Jornal PANROTAS 1266

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.266

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26 de abril a 2 de maio de 2017

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INDÚSTRIA REPARTIDA Como a economia compartilhada pode unir-se à indústria do Turismo e não competir com ela? CNC reúne especialistas de diversos setores e esferas governamentais para debater impacto no setor de hospedagem. Duas unanimidades: é uma tendência que veio para ficar e é preciso regulamentar esse novo player econômico. Dúvida é: como fazer isso?

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LAZER

Check-IN

dos brasileiros nunca viajaram a lazer pelo País

44,4%

MEIOS DE TRANSPORTE

HOSPEDAGEM

39,5% -

utilizam carro

Entre o restante:

48,2% - hotéis, resorts

ou pousadas

38,2% -

ESPAÇO PARA CRESCER Um dos principais objetivos do Brasil + Turismo, pacote de medidas lançado este mês pelo ministro Marx Beltrão, é fazer o brasileiro viajar pelo seu País. Uma recente pesquisa encomendada pelo MTur aponta o potencial não aproveitado pelo setor:

49,4%

utilizam ônibus

13,8%

35% - casa

20,6% -

Uma vez por semestre

Uma vez

utilizam avião

de parentes

CORPORATIVO dos brasileiros já viajaram a trabalho

25%

MEIOS DE TRANSPORTE

HOSPEDAGEM

40,2% -

utilizam carro

Dos quais:

ou pousadas

38,5% 28,2%

Raramente

74,2% - hotéis, resorts

utilizam ônibus

18,7%

10,3% - casa de

14% -

Uma vez por ano

utilizam avião

parentes

*Foram entrevistadas 2.002 pessoas com 16 anos ou mais, no período de 17 a 23 de março de 2017. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 10 a 12 Palácio Tangará, a maior promessa do luxo no Brasil em 2017 Páginas 18 e 19 Entrevista exclusiva com o presidente mundial da Air France-KLM, Jean Marc Janaillac Páginas 20 e 21 Enfim a retomada do setor aéreo brasileiro; veja dados da Abear

Viagen

s de

Páginas 22 e 23 Edmar Bull abre as portas da nova casa da Copastur, eleita a melhor TMC de médio porte do País

licação

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Edição

2017 io

abril/ma

PANROTAS Especial Viagens de Luxo

Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Brasil, o retorno O País da propina não pode parar, nem se anestesiar com tantos escândalos. Com a política mais ou menos estável (espera-se que tudo recomece do zero a partir das eleições de 2018), o crescimento retorna lentamente, meio que desconfiado, mas sabendo que um País do tamanho do Brasil não pode perder tempo andando para trás. No Turismo, os dados ainda são menores que há alguns anos em média, mas o crescimento de dois dígitos já bate na porta de muitas empresas. Há produtos que encareceram por causa do corte de capacidade (e nesse caso, só viaja quem pode mesmo), mas há também oportunidades dentro do

País ou mesmo fora para quem quer gastar menos. O grupo Air France-KLM é um dos que apostam na retomada do Brasil e já anunciou, em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS, que colocará o 787 Dreamliner em um de seus dois voos São Paulo-Paris e que espera estar em 2018 voando para um terceiro destino no Brasil. Não se trata de um estudo ou hipótese. A companhia está no processo de decidir qual será essa cidade. Vale lembrar que a empresa já operou em Recife e Brasília poucos anos atrás. Também há boas novidades entre os destinos. O Rio de Janeiro, palco de boa parte dos escândalos atuais, en-

volvendo os ex-governantes da cidade e do Estado, promete uma campanha para “ganhar o Brasil”. Ou seja, colocar o Rio de volta na prateleira do brasileiro que viaja. Um plano de segurança em áreas turísticas virá junto, promete a Riotur. Esta semana, mais oportunidades serão apresentadas ao mercado brasileiro em um segmento dos mais resilientes, criativos e inovadores, o de viagens de luxo. A Travelweek São Paulo by ILTM é referência no setor e a PANROTAS é sua media partner oficial. Preparamos para ocasião uma revista com as tendências do Turismo de luxo. Aproveitem a retomada e colham muitos e bons frutos.

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MEDIA PARTNER

MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves

PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê

Castro (rcastro@panrotas.com.br)

Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ)

PRODUÇÃO Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Katia Alessandra e Pedro Moreno COMERCIAL Gerente comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

PARCERIA ESTRATÉGICA

PARCERIA EM PORTUGAL

ASSOCIAÇÕES

S

E AQU T S E D

DO PORTAL

> PANROTAS

13/4 a 19/4

1 2/3 de empresas on-line enganam viajantes, diz estudo – em 19/4

2 Índia torna obrigatória presença de brasileiro para visto – em 19/4

3 Grandes operadoras têm vagas abertas; candidatese – em 17/4

4 Disney: “área de Star Wars será o que sempre sonharam” – em 11/4

5 Latam aumenta voos entre SP e Orlando e projeta A350 – em 18/4

6 Latam terceiriza setores de atendimento ao consumidor – em 17/4

7 CVC recua e exclui plano de incentivo a diretores – em 17/4

8 Rosangela Gonçalves deixa Windsor Hotéis; saiba – em 17/4

9 Azul irá aumentar oferta em voos para EUA e Portugal – em 17/4

10 Flytour Gapnet passa a oferecer sites a agências; conheça – em 13/4

11 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 13/4

12 MTur: 44% das pessoas nunca viajaram pelo País – em 19/4

13 Visto eletrônico para quatro países começa no 2º semestre – em 18/4

14 Ancoradouro inaugura coworking em São Paulo; veja fotos– em 18/4

15 Rextur Advance repatria executiva após 16 anos – em 19/4

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Hotelaria

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> Leonardo Ramos — Guarujá (SP)

nova onda da Accor

A ACCOR HOTELS ENTROU NA ONDA DO SURFE. TEMATIZADA DE FORMA EXCLUSIVA EM CADA propriedade, a marca Ibis Styles tem o esporte como centro das atenções em seu 13o empreendimento no País, no Guarujá, litoral paulista, terra natal do surfista brasileiro campeão mundial Adriano de Souza, ou Mineirinho, garoto-propaganda do hotel. Aberto para o público desde 27 de março e a um quarteirão da praia da Enseada, o Ibis Styles Surfe é alvo de altas expectativas por parte do vice-presidente de Operações das marcas Ibis na América do Sul, Franck Pruvost. “Esperamos entre 75% e 80% de ocupação no ano inteiro. A proximidade com São Paulo favorece muito a visita de turistas durante finais de semana e feriados, e o público do interior paulista também deve ser alto”, afirmou o executivo. Com decoração e design totalmente voltados para o surfe, o novo hotel segue a tendência adotada pelo grupo de diversificar seus público e estilo, fugindo do rótulo de rede padronizada. “Nossa filosofia na marca Styles é ter temas exclusivos para cada propriedade. A do Guarujá, por exemplo, será a única voltada para o surfe”, explicou Pruvost, citando como exemplo a unidade de Balneário Camboriú (SC), inspirada na modelo automotivo Fusca, e a de Birigui (SP), cujo tema são sapatos. Os irmãos e investidores do novo Ibis Styles, Ricardo e Roberto Roman, são também proprietários do hotel vizinho, o Delphin, que fica no mesmo complexo, voltado para o mar. “Sempre pensamos que a concorrência dos hotéis Ibis seria uma ameaça ao Delphin e a toda hotelaria local, caso um deles fosse aberto no Guarujá. Então pensamos: por que não abrir um nós mesmos?”, argumentou Ricardo Roman Jr., revelando ainda que foi necessário um investimento de R$ 22,5 milhões, obtidos através de um financiamento.

Fachada do 13o Ibis Styles no Brasil

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Ricardo Roman Jr, um dos investidores do hotel, com Franck Pruvost, o EVP de Operações das marcas Ibis na América do Sul

O HOTEL

Único da rede com a temática de surfe, a inspiração do novo Ibis Styles não podia estar mais clara: as luminárias já no saguão do hotel são feitas com quilhas, os espelhos nos banheiros e quartos têm formato de prancha, e papéis de parede com fotos de ondas e surfistas estão espalhados por toda a instalação. Pranchas posicionadas lobby, expostas como um Hall da Fama do surfe, têm cada uma sua própria história, sendo uma delas do próprio Mineirinho, utilizada durante o mundial vencido em 2015. São 99 quartos, dos quais 12 são apartamentos para famílias de quatro pessoas, com 22 metros quadrados, e seis são adaptados para cadeirantes, com 21 metros quadrados. O restante tem 17 metros quadrados. Dois quartos personalizados ainda chamam atenção: um foi completamente decorado por Mineirinho e outro pelo surfista

A decoração na recepção do hotel é repleta de objetos ligados ao surfe, como quilhas e pranchas

bicampeão brasileiro Jojó de Olivença, parceiro dos investidor e que oferece aulas do esporte para os hóspedes em sua escola de surfe, vizinha do hotel. Foi construída também uma academia de alta performance para praticantes, que segundo os irmãos Roman é a primeira do tipo no Brasil, preparada para atletas profissionais se condicionarem fisicamente com seus personal trainers. Finalizando os atrativos do empreendimento está uma espécie de galeria de grafites, exposta em seus muros tanto no lado interno quanto no externo, de autoria de profissionais contratados pelos Roman. Fora o óbvio foco em receber surfistas, um dos públicos mais visados pelos irmãos são os apreciadores do estilo que o esporte representa. “Cerca de 90% dos brasileiros que adquirem produtos ligados ao surfe não são necessariamente praticantes do esporte, mas sim admiradores do lifestyle que ele inspira”, explicou o investidor e surfista amador Roberto Roman. Segundo ele,

são 2,5 milhões de surfistas no Brasil, número que coloca o País como a terceira potência mundial no esporte. Ultrapassando as fronteiras do viés esportivo, os viajantes corporativos são lembrados por Pruvost como potenciais clientes da nova empreitada: para ele, além de mais econômico, o hotel é ideal para o chamado bleisure, estilo que reúne corporativo e lazer em uma mesma viagem, “tendência crescente no mercado mundial”. Ainda em relação ao corporativo, Ricardo Roman ressalta que “a empresa interessada em realizar sua reunião, evento ou conferência na nossa cidade pode utilizar o salão do Delphin, com capacidade para cerca de 350 pessoas, e hospedar os convidados e viajantes no novo Ibis Styles, que é mais econômico”. Segundo ele, o Ibis Styles Guarujá é o único hotel econômico da cidade praiana com um salão para eventos dessa magnitude à disposição.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Accor Hotels

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Mercado

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> Artur Luiz Andrade

Lacuna legislativa A HOSPEDAGEM COMPARTILHADA, COLABORATIVA OU ALTERNATIVA, SIMBOLIZADA PELO Airbnb, mas que conta com dezenas de outras plataformas e marcas, veio para ficar. Por quanto tempo não sabemos, pois nada é definitivo, mas é realidade que não se deve negar. Pode, inclusive, no futuro, substituir a hospedagem tradicional (o que muitos consideram improvável – a coexistência é o mais viável). Mas, não se iludam, nenhum governo (e estamos falando de organismos que adoram taxar cidadãos e empresas, com cada vez mais fome e afinco) permitirá que um novo setor substitua o outro, mesmo que parcialmente, e pague menos impostos ou simplesmente não pague impostos. Governo é governo em qualquer lugar do planeta e provavelmente até em Marte. Enquanto o Airbnb era novidade, até brilhou na Olimpíada do Rio como parceiro de hospedagem oficial. Daqui para frente, continuará brilhando, mas colaborará cada vez mais para os cofres públicos (e não apenas para parceiros privados). Essa foi a principal conclusão da primeira edição do seminário Impactos da Economia Colaborativa na Hospedagem, realizado pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC (Cetur-CNC), na semana passada, no Rio de Janeiro. Sem a presença de qualquer membro da economia compartilhada (alguns até confirmaram participação, mas não compareceram), o evento teve uma gama bem ampla de vozes dizendo a mesma coisa: tem que regulamentar. É o que pensam os hoteleiros, claro, que acusam essas plataformas de concorrência desleal, ao não pagarem os mesmos impostos e se escorarem em brechas da lei do inquilinato, por exemplo. Lei esta que foi criada para condomínios e não para a venda de diárias de uma cama, um quarto ou o apartamento inteiro, incluindo serviços de arrumação, entre outros que come-

Manuel Gama, do Fohb, Luigi Rotunno, da ABR, o deputado federal Herculano Passos, Alexandre Sampaio, da CNC, e Dilson Jatahy Fonseca, da ABIH Nacional

çam a ser oferecidos, como passeios. Mas também concordam com os hoteleiros e associações do setor de hospedagem outros players de nossa economia, todos presentes ao evento. Defendem a regulamentação dessa nova realidade da economia (não apenas em hospedagem) a Secretaria Nacional do Consumidor, o Ministério do Turismo, a Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar de Turismo (também da Câmara), além de advogados tributaristas e consultores convidados pelo Cetur da CNC. A principal questão, que pode levar anos para ser resolvida ou decidida com algumas assinaturas poderosas (tudo depende do lobby e poder de convencimento de ambas as partes) é como se dará essa regulamentação para players tão novos que não se enquadram na legislação vigente. Daí o título dessa

Eraldo Alves e Alexandre Sampaio, secretário e presidente do Cetur CNC

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reportagem e termo bastante usado no debate: vivemos uma lacuna legislativa com a economia compartilhada (do Uber ao Airbnb, passando pela alimentação e outros setores) vivendo em um mar sem regras. O caso da hospedagem mostra essa falta de regras e leis específicas: as plataformas que vendem diárias em locais que não hotéis e pousadas regulamentados usam brechas da lei do inquilinato, mas têm aspectos de hospedagem por venda de diária e deveriam ser enquadrados na Lei Geral do Turismo (com poder de decisão do Ministério do Turismo) e até na lei de cobrança de ISS, já que há serviços incluídos nessa hospedagem.

NOVA TAXA PARA UMA NOVA ECONOMIA Uma das propostas de regulamentação da economia compartilhada em geral é tratá-la como o que realmente é: algo novo. Assim, haveria uma nova legislação, criada à parte da atual, com novos tributos ou taxas, como fizeram destinos diversos pelo mundo especificamente para o Airbnb. Tanto a apresentação do presidente da ABR, Luigi Rotunno, quanto a do jornalista Dan Peltier, do Skift, que falou diretamente de Nova York, mostraram um gráfico, retirado do site do Airbnb, em que a plataforma mostra acordos para o recolhimento e repasse de impostos (de Turismo) para 275 governos dos Estados Unidos. Na Carolina do Norte, o Airbnb tem acordos com 140 jurisdições. Rotunno também mostrou como algumas localidades lidaram com a questão

e sugere que o Brasil faça o mesmo, criando uma nova taxação, específica para a economia compartilhada. Em Chicago, nos Estados Unidos, por exemplo, o Airbnb pagará 4,5% de taxa hoteleira e mais 4% de uma nova taxa; em Amsterdã, 5% de taxa de Turismo, e em Los Angeles, 14% de taxa de trânsito. O presidente da ABR também mostrou como outros setores foram impactados em países diversos e não apenas o Turismo. "Em Berlim há uma questão social que pode se repetir no Rio. Os universitários de Berlim e os moradores precisaram se afastar das cidades, pois os melhores apartamentos estão nessas plataformas ou tiveram aumento significativo do aluguel. Em Nova York o impacto foi no Turismo. E em Londres a preocupação é o mercado imobiliário. Os fundos perderam o controle de quanto vale um imóvel na capital inglesa". O presidente do Cetur da CNC, Alexandre Sampaio, apoiou a ideia de um novo imposto para a nova economia e as novas plataformas, e que esse dinheiro seja revertido para atrair mais turistas para o Brasil.

REDES HOTELEIRAS

Os grandes grupos hoteleiros, claro, são contra a atuação do Airbnb da forma atual (vale destacar que nenhuma das partes foi contrária à existência das plataformas de economia compartilhada, o que seria insano nos dias de hoje, e sim a favor de uma regulamentação). O presidente do Fohb, Manuel Gama, pediu apoio ao governo para resolver a questão. Segundo ele, grande parte do inventário do Airbnb (70,9% no Rio e

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07 48% em São Paulo) é formada por apartamento sem a presença do morador, o que consiste em concorrência direta com a hotelaria. "E sem os impostos pagos pela hotelaria, portanto com um preço menor para o consumidor e em áreas turísticas, ao contrário do que afirmam", disse. "Queremos a regulamentação dessa nova plataforma, que veio para ficar", continuou. Gama citou ainda a Lei do Inquilinato, que torna legal a atuação do Airbnb, mas que não leva em conta os dados citados por ele. O presidente do Fohb também revelou alguns dados dos canais de distribuição da entidade. De acordo com o Fohb, que reúne as redes hoteleiras atuantes Brasil, 56,7% das suas reserva vêm de canais on-line. Desse total, 23,6% de sites próprios das redes; 15,3% de GDSs; 13% de OTAs; 3,5% de consolidadoras com conexão direta; e 1,3% de sites próprios B2B. Do total off-line das vendas dos associados Fohb, 21,5% vêm da venda direta nos hotéis; 16,1% de agências e operadoras; 3,4% de centraisB2C; e 2,3% de centrais B2B.

QUESTÃO DE TEMPO

Para Alexandre Calvet, da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, uma nova legislação ou taxação > Continua na pág. 08

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ACORDO DE IMPOSTO COM 275 GOVERNOS A partir de 1º de maio de 2017, o Airbnb vai recolher e repassar impostos de Turismo em mais de 250 jurisdições nos Estados Unidos

Airbnb recolhe e repassa taxas de Turismo em mais de 140 jurisdições na Carolina do Norte

Estados onde Airbnb recolhe e repassa taxas de Turismo

Multiplicidades onde Airbnb recolhe e repassa taxas de Turismo

Estados onde o Airbnb apoia leis que permitem que a companhia recolha e repasse taxas de turismo Fonte: Site do Airbnb

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< Continuação da pág. 00

pode levar muito tempo, já que a economia anda em velocidade maior que o Legislativo. Para ele, o Airbnb e seus similares navegam sem qualquer regra e isso não é salutar. Ele citou um prédio em Copacabana, em plena praia, em que praticamente todos os apartamentos estão na plataforma, gerando uma deturpação da lei do inquilinato. Calvet defende que se use a própria lei complementar 116/2003, do ISS, para regulamentar ou tributar a economia compartilhada. A locação seria definida como como hospedagem, o tributo seria cobrado e repassado, pela própria plataforma, ao restante dos municípios brasileiros que recebem usuários da plataforma. “Essa é uma solução possível, e acredito que uma alteração na Lei Complementar 116 (que rege o Imposto Sobre Serviços) seja mais célere do que a criação de uma nova tributação, que requer uma emenda constitucional”, explicou. Há argumentos para isso (enquadrar o Airbnb e afins no ISS), já que a venda de diárias inclui serviços (limpeza dos apartamentos, oferta de passeios, entre outros itens oferecidos), e já que os condomínios, que atendem à lei do inquilinato, foram criados para serem residências e não para venda de diária (e é preciso que as convenções dos mesmos aprovem essa comercialização). O próprio Airbnb já recolhe ISS, como intermediário, em São Paulo (mesmo que a venda seja em outras localidades do País) e há diversas outras questões por

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NÚMERO MÉDIO MENSAL DE OFERTAS DE IMÓVEIS PARA ALUGUEL POR TEMPORADA 1.126 NO RIO DE JANEIRO

1.357

554

 103% 2012

 24% 2014

› Crescimento de 145% de 2016 em relação a 2012 se tratar de algo novo no mercado, como o imposto de renda dos chamados anfitriões, outro assunto delicado e que o governo está de olho (como dissemos anteriormente, nenhum governo vai querer abrir mão de tributar essa renda extra dos donos de imóveis). Além de não gerar receita para os municípios onde estão localizados os quartos ofertados, a falta de clareza sobre o enquadramento das atividades das plataformas de hospedagem pode abrir margem para a autuação fiscal dos proprietários na declaração do Imposto de Renda, afirmou o advogado Cesar Brandão, sócio do escritório Simões Brandão Advogados. “O contribuinte acaba declarando a entrada de dinheiro proveniente da receita do Airbnb de forma equivocada, já que a plataforma é apenas intermediária e não fornece os dados

 21% 2016 Fonte: Secovi Rio

daquele que, de fato, efetuou o pagamento“, pontuou. A representante da Secretaria Nacional do Consumidor, Michelle Rodrigues, falou sobre a insegurança jurídica que toda essa questão gera e também defendeu a regulamentação da economia compartilhada. Para ela, a boa fé é o que gera a segurança jurídica, além de regras claras para todos os envolvidos.

COM A PALAVRA, O MTUR O Ministério do Turismo, representado pela secretária Tetê Bezerra, e a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, na figura de seu presidente, o deputado federal Paulo Azi, concordam com a necessidade de uma regulamentação urgente. “Nossa proposta de regulamentação é pela ordem jurídica, econômica e financeira do setor. Os novos modelos têm de ter amparo legal e ao mesmo tempo os empreendimentos legalmente constituídos não podem sofrer concorrência desleal”, disse a secretária. “As plataformas ainda oferecem serviços de hospedagem de forma desregulamentada, sem proteção ao usuário. Estamos olhando o que já foi feito lá fora também. Defendemos uma regulamentação própria para esse setor”. Pela Lei Geral do Turismo, que está com proposta de modernização encaminhada para aprovação no Congresso, é o Ministério do Turismo que regula e controla os meios de hospedagem. Se as plataformas e o serviço que oferecem entrarem nessa categoria, caberá ao MTur sua fiscalização e regulação. Para o gerente Jurídico da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Ricardo Rielo, o Ministério do Turismo tem a prerrogativa de “planejar, fomentar e regulamentar” a política nacional do Turismo, segundo determina a Lei Geral do Turismo, e criar uma solução para a questão da tributação das plataformas. “O ministério pode fazer um ato normativo para acabar com a insegurança jurídica que se estabeleceu. Precisamos pensar em uma contribuição social para fins de fomento ao turismo”, disse. Já para se ter uma regulamentação exclusiva para a economia

Dilson Jatahy Fonseca, da ABIH Nacional, e o deputado federal Paulo Azi

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A LT E R N A T I V A S EM RESUMO, ENTRE AS POSSIBILIDADES NO BRASIL PARA A REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA COMPARTILHADA ESTÃO:

● ser criada uma regulamentação própria e uma nova taxa (ponto a favor: cria-se algo adequado à nova atividade; ponto contra: pode levar muito tempo); ● ser equiparado à hotelaria, como meios de hospedagem, e pagar os mesmos tributos (ponto a favor: rapidez na descoberta de uma solução; ponto contra: brechas que seriam questionadas na justiça e a igualação de serviços que não são exatamente os mesmos);

● ser tributado pela lei 116 do ISS (ponto a favor: segundo alguns especialistas, seria a solução mais rápida; ponto contra: o ISS é recolhido onde a plataforma tem sede no Brasil e teria de ter um acordo para a plataforma repassar a cada município onde atua); ● ser tributado de forma diferenciada por cada município onde está instalado (ponto a favor: dar uma cor local ao problema; ponto contra: o governo federal dificilmente abrirá mão de sua parte de tributação, especialmente no imposto de renda dos anfitriões). Fazem parte do Cetur da CNC, presidido por Alexandre Sampaio, as

entidades Abav e Abracorp (agenciamento de viagens), Alagev (viagens corporativas), Abrasel e ANR (alimentação), Abeoc, Abracef, CBCVB e Ubrafe (eventos), ABIH, ABR e Fohb (meios de hospedagem), Bito e Braztoa (operadoras de viagens), Sindepat (parques temáticos), Abear e Abetar (transporte aéreo), Clia Brasil (transportes marítimos), ABOTTC, Anttur e Abla (transportes terrestres), Abeta (turismo ecológico), Abrastur (turismo social), Abraturr (turismo rural), Sebrae Nacional e Unedestinos. Mais informações: www.cnc.org.br/turismo

Tetê Bezerra, do Ministério do Turismo

compartilhada, o País precisa definir o que é esta atividade, quem são os usuários, que direitos o consumidor tem, se haverá limitação de períodos, que tributação sofrerá, se os municípios terão autonomia para tributar, entre outros pontos. A falta de informações sobre usuários e anfitriões, aliás, é outra crítica que foi levantada no evento. Todo esse debate acontecerá mais uma vez na Câmara dos Deputados, antes da aprovação do texto final da Lei Geral do Turismo. O presidente da Comissão de Turismo da Câmara disse que nos próximos dias será aberta uma nova comissão, para debater a economia digital e compartilhada. “A partir dos debates chegaremos a ideias de projetos de lei ou emendas. Concordo que tem de haver regulamentação, pois um setor não pode concorrer de forma desleal e acabar com outras atividades de uma hora para outra”, disse Paulo Azi. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, defendeu uma solução própria e rápida para o Rio de Janeiro. Ele já está conversando com os vereadores da cidade. “Vamos achar caminhos para regulamentar, para que não fique solto. Eles (o Airbnb) usam a nossa terra como grande negócio”, afirmou. A CNC ainda vai realizar mais dois eventos sobre economia compartilhada (alimentação e transportes serão dois setores contemplados nos debates), em 9 de agosto e 6 de dezembro, e outros dois sobre Turismo e Esporte, em 19 de junho e 4 de outubro.p

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Hotelaria

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> Rodrigo Vieira

abertura

do ano

ESTÁ NA HORA DA ELITE DO TURISMO DE ALTO PADRÃO DA AMÉRICA LATINA CONHECER UMA DAS maiores promessas da hotelaria no Brasil. A abertura da Travelweek São Paulo by ILTM 2017 acontece no Palácio Tangará, que por sua vez é a inauguração mais aguardada do ano pelo mercado de luxo brasileiro. O coquetel está marcado para 25 de abril, às 16h. Para a direção do hotel, receber o evento é uma oportunidade ímpar de reforçar um de seus principais argumentos de venda, o lazer de São Paulo. “A capital paulista já tem vocação natural para o viajante corporativo, e estamos preparados a recebê-lo, mas vamos ressaltar a vocação de lazer do destino. Entretenimento, compras, gastronomia, cultura... São Paulo é um dos lugares do mundo com maior alterna-

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26 de abril a 2 maio de 2017 JORNAL PANROTAS

tiva, volume, qualidade e diversidade de atrativos, e nós hoteleiros muitas vezes negligenciamos essa força”, afirma o diretor administrativo do Palácio Tangará, Celso David do Valle. “Receber uma lista tão seleta de agentes focados em luxo será incrível.” O diretor da Travelweek São Paulo by ILTM, Simon Mayle, um dos primeiros privilegiados a visitar a propriedade, enxerga o Palácio Tangará como um destino por si só. Para ele é difícil destacar um ponto alto do hotel: serviço, arquitetura, localização e design formam um conjunto de experiências inestimáveis para o hóspede. “Não fica longe de nenhuma propriedade icônica no mundo. É um paraíso no meio da selva de pedra, um hotel

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11 de beleza atemporal, abraçado por um dos mais lindos parques do País que coloca São Paulo definitivamente no radar dos destinos de lazer de luxo do mundo.” A abertura oficial do Palácio Tangará está marcada para 10 de maio. Primeira propriedade sul-americana do grupo alemão Oetker Collection, o hotel é “abraçado” pelo parque Burle Marx, área natural de 108 mil metros quadrados localizada no sul da capital paulista. São 141 apartamentos, dos quais 59 suítes, e 136 com terraço ou varanda. O menor dos apartamentos tem 47 metros quadrados, enquanto o maior tem 280 metros quadrados internos e 250 externos. Espaço, aliás, é um dos maiores luxos do hotel paulistano. “Todos os apartamentos e cômodos do hotel têm áreas generosas, o que considero um luxo ausente na hotelaria da cidade. O imóvel tem um pé direito muito alto, com forte incidência de luz natural, e todas essas características são marcas fortes do Palácio Tangará”, expõe do Valle. “O principal salão na área de eventos tem pé direito de 9,5 metros, com portas em arco de 6,5 metros. É um espaço incrível, o melhor lugar para eventos corporativos e sociais.”

EXCLUSIVIDADES

Entretanto, apenas um espaço avantajado e bem iluminado não elevaria o Palácio Tangará à expectativa de maior abertura da hotelaria paulista em 2017 –

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26 de abril a 2 maio de 2017 JORNAL PANROTAS

Celso David do Valle, diretor administrativo do Palácio Tangará, o primeiro hotel da Oetker Collection na América do Sul

e até de hotel seis estrelas, classificação posteriormente rechaçada pela direção, alegando que essa avaliação jamais partiu do hotel. Embora tenha reservado tantas surpresas para depois da inauguração, o hotel já revelou algumas de suas principais conveniências. Uma delas é a sensação de estar imerso no meio da natureza, quando na verdade se está na maior metrópole do continente. Isso aliado ao padrão de serviço da Oetker Collection, conheci-

da pela excelência em bem receber em suas propriedades ao redor do mundo. “Além do serviço, temos uma proposta gastronômica única, muito requintada, com extrema atenção aos detalhes”, garante Celso do Valle. Ele se refere principalmente ao carro chefe da casa, o restaurante Tangará Jean-Georges, em parceria com o chef Jean-Georges Vongerichten, dos renomados restaurantes que levam seu próprio nome em Nova York, que

servirá café da manhã, almoço e jantar. Vale lembrar que, além desse estabelecimento, há o Parque Lounge & Terrace servindo das 7h às 23h. Outro triunfo do hotel de luxo é sua academia. “Não há nada no Brasil igual ao que teremos aqui, e não estou falando apenas de academia de hotéis, mas de academias no geral. Teremos o que há de mais moderno no mundo em equipamentos e tecnologia fitness, > Continua na pág. 12

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< Continuação da pág. 11

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Vista de uma das varandas do Palácio Tangará mostra a piscina externa

Todos os ambientes prezam pela alta incidência de luz natural

O menor dos apartamentos tem 47 metros quadrados. Espaço é um dos maiores luxos do hotel, segundo a direção

Dos 141 apartamentos, 136 têm varanda

com a última versão dos aparelhos da Technogym”, explicou o executivo. “Além disso teremos uma piscina semi-olímpica indoor e outra outdoor." Para quem não é hóspede, a possibilidade de desfrutar do moderno espaço esportivo será por meio de um cartão de membro, que ainda está sendo estudado antes de ser lançado com maiores detalhes. A ideia é disponibilizar academia, spa, piscina, entre outras facilidades, de maneira restrita. “Serão taxas semestrais ou anuais com uma série de benefícios, mas não será um programa aberto indiscriminadamente, para que possamos

ter controle no número de acesso.” O Flora Spa by Sisley é mais uma de suas singularidades. Segundo Celso do Valle, serão tratamentos desde os mais tradicionais, como massagens, shiatsu, até técnicas mais complexas, todas utilizando os produtos Sisley, em parceria com a marca francesa. “Serão seis salas de tratamento com um menu muito interessante e profissionais capacitadíssimos, que estão em fase de treinamento com um salão muito famoso de São Paulo”, concluiu o diretor executivo, ainda sem revelar o nome. Da mesma forma, a intenção é ser uma referência paulistana em eventos

Palácio Tangará garante que nenhum detalhe passa despercebido em seus apartamentos

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corporativos e sociais. O Palácio Tangará aposta em casamentos e celebrações tal como festas e convenções de empresas, como não poderia ser diferente. “Já há uma busca enorme para eventos na agenda de 2018.” Compras, uma das maiores aptidões do Turismo de lazer paulistano, também será atrativo no hotel, tanto dentro do complexo quanto ao servir o hóspede com as principais grifes da metrópole. Para quem não deseja sair, será fácil ir à primeira loja Eden Being do Brasil, a marca de luxo e lifestyle da Oetker Collection. “É uma grife de moda, acessórios, peças bas-

tante únicas que não são encontradas em lojas comuns. Queremos oferecer coisas ímpares, que não são encontradas em qualquer lugar, e a Eden Being vai ao encontro.” Transportar os fãs de compras às principais referências paulistanas como Oscar Freire e shoppings de luxo também está nos planos. Transporte, aliás, é algo que a equipe de planejamento do Palácio Tangará já tem bem esclarecido. O hotel fica em uma zona afastada do restante da cidade, o que reforça ainda mais a identidade de resort. “Essa questão da distância é relativa. Estamos muito próximos de duas áreas corporativas importantes, como a Berrini, a não mais do que oito minutos do hotel, e o Centro Empresarial Paulista, também muito perto”, calcula o diretor administrativo. “Independentemente dessa afinidade geográfica, aqueles que ainda venham trabalhar no bairro Jardins ou mesmo na avenida Paulista e que queiram de alguma forma viver experiência diferente, em que não se busca apenas um quarto de hotel, mas um conjunto de atrativos, terá o Palácio Tangará como a única opção de São Paulo. Não queremos que o hóspede corporativo pense em voltar a seu quarto, mas voltar ao seu palácio, em um contexto em que o quarto é apenas um capítulo da experiência.”p

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> Rafael Faustino

Ambição

neozelandesa

Um dos Dreamliners da Air New Zealand

NEM TÃO DISTANTE ASSIM. É DESSA FORMA QUE A AIR NEW ZEALAND QUER SE MOSTRAR AO BRASIL, POUCO mais de um ano após iniciar uma rota direta e exclusiva entre Buenos Aires, na Argentina, e Auckland, na Nova Zelândia. Ao trazer essa opção ao pouco explorado mercado entre América do Sul e Oceania, a companhia visou não só ao mercado argentino, mas também ao

brasileiro e outros adjacentes, testando a reação sul-americana. Os primeiros resultados agradaram, e agora a empresa mira uma expansão. É o que indicam as novidades recentes, como a troca de aeronave na rota e a expansão das frequências durante o verão – de três para cinco semanais; e o discurso do gerente geral para a América do Sul, Alex Obaditch,

que planeja a abertura de novos escritórios comerciais na região em breve. Se um voo para o Brasil ainda não está no radar, é certo que o aumento das frequências em Buenos Aires visa também atingir os passageiros brasileiros, levando em conta o acordo de codeshare com a Aerolíneas Argentinas. Em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS, Obaditch falou das impressões atuais do mercado sul-americano e dos investimentos mais recentes da Air New Zealand. Confira: JORNAL PANROTAS — Como a Air New Zealand analisa o primeiro ano operando na América do Sul? ALEX OBADITCH — Nosso primeiro ano foi muito bem-sucedido. Estamos extremamente satisfeitos em como os mercados na Argentina e no Brasil têm reagido à nossa chegada. Durante o verão de 2016, mudamos a aeronave com que operávamos a rota, do B777-200ER para o B787-9 novo, que melhor se encaixa no mercado sul-americano. Também fomos capazes de aumentar nossas frequências de três para quatro semanais [no último verão], e esses voos extras operaram com elevados índices de ocupação. JP — A rota Buenos Aires-Auckland atraiu um bom número de brasileiros? OBADITCH — Os passageiros brasileiros representam aproximadamente 12% do share de sul-americanos embarcando no nosso voo em Buenos Aires. Esperamos que esse número cresça substancialmente à medida em que aumentemos nossa penetração no mercado brasileiro. Atualmente, oferecemos voos em codeshare com nossos parceiros da Aerolíneas Argentinas de São Paulo e Rio de Janeiro para Buenos Aires, onde eles se conectam ao nosso voo para Auckland. De lá, oferecemos conexões não apenas a nossos destinos na Nova Zelândia, mas também para a Austrália, em Sydney, Melbourne, Brisbane e outras, além de cidades asiáticas, como Tóquio, no Japão, Hong Kong e Xangai (as duas últimas na China) e ilhas do Pacífico. JP — Como você vê o futuro do mercado brasileiro para a empresa? Quais são os planos da Air New Zealand para América do Sul? OBADITCH — O Brasil é um mercado extremamente importante para nós e estamos focados no crescimento da nossa presença no maior mercado da América do Sul. O País terá um papel de liderança em nossos planos de expansão regional, ao olharmos para a possibilidade de aumentar o número de voos que operamos em Buenos Aires. Esse é nosso foco atual,

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assim como a abertura para vendas em novos mercados regionais, como Uruguai, Paraguai, Peru e Colômbia. Estamos animados e foi o bom desempenho que motivou o aumento dos voos durante o verão. JP — O que a companhia vem fazendo para modernizar sua frota? OBADITCH — Em 2014, encomendamos 13 Airbus Neo para atualizar nossa frota de fuselagem estreita. É nossa intenção passar toda a frota desse tipo para aviões Airbus e, na fuselagem larga, voar com modelos Boeing. Embora tenha sido um investimento maciço, os benefícios de uma frota mais simplificada, moderna e de eficiência no consumo de combustível nos ajudou a reduzir custos operacionais. Nossa primeira aeronave Neo deve se juntar à nossa frota ainda neste ano, e a renovação de nossos B777-300, com a nova cabine Premium Economy e sistema de entretenimento de bordo atualizado está em curso, com a primeira aeronave quase pronta para sair do hangar em Cingapura. É um programa de US$ 90 milhões que irá alinhar os interiores dos aviões 777-300s com os mais recentes 787-9 e os recentemente remodelados 777-200.

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O gerente geral da Air New Zealand na América do Sul, Alex Obaditch

JP — Em termos de inovação, quais as novidades mais recentes? OBADITCH — Em 2015 introduzimos a Airband, uma pulseira revolucionária para crianças que viajam desacompanhadas. Permite que pais e responsáveis sigam os passos dos menores durante toda a jornada. O produto tem incorporado um chip que é escaneado em diferentes

momentos, gerando notificações automáticas para até cinco contatos designados. Também desenvolvemos nosso aplicativo mobile Air NZ, para facilitar o processo de check-in pela internet e a compra de franquia de bagagem. Ele também informa aos passageiros sobre seu portão e horário de embarque, dando todas atualizações relativas

ao voo. Por fim, introduzimos recentemente o Oscar, nosso chatbot de inteligência artificial da Air New Zealand. Oscar inicialmente ajudará clientes com consultas mais frequentes, poupando-lhes tempo e oferecendo uma experiência mais personalizada do que procurar uma seção de perguntas frequentes tradicional on-line.p

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> Artur Luiz Andrade

Voos mais altos

Pela primeira vez no Brasil como presidente do Grupo Air France-KLM, Jean Marc Janaillac prometeu uma terceira cidade atendida no País já em 2018

O PRESIDENTE MUNDIAL DO GRUPO AIR FRANCE-KLM, JEAN MARC JANAILLAC, HÁ APENAS oito meses no comando da empresa, esteve no Brasil para encontro com a diretoria da Gol Linhas Aéreas, incluindo o presidente Paulo Kakinoff, e recebeu a reportagem do Jornal PANROTAS para uma entrevista exclusiva e com direito a duas boas notícias para o Brasil: o grupo vai anunciar em breve voos para uma terceira cidade brasileira (fora do eixo Rio-São Paulo) e a Air France voará, a partir de 5 de fevereiro, com o Boeing 787 Dreamliner uma de suas frequências diárias entre São Paulo e Paris. Tudo isso porque a empresa não apenas aposta no mercado brasileiro, como já vê sinais claros de recuperação. Janaillac também ressaltou a importância da parceria com a Gol Linhas Aéreas (e o novo voo é fruto dessa parceria, segundo ele), mas disse que não precisa investir mais dinheiro na empresa brasileira para melhorar essa relação. Ou seja, mesmo que o Congresso aprove o projeto de lei permitindo aumento de capital estrangeiro nas aéreas brasileiras, a Air France-KLM não pretende aportar mais recursos na Gol. JORNAL PANROTAS — Para onde o senhor pretende levar o grupo Air France-KLM e o que já mudou des-

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de sua entrada? JEAN MARC JANAILLAC — Não se muda tão rapidamente um grupo como o Air France-KLM, com duas das mais antigas empresas aéreas da Europa. Mas nosso objetivo é achar o caminho do crescimento em um mundo em que o transporte aéreo deve continuar crescendo. Definitivamente não crescemos o suficiente no ano passado e é preciso aumentar nossa presença. Para isso, seguiremos em duas direções: manter e consolidar a qualidade de nossos produtos e a relação com os clientes e reduzir os custos, apostando em mais eficiência e produtividade operacional. JP — O que o passageiro pode esperar quanto a produtos? JANAILLAC — Primeiro, a eficiência operacional. Ele pode usar o melhor de nossos dois hubs europeus (Schipol, na Holanda, e Charles de Gaulle, em Paris, França) e estamos investindo em tecnologia e facilidades nos ambientes aeroportuários. Estamos trabalhando bem próximos com nossa parceira Delta Air Lines, que fez um trabalho muito com de conexão e tecnologia para o cliente em Atlanta. Vamos usar cada vez mais nossa força de termos duas possibilidades de conexão, duas culturas, duas companhias de qualidade para o cliente escolher.

JP — Em que outros aspectos os clientes poderão sentir essas melhorias? JANAILLAC — Em nossas aeronaves, nos novos assentos. Incluindo para o Brasil. A partir de 5 de fevereiro de 2018, a Air France usará o 787 Dreamliner em um de seus voos diários de São Paulo para Paris. Também aumentaremos o número de voos semanais do Brasil com a nossa primeira classe, a La Premiere. Hoje são quatro voos e no próximo inverno (europeu) serão cinco por semana com essa oferta. JP — Como a tecnologia ajudará nos serviços a bordo dos voos do grupo? JANAILLAC — Na personalização dos serviços. Quando cheguei percebi que o grupo tem uma forte presença digital e estamos criando mais serviços apoiados na tecnologia. Por exemplo, um novo CRM que permitirá que nossos tripulantes, munidos de Ipads, saibam as preferências dos passageiros frequentes e atendam suas necessidades e desejos sem que eles precisem pedir. Teremos a hospitalidade cada vez mais parecida com a de um hotel, agregando valor ao serviço oferecido ao passageiro. Nossos tripulantes nos dizem que o uso do Ipad já agregou bastante ao trabalho deles e melhorou a qualidade da relação com os clientes. JP — Há uma corrida entre as em-

presas aéreas pelo cliente corporativo ou elas ainda precisam de todos os tipos de passageiro? JANAILLAC — Um grupo como o nosso precisa de todos os tipos de viajantes e temos de oferecer um serviço diferente para cada um. Sabemos que os mais jovens querem preço e aplicativos, que os viajantes corporativos querem tratamento exclusivo, como o Sky Priority, rapidez e opções de horários, e temos de dar tudo isso. O cliente hoje também quer tecnologia, internet a bordo e não somos os melhores nesse aspecto no momento, mas até 2020 tona nossa frota estará equipada com wi-fi, já presente em nossos 787. JP — A Air France, membro fundador da Sky Team, acaba de assinar um acordo com a Singapore Airlines, da Star Alliance, para voos para a Austrália. As alianças já não são mais tão importantes como a dez ou 15 anos? JANAILLAC — Não se trata disso. É um acordo bem pontual e pragmático. Nossas opções para a Austrália não eram as melhores e trata-se de um acordo ganha-ganha. Daremos aos nossos clientes boas opções em duas ótimas companhias. Trata-se de um acordo exclusivo para a Air France, já que a KLM já tem algo parecido com a Malaysia Airlines.

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BANCODEDADOS JP — Ainda sobre parcerias, vemos a Etihad com a Alitalia e a Lufthansa, a Qatar investindo na British e na Iberia... Acabou a briga contra as empresas árabes? JANAILLAC — Não acabou. Continuamos acreditando que se trata de uma competição desigual e injusta de empresas árabes subsidiadas contra as europeias. Mas como disse anteriormente há acordos pragmáticos, como o que temos de codeshare com a Etihad. JP — E a parceria com a Gol? A aérea brasileira receberá mais investimentos do grupo se o Brasil ampliar a participação de capital estrangeiro em empresas nacionais? JANAILLAC — Estamos trabalhando muito bem com a Gol. Não precisamos investir mais dinheiro para aumentar a qualidade dessa parceria. Vim ao Brasil ter uma reunião com o (Paulo) Kakinoff (presidente da Gol), para buscarmos novos projetos e darmos os próximos passos em nosso acordo corporativo. JP — Como o grupo Air France-KLM vê o Brasil? Já há sinais de retomada após a crise mais profunda de nossa história? JANAILLAC — Vemos que o mercado está se recuperando e as vendas crescendo. O Brasil tem destinos fascinantes e é muito atraente para os viajantes de lazer. Some-

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se a isso a recuperação do mercado de viagens corporativas e estamos confiantes. Até o final do ano vamos aumentar a oferta de assentos da KLM em 14% no Brasil e a da Air France em mais de 10%. Também já estamos quase finalizando o processo de escolha de nosso terceiro destino no Brasil, fora do eixo Rio-São Paulo. JP — Quais são as alternativas? JANAILLAC — Não posso revelar ainda. Estamos na fase final dos estudos para fazermos a escolha. Queremos essa cidade em nossa malha de 2018. JP — E como o senhor vê a evolução da distribuição de bilhetes aéreos no Brasil e no mundo? O NDC será um game changer ou apenas mais uma opção? JANAILLAC — Estamos trabalhando para acompanhar as tendências digitais, mas somos bem cuidadosos. É perigoso mudar de uma só vez qualquer processo. O papel de uma agência de viagens pode mudar, mas creio que, especialmente no corporativo, ela continuará agregando valor adicional ao viajante. No lazer os viajantes já buscam a compra digital para viagens menos complexas. Um terço de nossa venda é via internet e metade desse terço via smartphones ou tablets. No doméstico ou no intraeuropeu esse número é ainda maior, pois há muitos voos curtos e diretos.p

Hoje o Grupo Air France-KLM tem 32 voos semanais, saindo do Rio de Janeiro e de São Paulo para Paris e Amsterdã. No inverno Iata, serão 35 frequências semanais.

SAO

ll AF: 12 frequências semanais

(operados com o 777-300 e 777200) ll KL: 7 frequências (777-300 e 777-200) ll No inverno europeu de 2017 (31 de outubro), serão 14 voos de Air France e o voo diário da KLM será mantido

RIO

ll AF: 7 frequências (777-300) ll KL: 6 frequências, exceto

quarta-feira (777-200 e 787-9) ll No inverno europeu de 2017 (31 de outubro), o voo da KLM volta a ser diário e o voo diário da Air France será mantido

ll O Dreamliner da Air France

está programado para iniciar

voos em 05 de fevereiro de 2018, de São Paulo para Paris

ll A parceria entre a Gol e

a Air France-KLM serve atualmente 35 cidades no Brasil para 46 destinos na Europa, totalizando 698 voos com código compartilhado (codeshare)

ll O grupo Air France-KLM voa

para 25 destinos na América do Sul e Central, incluindo o Caribe, em um total de 260 voos semanais para Paris e Amasterdã

ll Entre 16% e 20% dos

passageiros de voos de longa distância utilizam os dois hubs europeus do grupo

ll O grupo vai abrir um total de

45 novas operações até o fim de 2017, chegando a 328 destinos em 118 países. A meta é crescer, até 2020, de 2% a 3% ao ano em rotas de longa distância. Fonte: Air France-KLM

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> Henrique Santiago

Depois da

tempestade Divulgação-Pixabay

Março marca uma interrupção de 20 meses de números negativos na aviação nacional

APÓS QUASE DOIS ANOS, A AVIAÇÃO BRASILEIRA FINALMENTE VOOU MAIS ALTO. EM março deste ano, o setor apresentou o primeiro sinal de crescimento em demanda das empresas nacionais em 20 meses, mais exatamente no

longínquo agosto de 2015. Esse índice subiu 5,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A tão falada luz no fim do túnel tam-

Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

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bém foi vista no aumento da oferta em março. Com o início da retomada de voos e lançamento de novas rotas, houve um aumento de 3,98%. O mês também serviu para os brasileiros viajarem mais a lazer e a negócios, com um total de 7,4 milhões de passageiros (+5,72%) transportados por Azul, Avianca Brasil, Gol e Latam Airlines. A demanda acima da oferta fez o aproveitamento alcançar uma alta de 1,44% e, com isso, a ocupação das aeronaves chegou a 79,07%. O ineditismo nos números favoráveis não se limitou apenas a voos domésticos, pois a aviação internacional executou um desempenho ainda mais destacável, com recordes históricos em todos itens. Os voos para fora do Brasil (operados por companhias nacionais) tiveram alta de 18,43% em procura. Em ritmo similar, a oferta exibiu uma evolução de 9,33%. A partir desses dois índices, a ocupação de aeronaves totalizou 84,46% (+6,49%). Ao todo, foram 676 mil viajantes (+16,78%) transportados

em março pelas aéreas brasileiras. No acumulado, porém, o primeiro trimestre de 2017 foi encerrado com uma queda de 1,61% na oferta na aviação doméstica. A diminuição da demanda foi menos sentida, com 0,24%, seguido por alta de 1,11% no fator de aproveitamento, calculando um índice de 81,10% de ocupação. De janeiro a março, 22,6 milhões de passageiros (-0,98%) viajaram pelo Brasil. Em contrapartida, o mercado internacional viu nas quatro companhias aéreas brasileiras uma expansão de 3,81% na oferta, incremento de 9,53% na demanda. A ocupação de assentos disponíveis teve um progresso e alcançou 85,80% (+4,48%). O total de passageiros transportados foi de 2,1 milhões (+9,76%).

DE VOLTA NA ROTA

Embora a quebra da série negativa seja acalentadora, a Abear é cautelosa no otimismo, pois os índices são inferiores a 2014 e 2013, por exemplo.

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O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, acredita que o pior momento dos últimos anos ficou no passado. Se olhar para trás e, em seguida, para o breve futuro, pode-se desenhar uma conjuntura favorável para o setor. Não apenas as empresas brasileiras têm investido na malha, como as aéreas estrangeiras voltam aos poucos a acreditar no Brasil como um hub continental. A American Airlines, por exemplo, trará o Boeing 787 Dreamliner para voar sazonalmente entre Rio de Janeiro e Dallas/Forth Worth, no Texas. Entre 15 de dezembro e 16 de fevereiro de 2018, a transportadora conectará ambos os destinos durante três vezes por semana. A portuguesa Tap, que tem meio século de ligação com Recife, tornará diário o voo que conecta Lisboa à capital pernambucana entre junho e outubro deste ano. O aumento da oferta na rota é justificado pelo incremento de 144% nas reservas até o fim de fevereiro. A Azul possivelmente é a empresa que mais enxerga possibilidades de crescer no Exterior. Embora tenha reduzido temporariamente a malha no inverno, com ajustes de maio a setembro entre Viracopos, em Campinas (SP), e Guarulhos para sete cidades do Sul, a transportadora levará o Airbus 330 mais vezes para fora da América do Sul. Está em fase de aprovação a oferta de dez voos semanais para Fort Lauderdale/ Miami, oito para Orlando e sete frequências por semana para Lisboa, todos a partir do hub em Viracopos. Sem anunciar novos voos, a Latam disponibilizará mais assentos para os Estados Unidos. A partir de 29 de setembro, o reajuste na oferta crescerá com a chegada do Airbus 350-900, o maior e mais moderno da frota, entre São Paulo (GRU) e Nova York (JFK). O mesmo modelo da aeronave será utilizado para Orlando. Além disso, a rota passará a contar de sete para nove voos semanais a partir de 5 de maio. Entre 27 de junho a 20 de setembro, na alta temporada, a transportadora acrescentará dois voos, passando a 11 por semana.p

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PARTICIPAÇÃO NO DOMÉSTICO EM MARÇO

33,16%

LATAM

18,84%

AZUL

AVIANCA BRASIL

PARTICIPAÇÃO NO INTERNACIONAL EM MARÇO

35,22%

GOL

12,78%

77,65%

GOL

11,69%

LATAM

10,57%

AZUL

AVIANCA BRASIL

0,10%

Fonte: Abear

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corporativo

www.pancorp.com.br

A gê nc i as d e v i agen s

> Karina Cedeño

De casa ESTAVA NA HORA DE MUDAR. FOI A ESSA CONCLUSÃO QUE O COMITÊ DE GENTE E GESTÃO DA Copastur chegou após ouvir a opinião dos funcionários da empresa. O novo prédio está localizado logo ali, no número 755 da Bela Cintra (SP), mesma rua que já ocupava a melhor agência de viagens corporativa de pequeno e médio porte do Brasil (de acordo com os 63 fornecedores do Brasil respondentes da Pesquisa PANROTAS Melhores Agências de Viagens Brasil 2017). Embora a mudança não tenha envolvido grande distância, é repleta de significado. "Os funcionários precisavam de um ambiente mais amplo e moderno, e na nova sede cada um deles dispõe de espaço superior a oito metros quadrados, além de baias mais baixas, que facilitam a interação com os colegas”, contam os diretores da Copastur, Edmar Bull e seu filho, Edmar Mendoza. Para o novo escritório os funcionários carregaram, além dos computadores, novos valores e uma cultura mais consciente. “Aqui seguimos pilares sustentáveis: as mesas não possuem lixeiras particulares, o que obriga os colaboradores a depositarem seus resíduos nas lixeiras recicláveis, sem contar que eles são estimulados diariamente a chegar ao escritório por meio das escadas. São apenas dois andares”, conta Bull. Assim que foi inaugurado, o local recebeu a visita de parceiros e fornecedores, além dos familiares dos funcionários, que confraternizaram para conhecer o novo espaço. Suas varandas foram um dos principais motivos que contribuíram para a escolha do local. A montagem do escritório, aliás, foi realizada em tempo recorde. "A empresa responsável levou 45 dias para finalizar tudo, sendo que o prazo estipulado era de 55", conta Bull. Embora ainda faltem alguns pequenos detalhes a serem finalizados, a empresa já está trabalhando a todo vapor, tendo como combustível a visível motivação dos funcionários. Graças ao trabalho deles a TMC não sentiu os efeitos da crise no ano passado, e foi uma das agências que mais cresceram no período. A empresa movimentou quase R$ 500 milhões em vendas em 2016. “Isso é reflexo do investimento que fazemos no treinamento de nossos colaboradores. Cada um deles deve ter, no mínimo, 84 horas de capacitação por ano, e os treinamentos são realizados fora do horário do expediente”, analisa Edmar Bull. A Copastur conta hoje com 109 funcionários em São Paulo e 26 no Rio

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nova

Edmar Bull e o filho, Edmar Mendoza, lideram a Copastur

As salas de reunião têm nomes de países

Detalhe da recepção

Funcionários trabalhando

Um dos espaços para reuniões, no qual há também área para café

de Janeiro, abrangendoCopastur Corporativo, Copastur Energy, Copastur Eventos e Incentivos e Copastur Prime (luxo), que envolve também o setor Copastur Corprorate Prime, voltado a clientes mais exigentes. Bull adquiriu a empresa em 1982, nove anos após a sua origem, e mudou o nome de Copastur Sulamericana de Turismo Limitada para Copastur Viagens e Turismo Limitada. Desde o início a agência é focada no setor corporativo, atendendo também ao segmento de lazer e eventos, que juntos respondem por 22% de share. Em 2010 a TMC passou a fazer parte

da rede global de agências ATPI, que atua com mais de 100 escritórios ao redor do mundo. “Cada vez mais as empresas estão solicitando os serviços das TMCs por não conseguirem fazer a parte administrativa sozinhas, e nosso trabalho acaba gerando um ganho muito grande a elas, já que entregamos tudo pronto” salienta Mendoza. Para ele, entre as vantagens de gerir uma TMC está a alta possibilidade de crescimento devido ao amplo mercado. “Já para os clientes, as vantagens estão no fato de eles receberem um serviço de nível elevado e gestão inteligente, o que gera fidelização por

meio da confiança”, continua ele. Os diretores costumam sempre envolver a equipe nas decisões a serem tomadas. “Aqui elas não são impostas e todos participam. Se está bom para todo mundo, está bom para nós”, salienta Bull. Tecnologia é também uma questão que não pode faltar na Copastur. “A TMC foca suas atividades em tecnologias móveis, de geolocalização, business intelligence de fontes de dados heterogêneas, integração de dados e de sistemas diversos, além de sistemas de inteligência artificial para detecção de padrões que sejam úteis aos nossos clientes”, finaliza o diretor da empresa.p

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Departamento Copastur Prime: Bruno Silva, Renato Freitas, Lara Carvalho, Luciene Barros, Regiane Santos, Gabrielle Álvares e Larissa Paulikevis

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Equipe de Atendimento 1: Julio Clapis, Ester Puente, Willy Lima e Felipe Procópio

Equipe de Atendimento 4: Bruno Silva, Carla Jesus, Priscilla Coelho e André Silva

Equipe de Atendimento 2: Anderson Assato, Daniele Firmiano, Suellen Nogueira e José Júnior

Equipe de Atendimento 5: Fernando Ribeiro, Kelvin Cabral, Fabio Lellis, Mauricio Lellis, Carolina Castro e Maria Moreira

Equipe de Atendimento 3: Bruna Sato, Jéssica Câmara, Márcia Bastos, Deise Lacerda e Michele Alencar

Equipe de Atendimento 6: Tiago Nascimento, Anderson Umbelino, Luana Spreafico, Luiz Medeiros, Tatiana Silva e Kleber Fernandes

Departamento Corporate Prime: Welton Souza, Ana Sato, Rafael Ferreira, Raquel Castro, Camila Molina e Daniel Amorim

Departamento Corporativo: Guilherme Rizzi, Elson Marques, Sara Moraes, Elias Santos, Arisson Nogueira, Ricardo Szpigel e Guilherme Coracini

Equipe de Marketing: Thiago Belizário, Janaína Ribeiro, Lucas Domingues e Thifany Silva

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Departamento de Atendimento ao Fornecedor: Thiago Pereira e Amanda Bigi

Departamento de Eventos 1: Gleberson Santos, Giselle Zillig, Pedro Garcia e Karoline Avila

Departamento G8 (atendimento de plantão a oito agências): Renato Brunhara e Gerson da Silva

Departamento de Eventos 2: Camila Queiroz, Thaís Freitas, Viviane Abade e Camila Guerra

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corporativo

www.pancorp.com.br

Hotelaria

>> Rafael Faustino – Paris (França)

Novo conceito em eventos

SALAS MONOCROMÁTICAS, CLIMA COMPLETAMENTE FORMAL, ALIMENTAÇÃO PADRONIZADA (quando há) e serviço sem personalidade... claro que um ambiente de negócios precisa incitar seriedade e dispor de boa infraestrutura. Mas é necessário para isso ser sempre igual? E em destinos mundialmente visados, como Paris, como criar um diferencial em meio a centenas de opções para eventos e hospedagem a negócios? No Novotel Les Halles, na região central da capital francesa, um novo conceito foi inaugurado ao final do ano passado para tornar mais agradável e eficiente toda a estrutura corporativa. As salas de reunião ganharam um ar retrô, com objetos antigos (mas que funcionam) como vitrolas, rádios e televisões. A cozinha ganhou um ar informal e todo o ambiente recebeu inspiração artística. Tudo isso em um hotel que fica de frente a um grande mercado aberto e a poucos minutos de caminhada do Louvre, garantindo não somente boa estrutura para os eventos, mas também um ambiente descontraído. O espaço foi batizado de Atelier H, referindo-se à assinatura do arquiteto Jim Hamilton, responsável pela reformulação. São mais de 600 metros quadrados divididos em sete ambientes, que comportam ao todo 250 pessoas. Além das duas cozinhas, uma em cada andar, integradas aos próprios ambientes de eventos. A maior das salas, subdivisível em três, comporta até 70 pessoas sentadas ou 100 em pé, para conferências maiores, coquetel ou jantar. Há também salas com varandas e vista para o Canopeé, uma grande área comercial e de passeio inaugurada recentemente em Les Halles, bairro que passa por uma grande reformulação. Os próprios ambientes são temáticos: a sala Bell, por exemplo, é decorada com telefones antigos — homenageando o inventor Graham Bell —, enquanto a Edison rememora os primeiros aparelhos de rádio. Na Studio Jenkins, homenagem ao pioneiro da televisão norte-americana Charles Francis Jenkins, televisores clássicos protagonizam a decoração. Mas não se engane pelo clima nostálgico: há equipamentos dos mais modernos. Televisão com touch screen para apresentações, equipa-

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A sala Bell em uma das possíveis configurações para reuniões de negócios

mento de videoconferências e internet de fibra ótica são alguns dos exemplos. A gastronomia é outro diferencial do espaço. Todos eventos dão acesso à dispensa, sempre abastecida, e a petiscos e bebidas leves — com o restante dependendo do que for contratado para o evento. O cardápio, segundo a gerente de Vendas de Conferências do Novotel Paris Les Halles, Marion Simony, que guiou a reportagem do Jornal PANROTAS em visita ao espaço, muda todos os dias. “Almoços e jantares podem ser realizados nas salas, na varanda aberta ou no próprio restaurante do hotel”, explica. Há, ainda, um caráter sustentável: todos os ambientes de negócios têm incidência de luz natural, para que o consumo de eletricidade seja reduzido ao estritamente necessário.

MUDANÇA DE PERFIL Segundo Marion, a intenção é equilibrar mais o perfil dos hóspedes do hotel, hoje muito concentrado em viagens lazer. E, ao mesmo tempo, aumentar as vendas por meio de agências corporativas. “Em geral, temos um perfil de reservas diretas. Mas queremos nos aproximar mais de agências para ter não só eventos no hotel, mas hóspedes que tenham compromissos de

O Studio Jenkins, para pequenas e privativas reuniões

negócios pela cidade”, comentou. Para isso, será aproveitada a localização estratégica do Novotel Paris Les Halles. Afinal, a mudança no espaço de eventos segue um processo de modernização em curso nesse histórico bairro parisiense. Todo o bairro de Les Halles está em constante transformação, com obras de revitalização sendo promovidas pelo governo local. O Canopeé, reinaugurado recentemente, é um dos maiores exemplos, funcionando onde, no início do século XX, estava o maior mercado a céu aberto de Paris. A modernização, assim como a localização estratégica, é usada como atrativos para a unidade. Além de bem

próximo do Louvre, o Novotel Paris Les Halles também dá acesso rápido a outros dos principais pontos turísticos da cidade mais visitada do mundo: com alguma disposição, o Arco do Triunfo e a Torre Eiffel podem ser visitados a pé, e o vultuoso Museu de Arte Moderna está a menos de cinco minutos de caminhada. Para locais mais distantes, a vantagem é o hotel estar a poucos passos de Chatelet Les Halles, a maior estação subterrânea do mundo, que conecta diversas linhas de metrô e trem — inclusive a que dá acesso ao aeroporto Charles de Gaulle.p --- O Jornal PANROTAS

hospedou-se no Novotel Paris Les Halles a convite da Accor Hotels, com proteção GTA

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Mercado

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> Ana Luiza Tieghi

Luxo

sob nova direção

Martin Frankenberg, presidente da BLTA, em sua agência Matueté

A NOVA DIRETORIA DA BRAZILIAN LUXURY TRAVEL ASSOCIATION (BLTA) ASSUMIU EM novembro e está de olho nas mudanças propostas pelo plano Brasil + Turismo, do Ministério do Turismo, para impulsionar a vinda de estrangeiros ao País. Martin Frankenberg, presidente da associação e também sócio e diretor executivo da agência Matueté afirma que vê “com bons olhos” a facilitação do visto para os norte-americanos. “Acontece com os meus clientes: se a burocracia é grande, eles desistem do Brasil e vão para a Argentina. Se pudermos ter um processo eficiente e rápido, não precisa nem mudar o preço do visto”, conta. A nova gestão da associação está ansiosa para entrar em contato com a Embratur e o Ministério do Turismo, pois acredita que o governo poderia se beneficiar da sua experiência com os viajantes de luxo. Esse conhecimento teria o potencial de gerar mais visitantes para o País. Com 29 hotéis e três operadoras de receptivo de luxo associadas, a BLTA responde por entre 70% e 80% das hospedagens escolhidas por turistas desse segmento que vêm ao Brasil para lazer, segundo o presidente. Em 2016, 414 mil pessoas se hospedaram nos

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hotéis associados, o que movimentou R$ 800 milhões só em reservas. A BLTA está sempre em busca de novos associados, mas está revendo os critérios para admitir novos membros. “Não basta ser um hotel ou pousada de luxo, precisa ter como foco o mercado internacional”, explica. Boa infraestrutura é pré-requisito e serviço de qualidade é essencial. A associação ajuda a profissionalizar novos membros. “As pessoas investem muito na estrutura, mas não pensam em como comercializar esses produtos. Queremos ajudá-los a vender.”

DESTAQUES E APOSTAS A falta de grandes nomes da hotelaria internacional no País, como as redes Four Season e Six Senses, poderia ser vista como uma desvantagem, mas Frankenberg prefere encarar como uma qualidade do Brasil. “Isso significa que as nossas propriedades de luxo são únicas, o que torna o Turismo mais autêntico.” Autenticidade é uma das características que o viajante de luxo procura em seu destino. Segundo o presidente da BLTA, esse viajante tem mais de 40 anos, já viajou muito e não fica im-

pressionado com a estrutura dos hotéis, mas com o que há de diferente nos lugares em que visitam. Os destinos de luxo mais procurados pelos viajantes internacionais são Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu (PR) e Trancoso (BA). Para o futuro, Frankenberg aposta na continuação do desenvolvimento de hotéis de luxo na Amazônia e no Pantanal. No litoral, a promessa são os ainda pouco conhecidos internacionalmente Fernando de Noronha e Península de Maraú.

CRISE E TERRORISMO A crise política e econômica, e a visão pessimista sobre o Brasil que elas projetam no mundo, preocupam a BLTA. “Nos últimos 18 meses, o Brasil foi bombardeado por notícias ruins”, disse Frankenberg. O presidente conta que o ano começou mal para quem trabalha com turistas estrangeiros no trade de luxo, com réveillon e carnaval fracos. A expectativa, porém, é de melhora. “Meu público não gosta de incerteza, então crise é menos problemática do que incerteza, como era a situação do País no início do ano passado”, afirma. Já o clima de insegurança ao redor do

mundo sobre ataques terroristas acaba beneficiando o Turismo de luxo no Brasil, pois somos vistos lá fora como um país livre dessa ameaça. “Temos outros problemas, mas não esse”.

NOVOS DIRETORES A nova gestão, que fica no cargo até novembro de 2018, também inclui a gerente geral do hotel Unique, Melissa Oliveira, como vice-presidente e diretora de Parcerias, e a diretora de Vendas e Marketing do Txai Resorts, Bruna Dib, como diretora de Eventos. Bruna foi vice-presidente da associação na gestão anterior. Bob Shevlin, dono do Uxua, é o diretor de Comunicação. Falta ainda um diretor financeiro. Houve mudanças estruturais na diretoria. “Antes, a BLTA dependia muito da disponibilidade de tempo e das ideias do presidente”, conta Frankenberg. Os cargos foram repensados para dar mais autonomia aos diretores. O objetivo da nova gestão é tornar a associação mais conhecida e relevante fora do mercado de Turismo. “Gostaria muito que a BLTA tivesse um assento no Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade, da CNC”, conclui o presidente.p

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Mercado

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> Leonardo Ramos

Desmistificando

a Austrália “VAI SER FÁCIL VENDER AUSTRÁLIA.” A FRASE, DITA PELO CÔNSUL GERAL AUSTRALIANO no Brasil, Greg Wallis, é apenas um item em todo contexto de incentivo que o destino pretende impulsionar em 2017 na América do Sul, onde o Brasil se posiciona como principal mercado. Na semana passada, a Tourism Australia realizou em São Paulo o Walkabout South America 2017, um workshop exclusivo com uma etapa para 100 operadoras selecionadas e outra aberta para agentes e demais profissionais do trade. A intenção, claro, é estreitar a relação entre Turismo da Austrália e Brasil e elevar o número de brasileiros embarcando rumo à terra dos cangurus. O gerente de Contas da Tourism Australia para América do Sul, Craig Bavinton, comemorou a adesão de mais de 250 profissionais interessados nos fornecedores australianos e avaliou a missão como bem-sucedida. O Walkabout South America 2017 reuniu 14 expositores australianos, que promoveram seus destinos, produtos e serviços turísticos, todos adaptados para o mercado sul-americano e para o trade brasileiro. Além da capital paulista, os mesmos negócios foram feitos em Santiago e em Buenos Aires. Este foi o maior evento de promoção da Austrália no Brasil, superando o de 2016. Com ou sem crise, o executivo faz questão de frisar que não abandona nosso mercado. Após um moroso 2015 e um 2016 de tímida recuperação, o Brasil já apresenta retomada no número de visitantes este ano. Em fevereiro, registrou aumento de 16% ante o mesmo mês em 2016. “Com o aumento da promoção do destino para o trade brasileiro, o objetivo é que até o final do ano esse crescimento chegue a 20%”, calculou Craig Bavinton.

DIVERSIDADE

Um dos objetivos do encontro, além de realizar uma aproximação com o trade do País, foi quebrar alguns mitos em relação à Austrália. “Muitos agentes e operadores ainda veem nosso país como um lugar exótico e difícil de se vender, e queremos mostrar que a realidade é bem diferente: nosso contraste de destinos, com desertos, neve, barreiras de corais e belas praias, associado com a sofisticação e gastronomia de nossas cidades, fazem da Austrália um país extremamente atrativo para o cliente, e o

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Greg Wallis, cônsul geral da Austrália no Brasil, e Craig Bavinton, gerente de Contas da Tourism Australia para América do Sul

crescimento de vendas no ano passado mostrou isso”, explicou Bavinton, destacando o investimento em treinamentos e capacitações para dar uma visão mais clara para os agentes do que a Austrália pode proporcionar. O cônsul australiano Greg Wallis, também presente no evento, ressaltou ainda as similaridades do povo e destinos brasileiros com os australianos como trunfo. “Nossa diversidade de pessoas e destinos, do mesmo modo que no Brasil, são nossos maiores atrativos. Com essas similaridades e com o aumento do trabalho de promoção do destino, acredito que será fácil vender Austrália”, incentivou o cônsul. Bavinton apontou ainda os crescentes números do Turismo na Austrália, a quarta maior indústria de seu PIB. Foram mais de sete milhões de visitantes em 2016, e um dos grandes destaques é o market share das Américas: segundo Bavinton, mais de um milhão dos turistas em 2016 vieram dessa região, e a meta é que, com o aumento de ações e

aquecimento econômico na América do Sul, esse número cresça em 2017.

ções, a conectividade com o país passa a ser mais fácil", acredita Bavinton.

CONECTIVIDADE

FAMTUR

O gerente de Contas da Tourism Australia para América do Sul ainda confia nos novos voos que devem ser lançados este ano para Austrália e a vizinha Nova Zelândia. O primeiro é o incremento do trajeto da Air New Zealand entre Buenos Aires e Auckland (veja na página 22), de três para cinco voos semanais, ao menos durante a alta temporada, possibilitando a conexão para Austrália. A aérea neozelandesa, inclusive, foi uma das expositoras do evento. Bavinton lembrou ainda que, em outubro, a Latam vai lançar três voos semanais diretos entre Santiago e Melbourne, além dos quatro voos por semana que já tem para Sidney, por meio de conexão na capital da Nova Zelândia. American Airlines, com conexão em Los Angeles, Emirates, via Dubai, e South African, via Joanesburgo, são as outras que fornecem acesso. "Com os novos voos e uma boa variedade de op-

Entre as ações para este ano, Bavinton destacou o programa on-line de capacitação para agentes de viagens, chamado Aussie Specialist. Com duração de quatro horas, o treinamento visa apresentar o destino para os profissionais, explicando seus atrativos e burocracias de visto, entre outros itens fundamentais para vender Austrália. Ao final do curso o profissional é contemplado com um certificado de especialista no destino. Segundo o executivo, uma das vantagens é a divulgação, realizada pela Tourism Austrália, da empresa na lista de agências especializadas no país. Além disso, quem realizar o treinamento terá ainda a oportunidade de realizar famturs para a Austrália, promovidas pelo órgão (o primeiro deles será em outubro, e os agentes e operadores ainda não foram selecionados).

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Capacitações físicas ainda estão na agenda do escritório de Turismo da Austrália. “Semana passada, por exemplo, tivemos um jantar temático com a Queensberry, e estamos abertos para operadoras e agências que desejem se reunir com nosso escritório para aprender e se capacitar sobre os destinos e maravilhas australianas”, anunciou Bavinton.

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Jorge Viegas, da Finesse, e Kevin Carruthers, da Pan Pacific

Giovanna Cavalcanti e Odette Smith, ambas da Hamilton Island

EVENTOS E FEIRAS

Outro aspecto levantado pelo Turismo da Austrália foi a variedade de eventos disponíveis no país. “Além dos famosos encontros esportivos, como três etapas do mundial de surfe, o Australian Open de Tênis e o Grande Prêmio de Melbourne de Fórmula 1, uma série de eventos gastronômicos e musicais ocorrem no país no ano inteiro, e os agentes devem estar atualizados para dar opções de diferentes experiências para seus clientes”, explicou. Por fim, Craig Bavinton ressaltou que em maio Sydney receberá o Australian Tourism Exchange, um evento para operadoras e membros do trade mundial em que mais de 500 produtos e destinos serão promovidos. São previstas 12 operadoras sul-americanas no encontro, incluindo sete brasileiras.p

Didjeridu, instrumento dos aborígenes australianos, foi utilizado para marcar a troca de expositores durante o evento

Gabriel Cordeiro, da BWT, Fabiola Helou, da Menton Viagens e Turismo, Fernando Zingler, da IPTC, e Andrea Landaeta, do Tourism Australia

Jennifer Ganske, da Sivereugn Hill, com Thiago Cuencas e Camila Yida, ambos da Viagens & Cia

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Carolyn Pope, do Visit Melbourne, com Erika Matsuno Puig, da Queensberry

14 expositores apresentaram seus produtos para agentes e operadores. Na foto, Juanita Ariza, da TM Latin America, com Carina Pedron e Tatiana Espirandelli, da Terra Mundi

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Destinos

A Buenos Aires dos nichos A DIRETORA GERAL DE PROMOÇÃO TURÍSTICA DO ESCRITÓRIO DE TURISMO DE BUENOS AIRES, Karina Perticone, antecipa os planos previstos para o resto do ano e detalha os segmentos específicos do mercado sobre os quais estão focadas as ações de divulgação. Em quais segmentos o plano de promoção turística de Buenos Aires está trabalhando este ano? Temos muita coisa programada, o que envolve, no total, mais de 80 ações, e sou responsável pela gestão de tudo o que está relacionado ao segmento Mice, um nicho muito importante porque fatura sete vezes mais do que o Turismo comum. Estamos apresentando também um anuário informativo e melhoramos o nosso posicionamento no ranking do Internacional Congress and Convention Association (ICCA), depois de um forte trabalho realizado ao longo dos últimos dois anos. Também lançamos o Plano de Marketing do Turismo de Reuniões, que inclui a captação de eventos e o trabalho conjunto com o setor privado. Cabe assinalar, ainda, que em 28 de abril será realizada a abertura das cartas de licitação do Centro de Congressos e Convenções de Buenos Aires, o que pode ser considerada a cereja do bolo desse trabalho. Também trabalhamos com o Turismo de

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luxo, segmento prioritário porque está relacionado a muitos outros. Somos membros da Virtuoso Travel Network e da United States Tour Operation Association (Ustoa). Os turistas começaram a se dar conta de que a América Latina vai muito além do México e que vir à Argentina é uma viagem de longo curso. Os atentados terroristas na Europa também contribuem para que nos escolham mais. Somos um país exótico para eles. Outro segmento prioritário é o LGBT. Trabalhamos junto à Câmara de Comércio Gay Lésbica da Argentina (CCGLA) e continuamos nos posicionando nesta questão. Por falar em luxo, uma crítica recorrente é que a Argentina este nicho bem definido. Isso mudou? O Inprotur está trabalhando com a Virtuoso e já definiu um produto. As tarefas com essa rede haviam sido interrompidas, mas o contato foi retomado no ano passado e voltamos a atuar em âmbito global. Antes compartilhávamos a agenda com o Inprotur, mas hoje já temos uma agenda própria: estamos na Virtuoso como Argentina e Buenos Aires. Temos trabalhado com uma mesa pequena de agências de viagens e hotéis que são integrantes da Virtuoso e vendem produtos de luxo. Sem contar que o Observatório Turístico da Argentina começou a pro-

Karina Perticone, diretora de Promoção Turística de Buenos Aires

duzir pesquisas para saber o que está acontecendo no setor.

Colômbia, enquanto no Equador só faremos capacitações.

Como é feita a divulgação de Buenos Aires na América Latina? No Brasil aplicamos muitos esforços não apenas em São Paulo, como também em Brasília, que agora é outro importante hub para as companhias aéreas. Começamos a trabalhar com a Azul e a Gol, essa última por meio da Aerolíneas Argentinas. No dia 25 de abril daremos início a uma ação de divulgação junto à PANROTAS em Uberlândia (MG) e Belo Horizonte, e também promoveremos capacitações e workshops no Chile, México (DF, Monterrey e Guadalajara), Peru e

Hoje é possível medir o impacto das ações nos diferentes mercados e segmentos. Das informações mais recentes obtidas, qual a impactou mais? A reação dos Estados Unidos, que teve um crescimento muito rápido, principalmente entre março e dezembro de 2016. Também podemos citar a Nova Zelândia, que no verão somou mais voos e cresceu de modo exponencial. Concluímos que a chegada de mais companhias aéreas a essa região, como a Qantas, dará prosseguimento à recuperação. p

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Eventos

É hora do Next FALTA POUCO PARA COMEÇAR A SÉRIE DE EVENTOS NEXT EM 2017. PER-

José Guilherme Alcorta e Artur Andrade, da PANROTAS, na edição 2016 do Next Goiânia

correndo capitais e cidades do interior brasileiro, convidados e personalidades do Turismo debaterão o momento e o futuro do setor com os trades locais. E as primeiras edições já estão agendadas para o início de maio e com inscrições abertas: dia 3 em Goiânia e 4 em Brasília. São os primeiros capítulos de uma série que, ao longo do ano, passará também por Cuiabá, Curitiba, Fortaleza e Ribeirão Preto (SP). Sempre trazendo apresentações de alto nível para os agentes de viagens e promovendo, com inovação e interatividade, discussões sobre o Turismo regional nas diferentes regiões do Brasil. Nas edições de Goiânia (no Castro’s Hotel) e Brasília (HPlus Cullinan), a agenda vai das 8h30 às 12h30 e tem na programação uma apresentação sobre tecnologia e inovação no Turismo protagonizada por Alexandre Cordeiro. Com passagem por Sabre e Trend, ele é fundador do Travel Tech Hub e especialista na área. Outra palestra mostrará “como criar valor para a viagem de seu cliente”. Com ampla experiência na promoção de destinos, Maria Camilla Alcorta fundou recentemente a Idea4brand, passando a representar no Brasil e América Latina o receptivo Pegasus, de Orlando (Estados Unidos) e o Cirque du Soleil. Completam a programação uma apresentação de boasvindas sobre o cenário atual do Turismo, ministrada pelo CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta, e um debate sobre o futuro do setor mediado pelo CCO e editor-chefe Artur Luiz Andrade. Acesse www.panrotasnext. com.br para mais informações e inscrição gratuita nos eventos. p

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SurFACE

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Rio de volta...

“Não vou dizer que é inadmissível pois é uma palavra muito forte, mas o Rio estar na 92a posição entre as cidades mais visitadas do mundo significa que, em uma expressão que nós marqueteiros usamos, o Rio saiu das gôndolas”, disse o presidente da Riotur, Marcelo Alves (foto). “Não estamos na vitrine de quem compra viagem. O Rio parou, a posição é deprimente para mim como profissional de marketing.” Alves promete iniciar trabalhos imediatos para colocar o Rio no Top 10 de destinos mundiais. Em maior a Riotur deve iniciar a campanha Vem pro Rio, para o turismo doméstico, priorizando os mercados de São Paulo, Interior de São Paulo, Minas Gerais, Sul e Centro-Oeste. A verba de cerca de R$ 40 milhões já está pedida e deve ser aprovada.

Substituição na Windsor

Após 20 anos de relação com a rede Windsor, a então diretora comercial Rosangela Gonçalves anunciou sua saída da empresa. A profissional já tem seu rumo definido, mas até o fechamento desta edição não revelou sua nova empreitada. No dia seguinte ao anúncio de Rosangela, a rede hoteleira apresentou Ivan Bonfim como novo gerente geral corporativo de Vendas. Ele exerceu nas últimas duas décadas posições estratégicas em redes, como Le Meridien, Iberostar e Hotéis Othon, e está desde 2015 na Windsor, onde ocupou a gerência Regional de Vendas.

. . . m a s e a s e g u ra n ç a ?

A Riotur sabe que a questão da segurança é fundamental para respaldar a campanha de marketing e paralelamente deve começar a funcionar o Grupamento Integrado de Apoio ao Turista (GAT), que vai “ocupar” todos os pontos turísticos do Rio, com apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal e das secretarias de Conservação e Ação Social (esta por conta da grande quantidade de moradores de rua).

Ve n c e d o r e s

Política e Turismo 1

Antes que a Lei Geral do Turismo, em sua nova versão, encaminhada pelo Ministério do Turismo e a Casa Civil, passe pelo Congresso, o Turismo vai precisar de muito lobby para incluir no texto final itens que não foram acolhidos nessa etapa (e foram muitos, segundo apurou o Jornal PANROTAS). O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC, presidido por Alexandre Sampaio, e cujo secretário é Eraldo Alves (foto), se reunirá dia 27 de maio com o ministro do Turismo, Marx Beltrão, em Brasília, para discutir a fundo os pedidos do setor que não foram acolhidos na LGT e o caminho para que eles tenham chance de passar.

Política e Turismo 2

O presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, Paulo Azi, participou na semana passada, no Rio de Janeiro, do seminário Turismo Cenários em Debate, organizado pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC. O tema era o impacto da economia compartilhada no setor de hospedagem e Azi disse que a Câmara abrirá uma comissão especial para debater a economia digital e compartilhada e a partir dos debates gerar ideias para emendas e projetos de lei. “Queremos a participação ativa do trade nesse e em outros debates que teremos”, disse o deputado. Os outros debates envolvem os três projetos de lei que o presidente Michel Temer enviou para a Câmara, dentro do programa Brasil +Turismo: a modernização da Lei Geral do Turismo a abertura do visto eletrônico (prevista para quatro países – Austrália, Estados Unidos, Canadá e Japão – ainda este ano); e a transformação da Embratur em agência. “A Comissão de Turismo estará no centro dessas discussões e esperamos os envolvidos para um debate amplo”, resumiu Azi.

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Após mais de mil inscrições, duas profissionais do Turismo passaram por todas as etapas e sagraram-se vencedoras do Quiz da Catalunha, ação cultural e de capacitação promovida pelo Turismo catalão em parceria com a PANROTAS. Angélica Pfluck, da Edestinos (Alvorada-RS), e Ivoty Cordeiro, da Flot Operadora (São Paulo), ganharam uma viagem à região com aéreo e três diárias de hotel garantidas. Elas tiveram entre os melhores desempenhos nas perguntas sobre a Catalunha e depois criaram as frases mais criativas sobre o destino, ganhando o prêmio da comissão julgadora.

Ponto a ponto ● Giovanna Lopes é a nova gerente de Grupos e Eventos do Grupo Trend, e se reporta diretamente ao diretor adjunto de Produtos Nacionais Ricardo Assalim. ● A Salvador Destination anunciou Fernando Brandão, ex-Hilton e Meridien,

para o cargo de diretor executivo. ● Após 13 anos na Mapaplus, Melchor Baixas deixa o cargo de diretor geral da

operadora espanhola e se desvincula de todas as empresas do grupo Mapa. ● Elizangela Santos é a nova gerente de Marketing da empresa de cartões de assistência Global Travel Assistance, a GTA. ● Daniel Costa é o novo executivo de Contas Santo André (SP) e São Caetano do Sul (SP) da Flytour Viagens. ● Após 16 anos, a Rextur Advance repatriou Milene Silva nova supervisora de Treinamento e Desenvolvimento da consolidadora.

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corporativo

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Reforço da casa

A Carlson Wagonlit Travel, CWT, tem uma nova diretora de Operações para o Brasil. Trata-se de Sheila Souza, que até então atuava como gerente de Operações São Paulo. Fernanda Michellini, que ocupava o cargo agora assumido por Sheila, assume a área de Program Management e Vendas. A nova diretora de Operações está há 14 anos na TMC, onde foi consultora de viagens, supervisora de Operações, gerente de Operações para postos e matriz e também na gerência das equipes 24 horas e Vip Service. p

Gestão de reuniões

A GBTA criou recentemente um novo programa, focado na gestão de reuniões estratégicas. Serão cursos on-line focados em competênciaschave dos profissionais de agências de viagens corporativas e TMCs. Com duração de cinco semanas, o programa tem início no dia 26 de abril. Criado especificamente para gestão de reuniões de nível médio e profissionais de compras, será ministrado pela diretora de Viagens e Eventos da Anthem Inc, Cindy Heston. A executiva supervisiona uma equipe responsável pelos eventos e viagens de mais de 50 mil associados da empresa. Identificação de stakeholders; criação de um case de negócio; planejamento de programa de reuniões; sinergias de compras e viagens; e visualização de tecnologia e dados serão os módulos.p

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Digital da Air France-KLM

A Air France-KLM contratou Christine Honoré para ser a nova gerente Digital para América do Sul do grupo. Ela, que atuava como supervisora na mesma área, reportará diretamente à direção comercial da Air France-KLM no continente. Desde 2001 na aérea, Christine ocupou anteriormente posições na área de Business Intelligence e Digital da empresa no Brasil, nos Estados Unidos e na Índia, cargos em que reuniu experiência em e-commerce e gerenciamento de redes sociais. Christine fica baseada em São Paulo. p

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