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Novos desafios no
rally Dakar 2017 A 39ª EDIÇÃO DO RALLY DAKAR COMEÇOU EM 2 DE JANEIRO E UNE AS CAPITAIS DO PARAGUAI, Bolívia e Argentina. Além do desafio físico e mental imposto pela competição, ela significa o retorno de um nível mais exigente na prova, que recupera sua essência aventureira. Os competidores de 59 nacionalidades – sendo 491 pilotos e copilotos – somam-se a um total de 316 veículos, que se dividem em cinco categorias: carros, motos, caminhões, quadriciclos e carros leves (buggies). O evento, que com a inclusão do Paraguai visitará o 29º país de sua história – o quinto em continente sulamericano – ocorrerá na maior parte do tempo na Bolívia, enquanto a disputa final será realizada na Argentina, que participou de todas as edições desde 2009. “O Dakar 2017 reunirá, pela primeira vez, três capitais e visitará três países”, afirmou o diretor da Amaury Sports Organization (ASO) - empresa organizadora do evento - Etienne Lavigne, ressaltando que a nova edição do rally misturará paisagens maravilhosas com dificuldades climáticas extremas, um combo que promete surpreender os participantes e o público. Vale destacar que nessa edição 25% dos competidores são estreantes e que França e Argentina são os países com maior número de pilotos. Lavig-
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ne ainda pondera a força midiática: o evento reunirá mais de 1,4 mil jornalistas, que mostrarão as paisagens sul-americanas a 4,5 milhões de espectadores por meio de 1,2 mil horas de cobertura em 190 países, sem contar a audiência dos dois milhões de seguidores nas redes sociais. Por sua vez, o cinco vezes campeão do Dakar em motos e atual diretor esportivo da competição, Marc Coma, lembrou que entre as novidades está a redução das facilidades apontadas pelos navegadores GPS e um aumento das etapas que envolvem grandes altitudes, já que seis dos 12 trajetos serão disputados em uma altura de três mil metros acima do nível do mar. Os pontos de controle escondidos (WPM) serão substituídos por Ways Points de Control (WPC), que só serão ativados com a passagem dos veículos, o que adicionará, de acordo com os organizadores, um ponto extra de dificuldade à orientação do trajeto. “Com essas alterações, o nível de dificuldade da prova será elevado, fazendo com que o Dakar 2017 seja o mais difícil já disputado na América do Sul”, afirmou Coma. Por sua vez, o ministro de Turismo da Argentina, Gustavo Santos, ressaltou que será “o Dakar do Plan Begrano, que dará a oportunidade de mostrar, durante 15 dias, a Argentina ao mundo, promovendo a imagem de um destino unificado e for-
O rally recuperará sua essência mais aventureira
talecendo a marca da América do Sul". A competição ainda mantém a preocupação de preservar o meio ambiente e não passará por nenhum parque nacional. “Esta edição da corrida está assinalada por seu caráter mais humano. Serão realizadas as Feiras Dakar durante os dias que antecedem a competição, para que as populações mostrem sua identidade e seus produtos regionais”, afirmou Santos, “Inclusive aproveitaremos o final da competição em Buenos Aires para lançar o ano internacional da gastronomia na Argentina”, conta. Considerando-se que o Dakar 2018 seria o décimo ano consecutivo que a competição passaria pelo país, o ministro manifestou que desde a ASO não dá para imaginar um Dakar que não passe por ali.p
BRASIL NO
DAKAR? ETIENNE LAVIGNE NÃO DESCARTA QUE EM UM FUTURO PRÓXIMO A COMPETIÇÃO INCLUA EM SEUS
destinos o Brasil, País que não é considerado para a rota do rally na América do Sul desde 2008. De acordo com o executivo, o mais provável seria um trajeto com partida da cidade chilena de Valparaiso e bandeira de chegada a Punta del Este, no Uruguai, passando pela Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil. p
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