R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.268
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10 a 16 de maio de 2017
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TEMPOS DE CÓLERA WTTC reúne líderes na Tailândia para discutir os rumos da indústria e faz um alerta: o planeta está tomando um rumo perigoso, que pode ser irreversível. Em debates calorosos, profissionais de diversas áreas apresentaram propostas para tratar de temas polêmicos, como o nacionalismo de Donald Trump (ao centro), a disparada da China, do presidente Xi Jinping (à esq.), o efeito Brexit no Reino Unido, que resultou na demissão de David Cameron (à dir.), a facilitação de vistos, chegada do bleisure no universo corporativo e muito mais.
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AIRBNB E OS FERIADOS
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Feriados de abril e 1º de maio trouxeram
R$ 53 milhões
de renda extra aos anfitriões brasileiros. Acompanhando o ritmo de crescimento do Airbnb no Brasil, os três feriados prolongados registraram crescimento no número de viajantes domésticos ante 2016.
A Páscoa registrou aumento de
A renda extra anual de um anfitrião típico gira em torno de
em comparação com 2016
136%
R$ 5.500
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LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 13 a 16 Hotelbeds discute rumos da tecnologia no Turismo
Páginas 17 a 20 Cobertura completa da Travelweek by ILTM
Página 25 e 26 CVC surpreende e compra Grupo Trend por R$ 258 milhões
Editorial
cidades com maior número de chegadas de hóspedes durante o Tiradentes foram RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO, SÃO SEBASTIÃO (SP), FLORIANÓPOLIS e CABO FRIO (RJ)
> Renê Castro > rcastro@panrotas.com.br
Não somos mais jovens Eu poderia até criar um nariz de cera (retardar a abordagem do texto no primeiro parágrafo), mas é melhor ir direto ao ponto: não estamos sabendo lidar com a famosa disrupção no Turismo. Com o perdão da sinceridade extrema, estamos lendo e ouvindo comentários de executivos sobre Airbnb, Uber e cia. como se estivéssemos em uma aula de história – e daquelas bem chatas. Ao tentar explicar esses fenômenos, alguns líderes criam narrativas impressionantes, como se estivéssemos vivenciando um verdadeiro apocalipse. Correr para as colinas com suprimentos e uma espingarda na mão é realmente a única alternativa para so-
breviver? É difícil admitir, mas o mercado precisa começar a pensar com a cabeça das novas gerações. Nós, como imprensa, também fazemos essa mea culpa. Enquanto refletimos e tentamos entender o porquê das mudanças do mercado, os mais jovens simplesmente usufruem das facilidades que estão sendo entregues por todos os lados. É a famosa regra de vender ao cliente o que ele está buscando, seja a partir de um gap deixado por serviços que hoje não funcionam, ou por processos que só atrapalham e burocratizam o uso de determinado produto. Hoje é possível planejar uma viagem só pelo celular? Sim. O Airbnb vende mais
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diárias que as redes hoteleiras sem ter ao menos um quarto próprio? Sim. O Uber revolucionou o mercado de transporte terrestre e hoje você pensa duas vezes antes de pegar um táxi ou alugar um carro? Sim. Esses meios são menos seguros que agências físicas, hotéis e carros executivos? Há quem questione - e os números também. Nem um extremo, nem o outro, amigos. Vestir a camisa do trade e hastear a bandeira é necessário, saudável, mas sem esquecer a autocrítica. O mundo não está mudando, ele já mudou! E você, vai ou não vai embarcar nessa viagem? A promessa é uma só: não terá volta.
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1 URGENTE: CVC adquire Grupo Trend por R$ 258 mi – em 03/5
2 Aéreas não têm data para iniciar cobrança de bagagem – em 02/5
3 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 28/4
4 Azul anuncia desconto para quem não despachar bagagem – em 03/5
5 Agaxtur, BCD Travel, CVC e mais contratam; veja as vagas – em 02/5
6 Disney promove treinamento
10 Segundo Hilton carioca é inaugurado em Copacabana – em 03/5
11 Operadoras têm novos pacotes Disney com refeição grátis – em 28/4
12 Machu Picchu tem vendas suspensas a partir de julho – em 03/5
13 Aéreas pedem veto de consumo de bebidas de free shop – em 03/5
14 BH: Azul aprova Buenos Aires e estuda retomar Orlando – em 27/4
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Mais luxo: Travelweek São Paulo chega ao último dia; fotos – em 28/4
em SP sobre Mundo de Avatar – em 27/4
7 Alitalia entrará em administração extraordinária – em 02/5
8 Bloco de países asiáticos prepara visto único para turistas – em 27/4
9 Luxo do luxo: conheça cinco hotéis de ponta pelo mundo – em 27/4
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Katia Alessandra e Pedro Moreno COMERCIAL Gerente comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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04 Eventos
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> Renê Castro – Bangcoc (Tailândia)
Conversa
entre líderes O presidente norteamericano, Donald Trump, recebeu atenção especial do Global Summit por suas decisões polêmicas
A HOSPITALEIRA CAPITAL TAILANDESA RECEBEU, NOS ÚLTIMOS DIAS 26 E 27, A EDIÇÃO 2017 DO GLOBAL SUMMIT do World Travel & Tourism Council (WTTC), evento que reúne anualmente líderes da indústria de Viagens e Turismo para debater os rumos do setor. O encontro deste ano teve como gancho o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, promovido pela ONU e que prevê 17 grandes objetivos para o mundo nos próximos 13 anos. Em 2017, a indústria deve cumprir cinco itens. São eles: crescimento econômico inclusivo e sustentável; inclusão social, emprego e redução da pobreza; eficiência de recursos, proteção ao meio ambiente e ações diante das alterações climáticas; criação de valores culturais, diversidade e patrimônio; e compreensão mútua, paz e segurança. Além dos debates envolvendo líderes do mercado, receberam também os holofotes a cúpula do WTTC, que intermediou boa parte das discussões, em especial o CEO David Scowsill, responsável pelas principais entrevistas. O dirigente, aliás, foi tratado como celebridade em Bangcoc, em
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especial após anunciar que está deixando a organização, em junho. Em discurso emocionado, a ministra de Esportes e Turismo da Tailândia, Kobkarn Wattanavrangkul, rasgou elogios a Scowsill, com direito a lágrimas em frente às câmeras e um sentimento de perda que constatou a grandeza da gestão do CEO nos últimos seis anos. Quem também aproveitou o evento para se despedir foi o secretário geral da OMT, Taleb Rifai, que participou de um de seus últimos eventos no Exterior antes da eleição que definirá o novo secretário-geral do principal órgão de Turismo do mundo. E o Brasil está no páreo, com a candidatura de Márcio Favilla. O brasileiro disputa a preferência com representantes da Armênia, Colômbia, Geórgia, Coreia do Sul, Seychelles e Zimbábue. A definição deve sair no próximo mês e a gestão prevista é entre 2018 e 2021.
biente e discussões calorosas sobre os impactos do Turismo no ecossistema de destinos explorados por seus dotes naturais. A organização fez questão de frisar em inúmeros momentos que a indústria é, sim, uma das responsáveis pela escassez de recursos naturais ao redor do mundo, e que somente no momento em que assumir essa responsabilidade poderá transformar este cenário e seguir crescendo com a consciência tranquila. “Somos um setor que cresceu muito rápido nos últimos seis anos, acima do esperado, eu diria. Hoje estimulamos a economia global com a geração de US$ 7,6 trilhões (cerca de 10% do PIB mundial) e mais de 292 milhões de
empregos, o que representa uma em cada dez oportunidades de trabalho no mundo”, afirmou David Scowsill, completando que o momento é de revisão das políticas globais e da expectativa de crescimento das nações. “A globalização está ditando este ritmo, e está claro que não está funcionando para todos. Os governantes estão tendo de retomar questões envolvendo sonhos básicos das pessoas e das empresas, algo que nos impacta diretamente. Precisamos agir.” A pergunta que foi exposta ao público, com o mote Is it too much to ask?, foi clara: “O Turismo quer crescer destruindo a natureza?”. A contundência da fala de Scowsill > Continua na pág. 06
David Scowsill, CEO do WTCC (até junho), foi o principal nome da organização durante os dois dias de evento
É DEMAIS PERGUNTAR? Com uma postura agressiva em relação ao crescimento desenfreado da indústria, o WTTC inundou o evento com vídeos impactantes sobre o meio am-
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também se fez presente quando o assunto foram as medidas restritivas do presidente norte-americano Donald Trump contra nações muçulmanas e também ao povo mexicano, por meio de uma polêmica proposta de construção de um muro que, literalmente, introduziria uma barreira entre as duas nações. “O mundo não precisa de iniciativas como esta. Precisamos, sim, criar um planeta mais amigável e sem restrições envolvendo nacionalidade, religião e escolhas pessoais. O mundo não pode ser um ambiente fechado, onde apenas os afortunados conseguem viajar e adquirir conhecimento. A cultura do medo está nos dividindo e destruindo parte de nossa consciência de que cada ser humano é único — e que vivemos como unidade.”
GLOBALIZAÇÃO X NACIONALISMO
Taleb Rifai foi outro a criticar as medidas contra refugiados e muçulmanos encabeçadas por Donald Trump. “Enquanto a tecnologia e os novos modelos de negócios quebram barreiras, atitudes que vão contra a compreensão e o respeito ao próximo colocam o mundo em estado de alerta. Nós, responsáveis por esse enorme mercado que é o Turismo, temos o dever de impedir a criação deste cenário adverso. É investindo em segurança (para visitantes e locais), tecnologia (para toda a indústria) e sustentabilidade (preservação da natureza) que alcançaremos nossos objetivos de longo prazo”, explicou. Rifai não perdeu também a oportunidade de cutucar a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, movimento conhecido como Brexit. Sempre muito cuidadoso
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Taleb Rifai (à direita) deixa a OMT neste ano. Organização pode ter um brasileiro no comando
nas palavras, o dirigente fez um recorte da situação, direcionou ao mercado de viagens e afirmou que “hoje, viajar é um direito de todos, e manter esta condição é de responsabilidade de todos os países. Qualquer medida que gere insegurança ou coloque em dúvida o bem receber de um destino deve ser questionada”. O CEO da Marriott International, Arne Sorenson, sustenta a visão de que o clamor popular não está sendo ouvido. “Brexit e a eleição de Trump são exemplos clássicos de comunidades que precisavam se expressar e, quando tiveram a oportunidade, escolheram entre as opções que foram oferecidas. Coincidentemente, esses dois casos tiveram o tema imigração como fator decisivo.” Já o professor da Universidade de Oxford Ian Goldin, especializado em Globalização e Desenvolvimento, preferiu apresentar um overview sobre o tema e incluiu não apenas a defesa a este processo de integração mundial, como também
críticas às formas como algumas nações encaram o movimento. Se por um lado há mais oportunidades e acesso à informação, por outro há agressão ao meio ambiente, proliferação de vírus, escassez de recursos e ataques cibernéticos. “Acredito que a palavra da vez seja sustentabilidade. Sem isso, será difícil seguir em frente e oferecer um mundo seguro às pessoas. Estamos na idade das descobertas, portanto é dever buscar as saídas para garantir a segurança da população”, ressaltou o especialista. Opinião parecida tem o CEO da The B Team, Keith Tuffley, que comanda uma iniciativa global dedicada em encontrar soluções alternativas para os problemas envolvendo a escalada de crescimento populacional e tecnológico. “As 17 medidas projetadas pela ONU são essenciais para que continuemos garantindo a qualidade de vida das pessoas e dos animais. Há um impacto inegável no desenvolvimento do planeta e precisamos lidar com isso de maneira séria e responsável.”
Arne Sorenson, da Marriott, acredita que Trump e Brexit são reflexo de comunidades que precisavam se expressar
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ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS
Com 1,8 bilhão de viajantes internacionais previstos para 2030, o futuro da indústria de Viagens e Turismo depende também de um crescimento sustentável. O número de viajantes, porém, não importa para o comandante da McKinsey & Company, Alex Dichter, e sim a forma como o setor está lidando com essa movimentação. “Turistas vêm de todas as partes e vão para vários lugares. O problema é que se continuarmos destruindo áreas naturais, esses lugares simplesmente não vão mais existir. Alguns destinos já estão enfrentando problemas com isso, e a população está reagindo com certa agressividade com os turistas. Barcelona, na Espanha, e Veneza, na Itália, são dois exemplos”, explicou. Em tom defensivo, a presidente da Carnival Cruise Line, Christine Duffy, afirmou que os cruzeiros “não são vilões”, principalmente quando o destino é o Caribe. “Prova disso é o tamanho do investimento que fazemos para melhorar a estrutura do arquipélago e melhorar a experiência do cruzeirista. Antes de navegar para determinado lugar, buscamos entender qual o plano estratégico para o turismo marítimo para então decidir se vamos ou não encarar este mercado”, completou ela, informando que, no caso de Veneza, os cruzeiros sabem da limitação do destino, por isso complementam roteiros com outras opções igualmente interessantes, mas menos conhecidas, como o caso da Croácia. Representando um dos países mais visitados do Caribe, o ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, reconhece a importância do setor para a ilha, em especial nas últimas décadas, em que observou grande crescimento de visitantes. “Na minha opinião, o impacto negativo do Turismo no mundo vem da ignorância das pessoas. Acredito em uma campanha global explicando sobre os principais pilares
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objetivos para o desenvolvimento sustentável do mundo
Os da indústria e como atitudes negativas podem impactar regiões que demandam de atenção especial. É preciso educar turistas e locais”, opinou. A invasão de hotéis e resorts em áreas de preservação foi o alerta dado pelo vice-diretor para Ásia da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). “O mínimo que essas propriedades devem fazer agora é empregar locais e contribuir com a comunidade de alguma forma. No Vietnã temos uma situação bastante delicada envolvendo este tema. Há um avanço do Turismo além da capacidade do país.” A diretora global de Oceanos do The Nature Conservancy, Maria Damanaki, foi além: “que o governo não faz seu trabalho nós já sabemos. E o que faz, nunca é o bastante. De qualquer forma, é preciso que a iniciativa privada e a população se unam em um objetivo comum para frear o aquecimento global. As ações da indústria de viagens acontecem para sustentar o presente, mas é preciso de algo para o futuro, e só conseguimos isso com todas as esferas da sociedade atuando juntas.” Segundo Alex Dichter, há cases inspiradores, como as Ilhas Galápagos, no Equador, que conta com um programa de entrada controlada de turistas. “É possível ter um negócio próspero em áreas como esta. Não se pode pensar em crescimento a todo custo.”
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Extinção da pobreza
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Acesso a energia limpa
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Extinção da fome
Trabalho decente e crescimento econômico
Ação climática
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Boa saúde e bem-estar
Indústria, inovação e infraestrutura
Preservação da vida marinha
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Preservação da vida terrestre
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Educação de qualidade
Redução das desigualdades
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Igualdade de gênero
Cidades e comunidades sustentáveis
Paz, justiça e instituições fortes
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Água limpa e saneamento básico
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Consumo e produção responsáveis
Parcerias para alcançar os objetivos
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VISTOS SÃO UM PROBLEMA
Um dos poucos temas que receberam apoio total e irrestrito dos líderes foi a questão envolvendo vistos para turistas. Faz-se necessário o alerta, porém, de que, para palestrantes e debatedores, não se trata de retirar o controle fronteiriço, mas sim estipular regras mais claras e implementar processos menos burocráticos para identificação de turistas. Um dos líderes que se manifestou foi Najib Balala, do Quênia. Segundo ele, o país oferece a opção de visto eletrônico aos visitantes, mas deveria fazer mais. “Por que não temos um global visa? É complexo, eu sei, mas temos de colocar o assunto em
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O Turismo é vilão quando o assunto é sustentabilidade?
pauta. O problema é político, envolve desconfiança entre governantes, o que, infelizmente, transparece para o turista quando ele vai pedir um visto”, considerou ele. Momentos antes, o ex-primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, garantiu que a sua região “luta constantemente pela flexibilização dos vistos” e que facilitar a entrada de visitantes “é conviver com mais turistas e receber mais investimentos estrangeiros”. Ainda não é possível prever os efeitos do Brexit, mas atualmente cidadãos da União Europeia podem entrar no Reino Unido apenas com o documento de identidade ou passaporte. Brasileiros a turismo ou estudos por menos de seis meses também não precisam de visto. No caso da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), formada por Brunei, Camboja, Filipinas, Laos, Indonésia, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietnã, os planos são para a implementação de um visto único de entrada para os turistas. Segundo a ministra de Esportes e Turismo da Tailândia, Kobkarn Wattanavrangkul, a ideia do projeto é possibilitar aos operadores de viagens formularem pacotes com roteiros envolvendo dois ou três países, conduta hoje considerada complexa, justamente por conta da exigência de vistos individuais ao viajante. “Em paralelo, estamos trabalhando junto às empresas aéreas de baixo custo para formar uma malha que possibilite o fácil deslocamento dos visitantes, com opções de voos em vários horários durante o dia. Não queremos rotas apenas entre as capitais, e sim conexões eficientes para cidades menores que enxergamos potencial de receber com qualidade os estrangeiros”, considerou a ministra, comentando também sobre a viabilização de corredores Norte-Sul e Leste-Oeste ligando toda a região por meio de autoestradas. Para os cruzeiros marítimos, o plano é ainda mais audacioso, e inclui a criação de uma região que possa ser considerada o “Caribe asiático”. “A questão do visto único é complexa, já que cada país possui suas regras e restrições, mas digo a todos que é algo possível. Já temos a perspectiva de iniciar esta ação inicialmente com
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a Tailândia e o Camboja. Devemos formalizar essa parceria este ano ou no próximo”, prometeu Kobkarn.
CONTROLE DE DADOS
Ainda sobre toda a complexidade envolvendo entrada e saída de estrangeiros de um país, o diretor regional da Interpol, Hyuk Lee, acredita que outro entrave seja a troca de informações complementares entre nações. “Confesso que ainda não sabemos como utilizar a nossa inteligência para fornecer dados, já que a confidencialidade é um direito constitucional do cidadão”, revelou ele, compartilhando opinião com o CEO da VFS Global, Zubin Karkaria, que atua fornecendo serviços de vistos e imigração para dezenas de países. “Não temos autorização para reter nenhuma informação que coletamos. Tudo fica com o governo e ele decide como utilizar, com quais países quer se relacionar a partir desse fornecimento.” Já a vice-presidente sênior de Global Enterprise Development da Mastercard, Catharina Eklof, ressaltou que trabalha em parceria com a Interpol para fornecer dados que envolvem criminosos, em uma tentativa de es-
tabelecer padrões e facilitar investigações. “É um trabalho muito detalhado e que, de fato, revela o comportamento das pessoas. Temos como oferecer essa troca de inteligência para vistos, por exemplo, mas acredito que uma mudança de conduta dessa magnitude precisa começar com um case em algum lugar do mundo, para então se estudar a implementação de inteligência de dados em nível global”, opinou. Esta dependência de decisões governamentais é outro entrave, segundo o CEO do Dallas Fort Worth International Airport, Sean Donohue. “Temos de entregar este tema aos cuidados dos especialistas. O governo não tem essa capacidade, e outra: políticas vão e vêm. Se fizéssemos isso, acredito que teríamos muitas surpresas positivas.”
A VERDADEIRA DISRUPÇÃO
“Disrupção não é um negócio, uma empresa. Disrupção é mudar a forma de consumir, a forma como você vê o mundo, como você vive. É algo muito mais complexo.” Assim começou sua argumentação o CEO da Agoda, Rob Rosenstein, em um painel que contou com a presença da diretora da Shun Tak Holdings
Limited, Pansy Ho, e a comandante da Value Retail PLC, Desirée Bollier. “Tem muito mais vindo por aí. A revolução tecnológica está chegando, e muito rápido. Quem não embarcar agora neste novo mercado perderá muito espaço”, cravou Rosenstein, citando o universo mobile e a realidade virtual como principais agentes de mudança. Pansy Ho aproveitou a deixa e deu uma dica de onde está o mapa do tesouro: China. “É lá que está o novo passo da indústria global de consumo. Em viagens, por exemplo, estamos acompanhando um crescimento absurdo da classe média, e cada vez mais turistas chineses estão dispostos a deixar o país e conhecer o mundo. Você tem capacidade de atendê-los?” Para Desirée, três palavras definem este novo momento: fácil, rápido e informativo. “É isso o que as empresas devem oferecer ao consumidor”, resumiu. “Concentre seus esforços em dados. Lá estão todas as respostas, mas também cabe a pergunta: com isso em mãos, você sabe analisar e tomar decisões? Parece fácil, mas não é. Quem melhor lidar com as informações comandará o mercado”, analisou Rob Rosenstein.
Kobkarn Wattanavrangkul, ministra do Turismo da Tailândia, anunciou a proposta de visto único para o bloco econômico Asean
Para os convidados do debate, o governo precisa tomar uma decisão de como proceder com informações de turistas. Ou deixar este tema na mão de especialistas
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BUENOS AIRES ÍNDIA E CHINA ÍNDIA NOETOPO CHINA NO TOPO 2018 O Turismo indiano está O Turismo na sétima indiano posição estáentre na sétima as indústrias posição que entre mais as indústrias que mais
contribuem contribuem de suas nações, com o PIB com degeração suas nações, de US$com 209geração bilhões de US$ 209 bilhões O Global Summit 2018 do WTTC já com o PIB somente em 2016 (9,6% somente do PIB em local) 2016 (9,6% do PIB local) tem data e local marcado: dias 18 A indústria A indústria da Índia manteve, de viagensem da2016, Índia omanteve, empregoem para 2016, 40,3o emprego para 40,3 e 19 de abril, em Buenos Aires, nade viagens milhões de pessoas milhões de pessoas Argentina. O anúncio foi feito pelo chairman davisitantesOestrangeiros O gasto de gasto de visitantes representa estrangeiros apenas 12% representa do totalapenas gerado12% do total gerado pela indústria pela (US$ indústria 22,8 bilhões) indiana (US$ 22,8 bilhões) organização, Gerald Lawless, des- indiana tacando a capacidade e oA interesse contribuição diretaA do contribuição Turismo para direta o PIB do Turismo da Chinapara em 2016 o PIBfoidadeChina em 2016 foi de do evento em contemplar todos US$ 275,2osbilhões (2,5%) US$ 275,2 bilhões (2,5%) continentes com discussões sobre A expectativa de crescimento A expectativa de contribuição de crescimento ao PIB de contribuição para 2017 é de ao 7,5%, PIB para 2017 é de 7,5%, o futuro da indústria de Viagens e com crescimento nocom mesmo crescimento patamarno atémesmo 2027, quando patamar deve atéalcançar 2027, quando deve alcançar Turismo. Com tamanha 3,1% responsade contribuição3,1% direta de econtribuição geração de direta US$ 608,8 e geração bilhões de US$ 608,8 bilhões bilidade em mãos, o diretor exeEm 2016, a indústriaEm de 2016, Turismo a indústria foi responsável de Turismo pelafoi manutenção responsável depela 23,6manutenção de 23,6 cutivo do Inprotur, Roberto Palais, milhões de empregos milhões (3,1% do de total empregos de empregados (3,1% do total no país). de empregados Para 2027, no país). Para 2027, prometeu a todos uma experiência a expectativa é maisade expectativa 28 milhões é mais de pessoas de 28 milhões atuem na deindústria pessoas atuem na indústria inigualável na América do Sul. “Ofereço a todos um bom vinho, acompanhado de uma carne suculenta e, para os amantes da dança, muito tango. Buenos Aires éna Tailândia O Turismo O Turismo cresceuna 11% Tailândia em 2016, cresceu um dos 11% maiores em 2016, índices um dos maiores índices um destino completo, globais repletodadeindústria globais da indústria atrativos. Estamos muito honrados setor contribui com O setor US$ 82,5 contribui bilhões com aoUS$ PIB tailandês 82,5 bilhões ao PIB tailandês com a oportunidade de Oreceber o (20,6% do PIB local) (20,6% do PIB local) WTTC”, finalizou ele.
ÍNDIA
CHINA
TAILÂNDIATAILÂNDIA EM ALTA EM ALTA
TAILÂNDIA
Ao partner todo, 5,7 detodo, pessoas 5,7 milhões trabalham de pessoas com Turismo trabalham na Tailândia com Turismo na Tailândia --- O Jornal PANROTAS é media do milhõesAo (15%Intermac do total de empregos (15% dodo total país) de empregos do país) WTTC e viajou com proteção
O PESO DO BREXIT David Cameron não fugiu do assunto mais polêmico do momento para o Reino Unido
PRINCIPAL ATRAÇÃO DO EVENTO, O EX-PRIMEIRO-MINISTRO BRITÂNICO, DAVID CAMERON, NÃO DECEPCIONOU E, CLARO, falou sobre o movimento Brexit, principal motivo de seu pedido de demissão do governo, no ano passado. Meses após a polêmica decisão do referendo, o dirigente mostrou-se firme em seu propósito e segue com a opinião de que a decisão da população “custará caro ao Reino Unido”. “Não se pode calar a opinião das pessoas. Pelo contrário, devemos ouvir. O Brexit teve uma causa, e ela foi baseada nas mudanças que ocorreram nos últimos 40 anos na forma como a União Europeia vinha tomando decisões. Muita coisa mudou, o bloco cresceu e passou a ter outros interesses — alguns dos quais o Reino Unido não compactuava. Era importante um referendo para decidir o nosso futuro na aliança. O que não houve foi uma discussão mais inteligente sobre essa retirada. Fiz o que pude para explicar à população algumas questões mais complexas, mas foi em vão”, admitiu Cameron, dividindo a responsabilidade com seu antecessor, Tony Blair, a quem creditou a falta de diálogo sobre o assunto “no momento certo”.
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O antigo líder do Partido Trabalhista e membro do Parlamento exerceu a função entre 1997 e 2007. David Cameron comparou o Brexit com o divórcio de um casal que possui filhos. Para ele, nesses casos a separação é preciso ser feita com muita responsabilidade e ciente do impacto que terá para o futuro. “Você não pode esquecer a raiz do sentimento que teve com a sua ex-esposa ou ex-marido. Seus filhos dependem dessa consciência para encararem a situação com lucidez. O caso do Reino Unido é semelhante. Há muitos itens do acordo com a União Europeia que devem ser mantidos. Sem eles, corremos o risco de frear o nosso desenvolvimento. O principal descontentamento dos britânicos com relação à União Europeia eram itens envolvendo imigração”, explicou, completando que não acredita, “nem por um minuto, em um país que rompe laços com nações amigas”. “Os impactos no Turismo são devastadores”, considerou David Cameron, em um painel que se propôs a discutir os muitos lados da globalização em um cenário de frequentes quebras de confiança entre nações. Ao comentar sobre o posicionamento
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do Reino Unido diante da indústria de viagens, o ex-primeiro-ministro revelou que uma de suas primeiras medidas como comandante foi traçar uma estratégia conjunta entre os países do reino para alcançar resultados expressivos e desenvolver a região. “Se você pensar somente em Londres, uma das cidades mais visitadas do mundo, não é preciso traçar grandes objetivos, já que o destino por si só é um case. Mas e o interior da Inglaterra? E todas as paisagens da Escócia e da Irlanda do Norte? Temos muito potencial que ainda não foi explorado, por isso o investimento em Turismo foi uma das minhas primeiras ações no ministério. Investimos pesado para mostrar que Britain is Great, e o resultado está aí. Nossas paisagens sendo utilizadas como cenários para filmes (Aos curiosos: Harry Potter, Game of Thrones, Rei Arthur – A Lenda da Espada e Alice no País das Maravilhas são boas referências), crescimento na geração de emprego e renda em cidades secundárias, mais turistas percorrendo o Reino Unido, enfim, uma
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O ex-primeiro ministro foi entrevistado por David Scowsill
série de benefícios. Esse é a forma como enxergamos o Turismo e, não tenho dúvidas, vamos seguir nesse caminho.” Para Cameron, os governantes devem entender o que, de fato, é a globalização e quais seus princípios. Dentro deste contexto, Brexit e as atitudes
restritivas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (também entretido com um conflito particular com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un), vão contra uma integração global. “Quando se fala em globalização, não se pode caminhar para frente dei-
xando pessoas para trás, dificultando suas vidas. E não falo apenas sobre economia, como também de cultura. É preciso ter controle de divisas? Sim, mas de uma forma diferente, com regras mais claras e menos burocracia”, finalizou ele, revelando-se um simpatizante de “nações livres”.
O MUNDO DAS LOW COSTS EM ENTREVISTA DURANTE O GLOBAL SUMMIT DO WTTC, O CEO DA AIR ASIA, TONY FERNANDES, FOI CATEGÓRICO AO afirmar que, em um futuro próximo, o mercado de aviação será dividido em dois polos: low costs e full service. Na visão do dirigente, o core das companhias aéreas terá de ser cada vez mais claro, abrindo espaço para essa definição deverá entrar em cena. O movimento, segundo ele, será irreversível. “Eu, claro, sou do time das low costs. É neste setor que eu acredito e a história que a Air Asia está construindo fala por si. De qualquer forma, acredito nessa separação até por conta do amadurecimento do passageiro, e ele vai ditar essa regra em breve”, afirmou Fernandes. O dirigente usou do bom humor para definir a evolução das aeronaves produzidas por Airbus e Boeing. “Muito se fala sobre Dreamliner, 777, 787, A380... são aeronaves espetaculares, com possibilidades muito interessantes de negócio. Para nós é ótimo que estejam fabricando aviões cada vez maiores, assim conseguimos colocar ainda mais pessoas a bor-
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Tony Fernandes, da Air Asia (à direita) acredita no crescimento das low costs pelo mundo
do”, afirmou ele, arrancando aplausos e risadas da plateia. “Eu falo sério. O mercado de aviação não tem segredo. É preciso rentabilizar os voos, e isso nós sabemos fazer com maestria, por isso estamos crescendo de forma sustentável e a passos largos.”
Com uma frota composta por Airbus 320-200 e A320neo e A321neo, a aérea asiática opera hoje para mais de 120 destinos e não dá sinais de que está satisfeita. Para o CEO, a combinação entre ousadia e visão de futuro faz da Air Asia uma empresa a ser seguida. “Hoje, curiosamente, somos reféns
do nosso próprio sucesso. Muitas vezes queremos abrir rotas, mas falta infraestrutura. Esse é e sempre será um gargalo, assim como os vistos e o poder público, mas eu não me engano. Sei onde estamos trabalhando e o que podemos fazer. O cenário é otimista e vamos seguir investindo.”
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BLEISURE VEIO PARA FICAR
American Express Global Business Travel, Carlson Wagonlit, Japan Airlines e Travelport discutiram a ascensão do bleisure no meio corporativo
COM 25% DE PARTICIPAÇÃO NA CONTRIBUIÇÃO PARA A INDÚSTRIA, AS VIAGENS CORPORATIVAS SEGUEM EM ritmo acelerado. No último ano, segundo o WTTC, o segmento faturou ao redor do globo cerca de US$ 1,3 trilhão com deslocamentos de executivos das mais diversas áreas. A previsão para os próximos cinco anos é de crescimento de 3,6%, acima da média do PIB mundial. Para os que pensavam que as conferências digitais acabariam com este mercado, eis a prova de que o contato entre pessoas ainda se mostra importante para a geração de negócios. A grande novidade do momento, porém, é a expressão bleisure, mistura das
palavras business e leisure e que define um viajante que aproveita sua estada a negócios para realizar atividades a lazer. Fatores como bem-estar social, envolvimento com outras culturas e valorização profissional agora também estão previstas em políticas de viagens e na forma como os travel managers interagem com os fornecedores. Para as TMCs, o desafio é personalizar ao máximo esta viagem mista com uma tecnologia capaz de prover e analisar dados com precisão sem abrir mão da segurança do viajante. Para o CEO da Carlson Wagonlit Travel, Kurt Ekert, está claro que o trabalho de uma agência de viagens corporativas deixou de ser a emissão
de tíquetes aéreos e reservas hoteleiras. “Hoje há muito mais com o que se preocupar. O mercado tornou-se um universo altamente dinâmico, com inovações a todo o instante. Nós, como gerenciadores de conteúdo e provedores de tecnologia, devemos nos manter abertos a qualquer tipo de novidade. Os grandes exemplos do momento são o Uber e o Airbnb, duas ferramentas que hoje somos capazes de utilizar, gerenciar e garantir o conforto do nosso cliente graças a análises de comportamento e possibilidades de negociação em um ambiente 100% digital”, considerou, abrindo espaço para a opinião do CEO da American Express Global Business Travel, Douglas Anderson. “Olhando para trás, vejo o quanto o mundo mudou depois do 11 de setembro [de 2001, data do ataque ao World Trade Center, nos Estados Unidos] e a crise financeira de 2008 (sucessão de falências de instituições financeiras norte-americanas e europeias por conta de uma “bolha imobiliária”). O viajante atual precisa ter plena sensação de segurança durante a sua viagem e, em alguns casos, mais do que isso, ter acesso a produtos e serviços que resultem em uma melhor experiência longe de casa”, afirmou Anderson. Já Gordon Wilson, comandante da Travelport, é mais incisivo: o bleisure mudou a forma como se comercializa viagens a negócios. “Não se trata apenas de economia compartilhada. Estamos falando de um fenômeno que ficou latente após a chegada das redes sociais e do universo mobile, criando uma mudança de comportamento considerável no consumidor. Hoje, tudo está na palma da mão. É preciso interagir, fazer parte, se valorizar, sentir-se especial.” No universo da aviação, a palavra de ordem para o atendimento ao segmento de viagens corporativas é diversificação. No GDS, opções para todos os gostos e bolsos, com serviços auxiliares e rápida resposta a solicitações especiais; a bordo, o cuidado com os pequenos detalhes. “O que faz uma companhia aérea ter sucesso neste mercado é um conjunto de fatores, e não apenas preço. A experiência do passageiro conta muito. Na nossa visão como empresa, o turismo a lazer é muito volátil, ao contrário do corporativo, que se apresenta estável e merece especial atenção”, refletiu Masaru Onishi, da Japan Airlines. Para os dirigentes, atuar em meio ao universo bleisure exige eficiência, inovação e transparência, três qualidades capazes de determinar o sucesso ou o fracasso de uma empresa. “O viajante quer simplicidade. Não se pode perder o foco e oferecer o que ele não está buscando. Nosso papel é entender este público e ser cirúrgico na apresentação de produtos e serviços, por isso é tão importante acompanhar as inovações da indústria com a mente aberta”, encerrou Kurt Ekert.
LUXO: UMA QUESTÃO DE EXPERIÊNCIA Em movimentação de transição parecido vive o mercado de viagens de alto padrão. O fato é que a ostentação não é mais capaz de definir o luxo, e sim a exclusividade e a riqueza da experiência proporcionada ao consumidor. Palavras do CEO da Hongkong & Shanghai Hotels, Clement Kwok. “O luxo tem o seu fundamento muito claro, mas é capaz de se adaptar a esse novo momento. Não podemos esquecer as facilidades que a tecnologia tem proporcionado, o que ajuda na mudança de comportamento do cliente”. Já o chairman da Silversea Cruises, Mandredi Lefebvre d'Ovidio, chamou a atenção para a mudança de postura dos turistas da chamada terceira idade (em média, pessoas a partir de 60 anos): “eles estão mais ativos, usufruindo das coisas boas da vida. Hoje, nada paga um tempo bem aproveitado. E digo mais: para nós, do universo de cruzeiros, há um comportamento interessante também dos mais jovens, que passaram a se interessar pelo nosso produto, fato que não era comum no passado”, explicou ele. A melhor resposta do debate, porém, foi dada pelo CEO do Lebua Hotels & Resorts, e resume bem o novo momento do luxo mundial. “O luxo mudou, amigos. Hoje, eu posso falar sobre ele neste evento chique, com muita gente importante ao meu redor, sem precisar usar gravata.”p
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> Ana Luiza Tieghi – Riviera Maya (México)
Rolem os dados
O diretor de Vendas para as Américas, Jaume Obrador, foi mestre de cerimônias do evento
ENTRE 24 E 26 DE ABRIL, A EMPRESA ESPANHOLA DE DISTRIBUIÇÃO DE HOTÉIS E SERVIÇOS DE VIAGENS B2B HOTELBEDS realizou a oitava edição do seu Markethub Americas. O evento foi uma oportunidade para conhecer as novidades da distribuidora e também acompanhar a discussão sobre os rumos da tecnologia no Turismo. Neste ano, a sede foi o Hard Rock Hotel Riviera Maya, no México, e o tema foi Powered by data, driven by people ( Alimentado por dados, conduzido por pessoas , na tradução livre). Cerca de 350 agentes e operadores de viagens marcaram presença no encontro e acompa-
nharam uma programação intensa de palestras com foco em desenvolvimento de tecnologia e processamento de dados para o Turismo, acompanhados por um tradeshow com fornecedores da Hotelbeds. “Nosso foco principal no Markethub é fortalecer o relacionamento com os nossos clientes. Não é só sobre a Hotelbeds, é um encontro onde atualizamos os clientes sobre as tendências do mercado, permitimos o contato com fornecedores parceiros e também nos divertimos”, disse o diretor de Vendas para as Américas da companhia, Jaume Obrador. A delegação brasileira, um dos maiores grupos do
evento, foi composta por 40 clientes da Hotelbeds. “Ainda há muito potencial para expansão no Brasil e estamos vendo um aumento da procura por novos destinos no País, mais regionais, onde a Hotelbeds tem um portfólio completo. O turismo doméstico também tem um grande potencial”, afirmou Obrador. “O Brasil está capturando a atenção de outros mercados.” Veja abaixo os principais tópicos discutidos durante o evento.
AQUISIÇÕES
A Hotelbeds passou por algumas mudanças recentemente, com a compra de duas importantes con-
correntes: Tourico Holidays e GTA. A compra da Tourico, distribuidora com grande portfólio na América do Norte, foi selada em fevereiro, e a Hotelbeds espera que o acordo comece a valer em junho. Já a GTA, também distribuidora, mas com presença forte na Ásia e Oriente Médio, foi comprada em abril. Este acordo ainda está sujeito a avaliação das agências responsáveis e só deve ser concluído em sete meses. A aquisição é um movimento da Hotelbeds para conquistar mais espaço no mercado asiático, o grande foco da companhia espanhola neste momento, segundo contou seu diretor global de Vendas, Sam Turner.
API
O diretor global de Vendas da Hotelbeds, Sam Turner, também fez a sua apresentação
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A empresa também aproveitou o evento para destacar as novas funções do seu API (Interface de Programação de Aplicação). O API utilizado pela empresa, chamado APItude, foi lançado na última edição do Markethub, em 2015, e de lá para cá mais de 400 clientes foram integrados ao novo sistema, que recebe 80 milhões de pedidos por dia, de acordo com o gerente de Distribuição de API da Hotelbeds, Carlos Bautista. “Nós nos preocupamos com os desenvolvedores e queremos melhorar sua experiência quando interagem com o nosso API”, disse. Por isso, a Hotelbeds mantém um site para desenvolvedores (developer. > Continua na pág. 14
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hotelbeds.com) com ferramentas. Customizável, o APItude permite que o cliente selecione o número de tarifas que vai receber de cada hotel, entre outras informações, o que gera uma resposta mais leve e fácil de ser processada. “Estamos perto de concluir o upload do nosso API na nuvem”, contou Bautista, o que vai deixar o sistema mais rápido. As novas funções do API são a possibilidade de fazer modificações na reserva e emitir e-voucher por meio do sistema, além de políticas de cancelamento disponíveis para a maioria do portfólio. A empresa anunciou também que o serviço de mapeamento de hotéis no API, lançado há três anos, chega agora com uma nova versão, mais rápida e com 98% de precisão.
VENDA CRUZADA
Em palestra sobre oportunidades de vendas cruzadas em ambientes repletos de dados, o diretor de Vendas do TAB (Banco de Traslados e Atividades) para América do Norte da Hotelbeds, Phil White, apontou para uma grande oportunidade de garantir mais renda que as operadoras e agências de viagens estão perdendo. Segundo ele, 61% das vendas de traslados e atividades são feitos nos locais de destinos dos viajantes, e não pelas agências e operadoras de viagens utilizadas para adquirir o pacote. Além disso, as pessoas costumam gastar mais com transporte interno e ingressos para atividades em seus destinos
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Modelos fantasiados receberam os convidados na festa de abertura do Markethub
do que com lembrancinhas e compras. “Você sabe para onde seus consumidores estão indo, quando eles vão e por que eles viajam, e você já usou toda a sua energia para atrair esse cliente” disse. “Então, agora é a hora de cruzar os dados e vender traslados e atividades para eles também”. A Hotelbeds tem um time com mais de 300 pessoas em seu setor de TAB, responsáveis por oferecer mais de 20 mil rotas de traslados e 12 mil atividades, como excursões, aluguel de carros e ingressos para teatros, shows, eventos esportivos e parques temáticos. Eles oferecem ingressos para a Disneyland, Cirque du Soleil e jogos do Barcelona, e em breve terão parceria para distribuir ingressos dos shows da
Broadway, segundo foi anunciado no evento.
TENDÊNCIAS
O diretor global de Vendas da Hotelbeds, Sam Turner, tocou em alguns pontos que preocupam os trabalhadores do setor de Turismo, como a expansão das formas alternativas de hospedagem, em especial o Airbnb. “Foram R$ 220 milhões de acomodações no Airbnb no último ano, o que significa que eles estão canabalizando a receita dos hotéis, e não só aumentando o bolo de hospedagens”, afirmou. Turner, porém, disse em entrevista que, para os negócios da Hotelbeds, o Airbnb não é uma ameaça. “Ao mesmo tempo em que coloca pressão sobre a taxa de ocupação
dos hotéis, ele valoriza o nosso trabalho, pois nós distribuímos os hotéis para o mundo”. Isso não quer dizer que a Hotelbeds não está se mexendo. “Nós temos cerca de 15 mil propriedades privadas para aluguel e provavelmente vamos incrementar essa área, porque a demanda está crescendo”, disse. Sobre a relevância dos agentes de viagens em tempos de internet e facilitação das vendas diretas, Turner declarou que os donos de conteúdo para viagens, como hotéis e empresas aéreas, não conseguem oferecer sozinhos escolhas ao consumidor, então sempre haverá espaço para intermediários. Todavia, para ser realmente relevante, esse intermediário precisa agregar valor ao produto vendido. “Ele precisa facilitar a escolha e a compra do consumidor, e esse papel vai existir, seja na forma de agentes e operadores de viagens como temos hoje, seja de uma forma diferente.” De qualquer forma, ele não acredita que a venda direta vá ganhar todo o mercado. “O site ou aplicativo de um hotel nunca é tão bom quanto uma OTA, porque esse não é o negócio principal dele”, declarou.
FEBRE DOS DADOS
Harry Bowcott, da consultoria McKinsey, durante o Markethub Americas
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Seguindo o lema da edição do evento, especialistas de duas grandes consultorias, Accenture e McKinsey, deram palestras sobre o uso de dados no Turismo. O diretor geral da Accenture, Umar Riaz, ressaltou que nenhuma indústria tem tantos dados dispo-
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níveis sobre seus consumidores quando a de Turismo, mas que ainda é preciso trabalhar muito para utilizá-los de forma eficiente, e o momento para aprender essa lição é agora. Desde os sistemas de reserva até o check-in, há desperdício de tempo e burocracias que atrapalham a experiência do consumidor. Faz sentido, então, que uma preocupação das empresas de Turismo seja melhorar a experiência do cliente através do uso de dados. Riaz deu o exemplo da Canival Cruises, que em setembro lançará um dispositivo vestível, em forma de medalhão ou relógio, para mediar toda a experiência dos clientes. “Não quero fazer parecer que isso é simples, mas é algo que precisa ser feito, ou outra pessoa fará por nós”, concluiu. Sem desmerecer a importância do uso de dados, o sócio sênior da McKinsey, Harry Bowcott, tentou frear a avidez por tecnologia exposta durante as palestras do Markethub. Ele citou erros comuns que as empresas cometem em relação aos dados. Em primeiro lugar, é errado pensar que, só porque temos muitos dados à disposição, devemos utilizar todos eles. “O impacto dos dados nas companhias aparece quando eles são aplicados a problemas que foram resolvidos de maneira errada no passado”, explica. “Do contrário, as pessoas podem acreditar que encontraram causas em seus dados, quando na verdade eram apenas correlações.” Para ele, o futuro do uso de dados está na tão falada personalização, mas também em curadoria. Os consumidores ficam perdidos com tantas opções de hospedagem em OTAs, e estas só pioram a situação colocando pop-ups e anúncios que poluem a experiência do usuário. “Podemos seguir algumas regras de galerias de arte. Eles só mostram até
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quatro peças, mostram primeiro a de um artista famoso e muito mais caro do que você pode pagar, e depois apresentam o trabalho do artista novo”, explica. “E eles nunca dizem o que você vai gostar, eles te contam porque eles gostam da peça”. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Hotelbeds, com proteção GTA. > Continua na pág. 16
O diretor geral da Accenture, Umar Riaz, em sua palestra
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Markethub Hotelbeds
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Eduardo Bandini, do Hyatt Hotels, Andrea Pompilio, da Hotelbeds, Karen Schmidt, da Best Western, Flavia Oliveira e Erika Moraes, da Hotelbeds, e João Faria, da Accor Hotels 2 Emmanuel Labastida, da Trend Operadora e Adriana Santos, da Hotelbeds 3 Karen Schmidt, da Best Western, e Saulo Reis, da Schultz 4 Jorge Palma, da Interep, Elizabeth Saboia, da BSV Turismo, Ivette e Gil Miranda, da Magic Way, e Roseli Pastore, da Tor tola Turismo 5 Gabriel Mar tinez, do Sea World, com Andrea Pompilio, da Hotelbeds 6 Eliane Raboni, da Sandos, Andrea Pompilio, da Hotelbeds, Rodrigo Maia, da RL Personal Tour, e Suzette Mcleod, do Wellington Hotel 7 Emmanuel Labastida, da Trend Operadora, entre Denise Revesz, da Hotelbeds e Eliane Raboni, da Sandos 8 Andrea Pompilio, da Hotelbeds, entre Fabio Timotheo e Ariva Neves, da FRT Operadora 9 Denise Revesz, da Hotelbeds, Christian Soliva, da Bancorbras Operadora, Mônica Galvão, da Hotelbeds, Bárbara Piccolo, da Flytour Viagens, Andrea Pompilio, da Hotelbeds, e Cristiane Belotti, da CVC 10 Roseli Pastore, da Tor tola Turismo, com Ivette Miranda, da Magic Way, e Elizabeth Saboia, da BSV Turismo 11 Jorge Palma, da Interep, Andrea Pompilio, da Hotelbeds, Bárbara Piccolo, da Flytour Viagens, e Mônica Galvão, da Hotelbeds 12 Denise Revesz, Daniel Pereyra, Andrea Pompilio e Mônica Galvão, da Hotelbeds 13 Gil Miranda, da Magic Way, Michely Corsini, da Personal, Christian Soliva, da Bancorbras Operadora, e Felipe Jendiroba, da Intercultural
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Eventos
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> Henrique Santiago
Luxo 2.0
Simon Mayle, gerente geral da Travelweek São Paulo by ILTM
PARA ESTE ANO, A SÉTIMA EDIÇÃO DA TRAVELWEEK SÃO PAULO BY ILTM INOVOU ANTES MESmo de abrir as portas para agentes de viagens e compradores de todo o mundo. A festa de abertura de uma das principais feiras do calendário latino-americano aconteceu no Palácio Tangará, o hotel mega luxuoso localizado na Zona Sul da capital paulista. Pois nem a propriedade de alto padrão abriu as portas – a inauguração oficial foi em 10 de maio – e centenas de sortudos puderam conhecer a “joia rara” do segmento. Lá, inclusive, foi palco de um importante anúncio. A feira como conhecemos, ou seja, seu nome e logotipo, mudaram completamente e, a partir de 2018, passará a se chamar ILTM Latin America. A responsabilidade de carregar a região nas costas é, para o gerente geral da ainda Travelweek, Simon Mayle, um impulsionador para que a empresa organizadora possa surpreender Muitos negócios em andamento pelos corredores da feira
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ainda mais no ano que vem. O novo nome vai completamente ao encontro de outras exibições realizadas pelo globo. Hoje, o portfólio da ILTM conta com a ILTM Cannes, na França, representante do continente europeu, a ILTM Americas, no México, a ILTM Africa, na África do Sul e, por fim, a ILTM Japan, no Japão. "Em 2018 teremos um evento ainda mais inteligente, que seguirá trazendo fundamentalmente bons negócios, com algumas diferenças na maneira de fazer reuniões. Vamos continuar construindo valores que nos levam ao máximo de qualidade de negócios entre agentes e fornecedores e tentando evoluir sempre, em todos os níveis", adiantou Mayle, com seu sotaque britânico, no início da celebração. O executivo, que desembarcou em São Paulo há dois anos para assumir a feira, até brinca com a relação da nova ILTM e o seu nome de nascimento. “Eu brinco que quando cheguei aqui no Brasil, as pessoas me chamavam de Simon. Agora eu sou Simão”, disse, aos risos. “Mas o importante é que o meu coração não mudou. E assim será com a feira. Essa divisão regional existe para mostrarmos as soluções. Os profissionais interessados nos produtos de América Latina virão para São Paulo, na América do Norte, para o México, e por aí vai”, complementou ele sobre a mudança de posicionamento. Estas serão as únicas mudanças
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Frank Marrenbach, CEO da Oetker Collection, os palestrantes Carlos Ferreirinha e Vincent Moon, e Simon Mayle, da Travelweek
proposta pela empresa do grupo Reed Travel Exhibitions, que trouxe ao Brasil a World Travel Latin America no início desta década. O Pavilhão da Bienal, localizado no Parque do Ibirapuera, será o local de encontro da indústria de luxo ano que vem. A cidade de São Paulo, pela relevância econômica, conectividade aérea, entre tantas outras facilidades, será a casa da ILTM ao menos por uns bons anos, garante Mayle. O estrangeiro, aliás, é só elogios à Terra da Garoa. Cada vez mais familiari-
zado com o clima paulistano, o gerente acredita que o destino tem tudo a oferecer para o profissional do Turismo de luxo. A chegada da ILTM Latin American, de acordo com ele, não vai trazer transtorno para feira das Américas, que acontece anualmente no México. “Lá é uma feira muito norte-americana. São visitantes de 135 cidades, com destaque para o Sul dos Estados Unidos”, analisou. Em razão do cenário econômico que perdura dois anos, o sétimo ano consecutivo da Travelweek é um tremen-
do sucesso, segundo Mayle. Entre 26 e 28 de abril, o Pavilhão da Bienal recebeu mais de mil visitantes vindos de 15 países e mais de 360 expositores. Ao todo, a feira de luxo captou mais de 15 mil reuniões pré-agendadas entre compradores e expositores nos três dias. O crescimento quase nulo em relação ao ano passado não preocupa o profissional. Entra ano, sai ano e a proposta da futura ILTM Latin America será a de promover oportunidades de negócios e renovar edição após edição o número de empresas expositores. Como novidades em 2017, estrearam Palácio Tangará, o hotel Vila da Santa e Grã-Bretanha, apenas para citar alguns. “Não queremos ser uma feira enorme. Buscamos sempre novos negócios e novos contextos para quem expõe seus produtos.” Ao refletir sobre a América Latina, em especial o Brasil, Simon Mayle atesta que o modo de consumir de luxo deu um salto significativo e quantitativo há 15 anos. O estigma de ir para os destinos de sempre, como Miami e Nova York ainda existe, mas deve-se dar ênfase às viagens dentro do próprio país e pelo continente, muito em razão do enxugamento no orçamento. Para o breve futuro, o gerente geral espera o refortalecimento da indústria com mais evidência. Novos destinos devem ser mais explorados pelo brasileiro, como Cuba, Grécia e, em especial, a Escandinávia. Enquanto as mudanças se desenham, a ILTM Latin America já tem data marcada: 8 a 11 de maio.p
Movimentação nos estandes da Travelweek São Paulo by ILTM
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LUXO EM EVIDÊNCIA DAS MAIS DE 360 MARCAS EXPOSITORAS, O PAVILHÃO DA BIENAL PRESENCIOU UMA SÉrie de produtos dos mais diversos segmentos, de companhias aéreas a operadoras, de hotéis a destinos. Confira abaixo algumas delas.
FOUR SEASONS
Após mais de cinco décadas, a rede Four Seasons Hotels & Resorts finalmente abrirá seu primeiro hotel no Brasil. A unidade, localizada na avenida das Nações Unidas, em São Paulo será inaugurada no fim de março de 2018. Serão 254 quartos para hóspedes e 82 habitações sob o conceito de residência privada disponíveis para aquisição.
Tulio Hochkoeppler, do Four Seasons, também é gerente geral da unidade em Buenos Aires
Alexandre Cymbalista, da Latitudes
LATITUDES
A agência de viagens Latitudes divulgou o segundo ano do programa Private Jet Expedition, que acontecerá em 2018. A bordo de um Boeing 757200 reconfigurado para 50 lugares, viajantes explorarão o mundo em um roteiro de 25 dias concebido como Grandes Impérios da Humanidade. O itinerário percorrerá nove cidades com saída e volta via aeroporto de Viracopos: Mérida (México), Havaí (Estados Unidos), Quioto (Japão), Lijiang (China), Jodhpur (Índia), Shiraz (Irã), Taormina (Itália) e Marrakech (Marrocos). > Continua na pág. 20
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THE GUEST FINDER AGENCY
Apresentada ao mercado na Travelweek, a agência de representação The Guest Finder Agency é a nova empreitada de dois executivos experientes na hotelaria: Gonzalo Pena e María Florencia Clerici. Enquanto ele ficará baseado em São Paulo, ela estará em Buenos Aires para ambos atenderem aos clientes internacionais. Até o momento, já trabalham com os hotéis da francesa Le K2 e a austríaca Alberg Luxury Selection.
Gonzalo Pena e María Florencia Clerici
THE SAINT REGIS BAL HARBOUR
Trata-se de um hotel novo em uma área nobre de Miami. Com apenas cinco anos de funcionamento, passou no último ano por uma revitalização de US$ 35 milhões. O montante foi utilizado na construção de três suítes com quatro quartos cada, um restaurante grego e, por fim, uma extensão do lobby. O Brasil é o principal mercado internacional para o empreendimento, sendo responsável por até 20% das reservas.
Mauro Pinho, do St.Regis Bal Harbour, em Miami
Heang Chhor, do Vila da Santa
VILA DA SANTA
Inaugurado há nove meses, o resort Vila da Santa, localizado em Búzios (RJ), é uma propriedade diferenciada na hotelaria local. São apenas 19 suítes temáticas construídas em uma antiga casa de pescador dos anos 1940. Um dos antigos moradores pediu que um pequeno cômodo não fosse demolido e, em razão disso, o local foi transformado no que hoje é recepção do empreendimento. A decoração tem ares europeus, com ênfase para o Mediterrâneo, mas também há um toque brasileiro na criação do ambiente.p
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Aviação
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> Da Redação
O imbróglio das
bagagens
O VAI E VEM DA COBRANÇA EXTRA POR DESPACHO DE BAGAGENS PODE estar perto do fim. Depois de ser aprovada para começar a valer em 14 de março, sofrer uma reviravolta com uma liminar concedida um dia antes pela Justiça Federal de São Paulo, que suspendia parcialmente a nova resolução, no último sábado (29), um juiz do Ceará acrescentou mais um capítulo à questão derrubando a liminar e liberando o projeto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em resumo: está aprovada a cobrança por bagagem extra por parte das companhias aéreas. O desfecho da questão, porém, ainda não está definido, pelo menos para as empresas: com argumentos diversos, Avianca Brasil, Azul, Gol e Latam afirmaram que ainda não têm data para iniciar a taxação. A Anac já informou que, pelo menos as passagens compradas anteriormente, mesmo que o voo ocorra após a data de início da cobrança, não poderão ter as bagagens taxadas.
tos tarifários customizados para melhor atender às necessidades dos diferentes perfis de clientes”. Já a Latam informou que “segue a legislação do setor”, mas que ainda não tem uma data definida de quando passará a cobrar o despacho de bagagens. Em
março, a aérea afirmou que, ao menos no início, não realizaria a cobrança, mas que no futuro tinha a intenção de tarifar em R$ 50 por peça de até 23 quilos. Por fim, a Azul Linhas Aéreas apontou que deve seguir o posicionamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas
(Abear), mas que também não tomou uma decisão de quando iniciará a cobrança por bagagem extra. Durante março, a aérea, assim como a Gol, prometeu oferecer gradativamente descontos e tarifas reduzidas para os clientes que optarem por não despachar bagagens.p
PROJETOS E PROMESSAS
A Gol Linhas Aéreas declarou que, por enquanto, as regras de despacho de bagagens continuam as mesmas, e que a empresa está em processo de “reavaliação interna” para definir a situação. A companhia, na época da aprovação da resolução, foi uma das que prometeu disponibilizar uma classe tarifária mais baixa para os clientes que optarem por não despachar bagagens. A Avianca Brasil manteve o mesmo posicionamento divulgado antes de 14 de março, quando prometeu “não cobrar por despacho de bagagens no início da vigência da nova resolução”, ou seja, pelo menos por enquanto, não deverá cobrar a taxa extra. Na época, a empresa afirmou ainda que deve “estudar essa questão mais profundamente durante os próximos meses, a fim de criar produ-
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INFORME PUBLICITÁRIO
Valorizando quem entende de viagens
Uma das peças da campanha da Agaxtur Viagens mostra que a busca do hotel mais barato, sem o aconselhamento sobre as condições da habitação, provavelmente vai resultar me algo decepcionante
Arriscar para quê, quando se pode comprar com quem entende? Melhor ainda: com quem atende. Esse é o mote da nova campanha de marketing e relacionamento da Agaxtur Viagens, que valoriza o agente de viagens e reacende uma constante discussão dentro do Turismo: qual o valor desse profissional em tempos de tecnologias que permitem ao viajante, em teoria, fazer tudo sozinho? A grande questão é: vale a pena se arriscar dessa forma sem aconselhamento de um especialista? A Agaxtur sabe que não. E é ironizando essas situações, em que o viajante faz tudo por conta própria procurando os preços mais baixos e, depois, se decepciona com a experiência, que o presidente da empresa, Aldo Leone Filho, idealizou a ação que visa chegar a dez mil agentes de viagens em Aldo Leone Filho, presidente da Agaxtur e idealizador da campanha
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todo o Brasil, além do público final. Estão sendo distribuídas aos profissionais do setor peças de marketing (como a que você pode ver acima) para serem usadas em seu relacionamento com os clientes, seja em e-mails, sites, ou de forma impressa. A campanha envolve temáticas de hotéis, carros, cruzeiros, roteiros e passagens aéreas, e todas as peças incluem o texto que reforça a importância do agente, terminando com a assinatura: “Agente de viagem. O maior aliado da sua viagem.” A intenção não é simplesmente refutar o uso da tecnologia na procura pela viagem ideal, ideia da qual a própria Agaxtur é adepta, mas reforçar a importância de unir essa facilidade a uma consultoria que só os agentes podem proporcionar. “A internet serve para comparar, se in-
formar e buscar as melhores opções. Mas queremos atentar para o perigo de comprar sem consultar um profissional. Sabemos que acontece muito de as pessoas procurarem o produto mais barato de todos e depois, quando não encontram o que desejam, não têm a quem recorrer”, explica Leone.
PARA O VIAJANTE
Paralelamente, a divulgação da operadora chega também ao próprio viajante, por meio de anúncios em rádios, mídias impressas, redes sociais, mídia de elevador e divulgação no Google. E, no site da Agaxtur, ao clicar no banner, o leitor, seja viajante ou agente, tem acesso a todos os arquivos em alta resolução para baixar e usar da forma que preferir. Um exemplo de como a situação afeta diretamente a satisfação com a viagem vem da compra de cruzeiros. “Os sites das companhias de cruzeiros são ótimos para conhecer os roteiros e destinos, mas não ajudam na decisão de comprar uma cabine. Só comprando com um agente o viajante terá a certeza do andar em que vai estar, se tem varanda, se há espaço para ficar com os filhos, entre vários outros detalhes”, cita Leone. A recompensa para quem toma esses cuidados é ter não só uma viagem bem planejada e com certeza de satisfação, mas ainda outras garantias adicionais. No caso das vendas via operadoras, o seguro viagem com o Trip Protector da Braztoa, e o seguro contra quebra do fornecedor, que é um benefício da agência, mas se traduz também em maior segurança para o próprio viajante.
PARCERIA COM AGÊNCIAS
Ao mostrar, de forma irônica, que a busca pelo carro mais em conta pode resultar num modelo ruim ou que o hotel com uma super oferta pode originar uma hospedagem desagradável, a Agaxtur quer, segundo seu presidente, não só alertar os viajantes por meio das agências, mas reforçar sua parceria com esse segmento profissional. “Temos 75% das nossas vendas sendo feitas via agentes de viagens. Estamos cada vez mais engajados em trabalhar ao lado deles”, garante Leone. E não se trata de simplesmente demonstrar apoio, mas, segundo o presidente da empresa, também de reconhecer a crescente importância desse profissional, ao contrário do que muitos dizem. “Há algum tempo se discute a importância do agente, que estaria desaparecendo. Mas eu vejo o contrário: uma valorização dele em função das vendas digitais, porque as pessoas estão começando a perceber que muitas informações encontradas por aí não são confiáveis”, diz. Essa parceria da Agaxtur com os agentes vai se refletir nos grandes projetos da operadora, como a venda de pacotes para a Copa do Mundo de 2018. Por meio de treinamentos empresa promete estreitar sempre que for possível seu relacionamento com esses profissionais, e é impulsionada por eles que prevê um crescimento de 25% nas vendas em 2017.
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Eventos
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> Rafael Faustino
Tango
e sotaque mineiro
ARGENTINA E BRASIL VIVEM UM NOVO MOMENTO EM VÁRIOS ASPECTOS. MUDANÇAS POLÍTICAS recentes, novos presidentes e programas econômicos, e um clima que, ao menos nos negócios, volta a ser de otimismo, podem ser vistos em ambos os lados da fronteira. No Turismo, os reflexos já aparecem, seja na volta do crescimento da aviação comercial brasileira, que teve alta em abril após 15 meses consecutivos de queda, ou na expansão de conexões aéreas entre os dois países. Ligação essa que cresceu recentemente com novas rotas ligando Buenos Aires a Recife, Manaus (ambas com a Gol) e, em especial, Belo Horizonte (com Gol e Azul). Foi aproveitando esse cenário que o Turismo da capital argentina, representado pelo Ente de Promoção Turística de Buenos Aires, realizou um evento com 15 fornecedores locais apresentando os maiores destaques da cidade aos agentes de viagens mineiros. Organizado pela PANROTAS e com cerca de 80 presentes, o Conheça Buenos Aires teve também presença da Azul Linhas Aéreas, que anunciou recentemente a segunda frequência direta entre as duas cidades, e do Turismo de Bariloche, destino sempre visado por brasileiros e que ganhará um voo sazonal da Azul durante a temporada de inverno. A intenção argentina é clara: aproveitar o momento de retomada brasileiro para retomar o fluxo que sempre foi constante entre os dois países. Algo que jávem
Sediando o Conheça Buenos Aires: os fornecedores argentinos, os representantes do turismo local, da Azul e da PANROTAS, organizadora do evento
acontecendo, segundo a gerente de Capacitação Turística do Ente de Turismo de Buenos Aires, Maria Laura Pierini. “Os brasileiros são os maiores responsáveis pelo incremento que temos de turistas em 2017, e acreditamos que isso irá se manter ao longo do ano”, comentou ao Jornal PANROTAS, estimando em 4% a alta na chegada de brasileiros à capital argentina ao longo de 2017. Ações promocionais, claro, também colaboram. “Os mercados estão reagindo bem, mesmo com algumas turbulências. E para isso a política de devolução do IVA em hospedagem, de 20%, ajuda muito”, lembra María Laura, citando a política de incentivo adotada desde o início desde ano pelo governo argentino.
NOVIDADES
Entre redes hoteleiras, casas de tango, passeios de barco, operadoras, receptivos e restaurantes, os fornecedores argentinos presentes no Conheça Buenos Aires (veja a lista completa ao lado) puderam estreitar contatos e mostrar o melhor de seus produtos aos agentes de viagens mineiros em uma rápida sessão de workshops, que dividiu espaço com coquetel e apresentações dos representantes da capital, Bariloche e Azul. O hotel Meliá Recoleta Plaza, por exemplo, apresentou seu recém-inaugurado restaurante francês, Le Jardin d'Hotel, com cardápio baseado em ostras, cordeiro e pato. Já a empresa de embarcações marítimas e fluviais Sturla completa com novos trajetos de passeios, liganUma apresentação do autêntico tango argentino de uma do-os ao city tour de amostra do que os mineiros podem encontrar em Buenos Aires
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Leopoldo Tiberi, do Turismo de Bariloche, Rodrigo Mendicino, da Azul, José Cafiero, cônsul geral argentino em Belo Horizonte, María Laura Pierini e Marcela Cuesta, do Ente de Turismo de Buenos Aires
ônibus pela cidade. E, é claro, não faltaria o tradicional tango argentino. Uma apresentação no próprio local do evento mostrou um pouco do que os viajantes podem encontrar em duas casas especializadas que estiveram presentes como expositoras: a Tango Porteño, com capacidade para 500 pessoas e 32 artistas em sua equipe, e a Madero Tango, que complementa as apresentações com uma experiência gastronômica gourmet. A lista completa de expositores foi: AMV (receptivo), Cynsa (operadora de luxo), Conquistar Travel Service (operadora), Eurobuilding (hotel), Evecon (receptivo), Feir’s Park (hotel), Humberto M (embarcação fluvial), Madero Tango, Meliá Recoleta Plaza (hotel), Pestana (hotel), Puerto Cristal (restaurante), Sturla (passeios de barco), Tango Porteño, Terra Travel Service (operadora) e Waldorf (hotel).
NOVOS VOOS
Inaugurada há pouco mais de um mês, a rota Belo Horizonte-Buenos Aires (Ezeiza) tem um desempenho inicial para lá de satisfatório. É o que garante o gerente de Vendas Rodrigo Mendicino, que representou a aérea no evento.
“É normal que no começo tenhamos uma postura mais agressiva de tarifas, e isso reflete na ocupação, que vem supeando os 80% diariamente. Mas temos observado um potencial grande não só para mineiros, mas também para quem vem de cidades como Brasília, Goiânia e sul da Bahia e fazem conexão em Confins”, afirma. Não à toa, uma segunda frequência diária na rota já foi aprovada e começa a operar em julho. Com isso, segundo Mendicino, quem deve ganhar é principalmente o público corporativo. “Haverá a possibilidade de pessoas virem de Buenos Aires e voltarem no mesmo dia, algo que ainda não acontece em Belo Horizonte”, destaca. O segundo voo diário sairá da capital mineira às 21h45. O potencial do aeroporto de Confins para a Azul – trata-se do segundo maior hub da aérea atrás de Viracopos, e que, recém-ampliado, ainda permite expansão da malha – faz a companhia pensar na ideia de ampliar o alcance internacional a partir do terminal. A retomada do voo para Orlando, encerrado no início de 2016 por falta de demanda, é uma possibilidade ventilada. “Há um estudo em andamento”, limitou-se a dizer o gerente da Azul.
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Mercado
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> Artur Luiz Andrade e Rodrigo Vieira
Inabalável e ambiciosa
Valter Patriani, VP da CVC, Guilherme Paulus, da GJP e presidente do Conselho da CVC, Marcelo Sanovicz, da Rextur Advance, e Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC
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O TURISMO BRASILEIRO TESTEMUNHOU, NA SEMANA PASSADA, MAIS UMA GRANDE TRANsação entre empresas. Com 45 anos de mercado, a CVC deu mais uma prova de sua robustez ao desembolsar R$ 258,8 milhões por 90% do Grupo Trend. Diferentemente das outras três aquisições da empresa do ABC paulista (Rextur Advance na consolidação aérea, Submarino no mercado on-line, e Experimento no intercâmbio), essa compra é de uma empresa que não foge muito do modelo de negócio da CVC — embora a Trend não atue com franquias, um dos maiores trunfos da empresa presidida por Luiz Eduardo Falco. Todavia, a intenção é clara. Devorar a maior fatia possível da distribuição hoteleira nacional e internacional disponível no mercado, uma
expertise que a Trend ostenta como poucas com sua carteira de mais de 14 mil agências de viagens parceiras (somente operadora), das quais seis mil compram diariamente com a empresa. Em entrevista recente ao Jornal PANROTAS, Luiz Eduardo Falco elogiava a sinergia entre seu grupo e a Rextur Advance, que agregou em receita adicional na venda de hotéis corporativos. Isso demonstrava que a companhia ainda buscava se fortalecer no segmento, e é algo que pode ter alcançado agora com mais essa aquisição. Da alta cúpula do Grupo Trend, o único nome que permanecerá no negócio é o do presidente, Luis Paulo Luppa. O “vendedor pitbull” ficou com os outros 10% da empresa. Isso significa a despedida do fundador da Trend, Washington
Preti, e seu sócio José dos Anjos. Em comunicado ao mercado, a CVC informou que a aquisição do Grupo Trend (que tem todo o capital social na Check In Participações S.A.) "constitui uma excelente oportunidade estratégica, complementar às operações da companhia, fortalecendo, assim, sua posição de liderança no setor de viagens no Brasil". A CVC assumiu a obrigação de pagar aos vendedores o valor total máximo de até R$ 258.806.001,50, sendo um preço indicativo de R$ 144.806.001,50, composto por uma parcela à vista de R$ 40.306.001,50, aumento de capital de R$ 10 milhões e uma parcela a prazo de R$ 94,5 milhões, que será retida e liberada em parcelas sucessivas e anuais até 2022. > Continua na pág. 26
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O valor total indicativo do negócio está sujeito a ajuste com base no EBITDA (lucro antes dos juros impostos, depreciação e amortização), dívida líquida e no capital de giro da Check In, e tem até R$ 114 milhões como preço contingente, mediante cumprimento de metas e crescimento de lucro líquido e de reservas de serviços turísticos operados pelo Grupo Trend e suas subsidiárias entre 2017 e 2020. Até o fechamento desta edição, o acordo ainda passava por aprovação do Cade. Muito por conta disso, e pelo período de silêncio pelo qual passa a empresa de capital aberto do ABC, os detalhes ainda são nebulosos em relação à estrutura física, demissões, contratações, modelo de trabalho, separação ou fusão de marcas, etc.
O COMPRADOR
Em 2016, a CVC vendeu quase R$ 8,8 bilhões em produtos e serviços de Turismo, um crescimento de 1,5% em 2015, devido ao momento turbulento pelo qual o País passava (e ainda passa), embora as dificuldades não tenham impedido a companhia de adquirir, nos últimos dias do ano, a Experimento. A reportagem do Jornal PANROTAS ainda tem conhecimento de uma oferta recusada por uma grande consolidadora e de um processo de due dilligence em curso com outra. O presidente do Grupo CVC, Luiz Eduardo Falco, garantia, ainda no começo do ano, que espaço para empresas similares no grupo é o que não falta, e sinalizou uma possível expansão ao Exterior, também com aquisições. Em meio a tantas promessas concretizadas, é muito provável que em breve a CVC esteja falando outros idiomas.
A COMPRA
O Grupo Trend tem mais de 800 colaboradores, que hoje são divididos entre seis empresas: Trend Operadora (hotéis nacionais, internacionais e outros produtos, para corporativo e lazer), Shop Hotel (empresa low cost para venda de produtos B2B), TC World (consolidadora aérea), Trend Travel USA (empresa com sede nos Estados Unidos), Trend Tech (tecnologia) e VHC — Vacation Homes Collection (aluguel de casas nos Estados Unidos). São mais de R$ 60 milhões em crédito para agentes de viagens. Recentemente, a Trend mudou para uma nova sede, na Barra Funda, em São Paulo, alvo de um investimento de R$ 6,8 milhões. Mais adiante, a operadora do grupo anunciou seu novo portal de Lazer, investimento de R$ 4 milhões.
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Luis Paulo Luppa, presidente do Grupo Trend
COM A PALAVRA
Em comunicado a funcionários do Grupo Trend, Luppa garantiu que o momento agora é de ter mais inovação, mais representatividade global e mais oportunidades no desenvolvimento de carreiras. “Temos como objetivo principal o crescimento, só que mais fortes e passos mais largos." Confira entrevista exclusiva do Jornal PANROTAS com o empresário. JORNAL PANROTAS — Você planejou a Trend para esse momento? Era algo esperado? LUIS PAULO LUPPA — O que posso dizer é que nos transformamos em objeto de desejo de grupos europeus, asiáticos, sul-americanos... Tivemos várias propostas de fusões e aquisições e eu entendi, e sempre disse isso, que era um caminho irreversível. Mas precisava encontrar um grupo que valesse a pena, o momento certo... O fato de ser um grupo brasileiro, com a história e a densidade da CVC, de quem sempre fui um admirador, pesou bastante. Lembro de um Fórum PANROTAS, em que estávamos eu, Guilherme Paulus, Peter Long, da Tui, e que eu reforcei que era um orgulho para o País ter uma CVC. O Guilherme e a CVC ensinaram o brasileiro a viajar. JP — Então você deu preferência a um grupo brasileiro nas ofertas que recebeu?
LUPPA — A Trend tem uma história com a hotelaria nacional. A gente se preocupa quando um hotel está com problemas. Sofremos juntos. Essa tarifa média baixa atual é uma preocupação. Queremos contribuir ainda mais com a retomada da hotelaria nacional e agora, integrante um grupo mais robusto, temos mais condições de fazer isso. JP — O que mais pesou na decisão? LUPPA — As pessoas. A gente negocia com pessoas. Toda a história do Guilherme [Paulus], a competência do Falco, o equilíbrio do [Luiz Fernando] Fogaça, o [Valter] Patriani, e é chover no molhado elogiá-los... Isso tudo traz um ganho competitivo para todo o grupo. Se fosse um grupo estrangeiro haveria um período de tropicalização e entendimento desses investidores sobre a Trend e o Brasil. A gente se entende e está em período similar de maturidade. A CVC tem capital aberto, está profissionalizada, tem a maior consolidadora aérea e agora a maior terrestre. Faz sentido. Nós vencemos no lazer e no internacional, temos tecnologia, somos uma empresa profissionalizada, sem família. A conversa foi fácil entre a gente e o trabalho daqui pra frente também será. Tudo muito convergente e estratégico. JP — Como tem sido a reação de for-
necedores, clientes, funcionários? LUPPA — Aqui na Trend estão todos motivados. E com os clientes e fornecedores as reações são positivas, pois nada muda na Trend. Nosso DNA não será alterado. Vamos continuar B2B, vendendo apenas para agentes de viagens. Acho que com o negócio o grupo mostra o quão estratégico está sendo e o quanto podemos nos dedicar aos clientes. Hoje no Turismo em geral perde-se muito tempo com fornecedor, quando esse tempo tem de ser dedicado ao cliente. JP — Então a Trend continua como estava ontem? LUPPA — Estamos trabalhando normalmente, só que agora somos mais um ativo no legado do Grupo CVC, o que nos dá mais força para competir com os gigantes internacionais que já estão no Brasil. JP — E seu compromisso de ficar na Trend é de quanto tempo? LUPPA — Meu compromisso está ligado à minha motivação. Estou com 52 anos e cheio de gás. Não me vejo fora. Quero continuar me dedicando e aprender muito com meus novos colegas. JP — E continuará se dividindo entre o Brasil e Orlando? LUPPA — Sim. A empresa nos Estados Unidos é estratégica para o negócio. p
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Hotelaria
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> Beatrice Teizen
Copacabana agora tem seu Hilton Janeiro, já foi sede do tradicional hotel Le Meridien, por mais de 30 anos, do Iberostar e do Windsor Atlântica. Na última terça-feira (2) aconteceu a virada oficial e lançamento da nova marca a ocupar o espaço: o Hilton Rio de Janeiro Copacabana. Com 545 quartos, é uma das maiores propriedades da região e a segunda da rede no Estado (a outra fica na Barra da Tijuca). Em um evento realizado no próprio Hilton, três executivos falaram sobre a transição e planos para o futuro da rede no bairro carioca. “Aproveitamos a exposição do Rio de Janeiro, devido à Olimpíada, para ter presença nesta praia ícone no mundo. Sabemos que vamos atrair muitas pessoas”, confia o vice-presidente sênior de Operações para América Latina e Caribe, Tom Potter. Desde que a aquisição pelo fundo de investimentos Blackstone foi anunciada, há pouco mais de um mês, não foram muitas as mudanças feitas na propriedade. Reformado em 2011, o hotel possui muitas instalações em ótimo esta-
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do. Além da troca da fachada realizada na semana passada, o objetivo da nova proprietária é olhar as necessidades mais de perto para pensar em longo prazo e fazer os ajustes necessários em até dois ou três anos. “O principal objetivo, no momento, é focar em melhorias de tecnologia e treinamento da equipe. Queremos colocar internet à disposição em todos os locais do hotel, além de disponibilizar muitos serviços on-line”, afirma Potter. “Quanto aos 500 funcionários, a meta é passar a eles os conceitos de hospitalidade da marca para que a tradição de excelência seja entregue também no novo endereço. Será um período de treinamento intenso a todos que trabalham lá, em todos os níveis hierárquicos.” Assim como Potter, a gerente geral do Hilton Copacabana, Laura Castagnini, acredita que a cidade atualmente está com muitas oportunidades. “Os aeroportos estão melhores e há aparelhagem para receber eventos. Por sermos uma marca internacional, estamos fazendo investimentos em esforços de vendas, o que acaba também beneficiando o destino.” O hotel, aliás, tem
Divulgação
O IMPONENTE PRÉDIO LOCALIZADO NO NÚMERO 1.020 DA AVENIDA ATLÂNTICA, NO RIO DE
potencial para ajustar-se ao desejo da cidade em aumentar o calendário de eventos – possui 36 espaços flexíveis para até 500 convidados. A rede tem muito interesse no Brasil, mas não pensa em criar ou construir hotéis. Seu foco são aquisições, franquias e gerenciamento de locais já existentes. “Muitos empresários possuem o hotel e procuram a experiência do Hilton para gerenciar. Quando conseguimos o prédio desejado, a conversão é a forma mais rápida de
introduzir a marca”, explica o vice-presidente de Operações. Este tem 20 anos para ser renovado. De acordo com o vice-presidente de Operações na América do Sul, José Juan González, a marca está vendo novas oportunidades no País, mas ainda não é possível anunciar. “O momento atual é bastante estratégico, final da crise. Então, está sendo um período de novas chances para a rede”. O plano de desenvolvimento é de mais de 70 projetos na América Latina.p
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SurFACE
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Ciclo iniciado
Rosângela Gonçalves agora é Transamérica. Depois de 20 anos na rede Windsor, ela foi anunciada na semana passada como diretora comercial e de Marketing do cinco estrelas Hotel Transamérica São Paulo, localizado na avenida das Nações Unidas. "O hotel tem uma sinergia impressionante com todo o complexo, que conta, entre outras coisas, com centro de exposições e teatro. Há uma série de oportunidades já muito bem trabalhadas aqui, mas a ideia é poder agregar ainda mais", afirmou Rosângela, que pode ser encontrada no rgoncalves@transamerica.com.br.
Marcelo Sanovicz, presidente da Rextur Advance
Desfalque
A Rextur Advance, empresa com o maior volume de vendas da Associação Brasileira de Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens, a Air Tkt, deixou a entidade. A consolidadora do Grupo CVC, presidida por Marcelo Sanovicz, que produziu cerca R$ 3 bilhões em vendas no ano passado e responde por aproximadamente 30% da movimentação dos dez associados da entidade de consolidadoras, pediu desligamento da mesma. A Air Tkt, presidida por Ralf Aasmann, agora fica com nove associados e movimento de cerca de R$ 5,5 bilhões.
Competição injusta
Ciclo encerrado
A United Airlines cancelou o codeshare com cinco das principais companhias aéreas do Oriente Médio, incluindo a Qatar Airways e a Emirates Airlines. Segundo a companhia norte-americana, a decisão se deve ao fato "das maiores aéreas da região ainda estarem recebendo subsídios governamentais, tornando a competição injusta". As outras companhias cujo codeshare está sendo encerrado com a United são Fly Dubai, Royal Jordanian Airlines e Saudi Arabian Airlines. Com a rescisão, os clientes não poderão comprar bilhetes com um trecho da United e outro com as companhias da região no mesmo bilhete.
Jorge Souza deixa a Consolid, divisão de incoming da MMTGapnet, após pouco mais de um ano. Antes desta empresa, o executivo ficou 12 anos na própria MMTGapnet, sete no departamento de Operações e cinco no Marketing. Souza agora está em busca de novos desafios e projetos e pode ser alcançado no jorgeblue@ gmail.com.
Desconto Disney
O complexo Walt Disney World, em Orlando, está com até 25% de desconto para estadas entre 1o de agosto e 7 de outubro deste ano. A oferta dos hotéis é válida em mais de 15 estabelecimentos Disney e compreende todas as categorias (deluxe, moderada e econômica). As reservas têm de ser feitas até 31 de agosto.
Gol na hotelaria
Em parceria com a Booking.com, a Gol Linhas Aéreas lançou uma promoção exclusiva para reserva de hotéis. Agora, os clientes que fizerem reservas pelo hoteis.voegol.com.br ganharão quatro milhas a cada dólar gasto. A promoção é válida até o dia 31 deste mês. De acordo com a Gol, a parceria oferece para os clientes mais de um milhão de opções de hospedagens, sem limitação de data para a reserva.
Nova área temática de Avatar será aberta em menos de um mês
Ponto a ponto ● Gilmar Piolla, parte do quadro de profissionais da Itaipu Binacional, é o novo secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicosde Foz do Iguaçu (PR). ● Faleceu em 29 de abril o colaborador da Tap Manoel Torres, que ocupava o cargo de senior advisor da equipe executiva. No passado, o executivo atuou também como vicepresidente de Planejamento da aérea portuguesa e da antiga Varig. ● Após deixar a TGK no início do ano passado, Renata Novais integra agora a equipe da Cruzeiros Skorpios, em Santiago do Chile.
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corporativo
www.pancorp.com.br
Buenos Aires 1
A United Airlines voará diariamente de Nova York/Newark a Buenos Aires/Ezeiza a partir de 28 de outubro, data ainda sujeita à aprovação governamental. Além disso, a aérea anunciou serviço extra a Bogotá, de 8 de junho a 14 de agosto, também de Nova York, totalizando dois voos diários durante o período. Com esses novos voos, a United garante ser a companhia norte-americana com o maior volume de serviços para América do Sul, com um total de 14. Com um B767-300, o voo sairá de Nova York às 21h50 e chegará em Ezeiza às 10h50. No sentido inverso, sairá de Buenos Aires às 21h e chegará em Nova York às 6h10 (horários locais).p
Buenos Aires 2
A Gol passará a oferecer, a partir de 3 de julho, uma nova frequência entre Recife e Buenos Aires. A novidade entrará em vigor um ano após o início da rota de voos diretos entre as duas cidades. Além das opções já disponíveis aos sábados, a companhia passa a oferecer um voo às segundas-feiras aos clientes que viajam para aproveitar a capital do tango e às terças-feiras aos que se destinam à capital pernambucana. p
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Fernando Cavalheiro, diretor
Em expansão
Com 24 anos de história, sendo dois anos e meio no mercado de franqueados, a Cep Transportes chega, em 2017, ao número de 15 franquias em todo Brasil. Com uma expansão inicial no Estado de São Paulo, onde ficam nove bases, a empresa paulista chega a mais cinco capitais brasileiras, além do Distrito Federal. São elas: Brasília, Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e a mais recente, Rio de Janeiro. A próxima capital na mira é Curitiba, que tem tudo para ser a cidade com a 16ª franquia Cep. Segundo o diretor Fernando Cavalheiro, a abertura deve acontecer em junho. p
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Hotelaria
Bariloche ganha novo condo-hotel da
Hilton em 2018 A PARTIR DO ANO QUE VEM, BARILOCHE GANHARÁ UMA PROPRIEDADE TRÊS ESTRELAS COM O SELO DO GRUPO HILTON. O Hampton by Hilton Bariloche, como será chamado, deverá captar investidores por meio da modalidade de condo-hotel. Este tipo de investimento traz muita rentabilidade – que pode ser quase duas vezes superior à de um apartamento – de acordo com o diretor da Argenway, Lisandro Cristia, que destacou o quanto o empreendimento agregará à cadeia hoteleira de São Carlos de Bariloche. “A proposta do Hampton by Hilton, vista pela empesa Argenway, é uma oportunidade de negócios única para agentes e operadores de viagens. Queremos que o trade aposte nesse novo e exitoso projeto imobiliário, que lhe permitirá ampliar seu volume de negócios por conta da alta rentabilidade que proporciona”, enfatizou ele. Além do alto padrão oferecido pela Hampton by Hilton, marca hoteleira reconhecida internacionalmente e com mais de 2,1 mil propriedades ao redor do mundo, o executivo destacou o bom ritmo das obras no hotel de Bariloche, que tiveram início no ano
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passado e ficarão prontas no ano que vem, destacando também a boa localização do empreendimento. “O hotel está situado a 150 metros do Centro Cívico da cidade e tem vistas panorâmicas do lago Nahuel Huapi, aliando beleza a tranquilidade”, afirmou Cristia, adiantando também que o projeto já conta com 65 investidores, os quais representam 55% do investimento total. O Hampton by Hilton Bariloche terá 105 quartos de 23 metros quadrados e ocupará uma área de 4.042 metros quadrados exclusivos, dos quais 38% serão destinados a áreas comuns e estarão integradas a um complexo que envolve centro comercial e garagem. “Esta proposta imobiliária representa a renovação e a modernização hoteleira nesta cidade turística que recebe visitantes nacionais e internacionais durante o ano todo”, salientou o diretor da Argenway. Cristia ainda explicou que os quartos pertencem a investidores individuais, e que cada uma das habitações constitui uma unidade funcional, que garante a seu dono um título de propriedade. “O investidor pode adquirir um quarto ou uma fração dele – ¼ da ha-
Projeção da fachada do Hampton by Hilton Bariloche, que estará situado a 150 metros do Cento Cívico de Bariloche
bitação equivale aproximadamente a uma garagem – e seu proporcional de áreas comuns, amenidades e terreno. Em seguida, ele transfere o seu usufruto ao fideicomisso encarregado de construir o imóvel, processo seguido pela exploração do negócio hoteleiro e pela distribuição da renda entre os investidores”, detalhou o executivo. O fideicomisso contrata um operador para o gerenciamento do hotel e a franquia do Hampton by Hilton, recebe a receita pelas vendas de noites e
extras, contrata os empregados, paga todos os gastos do hotel e distribui os ganhos entre os investidores. Em alguns casos, dependendo da situação, o lucro anual proporcionado pelo sistema de condo-hotel seria de aproximadamente 8% ao ano, o que representa o dobro da média obtida no aluguel de um apartamento.p Para mais informações, envie um e-mail para inversiones@argenway.com.
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Jornal PANROTAS — Edição 1.268
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Visit Florida
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Loews Miami Beach
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Dollar Rent a Car
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Aventura Mall
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The Palm Beaches
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Universal Orlando
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INFORME PUBLICITÁRIO
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Destinos
Do avião para a praia
EM UM ESTADO AO QUAL MAIS DE METADE DE TODOS OS VISITANTES CHEGAM POR VIA AÉREA, quem chega a um dos quatro maiores aeroportos da Flórida nunca está distante mais de 45 minutos, de carro, de uma praia. Em muitos casos, a areia e as ondas ficam a menos de 15 minutos de distância, tanto dos aeroportos de maior porte quanto dos de menor porte. Como ninguém quer perder muito tempo se deslocando quando está de férias, é mais um motivo para escolher o Estado Ensolarado como destino para se divertir e relaxar. São várias opções, seja a partir de Orlando, Miami, Fort Lauderdale ou aeroportos menores. Mesmo os visitantes que chegam pelo Orlando International Airport, posicionado bem no meio do Estado, são privilegiados, já que podem curtir praias nos dois litorais. Qual
delas fica mais perto? Um percurso direto no rumo leste leva a Cocoa Beach, no Oceano Atlântico, que fica a menos de 50 minutos de distância. Já chegando por Miami, a própria Miami Beach é uma escolha óbvia, a apenas 19 quilômetros de distância. Mas há, ao todo, 16 praias na região, incluindo a mundialmente famosa South Beach, denominada America’s Party Beach (A Praia de Festas da América). Situada a uma pequena distância, a pé, dos prédios do bairro Art Déco e dos restaurantes e clubes localizados ao longo da Ocean Drive, South Beach é apenas uma das praias da área que são consideradas uma ‘mascote’. Por ali também estão Bal Harbour Beach, localizada ao norte, com uma trilha de 1,6 mil metros de comprimento para caminhadas e águas de cor azul-turquesa. Ao sul, na extremi-
Cocoa Beach está acessível a menos de uma hora do aeroporto de Orlando
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dade de Key Biscayne, fica a Bill Baggs Cape Florida State Beach, uma visão relaxante, com seu histórico farol e trilhas para caminhadas e ciclismo. Também não está longe dali o Fort Lauderdale-Hollywood International Airport, e as praias da região se estendem por 37 quilômetros ao longo do Oceano Atlântico, de Deerfield Beach a Hallandale Beach. O visitante pode alugar chickee huts (cabanas com telhado de palha), andar de jet ski, praticar kiteboarding, observar pássaros e mergulhar com scuba ou apenas apreciar o vai e vem sentado em um aprazível café ao ar livre ao longo do Hollywood’s Broadwalk.
AEROPORTOS SECUNDÁRIOS
Apesar de serem os maiores aeroportos, e contarem todos com voos que
chegam diretamente do Brasil, esses três hubs não são os únicos que dão fácil acesso a ótimas praias floridenses. Para quem chega de outros aeroportos regionais, há várias opções para quem não quer perder tempo. Em Palm Beach, por exemplo, a distância da faixa de área é de apenas 6,5 quilômetros, mas o condado se estende de norte a sul, dando acesso a outras praias, como Jupiter, Juno Beach, Singer Island, Boynton Beach e Boca Raton. Outro exemplo é Tampa. Além de um destino completo, a cidade está próxima de destinos como Clearwater Beach e Pinellas County, sem falar de Fort de Soto. Da mesma forma, o Jacksonville International Airport fica a pouco mais de 48 quilômetros de Jacksonville Beach, com seus longos trechos de litoral, um cais de pesca e atividades aquáticas; e a 29 de Fernandina Beach, em Amelia Island, na fronteira nordeste da Flórida, que possui 21 quilômetros de praias imaculadas, abundante vida silvestre, um centro da cidade pitoresco, lojas, butiques, resorts de luxo e pousadas aconchegantes. Por fim, na extremidade sul, o aeroporto Key West pode ser um pequeno hub, mas para quem está em uma das cidades que dá acesso a ele, chegar a apenas um quilômetro de Smathers Beach pode ser um privilégio. A Duval Street, que fervilha com bares e cafés, Casa de Ernest Hemingway e as várias áreas para a prática de mergulho entre os imaculados recifes de coral são algumas das várias atrações da região.p
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Hotelaria
Gastronomia em novo estilo UM ÍCONE DE SOUTH BEACH REINVENTADO. AGORA É POSSÍVEL EXPERIENCIAR ELEVADO conforto e uma hospedagem verdadeiramente sofisticada no redesenhado Loews Miami Beach Hotel. Localizado de frente para o mar, no coração do vibrante distrito Art Deco, o renomado empreendimento completou recentemente uma renovação de US$ 50 milhões. A reforma proporciona um novo e expansivo lobby decorado com obras de arte, quartos totalmente transformados, um deque de piscina reforçado com acesso direto à praia e novas cabanas apenas para adultos. Sem falar das opções de alimentação e do novo Kids Club. Hóspedes que entram no novo átrio são recebidos em uma recepção aberta e arejada, realçada por uma instalação de arte obra de autoria da famosa artista Sarah Raskey. Depois, têm à disposição novas ofertas de alimentos e bebidas que incluem Miami Joe Coffee Co., que serve assados originalmente locais e cafés exclusivos da região, além de porções sempre frescas e refrescantes sorvetes. Já o Bar Collins, a peça central do novo design do átrio, oferece aos visitantes um bar com áreas interna e externa, coquetéis com curadoria de especialistas e um menu desenvolvido com iguarias locais. Complementando a experiência gastronômica, o Flavor Miami traz uma
Um dos ambientes do Preston’s Market, um dos restaurantes no Loews Miami Beach
experiência culinária única local para o Loews. Em parceria com os mais conceituados chefs de Miami, integra esses ícones em menus, que dão ao hóspede a chance de saborear seu caminho através dos diversos bairros de Miami, e sem sair do hotel. É a maneira ideal para experimentar a cultura diversificada do destino, seja no quarto, à beira da piscina ou sala de jantar ao ar livre no terraço.
O novo lobby do Loews
As cabanas para adultos do hotel
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Os visitantes têm acesso aos melhores preços junto aos fornecedores locais do Flavor Miami em qualquer um dos novos outlets de alimentos e bebidas, incluindo os já citados Bar Collins e Miami Joe Coffee Co., e também o Preston’s Market e o Nautlius, todos estabelecimentos presentes no Loews, além do multipremiado Fishbar. São 15 fornecedores locais de alimentos e bebidas até o momento, e essa lista ainda vai crescer. Nossos parceiros incluem Panther Coffee, MIA Brewing, Mia-
mi Club Rum, Zak the Baker, Azucar Ice Cream, Wynwood Brewing, Funky Buddha Brewery, The Empanada Lady, Bee My Honey, Winter Park Dairy, Juicera, Sweet Armoire Alfajor, Better Sweet Miami, Uriah’s Urban Farm, Miami Smokers e o internacionalmente reconhecido mixologista Julio Cabrera — chamado "Barman mais imaginativo da América". Para obter informações adicionais e para reservar sua estada no reimaginado Loews Miami Beach Hotel, visite loewshotels.com/miami-beach.p
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L oc a do ras d e veí cu l o s
A melhor das road
trips
SÃO MAIS DE SEIS MIL QUILÔMETROS DE ESTRADAS NOS ESTADOS UNIDOS, TODOS MUITO BEM CUIDADOS E PREPARADOS PARA SUPORtar longas viagens dos motoristas. Mas só uma pequena parte desses podem entregar uma experiência de road trip 100% autêntica na Flórida. Com uma variedade de pistas duplas de alto nível, o Estado Ensolarado pode proporcionar as mais agradáveis viagens de carro do país norte-americano. De costa a costa, indo de Pensacola a Key West, os moto-
ristas descobrem uma mistura de belas vistas para o mar, faixas contornando os vários lagos no interior do Estado, e estradas cortando florestas que envolvem os veículos em uma grande extensão de pinheiros verdes. Uma road trip na Flórida mostra com detalhes uma das regiões ambientalmente mais diversas dos Estados Unidos, em que cada quilômetro traz uma novidade: sejam atrações naturais, o perfume das flores, sítios históricos ou os restaurantes à beira da estrada. É com a Dollar Rent a Car que esse passeio fica ainda mais completo. Basta ter um mapa em mãos, escolher um dos vários modelos de veículos que a empresa disponibiliza e ligar os motores. Explore a costa atlântica na Oceanfront A1A, que se estende paralela ao mar durante centenas de quilômetros. Com vistosas praias, comunidades históricas, a rodovia liga vários destinos tradicionais floridenses: Amelia Island, St. Augustine, New Smyrna Beach, Melbourne e várias outras, até chegar a Key West.
DE NORTE A SUL
Na ponta norte do caminho, St. Augustine tem uma rica herança que começa no fato da cidade ser a mais antiga dos Estados Unidos, fundada em 1565, ainda na época do domínio espanhol sobre a região. A história preservada torna o passeio culturalmente rico, com diversos museus e marcos históricos. Viajando 756 quilômetros ao sul, já em meio ao golfo da Flórida fica Florida Keys, ilhas que proporcionam uma clássica viagem de férias: praias por todos os lados, sol incessante e belas paisagens. Key Largo, Islamorada, Key West são alguns dos destinos que compõem a região. Pesca esportiva, snorkel, mergulho para ver de perto navios naufragados: as atrações são diversas. Combine isso a restaurantes com os melhores frutos do mar, opções de compras e galerias de arte, e está formada a típica experiência de uma viagem à Flórida que os brasileiros tanto amam.p
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Infraestrutura
Nova ala, novo conceito
PREVISTA PARA SER INAUGURADA NO FINAL DE 2017, A NOVA ALA DO AVENTURA MALL, com três andares e 30 mil metros quadrados, teve novidades reveladas que certamente irão encantar os visitantes. Construído no lado leste do shopping, esse novo espaço foi projetado para criar uma integração convidativa entre o interior e o exterior do shopping, proporcionando uma experiência de compras e refeições mais dinâmica e envolvida por elementos artísticos, incluindo uma escultura de 28 metros de altura do famoso artista belga Carsten Höller, pela qual será possível deslizar. Projetada pelo conceituado Carlos Zapata, a nova ala une transparência, conectividade e integração em seu projeto arquitetônico, que prima por valorizar a luz natural, sempre bastante intensa no Estado Ensolarado. Uma parede de vidro com 26 metros de largura na entrada permitirá vistas panorâmicas da paisagem ao redor. Uma claraboia contínua de 106 metros percorre toda a extensão da ala, oferecendo iluminação natural e vista invejável do terraço do shopping. Também haverá uma praça
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ao ar livre, dando um clima agradável e descontraído a jantares e cafés. “Nossa visão é criar um novo local de confraternização, onde os residentes locais e visitantes possam conectar-se com diversas experiências interativas”, disse a CEO e membro do conselho da Turnberry Associates, proprietária e administradora do Aventura Mall. Jackie Soffer.
ARTE
Aproveitando a coleção de obras de arte contemporânea já existente do Aventura Mall, a nova ala terá pontos de observação para os visitantes usufruírem de instalações para uma experiência transformadora, que geralmente é exclusiva de galerias e museus. Ao chegarem na varanda coberta em arco, na entrada, os visitantes verão a monumental escultura tubular de 28 metros, a Aventura Slide Tower de Carsten Höller, visível à distância, e poderão escorregar por ela. Na praça, Gorillas in the Mist é uma obra pública extravagante dos Haas Brothers criada exclusivamente para o Aventura Mall. Com quatro grandes árvores e três gorilas, esculpidos em
A Aventura Slide Tower, um dos elementos da nova área do shopping
bronze, ela funciona como uma fonte de circulação de água, criando um espaço de paz, sugestivo e agradável para toda a família. Sempre em evolução, a coleção de arte do Aventura Mall atualmente inclui peças de Louise Bourgeois, Ugo Rondinone, Daniel Arsham, Jorge Pardo, Jaume Plensa e outros artistas.
LOJAS
Em termos de compras, destaque da
nova ala será uma loja de dois andares da Topshop Topman, marcando a chegada da famosa marca britânica a Miami. Também com a expansão, quem volta à cidade floridense é a Zara, com uma loja de 3,2 mil metros quadrados de dois pisos, incluindo suas coleções de moda feminina, masculina e infantil. Pomellato e Under Armour também vão abrir suas lojas no espaço, e outras marcas serão anunciadas em breve.p
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Destinos
Natureza viva e diversificada DE UM LADO, LONGAS E ESPAÇOSAS FAIXAS DE AREIA ACOMPANHADAS DE UM MAR CALMO E CRISTALINO. DE OUTRO, UM DESTINO INTRIGANTE culturalmente e cheio de opções de entretenimento, com uma vibrante cena noturna e muitos locais para compras. Palm Beaches é um destino completo, com um dos maiores níveis de hospitalidade e bem-estar de toda a Flórida. São 39 cidades que se estendem por 75 quilômetros de praias no oceano Atlântico, desde Boca Raton, ao sul, até Jupiter e Tequesta na ponta norte, com lindas praias, ambiente tranquilo e resorts espaçosos. Mas não se engane achando que trata-se de uma região apenas para descansar e tomar sol. Há muitas atividades que fazem correr a adrenalina no condado, em especial privilegiando o contato com a natureza. Uma das atividades com mais opções são as longas caminhadas. Localizada a noroeste de West Palm Beach, a reserva de Grassy Waters Preserve é um dos locais mais procurados para isso. Trata-se de um ecossistema de zonas húmidas de 59 quilômetros quadrados que abastece de água doce a cidade. Grassy Waters é um remanescente da mata original do ecossistema de Everglades, servindo de lar para diversas espécies selvagens. Há vários
O Mizner Park, em Boca Ratón, é um dos vários locais para curtir a natureza em Palm Beaches
programas educacionais disponíveis, bem como cinco trilhas de diferentes tamanhos. A trilha de Owahee, com 25 quilômetros de extensão, é ótima para motos ou caminhantes avançados, enquanto Eagle Trail, com pouco mais de um quilômetro, oferece comodidades como estacionamento e banheiro acessível. E há várias outras opções. Basta pegar seu mapa, escolher a mais indicada e caminhar. Uma viagem mais para o Norte leva o viajante para o Riverbend Park, em Júpiter. Esse parque foi um dos cenários das Guerras Seminole, entre as tropas estadunidenses e as tribos originárias da Flórida, sendo assim, além de um belo cenário, um valioso sítio histórico. O parque possui cerca de 16 quilômetros de trilhas para ciclismo e caminhada, e mais onze para atividades equestres. Aluguel de bicicleta e canoa também estão disponíveis.
CONTATO COM ANIMAIS
A cidade de Júpiter também é casa do Busch Wildlife Sanctuary, um refúgio naturalmente projetado onde os animais resgatados de todos os tipos são reabilitados e cuidados. O santuário ensina visitantes sobre a fauna local
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por meio de uma grande variedade de programas educacionais. A variedade de animais no local que pode ser observada inclui jacarés, águias, panteras, falcões e ursos pretos da Flórida. Já na extremidade sul, em Boca Raton, o centro de natureza Gumbo Limbo é um divertido lugar para as famílias de explorarem a natureza e aprenderem sobre a vida selvagem local. Borboletas, tartarugas marinhas e mais espécies da fauna aquática são o foco do local, com grandes aquários e borboletários expostos. Um dos ícones da fauna floridense, o peixe-boi tem seu próprio santuário. A Manatee Lagoon foi criada pela Florida Power & Light para educar os visitantes sobre este animal de hábitos delicados. Construída perto da saída de água quente de uma moderna usina em West Palm Beach, o centro está perfeitamente posicionado para observar o peixes-boi que vêm para apreciar as temperaturas perfeitas para seu convívio. Os visitantes encontram dois níveis de exposições, um centro de educação, uma área de piquenique e um pavilhão. Enquanto o melhor momento para observar os peixes-boi está nos meses de inverno, o centro oferece uma experiência educacional que vale a pena visitar em qualquer época do ano.p
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Pa rques t emát ico s
Contagem regressiva
FALTA POUCO PARA A FLÓRIDA RECEBER O PARQUE AQUÁTICO QUE FARÁ O ESTADO ENTRAR EM
erupção. Dia 25 de maio abre as portas o Universal’s Volcano Bay, que vai unir, no mesmo conjunto de atrações, diversão, adrenalina, tecnologia com interatividade e relaxamento. Em mais de 120 mil metros quadrados de área, 18 atrações estarão espalhadas com espaço suficiente para que todos andem tranquilamente. Há diversão em vários níveis de intensidade: piscina de ondas multidirecionais com praias de areia, um rio sereno e sinuoso, passeios de boia em zigue-zague, tobogãs de alta velocidade que despencam do topo do vulcão até as águas lá embaixo e muito mais. Em uma das mais inovadoras atrações já vistas nesse tipo de parque, a montanha-russa aquática Krakatau Aqua Coaster terá tecnologia de ponta para jogar os aventureiros para cima e para baixo, com água vindo de todos os lados. Os visitantes embarcam em canoas especialmente projetadas e serão lançados por entre os picos e vales no interior do vulcão Krakatau, que terá
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mais de 60 metros de altura. Ziguezagueando e despencando por corredores escuros, eles serão lançados por cachoeiras espumantes e muito mais. E, apesar de ser a mais imponente, a Krakatau está longe de ser a única fonte de diversão do Volcano Bay. Os brinquedos estarão espalhados por quatro áreas principais e temáticas. Cada uma delas vai oferecer suas próprias instalações de fácil acesso e típicas de um resort, como locais de serviço de concierge e armários, para que os visitantes não precisem desviar do seu caminho para conseguir o que precisam. A grande extensão do parque permite também que os mais afeitos ao descanso possam ficar sossegados, tomando sol e tranquilos enquanto sua família se diverte.
SEM FILAS
Melhor que curtir um parque desse em um dia quente de verão, só fazer tudo isso sem enfrentar nenhuma fila. No Universal's Volcano Bay, isso será possível graças à Tapu Tapu, tecnologia vestível concebida para que a experiência dos visitantes no parque inteiro
O vulcão Krakatau, a mais imponente instalação do Volcano Bay
seja o mais livre de problemas e repleta de diversão. Os visitantes a recebem logo ao chegar ao parque, e com ela poderão se posicionar em filas virtuais enquanto brincam em outras atrações menos disputadas. Basta passar o dispositivo pelo totem localizado próximo a cada brinquedo, para depois ser avisado quando chegar sua vez. Com a Tapu Tapu, também será possível descobrir experiências do tipo “to-
que para brincar”: com um toque no dispositivo, se pode controlar o fluxo de água que jorra das baleias em Tot Tiki Reef, disparar canhões de água nos visitantes durante a descida pelo Kopiko Wai Winding River e acender imagens nas cavernas ocultas do vulcão. Acesse www.universalorlando.com/ volcanobay para ficar por dentro de todas as novidades do Volcano Bay até sua inauguração oficial.p
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