Jornal PANROTAS 1.281

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.281

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Sócios brasileiros são processados por supostas irregularidades TMC focará em diversificação de negócios e produtividade Presidente Eduardo Kina (foto) nega que sócios japoneses querem vender a empresa

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www.pancorp.com.br

Aérea portuguesa realiza voo retrô Companhia amplia benefícios do programa Stopover Centro de Portugal celebra escolha dos brasileiros

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Check-IN

Viagem com propósito

Principais objetivos para o investimento em Intercâmbio

O setor de intercâmbio movimentou US$ 2,2 bilhões no Brasil no difícil 2016, e o gasto médio do brasileiro subiu 82% no mesmo ano ante 2015. Fato é que as empresas de viagens educativas devem se aproveitar cada vez mais da consciência do brasileiro sobre a necessidade de se profissionalizar e ganhar competitividade no mercado de trabalho. Uma experiência no Exterior é item indispensável para grande parte dos cargos executivos no País.

Canadá

2º 3º

Estados unidos

Reino unido

Nova Zelândia

Malta

áfrica do sul

Espanha

10º

França

11º

alemanha

12º

itália

13º

Argentina

14º

chile

15º

México

2 Diferenciar o currículo

7 Curso profissional,

certificado ou diploma

8 Conhecer novas culturas

internacional com foco na carreira

6 Emissão de passagens aéreas

3 Promover vivência

País

1 Aprender outro idioma no mercado de trabalho

colocação 2016

austrália Irlanda

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4 Seguro saúde para viagem 5 Ensino Médio (high school)

9 Vivenciar experiências interculturais

10 Amadurecer emocionalmente

Principais produtos vendidos 6 Emissão de passagens aéreas 7 Curso profissional,

1 Curso de Idioma 2

Curso de Idioma com trabalho temporário

certificado ou diploma

3

Curso de férias (verão/inverno) para jovens (teen)

8 Assessoria para vistos

4 Seguro saúde para viagem 5 Ensino Médio (high school)

9 Operações de câmbio 10 graduação Fonte: Belta

LEIA NESTA EDIÇÃO Página 11 Experiência Braztoa reúne mais de 500 profissionais em Curitiba

Páginas 20 e 21 Agora no Grupo CVC, Experimento acelera busca por franqueados

Páginas 22 e 23 Novas lideranças em Delta, WTTC e Atlantica e mais no Surface

Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Sem atrito não há profissionalização Há sete anos e meio, em fevereiro de 2010, o Jornal PANROTAS trazia uma reportagem sobre a polêmica e arrojada Alatur, de Francisco Carpinelli, Ricardo Ferreira e Marcos Balsamão. Uma empresa agressiva comercialmente, que incomodava concorrentes ainda acostumados a reserva de mercado (sim, em pleno século 21). A empresa era acusada de oferecer fees muitos baixos e na época chegou a ser questionada dentro do Favecc (hoje Abracorp). Isso em um segmento dos mais competitivos, que já viu quebradeiras e inovação, compras e aquisições, falências e empresas que perderam o rumo. “Nem anjos, nem demônios” era o título da reportagem de capa do Jornal PANROTAS. A edição até hoje é citada na linha do tempo da própria Alatur por ter reconhecido que a empresa havia chegado entre os grandes e que o mercado estava mudando de forma irreversível. A Alatur mudou ao longo dos anos, mas nunca deixou de estar na linha de frente (e na liderança) de seu segmento. Inovou em eventos, comprou

empresas menores, absorveu a carteira da BTI, trouxe grandes marcas para seu portfólio, criou joint ventures e em 2013 vendeu pouco mais de 47% da empresa para a centenária gigante japonesa JTB. Sim, os tempos mudaram e a palavra profissionalização passou a fazer parte do discurso dos sócios, ao lado de outras como produtividade, eficiência, tecnologia... Hoje com 70% das ações da empresa, a JTB quer um ambiente ainda mais profissional e está exigindo isso na justiça. Quer reparação contra uma concorrência que segundo ela não deveria existir e entrou em atrito declarado com seus sócios brasileiros, incluindo o fundador. A moral da história é que a profissionalização não se dará, em nenhuma empresa ou setor, sem arestas a serem aparadas, sem brigas e debates acalorados, sem divergências de opiniões, sem quem queira usar a força no lugar do jeitinho, sem alguém bater na mesa e dizer “aqui mando eu”. Outras fusões e aquisições foram

traumáticas ou não deram certo (caso da Trend com a Rextur e a Advance, no passado, para ficarmos em um exemplo próximo), muitas deram muito certo (por sorte, desapego e inteligência dos envolvidos ou por planejamento), outras ficaram aquém do esperado, algumas nem temos muitas notícias, pois transparência não é o forte de nosso setor — basta lembrar que temos poucas empresas, entre redes hoteleiras, consolidadoras, operadoras e companhias aéreas, com balanços divulgados e públicos. A ação da Alatur JTB contra seus sócios brasileiros é o escândalo do ano para alguns, mas se olharmos friamente é mais um passo rumo a um novo Turismo, mais profissional e transparente. Basta ver que a juíza do caso acatou alguns pedidos da Alatur JTB e recusou outros. Nem anjos, nem demônios 2? Com certeza, e sem sensacionalismo esperamos estar contribuindo para que entendamos melhor nossa indústria e possamos tomar decisões cada vez mais acertadas no futuro.

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UE Q A T DES

DO PORTAL

> PANROTAS

27/07 a 02/08

1 Ex-CVC abrirá agência 24 horas: “revolução no mercado” – em 01/8

2 Alatur JTB entra na justiça contra sócios brasileiros – em 28/7

3 Crise na Alatur JTB em destaque nos bastidores da semana – em 28/7

4 Neeleman pode estar criando nova aérea: Azura Airways – em 01/8

5 Guilherme Paulus, herói ou vilão do Turismo? Veja opinião – em 01/8

MEDIA PARTNER

10 “O inter da Gol são suas parceiras”, avisa Bernardes – em 27/7

11 Tap amplia Stopover e terá A330 com pintura especial – em 31/7

12 EUA apuram o “Caso do Incrível Encolhimento” de assentos– em 01/8

13 Aos 72 anos, Tap faz voo retrô entre Porto e SP; fotos – em 02/8

14 Inadimplência das empresas segue em alta – em 31/7

PARCERIA ESTRATÉGICA

ASSOCIAÇÕES

15 Aerolíneas estuda vender 24 aviões Embraer da Austral– em 31/7

6 CVC, Abreutur e Azul Viagens contratam; veja vagas – em 31/7

7 Com perdas milionárias, Sabre demite 900 funcionários – em 01/8

8 Latam e Qatar iniciam codeshare para 25 cidades no Brasil – em 01/8

9 Sócios brasileiros da Alatur JTB se dizem “serenos” – em 28/7

PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê

Castro (rcastro@panrotas.com.br)

Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta e Pedro Moreno COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Novos Negócios: Francisco Barbeiro Neto FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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04 Aviação

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> Renato Machado (Porto, Portugal)

O tempo voou

A AVIAÇÃO É UMA INDÚSTRIA EM FRANCA E CONSTANTE EVOLUÇÃO. VOAR EM AERONAVES COMERCIAIS NOS DIAS DE HOJE É UMA EXPERIÊNCIA completamente diferente do que já se foi praticado no passado. Glamour e relações mais humanizadas eram características fundamentais que deixam uma parcela do mercado saudosa, não satisfeita com essa aviação cada vez mais funcional, apesar de mais rápida, segura e eficiente. Pensando neste público e na homenagem a toda a sua trajetória, a Tap decidiu comemorar seu 72º aniversário com um presente para seus passageiros: um voo retrô na linha Porto-São Paulo, realizado na última quarta-feira, 2 de agosto. Na ação, o A330-300 fez as vezes dos jatos Caravelle e ganhou pintura dos anos 1970, além de diversos features no serviço de bordo e atendimento, que fizeram os passageiros viajar no tempo, celebrando o aniversário da companhia. As palavras “Transportes Aéreos Portugueses” em grandes e extensas letras vermelhas estampam mais do que a metade do corpo da aeronave, que em sua cauda possui o logo antigo da Tap e a famosa ave que originou o apelido de “passarola” à companhia. Dentro do avião, a visita ao passado se intensifica, principalmente pela presença das comissárias de bordo trajando réplicas exatas dos uni-

formes da época. A criação do costureiro francês Louis Féraud, com vestido e casaco em cores vibrantes, marcou a presença da Tap nos saguões de aeroportos por onde passava, juntamente dos icônicos chapéus. Para o diretor da Tap para América do Sul, Mário Carvalho, “é sabido que os anos 1970, para a aviação como um todo e em particular também para a Tap, foram anos de forte crescimento, uma época de ouro”. Mais que isso, o executivo acredita que “o momento atual da empresa é parecido com o momento vivido na década de 1970”. De lá para cá, Carvalho atesta que “tudo mudou”. “A viagem de avião

hoje é democratizada e está acessível a todos. Na época não era assim, poucos podiam voar. Hoje, os clientes até podem viajar com mais conforto, porque existem tecnologias que não existiam na época. Os bancos não só reclinam, eles deitam. Naquela época podia se fumar a bordo, hoje pode-se ouvir música e assistir a filmes e até telejornais ao vivo.” O A330-300 (sob a matrícula CS-TOV) foi programado para realizar cinco voos retrôs. O primeiro deles saiu de Lisboa para o Canadá, pousando no dia 14 de julho na cidade de Toronto. Além deste voo de São Paulo, a viagem no tempo propor-

cionada pela Tap também ocorrerá nas saídas de Lisboa para Miami (11/8), Rio de Janeiro (6/9) e Luanda (29/9). A pintura retrô será mantida na aeronave por cerca de dois anos, afirma a Tap. Ao fim, o A330-300 deixará de servir a aérea para dar lugar aos novos A330-900 neo, encomendados para renovar completamente a frota de aviões de longo curso.

MÍNIMOS DETALHES Transportar os passageiros no tempo em mais de 40 anos não é tare-

S E M A N A S M O V I M E N TA D A S AS ÚLTIMAS SEMANAS TÊM SIDO MOVIMENTADAS NA TAP E ENVOLVEM NOVAS PARCERIAS ESTRATÉGICAS, PARticipação acionária e até uma contratação de peso para seu quadro de diretores. Na semana passada, a aérea portuguesa anunciou um acordo de codeshare com sua parceira de Star Alliance, Avianca Brasil. Sob o código TP, a Tap já comercializa em seus canais de venda trechos operados pela Avianca Brasil entre 22 cidades brasileiras. Utilização e acúmulo de pontos e milhas tanto de clientes Avianca Brasil como de Tap estão garantidos. De acordo com o jornal português O Público, o grupo HNA, que já é acionário da Azul Linhas

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Aéreas, efetivou sua entrada no capital do consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, ficando com uma participação de 5,6%. Assim, indiretamente os chineses ficaram também com 2,52% do capital da Tap – embora nominalmente a participação continue sendo de 45% do consórcio como um todo. Recém-saído da presidência executiva da Azul, Antonoaldo Neves volta seus esforços agora para a aérea portuguesa. O executivo, que já havia sido anunciado como integrante do Conselho de Administração da Tap, deve assumir também o cargo de chief operating officer (COO), diretor operacional da companhia.

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fa fácil. Para isso, a Tap abusou da criatividade para explorar os anos 1970 nos mínimos detalhes. Desde o check-in, com a equipe de solo nos mesmos trajes retrô dos comissários e ainda placas informativas com logos antigos da aérea. Dentro da aeronave, a ação se aprofundava. O entretenimento a bordo, além das seleções atuais, possuía opções com filmes dos anos 1970 e uma canal musical com hits da época. Aos passageiros, foi dada uma nécessaire inspirada em bolsas para guardar pertences que fazia parte dos mimos da Tap aos viajantes daquele tempo. Para a classe executiva, a peça ainda veio com produtos vintage, como uma colônia de lavanda, creme de mãos Benamôr, pasta de dente Couto e um pijama. Além disso, os passageiros desta classe ganharam uma versão do jogo “O Sabichão”, que marcou o período no mercado português. O catering mantinha o aspecto da ação, com parcerias com a Coca-Cola e a cerveja Sagres, que levaram a bordo rótulos retrôs de seus produtos. Os chocolates Regina (novamente icônicos no mercado de Portugal dos anos 1970) fizeram o mesmo, oferecendo as versões antigas de seus doces.

nomia portuguesa à experiência da Tap, a companhia aérea convidou o premiado chef Rui Paula (que assina o estrelado Casa de Chá, em Matosinhos) para produzir o menu desta ação de aniversário. A bordo do voo, o chef afirmou que “a Tap representa muito bem Portugal. Ainda hoje ela se distingue pelo seu serviço e comida. A viagem retrô surge muito bem, já que comida é um símbolo importante, esta ação é a cereja no topo do bolo”. Aos passageiros da classe econômica, foi servido sela de cordeiro com purê de queijo cabra ou bacalhau à Zé do Pipo. Acompanhados de uma salada de camarões e abacate, tendo como sobremesa um parfait de banana com chocolate. “Buscamos reproduzir os sabores e cheiros de minha região, a Trans-

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montana”, disse Rui Paula, citando suas origens, no norte de Portugal. “A comida é muito importante, a Tap deve e vai apostar muito em comida. Não esquecer que a comida representa o nosso país como ele deve ser. Comida é cultura”, finalizou.

O PASSAGEIRO

Além de pintura, tecnologia e conforto, a relação entre tripulação e passageiros também era outra. O piloto do voo, António Costa Ramalho, conta que, à época, “o comandante era como um relações públicas da companhia”. “Houve a evolução tecnológica, com ela surgiu essa porta blindada e as relações que ela cria mudaram a forma de lidar com o passageiro”, conta. “Essa relação com o cliente, a ima-

gem do comandante, da presença física lá atrás, das conversas com o passageiro, saber o que estava se passando com ele, isso ficou muito cortado, muito diminuído. Houve alturas que essa porta nunca se fechava.” Com 47 anos de Tap, a comissária de bordo Maria de Lourdes comenta como “hoje em dia todo tipo de gente voa de avião”. “As companhias tentam sempre se renovar, mudar serviços, uniformes. Antigamente voávamos menos. Agora, nosso trabalho é muito mais intenso”, opina. Provocada a fazer um “exercício de futurologia”, como ela mesmo descreveu, Maria de Lourdes aposta que “o ser humano pouco vai mudar. Os aviões ficarão mais velozes, mas existirá modelos comerciais, sempre existirá comissárias”. p

GASTRONOMIA

Apesar de uma ação extremamente visual, foi no paladar que a Tap conseguiu elevar a experiência do passageiro no voo retrô. A preocupação com a alimentação do passageiro sempre foi grande, mas na década de 1970, com todo o glamour que envolvia a aviação da época, comer boa comida a bordo era essencial – algo que se perdeu ao longo dos anos. Dando continuidade a um projeto de relacionar a alta gastro-

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06 Destinos

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> Renato Machado (Porto, Portugal)

Pare e conheça

Portugal

UMA DAS GRANDES EVOLUÇÕES NA INDÚSTRIA DA AVIAÇÃO E QUE É DENSAMENTE EXPLORADA PELA TAP HOJE EM dia é o stopover. A possibilidade de conhecer, sem custos adicionais na passagem, destinos dentro de Portugal antes de rumar para sua parada final, levou em seu primeiro ano, segundo a aérea, 70 mil novos turistas ao país. Celebrando o aniversário da ação, a Tap decidiu expandir seu programa Stopover. A partir de setembro, as paradas poderão ter duração de até cinco dias, não mais três, como é praticado atualmente. Mais que isso, a continuação da viagem poderá ser feita em múltiplos destinos – voando para a próxima perna do itinerário desde um aeroporto diferente ao do início do stopover. Além de Lisboa e Porto, o passageiro terá a possibilidade de também usufruir das conexões da ilha da Madeira, Açores e Algarve. A participação no programa era garantida a passageiros com bilhetes de ida e volta. Agora, no entanto, aquele que possuir uma passagem one way (só ida) também poderá usufruir das vantagens envolvidas no programa – notadamente preços exclusivos em

hotéis, experiências gratuitas e visitas a museus. O mercado brasileiro é o grande alvo da ação e o que mais se aproveita de suas vantagens. De acordo com a Tap, 34% de todas as reservas dentro do Stopover vieram de passageiros dos 52 destinos brasileiros ligados à malha da aérea portuguesa (seja por voos próprios, seja por codeshare com a Azul). São Paulo é a cidade que mais leva turistas a Portugal por meio do Stopover (17,9% dos passageiros brasileiros). No entanto, a promoção mostra boa abrangência no cenário nacional, tendo divisão similar com mais outras cinco capitais e o Distrito Federal: Rio de Janeiro (14%), Recife (12,5%), Brasília (10,8%), Fortaleza (10,1%), Salvador (10%) e Belo Horizonte (9,1%). De acordo com a companhia, a Tap transportou no primeiro semestre de 2017, nas rotas do Brasil, 727 mil passageiros. A taxa de ocupação desses voos foi de 85,3%.

O centenário Palace Hotel do Bussaco, que mantém os traços de seu passado real

HÓTEIS

Parada peculiar Além dos principais destinos tradicionais, a região do centro de Portugal possui opções únicas de hospedagem, isoladas ao mesmo tempo que dá acesso facilitado ao restante do país. Confira: Palace Hotel do Bussaco Em meio à Mata do Bussaco e sua di-

versidade botânica foi construído um palácio de caça para o rei D. Carlos. Quando finalizada a obra, o rei havia sido assassinado e, então, a administração do palácio foi cedida ao industrial Alexandre de Almeida, que fundou em 1917 o hotel e a rede hoteleira que leva seu nome. Adaptado para receber hóspedes, o Bussaco manteve nos mínimos detalhes o ar imperial

Palácio de Curia se tornou um destino acessível, apesar de seu passado elitista

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a que visava em sua construção. Dentre as três construções em que há apartamentos (Pedrinhas, Brasões e Palácio), o destaque fica na possibilidade de se hospedar em dois quartos verdadeiramente reais, desenhados para o rei D. Carlos e para a rainha D. Amélia. Com alta gastronomia e produção do próprio (e conceituado) vinho, o Palácio do Bussaco é uma propriedade voltada para casais. www.bussacopalace.pt Curia Palace Hotel, Spa & Golf A cidade de Curia, a cerca de 20 minutos de carro de Aveiro, era no início do século 20 destino certo das famílias abastadas portuguesas, que buscavam a tranquilidade das termas da região. Lá, em 1926, foi construído o Curia Palace, hotel que mantém (externa e internamente) o visual da época – em uma mescla de antigo e novo, dada a completa renovação dos quartos em 2008. São 100 quartos, divididos em cinco categorias (Standard, Clássico, Superior Queen, Superior King e Junior suíte), abastecidos por uma estrutura aquática (piscina olímpica e spa) capaz de entreter de casais a famílias com crianças pequenas. www.curiapalace.pt 

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CEN T R O D E O LH O N O S TO P O V E R As rias fizeram com que Aveiro ganhasse o apelido de Veneza portuguesa

AS NOVIDADES EM RELAÇÃO AO APRIMORADO STOPOVER DA TAP SÃO UM ALENTO PARA CIDADES COM MENOR acesso ao mercado brasileiro. Maior tempo nas paradas e a possibilidade de deslocamento dentro de Portugal podem significar a atração de potenciais turistas a regiões isoladas dos grandes mercados, como o centro de Portugal. Enfrentando um dos verões mais quentes dos últimos anos, a área sofreu nos meses passados com incêndios que mobilizaram milhares de bombeiros e causaram destruição em alguns pontos. Passados os danos mais graves, a situação na região está contro-

lada. A região possui diversos destinos com forte apelo ao mercado brasileiro, mas que são pouco explorados devido a competição, principalmente de Lisboa e Porto – que com o stopover poderão ser justamente o motivo pelo qual esse turista chegará ao centro de Portugal. “Graças à crise portuguesa (de 2008), o país ficou mais acessível e os brasileiros perceberam que Portugal, especialmente na relação custo-qualidade, era interessante. Além do conforto da língua”, comentou a promotora de Turismo para o mercado externo do Centro de Portugal, Silvia Aires. “Apesar de o Brasil falar tanto de crise, nós do cen-

tro de Portugal não sentimos a queda na vinda dos brasileiros. Nós fizemos vários esforços de promoção e os números têm se mantido, alguns locais e hotéis até crescendo”, garante. A região contempla cenários que podem ir desde a fria Serra da Estrela, que no inverno abre pistas de esqui, às democráticas praias de Nazaré e Peniche, que são voltadas tanto para surfistas quanto para famílias. E todas elas, como é de praxe em Portugal, muito bem servidas gastronomicamente. “A 40 minutos do aeroporto de Lisboa, a primeira parada que sugerimos é Óbidos. É uma vila medieval dentro de muralhas, muito pitoresca, onde o

Silvia Aires, do Turismo do Centro de Portugal

turista pode passear, até se hospedar em um castelo”, diz Silvia, que ainda recomenda a pouco explorada Tomar: “uma fofura, um encanto justamente porque não é tão turística, apesar do potencial imenso.” Sobre trajetos entres cidades, a promotora do centro de Portugal comenta que, “para o brasileiro, tudo é muito relativo. A distância para nós é diferente da encarada por eles”. Por exemplo, o ponto de referência do centro de Portugal é Coimbra, mas está apenas a duas horas de viagem de carro de Lisboa. Antes disso, a pouco mais de uma hora da capital está uma “parada incontornável para o brasileiro”, como diz Silvia. Com seu santuário e forte apelo religioso, Fátima é uma das cidades favoritas do mercado nacional. “É ótima opção dormir em Fátima para ver a Procissão das Velas [diária, às 21h30]. É muito bonito, independentemente da sua fé. É comovente”, comenta. Por fim, o último grande destino do centro antes de chegar ao norte, região capitaneada pelo Porto, é a cidade de Aveiro. Navegar nas charmosas rias (canais) que cortam o seu centro a bordo dos moliceiros (dez euros por 45 minutos) é destaque. Assim como também o é comer o tradicional doce de ovos moles ou visitar a rica rota da Art Nouveau da cidade. p

--- O Jornal PANROTAS

viajou a convite da Tap e Centro de Portugal, com proteção GTA.

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Aviação

GOL oferece

cardápio saudável e diversificado

A GOL TEM INVESTIDO EM LANCHES SAUDÁVEIS PARA OS PASSAGEIROS. EM TODOS OS VOOS DOMÉSTICOS, A COMPANHIA AÉREA DISTRIBUI GRATUITAMENTE SNACKS MÃE TERRA, 100% ORGÂNICOS. A bordo, há três opções de lanches, feitos exclusivamente para os clientes da GOL. A linha salgada Tribos, no sabor Tomate e Manjericão, traz ingredientes integrais, multigrãos, linhaça, gergelim, ervas e temperos, com porcentagem reduzida de sódio. Para quem quer um docinho, os Mini Cookies Integrais são a escolha ideal. Leves e nutritivos, eles contêm castanha do Pará, castanha de caju, licuri e baru, vindos de diversos pontos do Brasil. Por fim, o Sabuguito é destinado especialmente para as crianças. Primeira opção infantil orgânica, integral e gratuita oferecida por uma empresa aérea brasileira, o salgadinho é assado,

feito com ingredientes integrais e orgânicos e não tem corantes artificiais. Além de saudável, tem gostinho de milho verde. Fora os lanches gratuitos, os voos nacionais (exceto ponte aérea) possuem ainda um cardápio de venda a bordo com mais de 20 opções, que incluem produtos sem glúten, sem lactose e para veganos. Tudo para satisfazer todos os tipos de paladar.

INTERNACIONAL

Nas viagens internacionais, o serviço de bordo da companhia é diferenciado e também sem custo, com lanches, refeições, sobremesas e bebidas diversificadas, de acordo com o período e duração da viagem. Na Classe GOL Premium, os passageiros contam com alguns itens exclusivos, como vinho e cerveja Heineken.

PONTE AÉREA

Já na ponte aérea, entre Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, as opções gratuitas também são variadas. Pela manhã, os passageiros podem receber salada de frutas, croissants, minisanduíches ou bolo. À tarde e à noite, são servidos wraps, croissants, enroladinhos ou minissanduíches. Água, café, suco ou refrigerante são cortesia. Em todos os voos, há opções para agradar aos mais diversos clientes. “Nas pesquisas que realizamos fica muito claro que alimentação a bordo é um item em constante evolução, principalmente porque hoje as pessoas estão muito mais conscientes e preocupadas com uma alimentação saudável. Nossas opções de alimentação a bordo prezam pela qualidade das opções gratuitas, que são orgânicas e com menos produtos químicos”, explica o diretor de Produtos e Experiência do Cliente na GOL, Paulo Miranda.p

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Eventos

O mundo em CWB ENTRE OS OBJETIVOS DOS EVENTOS EXPERIÊNCIA BRAZTOA ESTÃO O INCENTIVO E a capacitação aos agentes de viagens, e a última edição realizada pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo levou a Curitiba justamente esse ideal. Com a presença da maioria das operadoras associadas, o evento superou a expectativa de participantes, com mais de 500 presentes, em uma imersão de conteúdo e negócios. Os agentes da região Sul tiveram a oportunidade de conhecer as principais novidades de marcas como MMTGapnet, Schultz Operadora, Visual, Flytour Viagens, Sanchat Tour, GTA, e até WTM Latin America, além produtos dos destinos promovidos nos grandes estandes do local. Presidente da Braztoa, Magda Nassar reforça a importância de estreitar as relações entre operadores e agentes. “Temos de valorizá-los. Eles são a base da nossa cadeia de distribuição, e para as operadoras eles são fundamentais, já que sem eles, nós não seríamos quem somos”, exalta Magda, ainda valorizando a oportunidade de levar representantes dos destinos para próximos deste elo da cadeia. E não teve destino a aproveitar melhor o espaço que a Argentina. Desde o início, com um brunch típico, o Instituto Nacional de Promoção Turística (Inprotur) colocou os profissionais de cara com as atrações do país, passando também por um show de tango que terminou com a apresentação comandada pela representante Natalia Pisoni. "Muitos já devem conhecer a Argentina, mas não como deveriam. Buenos Aires, Bariloche e a Patagônia são apenas alguns dos destinos que oferecemos a vocês”, compartilhou Natalia. Diversos óculos de realidade virtual foram distribuídos com vídeos interativos em 360º mostrando as 23 províncias argentinas, além de um es-

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pecial para a capital. Destaque também para a Tailândia. Representante do destino neste Experiência Braztoa, Leonardo Pugliese afirmou que a procura vem apresentando um crescimento muito interessante, mas que ainda faltam referências e divulgação ao público. "Os agentes vêm até nós buscando mais informações sobre o local, roteiros e tudo o que

envolve esse destino. É uma rota que ainda está crescendo no Brasil, mas com certeza já mostra resultados otimistas", afirmou. Da Tailândia para a Rússia, a MMTGapnet aposta nos pacotes de Copa do Mundo para cativar os agentes. Faltando pouco menos de um ano para a próxima edição do maior torneio de futebol do planeta, a operadora acredita que o público a consumir

esse tipo de roteiro já está pronto para adquirir e se preparar. “Quem compra Copa já sabe se vai ou não. Ou seja, ele planeja isso com bastante antecedência até mesmo em relação ao agente”, explicou a gerente da filial de Curitiba da MMT, Carla Biancato As próximas edições do evento serão no Rio Quente Resorts (dia 9) e em Belo Horizonte, no próximo dia 22.p

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Mercado

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>> Artur Luiz Andrade

Acabou a

lua de mel

Ricardo Ferreira, Marcos Balsamão, Eduardo Kina, Francisco Carpinelli e Tetsu Suzuki — dos cinco, apenas Kina e Suzuki seguem com cargos executivos

DE TRADIÇÃO FAMILIAR E EMPREENDEDORA, COM VÁRIOS EMPRESÁRIOS APRENDENDO NA prática e desbravando mercados e segmentos, o Turismo brasileiro (e mundial), na última década, se profissionalizou, globalizou e se abriu para parcerias, vendas e fusões tidas como impensáveis algumas décadas atrás. Rextur e Advance, Lan e Tam, Trend e CVC, Rextur Advance e CVC, Flytour e Gapnet, Esferatur e Mixtour, Accor e Caesar Park, Azul e Trip, Alatur e JTB... São vários os exemplos de passos que tiveram de ser dados, no Brasil e no mundo, para manter o negócio, seja em que área for, competitivo e agressivo. A venda de parte da Alatur para os japoneses da JTB, em 2013, foi celebrada como o fortalecimento de uma empresa que já era gigante e que conquistou espaço com agressivida-

de e bravura de seus sócios. No começo de 2017, a japonesa JTB, mostrando-se satisfeita com o negócio, aumentou sua participação para 70% (ela era minoritária até então) e seis meses depois a lua de mel acabou na justiça, com a Alatur JTB processando e afastando os sócios brasileiros, incluindo o fundador da empresa, Francisco Carpinelli. A Alatur JTB, no processo a que o Jornal PANROTAS teve acesso, acusa Carpinelli, Ricardo Ferreira e Marcos Balsamão de desviarem emissões da TMC para duas empresas, LTS e Jath Viagens, efetuando concorrência direta com a própria Alatur JTB, o que significaria quebra de cláusula do contrato de compra da empresa por parte dos japoneses. O processo corre em segredo de justiça e há detalhes que não foram divulgados, até porque fazem parte do também si-

giloso contrato entre as partes. Os três sócios brasileiros foram afastados de qualquer atividade executiva na Alatur JTB (e o e-mail deles avisa exatamente isso, que não exercem mais funções administrativas na TMC desde junho), e estariam proibidos, por liminar, de entrar na empresa, o que chocou muitos integrantes do mercado. Essa última informação foi prontamente desmentida pelo presidente da Alatur JTB, Eduardo Kina, que, em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS (leia na página 15), disse que o processo de profissionalização já previa esse afastamento dos sócios brasileiros (o que houve foi uma aceleração do processo), mas que eles não foram proibidos de entrar na empresa. “Isso jamais existiu”, garante. Mas por que levar à justiça uma desavença que poderia ter sido resol-

vida internamente, com pagamento de multa administrativa ou algo parecido? Ainda não se sabe, nem quais serão os próximos passos. A JTB vai querer comprar os 30% dos sócios brasileiros? Eles vão querer vender? Há alguma outra negociação em curso.

A AÇÃO A juíza que analisou o caso deu razão à Alatur JTB, mas não atendeu a todos os pedidos, como proibir o funcionamento da LTS e da Jath Viagens. “Os réus, utilizando-se de sua posição de funcionários da requerente, orientaram que bilhetes de viagem fossem emitidos e despesas fossem faturadas como se realizadas diretamente pela LTS e Jath”, diz trecho do processo, com decisão da juíza Lúcia Caninéo Campanhã a favor da Alatur > Continua na pág. 14

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JTB, pois não poderia haver essa concorrência. Os três sócios são citados nominalmente no processo e também por meio da Gare Participações, que os representa na sociedade. E a determinação da juíza é de não exercerem mais essa concorrência. Uma multa será paga pelos sócios brasileiros "em momento oportuno". Não se sabe de quanto será essa multa e nem quanto foi movimentado nas emissões na LTS e Jath Viagens. O processo da Alatur JTB contra seus sócios minoritários tem agitado as conversas do setor de Viagens Corporativas no País. Os sócios brasileiros, indignados, achavam que qualquer irregularidade administrativa seria resolvida internamente e não levada à Justiça. A Alatur JTB, que tem planos ambiciosos de crescimento (quer chegar a R$ 5 bilhões de faturamento em 2020), mostrou que os japoneses levam o País a sério e pretendem continuar investindo por aqui. “Seguimos serenos e comprometidos em preservar a Alatur JTB, bem como nosso valor na empresa que construímos com tanto esforço ao longo de tantos anos”, foi o máximo que os sócios falaram publicamente, em nota. Mas em conversas (ou desabafos) com amigos do trade, ouvem-se frases do tipo: “nunca fui santo, mas também nunca fui réu”. Ou seja, precisava a Alatur JTB ter levado o caso tão longe? E até onde mais irá?

Eduardo Kina

Ricardo Ferreira

VENDA? Com a repercussão do caso, a central de boatos do Turismo entra a todo o vapor, envolvendo concorrentes, ex-funcionários e os curiosos de plantão. A informação que chegou à reportagem como certa é a de que a JTB, talvez desiludida com o País ou a forma de se fazer negócios por aqui, queria vender sua participação na Alatur e focar em outros mercados. Uma segunda hipótese falava da junção a um grande grupo de Turismo no Brasil. Ambas as informações foram desmentidas por Eduardo Kina. “Não há nada disso. Posso garantir. Nem a JTB quer sair da Alatur JTB, nem quer vender a empresa para um outro grupo do qual faria parte.” E a empresa mantém a meta de R$ 3,5 bilhões de faturamento em 2018, R$ 5 bilhões em 2020 e 50% de share de outros negócios que não o de viagens corporativas daqui a três anos. Confira a seguir a entrevista com o presidente da Alatur JTB, Eduardo Kina, que está há quase dois anos no comando da TMC, mas que trabalha com ela há mais tempo, tendo participado dos processos de aquisição de várias empresas pela então ascendente Alatur.

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Francisco Carpinelli

Marcos Balsamão

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“NÃO É UMA CRISE” Para o presidente da Alatur JTB, Eduardo Kina, no cargo desde outubro de 2015, o afastamento dos três sócios brasileiros e o processo na justiça da TMC contra eles não abriu uma crise na agência de viagens corporativas e nem afetou a imagem da empresa com clientes e fornecedores. A Alatur JTB segue com sua estrutura de 930 funcionários, distribuídos nas unidades de negócio Viagens Corporativas, Eventos e Lazer, suas metas ambiciosas, que incluem aquisições de outras empresas, inclusive fora do segmento corporativo, e com dois pilares em mente para os próximos anos: diversificação de negócios e produtividade. Saiba como a Alatur JTB quer chegar aos R$ 5 bilhões de faturamento em 2020 e como está a relação entre os sócios japoneses e brasileiros.

presas. Mas o mercado vem crescendo e a profissionalização vem para agregar, o que foi iniciado na Alatur JTB há alguns anos. Essa profissionalização vem para suportar uma nova dimensão aos negócios, no momento em que outras empresas estão se mexendo e que a consolidação (de empresas) é algo irreversível em nosso segmento. A JTB reconhece que o processo não é do dia para noite e também que o que os sócios brasileiros agregam é importante (para a estratégia da empresa).

JP — A imagem da empresa não fica arranhada com esse episódio ou todos já sabem que processos de fusão passam por esses possíveis atritos? KINA — A imagem da empresa está

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preservada. Temos planos para o futuro bem consistentes, nossa gestão se dá de forma independente em relação aos sócios tanto do Brasil como do Japão e estamos bem posicionados para os desafios que virão por parte do mercado. Então a reposta é não. Não vejo problemas para a imagem da Alatur JTB.

JP — E quanto às informações de que a JTB estaria negociando a venda da Alatur JTB? KINA — Isso precisa ficar bem claro: não existe, por parte da JTB, o interesse em deixar a Alatur JTB. A JTB é uma empresa de mais de 100 anos e pensa a longo prazo. Quando toma uma decisão, muito difícil mudar. Quando anuncia uma decisão, ela é consistente, embasa-

da. E também não existe qualquer processo para vender a Alatur JTB para outro grupo brasileiro.

JP — E ter 100% das ações? Faz parte dos planos? KINA — Sim, é algo até natural. JP — Como especialista em fusões e aquisições, você acredita que a JTB investiu corretamente no Brasil? KINA — Acho que foi feito da forma correta, tanto o parceiro, quanto a plataforma. Fez sentido começar minoritário e sinto por parte deles um conforto muito grande com isso. Como disse, a JTB é uma empresa que pensa sempre no longo prazo. O Brasil não vai acabar, vamos superar essa crise, e estamos no rumo certo como empresa. > Continua na pág. 16

JORNAL PANROTAS — A ação na justiça e o afastamento do dia a dia executivo dos três sócios brasileiros criou uma crise na Alatur JTB? EDUARDO KINA — Não é uma crise, e sim parte de um processo. Há sim uma discussão entre os sócios, mas isso transcende a gestão da empresa. Meu foco, meu mandato é todo na gestão da Alatur JTB e isso continua. Eu diria que o que nos preocupa mais atualmente é o desenrolar das crises política e econômica do País. Isso sim impacta diretamente a gestão da empresa, mas posso afirmar que estamos preparados para o futuro dessa indústria. Fizemos não apenas nosso dever de casa, como diversos investimentos. JP — Você tem uma experiência grande em fusões e aquisições. Essa relação mais tumultuada é normal? KINA — Há uma acomodação em todos os processos. O Turismo brasileiro e a Alatur vêm de um histórico familiar. Em 2013, a JTB entrou com participação minoritária, este ano houve uma inversão no controle da empresa, então é normal que haja uma adaptação da companhia para a nova situação do mercado e da indústria. JP — Mas estamos em um mercado onde as pessoas ainda têm um peso muito grande. Esse afastamento não afeta os negócios? KINA — A figura dos sócios brasileiros é muito importante e sempre foi parte do plano estratégico da Alatur JTB. Você tem razão, o mercado ainda é muito personalista e a figura do sócio fundador ainda é muito importante em muitas em-

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JP — Houve demissões por causa do atrito entre os sócios? KINA — Não. Fizemos sim uma reestruturação em alguns departamentos e cerca de 20 funcionários foram desligados, mas por conta dessas mudanças, do negócio em si, não tendo a ver diretamente com a saída dos sócios brasileiros do dia a dia operacional.

COMBATENDO A CRISE JP — Você mencionou a crise política e econômica do Brasil. As metas estão mantidas para 2018 e 2020? KINA — As metas de chegarmos a R$ 3,5 bilhões em 2018 e a R$ 5 bilhões em 2020 estão mantidas, mas é claro que esse cenário do País e da indústria é o que mais complica. O ano passado foi bom, por exemplo, fechamos com 10% de crescimento, e um total de R$ 1,66 bilhão em vendas, muito por conta dos negócios trazidos com a incorporação da BSP e da Jaraguá. Para 2017 esperamos um crescimento igual, que se dará neste segundo semestre, já que no primeiro tivemos uma queda de 8%. O segundo trimestre já deu sinais de melhora e historicamente o segundo semestre do ano é melhor para as vendas. JP — Dá para compensar essa queda e ainda crescer 10% este ano? KINA — Sim. Olhando com mais detalhes os dados, vemos que houve um decréscimo de 13% quando analisamos as vendas somente de quem já era cliente nosso em 2016. E um aumento de 5% na comparação entre as novas contas e as contas perdidas. Ou seja, esse cliente que segurou a compra de viagens e eventos, afinal vivem no mesmo país que a gente vive, continua comprando viagens e tem um potencial de voltar a crescer. Esperamos que haja essa retomada. JP — As aquisições vão ajudar a bater as metas? KINA — Com certeza, estamos sempre olhando as oportunidades, mas o crescimento será orgânico e também via aquisições. Quem olha de fora pode pensar que é mais fácil comprar uma empresa em momentos de crise, mas não é, pois quem vai vender fica mais receoso em tomar decisões como essa.

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JP — Há uma opção de compra da LTS, uma das empresas citadas no desvio de emissões pelos sócios brasileiros. Trata-se de uma consolidadora. Essa compra será efetivada? KINA — Só o tempo vai dizer. Temos sim interesse em ampliar nosso portfólio e chegar a 2020 com 50% das vendas vindas de viagens corporativas e 50% dos demais negócios. Hoje 75% vem do corporativo, 20% de eventos e 5% do lazer.

DIVERSIFICANDO

JP — O projeto do lazer continua então a ter prioridade? KINA — Com certeza. A 55 Destinos tem uma estratégia intensa e acabamos de comprar uma ferramenta completa, que permitirá a venda on-line de todos os produtos, incluindo circuitos. Poucas operadoras têm isso. Será boa também para a venda de nacional. Em breve divulgaremos os detalhes dessa implantação. JP — Quando você fala do “dever de casa feito para a nova realidade da indústria e os desafios que virão”, que mudanças foram essas feitas internamente e no atendimento ao cliente? KINA — Em primeiro lugar finalizamos a instalação de nosso novo ERP, comprado da Totvs, em seu primeiro produto para a indústria de Viagens no Brasil. Alguns módulos foram desenvolvidos especificamente para o nosso negócio. Todo o corporativo terminou essa migração em março passado e agora iniciamos a parte de eventos. Foi um grande esforço que fizemos para implantarmos o ERP com o barco navegando, mas os benefícios serão gigantes, dos processos mais racionais, adaptados a nossa realidade, até o fato de termos de ser mais compliants com regras, contratados e legislação. O ERP também afeta diretamente nossa produtividade. Não conseguiríamos alcançar os níveis que almejados (de produtividade) sem essa tecnologia. E produtividade, ao lado da diversificação, são nossos dois pilares para os próximos anos. O mercado não paga mais pela ineficiência que a indústria possa ter. JP — Quando se fala em aumento de produtividade, logo associamos o corte de funcionários... Prevê isso? KINA — Não. Acho que já reestruturamos o que tínhamos para reestruturar e vejo um crescimento da Alatur JTB, mantendo esse tamanho. JP — A questão do preço ainda é o aspecto mais sensível para o cliente? KINA — Nos últimos meses foi sim. O cliente devolve a pressão sobre

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Fundação: 1991 Sócios: JTB Americas (70%) e Francisco Carpinelli, Ricardo Ferreira e Marcos Balsamão (30%) Funcionários: 930 Faturamento 2016: R$ 1,66 bilhão (em 2004 foram R$ 100 milhões, e em 2011 R$ 1,2 bilhão) Meta 2017: 10% de crescimento Meta 2018: R$ 3,5 bilhões Meta 2020: R$ 5 bilhões Negócios: Viagens Corporativas (75%), Eventos (20%) e Lazer (5%)

Meta de diversificação: 50% VC e 50% outros negócios em 2020 Joint-ventures: 55 Destinos (operadora, que tem Eduardo Kina como head), Honour (incentivos na área esportiva, com Gilmar Pinto Caldeira), MCI e Quickly Travel Principais executivos: Eduardo Kina, presidente, Mariângela Ribeiro (CFO), Gregório Polaino (corporativo), Alberto Moane (eventos) e Reifer Souza (Relações com Fornecedores e representação na Abracorp)

Próximo evento: Fórum HRG, em agosto, em São Paulo

Próximos lançamentos: ERP para a área de eventos, Pege Plus, nova ferramenta para a gestão de eventos, AJ venti (mobile da Alatur JTB) e plataforma de vendas on-line para a 55 Destinos

custo para os fornecedores. Há uma disputa acirrada no mercado por conta de preço, mas sinto que já chegamos em um limite nesse quesito, para podermos entregar um serviço adequado e com qualidade. Não vejo essa questão do preço se estendendo muito. Mas a guerra (por preços) foi bem intensa.

OS PRÓXIMOS PASSOS

JP — Qual o desafio da indústria nesse momento? KINA — Entregar o mesmo nível de serviço com menos horas de trabalho das pessoas e fazer com que os consultores entreguem o melhor serviço, algo que as ferramentas on-line não conseguem entregar. Essa equação ainda é um gargalo do setor.

JP — Ainda na questão da diversificação, como a área de eventos deve ajudar a Alatur JTB nesse crescimento nos próximos anos? KINA — Vamos implantar agora em agosto o Pege Plus, nossa nova ferramenta para a gestão de eventos, também lançaremos o AJ Venti, nossa plataforma mobile, mais adaptada às nossas necessidades, já estamos observando boa movimentação para a Copa de 2018 (via Honour) e a Olimpíada de 2020 em Tóquio (devido ao sucesso de nossa operação na Rio 2016), e acabamos de fechar com o Grupo BTG para que a ferramenta do Cvent seja usada em todos os eventos do banco. Ou seja, estamos equipando a área de eventos, e também a de lazer, para chegar aos 50% de share nos negócios em 2020. 

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Aviação

Requinte

a bordo A AIR FRANCE TEM NA GASTRONOMIA UM DOS SEUS PILARES PARA OFERECER UMA “VIDA DE PALÁCIO” AOS PASSAGEIROS. Com menus preparados por chefs estrelados e renovados a cada trimestre, os passageiros podem provar criações que simbolizam a França. Além disso, degustam vinhos escolhidos especialmente por Paolo Basso, sommelier da Air France e eleito o melhor do mundo em 2013.

com uma taça de champanhe. Nos voos intercontinentais que partem de Paris, os cursos de aperitivo, entrada, prato principal e sobremesa são elaborados por verdadeiros embaixadores da gastronomia francesa, que se revezam para sempre surpreender o passageiro. No mesmo período do novo menu da La Première, o chef François Adamski, um dos mais aclamados da França (duas estrelas no Guia Michelin, Meilleur ouvrier de France, Bocuse d'or) assina o cardápio em voos saindo de Paris.

PALÁCIO NOS ARES: VINHOS E GASTRONOMIA NA LA PREMIÈRE CHAMPANHES

Na primeira classe da Air France, o cardápio é feito para agradar os paladares mais exigentes. Em voos partindo de Paris, os passageiros poderão saborear o prestigioso caviar Aquitaine Sturia e criações elaboradas por chefs como Joël Robuchon, Guy Martin, Michel Roth, entre outros. Tudo isso harmonizado com as seleções dos melhores vinhos. O serviço ocorre quando o passageiro desejar. O glamour francês também está na coleção de utensílios de mesa, criada pelo designer Jean-Marie Massaud. Os pratos e tigelas de porcelana são da fábrica Bernardaud, em Limoges, na França. Já, os talheres são obra da oficina de ourivesaria de luxo Christofle, na Normandia. O cavalo-marinho alado, símbolo da Air France, decora cada um desses utensílios. O novo menu da cabine La Première, vigente até o final de setembro, tem uma seleção de entrada e duas opções de pratos principais criados por Michel Roth.

Para uma experiência de voo ainda mais sofisticada, a carta de vinhos e champanhes da cabine La Première foi elaborada por Paolo Basso. Na Business Class, além de Basso, os também experts Michel Bettane e Thierry Desseauve - criadores do Grande Guia de Vinhos da França, classificação anual dos melhores vinhos e propriedades vinícolas francesas - são responsáveis pela seleção enológica. A seleção de vinhos é atualizada a cada dois meses. Assim, cada viagem ligando Paris a qualquer canto do mundo será brindada com um novo sabor. 

MENU

MENU

ENTRADA:

PRATOS PRINCIPAIS AGOSTO:

P R IMEIR A CL A S S E

Medalhão de lagosta, aspargos verdes e vinagrete de framboesa

PRATOS PRINCIPAIS AGOSTO: - Cozido de vitela verbena, fricassê de vegetais, cogumelos morel, mini cenouras e mini abobrinha; - Robalo cozido lentamente, caldo de mexilhão com creme acompanhado de vegetais verdes, casca de limão cristalizada com sal e tomate cereja frito.

PRATOS PRINCIPAIS SETEMBRO:

B USINES S CL A S S

- Confit bovino e molho de tomate com azeite, batatas amassadas com azeitonas; - Filé de frango assado e molho supremo de trufas, cenouras, aipo e champignons.

PRATOS PRINCIPAIS SETEMBRO: - Ombro de cordeiro em confeito, semolina com legumes, limão em confeito; - Lombo de bacalhau ao suco de carne acidulado, crumble de avelãs, chirovia aipo, amêndoas.

- Patê de foie gras, acompanhado com aspargos e cogumelos; - Frango supremo com azeitonas e trufas pretas, alcachofras poivrade e gratinado de macarrão.

SOFISTICAÇÃO GOURMET NA BUSINESS Os voos na Business Class também são capazes de transformar sua viagem a trabalho ou a lazer em uma experiência saborosa. Tudo começa

INFORME PUBLICITÁRIO

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5 DICAS PARA AUMENTAR SUA REDE DE CONTATOS E CRIAR Expositores:

A

Criar uma grande lista de potenciais clientes em feiras e não desenvolver um relacionamento com eles é uma perda de oportunidades. Já sabemos que o marketing de relacionamento é a chave para manter clientes e gerar novos negócios. Veja, então, lista com cinco dicas para usar esta ferramenta da melhor forma possível durante a 45ª Abav Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa.

1. RECEPÇÃO E ABORDAGEM

É fundamental que o expositor recepcione cada visitante com perguntas corretas, entendendo o negócio e as necessidades particulares deles, antes de iniciar qualquer abordagem comercial. Busque identificar informações importantes como nome, empresa, cargo, interesses e dificuldades rapidamente. Não se esqueça de fazer um approach exclusivo para cada

empresa! Você está lidando com pessoas e elas, geralmente, não gostam de ser atendidas por meio de script.

Crédito Emerson Souza

NOVOS RELACIONAMENTOS

2.

CARTÕES DE VISITAS E QR CODE É praticamente obrigatório fazer a troca de cartões de visitas em qualquer feira, portanto certifique-se, com antecedência, de que todos os colaboradores do time comercial que participarão da feira tenham cartões com dados atualizados em quantidade suficiente para os três dias de Abav Expo. Em 2017, a feira traz uma novidade: credenciais contendo QR code com as informações e contatos de cada participante. Faça o download do aplicativo de sua preferência para leitura de QR code em um smartphone ou tablet que será utilizado em seu estande e teste em sua própria credencial. Os contatos devem aparecer automaticamente na agenda do seu dispositivo móvel.

3.

REDES SOCIAIS Caso a sua empresa tenha uma estratégia de marketing digital e presença ativa nas redes sociais, uma boa dica é solicitar aos visitantes de seu estande que

se conectem com a empresa nesses canais. Aproveite também para explorar ações interessantes da sua marca na feira nas redes sociais. É muito válido que uma promoção, concurso ou apresentação cultural seja transmitida em uma live no Instagram ou no Facebook. Pense em uma descrição estratégica para essa ação, como palavras-chave mais importantes da transmissão para serem utilizadas como hasthag (#), por exemplo, sempre incluindo na localização a Abav Expo, que tem páginas nos quatro principais canais: Facebook, Instagram, Linkedin e Youtube.

4. ESPAÇOS DESTINADOS

AO NET WORKING A Abav Expo contará com áreas que além de negócios, favorecem muito a geração de relacionamento entre os participantes da feira, como o 48º Encontro Comercial Braztoa - polo de negócios, oportunidades e tendências para operadoras; Ilha Corporativa Abracorp – espaço onde estarão expostos os principais fornecedores de produtos e serviços voltados ao segmento de viagens de negócios; Turismo Especializado – área exclusiva para exposição de empresas; e players com expertise em Turismo LGBT, rural, pesca esportiva e ecoturismo e aventura. Outro destaque é a área de luxo - lounge exc lusivo para a realização de networking de empresas do segmento com compradores pré-selecionados; além do Conexão Abav, a grande área de hospitalidade da feira, compartilhada pelas 27 Abavs e entidades congêneres.

5.

NUTRIÇÃO DO RELACIONAMENTO PÓS-EVENTO Embora negócios possam ser fechados durante a própria feira, muitos profissionais precisam amadurecer a ideia e considerar a opinião de outras pessoas da equipe e gestores antes de fechar um negócio. Portanto, não deixe de sustentar o relacionamento desenvolvido na feira. Busque organizar encontros pós-Abav Expo com esse prospect e outras pessoas com expertise da sua equipe, crie conteúdos relevantes para esse futuro comprador, sempre com o objetivo de converter os participantes da feira em clientes. Boa sorte e mãos à obra! p

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20 A gê nc i as d e v iagen s

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> Renê Castro

Experimento

quer você A EXPERIMENTO, BRAÇO DE INTERCÂMBIO DO GRUPO CVC, TEM PLANOS AUDACIOSOS DE CRESCIMENTO, COM ABERTURA DE LOJAS EM TODOS OS ESTAdos brasileiros. A empresa inicia agora uma intensa busca por empreendedores que tenham interesse em investir em uma franquia da marca. Em entrevista ao Jornal PANROTAS, a diretora geral da rede, Patrícia Zocchio, comentou o novo momento da empresa de 52 anos, agora parte do maior conglomerado da indústria de Viagens e Turismo da América Latina.

JORNAL PANROTAS — A compra da Experimento pelo Grupo CVC foi uma prova de que até mesmo os grandes grupos precisam da expertise de empresários especializados para continuar crescendo. Este foi o caso da Experimento, certo? PATRÍCIA ZOCCHIO — A gente entende de intercâmbio, essa é a grande verdade. Apesar de estarmos dentro de um guarda-chuva de lazer, o nosso segmento é totalmente diferente, com atendimento muito mais consultivo e produtos vinculados à educação internacional. Isso difere bastante o negócio e por isso tivemos essa união com o Grupo CVC. JP — Antes da CVC, a Experimento já estava em processo de expansão pelo País. O que muda agora? PATRÍCIA — Temos clara a ideia de que o melhor modelo de expansão é por meio de franquias. Como você mesmo disse, já estávamos fazendo isso no passado, mas em uma velocidade reduzida,

até por conta do nosso tamanho. Com a chegada da CVC, isso muda. Estamos hoje dentro de uma megaempresa, com uma conduta muito profissional e ferramentas que antes não tínhamos acesso com facilidade, como um setor especializado em busca por franqueados, análises de mercado, estudos de tempo de retorno. Isso para nós é espetacular. Essa base nos deu condições para apresentar resultados positivos já nesses cerca de seis meses de “nova gestão”, com crescimento de mais de 20% em vendas de janeiro a junho na comparação com o ano passado.

Nota da Redação: a Experimento possui hoje 45 lojas em 15 Estados e deseja abrir mais 35 até o final de 2019. Para este ano, a meta é a abertura de dez lojas (seis já foram inauguradas). JP — Quais foram as principais mudanças que a Experimento atravessou depois da entrada do Grupo CVC? PATRÍCIA — Sem dúvida a possibilidade de parcelamento em dez vezes sem juros. Era um desejo antigo e só com a chegada da CVC pudemos realizá-lo. Essa possibilidade, aliás, nos seduziu muito durante a negociação. Hoje somos um player mais agressivo. Para o franqueado, mudamos também o regime de pagamento, que antes era de acordo com o pagamento do cliente. Com a CVC, hoje conseguimos entregar a comissão da venda na semana seguinte à venda, independentemente da forma de pagamento. Esse é um diferencial e só quem tem um grupo (e um caixa) como a CVC pode oferecer.

Patrícia Zocchio, diretora geral da Experimento

JP — Quais são os mercados prioritários para a expansão da Experimento no Brasil? PATRÍCIA — O Sul, em geral, nos interessa muito, ou seja, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A região Norte também está no radar e vamos preencher. Outros mercados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais também

Tutty Bicalho, diretora de Produtos de Intercâmbio do Grupo CVC, Roberta Zocchio, diretora comercial e de Expansão da Experimento, e Patricia Zocchio, diretora geral da Experimento

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sempre oferecem espaço, isso porque temos vários modelos de franquia para oferecer. Tudo depende da forma como vamos atuar em determinada cidade ou do histórico do empresário.

JP — Qual o perfil de empresário que a Experimento busca? PATRÍCIA — Não queremos alguém que tenha apenas dinheiro. Queremos alguém envolvido com a marca, que entenda do mercado local, domine o inglês e que tenha nascido na cidade em que deseja empreender. O relacionamento local é importante. JP — Como é tratado o interesse de um agente de viagens que queira, por exemplo, expandir os negócios com a Experimento ou até mesmo migrar para o segmento de intercâmbio? PATRÍCIA — Se temos a procura de uma agência de lazer, por exemplo, todo o conceito de produto começa do zero, mas o negócio de viagens já está muito bem estruturado com este empresário, em especial o atendimento ao cliente. O foco, neste caso, fica no treinamento para uma venda nos nossos moldes, baseada em consultoria.

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JP — Se o interessado for apenas uma pessoa que já fez um intercâmbio...? PATRÍCIA — Tem muita gente que quer ter loja de intercâmbio porque já fez um intercâmbio. Nada impede. O que precisamos fazer é capacitar este empresário, profissionalizá-lo. É preciso saber sobre a operação, o financeiro... É por isso que temos casos no Brasil de empresas menores que enfrentam problemas e acabam fechando. De uma coisa é preciso ter certeza: uma hora o problema vai chegar, não tem jeito, por isso é preciso estar preparado. Ter um grupo como a CVC por trás faz a diferença porque há toda uma integração de setores e uma automatização de processos que possibilitam ao empresário focar nas vendas. Intercâmbio é um negócio que envolve muita credibilidade.

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FRANQUIA EXPERIMENTO Investimento inicial (incluindo taxa de franquia): a partir de R$ 95 mil Capital de giro: R$ 50 mil Verba de Marketing: R$ 30 mil para o

primeiro ano Prazo do contrato: 60 meses Retorno previsto do investimento: 24 a

48 meses Royalties: Não cobra

Verba de Publicidade: 1,5% para lojas

fora da cidade de São Paulo Metragem da loja: entre 30 e 100 metros quadrados Franquias Experimento podem movimentar a partir de R$ 100 mil por mês. Informações: www.experimento.org.br/ experimento/sejafranqueado ou pelo e-mail franquia@experimento.org.br.

JP — O mercado de intercâmbio mudou bastante. Já se foi o tempo em que era destinado apenas para jovens em busca de experiência no Exterior. Quais produtos estão em alta no momento? PATRÍCIA — É verdade. Hoje você faz um intercâmbio para se especializar, aprimorar o inglês, adquirir outras qualidades, ter uma experiência internacional. O que está na moda, digamos assim, são os cursos profissionalizantes de curta duração. É algo novo, com preço acessível e muita oferta. Não estamos falando só de línguas, mas de cursos em praticamente todas as áreas. No ano passado embarcamos também muitos jovens de 14 e 15 anos para intercâmbios mais curtos, durante as férias escolares. Outra modalidade que está em alta são os módulos de faculdade fora do País. Por exemplo: você vai para o Exterior e fica seis meses ou um ano estudando em outra faculdade. Lançamos no ano passado este produto e é um sucesso. Temos parcerias com ótimas universidades em vários países. JP — Por falar em países, quais são os mais procurados pelos intercambistas Experimento? PATRÍCIA — Estados Unidos é o líder, um clássico. Canadá e Reino Unido, pelo câmbio reduzido, também são muito buscados. Austrália e Nova Zelândia fecham o Top 5.

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SurFACE

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Entra e sai

Nova liderança

Gloria Guevara Manzo é a nova presidente e CEO do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) em substituição a David Scowsill. Gloria já foi ministra do Turismo do México, quando participou do Fórum PANROTAS, e foi CEO do Conselho de Turismo mexicano por dois anos. Também ocupou a cadeira de CEO do Sabre Mexico e hoje é assessora especial de Assuntos Governamentais do Centro de Saúde e Meio Ambiente Global da Escola de Saúde Pública de Harvard.

O ex-CEO da Costa do Sauípe Guilherme Martini será o chief operating officer (COO) da Atlantica Hotels a partir de janeiro, mas já veste a camisa da rede hoteleira como diretor-executivo de Operações. O atual COO é Christer Holtze, que neste meio tempo passará o bastão com uma transição estratégica e operacional. Outro importante anúncio é a saída de uma das principais referências da empresa, Annie Morrissey, vicepresidente sênior de Vendas e Marketing, após mais de 15 anos de casa. No currículo de Annie ainda constam dois mandatos na presidência do SPCVB. As marcas Radisson, Four Points by Sheraton e Hilton Garden Inn são algumas das bandeiras Atlantica. Na Costa do Sauípe, Mark Campbell assume interinamente as funções de CEO. 

Agaxtur no Sul

A Agaxtur chega a Porto Alegre ao anunciar a representação de Raphael Chrysostomo de Carvalho (foto) na capital gaúcha. Segundo ele, as agências de viagens locais já começaram a tocar seu telefone. O maior potencial de vendas, de acordo com a avaliação inicial, será Europa, Estados Unidos, América do Sul, Disney e Copa do Mundo 2018, principais produtos e apostas da operadora de Aldo Leone Filho. O e-mail do novo representante é raphael.carvalho@ agaxtur.com.br. 

Macagno em Miami

A troca de Luciano Macagno de São Paulo por Miami é oficializada neste mês pela Delta Air Lines. Ele assume como diretor geral para América Latina e Caribe. O anúncio havia sido feito um mês atrás pelo Portal PANROTAS, e agora é confirmado pelo presidente internacional e vicepresidente executivo de Vendas Globais da aérea, Steve Sear. Em sua passagem pelo Brasil, o novo diretor, ex-Lan, esteve à frente do estreitamento da aliança estratégica entre Delta e Gol. 

Ponto a ponto • Há três anos na Virtuoso Brasil, Robbert Van Rijsbergen volta à Holanda, onde será diretor de Vendas e Marketing do The Dylan Amsterdam. •O ex-BHG Luciano Motta retorna à Mabu Hotéis, onde iniciou há 23 anos, e agora é diretor de Vendas da rede paranaense. •

Mesma empresa, outro país

O diretor de Planejamento e Atendimento da Teresa Perez Tours, Erik Sadao (foto), vai morar em Amsterdã no final de outubro, mas continua com sua posição na operadora de viagens de luxo. “Quero continuar a ter vínculos com o Brasil, e estou feliz que a empresa autorizou este meu projeto pessoal”, afirma. Seus planos envolvem pelo menos cinco vindas anuais ao País e o acompanhamento de famturs da Teresa Perez na Europa. O dia a dia da área de Vendas ficará com sua equipe, que assim ganhará novas responsabilidades e oportunidades. Flávio Correia cuida de Produtos, Sergio Tamada de Marketing e Marcelo Silva do relacionamento com as agências de viagens, tudo coordenado por Sadao a partir da Europa.

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Juan Pablo de Vera, de Ubrafe e Reed, assume como VP da Global Association of the Exhibition Industry (UFI) para América Latina. •Velle Representações reforça sua equipe com Maísa Hatty como gerente de Operações e com isso Gisele Nicotera se torna gerente de Produtos.

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corporativo

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Ponte aérea

Mais leve

Latam Airlines entra na briga com Gol e Azul pelo passageiro do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Guarulhos, em São Paulo. Os voos começam em outubro e a companhia já comercializa a nova opção na ponte aérea, cuja proposta é dar mais uma opção para os viajantes do Rio irem ao Exterior, em uma conexão rápida passando pela saída internacional paulista. O serviço será feito com A319 para 144 passageiros em econômica. O primeiro trajeto sai do aeroporto paulista às 8h40, com pouso às 9h45. Já o retorno acontece às 18h55, com pouso em Guarulhos às 20h05.p

A partir de 1º de setembro, passageiros que voam do Brasil na econômica da Tap terão limite de uma peça de 23 quilos em bagagens despachadas. Os bilhetes adquiridos antes de agosto estão isentos da nova franquia, mas os vendidos a partir do último dia 1º estão sujeitos à cobrança. A segunda tarifa acima da econômica, Tap Classic, dará direito a duas peças do mesmo limite, enquanto Tap Plus, três peças. Já os passageiros Executive podem despachar até duas peças com limite de 32 quilos, e a maior tarifa, Top Executive, três peças de 32 quilos. Mais do que isso, devese consultar o valor de peso ou peças extras.p

Sete Mares Global

A Sete Mares Turismo anuncia parceria com a Uniglobe Travel para contar com mais de 700 parceiros e fornecedores ao redor do mundo. Além dos serviços especializados em gestão estratégica e controle de custos operacionais e de logística, a Sete Mares passa a ter atendimento e suporte nos quatro cantos do planeta. A parceria também dará acesso ao sistema global de pesquisa das melhores tarifas integrado aos escritórios da Uniglobe.p

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