Jornal PANROTAS 1264

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.264

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12 a 18 de abril de 2017

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AVIANCA Brasil Companhia brasileira anunciou voos de São Paulo para Miami (EUA) e Santiago (Chile), apostando no conforto e na tecnologia de seu A330. Um terceiro destino no Exterior deve ser anunciado ainda este ano

entra na briga internacional

A330-200

> Páginas 08 e 09

Leia também a cobertura do Ibas e do Landings Latin America > Páginas 12 a 15

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GOL EM NÚMEROS Há 16 anos no mercado brasileiro, a Gol garante que sua maior preocupação é a experiência de seus passageiros. A aérea se coloca como líder de mercado em pontualidade, conforto, atendimento e tecnologias. Recentemente, a Gol atingiu a liderança do mercado de acordo com os dados da Abear, além de ter alcançado a liderança no segmento corporativo, segundo ranking da Abracorp. Confira alguns dados no infográfico abaixo, divulgado pela própria aérea:

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Fonte: Gol Linhas Aéreas

LEIA NESTA EDIÇÃO Página 04 Turismo dos Estados Unidos traz mensagem positiva no Visit USA Página 11 Top 10 da Copa Airlines, que tem novo country manager no Brasil Páginas 12 a 15 Ibas mostra que aviação brasileira urge por mudanças

Páginas 16 e 17 Ancoradouro comemora 30 anos no 26o Encontro Páginas 18 a 20 Disney World e seu poder de encantar a todos, inclusive o corporativo

Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Muito além de gregos e troianos O ambiente (complexo) da distribuição (incluindo vendas e promoção) de produtos e serviços turísticos está bem longe da polarização rasa e superficial do “ou isto ou aquilo”. Não existem apenas duas ou mesmo poucas opções no mercado e isso é bom para o consumidor; mas também é complexo para distribuidores e fornecedores. A discussão da hotelaria fluminense com a Decolar.com no ano passado jogou muita luz sobre o assunto: quem tem de ter a estratégia é o dono do produto, baseando-se no que a demanda deseja, onde ela está, que preço quer pagar, quando quer consumir, que impacto os custos das novas tecnologias ou intermediações terão no preço final do produto, o posicionamento do produto, a capilaridade e eficiência do intermediário... enfim, uma gama de análises e contas que vão além da demonização das OTAs ou santificação da venda direta on-line. Vender direto ao consumidor final ou às empresas, vender via agências de viagens (de lazer, de nicho ou corporativas) ou ter acordos com grandes operadoras, usar as grandes OTAs ou apostar em canais on-line mais focados, partir para o corpo a corpo ou para campanha de TV, divulgar nos meios off-line ou on-line (ou nos dois),

anunciar em revistas ou sites, blogs ou na mídia segmentada, ir a uma feira ou não, ter estande ou apenas visitar, fazer eventos próprios ou apostar em parcerias, investir no público final ou no trade, estar em todas as mídias sociais ou escolher algumas, distribuir panfletos na igreja ou no clube da elite paulistana, atender ao pedido de um blogueiro ou de uma grande editora, adesivar um ônibus em Nova York ou gastar a verba no Google...entre outras dúvidas e dilemas que não necessariamente excluem uns aos outros fazem muitos perder o sono e gastar horas em cálculos e análises. A realização da WTM Latin America, na semana passada, em São Paulo (traremos a cobertura do evento na próxima edição do Jornal PANROTAS, incluindo uma revista exclusiva), é uma prova dos dilemas que fornecedores, compradores e demais players do Turismo vivem. Depois de um mês (março) repleto de eventos, grandiosos ou intimistas, bem organizados ou quase improvisados, tradicionais ou inovadores... eis que chegou a hora da grande feira generalista do primeiro semestre. Não há como negar as qualidades do evento, como a ampla presença internacional, o ativismo e dinamismo da parceira Braztoa, o profissionalismo da Reed, o interesse dos agentes de viagens por produtos

e bom conteúdo... mas para os que não têm as feiras em sua estratégia (e orçamento) nem adianta falar tanto. Há quem prefira a WTM, há quem priorize a Abav Expo, por exemplo. Há os que vão nas duas, ou os que gastam mais em uma delas, dependendo de sua estratégia e do momento de sua empresa. Há quem odeie feiras. Há quem odeie feiras e amanhã volte a amá-las. Há quem responda rápido às crises e há quem demore a ver a recuperação do Brasil. Uma complexidade (tal e qual a que citamos lá no início e que está inserida naquele contexto, das escolhas de onde promover e distribuir o produto) que torna tudo mais difícil e dinâmico. Que torna tudo mais estratégico e delicado. Seja em voo solo ou em parcerias, escolher está cada vez mais decisivo e não dá mais para espalhar um pouquinho do budget em cada evento, publicação, site... Seu cliente está onde? Suas vendas vêm de onde? Seu futuro está onde? Sabendo disso (e não é tão fácil ou exato, mas há ferramentas para tal) as estratégias ficarão mais claras. Seja qual for ela, vale lembrar, contem conosco, da PANROTAS, para somarmos forças por um Turismo cada vez mais reconhecido e com alto valor. Estamos juntos. E olhando todas as possibilidades

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Assinatura anual: R$ 468

Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira

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Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen,

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ASSOCIAÇÕES

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E AQU T S E D

DO PORTAL

> PANROTAS

30/3 a 5/4

1 South African corta voos entre São Paulo e Johanesburgo – em 31/3

2 Resort mineiro passa a atuar no modelo all inclusive – em 30/3

3 Avianca está perto de anunciar Miami e Santiago – em 3/4

4 Trend lança site de Lazer: “nunca existiu nada igual” – em 30/3

5 Grupo Trend abre processo seletivo; confira as vagas – em 30/3

6 Avianca crescerá 20% e alerta: “próxima semana promete” – em 1/4

7 Avianca Brasil voará direto de SP para Miami e Santiago – em 4/4

8 Fornecedores elegem melhores agências de viagens; veja – em 4/4

9 Latam Brasil inicia vendas para Bariloche; veja frequências – em 30/3

10 Operadora é lançada com foco em safáris no Brasil – em 3/4

11 Ancoradouro comemora 30 anos no Encontro 2017; fotos – em 31/3

12 Gerente Brasil ganha prêmio máximo da Disney – em 4/4

13 Copa tem novo gerente geral Brasil, e terá 2 novas rotas – em 3/4

14 CVC bate recorde de vendas em 2017; veja números – em 3/4

15 Cirque du Soleil anuncia Maria Camilla como representante – em 4/4

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Eventos

Keep calm PRINCIPAL EVENTO DO TURISMO DOS ESTADOS UNIDOS NO BRASIL, O VISIT USA DEIXOU acima de tudo, uma mensagem otimista ao mercado brasileiro durante suas passagens por São Paulo e Rio de Janeiro. O pior da crise já passou, e os players que dependem do destino norte-americano no emissivo internacional têm motivos para seguir adiante, pois serão correspondidos. O primeiro a tranquilizar nosso trade foi o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Michael McKinley, em relação aos vistos. “O governo de Donald Trump não deve ser motivo de temor para os brasileiros que desejam visitar o país, pois não haverá mudança em relação à outorga de vistos para brasileiros”, esclareceu o oficial, que por outro lado descartou a possibilidade de isenção de visto em um futuro breve. “Contudo, nos três últimos meses, o número de pedidos de vistos norteamericanos para brasileiros teve forte aumento e também houve crescimento na taxa de aprovação”, completou o embaixador. O cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Ricardo Zuniga, também passou otimismo aos presentes, lembrando que o clima do evento deste ano estava muito melhor do que no ano passado, quando uma série de incertezas pairavam sobre o Turismo e a economia do Brasil. “Já podemos ver melhoras no fluxo de viagens e esperamos um ano forte”, previu. “Como consulado, queremos facilitar o intercâmbio entre Brasil e Estados Unidos”, afirmou. A mensagem positiva do mercado e para o mercado ficou por conta do diretor de Vendas da American Airlines para São Paulo e Sul, José Roberto Trinca. Ele deixou claro que já há sinais de retomada. “Estamos estudan-

Ricardo Zuniga, Camille Richardson, Michael McKinley e Jussara Haddad, do Consulado dos Estados Unidos

do o retorno de rotas canceladas no passado e ampliação de frequências antes reduzidas. A demanda está voltando. O primeiro trimestre foi muito bom, 23% acima do mesmo período no ano passado.” Trinca afirmou ainda que irão começar aumentando a frequência de voos para Los Angeles, de cinco por semana para voos diários durante a alta temporada de julho. A rota era diária até dezembro do ano passado, quando houve a redução de frequência. Dessa vez, os voos voltam a ser diários em 5 de julho e permanecem assim até 3 de agosto. “Estamos com demanda reprimida, os voos estão com alta taxa de ocupação. O Brasil voltou a brilhar”, concluiu.p

Andrea Gabel, do Turismo de St. Petesburg e Clearwater

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Rafaela Gross, do Visit Florida

Rodrigo Barcelos, Aline Freitas, Fabiano Araujo e Kalyne Luz, da RCA Turismo, uma das principais operadoras brasileiras na venda de Estados Unidos

Jane Terra e André Almeida, do Visit Orlando

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06 Hotelaria

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> Rodrigo Vieira - Porto Seguro (BA)

Sempre diferente UM DOS GRANDES ENTRAVES DA HOTELARIA NACIONAL É O CONSERVADORISMO. IMAGINAR QUE NO FIM DE TUDO "A HOTElaria vai vencer" e também deixar de investir, tratar a tecnologia como coadjuvante, ignorar a experiência do hóspede durante a estada... Tudo isso é parar no tempo, pois o mercado é mutante e dinâmico e desafios sempre existirão. É assim que pensa o presidente da Associação Brasileira de Resorts (ABR), Luigi Rotunno, e é por isso que seu empreendimento, o La Torre Resort All Inclusive, de Porto Seguro (BA), tem a missão de estar em constante renovação. Tudo começou 12 anos atrás com uma equipe de 26 pessoas, no modelo apart hotel. "Hoje somos um dos mais respeitados e consolidados resorts do Brasil, com 270 apartamentos nos mais diversos modelos, em 120 mil metros quadrados. Mais do que tamanho, nosso orgulho é ter crescido qualitativamente", afirmou o diretor do La Torre. "Cada dia que passa nos superamos e nos perguntamos 'o que faremos de novo daqui para a frente?'. Esse é o espírito La Torre", completou Rotunno. E em 2017 não está sendo diferente. Na intenção de mostrar que o La Torre está sempre se renovando ao mesmo tempo em que mantém sua identidade, o diretor dá oito motivos para o agente de viagens vender pacotes ao resort neste ano. "Tudo o que temos feito é baseado nas experiências do hóspede. O viajante moderno não tem mais paciência para ser catalogado, temos de surpreendê-lo a cada estada. Em nossos novos passeios, por exemplo, o hóspede sai do ponto A sem saber exatamente o que vai encontrar no caminho, onde vai dar, que tipo de surpresa terá.” Saiba quais são os principais argumentos de venda de La Torre em 2017:

1. YAGO, O MORDOMO VIRTUAL Ao chegar no resort e conectar à rede wi-fi, o mordomo virtual Yago abrirá automaticamente pelo navegador do smartphone. Não há aplicativo, o que, segundo o diretor do La Torre, Luigi Rotunno, é uma tendência. “O consumidor está um pouco saturado dos aplicativos, e a estada dele aqui é passageira, portanto, optamos pelo formato web.” Embora esteja vinculado à rede sem fio, o Yago funciona apenas na intranet, isto é, não necessita de conexão com a internet para ser

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executado. Basta estar ligado no wi-fi. Com sobrenome e número do quarto, o hóspede tem à disposição uma série de serviços na palma da mão. Esteja no quarto, na piscina, no spa ou em qualquer outra área do resort, é possível ter muito mais conforto e encurtar a distância com o operacional pedindo toalhas, bebidas, tira-gostos, agendar atividades e passeios, consultar a programação, entre outros. O pedido é feito diretamente ao profissional responsável, sem precisar passar pela central. Suas categorias são Lazer, Serviços, À La Carte, Opinião e Meu Painel.

Luigi Rotunno, diretor do La Torre Resort All Inclusive

2. GASTRONOMIA

O La Torre Resort All Inclusive tem um novo menu à la carte em 2017. Entre os pratos principais, lagosta, cordeiro e outras opções. As entradas e as sobremesas também são deliciosas. Cada hóspede tem direito a uma refeição à la carte por estada, mas é possível inclui-lo como extra. Além disso, o all inclusive do La Torre está longe de ser uma improvisação. As refeições são fartas, bem estruturadas e de qualidade. Não deixe de sugerir a pizza ao seu hóspede, que a todo tempo está sendo oferecida no restaurante principal. As comidas de boteco também são aposta este ano. “Muitos brasileiros adoram nossos petiscos, e apostamos nisso, principalmente para degustarem na piscina e na praia.”

3. NOVOS PRODUTOS PRAIA Em todos os dias de 2017 há música ao vivo no Clube de Praia do La Torre. Segundo Rotunno, essa foi uma demanda dos hóspedes. O espaço também teve serviço aprimorado. Agora, praticamente tudo o que é servido na piscina também é oferecido na praia. “O Clube de Praia é a estrutura do nosso serviço all inclusive estendido para a areia.”

4. NOVOS PASSEIOS

O La Torre está de olho no conceito de experiências, que o mercado tanto vem ressaltando nos tempos atuais. Pelo menos é o que garante Rotunno. “Nós revolucionamos o conceito de escuna. Criamos um produto completamente diferente, cheio de experiências novas e surpresas”,

afirmou o diretor. Ele se refere, entre outras novidades, ao novo almoço ou jantar na escuna, um produto recém-lançado, para oferecer o melhor da gastronomia do La Torre a bordo da embarcação.

5. FAMÍLIA

O La Torre se vende como um produto desenhado à família, e segue de olho no que pode fazer para criar as melhores atividades entre adultos e crianças. Neste ano, uma das apostas é o novo espaço Happy Hour, uma espécie de jardim aberto, cercado por bela natureza, onde há atividades para as crianças com monitores e um bar estilizado para adultos beberem um drinque ao final do dia. “É uma maneira de agregar todos, em que os filhos se divertem enquanto os adultos relaxam com a confiança de que está tudo sob controle.”

6. INTERNET

Os apartamentos que restavam sem fibra ótica de acesso à internet serão contemplados com a tecnologia este ano. São as 46 suítes superiores do La Torre. Além da conexão, mais tomadas serão adicionadas, o que, segundo Luigi Rotunno, é um desejo do hóspede. “Distribuímos fibra ótica em todo resort, mas faltam alguns pontos estratégicos, como essas suítes de categoria superior. É uma reforma vanguardista, não era algo que precisáva-

mos urgentemente, mas nosso resort está sempre se antecipando ao problema. Essa antevisão é nosso segredo.”

7. O QUANTO ANTES

Outro segredo do La Torre é a gestão de venda antecipada. Há anos o resort adotou medida similar à das companhias aéreas. Quanto mais perto a reserva é da data de hospedagem, mais alta será a tarifa, independentemente do número de quartos disponíveis. “Acostumamos tanto os operadores quanto os hóspedes com esse tipo de gestão de tarifa. Um bom revenue management é essencial para a saúde financeira de um resort”, explicou o empresário. “Antes do final da primeira quinzena de março já tínhamos o mês de abril praticamente lotado”, completou Luigi Rotunno.

8. RÉVEILLON

O que no começo era visto como uma aposta ousada no La Torre, virou um produto já consolidado. O último réveillon no resort, cuja temática foi de cassino, comportou aproximadamente mil pessoas, e a virada 2017-2018 promete ainda mais. “O próximo réveillon já está sendo traçado desde o final da última edição. O feedback dos hóspedes nos emocionou. Já tem gente querendo repetir a festa na próxima edição. É algo que nos enche de orgulho”, afirmou a diretora comercial do La Torre, Renata Righi.p

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CAMPEÕES

no resort durante um final de semana em março por uma ocasião especial e acima de tudo merecida. Trata-se da segunda edição do prêmio Akaié, que reconhece os campeões de venda e principais parceiros do único estabelecimento all inclusive de Porto Seguro (BA). Esses players foram responsáveis pela venda de mais de 55 mil room nights no ano passado (nada mau, considerando o total de 270 apartamentos) e foram devidamente reconhecidos pelo diretor Luigi Rotunno e sua equipe. “A reciprocidade e a gratidão são elementos muito importantes em nossa filosofia, e Turismo é relacionamento. Por isso cuidamos com muito carinho dos nossos principais parceiros. Não podemos só receber, temos de retribuir”, afirmou Rotunno. “Além das operadoras, fortalecemos a posição das OTAs no ano passado, e elas também estão sendo premiadas nessa edição, pois fazem parte de um panorama de vendas importantes para o La Torre.”

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1 PANROTAS Editora não foi necessariamente uma campeã de Divulgação Adilson Santos/La Torre

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Operadoras e OTAs premiadas pelo La Torre representaram 70% do volume de vendas do resort em 2016, mais de 55 mil pernoites

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OS RESPONSÁVEIS POR MAIS DE 70% DAS VENDAS DE LA TORRE ALL INCLUSIVE SE HOSPEDARAM

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vendas, mas foi reconhecida na categoria mídia especializada. Na foto, Luigi Rotunno, do La Torre, e Rodrigo Vieira, da PANROTAS 2 Daniel Dias e Carlota Soares (à direita), da Viagens Master 3 Claiton Armelin, da CVC 4 Humberto Capelin, da Azul Viagens 5 Renato Kido, da Visual Turismo 6 Fabbri (à esquerda) e Andréa Trindade, da Latam Travel 7 Michael Barkoczy e Daniel Firmino, da Flytour Viagens 8 Alexsandro Melo, da FRT Operadora 9 Silvia Russo, da Trend Operadora (à direita) 10 Fernando Tanaka e Felippe Xavier, da Decolar.com 11 Karen Garcia, da Zarpo (no centro) 12 Raoni Herrero, da Hotel Urbano

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> Rodrigo Vieira

Rumo a Miami e Santiago Avianca Brasil terá, neste primeiro momento, três aeronaves A330-200

O MISTÉRIO POR FIM ACABOU. NA SEMANA PASSADA, A AVIANCA BRASIL ANUNCIOU O que fará com seus três A330-200 recém-comprados: conectar São Paulo com voos diretos e diários a Miami e Santiago. A ligação com a cidade norte-americana já tem data e horário para acontecer, em 23 de junho, partindo da capital paulista às 23h55, chegando às 7h25. No sentindo inverso, parte de Miami às 19h30 e aterrissa às 5h. Todos os horários são locais, e os voos já estão disponíveis nos canais de venda da companhia aérea. Até o fechamento desta edição, a ligação de Santiago estava prevista para julho, ainda sem dia específico. “Escolhemos Miami porque é um destino internacional com muita demanda no Brasil. Há uma cultura do brasileiro de fazer viagens a lazer e a trabalho nesta cidade. Nossos passageiros pedem Miami e é para lá que vamos”, justificou o fundador da Avianca Brasil, José Efromovich. O planejamento da Avianca Brasil é crescer de 8% a 10% em faturamento em um ano cheio com essas duas novas rotas. "Serão aproximadamente 500 assentos disponíveis diariamente na ida e volta de Miami e de Santiago. Isso totaliza aproximadamente 250 mil passageiros anualmente nas duas rotas", calculou o vice-presidente, Tarcísio Gargioni.

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Os desafios serão grandes, como admitem os próprios executivos da Avianca Brasil. Para o destino norte-americano, a aérea vai encarar alto volume de voos de concorrentes nacionais e internacionais, enquanto na rota à capital chilena terá de enfrentar a Latam Airlines. Entretanto, Gargioni confia ter o que é preciso para conquistar a preferência do passageiro. “A começar pelos nobres horários. Tanto a ida quanto a volta são feitas em voos noturnos, em que os passageiros desembarcam pela manhã. Também contamos com nossa excelência em serviço e qualificada experiência. A soma de melhor atendimento, conforto a bordo e um preço competitivo vai conquistar o cliente”, prevê Gargioni. “Não é nada diferente do que já temos de enfrentar diariamente no doméstico, onde estamos conseguindo êxito na nossa operação mesmo nos piores anos de crise.” Uma novidade no programa de fidelidade Amigo é outra arma da companhia na disputa pelo passageiro não só nas rotas internacionais, mas também no doméstico. “Absolutamente todos nossos assentos terão disponibilidade de marcação via milhas a partir das próximas semanas, independentemente de sua classe ou valor tarifário”, explicou o presidente Frederico Pedreira. “O objetivo é dar ao cliente a possibilidade de pagar com pontos e viajar no voo,

data e horário em que quiser. É um processo dinâmico e todo inventário estará disponível, seguindo tendências de algumas aéreas internacionais. Trata-se de um avanço muito significativo na qualidade de atendimento", completou. A Avianca Brasil também conta com a participação na Star Alliance para obter sucesso na rota. Por meio da aliança internacional, a companhia brasileira oferece conectividade com 1,3 mil destinos em todo o mundo. A expectativa é que isso atraia o passageiro brasileiro e estrangeiro para os novos voos internacionais. O presidente Frederico Pedreira disse também que ainda este ano deve anunciar mais um voo internacional para

somar a Miami, Santiago e Fortaleza-Bogotá. O mercado fala em São Paulo- Bogotá, onde fica o hub da Avianca Holdings.

FUSÃO

Por falar em Avianca Holdings, a companhia colombiana nunca esteve tão próxima de uma fusão com a brasileira. “Chegou a hora de ponderar uma fusão”, adiantou José Efromovich em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS. “Anunciamos ao mercado que vamos começar a trabalhar em um projeto, e esse projeto está caminhando. Há um grupo de trabalho específico para esse estudo tanto na Avianca Brasil quanto Avianca Colômbia, e isso deve ser conduzido aos conselhos de administração de cada uma

Frederico Pedreira, José Efromovich e Tarcísio Gargioni, da Avianca Brasil

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das empresas até o fim deste ano, para ver se o projeto faz sentido, para ver se é algo que se consolida”, afirmou Efromovich, irmão do presidente da Avianca Holdings, Germán Efromovich. A conclusão de Efromovich é de que, caso consolidada a fusão, ela traria os benefícios naturais da união de duas empresas que já têm muita sinergia. “Avianca Brasil e Internacional já têm a mesma marca, aeronaves, uniformes... Simplesmente vamos integrar e consolidar isso tudo como única empresa", concluiu.

A330-200

Um dos três A330-200 da Avianca Brasil já se encontra em solo brasileiro, e voará regularmente São Paulo-Fortaleza em fase de testes. Os próximos dois chegarão nas próximas semanas, de acordo com os executivos. A aeronave comportará 238 passageiros, com 206 em econômica, de configuração 2-4-2, e 32 em executiva, em 1-2-1. “A chegada do A330 é resultado de um projeto que vem sendo maturado há anos pelas nossas equipes. Decidimos lançá-lo neste momento porque entendemos que há boas oportunidades de negócios e espaço para bem servir os passageiros

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Na econômica, aeronave comporta 238 passageiros

internacionais, desenvolvendo ainda mais a nossa empresa, a representante brasileira na Star Alliance”, comemorou Frederico Pedreira. Os jatos vêm equipados com a tecnologia de iluminação ambiente em led, desenhada para proporcionar o melhor bem-estar durante a viagem. A Avianca Brasil informou que, no futuro, equipará as aeronaves com wi-fi. A numeração do voo para Miami é 8510, e a volta 8511.

AVIANCA EM NÚMEROS

Fonte: Avianca

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Hotelaria

As “Estrellas” da Iberostar A REDE IBEROSTAR HOTELS & RESORTS REALIZOU, NO FINAL DO MÊS PASSADO, NO COMPLEXO Iberostar Praia do Forte, na Bahia, o prêmio Estrellas 2017, que reconhece, desde 2006, o trabalho dos parceiros da indústria de Viagens e Turismo. A Banda Eva foi responsável por agitar uma das noites em homenagem aoscampeões de venda da rede em 2016. Para reconhecer e prestigiar os homenageados, estiveram presentes o diretor geral da Iberostar para as Américas, Enric Noguer, o diretor comercial Brasil, Orlando Giglio, o diretor do Iberostar Bahia, Arnaud Le Lanchon, o diretor do Iberostar Praia do Forte, Ramón Girón, o diretor do Iberostar Grand Amazon, August Winfried, e o diretor de Operações Brasil, David Malagelada, que aproveitou a oportunidade para anunciar seu sucessor, Jesus Bosque. Jesus Bosque atua na Iberostar há 19 anos e passou por hotéis da rede na República Dominicana e no México. Antes de vir ao Brasil, ele respondia pela função de diretor do Iberostar Playa Mita, no México, desde 2013. No novo cargo, Bosque afirma que quer consolidar os hotéis no país. “Minha proposta é buscar novas oportunidades de negócios, assim como dar prosseguimento aos produtos de qualidade que oferecemos, sempre melhorando a experiência de nossos hóspedes e clientes corporativos.”p

O evento foi realizado no complexo Iberostar Praia do Forte, na Bahia

TOP 10 IBEROSTAR OTAS BRASIL 1- CVC 2- Visual Operadora 3- Latam Travel 4- Flytour Viagens 5- Azul Viagens 6- Litoral Verde 7- Trend 8- MMTGapnet 9- Turnet 10- Viagens Master

Orlando Giglio e Luciene Xavier, da Iberostar, com Renata Maida e Tatiana Garcia, da MMTGapnet

1- Booking.com 2- Decolar.com 3- Hotel Urbano 4- Zarpo 5- Expedia

Orlando Giglio, da Iberostar, e o vocalista da Banda Eva, Felipe Pezzoni

TOP 5 IBEROSTAR GRAND AMAZON 1- CVC 2- Viververde 3- Visual 4- Latam Travel 5- Interpool

Luna Farias e Orlando Giglio, da Iberostar, com Andrea Trindade, da Latam Travel

Orlando Giglio, Luciene Xavier e Luna Farias, da Iberostar, com Dyogo Schroeder, da Trend

Orlando Giglio e Luna Farias, da Iberostar, entregam prêmio a Graziella Barretto e Heloana Giraldella, da Booking.com

David Malagela, da Iberostar, Claiton Armelin e Cristiano Placeres, da CVC, e Orlando Giglio, da Iberostar

August Winfiried, do Iberostar Grand Amazon, Jesus Bosque, novo diretor de Operações do complexo Iberostar no Brasil, Ramon Giron, diretor Iberostar Praia do Forte, Enric Noguer, diretor Américas, David Malagelada, Arnaud le Lanchon, diretor Iberostar Praia do Forte, e Orlando Giglio, diretor comercial

David Malagelada, da Iberostar, Gilberto Hingel, da Litoral Verde, e Simone Lara, da PANROTAS

Andre Matos, da TCH Turismo Bahia, Daniel Dias, da Viagens Master, e Renato Kido, da Visual

Emiliano Cobos, do Iberostar Bahia, Enric Noguer, diretor geral Américas da Iberostar, e Gustavo Romaguera, do Iberostar Bahia

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Aviação

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> Leonardo Ramos e Artur Luiz Andrade

Retomando A SEMANA PASSADA REPRESENTOU MUITO PARA A COPA AIRLINES NO BRASIL. COMO SE NÃO

bastasse o reconhecimento de seus dez principais parceiros, a companhia anunciou uma reestruturação com direito a novo gerente para nosso mercado. Seu nome é Emerson Sanglard, que já atua há quatro anos na companhia, onde cuidou da área de Marketing e Comunicação para a América do Sul. Sanglard será o único country manager a se reportar diretamente ao vice-presidente comercial, Christophe Didier, este baseado no Panamá. As diretrizes de Christophe a respeito do que ele espera do novo country manager já estão bem definidas. “Aumentar as vendas de outros destinos além de Punta Cana, Cancun, Orlando e Miami para os viajantes de lazer; ter mais presença no mercado de viagens corporativas; e reestruturar a equipe no País”, afirmou o vice-presidente comercial. Este último item já está em andamento. Além da gerência de Vendas Brasil sob os cuidados de Jaqueline Ledo,

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Sanglard está entrevistando candidatos para duas vagas em aberto: gerente São Paulo e gerente corporativo, ambos se reportando diretamente a ele. Com essa estrutura (que inclui 44 profissionais), Emerson Sanglard acredita que a Copa estará ainda mais próxima do trade brasileiro. O Brasil é o segundo mercado global para a Copa Airlines, atrás apenas dos Estados Unidos, e à frente de Argentina, Panamá, Chile, Colômbia e México. “Temos 76 voos semanais do Brasil, teremos o sexto voo Guarulhos-Panamá em junho e julho, mas ele deve voltar de vez no final ano, e a ocupação está muito boa, assim como houve melhora na tarifa média”, adiantou Sanglard. Em 2018 a Copa promete duas grandes notícias no Panamá: a chegada dos primeiros Boeing 737 MAX (foram encomendados 71) e a inauguração do Terminal 2 do aeroporto da Cidade do Panamá. Ainda em 2017, a empresa deve anunciar dois novos destinos: um nos Estados Unidos e outro ainda mantido em segredo.p

Christophe Didier, VP de Vendas; Emerson Sanglard, gerente geral para Brasil, Jaqueline Ledo, gerente de Vendas para o Brasil (exceto SP); e Gustavo Esusy, gerente regional de Vendas do Cone Sul

T O P 10 C O P A OS MAIORES VENDEDORES DE COPA AIRLINES EM 2016 NO BRASIL FORAM RECONHECIDOS EM EVENTO

em São Paulo. Operadoras, consolidadoras, OTAs e agências corporativas entraram no Top 10. Confira a lista em ordem alfabética:

Alatur JTB CWT Travel CVC Decolar.com Esferatur Flytour Business

Flytour Gapnet MMTGapnet Rextur Advance Viajanet

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Aviação

12 a 18 de abril de 2017 JORNAL PANROTAS

> Maria Izabel Reigada — Rio de Janeiro (especial para o Jornal PANROTAS)

Palco de

reivindicações COMO NOS MAIS SENSÍVEIS APARELHOS DETECTORES DE METAIS DOS AEROPORTOS, A aviação foi “radiografada” durante o primeiro International Brazil Air Show (Ibas). Foi o Terminal 1 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, o palco do evento, que no fim de semana de 1o e 2 de abril reuniu visitantes para conferirem aeronaves, simuladores de voos, drones e tecnologias do setor aéreo. Nos três dias anteriores, o Ibas recebeu exclusivamente profissionais, com debates entre cerca de 250 representantes de diferentes áreas do setor aéreo em encontros paralelos, como a primeira edição do Wings of Change, da Iata, no Brasil, e o teaser do Landings Latin America, realizado em parceria entre a PANROTAS e a Sator, idealizadora do Ibas. A necessidade de modernização do ambiente regulatório brasileiro foi um dos temas recorrentes, apontado tanto pelo representante das empresas aéreas, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, quanto pelas lideranças da Iata (International Air Transport Association) e pelo secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, que participou dos três dias de debates. “Na América Latina, as empresas aéreas têm uma das menores rentabilidades por passageiro da aviação comercial. Enquanto esse valor é de US$ 22,40 na América do Norte, na América Latina a rentabilidade por passageiro é de US$ 1,12”, contou o vice-presidente da Iata para a América Latina, Peter Cerda, acrescentando que a média mundial de rentabilidade/passageiro é de US$ 9,43. As críticas mais duras partiram do presidente da Abear, que acompanhou na semana de realização do Ibas o anúncio

Da Iata, Peter Cerda, VP para América Latina e Caribe, e Carlos Ebner, diretor no Brasil: anfitriões no Wings of Change, seminário realizado pela primeira vez no Brasil

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Abertura do 1º International Brazil Air Show: Gustavo Teixeira (Embraer), o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, o presidente da Anac, José Ricardo Botelho, a secretária-geral da Icao, Fang Liu, a diretora da Sator, idealizadora do evento, Paula Faria, o presidente do Rio Galeão, Luiz Rocha, Francisco Lyra (Instituto Brasileiro de Aviação) e Eduardo Sanovicz (Abear)

de cancelamento por parte do governo federal da desoneração na folha de pagamento de alguns setores. Com a medida, os custos anuais das empresas aéreas brasileiras foram aumentados em cerca de R$ 350 milhões, segundo a associação. “Os ambientes regulatório e tributário precisam ser revistos com urgência. O ICMS sobre o querosene de aviação existe apenas no Brasil, fazendo com que viajar no País seja mais caro que em qualquer outro lugar”, repetiu em diferentes momentos do evento Sanovicz, ressaltando ainda que a manutenção do modelo de franquia de bagagem iguala o Brasil à Venezuela. “É realmente esse o país com o qual

O Terminal 1 do Aeroporto Tom Jobim, o Galeão, foi o palco do evento

queremos nos alinhar?”, questionou. A atual regulação da aviação civil brasileira foi apontada, ainda, como uma das responsáveis pela exclusão do Brasil do ciclo de entrada de companhias aéreas baixo custo na região. “O Brasil é um dos poucos países da América Latina que não atrai aéreas de baixo custo”, disse o diretor da Iata no País, Carlos Ebner. “A Resolução 400, da Anac, coloca a aviação brasileira em um ambiente menos regulado, mas fomos surpreendidos pela ação judicial contrária à questão da bagagem”, destacou na cerimônia de abertura. “Empresas aéreas de baixo custo não olham para o Brasil por questões como essa regulamentação das bagagens. Essas aéreas têm modelos de

negócios extremamente dependentes das receitas acessórias, as ancillaries”, disse o VP da Iata na América Latina. “No Brasil, há uma série de condições que configuram barreiras para investidores, como a rigidez das leis de defesa do consumidor”, lembrou Peter Cerda.

PODER PÚBLICO

Tanto o presidente da Anac, José Ricardo Botelho, quanto o secretário geral de Aviação Civil, Dario Lopes, defenderam o fim da franquia de bagagem como mecanismo para aumentar a competitividade das aéreas nacionais e atrair companhias de baixo custo para o País. “O governo acompanha as dificuldades das empresas aéreas e trabalhamos no

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Divulgação/Ministério do Transporte

Divulgação/Ministério do Transporte

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A secretária-geral da Icao, Fang Liu, e o ministro do Transporte do Brasil, Maurício Quintella

sentido de desonerar a atividade, apesar do anúncio feito nesta semana pelo governo federal (do fim da desoneração na folha de pagamento)”, disse o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes. “Vamos até o fim nessa questão das bagagens e na modernização da regulamentação, também trabalhando para a ampliação do percentual de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras”, defendeu. “Entendemos que os atuais 20% não são suficientes e temos nisso uma de nossas lutas prioritárias na secretaria.” Lopes comemorou com os participantes os resultados das últimas concessões aeroportuárias – Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis – e anunciou mudanças para o próximo ciclo. Pela regra do último edital, o consórcio ou empresa interessada que concorresse no leilão de mais de um aeroporto só poderia ganhar a gestão de aeroportos em diferentes regiões do País. A mudança fará com que essa regra torne-se válida somente nos casos em que houver mais de um interessado no aeroporto. Mas a mudança mais original diz respeito à concessão “em bloco” de aeroportos. Com a novidade, o Aeroporto de Cuiabá será outorgado junto com os aeroportos de Sinop, Rondonópolis, Alta Floresta e Barra do Garças, todos no Mato Grosso. “A outorga em bloco permitirá darmos escala e rentabilidade para o concessionário. Ele poderá gerir a alimentação do aeroporto principal com os demais aeroportos que também administrará”, avalia o secretário de Aviação Civil. Em visita ao Ibas, o ministro do Transporte, Portos e Aeroportos, Maurício Quintella, reuniu-se com a secretaria-geral da International Civil Aviation Organization (Icao), agência da ONU para o setor, Fang Liu. “Assumimos três compromissos com a Icao. O primeiro trata da questão da segurança, prioridade máxima; o segundo é sobre a desregulamentação”, disse. “Devemos trabalhar pela desregulamentação do setor com vista à redução dos custos operacionais e ao aumento do número de brasileiros aderindo ao transporte aéreo”, defendeu o ministro. Quintella garantiu ainda que o Brasil deve tomar posição de liderança na América Latina em relação à diminuição das emissões de carbono. Sobre o Ibas, o secretário de Aviação Civil afirmou que o evento deverá tornar-se o cenário de “interlocução ampla e transparente entre todos os elos envolvidos na aviação. “Para nós, do Ministério do Transporte, este evento será referência no auxílio para a formatação de políticas públicas”, defendeu, na abertura do encontro, que volta a ocorrer em 2019.p

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A idealizadora do Ibas, Paula Faria, da Sator, o ministro do Transporte, Maurício Quintella, e o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, diante do Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça, na área de exposição de aeronaves do Ibas

AVIAÇÃO

R EG I O N A L

UMA DAS CONSTATAÇÕES APONTADAS NO ANUÁRIO BRASILEIRO DE AVIAÇÃO CIVIL, QUE O INSTITUTO BRASILEIRO

de Aviação lançou dentro do Ibas, é que falta resiliência à aviação regional no Brasil. Segundo seu presidente, Francisco Lyra, em 1959 o Brasil contava com 355 cidades atendidas por voos comerciais, número que neste ano é de apenas 130. “Por outro lado, temos a maior frota de aviação geral do mundo, com 21.895 aeronaves. Isso mostra que quem quer voar precisa do seu próprio avião, já que 98% das cidades brasileiras não têm voos comerciais”, disse na cerimônia de abertura do Ibas. Para ele, um número razoável de cidades atendidas seria algo em torno de 10%, como ocorre nos Estados Unidos. “Comparamos com os Estados Unidos porque temos extensão geográfica e número de municípios semelhante. Hoje os EUA têm 600 cidades atendidas por voos comerciais, ou 10% do total”, explicou. Durante o Ibas, o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, afirmou que da rede de 189 aeroportos regionais brasileiros, 82 têm voos comerciais. “Hoje, 58% da população está atendida por um aeroporto com voos em menos de uma hora de deslocamento”, disse, afirmando que a meta do Ministério do Transporte é ampliar esse índice para 70%. Segundo o secretário, há R$ 400 milhões em recursos comprometidos para a aviação regional neste ano. “Entendemos que depois de desenvolver infraestrutura, com as concessões, o grande desafio é dar capilaridade ao sistema, algo que só alcançaremos com a aviação regional”, defendeu.

Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, moderou painel sobre aviação regional, com Fabiana Todesco, gerente da Secretaria de Aviação Civil, Oracio Marquez, diretor da Iata, e Rui Thomaz de Aquino, da Two Flex

JEITO MINEIRO

O programa Voe Minas Gerais, criado no Estado em parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Condemig) e a empresa de táxi aéreo Two Flex, foi o exemplo de aviação regional apresentado em painel do Ibas. Com tamanho comparado ao da Alemanha, Minas conta desde setembro do ano passado com o programa que conecta 18 municípios do Estado em voos operados com aviões para nove passageiros. “Transportamos 3.407 passageiros em sete meses”, contou o diretor da Two Flex, Rui Thomaz de Aquino, exdiretor da Tam. Financiado pelo governo de Minas, o programa recebeu R$ 4 milhões e, segundo Aquino, já gerou receita de R$ 1 milhão. “A ocupação média nos voos é de 35%, mas temos algumas rotas que já se destacam, alcançando 55%”, explicou. Com moderação do editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, o painel contou também com a participação da gerente de Projetos da Secretaria de Aviação Civil, Fabiana Todesco, que falou sobre as dificuldades no desenvolvimento

da aviação regional no País. “Dos aeroportos em operação no ano passado, apenas 23% receberam mais de 250 mil passageiros, que é o volume mínimo para assegurar a rentabilidade do aeroporto”, explicou. O diretor de Relações Exteriores da Iata, Oracio Marquez, que também participou do painel, defendeu a necessidade de desregulamentação do setor e a diminuição da burocracia nas operações. “É preocupante ver que o Brasil não está participando do ciclo de entrada de empresas aéreas de baixo custo que acontece em países vizinhos, como a Argentina e a Colômbia”, alertou, diante das reivindicações do diretor da Two Flex por flexibilização das regulamentações para a aviação regional. “Sabemos que há 45 ou 48 aeroportos, no máximo, com tráfego para aeronaves de 100 lugares. Os demais precisam de aviões menores, porque o tráfego é para dez, 20 ou 30 passageiros. Se não olharmos para esses aeroportos, nunca sairemos do número de 130 municípios atendidos pela aviação comercial”, reforçou.p > Continua na pág. 14

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< Continuação da pág. 13

12 a 18 de abril de 2017 JORNAL PANROTAS

LANDINGS LATIN AMERICA DEDICADO EXCLUSIVAMENTE À AVIAÇÃO, O IBAS ABRIU ESPAÇO PARA O TURISMO COM A realização do Landings Latin America, seminário produzido em parceria entre a PANROTAS e a Sator. “Este é um teaser do evento que estamos preparando para 2018”, contou a diretora da Sator, Paula Faria, na abertura do evento, ao lado do editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, que anunciou São Paulo como o endereço da edição 2018 do Landings. “O objetivo é realizar rodadas de negócios na próxima edição, em 23 e 24 de maio. Nossa proposta é reunir aeroportos, companhias aéreas e destinos, com a indústria de Turismo, para debater como atrair rotas sustentáveis para o Brasil”, resumiu Andrade. Nesta edição, o Landings levou para o Ibas os presidentes da Embratur, Vinícius Lummertz, da Abear, Eduardo Sanovicz, da Abav, Edmar Bull, e da Braztoa, Magda Nassar, além do vice-presidente da Iata para a América Latina, Peter Cerda, e do diretor do Rio CVB, Michael Nagy. O centro dos debates foram as necessidades para o desenvolvimento de uma aviação sustentável e a desregulamentação do setor, com críticas ao poder público. “Se eu tiver de levar 500 passageiros para Florianópolis ou Comandatuba, na Bahia, destinos com boa infraestrutura para grupos, não consigo o aéreo para organizar a chegada e a partida desse grupo”, afirmou o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull. Segundo Bull, a escassa malha aérea faz com que seja mais fácil, em muitos casos, realizar eventos no Caribe. “E quando falamos em fretar voos com a Anac, a burocracia é um impedimento total”, disse. Falando em nome dos destinos, o diretor do Rio CVB destacou a importância de promover a cidade e fortalecer o aeroporto local. “Nós participamos da Routes com o Rio Galeão”, contou, sobre a feira realizada em Las Vegas para captação de rotas e voos internacionais. “Na hora de captar novos voos, criamos uma série de workshops para estimular a demanda, reforçando sua atração”, contou o executivo. Com 42 mil quartos em hotéis à disposição, Michael Nagy fez elogios à parceria com o Rio Galeão. “Também

Vinícius Lummertz, presidente da Embratur, defendeu trabalho conjunto entre setor público e iniciativa privada na captação de voos

Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, que promoveu o Landings Latin America junto com Paula Faria, diretora da Sator, realizadora do Ibas, e os presidentes da Abear, Eduardo Sanovicz, e da Abav Nacional, Edmar Bull

A equipe do Rio Galeão: Atmos Maciel, Constança de Resende, Bruno Dias, Camila Ferreira, Pedro Henrique Lemos e Renan Sanglard

trabalhamos fortemente com a Embratur para promoção e em busca de fretamentos. Hoje, um charter custa no mínimo US$ 3 milhões, então precisamos atraí-lo com um produto competitivo”, disse, anunciando parceria com a hotelaria para o desenvolvimento de programas all inclusive no Rio de Janeiro, como a proposta do Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca. “Com esse tipo de produto podemos competir com os destinos caribenhos. Temos atrativos, hotelaria e, agora, aeroporto, com o novo Rio Galeão.”

REGIONAL

Dentro do Landings, o painel que reuniu o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, o diretor de Planejamento, Alianças e da Azul Viagens da Azul Linhas Aéreas, Marcelo Bento Ribeiro, e Christopher Barks, da Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos, terminou por abordar

a aviação regional. “Qualquer voo operado hoje no Brasil que não seja entre capitais já pode ser considerado um voo regional”, defendeu o diretor da Azul. O secretário pernambucano comemorou a escolha da Azul em transformar Recife em seu hub regional no Nordeste. “Com isso, ampliamos em 50% a oferta de voos diretos no Estado”, disse, listando ainda as conexões internacionais com Lisboa, Buenos Aires, Cabo Verde, Montevidéu e Milão. “Enquanto muitos aeroportos registraram redução na movimentação de passageiros no ano passado, Recife teve um incremento pequeno, mas cresceu em 100 mil viajantes, chegando a 6,8 milhões em 2016”, comemorou Carreras, afirmando que no segundo semestre o Estado dará atenção ao Turismo regional. “Queremos colocar em funcionamento os aeroportos de Serra Talhada e Caruaru. Nosso Estado é o exemplo claro do que a renúncia fiscal

O painel que abriu o Landings reuniu Michael Nagy, do Rio CVB, Edmar Bull, da Abav Nacional, Eduardo Sanovicz, da Abear, Magda Nassar, da Braztoa, e teve moderação de Artur Luiz Andrade, da PANROTAS

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Jeanine Pires, da Pires & Associados, e Guillermo Alcorta, da PANROTAS

pode fazer. Quando reduzimos o ICMS no combustível de 25% para 7% para a Azul, tivemos a ampliação da malha”, analisou. “Hoje, já não há renúncia fiscal, porque recebemos o mesmo imposto que arrecadamos com a alíquota de 25%, mas de uma forma benéfica para todos.” Segundo estudo da Abear, o teto de 12% no ICMS do querosene de aviação, que aparece em projeto que está sendo analisado pelo Senado, permitiria a criação de 1,5 mil voos adicionais mensais das regiões Sul e Sudeste para os demais destinos brasileiros. O debate foi moderado por Jeanine Pires, da Pires Associados, e teve ainda o depoimento do executivo da FAA em defesa de uma tributação mais igualitária aos padrões internacionais, para que as empresas aéreas brasileiras possam fortalecer sua competitividade. Nos Estados Unidos, por exemplo, só há imposto federal.p

Marcelo Bento Ribeiro, da Azul, Rogério Coimbra, da Secretaria de Aviação Civil, Jeanine Pires, da Pires & Associados, o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, e o diretor da FAA, Christopher Barks

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e

Frases números

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P R Ó X IM O S PA S S O S

“Receber o Ibas no Rio Galeão representa nosso comprometimento com o desenvolvimento do País. Nosso trabalho é fazer do Rio Galeão a porta de entrada do mundo para a América Latina.” Luiz Rocha, presidente do Rio Galeão

21.895

aeronaves formam a aviação geral no Brasil, a maior frota do mundo

O simulador de voos, na área de exposição do evento

O robô Leo, responsável pelo despacho das malas já na calçada do aeroporto, desenvolvido pela Sita

O Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça, que fez apresentação na praia de Copacabana no sábado, dia 1º

O Boeing 747-8 da Lufthansa, entre os mais fotografados do evento

JÁ HÁ DATA PARA O IBAS EM 2019: 8 A 12 DE MAIO. E A DIRETORA DA SATOR, REALIZADORA DO EVENTO, PAULA FA-

em Brasília, é o Airport Infra Expo, em 7 de abril. Em maio, é a vez do Landings Latin America, realizado em parceria com a PANROTAS, em São Paulo, em 23 e 24 de maio. Em junho, no entanto, Paula participa da primeira reunião do capítulo brasileiro da Women in Aviation, criado no primeiro dia do Ibas e presidido por ela. “As primeiras participantes são principalmente do Rio e de São Paulo, então devemos realizar a reunião em uma dessas cidades. O objetivo é iniciar o networking e atrair novas afiliadas”, explica, contando sobre a pré-agenda da associação no Brasil. “Queremos promover eventos em escolas, falando para as meninas sobre as oportunidades na aviação. Além disso, em novembro teremos outra reunião e vamos organizar a comitiva brasileira para participação no encontro internacional do Women in Aviation, nos Estados Unidos.” O capítulo brasileiro ainda não tem um site, mas a Sator já aparece como contato para informações na página geral da associação, o www.wai.org.p

“O Brasil é uma das poucas nações que domina o ciclo completo de operação das aeronaves: da tecnologia e fabricação, passando pela certificação. Hoje há aviões Embraer voando em quase 100 companhias aéreas de mais de 60 países.” Nelson Salgado, VP sênior de Estratégia e Relações Institucionais da Embraer

350

R$ milhões

foram acrescidos aos custos das empresas aéreas brasileiras anualmente com o fim da desoneração da folha de pagamento anunciado pelo governo federal

“Temos aqui as joias de nossas coroas. A Embraer tem 2,5 mil funcionários nos Estados Unidos e a primeira aeronave da Boeing adquirida no Brasil foi em 1960. Hoje, a Gol opera frota de cerca de 120 aeronaves Boeing.” Michael McKinley, embaixador dos Estados Unidos no Brasil

22

US$

,40

foi a rentabilidade/passageiro na aviação da América do Norte em 2016; ,12 na América Latina, índice foi de US$

1

“Investimos muito em infraestrutura e hoje o que temos é a necessidade da retomada do tráfego de passageiros. Talvez as empresas baixo custo possam ajudar nesse sentido. O Brasil precisar competir para ser o hub na América do Sul. Acreditamos também que há uma agenda turística que deva ser trabalhada, para alavancar a visita de turistas estrangeiros.” Gustavo Figueiredo, presidente do GRU Airport

400

R$ milhões

é o orçamento do Ministério do Transporte, por meio da Secretaria de Aviação Civil, para investimentos em aeroportos regionais

“Muitos governos não enxergam a aviação como parceiro econômico e comercial. Não queremos que os legisladores brasileiros inventem coisas novas. Basta olhar para os países que já fizeram isso. Queremos sentar junto e ajudar no desenvolvimento de políticas públicas necessárias.” Peter Cerda, VP para América Latina da Iata

58%

da população brasileira tem aeroporto com voos comerciais a menos de uma hora de deslocamento. Segundo a SAC, objetivo é chegar a

70%

“Desafio a compararem a tarifa média da aviação no Brasil às tarifas das companhias baixo custo da Europa. Não estamos tão distantes. Isso considerando os custos 30% maiores aqui no Brasil.” Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil

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ria, já começou a trabalhar para a próxima edição da feira que, para ela, tem potencial para se transformar no grande evento da aviação na América Latina. “Os dias de negócios que tivemos no Ibas foram excelentes. Tivemos um feedback muito positivo de todos os apoiadores e participantes, que comemoraram o número expressivo de tomadores de decisão que conseguimos reunir no evento”, conta Paula, elogiando a parceria firmada com Anac, Icao e Iata, entre outros. Para ela, a surpresa foram as queixas dos visitantes que passaram pelo Aeroporto do Galeão no fim de semana. “Temos muito a aprender e isso ficou claro. Precisamos de mais expositores, especialmente em relação às aeronaves, que foram o principal atrativo para quem nos visitou”, explica. “Fizemos a primeira edição em um período em que o Brasil ainda vive reflexos de forte crise. Acreditamos que para o próximo Ibas possamos ter um cenário melhor”, diz, anunciando que o objetivo é apresentar aeronaves que não voam nos céus brasileiros. Ainda assim, Paula comemora o resultado do show realizado na praia de Copacabana, na manhã do sábado, pela Esquadrilha da Fumaça. “Aquele show foi uma pequena demonstração do que realmente queremos realizar e esperamos já poder fazer em 2019. Vamos trabalhar muito para captar novos parceiros e buscar patrocinadores que façam com que o Ibas se consolide como a feira de aviação da América Latina.” Antes do Ibas, no entanto, a diretora da Sator tem uma série de eventos para organizar em 2018. O primeiro deles,

Paula Faria, diretora da Sator

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Eventos

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> Rodrigo Vieira — Atibaia (SP)

Tudo sob controle É COM UM PASSO DE CADA VEZ QUE A ANCORADOURO VEM LIDANDO COM A CRISE, QUE NA opinião do presidente do grupo, Juarez Cintra Neto, ainda persiste, embora com sinais claros de retomada. E logo na abertura do 26o Encontro Ancoradouro, no Bourbon Atibaia, essas evidências foram apresentadas aos mais de 600 participantes: 27% de crescimento em vendas no primeiro bimestre e 40% em março. A perspectiva é chegar com média de 15% a 20% até dezembro. Todos os índices comparados a 2016. Fortalecimento do real frente ao dólar e demanda represada gerada pelo cenário complicado do ano passado estão entre os motivos do otimismo com o qual 2017 começou para a Ancoradouro. Contudo, não foram só fatores externos que representaram essa lenta, porém sincera retomada. “O Grupo Ancoradouro se preparou, fizemos a lição de casa. Enxugamos os custos como pudemos, com corte nas despesas em geral e também com poucas, mas existentes demissões. Aos poucos estamos recontratando em vagas estratégicas, o que é outro sinal positivo”, esclareceu o presidente da Ancoradouro e vice-presidente do Conselho da Air TKT. “O mercado vem em baixa desde 2014. Nós enxergamos naquela época e fizemos investimentos estratégicos. Nunca deixamos de ter os Encontros Ancoradouro e nem a convenção interna, além de investirmos cada vez mais no E-Fácil Plus.” Esse investimento na plataforma de vendas da Ancoradouro deve ser refletido mais claramente nos próximos meses. A intenção é transformar o sistema em one stop shop, isto é, ir além do aéreo e pluralizar a quantidade de produtos para que o agente empacote toda sua viagem no mesmo ambiente. No 26o Encontro Ancoradouro a sala de exposição do E-Fácil criou o ambiente de um quarto de hotel exatamente para enfatizar a venda de hotelaria no portal. “Nós apostamos muito em 2017 na distribuição do E-Fácil Plus em multiprodutos. Ele deixa de ser um portal exclusivamente voltado para as passagens aéreas. A hotelaria já está na plataforma, já há vendas sendo registradas, e os agentes têm elogiado as tarifas diferenciadas e a facilidade nas reservas. Vendemos em até seis vezes sem juros como faturado. Cartões de assistência também estão sendo comercializados no E-Fácil, também no faturado”, afirmou Cintra Neto, ainda acrescentando que até o meio de maio o sistema ganha locação de carros.

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Juarez Cintra e Juarez Cintra Neto, fundador e presidente do conselho e presidente do Grupo Ancoradouro

“Aliás, poucos sistemas do mercado contam com rodoviário, e é importante mencionar que para nós esse é um produto que também vai muito bem.” Isso mostra que o grande foco da Ancoradouro é tecnologia, em um cenário em que o E-Fácil é o grande protagonista. No futuro, a ideia é incluir ainda mais produtos terrestres, como ingressos para atrações, parques e shows. Alguns deles entram em parceria com outras empresas, outros diretamente com fornecedor. “O grande segredo aqui é o investimento em tecnologia. Produto é o que não falta. Negociá-los é muito mais fácil do que incluí-los na plataforma e deixar o sistema robusto o suficiente para o agente acessar. Entretanto, a Ancoradouro sempre teve a política de dar um passo de cada vez. Sempre traçamos tudo com cautela.”

OPERADORA

A Ancoradouro Operadora está passando por um momento diferente com a chegada de novos executivos e saída de outros. Por um lado, Cacalo Destro deixou a diretoria geral da empresa após sete anos. Mas chegadas importantes como a do gerente de Vendas Henrique Diniz, e do gerente de Produtos, César Turlão, repaginarão o braço do grupo. “Eles vêm para somar com Márcia No-

vaes, gerente operacional, e Camila Tambellini, gerente do Marítimo. A operadora sempre teve um foco muito voltado ao produto internacional e assim continua: Europa é carro chefe, seguida de Cone Sul. E estamos desenvolvendo Caribe casado com Estados Unidos, pois existe uma procura muito grande para lá”, afirmou Juarez Neto. “Lançamos produto de resorts no Brasil, e esse será nosso foco no doméstico”, completou, ainda acrescentando o marítimo e a parceira com a R11 Travel, de Royal Caribbean, Azamara, Celebrity e Pullmantur.

EXPANSÃO

O radar da Ancoradouro não aponta para nenhuma abertura de filiais este ano. A empresa conta com escritórios em sete cidades, um deles no Rio de Janeiro, onde se estuda uma expansão neste ano. A ideia é mudar de escritório e contratar mais profissionais. “Continuaremos no centro do Rio de Janeiro, mas com uma estrutura maior. Nossa demanda na cidade carece dessa expansão”, avaliou Juarez Cintra Neto. “Poderemos ter mais representantes home offices em novas praças, mas no momento descartamos aberturas de escritórios em lugares que ainda não ocupamos. Um passo de cada vez”, concluiu, com a mesma resposta quando questionado sobre compras e fusões.

O MAIOR DE TODOS O 26º Encontro Ancoradouro, no Bourbon Atibaia, em São Paulo, foi o melhor de todos os eventos já feitos pela empresa, na opinião do presidente do grupo. Ele atribui o sucesso não só à marca de mais de 600 presentes e mais de 40 expositores, mas também por acontecer no ano em que o grupo comemora três décadas. “Tudo começou em dezembro de 1987 com uma pequena sala comercial de 50 metros quadrados dividida entre mim, minha esposa Silvia, Rosângela, Raquel e Orlandinho”, relembra o fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Ancoradouro, Juarez Cintra. “Hoje temos escritório espalhados em sete cidades, mais de 300 colaboradores e uma sede de mais de 100 mil metros quadrados. O que antes era por telefone e uma máquina de telex hoje se transformou no E-Fácil Plus, com perto de sete mil usuários fazendo transações diárias”, comemorou o empresário, ainda relembrando de Varig e entregando um agradecimento especial a Goiaci Guimarães, fundador da Rextur. “Tenho muita sorte em tê-lo como amigo e devo muito a ele."p

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Flashes

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12 a 18 de abril de 2017 JORNAL PANROTAS

Encontro Ancoradouro

Francine Gomes, Bruna Freitas e Luciana Barbosa, da Aeromexico, que lança neste semestre mais voos internacionais, como para Seul, na Coreia do Sul, Calgary, no Canadá, e Detroit, nos Estados Unidos

Paula Peroni, da Delta, Claudia Brasil, da Gol, e M. Gloria Barros, da Air France-KLM. A Air-France passou aos agentes as informações da classe La Premiere, que tem cabine individual, como se fosse um quarto, podendo transformá-la em dupla ou tripla. Pelo lado da KLM, o Dreamliner com wi-fi a bordo no Rio de Janeiro, "que está tendo um ótimo feedback dos passageiros"

Danillo Barbizan, da Delta, e Anderson Salvá, da Air France-KLM. Parceiras, as aéreas colocaram executivos de todas as marcas em cada sala de capacitação

Clara Irigoyen, do Turismo da Espanha, que no Encontro Ancoradouro apresenta seu novo aplicativo, minhaespanha.com. br, "um sistema completo, em português e gratuito voltado para os agentes e aos turistas."

Viviane Simão, Márcia Silva, Alessandra Feitosa e Érico Martins, da Air Europa. Aérea capacita os agentes com o wi-fi a bordo na rota Guarulhos-Madri, que já está disponível. O Boeing 787 chega em dezembro deste ano

Amadeus incluirá sua plataforma de carro no sistema da Ancoradouro, o E-Fácil Plus, e lança a novidade aos agentes. "Temos o melhor webservice na categoria", garante a empresa de tecnologia

Vaucir Teixeira, Cristiane Silveira e Joaquim Domingos, da Azul, que reforçou todos seus serviços, destaque para TV a bordo, aplicativo multifuncional, estacionamento Virapark em Viracopos, A320neo adquirido recentemente. Voos internacionais a Lisboa, Fort Lauderdale e Orlando também foram assuntos mencionados

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Tania Naldony, da Delta, Marcelo Lyra, da Gol, e Eliza Kim, da Air France-KLM. Parceiras as aéreas fizeram ação conjunta. Cada uma separou uma sala para fazer um "Escape Room", isto é, jogos em que os agentes tinham de achar, em grupo, um enigma para escapar do local. O grupo que desvendou o mistério em menor tempo foi premiado pelas companhias. A Delta atualizou os agentes com a chegada do A330 até o fim do ano, de 293 assentos, para operar de Guarulhos a Nova York (JFK) e Detroit. O equipamento já faz Guarulhos-Atlanta e Galeão-Atlanta

Adriana Tolentino, Luis Quaggio e Claudia Marinaro, da Tap. Quiz incentivou os agentes a adivinhar os principais argumentos de venda da aérea portuguesa no Brasil. A Tap conecta Lisboa a dez cidades brasileiras, e conta ainda com o programa stopover, que agora cobre todos seus destinos domésticos. Com isso, os passageiros que tiverem tais locais como seus destinos finais poderão incluir escalas curtas em Lisboa e Porto, o que proporciona a possibilidade de conhecer esses destinos sem custo extra

Ricardo Amaral, da R11 Travel, representante da Royal Caribbean, Azamara e Celebrity na América Latina, anunciou durante o Encontro Ancoradouro que sua companhia agora responde comercialmente pela Pullmantur. Vendas da armadora espanhola serão feitas via Bookeasy, sistema de reservas da R11

Franklin Gomes e Fábio Marasca, da South African Airways. Por meio de um quiz interativo, eles reforçaram os sete voos semanais partindo de Guarulhos a Joanesburgo a bordo da novidade A330-300 de 249 assentos. Star Alliance e programa de leilão de assentos em executiva também foram destaques

Claudia Shishido e Ian Gillespie, da Avianca Holdings. Uma das missões foi explicar aos agentes de viagens que pode ocorrer uma fusão entre Avianca Internacional e Avianca Brasil, mas o processo é lento, portanto o atendimento ainda é separado

Daniela Hatadani, Marcus Moura, Vivian Oliveira e Rafaela Mazzari. Latam Airlines começou a voar de Congonhas a Bauru (SP) em março, uma ligação muito importante a ser compartilhada com agentes do interior paulista, maioria neste Encontro Ancoradouro. Companhia também reforçou operação de inverno de São Paulo a Bariloche, que será feita entre 1º de julho e 13 de agosto. Latam Entertainment, via wi-fi, foi outro ponto da capacitação

Fernando Salazar, Talita Macari e Ancelmo Leão, do Bourbon, um dos anfitriões do evento, que destacou a recente abertura em Vitória, além de novo centro de convenções em Atibaia, que será aberto em 2018

Rosa Shida e Luis Antonio Camelo, da United, passaram para os agentes as bases da parceria que a norte-americana tem com Avianca Brasil e Azul. Com esta última, a United tem codeshare partindo de Viracopos a Orlando, por exemplo. A classe Polaris e a fácil conexão em Washington também foram ressaltadas

Gabriele Lopes, do Visit Tampa Bay, e Andrea Gabel, do Turismo de St. Petesburg Clearwater, ambos na Flórida. Localização, praias líderes no Tripadvisor, vida cultural e "o pôr do sol mais lindo da Flórida" foram itens aprendidos pelos agentes em relação aos destinos vizinhos

Tarcísio Gargioni, Marcelo Figueiredo, Reinaldo Santos e Adriano Prado, da Avianca Brasil. No Encontro Ancoradouro, aérea reforçou que pretende crescer 20% este ano e terá seis novos A320neo, dos quais quatro chegam em junho. São 50 aeronaves e 24 aeroportos cobertos no Brasil. Em quiz, agentes aprenderam que GRU-SSA é sua rota de maior participação

Hugo Silva Franco e Sandra Passetto, da Air Canada. Companhia mostra aos agentes sua nova imagem que já estampa o 787-900, inclusive voando ao Brasil. O visto eletrônico facilitado, o câmbio favorecido perto do dólar estadunidense e o novo voo para Taipei, em Taiwan, são algumas das expectativas da Air Canada virar uma das dez melhores aéreas do mundo

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> Beatrice Teizen, — Orlando (Estados Unidos)

Eventos e incentivos na

Disney World

O WALT DISNEY WORLD É MUNDIALMENTE CONHECIDO. MESMO QUEM AINDA NÃO TENHA visitado o complexo, pelo menos já ouviu falar sobre seus atrativos ideais para as férias de toda a família. Porém, o que nem todos sabem é a força da marca norte-americana para o viajante corporativo. Há muito a se ver e fazer além dos parques e atrações, principalmente em relação a eventos, convenções e viagens de incentivo — o cobiçado e crescente segmento Mice. E foi justamente essa a proposta do famtur de um dos maiores receptivos da Flórida, a Pegasus Transportation, em parceria com a Disney e a Copa Airlines, e organizada pela Ideas4Brand, representante da Pegasus no Brasil. “Nos reunimos aqui em Orlando para mostrar todos os diferenciais que podemos colocar à disposição do mercado de incentivos e convenções no complexo de parques. Queremos propor que aqui é possível realizar tudo que se imagina e há muito mais para se fazer do que conhecemos”, explicou a vice-presidente da Pegasus Transportation, Claudia Menezes, que também é operadora selecionada Disney e blogueira do Direto de Orlando, no Portal PANROTAS. Com duração de quatro dias e uma programação intensa, repleta de palestras voltadas ao segmento, refeições especiais e experiências inusitadas, a viagem começou em grande estilo, com um jantar personalizado no Disney’s Contemporary Resort para os 11 convidados Mice: Cássio Takano, da Copa Airlines; Wanderley Saldanha Filho, da Travel Idea; Luiz Vicente Longo, da Motivation; Luís Abrahão Neto, da Top Service; Ibrahim e Raquel Tahtouh, da IT Mice; Rachel e Alexis Pagliarini, da Fenapro; Elza Tsumori, da For Eventos; Angela Cardinot, da Immaginare; e Gilberto Braghetta, da Alternatur. Elaborado especialmente para os participantes, foram cinco pratos requintados com ingredientes brasileiros, como polenta, picanha e cachaça, preparados pelos chefs Orlando Gonzalez e Elcio Otero e sua equipe de ajudantes. Mas o que a gastronomia tem a ver com isso? A intenção era mostrar que, em viagens deste tipo, o cardápio pode ser feito especificamente para cada tipo de grupo, o que remete às experiências personalizadas. Para fazer um trabalho de construção de equipe, é possível também or-

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Walt Disney World, Pegasus Transportation e Ideas4Brand realizaram famtur voltado a players das viagens e eventos corporativos e de incentivo. Viagem uniu compras, diversão, capacitação e emoção e teve apoio da Copa Airlines

ganizar duplas e trios para aprenderem com os chefs com preparar cada prato. Para o presidente da Pegasus, Fernando Pereira, é preciso sempre pensar fora da caixa. “A cada temporada precisamos criar novidades. Muita coisa diferente pode ser feita aqui dentro e nossa especialidade é executar ideias diferenciadas”, avaliou. “Um grande atrativo de Orlando é conseguir personalizar muito bem os grupos, distinguindo-a, assim, das cidades de Nova York e Miami. O jantar da primeira noite foi um bom exemplo de customização.” O segundo dia do famtur teve a proposta de contar um pouco mais sobre a marca e mostrar o que ela pode oferecer às viagens a trabalho ou de incentivo. Além de palestras, os profissionais participaram de atividades para relembrar o que a marca Disney remete como percepção pessoal. “Nossa ideia é passar para o grupo um pouco sobre o que é a Disney, um destino complexo, repleto de componentes”, contou a gerente de Vendas para a Indústria de Viagens, Gabriela De-

lai. De acordo com ela, o complexo é um local ao qual as pessoas querem sempre voltar em diferentes etapas da vida. A gerente de Vendas Internacionais, Deborah Baldin, representa a Pegasus dentro da Disney e todos os receptivos focados no Brasil. “Estamos fazendo esse trabalho de grupos em conjunto com o departamento de Vendas exclusivo para o Mice”, explicou. Esta foi a primeira apresentação da equipe junta. O parque em Orlando possui 122 quilômetros quadrados de área e 74 mil funcionários garantem o bem-estar de seus visitantes e organização do ambiente. O complexo, aliás, é o segundo maior empregador dos Estados Unidos, ficando apenas atrás do governo americano. “Há muito treinamento para que tudo esteja impecável”, afirmou Gabriela. Todo ano há novidades e novas atrações, como a área Pandora, dedicada ao universo do filme Avatar, que será inaugurada em 27 de maio. Auxiliando nas questões de associações, convenções e reuniões, a geren-

te sênior de Vendas, Dessie Dulakis, atende especificamente grupos de dez ou mais pessoas. “No nosso complexo temos cinco hotéis que possuem salas de encontros. Cada um deles tem características diferentes e pode se encaixar no orçamento do cliente”, contou Dessie. No Yacht Club Resort, por exemplo, é possível fazer festas privadas à beira do lago, fechar a piscina para uso exclusivo à noite, passeios de barco de até dez pessoas, entre outros. Para quem vai à Disney, seja a lazer ou a negócios, e contrata os serviços da DMC, recebe suporte antes, durante e depois de toda viagem. “Estamos há 23 anos no mercado, hoje temos um relacionamento muito estreito com o parque. Nosso trabalho é aprimorar as experiências dos clientes dentro dela”, disse o presidente da Pegasus.

COMPRAS NO MICE A continuação deste dia se deu no Dis-

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ney Springs, o antigo Downtown Disney. Reformado recentemente, é um lugar interessante para se conhecer em grupo, pois conta com uma série de lojas, restaurantes, bares e entretenimento. Há opções para quem quer fazer compras, tomar um café ou fazer algo mais animado durante a noite. Em um espaço estilo showroom, foi oferecido um almoço, onde foi possível visualizar a nova maquete do complexo. Toda em branco, uma tecnologia ultramoderna de projeção vai colocando aos poucos as cores por toda a superfície, mostrando como é o local atualmente. Logo após o centro de compras, os participantes seguiram para um tour pelo shopping The Mall at Millenia. O objetivo foi mostrar que é possível levar grupos de pessoas para viver experiências diferenciadas em lojas de grife. O shopping existe há 15 anos, tem 150 lojas, restaurantes e serviços e oferece a possibilidade de fazer eventos tanto quando estiver aberto, quanto fechado. “Somos flexíveis, fazemos sempre do melhor jeito possível para o cliente”, apontou o gerente geral do Millenia, Steven Jamieson. Lá, encontra-se todo tipo de loja. Entretanto, para uma experiência de Mice exclusiva e diferente, marcas como Gucci, Tiffany, Bulgari, Chanel e Neiman Marcus tornam-se ainda mais atrativas e mais interessantes. Em cada uma delas é possível fazer eventos personalizados e customizados, no formato e horário que o cliente preferir, com as lojas podendo abrir ou fechar mais cedo. A Tiffany, por exemplo, oferece o Breakfast at Tiffany’s (em alusão ao título original do filme Bonequinha de Luxo), com café da manhã, drinques e experiência privativa de compra. A marca se encaixa a cada situação individual, sabendo a preferência de cada detalhe solicitado pelo cliente, e tem um limite de 125 pessoas dentro da loja. Já a Neiman Marcus comporta eventos de 800 pessoas, como desfiles de novas coleções das diversas marcas que são vendidas na loja. Também é possível fazer algo menor, como um dia entre mães e filhas, almoços e coquetéis. No segmento de incentivos, trazer grupos para conhecerem essas lojas e viverem situações diferentes pode ser uma boa alternativa para quem quer mudar um pouco do ambiente de parque. Assim como a Disney, Orlan-

Maquete de Disney Springs

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Os convidados da viagem no belo pátio do Grand Floridian

do também tem muito o que oferecer. Todo mundo sabe que estar na Disney, além de ir às atrações, é sinônimo de encontrar os personagens favoritos dos desenhos e tirar muitas fotos. E foi assim que começou o terceiro dia do fam.

MAGIA

No café da manhã do Disney’s Yatch Club Resort, hotel onde os convidados estavam hospedados, três desses personagens apareceram, fazendo a alegria do grupo. Após o café, o passeio continuou para o escritório do Disney Event Group e Disney Institute, onde palestras sobre os dois nichos foram apresentadas, seguidas por um tour pelo criativo espaço. O Disney Event Group é um time composto por profissionais criativos e que têm como objetivo entregar uma experiência única: eventos e espetáculos para as empresas com a cara da Disney. Cada um deles é customizado de acordo com a ideia do cliente e são infinitas possibilidades, dentro de diferentes níveis de preço. Uma das opções é contratar os personagens. Eles virão com o cenário e características correspondentes ao contexto das histórias, pois precisam estar encaixados em uma atmosfera. É importante saber que as produções acontecem apenas dentro do complexo – e é necessário estar hospedado em qualquer um dos hotéis da Disney.

No meio das apresentações, uma surpresa, preparada pelos organizadores, mostrou uma das milhares de alternativas que é possível fazer em eventos organizados pelo DEG. Uma atriz fantasiada de fada surgiu para divertir e brincar com os convidados. Ela havia estudado os participantes, por meio de uma ficha entregue antes da viagem, e soube como interagir com eles, arrancando muitas risadas. Mais uma experiência inusitada e personalizada, exatamente do jeito que o mercado corporativo pede, de acordo com Cláudia Menezes. Durante o tour ainda foi possível conhecer as diversas áreas que trabalham em conjunto para executar as solicitações. Produtores, designers gráficos, consultores, floristas, decoradores, figurinistas e desenhistas são apenas alguns dos cargos que existem por lá. São eles que desenvolvem, executam e entregam o projeto solicitado pelo cliente ou empresa. Atenção! Quanto antes o pedido for solicitado, mais customizado ele será. Saindo do DEG, o grupo conheceu um pouco mais do icônico Grand Floridian Resort & Spa, o hotel mais luxuoso do complexo, e do Coronado Springs Resort, que tem excelente capacidade de receber eventos, como grandes convenções e congressos. Uma de suas salas tem capacidade para 6,5 mil pessoas. É lá que muitos encontros médicos e farmacêuticos acontecem. Para diversificar um pouco e conhecer outros lugares de Orlando, o último almoço foi em uma experiência diferente em Kissimmee. Uma chef brasileira preparou uma refeição bem caseira, em uma mansão, disponível para aluguel (uma grande tendência na cidade), de 14 quartos, em um condomínio residencial. Está aí outra opção que funciona muito bem para quem for viajar em grupos, seja a trabalho ou mesmo para lazer. Também vem crescendo como uma boa alternativa para abrigar eventos. O terceiro dia, intenso, acabou em

um coquetel e jantar dentro do Epcot, no Living Seas Salon. Seguiram, então, para um pátio no parque, fechado especialmente para o grupo assistir ao Illuminations, tradicional show de fogos de artifício, com sobremesas e drinques. O local tem diferentes áreas para este propósito, com variadas capacidades de lugares. É uma experiência muito interessante para se fazer em viagens de incentivo, pois tem um custo baixo. O espetáculo já é entregue pelo parque e a empresa responsável deve apenas arcar com o que será servido durante aquele período. E qual o melhor jeito de encerrar uma viagem cheia de programas, experiências e ensinamentos no parque temático mais famoso do mundo, se não chamando o personagem mais querido para o café da manhã antes da partida? A presença do Mickey Mouse deixou todos os convidados eufóricos. Foi ele quem entregou a cada um o certificado de conclusão do programa de treinamento para agentes de viagens do Walt Disney World Resort. Os mais emotivos não conseguiram conter as lágrimas, mas esse é um efeito comum que o lugar mágico causa nas pessoas. Pegasus, Disney e Ideas4Brand conseguiram entregar dias repletos de criatividade e opções fora da caixa para que os profissionais presentes passem como inspiração aos agentes de viagem. No que diz respeito a Mice, é preciso sempre inovar e entregar serviços diferentes. E esse foi o objetivo. Apresentar um outro lado de Orlando e dos parques para que as viagens de incentivo e os eventos sejam exclusivos e diferenciados. Com tantas opções, fica mais fácil proporcionar uma viagem inesquecível para a equipe. Informações: Ideas4Brand — mariacamilla@ideas4brand.com ou (11) 99663-2884.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Pegasus, Disney World e Copa Airlines > Continua na pág. 20

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Famtur Mice na Disney World

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1 Os convidados em frente ao famoso restaurante Planet Hollywood, no Disney Springs 2 Deborah Baldin, Gabriela Delai e Dessie Dulakis, da Disney 3 Os convidados da famtur em um passeio pelo Disney Springs 4 Angela Cardinot, da Immaginare, e Cássio Takano, da Copa Airlines 5 Atrás: Deborah Baldin, da Disney, Gilberto Braghetta, da Alternatur, e Ibrahim Tahtouh, da IT Mice. Na frente: Elza Tsumori, da For Eventos, Claudia Menezes, da Pegasus, e Raquel Tahtouh, da IT Mice 6 Wanderley Saldanha Filho, da Travel Idea, Alexis Pagliarini, da Fenapro, Luís Abrahão Neto, da Top Service, Luiz Vicente Longo, da Motivation, e Gabriela Delai, da Disney 7 Claudia Menezes, da Pegasus, entre os convidados do famtur 8 Gilberto Braghetta, da Alternatur, e Ibrahim Tahtouh, da IT Mice 9 Angela Cardinot, da Immaginare, Maria Camilla Alcorta, da Ideas4Brand, e Raquel Tahtouh, da IT Mice 10 Luiz Vicente Longo, da Motivation, Cássio Takano, da Copa Airlines, Angela Cardinot, da Immaginare, e Claudia Menezes, da Pegasus 11 Maria Camilla Alcorta, da Ideas4Brand, e a felicidade com a chegada surpresa do Mickey Mouse 12 Kauren Sidhu, Steven Jamieson e Brenda Lounsberry, do shopping The Mall at Millenia 13 Grupo do famtur na loja Neiman Marcus 14 Todos quiseram tirar uma foto com o Pateta no café da manhã do hotel 15 Angela Cardinot, da Immaginare, Elza Tsumori, da For Eventos, Raquel e Ibrahim Tahtouh, da IT Mice, e Claudia Menezes, da Pegasus 16 A atriz da Disney fez piadas e brincou com os convidados 17 Claudia Menezes, da Pegasus, Dessie Dulakis, da Disney, e Maria Camilla Alcorta, da Ideas4Brand 18 A casa luxuosa de 14 quartos, em Kissimmee, onde aconteceu o último almoço do famtur 19 O grupo e a equipe da Experience Kissimmee reunidos para o último almoço 20 Luiz Vicente Longo, da Motivation, Elza Tsumori, da For Eventos, e Luís Abrahão Neto, da Top Service 21 Fernando Pereira, da Pegasus, e Raquel Tahtouh, da IT Mice 22 Todo o grupo em um pátio fechado especialmente para os convidados assistirem ao show de fogos dentro do Epcot 2

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Rota do Vinho DE ACORDO COM A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT), O ENOTURISMO ESTÁ INtimamente ligado à identidade dos destinos e integra valores culturais, econômicos e históricos. Não obstante, constitui um motor fundamental das estratégias de diversificação que ajudam os destinos a enriquecer a oferta turística e atrair diferentes públicos. Ciente da riqueza que esta relação entre vinho e Turismo pode proporcionar, a província de Chubut promete novas experiências dentro de um extenso circuito pela sua zona de cordilheiras. O produto desta região argentina se sobressai por hospedagem de qualidade, gastronomia única e uma carta variada de passeios. É o encontro perfeito entre belíssimas paisagens, parques e reservas naturais, zonas históricas e patrimoniais, uma interessante cultura ancestral e o singular legado galês. Todos esses fatores se combinam para gerar uma rota de vinho ímpar. Recentemente, o Grupo + Austral, de produtoras vitivinícolas que promovem a Rota do Vinho de Chubut, foi o anfitrião da segunda edição da Fiesta Provincial de la Vendimia, que aconteceu em 18 e 19 de março no complexo Viñas Nant y Fall, próximo a Trevelin. Este consórcio é integrado pela Bo-

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de Chubut

dega Familia de Bernardi e Viñedos Familia Adamow, ambos localizados na Comarca del Paralelo 42°; grupo Viñedos Patagonia River Guides; Viñas Nant y Fall; Viñedo Chacra Baruk; e Viñedo Chacra La Primavera, todos no vale de Travelin. Entre as variedades de uvas produzidas se sobressaem pinot noir, chardonnay, savignon blanc, gewurztraminer, merlot, riesling e pinot gris. O certo é que a Rota do Vinho é a conclusão de um sonho e a consequência de um árduo trabalho entre os envolvidos. Com o apoio do corpo empresarial da Patagônia Céltica, a proposta colocou em cena a magia de um laboratório, ativo e ancestral que conta com uma experiência primordial do contato do homem com a terra fértil da região. Além de oferecer uma mistura única de sabores, o evento apresentou os rótulos dos vinhos mais austrais da Argentina, com direito a explicações, degustações e, claro, a exibição da “Ruta del Vino del Chubut”. Indubitavelmente, o desenvolvimento desta rota na província de Chubut é uma excelente oportunidade para a integração regional. Também para agregar valor à bebida nacional, o vinho, tendo em conta aspectos históricos, culturais, naturais e turísticos. Informações: www.esquel.gov.ar. p

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David Scowsill e Guillermo Alcorta

Parceria exclusiva WTTC e PANROTAS

O World Travel & Tourism Council, principal associação de CEOs e líderes de Viagens e Turismo em todo o mundo, criado em 1991, escolheu a PANROTAS como seu parceiro de mídia (media partner) exclusivo no Brasil. O contrato de três anos prevê um trabalho próximo entre as duas partes, para fomentar e debater essa indústria em todo o mundo e no Brasil. “A indústria de Viagens e Turismo está crescendo em importância na economia do Brasil. Ela é responsável por 8,5% do PIB brasileiro, em um total de R$ 530 bilhões (ou US$ 152 bilhões), gerando mais de sete milhões de empregos ou 7,8% do total dos empregados do País. Prevemos que esses números crescerão na próxima década para mais de 9% do PIB, R$ 740 bilhões e mais de 8,9 milhões de empregos”, diz o presidente e CEO do WTTC, David Scowsill. “O WTTC está muito contente em estabelecer essa parceria de mídia com a PANROTAS por duas razões. Primeiro, porque esse crescimento precisa ser discutido pelas pessoas que trabalham na indústria e a PANROTAS é o local ideal para que esse debate ocorra. E segundo, porque os associados ao WTTC estão crescendo na América Latina, à medida em que os líderes do setor reconhecem o valor de falarem com uma só voz, e essa nova relação assegurará uma maior participação da indústria de Viagens e Turismo do Brasil (no WTTC)”, continuou ele, que já participou de duas edições do Fórum PANROTAS. Para o diretor de Marketing do WTTC, Geoffrey Breeze, “a PANROTAS tem nos impressionado com a frequência, a profundidade e amplitude de sua cobertura da indústria de Viagens e Turismo no Brasil e com o calibre de executivos que comparecem a seu fórum anual, o Fórum PANROTAS”. O presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta, que já participou de alguns Global Summits do WTTC, também se mostra satisfeito com a nova parceria. “Conteúdo de qualidade sempre foi uma prioridade na PANROTAS e com certeza com essa parceria de mídia com o WTTC conseguiremos oferecer aos nossos leitores e parceiros estudos, opiniões, análises e dados mais profundos e de alcance global”, afirmou Alcorta. O próximo encontro global do WTTC ocorre nos dias 26 e 27 de abril, em Bancoc, na Tailândia, e será o primeiro evento da qual a PANROTAS e também o Ladevi, parceiro da PANROTAS na Argentina, participarão como parceiros de mídia. A PANROTAS cobrirá o evento e mostrará em suas publicações (do Portal PANROTAS ao Jornal PANROTAS) os detalhes, debates e estudos lançados no Global Summit do WTTC em Bancoc, além de novos ângulos sobre a cidade. Saiba mais em www.wttc.org.

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Cirque em Vegas e receptivo em Orlando

Maria Camilla Alcorta (foto) abriu sua empresa, a Ideas4Brand, há poucos meses e já conta com duas representações exclusivas no Brasil e em toda a América Latina: a Pegasus Transportation, da Flórida, e o Cirque du Soleil, que tem sete shows permanentes em Las Vegas, e um em Orlando, nos Estados Unidos, além de shows itinerantes em todo o mundo. Enquanto os serviços da Pegasus incluem receptivo e Mice em toda a Flórida, especialmente em Orlando, já que a empresa é select operadora da Disney e tem contratos com todos os parques e grandes hotéis, com o Cirque du Soleil a missão de Camilla inclui representação de vendas, marketing e relações públicas, para aumentar o conhecimento do trade, influenciadores e consumidores sobre as oportunidades com os shows de Vegas especialmente. "O Cirque du Soleil é uma marca internacional que transcende as barreiras culturais e de língua, e é adequado que invistamos recursos no Exterior em especialistas de mercado", disse o vice-presidente sênior da Divisão de Shows Residentes do Cirque du Soleil, Jerry Nedal. "Estamos muito animadas e felizes de começar a Ideas4Brand de forma tão sólida com uma marca como o Cirque du Soleil, e com a expertise da Claudia e do Fernando na Pegasus, de Orlando", disse Maria Camilla, que é filha de Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS, e já trabalhou em operadoras e representações de destinos no País, incluindo Las Vegas, MMTGapnet e MGM. "Sei como o Cirque du Soleil é popular entre os brasileiros e vamos trabalhar para compartilhar ainda mais esse mundo único com toda a América Latina". Anote os contatos da Ideas4Brand, que em breve anunciará novidades na equipe: Maria Camilla Alcorta — (11) 99663-2884 e mariacamilla@ideas4brand.com; Ingrid Facchinette — (11) 97088-9115 e ingrid@ideas4brand.com.

Tudo azul... e mágico

Luiz Araujo e seu name tag azul: honra rara

O novo gerente Brasil da Disney, Luiz Araujo Junior, esteve em São Paulo na semana passada e desfilou orgulhoso com seu crachá azul (o name tag com seu nome e a cidade e país de onde vem) pela WTM Latin America e visitas aos operadores. A razão? Seu tag é azul pois ele foi um dos ganhadores do Walt Disney Legacy Award, um prêmio para quem mantém com excelência o legado do fundador do império de entretenimento. Apenas 350 colaboradores (dentre os mais de 75 mil) receberam a honraria. O prêmio é dado segundo votação dos próprios colegas de trabalho, baseados no dia a dia do funcionário, em diversos departamentos da Disney. Com apenas cinco anos de Disney e no atual cargo desde 2016, Luiz Araujo recebeu a honraria máxima da empresa , cuja cerimônia comemorativa será em 22 de maio, em Walt Disney World, em Orlando.

Ponto a ponto ● Vendas futuras para a França a partir do Brasil indicam crescimento de 32%. Em janeiro e fevereiro, o aumento foi de 26%. Ou seja, a retomada para Paris e região já começou.

Tampa recebe cerca de 300 mil brasileiros por ano, número muito bom para um destino considerado ainda secundário (está a uma hora e meia de Orlando). Esses visitantes são atraídos pelas praias, gastronomia, atrações aquáticas e resorts da região. A Flórida recebe cerca de 1,2 milhão de brasileiros e é o segundo mercado internacional de longo curso, mesmo em um ano de crise. Marisol Berrios e Rob Price, do Visit Tampa Bay, estiveram no Brasil na semana passada e receberam convidados na capital paulista para um almoço pré-WTM Latin America, com ajuda de seus representantes no País, Leslie Benveniste e Gabriela Lopes

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● Emirates e Air Canada zeraram o comissionamento de agências de viagens no Brasil. ● Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco, é o novo presidente do Fornatur, entidade que reúne seus pares em todo o Brasil.

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corporativo

www.pancorp.com.br

PESQUISA

Juliana Patti e Emilio Burlamaqui (ambos da Bayer), Erik Rantin (Latam), Adriana Cavalcanti (Air France-KLM), Fernando Michellini (CWT) e Karin Gasparian (Bayer)

Os viajantes da Bayer A Bayer realizou no dia 5, em São Paulo, mais uma edição do Travel Trends, encontro voltado para profissionais da empresa farmacêutica, e que visa levar debates, novidades e tendências aos viajantes corporativos do grupo. Uma das discussões mais dinâmicas foi sobre as novas regras da Anac para o contrato das aéreas com os passageiros. “É preciso lembrar que a peça principal de toda essa questão é o viajante. Os aeroportos brasileiros estão preparados para acolher todas estas novas regras

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de bagagem e oferecer a infraestrutura adequada ao passageiro? Porque isso sem dúvida está relacionado ao bom funcionamento de todos os outros processos envolvidos”, afirmou a diretora da Air France-KLM, Adriana Cavalcanti. Para o gerente de Programa e diretor de Vendas da CWT, Fernando Michellini, o Brasil ainda apresenta muitos gargalos nessa questão. “Há cidades que têm um volume forte de viagens e não possuem aeroporto. É preciso pensar

mais nessas questões para desenvolver o setor", ponderou Michellini. "O mercado aéreo passa por período de consolidação, e para que as companhias aéreas sejam mais competitivas (com capital estrangeiro ou não), o Brasil precisa resolver os problemas nos aeroportos, os quais barram o desenvolvimento da indústria e do mercado. Não é fácil operar no Brasil como companhia aérea", salientou o gerente regional de Vendas da Latam Airlines, Erik Rantin.

O PANROTAS Corporativo apoiou o evento desde o início de sua realização e ouviu 25 dos viajantes corporativos da Bayer, para saber como veem a indústria de Viagens e Turismo. Mais da metade deles realizam até cinco viagens por ano, sendo que oito dos respondentes viajam com alta frequência: mais de 20 viagens anualmente. Perguntados sobre se aprovam o uso do Airbnb para hospedagem em viagens a trabalho, 11 disseram não, dez aprovariam o uso e quatro não responderam à questão, mostrando uma divisão de opiniões. Nos hotéis, os itens que os executivos da Bayer mais prezam são rapidez no atendimento (16 respostas), localização (15), ambiente tranquilo (13) e café da manhã incluso (13). Cada pesquisado podia escolher três itens de um total de sete listados pela PANROTAS. Já o que mais estressa em uma viagem de trabalho é o atraso no voo (22 pessoas), internet lenta no hotel (15) e demora no checkin ou check-out.

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