R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.257
www.panrotas.com.br
ONE
STOP
22 a 28 de fevereiro de 2017
www.pancorp.com.br
AGENCY
Vender tudo para a viagem do cliente em um só lugar. É o que a agência de viagens e qualquer distribuidor deve fazer, não importa o nicho. Se o passageiro está no destino sem seguro, ingresso, reserva de restaurante, massagem e experiência privativa no museu a culpa não é só dele. Confira reportagem especial que traz dicas sobre o que uma agência pode e deve vender além do óbvio pedido pelo viajante
JP 001 - Capa.indd 1
> Páginas 07 a 11
16/02/2017 20:18:33
GRUPO CVC EM 2016
$ $ $ $ $ $$
Check-IN
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
$ $ $$ $ $ $
02
(EM COMPARAÇÃO COM 2015)
Reservas confirmadas
Lucro líquido
(+10,3%)
$ $ $ $ $ $$
R$ 8,75 (+1,5%) BILHÕES
R$ 209,2 MILHÕES
Passageiros (somente operadora) embarcados
Crescimento de vendas
7,5%
EBITDA Ajustado
R$ 526,1 MILHÕES (+9,5%)
3,9 MILHÕES
$$ $ $ $ $ $
(+3,5%)
Fluxo de caixa operacional
Número de lojas
R$ 220 MILHÕES (+227%)
LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 04 e 05 Fasano apresenta ampliação em Punta del Leste Página 06 Ex-Gapnet abrem nova consolidadora em São Paulo Páginas 12 e 13 Dicas para quem quer esquiar em Vail Páginas 14 a 16 Top 10 da United faz roteiro vip no Colorado Páginas 17 a 19 Air France mostra melhorias de produtos e conectividade em CDG Páginas 22 e 23 Surface com os destaques da semana
7
lazer
intercâmbio
Editorial
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Mais uma vítima A Aviesp não aguentou a pressão e capitulou frente à quantidade de eventos que acontecerão na indústria de março a maio. Sua feira, que já foi semestral e estava em edição anual, só voltará em 2018. A crise econômica, diz a entidade, também colaborou, mas se há tantos eventos simultâneos e pelo Brasil todo, que crise é essa? A crise é do modelo das feiras. Um modelo esgotado que nem a boa vontade de líderes diversos tem conseguido salvar. Talvez seja preciso algo mais radical, disruptivo. Algo mais seletivo. Menor. Focado. Qualquer coisa que não seja o modelo ultrapassado de es-
tandes, folhetos, corredores confusos e gente desanimada. Como fazer mais negócios? Como conseguir receita adicional? (Aliás este o destaque de nossa reportagem de capa). Como posso melhorar meu repertório de produtos e argumentação de vendas? Como melhorar meu atendimento e minha relação com o cliente? Como evoluir na minha carreira? Como aumentar a qualidade de minha rede de contatos? Como ser mais reconhecido? Como vender mais? Como estar atualizado? São muitas as perguntas que o ansioso profissional de Viagens e Turismo (e de todas as áreas, é verdade) tem na
mente hoje em dia, e com certeza gostaria de ver algumas delas respondidas ao participar de uma feira, congresso, evento do setor. Não concordamos com a falácia de que o Turismo é só festa, pois há espaço para a celebração em tanto trabalho. Mas o tom festivo, esse sim, tem de acabar. Podemos todos brindar com champanhe ao fim de um dia de reuniões. Mas se ao deitarmos em nossa cama e aquelas perguntas continuarem sem resposta... repensaremos onde ir na próxima vez. O Turismo também mudou. Alguns eventos parecem que não.
CONECTE-SE COM A PANROTAS portalpanrotas
portalpanrotas
portalpanrotas
Versão responsiva — Acesse o Portal PANROTAS em seu dispositivo móvel
JP 002 e 003.indd 2
1.095
portalpanrotas
panrotas
PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
16/02/2017 20:19:29
03
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
S
E U Q A DEST
DO PORTAL
>
PANROTAS
9 a 15/2
1 Justiça bloqueia bens de ex-donos da Nascimento – em 13/02
2 Agência x Internet: como o agente pode bater o meio digital – em 13/02
6 Aviesp cancela realização de sua feira; saiba mais – em 14/02
7 Air France deve aumentar frequências no Brasil em 2017 – em 09/02
8 Turistas brasileiros viram “celebridades” em NY; veja fotos – em 10/02
3 Conheça as 10 melhores cidades do
9 Alatur, Rextur Advance e mais
mundo para morar – em 10/02
empresas contratam; veja – em 13/02
4 Disney anuncia dois novos espetáculos noturnos em 2017 – em 09/02
5 Conheça profissionais do Turismo que têm outros negócios – em 15/02
10 As 10 cidades brasileiras mais buscadas para o carnaval – em 14/02
11 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 10/02
12 Rio: confeitaria histórica Colombo ganha bonde “exclusivo” – em 14/02
13 Com vendas abertas, Volcano Bay é aposta da Universal – em 09/02
14 Turismo adere ao Cidade Linda no centro de SP; fotos – em 11/02
15 Hotéis e atrações: o que Kissimmee terá de novo em 2017 – em 10/02
Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Gerente Comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Tel: (21) 2529-2415/8873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
PARCERIAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
ASSOCIAÇÕES
JP 002 e 003.indd 3
16/02/2017 19:39:09
04 Hotelaria
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Renato Machado — Punta del Este (Uruguai)
Retiro de luxo O URUGUAI FOI ESCOLHIDO, EM 2010, PARA HOSPEDAR A PRIMEIRA PROPRIEDADE FASANO
fora do Brasil. Os 490 hectares da fazenda Las Piedras, na região de La Barra, em Punta del Este, ganharam novos ares com a construção de hotel, restaurante e condomínio residencial com assinatura de projeto arquitetônico de Isay Weinfeld. Cerca de seis anos mais tarde, era hora de expandir. Foram 20 meses de operações interrompidas para que fosse construído um novo prédio. O projeto, dessa vez da arquiteta Carolina Proto, foi inaugurado em dezembro passado e levou um conceito que faltava ser explorado no terreno: a conectividade. Buscado por muitos hóspedes que veem no Fasano Las Piedras a oportunidade de se desligar da realidade cotidiana e mergulhar em um isolamento quase que espiritual, os bangalôs distribuídos pelo terreno eram a representação física desse sentimento. Agora, com a Locanda Fasano disposta em um prédio único de 2,5 mil metros quadrados de área construída, a propriedade do grupo hoteleiro brasileiro abre o leque de ofertas para hóspedes com outros perfis. A tranquilidade das instalações e o requinte no serviço prestado seguem como prioridades no
Moderno e luxuoso, mas sem ostentação. Sobriedade arquitetônica norteia o projeto da Locanda Fasano
local — prova disso é que 20 dos antigos bangalôs continuam em operação (funcionando entre novembro e março). “A Locanda tem um ambiente mais compacto onde todos vão estar no mesmo espaço”, conta a gerente operacio-
nal, Camila Olivo, que atua no Fasano Boavista (no interior de São Paulo) e que chefiou a força-tarefa do grupo para esse início de operações da Locanda. “São apenas dez apartamentos para trazer ainda mais exclusividade e personalização de serviço, que é o grande diferencial do Fasano como hotel”, explica.
A LOCANDA
Assim como na suíte, quartos têm janelas voltadas para a propriedade de Las Piedras
Impossível não relaxar em uma banheira com esta vista
JP 004 e 005.indd 4
No topo do terreno, cercada por vegetação baixa e rochas acinzentadas, a Locanda Fasano surge com ar moderno, ao mesmo tempo que se integra sem conflitos visuais ao cenário ao qual está imersa. Mais do que isso, a arquitetura explora de maneira irrestrita a vastidão das belas terras ao seu redor, com a vantagem de estar fisicamente ligada por uma passarela ao restaurante Fasano. Todos os dez apartamentos possuem janelas panorâmicas (no caso da categoria Superior) ou varandas (Deluxe e Suíte) com vista para a face oeste do terreno, o que rende aos finais de tarde uma posição perfeita para acompanhar os tons avermelhados que o sol proporciona ao se pôr no escampado de Las Piedras. Uma experiência que, acredite ou não, pode ser aprimorada. O terraço da Locanda reserva espaço para um bar aberto que, além do mesmo espetacular cenário, ainda tem mesas e cadeiras, menu de drinques e um ambiente interno minuciosamente decorado e inspirado em bibliotecas pessoais de grandes mansões.
Camila Olivo foi gerente operacional da Locanda Fasano nos primeiros meses de operação
OPERAÇÃO
Diferentemente dos bangalôs, a Locanda ficará aberta durante todo o ano. Na alta temporada, os pernoites custam US$ 630 (Superior), US$ 710 (Deluxe) e US$ 1.070 (Suíte). Todas as amenidades da propriedade Las Piedras estão disponíveis aos hóspedes, com cobrança à parte em algumas delas. Isso envolve, por exemplo, spa (massagens de US$ 120 a US$ 260), golfe (partida de 18 buracos por US$ 100) e river club (caiaque e stand up paddle por US$ 30). Há, evidentemente, atividades sem custos adicionais. Como as piscinas na Lo-
16/02/2017 19:26:51
05
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
OPINIÃO DOS AGENTES PARA APRESENTAR AS NOVAS INSTALAÇÕES AO MERCADO, O GRUPO FASANO PROMOVEU UMA FAMTRIP COM AGENTES DE CINCO ESTADOS DIFERENTES. OS OITO PROFISSIONAIS PRESENTES, que puderam desfrutar ao longo de quatro dias a experiência Fasano em Punta del Leste, deram ao Jornal PANROTAS suas opiniões sobre como as novas instalações da Locanda foram por eles recebidas.
“Sempre tive um pé atrás com a localização, mas o Fasano tem uma proposta diferente de hotel em Punta del Este. Tem o charme de estar a 15 minutos de Punta e ao mesmo tempo tem a tranquilidade de uma fazenda com um serviço de qualidade.” Fábio Franco, diretor da Plantel Turismo
“Gostei das linhas do projeto, achei muito mais aconchegante. No quarto, gostei dos espaços, são ‘mil lugares’ para você colocar suas coisas, uma 'super cama', os banheiros são muito legais. Punta é um destino familiar, era uma expansão necessária.” Mónica Destri, sóciagerente da Travel Expert
“A Locanda foi um aprimoramento muito grande em cima de um produto que já existia e era muito diferenciado. Aprimorou sem perder a característica do Fasano. Tem uma arquitetura estonteante, um serviço aprimorado, um estilo descolado. É algo pé no chão, bem apropriado com o lugar.” Bruno Vilaça, diretor da Super Viagem
“O Fasano é um oásis de luxo onde você pode vir para Punta e, além de desfrutar da cidade, você tem tempo para desfrutar do hotel o ano todo. O parador que eles têm na praia é como nos grandes destinos do mundo. O Fasano está colocando Punta del Este neste circuito.” Marcelo Almeida, diretor da Paragon Turismo
“Essa caracterização do ambiente, como uma casa de fazenda, é diferente. A paisagem, a vegetação, traz um clima europeu. Essa referência não declarada, com a proximidade de voo de São Paulo, por exemplo, é como se a gente estivesse muito distante e muito próximo ao mesmo tempo.” Flavio Correa, coordenador de Produtos Teresa Perez Tours
Marcelo Almeida (Paragon), Adriana Casimiro (Travel Kick), Renato Gagliardi (Fasano), Luciane Garcia (Diário de Bordo), Mónica Destri (Travel Expert), Gabriela Carraro (Menton), Flavio Corrêa (Teresa Perez), Fabio Franco (Plantel), Bruno Vilaça (Super Viagem) e Flávia Câmara (Fasano)
“O staff do hotel é gigante para o número de quartos que eles têm aqui, que é um padrão do Fasano. O estilo Fasano, quando você chega, você sabe onde está. Eles têm um padrão de atendimento que é bem pessoal, algo deles mesmo.” Adriana Casimiro, sócia da Travel Kick
“Aqui é para vir e desconectar. O Fasano Las Piedras é um destino, você não diz ‘estou indo para Punta del Este’. Você diz ‘estou indo para o Fasano’. O grande ponto do hotel é a propriedade, é a paz do local.” Luciane Garcia, diretora da Diário de Bordo
“Eu já conhecia as instalações anteriores, dos bangalôs. Eu até preferi essa nova instalação, preferi a minha experiência na Locanda. Me senti mais acolhida, achei mais aconchegante do que o bangalô. Foi mais confortável para mim estar em um prédio, algo mais social.” Gabriela Carrara, diretora de Marketing da Menton
canda e ao longo de Las Piedras, além do spa – que também oferece sauna úmida e seca. Para os mais ativos, bicicletas e quadras de tênis (com equipamento disponível no hotel). Aos que queiram um passeio fora da propriedade, o Fasano Las Piedras possui um parador na Praia Brava, com toda a infraestrutura e serviço característicos do hotel. De acordo com Camila Olivo, a ocupação do hotel seguiu nos primeiros meses na casa dos 70% – para feriados, como carnaval e páscoa, ela garante ter ocupação total. Citando os dois quartos conjugáveis disponíveis, a gerente opina que “Punta é um destino que recebe muitas famílias e a gente precisava desenvolver um espaço para elas”. “O hotel não é um ambiente exclusivo para casais”, defende.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Grupo Fasano, com proteção Assist Card
JP 004 e 005.indd 5
O pôr do sol é a atração aos finais de tarde no bar do terraço
16/02/2017 19:27:03
06 Consolidadoras
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Henrique Santiago
Continue
consolidando COM GRANDES PLAYERS NA CONSOLIDAÇÃO, FUSÕES E CONCORRÊNCIA FERRENHA,
por que abrir uma empresa nesse ramo? A resposta para Roberto Ruiz Jr. e Luiz Matos, executivos com mais de 20 anos de Gapnet, é simples: o contato humano. Com isso em mente, eles fundaram em São Paulo a Keep Going Travel (KG Travel ou apenas KGT). A experiência em funções anteriores motivou o time a criar um DNA diferenciado. Os sócio-diretores da consolidadora se mostram abertos a serem ouvidos pelo seu principal cliente, o agente de viagens. Eles já buscam diálogos com esses profissionais e querem trabalhar com 100 agências daqui a seis meses. A reportagem do Jornal PANROTAS conheceu o escritório e ouviu da diretoria da empresa os planos para o futuro próximo. A fusão de Flytour Gapnet em 2015 foi o ponto de partida para a concepção da nova consolidadora. Eles trouxeram para o time nomes desse grupo e de outros como Rextur Advance e Esferatur, por exemplo. A exceção à regra, pode-se dizer, foi a chegada de Kellen Masu-
O time completo (por enquanto) da KG Travel - Luiz Matos e Roberto Ruiz Jr. são sócios-diretores, Rafael Franco é diretor financeiro e de Projetos, Kellen Masuchette atua como gerente comercial e, por fim, Jorge Salim é o consultor de Marketing
chette, que tem 20 anos de companhia aérea e se desligou recentemente da Qatar Airways. Com um time sênior de profissionais, a KG Travel não dispensa trabalhar com pessoas mais jovens de mercado, afinal, eles se mostram solícitos para atender
qualquer demanda nesse primeiro ano. Em soft opening desde 1o de fevereiro, a operação integral deve partir em meados de março. “Queremos, em um primeiro momento, consolidar com o aéreo, colocar a casa 100% em ordem” disse Matos. “Vamos trazer os fornecedores mais próximos dos agentes. Sentimos falta disso. A palavra-chave do negócio é ‘acessibilidade’”, frisou Kellen, contratada para liderar a equipe comercial. Com esse pressuposto, os desdobramentos da KG Travel para o decorrer do ano incluem contratar mais funcionários, montar uma equipe de Vendas e encerrar 2017 com um faturamento de R$ 35 milhões. Para chegar a esse valor, a consolidadora abrirá o leque de produtos, com o acréscimo de hotel, locação de carros, jatos e helicópteros, seguro viagem e trabalho com Destination Management Companies, as DMCs, adiantou Luiz Matos. Para garantir a própria segurança e a dos agentes, a empresa aderiu ao sistema da Fortinet e tem no Wooba a ferramenta considerada ideal para trabalhar. E para haver essa parceria com o agente de viagens, Matos atesta: não entrará em uma “guerra” com a concorrência. “Não queremos atuar assim. Não vamos brigar por comissão. Quem quiser apenas o preço pode encontrar em grandes players”, disse. O ideal, segundo os diretores da Keep Going Travel, é deixar o setor mais unido. Com esse discurso de revigorar a consolidação, eles têm a intenção de associar à Air Tkt, embora ainda não tenha previsão de quando acontecerá. A certeza no momento é inaugurar, ainda no segundo semestre, uma operadora dentro da própria empresa. “Não vamos trazer ninguém que não tenha o DNA de uma operadora, de locadora, de hotel”, destacou Ruiz, garantindo a especialização no atendimento às agências. Os diretores traçaram um plano de desenvolvimento de cinco anos, mas os detalhes são guardados em sigilos. Contudo, eles avisam: ainda há muitos profissionais capacitados no mercado para integrar a KG Travel. E eles só estão começando.p
KEEP GOING TRAVEL
Endereço: Rua Comendador Miguel Calfat, 128 12o andar – conjunto 1207 – Itaim Bibi – São Paulo Telefone: (11) 3848-3737 Site: www.kgtravel.tur.br
JP 006.indd 6
16/02/2017 19:56:47
07 Mercado
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Brunna Castro
Receita adicional. Qual o caminho?
APÓS UM 2016 MARCADO POR CRISES E INCERTEZAS, QUE GERARAM UMA REDUÇÃO NAS DESpesas com consumo em todo o País, a expectativa do mercado é de que o cenário seja revertido neste ano, mesmo que de forma discreta. Com elevação de gastos ou não, projeções indicam que o consumidor estará ainda mais exigente em 2017, de acordo com um estudo recente realizado pela Euromonitor International. O relató-
rio “The Top 10 Consumer Trends for 2017” aponta, entre outras tendências, que os consumidores pedirão por mais personalização dos produtos e novos modelos de negócios para ter uma entrega cada vez mais rápida. Por aqui, a expectativa é em relação à retomada econômica. Ao mesmo tempo as agências de viagens e distribuidores em geral se questionam sobre o que podem oferecer ao passageiro (com essas novas demandas
Klaus Kühnast, sócio da Bek Up Soluções em Seguros
JP 007 a 011.indd 7
e tanta oferta na web) e aumentar suas receitas, antes dependentes de comissões quase que “asseguradas”. Consumidores mais exigentes, gastos mais enxutos.... Como ficam os agentes de viagens nesse cenário? É possível, ainda assim, ir além do básico e gerar algum tipo de renda adicional nas agências? Ou o aéreo e o hotel continuam a dominar o pensamento dos vendedores? "De uma forma geral, as empresas estão buscando novas fontes de receitas. Isso já vem acontecendo há alguns anos e em muitos segmentos houve um grande sucesso. É o que aconteceu com o mercado de varejo, que começou há alguns anos com a venda de garantia estendida e seguiu com o seguro de aparelhos", explica o sócio da Bek Up Soluções em Seguros e ex-Tam, Klaus Künhast. No Turismo isso também acontece. "A fatia de receitas adicionais já tem grande valor para as companhias aéreas e para as locadoras, entre outros canais", afirma o especialista. Ele se refere à venda fracionada que os fornecedores descobriram nos últimos anos. Você compra a passagem aérea, mas a companhia também ganha com a comercialização de serviços agregados, do uso da
sala vip à bagagem extra despachada, da comida a bordo ao seguro oferecido ainda na hora da reserva. Nas locadoras, internet, GPS, telefone para uso no Exterior e cadeira para bebês são os exemplos da receita extra. O agente de viagens, para Künhast, deve vender, em primeiro lugar, produtos inerentes ao negócio. "Além do aéreo-hotel, a locação de carros, traslados e seguro viagem deveriam compor todas as vendas", aponta. Desse modo, todo e qualquer serviço ligado à viagem pode fazer parte das receitas adicionais de uma agência. "Existem outros seguros como bagagem, cancelamento, prestamista, seguro residência durante a viagem, assistência pet, etc. Também podem ser oferecidos serviços de venda de ingressos para shows, reservas em restaurantes, ou seja, um serviço completo de concierge. Há também casos de aéreas que vendem malas em seu site", exemplifica o empresário. A venda de tais serviços, portanto, depende do tipo de viagem e do perfil dos viajantes. Na CVC, por exemplo, a venda de produtos complementares às viagens cresceu mais de 10% em 2016 na > Continua na pág. 08
16/02/2017 19:30:23
08
< Continuação da pág. 07
comparação com o ano anterior. “O bom vendedor é aquele que oferece o que o cliente quer comprar, mas que sobretudo consegue saber o que mais ele compraria, de acordo com seu perfil. Por isso é importante o agente de viagens conhecer bem o seu cliente, entender de gente", aconselha o vice-presidente de Produtos, Vendas e Marketing da CVC, Valter Patriani. "A grande vantagem que o agente de viagens tem é o fato de poder fazer o relacionamento pessoal com o consumidor — essa é uma das vantagens em relação à internet", aponta. Algo que os algoritmos dos buscadores e OTAs também começam a aperfeiçoar para se antecipar ao seu desejo e sempre oferecer algo que tenham a ver com suas necessidades e gostos. Um dos maiores gaps que existem por parte de quem vende a viagem é em relação ao que o consumidor pode fazer enquanto está no destino. O agente vende o hotel, o aéreo, mas o passageiro acaba descobrindo o que fazer por conta própria e compra ingressos e passeios na internet ou durante a viagem. Em alguns casos o concierge do hotel funciona como um agente de viagens. “Para garantir receitas extras, os agentes podem agregar valor aos pacotes acrescentando vendas de passeios opcionais, que aumentam substancialmente sua rentabilidade, e os valores para o cliente são iguais aos de venda no destino”, explica o presidente da Luck Receptivo, Gustavo Luck. “Comprando antecipadamente, o cliente ainda tem a vantagem de parcelamento em até dez vezes pela operadora, condição que não é possível de ser obtida no local”, continua o dono da empresa que está presente em todo o Nordeste.
DESAFIOS
De acordo com o sócio da Bek Up Soluções em Seguros, os grandes desafios que envolvem a questão das receitas adicionais passam pelo treinamento e pela tecnologia. "É fun-
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
Valter Patriani, vice-presidente de Produtos, Vendas e Marketing da CVC
Gustavo Luck, da Luck Receptivo
damental a conscientização do funcionário para a importância dessa matéria. Nenhum negócio hoje sobrevive somente do seu produto principal. O conhecimento da equipe sobre os produtos vendidos e os parceiros certos são muito importantes", afir-
ma Künhast. Em relação à tecnologia, ele destaca a necessidade de buscar parcerias que possam integrar sistemas ou apresentar soluções para que a venda seja feita da forma mais simplificada possível. "É muito importante que o agente es-
teja embasado com informações dos produtos e também argumentos frente a objeções", explica o sócio. Desse modo, é importante deixar claro para o cliente o valor que aquele serviço pode proporcionar à viagem. "Por isso é fundamental que a equipe esteja bem treinada e que a oferta de produtos adicionais seja uma parte inerente à função do agente." Para Künhast, portanto, a busca de conhecimento, treinamento da equipe, parceiro correto, metas e tecnologia são os cinco pontos para um sucesso em receitas adicionais. O diretor da área comercial do Beto Carrero World, Roberto Vertemati, ex-CVC, avalia que o agente de viagens deve sempre manter uma postura proativa. “O profissional não pode esperar o cliente pedir um serviço a ele, tem que dar as soluções e, para isso, tem que ter conhecimento”, afirma ele. Desse modo, quando surgir uma oportunidade de efetuar uma venda de valor maior, o agente estará preparado. “A missão do agente de viagens é ser um facilitador. Ele precisa sugerir todas as soluções para o cliente, para que ele não descubra aos poucos ou então encontre em outros lugares”, explica Vertemati. O country manager Brasil da Decolar. com, André Alves, destaca que o poder de decisão atualmente está concentrado nas mãos do cliente. “Hoje, no mercado, o cliente sabe exatamente o que quer e o poder de decisão dele é muito rápido. Ele já tem acesso à informação e à pesquisa, então você tem que ser relevante, rápido e oferecer a melhor experiência de compra”, afirma ele. Além disso, Alves destaca que muito do momento de modernização e adaptação pelo qual o mercado do Turismo está passando se relaciona às mudanças de comportamento do consumidor. Com isso, a lógica da relação entre cliente e empresa passa pelos critérios “o quanto você é relevante para mim” e, consequentemente, “o > Continua na pág. 10 Divulgação
Roberto Vertemati, diretor comercial do Beto Carrero World
JP 007 a 011.indd 8
André Alves, country manager da Decolar.com no Brasil
16/02/2017 19:30:45
JP 009 - A.indd 9
16/02/2017 17:48:01
< Continuação da pág. 08
10
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
quanto eu serei fiel a você”. “O cliente opta pelo que atende à necessidade dele”, diz o country manager.
TENDÊNCIAS
Para o vice-presidente da Ancoradouro e blogueiro do Portal PANROTAS, Cássio Oliveira, o mercado de experiências representa um grande potencial, como, por exemplo, "roteiros gastronômicos para pequenos grupos, feitos com muitos detalhes, menus específicos, enfim, com uma riqueza que você não conseguiria direto numa reserva através de um open table". O presidente da Flytour Viagens, Michael Barkoczy, por sua vez, avalia que a tendência de ingressos é muito forte, tanto para parques como para shows. "A tendência é o cliente já sair do Brasil com tudo resolvido com antecedência, assim ele não corre o risco de chegar no local e não conseguir o ingresso", afirma. Segundo Barkoczy, 10% do movimento de vendas da Flytour Viagens é voltado para ingressos, shows e outras experiências. "Hoje nós temos experiências que antes ninguém imaginava que podia vender, como tours de bicicleta de
Cássio Oliveira, vice-presidente da Ancoradouro
dez dias ou cavalgadas de dois ou três dias em algum destino. Hoje é preciso ter esses serviços porque as pessoas compram e fazem", aponta o presidente da Flytour Viagens. "Todo dia vai aparecer novidades, cabe a nós ficarmos antenados e sempre preparados a colocar coisas novas para oferecer aos clientes." Barkoczy
Michael Barkoczy, presidente da Flytour Viagens
ainda destaca o recente lançamento da Flytour Viagens para a organização de casamentos em hotéis, que foi avaliado como um segmento interessante para ser oferecido como experiência. Alves, da Decolar, destaca que, como o cliente tem buscado por soluções completas, o mercado de traslados
tem registrado crescimento, por oferecer mais segurança para o viajante que não conhece o lugar que está visitando. “O segmento de aluguel de carros também está em alta, com algumas locadoras inclusive abrindo ações na bolsa, como temos acompanhado”, afirma o country manager da maior OTA da América Latina.
RELACIONAMENTO É A CHAVE
ALÉM DAS TENDÊNCIAS, É IMPORTANTE CONHECER O HISTÓRICO DE VIAGEM DO CLIENTE e ter um bom relacionamento para, assim, oferecer os produtos mais adequados. "Qual o destino de sonho do cliente, se tem filhos, se prefere ficar em frente ao mar, se quer comodidade na hora de fazer os passeios e prefere contratar o serviço do guia de turismo ou se prefere alugar um carro, enfim, todos esses são fatores importantes na hora de conhecer o perfil do cliente e oferecer algo que lhe agrada e, também, que venda", explica Patriani. "Uma pergunta que o agente tem de fazer é qual a motivação do clien-
JP 007 a 011.indd 10
te de ir para aquele lugar. Assim, o profissional consegue saber melhor o que oferecer para o cliente", sugere Vertemati. Desse modo, o agente pode até já indicar – ou facilitar ainda mais – a realização de um sonho do cliente. "Se ele quer ir ao Museu do Louvre, por exemplo, por que não já oferecer o ingresso de entrada?", questiona o diretor do Beto Carrero. Já se ele é fã de uma banda de rock, que tal ver se não há uma turnê acontecendo nas redondezas. A viagem pode ganhar dias extras (e renda adicional para a agência, além de um cliente mais satisfeito).
REINVENÇÃO
"Acredito muito numa transformação da atividade do agente de viagens”, prevê Cássio Oliveira, da Ancoradouro. Segundo ele, o profissional teve que se reinventar tanto no segmento corporativo – onde “deixou de ser um atendente das secretárias das empresas e passou a ser um co-gestor da conta de investimentos de viagens” – como no lazer. “Antigamente, o agente oferecia hotel e aéreo, um transfer aqui, um serviço ali, vendia o produto de uma operadora e pronto. Hoje, ele precisa agregar conhecimento e produtos, sejam eles horários de funcionamento de determinadas atividades,
dicas de restaurantes, entradas de teatros, roteiros alternativos de transporte coletivos, dicas de segurança, melhor horário para ir a determinada atração", explica Oliveira. Além disso, o vice-presidente da Ancoradouro aponta que o agente tem de entender que o volume de informações disponível hoje é enorme e "cabe a ele filtrá-las e adequá-las ao que o cliente espera". "Acomodação só serve para definir um local de hospedagem. Em Turismo, não podemos parar nunca, pois temos que ter consciência de que somos um intermediário facilitador. Se deixarmos de ser necessários, deixaremos de existir." Por fim, vale lembrar: há serviços que o agente pode ou deve fazer por seu cliente e onde não haverá remuneração por parte do fornecedor. Nesses casos, ele precisa saber precificar muito bem seu serviço de consultoria, de planejamento e de operações mesmo. Isso vale para compra de ingressos de shows, reservas em restaurantes e até para o gerenciamento de milhas. O cliente que entra na agência e diz que quer pagar com milhas de seu programa de fidelidade muitas vezes é negligenciado: mas o que você pode agregar a essas milhas? Será que ele só precisa da passagem aérea? Se sim, cobre por isso. Mas se não, ajude-o a gerenciar essa conta (muitos clientes perdem milhas e oportunidades de viajar), ofereça serviços adicionais, entenda a viagem que ele vai fazer e mostre o diferencial de um profissional bem preparado. No mais, boas vendas.
16/02/2017 19:30:59
11
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
Onde a agência pode obter mais receita ll Conhecendo melhor
seu passageiro
ll Gerenciando a
viagem do cliente e cobrando por isso
ll Comprando produtos
para o cliente que não necessariamente rendem comissão, mas que têm a ver com a viagem do passageiro, como ingressos para shows e eventos, reservas em restaurantes, ancillaries em companhias aéreas, hotéis e locadoras (tudo deverá estar precificado como serviço prestado de consultoria)
(que o cliente pode achar serem inacessíveis, como um tour exclusivo em um museu)...
ll Lembre-se: se o passageiro
comprar algo no aeroporto ou no destino é porque alguém falhou em lhe oferecer essa opção, seja uma agência física ou on-line, seja os algoritmos da internet.p
ll Todo tipo de produto
que tem a ver com uma viagem: dos vários tipos de seguro à mobilidade para e durante a viagem; do que fazer no destino a extensões por interesses específicos; de sessões no spa do hotel a cupons que dão desconto em shoppings e atrações; de tours especiais a passeios que com certeza ele vai querer fazer a acabará comprando por conta própria; do câmbio à visita técnica em uma viagem de negócios
ll Eventos,
comemorações (casamentos em viagem estão na moda, dos resorts aos navios, das ilhas paradisíacas aos lugares mais inusitados), viagens de interesse, experiências únicas
JP 007 a 011.indd 11
16/02/2017 19:31:07
Esquiando pelo
mundo
Vail: uma escolha certeira por RENÊ CASTRO
Rasgue essa matéria agora mesmo se você, leitor, nunca encontrou Vail no ranking dos melhores destinos para esquiar nos Estados Unidos. A estação é mais do que isso: trata-se de uma escolha óbvia! Tamanha tranquilidade na afirmação se dá pelo fato de as montanhas cobertas de neve da região serem perfeitas para iniciantes e, em vários pontos, desafiadoras para os experts em esportes de neve. Ou seja, praticantes assíduos, viajantes inexperientes, famílias e idosos podem considerar Vail como um destino possível, repleto de atividades e, claro, muita aventura. Prepare-se para temperaturas de 10ºC a -10ºC e boa diversão!
EQUIPAMENTOS
CENTROS
Vail possui basicamente duas regiões centrais: Lionshead Vail Square e Vail Village Mountain Plaza. Ambas contam com arquitetura charmosa (com um Q de pitorescas, vale dizer) e infraestrutura completa, com lojas, spas, restaurantes e hotéis. Esse combinado transforma a atmosfera local em uma verdadeira cena de cinema aos olhos mais entusiastas. E o melhor: são muito próximas. A verdade é que é difícil errar nas escolhas quando se está em Vail, já que o nível de serviço é alto em todos os estabelecimentos. De qualquer forma, se ainda está em dúvida sobre onde reservar, saiba que Lionshead Vail Square é mais badalado e oferece praticamente todos os serviços a poucos passos. No caso de Vail Village Mountain, há uma boa oferta de lojas de roupas e decoração, com alguns becos ostentando verdadeiras joias em forma de restaurantes tipicamente americanos.
JP 012 e 013.indd 12
Com o check-in feito e as malas entregues no quarto, é hora de alugar equipamentos de esqui. Há cinco lojas Vail Sports, duas Burton e uma Salomon, além do rentskis.com, para os que já sabem exatamente do que precisam. O aluguel de botas e esquis são cobrados por dia e custam, em média, US$ 70 o conjunto. Para os esquiadores amadores, é altamente recomendado realizar este processo diretamente na loja, já que há todo um cuidado com o tamanho das botas e a escolha dos esquis. Tudo para manter o turista confortável e seguro na hora da diversão.
16/02/2017 19:44:26
Esquiando pelo mundo
Lionshead Vail Square: todos os serviços a poucos passos
AULAS DE ESQUI
Para subir às montanhas, há um serviço de gôndola que também deve ser pago. Os tíquetes são válidos por dia e custam cerca de US$ 180 para adultos e US$ 125 para crianças de cinco a 12 anos. Há a possibilidade também de adquirir pacotes válidos para três e cinco dias, opções mais interessantes para quem tem planos de esquiar a viagem toda. Se precisar de ajuda profissional, é possível também contratar instrutores para aulas em grupo ou individuais. O atendimento, em ambos os casos, é personalizado e muito atencioso (com alguns deles arriscando-se no português, para a alegria dos brasileiros). Os valores podem variar de US$ 200 a US$ 900 por dia, dependendo do modelo de aprendizagem desejado.
TRANSPORTE
Conhecer Vail de ponta a ponta é muito fácil. Além dos serviços oferecidos pelos hotéis, que incluem vans e carros com motoristas, uma ótima opção é o ônibus Green Line, que transita por toda a cidade de graça. O acesso ao destino, vale dizer também, não tem complicações, já que está a apenas duas horas de carro de Denver.
AÉREO
Na alta temporada, a United opera voos diários para Vail a partir dos hubs de Newark (EWR), Houston (IAH) e Chicago (ORD). Tarifas a partir de US$ 1.270 em classe econômica e US$ 5.294 em classe executiva. Vail tem fácil acesso tanto pelo aeroporto de Denver quanto pelo de Eagle, ambos atendidos pela United. Para mais informações, acesse www.united.com.
IMPERDÍVEL
Alguns passeios complementares valem muito a pena, por isso é preciso mantê-los no radar. Um deles é o snow tubing, uma descida radical com boia criada especificamente para dar aquele frio na barriga viciante. O brinquedo está localizado no Adventure Ridge e custa US$ 45 por três descidas ou US$ 75 por descidas ilimitadas. E que tal, depois de um dia repleto de diversão, jantar no topo da montanha e tomar um bom vinho? O Game Creek Restaurant oferece não apenas um cardápio espetacular, com pratos elaborados e atendimento dedicado, como também uma experiência autêntica na neve, por meio de um deslocamento de trator agrícola com limpa-neve. Seja no modelo com cabine ou tradicional (com assentos sem cobertura. Neste caso, cobertores são disponibilizados, afinal, ninguém quer congelar, não é mesmo?), a sensação é indescritível e, sem dúvida, ficará na memória.
“Esquiando pelo mundo” é uma série mensal. Sugestões e colaborações: redacao@panrotas.com.br.
JP 012 e 013.indd 13
16/02/2017 19:44:37
14 Aviação
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Renê Castro — Vail (Estados Unidos)
Top 10 na neve
Jake Cefolia e Lucimar Reis (United), Eduardo Kina (Alatur JTB), Cássio Oliveira (Ancoradouro), Rui Alves (Flytour Gapnet), Peter Weber (Skyteam), Nelson Oliveira (CWT), Soely Oliveira (BCD Travel), Guilherme dal Secco (United), Fernando Vasconcellos (Kontik Franstur), Carlos Vazquez (Esferatur), Luciano Guimarães (Rextur Advance), e Anthony Mota e Alex Savic (United)
Jake Cefolia, VP de Vendas da United para as Américas
Alex Savic, diretor de Vendas da United para a América Latina
O ESTADO NORTE-AMERICANO DO COLORADO E SUAS MONTANHAS COBERTAS DE NEVE
da adversidade, o Brasil mostrou-se resiliente e manteve a companhia aérea como uma das preferidas do mercado nacional, seja no lazer ou corporativo. Segundo a diretora de Vendas para o Brasil, Lucimar Reis, o Top 10 é responsável por cerca de 50% de todas as vendas da empresa em solo brasileiro. O diretor de Vendas para a América Latina da companhia, Alex Savic,
foram mais uma vez os escolhidos pela United Airlines para premiar os maiores parceiros brasileiros em vendas. Utilizando como cenário a bela região de Vail, a aérea reconheceu o esforço de vendas de Alatur JTB, Ancoradouro, BCD Travel, CWT, Esferatur, Flytour Gapnet,
JP 014 a 016.indd 14
Kontik Franstur, Rextur Advance e Skyteam com uma semana repleta de atividades em meio a temperaturas abaixo de zero. Ausências sentidas apenas por parte da Maringá e High Light, que não enviaram representantes para a viagem. Em praticamente todos os encontros durante o passeio, a equipe da United fez questão de frisar o quão complicado foi 2016, e que, mesmo diante
lembrou de importantes mudanças no cenário político brasileiro, como a posse de Michel Temer como presidente da nação e a eleição de João Doria como prefeito de São Paulo, fatos que, segundo ele, estão influenciando a economia local e são alguns dos muitos fatores que podem fazer de 2017 um ano de resultados mais expressivos. "O Brasil vem se recuperando em
16/02/2017 19:47:45
15
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
Entre as atividades do Top 10 constava uma aula de esqui em Vail
um ritmo mais acelerado do que esperávamos. Com a nossa parceria, não tenho dúvidas de que este ano será de muito sucesso para todos. Obrigado por estarem conosco", afirmou, ganhando o reforço no discurso do vice-presidente de Vendas para as Américas da companhia, Jake Cefolia. "Tenham a certeza de que a parceria de vocês é muito importante para nós. Trabalhamos muito para manter a United como a companhia norte-americana favorita do trade", completou.
FORTALECIMENTO
Em analogia aos 25 anos de United no Brasil – e o trade pode esperar por comemorações nos próximos meses –, a diretora para o País da empresa, Lucimar Reis, relembrou alguns momentos importantes da marca, como a complicada fusão com a Continental, em 2010, a compra de ações da Azul, em 2015, e, em 2017, a formalização de um acordo comercial (e sigiloso até o momento) com a Avianca. Para a dirigente, essas e outras estratégias consolidam a United em mercadoschave e a torna mais versátil em momentos de retração econômica. “Em 2016, reduzimos nossa oferta de assentos em 10% no Brasil, mas fizemos isso por meio de troca de equipamentos e retirada de rotas em dias de pouca demanda, uma atitude inteligente e que trouxe impacto mínimo para o consumidor, considerando uma queda geral do mercado de cerca de 25%”, analisou ela, informando também que
JP 014 a 016.indd 15
Lucimar Reis, diretora da United para o Brasil
a tarifa média da United fechou o último ano em US$ 1 mil, número que já voltou a subir nos primeiros dois meses de 2017 e deve se estabilizar em US$ 1,2 mil, considerado ideal pela empresa. Outra iniciativa que mostrou resultados efetivos foi a decisão de abandonar a fama de companhia aérea pouco flexível, característica que, inclusive, rendeu o apelido de “Ms. No” à empresa. “Aplicamos essa flexibilização com muita responsabilidade. A área de grupos foi um das que mais se beneficiou com essa nova postura. Em 2016, a United foi a única que cresceu em bilhetes e receita na Abracorp, ou seja, estamos no ca-
minho certo”, completou Lucimar, frente a frente com representantes do Top 10. O discurso foi apoiado e teve feedback automático, com empresas relatando melhores resultados após a possibilidade de melhor negociação com a aérea.
OSCAR MUNOZ
O ponto de virada para a United tem data e nome: setembro de 2015, mês de chegada de Oscar Munoz. O CEO, que mal assumiu a função e poucos meses depois teve de se afastar por conta de um transplante de coração, está fazendo uma verdadeira revolução na empresa, segundo seus principais colaboradores.
“Oscar [Munoz] está dedicado em transformar a United na melhor empresa do mundo, uma companhia feita de pessoas servindo pessoas. Com isso ficou ainda mais clara a política de voar para os destinos corretos, com a frequência correta e com os acordos corretos. Exemplos estão por todo o lado: o B777 que voa para o Brasil deve ficar até outubro, a rota para Chicago voltou a ser diária, ou seja, estamos retomando a forma e a demanda já está assimilado esse retorno de aumento de oferta.” p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da United, com proteção April > Continua na pág. 16
16/02/2017 20:21:08
16
< Continuação da pág. 15
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
POLARIS VEM AÍ
Parte do grupo que viajou para o Top conheceu o United Polaris Lounge. Na foto, Cibele Narazaki (United), Carlos Vazquez e Leonor Bernhoeft (Esferatur), Lucimar Reis (United), Paula Kina (Alatur JTB), Guilherme dal Secco, Anthony Mota e Jacqueline Conrado (United) e Eduardo Kina (Alatur JTB)
NINGUÉM SUPERA, PORÉM, A NOVA MENINA DOS OLHOS DA UNITED: A CLASSE POLARIS, DISPONÍVEL EM VOOS PARA A Ásia, mas que já é aguardada com fervor no restante do globo. No Brasil, a United já está oferecendo o novo serviço de bordo, com direito a experiências em alimentos e bebidas e kit de amenidades remodelado. Falta agora a reformulação das cabines, com a introdução de um assento “revolucionário”, segundo a empresa. Quando anunciada, no ano passado, a Polaris foi tratada como “a maior transformação em mais de uma década na companhia, com melhora no sono e na experiência desde o embarque até o desembarque”, nas palavras de Oscar Munoz. O plano de implementação da Polaris em toda a frota está previsto para durar 18 meses, mas os brasileiros já podem aproveitar alguns benefícios da nova classe. Isso porque está em operação o primeiro lounge dedicado exclusivamente aos passageiros da classe (e os brasileiros voando de executiva estão autorizados a aproveitar o es-
JP 014 a 016.indd 16
paço). Para isso, basta apresentar o tíquete na nova sala vip do Chicago O´Hare International Airport e usufruir de uma estrutura moderna, com decoração leve e amplo espaço útil. Entre os serviços disponíveis estão bar com bebidas especiais grátis, refeições à la carte e bufê, cabines de descanso, duchas e lavanderia express . Segundo Lucimar Reis, o novo lounge não substitui o United Club, que segue em operação e receberá, no futuro, apenas os passageiros voando em executiva nas rotas domésticas (na United e em companhias Star Alliance) ou que adquirem acesso por meio de ingressos especiais. "Os únicos que podem acessar o Polaris Lounge são os passageiros que estão voando nesta classe internacional. A ideia é que este espaço seja exclusivo, com serviços e atendimento ainda mais diferenciados", garantiu ela. A cobertura completa de fotos da premiação do Top 10 Brasil da United em Vail você confere no Portal PANROTAS . Acesse: www.panrotas. com.br. p
NOVIDADES NA
EQ UIPE
Jacqueline Conrado e Anthony Mota
O TOP 10 BRASIL DA UNITED SERVIU TAMBÉM PARA A APRESENTAÇÃO DE DUAS NOVIDADES NA EQUIPE DA UNITED NO PAÍS: ANTHONY MOTA E JACQUELINE CONRADO.
Mota assumiu em setembro o cargo de gerente de Vendas Brasil (exceto São Paulo). O profissional veio da indústria automobilística, após 18 anos de Volkswagen. Já Jacqueline está na United desde julho, na função de coordenadora de Marketing, após passagem pela Gol e agências de publicidade.p
16/02/2017 19:48:01
17 Aviação
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Rafael Faustino — Paris (França)
Hub à francesa
da Europa em número de passageiros. Ponto de partida e conexão para 320 destinos em todo o mundo. Cerca de 100 mil bagagens inspecionadas diariamente. Há mais e mais números que atestam a condição do ParisCharles de Gaulle como referência global na conectividade aérea internacional. Mas a grande notícia é que ainda há espaço para crescer. E foi isso que a Air France mostrou no começo de fevereiro, ao comemorar os 20 anos de seu hub no CDG com diversas melhorias implementadas recentemente. A companhia aérea decola e aterrissa 1 mil voos diários no aeroporto, respondendo por 53% de todo o tráfego — que foi de 65,8 milhões de passageiros em 2016. E é nas áreas operadas pela Air France onde se encontram as principais novidades recentes do Charles de Gaulle: um lounge aberto, um hotel e um novo espaço para menores desacompanhados dentro da área internacional, para ficar em alguns exemplos. Sem falar de novidades tecnológicas nas áreas públicas, como os 247 quiosques digitais para impressão de cartões de embarque e etiquetas de bagagem, e 2,5 mil tablets usados pela equipe da Air France. “Graças à inovação digital, à modernização da nossa infraestrutura e lounges, ao desenvolvimento de nossos serviços customizados a todos os passageiros e ao longo alcance dos serviços oferecidos pela Air France e o Aeroporto de Paris, nosso hub chega aos melhores padrões dentro da indústria”, comemorou o CEO e presidente do grupo Air France-KLM, Jean-Marc Janaillac.
Divulgação
O MAIOR HUB EUROPEU EM CONEXÕES INTERCONTINENTAIS. O SEGUNDO MAIOR AEROPORTO
Operação de respeito: são mais de 6,5 mil funcionários da Air France no Paris-Charles de Gaulle
O evento de apresentação, assim como boa parte dos investimentos no hub, foi realizado juntamente com o Grupo Aéroports de Paris (ADP), que administra os terminais aéreos na capital francesa. A ideia é projetar, de forma conjunta, os serviços da Air France e as melhorias no aeroporto, que só tem a ganhar com isso. “Assim como outros mercados, aeroportos estão em competição. Um voo da China para as Américas tem pelo menos dez opções de conexão, e precisamos cada vez mais nos firmar como a me-
lhor opção”, justificou o CEO e presidente do ADP, Augustin Romanet.
GUIA RÁPIDO
É impossível entender as melhorias promovidas no CDG sem antes conhecer, ao menos resumidamente, o funcionamento do enorme e complexo aeroporto. São três terminais, sendo que o maior deles, o terminal 2, é dividido em áreas que vão de A a G. O hub da Air France ocupa as áreas 2E, 2F e 2G, o que nominalmente pode parecer pouco, mas compreende a maior área
Hub da Air France no Paris-Charles de Gaulle
Portões K
Portões L Portões M
AS NOVIDADES
Voos europeus (dentro do espaço
Já são sete os business lounges da Air France no Charles de Gaulle, oferecidos aos passageiros que voam de executiva, e há também um La Première lounge, para a primeira classe. Mas desde novembro de 2016 o aeroporto
Shengen) de curto e médio alcance Voos internacionais de médio e longo alcance, inclusive para o Brasil (nos portões M) Conexão entre espaços e único ponto de verificação de segurança
JP 017 a 019.indd 17
do aeroporto (veja no gráfico). Fato é que, apesar da complexidade, o transporte é rápido, com um shuttle que circula pelos três terminais em poucos minutos. É claro, deve-se estar atento aos horários de embarque porque há muito para caminhar no aeroporto, dependendo de onde se esteja. Em especial na área 2E, que se subdivide nos grupos de portões de embarque K, L e M — é nesta última que chegam e saem os 19 voos semanais da Air France para o Brasil. No entanto, é justamente para evitar que os passageiros tenham a necessidade de andar longas distâncias no aeroporto, que foram abertas na área internacional do terminal 2E as principais novidades. Assim, quem está em conexão, além de não correr risco de perder seu voo, também não fica entediado. “Achamos que mais importante do que o tempo que o passageiro passa no ar, é o período em que ele está no chão. Uma conexão longa pode parecer um aborrecimento, mas apresenta oportunidades para o viajante relaxar, dormir, comer e se divertir”, cita Romanet.
Fonte: Air France (modificado e traduzido)
> Continua na pág. 18
16/02/2017 19:43:01
< Continuação da pág. 17
tem também um novo espaço de conforto aberto a todos os passageiros que passam pela área internacional. O Instant Paris tem cinco mil metros quadrados, oferece atendimento personalizado e não cobra a entrada — apenas comidas e bebidas são pagas. São vários sofás e uma pequena biblioteca à disposição no espaço, localizado na área L do terminal 2E, que emula um confortável apartamento francês e permite aos passageiros relaxar ou trabalhar enquanto aguardam seus voos. “É um espaço único, estilizado como uma chique casa parisiense, unindo classe e design high-tech”, destaca o diretor executivo e Chief Customer Officer do Grupo ADP, Laure Baume. A tecnologia também está presente, em especial no Timescope, equipamento 3D que permite ao visitante colocar os olhos em diversas atrações icônicas da capital francesa. Dentro do Instant Paris está o Yotel Air, um hotel dentro da área de embarque que tem conceito diferenciado em relação ao restante do espaço e também aos hotéis tradicionais: cobra a estada por hora, com 84 cabines disponíveis. Sessenta e oito delas cabines premium, para duas pessoas em cama de casal; quatro para famílias incluindo uma beliche no quarto; quatro acessíveis, com equipamentos para cadeirantes; e outras quatro apenas com chuveiros. Com exceção das últimas, que podem ser alugadas por uma hora a um valor de 15 euros, as demais pedem uma quantidade mínima de quatro horas, cobrando a partir de 75 euros. Em todos os casos, um ambiente compacto, moderno e preparado para o viajante — com televisão, encaixe para tomadas de diversos padrões internacionais e bancada de trabalho — está preparado para quem chega.
18
dades. O melhor e mais essencial que devemos entregar aos passageiros é a sua segurança”, garante Terner. No lounge Instant Paris, qualquer passageiro em conexão internacional pode ficar à vontade sem pagar nada
Um dos ambientes do Kids Solo, conjunto de espaços para menores desacompanhados no CDG
Outra novidade é o Kids Solo, espaço para menores desacompanhados, um tipo de viajante que é especialidade da Air France — mais de 56 mil viajaram com a companhia a partir do CDG em 2016, e mais de 300 mil em todas as rotas da aérea. No aeroporto, os menores têm à disposição seis espaços ao todo, com camas, vídeo-games, brinquedos, livros e comida. Além, é claro, do acompanhamento profissional. O Kids Solo recebe viajantes com Nos totens de informações do aeroporto, tudo está disponível em português
Quartos compactos e tecnologia de ponta: as cabines no Yotel Air, alugado por hora no CDG
JP 017 a 019.indd 18
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
entre cinco e 18 anos de idade que passaram pelo devido processo legal junto à Air France, e tem capacidade para até 80 crianças e adolescentes.
MULTICULTURAL
Outra faceta recente do Charles de Gaulle e da equipe da Air France é o atendimento em diversas línguas. Com a “invasão” chinesa que o mundo recebe no período do seu ano novo, toda a sinalização do aeroporto aparece em mandarim, além dos avisos sonoros dentro dos shuttles. Entre os cinco mil funcionários da aérea francesa no CDG, informações podem ser obtidas em até 13 idiomas. Nos totens eletrônicos de informações, são dez línguas disponíveis — incluindo o português, é claro. Se um serviço mais personalizado for necessário ao estrangeiro, ele pode contratar também o atendimento pago Meet & Assist. “Nosso maior desafio é entregar tudo o que prometemos aos passageiros. E é para isso que temos essa grande equipe no hub. Queremos fazer da jornada do passageiro a experiência mais autônoma possível, e precisamos estar preparados para atender a todos”, lembra o CEO da Air France, Franck Terner, outro líder presente na coletiva no Charles de Gaulle. Isso envolve, é claro, a própria segurança dos passageiros. A França ainda está em estado de emergência, e o terrorismo é uma memória ainda viva na lembrança do país. Por isso, exército e polícia estão presentes a olhos vistos no aeroporto, e as checagens de segurança ainda são mais minuciosas que o habitual. “Não podemos, por razões óbvias, divulgar nossas ações nesse sentido, mas estamos em constante contato com as autori-
FUTURO
Com tudo isso, ainda há espaço para crescimento no Charles de Gaulle. Para se ter uma ideia, a área M do terminal internacional ainda funciona apenas até às 14h, em função da falta de voos além desse horário. A demanda, entretanto, deverá seguir crescendo, e por isso novos investimentos estão previstos: o Grupo ADP injetará, nos próximos cinco anos, 550 milhões de euros em melhora da infraestrutura, segurança e qualidade. Isso inclui uma nova área de processamento de bagagens que aumentará em 50% a capacidade de manejo atual. O que significa mais 50 mil bagagens processadas todos os dias, apenas servindo o hub da Air France. Outra melhoria será o trem de alta velocidade que conectará o aeroporto à região central de Paris em 20 minutos — hoje, o trajeto também é fácil, mas leva o dobro do tempo utilizando os trens do sistema RER, também partindo do CDG. Dentro do aeroporto, também está prevista ampliação do sistema de identificação facial com dezenas de novos equipamentos, elevando ainda mais o grau de digitalização dos serviços. Também será aberto, já no mês de março, novo Business lounge da Air France na área 2G, de voos dentro da Europa. Algo que serve bem outro dos trunfos da companhia francesa: sua parceria com a KLM, com 12 voos diários entre os aeroportos Charles de Gaulle e Schipol, na Holanda. “Nossa ligação com Amsterdã é uma das vantagens que temos em relação a nossos competidores europeus. Não somente isso, mas também nossa grande rede de parcerias em todo o mundo”, destaca o CEO do grupo, Janaillac, antes de citar nominalmente a Gol entre as importantes parceiras. Para a Air France e o ADP, investir no CDG significa, sobretudo, apostar na França. E é aproveitando sua localização estratégica que ambos pretendem não só aumentar seu alcance internacional, mas também tornar o país ainda mais atrativo aos turistas. Foi com essa expectativa que Janaillac encerrou seu discurso: “Nossos esforços no Charles de Gaulle são a essência do futuro da Air France e também da França. Queremos que mais passageiros venham de todo o mundo para conhecer o estilo de vida francês.”p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Air France, com proteção GTA
16/02/2017 19:43:19
19
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
RETOMADA NO BRASIL O BRASIL NÃO ESTEVE DE FORA DAS EXPECTATIVAS CITADAS PELA AIR FRANCE EM RELAÇÃO ao seu futuro próximo. O vice-presidente executivo comercial, de Vendas e Alianças do grupo AF-KLM, Patrick Alexandre, afirma que, após uma queda “considerável” em ocupação e vendas no País em função da crise econômica e política e da impressão deixada pelo terrorismo na Europa, desde novembro passado já se nota uma melhora também notável desses indicadores, o que deve resultar em uma ampliação das frequências da Air France no Brasil ainda em 2017. Deverá ocorrer ao longo do ano o aumento de 12 para 14 voos semanais para São Paulo, chegando a duas frequências diárias. A rota do Rio de Janeiro, que hoje tem voos diários, também crescerá, ainda sem número definido. “Percebemos uma melhora no tráfego vindo do Brasil após a resolução da situação política [envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff]. Estamos animados com isso e esperamos aprofundar nossas relações com a Gol no País”, previu o CEO do grupo, Jean-Marc Janaillac. Outro fator de crescimento da aérea francesa no Brasil será a La Première,
JP 017 a 019.indd 19
Nas posições centrais: Franck Terner (CEO da Air France), Jean-Marc Janaillac (CEO do grupo Air France-KLM) e Augustin Romanet (CEO do Grupo ADP)
primeira classe da companhia. Mesmo com poucos assentos disponíveis por aqui, os brasileiros são ativos compradores, afirma Alexandre. O mercado brasileiro tem um dos maiores níveis de compra digital — em contraste com o que geralmente ocorre nesse nível de serviço, com compras via agentes e call center —, o que vai de acordo com a estratégia cada vez mais forte
de digitalização dos negócios da aérea francesa, visando ganhar agilidade e reduzir custos. Já outra frente de expansão está em compasso de espera. A nova companhia aérea do grupo anunciada no ano passado — ainda sem nome definido, mas batizada internamente de Boost — aguarda um acordo entre a direção e os pilotos do AF-KLM. Isso porque
um dos principais passos para tirar o projeto do papel envolve utilizar os pilotos das outras aéreas da holding — além de Air France e KLM, fazem parte a Hop e Transavia. A nova marca atuará no modelo de baixo custo e é projetada como uma resposta à pressão exercida pelas concorrentes nesse segmento e também da região do Golfo Pérsico.p
16/02/2017 19:43:28
JP 020 e 021 - A.indd 20
16/02/2017 19:36:39
21
JP 020 e 021 - A.indd 21
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
16/02/2017 19:36:45
22
SurFACE
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
Ao lado de Doria
Alguns nomes da indústria do Turismo de São Paulo dedicaram a manhã de sábado (11) para deixar a capital paulista “mais linda”. A convite do prefeito João Doria e do secretário de Turismo e presidente da SP Turis, David Barioni, líderes da trade estiveram logo cedo no centro da cidade para mais uma etapa de um de seus principais projetos, o Cidade Linda, que recupera, limpa e conserva espaços públicos. Entre os presentes estiveram Guillermo Alcorta, da PANROTAS, Chieko Aoki, da Blue Tree, Marcos Arbaitman, da Maringá, Edmar Bull, da Abav Nacional e Tarcisio Gargioni, da Avianca Brasil. Um dia depois, Doria foi a Dubai e ao Catar, onde anunciou “o maior programa de privatização da capital” e pediu à Qatar Airways um investimento de R$ 20 milhões para revitalização das marginais.
Investimento do ano
Passagem breve
A Universal Orlando Resort prepara para estrear (nas águas) seu terceiro parque temático: o Volcano Bay, a partir de 25 de maio deste ano. O parque aquático é o investimento do ano para a empresa, e tem localização estratégica: o terreno de 120 mil metros quadrados foi levantado em uma área próxima ao Cabana Bay Beach Resort, o primeiro hotel econômico e um dos mais recentes da Universal, que vai ganhar duas torres dando mais 400 quartos aos 1,8 mil já existentes. O parque aquático terá 18 atrações divididas em quatro áreas temáticas. O entretenimento inclui opções como a primeira montanha-russa na água, praias artificiais, piscinas com ondas, toboáguas de alta velocidade, rio sinuoso, e um show de fogos ao cair da noite. Race Through New York Starring Jimmy Fallon é outra das atrações prometidas para 2017.
Alípio Camanzano (foto abaixo) não é mais o diretor da CVC para Vendas On-line e Submarino Viagens, onde estava desde março de 2016. Herbert Camilo, outro nome forte do on-line da CVC, também não faz mais parte do quadro de colaboradores. Segundo a CVC, o rompimento de contrato foi de comum acordo. Também ex-Decolar, Camanzano afirmou que tem viagem marcada e retorna após o carnaval para retomar a vida profissional. A CVC e a Submarino Viagens agora buscam um novo head para a OTA e o on-line da operadora. Para o Marketing foi escolhido André Gavioli, ex-Via Varejo.
Sem retomada
Fernando Santos (Aviesp) e Edmar Bull (Abav)
Caso nascimento
A Aviesp anunciou na semana passada o cancelamento de sua feira de negócios em 2017, que ocorreria em 30 e 31 de março. O presidente da associação, Fernando Santos, atribuiu a mudança de planos ao momento econômico conturbado do País, à realização de muitos outros eventos próximos à data da Aviesp Expo 2017, à desistência de expositores antes confirmados, entre outros fatores. Cerca de 70% do espaço do Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), estava vendido. Santos também afirmou a intenção de canalizar todos os esforços na Abav e Encontro Comercial Braztoa, em São Paulo.
Quase dois anos após o pedido de recuperação judicial da Nascimento Turismo, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por meio da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, exigiu o bloqueio cautelar dos bens e direitos de Eduardo Augusto Vampré Nascimento, Plínio Augusto Vampré do Nascimento e Eduardo Vampré do Nascimento, além das empresas MMSW Administação de Bens e Participações, SCI Bar e Restaurante, LCNT Agência de Viagens, Viajelisto Brasil, TCN Fomento Comercial, Latin América Cruises, Performa Web Publicidade, Viajar Barato e VPM7 Participações. A Viaja Barato conseguiu liminar autorizando o desbloqueio dos bens, por não ter relação direta com a Nascimento. De acordo com o processo, tais pessoas físicas e jurídicas estão envolvidas, em tese, em possíveis manobras de desvio de ativos. Por fim, o tribunal ainda determina o bloqueio de ativos financeiros existentes em nomes das referidas pessoas até o limite de R$ 36.534.806,75 (valor estimado do passivo na presente recuperação judicial), via Bacenjud.
JP 022 e 023- Surface.indd 22
Ponto a ponto ● O Grupo Trend reforçou sua equipe de Vendas com a executiva Deborah Cukier na semana passada. Ex-Txai Resorts, ela tem quase 15 anos de experiência na hotelaria. ● Cacalo Destro deixou a diretoria geral da Ancoradouro Operadora, onde ficou aproximadamente sete anos. O profissional agora busca novas oportunidades. ● A consolidadora paulista Sakuratur anunciou um novo gerente regional de Vendas para o Sul do Brasil, Christian Marranghello, que tem 13 anos de área comercial, com passagens por Gol, Aerolíneas, Copa e Etihad.
16/02/2017 19:45:40
23
22 a 28 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
Nível alto
Heber Garrido foi promovido recentemente a diretor das áreas Comercial, Marketing, Operacional e Novos Negócios do Transamérica Hotel Group, e continua na diretoria estatutária do Transamérica Comandatuba, São Paulo e Fly One. A empresa também anunciou que Thomas Humpert deixou a diretoria executiva. Garrido também passa a cuidar da Fly One, a agência de viagens corporativa responsável por todas as empresas do grupo (Banco Alfa, C&C, La Basque, rádio e TV, água mineral Prata e Transamérica Expo Center) e que deve se lançar ao mercado ainda este ano, atendendo empresas fora da holding. p
Maior capacidade
A Delta Air Lines substituirá, a partir de 16 de setembro, suas aeronaves B767-300ER por modelos A330-300 nos voos de Nova York (JFK) e Orlando para São Paulo (GRU). Isso significa aumento de 67 assentos em cada voo, pois o Boeing possui 226 lugares, enquanto o Airbus possui 293 assentos. p
JP 022 e 023- Surface.indd 23
Mice árabe no Brasil
A Avant Garde foi nomeada pela DMC Arabian Adventures, Meetings, Incentives and Events, que faz parte do Emirates Group, como sua representante oficial para a América Latina. Isso significa que a empresa brasileira terá como missão popularizar ainda mais Dubai e os Emirados Árabes Unidos como destinos para o segmento Mice. Essa parceria dará aos agentes latinoamericanos maior oferta da rede de serviços para incentivos, convenções e reuniões corporativas, operadas pelo time de profissionais. Estamos começando as comemorações de nosso décimo aniversário em grande estilo”, ressaltou o fundador e presidente da Avant Garde, Sidney Alonso. p
16/02/2017 19:45:47
JP 024 - A.indd 24
16/02/2017 17:48:33