R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.252
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18 a 24 janeiro de 2017
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Depois de comprar a Rextur Advance, Submarino Viagens e Experimento, e de ter analisado (e continuar analisando) dezenas de companhias nacionais, o Grupo CVC já colocou a consolidação de empresas em seu DNA. O próximo passo deverá ser uma aquisição internacional > Página 11
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Check-IN
NO CALOR DA CRISE
Mais de 15 milhões de brasileiros viajam durante o verão e, seja pela crise ou pelo maior interesse em suas fronteiras, cerca de 54% deles devem optar por roteiros dentro do próprio Estado, 40% em outros Estados e apenas 5% internacionalmente. Entre os 84% que não pretendem viajar, as razões mais citadas foram evitar novos gastos, trabalhar para fazer renda extra e aproveitar a estação na própria cidade onde moram.
INTENÇÃO DE VIAGEM 84% Não pretendem viajar
DISTRIBUIÇÃO POR GRAU DE INSTRUÇÃO
10% Pretendem viajar
6% Indecisos
57% Médio e Superior
DISTRIBUIÇÃO POR SEXO
42% Fundamental
DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA
55% Masculino 45% Feminino
DISTRIBUIÇÃO POR CLASSE ECONÔMICA* AB
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DE
C
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* CRITÉRIO BRASIL
Páginas 04 e 05 O Turismo de São Paulo na gestão João Doria Páginas 06 a 08 Nova York tem recorde de visitantes e novos hotéis
Páginas 09 e 10 O que vem por aí no Fórum PANROTAS 2017 Páginas 18 a 21 Grupo Trend começa 2017 com casa e produtos novos
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9% 16 a 24
LEIA NESTA EDIÇÃO
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35 a 44
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14% 60 +
Fonte: Pesquisa realizada pela Fecomercio RJ/Ipsos entre 1º e 13 de novembro de 2016, com 1,2 mil entrevistados de 72 municípios brasileiros.
Editorial
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Quem é a Meryl Streep do Turismo? Essa é uma das perguntas para 2017. Precisamos de uma figura acima do bem e do mal, lúcida e que não tem medo de apontar o dedo, com classe, nem se dobra aos poderosos. Essa não é de tapinhas nas costas. Assim como precisamos da anti-Meryl Streep, mas com a mesma classe. Aquela que entende a necessidade da ponta, do eleitor que, insatisfeito, elegeu o anti-Hilary, o anti-Obama. Sendo mais prosaicos na expectativa para 2017, outras perguntas incluem: que feiras diminuirão e quais conseguirão crescer? Não nos números maquiados dos organizadores, mas na percepção de quem investe tempo e dinheiro para expor e visitar. Que entidades de classe serão lembradas positivamente no final do ano? Que lideranças? Quem vai presidir a Braztoa no próximo mandato? Magda
Nassar vai tentar a reeleição? Como a hotelaria carioca fará para ocupar o excesso de quartos na ressaca pós-olímpica? Como o Brasil se posicionará para um mundo mais temeroso, conservador e dividido? Quem vai vender mais? Coxinha ou mortadela? Não, essa expectativa não existe fora do campo do humor. Mas que prefeitos irão surpreender independentemente das imagens pré-concebidas (quase preconceitos) que cercam figuras como João Doria, Marcelo Crivella ou Rafael Greca, para citarmos alguns? Que cidades e Estados saberão driblar a crise e ver no Turismo uma grande oportunidade? Quem vai ganhar a queda de braço entre OTAs e hotéis, hotéis e Airbnb? Questões passadas que ainda pautam o dia a dia de muitos. Que novos
canais de vendas aparecerão? Quem vai ser o rei da bravata e quem vai inovar? Que empresas serão compradas e quem irá comprá-las? Quem irá nos surpreender com boas ideias, palavras, ações, discursos? Quem irá nos decepcionar mais uma vez? E a gigante Tui? Chegará de vez em 2017? E a transição de Amadeus para Sabre na Latam Brasil? Como afetará as vendas e os agentes de viagens? A CVC vai ultrapassar os R$ 10 bilhões em vendas anuais? Com certeza traremos muitas respostas a essas indagações aqui no Jornal PANROTAS ou em nosso portal, nossos eventos, nossas redes sociais... Sempre procurando olhar para frente, analisar todos os lados e respeitar a opinião e visão de todos. Compartilhar conhecimento. Expor soluções. Mais uma vez, feliz 2017.
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PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
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PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
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E U Q A DEST
DO PORTAL
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PANROTAS
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1 Azul deverá iniciar voos para Jericoacoara (CE) em abril – em 9/1
2 Trend investe R$ 6,8 milhões em nova sede; conheça – em 6/1
3 MTur oferece 120 bolsas de
REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato
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treinamento no Reino Unido – em 9/1
4 Trend compra empresa de aluguel de casas em Orlando – em 6/1
5 CVC pode comprar empresa internacional este ano – em 10/1
6 Brasil tem 11 aeroportos entre os mais pontuais do mundo – em 5/1
11 Viaje pelos 7 patrimônios naturais da Unesco no Brasil – em 6/1
7 Magda Nassar deixa Agaxtur e
12 Flytour Viagens cresce 36% e
foca em Trade Tech – em 10/1
se vê como case de sucesso – em 5/1
8 Além dos voos: 10 aeroportos em que a diversão é certa – em 6/1
9 Grand Hyatt Rio de Janeiro abre 50 novas vagas; confira – em 10/1
10 Complexo de Orlando tem nova representação no Brasil – em 9/1
13 Temer veta inclusão de promoção turística na Lei Rouanet – em 5/1
14 Conexão longa no Panamá? Veja como aproveitar o local – em 6/1
15 Air Canada irá alterar comissão de agentes em fevereiro – em 5/1
Machado Estagiários: Bruna Murback, Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Tel: (21) 2529-2415/8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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ASSOCIAÇÕES
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Política
Conhecimento de causa
Caio Carvalho, Julio Serson, David Barioni, Claudia Sender, João Doria, Chieko Aoki, Marcos Arbaitman, Paulo Kakinoff, Guillermo Alcorta e Abram Szajman
UM PREFEITO COM O PASSADO LIGADO AO TURISMO. O TRADE PAULISTANO AGUARDAVA PARte curioso, parte esperançoso, pela gestão de João Doria Jr., desde que o empresário venceu a eleição municipal, em outubro do ano passado, ainda no primeiro turno. As expectativas aumentaram em dezembro, quando o ex-presidente da Paulistur e ex-presidente da Embratur anunciou um Conselho Municipal de Turismo com nomes diretamente ligados ao empresariado da metrópole, já característico da gestão do criador do Lide. Na liderança da SP Turis, o órgão que administra o Turismo da cidade, o respaldado David Barioni Neto, ex-Tam, Gol e Apex, que tem como aliados os secretários Wilson Pedroso (chefe de gabinete) e Julio Serson, hoteleiro e responsável na prefeitura por Relações Internacionais. E, na semana passada, mão na massa. Doria reuniu o conselho e deu uma injeção de otimismo e esperança para o setor em São Paulo. Algumas de suas promessas de campanha no Turismo
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são prioridades e devem sair este ano, como garante o prefeito. Elas estão diretamente ligadas ao setor corporativo, o principal motor da indústria de viagens. São as privatizações do Anhembi e do Autódromo de Interlagos. Doria deu mais detalhes do que planeja para esses espaços, e anunciou Wilson Poit, ex-secretário de Turismo da gestão Fernando Haddad, para cuidar da desestatização e parcerias para esses e outros equipamentos. O Anhembi será privatizado em três módulos: o Sambódromo, os espaços de convenções, com auditórios e teatros, e o pavilhão de feiras. Já Interlagos terá como modelo a Yas Marina, de Abu Dhabi, com hotel, atrações de luxo e espaço para eventos, mantendo o autódromo e o cartódromo. Também está nos planos do prefeito de São Paulo "retomar" o Jockey Club para a cidade, transformando-o em um parque público, mas mantendo as características do espaço, incluindo os cavalos. Outra sugestão de campanha, a concesseção de parques, como o Ibirapuera e o do Carmo, tam-
bém deverão se materializar, seguindo modelo do Central Park, de Nova York, onde a prefeitura entra apenas com a segurança, e o restante é de responsabilidade de mantenedores e concessionários. A maioria dos 123 parques públicos da cidade deve passar pelo mesmo processo. Doria ainda crê que programas gerais também devem beneficiar o Turismo, como o Cidade Segura, que envolve blitz mais constantes pela cidade até integração de câmeras de trânsito aos sistema usado para a vigilância de São Paulo, essa última em parceria com a Microsoft, que está fazendo o serviço voluntariamente.
SECRETARIA
Todas as secretarias do governo Doria têm conselhos como o de Turismo, formados por empresários. "Não são conselhos para aconselhar e sim de co-gestão. O nível está alto, como podemos ver aqui no Turismo", disse o prefeito, que cumprimentou pessoalmente Claudia Sender, da Latam Brasil, Paulo Kakinoff, da Gol, Abram
Szajman, da Fecomercio-SP, Guillermo Alcorta, da PANROTAS, Caio Luiz de Carvalho, da Band e FGV, Chieko Aoki, da Blue Tree, e Marcos Arbaitman, da Maringá, o consultor de Doria na montagem do conselho. David Barioni, Wilson Pedroso e Julio Serson também participaram da reunião. João Doria disse que é uma felicidade para São Paulo ter Barioni na SP Turis, pelo seu lado empreendedor e de gestor. E pediu que o conselho ajude a recuperar o Turismo da maior cidade da América Latina. Os conselheiros já entraram em ação, deram sugestões e Barioni está preparando um diagnóstico do setor e o plano estratégico para apresentar em uma próxima reunião. Caio Luiz de Carvalho lembrou que o Turismo em São Paulo deve ser baseado no tripé "viagens de negócios, cultura e feiras". Os conselheiros deixaram a primeira reunião entusiasmados com os projetos e a vontade de Doria e se dispuseram a ajudar no que for preciso. Marcos Arbaitman e o prefeito agradeceram o apoio e disponibilidade de todos.p
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Toni Sando, presidente executivo do SPCVB, Rodrigo Cordeiro, da MCI, Chieko Aoki, da Blue Tree, Raffaele Cecere, da R1, Paulo Salvador, da Intercity, Gabriela Baumgart, do Expo Center Norte, e Annie Morrissey, da Atlantica
SPCVB ENQUANTO O PAPEL DA SP TURIS É DE ADMINISTRAR O TURISMO DA CIDADE, FICA a cargo do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) atrair os visitantes para além das nossas fronteiras e capacitar o trade paulistano a respeito de eventos e outros atrativos. E o órgão também tem um novo conselho a partir deste ano, que será responsável pelas atribuições do biênio 2017/2018. O presidente do Grupo GJP e do Conselho da CVC, Guilherme Paulus, assumirá o cargo de presidente, acompanhado por outros nomes do trade nas posições de vice-presidente, vice-presidente financeiro e vice-presidentes conselheiros. Denominada “Sustentabilidade”, a chapa foi eleita por aclamação na semana passada em assembleia. De acordo com Toni Sando, presidente executivo do SPCVB, o órgão irá trabalhar com três alinhamentos neste ano: assertividade, relevância e representatividade. "Com o novo conselho, temos empresários de alto nível que irão contribuir com o desenvolvimento do setor em São Paulo", afirma ele. Sando ainda destacou a possibilidade de alianças com prefeituras, uma vez que há "predisposição por parte do poder público para trabalhar de maneira alinhada" com o trade.p
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06 Destinos
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Artur Luiz Andrade
Recorde em
Divulgação / NYC&CO
Nova York
Região de Lower Manhattan é um dos destaques da "nova" cidade de Nova York após 15 anos de revitalização
O PREFEITO BILL DE BLASIO, A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, MELISSA MARKVIVERITO, e a NYC & Company comemoram o recorde de 60,3 milhões de visitantes em 2016, ultrapassando a casa dos 60 milhões pela primeira vez na história. São 600 mil visitantes a mais do que a previsão anterior, que era de 59,7 milhões de pessoas, anunciada no início do ano passado, e 1,8 milhão de visitantes a mais que os 58,5 milhões registrados em 2015. A indústria de Viagem e Turismo gera mais de 375 mil empregos na cidade de Nova York, representando um ganho de 15 mil postos de trabalho no decorrer do ano passado. “2016 não apenas quebrou o recorde de número de visitantes na história da cidade
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de Nova York, como marcou o sétimo ano de um forte crescimento do Turismo e de 15 mil empregos para nova-iorquinos”, afirmou Bill de Blasio. “Somos a cidade mais segura, culturalmente rica e empolgante dos Estados Unidos. A cada vez que o visitante chega aqui, pode experimentar algo diferente”, completou a vice-prefeita Alicia Glen. “Estamos focados em garantir que os benefícios do Turismo se estendam para cada distrito e cada comunidade.” Mais hotéis, mais shows, mais infraestrutura e mais atrativos nos cinco bairros de Nova York estão entre os motivos para atrair mais visitantes, além, claro, do fato de a cidade ser um centro econômico mundial e estar no sonho de consumo de mi-
lhões de turistas a lazer. Para continuar recebendo recordes de visitas e potencializar viagens de inverno em 2017, a NYC & Company lançou o programa “Nonstop NYC”, combinando os programas de sucesso NYC Restaurant Week (23 de janeiro a 10 de fevereiro), NYC Broadway Week (17 de janeiro a 5 de fevereiro), NYC Off-Broadway Week (27 de fevereiro a 12 de março) e a nova NYC Attraction Week. A organização também está expandindo as campanhas “See Your City”, “See it for Yourself” e “Official NYC Family Ambassador” para convidar e engajar turistas durante o primeiro trimestre de 2017. De 17 de janeiro a 5 de fevereiro de 2017, visitantes e locais poderão contar com dois ingressos pelo preço de
um em tours, atrações culturais e artísticas em mais de 70 organizações, incluindo Big Bus Tours, Brooklyn Museum, Circle Line Sightseeing Cruises, Gray Line City Sightseeing, New York Bus Tours, Lincoln Center for the Performing Arts, Madame Tussauds New York, Museum of Modern Art – Moma, New York Water Taxi, On Location Tours, One World Observatory, entre outros. Para otimizar o crescimento do segmento de viagens em família, a NYC & Company continuará com o programa Official NYC Family Ambassador em 2017, apresentando As Tartarugas Ninjas. Uma nova interação foi lançada com obras de arte criativas com temas invernais que promovem viagens em família para a Big Apple.
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Entrevista JORNAL PANROTAS — Como está o crescimento hoteleiro em Nova York? NYC & COMPANY — Hoje temos mais de 113 mil quartos, com outros 22 mil a serem abertos do curto ao longo prazos. Há novas opções tanto para o visitante individual quanto para o segmento de eventos. Desde 2014, 15 mil novos quartos foram abertos em toda a cidade, ajudando a criar novas regiões e atraindo visitantes para experiências incríveis em compras, arte, cultura, gastronomia e lazer. JP — Como a NYC & Company está trabalhando a promoção de Lower Manhattan, a parte mais no sul da ilha? NYC & CO — A impressionante revitalização de Lower Manhattan nos últimos 15 anos é um dos destaques
da “nova” cidade de Nova York. O Turismo do destino está atingindo níveis recordes e estamos trabalhando com parceiros para oferecer aos visitantes mais locais a serem explorados para compras, hospedagem, gastronomia... A região de Lower Manhattan nunca teve tanta oferta de tudo isso, com propriedades para negócios e também para o viajante de luxo. JP — Quais são os destaques na hotelaria de luxo na região? NYC & CO — Novos hotéis incluem o renovado e sustentável Intercontinental Barclay, com novos espaços para eventos e mudanças em todos os quartos. O primeiro Riu Plaza foi aberto em março de 2016, levando a conhecida marca espanhola para a Times Square, com 647 quartos. A Espanha também está representada pelo Inside New York, da Melia, e pelo Iberostar 70 Park Avenue. O Renaissance New York, com 28 andares e 348 quartos, foi inaugurado no lado oeste de Manhattan, enquanto hotéis butique estão criando experiências personalizadas em Mi-
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dtown, Lower East Side e Downtown. O novo Four Seasons Downtown (veja página 08) e o Thompson Beekman Hotel levaram acomodações luxuosas e novos restaurantes para Lower Manhattan. Os cinco bairros de Nova York deverão ganhar 138 propriedades nos próximos anos. Novas marcas, como Whitby, Public, 1 Hotel, Vib, Virgin, Hard Rock, entre outras, assim como muitos nomes da cena de hotéis butique ou independentes (Hoxton, Moxy, Boerum, Vos, Artezen, Redbury, Ibis Styles) chegam a destinos como Brooklyn, Bronx, Manhattan e Queens. Adições recentes incluem dois novos hotéis Dream, o 1 Hotel Central Park, o Brooklyn Bridge Park, The Dazzler Brooklyn, New York Edition at Madison Square Park, o Residence Inn by Marriott que será aberto no Bronx, assim como unidades de luxo já inauguradas Baccarat Hotel, The Knickerbocker Hotel e Park Hyatt. Ano passado também tivemos o Arlo Hotel, William Vale, uma nova unidade Aka em Wall Street, e um Even no Brooklyn.
JP — Como convencer o visitante a explorar outras áreas de Nova York e não apenas Midtown em Manhattan? NYC & CO — Nova York é um destino obrigatório porque oferece em seus cinco bairros uma grande variedade de atrativos. Promovemos as cinco regiões continuamente, por exemplo com a campanha See Your City, encorajando os turistas a irem aos cinco bairros. Tem sido um fluxo natural à medida em que as ofertas culturais e a variedade de restaurantes, parques, atrações e shoppings crescem nessas regiões e completam a experiência de viagem. JP — Como está o fluxo de brasileiros para Nova York? NYC & CO — O Brasil continua a ser um dos cinco maiores mercados internacionais para Nova York, contribuindo significativamente com gastos e engajamento em toda a cidade. A desvalorização do real frente ao dólar teve impacto e foi um desafio para toda a indústria. Continuamos focados no desenvolvimento do mercado brasileiro e
acreditamos que o fluxo de visitantes do Brasil retornará rapidamente, especialmente porque a cidade de Nova York continua a crescer em popularidade no Brasil e o acesso facilitado aumenta ainda mais o custo-benefício da viagem. JP — O que esperar para 2017? NYC & CO — No ano passado, recebemos 60,3 milhões de visitantes, quebrando pela primeira vez a barreira dos 60 milhões. Foi o sétimo ano consecutivo de crescimento e 12,65 milhões desses turistas eram internacionais. A cidade teve um aumento de investimentos em infraestrutura, artes, cultura, entretenimento, exposições, atrações, esportes, restaurantes e lojas. A estação de metrô da Second Avenue é a maior expansão do sistema em 50 anos, com a primeira fase abrangendo o Upper East Side. Outras novidades incluem novos espaços para shows, novos musicais na Broadway, como Anastasia , e o novo Super Pier do Meatpacking District. p > Continua na pág. 08
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LOWER MANHATTAN RENASCE COM LUXO >> Diego Verticchio
Divulgação/Four Seasons
Divulgação/Four Seasons
Espaço é luxo raro em Manhattan e um dos trunfos do Four Seasons Divulgação/Four Seasons
Especializado em carne, Cut by Wolfgang é reduto de artistas Divulgação/Four Seasons
Memorial 9/11 compõe a paisagem do novo Four Seasons de Nova York
ACOSTUMADA A DITAR MODAS E TENDÊNCIAS, NOVA YORK GANHOU MAIS UM REFORÇO DE peso quando o assunto é bom gosto e luxo. A cidade recebeu o segundo hotel da rede Four Seasons. Localizado na região de Lower Manhattan, no coração do centro financeiro da cidade norte-americana, o Four Seasons Hotel Downtown New York foi construído ao lado do One World Trade Center e traz 189 quartos e suítes e 157 private residences. Entre as suítes, destaques para as mais luxuosas: a Royal Suite, com 223 metros quadrados, localizada no 24º andar do hotel, e ainda duas Tribeca Suites e quatro Gotham Suites. Os hóspedes da Royal Suite contam com transfer de helicóptero ou limusine e mesa reservada no Cut by Wolfgang Puck. A abertura oficial do hotel aconteceu no último trimestre de 2016, mas a aposta está mesmo para este ano. Para se tornar referência em meio aos demais hotéis de Wall Street, o Four Seasons aposta em um novo conceito que alia obras de arte e chefs consagrados dentro do mesmo espaço. Duas semanas após a inauguração, abriu a primeira
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unidade do premiado Cut by Wolfgang Puck, restaurante especializado em carne e reduto de celebridades.
O HOTEL
Embora a rede não revele o valor investido, o antigo prédio que já abrigou outros hotéis passou por uma transformação completa até abrir seguindo os padrões da marca. O pé direito alto conversa com a paisagem externa formando uma entrada singular. O tom amadeirado está presente em todo lobby, que conta com a recepção do lado direito, próximo aos concierges. No lado oposto à recepção fica o badalado restaurante, aberto para hóspedes, visitantes e moradores. Uma legião de artista segue a gastronomia assinada por Wolfgang Puck, e com sorte é possível fazer uma refeição próxima a alguma celebridade mundial. Os elevadores ocupam uma área exclusiva e o acesso é feito com chaves codificadas. Os quartos são todos projetados para oferecer o máximo de conforto. Aos apaixonados por tecnologia, é possível passar todo o tempo
Áreas de convivência do hotel têm vistas privilegiadas
dentro do quarto fazendo uso apenas de teclas digitais. O telefone ainda está presente, mas ao lado dele está um Ipad que dá acesso e informações a todas as áreas do hotel. É possível, inclusive, pedir room service pelo tablet. No banheiro, a temperatura da água na banheira, bem como a televisão, pode ser controlada pelo espelho touch screen. Embora o foco do hotel seja o hóspede corporativo, quem estiver a lazer ou horário livre já tem o que fazer. O Spa at Four Seasons traz terapias focadas em resultados e, para compor o cenário de relaxamento, a direção do espaço trouxe marcas europeias como a suíça Dr Burgener, que faz sua estreia nos Estados Unidos. O spa também trabalhar com produtos da Omorovicza, marca húngara que debuta em Nova York. Aos que buscam cuidar do corpo, a academia de ginástica do hotel conta com 560 metros quadrados e conta com vista para o Oculus e World Trade Center. A piscina coberta de 23 metros é iluminada por luz natural e um terraço ao ar livre, raridade em Manhattan, complementa o espaço.
ARREDORES
Dependendo do quarto, a vista poderá ser para o imponente World Trade Center ou o Oculus, caminho que leva à estação de trem e metrô do WTC. Pelo Oculus o hóspede tem rápido acesso a todas as regiões de Nova York. Nele também está inserido um centro comercial e uma ampla área gastronômica, com destaque para o Eataly localizado no último andar da estação do metrô. Próximo do hotel também ficam Wall Street, Brooklyn Bridge, North Cove Marina e 9/11 Memorial Museum. “A localização é um trunfo. Estamos próximos do centro financeiro, de importantes atrativos turísticos e com fácil acesso ao metrô. Além disso, temos um hotel completo, com quartos amplos, ótima infraestrutura e um restaurante e spa entre os melhores de Nova York. Chegamos para ser referência em hospedagem dentro de Lower Manhattan”, garante o diretor de Marketing do Four Seasons Hotel Downtown New York, Michael Law. Site: www.fourseasons.comp
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Fórum PANROTAS
Ano da
retomada?
SE SIM, QUEREMOS APONTAR OS CAMINHOS. MOSTRAR AS OPORTUNIDADES. SE NÃO, DEBATER OS EMPECILHOS E AJUDAR a destravar o setor. O que a 15ª edição do Fórum PANROTAS, que ocorre em 13 e 14 de março, segunda e terça-feira, não fará (como nunca fez) é ficar em cima do muro e deixar sua qualificada plateia sem respostas, sem boas ideias, sem caminhos a serem seguidos (ou não). O evento voltará ao Grand Hyatt São Paulo, na região da Berrini, na capital paulista. Foi lá sua primeira edição, em 2003, ano em que foi criado também o Ministério do Turismo (e o então ministro, Walfrido dos Mares Guia, estava lá). O Fórum PANROTAS tem o patrocínio da Accor Hotels, Best Western Hotels & Resorts, Beto Carrero World, CEP Transportes, CVC, Elo, Esferatur, Grand Hyatt São Paulo e Rio de Janeiro, GTA - Global Travel Assistance, Omnibees, R1 Soluções Audiovisuais, Reserve, Rio Galeão e Sabre. Ao lado de nomes que já apoiaram o fórum em diversas edições, como a CVC, desde o começo, estão novos patrocinadores, caso da Elo e do Rio Galeão. “Ficamos muito felizes em ver um evento como o Fórum PANROTAS chegar à 15ª edição, não apenas consolidado, mas muito esperado pelo trade, apoiado por grandes empresas há muitos anos, e atraindo novos parceiros. Nosso prestígio vem da plateia de alto nível, dessas parcerias e, claro, do conteúdo que, como todos os anos, estamos tratando com bastante cuidado, com as tendências de nossa indústria”, disse a chief events officer da PANROTAS, Heloisa Prass. As inscrições estão abertas desde o final do ano passado. Porém, o valor promocional dos ingressos só permanecerá disponível até o dia 30 de janeiro, portanto garanta já o seu em www.panrotas.com.br/forum. Confira a seguir alguns dos temas que estarão na 15ª edição do Fórum PANROTAS:
Guillermo Alcorta comandará a 15ª edição do Fórum PANROTAS
AIRBNB
Uma das participações mais esperadas deste ano será a palestra do presidente da Airbnb, Leonardo Tristão. Afinal, qual a proposta da plataforma? Oferecer experiências únicas? Gerar receita extra para donos de imóveis? E a regulamentação? Como a Airbnb encara os pedidos de diversos setores em relação a sua forma de atuação?
Leonardo Tristão, presidente do Airbnb no Brasil > Continua na pág. 10
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PROGRAMAÇÃO
Mais de 20 sessões serão realizadas nos dois dias de Fórum. Os assuntos mais quentes sobre tecnologia, economia, aviação, hospedagem, empreendedorismo e políticas públicas serão expostos no palco. Independentemente do setor que atua no Turismo, nenhum executivo sentirá falta de pelo menos um tema que diga respeito à sua área ou a guidelines para os próximos meses. Alguns CEOs das maiores empresas da indústria estão sendo convidados para apresentarem sua visão de futuro.
NETWORKING
É recorrente ouvir de altos executivos do mercado que o primeiro contato para chegar onde hoje estão se deu no Fórum PANROTAS. Isso acontece pois o alto nível intelectual do evento não se restringe apenas a painelistas, mediadores e palestrantes. A plateia é um dos principais motivos que fazem do fórum um dos eventos de maior sucesso da indústria. Aproveite os intervalos, a hora do almoço e nossos espaços de relacionamento e esteja disponível para o diálogo. A oportunidade de encontrar a elite do Turismo reunida em um mesmo ambiente, focada no futuro do setor, se dá apenas uma vez por ano.
STARTUPS
Um dos assuntos de maior sucesso no Fórum PANROTAS 2016 ganhará uma continuação este ano. As startups mais inovadoras do Turismo tiveram breve, porém efetiva apresentação na 14ª edição. Muito elogiada pelos participantes, a ideia ganhou força desde então e, a partir dela, foi criado o Camp de Inovação PANROTAS e Sebrae, evento no qual diversas startups duelaram para conquistar o entusiasmo dos jurados. Como prêmio, os melhores do evento ganharam um espaço no fórum deste ano e isso significa que apenas ideias aprovadas pelo crivo de especialistas no Turismo serão apresentadas ao público. Oportunidade para ambos os lados: o das mentes criativas e especializadas em tecnologia e o dos executivos e investidores que urgem pelas melhores ideias para alavancar seus negócios.
MAIS TECNOLOGIA
O Fórum PANROTAS não discute apenas tendências, mas também a realidade do Turismo. Uma delas, mais do que concreta, uma verdade absoluta, é a influência da tecnologia no setor. Um dos painéis que mais prometem na agenda deste ano é o Estratégia Digital – disrupção e transformação para inspirar o mercado de Viagens e Turismo. Redes sociais? Mobile? Marketing on-line? O que está em alta? Como atingir um determinado público cada vez mais especificamente? Que nichos são encontrados em cada canal de comunicação? Tecnologia é um tema que sempre promete. No dia seguinte, é a vez da Comunicação Digital 3.0
NO PALCO
André Alves, da Decolar.com; Paulo
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Jurados do Camp de Inovação: Igor Albuquerque, do Sabre, Caio Martins, da Dubbi, Lucimar Reis, da United Airlines, Luis Ferrinho, da Omnibees, Debora Zanovelli, do Sabre, José Guilherme Alcorta, da PANROTAS, Philippe Figueiredo, do Sebrae, German Carmona, da Air France-KLM, e Preta Emilie, da Associação Brasileira de Startups
Kakinoff, da Gol Linhas Aéreas; Valter Patriani, da CVC; German Carmona, da Air France-KLM; Tarcisio Gargioni, da Avianca Brasil; Sandoval Martin, da Buscapé Company; Rosângela Gonçalves, da Rede Windsor; Nate Huff, da Miles Partnership; Marcelo Martins; da Triple M; Marcelo Bicudo, da All Points; e Leonardo Tristão, do Airbnb, são alguns dos nomes já confirmados para discutir o Turismo em alto nível no Fórum PANROTAS. São autoridades carimbadas da indústria e de outros setores da economia, e certamente enriquecerão o debate. Também há diversos representantes de empresas internacionais, que virão especialmente para o evento. Confira todos eles no site do evento (panrotas.com.br/forum).
NA PLATEIA
Todos os presidentes de Abavs, secretários de Turismo de todo o País, empresários de todos os setores e as principais lideranças devem se encontrar no Grand Hyatt São Paulo. Com tanta presença de decision makers, são comuns reuniões e eventos paralelos ao Fórum PANROTAS.
RETOMADA
Se em 2016 muitos dos painéis do Fórum PANROTAS focaram na disrupção, em 2017 o papel de cada um no futuro e as diferenças entre canais e modelos concorrentes dominam a programação. Não obstante, essa 15ª edição promete mostrar e questionar a retomada do País apontando mais oportunidades e reunindo mais uma vez o trade nacional e internacional.
GRAND HYATT SÃO PAULO De volta aonde tudo começou. Um dos principais hotéis do País para o público corporativo e de eventos, o Grand Hyatt São Paulo volta a receber o Fórum PANROTAS neste ano. Infraestrutura, diferentes ambientes e espaço para negócios e networking é o que não faltará.
Encontrar a elite do Turismo nacional em um só lugar só é possível uma vez por ano, claro, no Fórum PANROTAS
ARTE
Descontração, inspiração e quebra de paradigmas. Todo ano o Fórum PANROTAS dá uma dose de arte aos seus participantes, e nesse 15º ano não será diferente. “A arte para inovar sempre” será o lado artístico do evento nesta edição, com a coreógrafa Deborah Colker, uma das responsáveis pela memorável cerimônia de abertura da Rio 2016.
CORPORATIVO
De carona no PANROTAS Corporativo, portal de menos de um ano criado pela editora e com foco exclusivo no setor de viagens de eventos e negócios, o Fórum PANROTAS, como de praxe, não deixará o profissional desse segmento na mão. Dados, análises e estudos importantes para fornecedores, TMCs e principalmente gestores de viagens corporativas serão discutidos no evento.
DISTRIBUIÇÃO HOTELEIRA Distribuição é um tema que nunca sai de moda no Turismo. Aliás, talvez “polêmica” seja a palavra mais adequada. A reorganização do mercado de hospedagem e o debate sobre os caminhos da distribuição hoteleira e novos entrantes será um dos destaques da programação este ano. Além disso, o painel Desafio: OTA e Hote-
laria cutuca uma polêmica recorrente do setor e levanta a dúvida: existe equilíbrio em relações ganha-ganha?
MERCADO
Franquia no Turismo ainda é uma boa oportunidade? Estamos mesmo prontos para virar a curva do gráfico para cima este ano, isto é, 2017 é mesmo da retomada? Como aproveitar as melhores oportunidades nesse tempo de adversidade? Existe um modelo impecável para viver o mundo dos negócios do Turismo hoje? Quem tem sede por discussão de mercado não pode perder nenhuma palestra no Fórum PANROTAS 2017. Algumas discutirão o tema de maneira prioritária, enquanto outras incluirão mercado em meio a uma série de outros assuntos.
REVISTA PANROTAS Durante a semana do Fórum, o Jornal PANROTAS vira revista. A editora prepara uma versão especial todos os anos, mas isso não se restringe ao formato. No Grand Hyatt São Paulo estará circulando uma das edições mais ricas do ano em termos de conteúdo e notícias.
PROMOÇÃO
Até o dia 31 de janeiro as inscrições para o Fórum PANROTAS de 2017 tem valor promocional de R$ 630; aproveite.p
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>> Artur Luiz Andrade
CVC quer mais CONSOLIDAÇÃO É A MAIS NOVA PALAVRA NO DNA DA CVC. OU SEJA, AQUISIÇÃO DE EMPRESAS.
Tem sido assim desde que a companhia abriu seu capital e profissionalizou sua gestão. Volume é importante, além de liderança em diversos segmentos da indústria de Viagens e Turismo. A consolidadora Rextur Advance, a OTA Submarino Viagens e a rede de agências de intercâmbio Experimento foram apenas as três primeiras. Quem garante é o presidente do Grupo CVC, Luiz Eduardo Falco, que confirmou ao Jornal PANROTAS estar analisando a aquisição de diversas empresas, no Brasil e no Exterior. A reportagem do Jornal PANROTAS soube de negociações que estão congeladas com uma operadora tradicional, de uma oferta recusada por uma grande consolidadora e de um processo de due dilligence que está em curso em uma outra consolidadora... Cabe tanta empresa similar assim no grupo? Falco garante que sim. No começo do mês, o Grupo CVC, composto pelas empresas CVC, Rextur Advance e Submarino Viagens, divulgou dados preliminares de seu balanço de 2016, quando vendeu R$ 8,8 bilhões em produtos e serviços de Turismo, um crescimento de apenas 1,5% sobre 2015, devido ao ano difícil, especialmente no primeiro semestre, da consolidadora e da OTA. No quarto trimestre de 2016 o crescimento foi de 8,5%, puxado pela melhora nas vendas da Rextur Advance. Contando apenas Rextur Advance e Submarino Viagens as vendas foram de R$ 3,2 bilhões em 2016, uma queda de 6,1% sobre 2015. Considerando somente a operadora, foram R$ 5,5 bilhões em vendas, um incremento de 6,5% sobre 2015. No quarto trimestre as vendas foram 13,4% melhores do que no mesmo período de 2015, atingindo R$ 1,5 bilhão. Por canal, porém, o on-line continuou decepcionando: vendas de R$ 256 milhões no ano, uma diminuição de 6,1%. Confira a seguir, a explicação do presidente da CVC para esses números. JORNAL PANROTAS — Qual sua avaliação para os números apresentados pelo grupo em 2016? LUIZ EDUARDO FALCO — A CVC cumpriu o orçamento em um ano difícil. Conseguimos bater as metas e realizar o prometido aos acionistas mesmo com os problemas do ano. O brasileiro está 10% mais pobre e a CVC conseguiu crescer 6,5%. JP — A que você atribui esse crescimento? FALCO — Tomamos medidas que faci-
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Luiz Eduardo Falco, presidente do Grupo CVC
litaram a venda, como o fretamento do navio da Pullmantur, um produto que é consolidado na CVC, temos a tradição dos fretamentos próprios, muito produto nas prateleiras. Nesse momento em que as empresas aéreas abandonaram o varejo, nossos fretamentos e condições são muito importantes. O consumidor, com o reajuste tarifário do aéreo, que ficou entre 10% e 15%, preferiu viagens mais curtas, ficar perto de casa. As companhias estão certas, reduziram a oferta, arrumaram suas finanças. Mas para quem viaja e perdeu renda encontrou na CVC uma alternativa muito boa. Somos uma máquina forte no varejo. JP — Mas no on-line a CVC ainda encontra dificuldades, mesmo com a compra da Submarino Viagens. Por quê? FALCO — Caímos menos do que a média das OTAs, que ficou em 20%. Nós recuamos 6%. O on-line sofre com o problema de crédito. No momento da crise, a prestação fora do cartão de crédito ganha importância. A venda apenas com cartão de crédito limita. Hoje na CVC metade das vendas é via cartão (e aqui vale pagar um pouco no cartão do marido, um pouco no cartão da mulher e por aí vai) e metade em outras modalidades. JP — O on-line vai melhorar? Os problemas de sistema acabaram? FALCO — Estamos já testando uma
nova plataforma para a Submarino Viagens e para o cvc.com.br e esperamos que já esteja tudo funcionando como queremos no final do trimestre. Estamos investindo em tecnologia. O on-line continua no nosso radar, ainda não trabalhamos com afiliados, há muito o que fazer. Caímos menos que o mercado. Cair não é bom, não é nosso jeito de ser, mas o resultado é melhor que a média. Só não é melhor que a Viajanet, que vem crescendo bem. O Bob (Rossato) e o Paulinho (Nascimento) vêm fazendo um bom trabalho. JP — Então a CVC comprou a empresa errada? FALCO — Não, não. Compramos certo. JP — E a compra da Experimento? FALCO — Acreditamos que podemos dobrar esse mercado. A Experimento tem um público que é mais consultivo e não transacional, como na CVC Intercâmbio. Essa aquisição nos qualifica ainda mais para vender educação. JP — A CVC tem analisado e estudado várias empresas para comprar, mas os negócios não se concretizam... Continua difícil? FALCO — O mercado fez o que era possível, mas o Turismo tem empresas muito pouco organizadas. A Experimento, ao contrário, tem uma parte financeira boa, sem dívidas, tem caixa... A consolidação continua no nos-
so DNA. Vamos continuar analisando empresas para comprar. JP — Soubemos que a CVC está fazendo due dilligence em uma grande consolidadora aérea. Cabe mais uma no grupo, depois da Rextur Advance? FALCO — Cabe. Somos que nem coração de mãe, abertos e flexíveis. Consolidar (empresas) é estratégico para a CVC. A própria aquisição da Rextur Advance foi olhada com estranheza no começo e hoje o mercado entende que houve geração de valor para os dois lados. Gostamos muito do Marcelo (Sanovicz). O EBITDAR que a Rextur Advance teve em 2016 é maior que a soma de todos os concorrentes. Claro que houve um choque de forma de trabalhar no começo, mas hoje ele (o Marcelo) está adaptado e a sinergia entre as duas empresas tem gerado receita adicional para ambas, como na venda de hotéis corporativos, que era algo que a CVC não tinha e que é o forte da área hoteleira da Rextur Advance. JP — Então, a sede para aquisições continua... FALCO — E não apenas no Brasil. Estamos olhando empresas em mercados emergentes e é uma forma mais fácil de iniciar a internacionalização. JP — E 2017? FALCO — Não será mais fácil que 2016. Mas a CVC está preparada e temos planos de crescimento.p
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>> Felippe Constancio — Penha (SC)
25 anos O ÚNICO PARQUE TEMÁTICO BRASILEIRO ENTRE OS DEZ MELHORES DO MUNDO COMPLETA
25 anos. O Beto Carrero World, de Penha (SC), eleito pelos usuários do Tripadvisor como o melhor da América Latina, celebra a marca com novidades que prometem não só manter sua hegemonia no País, mas também subir a um novo patamar a partir de 2017. Algumas estratégias são repeteco do que vêm dando certo. Outras são novas apostas, como um plano mais agressivo de internacionalização da marca, que começou lá atrás com o sonho do artista Sérgio Murad, o Beto Carrero. Entre as ações bemsucedidas que alavancaram a imagem do parque temático nos últimos anos estão as parcerias com os estúdios norte-americanos Universal e Dreamworks, iniciadas em 2013, que trazem personagens, shows e áreas temáticas ao local. Personagens e espetáculos de filmes como Shrek, Madagascar, Kung Fu Panda e Velozes e Furiosos foram alguns dos mais recentes a fazerem sucesso com crianças e adultos no local mais divertido de Santa Catarina. “Estamos dando continuidade, integrando os conhecimentos dos estúdios com os conhecimentos e informações do Beto Carrero", conta o CEO Rogério Siqueira. “Entretanto, estamos indo além de apenas trazer esses estúdios. Para se ter uma ideia, tivemos uma abordagem muito forte na América do Sul, onde voos internacionais pousam em Navegantes (SC) com destino ao Beto Carrero World. O aeroporto de Navegantes é internacional e fica a oito quilômetros do parque.” Paralelamente aos trabalhos com os
Alex Murad, filho de Sérgio Murad (Beto Carrero), Edilson Doubrawaka, diretor administrativo e financeiro do parque, Rogério Siqueira, CEO, e Roberto Vertemati, diretor comercial
estúdios, Beto Carrero World deve estrear em 2017 duas novas apresentações: um show de personagens de um filme e outra performance associada a um dos estúdios. Pelo tom das promessas, algo grande vem aí. "Ainda não podemos falar, mas nunca imaginaríamos que faríamos algo assim." As mais de duas décadas também foram celebradas com o anúncio de um hotel nas adjacências do Beto Carrero World, atrações especiais e a inauguração da uma nova área para preservação de tartarugas e animais marinhos do Projeto Tamar. O Beto Carrero World tem nove áreas
temáticas, mais de 100 atrações, sete shows ao vivo e um zoológico com mais de mil animais de 300 espécies diferentes.
INTERNACIONAL
Para não perder a posição de melhor parque temático latino-americano, Beto Carrero World tem atacado cada vez mais não só o brasileiro, mas também o estrangeiro, com ênfase nos países vizinhos, já que turistas de Argentina e Uruguai, por exemplo, são presença frequente nos verões do Sul do Brasil. “Se considerar o volume de turistas que vêm ao Brasil e o número de viajantes que vão à América Latina, verá que temos muito a receber. Turismo se faz o ano inteiro”, avalia, referindo-se à intenção de atrair visitantes de Estados Unidos, África e Oriente. Um dos principais passos dessa busca por internacionalização será feito em parceria com a Embratur. "Internacionalizar também é receber melhor o estrangeiro no Brasil. Para isso, estamos fazendo um colegiado, um comitê comercial da Embratur. Em vez do órgão fazer propaganda do Brasil em lugares que não têm fluxo definido, nós vamos concentrar nos países de maior fluxo.”
OPERADORAS
Foto antiga do Beto Carrero World, que é um destino turístico por si só há 25 anos, e ainda tem a vantagem de estar perto da praia
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Para o CEO, o processo de internacionalização do parque também passa pelas operadoras. "Várias delas, incluindo a Tui, que é a maior do mundo e que começa a operar em Curitiba, já
têm o Beto Carrero World no catálogo de suas operações", comemorou. "Mais do que internacionalização, o Beto Carrero passa a fazer parte do Turismo mundial, que vai desde parque temático a cassinos, hotéis, resorts." Para vencer a crise, que em suas previsões não deve arredar o pé tão cedo, Siqueira aposta em criatividade, competência, profissionalismo e união, atributos que, segundo o próprio, sempre foram características do Turismo em momentos árduos. "União é a palavra de 2017. O Beto Carrero está integrando uma nova frente de Turismo para o Turismo interno brasileiro", conta ele. "Ninguém tem expectativa de fazer algo sem as operadoras, principalmente sem o turismo interno, que eu relaciono com o Mercosul, já que é mais fácil um argentino vir para a região do que um amazonense."
HOTEL
Como em modelos estrangeiros, o parque temático também pretende hospedar seus visitantes para fazer receita. A ideia é lançar o hotel ainda este ano em parceria com uma terceira empresa. “Estamos desenvolvendo isso. Devemos lançar o primeiro hotel este ano, que deve ficar ao lado do parque. Em nosso master plan consta hotéis, áreas de conveniência áreas de refeição e lojas. Estamos montando toda estrutura para colocá-lo em prática, e por isso o hotel deve estar pronto para a temporada 2017-2018.”p
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Feriados, Turismo e Comércio
Alexandre Sampaio é presidente da FBHA e do Conselho de Turismo da CNC
Uma das principais discussões desse início de ano é em relação à quantidade de feriados que o calendário nacional apresenta em 2017. O debate foi endossado pela capa do primeiro Jornal PANROTAS deste ano, a edição 1.250, que teve como matéria principal as “Escapadas 2017”. O País terá nove feriados nacionais e cinco pontos facultativos ao longo do ano. Entre os feriados, as próximas oito datas permitirão finais de semana prolongados. Bom para uns, ruim para outros. Enquanto a cadeia turística de lazer só vê benefícios na alta quantidade de feriados prolongados, como movimentação em economias locais, geração de emprego e maior receita para agências e operadoras, a Fecomercio, puxada pelo Estado de São Paulo, defende seus interesses e se queixa de um prejuízo de aproximadamente R$ 400 milhões por dia com cada dia útil de comércio estagnado. O que também é verdade para viagens corporativas. Posicionado em meio a esse fogo cruzado, está o presidente da Federação Brasileira de Hos-
pedagem e Alimentação (FBHA) e do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio. Em artigo enviado na semana passada ao Jornal PANROTAS, Sampaio colocou panos quentes e pediu a união entre os dois setores. “O setor do Turismo é de suma importância para o Brasil não apenas por ser nossa principal vocação, mas também em tempos de recessão econômica. Não faz sentido suscitar polêmicas entre setores neste momento de crise, principalmente entre aqueles que são complementares”, observa Sampaio. Para ele, a melhor solução seria trabalhista: mudar a legislação atual para que patrões e empregados negociem seus próprios acordos, diminuindo assim os prejuízos em função dos feriados. “O momento é de união em prol de um bem maior: o fortalecimento da economia nacional e a redução do desemprego.” Veja abaixo o artigo completo de Alexandre Sampaio:
A UNIÃO É LUZ NO FIM DO TÚNEL DA CRISE É inegável que o alto número de feriados prolongados neste ano que se inicia trará impactos à economia. Mas acredito que isso deve ser avaliado de vários pontos de vista, já que somos um país plural, com diversas vocações econômicas que se completam. Ninguém duvida que uma das cadeias mais importantes no País é a do Turismo: um a cada 11 empregos brasileiros vem dela, que movimenta cerca de 3,5% do PIB – ou R$ 182 bilhões, de acordo com dados de 2015. Para este ano, considerando a expectativa de aumento na entrada de turistas estrangeiros e de 5% a mais de brasileiros viajando dentro do País, o setor deve movimentar R$ 10 bilhões na economia. De acordo com estimativas do Ministério do Turismo, os feriados prolongados devem fazer circular R$ 20 bilhões – não entrando nessa conta Carnaval, Natal e Réveillon. O setor do Turismo é de suma importância para o Brasil não apenas por ser nossa principal vocação, mas também em tempos de recessão econômica. Não faz sentido suscitar polêmicas entre setores neste momento de crise, principalmente entre aqueles que são complementares. O Turismo é um grande impulsionador de outras 52 áreas, seja direta ou indiretamente. Entre elas, está justamente o comércio. Se os feriados impactam o varejo em algumas cidades, na maior parte delas o setor terciário é impulsionado pelo fluxo turístico.
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É impossível comparar a vocações econômicas de estados diferentes, e até mesmo de regiões do mesmo estado. Como comparar cidades como Porto Alegre e Maceió, ou Manaus e Fernando de Noronha? Cada uma tem suas atividades e suas peculiaridades, que juntas, são importantes na composição do PIB brasileiro. O mais sensato é que trabalhadores e empreendedores decidam entre si em que condições manterão as lojas fechadas ou abertas, e negociem diretamente as condições trabalhistas durante os feriados prolongados. Dessa forma, permitiremos que os envolvidos decidam diretamente sobre o funcionamento das empresas nas épocas de alta demanda turística e o impacto delas nos encargos trabalhistas. O que temos a ganhar são as economias locais aquecidas, emprego e geração de renda em alta, justamente o que o Brasil precisa para voltar a crescer em um ritmo sustentável. Por essa razão, a FBHA defende fortemente a liberdade da negociação entre patrões e empregados, respeitando as realidades diferentes de cada local, para que estes escolham o que mais beneficiará ambos os lados de igual forma. A negociação é a ferramenta mais justa para que possamos garantir crescimento para todo o País. O momento é de união em prol de um bem maior: o fortalecimento da economia nacional e a redução do desemprego.p
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Destinos
Reembolso imediato A ESPERA FOI GRANDE, MAIS PRECISAMENTE DE 5.777 DIAS. ESSE FOI O TEMPO QUE PASSOU DESDE A SANÇÃO, EM 2001, DA CHAMADA “Lei de devolução do IVA a estrangeiros”, até sua regulamentação. Uma conta que foi finalmente saldada no último dia 30 de dezembro com a publicação no Boletim Oficial do governo argentino, que entrou em vigência no primeiro dia de 2017 e cuja instrumentação deverá provar se está ou não à altura da urgente necessidade do receptivo recuperar sua força e competitividade. A priori, o setor recebeu muito bem o que é o espírito da regulamentação, que na prática tem sido vista mais com sabor de isenção do que de devolução. “Pela grande importância do Turismo para o desenvolvimento da economia nacional e com a finalidade de melhorar a competitividade desse setor, essa medida consiste em regulamentar um mecanismo simples, direto e automático da reintegração do Imposto ao Valor Agregado faturado pelos responsáveis inscritos no setor de serviços de alojamento prestados aos turistas estrangeiros”, aponta o parágrafo da regulamentação que melhor reflete a tentativa do governo da Argentina. Na prática, o passageiro residente no Exterior (com número de passaporte em caso de contratação direta no hotel ou com a cópia do mesmo caso a viagem seja via agência) que pagar via cartão de crédito ou débito internacional ou transferência de recursos, obterá um reembolso automático do imposto sobre o montante da tarifa fixada na nota fiscal. “A devolução é imediata. Por exemplo, cobra-se 100 pesos (neto), mais 21 pesos (IVA), menos 21 pesos (reembolso). Ao devolver o dinheiro ao visitante no mesmo momento do pagamento, não somente o produto fica 21% mais competitivo, como também dá oportunidade que o estrangeiro use esse valor na própria Argentina, e não apenas quando voltar ao seu país”, explica o membro da equipe de Trabalho Tribu-
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A medida foi muito bem recebida pelos hotéis argentinos
tário do Ministério do Turismo da Argentina, Pascual Barbieri, que também é assessor da Federação Argentina de Associações de Empresas de Viagens e Turismo (Faevyt).
AGÊNCIAS SATISFEITAS
Quando em março do ano passado o ministro Gustavo Santos anunciava a iminente regulamentação da devolução do IVA na hospedagem, a intermediação estava completamente excluída da medida. Porém, a precocidade do anúncio serviu para que as agências pressionassem por sua inclusão e pela adoção de um formato de isenção que permitiria ofertar os valores netos e
não de devolução via cartão de crédito. Deu certo. Na última sexta-feira de 2016, Santos acabou dando resolução comum na segunda medida. “Essa medida acabou de comum acordo entre as necessidades que tínhamos para comercializar e as que tinham o fisco para validar o processo”, assinalou o titular da Faevyt, Fabricio di Giambattista. “O resultado final foi otimamente alcançado se considerar a estrutura impositiva argentina, tão complicada quando temos de colocar algo novo em marcha. Creio que foi privilegiado um mecanismo o mais transparente possível, de maneira que permita ao consumidor final perceber o benefício.”p
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Artur Luiz Andrade
Trend de
c as a nova
Luís Paulo Luppa em sua sala na nova sede do Grupo Trend, em São Paulo
ll Empresa: Grupo Trend, 25 anos ll Presidente: Luis Paulo Luppa, que hoje se divide entre São Paulo e Orlando, na Flórida
R$ 6,8 milhões, incluindo restaurante Sabores do Mundo, com quatro turnos de almoço para todos os funcionários
ll Marcas do grupo: Trend Operadora, TC World, Trend Tech, Trend Travel USA, VHC e Shop Hotel (essas três últimas não ficam na nova sede)
ll Por que mudou? “Havia uma desconexão total de imagem na sede antiga, entre as instalações e o que atingimos. As equipes também não conseguiam estar integradas como é necessário”, diz Luppa
ll Funcionários: Cerca de 800
ll Facilidades para funcionários:
ll Na nova sede: 730 ll Onde fica: Rua Roberto Bosch, 544 – Barra Funda – São Paulo
ll Contato: São Paulo e Grande São Paulo Tel.: (11) 3123 8555 — Outras cidades / Toll free Tel.: 0800-015-3315 ll
Investimento na mudança:
Restaurante, bomboniere, bicicletário, lounge de descanso e integração, varandas de descompressão, acesso fácil ao metrô Barra Funda e shoppings da região, dois elevadores exclusivos para a Trend (que tem recepção própria no prédio), estacionamento e estrutura desenhada para receber as equipes que têm mais afinidade e dependência no dia a dia
Grupo Trend tem elevadores, restaurante e recepção exclusivos no novo prédio
ll Nível de pressão e cobrança sobre
os times: “Não é o momento ideal para se mexer em infraestrutura e investir essa quantidade de recursos, mas quem conduz o diferencial da Trend são as pessoas e o resultado em produtividade e satisfação dos colaborares já aparece. Agora, quem não sabe trabalhar com pressão não trabalha na Trend. Somos a Ambev do Turismo. Damos todas as ferramentas para que os departamentos atinjam as metas e todos eles têm metas. E cobramos resultados”.
ll Crescimento de vendas em 2016: 12,8%
ll Share do Lazer na Trend: 28% ll Share do Internacional em Hotéis e Aluguel de Carros: 25%
ll Agências
de viagens cadastradas:
14 mil
ll Quantidade de agências que compra todos os dias: 6,5 mil
ll Como será 2017: “Um ano de
travessia. 2016 foi muito difícil, mas este ano conseguiremos atravessar em um mar menos revolto. Tenho preocupação com a hotelaria nacional, que viu sua ocupação, revpar e tarifas despencarem e não soube usar a relação com as OTAs a seu favor. Os hotéis devem saber usar todos os canais. Todos nós fomos colocados à prova nos últimos anos. A Trend trabalhou, qualificou e trouxe soluções ainda melhores para a hotelaria. Garanto que não há nenhuma solução tecnológica para a hotelaria melhor que a da Trend. Em 2017 correremos mais risco, teremos mais ousadia. Isso está no DNA da Trend.” > Continua na pág. 20
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Recepção exclusiva para a Trend no novo prédio
Restaurante Sabores do Mundo (nome foi escolhido pelos funcionários da Trend). Funciona em quatro turnos de almoço, para contemplar os 730 funcionários da sede
Salas de reunião
Lounge para eventos e para os horários livres dos funcionários
Leonardo Ortega, vice-presidente executivo (e prefeito da nova sede)
Mario Antonio, vice-presidente de Operações
Robson Gomes, vice-presidente de TI
Sérgio Lopes, vice-presidente de Engenharia Humana e Atendimento
Ana Kuba retorna à Trend após cerca de quatro anos. Agora é diretora de Marketing e Vendas
Amanda de Rousset, gerente geral de Lazer
Elisabete Leonardo, gerente de Conectividade, e sua equipe
Diego Santos, gerente do Faturamento (a Trend recebe sete mil correspondências por dia). O departamento conta com 120 colaboradores, perde apenas para a força de vendas do Five
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Emmanuel Labastida, diretor de Produtos Internacionais (segundo à direita), com Yuri Bariani (Global Trend), Juliana Balancin (gerente EUA) e Gisele Silva (produtos internacionais)
Alexandre Cordeiro, gerente da Trend Tech
Ricardo Assalim e Dyogo Schroeder, diretores de Produtos Nacionais, com Silvia Russo, gerente de Produtos Lazer Nacional
Monica Queiroz, gerente geral do Five (força de vendas) e Pósvenda
Marcelo Turim, diretor executivo de Controladoria e Shop Hotel
Fernando Prado, gerente da Central de Relacionamento, e Fernando Gimenez, gerente geral de Relacionamento e Prospecção
Confira mais fotos em www.panrotas.com.br.
CASAS EM
O R L A ND O
NO FINAL DE 2016, O PRESIDENTE DO GRUPO TREND, LUIS PAULO LUPPA, FECHOU A COMPRA DE 70% DA VACATION HOME COLLECTION (VHC), EMPRESA QUE
conta com 500 casas em seu portfólio, em Kissimmee, Orlando e Miami. A VHC foi criada por Fábio Cardoso, conhecido no Brasil por seu trabalho na Disney e Stella Barros, e que continuará como CEO da empresa. "Pesquisamos bastante, com a ajuda do CVB de Kissimmee, cidade que hoje já tem 48% de sua ocupação vinda do aluguel de casas de todos os tipos, de US$ 150 a US$ 800 a diária", disse Luppa, que contou com a ajuda do presidente do bureau, D.T. Minich, na pesquisa. "Não queríamos comprar faturamento e sim expertise e encontramos na empresa e no Fábio o que há de melhor no ramo em Orlando. O Fábio tem um DNA muito parecido com o da Trend e queremos ele no grupo". A VHC atua em Orlando e Miami e até o carnaval deve lançar um novo portal, em que os agentes de viagens poderão usar o mesmo login que utilizam para entrar no site da Trend. Segundo Luppa revelou em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS, estão sendo criados serviços que estarão à disposição no novo portal da VHC, de forma inédita no mercado. "Teremos um menu de serviços, como compras de supermercado, eventos, como comemorações, compra de ingressos, em que já somos experts na Trend, entre outros itens para personalizar a estada nas casas. Haverá uma central de atendimento em português, 24 horas, com foco na venda de ancillaries, manutenção e no atendimento de dúvidas. Entramos no jogo para sermos
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Fábio Cardoso, CEO da VHC, e Luis Paulo Luppa, presidente do Grupo Trend
grandes e não mais um", declarou Luppa, que não descarta a busca de outros negócios internacionais para o portfólio do Grupo Trend. O presidente da Trend não acredita que a venda de aluguel de casas em Orlando e Miami afetará a comercialização de hotéis, principal negócio de sua empresa. "É um mercado que já existe, especialmente na região de Orlando. Quem quer ficar em
hotel, seja a trabalho ou para aproveitar os temas ligados aos parques, além de diversas atrações, continuará ficando. E quem alugava casa para a família agora terá uma opção mais completa, com as facilidades de pagamento da Trend e nossa solidez de 25 anos. O que o agente de viagens vender no portal da VHC é o que seu cliente vai encontrar na casa", garante.
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SurFACE
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Contra a maré
O ano foi reconhecidamente difícil, mas mesmo assim o Grupo GJP cresceu 8,5% em 2016 na comparação com 2015. Somando os resultados das novas unidades inauguradas ao longo de 2016, tal valor extrapola para 36% de aumento real em vendas. Para este ano que se inicia, a expectativa é maior, mas não sem muito esforço pela frente. “Teremos um ano de muito trabalho como todos os outros, com metas, desafios e foco nas oportunidades”, avalia o presidente do Grupo GJP, Guilherme Paulus (foto). “Vamos seguir o que pensa o bolso do consumidor, nosso maior termômetro quando o assunto são os lançamentos de novos produtos, empreendimentos e serviços turísticos. Enquanto se fala em crise, não há tempo de criar e aproveitar as grandes oportunidades do mercado. Diante de um cenário tão assustador para os pessimistas, posso dizer que o Grupo GJP está comemorando.”
Ordem superior
Após receber críticas sobre contrato com o rapper Pitbull para que divulgasse o destino em um de seus clipes, o CEO do Visit Florida, Will Seccombe (à direita), renunciou ao cargo, a pedido do governador do Estado. Ele será substituído pelo secretário de Negócios e Regulação Profissional do Estado da Flórida, Ken Lawson (à esquerda), que não possui nenhuma experiência com Turismo, apesar de já ter atuado na política do Estado.
Novos desafios
A demanda de passageiros de 2016 em todo sistema da Latam Airlines, medida em RPK, aumentou 1,9% no acumulado do ano, mas a Latam Brasil não teve grande colaboração nessa alta. Considerando apenas o lado brasileiro da aérea e seus voos domésticos, há uma retração de 10,7% no acumulado do ano e de 7,5% em dezembro. A queda na demanda foi acompanhada pela oferta (ASK) de assentos, que caiu 11,5% no País, seguindo o guidance da Latam que previa uma redução na malha aérea. No sistema total da Latam, houve uma pequena alta na oferta, de 0,6%, impulsionada pelos voos domésticos nos outros países sul-americanos. Já a taxa de ocupação de passageiros em voos domésticos teve uma leve alta em 2016, de 0,8 ponto percentual no Brasil, ficando em 82,3%. Em dezembro apenas, houve crescimento de 1,8 ponto percentual, para 83,7%. Foram pouco mais de 29 milhões de passageiros transportados pela Latam Brasil em voos domésticos em 2016, caindo 9,7% sobre os 32,1 milhões do ano passado. No total, o Grupo Latam transportou 66,9 milhões de pessoas, caindo 1,3% sobre os 67,8 milhões de 2015.
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Silvia Fagundes, Magda Nassar e Nicanor Abreu
Passagem breve
Após seis meses, a empresária e presidente da Braztoa, Magda Nassar, terminou seu contrato com a Agaxtur, onde era vice-presidente de Marketing e Produtos. A diretora da Soft Travel deixou a empresa de Aldo Leone Filho e agora se dedica à Soft Travel, sua operadora há 27 anos, e à Trade Tech, em sociedade com Nicanor Abreu e Silvia Fagundes. Segundo Magda, a Trade Tech está crescendo muito, com clientes do trade, como a própria Agaxtur, e fora do Turismo. No próximo mês a Trade Tech lança o Disney Connect no País, com exclusividade. Agência, consolidadores e operadores poderão usar o produto. Quanto à Soft, segundo Magda ela agora tem atuação on-line, como um marketplace, que continua atendendo agência de viagens.
Ponto a ponto ● Juliana Tamae é a nova gerente de Vendas Brasil da E-HTL. Ela tem passagens por Tam Viagens e Grou Turismo e responderá diretamente ao diretor geral Flavio Louro. ● A Southwest Airlines tem Thomas Nealon como novo presidente e Michael Van de Vem como novo COO. Ambos responderão diretamente ao presidente da low cost norteamericana, Thomas Nealon. ● O mais novo hotel de João Pessoa, Hotel Manaíra, tem Washington Souza como novo gerente geral. Ele, que começou a carreira no Othon, estava no Hotel Garden, também na Paraíba.
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18 a 24 de janeiro de 2017 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
EUA combatem cobranças "veladas"
O governo dos Estados Unidos está iniciando uma revisão de cobranças de taxas que incidem sobre serviços a viajantes e outros clientes que consomem produtos turísticos no país. Em relatório, o Conselho Nacional de Economia criticou taxas de resort cobradas nas contas de hotéis, de bagagens despachadas e taxas de mudanças de voo cobradas pelas companhias aéreas — além de uma enxurrada de taxas adicionais de empresas de telefonia móvel e empresas de tíquetes para shows, que também incidem sobre turistas de negócios ou a lazer. Segundo o documento, as resort fees, que variam entre US$ 10 e US$ 100, somaram mais de US$ 2,04 bilhões em receita em 2015 — ou 16,6% de toda a receita da hotelaria do país. Já no caso das linhas aéreas, a estimativa é de US$ 22,5 bilhões em arrecadação a partir de "taxas veladas".p
Mais Iguassu CVB nas feiras
Com o intuito de promover o desenvolvimento turístico, econômico e social de Foz do Iguaçu e região, o Iguassu CVB deu início à execução do planejamento estratégico para 2017. Para este ano, além de atividades locais e nacionais, haverá também ações internacionais. O calendário de 2017 prevê ações institucionais, integradas e cooperadas, com uma grande participação em feiras no Exterior. O CVB participou da Vakantiebuers, na Holanda, e esta semana estará na tradicional Fitur, em Madri, no cooperado da Embratur. Ainda em janeiro, o CVB participará, em parceria com o Rio CVB, do New York Times Travel Show, do dia 27 ao 29.p
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Delta bate recorde de tempo sem cancelar voos principais
Por 241 dias do ano passado, a Delta não cancelou um voo principal no mundo todo, aumentando em 80 dias seu próprio recorde. Além disso, o recorde de 2016 foi o dobro da marca de 2014 e o triplo dos dias sem cancelamento de voos de 2013. Com isso, em 2016, a Delta apresentou o melhor desempenho de seu setor, entre todas as empresas aéreas que reportam ao Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT), e fechou o ano com 99,6% de “fator de conclusão” (porcentagem de voos sem atraso). A empresa também encerrou o ano com o desempenho de pontualidade de 86,3% em sua operação de voos principais e 84,7% na operação regional Delta Connection, incluindo seis empresas aéreas.p
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