, Fernanda Assef e José Ricardo Gomes
Luís Alexandre Chohfi, da Flytour Eventos, com Christiano Oliveira, CEO do Grupo Flytour
Paulo Eduardo e Maria Emília Mangili, da Águia Viagens
Luiz Araújo Jr., Cinthia Douglas e Angel Sarria, da Disney Destinations Valmir Jr e Amanda Santos, da Conexão Brasil
Michael Barkoczy e Ricardo Cáceres, ambos da Flytour MMT
Vinícius Barros e Anderson Ferreira Salim, da Flytour MMT
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Diagnóstico
MALHA CERTEIRA Rodrigo Vieira
Se chegar ao topo do pódio é mais fácil do que nele se manter, a líder da aviação brasileira em número de destinos atendidos dá sinais de que voa na direção certa, e sua estratégia deve ser reforçada nos próximos meses. A Azul atende hoje 108 destinos, cerca de três quartos deles exclusivos, e a estratégia é seguir pulverizando, atendendo cidades com pouca ou quase nenhuma oferta, porém com demanda gerada pelo corporativo, das mais diversas naturezas, do agronegócio à construção civil, do mercado financeiro à política. “Temos o dobro de destinos atendidos pela concorrência, e a ideia é aumentar, continuar abrindo bases. Temos uma lista boa neste sentido. Chegar a um número próximo dos 140 destinos é um grande feito”, aponta o diretor de Planejamento de Malha da Azul, Daniel Tkacz, que participou ao vivo do Trocando Ideia, programa mensal da página da PANROTAS no Facebook que debate temas pertinentes do Turismo com autoridades do setor.
Daniel Tkacz, diretor de Planejamento de Malha da Azul
PULVERIZAÇÃO O destino mais recente estreado pela Azul foi São José dos Campos (SP), de onde voa ao Rio de Janeiro (SDU). Pouco antes, a aérea anunciou Cuiabá-Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, mas muito mais deve vir por aí. No início deste ano, a companhia com hub em Campinas (SP), mas com importantes centros de distribuição em Belo Horizonte, Recife, Cuiabá e Belém, demonstrou a intenção de pousar em 25 novos destinos nos próximos anos. Confira na tabela ao lado. MATO GROSSO É um dos Estados mais importantes na estratégia da Azul, segundo Tkacz, que o chama de “mini hub”. São cinco voos diários a Campinas, dos quais quatro são feitos com o Embraer 195 e um com o A320. “Atendemos todas as cidades no entorno, ali na região. O primeiro plano com Cuiabá é aumentar a oferta de assentos colocando o A320 nas rotas que ligam o Sul à capital mato-grossense. A ideia é que todos os voos entre Viracopos e Cuiabá operem com esse equipamento. Por falar em Airbus, o diretor de Planejamento de Malha prometeu novas rotas, inclusive internacionais, e sinalizou que, além de Cuiabá, outros destinos domésticos devem ganhar o A320. FROTA Diferentemente da Gol, que opta pela estratégia de padronizar a frota com a Boeing, a Azul conta com diversos modelos e marcas de aeronaves. Questionado por um usuário acerca do tamanho do desafio de gerenciar toda essa pluralidade, Tkacz afirma que mais do que um desafio, isso é um trunfo. “Se operamos tantos destinos é justamente porque nossa frota é diversificada. A íntegra do programa está em nossa página no Facebook.
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MANTENEDORES ALAGEV
EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS www.alagev.org | Edição 18 – 12 de setembro de 2018 Parte integrante da Revista PANROTAS
RFPs:
VOCÊ ESTÁ PRONTO?
Karina Cedeño
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É chegada a época do ano em que a preocupação de uns e os bons negócios de outros dependem da junção de três letras: RFP. O processo de request for proposal demanda não apenas a preparação do cliente, que deve repensar os seus métodos e inová-los, como também dos hotéis, que podem reforçar a estratégia do cliente ao se aproximar dele. Mas como escolher o melhor fornecedor? Ou saber que optou pela melhor tarifa? Antes de dar qualquer passo, os clientes devem olhar a RFP como uma estratégia de negócios, e não efetuar o processo só para “cumprir tabela”. “É preciso saber qual é o principal objetivo da empresa: é o controle, a centralização, a redução de custos?”, comenta o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad.
como outro fator que interfere nas negociações. “É preciso observar quais players estão conectados e se há canais com tarifas mais acessíveis”, complementa o diretor executivo da Alagev. Mas a preparação não deve ser feita apenas do lado do cliente. Os hotéis também têm sua parcela de organização neste processo, que pode ser bastante significativa para o sucesso das negociações.
CABEÇA ABERTA E DIÁLOGO Isso, claro, sempre lembrando de ter a cabeça aberta para as tendências. “Com a crescente mudança do mercado (o que inclui, além das tarifas dinâmicas, os novos canais de distribuição), o formato ‘tradicional’ de RFP precisa ser revisto/inovado. É importante ter clareza de quem será convidado, envolvendo apenas fornecedores estratégicos”, comenta a coordenadora de Viagens da Roche, Marcela Silva. “Nossa gestão leva muito em consideração a voz do viajante e esses feedbacks são muito importantes no processo de preparação da RFP, com o intuito de identificar oportunidades de melhorias, opinião de fornecedores homologados, entre outros”, conta Marcela, ressaltando a importância da análise de dados diferenciada e da clareza de quais fornecedores serão convidados. “É necessária uma avaliação prévia para ver se faz sentido negociar tarifas fixas com todos os hotéis ou só com os hotéis core, deixando com tarifa dinâmica os meios de hospedagem com os quais talvez não haja tanto volume pra negociar uma tarifa fixa”, complementa Murad, citando os canais de distribuição
OLHAR DE PERTO Mas para ser efetivo, esse acompanhamento deve ser realizado de forma frequente, na opinião do diretor de Vendas da Accor Hotels para a América do Sul, Paulo Frias. “É fundamental a realização de reuniões periódicas com os stakeholders envolvidos no processo não apenas na temporada de RFPs, mas ao longo de todo ano. O hotel deve acompanhar a movimentação do seu cliente durante o ano. Não esperar o momento da RFP para reunir as informações”, salienta Frias. Murad concorda que esse ponto de vista também vale para o cliente. “O processo de RFP começa antes do meio do ano, e o cliente deve se adiantar para fazer o levantamento e enviar as propostas. A negociação é a última etapa do processo”, comenta. Paulo Frias também cita outros fatores importantes para que os hotéis se preparem para essa temporada. Um deles é fazer um levantamento de novas oportunidades (RFI), antecipando ao cliente novos produtos no mercado (como aberturas ou hotéis que ainda não fazem parte do programa de viagens do ano vigente) para que eles considerem o recebimento de sua proposta no processo de RFP.
O diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad
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“É importante elaborar um business case consistente para a inclusão desses novos hotéis, atendendo às necessidades e aos objetivos dos clientes potenciais e alinhando isso às estratégias do hotel”, ressalta o executivo. PLANEJAMENTO Outro fator importante é a criação de tarifário corporativo para o próximo ano, com base nos dois itens citados anteriormente, no histórico de produção e no share na cidade. “É preciso entender o histórico de produção do cliente: há utilização no hotel? Se sim, haverá o mesmo potencial para o próximo ano? Não tem todo o share do cliente? Onde mais ele concentra sua demanda (concorrentes)? O que procuram: preço, disponibilidade, serviços adicionais, descontos em A&B? (o hotel deve se lembrar dos itens que compõem uma proposta: não somente o valor da tarifa, mas outras condições: garantia de disponibilidade da tarifa (LRA), café da manhã incluso, transfer etc)”, destaca o diretor de Vendas da Accor Hotels para a América do Sul. OFF-LINE, NÃO! Mesmo que clientes e fornecedores se atentem a todas essas dicas dadas pelos especialistas, de nada adiantará se a técnica que utilizam em seus processos for antiquada. “Não dá mais para fazer RFP de forma manual, usando o Excel. Hoje em dia há ferramentas avançadas que permitem a gestão e a decisão de forma mais rápida, fornecendo um panorama mais amplo para as negociações. É preciso investir e buscar a tecnologia certa para este processo”, comenta Murad. Não ouvir o cliente e querer “empurrar” algo que não atende às suas expectativas é outro ponto negativo ainda muito observado. “Oferecer tarifas em desacordo com o real potencial do cliente, não explorar outros tipos de benefícios/facilidades (A&B, transfer, lavanderia,
O diretor de Vendas da Accor Hotels para a América do Sul, Paulo Frias
A coordenadora de viagens da Roche, Marcela Silva
upgrades) e fazer uma má gestão das etapas de negociação durante o RFP são alguns erros ainda bastante observados neste processo”, comenta Frias. E O FUTURO? O mercado da hotelaria vem mudando e o processo de RFP deve ser repensando pelos gestores, no que se refere a eficiência e inovação. “Temos que olhar para o futuro, novas tecnologias estão chegando para agregar valor aos processos de negociações e um tema que deve ser levado em consideração são os canais de distribuição”, sugere Marcela. Tanto ela como Frias sinalizam a parceria com novos canais como uma tendência para o futuro. “Com novas tecnologias e novas empresas desse ramo no mercado, entender os fluxos de informações de cada canal de reservas é essencial para finalizar o processo de negociação. Se o hotel não disponibilizar a sua melhor oferta, negociada e aprovada pelo cliente, não haverá venda. Muitas empresas já utilizam OBTs que dão aos viajantes mais autonomia para a escolha dos hotéis. É importante também destacar para o cliente as principais vantagens e diferenciais de seu hotel, para que ele seja escolhido dentre as opções pré-aprovadas pelo travel manager”, comenta o diretor de Vendas da Accor Hotels para a América do Sul. RFP de tarifas dinâmicas (descontos baseados na melhor oferta do dia, de acordo com a produção do cliente), novas ferramentas customizadas para cada empresa – por meio das quais os viajantes conseguem criar suas próprias plataformas de avaliação de hotéis – e as negociações especificas por canal de reserva (algumas empresas já possuem possibilidade de direcionamento de volume por meio do canal) são outras tendências citadas por Frias. Resta agora aos clientes e fornecedores enxergarem que o processo de RFP pode ser muito mais simples quando um entende o lado do outro e procura ser mais estratégico em suas decisões, levando em conta as características do mercado.n 12 a 18 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Memória
Henrique Santiago
DO BRASIL AO PARAGUAI Em uma época onde a Tam Linhas Aéreas competia com Varig e Vasp, a companhia aérea fundada pelo comandante Rolim investia forte em sua expansão na América do Sul, com foco no Paraguai. A transportadora brasileira adquiriu, em 1996, o controle acionário da Lapsa, empresa que surgiu da privatização da Linhas Aéreas Paraguayas (Lap), cujo controle (80%) estava sob os cuidados do consórcio equatoriano Céus da América – o governo era dono dos 20% restantes. À época, a negociação desenhava que a composição acionária permanecesse nas mesmas
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fatias, porém com a Tam no lugar da Céus da América. Com essa empreitada, a expectativa era que a Lapsa passasse por uma reformulação na frota, composta por dois B737-200, um A310 e outro A320. A aérea voava de Ciudad del Leste e Assunção a São Paulo, além de outras cidades dentro das Américas. Na ocasião, dois dos principais nomes da Tam estiveram envolvidos diretamente nessa negociação. O comandante Rolim era um deles e o outro era seu vice-presidente, Luiz Eduardo Falco, hoje presidente da CVC Corp.
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Divulgação/ Gnetwork 360
LGBTravel Marcos Martins
Presidente da CCGLAR, Pablo de Luca, com o vice-presidente Gustavo Noguera
REFERÊNCIA SUL-AMERICANA A Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina (CCGLAR) realizou entre os dias 21 e 24 de agosto, no Alvear Palace Hotel, em Buenos Aires, a 11ª edição do Gnetwork 360. A conferência internacional teve quase dois mil participantes de 17 países, representando 1,4 mil empresas, ao longo da sua programação, que contou com mais de 40 palestras e conferências. Aconteceu também uma reunião com 18 províncias argentinas para planejar o trabalho, em âmbito nacional e regional, dos próximos meses em relação ao Turismo LGBT. “Trabalhamos passo a passo, agregando mercados, fazendo pesquisas, corrigindo e levantando novas estratégias, ampliando nossa presença nos principais mercados e explorando mercados estratégicos e potenciais. A formação é um pilar fundamental e a
Tomaz Silva/Agência Brasil
Parada LGBT na praia de Copacabana
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investigação é outro. Sem eles não poderíamos ter sucesso nas sucessivas campanhas promocionais dos últimos dez anos”, afirma o presidente da CCGLAR, Pablo de Luca. A entidade está com a agenda cheia nos próximos meses, incluindo ações na Itália e viagem a seis regiões da Argentina para fortalecer agências e empresas de serviços turísticos. Além disso, a Câmara participará da Abav Expo 2018 e do evento Experiência LGBTravel, organizado pela Braztoa em parceria com a PANROTAS, que acontecerá no Unibes Cultural, em São Paulo, no dia 9 de outubro. “Argentina e Brasil são naturalmente os destinos com maior potencial para se posicionarem de maneira complementar e levar a região da América do Sul a um novo patamar global, no que se refere ao Turismo LGBT.”n
EVENTO CONFIRMADO
A tradicional parada de Copacabana, no Rio de Janeiro, já tem data confirmada. O evento acontece no dia 30 de setembro com o tema “Vote em ideias, não em pessoas”. O objetivo é despertar mais engajamento na comunidade às vésperas das eleições, influenciando o voto em candidatos que lutem em prol do respeito e diversidade. “Nossos direitos, nossa cidadania e, principalmente, nossas vidas dependem das escolhas que faremos nas urnas”, afirma a organização da 23ª Parada do Orgulho LGBTI Rio 2018, em comunicado oficial.n
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Raphael Silva
VISIT COSTA RICA Com a costa leste banhada pelo mar do Caribe, a Costa Rica é incluída na lista dos destinos caribenhos, e o órgão de promoção turística local sabe de seu potencial. Nas redes sociais, o Visit Costa Rica abusa das imagens paradisíacas das praias costa-riquenhas e faz questão de usar os visitantes como principais vitrines de seus atrativos.
No Instagram, o perfil replica belas fotos tiradas por quem viaja ao destino, como nessas postagens. Juntos, o click aéreo da praia de Cocles e a imagem da Basílica de Nuestra Señora de Los Ángeles acumularam mais de 7,2 mil curtidas e 111 comentários.
No Facebook, o órgão de promoção dá mais espaço aos parceiros, como aconteceu na divulgação da inauguração do novo W Hotel Reserva. Um link que redirecionava os usuários à página do hotel também estava incluso para o público.
Além de mostrar belas paisagens e promover os atrativos, a página do Visit Costa Rica também aproveita para criar uma conexão diferente com os interessados pelo destino. O vídeo simples com uma receita das tradicionais chorreadas, as panquecas de milho típicas costa-riquenhas, alcançou 9,1 mil visualizações e conquistou os fãs da página. PERFIL Facebook: @VisitCostaRica - 974.537 curtidas Instagram: @Visit_CostaRica - 173 mil seguidores 42 42.indd 42
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