R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.255
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8 a 14 de fevereiro de 2017
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DUAS
Forças
Enquanto os pequenos (e inconformados) buscam representatividade e novos caminhos na união, gerando novas associações ou grupos de afinidades (o que pode gerar uma divisão perigosa na indústria - ou não), os gigantes, como a Alatur JTB, garantem verba milionária para aquisições e desenvolvimento tecnológico. É o Turismo em seus dois extremos
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ANO DIFÍCIL
Nem a maior cidade do País escapou dos desafios que a crise trouxe para o Turismo em 2016. São Paulo viu queda no número de viajantes por terra ou pelo ar e a ocupação hoteleira se manteve estável, mas arrecadando menos. Veja dados do Observatório do Turismo, órgão da SP Turis.
Check-IN 68,3
OCUPAÇÃO MÉDIA DE HOTÉIS E FLATS *Apesar da estabilidade em ocupação, a diária média caiu de R$ 316,75 em 2015 para R$ 291,82 em 2016
69,3
66,0 65,5
OCUPAÇÃO MÉDIA DE ÔNIBUS Passageiros - TOTAL (milhões)
2015 16,4
2016 15,2
Variação -7,8%
Ônibus- TOTAL (milhares)
695,1
650,8
-6,8%
*Dados dos três terminais rodoviários da capital paulista: Barra Funda, Tietê e Jabaquara)
63,8
2010
2011
2012
2013
2014
OCUPAÇÃO MÉDIA DE AVIÃO
61,5
61,4
2015
2016
Passageiros - TOTAL (milhões)
2015 68,5
2016 67,2
Variação -1,9%
Aeronaves - TOTAL (milhares)
636,2
612,8
-3,8%
*Dados dos três principais aeroportos do Estado: Guarulhos, Congonhas e Viracopos
LEIA NESTA EDIÇÃO Página 04 Nova diretora comercial do Royal Palm aborda estratégias para atender a maior oferta Páginas 14 a 16 Quem é quem na Flytour Gapnet, que lança um sistema operacional novo Página 20 Abav 2017 será maior e estreará espaço de luxo
Editorial
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Turismo ainda dividido De novo a questão do excesso ou do aparecimento de novas entidades no Turismo, frutos de insatisfeitos, excluídos, desavisados, vaidosos e/ou inconformados. Pode ser tudo isso ou apenas parte. Cada um que vista a carapuça. Inclusive quem ajuda a dividir e não a somar. Por exemplo, se existem Aviesp, Avirrp e agora a Unav (que não se diz associação mas age como uma), e até Braztoa, Air Tkt e Abracorp é porque uma entidade maior, a Abav, no caso, não foi suficiente para aglutinar a defesa de tantos interesses (ou vaidades). Ah, mas todas estão juntas nas lutas do setor, nos eventos... Nada disso. Todos estão juntos nas fotos. E só. Dois raros casos no Turismo que
mostram o empenho em querer somar: o fim do Favecc e da TMC Brasil para a criação da Abracorp; e o fim dos eventos Braztoa individuais, para serem realizados dentro da WTM Latin America e da Feira da Abav. Na hotelaria, há pelo menos quatro entidades. Entre os gestores de viagens ou empresas de viagens corporativas podemos contar uma dezena de grupos informais que não admitem serem considerados associações, mas que são “entes” à parte. Não há quem una esse setor, um dos mais sensíveis à participação em grupos oficiais. A aviação brasileira, com apenas quatro grandes players nacionais, conseguiu ter uma entidade com um objetivo único, a Abear, mas não seria surpresa se houves-
se quatro associações, uma para cada empresa aérea. Entidade no Brasil é que nem chuchu na serra. E, claro, seus eventos juntos. Nesta edição procuramos refletir sobre essa proliferação de associações, com certeza uma alternativa de fortalecimento para os pequenos players. E também mostramos como a gigante Alatur JTB quer crescer ainda mais. E para contar seus planos, convocou clientes, parceiros e concorrentes para eventos na semana passada. Transparência, agressividade, vaidade... Não importa. Há um projeto sendo executado, o que não se pode dizer de boa parte das entidades do Turismo brasileiro. E você? Qual é a sua associação do coração? Não vale falar do Corinthians... ou do Flamengo... Santos...
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PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
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PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
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E U Q A DEST
DO PORTAL
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PANROTAS
26/01 a 1/02
1 Decreto de Trump muda regras de vistos no Brasil; entenda – em 01/02
2 Latam Travel, Flytour e CVC contratam; confira vagas – em 30/01
3 Operadoras indicam os destinos que
REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato
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surpreenderão no ano – em 30/01
4 A gentes lançam “Tripadvisor das empresas”; conheça – em 30/01
5 Azul: mais 2 voos para Miami e ligação diária com Lisboa – em 31/01
6 Claudia Sender e as apostas para a aviação em 2017 – em 31/01
7 É difícil estimular funcionários no Turismo? Confira – em 26/01
8 Homem tenta abrir porta de avião durante voo e é preso – em 31/01
9 Cruzeiro Disney com superheróis tem novas datas – em 37/01
10 Visite 7 verdadeiros “tesouros escondidos” pela Europa – em 37/01
11 Clear, a empresa que cresce cortando filas em aeroportos – em 27/01
12 Latam anuncia novos voos domésticos em BH; confira – em 31/01
13 Luxo e praia: conheça as 20 principais aberturas de 2017 – em 31/01
14 Alemanha e Bélgica: um roteiro para estudar cervejas – em 27/01
15 Rio ganha site de concierge para turismo sustentável – em 27/01
Machado Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Gerente Comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Tel: (21) 2529-2415/8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
PARCERIAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
ASSOCIAÇÕES
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04 Hotelaria
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>> Rodrigo Vieira
Boa impressão
PARA DAR INÍCIO A UM 2017 DESAFIADOR, MAS REPLETO DE BOAS EXPECTATIVAS, O ROYAL Palm Hotels & Resorts reforçou sua equipe comercial com quem tem tudo para ser a maior contratação do grupo paulista em 2017. Ana Luiza Masagão chega para ocupar o posto de diretora comercial deixado no ano passado por César Nunes, agora na GJP. Em seu currículo, mais de 20 anos de mercado de Turismo e Eventos, com passagens por Sheraton WTC, Transamérica São Paulo, Hilton Morumbi, Grand Hyatt e Marriott. No Grupo Rio Quente, sua última experiência, liderou 180 profissionais. A nova contratada será responsável por conduzir o plano de expansão da rede, que está em andamento e tem como protagonista a inauguração do Royal Palm Hall, o maior ballroom da América Latina, de 44 mil metros quadrados, prevista para o ano que vem. De carona no mega espaço de eventos, que está em construção no principal complexo da rede, o Royal Palm Plaza, dois novos hotéis surgirão para somar aos 500 hoje distribuídos hoje entre o The Palms e o Royal Palm Resort. Serão eles o Hotel Contemporâneo, de categoria midscale, com 310 apartamentos, e o Royal Tower, corporativo, com 226 quartos. Juntas, as quatro unidades do complexo somarão mais de 1 mil quartos. “Isto é, teremos quatro hotéis den-
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Divulgação
Pedro Ribeiro / Royal Palm
Ana Luiza Masagão, nova diretora comercial do Royal Palm Hotels & Resorts
Lazer é um dos principais trunfos do resort depois do enfraquecimento do setor corporativo
tro do complexo Royal Palm Plaza, e já estamos traçando várias estratégias para atender essa maior oferta que vai existir a partir de 2018. Uma delas, bem agressiva, será atingir o segmento de eventos sociais como grandes formaturas. Casamentos nós já trabalhamos com frequência e dá muito certo. Eventos corporativos e de incentivo, claro, representam um alto volume em nosso espaço”, salientou Ana Luiza Masagão. Essa pluralidade de públicos é um dos principais trunfos ostentados pelo Royal Palm. Além de ter revelado uma positiva surpresa com o serviço e a gastronomia de padrão internacional que o produto tem, Ana Luiza também ressaltou a capacidade do complexo Plaza em virar a chave de corporativo para lazer e vice-versa. “Essa diversificação de públicos é uma característica que poucos resorts têm no País, e isso é crucial para a sobrevivência de um empreendimento desta categoria em momentos de crise. No ano passado, com a alta do dólar e o crescimento do lazer no doméstico, o grupo aumentou em 30% a presença do turista desta categoria, algo fundamental com o natural enfraquecimento do corporativo no País”, afirmou a diretora com a propriedade de quem já passou por diversas multinacionais do ramo. “Nosso Vacation Club, para as crianças, contribuiu muito para essa alta, e
BANCODEDADOS
ll Hotéis do Grupo: Royal Palm Plaza Resort, The Palms, Royal
Palm Residence, Royal Palm Tower Carlos Gomes e Royal Palm Tower Indaiatuba ll Total de apartamentos: 852 ll Hotéis em construção no principal complexo: Royal Palm Tower e Hotel Contemporâneo ll Acréscimo de apartamentos: 536 ll Ballroom com inauguração em 2018: 44 mil m² ll Capacidade do futuro espaço: 5 mil pessoas ll 33 salas de apoio com diversas metragens, indo de 120 a 40 m²
p
os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro são os líderes. O The Royal Palm Plaza é um destino por si só. A grande maioria dos hóspedes de lazer não deixa o complexo em nenhum momento durante a estada, e o aeroporto de Viracopos, de acesso muito facilitado, é nosso grande aliado, assim como a proximidade da capital paulista.” A previsão para 2017 em relação ao corporativo é otimista. Ana Luiza garante que houve maior volume do hóspede a trabalho no ano passado em comparação com 2015, mas espera que este ano o crescimento do corporativo seja mais natural. Além da esperada retomada na economia e na autoestima do brasileiro, da resiliência do agronegócio, indústria forte no interior paulista, e estabilidade nos conflitos políticos, o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
também é razão para otimismo. “A região metropolitana de Campinas tem forte presença da indústria internacional, e o novo presidente dos Estados Unidos instaurou um positivismo nas bolsas de valores após sua posse. Se esse movimento se mantiver, podemos aguardar maior presença do público norte-americano, que representa grande parte do nosso share internacional.” Outro desafio que o departamento de Vendas do grupo Royal Palm encarará com a chegada de Ana Luiza é em relação às demais unidades para além do Plaza. “Intensificaremos o trabalho com nossos outros empreendimentos que acabam ofuscados pelo complexo. Um deles é Royal Palm Tower em Indaiatuba (SP), além do Royal Palm Residence e do Tower Carlos Gomes.p
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06 Mercado
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>> Henrique Santiago e Renê Castro
Paralelos da
união
Inês Melo, da Stanfer Turismo e Unav
NÃO É DE HOJE QUE O ASSOCIATIVISMO NA INDÚSTRIA DE VIAGENS É QUESTIONADO. INDEPENdentemente se a insatisfação é válida ou não, é necessário ressaltar que, em um mercado suscetível a mudanças praticamente diárias, e vindas de setores e localidades diversas, a função de representante de classe vem se tornando cada vez mais desafiadora. Do modo como tratar uma falência de uma operadora à criação de um seguro que envolva também o agente de viagens; da adequação à comissão
Edmar Bull, presidente da Abav Nacional
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zero no aéreo à indigesta luta contra OTAs; da consciência de se tornar um consultor à árdua tarefa de especializar em nicho. Nessa miscelânea de novas necessidades, vale tudo: até repensar o próprio papel dentro deste complexo ecossistema. As entidades de classe, dentro das prerrogativas de seus estatutos, buscam a capacitação, o fornecimento de ferramentas úteis para o dia a dia do associado, a voz única perante o governo e outras tarefas mais específicas, que, muitas
vezes, passam despercebidas aos olhos menos atentos. Este trabalho, pelo menos de acordo com alguns dados públicos, não parece ser o suficiente ao agente de viagens, considerado a “massa” do Turismo, no que concerne à distribuição. Isso porque o número de adeptos ao modelo de associativismo é considerado muito pequeno diante do volume de empresas do Cadastur. São cerca de 19 mil agências cadastradas junto ao Ministério do Turismo e apenas três
mil associadas à Abav Nacional, representante máxima da classe. O número, claro, é preocupante, ainda mais em momentos que exigem usufruir de todos os benefícios da união para se superar dificuldades em uma economia tão volátil como a brasileira. Nos últimos dois anos, em especial, o debate sobre o verdadeiro papel de uma associação voltou aos holofotes. Determinados pelo descontentamento – e a quebradeira de operadoras, como a Nascimento, que abalou as estruturas do trade ao solicitar recuperação judicial após acumular dívidas de mais de R$ 17 milhões – um grupo de cerca de 30 agentes de viagens da Baixada Santista convocou a diretoria da Aviesp para lavar a roupa suja. Criticar a omissão da entidade frente a dificuldades financeiras de grandes operadoras (que seguem vendendo para tentar reverter o caso e, muitas vezes, acabam deixando agências e passageiros na mão), exigir soluções práticas para feridas que ainda não cicatrizaram (como a decisão “arbitrária” das companhias aéreas em retirar a comissão por venda de passagens via agências) e maior representatividade frente a problemas de reconhecimento junto ao governo (vide o orçamento anual do Ministério do Turismo, considerado apenas a ponta deste iceberg) foram
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doras e fornecedores —, a aliança cresceu, ganhou corpo, críticas e novas tentativas de negociação com a Aviesp. A decisão, no final das contas, foi seguir um caminho próprio, permitindo, inclusive, membros da aliança a participarem do quadro de associados Aviesp, caso tivessem interesse. Foi então que a AAVB se dividiu e deu espaço para o nascimento da União Nacional das Agências de Viagens, a Unav, liderada por Inês Melo, da Stanfer Turismo. Hoje com cerca de 160 integrantes em todo o Brasil, a agora união surpreendeu ao anunciar o primeiro encontro próprio, com patrocínio do Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP), e apoio da Flytour Viagens (e, claro, suas camisetas). Realizado entre 27 e 29 de janeiro deste ano, o evento contou com 80 membros e teve na agenda um dia repleto de palestras. Airmet, Guia-se Agência de Marketing Digital, Monde Sistemas, Rextur Advance, TZ Systems e o Ministério do Turismo fizeram parte do econtro. Por meio de nota, a Aviesp se posicionou sobre o caso e ressaltou que, “quando foi procurada pelas agências associadas de Santos, posicionou-se claramente quanto às reivindicações da época, deixando
Reprodução / Facebook
colocados na mesa. Até o modelo de atuação das agências de viagens no primeiro Feirão Flytour Viagens, realizado em Santos (SP) foi colocado em xeque. Na época, a operadora exigia que os agentes de viagens parceiros utilizassem a camiseta da Flytour e distribuíssem cartões personalizados, como se fossem representantes da marca. A exigência gerou revolta e até ameaças de boicote ao evento. Após muita discussão e promessas, a relação entre a Aviesp e os agentes de Santos entrou em um momento decisivo. Rascunhos de soluções foram apresentados, agentes de viagens conseguiram reverter a posição da Flytour (e alguns até ganharam prêmios em dinheiro por desempenho de vendas durante o feirão) e outras promessas foram apresentadas. A paz, enfim, voltou a reinar. Mas não por muito tempo. Meses depois as agências de Santos apresentaram-se como Aliança de Agentes de Viagens do Brasil (AAVB) e se exibiram ao mercado em forma de um grito de liberdade e reprovação a um modelo tradicional de associativismo. Baseada em conversas via Whatsapp — com direito a compartilhamento de informações sobre situação financeira de opera-
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Claudio Machado Filho, da SC Brasil Viagens e Asinetur
claro o papel da entidade, gerando, inclusive, o ingresso de novos sócios naquela regional”. Lições também foram tiradas desse episódio, segundo a entidade, como por exemplo a divulgação das ações que a Aviesp executa e que, às vezes, não chegam ao conhecimento de seus associados. “Passado mais de um ano, acreditamos que o assunto está superado de ambos os lados e cada qual procura executar
aquilo que lhe foi proposto. Inclusive, foi a partir deste episódio, que deu-se a criação da Unav, liderada por uma de nossas associadas, a Inês, da Stanfer Turismo.”
FALTA DE UMA PARCERIA A porta-voz Inês Melo diz que muita coisa mudou desde a polêmica reunião em Santos. A agente de viagens > Continua na pág. 08
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< Continuação da pág. 07
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TRIPADVISOR revela que a relação com a Aviesp e a Flytour Viagens de fato melhorou, mas o “calcanhar de Aquiles” ainda parece ser a Abav Nacional, de quem ela sente um aparente distanciamento. Em linhas gerais, a administradora da Unav opina que a estrutura de uma associação, ou seja, com conselho, presidência e diretoria, impossibilita a entidade de tomar um posicionamento mais “pró-agente”. “Elas [as entidades] têm de focar 100% nos agentes de viagens. Sabemos que as OTAs também são agências de viagens, não é esse o problema e todos sabem. Já conversei com o Edmar [Bull, presidente da Abav Nacional] e o Fernando [Santos, presidente da Aviesp]. Eles estão no mercado e acompanham tudo, mas eu preciso de alguém que olhe de perto os agentes de viagens. Quero alguém que cuide de nós, e não das agências como um todo. Queremos uma voz de alguém que nos proteja”, desabafou ela. “Nós tentamos ter isso com a Abav e Aviesp, mas eles têm suas regras, seu conselho etc. Pedimos melhores condições e que tratem o desrespeito das companhias aéreas e as tarifas diferenciadas para o consumidor. Eu, agente de viagens, só quero igual e ter acesso à mesma tarifa. As associações tinham de brigar junto com a gente”, levantou Inês, sugerindo a elaboração de um abaixo-assinado de agências e consolidadoras para ser levado às empresas aéreas. A Abav Nacional, no segundo ano sob o comando de Edmar Bull, diz não ter sido procurada oficialmente para conhecer a Unav e, até mesmo, desconhece seus propósitos. Entretanto, o presidente salienta a importância de se criar movimentos menores desses profissionais,
sejam associados ou não. "O que torna uma entidade forte é a sua representatividade, e ela vem da base associada, e não da marca ou dos dirigentes que estão à frente dela. Nossas conquistas mais significativas foram alcançadas quando juntamos pessoas, empresas e organizações compartilhando dos mesmos objetivos e lutando por causas comuns, sem disputas territoriais, vaidades ou interesses pessoais”, declarou Bull. Em seu segundo ano no comando da Abav Nacional, o presidente Edmar Bull reconhece a formação desses grupos, mas desconhece as propostas da Unav. O único encontro aconteceu na Abav Expo de 2015, quando estava ainda na vice-presidência da entidade. “Eu não sei qual é o objetivo e não sei qual é a proposta. Não posso falar porque eu não conheço. Não está bem claro; portanto, não tenho como formar uma opinião.” O dirigente ainda garante que o contato com agentes de viagens “insatisfeitos” trouxe um novo pensamento e uma resposta tão buscada pela associação nacional em 40 anos. “Todo mundo que estava insatisfeito ou falava mal hoje não fala mais. Às vezes [o agente] não sabe o que uma entidade faz. Acredito que 90% do meu tempo é entidade. Existe muita dedicação nisso”, completou. Questionado sobre a quebra de operadoras, Bull relembrou a implementação do Trip Protector da Braztoa. O presidente destacou, ainda, que busca trabalhar com o governo federal em um modelo de seguro que beneficie a empresa e a agência em eventuais encerramentos de operações de fornecedores, mas ainda hão há uma resposta pronta de Brasília.
D A S EMP R E S A S O casal Carolina e Enzo, criadores do Corporating
UMA INICIATIVA DE DOIS AGENTES DE VIAGENS FOI APRESENTADA DURANTE O ENCONTRO DA UNAV
e promete dar mais voz à classe. O casal Carolina Fernandes e Enzo Marzo, diretores da Invion Viagens, de São Paulo, desenvolveu um site no qual os profissionais podem avaliar positiva ou negativamente os fornecedores da cadeia turística, desde operadoras a companhias aéreas. Por meio de um login, qualquer agente tem acesso ao Corporating, o “Tripadvisor das empresas”, como foi concebido o pro-
“MORALIZAR” O NEGÓCIO Um movimento similar ao da Unav surgiu na região Sul do Brasil, no começo de 2016. Geograficamente afastado do eixo Rio-São Paulo, o proprietário da SC Brasil Viagens, Claudio Machado Filho, de Santa Catarina, deu início à Cooperativa de Turismo (Coopertur) como resposta ao silêncio das entidades locais ao encerramento de operadoras e à demora no posicionamento sobre o temido imposto sobre remessas ao Exterior, que mesmo vigente apenas por dois meses balançou as estruturas do mercado e gerou muito estresse. O escopo inicial era reunir agên-
Thiago Zacharias, da Livre Acesso e Uni-RAO
jeto, e opinar sobre o trabalho e atendimento dos fornecedores. Voltada para o agente de pequeno e médio porte, a plataforma colaborativa permite também que a companhia avaliada responda às críticas ou sugestões. “Essa ferramenta pode ajudar o nosso setor. É mais uma força para nós em que podemos ter tudo registrado. O mercado precisa disso. Vale a pena trabalhar com quem nos valoriza”, comentou Carolina. Conheça o projeto acessando o corporating.com.br.p
cias de viagens de todo o Brasil em prol de melhorias gerais. O grupo até chegou a se organizar na BNT Mercosul, em Balneário Camboriú (SC), mas não seguiu em frente, pois a “burocracia da lei” impede a legalização de uma cooperativa que possui membros de várias partes do País, segundo Machado Filho. O desamparo, porém, o fez seguir em frente e dar uma nova cara ao seu grupo, criando a Associação Internacional de Negócios de Turismo (Asinetur). O objetivo da instituição é claro: defender a classe. À frente da presidência, ele pretende tomar medidas jurídicas em defesa dos colegas de profissão e até revelou ter contratado um escritório de advocacia para seguir com algumas pautas. O empresário já articula também os primeiros projetos da nova entidade, que deve ser lançada oficialmente ainda este mês. São tratados como prioridade a atenção plena ao profissional de viagens, cursos segmentados com a parceria do Senai e a intitulada “moralização do mercado”. O último item, aliás, prevê cobranças diretas ao Ministério do Turismo sobre uma postura mais defensora da classe. “Hoje, o agente de viagens quer bater o preço do colega para sobreviver. Não é assim. Precisamos ter uma tabela de preços para consultoria em viagens. O cliente vai à agência, faz toda uma consultoria e acaba comprando na internet. O médico cobra, o advogado cobra e o > Continua na pág. 10
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agente não”, criticou ele, afirmando que é associado à Abav. Em contrapartida, o dono da SC Viagens afirma que pretende seguir os passos básicos do associativismo e fazer da Asinetur uma entidade com estatuto, diretoria, conselho e regimento interno. Já são cerca de 20 diretores em todo o Brasil, mas Claudio Machado Filho quer cumprir suas promessas de defesa da classe por todo o mundo. “Temos interessados de fora do País, em Nova York, Orlando e até na Grécia”, garante.
INFORMALIDADE
Inês Melo e a Unav, por outro lado, desejam manter a união em caráter informal. Ela mantém uma vida dupla ao lidar com os seus quase 160 membros via Whatsapp e tocar os negócios da Stanfer, que são mantidos com o marido e quatro funcionárias. “Existe toda uma burocracia que a gente não quer. Por isso mesmo não vamos nos tornar uma associação”, afirmou. Mas se tem uma opinião compartilhada por Machado Filho e Inês é a abertura de portas para o diálogo com a Abav Nacional. Enquanto o primeiro diz não querer “a morte da associação, mas sim seu fortalecimento”, a segunda declarou aprender a respeitar o papel de Abav e Aviesp, justamente por “sentir na pele a rotina deles”. A afirmação abre espaço para um futuro bate-papo entre a representante máxima dos agentes de viagens e essas novas iniciativas.
Tamara Galvão e Neuza Portugal, do Ministério do Turismo
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Fernando Santos, presidente da Aviesp
Edmar Bull também acredita nessa possibilidade, mesmo à distância. “Nosso conceito de associativismo implica em agregar, e não dividir. Trata-se de unir esforços e trabalhar igualmente por todos – grandes ou pequenos, sem distinção nem preconceitos, e vemos como válida qualquer iniciativa nesse sentido", afirmou. O “ranço” com as associações, como pontuou a administradora da Unav, existe em alguns colegas, mas tem deixado de transparecer nela própria. Inês elogia a disponibilidade do presidente da Aviesp, Fernando Santos, em seu segundo ano à frente da entidade, por ter criado um grupo no Whatsapp com os associados, a fim de compartilhar um boletim semanal de atualizações e atividades.
OPORTUNIDADE NA CRISE
Da Baixada Santista para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, um grupo de sete agências criou um pool no qual busca uma atuação conjunta em negociações com fornecedores e troca de experiências para melhor atender ao consumidor. A parceria entre Barroso Turismo, Blitztur Viagens, Foco Viagens, Gran Via Turismo, Infinite Turismo, Livre Acesso e Renata Calil Eventos e Viagens foi chamada de Uni-RAO e configura-se como um modelo alternativo de cooperação entre empresas que até então eram consideradas apenas concorrentes. O acordo, iniciado em dezembro de 2014, tem ganhado força no mercado local, por meio de ações especiais e a construção de um legado baseado em confiança e atendimento personalizado. É o que afirma o diretor da Livre Acesso Turismo, Thiago Zacharias. Na prática, as agências envolvidas seguem independentes, mas agora
trocam informações, indicam empresas e chegam até a utilizar a força de vendas para costurar negociações mais interessantes com fornecedores. Segundo o empresário, que preferiu não citar nomes, redes hoteleiras, operadoras e consolidadoras já tiveram a oportunidade de conversar com o grupo. “O que aconteceu foram algumas conversas com determinadas empresas que resultaram em negociações pontuais. Não temos um parceiro fixo porque as agências têm focos diferentes”, explicou Zacharias. Um projeto que está nos planos, porém, é a criação de um roteiro próprio da Uni-RAO, uma iniciativa que vai ao encontro do desejo que os empresários têm em comum: oferecer viagens diferenciadas e com alto índice de personalização. “É algo que ainda está sendo desenhado, mas temos total interes-
O QUE PENSA
O MINIST ÉR I O D O T UR ISM O ? O MINISTÉRIO DO TURISMO DEMONSTROU INTERESSE EM ENTENDER POR QUE
uma dezena de agentes de viagens criou um grupo robusto após discordar do posicionamento de seus representantes. Para isso, dois nomes foram representar a pasta ocupada por Marx Beltrão no encontro da Unav no Club Med. “Nosso esforço é grande de
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se retomarem as atividades e se reaproximar [do trade]. Somente o ministério não implementa uma política de sucesso. Só vamos conseguir fazer algo que realmente tenha peso se conhecermos esse espectro, declarou a coordenadora geral de Qualificação Turística, Neuza Portugal. Com um tom mais político, a coordenadora geral de
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Evandro de Oliveira, presidente da Avirrp
se em colocar em prática”, indicou ele. Caso a ideia evolua, será o primeiro projeto concreto da união – e, por que não, o início de uma nova forma de encarar a competição e o atual modelo de distribuição de produtos. Por se tratar uma estratégia comercial, pode-se dizer, a Uni-RAO até o momento prefere deixar a política de lado. A Aviesp, que tem associados em Ribeirão Preto, vê essa composição de ideias como natural para o setor, ainda mais quando os interesses são comuns. “Quando da criação da Uni-RAO, nós não fomos procurados, até porque, pelo que vemos, trata-se de um grupo de agências que busca alguns objetivos comerciais em comum, o que é muito salutar. Temos visto alguns destes movimentos em diversas regiões, inclusive com sucesso comercial”, declarou a associação, evidenciando que não tem atuação
Cadastramento e Fiscalização de Prestadores de Serviços Turísticos do órgão, Tamara Galvão, aplaudiu a iniciativa da Unav e salienta a importância de como essa ação demonstra a força do setor. Ao falar da atualização da Lei Geral do Turismo, embora não tenha detalhado, relatou que a normativa foi enviada ao Senado e se apresenta mais “evoluída” e “moderna”. “Com a regulação, todos os players vão
em decisões comerciais de associados e outras empresas, desde, claro, que estejam previstas por lei. O momento ruim pelo qual passa a indústria foi o principal motivador da união, relembra Zacharias, afirmando que “foi preciso se mexer”. Segundo o empresário, as empresas não tiveram prejuízos nos últimos anos e mais: tiveram aumento significativo na demanda por serviços mais completos e exclusivos. “Trabalhar como um grupo nos deu visibilidade e confiança perante o mercado de Ribeirão Preto. A cidade possui mais de 100 agências, portanto ter qualidade comprovada é um diferencial. Queremos sair da commodity de vender passagem aérea e hotel.” Quando perguntado sobre a relação com a Associação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região (Avirrp), o diretor da Livre Acesso garante que “tudo vai bem”, despistando o tema.
ter o mesmo peso, a mesma medida e as mesmas obrigações”, sintetizou. Ao serem questionadas sobre melhorias propostas pelos integrantes da Unav, Tamara revelou que o Cadastur passará por uma renovação e o acesso ao envio de informações das empresas será inteiramente on-line, diferente de hoje, que a documentação precisa ser enviada à regional. A previsão, no entanto, não está 100% definida.p
Eleito presidente na época do surgimento da Uni-RAO, Evandro Oliveira, da Avirrp, desconhece qualquer divergência de opiniões entre a associação e a união. Ele aponta que alguns dos membros são ativos na instituição, como Renata Calil. Desde a fundação até o presente momento, não houve um encontro formal por parte da Avirrp com os empresários. O presidente sabe pouco da formação do grupo, se possui estatuto ou outra documentação, mas atenta ao fato de que, no momento da concepção, havia dez integrantes, enquanto hoje há sete. “Ali há interesses próprios, o turismo de luxo, e eles trabalham dessa forma. O público deles não é o de todos. Não creio que seja uma questão de dissidência”, opinou. Para a Aviesp, no entanto, a multiplicação desse tipo de iniciativa é vista com bons olhos. “Essas uniões continuarão a aparecer à medida em que as agências enxergarem que negociar em bloco sempre será mais fácil e prático, desde que haja objetivos comuns. Nós sempre estaremos de portas abertas para aqueles que quiserem compartilhar conosco a união da classe e apoiaremos qualquer movimento que traga bons resultados para as associadas.” A troca de opiniões e esforços entre os membros da Uni-RAO é, para Zacharias, o suficiente. Ele descarta uma eventual fusão entre as empresas após o provável fortalecimento da relação das mesmas. “Acho que não. A ideia do grupo não nasceu com esse propósito. Eu não respondo por todos, claro, mas se acontecer no longo prazo, ok, mas o intuito não é esse”, finalizou ele.
DIAS MELHORES? A participação em grupos de con-
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versa parece ser tendência entre as associações. O dirigente da Avirrp revela participar de uma dezena deles em redes sociais e aplicativos de mensagens. Por meio disso, surgiu a ideia de implementação de pequenas câmaras, a fim de trabalhar segmentos específicos, como o próprio luxo, fretamento e intercâmbio. “Aí está a grande ‘pegada’ que as entidades vão ter de desenvolver. É ter uma estrutura atraente o suficiente para interesses específicos e encontrarem apoio às suas necessidades. A tônica é que todo mundo tem que trabalhar pela aproximação e buscar junto a força para representar o setor”, disse, reforçando a parceria das entidades congêneres da Abav. Enquanto as associações se apresentam disponíveis para o diálogo, as uniões buscam ganhar mais força paralelamente com a chegada a potenciais novos membros. A Unav, por exemplo, vê o futuro no curto prazo positivamente desafiador. O aceite do Ministério do Turismo para o encontro realizado no último mês trouxe respostas importantes. O órgão, inclusive, mostrou-se interessado em articular uma comissão em Brasília com representantes da Unav em um encontro ainda sem data. Entre as demandas, está o empenho em incluir a frase “Consulte seu agente de viagens” em propagandas de destinos veiculadas na mídia, bem como reverter a Lei 12.974 para a classe, a qual torna esse profissional responsável solidário em uma venda. Inês Melo cogita propor um segundo encontro de agentes e fornecedores ainda mais robusto neste ano. “Eu espero chegar a 500, 600, mil agentes de viagens na Unav. Já planejamos este próximo evento, pode ser que saia nos próximos meses ou no segundo semestre”, finalizou. p
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Rodrigo Vieira
Pronto
ate ndime nto ll Empresa: Flytour Gapnet
Consolidadora, 14 meses desde a fusão entre Flytour e Gapnet
ll CEO: Emerson Camilo (foto) ll Matriz: Av. Francisco Matarazzo, 1350, 2º andar - Água Branca, São Paulo - SP, 05001-100
ll Funcionários: Mais de 500 ll Executivos de Contas: Mais de 80 ll Bases: Total de 12. São Paulo,
Bauru (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Recife, Salvador e Fortaleza
ll Pontos home office: 24 cidades e
suas respectivas regiões: Santos (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Ribeirão Preto (SP), Vitória, Uberlândia (MG), Blumenau (SC), Joinville (SC), Chapecó (SC), Maringá (PR), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Aracaju, Maceió, Natal, João Pessoa, Ilhéus (BA), São Luis, Manaus, Belém e Porto Velho. São 30 executivos de Contas apenas neste modelo. Para 2017, meta é chegar a 40.
ll Ferramentas: Maisfly, Aplicativo Maisfly, Maiscorporate e, mais recentemente, Conecta, para fins operacionais e conexões com integradores de conteúdo
ll Principais benefícios da fusão:
“São muitos, não só nas condições comerciais, pelo aumento de volume, mas também a combinação da expertise de cada uma em ferramenta, que gerou o Maisfly. Por conta deste sistema, crescemos 15% no número de agências no ano passado. O trabalho de TI entre Gapnet e Flytour e a junção dos conhecimentos técnicos no ramo da consolidação nos coloca hoje entre as principais empresas do Turismo no Brasil”.
ll Agências de viagens cadastradas: Aproximadamente 8 mil
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ll Quantidade de agências que
compra mensalmente: mais de 5 mil
ll Outros produtos: Cartões de
de 1,8 milhão
assistência e hotelaria, incluídos em agosto de 2016, que representaram quase R$ 1 milhão em vendas até dezembro.
ll Faturamento no período:
ll Flytour Gapnet em 2017: “Focada
ll Bilhetes vendidos em 2016: Mais
Aproximadamente R$ 2 bilhões
ll Meta para 2017: Ultrapassar R$ 2 bilhões em vendas e 2 milhões em bilhetes
ll Público: 80% corporativo e 20% lazer
ll Principais mercados: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Interior de São Paulo, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, respectivamente
ll Destinos: 50% doméstico, 50%
internacional. No doméstico, liderança para ponte aérea Rio-São Paulo, seguida por Brasília, Porto Alegre e Curitiba. No inter, domínio de Estados Unidos e Europa.
em tecnologia para seguirmos alcançando mercados em que antes não tínhamos tanta penetração, como já foi acontecendo no ano passado. Além de aprimorarmos o Maisfly e termos lançado o aplicativo para dispositivos móveis desse sistema, os agentes podem esperar um ganho operacional enorme com todas as novidades prometidas para 2017. Nossa prateleira vai ganhar novos produtos em breve, como aluguel de carros, serviços e pacotes. Tudo o que as operadoras tiverem de produtos conseguiremos disponibilizar na consolidadora. Independentemente do canal que o cliente busque, a compra tem de ser feita no Grupo Flytour. Essa é nossa política, pois o mercado já entende que somos um grupo e temos excelência em Turismo.”
ll Futuro da Consolidação:
“Continuará com esse processo de dar crédito, mas irá muito além. Cada vez mais o papel das consolidadoras tem sido de fornecer tecnologia para as agências, deixando de ser apenas distribuidoras de produtos. A distribuição, por sua vez, está mais forte do que nunca, e crédito e inserção de outros produtos para os agentes andarão lado a lado com essa identidade. As companhias aéreas têm dificuldade de atuar no mercado brasileiro pela sua grandeza e pulverização, e sem a consolidação a vida delas fica muito complicada. Hoje as consolidadoras distribuem produtos. O nome ‘consolidação’ é apenas algo que ficou carimbado durante muitos anos.
ll Outras empresas do Grupo
Flytour: Operadoras Flytour Viagens e MMTGapnet, Globalis, Flytour Eventos, Flytour Franchising, Chanteclair, Flytour Global Business Travel, Vai Voando, Addin, Conexxe e Consolid.
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Emerson Camilo, CEO da Flytour Gapnet, e os gerentes regionais da consolidadora. Na esquerda: Marcio Augusto (interior de São Paulo), Adriano Cordovil (Norte), Rodrigo Fritsche (Sul) e Rubens Jr. (Sudeste); Na direita: Santoro (Centro-Oeste), Fabri (São Paulo) e Naru Kashiwaba (Nordeste)
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Santoro, gerente regional Centro-Oeste, e Douglas Dutra, coordenador comercial de Brasília
Garibalde Neto, executivo de Vendas Pará, Rosangela Souza e Suzi Queiroz, ambas executivas no Amazonas, Adriano Cordovil, gerente regional Norte, e Ablene Custódio, executiva em Rondônia e Acre
Juliano Arantes, de Ribeirão Preto (SP), Paula Carolina, de São José dos Campos (SP), e Henrique Silva, da Baixada Santista (SP), todos executivos de Contas
Magna Gobo e Sandro Marota, ambos executivos de Contas de Vitória e Região
Rafael Lima, gerente de Rio Grande do Sul, e Sandro Luiz, gerente de Santa Catarina
Gilberto Bueno Jr., de Foz do Iguaçu (PR), Mariana Pirath Bernava, de Maringá (PR), Ana Paula Almeida, de Londrina (PR), Jean Pierri, de Chapecó (SC), Raquel Vogel, de Blumenau (SC), e Júnior Souza, de Joinville (SC). Todos são executivos de Contas das regiões mencionadas Renato Neto, de Piauí e Maranhão, Fernando Abreu, da Paraíba, Vanessa Menezes, de Alagoas, e Jonas Soares, de Sergipe. Todos executivos de Contas
Claudia Nishi, gerente de Goiás, André Gonçalves, gerente de Mato Grosso, Luiz Cunha, executivo de Contas de Mato Grosso, e Karla Berteli, executiva de Contas de Goiânia e região
Marcelo Garcia, gerente de Pernambuco, Thais Barreto, gerente da Bahia, e Gerson Loreto, gerente do Ceará, Piauí e Maranhão
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Rodrigo Gois, coordenador comercial Paraná, Flavio Correa, gerente comercial Rio de Janeiro, Rafael Calábria, gerente de Belo Horizonte, Mara Francisco, gerente de Bauru (SP) e Ribeirão Preto (SP), Douglas Azevedo, gerente do Rio de Janeiro, Fabri, gerente regional São Paulo, e Gustavo Marengo, gerente de Campinas (SP)
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MAIOR ALCANCE A ESTRATÉGIA DA FLYTOUR GAPNET PARA ALCANÇAR VOOS AINDA MAIORES EM 2017 VEM sendo traçada em seu departamento de Tecnologia. Única empresa que de fato se tornou “uma só” após fusão entre duas das maiores marcas do Turismo, a consolidadora tem tudo o que uma líder de mercado precisa: resultados positivos em um ano difícil, reconhecimento do mercado, operação robusta, uma matriz ampla e moderna e, principalmente, o respaldo de um dos únicos grupos da indústria capazes de encarar a gigante do ABC Paulista. Falta pulverizar as ações para mercados mais distantes. Entretanto, de nada adianta chegar a cidades mais afastadas, principalmente do Norte e do Nordeste, sem manter controle operacional. A complexidade do Brasil é tão grande quanto sua extensão e, quando o assunto é consolidação, surgem questões das mais pontuais, de dificuldade com sistema a entraves com o itinerário, de flutuação tarifária a pagamento etc. Ciente disso, a Flytour Gapnet ampliou o número de executivos de Contas home office e fixos em diversas regiões do Brasil e, não obstante, investiu R$ 1 milhão na maior de suas novidades para 2017: o sistema Conecta. O objetivo não é nada de mirabolante: simplesmente facilitar a rotina entre consolidadora e agências de viagens. O dia a dia dos mais de 80 executivos de Contas da Flytour Gapnet é intenso, e nem sempre é possível estar presente para solucionar problemas pontuais com os agentes. Daí surgiu a ideia do Conecta, uma ferramenta em que os clientes da Flytour Gapnet são atendidos ao vivo, on-line, por chat, voz e câmera. Não teria nada de diferente para uma ferramenta como o Skype, por exemplo, exceto pelo fato de que, via Conecta, as telas podem ser compartilhadas e editadas pelos dois ou mais participantes da conversa. Isto é, o agente de viagens pode disponibilizar sua tela para um atendente da consolidadora não apenas analisar, mas também alterar e executar ações. Em suma, basta entender que o sistema foi construído baseado na relação consolidador-agente para compreender por que a Flytour Gapnet aposta tanto na novidade. “Estamos sempre em busca de uma relação mais ativa com o cliente. Fui home office por muito tempo e lembro o quanto recebia de queixa pela ausência física, por mais que os telefonemas e os e-mail fossem rotineiros. Perdemos ‘olho no olho’ com a tecnologia, mas também é com tecnologia que traremos isso de volta”, explicou o CEO da Flytour Gapnet,
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Sistema Conecta foi a plataforma usada na entrevista entre Jornal PANROTAS e Flytour Gapnet
Emerson Camilo. “Com a implementação do Conecta, as regiões cobertas pelos nossos executivos home offices, que permanecem com suas visitas diárias, passam a contar também com a ferramenta no atendimento operacional. Com 12 escritórios e 24 home offices em todo o Brasil, a proposta é estar ainda mais próximo dos clientes”, completou Camilo, garantindo que a ferramenta é inédita no Turismo do Brasil em termos de atendimento a agências. A nova ferramenta, garante o CEO, ainda trará economia de tempo e dinheiro dos agentes, por ser totalmente on-line e gratuita. “Além disso, a Conecta é segura, integrada, e será mais um apoio além do e-mail e telefone dedicado à consolidadora. Acreditamos que a força do nosso atendimento operacional possa ser ainda maior com uma ferramenta que traga interatividade em tempo real, e olho no olho com o cliente faz uma enorme diferença.” Outro destaque é a capacidade de colocar até 99 pessoas no mesmo ambiente on-line simultaneamente e de mostrar o escritório e os colaboradores da Flytour Gapnet em qualquer hora do dia. “Isso dá mais confiança, pois o agente se vê frente a frente com a pessoa que geralmente ele só troca e-mails”, acrescenta Camilo. “Em breve teremos, dentro do Maisfly, um botão que o agente aperta quando tiver dúvidas e cai diretamente no Conecta. Qualquer dúvida com reservas, voos, companhias, GDSs ou outros, serão resolvidas na hora sem necessidade de esperar chegar e-mail ou fazer várias ligações.” Já em testes, o sistema deve estar ativo oficialmente até o final de fevereiro em todas as 24 regiões cobertas pelos executivos home offices, além, é claro, das cidades onde estão espalhados
Fernando Campos, diretor de TI da Flytour Gapnet Consolidadora
os 12 escritórios da consolidadora em todo o País. Com isso, acredita Emerson Camilo, a Flytour Gapnet chegará nos Estados onde ainda está distante. Hoje, cerca de cinco mil agências por mês emitem ativamente com a consolidadora o que, no acumulado do ano, gerou uma receita de aproximadamente R$ 2 bilhões e a emissão de 1,8 milhão de bilhetes. A ideia é, com tecnologia, avolumar expressivamente essas cifras. “Estamos entrando em um novo patamar de atendimento, que também será responsável por trazer agências que estão cadastradas em nosso sistema, mas não têm uma boa frequência de atividade.” Em breve, o Conecta deve estar disponível também na plataforma mobile.
TRAVELHUB
Paralelamente ao Conecta, a Flytour Gapnet lança outra novidade tecnológica que deve aumentar a quantidade de produtos emitidos pela empresa. Trata-se da API, uma codificação que
permite que o sistema de agências de viagens ou outro parceiro “converse” com o sistema da consolidadora. “Chamamos de Travelhub, um portal cujos alvos são integradores, desenvolvedores ou qualquer outro parceiro. Ele permite com que as pessoas autorizadas entrem em nosso sistema sem precisar de login e senha. Da mesma maneira que uma consolidadora acessa um GDS, um outro player poderá acessar nosso sistema para vender todos os produtos da consolidadora, que hoje são bilhetes aéreos, cartões de assistência e carros, mas mais para frente será multiprodutos, com restaurantes, seguros, passeios, traslados, etc”, explica o diretor de TI da Flytour Gapnet, Fernando Campos. “Isso é dar 100% de independência para o agente fazer o que quiser apenas pelo Travelhub. A estratégia por traz disso é dar a capilaridade de nosso conteúdo independentemente do canal que o parceiro está utilizando.”p
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18 A gê nc i as d e v i agen s
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>> Artur Luiz Andrade
Rumo aos R$
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A GIGANTE JAPONESA JTB CONSOLIDA SUA PRESENÇA MUNDIAL, VIA AQUISIÇÕES, PARCErias e crescimento orgânico, e quer chegar a 2020 como uma marca efetivamente global. O grupo hoje é dono de empresas de viagens corporativas, Mice, receptivo e viagens de lazer em todos os continentes. Além disso, mantém joint-ventures ou parcerias com outras. O faturamento no ano passado deve ter chegado à casa dos US$ 15 bilhões, o que deixa a JTB como décima maior empresa de Turismo do planeta. Na América do Sul, o investimento âncora é a Alatur JTB e o CEO e presidente da JTB Americas, Jun Takeda, esteve em São Paulo na semana passada para oficializar o aumento de participação dos japoneses na empresa brasileira. Os sócios Francisco Carpinelli, Ricardo Ferreira e Marcos Balsamão agora são minoritários e terão ações mais de conselheiros, deixando de lado a atuação executiva, de acordo com plano iniciado, há dois anos, com a contratação de Eduardo Kina como CEO. A Alatur JTB não divulgou a nova divisão acionária, mas o aporte japonês foi considerável nesta segunda vez. A empresa tem como meta chegar aos R$ 5 bilhões de faturamento em 2018, dos quais R$ 1,5 bilhão vem de crescimento inorgânico (aquisições). A Alatur JTB conta com R$ 26 milhões garantidos para o desenvolvimento dessas fusões e aquisições e outros R$ 24 milhões para novos sistemas internos e de front office. “Queremos, em 2020, ser líderes em todos os segmentos em que escolhermos atuar”, disse Kina ao Jornal PANROTAS, durante almoço para a indústria, realizado na semana passada, na capital paulista. “Em meio às surpresas do Brasil,
Eduardo Kina (CEO Alatur JTB), Ricardo Ferreira e Francisco Carpinelli (sócios), Jun Takeda (presidente JTB Americas), Marcos Balsamão (sócio) e Tetsu Suzuki (diretor no Brasil)
mostramos nosso comprometimento com esse mercado ao aumentarmos nossa participação na Alatur JTB”, afirmou Jun Takeda. “Queremos aproveitar e investir mais, tendo a Alatur JTB como centro das nossas ações na região." Há a meta também de diversificar os negócios, fazendo o corporativo representar 50% das vendas (hoje esse percentual é de 75%). Esse crescimento, segundo o CEO da Alatur JTB, Eduardo Kina, contemplará a venda B2B de Lazer, incluindo produtos high end e da operadora 55 Destinos para agências de viagens; as letras C e E do Mice (ou seja, congressos e feiras, onde a Alatur JTB ainda tem atuação tímida); o segmento high touch em incentivos (uma das metas da
Rodrigo Cordeiro, da MCI, e Alberto Moane, da Alatur JTB
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Ricardo Ferreira conta a trajetória da empresa nos últimos dez anos por meio de reportagens na imprensa, como esta capa do Jornal PANROTAS
Honour, outra empresa do grupo); e a venda on-line tanto no corporativo quanto no lazer. “Mas não seremos uma OTA. Há um meio termo em que acreditamos para atender o bleisure de nossos clientes corporativos on-line”, garantiu Kina. Jun Takeda se disse bastante satisfeito com a relação com a Alatur, apesar dos desafios de integrar costumes e hábitos tão diferentes. “Encontramos, sim, uma cultura diferente, mas profissionais bem relacionados e preparados, com relações fortes com fornecedores e uma ótima base de clientes”, analisou. O depoimento de Sueli Carpinelli, homenageada por Ferreira, resume
a relação da Alatur com a JTB, e que hoje formam a Alatur JTB. “Quando vi os japoneses chegando preocupados com uma empresa humanizada, com sustentabilidade e com o foco nos clientes, vi que era uma continuidade do nosso projeto”, afirmou. Além da Alatur JTB, outros negócios do grupo no Brasil incluem 49% das ações da MCI Brasil (em parceria com a holding suíça), 50% da Quickly Travel, 70% da Honour (em sociedade com Gilmar Caldeira), e 100% da 55 Destinos, BCP, Platinum e Jaraguá. A Alatur JTB também é membro Virtuoso, representante exclusiva da HRG, Viajes El Corte Inglés e Cvent.p
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PRODUTOS PARA
O U T R A S AG Ê N CI A S
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FRASES
“Nossa estrutura é desenhada para criar momentos perfeitos. Sempre. Algo muito diferente de uma OTA” Jun Takeda, presidente da JTB Americas “Em 2014 e 2015 investimos nas adaptações culturais das duas empresas, na profissionalização e em governança. Houve um choque de culturas, realinhamos as expectativas dos sócios. Vencemos, mas não sem suor e lágrimas” Eduardo Kina, CEO da Alatur JTB “Estamos na fase de recuperar o espírito que sempre existiu na Alatur e que ficou um pouco de lado no período de transformação. Os clientes e os parceiros já estão novamente no centro do palco” Eduardo Kina “Não é o fim de uma jornada, e sim mais um capítulo de uma história vitoriosa, que continua” Ricardo Ferreira, sócio da Alatur JTB
Eduardo Kina contou que o AJ Partners nasceu das análises feitas pela Alatur JTB para adquirir outras empresas
A ALATUR JTB LANÇARÁ NA PRÓXIMA SEMANA O AJ PARTNERS, UM PORTFÓLIO DE PRODUTOS QUE PODERÃO
ser usados por outras agências de viagens corporativas. Com quatro modalidades para atender outras agências, o AJ Partners terá benefícios diferentes para cada categoria. “Não é uma franquia, pois não tem investimento mensal e o modelo é inovador. É uma franquia inovadora”, disse Antonio Luis Cubas, diretor da Alatur JTB responsável pelo projeto. Segundo o CEO da Alatur JTB, Eduardo Kina, o produto AJ Partners foi uma forma de reação ao mercado, pois nem todas as empresas analisadas para aquisição pelo grupo estavam preparadas para serem compradas. E a Alatur JTB analisou de
outras TMCs a operadoras de lazer, para seguir rumo à meta de ser um grupo líder em vários segmentos. “O produto cobre algumas partes do pressuposto de ser comprado pela Alatur JTB, como escala e tecnologia”, continuou Kina. As quatro categorias de adesão ao AJ Partners serão a aquisição propriamente dita, em que a Alatur JTB assume o controle da empresa; a representação, com uma linha light de produtos e benefícios; o fulfillment, com mais serviços inclusos; e a parceria. Os detalhes de cada modalidade serão explicados no lançamento do produto, mas Cubas já adiantou que três contratos já foram assinados e há quase 200 empresas cadastradas.
“Vamos atuar no mundo on-line, mas não como uma OTA tradicional. Há espaço para um meio termo, para atendermos nossos clientes corporativos na venda de lazer” Eduardo Kina
Aldo Leone Filho, da Agaxtur, esteve no evento da Alatur JTB em São Paulo, onde encontrou Oswaldo Freitas, da TPI, e Joseph Green, da Tumlare, duas empresas do grupo JTB
BANCODEDADOS
JTB no Brasil e no mundo ll Fundação: 1912 ll Faturamento Grupo JTB: US$ 14 bilhões em
2015 (10º maior grupo de Turismo do mundo) ll Funcionários: 27 mil ll Escritórios: 422 em 107 cidades de 37 países ll Algumas marcas do grupo: JTB Americas, Alatur JTB, GMT, TPI, Tumlare, Tour East, Europamundo, Sunrise, My Bus e Experience Japan ll JTB Americas: 2,6 mil funcionários, 88 escritórios e 32 empresas. Sede em Los Angeles
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ll Atuação da Alatur JTB e Quickly Travel na
Rio 2016: 200 grupos em eventos teste e sete mil visitantes do Japão, Brasil e outros países durante o evento ll Meta Alatur JTB até 2018: R$ 5 bilhões em vendas ll Empresas do grupo no Brasil: Alatur JTB (incluindo viagens corporativas, Mice e eventos), Club +, BSP, Jaraguá e Platinum ll Parcerias Brasil: HRG, El Corte Inglés, Virtuoso e Cvent
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20 Eventos
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>> Karina Cedeño
Maior e
mais focada A 45º ABAV EXPO & 48º ENCONTRO COMERCIAL BRAZTOA TRARÃO TANTAS NOVIDADES em 2017 que será necessário um espaço maior para acomodar todas elas: a área da feira será ampliada de 10% a 15% em relação ao ano passado, abrangendo um espaço de 35 mil metros quadrados, tudo isso para receber da melhor forma possível os mais de 29 mil visitantes esperados para este ano, número estável na comparação com 2016. O aumento do espaço será visível também na Vila do Saber, onde a procura pelas palestras oferecidas, após um modelo diferente estreado ano passado, tem se mostrado cada vez maior. “Tivemos overbooking em todas as palestras de 2016, e por conta disso vimos a necessidade de ampliar essa área”, conta o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull. "Nosso objetivo é direcionar cada vez mais o foco da feira para os negócios, além das capacitações, lembrando que no ano passado treinamos mais de 7,5 mil pessoas." Outra novidade é a presença de um novo espaço destinado exclusivamente ao Turismo de luxo. A ideia, segundo Bull, é atrair destinos nacionais e internacionais que estejam ligados às viagens de alto padrão, um dos segmentos mais resilientes da indústria. "O viajante hoje procura os agentes de viagens em busca de produtos e destinos diferentes, e com o novo espaço esperamos atender essa demanda", salienta Bull, ainda acrescentando que a Abav está se pluralizando e criando um comitê específico para o Turismo de luxo na entidade. Será dado espaço também a um novo Programa do Comprador Convidado, que, por meio da Embratur, trará potenciais compradores do Exterior para que possam negociar com operadoras e destinos brasileiros. "Isso tudo além da campanha que estamos fazendo para que os Estados brasileiros levem à feira os seus municípios, com o objetivo de que eles também exponham seus atrativos”, completa o presidente da Abav Nacional. E as novidades não param por aí: a feira ainda terá rodadas de negócios
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Fernando Santos (Aviesp), Marco Ferraz (Clia Brasil), Magda Nassar (Braztoa), Edmar Bull (Abav Nacional), Rui Alves (Air Tkt), Gilson Lira (Embratur) e Gervásio Tanabe (Abracorp)
voltadas ao Turismo especializado, que darão enfoque à segmentação e contarão com a participação de agências de receptivo", conta Bull. A 45ª edição da Abav, que acontece este ano entre os dias 27 e 29 de setembro e é organizada pela empresa Promovisão, será realizada no Expo Center Norte (SP), já que as condições do Anhembi ainda não permitem o retorno do evento para lá, e com a privatização proposta pelo prefeito João Doria, há poucas chances de que as melhorias sejam concluídas a tempo da realização da feira. Lembrando que a Abav também havia recebido propostas de cidades como o Rio de Janeiro (o que aumentou consideravelmente o parque hoteleiro da Barra da Tijuca), Fortaleza, e Comandatuba, na Bahia, mas uma pesquisa feita com participantes da edição passada revelou que 80% deles preferem a manutenção do evento em São Paulo.
TRABALHO CONJUNTO Para a presidente da Braztoa, Magda Nassar, o objetivo é que esse ano o nível de satisfação dos visitantes em relação à feira chegue a 100%, e para isso a entidade não apenas participa da Abav com o 48º Encontro Comercial Braztoa, como também a ajuda a organizar o evento. Um exemplo disso são as caravanas dos agentes de viagens, organizadas conjuntamente. "Tanto a premiação do Passaporte Braztoa como a Experiência Braztoa serão realizadas dentro da Abav este ano, e nosso principal objetivo é, além de aumentar a participação de destinos internacionais, fazer com que eles percebam que a feira oferece não apenas roteiros e destinos, mas uma gama de produtos para que o mercado continue cada vez mais competitivo", ressalta Magda.p
BANCO DEDADOS ABAV EXPO 2016
ll Visitantes: 29.014 ll Decision Makers: 31% (cerca de 9 mil) ll Players de Lazer: 45% ll Mice: 34% ll Luxo: 3% ll Cruzeiros: 3% ll Ecoturismo: 3%
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Argentina, 21
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INFORME PUBLICITÁRIO
Divulgação
2 Divulgação / Michele Dalla Palma
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3 Divulgação
1 Missão de San Ignácio Miní 2 Cataratas do Iguaçu 3 Parque Nacional El Palmar 4 Formosa 5 Esteros del Iberá
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portiva mais importante do país, é realizado na cidade de Reconquista, província de Santa Fe. Sua capital, Santa Fe, e Rosário, são dois centros urbanos de intenso movimento, com agitada vida noturna e espaços culturais onde se aprende muito sobre a história do país vizinho. Fãs do futebol também amam a atmosfera da região, não só intensa a respeito de Boca Juniors e River Plate, mas também das principais equipes locais, Rosario Central e Newell’s Old Boys. A mística, o passado e o presente das comunidades nativas, que se conjugam com diversas paisagens, rios e lagoas, fazem da província de Chaco um excelente destino para que o turista sinta-se como um local. Lá está localizado o El Impenetrable, uma grande região de mata nativa com mais de 40 mil quilômetros quadrados que convidam à prática de várias atividades como cavalgadas, trekking
e observação de aves em um ambiente de muita paz. Com diversos parques nacionais e áreas protegidas, a província de Formosa também é ideal para o contato com a natureza e vegetação. Caminhada, atividades aquáticas, travessias 4x4 e cavalgadas pelos grandes espaços verdes e
arborizados são dicas imperdíveis para a região. Mais de 600 espécies de aves podem ser vistas em Formosa. Se qualquer uma dessas experiências oferecidas pela região do litoral argentino for combinada com a gastronomia típica da região e com a compra de um ou outro artesanato legítimo, sua viagem será inesquecível, esteja buscando aventura, tranquilidade, cultura ou todos esses itens. Certamente é um roteiro que enche o turista de energia, e há sempre a possibilidade de mesclar a estada no campo com uma passagem pelos centros urbanos mais povoados, como as capitais provinciais. Aí o pacote cultural está completo.
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1 Divulgação / Ministerio de Turismo de la Nacion
Berço de rios e lagos, cercada de natureza e tranquilidade, o litoral da Argentina é ideal para aventureiros, pescadores profissionais, aficionados por aves ou para qualquer um que queira viver a diversidade da fauna e da flora oferecida pelas províncias da região. Entre Misiones, Corrientes, Santa Fe, Chaco, Formosa e Entre Ríos há mais de dez áreas protegidas, onde está localizado o Patrimônio da Humanidade Parque Nacional Iguazú, que abriga as Cataratas do Iguaçu, compartilhadas com Brasil, uma das setes maravilhas naturais do mundo. Além das famosas cataratas, cuja exuberância merece ser admirada tanto do lado brasileiro como do argentino, a Província de Misiones também tem seu lado cultural graças às Missões Jesuíticas Guaranis. A rota se encontra a poucos quilômetros da cidade de Posadas, e lá é possível viver e reviver o encontro cultural entre hispânicos e guaranis. O silencioso entorno e as maravilhosas r uínas arqueológicas imergem o turista à imaginação de como viviam os habitantes há centenas de anos. A Ruta de la Yerba Mate e a cidade de Oberá, com sua festa nacional do imigrante, são outros dos atrativos da plural região, que conta com 29 etnias diferentes. Com uma extensão de 1,4 milhão de hectares, o Esteros de Iberá, situado em Corrientes, é o segundo maior pantanal da América do Sul. A província se destaca por suas atividades agropecuárias vinculadas ao turismo rural, e as mais preciosas experiências proporcionadas são andar de bicicleta, trekking, cavalgadas ou a bordo de um 4x4. A observação de aves é outra atividade predominante em Corrientes, tal como o carnaval, época em que o espírito correntino é vivido com a típica dança da região, chamada Chamamé, ou com sua gastronomia. Mais ao Sul, a província de Entre Ríos, cercada em pitorescos rios como Paraná, Uruguai, Galeguay e Gualeguaychú, é um destino perfeito para os amantes da pesca esportiva. Turismo rural, circuitos históricos, festas folclóricas, turismo de aventura e ecoturismo são outras das atividades disponíveis na região. O Parque Nacional El Palmar, com suas distintas trilhas, perfeitas para observar os pássaros da região, é um dos habitats naturais mais atrativos da província. Mas os pescadores de plantão não encontrarão oferta apenas em Entre Ríos. O Concurso Argentina de Pesca del Surubí, o torneio de pesca es-
Divulgação / Vamda Biffani
uma alternativa natural
Pesca de Dourado em Pira lodge
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SurFACE
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União e sinergia
De um lado, uma companhia aérea norte-americana afim de expandir suas rotas na América Latina. De outro, uma holding disposta a capitalizar o grupo em uma rodada de negócios que chegaria aos US$ 200 milhões. United Airlines e Avianca Holding anunciaram, na semana passada, que estão aprofundando relações comerciais. Além disso, a Avianca Brasil também comunicou ter recebido uma proposta de capitalização da Synergy Aerospace, atual acionista majoritário da Avianca Holding, com o intuito de integrar as operações das aéreas de mesmo nome. “United e Avianca possuem uma longa história de parceria por meio da Star Alliance e estamos ansiosos para aprofundar essa cooperação visando entregar um serviço ao consumidor ainda melhor”, afirmou o presidente da aérea norte-americana, Scott Kirby.
Ainda mais internacional
A Azul Linhas Aéreas aumentou sua oferta para Fort Lauderdale e Lisboa a partir de seu principal hub, em Viracopos, Campinas (SP). A partir de 10 de abril, o destino vizinho de Miami, onde a aérea já conta com voos diários, receberá duas ligações semanais extras, às segundas e sextas-feiras de manhã (10h10). No trecho inverso, o voo sai dos Estados Unidos às 8h20. Já em relação a Lisboa, a ligação, que hoje é feita cinco vezes por semana, passa a ser diária a partir de 10 de junho. Os voos saem de Campinas (SP) às 17h, e na rota inversa decolam da capital portuguesa às 11h50. Com todas as novidades, a Azul passará a oferecer mais de oito mil assentos na soma destas rotas, cerca de dois mil a mais que o número atual. Os voos para ambos os destinos são operados por A330 de 272 assentos e já estão disponíveis nos canais de venda da Azul.
Fabio Mader e Rodrigo Vaz com a nova contratada, Melissa Rosa
Melissa na CVC
Opinião de hóspede
A CVC tem uma nova gerente de Produtos Internacionais para Estados Unidos e Canadá. Trata-se de Melissa Rosa, que leva consigo 15 anos de experiência no setor, com passagens por Nascimento e JTB Americas. Na CVC, ela deverá desenvolver novos produtos, realizar acordos comerciais, incrementar ofertas ao portfólio e contribuir com os resultados da área de vendas. A executiva reporta ao gerente sênior de produtos da CVC para América do Norte, América do Sul e Caribe, Rodrigo Vaz.
Gramado, na Serra Gaúcha, tem os três melhores hotéis do Brasil. Isso é o que apontam os usuários do Tripadvisor, cuja avaliação Traveller’s Choice 2017 coloca o Valle D’incanto na liderança, seguido pelo Estalagem St Hubertus e Hotel Ritta Höppner, respectivamente. Completam o Top 10: Vila Inglesa, em Campos do Jordão (SP); Nomaa, em Curitiba; Deville Prime, em Campo Grande; Belmond Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR); Santa Clara, em Dourado (SP); Casa da Montanha, também em Gramado (RS); e Hilton Barra, no Rio. Reprodução / Facebook
Ponto a ponto ● Jean Saraiva é o novo diretor de Vendas da linha de cruzeiros de luxo Silversea. Ele já teve passagens por Oceania Cruises, SAA e Abercrombie & Kent. ● A E-HTL contratou um novo executivo de Vendas para Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo. Trata-se de Carlos Brito, contratado para alinhar os objetivos da broker com
o mercado da região.
O Valle D'Incanto, em Gramado, foi eleito pelos usuários o melhor hotel do Brasil
Parceria contínua
O Conselho de Administração da Gol autorizou a tomada de US$ 50 milhões por empréstimo da Delta, uma das principais parceiras internacionais da companhia brasileira. Segundo a ata da reunião, o empréstimo é uma “obrigação de reembolso”, acordada em contrato de agosto de 2015 com a companhia estadunidense. Outras medidas acertadas foram a emissão de uma nota promissória no valor de US$ 60 milhões, vinculada ao mesmo acordo de reembolso, e um contrato de manutenção de motores de aviões da Gol, aprovado pela Delta. O empréstimo acontece quase um ano depois do prejuízo de US$ 25 milhões que a Delta teve com a empresa brasileira.
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● Depois de quatro anos na direção comercial e de Marketing da Discover Cruises, Pablo Zabala anunciou seu desligamento da representante da Princess Cruises, Holland America Line e Cunard Line, além da Uniworld Butique River Cruises e Hurtigruten no Brasil. ● O Turismo de Pernambuco (Empetur) tem um novo presidente. Trata-se de Adailton Feitosa, que já foi secretário de Turismo do Estado. Ele entra no lugar de Ana Paula Vilaça, atualmente secretária de Turismo, Esporte e Lazer de Recife.
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Novo Planejamento Estratégico orienta ações da Abracorp em 2017
Gervásio Tanabe, da Abracorp, Alexandre Castro, da Maringá, Eduardo Vasconcellos, da Kontik, Rubens Schwartzmann, da Costa Brava e presidente da associação, Sérgio Linares, da BK21, e Luis Vabo, da Solid
Na última reunião mensal da Abracorp, com participação dos representes das 30 associadas da entidade, foi divulgado o balanço do desempenho em 2016. O recuo de 6,5% na comparação com 2015, conforme salientou o presidente Rubens Schwartzmann, foi menos drástico do que o verificado em outros seto-
res da economia. O fato é que há sinais, de acordo com a percepção dos dirigentes das TMCs Abracorp, de uma recuperação capaz de mudar, para melhor, os números de 2017. Durante o encontro, a técnica Karina Xavier, executiva de Projetos da KPMG, fez uma apresentação sucinta do Sumário Executivo
Sérgio Linares, Rubens Schwartzmann e Luis Vabo
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que a empresa preparou, como parte do projeto de revisão do Planejamento Estratégico da Abracorp para os próximos cinco anos. Esse trabalho implicou numa série de entrevistas com os diferentes players do mercado de viagens corporativas, incluindo as próprias associadas, fornecedores e entidades congê-
neres. O documento registra que as associadas Abracorp representam 30% do mercado de viagens corporativas no País. Um dos pontos mais relevantes do Sumário Executivo recai sobre o ‘Resumo das Iniciativas’. São sete itens temáticos, acompanhados das respectivas ações entendidas como necessárias para o fortalecimento da entidade na relação com as associadas e com o mercado. A saber: 1) Fortalecimento da marca Abracorp - definir as melhores práticas e oframework do mercado Abracorp. 2) Governança - criar regras de governança para os diferentes níveis da instituição. 3) Envolvimento entre os associados - mediar as discussões entre os associados e fomentar a cooperação entre eles. 4) Comitês e Grupos de Trabalho (GTs) - tornar os comitês mais ativos e necessários. 5) Melhores práticas Comerciais - criar ferramentas que otimizem o relacionamento com fornecedores. 6) Dados de mercado - tornar os dados de mercado mais precisos e criar ferramenta de benchmarking. 7) Capacitação - criar um programa de capacitação para as agências e profissionais da área.
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