R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.271
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31 de maio a 6 de junho de 2017
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Um país surpreendente em absolutamente tudo, a começar pela variedade de nichos que se pode oferecer. Exploramos o luxo, a fé, gastronomia e a história do país para mostrar por que o Marrocos tem de ser o próximo destino do seu cliente. Prepare-se para quebrar tabus e viver uma nova experiência em viagens
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GASTOS NO EXTERIOR Brasileiros gastaram mais no Exterior em abril, mesmo diante da insistente crise política e econômica. O saldo, porém, que considera também os gastos dos estrangeiros no Brasil, segue negativo.
Os gastos totais dos brasileiros ficaram em
US$ 1,325 bilhão
Crescimento de 23,14% ao registrado em abril do ano passado
US$ 417 milhões, contra US$ 475 milhões em abril do ano passado
Gastos dos estrangeiros no Brasil:
Com esses resultados, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$
908 milhões, no mês passado. De janeiro a abril, o saldo negativo é de US$ 3,536 bilhões. Fonte: Banco Central
Editorial
LEIA NESTA EDIÇÃO
De quem é uma associação?
Páginas 14 e 15 Conotel: principais debates do evento focam em ações contra Airbnb Página 16 Star Alliance premia principais parceiros Página 17 Sofitel Jequitimar lança suíte inspirada no universo surfe Páginas 18 a 20 Quem é quem na Flytour Viagens Com esta edição circulam o especial Disney Springs e Anuário de Cruzeiros LEVE A 2017/2018 Fold
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> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Uma entidade de classe ou associação, que muitas vezes ganha nomes como fórum e até mesmo grupo, na teoria não tem dono. Nem é do povo, nem é do empresário. Mas é de todos. É do setor que representar (ou quer representar). Criada, na teoria, para defender interesses comuns, com o tempo pode seguir alguns caminhos: evoluir com sua classe, acomodar-se, desvirtuar-se, mudar de rumo, descobrir novas missões, servir aos interesses de poucos ou mesmo perder o prazo de validade, mas continuar respirando por aparelhos. Ah sim, e dar filhotes. Associações são quase como Gremlins, que reproduzem rapidamente e que têm dois lados, o bom e o mau. Diz o ditado que o “olho do dono é que engorda o gado”, e na associação é muito comum vermos um grupo de líderes (ou de notáveis) se envolver com a mesma por um longo período. Não é incomum vermos nomes se repetirem na presidência e diretoria por anos e anos. Isso é bom, pois demonstra cuidado e interesse de longo prazo (e reclamamos muito da falta de continuidade política no
Ministério do Turismo, para ficarmos em um exemplo próximo); mas também é ruim, pois bloqueia a renovação e a entidade começa a não falar a língua dos novos tempos, não capta sócios, vira uma Academia Brasileira de Letras, que discute o conceito, mas está distante da prática. Há modelos de muito sucesso de entidade, associações e afins, que souberam achar um caminho, uma fórmula para fazer a classe estar bem representada, mas também garantir um grupo forte e aberto ao novo. Geralmente contrata-se um executivo, cria-se um conselho, segue-se à risca o estatuto, que é atualizado de tempos em tempos, com a participação de membros da velha e nova guardas. Mas quem é o dono da associação? Não tem ou é a necessidade de ela simplesmente existir? É a vaidade do presidente ou o olhar de cada associado, que vê sua contribuição financeira valer a pena, mas, mais que isso, consegue enxergar que há um interesse maior acima de tudo? Quem é o dono de uma associação? Toda a classe ou apenas quem parti-
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cipa ativamente? Patrocinadores, expositores de seus eventos ou clientes de seus associados? De todos esses ficamos com a utilidade, a necessidade, a contribuição dessa associação para a classe que representa e como ela é vista pela indústria da qual faz parte, entre outros interlocutores, que vai determinar como serão os próximos anos. Se não servir, vai virar enfeite. Sua feira vai virar encontro de notáveis, workshop ou lembrança. Quem é o dono de uma entidade? O tempo? A conjunção de diversos fatores? O engajamento? O capital produzido pelos sócios? Somos todos nós? O que você está plantando em sua associação? E para quando são os frutos? Posso falar com o dono? Ele não está ou não sabemos exatamente quem é? É quem se interessa por ela. E isso não pode ser apenas circunstancial. Daí a importância de uma entidade ter planejamento estratégico, visão de futuro, estar alinhada com o hoje e o amanhã. E cada uma terá, fatalmente, o presidente, o associado e colherá os frutos que merecer.
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18/5 a 24/5
1 Depois de 27 anos,
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programa de viagem na TV – em 24/5
Adriana Cavalcanti deixa AF-KLM – em 19/5
11 Como o atentado em
Maksoud Plaza tem vagas para mais de dez funções – em 22/5
12 Boeing 737 Max 8 começa a
3 Gol anuncia o primeiro voo internacional em João Pessoa – em 22/5
4 Silvana Oliveira é nova gerente da Etihad na América Latina – em 18/5
5 Latam Brasil procura por co-pilotos para frota de Airbus – em 18/5
6 Deputado propõe que
MEDIA PARTNER
10 CVC lança nova campanha e
Manchester pode impactar o Turismo – em 23/5 ser usado comercialmente – em 23/5
13 Flytour, CVC, Latam Travel e Rextur contratam; veja vagas – em 19/5
14 Abav alerta agentes sobre nova regra para bagagens – em 19/5
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Star Alliance premia parceiros que se destacaram em 2016 – em 23/5
hoteleiros trabalhem aos feriados – em 19/5
7 Vtex Day mostra oportunidades do Turismo no e-commerce – em 23/5
8 Brasil ganha 25 novas frequências com os Estados Unidos – em 23/5
9 Peter Weber celebra 30 anos de Turismo; veja fotos – em 19/5
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Katia Alessandra e Pedro Moreno COMERCIAL Gerente comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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Rodrigo Vieira, Marrocos
Caixa de
surpresas QUEM FOR AO MARROCOS ESPERANDO CLICHÊS ÁRABES VOLTARÁ DECEPCIONADO — OU SEDUZIDO DE vez, mas por suas inúmeras peculiaridades. O Marrocos é único, é transformador, mas, para isso, é preciso ter mente aberta. Antes mesmo do voo de volta, é inevitável encher a bagagem de autodescoberta ao sentir o contraste entre o estilo de vida local e o do Brasil. Viagem com significado. Os sorrisos extrovertidos dos marroquinos contagiam, principalmente quando preenchidos com a insalubridade de ambientes como as medinas (zonas históricas) das cidades imperiais ou os árduos desertos. Um dos berços da humanidade, o país emana Turismo his-
tórico por todos os cantos. As aventuras estão presentes não apenas no Saara, mas em outras paisagens, como neve na montanha ou em sinuosos cânions. O Turismo de luxo tem sua face rústica, voltada a experiências autênticas e também as suntuosas, sob o guarda-sol de hotéis requintados. As especiarias e os pratos singulares dão tempero especial ao Turismo gastronômico. A espiritualidade onipresente de um país de maioria islâmica agrega ao Turismo religioso, um dos protagonistas no papel de enterrar clichês e fazer o viajante evoluir como pessoa. O marroquino tem prazer em negociar, e o Turismo de compras é endossado pelos bons preços e produtos únicos. > Continua na pág. 06
Mente aberta para a fé alheia é elemento-chave para dar significado a uma viagem ao Marrocos
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Mas o grande charme do Marrocos é a possibilidade de seus nichos combinarem. Viajar destinado a viver um de seus atrativos é sinônimo de absorver pelo menos pitadas dos outros. O país é uma verdadeira caixa de surpresas. Daí a necessidade de visitá-lo com espírito livre, ávido a encarar o diferente, pois em cada nova paisagem o Marrocos tem algo diferente a entregar: cheiros, cores, músicas, texturas, formatos, emoção, arte, fé. O povo tem papel fundamental na composição de seu eficiente produto turístico. Naturalmente simpáticos, os marroquinos desconstroem de olhares sérios ao primeiro cumprimento. A empatia com o brasileiro nos dá um ponto de regalia. No fator comunicação reside outra vantagem: pela proximidade e relações históricas (de batalhas a protetorados) com a Espanha, a maioria dos marroquinos fala a língua do país europeu, até nos lugares mais escondidos. O árabe e o berbere são os idiomas oficiais, mas o francês também é obrigatório nos colégios, de maneira que é comum ouvir a combinação de ambos nos diálogos pelas ruas. “Há assuntos que são mais fáceis quando tratados em árabe, outros em francês, mas na verdade falamos o que der vontade na hora”, justificam, sem conseguir disfarçar o orgulho. O inglês é mais requisitado em hotéis e pontos turísticos, e não deixa a desejar. Ser poliglota no Marrocos não é uma vaidade, e sim uma realidade inerente a status social ou nível de educação. Este último, por sinal, é mais um elemento que certamente surpreende turistas menos informados sobre o país do norte da África. Trata-se de um povo com um considerável grau de educação e cultura, de pobres a ricos. O Marrocos é um país extenso e de grande diversidade, com montanhas, deserto, uma generosa costa atlântica e, evidentemente, as grandes cidades imperiais. Prato cheio para o Turismo histórico, Fés é a mais antiga nesta última categoria. Fundada no ano 808 e convertida rapidamente em um importante centro comercial, tornou-se uma grande cidade, cujo prestígio inA atividade do comércio se dá nas ruas principais, enquanto as residências ficam nas pequenas ruas, das quais a maioria é sem saída e fechada, para que não haja entrada de estranhos, transporte, e assim seja assegurada a intimidade dos locais
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Tapete, prata, artesanato... Lojas assim são encontradas em todos os cantos do Marrocos. A maioria delas tem produtos sem preço, pois o marroquino gosta mesmo é de negociar
telectual e artístico se propagou pela Europa. Sua fisionomia medieval islâmica segue intocada, principalmente na medina. Hoje a medina de Fés talvez esteja mais vibrante do que nunca. Fechar os olhos e imaginar o que se passava naquelas estreitas vielas nos séculos nove, dez, 13, 17, 19, é uma tarefa difícil para um turista brasileiro qualquer, alheio à história religiosa e cultural daquele país. Contudo, parece que qualquer coisa seja difícil de superar o que se vê hoje: um caos encantador, os labirintos, a arquitetura, a natureza no concreto, as sirenes evocando o momento de fé, as músicas, as superstições, o incenso apontando ao fétido curtume (local de processamento de couro). Animais vivos, mortos, de carga, de transporte, comendo uns os restos dos outros, magros, fartos. Todos subalternos aos humanos. Fés é um mistério, claro, apenas para quem é de fora. A destreza dos locais nas ruas do bairro de classe média baixa chega a encantar. O guia Khalid Nwichi, da Europamundo, cresceu naquelas ruas e é ele quem conta que das cerca de 1,5 milhão de pessoas que vivem em Fés, aproximadamente 75 mil têm na medina seus lares. É fundamental ter um guia por entre aquele mundo paralelo da medina. Em
cinco minutos se vê cabeças de dromedário, cérebros de ovelha, flores, tâmaras, roupas, pães, o futebol das crianças, o mal-humorado pedido de licença do carroceiro, se esgueirando com um burro, flores, frutas, esmola, fotografias, tartarugas, pratas, uma esquina errada e aí, pode ter certeza de que encontrar a saída será quase impossível, e provavelmente não será pelo mesmo lugar da entrada. São 9,4 mil ruas em um quebra cabeça de 220 quilômetros e só um profissional local pode garantir o caminho, embora a segurança, Nwichi garante, não seja um problema na medina. “Pode haver desentendimento entre os locais, mas os turistas estão seguros.” A medina de Fés ainda abriga a universidade mais antiga do mundo em atividade (que hoje funciona uma pequena parte como faculdade de teologia), a biblioteca mais antiga do Marrocos, o primeiro banco do país (inativo) e o famoso curtume. O mais primitivo do mundo em atividade, cujo processo é feito da mesma maneira desde o século 11, segundo o guia Khalid Nwichi. O cheiro é forte, mas não é impraticável, e os visitantes ganham ramas de hortelã para disfarçar. Primeiro colocam o couro animal no sal para conservar. Depois, cal, para tirar pele e restos de carne. Em seguida, o tan-
que de amônia, para amaciar. Feito isso, inicia o processo de tingimento com açafrão e outros corantes naturais. Leva pelo menos um mês para fazer cada peça. Artesanal, o trabalho é feito com cabra, cordeiro, vaca e dromedário. É uma enorme superfície de tanques, em que os curtumeiros atuam em uma espécie de cooperativa. “É um trabalho bem pago, mas boa parte deste dinheiro é gasto em tratamentos médicos. A média de idade que chegam esses profissionais é de 50 anos”, conta Nwichi. "Encaram essa insalubridade para garantir um bom futuro aos familiares." Na saída, sapatos, sandálias, jaquetas, bolsas, mochilas, carteiras e cintos se espalham colorindo prateleiras infinitas e vendidos a preços justos, para deleite dos turistas. Não esqueça, claro, de barganhar. No mais, Fés é uma cidade grande, com belas praças, cafés e monumentos. O destino ainda abriga, durante uma semana em maio, um dos festivais de música sagrada mais importantes do mundo. Sua 22ª edição aconteceu este ano e a exposição de rituais religiosos do mundo inteiro, enriquecida pelas projeções de luzes, é hipnotizante. Acima de tudo, uma lavada no preconceito de que todo país de maioria islâmica é intolerante com o diferente. O festival não deixa de ser uma incrível oportu-
A vibrante medina de Fés e suas peculiaridades
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Produtos vendidos no curtume
nidade de vender Marrocos (fesfestival.com). E quem disse que para viver uma experiência autêntica é preciso passar calor, frio, fome, sede e dormir em lugares inóspitos? Há quem goste de passar “perrengues” como esses, claro, mas isso é estilo de viagem. O grupo hoteleiro Xaluca prova que existe autenticidade com luxo no meio do Saara. Mais do que isso, os passeios Xaluca colocam o visitante em contato com moradores locais, nômades, animais do deserto, fósseis... Tem até piquenique no Saara com direito a churrasco. É um luxo rústico. São seis propriedades consolidadas e duas a serem inauguradas em breve. Entre as já existentes, destacam-se hotéis de deserto, estruturados acampamentos no meio das dunas, além de hotéis de montanha. Um dos principais é o Kasbah Hotel Xaluca Arfoud, na cidade que é considerada uma das portas do Saara. De fato, pela localização se nota que a propriedade está localizada “na entrada do nada”, e, à primeira vista, os mais entusiasmados podem acreditar que se trata de uma miragem. Isso porque o Xaluca em Arfoud é único e geralmente é encontrado depois de uma longa, cansativa e linda viagem. Combina o moderno e o tradicional em 137 quartos e sete bangalôs decorados com o estilo local e adaptados aos mais distintos perfis de hóspedes. Spa com menu amplo e estrutura avançada, salão de eventos para até 300 pessoas, piscina, quadras de tênis e poliesportivas, espaço infantil e um serviço não só cordial, como muito eficiente. Seus apartamentos chegam a ter > Continua na pág. 08
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três andares, como é o caso da Suite Royal, equipada com jacuzzi, sala de reunião, sala de estar, wi-fi de alta velocidade e uma decoração digna de cinema. Os apartamentos mais básicos e os bangalôs não ficam tão distantes disso, embora sejam menores. Primeiro da rede, aberto em 1998, o Kasbah Hotel, em Tombouctou, não muito distante da propriedade anterior, é um dos mais famosos hotéis no deserto, e sua estrela brilhou ainda mais quando a cantora Shakira passou as férias em um de seus apartamentos. O objetivo de manter as tradições locais foi atingido em cheio com seus materiais naturais, cores quentes e paredes revestidas com a técnica marroquina Tadelakt, uma textura suave à base de cal. São 77 quartos, e os fósseis do deserto estão por todos os lugares, intactos após centenas de milhões de anos, nas paredes, nas pias, nos quadros... São três categorias de quartos: standard, suíte sênior e suíte royal. A última, queridinha de Shaki-
ra, é um duplex com tudo o que a tecnologia pode oferecer para confortar um hóspede no meio do deserto. No entanto, apagar as luzes e admirar o céu estrelado da varanda é uma opção bem mais proveitosa. Ambos os hotéis oferecem uma série de atrativos em meio ao Saara. Os guias são extremamente capacitados, tanto em comunicação com o passageiro brasileiro quanto em senso de condução do quatro por quatro (não é fácil dirigir naqueles terrenos). Eles sabem onde ficam os fósseis mais encantadores e arrepiam os turistas ao explicarem como era aquele ecossistema mais de 300 milhões de anos atrás. Também esclarecem clichês do deserto para quem viveu uma vida alhei a essa realidade, como as miragens (em muitos momentos realmente dá a sensação de ter água na imensidão árida), vulcões, oásis, a vida dos antepassados e dos nômades. Os nômades, aliás, marcam um capítulo especial na aventura Xaluca. Com uma aproximação cuidadosa, os guias conseguem convencê-los a abrir as portas de seus acampamentos à visita dos turistas e explicar um pouco de seus estilos de vida. Geralmente isso é sinônimo de mais um tabu quebrado para turistas brasileiros. A maioria dos nômades tem o estilo de vida migratório por opção. É assim que foram criados, é assim que
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sabem viver e muitos garantem que de outra maneira não são felizes. Dromedários são criações valiosas. Não só pela resistência ao clima, transporte e temperamento calmo, mas também têm pelo para a fabricação de um tenro tecido. Aliás, nenhuma parte dos animais é desperdiçada. Burros, caprinos e cordeiros também valem ouro naquele mar de areia. E nômades são “colecionadores de animais”. Mudam de acampamento conforme a estação do ano, para alimentá-los. Com eles, fazem bons negócios nas cidades de oásis. Em suas visitas esporádicas, negociam peças de seus rebanhos por bambus, tecidos, prata, produtos naturais, grãos... A energia nos acampamentos, pasme, vem de placas solares. Guardadas, absolutamente e respeitosamente, as devidas proporções, um dos maiores atrativos Xaluca é oferecer ao hóspede uma experiência nômade. Assim, saem de manhã carregando apenas uma troca de roupas e mergulham na imensidão até não se ver mais nada a não ser areia e horizonte. São acampamentos montados sob medida para grupos de até 1 mil pessoas no meio do deserto com todo luxo possível. São tapetes, enormes barracas privadas com chuveiro, vaso sanitário, energia elétrica, abajur, camas. Do lado de fora, fogueira, restaurante, bar, cozinha, centro de apoio, segurança.
Oferecem passeio de quadriciclo, dromedário, refrescos, petiscos, cervejas, vinhos, água, água e mais água. Gelada, o tempo todo. O saboroso chá marroquino à base de hortelã e outras ervas também nunca falta. A recepção em qualquer hotel Xaluca é sempre entoada com boa música típica e sorrisos, e nos acampamentos não é diferente. A estrutura comporta ainda grandes eventos sociais e corporativos, um dos produtos mais buscados para casamentos e convenções de empresas. “Eles dão resultado para as empresas e o viajante corporativo volta com sua família, encantado”, explica ao Jornal PANROTAS o coordenador geral de Logística do grupo Xaluca, Lakhlafa Ettaiek. “Uma das coisas mais importantes em que trabalhamos hoje é entregar o máximo de conforto possível sem abrir mão do ambiente em que se está e as experiências que ele pode oferecer. Nosso foco é oferecer conforto e elegância, mas em momento algum fazer o hóspede esquecer que ele está em um dos lugares mais má-
Um dos capítulos do Festival de Música Sagrada de Fés
COMO VENDER X A LU CA “O melhor argumento de venda de nossos produtos é o bom serviço de deserto. Isso é o principal. Com um bom serviço fica fácil comercializar nosso produto. E estamos melhorando o máximo possível. Faço 23 feiras no ano, inclusive no Brasil, mas posso dizer que só atingimos 2% do que o Brasil pode emitir a nossas propriedades, e vamos lutar pelos outros 98%”, revela o coordenador geral de Logística do grupo Xaluca, Lakhlafa Ettaiek. Hoje os hotéis do grupo recebem de 200 a 250 hóspedes brasileiros por semana. “Até pouco tempo atrás eram apenas dez. Isso é só o começo. Estou seguro que esse índice crescerá.” Mas por que tanto interesse em nosso País? “Tal como a China, o Brasil é estratégico, pois preenche a lacuna da baixa temporada europeia. Não me faltam turistas na primavera, em maio, em abril, a alta para os europeus, já
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que no verão o deserto se torna impraticável à maioria. O Brasil equilibra emitindo turistas principalmente em novembro, dezembro e janeiro, quando europeus estão em seus escritórios”, justifica Ettaiek. O preço também é um bom argumento de vendas, na opinião desse que é um dos maiores líderes do setor hoteleiro do grupo. “Um pacote de 1 mil a 1,2 mil euros por semana é muito barato, comparado com resorts europeus, no Caribe e até mesmo na América do Sul, e dependendo da época. Essa é a nossa tarifa média para brasileiros. Pelo que oferecemos, é muito viável. Já identificamos tudo o que o brasileiro gosta, e chegou a hora de bater na porta do mercado”, defende o empresário, que repetirá presença na Abav Expo, em São Paulo, em setembro. “Meu papel principal não será angariar mais
negócios, mas justamente ouvir o feedback dos operadores que enviaram clientes”, prevê o coordenador geral de Logística. “Para vender Xaluca há dois requisitos básicos. Um deles é conhecer o produto in loco, pois não se pode conhecer um produto como o nosso profundamente sem estar aqui. Todos operadores que vendem Xaluca no Brasil já tiveram representantes experimentando nossos produtos. Outra necessidade fundamental é não explicar tudo ao cliente. O Xaluca é um produto voltado às surpresas. É preciso dar espaço ao desconhecido, para algo que o cliente não imagine o que vai encontrar.” Para finalizar, um recado de Lakhlafa Ettaiek aos operadores: “Não vendam o que não sabem, mesmo Xaluca. No médio prazo isso volta negativamente. Tenham uma atitude positiva, vendam apenas o que vocês fariam.”
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A nômade Fatmah recebeu os visitantes com simpatia e um bom chá
Churrasco no deserto, mais uma experiência da rede Xaluca
Acampamentos de luxo no deserto podem comportar até 1 mil pessoas para eventos
gicos do mundo, que é o Saara. Esse ar puro, céu estrelado e essa areia quente emanam energia, e esses elementos estão no centro das atenções. Nossa preocupação está em não artificializar o Turismo, como alguns resorts fazem.” Acampar com o conforto Xaluca é altamente recomendável, mas para quem ainda prefere paredes rígidas e ar-condicionado, o deserto pode ser aproveitado com a adrenalina dos quadriciclos, os passos calmos dos dromedários e as excursões de SUVs. Para um passageiro que não tenha o perfil de deserto, o Hotel Xaluca Dades oferece o mesmo padrão de serviço em cima das montanhas (www.xaluca.com). Com uma altitude de 1,6 mil metros acima do nível do mar, rodeado por montanhas, essa propriedade oferece uma bela vista dos vales Dades, com direito a aldeias berberes e picos nevados. Neve no Marrocos, sim. Está aí mais uma doce surpresa que o país tem a oferecer. Mais um “susto nos desavisados”. Ifrane é um anti-cli-
Barracas no deserto tem mais de um ambiente e conta com gerador de energia elétrica, vaso sanitário, chuveiro, armário, sofá e uma boa cama
chê marroquino. Uma grata surpresa que os locais chamam de "Suíça do Marrocos". No inverno, a neve pinta a cidade de mais de dois mil metros de altitude e dá a elegância que só o seu branco pode oferecer. Charmosos cafés, chalés, praças e restaurantes. Um destino lindo, mas para um público de alto poder aquisitivo. Pistas de equi, snowboard e outros esportes de neve são as estrelas do inverno. Fora da temporada, o sol pinta o verde das praças e dá um belo contraste com suas cores, como o verde da grama. Ainda assim é friozinho. Mesmo que apenas com uma passada de algumas horas, Ifrane surpreende. Vilas com pequenas casas estilo europeu dão as boas-vindas. É uma boa dica para quem está na estrada de Fés a Arfoud, a porta do deserto.
O luxo das grandes cidades, todavia, é diferente das experiências de deserto e montanha. Marraquexe está despontando no mundo da hotelaria de alto padrão ao receber consolidadas bandeiras hoteleiras internacionais ou propriedades de famílias nativas, com o charmoso toque local. A bandeira Fairmont, da Accor, acaba de substituir a Beachcomber no hotel Royal Palm. Trata-se de um belíssimo resort de selo Leading, com uma enorme piscina de dois mil metros quadrados que simula um lago artificial, outra semi-olímpica, campo de golfe com 18 buracos, spa completo, três restaurantes de distintas gastronomias. São 134 apartamentos com equipagem completa, bares espalhados por todo o complexo, centro esportivo, kids club, escritórios e centro de eventos para 80 pessoas. Os picos de montanha nevados, que ficam a cerca de uma hora de carro do Royal Palm, compõem o cenário do hotel de 231 hectares (www. royalpalm-hotels.com). Se Shakira já optou por um hotel no meio do deserto, o craque brasileiro Ronaldinho Gaúcho
optou pelo Mandarin Oriental para se hospedar em Marraquexe. Há sete tipos de acomodações, destaque para as mais luxuosa vilas, de capacidade para três a cinco pessoas, que chegam a ter 423 metros quadrados, com piscina individual, de um ou dois quartos. São vilas de arquitetura contemporânea e de vida separada do restante dos hotéis. Suas tarifas são a partir de 1 mil euros. A horta própria oferece vegetais para quatro opções de restaurantes. Ainda há estrutura para eventos sociais e corporativos (www.mandarinoriental. com/marrakech). O majestoso puro sangue árabe é a estrela do Selman Marrakech. Quase tudo na propriedade é centrado nos caros e imponentes cavalos da raça. Da decoração ao estábulo, que realmente abrigam os premiados animais dos proprietários, cujos spas dão inveja em muitos seres humanos. O spa para hóspedes também são invejáveis. A piscina na área comum encanta pelo comprimento, apontando a um imóvel de arquitetura árabe aos fundos. A vila tem estilo tradicional e pode ser chamada de casa por muita gente. Serviço cordial e boa gastronomia também se destacam (www. selman-marrakech.com). > Continua na pág. 10
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Mandarin Oriental Marrakech, mais um dos luxuosos hotéis da cidade
Garganta de Todra, em Dades
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Outra referência internacional em luxo, o Four Seasons também tem presença no calor de Marraquexe, e faz jus à fama. São 16 hectares de belos jardins com 139 quartos de luxo oferecendo bela vista para montanhas nevadas. São duas piscinas na área comum ou, para quem deseja mais privacidade, particulares em algumas suítes. Decoração também é destaque, tal como as 15 salas de spa, o centro esportivo, com duas quadras de tênis e uma grande academia, e os atrativos para toda família durante qualquer estação. O Four Seasons tem localização mais centralizada do que os anteriores (www. fourseasons.com/marrakech). Outro hotel luxuoso e com uma exuberante piscina é o Kenzi Menara Palace. Enorme em comprimento, o hotel requer longas caminhadas para chegar aos quartos, mas elas valem a pena. As acomodações mais básicas, de 55 metros quadrados, encantam com suas varandas, banheira, tecnologia de ponta, conforto e amenidades. São 236 apartamentos. Perto do centro e da medina, o hotel tem arquitetura inspirada na tradição árabe. O serviço é muito bom
fora dos restaurantes. No jantar, serve um bom churrasco ao lado da piscina, e o café da manhã é completo (www.kenzihotels.com/kenzimenarapalace). Marraquexe é uma das cidades imperiais do Marrocos, a segunda mais antiga. Denominada “pérola do sul”, foi fundada no século 11. Sua medina plana é bem diferente da Fés, mas segue cheia de encantos. Possui palacetes antigos, de arquitetura única, adornados por lindos jardins e pomares. Vale a visita. Ainda por ali, a mesquita onde se encontram as tumbas dos saadianos também é incrível e aberta ao público. A partir Marrakech há uma grande oferta de passeios, como o palmeiral, espaço com mais de 100 mil árvores, os souks (mercados públicos) e suas fotogênicas especiarias, roupas, joias e artesanatos, o show de fantasias Chez Ali, uma espécie de jantar com tema medieval, entre outras dicas, como os históricos Jardins da Menara e Jardim Majorelle, uma das máximas inspirações para o trabalho de Yves Saint Laurent. --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Turismo do Marrocos com proteção Intermac
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MAIS PRÓXIMO Mais de 30 mil brasileiros foram ao Marrocos em 2016, cerca de 26% de crescimento em relação a 2015. Nada mau para um ano de grave crise política e econômica em nosso mercado. O gerente financeiro e de Marketing do Turismo do Marrocos para Portugal, Fouad Bouchama, conta que muitos brasileiros residentes no país europeu avolumam este número, mas também há uma grossa fatia dos que casam o velho continente com uma “escapada marroquina”. O Turismo do Marrocos esteve presente nas últimas feiras da Abav. Em 2015, realizou uma semana temática no Conjunto Nacional, em São Paulo, mas o destino almeja mais no mercado brasileiro. Em breve a delegação oficial abrirá escritório próprio no País, garante Bouchama.
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“Pode ser ainda este ano”, revela. “Temos certeza que vamos aumentar muito o volume de brasileiros voando ao Marrocos a partir disso. Estreitaremos nossa relação com o trade e nos aproximaremos do público final com publicidade. O brasileiro adora o que o Marrocos tem a oferecer, principalmente as cidades imperiais e o deserto.” Em dezembro de 2013, a Royal Air Maroc iniciou o serviço direto São Paulo-Casablanca com três frequências semanais. Desde 26 de maio deste ano, a companhia passou a oferecer cinco frequências semanais, quatro sem escalas, além de um quinto com uma escala no Rio de Janeiro. A capital fluminense, por sua vez, tem dois voos semanais para Casablanca, um direto e um com escala em São Paulo.
Fouad Bouchama, gerente financeiro e de Marketing do Turismo do Marrocos em Portugal
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>> Henrique Santiago e Renato Machado
Hotelaria
a postos
Abertura do 59a Conotel contou com a presença de autoridades da indústria
A HOTELARIA NACIONAL SE REUNIU NO CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA, EM SÃO PAULO, PARA DEBATER PRESENTE E FUTURO. A 59a EDIÇÃO DO Congresso Nacional de Hotéis (Conotel) foi realizada entre 17 e 19 de maio e contou com ilustres presenças do setor, em especial a do ministro do Turismo, Marx Beltrão. O chefe da pasta não fugiu dos temas sensíveis e foi duro ao pregar a regulamentação da economia compartilhada no Turismo. Em suas palavras, o Airbnb tem sido um “predador” na hotelaria tradicional. Para agilizar o processo, discutido há meses, ele revelou que deverá lançar em breve a proposta para regimentar tais plataformas. “Serei um soldado e, se for preciso, um general para bater de frente e atender as missões que me forem dadas”, falou. Um discurso forte que certamente agradou os ouvidos do anfitrião do evento, o presidente da ABIH Nacional, Dilson Jatahy. Em sua fala inicial, sem citar nomes diretamente, o dirigente havia criticado a liberdade com que o Airbnb opera no Brasil. “É preciso tornar a operação de ambos os modelos igualitária, pois a carga tributária dos hotéis é muito alta. Infelizmente, os processos [leis brasileiras] são lentos e não seguem de acordo com a velocidade da indústria. Os hotéis dependem do Turismo doméstico”, enfatizou. “A hotelaria não irá ficar calada diante do que está acontecendo”, se posicionou o vice-presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares. As demandas do segmento foram expostas, mas alguns pontos da nova Lei Geral do Turismo recusados pelo MTur também renderam observações. “Dos 14 itens que enviamos somente um foi inserido, que foi a do Ecad - o que não é nada mal”, comentou o presidente da Fohb, Manuel Gama. “Gostaríamos de ter o feedback do porquê não foi aceito. O ministro nos diz uma coisa e o ministério faz outra”, concluiu.
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SER SEXY
O embate entre hotelaria tradicional e economia compartilhada foi tratado pelo presidente da ABR, Luigi Rotunno, como a disputa entre o “sexy” e o “não-sexy”. “Nós ficamos até desconfortáveis de ter que falar sobre alguns temas, porque nós não somos sexy”, brincou. “Porque eles são sexy, são a vanguarda, é legal ficar em Airbnb, é legal pegar Uber. A ideia é genial, mas eles precisam pagar os tributos”, defendeu. Ao se referir ao caráter inovador da plataforma de hospedagem, Rotunno colocou seu segmento em mesmo patamar. “A hotelaria inova todo dia”. “Eles falam muito de experiência. Nós falamos de experiência há décadas, desde quando experiência é novidade?”, concluiu. O balanceamento citado por Jatahy virá, na opinião do presidente do conselho empresarial da CNC, Alexandre Sampaio, por meio dos impostos: “serviço novo, taxação nova”, resumiu. Sampaio defendeu que valores arrecadados com esses serviços poderiam formar um fundo de promoção e divulgação do Brasil como destino turístico, com ação via Embratur. “27,5% [de imposto] é muito pouco pra eles, precisa colocar um pouco mais para equilibrar as coisas e ter um processo mais justo”, afirmou. Presente ao encontro, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, defendeu o potencial que a autarquia que comanda possui na divulgação do Brasil para mercados internos e ex-
O ministro Marx Beltrão recebe placa de Dilson Fonseca pelo “reconhecimento a dedicação e aos relevantes serviços prestados à indústria do Turismo”
ternos. “Nós teremos um papel especial neste processo”, iniciou. Fazendo paralelo com outra grande indústria brasileira, a pecuária, Lummertz garantiu que é possível fazer do Brasil um destaque no Turismo internacional. “Nós temos a mesma missão impossível da agropecuária, que tinha de tornar um País importador de comida em um dos maiores exportadores de carne no mundo. É a mesma missão impossível com o Turismo no Brasil.”
IDENTIDADE
A identidade do País como produto a ser consumido também foi debatida durante o congresso. O vice-presidente do Fornatur, Gustavo Arrais, levou
a discussão para a necessidade de o País ter uma identidade clara para o mercado internacional. “O Brasil não tem identidade, nosso posicionamento é zero. As pessoas vão para Veneza por que é romântico, para Dubai porque é luxo”, argumentou. “Posicionou, vendeu; o geral não vende. Até vende, só para 15% do mercado. Mas não vende na quantidade que o Brasil precisa vender.” O argumento de Arrais foi logo rechaçado pelo diretor executivo da Abeta, Luiz Del Vigna. “Nós temos, sim, imagem internacional, só não estamos tendo competência para trabalhar isso. O mais importante é olhar para nossa natureza, para
o nosso quintal, para saber vender isso”, disse. Sob aplausos, Del Vigna finalizou dizendo que “é importante os brasileiros conhecerem o Brasil, acho que podemos dizer que esse é um legado.”
OS PRÓXIMOS
No final de abril o Conselho Deliberativo da ABIH Nacional havia decidido que o Conotel retornaria ao seu caráter itinerante. Dessa forma, em assembleia geral, foram decididas as sedes das duas próximas edições. Em 2018, ano em que será realizada a 60ª edição, Fortaleza hospedará o encontro. Já no ano seguinte, a votação definiu Goiânia como a sede.p
Auditório cheio para ouvir as palavras do presidente da Embratur, Vinicius Lummertz
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Eventos
>> Ana Luiza Tieghi
Parceria
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premiada
Os premiados do Top Awards da Star Alliance
A STAR ALLIANCE REALIZOU NO ÚLTIMO DIA 23, EM SÃO PAULO, A PREMIAÇÃO TOP AWARDS, para as agências e operadoras que se destacaram em 2016. O evento também é parte das comemorações dos 20 anos da aliança aérea, que completou duas décadas no dia 14. No início, eram cinco companhias na aliança (Air Canada, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Thai e United), mas, duas décadas depois, o número já chega a 28, com 12 delas presentes no Brasil. No ano passado, 80 milhões de pessoas foram transportadas pelas companhias Star Alliance, que, juntas, empregam cerca de 440 mil pessoas. O presidente do comitê da aliança no Brasil, Ian Gillespie, que também é diretor da Divisão Internacional da Avianca Brasil, ressaltou a importância do agente de viagens para o sucesso das companhias da Star Alliance. “O agente de viagens é necessário para o nosso negócio, ele é o nosso maior distribuidor e parceiro”. Gillespie também destacou a grande presença das companhias Star Alliance nos principais aeroportos brasileiros: elas correspondem por 43% dos voos em Guarulhos e 23% no Rio Galeão.
SITUAÇÃO DO BRASIL
Os recentes escândalos na política nacional e a volta do clima de instabilidade no País são motivo de preocupação para a aliança. “Ficamos preocupados com o que
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aconteceu e ainda vai acontecer, mas somos empresas de serviço e vamos seguir em frente”, disse o presidente. Ele acredita que, enquanto o dólar se mantiver em um preço razoável, o Turismo não sofrerá muito, e afirmou que as empresas da Star Alliance tiveram uma pré-compra “interessante” para 2017, o que garante uma reserva para as companhias. Porém, se o dólar voltar a subir e chegar perto dos R$ 4, seria “difícil de engolir”, para os negócios e para as pessoas. “Precisamos de estabilidade”.
PROMOÇÃO
Para comemorar os 20 anos, a Star Alliance lançou a promoção Milionário das Milhas, que vai dar um milhão de milhas para quem com-
A STAR ALLIANCE
partilhar a melhor história de viagem, que envolva uma experiência cultural. As milhas serão depositadas em um dos 21 programas de passageiro frequente das empresas Star Alliance. Para participar, basta acessar o site da promoção (staralliance. com/mileagemillionaire), selecionar qual dos programas de passageiro frequente da Star Alliance o interessado faz parte e colocar seu número de filiação (se não fizer de nenhum, pode se inscrever e receber um número on-line para participar). Então, é preciso subir uma foto e contar a experiência cultural. Os interessados podem se inscrever até 31 de julho e a National Geographic julgará os vencedores, que serão anunciados no dia 28 de setembro. p
PREMIADOS OS PRÊMIOS FORAM ENTREGUES POR REPRESENTANTES DAS COMPANHIAS AÉREAS QUE compõem a Star Alliance. Foram agraciados Alatur JTB, Ancoradouro, BCD Travel, Grupo BRT, Confiança Turismo, CNT, grupo CVC, CWT, Decolar, Esferatur, grupo Flytour Gapnet, Frontur Turismo, High Light, Kontik Franstur, LTS Consolidadora, Maringá Turismo, Sakura Tur, Skyteam Consolidadora, Tour House e Viajanet.p
Ian Gillespie, presidente do comitê da Star Alliance no Brasil
A ALIANÇA É FORMADA POR ADRIA AIRWAYS, AEGEAN AIRLINES, AIR CANADA, AIR China, Air India, Air New Zealand, Ana, Asiana Airlines, Austrian, Avianca, Avianca Brasil, Brussels Airlines, Copa Airlines, Croatia Airlines, Egyptair, Ethiopian Airlines, Eva Air, Lot Polish Airlines, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Shenzhen Airlines, Singapore Airlines, South African Airways, Swiss, Tap Portugal, Turkish Airlines, Thai e United. p
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Hotelaria
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Renato Machado
Aloha, O PÉ NA AREIA E O BARULHO DO MAR JÁ SÃO MARCAS REGISTRADAS DO SOFITEL GUARUJÁ
Jequitimar, no litoral paulista. A relação é natural, mas foi evidenciada com uma nova criação: o Aloha Room. Em parceria com a fabricante de roupas Rip Curl, o hotel terá, até outubro deste ano, duas suítes tematizadas com o universo do surfe. O esporte e a trajetória vitoriosa de Gabriel Medina foram as inspirações dos quartos, criados pela arquiteta Carla Arigón Felippi. Os apartamentos duplo e de casal de categoria superior (38 metros quadrados) ganharam mobiliário que remete a casas de praia, com tons neutros, madeira clara, palha e linho. O surfe se destaca ao compor a decoração com pranchas reais (utilizadas e assinadas por Gabriel Medina e Tom Curren) e fotos de momentos variados, da saída de um surfista da água à conquista de Medina do título mundial em 2014. Presente ao lançamento, Gabriel Medina foi ver com seus próprios olhos o resultado final da suíte. “Nunca vi um quarto tão surfe como esse”, brincou. O brasileiro não poupou elogios, dizendo ainda que “tem tudo a ver com o hotel, que tem o mar na frente e esse lugar lindo. Foi uma mistura que combinou”. "Geralmente ficamos em hotéis que são normais, sem nada de especial. Neste eu me senti em casa", concluiu o surfista. O gerente geral do Sofitel Jequitimar, João Carlos Pollak, destaca que a principal preocupação é "dar a experiência completa, de forma sensorial". Por isso, além dos quartos, a imersão dos hóspedes também envolve o check-in (agrados de boas-vindas com tabela de previsão de ondas), adereços (roupões, lycra e medidor de marés Rip Curl), aulas de surfe e gastronomia (com pratos leves inspirados na cozinha havaiana). As diárias do apartamento duplo saem por R$ 855 (inclusos café da manhã, almoço e duas horas de aula de surfe). A proposta de criar um quarto temático não é nova. No segun-
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do semestre do ano passado, O Pequeno Príncipe foi o homenageado da vez. "Os hóspedes ficaram encantados. Não é só montar um quarto, é entregar uma experiência completa. O Pequeno Príncipe foi bastante positivo em termos midiáticos", garante o gerente geral, que ainda re-
Sofitel vela que "tem várias ideias no forno, pretendemos dar sempre sequência". Segundo Pollak, é provável que um novo tema já seja trabalhado para o verão 2017/18. Simplicidade e sustentabilidade influenciaram a decoração das suítes
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>> Brunna Castro
Quem é quem na
Fly tour Viagens
Michael Barkoczy, presidente da Flytour Viagens
MESMO COM DIVERSAS INCERTEZAS PAIRANDO SOBRE O MERCADO DO TURISMO, A FLYTOUR VIAGENS JÁ REGISTRA BONS resultados em 2017. Prestes a completar cinco anos de atuação no setor, a operadora conta com um crescimento de 50% nas vendas nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com 2016. “Trata-se de um crescimento muito forte, mesmo com tudo que se fala a respeito da crise”, afirma o presidente da Flytour Viagens, Michael Barkoczy. As apostas da operadora para manter o bom resultado já registrado no início do ano têm como foco roteiros de curta duração, tanto para destinos nacionais como internacionais, e a atuação em nichos. “É um ano de muitos feriados, de quatro ou cinco dias, então apostamos em roteiros pequenos para destinos como Buenos Aires ou Santiago”, explica o presidente da Flytour Viagens. Segundo ele, em relação ao mercado interna-
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cional, a operadora tem como foco o Caribe e a América do Sul como um todo. Em relação aos nichos, Barkoczy destaca os investimentos recentes da Flytour Viagens em casamentos e também em produtos para menores desacompanhados, com o lançamento de um site específico para os dois segmentos. “Estamos entrando em alguns nichos de mercado que não temos uma concorrência muito direta. Temos essa mentalidade de sair fora da caixa como operadora e ter o agente de viagens como nosso parceiro”, pontua Barkoczy. Para ele, no entanto, também é importante não abrir mão do “tradicional”. “Você não pode viver só dos nichos. Um operador de turismo tem que ser um grande supermercado, tem que ter de tudo na prateleira. Temos que ter tudo o que todo mundo procura e o algo a mais para poder complementar, assim ficamos completos como operador
de turismo”, comenta. Em relação às incertezas geradas pelo cenário político e econômico do País, Barkoczy mantém um pensamento otimista. “Toda crise é preocupante, mas essa não é a primeira e o Brasil já passou por muito pior. O problema da nossa crise atual é que está demorando muito em passar, mas nós já tivemos crises que se resolveram no prazo de um ano, mas foram devastadoras. E o mercado do Turismo sobreviveu, temos a prova de grupos como a Flytour que tem 40 anos de existência”, afirma ele. Nesse sentido, o presidente da Flytour Viagens acredita que é preciso “pensar fora da caixa e sempre analisar para onde está indo o mercado”. “O Turismo não vai parar, as pessoas vão continuar a viajar. Elas podem mudar o formato da viagem, mas as pessoas precisam viajar. Isso já faz parte da característica do brasileiro”, conclui Barkoczy.p
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Michael Bonilha, Rosana Casini, Marcelo Paolillo, Deysse Santos, Sandro dos Santos, Catharina Pasqualini e Yuri Motta, da equipe de América do Sul, América Central, Marítimo e Online
ll Empresa: Flytour Viagens ll Presidente: Michael Barkoczy ll Endereço: avenida Francisco
Matarazzo, 1350, 2º andar – Água Branca, São Paulo
ll Funcionários: 133 ll Executivos de Contas: entre 15
e 18 distribuídos em todo o Brasil
ll Bases: Belo Horizonte, Porto
Alegre e Campinas (SP). A operadora também trabalha com executivos em home-office em outras regiões do País
Amanda Soares, André Vasconcelos, Bárbara Picolo, Sandra Vieira, Luiza Leopoldo e Ruan Rodrigues, da equipe de Produtos EUA, Canadá, Europa, África, Ásia e Oceania
Ary Fabiano Xavier, gerente comercial
ll Agências de viagens parceiras: 4 mil agências que compram produtos do grupo Flytour
ll Faturamento em 2016: R$ 300 milhões
ll Meta de faturamento em 2017: cerca de R$ 400 milhões
ll Público: 100% lazer > Continua na pág. 20
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Gleison Dias, Diogo Racanicchi, Bárbara Picolo, Marta Scarpa, José Dantas, Ligia Tarasevicius e Fernando Santos, da equipe de Produtos EUA, Canadá, Europa, África, Ásia e Oceania
Bárbara Picolo, diretora de Produtos Estados Unidos, Canadá, Europa, África, Ásia e Oceania
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< Continuação da pág. 19
ll Volume: 60% para produtos nacionais e 40% para produtos internacionais
ll Principais destinos: no Brasil, regiões Nordeste
e Sul. No internacional, América do Sul – com destaque para Argentina, Chile e Uruguai –, Caribe, Estados Unidos – que se divide entre Flórida, Nova York e Califórnia – e Europa – principalmente Espanha, França, Inglaterra e Portugal
ll Outros produtos: lançamos um clube de viagens
no qual as agências que trabalham com corporativo podem oferecer para que os funcionários que saem de férias tenham um clube de lazer em nome da empresa. O funcionário entra no portal, que é B2C, e faz parte do clube de viagens da empresa, o que funciona como uma espécie de benefício concedido para o funcionário. Também lançamos recentemente um site específico para casamentos e outro para produtos para menores desacompanhados
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Equipe de aéreo – em pé: Adriano Santos, Yonara Castro, Gustavo Goes, Danielle Vieira e Silvana Calandrin; sentadas: Elisângela Rodrigues, Ângela Coelho e Thatyana Antunes
Daniel Firmino, diretor de Produtos Nacionais, e sua equipe
ll História inesquecível: nós chegamos em um
grupo muito forte, mas que era focado em viagens de negócios. Foi bastante difícil para nós no começo convencer as pessoas que já estavam no grupo de que fazer uma operadora era bacana. Talvez o nosso maior desafio nos últimos cinco anos foi o de provar para o grupo que fazer uma operadora era um bom negócio. Hoje todo mundo é consciente e sabe disso, já temos esse respaldo
Daianne Borges, Brunna Soares, Irailton Lima e Rachel Pozzibon, da equipe de Grupos Equipe de Aéreo – em pé: Gabrielli Moraes, Camila Guillermoni, Marco Veloso e Barbara Borges; sentados: Priscila Souza, Thatyana Antunes e Maurício Lima
Atendimento Franquias: Ana Paula Severino, Matheus Costa, Sergio Silva, Paulo Oliveira e Talita Tutu
Leonardo Oliveira, Beatriz Mignata, Wenia Chinelato, Carlos Ferreira, Joelma Rodrigues e José Luiz Feitosa, da equipe de Suporte Ricardo de Barros Vieira, do Departamento de Operações
Eduardo Vansan Junior, gerente da unidade de Belo Horizonte
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Edna Silva, Jonathan Carvalho, Ricardo Caceres, Welinton Santos, Kleber Campos e Ana Paula Scamparini, do financeiro
Equipe de Atendimento – em pé: Maurício Oliveira, Silvana Lopes, Marcos Almeida, Daniel Trindade, Julia Lopes, Marcelo Cinaque e Sergio Silva; sentadas: Maria do Carmo Gouveia, Liliane Jesus, Glaucia Olímpio e Adriana Kissila
Atendimento Brasil: Vagner Costa, Anderson Ferreira, Sergio Silva, Kim Pereira, Vinícius Barros e Ana Paula Sgarioni
Equipe de SAC e Treinamento: Rafael Campos, Jéssica Campanelli, Ronaldo Faria e Claudio Cepeda
Juventino Netto, gerente comercial de Produtos e Operacional
Oscar Tejada, responsável por Mercados Internacionais
Umberto Nocelli, responsável por Produtos Marítimos
Graziela Moreira, coordenadora de Block Charter e Fretamentos
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30 anos
O diretor da Skyteam Consolidadora, Peter Weber, reuniu parceiros e amigos no último dia 1, em Porto Alegre, para comemorar 30 anos de carreira no Turismo. Entre drinques, conversas e agradecimentos, Weber lembrou do início de sua trajetória na indústria, quando, segundo ele, abandonou um emprego estável em um banco para tornar-se promotor da Lufthansa em São Paulo. Tudo pela paixão por aviação e vendas. "A Lufthansa foi a minha escola, onde eu realmente aprendi a trabalhar", comentou, lembrando também dos pais, que vieram da Alemanha quando ele ainda era uma criança, escolhendo a cidade de Jaguariúna, no interior de São Paulo, para viver. A história do empresário com Porto Alegre começou quando deu seu primeiro grande passo: tornar-se GSA da companhia alemã no Sul do País. Desde então, Weber vive na capital gaúcha, onde fundou a Skyteam, empresa que completa 20 anos de mercado no próximo ano.
3% das ações
Em uma oferta de ações que disponibilizou 5% do capital da companhia, os pilotos da Tap adquiriram cerca de 3% das ações. A compra de ações foi incentivada pelo sindicato da categoria, que poderá adquirir as ações dos pilotos que não desejem manter o capital para si após um prazo de 90 dias. No setor corporativo, a Tap tem demonstrado bons resultados neste ano. A companhia registrou o aumento mais significativo em vendas de agências de viagens corporativas associadas à Abracorp no primeiro trimestre deste ano, com alta de 72,5% em suas receitas e de 83,5% no número de bilhetes vendidos.
União dos setores
Rei e co-piloto
O monarca holandês, Willem-Alexander, assumiu o trono em 2013, mas há 21 anos já tinha outra ocupação: co-piloto de jatos Fokker 70 da KLM. Sem se identificar para os passageiros, ele realizava até dois voos por mês. “Eu acho voar algo simplesmente fantástico”, disse ao jornal De Telegraaf. O Fokker 70 está saindo de circulação e, para continuar na ativa da aviação, o rei está aprendendo a pilotar o Boeing 737. Ao jornal, o monarca afirmou que seria piloto de aviões comerciais caso não fosse da família real. “Era um sonho de infância. Após o serviço militar, fui para a escola de aviação, onde obtive minhas certificações profissionais. Para mim é importante ter um hobby onde posso me concentrar”, disse. “Voar é a maior forma de relaxamento”. Apesar de ser uma figura pública, ele conta ter sido reconhecido apenas poucas vezes, e por causa de sua voz.
Nova equipe
Após a contratação de Eduardo Fleury como country manager no Brasil, a Kayak anunciou a ampliação de sua equipe no País. A ferramenta de pesquisas de viagens on-line contará com Adriana Maia como marketing manager no Brasil e Alexandre Massei como advertising manager no Brasil. Além disso, a empresa irá inaugurar, ainda este mês, seu primeiro escritório no País, na cidade de São Paulo. Com mais de dez anos de experiência em Marketing, Adriana conta com passagens nos segmentos de venda direta, bebidas, alimentos e internet em empresas como Coca-Cola, Avon, Bom Negócio e OLX. O novo advertising manager no Brasil da Kayak, por sua vez, tem passagens por empresas como Google Brasil e pela produtora britânica de branded content Green Park Content. Massei conta com formação na área de Administração de Empresas.
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A Avianca Brasil alterou a composição do seu departamento comercial. A companhia unificou as áreas de vendas nacionais e internacionais, inclusive a representação da Avianca Holdings no País. Desse modo, toda a estrutura passa a ter como responsável o diretor Rodrigo Napoli. Além disso, Ian Gillespie, que também é o porta-voz local da Star Alliance, assume a recém-criada diretoria de Negócios. “As duas empresas pretendem otimizar a alocação de talentos e de recursos e explorar melhor suas sinergias, tendo em vista o início das operações diretas entre São Paulo e Miami, em 23 de junho. Unido, nosso time de vendas irá se aproximar ainda mais dos clientes e atender melhor o mercado, fortalecendo a nossa já excelente relação com os agentes de viagens”, explica o vice-presidente da Avianca Brasil, Tarcísio Gargioni.
Ponto a ponto ● Alex Pinelo é o novo diretor de Vendas para América Latina da Ama Waterways. ● A CVC terá um programa um programa sobre viagens no canal SBT. ● O Halloween Horror Nights da Universal terá atração inspirada em O Iluminado em setembro.
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corporativo
www.pancorp.com.br
Nova cabine
Em parceria com a montadora italiana Pagani, a Airbus anunciou um novo projeto de cabine para o jato ACJ319neo. A cabine Infinito tem como característica principal uma espécie de "teto solar", que proporciona uma visão panorâmica e em tempo real da paisagem acima da aeronave. Segundo a Airbus, a família ACJ320 já conta com as cabines mais amplas e altas dentre os jatos executivos, e a novidade com a Infinito vem para oferecer "uma experiência ainda mais agradável para os passageiros". O design da cabine ainda conta com "curvas inspiradas na natureza", além de tapetes de couro e piso de madeira em contraste com a fibra de carbono. De acordo com a Airbus, mais de 180 aviões da fabricante estão em serviço atualmente em todos os continentes, incluindo a Antártida.p
Prejuízo A Global Business Travel Association (GBTA) prevê uma perda de mais de US$ 1,3 bilhão em gastos totais relacionados com viagens nos Estados Unidos este ano, o que inclui hotéis, alimentação, carros alugados e despesas de compras que os viajantes teriam não fossem todos os vetos a eletrônicos e proibições de embarques implantados pelo país nos últimos tempos. Tais medidas podem fazer com que o PIB dos EUA sofra um impacto negativo de quase US$ 300 milhões, com mais de 4,2 mil postos de trabalho perdidos, juntamente com US$ 175 milhões em salários e US$ 70 milhões em arrecadação de impostos. A Europa deverá perder mais de US$ 250 milhões em gastos com tarifas aéreas, valor que no Oriente Médio pode ultrapassar os US$ 80 milhões, lembrando que esse impacto econômico devastador pode levar anos para se recuperar. Em seu blog, a GBTA anunciou que embora não haja dúvida de que a proibição de eletrônicos seja baseada em uma clara ameaça de segurança, é preciso que a Transportation Security Admistration (TSA) comece a buscar outras alternativas para reduzir o risco de terrorismo, afinal, o impacto cumulativo de políticas de veto deixa para muitos a percepção de que os Estados Unidos estão fechados para os negócios.p
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