R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.280
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2 a 8 de agosto de 2017
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A capital americana é a cidade da liberdade, mas pode ser também a da gastronomia, de incríveis museus, dos ícones mais destruídos em filmes de Hollywood... Uma capital diversa, ativa e nada entediante. Um destino que não se limita à política e à história, mas é definido por eles a todo instante. Quer um motivo para visitar Washington DC? Nesta edição, apresentamos dez.
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NOVO PRESIDENTE
COMO RODGERSON ASSUME A AZUL: CEO: David Neeleman Presidentes: Pedro Janot - 2008 a 2012 David Neeleman - 2012 a 2014 Antonoaldo Neves - 2014 a 2017 John Rodgerson - 2017 (atual)
Executivo de confiança de David Neeleman e co-fundador da Azul Linhas Aéreas, onde está desde o início, em 2008, JOHN RODGERSON é o novo presidente da companhia, em substituição a Antonoaldo Neves, que agora ocupa cadeira no conselho da parceira Tap
VOOS DIÁRIOS: 739 PROGRAMA DE FIDELIDADE: TUDO AZUL
Destinos operados: 102 Internacionais: Campinas (SP)-Orlando Campinas-Fort Lauderdale Campinas-Lisboa Recife-Orlando Belo Horizonte-Buenos Aires Belém-Guiana Francesa Fortaleza-Guiana Francesa Porto Alegre-Montevidéu Porto Alegre-Punta del Este* Campinas-Punta del Este* Campinas-Bariloche*
OPERADORA: AZUL VIAGENS CARGAS: AZUL CARGO, DESDE 2009 FUNCIONÁRIOS: + DE 10 MIL
Em 2008: VCP-SSA, primeiro voo realizado Em 2012: Azul se funde à Trip Em 2014: inicia operações internacionais e encomenda 63 A320ne
FROTA: 123 AERONAVES ATR 72-600 Embraer 195 Embraer 190 Airbus 330 Airbus 320neo
LEIA NESTA EDIÇÃO Página 20 Aéreas brasileiras abrem resultados e revelam recuperação
Páginas 17 e 18 Nichos: como trabalhá-los para alcançar melhores resultados
Páginas 28 e 29 O Gestor: tecnologia de viagens precisa ser mais inteligente
Principais parceiras: Jet Blue Tap Portugal United Airlines
EM BREVE: Navegantes (SC)-Buenos Aires* Cabo Frio (RJ)-Buenos Aires*
Editorial
*Somente alta temporada Fonte: Azul Linhas Aéreas
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Dias de luta A capital americana é uma cidade surpreendente para quem a visita pela primeira vez e talvez também para os repeaters, já que está sempre se aprofundando em temas universais e investindo em cultura, história, educação e Turismo. Dos direitos civis à tecnologia, da aviação à notícia, da história americana à cultura mundial, os museus de Washington DC, a maioria com entrada gratuita, são um dos grandes motivos que fazem da cidade única, extravagante e imperdível. Mas há muito mais. Um dos centros do poder do planeta, DC nos lembra como é importante conhecer, participar, protestar, reivindicar, se posicionar. E como funciona uma democracia madura. A história, feita por nós, é mais forte
que imaginamos e estamos impregnados dela. O preconceito racial é um exemplo, claro. Somos um País em que nove de cada dez mortos pela polícia são negros ou pardos, então é um assunto que nos atinge, sim, e que precisa ser pensado. O que trazemos dentro de nós e que precisa ser expurgado? Uma visita aos museus de Washington abrirá mentes, olhos e corações. DC também é vida noturna, gastronomia (de todo o planeta), glamour, parques amplos e com horizonte, espaços para casais, áreas para famílias, compras, atrações puramente turísticas, shows, música... Uma capital que vive como capital plenamente e congrega, mesmo com tantos seguranças, barreiras, gradis... Uma cidade que é também
porta de entrada para Maryland e Virginia, para a natureza e mais história, para cidadezinhas que acolhem o turista e o fazem esquecer que estão a poucos quilômetros do homem que pode deflagrar uma guerra mundial. Washington DC é Turismo de massa e nicho e cabe a cada um descobrir o seu negócio na capital americana. Não dá, porém, para deixá-la de fora de qualquer roteiro de descobertas, livre de preconceitos e de amarras, como é o Turismo. Nesta edição, trazemos um pouco do que nos surpreende em DC e região, mas há muito mais. Descubra e faça a sua parte ao voltar. Nossa capital e nossas cidades bem que precisam de bons exemplos (política e ideologias à parte).
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UE Q A T DES
DO PORTAL
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1 8 personalidades que fizeram história nos últimos 25 anos – em 20/7
2 Experimento acelera busca por franqueados; saiba mais – em 20/7
3 Patriani diz que CVC lotaria voo entre São Paulo e Israel – em 21/7
4 Suspeita de golpe em Goiás afeta agência de SP; entenda – em 21/7
5 Azul: fundador John Rodgerson é novo presidente da aérea – em 24/7
MEDIA PARTNER
10 O que melhorou e piorou no Turismo do Brasil em 25 anos – em 21/7
11 Airbus divulga fotos do primeiro A330neo da Tap; confira – em 24/7
12 Royal Air Maroc terá voos diários entre SP e Casablanca – em 24/6
13 Easyjet recruta 1,2 mil pessoas para sua tripulação – em 25/7
14 Peru decreta estado de emergência em Machu Picchu – em 21/7
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Disney inaugura resort com temática florestal; veja fotos – em 20/7
6 Aérea “ultra low cost” começa a voar hoje no Chile – em 25/7
7 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 21/7
8 Universal: nova montanharussa de Harry Potter em 2019 – em 24/7
9 Miami tem uma vizinhança paradisíaca: você tem de visitar – em 21/7
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê
Castro (rcastro@panrotas.com.br)
Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta e Pedro Moreno COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Novos Negócios: Francisco Barbeiro Neto FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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Destinos
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>> Artur Luiz Andrade e Renato Machado, Washington DC
HIST Ó R I A S
SEM FIM
Espelho d´agua do The National Mall Crédito: Destination DC e Arquivo PANROTAS
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ESPERE DE WASHINGTON AQUILO QUE A CAPITAL DE UM PAÍS PODE OFERECER: HISTÓRIA, PRÉDIOS monumentais, grandes avenidas. Se surpreenda com Washington e sua riqueza cultural, diversidade gastronômica e capacidade de absorver os mais diversos tipos de turistas – do nicho ao generalista, do que ama natureza ao aficionado por grandes metrópoles, do ativista ao observador, do comprador ao que busca conhecimento. DC está longe de ser o destino preferido do brasileiro e a falta de conhecimento sobre a capital dos Estados Unidos pode ser a explicação. Uma cidade incrível e tão além dos estereótipos, que estão lá, claro, tem de estar nos 101 ou 1.001 ou 10.001 lugares para se visitar antes de morrer. Visitar a Casa Branca e o Capitólio, ver monumentos a presidentes de outrora e preservar o legado de Martin Luther King. Tudo faz parte da visita a Washington –
mas não se restringe a isso. Após visita à cidade, que sediou o IPW 2017, maior feira de promoção do destino Estados Unidos, o Jornal PANROTAS traz dez pontos que fazem de Washington DC uma cidade que merece maior atenção do mercado brasileiro. Dez pontos que viram centenas em seus desdobramentos temáticos e geográficos, afinal, a Capital Region USA tem muita história, sem soar repetitiva ou enfadonha.
1 NATIONAL MALL
O eixo que liga o passado ao presente da política dos Estados Unidos é um vasto museu a céu aberto, parque nacional e ponto de encontro da população local. É a conexão física, ideológica e histórica entre o Capitólio (sede do Congresso norte-americano), na ponta leste, e o primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, homenageado no icônico obelisco de DC, a oeste.
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Por ser um local que mistura monumentos, museus e parques, o National Mall é atração (indispensável) para qualquer tipo de visitante, das famílias aos grupos, do mochileiro ao executivo. Os cenários são muitos e é possível vê-los todos em uma (longa) caminhada durante um dia todo, circulando a enseada de Tidal Basin (que hospeda os memoriais de Martin Luther King Jr, Franklin Delano Roosevelt e Thomas Jefferson) ou caminhando até o Lincoln Memorial pelo espelho d’água no qual, em 28 de agosto de 1963, o movimento negro reuniu 250 mil pessoas para ouvir o discurso “Eu tenho um sonho” de Martin Luther King. Caminhe ao norte desde o obelisco e estará na residência mais famosa do mundo: a Casa Branca, com a segurança reforçada em anos de governo Trump. Se antes era possível chegar na grade, agora há cercas, gradis e barreira, que deixam o visitan-
Prédio do Lincoln Memorial
te cara a cara com a Casa Branca, mas mais distantes. As visitas, porém, continuam a ser realizadas, mas precisam ser agendadas. A centralidade e importância do Mall fazem com que uma ida a Washington revisite a região mais de uma vez. Seja pelo simples fato de estar nos trajetos convencionais de um turista, seja pela incrível coletânea de museus que hospeda em seu entorno, seja pela importância histórica na caminhada dos direitos civis nos Estados Unidos. A mais recente aparição do National Mall nos cinemas pode ser conferida no novo filme do Homem Aranha, parceria da Sony com a Disney e a Marvel. Em cena eletrizante o memorial a George Washington é atacado pelos vilões do filme. Mas nem sinal de Trump... O National Mall é o coração de Washington e um lugar para sempre ser revisitado e olhado por novos ângulos, de dia ou à noite. NMAAHC, o mais novo museu de DC
Newseum Manchetes do 11 de setembro expostas no Newseum
2 MUSEUS Ir a Washington e não entrar em pelo menos um de seus museus é uma visita incompleta. O já citado National Mall abriga opções para todos os gostos: os lúdicos, os artísticos, os históricos. Logo à frente do prédio do Capitólio, por exemplo, está a biblioteca do Congresso, com o maior arquivo de publicações do mundo, e sua suntuosa sala de leitura – que pode ser acessada após um cadastro (para maiores de 16 anos, mediante apresentação de passaporte). Na outra ponta do parque, há o United States Holocaust Memorial Museum, com uma intensa visita pela trajetória dos judeus na Alemanha
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nazista e paízes vizinhos e a participação dos norte-americanos para o fim do holocausto. O entorno do gramado do National Mall dá espaço para construções que evocam a imersão na história americana (National Museum of American History), na história natural (National Museum of Natural History), na arte (National Gallery of Art), na história dos povos ameríndios (National Museum of the American Indian) e na arte contemporânea (Hirshhorn Museum). A própria sede da instituição Smithsonian está lá, no majestoso Smithsonian Castle. Outras duas visitas válidas da região são o Newseum, museu dedicado
ao jornalismo, com equipamentos, imagens e fatos marcantes, como uma parede com as manchetes em todo o mundo no dia seguinte aos atentados de 11 de setembro de 2001; e o National Air and Space Museum, que exibe a linha do tempo da aviação por meio de aeronaves e espaçonaves reais. A mais recente inauguração Smithsonian (e um dos mais procurados da cidade) é o National Museum of African American History & Culture. Tão importante que, neste texto, ganhou um tópico só para ele e para a discussão que aborda (confira abaixo em DIREITOS CIVIS). Ah sim, a maioria dos museus em DC tem entrada gratuita.
Lincoln Memorial
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3 DIREITOS CIVIS
O site de Washington DC (washington.org) sugere um roteiro de três dias com foco na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Um roteiro condensado, pois a cada viagem se aprende mais sobre essa luta contínua na capital americana, que já foi e continua sendo palco de manifestações em defesa da liberdade de expressão, da igualdade entre todos os povos e cidadãos e de preservação da própria Constituição do país. De Lincoln, uma das figuras mais presentes em DC, a Martin Luther King, de locais onde figuras históricas viveram ou vivenciaram momentos-chave dessa luta, de museus a restaurantes, como o Ben’s Chili Bowl, Washington DC respira esse movimento contínuo pela garantia dos direitos civis nos Estados Unidos e no mundo. Em visitas à capital, a toda hora esbarramos com trechos de discursos de Lincoln e Luther King (como o icônico “I have a dream”), que se misturam a imagens de rara beleza e também de dor e sofrimento, pois trata-se de uma luta secular e repleta também de violência, atentados e ataques aos direitos dos cidadãos. O cemitério de Arlington é um desses símbolos, assim como o Ford´s Theatre, onde Lincoln foi assassinado, hoje um museu. O símbolo mais recente e talvez o maior deles, por sua grandiosidade e pela força de seu acervo, é o Smithsonian National Museum of African American History & Culture (NMAAHC). No número 1.400 da Constitution Ave, em pleno National Mall e em frente aos monumentos mais simbólicos da cidade, o museu arrebata e faz pensar, emociona e engaja todos nós a partir da luta do movimento negro nos Estados Unidos. O objetivo é contar a história e mostrar a cultura dos negros desde sua chegada, como escravos, ao país, até as mais recentes conquistas, culminando com uma arrebatadora mostra da influência e dos ícones da cultura negra nos Estados Unidos. É um museu para se passar o dia. Olhar com calma. Ler cada placa, assistir a cada vídeo, dançar com cada canção, vibrar com cada conquista, se emocionar a todo instante e se perguntar: qual meu papel diante de tudo isso? Atração nova, o NMAAHC tem ingressos on-line, com hora marcada, e vive lotado. Especialmente seus andares inferiores, que levam os visitantes para galerias escuras que recriam e contam toda a história da escravidão nas Américas. É como se estivéssemos no porão de um navio negreiro e é por lá que a visita deve começar, não importa o tamanho da fila. Aos poucos, enquanto subimos rampas e andares, aparecem reproduções de locais ligados à escravidão, personagens que se sobressaem na luta e a luz vai invadindo o ambien-
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Memorial Martin Luther King
te, até chegarmos aos coloridos dias atuais e sermos convidados a pularmos para o último andar e vermos o que de melhor a cultura negra produziu nos últimos anos, na música, no cinema, na dança, no teatro, na moda, na poesia... Impossível não ser tocado pelos poemas nas paredes (“Eu também sou a América...”, diz um deles), pelas fotos e vídeos montados para emocionar e fazer refletir. Uma das reproduções mais emblemáticas é a do balcão de uma lanchonete da loja Woolworth, em Greensboro, Carolina do Norte, onde, em 1960, quatro jovens negros iniciaram um
protesto silencioso e pacífico, ao se sentarem no balcão destinado somente aos brancos. O protesto, que ganhou repercussão nacional e adesão de outros negros, levou a rede de lojas, então uma das maiores dos EUA, a acabar com sua política de segregação racial em relação aos clientes. O balcão original está exposto no National Museum of American History, também em DC, mas a reprodução teatral no NMAAHC tem uma força e um contexto que... incomodam, como tem de ser. É um museu de aprendizado e também de celebração. Ao final, ao ver-
mos o vídeo que mostra Beyoncé, Usain Bolt, as irmãs Williams, o Public Enemy e Barack Obama, por exemplo, sabemos o que foi preciso e o que aconteceu séculos antes para que se chegasse até ali. E ainda com a certeza que é um caminho longo e ainda inacabado. No site NMAAHC.si.edu pode-se conseguir o ingresso on-line, inclusive para o mesmo dia, a partir das 6h30 da manhã. Mas recomenda-se obter o ingresso com muita antecedência. É parada obrigatória, de um dia inteiro, em Washington DC. E nem falamos da lojinha do museu, capítulo à parte...
Os visitantes fazem questão de interagir e apoiar, ao percorrerem os corredores do NMAAHC
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4 AO AR LIVRE
A capital norte-americana é uma cidade que em boa parte de sua extensão é plana, sempre cercada de verde (ao menos na primavera e no verão, melhores épocas para visitar a DC natural) e em algumas áreas por água. Atividades ao ar livre são uma obsessão da população local, considerada uma das mais ativas e saudáveis dos Estados Unidos. Isso se reflete na oferta aos visitantes. Para os que preferem não arriscar, o con-
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vencional aluguel de bicicletas não vai faltar. Mas Washington oferece muito mais que isso, como passeios de caiaque no rio Potomac (saindo de Georgetown, com a Key Bridge Boathouse), pedalinhos em Tidal Basin (Tidal Basin Paddle Boats) ou simplesmente um sightseeing aquático saindo da Southwest Waterfront (Entertainment Cruises). Se em DC no inverno, rinques de patinação são indispensáveis (com opções que não passam dos US$ 10), como o Washin-
gton Harbour Ice Rink (em Georgetown), a pista do Sculpture Garden da National Gallery of Art (em National Mall) ou Canal Park Ice Rink (em Capitol Riverfront). É claro que não é todo mundo que está apto a se aventurar em novos esportes durante as férias. Por isso, o Segway é uma opção válida, com passeios a partir de US$ 50 que oferecem uma visita muito mais confortável e ágil aos monumentos do Mall. Diversão garantida.
Passeio de pedalinho no Tidal Basin, lago que faz parte do National Mall
5 GEORGETOWN
Washington DC é uma capital e, como é praxe em cidades que hospedam os governos de seus países, a arquitetura mantém um padrão sisudo, de tons acinzentados e linhas rígidas. A diversidade de DC, no entanto, explode com uma visita a Georgetown. Ruas arborizadas, casarões bicentenários, vasto comércio e a jovem população da Georgetown University são um esboço (simplista) do que se encontra na região, localizada a pouco mais de três quilômetros do centro de Washington DC. Às margens do Potomac, o bairro tem uma relação muito próxima com o rio que corta a cidade. Isso é visto de imediato em The Washington Harbour, que se propõe a ser um local para uma amigável caminhada, com banquinhos e ciclovias, além de ofertar uma porção de bons restaurantes. A experiência do lado pitoresco de Georgetown é possível
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em uma caminhada à beira do C&O Canal (abreviação para Chesapeake and Ohio Canal) ou por suas ruas residenciais, palco de um desfile de simples e coloridas casas com fachadas de madeira ou tijolos. Diante do sucesso de duas moradoras de Georgetown, criou-se uma “cena do cupcake” no bairro. As irmãs Katherine Berman e Sophie LaMontagne integraram o reality show DC Cupcakes e ganharam fama nacional com o seu Georgetown Cupcake (3301 M Street MW). Mas há quem diga que o menos famoso Baked & Wired (1052 Thomas Jefferson St NW), queridinho dos locais, é tão bom quanto. Falar de Georgetown sem citar seu comércio e todas as marcas que hospeda, seria uma heresia. Mas deixamos isso para o próximo tópico. Ah sim, a agitação no bairro é de dia e à noite, com a atmosfera mudando consideravelmente, sem perder o charme.
Uma das ruas de Georgetown
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6 COMPRAS
O brasileiro viaja também para comprar. É assim em Nova York (a apenas quatro horas de DC), é assim em Miami, é assim em qualquer lugar. Em Washington não poderia ser diferente, ainda mais com toda a variedade que a cidade oferece. Como já citado, Georgetown é um dos destinos que aquele turista sedento por sacolas deve colocar na lista (principalmente os ligados nas últimas tendências da moda). É em Georgetown que se encontra o fashion, em lojas como Club Monaco, Intermix (com peças Helmut Lang e Marissa Webb), AllSaints, Rag & Bone, Lynn Louisa (Day Birger et Mikkelsen e Rachel Comey), Calypso St. Barth, Cusp (Parker, DVF e Milly), Alice and Olivia (Stacy Bendet) e as coleções de
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calçados e roupas da Hu (assinados por Marlene Hu Aldaba). Aberto em 2014, no 825 10th St NW, o City Center DC é uma opção de fácil acesso para o turista. O centro comercial é uma mistura de condomínios, escritórios, restaurantes e lojas. Lá, ele encontra butiques da Hermes, Dior, Gucci, Louis Vuitton, Salvatore Ferragamo, entre outras. Como todo grande centro, nas proximidades de Washington também há opções de outlets, com o Tanger, em Maryland, em frente ao hotel-cassino da rede MGM, e bem perto do National Harbour, repleto de atrações, como roda-gigante, um píer e festivais no verão. Outros outlets ficam localizados na Virgínia, na região conhecida como Capital Region (confira mais detalhes no item de mesmo nome).
7 NOITE
É no cruzamento entre a U St NW e a 14th St NW que a vida noturna de Washington DC acontece. A região é democrática, com opções para todos os gostos e bolsos. Se a intenção é jantar em um lugar descolado, tomar alguns drinques ou até mesmo ficar acordado até tarde da noite, é lá que o turista vai encontrar abrigo. Historicamente, a U Street é o coração da cultura negra de DC. Esse retrospecto explica a quantidade e variedade de clubes de jazz no local (alguns chamam a região de Black Broadway). Com o tempo, é evidente, a área acolheu novos estilos e assim nasceu esse cenário inclusivo. Para encontrar o seu lugar da noite, a me-
8 GASTRONOMIA
Comer na capital norte-americana é um evento. A gastronomia em DC está tão em alta que, no final de 2016, a cidade ganhou seu próprio Guia Michelin. A conceituada publicação estrelou 12 restaurantes, sendo três deles com duas estrelas. Cozinha refinada e experimentações marcam as criações premiadas, como o Minibar de José Andrés (855 E St NW), o Pineapple and Pearls de Aaron Silverman (715 8th St SE) e o The Inn at Little Washington de Patrick O’connell (309 Middle St). Além dos consagrados pela críti-
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lhor pedida é explorar. O roteiro na região pode ser resumido em comer na U e brindar na 14th. É na rua U que está o já citado (e icônico) Ben’s Chili Bowl, assim como seu vizinho (que nem no nome fugiu da localização), Ben’s Next Door. Já na 14th, os coquetéis se distribuem pelo Black Jack & TILT Side Bar (1612 14th St NW), Black Whiskey (1410 14th St NW) e Black Cat (1811 14th St NW). A importante cena gay de DC também está representada, com o Number 9 (1435 P St NW) e o Trade (1410 14th NW). Já o recém reformado Howard Theatre (620 T St NW), que manteve seus ares de teatro, é uma dessas opções para os que pretendem voltar para o hotel só na manhã seguinte.
ca gastronômica internacional, há restaurantes que estão despontando em Washington. São diversos exemplos, que vão desde a comida italiana com o Sfoglina (4445 Connecticut Ave NW), passam pela cozinha ibérica do Arroz (901 Massachusetts Ave NW) e terminam com um bem servido hambúrguer no Federalist Pig (1654 Columbia Road). Não, não iremos repetir que você também precisa passar pelo Ben’s Chili Bowl e provar o Chili Half Smoke, prato que, em votação aberta, se consagrou como a iguaria típica de Washington.
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9 CAPITAL REGION
Veleiros dão charme à marina de Annapolis
Visitou tudo o que quis em Washington e ainda sobraram alguns dias? A proximidade da região metropolitana de DC com atrações na Virgínia e em Maryland facilita viagens curtas de carro. Em Maryland, por exemplo, Frederick, Baltimore e Annapolis são cidades de fácil acesso por estradas. Assim como Mount Vernon, Fairfax e Loudoun, na Virginia, Estado que ainda tem Alexandria e Arlington acessíveis via metrô. A Baía de Chesapeake, em Maryland, marca o Estado, principalmente em sua gastronomia. É de lá que saem os frutos do mar característicos da mesa local, como o siri-azul (blue crab nos cardápios). Cultura e história também têm espaço, com o AFI Silves Theatre, em Silver Spring, e o National Museum
10 CONEXÃO AÉREA Chegar a Washington DC é possível em voos diretos desde o Brasil. A United Airlines tem na capital americana um de seus hubs nos Estados Unidos, mas como toda boa capital movimentada, DC tem voos de todas as aéreas americanas, em seus dois principais aeroportos (Dulles e Reagan). Somente a United opera voo diário entre São Paulo e Washington DC, e o passageiro ainda pode conjugar com outros destinos da costa leste americana, pois a malha na capital é das mais robustas. Boston e Nova York estão a poucos quilômetros, e Miami, Orlando e até Toronto, no Canadá, têm boas ligações com Washington. Uma facilidade que cria a possibilidade de preencher roteiros de férias mais longas com outros destinos dentro dos Estados Unidos. p
Crédito: Richard Norwitz
Proximidade da Baía de Chesapeake faz de Maryland uma região especialista em frutos do mar
of Civil War Medicine, em Frederick. No lado da Virginia, as visitas envolvem o cemitério de Arlington (com os túmulos de John F. Kennedy e de 400 mil combatentes das forças armadas norte-americanas) e o Pentágono, bem como o incrível Steven F. Udvar-Hazy Center (com dezenas de aeronaves expostas, do Lockheed SR-71 Blackbird ao ônibus espacial Discovery). É nas cidades da outra margem do rio Potomac que estão localizados o maior shopping e as principais outlets da região. A pouco mais de 30 minutos de carro do centro de DC fica Tysons Corner, que dá nome ao grande shopping Tysons Corner Center. Mais afastados, ambos a uma hora de estrada, ficam as outlets: Leesburg Corner Premium Outlets (ao norte de DC) e Potomac Mills Mall (ao sul da capital).
Roda gigante no National Harbor, em Maryland
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite do IPW 2017, voando com a United Airlines e com proteção GTA e Vital Card. Hangar da United Airlines no Dulles International Airport, principal aeroporto de Washington
INFORMAÇÕES washington.org imaginadora.com.br > Continua na pág. 12
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NOVIDADES NOS >> Por Carla Lencastre, especial para o Jornal PANROTAS NOS ÚLTIMOS MESES, QUANDO SE FALA SOBRE WASHINGTON DC A PRIMEIRA COISA QUE VEM À CABEÇA É o novo ocupante da Casa Branca. Mas o que os participantes do IPW 2017 encontraram foi uma cidade bonita e renovada, repleta de novas atrações para os visitantes, que surpreendeu mesmo quem já conhecia a capital americana de viagens anteriores. Não poderia ser diferente na hotelaria. A ampla rede de bons hotéis da cidade apresentou várias novidades. A melhor surpresa foi o recém-inaugurado The Darcy, representante da bandeira Curio Collection, do grupo Hilton. Lançada em 2014, a marca reúne hoje quase 40 hotéis independentes, na categoria upscale, em todo o mundo. The Darcy, aberto em abril, fica entre Logan Circle e Dupont Circle, duas das áreas mais movimentadas da capital. A decoração dos 226 quartos e suítes chama a atenção pela elegância e pelo bom gosto contemporâneo, que vai de obras de arte à valorização de produtos locais. Entre os destilados disponíveis no minibar dos quartos, por exemplo, está o premiado gim local Green Hat, de uma das novas e artesanais destilarias de Washington DC. The Darcy tem ainda um bom restaurante de frutos do mar, aberto ao público. La Siren by RW é assinado pelo chef Robert Wiedmaier, que também é pescador e comanda outros oito restaurantes em DC e arredores. Em uma rápida escapada de DC para a Filadélfia, a uma hora e meia de viagem, vale anotar que arte contemporânea é a marca de outro hotel Curio Collection, dos mesmos proprietários do The Darcy. Reinaugurado há pouco mais de um ano, com 391 quartos, The Logan é um estabelecimento tradicional em Philly (já teve a bandeira Four Seasons). Nesta sua nova versão, depois de uma reforma milionária, chamam a atenção o acervo de arte, o spa, a animada steakhouse Urban Farmer e o Assembly Rooftop Lounge. O bar no terraço tem vista panorâmica para a Benjamin Franklin Parkway, com o Museu de Arte da Filadélfia ao fundo. De volta à DC, mais uma novidade do grupo Hilton é o Embassy Suites by Hilton Georgetown, que na realidade fica mais perto de Dupont Circle. Ano passado, o hotel terminou uma reforma de US$ 33 milhões para se adequar ao novo visual mais moderno da bandeira. É voltado para famílias, com 197 suítes, piscina coberta, café da manhã incluído na diária e o amplo átrio que caracteriza a marca. Na unidade renovada
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H OT ÉI S E M D C
Às margens do canal de Washington está o hotel Mandarin Oriental
de DC, o lobby sob o átrio abriga um concorrido bar com cervejas artesanais e petiscos gostosos. A rede americana apresentou ainda o DoubleTree by Hilton Crystal City. Este não fica em DC, e sim em Arlington, na outra margem do rio Potomac. Como em todos os DoubleTree, um cookie quentinho é entregue no checkin. Renovado em 2012, seus 631 quartos ainda têm um ar fresco e o bar aberto é o ponto central do lobby. É uma opção para quem chega ou sai pelo aeroporto doméstico Ronald Reagan. A apenas dez minutos do aeroporto, oferece transfers gratuitos a cada 15 minutos. Outra linha de transfer, também gratuita, leva à estação de metrô Pentagon City, o que facilita o deslocamento para o centro de DC, na margem oposta do Potomac. A estação Pentagon City fica na entrada do shopping Fashion Centre, com boas opções de restaurantes e lojas, entre elas Macy’s e Nordstrom. No segmento luxo, grandes hotéis de DC estão em constante renovação. Uma das mais recentes foi no Man-
Banheiro de uma das suítes do Mandarin Oriental Washington
Suíte do recém-inaugurado The Darcy
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darin Oriental, perto do National Mall, onde fica a maioria dos museus e monumentos da cidade. A reforma de seus 400 quartos e suítes (o hotel é de 2004) terminou no fim do ano passado. Na nova paleta de cores predominam os tons claros. Os banheiros são em mármore, muitos com banheira. O lounge para os hóspedes do Club Level tem um bom bufê de comidas leves e uma vista deliciosa para o entardecer no Monumento a Washington, o obelisco, que fica perto do hotel. No lobby estão o restaurante asiático Muze e o Empress Lounge, bar com paredes envidraçadas e uma área ao ar livre. Também renovado recentemente, é um lugar perfeito para os dias quentes de verão na capital. Em meio a um jardim, o terraço oferece bons drinques com vista para o intenso movimento de helicópteros. Outra opção de luxo contemporâneo é o Four Seasons. Em uma construção com fachada revestida pelos tradicionais tijolos marrons de Georgetown, o hotel também terminou sua renovação ano passado. Grifes assinam o projeto
do edifício e a decoração. O prédio, com quase 40 anos, é de Skidmore, Owings and Merrill, um dos maiores e mais importantes escritórios de arquitetura dos Estados Unidos. A decoração das áreas comuns e de parte dos quartos tem a assinatura do francês PierreYves Rochon, especialista em hotéis de luxo. O restaurante Bourbon Steak é do chef celebridade Michael Mina. O bairro histórico de Georgetown foi um dos que mais se transformaram nos últimos anos. De área predominantemente residencial, virou um endereço repleto de galerias de arte, lojas, bares, restaurantes e outros hotéis. O Georgetown Waterfront Park, à beira do rio Potomac, está a menos de dez minutos da caminhada do Four Seasons. Entre outros destaques deste hotel quase quarentão de 222 quartos está a sua coleção de arte moderna, com 1.650 peças. Para quem prefere tradição, uma boa escolha é o St. Regis, perto da Casa Branca e das embaixadas, um favorito de políticos e diplomatas. Está instalado em um prédio de
1926, que sempre funcionou como hotel, e tem a bandeira St Regis desde 1999 (foi o segundo hotel da marca, depois de Nova York). Os 172 quartos e suítes estão sendo renovados aos poucos e o hotel lançou recentemente uma área exclusiva no Club Level para hóspedes da área diplomática. No bar em estilo clássico, a melhor pedida é sempre o Bloody Mary, o drinque característico desta bandeira de luxo que agora faz parte do grupo Marriott. A decoração é formal, em madeira escura e com estofados em veludo vermelho, mas o bar recebe um público informal para experimentar a versão local do drinque, na qual o gim substitui a vodca. Gim britânico, e não o novo e cada vez mais consumido gim americano, que tem sabor bem diferente do tradicional London dry. Ao fim de cada tarde, o St. Regis oferece ainda um espetáculo raro. Seu lobby é cenário para uma cerimônia de sabreamento de champanhe. A garrafa é aberta com um sabre e os hóspedes têm direito a uma taça. Cheers! p
O RENASCIMENTO DO UNION MARKET
cado e outros novos chegaram. É o caso do DC Empanadas, que começou como um food truck e hoje tem um estande dentro do Union Market, com filas nas tardes de domingo. Como DC é uma cidade multicultural, o mercado tem comida argentina, belga, corenana, etíope, italiana. Entre os restaurantes, destaque para o Bidwell, do simpático chef John Mooney. Muitos dos vegetais e frutas usados em seu restaurante são cultivados no terraço do próprio Union Market. Uma das lojas que chamam a atenção no mercado é Salt & Sundry. Entre bonitos objetos para casa, estão à venda os chocolates artesanais da Harper Macaw. A chocolateria foi criada há menos de dois anos por um casal formado por uma brasileira e um americano, Sarah e Colin Hartman. Boa parte do cacau vem do Brasil, de produtores que usam técnicas de agricultura sustentável. Parte dos lucros é investida em projetos de reflorestamento por aqui. Quem quiser conhecer o processo de produção das deliciosas barras pode visitar a fábrica de chocolates, a 30 minutos de carro do Ccentro de DC. A Harper Macaw divide o endereço com a DC Brau Brewering. A cervejaria tem um bar na entrada, ótimo para tomar
uma cerveja depois da degustação de chocolates. Sempre em lata, as bebidas também são encontradas em diversos endereços do Centro. É fácil reconhecer uma delas pelos nomes divertidos, como as premiadas The Public, The Citizen e The Corruption. Os rótulos não poderiam ser mais apropriados para um produto fabricado em Washington DC.
Valorizar produtos locais é uma tendência turística mundo afora. Não seria diferente na repaginada Washington DC. E o melhor lugar para conhecê-los está cheio de novidades. O Union Market funciona desde 1931 no mesmo endereço. Mas está totalmente diferente. Em 2011, um incêndio, sem vítimas, destruiu o mercado. A empresa proprietária reconstruiu o armazém, reinaugurado no ano seguinte. O Union Market virou um ponto gastronômico na capital americana e ferve nos fins de semana, quando funciona das 8h às 20h. São 40 diferentes estandes em uma construção ampla e repleta de luz natural. Há pães, queijos, embutidos, carnes e frutos do mar frescos. Também estão à venda objetos relacionados à cozinha, como facas e louças. Restaurantes e food trucks, estes ao ar livre, complementam o extenso cardápio de novidades do Union Market. Depois do incêndio, alguns dos vendedores originais continuaram no mer-
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SERVIÇO Union Market. De terça a sexta-feira, das 11h às 20h. Aos sábados e domingos, das 8h às 20h. Alguns estandes e restaurantes podem funcionar em horários diferentes. 1.309 5th Street NE, DC 20002. unionmarketdc.com Harper Macaw. Visitas guiadas aos sábados, às 13h e às 15h. US$ 10, incluindo degustação. A fábrica de chocolate é pequena, mas o tour é bem detalhado tecnicamente. Com duração de uma hora, é para quem realmente quer entender como é o processo de fabricação. 3.160 Bladensburg Rd, DC 20018. harpermacaw.com DC Brau. Visitas guiadas gratuitas aos sábados, às 13h, às 14h, às 15 e às 16h. O bar abre das 12h às 21h. 3.178 Bladensburg Rd, DC 20018. dcbrau.com p
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A g ê n c i a s d e vi age n s
>> Rodrigo Vieira
Cansada
de críticas A ABAV NACIONAL SE MOSTRA TRANQUILA COM O QUE TEM FEITO EM PROL DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS NO BRASIL. MELHOR do que isso, segundo ela, apenas com maior participação de seus próprios associados. É assim que o presidente da entidade, Edmar Bull, rebate as críticas de leitores PANROTAS críticos à verticalização na relação entre a entidade e os profissionais. Para o ex-presidente da Abracorp e provável reeleito da Abav Nacional ao próximo biênio, uma associação não é feita de presidente, mas de pessoas. Em reunião com as Abavs Estaduais na semana passada, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, Bull se queixou da falta de aproximação de seus associados para que este elo da cadeia turística evolua junto, de mãos dadas. "As agências associadas têm de vir para somar. Não adianta ficar falando de longe. Fizemos mais de 90 ações neste mandato e estamos entregando o que estava em nosso alcance. Todas as Estaduais também estão trabalhando. Somos todos voluntários, e não empregados. Se todos derem um pouco de seu tempo, as coisas vão evoluir mais depressa e, acima de tudo, do jeito que todo mundo espera", afirmou ele, um dos principais responsáveis pela criação do Big Data Abav, o "censo" das agências de viagens do Brasil. "O Big Data já foi lançado. Estamos na fase de conclusão. Em breve, o setor de agências de viagens terá munição para apontar sua importância às esferas públicas. Só assim teremos argumentação", cravou Edmar Bull, ainda acrescentando que, no portal da Abav, há registro de todas ações realizadas nos últimos dois anos pela entidade. "São muitas coisas. Essas reuniões nacionais mostram que tem muito sendo
Edmar Bull, presidente da Abav Nacional
feito. Com a participação de todos, o trabalho seria bem mais efetivo", reforçou. A opinião do atual líder da Abav Nacional é endossada pelo presidente anterior, Antonio Azevedo. De acordo com ele, essa é uma crítica que a associação carrega há anos, mas o problema nem sempre vem "de cima". "Somos todos voluntários. Abandonamos nossas empresas para nos dedicarmos a essa causa, não por vaidade. É porque acreditamos no cooperativismo. Às vezes, o agente de viagens é muito egoísta. Temos cursos maravilhosos no Iccabav e nem sempre a sala está cheia", se queixa o hoje VP do Instituto de Capacitação da associação.
CANAL NO YOUTUBE Esse público abaixo da média nos treinamentos é um dos motivos para a principal novidade da Abav anunciada durante a reunião em Guarulhos. O Iccabav agora está no Youtube. A partir de agora, dois vídeos educativos serão transmitidos semanalmente (quartas e sextas) pelo novo canal. Cada websérie terá dez episódios de até cinco minutos a respeito de um tema, e o material inaugural fala de tecnologia e inovação para pequenas e médias agências. O primeiro vídeo mostra como os associados podem explorar o Facebook para vender mais. A segunda websérie será sobre gestão e a terceira debaterá a segmentação. Por enquanto
Os presidentes das Abav regionais assistiram ao primeiro vídeo do novo canal da entidade no Youtube
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essas são as pautas já definidas. Este canal é uma das grandes apostas da Abav Nacional para o segundo semestre. Na reunião, além de prestação de contas do trimestre e o debate sobre o que o mercado tem de novidades e perspectivas para os próximos meses, os presidentes das Abavs Estaduais fizeram uma inspeção pelos terminais internacionais do GRU Airport, passando pelos lounges da Gol no T2 e no T3, na companhia do VP de Vendas e Marketing da aérea, Eduardo Bernardes. "Cerca de 55% do nosso volume de vendas no ano passado vieram de agências de viagens. Isso mostra a importância da classe para nós", afirmou o VP. "Esse número vem em uma constante desde 2012."
ABAV EXPO
A reunião também serviu para discutir a Abav Expo, que será realizada na capital paulista de 27 a 29 de setembro. Destaque para a inauguração de um espaço destinado a players de luxo, além de "um hackaton cada vez mais se firmando, a parceria cada vez mais forte de outras entidades, como a Braztoa, um espaço destinado a nichos como ecoturismo, LGBT e outros", nas palavras de Edmar Bull. Este ano, todas as unidades estaduais passam por eleição em outubro para definição do próximo biênio. A da Nacional acontece em dezembro, e tudo indica que teremos mais um ano de Edmar Bull à frente da associação.p
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Henrique Santiago
A venda é outra
VENDER PACOTES PRONTOS É COISA DO PASSADO PARA UMA BOA PARTE DO MERCADO. ENQUANTO ALGUNS POUCOS GRANDES PLAYERS SE DESTAcam pela venda massiva de viagens e lucram milhões de reais, há empresas que preferiram seguir outro rumo: o da segmentação. A especialização em um produto é a tendência dos próximos anos, segundo diversos estudos, pois o comportamento do consumidor mudou graças à internet e as agências de viagens on-line (OTAs) têm maior alcance na distribuição do produto
Natália Bonavita, da Due B, em participação em um painel sobre nichos na Aviesp de 2016
mais “trivial”, que atende às massas. O trabalho em nicho cresce aos poucos nas agências e operadoras do Brasil. Nas grandes capitais é visível a transformação do papel de um agente para um consultor ou vendedor de viagens especializadas. Até mesmo o associativismo, comumente classificado como anacrônico pela própria classe, parou para se atentar a essa mudança. É o caso da Abav Nacional, presidida por Edmar Bull. Há quase dois anos no poder, o mandatário acredita que o amanhã depende da busca em segmen-
A diretora comercial da The Travel Corporation no Brasil, Beatriz Camargo
to de interesse e na capacitação para vendê-lo com assertividade e propriedade. Para isso, a 45ª Abav Expo apostará na criação de áreas exclusivas, como as viagens de luxo, LGBT, pesca esportiva, entre outros nichos. “O agente de viagens tem de entender que esse é o futuro. Hoje em dia não adianta mais querer abraçar o mundo e vender tudo”, sintetizou ele. Mas não é só de agência de viagens que vive a especialização. O surgimento de empresas de consultoria tem alavancado o interesse pela venda de nichos. A Due B
nasceu como uma “empresa butique de eventos” ou um “concierge de luxo”, como classifica a sócia-diretora Natália Bonavita. Com um portfólio de seis produtos, que vão de eventos corporativos a celebrações, são os casamentos fora do Brasil que atraem mais público. A empresária e sua sócia, Débora Zamari, atendem tanto agências e operadoras como o cliente final. Para ela, hoteleira de formação, com passagens por Accor e Blue Tree, os agentes de viagens agora enxergam a mudança e como ela pode ser preponderante para manter os negócios. De uma experiência pessoal de organizar seu próprio casamento há sete anos – que não vingou, revela, aos risos –, ela relata como é dificultoso e prazeroso preparar a celebração matrimonial do início ao fim. Com eventos de 200 a 1,3 mil pessoas, Natália assinala que já chegou a receber visitas de muitas agências e operadoras, mas hoje ela é quem entra mais em contato para buscar condições especiais para montar o roteiro. Atualmente, tem como parceiros a Matueté, Sete Mares, Qualitours, entre outros, mas não revela seus fornecedores. “Os casamentos geralmente têm um ano de antecedência. Não são só as quatro horas do evento. Fazemos a escolha do local, a construção do evento, enviamos o save the date , contratamos fornecedores e hotéis”, afirma, completando que a concentração dos eventos se divide entre 85% no internacional e 15% no nacional. > Continua na pág. 18
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Arquivo pessoal
O apaixonado por música e diretor da Amplitur, João Roberto Valle
NI CH O É PA R A TO D O S Carolina Haro, da Mapie e Phocuswright no Brasil
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Download, alguns dos maiores do mundo, Valle aponta que prefere se manter como uma empresa de pequeno porte. “Eu não quero ser ‘gigante’ porque sinto que meu passageiro vai perder a sua individualidade. Vou perder qualidade.”
SOLTEIROS
E por falar em pessoas, unir homens e mulheres com interesses comuns é o objetivo da You With Us. Concebida no início deste ano por Bia Keppler e Cris Freitas, a empresa conecta pessoas de 40 a 65 anos que querem fazer atividades específicas, mas não têm companhia, os chamados new single. A “assessoria cultural de luxo”, como disse Cris, realiza roteiros culturais e gastronômicos dentro e fora do Brasil para grupos exclusivos de até 15 pessoas. Segundo ela, o conceito de novo solteiro pode ser ampliado, uma vez que pessoas casadas com a mesma faixa etária podem querer fazer novos amigos. Para chegar a um roteiro, a empresária faz pesquisas
de mercado para saber as tendências e expectativas e apresenta a ideia assinada por experts a amigos e clientes. Em pouco mais de seis meses, a companhia já proporcionou experiências com show de Phil Collins, na Alemanha, Elton John e James Taylor, em São Paulo, e roteiro do perfume na França. “Nosso foco não está em vender um tíquete aéreo ou hotel. Queremos vender vivência e cultura”, disse. O futuro é promissor para o mercado de nichos no Brasil. As empresas tendem a se adequar a essa realidade, mas não se deve fechar as portas a um cliente que busca uma experiência menos personalizada. Os nichos indicam o caminho e ideias não vão parar de surgir dia após dia. Já é realidade companhias aéreas destinadas a millennials, a Joon, da Air France, por exemplo, bem como hotéis para a comunidade, a exemplo do anunciado Le Rêve, da Accor. “Se eu pudesse, trabalharia com público jovem para fazer roteiros com pais separados”, sugeriu Cris Feitas, desenhando um possível produto para ser vendido. p Divulgação
Hoje em dia, dificilmente alguém quer viajar por apenas viajar. Pode-se dizer que é unanimidade a vontade de ter uma experiência, principalmente entre os jovens. A The Travel Corporation (TTC), com sede no Canadá, tem mais de 30 marcas das quais sete estão no Brasil. Uma delas, inclusive, ainda será implementada. Ao unir os cruzeiros da Uniworld com viagens de millennials com a Contiki, a operadora passará a oferecer em 2018 viagens de navios fluviais exclusivas para o público de 21 a 45 anos com a U by Uniworld. Para a diretora comercial da TTC no Brasil, Beatriz Camargo, os cruzeiros fluviais vão ter um crescimento surpreendente em todo o mundo nos próximos anos. Mas o País ainda precisa avançar, e muito, para chegar nos níveis de Estados Unidos, Europa ou Austrália. Ela aponta que qualquer empresa, seja pequena, média ou grande, pode trabalhar com um produto, mas é necessário investir em tecnologia, estrutura
interna e, tão importante quanto, em uma ferramenta de gestão de relacionamento com clientes, o famoso CRM. “Trabalhar com segmentação é algo relativamente novo no Brasil. Não se pode mais lutar por preço, é preciso se especializar e oferecer a personalização. Tem muita demanda e é um mercado que ainda vai crescer muito”, disse ela. “Mas hoje as empresas não apostam nos jovens de acordo com seu potencial. Aqui não há tantas agências especializadas nesse público”, completou a executiva. Se ainda há muito espaço para os nichos (temáticos, geográficos ou geracionais) crescerem, há raros exemplos que estão fora da curva. A Amplitur, de Curitiba, atua há 25 anos com a venda de pacotes para shows e festivais de música. Paixão pessoal de seu diretor, João Roberto Valle, os concertos de rock internacionais começaram a ter mais presença na década de 1990 e hoje é quase mandatório um artista pisar em solo nacional. Hoje estabelecida no mercado, a operadora teve um início complicado, pois enfrentou o preconceito de agentes de viagens, que de certa forma desprezavam o público. Mas segundo ele, qualificar, estruturar seu negócio e oferecer um produto atraente para seu consumidor fez com que essa visão mudasse. “É bem diferente [trabalhar com música]. Eu batalhei muito para que vissem minha empresa como convencional no Turismo. Mas ninguém ligava para cá para pedindo pacotes para Fortaleza e Salvador. Se alguém queria ver um show, era sempre: ‘ah, liga lá para o louco da Amplitur que ele faz”, recordou. Além de shows, a operadora curitibana oferece viagens de arquitetura para a Itália, mas é na música que estão centralizadas 99% da comercialização de viagens rodoviárias. Outro exemplo fora do convencional é o fato de a empresa não trabalhar com o luxo, um mito geralmente atribuído à venda de nichos. Agora parceiro de venda de festivais internacionais, como Wacken, Hellfest e
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Em seis meses, a empresa de Cris Feitas e Bia Keppler acumula roteiros pelo mundo
A ESPECIALIZAÇÃO EM UM PRODUTO É TENDÊNCIA MUNDIAL E NÃO APENAS DO MERCADO DE VIAGENS, COMO APONTOU A SÓCIA-DIRETORA da Mapie e representante da Phocuswright no Brasil, Carolina Haro. De acordo com ela, a “superespecialização” é necessária porque o cliente chega hoje à agência com mais informações até mesmo do que o próprio profissional. “O generalista perde muita competitividade. A agência precisa rever seu modelo de negócios. Se ela ganha com base no comissionamento, a especialização vai fazer menos sentido em razão de um menor volume de vendas”, destacou. Ainda segundo a executiva, o Turismo de
segmentação não está restrito à indústria de luxo. Pesquisas apresentadas por Carolina apontam a chegada da “singularmentação”, a segmentação singular. A partir disso, forma-se a ideia de que não existe mais a segmentação por dados demográficos, rendas ou idades, mas sim por estilo de vida. A especialista vê no Brasil um empenho maior pela venda de viagens relacionadas ao turismo de bem-estar e espiritual, aquelas em que o cliente se desconecta do mundo virtual e busca um estilo de vida mais saudável. Ela sugere, inclusive, que esse segmento deverá crescer juntamente com casamentos e esportes.p
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>> Brunna Castro
Estabilidade e
crescimento COM A AJUDA DE SINAIS DE RECUPERAÇÃO, AINDA QUE TÍMIDOS, DA ECONOMIA BRASILEIRA AO LONGO DOS ÚLTIMOS MESES, a aviação doméstica no País demonstrou resultados estáveis no primeiro semestre deste ano. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a oferta doméstica entre janeiro e junho de 2017 se manteve praticamente estável, com redução de 0,14%. A demanda teve crescimento de 1,06% e o total de passageiros transportados no período cresceu 0,52%, chegando a 43,3 milhões. Outro valor divulgado pela associação foi a taxa de ocupação no mercado doméstico no primeiro semestre, que chegou a 80,31%. Para o consultor técnico da entidade, Maurício Emboaba, isso é um sinal de que o setor está "se aproximando dos padrões de primeiro mundo". A taxa, portanto, demonstra que a "indústria da aviação tem conseguido mitigar as dificuldades financeiras". Com um quadro de participação de mercado quase igual ao apresentado no primeiro semestre do ano passado, a Gol manteve a liderança dos voos nacionais, seguida por Latam, Azul e Avianca Brasil, respectivamente. Ao contrário do doméstico, o mercado internacional gerou resultados mais expressivos para as companhias aéreas brasileiras. É verdade que o crescimento no período comparativo acontece muito por conta do cenário negativo en-
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contrado no ano passado, cujo início alardeou a todos com o temido imposto de renda sobre remessas ao Exterior em torno de 30%, sem contar o dólar a valores exorbitantes. De janeiro a junho deste ano, a oferta internacional teve alta de 7,14% – o que demonstra o crescimento da fatia que as aéreas nacionais detêm no mercado estrangeiro. A demanda no período cresceu 11,74% e a taxa de ocupação, por sua vez, foi de 85,27%. Além disso, o volume de passageiros cresceu 10,26%, alcançando um total de 3,9 milhões de viajantes. No ano passado, nessa mesma altura do campeonato, o Jornal PANROTAS apontava queda de 5,1% na demanda, o então pior resultado de uma série de quatro baixas consecutivas. A oferta, no primeiro semestre de 2016, registrava queda de 8%. Tal como neste ano, a Latam puxava a fila dos voos internacionais, seguida respectivamente por Gol, Azul e Avianca Brasil – essa última deu seus primeiros passos efetivos em 2017, quando começou a voar a Miami e já tem anunciado Santiago e Nova York.
JUNHO
O último mês do primeiro semestre registrou uma demanda 1,96% maior no mercado doméstico, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Trata-se da quarta alta consecutiva no indicador após um intervalo de 19 meses em baixa. No entanto, a Abear ressalta que o percentual de
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, e Maurício Emboaba, consultor técnico da associação
crescimento tem se mostrado inferior a cada relatório, o que pode refletir a instabilidade do cenário político do País. A oferta no período teve queda de 0,68%, enquanto a taxa de ocupação chegou a 80,24%, com pouco mais de 6,9 milhões de passageiros transportados no mês, alta de 3,7%.
CONFIANÇA
O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, destacou os esforços do setor em meio à instabilidade política e econômica do País. "A economia hoje está completamente captura-
da pela política. Eu não seria pretensioso de dizer para onde vai o cenário político, mas estamos tentando construir um quadro no qual passaremos por isso com a menor turbulência possível", afirmou. O mercado internacional, por sua vez, demonstrou resultados positivos em dois dígitos em junho. A demanda teve crescimento de 15,1% e a oferta cresceu 12,32%, enquanto a taxa de ocupação foi de 85,21% – com pouco mais de 601 mil passageiros transportados no mês, alta de 8,55%. p
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5 DICAS PARA APROVEITAR A Visitantes:
ABAV EXPO 2017 E AUMENTAR O SEU CONHECIMENTO TÉCNICO
Conhecimento nunca é demais, certo? E com certeza a maior e mais importante feira de negócios do Turismo no Brasil, a 45ª Abav Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa, trará ambientes para capacitação e reciclagem aos profissionais participantes do evento. Confira abaixo quais são esses espaços e como aproveitar esses momentos para melhorar a sua performance.
1. PLANEJAMENTO: Com antecedência, conheça a área da feira dedicada ao conhecimento, onde ocorrerá o Congresso Abav de Turismo com uma programação intensa de palestras, painéis e mesas redondas. É importante buscar o máximo de informações sobre as palestras e os palestrantes e, então, programar a sua participação naquelas de interesse. Esse ano, a Abav Expo manterá as apresentações na Vila do Saber dividi-
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das em quatro eixos: Gestão, Inovação, Segmentação e Tecnologia. O espaço terá, ainda, duas novas áreas exclusivas destinadas às mesas redondas e assuntos ligados a produtos e destinos. A feira também contará com um espaço de capacitação na Ilha Abracorp, com uma programação de palestras dedicadas à gestão de viagens corporativas.
2. CONCENTRAÇÃO: Procure desconectar-se de e-mails, ligações e redes sociais por alguns minutos, enquanto estiver assistindo a alguma palestra. Esse é um momento que você pode reservar para conhecer novas tendências e práticas do mercado e desenvolver suas capacidades. Dessa forma, você não perderá conteúdos importantes e não distrairá as pessoas ao seu redor. Segundo uma especialista em neurociência ouvida pelo Wall Street Journal, demoramos cerca
de 23 minutos para voltar à nossa tarefa original cada vez que a interrompemos.
3. ANOTAÇÕES: Não se preocupe em anotar todas as palavras dos palestrantes. É importante que você anote apenas os pontos mais importantes de cada apresentação, especialmente os conteúdos que serão aplicáveis ao seu negócio. Normalmente, o notebook ou o tablet facilitam as pessoas a escreverem mais rápido, portanto, se esse é o seu caso, não esqueça de levar seu equipamento. A organização das anotações também é muito importante, ou seja, tente manter as informações organizadas.
4. NETWORKING: Aproveite essas apresentações para fazer networking com as pessoas que, possivelmente, tenham interesses semelhantes aos seus ou com represen-
tantes de empresas do mesmo ramo de negócios que o seu. Tente também trocar cartões ou informações do QR code (credencial) com as pessoas que estão sentadas ao seu redor. Importante: nesses momentos não se prenda tanto a fechar negócios, mas sim em trocar experiências e conhecer práticas de outras empresas. Priorize o conhecimento!
5.
COMPARTILHE (CONHECIMENTO SÓ SE TORNA INFORMAÇÃO QUANDO COMPARTILHADO): Tente colocar em prática tudo o que aprendeu nesses espaços e encontros no seu dia a dia profissional. Procure aplicar as estratégias aprendidas, pense em cases de sucesso que você conheceu e como eles podem te ajudar a ter boas ideias e, por fim, não deixe de distribuir as informações e conhecimentos com seus colegas de trabalho e pessoas que compartilham dos mesmos interesses!p
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22 Viage n s co rp o rat iva s
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>> Karina Cedeño
Novas
vertentes
A sócia proprietária da Verte, Sandra Rossi
ENQUANTO ACONTECEM TRANSFORMAÇÕES E MUDANÇAS BASTANTE PERCEPTÍVEIS NO MERCADO DE TURISMO, HÁ uma revolução mais silenciosa, porém não menos intensa, que ocorre no interior das empresas. E foi por esse processo que a Traveland passou ao descobrir que não queria mais ser uma agência de viagens corporativas e de incentivo.
"Há aproximadamente um ano e meio começamos a perceber que Traveland já não era um nome que nos representava, e que a agência de viagens já não era o nosso negócio. Desde então demos início a um processo para rever a marca e encontrar nossa essência", relata a sócia proprietária da empresa, Sandra Rossi. O processo de autoconhecimento fez com que a Traveland ressurgisse com
nova identidade: ela agora passa a se chamar Verte, e deixa de ser uma TMC para se tornar parceira de negócios e projetos dos clientes corporativos. Sendo assim, todas as contas corporativas que eram da Traveland foram transferidas para a Copastur. “As contas (na maioria relacionadas ao mercado financeiro) serão atendidas pelo setor Corporate Prime da Copastur, que foi criado recen-
Sidney Alonso (Avant Garde) e Silvia Aki (Verte)
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temente com o objetivo de atender clientes upscale que possuem necessidades mais amplas de serviço”, conta o diretor executivo da Copastur, Edmar Mendoza. Para Sandra, as contas estão em boas mãos. “A Copastur já tem a expertise e as tecnologias necessárias para atender esses clientes, e trabalharemos junto a eles por meio de uma joint venture. Há uma diretora da Verte, por exemplo, que atua junto à Copastur para garantir o serviço Prime que a Traveland oferecia a esses clientes” conta a sócia proprietária da Verte. Ao deixar de ser uma TMC, a empresa poderá focar em sua verdadeira essência: ampliar a consciência por meio de experiências. “A viagem deixa de ser o centro do nosso negócio para se tornar apenas um meio pelo qual geramos resultados aos clientes”, afirma Sandra. “Nos tornamos parceiros deles e procuramos nos envolver com suas realidades, dificuldades e necessidades para assim conseguir cocriar oportunidades de negócios. Continuamos atendendo os clientes corporativos, mas por meio de projetos e novas estratégias de comunicação”, conta a executiva, revelando que o perfil da equipe da empresa mudou bastante e hoje 50% dela é composta por profissionais da área de comunicação.
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Equipe Verte reunida ao final do evento
ALÉM DA EXPERIÊNCIA Um dos propósitos da nova identidade da Verte é oferecer aos clientes muito mais do que uma experiência, afinal, hoje as necessidades do mercado demandam mais do que a oferta de viagens personalizadas e pedem produtos que somem mais conhecimento e provoquem mudanças tanto nas equipes como nas próprias empresas. O nome Verte, inclusive, sugere uma gama de significados, entre eles o de novas vertentes. A palavra também está relacionada ao ato de fazer correr, impulsionar, libertar e provocar uma transformação. “Muitas empresas fazem viagens, mas poucas procuram fazer uma conexão com o cliente e entender suas necessidades, para poder trazer estratégias e resultados mais efetivos”, complementa a sócia proprietária da Verte. Para agregar inteligência e conteúdo à realidade de cada cliente, a empresa investe em capacitação, conhecimento, relacionamento, comunicação, inovação e incentivo, sendo cada uma das soluções desenvolvida de forma colaborativa. A meta é transformar conhecimento em valores tangíveis, incentivando os clientes no desenvolvimento de novos produtos, serviços, processos e modelos de negócio. “Mapeamos o contexto em que a empresa está inserida, considerando concorrentes, movimentos futuros e cases inspiradores. Somos uma parceira de negócios que atua junto à estratégia do cliente”, explica Sandra. Ela também observa que, durante a implementação das ideias, a equipe da Verte ajuda os clientes a desenvolver um novo modelo de comunicação com os públicos interno e externo. “Sempre que possível, fomentamos o compartilhamento do aprendizado de cada projeto para que as pessoas sejam impactadas por suas descobertas e conhecimentos”, enfatiza ela. Para promover a nova identidade, a Verte realizou, em 26 de julho, um evento na Casa Itaim, em São Paulo, com 140 participantes, entre funcionários e parceiros. E Sandra já adianta que junto com a nova marca serão divulgadas outras novidades ainda neste ano. “As necessidades do cliente estão mudando, e os eventos estão ganhando mais propósito. Nossa meta é atender essas novas demandas”, conclui a sócia proprietária da Verte. p
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Carolina Majado, Aline Rubbo, Fabio Nunes e Bruna Striuli (todos da Marriott)
Fernando Lermi (Rextur Advance), Melissa Maeda (Verte) e Marcelo Sacchitiello (Rextur Advance)
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24 Hotelaria
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>> Karina Cedeño
De volta a Curitiba CURITIBA JÁ PODE SE PREPARAR PARA O RETORNO DA REDE BLUE TREE HOTELS, QUE A PARTIR DE 1º DE AGOSTO RETOMA AS operações do Towers Saint Michel, hotel que deixou de administrar há dois anos. A capital paranaense é a peça que faltava para completar a atuação de rede no Sul do Brasil, unindo forças aos empreendimentos localizados em Porto Alegre, Caxias do Sul (RS), Londrina (PR), Florianópolis e Joinville (SC). Porém, essa não é a única novidade relacionada ao hotel. O retorno das operações será feito em um formato diferente. "Os investidores nos procuraram para retomarmos a administração do hotel, mas preferimos apostar em um modelo de franquia, já que alguns ex-funcionários (gerente e equipe do comitê executivo) que estão em Curitiba nos mostraram interesse de fazer uma parceria, com a qual concordamos. Eles entraram com uma parte e nós com outra”, conta a presidente da Blue Tree, Chieko Aoki. Segundo ela, o acordo será bastante vantajoso por diversos motivos. “Um deles é o fato de os antigos funcionários (que voltarão a trabalhar no hotel) já conhecerem profundamente o mercado da região, sem contar que também
estamos incentivando o empreendedorismo”, completa a empresária, salientando que a parceria será boa para os investidores e que a equipe de Vendas do hotel está otimista em relação ao mercado curitibano. Localizado na rua Lamenha Lins, 71, o empreendimento conta com 107 apartamentos, que trazem como diferencial o tamanho: cada um deles possui 52 metros quadrados. Além do início das operações do Blue Tree Towers Saint Michel, a rede também está investindo na reforma dos hotéis localizados em Verbo Divino, Morumbi, Paulista e Faria Lima (todos em São Paulo).
A presidente da Blue Tree, Chieko Aoki
AUMENTO DA OCUPAÇÃO Segundo Chieko, a ocupação média da rede aumentou 13% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a diária média baixou 3%. A receita de hospedagem corporativa também cresceu, mostrando alta de 10% neste período. Com 24 hotéis e um total de 4.215 apartamentos, a Blue Tree completa 20 anos em 2017 e promoverá uma série de ações para celebrar a data, as quais serão realizadas em diversas unidades da rede no Brasil.p
Apartamento Standard
Fachada do Blue Tree Towers Saint Michel Curitiba
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25 Eventos
>> Artur Luiz Andrade
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Feira da
indústria O PRESIDENTE DA FLYTOUR VIAGENS, MICHAEL BARKOCZY, É UM DOS VISIONÁRIOS DO TURISMO BRASILEIRO. DAQUELES QUE ÀS VEZES CHAMAMOS DE "maluco" por apostar em projetos que ninguém mais apostaria. Uma feira para o público final, incluindo vendas por meio de agentes de viagens selecionados e repleta de atrações para a família, e ainda com descontos para compra no local? “Tá maluco, Michael?” Essa era a pergunta em 2015, mas, depois do êxito do Hiper Feirão Flytour, em Santos (SP), repetido em 2016, a pergunta em 2017 é: “como posso participar?”. A Flytour Viagens, então uma operadora de médio porte, integrante do mega Grupo Flytour, apostou alto e hoje colhe frutos, com a realização de dois Hiper Feirões: mais uma vez em Santos, de 22 a 24 de setembro, e pela primeira vez em Campinas (SP), “a pedidos”, segundo Barkoczy, de 6 a 8 de outubro. A expectativa é receber 30 mil potenciais viajantes em Santos, no Mendes Convention Center, e outros 50 mil em Campinas, no Expo Dom Pedro. Visitantes que serão bombardeados (carinhosamente) com promoções para o Brasil e o mundo, e terão de efetuar a compra das viagens dentro dos eventos, por meio de 450 agentes de viagens, que fazem parte do ranking de maiores vendedores Flytour Viagens em 2016. A família chega, recebe a revista produzida pela PANROTAS para o Hiper Feirão de Viagens Flytour, circula pelos estandes, experimenta os food trucks disponíveis, conversa com os expositores, tira fotos com personagens da Universal, se diverte, pesquisa, é seduzida pelas ofer-
A N OT E
HIPER FEIRÃO DE VIAGENS FLYTOUR 2017
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Fernando Ciavolella e Michael Barkoczy, na sede da PANROTAS, parceira do Hiper Feirão Flytour, com Guilherme e José Guillermo Alcorta. A PANROTAS produzirá as duas revistas oficiais do Hiper Feirão de Campinas e Santos
tas exclusivas e então retira sua senha para ser atendido por um dos agentes de viagens selecionados. Os estandes maiores terão direito a ter vendedores também, mas eles também são agentes indicados pela Flytour Viagens. E para que esses agentes sejam eficientes, ágeis e tenham o melhor conteúdo para oferecer aos visitantes, a operadora irá treiná-los, em parceria com os fornecedores, nos dias 1º, 2 e 3 de agosto, em Santos, e 8, 9 e 10 do mesmo mês, em Campinas. “É o evento que reúne toda a indústria, incluindo o público final, e mostra a força e o papel de cada um: o for-
necedor, incluindo companhias aéreas, hotéis, resorts, parques temáticos, navios, entre outros; os destinos, grandes fomentadores e garantidores de infraestrutura; os agentes de viagens, canal de vendas de qualidade e com consultoria; e o operador, a Flytour Viagens, que reúne tudo isso, une as pontas e tem a garantia de um grupo sólido e com décadas de atuação na indústria”, explica Michael Barkoczy, que vende pessoalmente para destinos e grandes empresas os estandes e ações possíveis para os cerca de 80 mil visitantes. A ideia é abrir cada vez mais para empresas
fora do setor, como Santander, parceiro desde o início, mostrando a força da própria indústria de Viagens e Turismo, que movimenta não apenas os setores ligados diretamente à viagem, mas dezenas de outros. A aposta em Campinas é alta e está trazendo resultados, pois 90% dos espaços já estão vendidos, e a maioria dos expositores estará nas duas cidades. “Em Campinas faríamos apenas em 2018, mas foram muitos os pedidos e a região é uma das maiores do País. Vai ser muito bom levar nossas ofertas e toda a cadeia de Turismo a Campinas e região”, afaga Barkoczy. p
SANTOS: 22 a 24 de setembro, no
Sauípe; a presença do minion Mel e do personagem Gru, levados pela Universal Orlando; grandes áreas internacionais e domésticas; companhias aéreas nacionais e internacionais; atrações da Costa Cruzeiros; e um estande exclusivo para a venda de ingressos para parques temáticos, eventos esportivos e shows ALIMENTAÇÃO: 12 food trucks temáticos, espalhados pelo evento VENDA: via 450 agentes de viagens, do ranking de Top Sellers 2016 da
Flytour Viagens DESCONTOS: os fornecedores e parceiros da Flytour Viagens (mais de 250 marcas) prometem até 50% de desconto, para compra no evento, além de financiamento Santander REVISTA OFICIAL DO EVENTO: produzida pela PANROTAS e distribuída aos participantes na entrada NOTÍCIAS DO HIPER FEIRÃO: www. panrotas.com.br/hotsites/hiper-feirao-flytour SITE: www.hiperfeiraoflytour.com.br
Mendes Convention Center CAMPINAS: 6 a 8 de outubro, no Expo Dom Pedro HORÁRIOS: Sextas, de 12h às 22h, sábados, das 11h às 22h, domingos, de 11h às 20h ENTRADA: Gratuita (quem levar um quilo de alimento, que será doado para instituições locais, ganha um copo dos Minions, oferecido pela Universal Orlando) ATRAÇÕES: Espaço Kids da Costa do
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AVISTAR BALEIAS
Todos os anos, cerca de 20 mil baleias cinzentas fazem uma jornada entre o Alaska e o México. Mendocino, Newport Beach, Dana Point e Channel Islands são os melhores locais para ver as baleias. Não esqueça o binóculo.
Com paisagens naturais de tirar o fôlego, a Califórnia tem diversas opções para quem ama a vida ao ar livre. Confira alguns destaques
Parques
Praias
Santa Monica Cidade litorânea, parece um destino de final de semana apesar de estar a apenas 24 quilômetros a oeste do centro de Los Angeles.
Yosemite Com cachoeiras e maciços de granito, atrai 4 milhões de visitantes todos os anos e possui uma beleza natural inesquecível.
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Sequoias e Kings Canyon Famosos por suas sequoias, cânions e rios. Aqui está localizado o Mount Whitney, o ponto mais alto dos EUA, e o Kings River Canyon, um dos mais profundos da América do Norte.
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Venice Venice Beach tem artistas de rua e vendedores que criam uma cena inesquecível de personagens locais. Destaque para a pista de skate à beira-mar e para a roda de tambores que acontece diariamente na praia.
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Malibu Malibu atrai estrelas de Hollywood, atletas famosos e surfistas. Com ondas perfeitas, a Surfrider Beach foi nomeada como a primeira Reserva Mundial de Surfe.
Death Valley Lugar mais quente e seco dos EUA, com temperaturas que chegam aos 49°C no verão, o Death Valley tem dunas de areia, terrenos de sal abaixo do nível do mar e cânions de areia colorida.
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San Diego As arrebentações Bird Rock, Oceanside Pier e a lendária Windansea atraem surfistas de todas as partes do globo. 4
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Neve Heavenly Uma das maiores estações de esqui do mundo, tanto com pistas amplas e planas quanto com vias expressas. Conta também com tirolesas na montanha, tobogãs e passeios de bondinho. 1
Lagos
Lake Tahoe Tem vistas incríveis e opções para todas as idades, no inverno e no verão. A região abriga alguns dos melhores resorts nas montanhas dos EUA. 1
Mammoth Lakes Destino para quem gosta de atividades ao ar livre. As opções são: trilhas por Mammoth Mountain e pesca, além de caminhadas, mountain bike e esqui. 2
Road Highway 1 Highway 1 é uma das experiências que está na lista de qualquer viajante. Cercada por montanhas e mar, sequoias e neblina, vistas de tirar o fôlego e enseadas. Entre as atrações imperdíveis estão Carmel, Big Sur, Cambria, Morro Bay e muito mais!
Para saber tudo sobre turismo na Califórnia, acesse visitcalifornia.com.br e star.visitcalifornia.com
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Northstar A pista de patinação no gelo na bonita Village at Northstar é ótima para famílias. 2
Mammoth Lakes No inverno, o exclusivo pico da cidade de montanha, Mammoth Mountain, recebe em média mais de 9 metros de neve. 3
Big Bear Lake A cidade de Big Bear Lake tem um clima alpino amigável, com muitos lugares para um relaxamento après-ski. Está a apenas duas horas de carro de Los Angeles. 4
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Receptivos
Como um
p or t e nh o Immersion Tours garante que a experiência de tango é diferente dos shows turísticos
A PRATELEIRA DO RECEPTIVO ARGENTINO IMMERSION TOURS CONTA AGORA COM NOVOS PRODUTOS DE EXPERIÊNCIAS POR meio dos quais o visitante pode viver Buenos Aires como um local. O novo modelo é indicado a qualquer tipo de passageiro que busque viver as peculiaridades portenhas, indo além dos pontos turísticos. "Estamos focados na oferta de passeios e experiências em Buenos Aires em que o cliente viva como local. Nossas duas principais atividades hoje são como city tours tradicionais, porém sem prioridade a dados históricos, e sim à idiossincrasia de nossos gostos e paixões cotidianas. A ideia é que os turistas conheçam os moradores de Buenos Aires e vivam um pouco como eles, sintam o que eles sentem. O novo produto segue a tendência do turista atual, que busca ser mais protagonista do que espectador, algo que não acontecia 20, 30 anos atrás", justifica a sócia-gerente da
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Immersion Tours, Laura Grandi. Desta maneira, a manhã desperta com um café da manhã com mate e o início do percurso é pela zona de Corrientes e o Obelisco, onde são recomendados pontos de interesse dos portenhos. Há tanto a versão com carro próprio da operadora quanto uma com metrô e ônibus urbanos. "Temos ainda a experiência noturna, chamada Experiência Tango Autêntico, para que o visitante viva a legítima noite de tango argentina, que é muito distinta do que se vê nos shows turísticos. Levamos o cliente a uma milonga, há orquestra ao vivo, os portenhos caem na dança... Damos aos clientes as condutas necessárias para que não se sintam deslocados e, por que não, para que terminem a noite se arriscando em alguns passos. A ideia é que vejam como o portenho se desenvolve em sua cidade em diferentes panoramas", completa Laura. Por falar em tango, a Immersion ainda oferece aulas com professo-
res locais nos salões de Palermo ou no Microcentro, dependendo de onde o passageiro esteja hospedado. Além disso, o receptivo lançou um produto de corrida de rua cujo circuito passa pela Recoleta e pelos Bosques de Palermo. "Os objetivos são que vivam a atividade como um local. O circuito escapa, portanto, das avenidas principais, de maneira que o turista faça suas fotos e se aprofunde ainda mais na cena urbana de Buenos Aires. Há
muita gente que hoje visita um país para conhecer o que há além de turístico, mas poucas agências que se dediquem a isso como fazemos", conclui Laura Grandi. A empresa promete uma plataforma on-line em breve para operadores, ao mesmo tempo em que criará propostas para ir além de Buenos Aires, onde cheguem às comunidades locais. Acesse www.immersion.tours/es. p
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O GESTOR
EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS Edição 16 – 8 de agosto de 2017
w w w. a l a g e v. o r g
Parte integrante do Jornal PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
Sistemas personalizados,
clientes mais satisfeitos
A TECNOLOGIA ESTÁ EM PAUTA EM TODOS OS SETORES ATUALMENTE. NO MERCADO DE VIAGENS E EVENTOS CORPORATIVOS É IMPRESCINDÍVEL O USO DE FERRAMENTAS E SISTEMAS QUE AJUDEM A ORGANIZAR E CONTROLAR OS DESLOCAMENTOS E CONGRESSOS, FEIRAS, CONVENÇÕES E ENCONTROS. No nosso mercado, os sistemas em geral são bem avançados. É possível ver questões de segurança, localizações globais em casos de crises, parametrização das necessidades (como política de viagens da empresa e savings) e acesso a relatórios. Em deslocamentos a trabalho, existe uma boa base de informações, mas um grande desafio ainda é a falta de consolidação de dados globais, segundo o responsável por eventos e trade marketing da BRF, Vitor Ditommaso. “Na nossa empresa, olhamos do Brasil para o mundo. Não há agência hoje que consiga dar um atendimento global. Nós acabamos solucionando as necessidades dos mercados locais e buscamos consolidação como padronização de reports. Temos muita coisa fora do sistema mundial, como companhias aéreas que não estão dentro de GDS e nossos hotéis, que 90% não são de grandes redes ”, diz. Outro obstáculo que o executivo enxerga é a falta de automatização. Sistemas como Egencia, Radius Travel, Amex e BCD, apesar de serem muito efetivos, necessitam sempre de intervenção humana. “Um exemplo é a emissão de passagem aérea que pode ser feita em qualquer lugar do mundo por uma OBT. Já o fluxo dos dados de um relatório não segue dessa forma, eles precisam sempre passar por um processo que inclui pessoas, o que pode atrasá-lo um
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pouco.” Nesse sentido, o ideal seria administrar a carteira de viagens sem ter a preocupação constante de que algo de errado aconteça, por causa da presença de atividade de pessoas. A inteligência artificial vem ganhando espaço em diversos aspectos. É uma tendência, mas Ditommaso ainda não vê como uma opção aplicável para o mundo corporativo. Para ele, é um ótimo produto para o particular, mas ainda precisa amadurecer para ser utilizado nas viagens a negócios. Também existem muitas ferramentas para os eventos, mas ainda não há nenhuma sob medida para a demanda brasileira. “O momento é dos gestores de eventos de compreender e entender suas necessidades, conhecendo os sistemas existentes
no mercado. Quem a escolhe espera por uma possibilidade de personalização muito profunda, mas isso ainda não acontece 100%. É um gap que vejo no mercado” afirma o diretor de Mice da Tour House, Mateus Passos. Passos dá o exemplo das OBT, que estão há pelo menos 15 anos no setor e já conhecem bem as características das viagens corporativas. Já os sistemas de tecnologia para a área de eventos, como Cvent, Starsite e Integra, por exemplo, ainda não conseguiram captar completamente. “O que vejo é que não existe ainda um alinhamento da expectativa em relação ao que a empresa precisa para, então, ter uma ferramenta que consiga atender 95% da demanda e o cliente ser resiliente a isso. O mercado está passando por
uma construção do entendimento da necessidade”, explica o diretor de Mice. Nas viagens a trabalho, o gestor precisa de um sistema que seja um funil, que tenha todos os provedores possíveis em seu OBT e que ofereça a melhor tarifa corporativa disponível. “Vejo que canais de distribuição hoje buscam individualmente atuar nos clientes para que sejam o provedor oficial. Eu, como empresa, busco sempre o best deal para a companhia”, conta o profissional da BRF. Vendo a necessidade de se trabalhar cada vez mais por meio de sistemas, a Tour House criou uma metodologia na qual não importa por onde o cliente solicite o evento (seja por e-mail, telefone ou até mesmo planilha de Excel), todas as informações são absorvidas e os
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O GESTOR
EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS
dados do processo que está sendo resolvido são guardados dentro da ferramenta. “Colocamos a planilha que o cliente nos envia dentro da plataforma e ela vai seguindo o fluxo de aprovação a partir dela. Se o aprovador quiser ter mais detalhes do evento, ele pode fazer o download do documento. É muito importante que quem solicita a organização quebre um paradigma dentro da empresa para que a ferramenta seja utilizada desde o começo do briefing. Com isso, o processo de contratação do evento fica mais fácil”, informa Passos. Para o diretor de Mice da Tour House, quanto mais as pessoas usarem as ferramentas, melhores elas poderão ficar. As OBT ficaram cada vez mais sofisticadas, pois o mercado passou a realmente utilizá-las. “A partir do momento que todos centralizarem a gestão na plataforma de controle, ela começará a se aprimorar e desenvolverá soluções sob medida para o cliente. Assim que começarmos a efetivamente usá-las, poderemos, juntos, adaptá-las e investir nelas cada vez mais”, finaliza.
O diretor de Mice da Tour House, Mateus Passos
Vitor Ditommaso, responsável por Eventos e Trade Marketing da BRF
ERRATA Ao contrário do informado na última edição de O Gestor, a Maringá Turismo utiliza o VCN há seis meses, e não há seis anos.
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Confiança em expansão
A consolidadora Confiança abriu escritório em Florianópolis e anunciou bases home office em João Pessoa, Maceió e Aracaju. A capital catarinense, segundo o presidente do Grupo Confiança, Helvécio Garófalo ( foto), se mostra atrativa no internacional para a venda de lazer, além de demanda considerável de pequenas e médias empresas no corporativo. O escritório é liderado pelo gerente de Filial Sandro Luiz da Silva, enquanto o novo executivo no Nordeste é Ayslan Melo. Outra novidade é representação home office em Chapecó (SC), a cargo de Jean Pierre. Londrina (PR) provavelmente será a próxima cidade a ganhar a bandeira do Grupo Confiança, o que seria a 25ª praça da empresa no País.
Recife-Munique
A Condor, companhia aérea alemã que voa para Fortaleza e Recife a partir de Frankfurt, anuncia um segundo voo para a capital pernambucana com saída de Munique, também na Alemanha. O novo serviço será iniciado em 7 de novembro e será semanal, com saída da cidade da Baviera às segundas e chegada no destino brasileiro às terças-feiras, e operado com um Boeing 767-300. Com a novidade, Recife atinge um recorde estadual de 11 voos internacionais regulares.
Brasil-Marrocos
São Paulo-Casablanca pela Royal Air Maroc terá frequência diária. Hoje a companhia realiza quatro voos semanais sem escalas entre os destinos, além de uma quinta com parada no Rio de Janeiro. A informação do voo diário foi revelada pelo embaixador do Reino de Marrocos, Nabil Adghoghi, durante seminário em Brasília.
Saindo do forno
Nova montanha-russa
Mais uma atração reforçará a área temática de Harry Potter no Universal’s Islands of Adventure, no Universal Orlando Resort. A partir de 2019, uma nova montanharussa será construída no The Wizarding World of Harry Potter – Hogsmeade. Ainda sem nome definido, a atração substituirá a Dragon Challenge, que funcionará até o dia 4 de setembro deste ano. A Universal promete um brinquedo que leve os visitantes a se aprofundar no mundo de feitiçaria criado por J.K. Rowling, encontrando seus personagens preferidos durante a aventura.
O material de produtos internacionais da CVC com saídas até 2019 está pronto para ser entregue ao mercado, o que deve acontecer em setembro. Os folhetos, brochuras e catálogos devem chamar atenção dos agentes de viagens pela forte presença de Ásia, especialmente Japão, China e Egito. “A CVC é especialista em férias e apostamos nos destinos populares. Não vamos cair em tentação e apostar em destinos para poucos”, explica o VP de Vendas, Marketing e Produtos da companhia, Valter Patriani, ainda revelando uma provável novidade nas prateleiras para as próximas temporadas. “Se tivesse um voo direto de São Paulo para Tel Aviv, em Israel, a CVC garantiria a ocupação. Venderia que nem água.”
Ponto a ponto • O Atendimento da E-HTL ganha o reforço do exDecolar.com Leonardo Arruda em São Paulo. •
Contratação de luxo
O Luxo da Accor Hotels ganha um novo líder na América do Sul. Guilherme Cesari é o novo head de Desenvolvimento de Novos Negócios de Luxo para a hoteleira no continente. Seu principal desafio é desenvolver as marcas de alto padrão da rede francesa, alinhado com a nova estratégia global da empresa para fortalecer a atuação neste segmento. O reforço se reporta diretamente ao SVP de Desenvolvimento para o continente, Abel Castro. Cesari já foi vice-presidente de Desenvolvimento da Marriott International e, antes disso, sócio da HVS International.
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Hugo Burge deixa a diretoria executiva da Momondo após a venda de sua empresa por US$ 550 milhões ao Priceline, grupo detentor do concorrente Kayak
Felipe Gonzalez é reeleito presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Foz do Iguaçu (PR) • A operadora carioca New Tour contrata o ex-RCA e MMTGapnet Ronaldo Amaral como novo vendedor no Rio.
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corporativo
www.pancorp.com.br
Fernão Loureiro na GBTA
Alteração em cancelamentos
Fernão Loureiro assumiu a presidência da GBTA Brasil na semana passada. O travel manager da Philips já entrou com alguns projetos traçados para a associação em seu mandato que se estenderá pelo próximo biênio. Entre suas metas, alavancar o protagonismo da entidade de viagens corporativas no Brasil. “Quero fazer da GBTA uma referência em gestão de viagens e eventos corporativos e, para isso, pretendo estar em contato com as camadas operacionais do setor, como recepcionistas de hotéis, consultores de viagens das TMCs, atendentes dos aeroportos e locadoras de veículos, pois acho que são essas pessoas que fazem o mercado girar”, afirma Loureiro. A GBTA Brasil agora conta um board composto por oito gestores de viagens, que irão ajudar o novo presidente a direcionar a associação e alcançar os outros setores do mercado.
Depois de Marriott e Hilton, agora foi a vez da Intercontinental (IHG) mudar sua política de cancelamentos. A rede de hóteis, que é proprietária do Holiday Inn, Crowne Plaza, Kimpton Hotels e Intercontinental Hotels, anunciou que a maioria de seus hotéis exigirá cancelamento com pelo menos 24 horas de antecedência, sob pena de pagar uma taxa de cancelamento. A mudança será aplicada região por região, começando pela Europa em 28 de julho e, nas Américas, em 4 de agosto. Propriedades da rede na África, no Oriente Médio e na Ásia terão alterado os termos até o final de setembro. Os hotéis chineses da rede serão os únicos a não participar da nova política.
Mais próximas
A Delta Air Lines se aproxima ainda mais da Air France-KLM com um investimento de 375 milhões de euros por 10% de participação na parceira que já tem joint venture em diversos mercados com a americana. O acordo também inclui o direito de um assento no Conselho de Diretores do grupo europeu. Além disso, Delta, Air France-KLM e Virgin Atlantic anunciaram uma joint venture de longo prazo sustentada por um investimento de 31% da Air France-KLM na Virgin Atlantic. A proposta é oferecer uma rede mais abrangente de rotas transatlânticas. Expandida, a joint venture, que ainda inclui a Alitalia, agora fora do acordo com a Etihad, oferecerá quase 300 voos transatlânticos diretos.
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