R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.282
www.panrotas.com.br
16 a 22 de agosto de 2017
www.pancorp.com.br
Menor e mais focada, Avirrp sabe que precisa mudar o formato de sua feira para ajudar a fortalecer o agente de viagens do interior e a própria entidade. Será que a associação conseguirá se reinventar como (o agente) precisa? Nas palavras do presidente Evandro Oliveira (foto), a realização da 21ª edição foi um ato de coragem e um pedido de socorro para os agentes
> Páginas 22 a 24
Pag 01_capa.indd 1
10/08/2017 19:44:07
02
Check-IN
MELHORES AEROPORTOS DO BRASIL
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Viracopos, em Campinas (SP), é o aeroporto que mais agrada o passageiro brasileiro, com índice de satisfação de 92% no segundo trimestre de 2017. O terminal paulista recebeu a maior nota entre as 15 opções de pesquisa da Secretaria Nacional de Aviação Civil, com crescimento de 13% em relação aos resultados do mesmo período em 2016. Por meio de entrevista presencial com os passageiros, a pesquisa contempla indicadores como segurança, facilidades e serviços oferecidos.
CONFIRA O TOP 15
Posição
Aeroporto
Nota
Variação
8º
Guarulhos
4,41
+0,4%
9º
Galeão
4,34
+11,1%
10º
Fortaleza
4,32
+1,1%
11º
Manaus
4,29
+1,3%
12º
Porto Alegre
4,23
+1,1%
13º
Congonhas
4,17
+4,4%
14º
Cuiabá*
4,07
+21,1%
15º
Salvador
3,86
+2,5%
Posição
Aeroporto
Nota
Variação
1º
Campinas
4,90
+13,1%
2º
Curitiba
4,74
+2,2%
3º
Brasília
4,58
+11,4%
4º
Recife
4,49
+3,1%
5º
Confins
4,47
+6,4%
6º
Santos Dumont
4,47
+0,4%
7º
Natal
4,42
+11,1%
Fonte: Pesquisa Permanente de Satisfação do Passageiro, da Secretaria Nacional de Aviação Civil
*Maior crescimento entre os aeroportos avaliados
LEIA NESTA EDIÇÃO Página 04 e 05 Avianca Brasil se torna mais competitiva com dois voos diários a Santiago Páginas 06 e 07 Travelport: novo escritório no Brasil e obsessão por conteúdo personalizado Páginas 10 a 12 CNC debate economia compartilhada com autoridades do Turismo Página 14 O fim do Trip Protector e a liderança da CVC em números Página 15 O que esperar da temporada de cruzeiros 17/18 no País Página 16 Recém-chegada, Concur se surpreende com o Brasil Páginas 26 e 27 United, Copa, April, Costa e Orinter se reestruturam
JP 002 e 003 - Check in.indd 2
Editorial
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
O que deu errado com o Trip Protector? O mercado clamava por um seguro contra a quebra de fornecedores, ainda mais depois que muitas empresas amargaram altos prejuízos com os calotes das operadoras que fecharam as portas de um dia para o outro, deixando de honrar seus compromissos. Em 2015, nascia o Trip Protector, produto que teve um lançamento pomposo na Abav Expo daquele ano, e que gerou, pelo visto, mais dúvidas que adesão no mercado. No mês passado, as 20 operadoras que tinham o produto e as agências que haviam comprado foram informadas que ele seria descontinuado. A seguradora não viu por que continuar a ter em seu portfólio um produto que não gerava vendas.
Que não foi visto como a salvação ou proteção que muitos queriam. O produto não era adequado ou o mercado que esperneou e depois não conseguiu convencer os clientes a pagar por ele? Faltou maturidade ao mercado ou marketing aos donos do produto? Era o produto que todos queriam? A crise econômica influenciou? A falta de empresas fechando, talvez? Fato é que sem vendas qualquer produto que precise de uma estrutura e de garantias para ser mantido é descontinuado. Mas o mercado continua precisando de algo similar. O que fazer? É comum adaptar planos e mudar o rumo dos negócios, mas ainda assim
continuar atendendo o público ou o nicho que se pretendia. Quem não se lembra da CVC Eventos e da CVC Intercâmbio, que foram incorporadas a outros projetos da empresa? Ou dos voos da Gol para os Estados Unidos, substituídos pela intensificação da parceira com a Delta? No caso do seguro contra quebra de empresas, haverá um substituto ou o mercado que prenda a respiração? E se houver? Como terá sua sustentabilidade comercial? Um assunto que precisa ser debatido e não apenas esquecido como uma notícia da semana passada ou mais um projeto que caiu do telhado sobre nossas cabeças? Com a palavra, os líderes...
CONECTE-SE COM A PANROTAS portalpanrotas
portalpanrotas
portalpanrotas
Versão responsiva — Acesse o Portal PANROTAS em seu dispositivo móvel
portalpanrotas PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
10/08/2017 20:11:29
03
S
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
UE Q A T DES
DO PORTAL
> PANROTAS
03/08 a 09/08
1 BBC: “South African Airways está à beira da falência” – em 03/8
2 Franqueada CVC é detida em Manaus: evasão de divisas – em 07/8
3 Orinter estrutura Nacional e busca funcionários – em 09/8
4 Air Europa irá voar para Recife e Rio de Janeiro; saiba mais – em 08/8
5 Número de brasileiros barrados na Europa sobe 9,5% – em 07/8
6 Isabel Távora responde:
MEDIA PARTNER
10 Avianca Brasil estreia serviços diários em Santiago; fotos – em 07/8
11 Confira mais fotos da 21ª Avirrp, em Ribeirão Preto (SP) – em 05/8
12 OTA não deve ser vista como concorrente, diz consultor– em 08/8
13 Tap-Avianca Brasil: codeshare em 22 cidades brasileiras – em 03/8
14 Avianca suspende voo a Barbados por riscos na Venezuela – em 04/8
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Ryanair prepara novidades após bilionésimo passageiro – em 03/8
“prisão abusiva e indevida” – em 07/8
7 Seguro antiquebra, Trip Protector é retirado do mercado – em 08/8
8 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 04/8
9 Copa Airlines renova equipe gerencial e estrutura no País – em 07/8
ente iro,
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê
Castro (rcastro@panrotas.com.br)
Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Novos Negócios: Francisco Barbeiro Neto FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
JP 002 e 003 - Check in.indd 3
10/08/2017 20:20:36
04 Aviação
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Rodrigo Vieira - Santiago (Chile)
Com a bola toda MAIS UMA ETAPA CONCLUÍDA. EMOLDURADA PELA CORDILHEIRA DOS ANDES, A AVIANCA BRASIL INICIOU SEU SEGUNDO VOO internacional de expressão ao pousar, no último dia 7, no aeroporto Comodoro Arturo Benítez, em Santiago. A partir de então, dois voos diários são realizados de São Paulo (GRU) à capital chilena. O primeiro deles às 9h05, com chegada às 12h05. O segundo sai de São Paulo, às 20h10, e pousa às 23h25. No sentido oposto, os voos saem de Santiago às 13h50 e à 0h55 e chegam às 18h40 e às 5h55, respectivamente. Todos horários são locais. Equipamentos modernos, diversidade de horários, custo x benefício, serviço de alto padrão, pontualidade e regularidade são a munição da Avianca Brasil na guerra contra a concorrência no país em que atua. Embora o mercado esteja ansioso com a natural queda de tarifa média com a entrada de um novo concorrente na jogada, nem adianta esperar da companhia do fundador José Efromovich uma postura low cost. Essa nunca foi sua estratégia no mercado doméstico, e não será nesta sua segunda rota internacional de grande porte, e a fórmula de encher seus voos com serviço e tarifa competitiva será seguida à risca. "Sempre prezamos em oferecer uma experiência diferenciada sem cobrar mais por ela. Não esperem de nós preços baixos, pois nunca fomos low cost. Somos uma empresa tradicional que trata de oferecer o melhor a um preço justo e competitivo", afirmou Efromovich, a bordo do voo inaugural. "Passamos anos de nossa história sem qualquer promoção e publicidade em alta escala. A Avianca Brasil se estabilizou pelo boca a boca, pelo oferecimento de um serviço de ponta que encanta o passageiro. É assim que ficou conhecida", completou, mencionando pioneirismo no wi-fi, sanduíche quente a
Alex Bialer, do grupo Synergy, Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, fundador, João Pedro Pita, do GRU Airport, e Tarcísio Gargioni, VP, antes do embarque do voo inaugural a Santiago
bordo e a não cobrança por ancillaries como trunfo. A Star Alliance é outro diferencial no qual a Avianca Brasil aposta contra a concorrência, na posição de único membro brasileiro da rede internacional. Voam a Santiago quatro companhias da aliança, que agora contam com a Avianca Brasil para conectar seus passageiros aos 23 destinos oferecidos pela companhia no País. "Não só isso. A maioria das 12 companhias Star Alliance que voam para São Paulo não utilizam escala em Santiago. Podemos fazer esse papel convenientemente dentro da própria aliança", completou José Efromovich, certamente de olho nos passageiros internacionais que veem benefícios em incluir várias capitais da América do Sul em um só roteiro quando traçam seus pacotes. Em relação à escolha do Chile como segundo destino internacional a partir de São Paulo, após Miami, iniciado
cerca de dois meses atrás, a Avianca Brasil argumenta com números. "Quase 500 mil brasileiros vieram para o Chile em 2016, fazendo do país o segundo principal destino internacional em nosso mercado", justificou Efromovich. "E São Paulo é o terceiro destino internacional mais buscado pelos locais." E de fato, a volta, isto é, os voos de Santiago a São Paulo, carrega expectativas. O prestígio de autoridades, trade e imprensa chilenos foi nítido no evento de chegada do voo inaugural da Avianca Brasil, logo no aeroporto. Para os chilenos, o voo da estreante também é carregado de oportunidades, pois "o Brasil é um destino mais do que consagrado, que dispensa apresentações aos nossos viajantes", na visão da subsecretária de Turismo do Chile, Javiera Montes. “Esse novo serviço também é um reforço para nossa missão de receber 19% mais turistas internacionais este ano na com-
paração com 2016. Devemos fechar dezembro com 6,7 milhões de estrangeiros.” O tom na aérea é de “mais um sonho antigo sendo realizado”. “Em 2008, quando planejamos uma grande reestruturação, assumimos o compromisso de voar para conquistar o passageiro brasileiro. Pouco tempo depois, em 2010, recebemos nosso primeiro A319 e de lá para cá passamos a atender nove destinos novos e dobramos o número de voos diários. Hoje temos a frota mais jovem da América Latina, com 50 modernos Airbus, e fecharemos o ano com 54", comemorou Efromovich. O voo matinal da Avianca Brasil vai e volta com o A330-200 em duas classes de serviços: uma executiva de 36 assentos configurada em 1-2-1, com poltronas reclináveis em 180 graus, fully-flat. A econômica, para 202 passageiros, tem formato 2-4-2, todas com entretenimento individual e na categoria A do selo dimensional Anac. O segundo voo diário é operado pelo A320 de 162 passageiros em uma só classe, configurada em 3-3.
MALHA BRASIL-CHILE
A330-200 da Avianca Brasil é responsável por um dos voos diários GRU-SCL
JP 004 e 005.indd 4
Após a fusão da mais forte companhia chilena, Lan, com a Tam, a Latam Airlines conta com 49 voos semanais de São Paulo ao Chile. A Gol fica empatada com a Avianca Brasil, com 14 voos semanais. O total é de 77 frequências a cada sete dias partindo de Guarulhos (todas companhias contam com pelo menos dois diários). Do Rio de Janeiro
10/08/2017 20:40:39
05
a Latam opera a rota com 25 voos semanais, e a Gol com quatro.
CONVENIÊNCIA
Para os brasileiros que estiveram no voo inaugural ao Chile, a Avianca Brasil foi muito feliz em escolher Santiago como seu segundo destino internacional de grande expressão. O CEO da CNT Consolidadora, André Henry Khouri, está ansioso com a concorrência que a companhia traz ao mercado. "Ter a presença de uma companhia do porte da Avianca Brasil em uma rota tão buscada por nossos passageiros, tanto de lazer quanto corporativo, é sempre saudável e sinônimo de boas notícias para todo mercado”, afirmou o empresário, que desfrutou da business class no voo inaugural e elogiou os equipamentos “novos e modernos” com os quais o serviço é realizado. Khouri, na verdade, puxa a fila entre os players presentes. A queda da tarifa média rumo a Santiago anima a todos. Alguns chamam atenção para o serviço, outros destacam os horários, maior oferta, estratégia, destino diversificado, equipamentos de ponta... Alguns puxam pelo lazer, outros pelo corporativo... Fato é que os primeiros voos da companhia brasileira ligarão São Paulo a Santiago com mais de 60% de ocupação. Para quem começou a vender há cerca de 50 dias, os resultados, mais do que satisfatórios, são surpreendentes. "Mostram não só clientes identificados com Avianca Brasil, mas também um mercado confiante em vender nosso produto, sabendo que vai agradar", avalia o gerente comercial Key Accounts da aérea, responsável por Grupo CVC e Grupo Flytour, Leandro Cassio. "Essa parceria do mercado faz toda diferença. Confiávamos que a rota cairia nas graças do mercado, mas com pouco mais de um mês de venda representaram resultados surpreendentemente positivos." A opinião é endossada pelo diretor de Produtos América do Sul, Caribe e Cruzeiros da Flytour Viagens, Marcelo Paolillo. “A Avianca Brasil já caiu no gosto do brasileiro, e deve apostar nisso para atrair nosso viajante em detrimento de tarifas baixas. O serviço, já consagrado no País, contará muito”, afirmou o diretor, já vislumbrando as possibilidades na concorrência com Buenos Aires. “Santiago tem um panorama completamen-
Fabio Mader, da CVC, André Khouri, da CNT, e Marcelo Paolillo, da Flytour Viagens
JP 004 e 005.indd 5
te diferente da capital argentina e tem crescido no gosto do nosso passageiro como alternativa para quem já conheceu Buenos Aires, o primeiro destino internacional de muitos brasileiros.” Na outra operadora do Grupo Flytour, aliás, Santiago inclusive ultrapassou Buenos Aires no primeiro semestre deste ano. Isso significa que para a diretora de Produtos e Operações da MMTGapnet, Mariana Azevedo, o novo serviço é uma excelente notícia. “Há demanda mais do que suficiente para encher os voos da Avianca partindo de Guarulhos”, assegurou. “Os horários escolhidos são excelentes para o passageiro de lazer devido aos horários de check-in e check-out nos hotéis chilenos com o máximo de proveito do dia.” Na CVC, a Avianca Brasil é uma aliada para uma das principais novidades para a próxima temporada América do Sul. O diretor de Produtos Internacionais, Fabio Mader, revelou com exclusividade ao Jornal PANROTAS que a operadora terá ônibus próprios no Chile a partir de dezembro. O novo catálogo da companhia no continente terá o país como um dos grandes protagonistas. " O Chile é hoje o destino que mais cresce na América do Sul. Há uma busca nitidamente crescente não só por Santiago quanto para o restante do país. Precisamos que outras companhias brasileiras aumentem suas ofertas internacionais, pois isso beneficia o mercado e o passageiro como um todo", afirmou o diretor. "A partir de dezembro, nosso passageiro percorrerá os principais atrativos chilenos de ônibus próprios da CVC, equipados com wi-fi e com guias altamente capacitados que falam português." O responsável pelo operacional será o receptivo Tip, que já trabalha com a CVC no Chile. Neve, vinho, cultura, ecoturismo, gastronomia e outros passeios serão contemplados. Um dos players corporativos na viagem foi o gerente de Operações da Avipam, Luciano Lopes, que acredita na alta procura do seu passageiro pela rota a Santiago, como tem sido no “início surpreendente das vendas a Miami”. Os horários também serão fator decisivos para o cliente que por ventura tenha de ir a Santiago para fazer um bate-volta em uma rápida reunião. A Interpoint, com a executiva Gisela Pe-
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
João Luiz Alves, da Avianca, Roberta Simara, da Rextur Advance, Leandro Cassio, da Avianca, Mariana Azevedo, da MMTGapnet, Marcelo Paolillo, da Flytour Viagens, e Rebecca Meadows, da AviancaViagens
Gisela Perez, da Interpoint, Mariana Splicigo, da New Age, Leticia Kasahaya, da Sete Mares, Luciano Lopes, da Avipam, e Leandro Cassio, da Avianca Brasil
rez, e Sete Mares, com a consultora de Esqui, Leticia Kasahaya, representaram o Turismo de esqui e luxo no voo inaugural. “Estou muito satisfeita com essa nova opção, visto que a Interpoint é referência em esqui no Brasil, e o Chile tem representado uma parcela significativa de quem busca a neve com conforto e luxo na temporada de meio de ano”, avaliou Gisela. “Ecoturismo e Atacama também são oportunidades para o passageiro de alto padrão no restante da temporada, portanto temos vendido Chile o ano inteiro, e uma companhia com serviço tão bom é sempre bem-vinda.”
MAIS INTERNACIONAL Enquanto voar para Israel, de carona com a nova aposta que a CVC fará ao destino em seu novo catálogo, é apenas um boato desacreditado por muitos do mercado, há algo de palpável nessa nova fase internacional da companhia do vice-presidente Tarcísio Gargioni. Trata-se de um novo país “das Américas”, que será anunciado antes do final do ano. Mais América do Norte? Argentina? As apostas já começam a ser feitas, enquanto Nova York, anunciada recentemente, já é uma certeza para a segunda quinzena de dezembro, embora sem dia exato para decolar. Até agora as escolhas têm sido por destinos já consagrados no Brasil, vide MIA, SCL e JFK. Para além do Estado de São Paulo também há novidades. Salvador e Recife ganharão opções a Bogotá com a Avianca Brasil. O que começou com uma rota semanal sem nenhuma pretensão, de Fortaleza à capital colombiana, onde fica o hub da "prima" Avianca Holdings, se tornou uma oportunidade de negócio palpável e até estratégica. "Criamos a rota semanal Fortaleza-Bogotá após oferta do governo local
de desconto no IVA sobre combustível para quem tivesse voos internacionais acima de duas horas a partir de lá. De acordo com nossos cálculos, mesmo se fôssemos e voltássemos de aeronave vazia ainda valeria a pena", revelou José Efromovich. "Após um ano e meio com esse serviço, nos surpreendemos com mais de 70% de ocupação na média. Deu muito certo." Em outubro deste ano, a Bahia deve ser o segundo mercado nordestino com a opção a Bogotá. Mais adiante, ainda sem confirmar data e frequência, deve ser a vez da capital pernambucana ganhar o serviço. Vale lembrar que Salvador é considerado pela companhia um dos grandes hubs, junto com Brasília, Rio de Janeiro e, claro, São Paulo. Nos 23 mercados domésticos em que se propõe a atuar no Brasil, a Avianca Brasil conta com 26% de share, número este que era de 11% em 2012. “E temos a melhor eficiência operacional do mercado, com 96,6%. Fazemos essas contas considerando tanto a pontualidade dos voos operados quanto os cancelados, diferentemente do que se faz no Brasil”, afirmou, sem deixar de alfinetar a concorrência. “Há companhias ostentando 98% de eficiência operacional, mas que não contam os voos cancelados.” Essa estratégia por cada vez mais voos internacionais também pode ser sinal de que a fusão entre Avianca Brasil e Avianca está cada vez mais próxima, algo que já havia sido revelado pelo Jornal PANROTAS em Miami e foi reforçado por Efromovich à imprensa e ao trade chileno. O "tempo relativamente curto" para que isso acontecesse, mencionado pelo presidente Frederico Pedreira na ocasião, em Miami, pode ser até dezembro deste ano. p --- O Jornal PANROTAS
viajou a convite da Avianca Brasil com proteção Intermac
10/08/2017 20:11:47
06 Te c n o l o g i a
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Rodrigo Vieira
Novo lar, novos negócios
Luis Carlos Vargas, vicepresidente e gerente geral da Travelport para América Latina, com parte da sua equipe no Brasil
AS RUPTURAS PELAS QUAIS O TURISMO PASSA NOS ÚLTIMOS ANOS, PRINCIPALMENTE NESTA DÉCADA, SÃO PROVA DA TRANSformação que a tecnologia foi capaz de fazer no setor. Oportunidades para alguns, enquanto, para outros, nos casos mais dramáticos, fim da linha. Quem sabe lidar com transformações sai na frente. E até quem nasceu como empresa de tecnologia tem de se reinventar. É o caso da Travelport,
de 16 anos, uma das caçulas entre as empresas de seu modelo. Mais de 30 anos atrás, quando os GDSs começaram, tinham participação extremamente relevante na cadeia evolutiva, pois era basicamente o sistema exclusivo de distribuição aérea. Hoje, para não se defasarem diante de uma indústria altamente conectada, os GDSs se esforçam para reunir o maior número de componentes de viagem em suas plataformas. As principais plataformas
do mercado já são multiprodutos, mas isso é pouco na visão do vice-presidente e gerente geral da companhia para América Latina, Luis Carlos Vargas. Para ele, não adianta ter um sistema de ponta se seu usuário não se sentir parte dele, com todas suas demandas atendidas de maneira fácil e prática. “O desafio da Travelport é esse. Temos tecnologia de ponta, mas não nos escondemos atrás de nossos sistemas. O material humano tem de ser nosso Luis Carlos Vargas, vicepresidente e gerente geral da Travelport para América Latina
diferencial. É saber ouvir a demanda dos clientes e transformá-la em tecnologia, ter flexibilidade de escutar, transformar e implementar. Muitas vezes as empresas pecam por essa demora em assimilar as informações e entregar soluções customizadas, e lutamos diariamente para sermos referência nesse quesito”, afirma o ex-Iata, Taca Airlines, Qantas, British, Iberia e Varig, com 25 anos de Turismo. A Travelport é tecnologia para Turismo,
T R AV E L P O R T ATUAÇÃO: soluções tecnológicas para Turismo, como pagamentos, distribuição e mobile
FUNDAÇÃO: 2001 NOVO ENDEREÇO: avenida Paulista, 287 – 17º andar
ATUAÇÃO: 180 países SEDE: Reino Unido HUB AMÉRICA LATINA: México FUNCIONÁRIOS: 4 mil, dos quais 41 no Brasil RECEITA LÍQUIDA EM 2016: mais de US$ 2,3 bilhões
RECEITA NO PRIMEIRO SEMESTRE: US$ 612 milhões
(lucro US$ 34 milhões) p
JP 06 e 07 - Portas Abertas.indd 6
10/08/2017 20:09:19
07
e não se restringe a um tipo de empresa. Um de seus maiores clientes na América Latina, por exemplo, é a OTA Despegar (Decolar), que na Argentina é case em adequação, ajuste e adaptação da Travelport dentro de seus sistemas. No Brasil, uma das principais referências é a CVC, que optou pela Travelport para desenvolver sua plataforma de aluguel de veículos. Não obstante, uma parte substancial da receita da empresa hoje vem do segmento de hospitalidade, e o foco é agregar conteúdo específico que não faz parte das grandes cadeias para atender redes menores e players independentes. “Cerca de quatro anos atrás criamos uma posição só para entender quais eram as demandas locais. Seu foco é garantir que eles tenham tudo o que o conteúdo desejado desses hoteleiros menores estejam à sua disposição”, conta Vargas. “A venda de hotéis e carros via GDS está sendo introduzida agora no Brasil. O agente tinha medo, insegurança. Então, quanto mais facilitarmos leitura, entendimento e condições apresentadas, mais adesões teremos. No fim, quem se beneficia é o consumidor, que não tem de ir a diferentes pontos buscar cada etapa de sua viagem”, analisa. No Brasil, cinco profissionais são dedicados ao treinamento de agentes, e a Travelport tem um espaço próprio para a atividade. Mas como atender diversas empresas, com múltiplos modelos de negócios, e ainda assim manter a customização? “Quando se chega em uma empresa grande, com diferentes linhas de negócios, é onde a consultoria faz a diferença. O consolidador, por exemplo, tem maior potencial de investimento, é maior e mais complexo, e precisa desse atendimento mais próximo”, explica. “Por outro lado, é impossível ter um consultor Travelport para cada agência de pequeno porte, embora a demanda dos agentes geralmente seja muito parecida, muda um detalhe ou outro”, compara Vargas. Em suma, a demanda da Travelport vem de baixo, e não é imposta. Ouvir o que o mercado busca e apresentar soluções. Agências de viagens corporativas, OTAs, consolidadoras, operadoras. Mesmo dentro de cada um desses grupos, as estratégias são diferentes, tem propostas de negócios diferentes.
NOVO MOMENTO Quando Luis Carlos Vargas, então com duas décadas de Turismo, assumiu a Travelport no País, em 2012, a empresa tinha 14 funcionários. Hoje tem 41 e contando... A empresa acaba de se mudar para um espaço três vezes maior ao anterior. Segue na avenida Paulista, mas agora conta com uma cobertura exclusiva, moderna e espaçosa, cuja capacida-
JP 06 e 07 - Portas Abertas.indd 7
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Amy Yang, gerente de Hospitalidade, com Daniel Alves, executivo de Hotel e Carros. Está faltando a gerente de Produtos, Samantha Mariano
Equipe comercial: Cesar Faria, Thainá Costa, Renata Gasola e Fernanda Irias. Estão faltando Fernanda Leão, Marcia Santi, Ricardo Viola, Daniel Trento, Willian Becker
Marketing: o gerente Ricardo Serain e a executiva Kelly Campos
Outra parte da equipe comercial: ao centro, o gerente Paulo Cesar Barbosa, com os executivos Marcelo da Luz, Larissa Ota, Rosana Ramos e Klaus Santos
A diretora de Finanças, Patricia Drummond. Está ausente o analista financeiro Anderson Silva
Desenvolvimento Técnico: o gerente Eduardo Calamari com Fernando Ignacio, Alex Karcher e Luis Fernando de Deus Lopes. Estão faltando Eduardo Souza, Felipe Bonfim e Carolina Marcon, além do especialista de Suporte Técnico Adilson Lima
Paulo Loureiro, diretor de Serviços de Fornecedores para América do Sul
- Treinamento: os consultores Vicente Junior, Beatriz Souza, e Sheila Resende e a gerente Daniella Alcici. Está faltando Marques Santos, gerente de Implementação de Projetos
de é de bem mais de 41 pessoas, e isso fica nítido na quantidade de mesas vazias, a serem preenchidas por novos reforços (alguns já em processo de seleção). São nove salas de reunião, uma de capacitação do trade e de parceiros, auditório do condomínio à disposição para eventos maiores. Salas equipadas, com nome de aeroportos do mundo inteiro. O escritório é rodeado por um espaço aberto 360º, onde também é possível realizar almoços, happy hours e outros eventos com uma das melhores vistas da cidade, ou “o ponto mais alto da avenida mais alta de São Paulo”, como prefere o gerente de Marketing Ricardo Serain. Neste ano, mais precisamente em maio, Luis Carlos Vargas saltou de gerente geral Brasil para vice-pre-
sidente interino e gerente geral da companhia para América Latina. Ele preenche o cargo deixado por Erika Moore, que foi de diretora regional para América Latina e Caribe a vice-presidente e gerente geral para os Estados Unidos. A meta é, sem falsa modéstia, estar em igualdade de participação com os concorrentes. “Existe grande oportunidade para lograrmos, sobretudo porque estamos focados não em ir direto no que queremos oferecer, e sim no que o cliente precisa”, confia Vargas. “Quando vim trabalhar aqui surgiu a história do NDC (New Distribution Capability), que nada mais é do que atender o cliente baseado em seu perfil em determinadas situações. Ou seja, cada uma das viagens apresenta ex-
Tecnologia: o analista de Suporte API, Marcel Keiti Toma, com o gerente de Soluções Luis Pain
periências diferentes. Hoje se busca viagens diferentes, em todos os níveis há clientes pedindo isso. É uma tendência natural, uma evolução natural.” Entre as principais novidades, a abertura para pagamento em reais no Brasil, “um problema que a Travelport assumiu e solucionou, mas agora precisa ser melhor divulgado”. O My PNR, lançado na Abav do ano passado para agências de pequeno porte, vai se transformar em mobile “com tudo o que o desktop tem e mais”, quando completar um ano, isto é, na Abav Expo deste ano, em setembro. Lançada na Conotel deste ano em parceria com ABIH e Interpec, a Travelport é a provedora de tecnologia de uma OTA “mais justa” com os hoteleiros, a Mix Hotel.
10/08/2017 20:09:45
08
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Mercado
Parcerias que
impulsionam EM 2017, A EXPECTATIVA É QUE UM MILHÃO DE TURISTAS BRASILEIROS - SEMPRE UM VIAJANTE MUITO REQUISITADO PELOS DESTINOS INTERNACIOnais - visitem a Argentina. Além da proximidade geográfica, o fator econômico pode ser um dos motivadores para a escolha pelo destino, ainda mais diante do atual cenário brasileiro. Este ano, por exemplo, para impulsionar o Turismo no país, o governo da Argentina implementou a isenção do imposto sobre valor agregado, o IVA, para turistas estrangeiros, nas diárias de hotel. Parcerias com o setor privado também pretendem garantir um maior fluxo de visitantes ao país. Em julho, a bandeira de cartão de crédito Elo lançou uma ação para beneficiar os turistas brasileiros em trânsito para Buenos Aires e Bariloche. Além de facilidades no pagamento em pacotes adquiridos com o cartão na operadora Agaxtur, a empresa garantiu ofertas e descontos em atrações e restaurantes. “É sempre um benefício esse tipo de iniciativa do setor privado, pois ajuda a promover um destino”, diz a coordenadora de Marketing do Inprotur no Mercosul, Natalia Pisoni. O Turismo de Bariloche também vê com bons olhos iniciativas do tipo. Expectativa é de que um milhão de turistas brasileiros visitem a Argentina este ano
JP 08 - Elo.indd 8
“Tudo o que dê mais vantagens para o turista brasileiro em Bariloche é benéfico”, acredita o diretor de Imprensa da Emprotur Bariloche, Leo Tiberi. Este ano, apenas para a temporada de inverno, o órgão espera superar mais de 30 mil turistas brasileiros. Para Natalia, ampliar ações como essa pode ser uma boa opção para impulsionar o Turismo em outras regiões argentinas. “O Norte ar-
Natalia Pisoni, coordenadora de Marketing do Inprotur no Mercosul
gentino, por exemplo, não é muito conhecido no Brasil. Estamos tentando que essa região seja descoberta para que os brasileiros tenham outras opções de férias na Argentina”, diz. Alguns destaques são as cidades de Córdoba e Salta, que ainda não são destinos tão populares, mas oferecem uma paisagem, gastronomia e cultura completamente diferente para os turistas. p
ARGENTINA:
FÉR I A S COM C A RT Ã O E LO COM OFERTA AINDA VIGENTE, O CLIENTE ELO QUE PASSAR PELAS LOJAS DUTY FREE SHOP DOS AEROPORTOS EZEIZA E AEROPARQUE E GASTAR
US$ 150 ou mais em compras, ganha uma caixa de alfajores Havanna. A oferta vai até 31 de outubro. Outras ações que aconteceram nas férias de julho para os clientes cartão Elo: Pacotes Agaxtur: clientes Elo tiveram parcelamento exclusivo, em até 12 vezes, para a compra de pacotes para Buenos Aires e Bariloche, além de tratamento especial em passeios turísticos, como receptivo personalizado Elo, folheto com ofertas exclusivas, desconto exclusivo no City Tour e caixa de alfajores no apartamento. Galerias Pacífico: a cada 1.500 pesos gastos em lojas e restaurantes dentro das Galerias Pacífico, em Buenos Aires, o cliente ganhava uma caixa de alfajores Havanna. Restaurantes Buenos Aires: a cada garrafa de vinho consumida em restaurantes selecionados em Buenos Aires, o cliente ganhava uma segunda garrafa, de mesmo rótulo, para consumir no restaurante ou levar para casa. p
10/08/2017 19:26:52
09
JP 09 - A.indd 9
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
10/08/2017 19:10:45
10 Mercado
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
> Renato Machado (Rio de Janeiro)
Disruptivos
em debate PLATAFORMAS QUE QUEBRAM PARADIGMAS E APRESENTAM À SOCIEDADE NOVAS FORMAS DE CONSUMO TÊM SE TRANSFORmado nos principais vetores de inovação dessa década. Já consolidadas em seus segmentos, essas empresas, geralmente startups, crescem em importância no mercado enquanto assistem ao penar de autoridades mundo afora para encontrar maneiras de regulamentá-las. Assim, o debate acerca da atuação da economia compartilhada é latente e deve acolher diversas parcelas da sociedade. Com isso em pauta, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio de seu Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur-CNC), promoveu um seminário na semana passada, em sua sede, no Rio de Janeiro, para discutir os “Impactos da Economia Colaborativa”. A conselheira do Cetur-CNC, Maureen Flores, que mediou o debate, introduziu o tema afirmando que O presidente do Cetur-CNC, Alexandre Sampaio
JP 10 a 12 - CNC.indd 10
A professora Dora Kaufman, doutora em Redes Digitais pela USP
“apesar da tecnologia muito alterar os modos de produção, foi preciso a sociedade mostrar que a inteligência não estava na máquina, estava na rede”. Maureen defende que a colaboração sempre existiu, desde que "Adão colaborava com Eva". “É essa comunidade organizada em rede que acelera a economia, que organiza e que promove uma alteração, que é imprevisível.” A academia esteve presente com a participação da professora doutora
em Redes Digitais pela USP, Dora Kaufman. A especialista afirmou que a "proliferação de novos modelos de negócios e novas oportunidades para indivíduos, instituições e empresas" surge como consequência de uma tríade: crise do capitalismo, mudanças culturais e tecnologias digitais. Ênfase para o uso do termo "modelos de negócios". Para a professora, Airbnb e Uber, por exemplo, não passam disso. Não podem mais ser
considerados economia compartilhada. “Qual a diferença na essência de um aluguel de apartamento por 30 meses e um por cinco dias?”, questionou. A opinião de Dora Kaufman ganhou eco com a participação da conectora da Oui Share, Manuela Yamada. “Inicialmente, essas plataformas foram pensadas para serem de consumo colaborativo, mas elas acabaram tomando outro caminho, entrando no mercado capital como qualquer outro negócio”, analisou. “Quando a gente fala de economia colaborativa, as pessoas têm quase uma imagem de hippie abraçando árvore e pensa que ‘lucro’ é uma palavra proibida. Mas lucro faz parte do negócio e é uma questão de sobrevida”, disse a especialista. O gerente para Brasil da Amadeus, Paulo Rezende, afirmou estar ciente de que “essa onda de inovação, de tecnologia fazendo disrupção dos negócios, vai continuar acontecendo e nós temos de estar preparados para quando ela acontecer dentro do nosso quintal”. Por conta de opiniões como essas que o jornalista de O Globo e especialista em tecnologia Pedro Dória alertou: “não partam do princípio de que vai ser lento e que vai dar tempo de acompanhar”. Um discurso de atenção que serve e muito para o mercado do Turismo, principalmente com a fala do presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, que afirmou que “não existe mais
10/08/2017 20:08:14
11
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Maureen Flores (CNC), Jorge Pontual (Abla), Paulo Rezende (Amadeus) e Edmar Bull (Abav)
viagem sem passar pelo digital”. Em sua argumentação, o diretor comercial da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) defendeu que “é preciso usar a tecnologia também a seu favor. A gente precisa entender como interagir com essa galera, como eu brinco com isso?”. E foi além, levantando a bandeira de que “a educação é o caminho anterior a qualquer atitude”.
que está pessoalmente engajado em propostas que familiarizem a sociedade brasileira com investimentos, por exemplo, em startups. “O que é necessário e está sendo feito pelo congresso é a busca pela desburocratização para que o dinheiro chegue em quem tenha essas ideias.” p > Continua na pág. 12
EQUILÍBRIO
"Não adiantar barrar, o que adianta é fazer regulamentações inteligentes", defendeu Bull. Reproduzindo uma fala da pesquisadora Bia Mancini, Manuela Yamada afirmou que essa é uma "sociedade que está no século 21, as empresas no século 20 e o governo no século 19". O presidente do Cetur-CNC, Alexandre Sampaio, foi conciso e disse que "essas novas plataformas são novos negócios, portanto, como novos negócios, têm que ser regulamentados devidamente e pagar seus tributos". Rezende, da Amadeus, aproveitou o debate para defender um equilíbrio na competição entre o tradicional e o novo. Para ele, é preciso "não só regular o novo, mas também desburocratizar o que já existe. Essa é uma oportunidade de se ter um equilíbrio entre um e outro". Esse processo necessário por meio de órgão federais vem para “rever conceitos, premissas, paradigmas e modelos de negócios e se preparar para o novo mundo”, nas palavras de Dora Kaufman. Promotor do debate acerca da economia colaborativa no Congresso Nacional, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) esteve presente ao encontro e defendeu que “a lei seja de vanguarda e rompa com situações que não sejam tão visíveis”. “A vida coletiva sempre requereu que se estabelecessem regras. Temos que estabelecer esses procedimentos convencionados”, defendeu. Leite garantiu que o debate é frequente na câmara e
JP 10 a 12 - CNC.indd 11
10/08/2017 20:12:43
12
< Continuação da pág. 11
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Flashes
1
Seminário CNC
1 Edmar Bull (Abav), Jorge Pontual (Abla), Alexandre Sampaio (CNC), Paulo Rezende (Amadeus) e Graco Parente (SEHA João Pessoa) 2 Manuela Yamada, conectora da Oui Share 3 Pedro de Lamare, presidente do Sind Rio 4 A conselheira do Cetur-CNC, Maureen Flores 5 O jornalista Pedro Dória, especialista em tecnologia 6 Edmar Bull, da Abav Nacional, José Guilherme Alcorta, da PANROTAS, e Paulo Rezende, da Amadeus 7 Vanessa Paganelli, da CNC, Constança Ferreira de Carvalho, da Aboc, e as guias de turismo Adenir de Souza e Maria Emilia Cavalcanti 8 Roberto Maciel, presidente da Abrasel-RJ 9 Alexandre Sampaio, presidente do Cetur-CNC, e Edmar Bull, presidente da Abav Nacional 10 Otávio Leite, deputado federal pelo PSDB-RJ 11 Eraldo Alves, da CNC, e Constança Ferreira de Carvalho, da Aboc 12 Hamilton Vasconcellos, vice-presidente da TurisRio 13 Marcio Santiago, da Brasil CVB, e Carlos Alberto Lidizia, da Universidade Federal Fluminense
2
3
4
6
8
7
9
11
JP 12 - CNC Ffashes.indd 12
5
12
10
13
10/08/2017 20:13:57
13
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Inovações e bem receber na Serra Gaúcha A BROCKER TURISMO, A MAIS TRADICIONAL EMPRESA DE RECEPTIVO DA SERRA GAÚCHA, TEM INVESTIDO EM TECnologia e novidades para atender às principais operadoras de turismo do país. Este ano, por exemplo, a empresa lançou o Gramado Pass 1 um combo de ingressos com desconto a parques e atrações. Outra inovação é o aplicativo Brocker Turismo 2 “Por meio do app, o usuário é informado por push dos seus horários de saída dos hotéis, sugestões de passeios para os dias livres, acesso direto com a equipe operacional, enfim, todas as facilidades de autoinformação com muita rapidez”, afirma a diretora geral da empresa, Any Brocker. O aplicativo está disponível nas plataformas iOS e Android. Todas as novidades contemplam o Bustour, que já está consolidado como o transporte turístico oficial de Gramado e Canela. Parceiros da empresa, a maioria dos hotéis da região possuem um totem da Brocker Turismo com tablet para consulta da agenda de passeios. Basta o cliente inserir o número de reserva e sobrenome para ter o acesso a todos os horários de passeios e jantares, totalmente integrado ao sistema da Brocker Turismo em tempo real.
INSPIRAÇÃO, EXPERIÊNCIAS E BEM RECEBER
Um dos maiores diferenciais da Brocker Turismo é a preocupação com a quali-
1
dade e a entrega dos serviços aos clientes. Em março deste ano, a empresa lançou a campanha Colecione histórias. ”Quem viaja sabe que conhecer novas paisagens e deixar para trás velhas rotinas é inspirador. Nós acreditamos que toda viagem é uma oportunidade para que novas histórias aconteçam, e que promover encontros felizes é a melhor forma de tornar cada experiência inesquecível. Com base nesses conceitos está solidificada nossa promessa de bem receber, sempre de braços e coração abertos”, explica Any. Seguindo esta mesma linha, a Brocker Turismo criou o Programa Bem Receber, em que, entre outras ações, os passageiros recebem um kit de boas-vindas 3 e, se for aniversário, ganham um presente especial. “A Brocker Turismo se preocupa com todos os pequenos momentos, entre prestação de serviços e a melhor qualidade no atendimento. Trabalhamos desta forma para transformar todos os momentos do cliente, desde a sua chegada até o seu retorno, em uma experiência incrível”, completa Any.
PARCERIAS E FUTURO Desde 1995, ano da fundação, a Brocker Turismo vem trabalhando incessantemente na melhoria da sua estrutura para cumprir a sua promessa junto aos clientes operadores, de encantar a todos que visitam o destino Serra Gaúcha.
Hoje, a Brocker Turismo oferece uma ampla assessoria e completa infraestrutura para os visitantes da região. Com unidades em Gramado e no Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, além de matriz em Canela, a empresa conta com colaboradores treinados, priorizando o conforto e a segurança dos passageiros, dispõe de frota própria e diversos roteiros e serviços. Trabalhando com as principais operadoras, a empresa entrega anualmente o Troféu Infinito, para valorizar a parceria. Em 2016, as premiadas foram Flytour Viagens, Visual Turismo, Latam Travel, Azul Viagens, Trend Operadora, MMTGapnet, Master Operadora, FRT Operadora, Abreu Viagens e Nova Operadora.
2
Aplicativo da Brocker Turismo informa horários e dá sugestões de passeios
Como os últimos anos têm sido de grandes desafios para o mercado turístico, a empresa vem se reinventado e planejando o futuro, mas mantém-se como referência no destino para distribuição de serviços. "Entendemos o momento econômico do mercado e o quanto isso está mudando o ciclo de compra e a forma de viajar. Por isso, nos preocupamos tanto em oferecer os mais diferentes produtos e serviços para encantar, sempre focados nas experiências positivas e recordações duradouras. A equipe Brocker Turismo foca na inovação e no diferencial, por isso, garanto que nos próximos meses teremos grandes novidades para nossos clientes", revela Any. p
3
Para dar boas-vindas aos turistas, foi criado o programa Bem Receber
INFORME PUBLICITÁRIO
Cidades: Canela – Gramado – Porto Alegre
JP 13 - Publi Brocker.indd 13
10/08/2017 20:45:00
14 Seguro viagem
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
> Artur Luiz Andrade
Entrou água LANÇADO HÁ DOIS ANOS E MEIO PELA IFASEG E PELA BRAZTOA, COM DIREITO A POMPA E CIRCUNSTÂNCIA DURANTE A ABAV Expo, o seguro Trip Protector, da seguradora QBE, que protegia contra quebra de fornecedores (em até R$ 10 mil por passageiro) saiu do mercado. Segundo a presidente da Braztoa, Magda Nassar, a entidade foi comunicada sem muitos detalhes, mas ela acredita que tenha sido pela baixa adesão tanto de operadores quanto de agências de viagens, o que o Jornal PANROTAS confirmou com outros players. O mercado pedia o produto, reclamava nas redes sociais, tomou prejuízo com a quebra de diversos fornecedores e no final não aderiu ao produto que, segundo a Ifaseg, era mais barato que
Operadoras
um seguro viagem tradicional. “É uma pena (essa baixa adesão), pois o seguro funcionou muito bom em diversas ocasiões de fornecedores que fecharam no Exterior, além de ter também a questão dos cancelamentos e da responsabilidade civil, que continuam. Fiquei surpresa, mas também decepcionada pela não adesão do mercado, que sempre nos cobrava por um produto desse tipo”, diz Magda Nassar. Apesar de tudo, ela acredita que tenha sido uma vitória o fato de o mercado ter tido o produto. Ainda de acordo com a presidente da Braztoa, o Trip Protector foi exclusivo das associadas Braztoa em seu lançamento, por seis meses, mas depois a Ifaseg abriu o produto para o mercado. Mesmo assim, as vendas não decolaram (apenas
22 operadoras aderiram no País inteiro) e a seguradora QBE teria decidido assim retirar o produto de seu portfólio (segundo apurou o JP, não houve qualquer problema maior envolvendo o seguro, para o cancelamento pela seguradora – a questão foi puramente comercial).
OUTRAS COBERTURAS Além da proteção contra falências e recuperação judicial de fornecedores, o Trip Protector, produto que pertence à corretora Ifaseg, também tem coberturas para cancelamentos de viagens e responsabilidade civil, além de seguro viagem normal, o que, segundo o diretor da empresa, Mário Gasparini, continua-
> Renê Castro
Reconquistando
o agente
É DESSA FORMA QUE A CVC SE ENXERGA NO ATUAL CENÁRIO DA INDÚSTRIA. APÓS UM PASSADO DE BRIGAS E UMA IMAGEM MARginalizada pela concorrência desleal com os pequenos agentes de viagens, o Grupo CVC hoje está dedicado a mostrar a robustez que estampa seus balanços financeiros. Com aumento de 56,1% no lucro líquido ajustado (R$ 21 milhões no 2T17 e R$ 87 milhões no 1S17) e uma série de outros resultados positivos, como a geração de caixa operacional chegando a R$ 172 milhões no segundo trimestre do ano (R$ 28 milhões acima do mesmo período do ano passado), o presidente da companhia, Luiz Eduardo Falco, se arrisca a fazer um convite para que pequenas e médias agências convertam-se para a rede. “Não se trata de vender o próprio
JP 14 - Trip.indd 14
rão a existir no produto. “A proteção contra quebra era um acessório da responsabilidade civil e apenas esse item será descontinuado, mas posso garantir que já estamos em negociação com outras seguradoras para tentar achar uma solução para essa cobertura, que é importante para o mercado”, disse ele. Gasparini confirmou que a decisão da seguradora QBE se deu por causa das baixas vendas. O mercado não aderiu. “Acho que faltou maturidade do mercado para avaliar a dimensão e importância dessa cobertura. Temos a sensação de missão cumprida e vamos tentar uma outra solução”. Vale destacar que proteção antiquebra continua valendo até 19 de setembro, em uma espécie de “aviso prévio” que a seguradora está cumprindo. Depois disso será descontinuada pela QBE. As operadoras que ainda estão com o produto ativo (e até 19 de setembro) são Agaxtur, Flot, Litoral Verde, Know How, Lusanova, Mercatur, MGM, MMTGapnet, New Age, Newit, Orinter, Queensberry, Raidho, Sanchat, Socaltur, TGK, Turnet e Vivere.p
peixe, trata-se de constatar que nenhuma empresa do segmento tem resultados parecidos com os nossos. É fato: se você trocar a sua placa por uma da CVC, o tráfego dobra e a sua conversão pode aumentar em 25%. Quem não quer ter a mesma estrutura, com os mesmos custos e aumentar as vendas neste patamar? Nosso EBITDA teve crescimento nos últimos 14 trimestres. Se o seu negócio está lutando contra este índice nos últimos trimestres, de repente seja a hora de olhara para a CVC com mais carinho”, argumentou ele. “Tem muito mais gente olhando e desejando o nosso portfólio, os serviços que podemos oferecer. O agente de viagens já entende que pode contar conosco, que tem na CVC uma marca de confiança, que vai
garantir o embarque do passageiro. Nossos balanços são publicados, ou seja, não há segredo. Os profissionais estão nos apoiando e a recíproca é verdadeira, por isso seguimos investindo neste canal e colhendo resultados importantes.”
MAIS LOJAS
Com 32 aberturas no segundo trimestre e 105 nos últimos 12 meses, a CVC segue o cronograma de dez novas lojas por mês e superando a meta de 100 lojas por ano. Perguntado sobre o ritmo acelerado, Falco dispara: “vamos chegar a duas mil lojas sem titubear. Quando chegarmos a esse número, vamos ver como estará o Brasil”, afirmou, brincando que, no País, “prever o futuro é tarefa impossível”.
REXTUR ADVANCE E SUBMARINO
As reservas confirmadas dessas duas outras empresas do grupo também observaram crescimento no último trimestre, com R$ 910 milhões, contra R$ 823 milhões no mesmo período do ano passado (+10,6%). A receita líquida em vendas, porém, teve leve queda, com R$ 56,1 milhões no 2T17 contra R$ 56,6 milhões no 2T16. A recuperação O crescimento nas reservas, segundo Falco, se deu por conta de um crescimento de tíquete médio causado pelo aumento das tarifas de aéreo. “O mercado corporativo é menos sensível à variação de yield (valor médio pago por um passageiro para voar por quilômetro) e, fora isso, há um vigor por parte da direção da Rextur Advance em aumentar os resultados.” No caso da Submarino Viagens, o presidente da CVC segue admitindo que o grupo “deve uma solução mais interessante para o on-line”, sem dar mais detalhes sobre o que poderia ser a saída para este segmento. p
10/08/2017 19:28:00
15 Cruzeiros marítimos
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
> Renato Machado - Rio de Janeiro
Frustrante
2016/2017 A QUEDA NOS NÚMEROS DA INDÚSTRIA DE CRUZEIROS NO BRASIL É “FRUSTRANTE” PARA O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz. “Frustrante porque sabemos do nosso potencial”, justifica. Vieram para a costa brasileira na última temporada sete navios – mesmo número de 2017/2018, três a menos que 2015/2016 e equivalente apenas a 2004/2005, antes do boom dos cruzeiros no País e que trouxe apenas seis embarcações. Segundo dados apresentados pelo mandatário, foram 356 mil passageiros embarcados na temporada 16/17, mais uma vez resultado equivalente ao de dez anos atrás e queda de 35% em relação ao número de viajantes de 15/16. O impacto desses passageiros na economia brasileira foi de R$ 1,5 bilhão, mesmo patamar de 13 anos atrás e 19,4% a menos que em 15/16. Defendendo investimentos na criação de novos destinos, Ferraz disse que “esse dinheiro vai diretamente para a economia de Búzios, Cabo Frio, Rio de Janeiro, Santos, Salvador, todas as cidades que recebem os cruzeiros”. A boa notícia para a temporada 2017/18 é que, apesar da manutenção na quantidade de navios recebidos, haverá um acréscimo no número de escalas e, assim, consequente aumento na oferta de leitos. Em 16/17 foram 547 escalas e 383 mil leitos disponíveis, abaixo das 557 escalas e 430 mil leitos da próxima temporada. “Nessa temporada vocês verão muito cruzeirista fazendo a primeira viagem nos mini-cruzeiros”, aposta. “É nele que ele vai ‘testar’ esse tipo de viagem, por isso a gente tem que trabalhar para fazer com que ele volte”. A sugestão de Marco Ferraz aos agentes é priori-
JP 15.indd 15
zar as vendas das datas nobres, como Natal, Réveillon e Carnaval. Sem dar projeções, ele se mostra animado com a performance da próxima temporada: “as coisas estão caminhando”. p
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
10/08/2017 19:30:22
16
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
Te c n o l o g i a
> Karina Cedeño - São Leopoldo (RS)
Chegada triunfal DESDE QUE INICIOU AS OPERAÇÕES NO BRASIL, EM MARÇO DESTE ANO, A CONCUR VEM SE ENTUSIASMANDO CADA VEZ mais com nosso mercado. Novos parceiros e planos de ampliar sua equipe de suporte dão à empresa cada vez mais espaço no fornecimento de sistemas para a gestão de viagens. “Hoje, o Brasil já ocupa a segunda posição entre os novos mercados da Concur no mundo, ranking no qual ocupa espaço com países como China, Japão e Itália”, conta a diretora geral da Concur no Brasil, Valeria Soska. "Conseguimos superar nossas metas de vendas desde que iniciamos as operações no Brasil, o que foi muito surpreendente e satisfatório. Houve boa receptividade por parte das empresas, visto que o mercado brasileiro carece de uma solução como a que a Concur oferece, tratando viagens e despesas de forma integrada com governança e c ompliance ", complementa Valeria. A Concur conta hoje com uma equipe de 15 pessoas em São Paulo, dedicada às áreas de Vendas, Marketing, Serviços e Business Development, além de um time de suporte com 12 pessoas que ficam no SAP Labs Latin America, em São Leopoldo (RS), número que deverá ser ampliado para 20 até o ano que vem, segundo Valeria. E a empresa garante que já tem se adequado bem às especificações do mercado brasileiro, considerando, por exemplo, a total adaptação de sua solução de gestão de viagens às recentes mudanças relacionadas a tarifas de despacho de bagagem.
A responsável pela área de Marketing da Concur, Neemat Eid, a diretora geral da Concur no Brasil, Valeria Soska, e o diretor de Serviços da Concur no Brasil, Jean Amadei
NOVOS CLIENTES
Com suas soluções utilizadas por mais de 160 multinacionais que atuam no Brasil, a Concur anunciou recentemente duas novas parcerias. Uma delas é com a Embraer, que contratou as soluções Concur Travel e Concur Expenses com o objetivo de aprimorar seus processos de conformidade e a experiência dos clientes, além de reduzir custos. Outro novo cliente da Concur no País é a empresa global de soluções e serviços de tecnologia da
JP 16 - Sap Labs.indd 16
Área onde são feitos alguns dos experimentos de novos projetos
informação e comunicação Logicalis, que optou pelo Concur Expenses para a gestão de suas despesas corporativas. "O objetivo é simplificar os processos, facilitando a vida dos profissionais que precisam fazer pedidos de reembolso
e reduzindo o tempo de pagamento", conta o VP de Operações da Logicalis no Brasil, Marcio Caputo. No último trimestre, a Concur anunciou uma parceria com a Avipam, que por meio da ferramenta oferecida pela SAP Concur possibi-
lita a seus clientes a emissão de recibos via celular, desde a reserva e emissão dos bilhetes aéreos até as reservas hoteleiras e outros tipos de despesas durante as viagens.p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite dda SAP Brasil.
10/08/2017 20:15:18
17
JP 17 - A.indd 17
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
10/08/2017 19:12:22
18
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Para saber tudo sobre turismo na Califรณrnia, acesse
visitcalifornia.com.br e star.visitcalifornia.com
JP 18_Info California.indd 18
10/08/2017 20:02:44
19
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
5 DICAS PARA GERAR MAIS Visitantes:
NEGÓCIOS DURANTE A ABAV EXPO 2017
A maior feira do setor de Turismo, com certeza, é uma ótima oportunidade para estar em contato direto com os diferentes players do setor, em um ambiente propício à realização de negócios. Portanto, confira as dicas abaixo e garanta uma participação mais eficiente no evento.
1.CONHEÇA
rismo de Luxo também são áreas que trarão práticas atuais e inovadoras, visando aperfeiçoar o setor no Brasil.
4.APROVEITE OS ESPAÇOS DE RELACIONAMENTO DA ABAV EXPO Neste ano, a 45ª Abav Expo contará com diversos espaços de relacionamento e encontros comerciais para estimular,
simultaneamente, o networking e a geração de negócios. Não deixe de conhecê-los: 48º Encontro Comercial Braztoa, Ilha Corporativa Abracorp, e os espaços de Turismo Luxo, Turismo Especializado, Clia Brasil, Air Tkt e Conexão Abav. 5. DÊ CONTINUIDADE AO NETWORKING NO PÓS-EVENTO:
Se após o fim da feira sua empresa se esquecer dos prospects conquistados durante os três dias, nenhum dos esforços terão sido válidos. É muito importante manter os relacionamentos. Portanto, cultive o networking criado com as empresas com que teve contato e que despertaram interesse para o seu negócio. p
OS EXPOSITO-
RES Um antecipado e completo planejamento da participação de sua empresa na feira deverá fazer parte do seu cronograma. Visite o site da feira – www. abavexpo.com.br –, conheça os expositores, visite o site das empresas e faça uma lista com os clientes potenciais, fornecedores ou parceiros. Outra dica importante é começar o contato com as principais antes mesmo do evento.
2.PROGRAMAÇÃO A Abav Expo ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 de setembro, das 12h às 20h, no Expo Center Norte. Programe sua participação considerando tanto as reuniões com expositores, como as rodadas de negócios, palestras na Vila do Saber e visitação a espaços voltados ao networking, como o Conexão Abav. Dedique pelo menos um dia específico para comparecer à feira. Assim, você conseguirá cumprir com o seu planejamento sem pressa e com disposição. É importante também definir prioridades, já que o evento contará com mais de mil marcas expositoras e diversos eventos ocorrendo simultaneamente.
3.TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES A Abav Expo 2017 é a oportunidade ideal de estar em contato com novas tendências e soluções inovadoras para o setor. A feira apresentará pela primeira vez o Espaço Futurismo, área dedicada à busca de ideias e soluções inovadoras que gerem mais negócios para agências de viagens e operadoras. O Congresso Abav de Turismo, na Vila do Saber, e os espaços Turismo Especializado e Tu-
JP 19 - Coluna Abav.indd 19
10/08/2017 19:51:46
20 Aviação
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
> Artur Luiz Andrade e Rafael Faustino
De olho em expansão OPERADORA DOS AEROPORTOS DE BRASÍLIA E NATAL, A INFRAMERICA TEM NOVO PRESIDENTE BRASIL: JORGE ARRUDA, QUE ASsumiu o cargo em julho, substituindo Daniel Ketchibachian, que agora fica como CEO do aeroporto de Ezeiza, na Argentina. Com 53 aeroportos em todo o mundo – a maioria deles nos países vizinhos da América do Sul, mas também na Itália e Armênia –, a Inframerica garante que o mercado brasileiro é um dos focos de crescimento. "Na última rodada de concessões, julgamos que o retorno sobre o risco não era vantajoso. Mas estamos analisando todas as oportunidades para entrar em novos projetos no Brasil", garantiu, em entrevista ao Jornal PANROTAS. A primeira dessas oportunidades pode ser o aeroporto de Viracopos (SP), que será relicitado em breve. "Não posso garantir que faremos proposta, mas com certeza olharemos para essa possibilidade em Campinas", disse Arruda, que está na Corporacion America Airport há quatro anos e antes de assumir a presidência no Brasil era membro do Comitê Executivo e cuidava de Fusões e Aquisições do grupo. JORNAL PANROTAS — Já há sinais de recuperação na oferta de voos em Brasília? JORGE ARRUDA — Sim. Ainda vamos cair este ano, em relação a 2016, mas já vemos uma movimentação de companhias como a Gol, que adicionou voos domésticos, além do internacional com a Latam, que anunciou Punta Cana, e a Copa, que colocou mais quatro fre-
Roberto de Oliveira Luiz, diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, com Jorge Arruda, novo diretorpresidente
quências para o Panamá em junho. JP — De quanto foi a perda de passageiros durante a crise? ARRUDA — Ainda conseguimos crescer 9,5% em 2015, auge da crise, e caímos os mesmos 9,5% em 2016. Saímos de 20 milhões para 18 milhões de passageiros. Estamos otimistas e queremos ser os melhores, além dos mais baratos, para as companhias aéreas atuarem. Já investimos US$ 1,5 bilhão no aeroporto desde que pegamos a concessão, há cinco anos, e vemos o Brasil como um investiJorge Arruda, novo diretor-presidente da Inframerica
mento de longo prazo. Afinal, é um país de 200 milhões de habitantes e tamanho continental. JP — Qual a prioridade agora? ARRUDA — Além da retomada, melhorar o produto internacional. JP — A competição entre aeroportos já é uma realidade no Brasil? ARRUDA — A América Latina ainda não tem competição de aeroportos e não vejo isso acontecendo em um futuro próximo. JP — As novas concessões no Nordeste podem afetar a concorrência com Natal? ARRUDA — Podemos sofrer impacto, mas também ser beneficiados. O Ceará tem mais potencial que o Rio Grande do Norte, mas vemos muita competitividade em Natal como destino. Há uma boa competição de destinos no Nordeste. JP — Natal foi um bom investimento? ARRUDA — Foi um investimento ok, mas houve percalços porque o Estado não cumpriu parte de suas obrigações. (Nota da Redação: a Inframerica está pedindo indenização de R$ 1 bilhão ao governo federal por conta desses percalços citados por Arruda). Vale destacar que o aeroporto não fechou e faremos as obras na pista em menos de 30 dias,
JP 20 - Inframerica.indd 20
para que as aéreas não percam os feriados de 7 de setembro e 12 de outubro. Mais de 90% das operações foram mantidas e as empresas participaram de todo o processo de planejamento. JP — Após as melhorias em Natal, voltarão as conversas para ser o hub da Latam no Nordeste? ARRUDA — A nossa visão é de que esse assunto ainda está longe de uma definição. Ainda faltam alguns anos para que esse hub seja implementado pela Latam Airlines. JP — Qual a proporção de receitas vindas da aviação e da área comercial e de serviços nos aeroportos que vocês administram? ARRUDA — Na média, 60% vem da receita aeronáutica e 40% da comercial, mas no Brasil é meio a meio. Além de buscar oportunidades de investimento e de novos voos, uma forma de aumentarmos a receita é melhorando a infraestrutura para as aéreas e a oferta comercial. Mais passageiros e usuários podem vir do crescimento econômico, mas também dessas melhorias. Em Brasília, crescemos 30% este ano na área de alimentação e lojas. E com a introdução do Na Hora (similar ao Poupa Tempo de São Paulo) temos mais pessoas circulando no aeroporto. p
10/08/2017 19:34:16
21
JP 21 - A.indd 21
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
10/08/2017 19:17:16
22 Eventos
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
> Raphael Silva - Ribeirão Preto (SP)
Ato de
coragem UM ATO DE CORAGEM. FOI ASSIM QUE OS PATROCINADORES DEFINIRAM A ATITUDE DO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE VIAGEM DE RIBEIrão Preto e Região (Avirrp), Evandro Oliveira, de realizar a 21ª edição da feira de Turismo Avirrp na cidade do interior de São Paulo. Mesmo diante do cenário econômico atual, e depois de ver sua congênere (ou concorrente) – a Aviesp – cancelar a edição deste ano, a entidade buscou parceiros, realizou cortes e reajustou o evento para uma nova realidade, em que se questiona a eficácia do modelo de feiras e onde fornecedores encontram novos canais para vender seus produtos e para falar com os agentes de viagens. Menos visitantes, menos expositores e menos dinheiro, no entanto, não frearam a atuação de Oliveira, que admitiu dificuldades para realizar a feira. “É claro que já tivemos edições com mais público. Não só nós, como o País todo passa por um momento difícil, mas isso só nos motiva a nos adaptar e fazer tudo isso girar com o que temos”, revelou o presidente, pouco antes de agradecer o apoio da empresa de assistência Global Travel Assistance (GTA), da Vento Sul e do Estado do Rio Grande do Norte, principais parceiros que ajudaram a viabilizar a edição 2017. Durante os dois dias, a Avirrp recebeu pouco mais de 2,7 mil agentes de viagens, pior número de participantes registrado nos últimos anos. A título de comparação, de 2013 a 2016 a quantidade de profissionais caiu de 4,5 mil para três mil agentes inscritos, mas não para por aí. O número de expositores também apresentou uma queda drástica, uma vez que eram 157 em 2015, e foram apenas 89 neste ano. Quase 50% de desistência
Evandro Oliveira, presidente da Avirrp
da Avirrp e do modelo de feiras para se promover. Grandes operadoras e companhias aéreas, por exemplo, já não figuram na vitrine do evento. “Eles estão se distanciando do agente, não são mais parceiros, e é por isso que não estão aqui. O foco da Avirrp é representar o agente de viagens e exaltar a importância desse profissional para o setor”, tentou justificar Oliveira, que ainda fez um alerta. “Nós (agentes) estamos vendo o consumidor final se distanciar e não podemos deixar isso acontecer. Precisamos nos unir pela classe”. E foi diante dessa premissa que a feira foi realizada. Os agentes que marcaram presença no Centro de Eventos Taiwan, onde o evento foi realizado, contaram com 24 capacita-
ções, divididas em duas ilhas na sexta-feira e no sábado, além de sete palestras na arena, com capacidade para 450 pessoas por apresentação. Os treinamentos ganharam elogios do público e satisfizeram também quem apostou em mostrar seu produto em uma das sessões. “Com menos pessoas na feira, as capacitações são a melhor forma de poder nos apresentar ao agente. Depois disso, quem se interessa vai até o nosso estande ou entra em contato para ter mais informações e fazer negócios”, afirmou o presidente da GTA, Celso Guelfi, que teve seu discurso endossado pelo secretário adjunto da Cultura e Turismo do Maranhão e vice-presidente do Fornatur Nordeste, Hugo Ricardo Paiva. “As capacitações es-
BALANÇO GERAL 2.763 agentes de viagens presentes (2,3 mil pré-inscritos + 389 inscritos durante o evento)
213 inscritos pelas delegações; missões com caravanas Sebrae e Prefeituras Municipais 173 convidados, entre Autoridades, Presidentes de Associações e demais do Turismo Mais de 1,2
mil agentes participantes de treinamentos e capacitações 16 caravanas de todo o Brasil 89 estandes com 871 expositores inscritos
Total: 3.873 profissionais participantes durante os dois dias da Feira Avirrp
JP 22 a 24 - Avirp.indd 22
tão sendo nosso foco aqui na Avirrp, pois entendemos que o interior tem muito potencial e uma demanda reprimida. Nos treinamentos, podemos mostrar melhor e apresentar nosso destino aos agentes de uma maneira diferenciada do que só entregar o material em um kit”, disse. O público também mostrou satisfação ao fim de cada treinamento. Diretora da Nogueira Tur, Noeli Nogueira revelou não se importar com o tamanho da feira, apontando o conteúdo como diferencial. “Está menor, sim, mas isso não é negativo. Temos mais tempo para as capacitações e também para fazer os negócios, em vez de termos que ficar correndo para passar por tudo”, disse. Basear-se neste tipo de conteúdo pode ser uma das saídas para a Avirrp não ser descontinuada, mas não pode ser a única. A feira dá claros sinais de que precisa passar por uma reformulação para voltar a ganhar aderência entre os agentes e, assim, atrair grandes patrocínios e um maior número de expositores. Essa opinião pareceu ser unânime tanto entre os organizadores quanto para expositores e o público. Hugo Ricardo Paiva foi um dos que bateram nessa tecla. Para ele, não só a Avirrp precisa de mudanças, mas sim a maioria das feiras voltadas ao trade, que precisam dar mais importância aos órgãos públicos de promoção. “Muitas vezes, os órgãos acabam deixando esse tipo de feira e apostando em ações para o público final por conta da perda de relevância junto aos profissionais do se-
10/08/2017 19:32:38
23
tor. Onde está a inovação para atrair tanto o agente, quanto o expositor? ”, indagou o VP do Fornatur Nordeste. Mesmo diante desse cenário de questionamentos, a maioria dos estandes não deixou de transparecer satisfação com o volume de negócios, real objetivo de uma feira como essa. Uma das principais operadoras de Ribeirão Preto, a Virazóm Viagens foi responsável pelo maior espaço da 21ª Avirrp, muito maior do que os demais, fato que exalta a aposta da empresa no evento. “Mesmo diminuindo o tamanho da feira, os negócios continuam fazendo valer a pena nossa presença aqui. A região conta com muitos agentes de viagens, e nossa base ser estabelecida aqui ajuda muito nesse relacionamento”, esclareceu o gerente de Marketing da operadora, Lucas Lataguia. Uma união de Avirrp com Aviesp é apon-
tada por muitos como uma possível saída para o Interior de São Paulo. Afinal, além da feira, o número de associados da Avirrp é de 59 agências, e a parceria com a outra entidade pode fortalecer não apenas as associações, como os agentes do interior. Mas nada foi dito oficialmente nesse sentido, apesar de haver boa vontade para se conversar. A questão é: como dividir os lucros que as feiras ainda dão?
FOCO NORDESTINO Os maiores estandes – com exceção da Virazóm – pertenceram aos destinos, em sua maioria os do Nordeste. Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Maranhão e até Fernando de Noronha – pela
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
primeira vez com um estande próprio – marcaram presença na Avirrp neste ano, atraindo o público com suas belezas e, claro, seus produtos de sol e mar. Noronha, por sua vez, inovou e levou o público, literalmente, para ver as belas praias da ilha. Com óculos de realidade virtual, os agentes puderam ver vídeos interativos em 360º, fato que encheu os olhos dos visitantes e também o espaço do destino. “Junto com a Empetur, lançamos uma nova campanha voltada à tecnologia. Queremos que os agentes usem os vídeos em VR – virtual reality, ou realidade virtual, em português – para vender mais”, explicou a representante Simone Jar, que ainda revelou um material a ser distribuído por um cartão com código QR para ser acessado on-line.
Porto de Galinhas (PE) também esteve representado na feira, uma vez que o interior de São Paulo aparece como segunda maior fonte de hóspedes para a hotelaria do destino, atrás apenas da capital do Estado. A relevância do mercado interiorano foi reforçada pelo gerente comercial da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Daniel Jacarandá, que ainda destacou a importância de reforçar a relação com os agentes de viagens. “Diante do volume de negócios feitos com esse público, é claro que temos que estar mais próximos deles (agentes do interior). Temos treinamentos aqui (Ribeirão) e em outras cidades do Estado, mas estar aqui também nos ajuda a estreitar nosso relacionamento e continuar impactando eles”, disse.p
SERVIÇO VS. PREÇO QUEM TAMBÉM VEIO DIRETAMENTE DO NORDESTE PARA A 21ª AVIRRP FOI O CONSULTOR E IDEALIZADOR DO CURSO AGENTE EMPREENDEDOR, RAFAEL Santos. O palestrante foi um dos que mais empolgaram o público ao abordar assuntos polêmicos. E nada melhor do que começar discutindo a relação de amor e ódio entre as OTAs e os agentes. “Temos que entender que elas (OTAs), as operadoras e aéreas que vendem direto ao consumidor final não são nossos concorrentes. Quem compra com eles não quer a assistência que nós, agentes, oferecemos”, ressaltou Santos. Segundo o consultor, é preciso olhar com otimismo a atuação dos grandes players no mercado. “Os milhões gastos em propaganda fomentam o mercado de viagens e estimulam o público a viajar. A partir disso, cabe a você oferecer um serviço diferenciado para fidelizar o cliente”, afirmou. Usar o cliente como promoção gratuita também foi outro ponto falado pelo palestrante que chamou a atenção. A possibilidade de elevar a reputação de uma agência – ou até mesmo de um agente freelancer – pode ser muito mais fácil do que parece. Vídeos e declarações, segundo Santos, são fortes ferramentas para cativar novas vendas utilizando a web. Com páginas, sites e canais no Youtube, é possível utilizar esses clientes para dar voz ao seu serviço. “Um consumidor satisfeito falando para o público vale muito mais que uma simples
Consultor e idealizador do curso Agente Empreendedor, Rafael Santos
propaganda”, concluiu o consultor. Já o presidente da Avirrp anunciou, em primeira mão, o lançamento da campanha Viajar é com Agente. O objetivo é incentivar os agentes de viagens a se unirem e mostrar a importância desse profissional para a cadeia do Turismo. “Se não nos unirmos, vamos perecer. Temos que nos valorizar, conquistar o cliente e mostrar a ele por que vale a pena planejar sua viagem com um agente”, explicou Evandro, ao comparar a ação a um “pedido de socorro” do agente. A campanha, que ainda não foi oficialmente lançada, terá divulgação nas redes sociais e, possivelmente, em outros veículos, mas ainda depende de parceiros para ganhar a sequência e repercussão desejada pelos organizadores do projeto.
SOBREVIDA NO INTERIOR Essa aposta em uma campanha para elevar os agentes também deve ser o mote da Feira Avirrp para a continuidade nos próximos anos. Mesmo já tendo confirmado a realização da próxima edição para os dias 3 e 4 de agosto de 2018, os organizadores reconhecem a necessidade de alterações para não deixar o evento cair no esquecimento, a começar pelo formato. Questionado por muitos dos agentes presentes, o modelo que faz o participante passar por todas as áreas para chegar ao fim não teve uma boa recepção ao público. “Quero ir até um estande que está no fim da feira, mas não posso ir direto. Não temos liberdade aqui, e isso incomoda”, criticou a representante da Montreal Turismo Claudia Arruda. Pelo outro lado, o presidente
Evandro Oliveira explica o estilo ‘caracol’ como um comprometimento com todos os expositores para que não haja áreas mais beneficiadas do que outras. Mesmo assim, o próprio mandatário da Avirrp já fala em tom de mudanças. “A próxima Avirrp está sendo totalmente replanejada. Vamos repensar a estrutura e aprimorar a feira para que tanto nós, como aqueles que marcam presença aqui nos adaptemos a esse novo momento”, expôs. O sucesso das capacitações deve impulsionar ainda mais a aposta da organização nos espaços para esse tipo de palestras e treinamentos. Fica agora a expectativa pelas mudanças prometidas pela Avirrp para saber se o ato de coragem de Evandro Oliveira e dos organizadores deu apenas uma sobrevida ao evento ou se a 21ª edição servirá de exemplo para uma grande reconstrução da feira.p > Continua na pág. 24
JP 22 a 24 - Avirp.indd 23
10/08/2017 20:17:25
> Continua na pág. 24
< Continuação da pág. 23
24
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
Flashes
1
Av i r r p 2 0 1 7
2
3
4
5
7
10
6
8
9
11
1
12
JP 24 - Flashes.indd 24
13
Ivan Mauro, Pedro da Silva, Ignacio Palacios, Bruno Cordaro e Newton Santos (MSC Cruzeiros) 2 Ana Maria Betim (Nobile Hotéis) 3 Ricardo Cafe, Emiliana Almeida, Augusto Heudel, Danusa Decour t, Fernando Meirelles e Carlos Braga (Agaxtur) 4 Rafaela Moreira e Rober to Ver temati (Beto Carrero World) 5 Karina Cordeiro, Bruna Bernhard, Gabriela Souza e Fernando Rodrigues (T T Operadora) 6 Marco Ribeiro, Marcio Lima, Antonio Marçal e Eduardo Uchoa (Privê Hotéis & Parques) 7 Annabelle Silva, Jocimara de Souza, Heleno Aredes Cardoso, Driele Araújo e Alyne Oliveira (Monreale Hotels) 8 Thiago Palmeira e Leonardo Marques (Setur-MA) ao lado da correira e o caboclo de fita 9 Mustafá Dias e Milu Megale (Empetur Pernambuco) 10 Celso Guelfi, Gelson Popazoglo e Rogério Esteves (GTA) 11 Thiago Mar tinez e Marcio Mendes (Lusanova do Brasil Operadora) 12 Michelle Oliveira (Meliá Hotels) 13 Marcelo Neves (Empetur - Pernambuco) e Wiliam Car valho (Vila Gale)
10/08/2017 20:17:25
Eventos
Buenos Aires diversa BUENOS AIRES REFORÇA A DISPUTA PELO PASSAGEIRO LGBT. DE 14 A 19 DE AGOSTO, A CAPITAL ARGENTINA REALIZA um festival com intuito de promover a inclusão e a diversidade por meio de várias atividades em sua cena urbana. A terceira edição do Buenos Aires Diversa, cuja abertura acontece no teatro Metropolitan Surá, tem artistas vinculados ao público LGBT e entre seus destaques conta com a 10ª Conferência Internacional de Negócios GNetwork 360 e uma feira da diversidade no Passaje Giuffra com comerciantes de San Telmo. "Valores como respeito e diversidade são fundamentais para a boa convivência e para a construção de uma sociedade mais igualitária e com oportunidade para todos", destaca o vice-chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Diego Santilli. "Nossa capital é uma cidade que integra e convida todos a fazer parte." Neste contexto, e afirmando que "é um orgulho para Buenos Aires" ser uma referência mundial em inclusão e atração de visitantes de todas as idades e interesses, o diretor de Turismo da capital argentina, Gonzalo Robredo, destaca que o destino é uma metrópole plural e aberta, além de ressaltar o quanto a indústria se beneficia disso. "Somos um dos lugares mais procurados pelo coletivo LGBT, sendo Buenos Aires a principal praça latino-americana e a quinta em nível
JP 025 - Ladevi.indd 25
mundial no gênero”, afirma o diretor. Entre vários atrativos, destaque para o Festival Internacional de Cine Asterisco, aulas de Tango Queer, uma dissertação sobre Direitos Humanos, eventos esportivos, a Marcha del Orgullo, além de descontos e promoções em bares e restaurantes. Afirmando que a Argentina, liderada
por Buenos Aires, é pioneira em termos de LGBT, Pablo de Luca e Gustavo Noguera, presidente e vice-presidente da Câmara de Comercio Gay Lésbica Argentina (CCGlar), destacam a realização do GNetwork 360, "um evento de marketing e Turismo referência na América Latina, e um dos cinco mais importantes de sua
natureza no mundo todo". "A reunião terá mais de 1,5 mil participantes e 48 conferencistas, de 17 países, que durante cinco dias de atividades como seminários, apresentações, conferências e negócios, se encontram com o objetivo de gerar novas alianças e redes entre empresas envolvidas", concluem os líderes. p
10/08/2017 20:25:21
SurFACE
26
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
April Brasil com nova gerente
De gerente regional, Claudia Brito é promovida a gerente nacional na April Brasil e será responsável, entre outras funções, a analisar a participação no mercado brasileiro, vendas por região e a gestão das regionais. Com isso, as gerências regionais são redistribuídas entre Celso Andrade e Carlos Luiz Silva, que antes tinham a companhia de Claudia no posto. O primeiro fica com São Paulo, Minas e Distrito Federal, e Silva fica com os demais Estados, exceto Rio de Janeiro, este sob a gerência direta da própria Claudia Brito.
Carlos Luiz Silva, Agnaldo Abrahão, Claudia Brito e Celso Andrade, da April Brasil
Ex-NCL na Costa
O ex-Norwegian Alex Calabria reforça a Costa Cruzeiros como gerente de Vendas e Marketing no Brasil, e ficará baseado em São Paulo. A Costa confia em Calabria para reorganizar e expandir a força de vendas no mercado brasileiro a partir de um novo modelo de serviço. A empresa também irá estruturar uma nova estratégia de comunicação com enfoque na segmentação. O novo contratado tem 17 anos de experiência no setor, e substitui Dario Parazzoli, que assumiu neste mês a função de gerente de Air & Sea, Grupos e Mice da Costa para a América do Sul. Calabria atende no alex.calabria@br.costa.it.
Ana Maria Berto e Roberto Sanches, da Orinter: aposta no Nacional
Cheguei, Brasil
Operadora do grupo Esferatur, a Orinter, cuja expressão maior está nos produtos internacionais, busca maior robustez no doméstico ao anunciar seu novo departamento nacional. A empresa dirigida por Ana Maria Berto já possui contratos e condições comerciais com todas as companhias aéreas domésticas, além de hotéis de luxo e resorts por todo o Brasil, com confirmação on-line por meio de seu portal Super Hotéis. A operadora pretende investir no nicho “Sob Medida" de Lazer, segundo Ana Maria. Hoje a Orinter tem sete bases no País, e pretende se reforçar diante de indícios de que a CVC comprará uma tradicional operadora focada em Brasil.
Michael Barkoczy, presidente da Flytour Viagens
Ponto a ponto • O brasileiro Luis Felipe de Oliveira, exIata, é o novo diretor executivo da Associação Latinoamericana e do Caribe do Transporte Aéreo (Alta), com início em outubro.
Programa de Fidelidade
A Flytour Viagens lançou na semana passada o Fly Pontos, seu esperado programa de fidelidade para agente de viagens. A cada R$ 200 em vendas de pacotes regulares pela operadora, o profissional ganha um ponto, e, no caso de bloqueios e fretamentos, pontua-se em dobro. A pontuação só é iniciada após o cadastro, não valendo retroativamente, e tem expiração em um ano após a data do crédito. Acumulando esses pontos, o agente pode trocá-los por mais de 300 mil prêmios colocados à disposição. Outra vantagem é a possibilidade de migrar os pontos para o programa Eureka. Também estarão disponíveis relatórios de gestão, extrato simplificado com os créditos acumulados e catálogo on-line de prêmios. A pontuação será toda vinculada ao CPF do participante. Acesse www.flypontos.com.br para conhecer o programa.
JP 26 a 27 - Surface.indd 26
•
Ricardo Aly, ex-Royal Palm e Accor, agora também é ex-HPlus Hotelaria. Ele ficou um ano na empresa hoteleira, que agora tem Daniel Guijarro como diretor de Vendas e Marketing. • O Intercontinental São Paulo tem Gabriela Alves como nova diretora de Vendas e Marketing. Ela já passou por Marriott, Tam Viagens e DMC Brazil.
10/08/2017 20:33:07
27
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
Sanglard e seu novo time
Na Copa Airlines também há reestruturação em diversas áreas. O novo gerente geral da companhia no Brasil, Emerson Sanglard, e o gerente regional de Marketing para América do Sul, Julio Sato, são os principais destaques da nova fase da aérea panamenha. Sanglard tem quatro anos de Copa e agora terá objetivo de promover integração dos diversos canais e negócios com foco no corporativo. A principal atividade de Sato será estratégia de marketing geral e suporte às áreas comerciais, com o apoio de Luana Costenaro, analista de Marketing para mesma região. Cassio Takano, há seis anos na Copa, é o novo gerente de Contas Corporativas e conta com o apoio dos executivos de Contas Bruno Melo e Roberta Batista. Também integram a gerência de Vendas Mariana Trevizan e Jacqueline Ledo. A primeira foi recentemente contratada e será responsável pelo mercado de Lazer do Estado de São Paulo. As executivas de vendas Claudia Silva e Cristiane Cortizo fazem parte da equipe de Mariana. Anthony Mota (gerente de Vendas Rio/Norte), Ivone Gouvea (gerente regional de Negócios), a diretora Lucimar Reis, Jacqueline Conrado (gerente de Marketing) e Guilherme Dal Secco (gerente de Vendas São Paulo)
United reestruturada
Do alto de seus 25 anos de Brasil, a United Airlines anuncia uma reestruturação de sua equipe. Com a ida de Cibele Narazaki a Chicago, duas profissionais assumem novas funções: Jacqueline Conrado, como nova gerente de Marketing, e Ivone Gouvea, como gerente regional de Negócios. A primeira tem apenas um ano na companhia e a segunda é veterana, com mais de 16 anos de casa. Novidades da United também em produtos, já que a partir de outubro a companhia voará diariamente com o B787 Dreamliner entre São Paulo e Washington. A diretora Brasil Lucimar Reis ainda acredita que em um ano o 767 venha ao Brasil já com as novas poltronas Polaris. A equipe de Vendas da empresa, que conta com Guilherme Dal Secco e Anthony Mota, além de Jacqueline e Ivone, está reunida no Rio de Janeiro hoje e amanhã, com o comando de Lucimar.
JP 26 a 27 - Surface.indd 27
Julio Sato, Jacqueline Ledo, Emerson Sanglard, Mariana Trevizan e Cassio Takano
10/08/2017 20:33:39
28
JP 28 - A.indd 28
16 a 22 de agosto de 2017 JORNAL PANROTAS
10/08/2017 19:17:44