Jornal PANROTAS 1274

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.274

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21 a 27 de junho de 2017

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Divulgação: NatGeo Encounter / NYC

Edição especial

Atrações aos montes. Destinos renovados. Inaugurações a cada semana, de leste a oeste dos Estados Unidos. O IPW 2017 mostrou que o destino USA está mais vibrante do que nunca. Mas há uma ameaça, a da imagem de um país pouco receptivo a estrangeiros. Realidade ou percepção errada? As cidades se uniram, a iniciativa privada apoia e a campanha One Big Welcome quer mostrar que todos são bem-vindos (exceto, obviamente, terroristas que ameaçam cidadãos do país e turistas). Até o governo federal começa a explicitar que segurança e boas-vindas aos turistas são parte da estratégia nacional. Descubra como nesta edição

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21 a 27 de junho de 2017 JORNAL PANROTAS

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O PREÇO DO AÉREO

DOMÉSTICO

O Brasil tem as passagens domésticas mais baratas do mundo, mas o mesmo não pode se dizer dos voos internacionais. O Flight Price Index, da OTA Kiwi.com, avaliou mais de um milhão de viagens em 80 países na métrica dólar x 100 quilômetros.

1 - Brasil (US$ 3,98/100 km) 2 - Índia (US$ 4,25/100 km) 3 - Moldova (US$ 4,40/100 km) 4 - Indonésia (US$ 4,47/100 km) 5 - Irã (US$ 4,85/100 km) 6 - Malásia (US$ 5,42/100 km) 7 - Vietnã (US$ 5,77/100 km) 8 - Mongólia (US$ 6,39/100 km) 9 - Estados Unidos (US$ 6,48/100 km) 10 - França (US$ 6,58/100 km)

INTERNACIONAL 1 - Lituânia (US$ 2,50/100 km) 2 - Noruega (US$ 2,65/100 km) 3 - Suécia (US$ 3,22/100 km) 4 - Israel (US$ 3,47/100 km) 5 - Bulgária (US$ 3,82/100 km) 6 - Portugal (US$ 3,98/100 km) 7 - Estônia (US$ 3,98/100 km) 8 - Espanha (US$ 4,21/100 km) 9 - Letônia (US$ 4,46/100 km) 10 - Finlândia (US$ 4,72/100 km) 71 - Brasil (US$ 28,66/100 km)

GERAL

(MÉDIA NACIONAL E INTERNACIONAL)

*Os voos dentro do País são feitos estritamente por companhias nacionais, enquanto para o Exterior 70% dos serviços são feitos por estrangeiras e 30% por brasileiras. **O estudo converte a moeda local de cada país analisado para o dólar.

1 - Malásia (US$ 4,18/100 km) 2 - Bulgária (US$ 4,65/100 km) 3 - Índia (US$ 4,96/100 km) 4 - Turquia (US$ 6,28/100 km) 5 - Romênia (US$ 6,46/100 km) 6 - Indonésia (US$ 6,49/100 km) 7 - Portugal (US$ 6,50/100 km) 8 - Tailândia (US$ 6,74/100 km) 9 - Suécia (US$ 6,96/100 km) 10 - Espanha (US$ 7,08/100 km) 48 - Brasil (US$ 16,32/100 km)

CA

RD

Fonte: Kiwi.com

LEIA NESTA EDIÇÃO Página 23 Mercado LGBT mostra alto desempenho e especialistas dão o melhor caminho para explorá-lo Páginas 24 e 25 Portas Abertas LTN Brasil: quem é quem na agência de viagens corporativas

Página 26 Latam Brasil aplica modelo low cost com ancillaries e define regra de bagagens Página 28 As vantagens do Sky Priority, voltado a passageiros frequentes da Air France-KLM Página 32 Cerro Otto, em Bariloche, se prepara para a temporada de inverno

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Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Não sabemos fazer política Sim, já sabemos disso. A boa política, o governar tendo como objetivo o bem do País e de seus moradores, o exercício da democracia como respeito ao cidadão e às leis... isso não nos pertence. Política no Brasil é jeitinho, enriquecimento ilícito, levar vantagem para benefício próprio, um clube bem fechado, uma máscara com várias camadas de mentira até se chegar à pele da verdade... Não há gestão, não há estratégia, não há longo prazo. Do lado de cá, nós, eleitores, não há contrapartida, ou melhor, contraponto. Ou adulamos ou odiamos. Não há diálogo. Político é autoridade e já lhe damos tapinhas nas costas, palco para discursar e aplausos a qualquer frase de efeito. Ou cuspimos em sua cara e ponto final. A realização do IPW 2017 em Washington, nesse momento em

que também os Estados Unidos estão divididos e onde há uma figura no mínimo polêmica no poder (e seus tuítes não nos deixam mentir), serviu para nos mostrar um jeito talvez mais maduro de se fazer política. Há ódio? Possivelmente. Mas há diálogo. Há recados bem dados. E nada de cerimônia e tapinhas nas costas. As opiniões são muito claras, há argumentação e, melhor, há equilíbrio de poderes. O presidente pode querer, mas o Judiciário e o Legislativo podem negar o seu desejo, ou corrigilo, ou dar novo rumo, ou acrescentar algo. Aqui, a gente descobre um novelo de lã sem fim, e ficamos perdidos no labirinto ouvindo urros e gargalhadas dos minotauros mutantes que se escondem de nós (e não nós deles). Não sabemos fazer política,

pois não sabemos falar ou ouvir. Pois não temos quem nos escute e fale por nós. Pois, no Turismo, estamos mais preocupados com a verba oficial no evento ou na feira e temos medo de dizer o que está certo ou errado. Só falamos em coro, de ódio, geralmente. Nunca com palavras claras, nunca com diálogo. Nem que seja dialogando com a gente mesmo. Feito loucos que ensaiam um discurso para um dia despejar contra a parede. Somos loucos ou passivos? A história nos faz assim submissos e condescendentes. A história nos deixa assim mesmo, confusos. Desunidos. Sem pensar no bem da nação. No bem de todos. Então se é para o bem de todos... aprendamos a fazer política. Em todos os sentidos.

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S

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UE Q A T DES

DO PORTAL

> PANROTAS

8 a 14/6

1 CVC tem promo relâmpago com descontos de até R$ 1 mil – em 9/6

2 Brasil tem os voos domésticos mais baratos do mundo – em 12/6

3 Alatur, Azul Viagens, Flytour e mais contratam pelo Brasil – em 12/6

4 Latam lança tarifas de despacho e serviço de bordo pago – em 13/6

5 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 9/6

6 Rombo no motor força

MEDIA PARTNER

10 Companhias aéreas estão criando suas próprias cervejas – em 12/6

11 Lionel Messi compra hotel quatro estrelas em Barcelona – em 9/6

12 Airbus lança 1o centro de treinamento do A320neo no Brasil – em 8/6

13 Top Sellers CNT e Iberia/ BA visitam a Ferrari Land; confira – em 9/6

14 MMTGapnet e Visit California levam agentes para os EUA – em 9/6

PARCERIA ESTRATÉGICA

ASSOCIAÇÕES

15 Fizemos uma viagem de millennials; saiba como agradá-los – em 12/6

pouso de avião em Sydney; fotos – em 12/6

7 “Maior aeronave do mundo” é apresentada nos EUA; fotos – em 8/6

8 “Emirates e Etihad sofrem igual a nós”, diz CEO da Qatar – em 13/6

9 GRU e GIG terão Economy Premium no B777 da American – em 8/6

PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado Estagiários: Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Katia Alessandra e Pedro Moreno COMERCIAL Gerente comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Mercado

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>> Artur Luiz Andrade e Renato Machado, Washington DC (EUA)

Aberta para negócios ESSA É A MENSAGEM QUE A INDÚSTRIA DE VIAGENS E TURISMO AMERICANA QUER PASSAR AO MUNDO: que o país está repleto de novidades e querendo sim a visita de turistas estrangeiros. Mais que isso, essa indústria quer dissipar uma percepção de que está mais difícil visitar os Estados Unidos e que a administração de Donald Trump não quer turistas. Tudo isso por causa das medidas internacionais que Trump tomou nos primeiros meses de governo, especialmente em relação a alguns países árabes. Some-se a isso notícias como a do muro entre os Estados Unidos e o México e ações como a saída do Acordo de Paris e o futuro endurecimento de relações com Cuba e outros países, e o mundo está vendo os Estados Unidos com outros olhos. A US Travel Association e a Brand USA, esta última também na mira do governo federal, que quer acabar com o órgão, aproveitaram o IPW 2017, que ocorreu em Washington DC pela primeira vez, reunindo mais de 1,6 mil compradores estrangeiros, para passar a mensagem de que a percepção seria maior que a realidade. O presidente da US Travel, Roger Dow, levou ao evento o secretário de Comércio do país, Wilbur Ross, para dizer à comunidade do Turismo que a segurança é sim prioridade, mas os turistas de verdade também. Ross disse que o país está aberto aos

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Roger Dow, da US Travel

negócios e que a segurança é boa para os americanos e visitantes. “Sem segurança não há Turismo”, disse ele, garantindo que o governo vê a indústria como geradora de negócios e de aproximação dos povos amigos. Ross não citou a sugestão de Trump de terminar com a Brand USA (uma decisão

O secretário Wilbur Ross

que caberá ao Congresso, no final das contas, já que o orçamento do presidente é apenas uma sugestão), reafirmou que os Estados Unidos precisam voltar ao trilho financeiro, para se tornar um país que sustente suas contas, e que o objetivo é equilibrar a segurança da nação com a melhora

da experiência dos turistas. Roger Dow aproveitou para relembrar que a verba para a Brand USA não vem do governo e sim do Esta (visto eletrônico, válido por dois anos, para países membros do programa de isenção de vistos, Visa Waiver) e que a Brand USA fica apenas com US$ 100

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milhões ao ano. O restante é destinado ao próprio governo federal (outros US$ 100 milhões, metade usada na segurança dos aeroportos e metade para os cofres públicos). Além disso, para gastar US$ 1 de seu orçamento, a Brand USA precisa da mesma quantidade investida pela iniciativa privada. “O modelo da Brand USA é solução e não problema. A Brand USA veio para ficar”, disse Dow, que não quer perder a exposição do país como um só destino, diverso e receptivo ao visitante.

NÚMEROS PREOCUPAM

Coincidência ou não, os dados de recebimento de turistas em 2016 ainda não foram fechados, mas apontam, até setembro, queda de 2% no acumulado e de 5% no nono mês do ano. A meta de 100 milhões até 2022, estipulada pelo presidente Obama, já está ameaçada. O total de gastos oriundos do Turismo internacional teve uma prévia do ano todo: US$ 285 bilhões, estável em relação a 2015, ou, se preferirem, com uma leve queda de 0,1%. O dólar forte é a principal razão dessa estacionada na receita do Turismo americano. No ano passado, segundo dados do National Travel & Tourism Office dos Estados Unidos, os brasileiros gastaram US$ 11,6 bilhões no país, ficando com a sétima colocação entre os países que mais deixam recursos em viagens aos destinos americanos. Houve uma queda de 19% em relação a 2015, menos que a esperada em número de visitas, que está na casa dos 25%. O número total de visitantes só será divulgado em julho ou agosto. A crise econômica do Brasil e os bons resultados de China e Índia são as principais causas desse recuo brasileiro, que preocupa destinos como Miami, Orlando e Nova York. Há uma expectativa de melhora no envio de brasileiros para 2017, e os Estados Unidos abriram na semana passada seu quarto consulado no Brasil, em Porto Alegre, com expecta-

Elliott Ferguson (DC), Chris Thompson (Brand USA), a prefeita de DC, Muriel Bowser, e Roger Dow (Us Travel)

tiva de processar 50 mil vistos em um ano. Um consulado em Belo Horizonte está nos planos em longo prazo. A média de espera de visitas nos consulados americanos é de cinco dias para uma entrevista e o visto com duração de dez anos cria uma massa potencial de viajantes que pode "explodir" a qualquer momento, desde que a economia se recupere. No ano passado, foram emitidos 496

mil vistos no Brasil, sendo 58,2 mil em Brasília, 39,6 mil em Recife, 126 mil no Rio e 272 mil em São Paulo. Na Argentina foram 304 mil e na Colômbia 386 mil. A Argentina, aliás, acumula um crescimento de cerca de 90% no envio de visitantes para os Estados Unidos, mas espera-se que esse número se estabilize, pelo próprio tamanho daquele mercado e por mudanças políticas que virão pela frente.

O Brasil ainda é três vezes maior (do que a Argentina) no envio de turistas para os Estados Unidos. Os maiores gastadores no país no ano passado foram os turistas chineses, com US$ 34,8 bilhões, um aumento de 15% frente a 2015. O resultado é fruto de uma nova política entre os dois países, que incluiu a instituição do visto de dez anos para os chineses, na gestão de Obama, e a realização do > Continua na pág. 06

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GASTOS DE ESTRANGEIROS NOS ESTADOS UNIDOS (2016) US$ 285 BILHÕES (-0,1%) 1º

CHINA (+15%) US$ 34,8 BILHÕES, OU MAIS DE US$ 95 MILHÕES POR DIA. HÁ UMA DÉCADA, OS CHINESES ESTAVAM NA SÉTIMA POSIÇÃO

2º CANADÁ (-13%) US$ 19,8 BILHÕES.

A VALORIZAÇÃO DO DÓLAR AMERICANO ACERTOU OS CANADENSES EM CHEIO E SE HOUVER PROPOSTAS MAIS EM CONTA QUE OS ESTADOS UNIDOS, ELES IRÃO PREFERIR

3º MÉXICO (-0,5%) US$ 19,7 BILHÕES. MAS SE O MURO DE TRUMP VINGAR, ESPERE UMA QUEDA BEM MAIOR 4º JAPÃO (-5%) US$ 16,4 BILHÕES. DESDE 2000, O JAPÃO NÃO APRESENTA CRESCIMENTO EM GASTOS OU VISITANTES PARA OS ESTADOS UNIDOS.

5º REINO UNIDO (-2%) US$ 15,9 BILHÕES 6º ÍNDIA (+11%) US$ 13,1 BILHÕES

PREVISÃO DE FLUXO DE TURISTAS PARA 2017

7º BRASIL (-19%) US$ 11,6 BILHÕES

Total: -0,1%

8º COREIA DO SUL (+10%) US$ 8,9 BILHÕES 9º AUSTRÁLIA (-4%) US$ 8,9 BILHÕES

Principais quedas: México (-4%), Reino Unido (-6%) e Brasil (-23%) Principais aumentos: Argentina, Colômbia, China e Índia Fonte: Oxford Economics

10º ALEMANHA (-8%) US$ 8,2 BILHÕES

Fonte: Departamento de Comércio EUA

Ano EUA-China no Turismo. O mesmo ocorrerá agora com a Índia, nova fronteira para a divulgação mais constante dos Estados Unidos no Exterior. Seguem o Top 10 de gastos o Canadá (US$ 19,8 bilhões e queda de 13% devido à valorização do dólar americano em cerca de 30% frente ao dólar canadense), México (US$ 19,7 bilhões, o mesmo montante do ano anterior, mas espera-se queda nos próximos meses devido às frases pouco amistosas do presidente Trump), Japão (US$ 16,4 bilhões, com diminuição de 5%), Reino Unido (decréscimo de 2% e total de US$ 15,9 bilhões), Índia (aumento de 11% e total de US$ 13,1 bilhões), Brasil, Coreia do Sul (US$ 8,9 bilhões, +10%), Austrália (queda de 4% e total de US$ 8,9 bilhões) e Alemanha (que também caiu, 8%, e

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totalizou US$ 8,2 bilhões). Há uma expectativa de queda na visitação internacional para este ano. Para o governo, algo entre 1% e 2%, especialmente por conta do dólar valorizado. Para especialistas de mercado a queda em alguns destinos (ou em alguns emissores) pode continuar em dois dígitos e o país deve perder market share mais uma vez. A US Travel Association divulgou um estudo encomendado à Oxford Economics, que aponta uma queda de apenas 0,1% para 2017 no total de visitantes estrangeiros nos Estados Unidos. A maior queda seria do Brasil, com 23%, um pouco menos que o previsto para 2016. Outros mercados também cairão este ano, segundo a previsão, mas bem menos, como o México (4% menos turistas), Reino Unido (6,1% de

decréscimo), Irlanda (-1,5%), Espanha (-2,4%), Holanda (-2,4%), Austrália (-0,7%) e Oriente Médio em geral (-4,7%). Mercados promissores e já gigantes para os Estados Unidos, China e Índia devem crescer 8% cada. Alguns consideram a estimativa conservadora para a queda geral dessa pesquisa (que seria de mais de 0,1%) e muito exagerada para o Brasil, que responde rapidamente à melhora da economia, pelo menos em termos de viagens.

GUERRA DE DADOS A US Travel Association e a Brand USA insistem em dizer que há uma percepção de que as coisas estão piores do que realmente estão e dizem que ainda é cedo para apontar um

impacto negativo da administração do atual presidente na indústria de viagens. Sim, há uma percepção (errada, segundo eles) de que ficou mais difícil entrar nos Estados Unidos, mas os números mostram que não houve queda de visitas e sim de gastos, devido à força do dólar em todo o mundo. Ainda assim uma queda pequena. Ainda é cedo, porém, para qualquer prognóstico e somente no final de 2017 saberemos o tamanho do impacto Trump. O presidente da entidade, Roger Dow, divulgou pesquisa da Oxford Economics para abril deste ano que mostra que o número de visitantes internacionais aumentou no quarto mês de 2017, o primeiro que teria o impacto das medidas de Trump, já que a média de antecedência na reserva de via-

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Pesquisa do Foursquare revela que os Estados Unidos perderam 11% de share no fluxo mundial de visitantes de outubro de 2016 a março de 2017. Já a Tourism Economics prevê que o país perca US$ 18 bilhões em Turismo este ano, devido às medidas do governo Trump. Aeroportos que mais recebem passageiros internacionais nos Estados Unidos (inclui americanos e estrangeiros/2016)

Companhias aéreas com mais passageiros internacionais de/para os Estados Unidos (inclui americanos e estrangeiros/2016)

1 Nova York 32 milhões

1 – United Airlines 30,3 milhões

2 Los Angeles 23 milhões

2 – American Airlines 29 milhões

3 Miami 21,6 milhões

3 – Delta Air Lines 24,7 milhões

4 São Francisco 12,5 milhões

4 – British Airways 7,3 milhões

5 Chicago 12,4 milhões

5 – Jet Blue 7,2 milhões

6 Newark 12,2 milhões 7 Atlanta 11,5 milhões 8 Houston 10,9 milhões 9 Dallas-Ft. Worth 8,1 milhões 10 Washington Dulles 7,4 milhões

6 – Lufthansa 5,8 milhões 7 – Air Canada 4,5 milhões 8 – WestJet 4,4 milhões 9 – Aeromexico 3,7 milhões 10 – Virgin Atlantic 3,7 milhões Fonte: US Departament of Commerce

gem para os EUA é de 57 dias. Dow ficou surpreso (e aliviado) com os números, mas está cauteloso e preocupado. Ele sabe que há quedas importantes em mercados como o México (-4%) e o Reino Unido (-6,1%), e que a percepção negativa em relação ao país permanece. “Queremos fechar o país para os terroristas. Isso é fato. Mas mostrar que estamos abertos para negócios, turistas e todo o resto”, diz ele. Essa mensagem, segundo Dow, não está sendo passada, apesar de existir dentro do governo federal. “A preocupação com segurança dentro da Casa Branca é genuína, mas eles sabem da importância dos visitantes internacionais. Precisamos de segurança e de boas-vindas para esses visitantes”. No Brasil, essa percepção ainda não

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chegou com força e é esperada uma recuperação já nas férias de junho/julho, com janeiro de 2018 dando sinais de que será uma ótima temporada. Mas se notícias negativas começarem a chegar ao País, não esperem que o brasileiro pague para ver. Daí a preocupação, mesmo que camuflada, da US Travel. O turista de longo curso gasta mais e fica mais tempo que o doméstico, por exemplo. E uma crise como a que afetou o Brasil tem impactos imediatos em destinos como Miami e Orlando. Uma extensão dessa crise devido a problemas de imagem dos Estados Unidos, ainda com a ameaça de fim da Brand USA, é algo que a US Travel não quer nem considerar. Para isso, faz forte lobby no Congresso (que votou, há dois anos, pela aprovação da renovação da lei

que criava a Brand USA) e quer levar o presidente Trump, ele mesmo um hoteleiro, para o seu lado, o lado do one big welcome, a campanha lançada com CVBs de todo o país, reforçando as boas vindas aos estrangeiros. Ainda segundo a pesquisa divulgada pela US Travel, a América Latina tem crescimento de 2% previsto para 2017, especialmente por causa da Argentina e da Colômbia, e a Ásia registra 4,4% de incremento no envio de turistas, com China e Índia obtendo índices de mais de 8%. “Já passamos por isso (percepção negativa após ações exageradas) depois do 11 de setembro e não vamos deixar a indústria dar passos atrás. O Turismo é um terço da exportação de serviços dos Estados Unidos e 11% das exportações totais. O presidente

Trump é um homem de negócios, um hoteleiro, é inteligente e vamos trazê-lo para nosso lado, como fizemos com o presidente Obama, o melhor (presidente) para o Turismo até agora”, disse Roger Dow. Pela pesquisa da Oxford Economics o índice de visitação nos Estados Unidos está em 50,7 (dados de abril), subindo para 51,1 nos três meses seguintes e 50,9 nos seis meses subsequentes. Pelo índice, qualquer valor acima de 50 significa crescimento e abaixo (de 50) declínio de viagens internacionais. “Vamos corrigir essa noção de que os Estados Unidos não querem turistas. E repito que a Brand USA veio para ficar, pois é fundamental nesse papel”, reafirmou Dow. > Continua na pág. 08

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IPW 2017 1,6 mil compradores estrangeiros 6,3 mil delegados 120 mil reuniões 70 países Maiores delegações: Reino Unido, Canadá e Brasil Negócios gerados: US$

4,7 bilhões

PRÓXIMOS IPW 2018 - 19 a 23 de maio, em Denver, no Colorado, comemorando 50 anos de IPW 2019 - 1o a 5 de junho, em Anaheim, na Califórnia 2020 - 30 de maio a 3 de junho, em Las Vegas, Nevada 2021 - 24 a 28 de abril, em Chicago, Ilinois 2022 - 4 a 8 de junho, em Orlando, Flórida 2023 - 20 a 24 de maio, em San Antonio, Texas 2024 - 4 a 8 de maio em Los Angeles, Califórnia Saiba mais: www.ipw.com

OUTRAS LEITURAS

Algumas outras pesquisas, porém, mostram que os Estados Unidos deveriam estar mais preocupados com os números de visitantes estrangeiros. Segundo o Foursquare, que consegue monitorar as viagens e visitas de 13 milhões de usuários via smartphone (por meio de pesquisas consentidas), incluindo 93 milhões de espaços públicos no mundo, os Estados Unidos perderam 11% de share em visitas internacionais no ranking global, de outubro de 2016 a março de 2017. A Califórnia, especialmente Los Angeles e San Diego, seria o destino mais afetado (devido à proximidade com o México, mercado com grande rejeição a Trump). Uma outra pesquisa, da Tourism Economics, mostra que o impacto negativo das medidas de Donald Trump em relação a viagens internacionais será de US$ 18 bilhões na economia americana, com a perda de 107 mil empregos. O site de buscas Kayak também divulgou que a procura pelos Estados Unidos caiu 12% desde a eleição do atual presidente. Roger Dow e a indústria estão cientes do panorama, mas voltam a dizer que ainda não têm dados concretos de queda de visitantes, apenas de gastos no país. E que a US Travel está em

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Chris Thompson (Brand USA)

contato diário com a administração federal para fazer lobby pela indústria de Viagens e Turismo. Já o chair da US Travel, Geoff Ballotti, também CEO do grupo hoteleiro Wyndham, disse que os Estados Unidos precisam ser seguros e hospitaleiros ao mesmo tempo e que a infraestrutura para apoiar as viagens, especialmente os aeroportos, precisam melhorar com urgência. “Uma América conec-

tada é uma América competitiva”. A situação dos aeroportos americanos, por incrível que possa parecer, preocupa bastante a indústria, pois estão sobrecarregados e com estrutura antiga. Orlando prepara a inauguração de um novo terminal de passageiros, pois tem um dos aeroportos mais desgastados dos Estados Unidos. Outros exemplos seguem pelo país e Trump quer equilibrar a necessidade

de cortar US$ 1 trilhão do orçamento do governo com a urgência em investir a mesma quantia em infraestrutura, incluindo aeroportos. “Modelos como o da Brand USA são a saída para isso. Mostraremos ao presidente e sua equipe”, finalizou Roger Dow.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do IPW17, voando United Airlines e com proteção GTA e Vital Card

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Pa rques t emát ico s

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>> Artur Luiz Andrade, Washington DC (EUA)

Foco no produto PARA COMBATER CRISES ECONÔMICAS, PROBLEMAS DE IMAGEM QUE OS ESTADOS UNIDOS

Luiz Araújo, Jeff Van Longeveld e Angel Sarria, da Disney Destinations

possam sofrer e o poder de fogo da concorrência, a Disney tem uma receita só: a experiência do cliente. Ou seja, lançar produtos e sempre melhorar seus parques para que o turista diga: “tenho que ir”, “não posso perder”. As duas mais recentes inaugurações de Disney Destinations — Guardians of the Galaxy Mission Breakout , em Disneyland, na Califórnia, e Pandora: the World of Avatar , no Animal Kingdom, em Walt Disney World, em Orlando, na

Flórida — são exemplos desses investimentos na qualidade do que é oferecido ao visitante, seja ele novo ou repetente. O novo vice-presidente de Vendas e Marketing da Disney Destinations, Jeff Van Longeveld, que está há 13 anos no grupo e há alguns meses no novo posto, sabe que alguns países pelo mundo sofrem com o dólar forte e instabilidades econômicas, como no Brasil; mas para combater isso, a Disney não reduz preços ou faz promoções e sim gera mais valor para seu produto, referência entre os parques temáticos. “Investimos em atrações que as pessoas dizem: não posso perder isso. Essa é a nossa força. Claro que temos promoções normais durante todo o ano para o mercado internacional, mas não é esse nosso foco e sim estar sempre renovando nossos parques e trazendo experiências de qualidade, como ocorreu com Pandora, na Disney World, e Guardiões da Galáxia, na Disneyland”, disse ao Jornal PANROTAS . Aliás, três dos parques de Walt Disney World passaram ou passam por grandes transformações: o Magic Kingdom, com a New Fantasyland

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e novos shows noturnos; o Animal Kingdom, com Pandora; e atividades durante todo o dia (era um parque que fechava por volta das 18h); e o Disney’s Hollywood Studios, que vai ganhar terras de Toy Story (2018) e Star Wars (2019) e já conta com novos shows e momentos de Frozen e Star Wars atualmente. Epcot deverá ser o próximo da lista e segundo o site Theme Park Insider uma nova entrada para o parque, uma montanha-russa de Guardiões da Galáxia e atrações de Tron e de um desenho da Pixar (Ratatouille) ou da própria Disney (A Bela e a Fera) estariam na lista de grandes possibilidades. Hoje, o Epcot é o parque “menos atraente” do complexo, em parte devido aos investimentos feitos nos demais parques de WDW.

MERCADO

De acordo com Longeveld, a Disney já vê sinais de recuperação do mercado brasileiro, que continua a estar no Top 3 de visitantes internacionais de Walt Disney World, em Orlando. “Mas também percebemos um crescimento muito bom para a Disneyland, na Califórnia, e para nossos cruzeiros na Disney

Cruise Line, saindo de Miami ou Port Canaveral”. Sempre com vendas no Brasil via os nove operadores selecionados. Para dar conta de tantas novidades (como Disney Springs, os novos shows do Animal Kingdom e do Magic Kingdom, as atrações e shows de Star Wars no Hollywood Studios, entre outros lançamentos), a Disney aposta em treinamento e capacitação tanto dos operadores seletos quanto dos agentes de viagens.p

Van Longeveld: "foco na melhoria de produtos e experiências"

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Ferramentas Brand USA

COM NOVA REPRESENTANTE NO BRASIL (A AVIAREPS, QUE SUBSTITUIU A AGÊNCIA DE PUBLICIDA-

de Ogilvy) a Brand USA, que cuida da promoção internacional dos Estados Unidos, quer iniciar uma nova fase de engajamento com os agentes de viagens. Para isso, a vice-presidente de Desenvolvimento para o Trade, Cathy Domanico, destaca as ferramentas que a Brand USA oferece ao profissional de viagens em todo o mundo. “A Brand USA tem como meta difundir as boas-vindas do país aos turistas, aumentar o número de visitantes e seus gastos nos Estados Unidos. Para isso, uma das peças-chave é a educação dos profissionais. Dessa forma, desenvolvemos uma série de ferramentas que esses profissionais podem usar para conhecer melhor os destinos americanos e oferecer os mais adequados aos seus clientes”, disse ela em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS. “Temos informações sobre os nossos portões de entrada e também além deles, pois outro de nossos objetivos é vender o país de forma igualitária”. O Trip Kit da Brand USA oferece aos agentes de viagens e operadores informação sobre as cidades de entrada e o que fazer a partir delas em um determinado período de tempo. “Dessa forma, o profissional conhece a cidade de entrada no país, mas também outros destinos que estão a poucas horas dali, ampliando a oferta para seus passageiros”, explica Cathy. Experiências, informações técnicas, mapas, links para vídeos e um completo overview dos Estados Unidos fazem parte do kit, que está em sete línguas,

MÚSICA

incluindo o português. “Há também diversos itinerários, como o que fizemos em torno dos parques nacionais, tema de nosso filme em Imax”, conta a vicepresidente. A Brand USA já anunciou, aliás, que fará um segundo filme (leia no box), sobre os centros urbanos, tendo a música como elo de ligação entre os destinos. As filmagens já começaram para lançamento em 2018. Ainda sobre os itinerários, Cathy Domanico diz que não são pacotes prontos e fixos, e sim sugestões para que os agentes de viagens customizem e personalizem de acordo com o gosto, o or-

Chris Thompson, CEO da Brand USA

çamento e o objetivo da viagem de seus clientes. A partir da sugestão e das informações fornecidas pela Brand USA o profissional pode montar um roteiro de luxo ou um econômico, com suas empresas parceiras; ou pode adaptar as atrações para famílias, casais, grupos... “O Trip Kit é um guia e os profissionais, que são os experts, dão seus toques pessoais, de acordo com o que seus clientes precisam ou gostam”.

TREINAMENTO

Além do kit de ferramentas, a Brand USA continua com o US Discover Pro-

N A S CID A D ES

BASEADO NO SUCESSO DE SUA PRIMEIRA PRODUÇÃO, AMÉRICA SELVAGEM (DOCUMENTÁRIO SOBRE OS Parques Nacionais norte-americanos), a Brand USA trabalha em um segundo filme. Na nova obra, o foco muda para os grandes centros urbanos, com suas histórias contadas por meio da música. O cantor e compositor Aloe Blacc (do hit mundial Wake Me Up) fará o papel de guia nesta caminhada pelos estilos e ícones da música norte-americana. Estão entre as cidades contempladas no filme Detroit, Chicago, Austin, Seattle, Nova York, Miami e a primeira parada, Nova Orleans. O filme, que ainda está em produção, tem como título provisório America’s Treasure (Tesouro da América). Sua estreia está programa para fevereiro de 2018. O presidente e CEO da Brand USA, Chris Thompson, conta que, “ao passar pelas maiores áreas urbanas dos Estados Unidos, o filme pretende mostrar

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Marcelo Kaiser, da Aviareps, e Cathy Domanico, VP da Brand USA

gram, série de treinamentos mais técnicos, que agora passam a ser gerenciados dentro do site do órgão de promoção (antes esse gerenciamento era terceirizado). A cada treinamento, o agente recebe um crachá de especialista. Quando acaba, ele pode participar de um dos megafam da Brand USA para os Estados Unidos. Uma das missões da nova representação no Brasil é ter mais agentes de viagens treinados e realizar pela primeira vez o megafam. Segundo Cathy, a partir deste ano todos os magafams terminarão com um encontro de negócios com destinos e empresas dos Estados Unidos. Uma terceira opção de conteúdo para os profissionais são os micro sites com lista de contatos de suppliers, vídeos e fotos que podem ser usados em anúncios de divulgação dos Estados Unidos.

BRASIL

Show de abertura do IPW, com Aloe Blacc

o alcance internacional que o país tem por meio da música”. Para o produtor da película, MacGillivray Freeman (também responsável por América Selvagem), “a música é uma das maneiras mais atraentes de se contar uma história”. A produção, ainda no processo de captação de imagens, já dura sete meses e o IPW também fará parte da obra. Na festa de abertura da feira, em Washington, Aloe Blacc fez uma apresentação

no gramado do National Mall, tendo o Capitólio como fundo. O show foi filmado com a tecnologia Imax e estará presente no documentário. A primeira produção de MacGillivray Freeman com a Brand USA, América Selvagem, foi assistida por mais de 14 milhões de pessoas durante 2016. O documentário, que foi projetado em todo o mundo, também teve uma temporada no Brasil.p

O diretor da Aviareps, Marcelo Kaiser, reconhece que o Brasil está um pouco atrás dos demais mercados quando o assunto é engajamento e ações com o trade, mas promete recuperar o tempo perdido. “Estamos montando um calendário bem forte de atividades, que incluirá um roadshow de 12 a 15 cidades brasileiras, participações na WTM Latin America, eventos ligados às viagens de luxo, além de ativações no segmento Mice e de participação em feiras regionais, como Gramado (RS) e/ ou João Pessoa”, explica Kaiser. Saiba mais em www.thebrandusa. com.p

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A Flórida liga pontos

Avenida Houston

Trem que unirá destinos da Flórida

A FLÓRIDA IRÁ CONECTAR ALGUNS DE SEUS PRINCIPAIS DESTINOS POR MEIO DE UMA LINHA FÉRREA. CONSTRUÍDO pela Brightline, a primeira fase do projeto, ligando West Palm Bech, Fort Lauderdale e Miami, deve entrar em atividade dentro de dois meses (a estação de Miami, por sua vez, ficará pronta em três meses). "A chegada do Brightline será um acréscimo ao nosso destino. É uma viagem rápida, em tempo justo, alta qualidade e uma excelente experiência", conta o vice-presidente sênior de Marketing do Discover The Palm Beaches, Rich Basen. Um serviço que ganha valor pela

facilidade de se chegar a West Palm Beach em uma estação no centro da cidade, que está "no coração do condado", afirma. A viagem entre West Palm Beach e Fort Lauderdale durará apenas 30 minutos. Para Miami Central o percurso é de uma hora. A segunda fase do Brightline na Flórida, até Orlando, que durará duas horas, ainda não tem previsão concreta de inauguração, afirma a empresa. Atualmente, os visitantes chegam a Palm Beaches por rodovias (Interstate 95 ou Florida’s Turnpike) ou pelo aeroporto internacional de Palm Beach (PBI), a quatro quilômetros dos principais resorts da região. p

CINCO QUADRAS DE PRAÇA DESTINADAS AO ENTRETENIMENTO DA POPULAÇÃO DE HOUSTON E A DE SEUS VISITANTES. A RECÉM-INAUGURADA AVENIDA HOUSTON (assim mesmo, com uma escrita bem amigável aos falantes do português), em frente ao centro de convenções George R. Brown, recebeu investimentos de US$ 175 milhões para sua transformação. Um local para se fazer compras, comer bem (são 18 restaurantes) e se entreter. “Comparando a Nova York ou a cidades da Califórnia, Houston é muito mais interessante para se alimentar”, afirma a especialista de Turismo Internacional do Visit Houston, Jessika Alexander, que justifica afirmando que a variedade de opções e a média de preços mais baixos atraem o público visitante. O enfoque de Houston é cada vez maior no turista internacional. Em 2016, a cidade recebeu 3,2 milhões de visitantes de outros países (no total, somados aos visitantes locais, 20,5 milhões de pessoas, batendo recorde histórico). Jessika Alexander dá uma dica preciosa para quem pretende visitar a maior cidade do Texas. “Os hotéis focam no mercado corporativo, é por isso que durante a semana eles são mais caros. Assim, aos finais de semana costumam ter diárias mais baixas”. A hotelaria local vem se aprimorando. Com sete mil quartos na atualidade, a indústria espera até o final de 2017 acrescentar mais 14 propriedades à região (e um total de 1,5 mil suítes). Dentre os lançamentos, ainda este ano devem chegar o Hotel Alessandra, o Hotel ZaZa Memorial City, o Le Meridien e o The Poast Oak. A cidade é um dos hubs da United Airlines e tem voos diários do Brasil. p

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O berço dos EUA Museu da Revolução Americana

A FILADÉLFIA É UMA CIDADE ENVOLTA EM HISTÓRIA, INTIMAMENTE ligada ao nascimento dos Estados Unidos como conhecemos atualmente. O processo de independência do país foi conduzido também por levantes contra a coroa britânica, na chamada revolução americana. O rico episódio ganhou este ano um museu totalmente a ele dedicado. Aberto em abril deste ano, o Museum of the American Revolution espera receber anualmente 500 mil visitantes – valor ainda abaixo dos 2,2 milhões de visitantes do Liberty Bell, maior atração da cidade da Pensilvânia. Dentre os destaques da exposição, estão objetos utilizados pelo casal George e Martha Washington, armamentos e peças de arte da época. A presidente e CEO do Philadelphia CVB, Julie Coker Graham, remete ao atual cenário político para mostrar a importância do novo museu. “Independentemente do que pensamos do governo Trump, dessa diversidade de pensamentos que temos, não há como negar que a Revolução Americana é uma unanimidade”, afirma. A dirigente afirma estar fazendo “um trabalho melhor na promoção do destino on-line”. “O mercado brasileiro é um de nossos emergentes”, disse, ao citar sem dar números que os esforços de marketing têm surtido efeito. “Nós somos uma cidade de distritos, com forte identidade em cada um. Acho que isso tem uma apelo forte para o brasileiro, para ver a diversidade cultural que nós temos.”p

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1 Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS, Ana Maria Donato, da Imaginadora, Roger Dow, presidente da US Travel Association, e Daniela Bergamini, de Washinton DC e Capital Region, duas representações da Imaginadora 2 Time da Pegasus Bus: Maria Camilla Alcorta, representante no Brasil, Fernando Pereira, Claudia Menezes e Fernanda Vanetta 3 Marcos Paes de Barros, da Universal Orlando 4 Alex Savic e Lucimar Reis, da United Airlines, com Arnaldo Franken e Sylvio Ferraz, da MMTGapnet 5 Joe Docall e Gisela Martí, do Miami CVB 6 Antonio Gomes, do Hotel Urbano, Leslie Benveniste, representante de Tampa Bay no Brasil, Michael Barkoczy, da Flytour Viagens, e Marisol Berrios, do Tampa Bay CVB 7 Shari Bailey e Alfredo Gonzalez, do Visit Florida 8 Monica Samia, da Braztoa, e Fernando Harb, do CVB de Fort Lauderdale 9 Bob Hoffman e Julienne Gananian, da Broadway Inbound/Broadway Collection 10 Juliana Baraldi e Jasmine Trippe, do Visit California 11 Luis Calle, da Camar Representações 12 Jay Santos e Luis Paulo Luppa, da Trend, e Michael Barkoczy, da Flytour Viagens 13 Egidia Contreras e Enrique Tomé, da Alamo 14 Guillermo Alcorta e Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, com a edição 2017/2018 do Brazilian Over view 15 Lisha Duarte e Maurício Alexandre, dos parques Sea World

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1 Time da United Airlines no IPW 2017, incluindo a country manager Brasil, Lucimar Reis, e o diretor América Latina, Alex Savic 2 Guilherme Alcorta e José Guillermo C. Alcorta, no primeiro estande da PANROTAS em um IPW. O Brazilian Overview fez bastante sucesso entre os americanos, que querem saber como está a recuperação do mercado brasileiro 3 Andrea Gabel e Ana Fernandez, de St. Pete/Clearwater, com Heloisa Prass e Guilherme Alcorta, da PANROTAS 4 Visit Tampa Bay, representada por Santiago Corrada, Josephine Ando, Rob Price, Cristina Duschek, Leslie Benveniste e Marisol Berrios, durante evento para a delegação brasileira, que ficou hospedada no Marriott Wardman Park 5 Thais Ramos, dos shoppings Simon, representação da Interamerican, e Danielle Roman, presidente da Interamerican, que também representa o IPW na América Latina 6 Arthur Sorelli Furtado e Bruna Batista, da Latam Travel, com Mariana Azevedo e Georgia Mariano, da MMTGapnet, na festa de Tampa e Kissimmee para os brasileiros 7 Roberto Sanches e Jorge Souza, da Orinter 8 Mauricio Alexandre (Sea World Parks), Nathalia Pizzotti (TPI Global DMC), Pedro Davoli Neto (Universal Orlando), Simone Araújo (TPI Global DMC) e Marcos Barros (Universal Orlando) 9 Experience Kissimmee representada por Ana Flavia Medina, Ana Gonzalez e Luiz Moura, na festa para o trade do Brasil 10 Danielle Roman, da Interamerican, representante do IPW, no estande da PANROTAS com Artur Luiz Andrade, Helene Chalvire, Heloisa Prass e Guilherme Alcorta 11 Guilherme Alcorta, da PANROTAS, Ricardo Amaral, da R11 Travel/Royal Caribbean, Juarez Cintra, da Ancoradouro, e Jay Santos, da Trend 12 Janelle Jacks e Jose Valle, do Cirque du Soleil, com Marianna Alcorta e Maria Camilla Alcorta, da Ideas 4 Brand, que representa os shows no Brasil 13 Bruna Duarte e Guadalupe Gómez, da Marriott International, com Guillermo Alcorta, da PANROTAS, e Livia Cohen, do Westin New York e Swan and Dolphin, em Disney World 14 Guilherme Alcorta, da PANROTAS, e Chris Thompson, presidente da Brand USA

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Não expira nunca

A REDE BEST WESTERN RELANÇOU SEU PROGRAMA DE FIDELIDADE, O BEST WESTERN REWARDS, QUE CONTA COM CERCA DE 30 milhões de membros em todo o mundo, para torná-lo ainda mais ágil e fácil de ser usado pelos hóspedes. Segundo a vice-presidente de Vendas e Marketing da rede hoteleira, Dorothy Dowling, o programa também está mais transparente. “Encomendamos uma pesquisa com mil usuários para saber o que eles mais valorizavam e quais os principais pontos de irritação. Eles nos mostraram que estávamos no caminho certo, mas também mudamos o que tinha de ser mudado”, disse ela durante o IPW 2017, em Washington DC. O novo programa entrou em testes no começo do ano e já está operando na versão total há três semanas. De acordo com Dorothy, dois terços dos respondentes usam o programa para ganhar noites grátis em hotéis BW. Ou seja, eles valorizam a hospedagem gratuita mais que qualquer outro prêmio e ela precisa ser fácil de ser obtida. Por isso, ainda segundo a vice-presidente, o programa Best Western Rewards é o único do mercado que não tem prazo de validade para os pontos (um dos motivos de irritação que a pesquisa detectou é o pouco tempo de validade de pontos em programas similares) e nem datas bloqueadas para uso dos prêmios resgatados. “Estando ou não ativos, os pontos dos hóspedes não expiram. Uma rede concorrente divulgou que seus pontos também não expiravam, mas o membro tinha de ser um hóspede ativo, ou seja, se hospedar dentro de um período de tempo. No nosso caso, os pontos não expiram nunca e nossos hotéis têm de manter disponibilidade para o resgate em qualquer data. Prezamos pela transparência com nosso hóspede e membro fiel, e ele valoriza isso”, explica. Projeção artística de um hotel Glo

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Projeção artística de um Vib

A quantidade de pontos necessária para um resgate é vista no momento da reserva, mais uma novidade do programa, bem como outros benefícios existentes. Por exemplo, atualmente, e até 4 de setembro, a Best Western está dando US$ 10 (em gift cards) a cada noite que o hóspede inscrito no BW Rewards fica nos hotéis da rede. Se ele for membro AAA (Triple A) recebe US$ 20 a cada noite. A Best Western também tem lançado promoções pontuais para seu programa de fidelidade. Uma que fez bastante sucesso reembolsava US$ 25 se o hóspede tivesse pago para despachar sua mala na companhia aérea. A rede também garante ao membro fiel sempre ter acesso à menor tarifa em seus hotéis, ao reservar no site bestwestern.com. Desde o ano passado a rede também unificou a plataforma de resgate de pontos, unindo os hotéis de todo o mundo. Assim, quem acumular pontos nos Estados Unidos pode trocar por hospedagens na Europa, e assim por diante, sem burocracia.

Matt Teixeira, diretor América Latina, e a vice-presidente Dorothy Dowling

A pesquisa encomendada pela BW também mostrou que o programa é considerado mais fácil de usar do que os dos concorrentes por 78% dos entrevistados. “Nosso desafio agora é fazer com que os clientes conheçam todos esses benefícios e detalhes”, diz Dorothy. Saiba mais em gogetrewarded.com.

NOVOS HOTÉIS

Com 4,2 mil hotéis no mundo, metade na América do Norte, a Best Western tem grande expectativa para três de suas novas marcas: Sure Stay, Vib e Glo. O primeiro Vib foi aberto na Turquia e o Glo ainda não tem unidade em operação (apenas algumas obras iniciadas). Já os Sure Stay, inicialmente um white label para hotéis independentes, mas agora uma solução mais complexa, tem dez unidades e meta para chegar a 100 na América do Norte. São unidades de categoria econômica e moderada, para os viajantes mais despojados e que querem preço e praticidade.

POLÍTICA

A vice-presidente da Best Western disse que as questões políticas do país não alteraram os resultados da rede (por exemplo, com uma possível rejeição de estrangeiros a marcas americanas). “Estamos crescendo. O grande problema é a valorização do dólar, mas como somos uma rede com variedade de preços e muito competitiva, não sentimos efeito disso também. Mas como canadense sei que o dólar americano 30% mais valorizado dificulta a decisão de gastar nos Estados Unidos”. Sobre a consolidação de redes concorrentes, ela também não se assusta. “Queremos crescer com qualidade. Precisamos de musculatura, tecnologia, vendas, marketing... mas investimos em um crescimento qualitativo”, analisa ela. “Os custos estão crescendo, mas somos uma rede madura, com um programa de fidelidade diferenciado e um público muito fiel. Sabemos competir”, finaliza.p

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Midtown ganha

3 atrações

Fred Dixon, CEO da NYC & Company

NOVA YORK É MAIS QUE MIDTOWN MANHATTAN, A ÁREA ONDE ESTÃO OS TEATROS DA BROADway, a Times Square, o Central Park e as principais lojas da cidade. Hoje os cinco bairros nova-iorquinos estão vibrantes, com identidades próprias e tão charmosos quanto a parte preferida pelos turistas. Williamsburg, no Brooklyn, os shoppings e museus do Queens, os futuros lançamentos de Staten Island, como a roda gigante e o Empire Outlet, entre outras atrações, incluindo a renovada parte sul de Manhattan, já disputam a preferência dos visitantes. Para não perder o posto de centro das atenções, Midtown receberá este ano nada menos que três grandes atrações. Gulliver’s Gate, a primeira, já está aberta, na rua 44, entre as avenidas 7 e 8. A atração reproduz ícones mundiais em miniatura, com detalhes ricos, muita interatividade e uma geografia peculiar, que transforma países distantes em vizinhos. Tem o Brasil, com o Rio e Brasília, Argentina, Cingapura, Japão, China, Alemanha, Inglaterra, Itália, Peru... Está tudo lá, em salas com música e iluminação especiais. Ao lado, na mesma rua, em outubro,

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será aberta a NatGeo Odyssey, que, com efeitos e projeções, levará os visitantes ao fundo dos oceanos. Ao passar de sala em sala, o participante vai vendo seres que habitam as profundezas dos mares, suas belezas, ameaças, tudo com altíssima tecnologia. Ao final, em uma sala interativa, todos aprendem mais sobre o que viram. E em novembro chega a NFL Experience, em torno do futebol americano. O esporte ainda é pouco conhecido no Brasil, mas cresce em interesse. Haverá uma atração que simulará um jogo, com direito a poltrona 4-D. E também um concurso de “dancinha de torcida”. As melhores aparecerão em um painel na Times Square.

TURISTAS BEM-VINDOS No ano passado Nova York recebeu 60,7 milhões de visitantes, dos quais 12,7 milhões de estrangeiros, entre eles 817 mil brasileiros. O número de turistas do Brasil caiu em relação a 2015 (éramos 877 mil então), mas o País conseguiu ficar no Top 3 para a cidade, atrás apenas do Reino Unido

Gulliver's Gate tem até atrações do Brasil

Projeção da atração da NatGeo

(1,2 milhão) e da China (950 mil). Para 2017, a expectativa do presidente da NYC & Company, Fred Dixon, é de que Nova York receba 61,7 milhões de visitantes, com 12,4 milhões de estrangeiros. Ou seja, aumento de turistas domésticos e queda de internacionais. “Por isso mudamos nossa comunicação e estamos estudando várias medidas. Somos uma cidade global e o visitante internacional é muito importante e muito bem-vindo em Nova York”, disse ele no IPW 2017. Na Broadway, 2018 será um de seus

principais anos, com a estreia dos shows de Frozen, da Disney, Harry Potter e King Kong. A hotelaria da cidade ganhará 24 mil quartos até 2019, mesmo ano da inauguração do novo Moma, ampliado e modernizado. Também estão previstas as aberturas de uma casa para a country music (Opry City Stage), a roda-gigante mais alta do mundo em Staten Island, ao lado de um complexo com residências, hotel, outlet e restaurantes; e muitas outras novidades para moradores e visitantes. Saiba mais em www.nycgo.com.p

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Uma Califórnia

para todos

A CALIFÓRNIA FOI UM DOS DESTINOS QUE SE POSICIONARAM MAIS fortemente diante dos questionamentos do presidente Trump à abertura dos Estados Unidos ao estrangeiro e, por consequência, ao Turismo. Mais do que se posicionar, o Visit California usou a questão como gancho para se promover como destino democrático e aberto às experiências de todos os seus visitantes. “Muitas das discussões estão acerca da nossa nova liderança em Washington. Nada mudou na Califórnia, apenas reforçaremos nossa mensagem”, disse a presidente e CEO do Visit California, Caroline Beteta. “Estamos contentes em receber visitantes de todo o mundo. Neste sentido fizemos uma escolha arrojada, com o lançamento mundial de uma campanha de marketing na qual investimos US$ 1 milhão.” A campanha segue nas redes sociais, com a hashtag #alldreamswelcome (todos os sonhos são bem-vindos). Serão criadas peças que deixem clara a posição acolhedora da Califórnia. “Não importa quem você é ou de onde você é. Você é bem-vindo para ser quem você quer ser na Califórnia. Não é só uma frase legal, é uma promessa”, garantiu a CEO do Visit California. Em pesquisas recentes, o CVB ouviu que, para 56% das pessoas, a Califórnia é mais receptiva do que outras regiões. Estes valores sobem no mercado mexicano (69%).

co e Los Angeles, ainda é necessária a utilização da 101 como alternativa. Porém, ao norte, entre Carmel e Big Sur, e ao sul, até Ragged Point, a circulação pela Highway 1 é normal. Hotelaria e infraestrutura são dois tópicos essenciais para o futuro do Turismo na Califórnia. O primeiro vem com a expectativa

do acréscimo de 17 mil quartos até o final de 2017, com a abertura de 85 novos hotéis – destes, 18 voltados para o mercado de luxo. Acompanhando este investimento privado, Caroline Beteta se vangloria ao pontuar que “nós temos o maior projeto de infraestrutura dos Estados Unidos, em Los Angeles, orçado em US$ 15 bilhões”.

“Estamos esperando manter um crescimento consistente, focados em atingir grandes marcas até 2021”, finaliza, recordando os 17 milhões de visitantes internacionais em 2016 – que auxiliaram o Estado a alcançar o segundo ano consecutivo de recorde no impacto econômico do Turismo. p

ATRAÇÕES E INVESTIMENTOS A icônica Highway 1 “está aberta para negócios”, como anuncia Caroline Beteta, afirmando que “até setembro haverá partes interditadas, mas ela está aberta nos principais centros e atrações do Estado”. A rodovia, fechada em algumas partes por conta de deslizamentos de terra, segue com seu atrativo turístico. O bureau alerta que, entre São Francis-

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De olho no 50 IPW o

COLORADO SERÁ A CASA DA PRÓXIMA EDIÇÃO DO IPW. A CIDADE DE DENVER, MAIS PRECISAMENTE, É QUE IRÁ HOSPEDAR O 50O IPW, mas o Estado como um todo se prepara para recepcionar os milhares de compradores, expositores e jornalistas. Mostrar que o Colorado tem potencial turístico, independentemente da estação do ano, é o objetivo do escritório de Turismo local. A diretora de Patrimônio da entidade, Jill Lammers, sabe que esta “é uma oportunidade incrível para o Colorado, nós estamos muito animados para montar nossos itinerários”. A diretora quer mostrar que a neve perfeita das estações de esqui não é o único atrativo de seu Estado. “O Colorado é um Estado grande, temos lindas áreas ensolaradas e outras com neve. O clima é ótimo, temos em média 300 dias de sol por ano”, conta. “Nós temos lugares como Denver, uma cidade grande, com muitas coisas para se fazer,

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em rápido crescimento. E que de lá você pode, em uma hora de estrada, chegar às montanhas, fazer atividades incríveis como caiaque, rafting, tracking e acampamento.” E esquiar, no inverno, obviamente. Já a cidade de Denver em si dá mostras de estar pronta para o evento. São 45 mil quartos de hotel, sendo 9,5 mil deles a curta distância do Centro de Convenções da cidade — com a adição, este ano, de 505 quartos a uma quadra do local da feira, com uma nova torre do Le Meridien e um AC Hotels by Marriott. Na apresentação da cidade para promover a próxima edição do IPW, o prefeito de Denver, Michael Hancock, mostrou que a cidade, consolidada regionalmente, quer aumentar o número de visitantes de outros países, que em 2016 foram 500 mil. “Denver está surgindo como um destino para o viajante internacional”, aposta. “Eu estou muito ansioso em rece-

Jayne Buck (Visit Denver), Roger Dow (US Travel), Blue Bear, Michael Hancock (prefeito de Denver) e Jesse Davis (Visit Denver)

bê-los e prometo que vou pessoalmente curtir a festa com vocês. É sério, vou mesmo”, brincou ao anunciar que o icônico Red Rocks Amphitheatre será o local da festa de encerramento do IPW 2018. Receber bem os participantes da feira e mostrar todo o potencial da

cidade ao mercado internacional é apenas uma das etapas dos planos de promoção de Denver, como explica o diretor de Comunicação do Visit Denver, Jesse Davis. “Quando pensarem em grandes cidades dos Estados Unidos para visitar, queremos que Denver esteja nessa lista”. p

>> Renato Machado

A recordista Miami

Bill Talbert, CEO do Greater Miami CVB

UMA DAS CIDADES MAIS VISITADAS DA FLÓRIDA, MIAMI TEM RECEBIDO CADA VEZ MAIS TURISTAS. EM 2016, RECORDES foram quebrados, com 22,5 milhões de passageiros recepcionados no aeroporto internacional (10,9 milhões de estrangeiros e 11,6 milhões domésticos), além dos 4,98 milhões via cruzeiros (primeiro no quesito

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no mundo). Números que exigem o constante aperfeiçoamento na recepção dos turistas, algo que a cidade tem feito por meio de investimentos na hotelaria e em vias de acesso, por exemplo. Em 2017, a hotelaria da Grande Miami ganhará 17 novas propriedades em oito diferentes regiões, totalizando um acréscimo de 2,5 mil quartos

à oferta local. Aeroporto (Aloft Hotel), Aventura (AC Hotels by Marriott, Aloft Hotel, Autograph Collection e Embassy Suites Aventura), Coral Gables (Aloft Hotel Coral Gables), Downtown Miami (SLS Lux Hotel e Panorama Tower), Miami Midtown (Hampton Inn & Suites e Triptych Miami Design District), Miami Beach (Fasano Hotel and Residences at Shore Club, Greystone Hotel, Holiday Inn Express & Suites, Iberostar Berkeley e Plymouth Hotel), North Miami Beach (Cambria Hotel) e Surfside (Four Seasons Hotel @ Surfside) são as regiões que ganharão novos hotéis. Ao todo, no ano passado, 60,7 milhões de pessoas escolheram Miami como destino de férias. O impacto na economia local foi de US$ 63,2 bilhões. Os números são bons, mas podem melhorar, é o que garante o CEO da Greater Miami CVB, Bill Talbert. “Queremos aumentar esse número em um milhão de vi-

sitantes. Nosso objetivo é terminar 2017 com 61,7 milhões de pessoas”, afirmou. Em 2016 foram 49,3 milhões de visitantes regionais e 12,4 milhões de estrangeiros. “Colômbia e Argentina foram países que tiveram crescimento de dois dígitos. Por conta disso e com a queda do Brasil, eu gosto de dizer que não é bom deixar seu foco em uma cesta só”. No entanto, o dirigente mostra otimismo ao apostar que “o Brasil já está virando a esquina”. Frente a diversos posicionamentos sobre a postura do presidente Donald Trump em relação ao Turismo, Talbert fez questão de colocar os assuntos de forma separada. “O que é preciso entender é que governo é diferente de pessoas. Eu estou focado em nossa linda gente. Miami é uma cidade real, com distritos diversos, é a junção de 34 cidades, onde 50% da população nasceu fora de Miami”, disse. p

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Eventos

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>> Brunna Castro

Turismo LGBT em destaque

MERCADO CADA VEZ MAIS IMPORTANTE PARA A INDÚSTRIA DE VIAGENS, O Turismo LGBT foi tema de um fórum inédito no último dia 13, em São Paulo. O Fórum de Turismo LGBT, promovido pela Associação Brasileira de Turismo LGBT (ABTLGBT) e pela revista Via G, ofereceu capacitação para agentes de viagens a respeito do segmento, que registra crescimento mais acelerado do que o Turismo convencional. De acordo com uma pesquisa apresentada durante o evento, o Turismo LGBT registra alta de 11% ao ano, em média, enquanto o convencional cresce 3,5%. Além disso, o público LGBT realiza viagens mais frequentes, com uma média de quatro por ano, sendo que 45% dos gays e lésbicas viajam para o Exterior todos os anos – enquanto a média nacional é de 9%.

"treinamento mais relacionado a questões sutis", segundo Camarano. Nesse sentido, o gerente da Meliá avalia que "questões como a da cama oferecida pelo hotel são assuntos do passado", mas ainda há divergências que podem ser resolvidas em detalhes como pronomes de tratamento e tamanho de itens como chinelo e roupão disponibilizados nos quartos.p

HOTELARIA

Em um dos painéis de discussão que fizeram parte da programação do fórum, o setor hoteleiro teve destaque. Questões como a adequação dos empreendimentos para receber hóspedes do público LGBT foram debatidas pelo gerente geral do Novotel Jaraguá, Ewerton Camarano, pelo diretor de Vendas para América Latina da Hard Rock Hotels, Leonel Reyes, e pelo gerente regional de Vendas da Meliá, Sandro Stanise, com a intermediação da professora e pesquisadora da USP, Mariana Aldrigui, também blogueira do Portal PANROTAS. Um dos principais pontos do debate foi a necessidade de abandonar a estigmatização do público LGBT. Para Mariana, é preciso “parar de tratar o LGBT como um único segmento”, abandonando, assim, um olhar que “carimba e estigmatiza” o indivíduo. O segmento hoteleiro, portanto, deve ter uma interpretação a partir de múltiplas segmentações – da mesma forma que acontece com o público geral. Além disso, os debatedores defenderam a ideia de que a hotelaria deve realizar um

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21 a 27 de junho de 2017 JORNAL PANROTAS

>> Beatrice Teizen

Quem é quem na

LTN Brasil

Os sócios da LTN Brasil: Leonor e Gustavo Bernhoeft e Patricia Vazquez

“SOMOS UMA BUTIQUE GLOBAL. PREZAMOS PELA QUALIDADE DE ATENDIMENTO E PERSONALIZAÇÃO. POR ISSO, O MAIOR DESAFIO é crescer, garantindo a integridade do nosso serviço”, afirma um dos sócios da LTN Brasil, Gustavo Bernhoeft, que, desde fevereiro está na empresa para cuidar do Comercial e da área de Tecnologia. Ao lado da diretora geral, Leonor Bernhoeft, e a sócia e responsável pela operação, Patricia Vazquez, ele toca a agência de viagens e eventos, que tem 90% do negócio focado no segmento corporativo. Fundada em 1994 por Leonor, a TMC faz parte de um grupo latino-americano presente em 18 países da região, o L’Alianxa. Também é um dos membros do Conselho e participa desde a fundação da rede Globalstar. “Temos a responsabilidade de mostrar o momento que o nosso mercado está passando e sabemos que a LTN no Brasil cresceu muito não só pelos negócios que conseguimos consolidar regionalmente, mas

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também pelos que fechamos por meio do grande networking com a Globalstar”, explica Leonor. No momento há uma expectativa no Brasil de que a entrega das agências corporativas seja elevada para que um padrão de gestão de viagens de um programa global seja atendido. “As diferenças culturais sempre existirão, mas percebemos também que os pontos de pressão são muito parecidos. Os clientes, em todo o mundo, se preocupam com tecnologia, flexibilidade do passageiro, compliance, entre outros”, conta Gustavo Bernhoeft. Em viagens corporativas é necessário entregar um serviço com excelência, pois os clientes são exigentes. Para Leonor, é importante se destacar. “Hoje em dia o viajante a negócios está muito bem informado, tem todos os mecanismos disponíveis. Então, precisamos mostrar quais são nossos diferenciais”. A agência não fornece apenas passagens de avião e hospedagem, ela faz toda a gestão do deslocamento, prestando

uma consultoria minuciosa. Outra questão que a LTN preza é a de seguir evoluindo e acompanhando a velocidade de transformação da indústria. “Temos um foco muito claro em tecnologia. Criamos um aplicativo que é utilizado nos 18 países da América Latina, pois sabemos que não podemos nos desatualizar”, diz Bernhoeft. Segundo o sócio, inovação, além de ser um desafio, é um importante pilar para a empresa. Em 2017, a agência cresceu dois dígitos em relação ao ano passado. De acordo com Bernhoeft, esse aumento é acima do mercado e a empresa encontra-se em uma rota ascendente. Além disso, os executivos vêm sentindo muita movimentação no setor e acreditam que ela continuará. “Mais importante do que as contas que ganhamos ou queremos ganhar é onde estamos focando nosso esforço. Estamos entendendo cada vez mais qual é o cliente certo para nós”, finaliza.p

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A diretora geral da LTN Brasil, Leonor Bernhoeft

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Gustavo Bernhoeft, sócio e à frente do Comercial e da área de Tecnologia

Equipe Comercial: Sylvia Kril, Marcia Azevedo, Gustavo Bernhoeft, Denise Basso (Novos Negócios) e Liliana Moreira

A sócia e responsável pelas operações, Patricia Vazquez

Setor financeiro: Jeferson de Abreu, Solange Rodrigues, Marcelo Lima, Marcos Vinicius, Monica Souza, Kátia Silva e André Luís

RH: Sidlange Pereira Kroehn

Setor de Operações: Lincoln Carmo, Andreia Rosa, Luiz Onitsuka, Êlaine França e Henrique Fleury

Setor de Operações: Sidnei Valota, Sheila Carvalho, Ribamar Santos, Sandra Paulo, Lúcio Campos, Manuel Messias dos Santos

ll Nome: LTN Brasil ll Tipo: Agência de viagens e eventos ll Sócios: Leonor Bernhoeft, Gustavo Bernhoeft e

Patricia Vazquez ll Endereço: Rua Matias Aires, 402 – Consolação, São Paulo - SP, 01309-020 ll Filiais: Rio de Janeiro – (21) 3500-2370 Blumenau (SC) – (47) 3231-1919 ll Número de funcionários: 85, somando a matriz e as duas filiais ll Agências de viagens parceiras: Único membro do Brasil nas redes L’Alianxa e Globalstar ll Produtos mais vendidos: Gestão de viagens corporativas ll Outros produtos: Criação, planejamento e operacionalização de eventos; elaboração de viagens a lazer ll Perfil dos clientes: 90% corporativo e o restante divido em lazer e eventos. Muitos dos clientes acabam fazendo suas viagens de férias e eventos com a LTN. ll Uma iniciativa da empresa: Capacitação e treinamento constantes para todos os funcionários estarem 100% inteirados nas mudanças do mercado.

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Setor de Operações: Thamires Brabo, Andrea Oliveira, Mércia Santos, Fábio Rodrigues e Márcio Gonsales

Equipe de TI: Ayres Joaquim Neto e Thiago Saad

Eventos e Lazer: Silvia Abreu, Suzette Ferraz, Patricia Vazquez, Lúcia Baroni e Andrea Pereira

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Aviação

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>> Henrique Santiago

Decolagem agressiva POUCO MAIS DE UM ANO APÓS LANÇAR SUA MARCA, A LATAM AIRLINES DESENVOLVEU UM novo modelo de trabalho com base na competitividade. A fusão entre Lan e Tam criou um dos maiores grupos aéreos do mundo e agora a empresa quer ser mais competitiva globalmente. Bem, pelo menos em seus principais mercados domésticos na América do Sul. Sob o comando de Jerome Cadier há pouco mais de um mês, a Latam Brasil apresentou seu novo perfil de tarifas após ingressar no Chile e Peru. Com previsão para entrar em atividade no Brasil no fim de junho e início de julho, a transportadora oferecerá quatro tipos de bilhetes aos seus passageiros em voos domésticos: Promo e Light, acessíveis e ideais para quem não despachar mala, por exemplo, e Plus e Top, esses mais completos, que incluem reserva de assento, alteração e possibilidade de receber reembolso integral do valor pago. Ao investir em dois tipos de tíquetes econômicos, a Latam quer envolver novos passageiros que preferem a concorrência ou nunca voaram de avião. A estratégia baseada em uma operação low cost, segundo Cadier, não é recuperar a fatia perdida para a Gol, que hoje lidera o transporte aéreo doméstico, com 35,27% do market share, contra 33,04%, de acordo com números de abril da Abear. Até 2020, a empresa brasileira pretende aumentar em 50% o número de viajantes transportados e diminuir em 20% o preço da tarifa média, sobretudo com os preços considerados “agressivos” e capazes de competir com low costs. “Oferecemos mais flexibilidade e opções para o passageiro que eventualmente não considerava viajar conosco ou até mesmo de

Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines no Brasil

avião. Estamos intimamente ligados à região [Brasil]”, destacou o CEO. A transportadora deve divulgar os preços de seus bilhetes nos próximos dias, mas é projetada a diferença de R$ 30 a R$ 50 em cada tipo de tarifa, ou seja, existe a possibilidade de a Promo ser pelo menos R$ 200 mais barata do que a Top. A Latam Brasil também passará a cobrar pelo serviço de bordo a partir do próximo mês. Depois de iniciar em países vizinhos como Colômbia, Peru, Chile e Argentina, a companhia aérea irá estrear o Mercado Latam em voos domésticos. Por meio deste será cobrado o consumo de alimentos e be-

bidas, com exceção da água, que será oferecida gratuitamente aos viajantes. O menu do Mercado Latam foi pensado na gastronomia de cada país. No caso do Brasil, além de brigadeiro e bolo de banana, há sanduíches, wraps, snacks, bebidas alcóolicas e não alcóolicas, em um total de 52 opções. O preço varia entre R$ 4 por produto avulso e R$ 25 em combos e podem ser pagos com cartão de crédito ou dinheiro. A experiência da concorrência em oferecer refeições pagas é para Cadier uma forma de fazer com que o passageiro brasileiro se acostume

mais facilmente com o novo serviço. “Nós [brasileiros] talvez estejamos mais acostumados com a compra de produtos porque a Gol já oferece. Baseado na experiência com os demais países, podemos dizer que os viajantes receberam esse modelo tranquilamente”, avaliou. A Latam não revelou o impacto que será causado nos custos e nas receitas, mas espera vender mais ancillaries com o novo modelo de tarifas. Até o momento, os voos internacionais permanecem com o mesmo tipo de bilhetes e serviço, mas Cadier adianta que mudanças deverão acontecer.p

COBRANÇA DE

B A G A G EM A LATAM AIRLINES PASSARÁ A OFERECER A AQUISIÇÃO DE BAGAGEM. O VALOR SERÁ DE R$ 30 para compras antecipadas, ou seja, feitas no momento da emissão do bilhete. Já para qualquer momento anterior ao voo, pelo canal direto, intermediário ou no web check-in, o valor será de R$ 50. Quem comprar no balcão de check-in, lojas ou totens do aeroporto irá pagar mais caro: R$ 80.p

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Aviação

Passageiros em primeiro lugar

Autoatendimento também está disponível para esses clientes. Mas para quem prefere atendimento personalizado, há balcões exclusivos

VIAJAR É SEMPRE BOM. VIAJAR COM CONFORTO É AINDA MAIS GOSTOSO. MELHOR DO QUE ISSO É PODER DESFRUTAR DESSE CONFORTO SENDO TRATADO COMO PRIORIDADE. Oferecer caminhos mais livres é uma das vantagens de quem viaja com a Air France e com a KLM com acesso ao Sky Priority, o serviço que coloca o passageiro em primeiro lugar. Com ele, o viajante tem um percurso no aeroporto verdadeiramente tranquilo, e o trajeto passa a ser ainda mais relaxante. O Sky Priority é um serviço da aliança Sky Team, que oferece diversos benefícios aos passageiros da Air France e da KLM nos mais de mil aeroportos da rede, assim como aos das outras companhias aéreas que fazem parte da aliança. O check-in é feito em um balcão exclusivo, assim como o ponto de despacho de bagagem, dando ao viajante maior mobilidade para a circulação pelos aeroportos. Também com o intuito de tornar os processos de controle mais agradáveis, os clientes Sky Priority têm outras vantagens durante as viagens: trajetos exclusivos e prioritários no controle de segurança e serviço de imigração de alguns aeroportos e preferência no embarque na aeronave sem precisar enfrentar filas são alguns deles. E eles também contam com um balcão de atendimento exclusivo em suas conexões para outros voos.

Clientes Sky Priority recebem tratamento especial em diversos aeroportos

Mesmo os que quiserem ou precisarem comprar bilhetes no próprio aeroporto também têm acesso com prioridade nesse atendimento. Chegando ao seu destino, o passageiro ainda pode retirar sua bagagem antes das demais na esteira e, se for cliente Elite Plus, La Première ou Business Class, o indicador do Sky Priority ajuda a identificar quais serviços estão disponíveis nos aeroportos incluídos em seu itinerário. Seu cliente pode ficar tranquilo, pois há sempre painéis de sinalização Sky Priority para guiar todo o percurso.

QUEM TEM DIREITO?

Nos voos Air France e KLM, o Sky Priority está reservado aos associados ao programa Flying Blue nas categorias Gold e Platinum ou ao Sky Team Elite Plus. Além deles, passageiros das classes La Première (Primeira Classe) e Business (Executiva) também contam com esses benefícios já incluídos em sua passagem. É uma vida de palácio nos ares e tratamento de rei em terra. Se o logotipo do Sky Priority aparece em seu cartão de embarque, relaxe e prepare-se para desfrutar de um tratamento prioritário do começo ao fim. Descubra em quais aeroportos o serviço está disponível em skyteam.com/skypriority 

INFORME PUBLICITÁRIO

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Destinos

Nova temporada em

B arilo ch e

ENTRE OS DIAS 5 E 11 DE JUNHO, O TELEFÉRICO CERRO OTTO — JUNTAMENTE COM O ENTE MISto de Promoção Turística (Emprotur) local — apresentou oficialmente sua nova temporada de inverno de Bariloche. A iniciativa permitiu que cada presente subisse em uma cabine real do teleférico para tirar uma foto e levasse para casa uma memória da atração que agora se preparara para receber um grande número de visitantes. Para essa ação promocional, que não apenas apresentou as atividades do complexo recreativo, mas também outras possibilidades disponíveis na cidade, Cerro Otto e Emprotur concretizaram uma importante aposta econômica em Bariloche, além de implantarem uma estratégia sólida de estratégia comunicacional. Nesse contexto, entrevistado por La Agencia de Viajes, o vice-presidente do Teleferico Cerro Otto, Oscar Borrelli, assinalou: "os turistas que chegarem a partir de agora encontrarão uma renovada Bariloche. Uma cidade que otimizou significativamente a fisionomia do centro e seus serviços. E, claro, terão a possibilidade de fazer uma das excursões mais bonitas propostas pelo destino, que é a visita ao nosso resort". Animado, o executivo ainda acrescentou que a ideia é renovar, ano a ano, a infraestrutura de Bariloche. "Estamos

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sempre nos adaptando às exigências dos turistas, que nos últimos anos têm criado novas preferências. Então trabalhamos para cobrir e atender bem os visitantes em todos os aspectos relacionados à sua estada na colina”.

NOVIDADES

Para esta temporada, Borrelli explicou que "foram melhoradas as pistas e expandidos muitos espaços para otimizar tempos de espera". O VP acrescentou que o Cerro Otto continua oferecendo serviços para crianças e adultos, com atendimento personalizado para cada público. “Aqui, além das atividades na neve — passeios em trenó, descida em equipamentos infláveis, caminhada em raquetes — as famílias podem apreciar o restaurante giratório, com cozinha variada, e a Galeria de Arte, que apresenta réplicas em tamanho real das três mais importantes obras do artista italiano Miguel Ángel: Davi, Piedade e Moisés”, cita. Outro destaque é o serviço gratuito de transporte, com seis ônibus que levam até 44 passageiros a partir do Parque Nacional. Os primeiros saem em direção ao Cerro Otto às 10h e 10h30, e depois disso a cada uma hora. O retorno acontece às 19h45. Por fim, o VP do resort ressaltou a relação com o trade para promover e vender o produto. "comercializamos nossa proposta através de operadores e agentes

Camila Bifone e Oscar Borrelli, do Cerro Otto

com quem temos um relacionamento longevo e de plena confiança do mercado. O complexo é um atrativo ideal para que a família passe o dia inteiro nas suas instalações, e todos nós mais uma vez esperamos os visitantes vivam momentos inesquecíveis em nossa casa". Para mais informações, entre em contato com Info@telefericobariloche.com.ar. Outra boa notícia que envolve Bariloche é o aumento da conectividade aérea na alta temporada. Chegam novos voos low cost da região dos Andes e, do Brasil, rotas sazonais da Latam e da

Azul irão quatro vezes por semana ao destino. Da mesma forma, Aerolíneas e Austral aumentaram em 20% o número de assentos para o inverno, com a possibilidade de conexões com Salta e Tucumán após escala em Buenos Aires. Por sua vez, a província de Rio Negro já tem em andamento estudos com Flybondi e Avianca para reforçar as conexões interprovinciais, especialmente com Viedma. Cogita-se também a possibilidade de novas rotas aéreas com Neuquén, para beneficiar ainda mais os habitantes do Alto Vale rionegrino.p

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SurFACE

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Capacitação para hoteleiros

Divulgação/55Destinos

Omnibees Academy é a nova plataforma da empresa de Luís Ferrinho (foto) para capacitar os profissionais da hotelaria. A ferramenta foi desenvolvida de maneira colaborativa com o setor e seu principal objetivo é otimizar práticas de Distribuição, Vendas e Marketing. Haverá ainda sessões de capacitação, chamadas de Omnibees Experience, que vão passar por dezenas de cidades brasileiras. Os participantes receberão, ainda, dados de performance e comportamento do mercado de forma gratuita. Saiba mais em www.omnibeesacademy.com.

Fernando Moreira para o Rio de Janeiro e Rogério Niita para São Paulo: os dois novos reforços de Vendas da 55 Destinos

A operadora de lazer do grupo Alatur JTB no Brasil, 55 Destinos, tem novos executivos de Vendas. Para o mercado do Rio de Janeiro chega Fernando Moreira, enquanto para São Paulo o contratado foi Rogério Niita. Entre Lan, Air Europa, ADVtour, receptivo Travel Service e outras empresas, Moreira tem 40 anos na indústria do Turismo. Ele pode ser alcançado no (21) 99479-9724 ou fernando.moreira@55destinos.com. Já Niita tem como diferencial oito anos de vivência no Japão, país natal da JTB. Ele acumula mais de 20 anos de experiência com passagens por Panexpress e Nascimento. Contatos: (11) 994267651 ou rogério.niita@55destinos.com.

Reforço na Assistência

A Intermac anunciou o reforço da ex-Schultz Operadora Márcia Passos para executiva de Contas no Rio de Janeiro, principal mercado da empresa de cartões de assistência. "Com essa contratação passamos a ter a maior equipe do Rio de Janeiro no setor de cartões de assistência, com oito profissionais no comercial", garante o CEO da Intermac, Eduardo Aoki. Márcia Passos atende pelo telefone (21) 2240-3293 e e-mail marcia@macassitencia.com.br.

Divulgação

Reforços no Lazer

Márcia Passos, novo reforço da Intermac no Rio, com Alexandre Santos, gerente administrativo, Eduardo Aoki, CEO, e Pedro Gonçalves, gerente Brasil

JTB Americas e CVC

Novos tempos nas operações da CVC nos Estados Unidos. A operadora assinou contrato com a JTB Americas para que o braço americano do poderoso grupo japonês JTB atenda os clientes CVC em Flórida, Nova York e Califórnia. Anteriormente, a CVC era atendida pela US Travel, em Nova York, e pela Alltours, na Flórida. Segundo o diretor de Produtos Internacionais da CVC, Fábio Mader, os novos contratos estão valendo desde março. Ainda de acordo com ele, “como os contratos com os fornecedores anteriores estavam para vencer, a CVC realizou um processo de concorrência nessas regiões, de forma natural e habitual, que já acontece há alguns anos”. No IPW 2017, em Washington DC, o gerente sênior de Produtos para as Américas da CVC, Rodrigo Vaz, esteve acompanhado de dois gerentes de Produtos e dois negociadores, que ficam nos Estados Unidos. Abe Salam é o negociador em Nova York e Janaina Tognoli em Orlando, ambos com a função de negociar hotéis localmente. Na foto à esquerda, Vaz está com Abe e Janaina e com os gerentes Fernanda Paranhos (Flórida) e Melissa Rosa (EUA e Canadá).

Airbus Brazil Training Centre (ABTC)

A Airbus estreou na semana passada, em parceria com a Azul, o seu primeiro centro de treinamento na América do Sul, o Airbus Brazil Training Centre (ABTC). O local treinará pilotos tanto da Azul quanto de outras aéreas para conduzir as aeronaves da família A320, inclusive o recente A320neo, e é sediado pela Universidade da Azul (Uniazul), em Campinas (SP), próximo ao aeroporto de Viracopos, onde fica o hub da aérea. O ABTC faz parte de um acordo de 12 anos assinado em 2016 entre as partes, que prevê a realização de mais de 70 mil horas de treinamento até o término do contrato.

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Ponto a ponto ● O Ex-Travel Ace e Assist Card Danilo Moreira é o novo gerente de Produtos Travel, Projetos Digitais e E-Commerce da seguradora Axa para o Brasil. ● A rede portuguesa Martinhal, especializada em hotéis de luxo para família, ganhou representação da Lats no Brasil ● O CEO da Singapore Airlines, Goh Choon Phong, substitui o CEO do grupo IAG, Willie Walsh, como presidente do Conselho de Governo da Iata.

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corporativo

www.pancorp.com.br

Luis Mirabelli, do Wyndham Hotel Group, Roberto Bertino, da Nobile Hotéis, Claudio Moyses, do Espaço Immensitá, e Sérgio Redó, da Associação Paulista de Imprensa

Nova opção O primeiro Wyndham Garden Convention do Brasil foi inaugurado na semana passada em São Paulo. Antes com as bandeiras Mercure e Adagio, da Accor, a propriedade, agora chama-se Wyndham Garden Convention Nortel, está sob administração da Nobile, e conta com duas torres de 300 apartamentos, agregando também o espaço de eventos Immensitá, com capacidade para três mil pessoas. p

Nova cabine

Os serviços a Miami operados pela American Airlines a partir de São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG) contarão com mais uma opção de cabine. Com início previsto para 15 de dezembro, a companhia traz a Premium Economy ao mercado brasileiro. Esses assentos, intermediários entre econômica e executiva, estarão disponíveis apenas no B777-200. São 24 unidades em uma configuração 2-22, revestidos de couro com 38 polegadas de inclinação e apoio extensível para os pés.p

Rotas corporativas A Azul terá voos diários a Bauru (SP) e Marília (SP) desde Campinas (SP) a partir de 1º de agosto. Também de Campinas, a companhia aérea dobrará suas operações a Três Lagoas (MS). De seis voos semanais irá a dois voos diários no trajeto de segunda a sextafeira, mais um voo diário aos sábados e domingos. p

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