Jornal PANROTAS 1.276

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.276

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05 a 11 de julho de 2017

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DO BRASIL PARA

Avianca Brasil realiza a primeira operação regular fora do País e escreve mais uma página importante em sua história. E não para por aí: Santiago, no Chile, já está nos planos, assim como outros destinos que, por ora, são mantidos em segredo. Embarcamos neste voo inaugural para os Estados Unidos e desvendamos outros planos audaciosos da empresa, como a possível fusão com a Avianca Internacional e a aproximação comercial com a United.

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OS MELHORES PARQUES TEMÁTICOS DO MUNDO:

Os usuários do Tripadvisor votaram e o parque brasileiro Beto Carrero World está entre os dez melhores do mundo, dividindo a lista com alguns dos maiores destinos internacionais.

Confira o Top

10 do Travelers’ Choice Awards 2017 na categoria parques temáticos:

6 - Le Puy du Fou - Les Epesses, França

1 - Universal’s Islands of Adventure - Orlando (EUA) 2 - Discovery Cove - Orlando (EUA) 3 - Europa-Park - Baden-Wurttemberg (Alemanha) 4 - Magic Kingdom - Orlando (EUA) 5 - Universal Studios Hollywood - Los Angeles (EUA)

7 - Beto Carrero World - Penha (Brasil) 8 - Universal Studios Florida - Orlando (EUA) 9 - Epcot - Orlando (EUA) 10 - Disney’s Animal Kingdom - Orlando (EUA)

*Segundo o Tripadvisor, o algoritmo para formatação do ranking mede a qualidade e quantidade dos reviews de seus usuários nos últimos 12 meses.

LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 04 a 07 Next debate melhores práticas para agências em Cuiabá Páginas 12 a 16 Trade visita Califórnia e descobre um destino versátil

Páginas 22 e 23 GBTA reúne líderes e promove debate aberto Páginas 26 e 27 Best Sellers CNT e British/Iberia conhecem as belezas da Catalunha

Edição

2017

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portalpanrotas Editora PANROTAS

ção

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Esta edição acompanha o especial Descubra The Palm Beaches

Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

O entusiasmo do dono O que vem primeiro: clientes felizes ou funcionários entusiasmados? Dizem que o segundo grupo. Mas antes de qualquer coisa, o entusiasmo tem de vir dos donos. Dos chefes. Dos decisores. No mundo das consolidações, aquisições e dos gigantismos, que descobrimos de forma triste com as empreiteiras e a JBS que essa trajetória tem um preço, o entusiasmo pode se perder pelo caminho. A empresa tinha dois funcionários, pulou para dez, 50, 150, mil... passou disso e aí tudo vira número. A companhia aérea começa um voo, compra duas aeronaves, 20... Anos depois e ninguém se anima mais com um voo novo e já há um padrão de comemoração, algo protocolar, sem emoção, como aquela garrafa de champagne que bate no casco do navio, não quebra, mas ninguém liga mais, pois a produção não pode parar. A outra empresa se fundiu com o concorrente, comprou meia dúzia pelo caminho, inchou, cresceu, dominou, fez e aconteceu e, quando com-

pra a centésima empresa, alguém do marketing lembra de mandar um cupcake padrão pra todo mundo e que venha a 101ª. E o entusiasmo que vai além dos números? Como mantê-lo? E o olho no olho do cliente? E a negociação que se arrasta com paixão e estratégia, e não com a frieza do volume e da escala? E o passageiro? Voltará um dia a ser encantado? Não perder a emoção que embarga a voz é fundamental em todos os momentos. Parece difícil, mas é muito fácil: relembre do começo, das horas mal dormidas, das crises, do crescimento sem pagar propina, das famílias felizes, das perdas, dos sonhos realizados... O entusiasmo virá e se espalhará. Ou pare e ouça o estagiário cheio de ideias, o cliente que parece só reclamar, mas está se importando com seu produto... Na semana passada pudemos testemunhar o entusiasmo que tomou conta da Avianca Brasil ao iniciar seus voos para Miami, em um A330200 com tudo de mais moderno e

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sofisticado. Com certeza a emoção de José Efromovich no discurso em Guarulhos e a bordo do avião, ou sua alegria sambando com os agentes de viagens em Miami, vieram da consciência de sua história, do controle de seu presente e de tudo o que ainda quer realizar no futuro. Dos turbo-hélices que faziam o táxi aéreo no Rio aos Fokker-100 da Ocean Air (que ele teve de chamar de MK-28 para driblar a resistência dos clientes), a compra da Avianca Colômbia à entrada na Star Alliance, da encomenda milionária à Airbus à chegada a Miami, das crises, das reuniões, das decisões equivocadas, dos desafios às celebrações como a que presenciamos, o empresário Efromovich, ao discursar, se misturou ao empreendedor, ao realizador, ao sonhador e ao homem que nem precisou puxar tanto a memória para ver tudo o que aconteceu e segue ocorrendo em sua empresa... com entusiasmo. Com engajamento. E sigamos para o próximo capítulo. Despacito, mas com alegria.

portalpanrotas PANROTAS — Versão digital das publicações da editora

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S

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UE Q A T DES

DO PORTAL

> PANROTAS

22 a 28/6

1 Avianca Brasil avança em acordo com United e fusão – em 27/6

2 Azul voará a Buenos Aires de Navegantes e Cabo Frio – em 27/6

3 Nova broker: Intermac vai atacar na distribuição de hotéis – em 23/6

4 Conheça os 10 voos internacionais mais baratos do Brasil – em 23/6

5 Empresa oferece tratamento contra fobia de voo; conheça – em 23/6

6 Conheça o novo time de

MEDIA PARTNER

10 Tap pousa em BH com aeronave de pintura retrô; veja – em 27/6

11 AM Resorts estuda megahotel no Brasil e triplicar vendas – em 22/6

12 Latam: tarifas de bagagem entram em vigor no sábado – em 23/6

13 Avianca inicia venda de passagens para Belo Horizonte – em 22/6

14 Avianca Brasil reúne trade em Miami para celebrar voo – em 26/6

PARCERIA ESTRATÉGICA

ASSOCIAÇÕES

15 Veja fotos do voo inaugural de São Paulo para Jeri (CE) – em 24/6

Vendas da Latam Brasil; fotos – em 23/6

7 CVC, STB, Forma Turismo e Solid contratam; veja vagas – em 26/6

8 Qatar faz oferta para adquirir 10% da American Airlines – em 22/6

9 Ação da Gol promove contratação de profissionais idosos – em 27/6

PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Ana Luiza Tieghi, Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño e Renato Machado Estagiários: Janize Viana e Leonardo Ramos Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Katia Alessandra e Pedro Moreno COMERCIAL Gerente comercial: Francisco Barbeiro Neto (kiko@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Eventos

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>> Brunna Castro – Cuiabá (MT)

O futuro em debate A TERCEIRA EDIÇÃO DO NEXT NESTE ANO LEVOU DEBATES SOBRE TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E RELACIONAMENTO COM CLIENTES PARA O TRADE DE CUIABÁ. COM a presença de agentes de viagens, consolidadores, hoteleiros e operadores, entre outros representantes da indústria, o evento da PANROTAS Editora reuniu mais de 70 participantes no Transamérica Executive Cuiabá no último dia 20.

Evento da PANROTAS Editora reuniu mais de 70 participantes em Cuiabá

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Alexandre Cordeiro, fundador da Travel Tech Hub

O fundador da Travel Tech Hub, Alexandre Cordeiro, que conta com passagens por Sabre e Grupo Trend, trouxe o tema inovação para o debate, problematizando o conceito de que, para utilizar a tecnologia nos negócios, é preciso realizar investimentos altos. “Existe uma crença muito forte de que a tecnologia é só para os fortes, mas isso não é uma verdade”, iniciou Cordeiro. “O mundo fala em inovação, mas o que de fato essa palavra quer dizer? Como posso tornar o meu negócio inovador?”, questionou ele, explicando a importância de desmistificar a ideia de que inovação é tecnologia e que a tecnologia, por sua vez, se resume à criação de aplicativos. “Tecnologia é apenas o caminho que vai trazer a inovação”, afirmou o palestrante. Nesse sentido, Cordeiro destacou que a inovação deve ser interpretada como uma forma de resolver problemas. “As companhias mais inovadoras do mundo resolvem problemas dos usuários e todos os negócios apresentam problemas”, ressaltou. Em relação às agências de viagens, por exemplo, Cordeiro citou dificuldades comuns relacionadas às reservas, aos reembolsos, à concorrência e às fraudes, entre outros. A hotelaria, por sua vez, lida com comissionamento, distribuição, viajantes sem reservas no balcão e taxa de ocupação, além de outras questões. “São problemas comuns que devem ser compartilhados entre a indústria”, afirmou Cordeiro, uma vez que “problemas representam oportunidades”. > Continua na pág. 06

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IMPORTÂNCIA DOS USUÁRIOS Um caminho importante destacado pelo fundador da Travel Tech Hub em relação à solução dos problemas comuns foi uma comunicação mais intensa entre os segmentos da indústria, principalmente com os usuários. “Precisamos trocar mais ideias, com foco em oportunidades, com empatia, de olho nas reais necessidades do viajante e fazendo as perguntas certas, sem ter medo das respostas”, analisou Cordeiro. Para ele, o “ouro” se encontra na crítica de um cliente, que deve ser utilizada a favor do negócio. Entendendo o que acontece no processo de viagem, portanto, é possível eliminar os entraves. Cordeiro ressaltou, por fim, o poder que os agentes de viagens têm de influenciar os viajantes, que deve ser explorado. “Hoje, os agentes são consultados para comparação, mas é preciso gerar um valor maior do que isso. Utilize o conhecimento que você possui do usuário a seu favor”, destacou ele.

Maria Camilla Alcorta, diretora da Ideas 4 Brand

OPORTUNIDADES PARA

A S AG Ê N CI A S

CONHEÇA O CLIENTE Conhecer o cliente com profundidade é um caminho valioso para o trabalho dos agentes de viagens. É o que defendeu a diretora da Ideas 4 Brand, Maria Camilla Alcorta, em sua palestra no Next Cuiabá. O Customer Relationship Management (CRM) foi apontado por ela como uma ferramenta fundamental para estabelecer o relacionamento entre agências e clientes. Para Maria Camilla, o CRM não serve apenas para “anotar nome e endereço” do passageiro, mas deve ser usado como uma espécie de “prontuário”, da mesma forma como acontece na relação médico-paciente. “O CRM serve como um histórico do cliente, que pode mostrar detalhes como destinos para os quais o viajante já foi, quais são seus assuntos de interesse, características pessoais, entre outros”, explicou a diretora. Tais aspectos influenciam no comportamento de viagens do consumidor e podem, portanto, ser explorados pelos agentes. Dessa forma, Maria Camilla avalia que “ainda há muito campo” para o trabalho dos profissionais de agências. “Apostem em especialização, saibam quem é o seu cliente, ofereçam o produto certo para o cliente certo. Ainda há muito lugar no mercado”, concluiu.p

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Edmar Bull, Maria Camilla Alcorta, Alexandre Cordeiro e Marcelo Cintra durante o debate que encerrou o Next Cuiabá

COM A PARTICIPAÇÃO DO PRESIDENTE DA ABAV NACIONAL, EDMAR BULL, DO ADVOGADO E SÓCIO DO

escritório Peixoto e Cintra Advogados Associados, Marcelo Cintra, os palestrantes do Next Cuiabá debateram questões apontadas como oportunidades para os agentes de viagens. Uma delas foi a resolução 400 da Anac, que, segundo Bull, "é mais um serviço que as agências terão, que é oferecer a informação correta a respeito do tema", uma vez que os consumidores irão precisar de mais dados sobre direitos e deveres no transporte aéreo. Assim sendo, as agências cumpririam um papel de consultoria, algo que não é feito pelas OTAs – e que oferece uma vantagem para os agentes de viagens.

Cintra também avaliou a resolução com uma perspectiva positiva. “A medida da Anac traz transparência e informação, que é o que o consumidor busca”, avaliou ele na discussão. Outro ponto levantado no debate foi em relação ao receio de cobrar pelos serviços prestados, uma realidade para muitos agentes. Em um cenário no qual os comissionamentos são cada vez mais escassos, a cobrança pelos serviços surge como uma necessidade. “Trata-se de uma questão de adaptação. A comissão de aéreas é passado, então é preciso saber como esta nova dinâmica funciona”, apontou o fundador da Travel Tech Hub, Alexandre Cordeiro. “Eu entendo que não é fácil, mas, em um mercado no qual as OTAs trabalham com

preço, os agentes de viagens devem trabalhar de outra forma”, afirmou ele, destacando que se trata, no caso dos agentes, de um mercado “mais relacional, e não transacional”. “É difícil cobrar e precificar, mas transformar a oferta em valor e tirar o foco do preço acaba trazendo chances melhores”, completou Cordeiro. Neste sentido, a diretora da Ideas 4 Brand, Maria Camilla Alcorta, avalia que a especialização surge como um aliado para os agentes. “Entender e conhecer o mundo inteiro é muito difícil, então precisamos dar atenção aos cursos e capacitações e olhar por outra perspectiva, sem um caráter de obrigação, mas como algo que vai agregar valor à venda”, analisou.p

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Flashes

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NEXT CUIABÁ

1 Juliane Oliveira, Paula Moreira e Eduardo Munhões, da West Central Operadora, e Crislaine Veiga, da Confiança Turismo 2 José Guilherme Alcorta, CEO da PANROTAS, Joari Proença, presidente da Abav-MT, e Edmar Bull, presidente da Abav Nacional 3 Eraldo Pereira, da rede de hotéis Casa Grande, e David Kato, do Malai Manso Resort 4 Kiko Neto, gerente comercial da PANROTAS, e Alexandre Cordeiro, da Travel Tech Hub 5 Luiz Augusto, da Flytour, Nil Souza, da Esferatur, e Vanildo Batalha Filho, da Confiança Turismo 6 Marcia Ferreira, da Avianca, Claudio Silva, da E-Travel, Thiago Garcia, da Poltrona Turismo, e Mario Andreoli, da GTA 7 Angela Leandro, do Transamérica Hospitality Group 8 Maria Camilla Alcorta, da Ideas 4 Brand, com Gisele Abrahão e Mara Pessoa, da GVA 9 Alexandre Dantas, do Transamérica Cuiabá, e Ricardo Gouveia, do Malai Manso Resort

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Política

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>> Renato Machado

Oportunidades

desperdiçadas

Evento foi realizado na sede da CNC, no Rio de Janeiro

A COPA DO MUNDO DE 2014 E A OLIMPÍADA DO RIO, EM 2016, MOSTRARAM AO BRASIL ALGO que o universo do Turismo já sabia há tempos: o potencial de atração gerado pelo esporte. No entanto, apesar de grandes avanços acerca do tema, o País não soube se preparar para aproveitar a exposição gerada, revertendo os investimentos em consolidação do Brasil no cenário turístico mundial. Tendo isto em vista, o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC (Cetur-CNC) promoveu um seminário para debater a importância que o Esporte tem para o Turismo. Parte de uma série de encontros, os eventos pretendem “debater temas de interesse do trade turístico”, como resumiu o presidente do Cetur-CNC, Alexandre Sampaio.

Alexandre Sampaio, presidente do Cetur-CNC

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PÓS-GRANDES EVENTOS

“Os grandes eventos passaram e estamos hoje buscando um novo papel do que é o Turismo esportivo”, se posicionou a mediadora do encontro, a professora Maureen Flores, conselheira do Cetur-CNC. “Não podemos mais nos dar ao luxo de sermos amadores”, enfatizou. Da mesma forma, o ex-ministro do Esporte e Turismo, Caio de Carvalho, esperava mais ação por parte das autoridades federais. “Tivemos uma Copa e uma Olimpíada que fizeram o mundo se apaixonar pelo Rio, mas não houve uma única ação do governo pra aproveitar este momento.” Presente ao seminário, o secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, afirma que a prática esportiva tem que, primeiro, ter acesso ao cotidiano de uma sociedade. “Os eventos esportivos são muito importantes, mas a dinâmica esportiva das cidades é ainda mais importante. Sem isso você não tem eventos nessas cidades”, disse. A preocupação do ministério, segundo Lima, é “fazer eventos em cidades que, além do benefício da atividade física, tragam também um benefício ao local”. Cair no discurso de que a solução é ter uma nação competitiva e vitoriosa é um dos grandes erros daqueles que buscam resultados no esporte, de acordo com o secretário de Esporte e Lazer de Belo Horizonte, Bebeto de Freitas. “Tem o esporte do

Mediadora do evento, Maureen Flores (CNC) fala com o secretário de Esportes de Alto Rendimento do ministério do Esporte, Luiz Lima

Brasil, e tem o esporte no Brasil. Uma coisa não está relacionada a outra”, pontua. A realidade, para Bebeto, é de que o esporte deve ser mais difundido na sociedade brasileira. “Em algum momento depois da atividade física o esporte cresce, aparece”, pontuou, citando dados do último censo, em que a cada dez escolas do Brasil, apenas uma possuía quadra fechada.

BIG DATA

A análise de experiências passadas é uma das formas de aumentar o potencial dos eventos esportivos sob o viés turístico; o big data seria uma das ferramentas com este intuito. O coordenador do Laboratório Nacional de Computação Científica, Fabio Porto,

conta que, “na análise de dados, o que fazemos é guiado pela pergunta que você quer responder. Dada uma hipótese que você quer avaliar, o primeiro desafio é saber se há dados suficientes para corroborar com o que você quiser sustentar”. “Não basta que os dados estejam disponíveis, é necessário que eles sejam interpretados”, seguiu. Ainda assim, outra questão foi levantada pelo diretor executivo do Rio CVB, Michael Nagy. “O uso de big data no Brasil ainda é muito arcaico. A gente tem de parar de achar, tem muito ‘achista’ no nosso setor”, criticou. Para Nagy, a abordagem deveria ser mais séria. “Uma entidade tem a obrigação de olhar o futuro. Não existe uma análise de fato do nosso setor.”p

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Cartões de assistência

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>> Rodrigo Vieira - Rio de Janeiro

Intermac ousada "O CAMPEÃO CHEGOU." O GRITO DE GUERRA DA INTERMAC JÁ ERA ENTOADO DESDE O AEROporto Santos Dumont, na preparação dos executivos e representantes da empresa rumo à Barra da Tijuca, onde, de 22 a 24 de junho, aconteceu a convenção nacional da empresa, nomeada Encontro de Campeões. Toda essa empolgação é referente ao mercado do Rio de Janeiro, onde a liderança do segmento é ostentada sem nenhum pudor pela companhia de cartões de assistência. Hoje, a Intermac vende quase R$ 1 milhão mensais no Estado e é responsável por 66% da fatia deste mercado, enquanto a vice-líder detém 23%. Em maio foram 15 mil apólices internacionais vendidas na região, um recorde para a empresa no período. Os dados (e os méritos) são do CEO Eduardo Aoki. “Quando cheguei aqui, em 2004, esse valor girava na casa dos R$ 3 mil. Insisto nisso porque foi uma conquista da qual me orgulho muito”, comemora com os cerca de 50 presentes. “Acredito, inclusive, que chegamos ao teto no Rio de Janeiro. Não dá para crescer a partir deste ponto e temos de estar cientes de que se manter no topo é mais complicado do que chegar até ele.” Todavia, a perspectiva de estabilidade no Rio está longe de significar menos trabalho. O objetivo final é inflar os atuais 23% de market share nacional e chegar à liderança do País no segmento de seguro para o viajante nos próximos anos. São Paulo é o caminho mais estratégico — e talvez mais difícil — para se chegar lá, mas o exemplo do Rio de Janeiro está sendo seguido pela equipe da capital paulista. “O mercado de São Paulo já vê a Intermac com 29% do total de vendas no segmento, na vice-liderança. A cada vez que vejo esse resultado no mercado mais complicado do Brasil, com quase 20 concorrentes, fico mais orgulhoso. A partir de agora vamos brilhar mais ainda após a contratação do

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Encontro de Campeões Intermac 2017 reuniu cerca de 50 profissionais entre executivos e representantes

melhor vendedor da líder do mercado paulistano. Estamos no caminho certo para a liderança em São Paulo.” Aoki se refere a Marcos Lopes, que em seus 17 anos de Turismo passou pelas operadoras MMTGapnet, a antiga Calcos e acaba de deixar a concorrente direta GTA. A reestruturação em São Paulo acontece desde a recente saída de Renato Dassan, posteriormente anunciado pela Travel Ace. O cargo de gerente comercial até então ocupado por ele passou a Juliana Paula, que tem a meta de igualar o volume de vendas da capital paulista com o do Rio de Janeiro em 18 meses. "Uma de nossas estratégias será atacar o corporativo. Somos parceiros de grandes agências do ramo, como Tour House e Kontik, entre outras", indicou a nova gerente. Outra praça de destaque é Curitiba e o restante do Paraná que, segundo Aoki, ultrapassou a concorrente local, a mais famosa entre os agentes de viagens, e também atingiu o segundo lugar no pódio de vendas. “No Sul temos um trabalho cada vez mais robusto no Paraná e Porto Alegre, mas, em breve, toda a região contará com a força da Intermac”, promete o diretor comercial Wellington Costa. “Gradativamente aumentamos nossa

presença no território nacional.” Por outro lado, Aoki reconhece que há muito trabalho a ser feito “acima do Sul e do eixo Rio-São Paulo”. Isto posto, ele anunciou durante o Encontro de Campeões uma série de vagas para outras praças estratégicas. Belo Horizonte, por exemplo, será a quarta cidade (Rio, São Paulo e Campinas já têm) a ganhar um escritório físico, cuja abertura está prevista para janeiro, e isso demandará uma ou mais contratações de executivos para além do já existente na cidade mineira. O planejamento 2017/2018 segue com uma vaga em São Paulo e duas em Campinas (SP). Em home office, a Intermac procura executivos em Recife, em Salvador, onde terá um total de dois representantes, e pelo menos um para Brasília. Expansão internacional, por que não, também está no radar. Isso foi ventilado durante o discurso do CEO Brasil da seguradora QBE, Peter Rebrin, e posteriormente confirmado por Aoki ao Jornal PANROTAS. Bandeiras da Intermac podem ser fincadas no Chile e no Paraguai, e nada impede de que isso seja feito já no primeiro semestre de 2018. A Intermac pretende vender R$ 26 milhões este ano, e metade desta meta já foi lograda pouco antes do fim

Marcos Lopes, contratação estratégica da Intermac para São Paulo, com Juliana Paula, gerente comercial deste mercado

do semestre. Caso concretizado, esse montante representaria 30%, ou R$ 6 milhões, acima dos aproximadamente R$ 20 milhões atingidos ano passado. “De 2013 para 2014 tivemos incríveis 90% de alta. Em 2015 faturamos R$ 15,2 milhões, 32% abaixo do que conquistamos em 2016, ano que fechamos com quase R$ 20 milhões”, concluiu Wellington Costa.

BROKER HOTELEIRA Todos esses números não contam com os resultados do que talvez seja o passo

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11 mais ousado de uma empresa de cartões de assistência nos últimos anos. A Intermac atacará em um segmento completamente diferente do seu. A partir de setembro, será plataforma de distribuição hoteleira e de locação de carros. Não só chegará “concorrendo forte com Trend, E-HTL e Hoteldo, como terá preços e condições melhores do que esses players”, nas palavras de Aoki. O anúncio deve ser feito na Abav, e o CEO garante que a Intermac chega para “balançar o mercado”. Ele lamenta não poder revelar o fornecedor por questões contratuais, mas indica que tem um portfólio de 400 mil hotéis no mundo todo. "Essa empresa estrangeira viu na Intermac o nome ideal para penetrar em nosso mercado. Vamos competir com Trend, com E-HTL, Hoteldo, Bedsonline... Vamos ter melhores condições de tarifas de hotéis e locadoras de automóveis do que todas elas", afirmou o CEO da Intermac, que confirma ter enxergado "um vácuo" na aquisição multimilionária da CVC pela Trend. "Aproveitaremos o canal de 2,5 mil agências que compram conosco." Todo investimento em tecnologia está sendo feito pela empresa estrangeira e o portal da companhia brasileira terá uma área específica para a hotelaria e a locação de carros. "A Intermac só entra mesmo com expertise no mercado brasileiro e na cartela de agentes. Vamos fazer a Abav tremer em setembro", concluiu.

SEGURO PARA AGÊNCIAS

Outro novo produto exposto pela Intermac no primeiro Encontro de Campeões realizado no Rio de Janeiro foi o Travelers, um seguro de responsabilidade civil a agências, em parceria com a Share Seguros. Serão dois modelos oferecidos. Um deles é o Seguro Patrimonial, para danos materiais, roubo, incêndio e desastres. O outro é Responsabilidade Civil Profissional, este voltado para todas as empresas prestadoras de serviço e seus respectivos profissionais de Turismo. Ele garante o reembolso de prejuízos pelos quais a agência possa ser responsabilizada devido a danos causados aos clientes. Sua cobertura inclui erros e omissões profissionais do segurado e de seus colaboradores; custos com advogados, processuais e despesas necessárias ao desenvolvimento do processo de defe-

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Eduardo Aoki: “Intermac Hotéis terá tarifas e condições melhores do que a da Trend”

Eduardo Aoki, da Intermac, entre Peter Rebrin e Pedro Gutemberg, CEO e diretor Brasil da QBE

A campeã foi Patricia Silva, que atua em São Paulo, com R$ 1,2 milhão em vouchers vendidos. Ela recebe o prêmio de Pedro Gutemberg, da QBE

Dupla inseparável: Carlos Costa, com R$ 718 mil, e Reynaldo Magalhães, com R$ 613 mil, foram segundo e terceiro colocados, respectivamente. Ambos são do Rio de Janeiro

sa; danos morais, materiais e corporais; despesa com publicidade e assessoria de imprensa para minimização dos danos; perdas financeiras e lucros cessantes decorrentes de riscos cobertos; perda, roubo ou furto de documentos; atos desonestos de funcionários; problemas com subcontratos, entre outros. Quando questionado, o executivo de Linhas Financeiras da Travelers no Brasil, André Jabur Rodrigues, apontou as diferenças entre o Travelers e o Trip Protector, lançado ano passado pela Braztoa e Ifaseg. "O Trip Protector é o seguro da própria operadora, garantindo que se ela quebrar o passageiro terá seus direitos. Entretanto, um agente de viagens compra com diversas operadoras e nem todas têm esse produto disponível, e aí o agente fica exposto", explica. "No caso do Travelers, se o consumidor achar que foi lesado e fizer uma reclamação, seja por e-mail ou por uma queixa judicial, e quantificar o prejuízo, o Travelers cobre." "No Brasil esse produto é uma novidade e temos a expectativa de alcan-

çar ao menos 300 apólices vendidas em um ano com a Intermac", completou o ex-Assist Card e Zurich Renato Spadafora, diretor da Share Seguros.

MAIORES VENDEDORES O Encontro de Campeões da Intermac este ano premiou os três melhores vendedores neste primeiro semestre. Dos R$ 13 milhões contabilizados pela empresa no período, eles foram responsáveis por quase R$ 2,5 milhões: Patrícia Silva, Carlos Costa e Reynaldo Magalhães.

QBE

Eduardo Aoki fez questão de enaltecer a presença do CEO e do diretor Brasil da QBE em seu evento. Segundo ele, é a primeira vez que executivos de alto nível de seguradoras participam de uma convenção de parceiras de cartões de assistência. E a recíproca foi verdadeira. O CEO da

QBE, Peter Rebrin, exaltou a importância da parceria entre sua empresa e a de Aoki e se colocou à disposição da Intermac “tanto nos momentos bons quanto nos ruins”. Prova disso foi a presença na Barra da Tijuca dele e do diretor Pedro Gutemberg. Há pouco mais de um mês, o sistema de atendimento QBE-Intermac foi migrado de Buenos Aires a São Paulo. Rebrin também deixou uma dose de otimismo aos presentes. “A Intermac é uma das empresas do mercado com maior potencial de vendas. Vocês são máquinas de vender e estão no segmento do Turismo que talvez tenha o maior espaço para crescimento." O contrato entre Intermac e QBE está firmado até 2022, mas no que depender de ambas as partes durará ainda mais. “Essa parceria pode chegar a muitos países, conquistar posições de grandeza no ranking nacional. O Eduardo é um empresário de muita visão, e no que depender da QBE essa parceria pode seguir por muito tempo além do contrato”, conclui Gutemberg.p

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12 Destinos

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Ana Luiza Tieghi - Califórnia (Estados Unidos)

As muitas

Califórnias SOL, PRAIAS, SURFE, LARGAS AVENIDAS CERCADAS POR PALMEIRAS, HOLLYWOOD. ESSAS SÃO AS PALAVRAS E IMAGENS QUE SURGEM NA CABEÇA DA MAIORIA DAS PESSOAS QUANDO PENSAM EM “CALIFÓRnia”. O Estado norte-americano é tudo isso, mas também é muito mais. O Jornal PANROTAS viajou pelo sul da Califórnia durante uma semana, ao lado de oito agentes de viagens premiados por venderem o destino e convidados pela MMTGapnet e Visit California. Confira aqui tudo o que vivenciamos e aprendemos sobre esse lugar que não se deixa definir.

ANAHEIM E DISNEY

A primeira parada da viagem foi Anaheim, a 48 quilômetros de Los Angeles. É nessa cidade de 350 mil habitantes que ficam os dois parques da Disney na Califórnia: Disneyland e Disney California Adventure. A Disneyland foi o primeiro parque imaginado por Walt Disney, muito antes da abertura do mega-parque Disneyworld em Orlando. A Disneyland foi inaugurada em 1955, e, apesar de ser o avô de todos os parques da Disney, continua atual. Quem visita o parque tem a sensação de estar em um local que valoriza a história, mas que passa longe de estar datado. Star Wars, o peixinho Nemo e Mickey e sua turma são tema de brinquedos e espaços inteiros. Lá também fica o castelo da Bela Adormecida, uma versão menor da mansão da Cinderela, em Orlando. É ao lado do castelo que acontece a tradicional queima de fogos da Disney, todas as noites, às 21h30.

Logo em frente, o Disney California Adventure é bem mais novo, de 2001, e também mais radical. Há a montanha russa California Screamin’, rio bravo e áreas dedicadas a produções que já se tornaram clássicos da casa, como Vida de Inseto, Carros e os heróis da Marvel. Destaque para a Torre do Terror, atração que foi repaginada no final de maio e ganhou temática da franquia Guardiões da Galáxia. Enxutos, os dois parques podem ser visitados em um só dia, mas o mais apropriado é reservar uma tarde para cada um, explica a agente de viagens da Big Travel Turismo, Roberta Stradioti. “Assim dá para fazer as atividades dos dois parques sem correria.” Mesmo quem já conhece a Disney de Orlando de cabo a rabo vai se surpreender com os parques da Califórnia. Rosana Campbell, da Chancetour, já foi para os parques de Orlando seis vezes, mas se encantou com a Disney californiana. “Não dá pra enjoar de ir para a Disney, toda vez me surpreendo, e o parque daqui é muito lindo.” Mais acessíveis, os parques ficam dentro da cidade, a poucos minutos dos hotéis. A Disney tem três propriedades em Anaheim: Disney’s Grand Californian Hotel & Spa, Disneyland Hotel e Disney’s Paradise Pier Hotel. Outros hotéis de Anaheim, como o Hyatt Regency Orange County, possuem shuttles para os parques. O Hyatt tem 656 quartos, sendo 242 suítes com geladeira e microondas. A hospedagem é formada por duas torres que são antigos prédios de escritórios. Para dar unidade à pro-

Castelo de Hogwarts em parte do parque Universal dedicada à série Harry Potter

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priedade, teto e parede de vidro foram construídos em volta das torres, e o lobby foi criado na junção dos prédios. Apenas 15 minutos de shuttle separam o hotel da Disney. Do lado de Anaheim, Huntington Beach tem o esperado sol californiano e a vida praiana característica do Estado. Em uma visita, os agentes puderam ver pessoas jogando vôlei na areia e até surfando, algo que parecia improvável para os brasileiros, visto que um vento frio não tornava a água convidativa. Mas Hunting Beach é a casa dos surfistas, considerada a “cidade do surfe” da Califórnia, e também recebe campeonatos da modalidade.

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World ajudam a conhecer melhor seus semelhantes de vida livre, por meio de pesquisas e exames. No parque é possível ainda nadar com golfinhos, ter contato com arraias, lontras e belugas (espécie de baleia pequena e branca), além de aumentar a adrenalina na montanha-russa Manta. Em San Diego, o hotel Grande Colonial traz a experiência de ficar em uma propriedade independente e cheia de história, na região de La Jolla. Em funcionamento desde 1913, o hotel de 93 quartos oferece vista para o mar e abriga o restaurante Nine-Ten, premiado no ano passado por uma publicação especializada como o melhor restaurante de hotel em San Diego.

Sua carta de vinhos também foi premiada, com um selo de excelência da revista Wine Spectator.

LOS ANGELES: PRAIA, HOLLYWOOD E DIVERSÃO Los Angeles é diferente de outras metrópoles. Com poucos prédios e muitas casas, dá até para esquecer que se está em meio a uma cidade de quatro milhões de habitantes, mas basta vê-la de cima para lembrar do seu tamanho. Um ótimo ponto para observar a ci> Continua na pág. 14

SAN DIEGO E SEA WORLD De carro, leva-se uma hora e 40 minutos de Anaheim até San Diego (que fica a 193 quilômetros de Los Angeles), cidade que faz fronteira com o México. Quem gosta do mundo marinho vai aproveitar o Sea World local, que estreou em 27 de maio a Orca Encounter, uma nova atração com orcas. O espetáculo é pensado para mostrar ao público como é a vida desses animais nos oceanos. Detalhes sobre seu comportamento e alimentação são apresentados em um telão, enquanto as orcas do parque pulam e repetem os gestos dos treinadores. A atração também conta para o público como as orcas em cativeiro do Sea

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A orla de Huntington Beach

Toda a equipe da famtrip em frente ao parqu e Disneylan d

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Paisagem do Malibu Wine Safaris

dade é do Observatório Griffith, que está presente em uma sequência de cenas do filme La La Land. A indústria do cinema é frequentadora assídua do observatório e do parque ao seu redor. De lá, é possível ver boa parte de Los Angeles, incluindo a famosa placa de Hollywood. No inverno, período em que a visibilidade atinge seu auge, enxerga-se até o oceano. Para se hospedar na cidade, o hotel Loews Hollywood tem a localização dos sonhos: bem ao lado do Teatro Dolby, onde é realizada a cerimônia do Oscar. É no hotel que a imprensa fica concentrada durante o evento, e uma passagem que parte do backstage do teatro e vai até o hotel permite que as estrelas circulem sem transtornos. Com 628 quartos, alguns com vista para a placa de Hollywood, o hotel é uma boa opção para ficar no meio do agito da cidade, a poucos passos da calçada da fama e de atrações, como o museu Madame Tussaud’s e o Chinese Theater. Também está ao lado da estação Hollywood/Highland do metrô de Los Angeles. Quem já assistiu filmes que se passam em Los Angeles com certeza reconhece a paisagem de Santa Monica e Venice Beach. O icônico píer de Santa Monica, que tem até montanha-russa, fica lotado de turistas e é também o marco final da Rota 66, rodovia americana que começa em Chicago e tem quase quatro mil quilômetros de extensão. Uma boa forma de conhecer a região é andando de bicicleta, assim como fizeram os agentes ganhadores da viagem. Uma ciclovia conecta Long Beach a Malibu e passa por Santa Monica e Venice Beach, ao longo dos seus 35,5 quilômetros. “Foi um dos pontos altos da viagem”, disse o agente da TZ Viagens, de Caxias do Sul, Cléber Girardi. Os agentes suaram para completar dez quilômetros de pedaladas contra o vento, em passeio que fez um desvio da ciclovia para conhecer os ca-

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nais de Venice Beach, que não leva o nome da cidade italiana à toa. Venice chegou a ter mais de 300 canais no século passado, dos quais hoje restam apenas seis. Conectados ao oceano, os canais seguem o ritmo das marés. Ao seu redor, ruas estreitas são cercadas de casas pequenas e bem decoradas, algumas de forma excêntrica, com cerca em formato de pelicanos. A maioria tem jardins bem cuidados. Para quem se animou com a perspectiva de viver ali, o guia do passeio ciclístico tratou de desfazer as ilusões: cada uma custa milhões de dólares. De volta à orla, Venice reúne skatistas, fisiculturistas (Arnold Schwarzenegger foi descoberto por lá) e um público alternativo. Os muitos “doutores verdes”, médicos que comercializam licenças para uso medicinal de cannabis, atraem pessoas que dão um tom hippie ao cenário. Os fãs de cinema e séries de televisão se sentem em casa no Universal Studios Hollywood, em Los Angeles, que mistura estúdios de filmagem reais com a estrutura de parque de diversões. Minions, The Walking Dead, Jurassic Park e Transformers têm brinquedos próprios, enquanto

os Simpsons e Harry Potter têm áreas inteiras dedicadas a eles. O parque da Universal tem fácil acesso. De Hollywood, basta pegar uma estação da linha vermelha do metrô de Los Angeles, sentido North Hollywood, e descer na próxima estação, Universal City/Studio City. De lá, uma passarela leva ao pequeno trem da Universal que realiza o transporte gratuito morro acima, até a entrada do parque. A topografia do parque tem uma característica importante: sequências de escadas rolantes ligam um patamar a outro, e permitem uma vista ampla das montanhas que cercam Los Angeles, uma atração à parte.

GASTRONOMIA

“Indico a Califórnia principalmente para os clientes que gostam de gastronomia. Eu fiquei impressionada com os restaurantes que conhecemos na viagem”, contou a agente Samara Carvalho, da Bahiatur, de Belo Horizonte. Um deles foi o Bluegold, em Huntington Beach, exemplo do cuidado californiano com a culinária. A cozinha é aberta, o que permite que os presentes observem o trabalho dos cozinheiros, que preparam pratos que

em nada lembram os tradicionais fast food americanos. Peixes, filés e opções vegetarianas são servidos com ingredientes frescos. Para lembrar que se está nos Estados Unidos, porém, basta atentar para o tamanho das porções. Os californianos gostam de comer bem, de forma saudável. Também valorizam os ingredientes “direto da fazenda”, sazonais e orgânicos. Todo esse cuidado é visto nos restaurantes por onde os agentes passaram, desde o mais elegante Nine-ten, até o mexicano Galaxy Taco, também em San Diego, que serve culinária mexicana de verdade (cuidado com a pimenta). Em Los Angeles, o The Original Farmers Market tem opções variadas de alimentação, de doces e tortas a empanadas argentinas, manteiga de amendoim feita na hora, açougues, sanduíches e até uma churrascaria brasileira, tudo direto dos produtores. Como fica ao lado do estúdio da rede CBS, o local é muito utilizado por profissionais do cinema e da televisão durante a hora do almoço. “Dizem que o Steven Spielberg costumava almoçar por aqui”, contou a trade manager do Visit California no Brasil, Juliana Baraldi. A cultura de produzir cervejas locais se encaixa nesse modo slow de se alimentar. São milhares de cervejarias artesanais espalhadas pelo Estado, vendidas até mesmo dentro da Disney. Só em San Diego, são mais de 100 produtores. A Stone Brewing é uma das mais antigas da cidade, e possui dois restaurantes próprios, um deles dentro do Liberty Station Public Market. Doze tipos de cervejas são produzidas por eles em San Diego, incluindo cinco tipos de teste, que variam ao longo do ano. Outra bebida famosa na Califórnia é o > Continua na pág. 16

CALIFÓRNIA

O N - LINE OS AGENTES DE VIAGENS QUE FICAREM INTERESSADOS EM APRENDER MAIS SOBRE A CALIFÓRNIA E

aumentarem suas vendas podem utilizar a plataforma California Star (star.visitcalifornia.com), ferramenta criada pelo Visit California e que inclui vídeos, itinerários e diretórios sobre o destino. Ela também está disponível como aplicativo para celulares Android e iOS. p

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A equipe da famtrip no parque Sea World de San Diego

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COMPRAS E

M A IS C O MPR A S A RUA MAIS FAMOSA PARA COMPRAS EM LOS ANGELES É A RODEO DRIVE, COM SUAS GRIFES E MUITOS TURISTAS,

Toda a equipe da famtrip preparada para pedalar por Santa Monica e Venice Beach

vinho, sempre lembrada pela produção em Napa e Sonoma Valley, ao norte do Estado. O sul da Califórnia, porém, também tem algumas vinícolas. Entre elas, destaque para a Sadle Rock, que fica em uma fazenda nas montanhas de Malibu, a uma hora de Los Angeles. Não é uma fazenda qualquer. A família que comprou a propriedade no final dos anos 1970 sempre gostou de animais e recebia aqueles que não tinham mais onde morar. Não eram apenas animais domésticos e típicos de fazendas, mas também camelos, zebras, búfalos e alpacas, entre outros. A proximidade com Hollywood explica a excentricidade da fauna. Os filmes e séries produzidos na vizinha Los Angeles às vezes utilizam animais, que após um certo tempo não são mais adequados para o trabalho em frente às câmeras. Foi o caso de Stanley, girafa que há três anos vive ali, depois de ter participado da comédia Se Beber, Não Case 3, e ser dispensada da fama por ter crescido demais.

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mas os locais que buscam marcas renomadas preferem frequentar a Robertson Boulevard. O shopping a céu aberto The Grove une um passeio agradável (é bem arborizado, com fontes) a boas opções de lojas, como a Apple, Nordstorm, Anthropologie, Barnes & Noble e mais. O The Original Farmers Market fica bem ao lado, mas uma unidade da rede de restaurantes Cheesecake

A produção vinícola da propriedade vive em harmonia com os bichos, e a família teve a ideia de unir as duas atrações da fazenda em uma só. Surgiu, então, o Malibu Wine Safaris. Inspirado nos safáris africanos, ele leva os visitantes em um jipe aberto para conhecer e alimentar os animais, além de degustar os vinhos produzidos por ali. São dez tipos da bebida, oito tintos e dois brancos. “Eu me surpreendi, porque imaginava que vinho na Califórnia fosse só em Napa Valley”, contou Luís Fernando Starling, da Starling Turismo, de Belo Horizonte. “Em Napa não tem essa experiência que a gente teve de conhecer realmente a vinícola, parar em pontos estratégicos para a degustação, rodar pela fazenda e ver a beleza natural, é bem diferente”. Diferente, relaxada, diversa: a Califórnia é isso tudo, mas também é mais. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da MMTGapnet e Visit California

Factory é outra opção para uma paradinha entre as compras. Quem procura algo mais em conta para comprar pode aproveitar os outlets. O Camarillo Premium fica a 50 minutos da região de Hollywood, enquanto o Citadel é mais próximo, a 35 minutos do local. Considerado o maior outlet da Califórnia, o Ontario Mills tem formato de shopping tradicional, fechado. Fica a 75 quilômetros do centro de Los Angeles, viagem que dura em média uma hora. p

Canal em Venice Beach

Agentes pedalam e fundo, p íer de Sa m ciclovia; ao nta Mon ica

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Aviação

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Artur Luiz Andrade — Miami (Flórida)

Era internacional AOS POUCOS, A AVIANCA BRASIL VAI MOSTRANDO SEU PROJETO DE LONGO PRAZO, QUE COMEÇOU em 1998, como taxi aéreo no Rio de Janeiro. Em junho, a empresa atingiu mais um patamar, com a inauguração da ligação diária entre São Paulo e Miami, mas essa história promete ainda outros desdobramentos a curto prazo, com mais voos internacionais e domésticos, fusão com a Avianca colombiana e aproximação comercial com a United Airlines. Um dos mantras da companhia, repetido por seu presidente do Conselho, José Efromovich, é “não nos importamos com

o market-share, e sim com a qualidade do produto, a rentabilidade do negócio e a fidelização do cliente”. A companhia garante que sempre terá menos de 20% de share no Brasil (atualmente possui 13%), pois foca em rotas e cidades específicas, com alta frequência de voos, e pretende usar uma ocupação mais alta para compensar os investimentos em qualidade e que fazem parte da proposta da empresa: telas individuais nos assentos da econômica, full flat na executiva do A330, comida quente no serviço de bordo, bagagem despachada sem cobrança de taxa. “Há espaço para modelos de negócios diferentes (na aviação), mas temos nosso modelo e usamos nossa alta ocupação para mantermos tarifas competitivas enquanto mantemos nosso padrão de serviço. Vamos continuar focando em nosso negócio, que não é vender comida”, analisou o presidente da companhia, Frederico Pedreira, durante entrevista em Miami, por ocasião do lançamento do novo voo. Ainda de acordo com ele, a Avianca estuda lançar uma tarifa econômica, em

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que não será permitida o despacho de bagagem, mas ainda não há uma data definida para isso. “Queremos uma alternativa que realmente signifique uma tarifa menor e que atraia novos passageiros para a Avianca Brasil”. Até lá a companhia segue não cobrando taxas para despachar bagagens, nem no nacional, nem no internacional.

MIAMI

O primeiro voo internacional da Avianca Brasil é tecnicamente o segundo. Isso porque a companhia voa uma vez por semana entre Fortaleza e Bogotá, graças a um programa de incentivos do governo do Ceará, que reduziu o ICMS sobre o querosene de aviação inclusive para os voos domésticos de empresas que operem internacionalmente no Estado. Uma segunda experiência será feita em Salvador, para aproveitar o incentivo e promover o hub de Bogotá da Avianca Internacional como opção para se chegar ao Caribe e América do Norte. Mas Miami é considerado o primeiro destino do projeto de internacionalização da Avianca Brasil. O segundo

O desenlace da fita no aeroporto de Guarulhos, inaugurando o voo da Avianca

será Santiago, no Chile, em 7 de agosto, com dois voos diários. Buenos Aires, que seria prioridade antes mesmo de Santiago, está fora dos planos porque o acordo bilateral Brasil-Argentina não permite novos entrantes no momento. Um terceiro destino

será anunciado ainda este ano. Pode ser Bogotá, com voos diários de São Paulo, mas também quatro outras cidades mantidas em sigilo. A operação será com o A330, que fará um dos voos para Santiago (o da manhã, para > Continua na pág. 18

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AVIANCA BRASIL

Ocupação: 85,6% em 2017, contra 80,8% da indústria

Frota: 52 aeronaves, 9 em 2017, incluindo seis A320 e três A330

Participação: 55% é o share do segmento corporativo

Total de passageiros:

Encomendas: 2 A320 já confirmados para 2018

9,2 milhões (2016)

Novos voos: para Foz do Iguaçu, Navegantes, Miami (já iniciados) e Belo Horizonte e Santiago (em 21 e 7 de agosto, respectivamente). Nova ligação semanal entre Salvador e Bogotá ainda este ano

Voos: Cerca de 240 diários, com foco nos hubs de Brasília, Rio, São Paulo e Salvador

conectar os passageiros da Star Alliance), além do de Miami, já iniciado. Santiago e Belo Horizonte (voos diretos de São Paulo a partir de 21 de agosto) foram solicitações da Star Alliance, que precisava de ligações de sua representante brasileira nesses destinos. Já Miami, segundo Frederico Pedreira, foi decisão da própria Avianca. O voo estava previsto para 2015, mas a crise fez a companhia adiar os planos por um ano. A empresa conta com três A330, sendo um de carga, e um terceiro de passageiros chegará em julho, para operar o novo destino ainda não anunciado (com duas aeronaves, a companhia consegue fazer Miami e Santiago). “Miami é a principal rota ponto a ponto para o Brasil. Escolhemos por causa dos números e por dependermos menos do além Miami”, disse Pedreira. O diretor de Produtos Internacionais da CVC, Fábio Mader, corrobora a estratégia: ao lançar uma promoção dois por um para Miami com a Avianca, a operadora esperava que a venda maior fosse para Orlando. “Miami surpreendeu e a maior parte da venda tinha a cidade como destino final”, disse ele, que foi um dos convidados da Avianca Brasil para o voo inaugural no A330-200. Tanto a ida quanto a volta são em voos noturnos, com facilidades como classe executiva na configuração 1-2-1 (acesso ao corredor para todos os assentos), poltronas que reclinam totalmente na business, poltronas em todas as classes com monitores individuais e tomadas, e entretenimento on-demand. As vendas inicialmente estão concentradas no Brasil, mas a Avianca já está com um GSA em Miami para divulgar o voo na Flórida e nos Estados Unidos e contará ainda com a imagem que a Avianca Internacional tem no Estado, devido aos voos da Colômbia e do Peru.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Avianca Brasil, com proteção GTA

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Frederico Pedreira, Emilio Gonzalez, CEO do Aeroporto de Miami, José Efromovich e Tarcísio Gargioni

TRADE EXPERIMENTA EXECUTIVA A CLASSE EXECUTIVA DO A330200 QUE OPERA ENTRE SÃO PAULO E MIAMI PELA AVIANCA BRASIL

foi aprovada pelos convidados da companhia para o voo inaugural. Agentes de viagens, consolidadores e operadores foram levados para conhecer o produto, na classe executiva, e ainda visitaram algumas novidades de Miami, em uma parceria com o Greater Miami CVB, que quer o Brasil de volta ao topo do ranking de emissores de turistas estrangeiros para o destino (com a crise, o Brasil caiu de primeiro para terceiro maior emissor). Os 32 assentos da executiva na disposição 1-2-1, ou seja, todos com

PA R A MI A MI

acesso ao corredor, e ainda poltronas full flat, com funcionalidades bem práticas e de alta performance, como o sistema on-demand de entretenimento, porta-objetos, painel para carregar celular e com saída USB, amenidades em nécessaire Trousseau e duvet e travesseiros de qualidade superior. O duvet e as funcionalidades da poltrona, além dos detalhes de atendimento, foram as principais qualidades destacadas pelos convidados, além da aeronave zero quilômetro. O embarque no Brasil é feito no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, o que, segundo Tarcísio Gargioni, facilita a conexão com

voos domésticos, que também são operados nesse terminal. A Avianca negocia com o GRU Airport duas salas vips, uma internacional e outra doméstica, no Terminal 2, mas ainda não há data de inauguração – a sala vip da Star Alliance, da qual a Avianca Brasil faz parte, fica no Terminal 3. Em Miami, o embarque é no novo South Terminal, na área J, que conta com 15 portões de embarque. O voo 8510 parte de Guarulhos às 23h55, aterrissando nos Estados Unidos às 7h25. No sentido inverso, o voo 8511 decola de Miami às 18h55, chegando em São Paulo às 4h30 (horários locais).p

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ACORDO COM UNITED SAI ESTE ANO SEGUNDO O PRESIDENTE EXECUTIVO DA AVIANCA BRASIL, FREDERICO PEdreira, a fusão entre a Avianca Brasil e a Avianca Internacional é um projeto que está nos planos das duas empresas, mas que tem de seguir as regras e passos estipulados pela bolsa americana, onde a Avianca Internacional tem ações negociadas. “Não é algo rápido, há passos a seguir, mas é sim algo que queremos tocar”, afirmou ao Jornal PANROTAS. Ainda de acordo com ele, a fusão deve ocorrer em “um tempo relativamente curto”. A Avianca Internacional foi comprada pelo Grupo Synergy, de German e José Efromovich em 2004, vencendo a Copa Airlines em uma disputa pela empresa colombiana que estava em Chapter 11. “Hoje a Avianca tem capital aberto, 180 aeronaves e mais de 21 mil funcionários. Nosso business plan foi um fator decisivo, apesar de nossa proposta ter sido um pouco menor que a da Copa, na época ligada à Continental Airlines”, relembra José Efromovich, que somente unificou as marcas usadas (no Brasil a empresa chamava-se Ocean Air), em 2010, com a chegada do acordo com a Airbus para renovação da frota, então com Fokker 100 (ou MK-28). Tanto Frederico Pedreira quanto Efromovich disseram que o foco neste momento na Avianca Brasil são os novos voos e a internacionalização, mas os projetos de fusão da empresa brasileira e da colombiana e o joint business agrément com a United estão caminhando dentro do esperado. Efromovich não gosta de usar o termo joint venture ou joint business agreement para falar da parceria com a United, pois se trata de uma intensificação de laços comerciais, não envolvendo, de acordo com ele, troca de ações. A United é uma das empresas líderes da Star Alliance e o novo acordo vai aproximar as duas companhias, incluindo o codeshare no voo da Avianca Brasil entre São Paulo e Miami. Apesar de tocar o processo (com a United) com calma, Efromovich disse que o acordo “pode sair este ano, sim”. “Já temos vários acordos com a United por conta da Star Alliance e vamos estender isso a novos patamares.” Sobre uma possível venda da Avianca, o empresário já tem a reposta na ponta da língua: “a Avianca não está à venda”.p

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Frederico Pedreira e José Efromovich recebem certificado de Orville J. Smith, da TSA, autorizando pouso da Avianca Brasil em solo americano

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A MIGO INDEPENDENTE COMO FIZERAM AS DEMAIS EMPRESAS AÉREAS NACIONAIS, A AVIANCA BRASIL TAMBÉM ESTÁ TRANSFOR-

mando seu programa de fidelidade, o Amigo, em uma unidade de negócios independente. Para isso contratou um diretor geral, Fabricio Angelin, ex-Multiplus, está preparando diversas novidades para o programa. Segundo o presidente da companhia, Frederico Pedreira, a Avianca Brasil está testando há cerca de dois meses um novo sistema de pagamento de bilhetes com pontos. O sistema acompanhará o dinamismo dos preços das passagens: bilhetes mais

caros poderão ser comprados com mais pontos e passagens mais baratas com menos pontos do Amigo. Hoje dez rotas estão testando o novo sistema, mas a meta é que em pouco tempo todo o inventário da Avianca Brasil, ou mais de um milhão de assentos por mês, esteja integrado à nova forma de resgate dinâmico. De acordo com Pedreira, 10% da ocupação dos assentos no voo de Miami, nesses primeiros meses de operação, já vem de resgates do Amigo. A média na empresa é de 3% e a meta é chegar a 5% com a implementação do novo sistema.p > Continua na pág. 20

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Flashes

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AVIANCA EM MIA

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2 1 Fábio Mader, da CVC, Juarez Cintra, da Ancoradouro, e Tarcisio Gargioni, da Avianca Brasil 2 Daniel Matias, da Maringá, e Humberto Machado, da Avipam 3 Gustavo Figueiredo e Mônica Lamas, do GRU Airport, e Tarcísio Gargioni, VP da Avianca 4 Frederico Pedreira, presidente, Flávia Zulzke, Marketing, e Marcius Moreno, diretor de Serviços e Aeroportos da Avianca 5 Ivo Lins, da Flytour Gapnet 6 Rebecca Meadows, da Avianca 7 Juarez Cintra, da Ancoradouro, Carlos Vazquez, da Esferatur, Ricardo Paci, da Tyller, Edmar Bull, da Copastur, e Carlos Padro, da Tour House 8 Daniel Matias, da Maringá, Márvio Mansur, da Skyteam, Vanderlei Folgueral, da LTS, e Rodrigo Napoli, da Avianca 9 Joseph Napoli, chefe de equipe do aeroporto de Miami, entre José Efromovich e Tarcísio Gargioni 10 Joaquim Cruz, da BBTurismo, o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, Ana Maria Donato, da Imaginadora/Miami CVB, Soely Oliveira, da BCD, Ricardo Paci, da Tyller, Eraldo Palmerini, da BRT, e Juarez Cintra, da Ancoradouro 11 Soely Oliveira, da BCD Travel, e Carlos Vazquez, da Esferatur 12 José e Sandra e o comandante Francis Barros, também piloto em competições acrobáticas da Red Bull 13 Bob Rossato, da Viajanet, Marvio Mansur, da Skyteam, Daniel Matias, da Maringá, Vanderlei Folgeural, da LTS, Wania Fasulo, da High Light, Ian Gillespie, da Avianca, e Roberto Sanches, da Orinter 14 Gisela Marti e Joe Docal, do Greater Miami CVB, com Efromovich, Ana Donato, da Imaginadora, e Tarcísio Gargioni 3

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Viage n s co rp o rat iva s

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>> Beatrice Teizen

Nova marca,

novos planos

Um dos três sócios, Nando Vasconcellos, e o diretor de Marketing e Relacionamento da empresa, Wilson Silva

COM 63 ANOS DE EXISTÊNCIA RECÉM-COMPLETADOS, A KONTIK VIAGENS COMEÇA UMA NOVA FASE. UMA NOVA marca e logo foram criados, além de gestão de qualidade, estrutura diretiva e novidades lançadas. Para comemorar as conquistas, a TMC reuniu seus principais clientes em um almoço no Palácio Tangará, em São Paulo, em 27 de junho. “Fizemos um lançamento interno para os colaboradores e aquele evento foi o oficial. Somos uma empresa de peso, mas também somos modernos e queremos transmitir isso por meio do nosso novo logo”, contou o diretor de Marketing e Relacionamento, Wilson Silva. A Kontik, uma companhia familiar, possui uma gestão bastante profissional e vem investindo depois de um período de crise. “Ao longo deste ano tivemos uma série de contratações, como novos diretores de Operação e Tecnologia. Resolvemos agir neste momento de incertezas. Estamos nos movimentando, lançando novas empresas e parcerias com fornecedores. Temos muito trabalho pela frente”, afirmou um dos três sócios, Nando Vasconcellos. Entre as novidades está a marca e todo o significado por trás do design. Anteriormente, nas cores laranja, vermelho, branco e preto, tinha-se a sensação de uma marca

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estática. Agora, em vermelho e cinza claro, teve o nome Franstur e Turismo retirado e dá alusão a rotas e movimento. O objetivo da Kontik é trazer inovação e renovação a uma marca já tradicional no mercado. “Queremos mostrar aos nossos clientes que somos uma empresa globalizada”, disse Silva, referindo-se à parceria que possuem com a global FCM Travel. A TMC também reorganizou o posicionamento do seu programa de qualidade, onde os problemas passam a ser tratados na raiz. Outro projeto é a área de marketing da empresa, que agora está focando em assuntos internos, como criação de conteúdo, marketing inbound, mídias sociais e endomarketing. Para este ou o próximo ano também está nos planos a criação de um aplicativo com todas as funcionalidades e serviços que oferece. A principal ação, que, inclusive, começou no evento da semana passada, foi a Kontik Bys (“by your side”). Para estreitar o relacionamento com clientes e parceiros (fornecedores), três esferas foram criadas: a special meeting – encontros voltados às secretárias dos executivos; travel partners – onde serão trazidas soluções de gestão de viagens aos travel managers; e confraria Kontik – criada especialmente para os diretores, vice-presidentes e

Equipe da Kontik: Marcos Faria, Daniela Coelho, Nando Vasconcellos, Lana Takuma, Wilson Silva e Eduardo Vasconcellos

conselheiros se reunirem. “Os eventos já estão vigentes e aquele foi o primeiro. Resolvemos fazer um mix para começar, mas será sempre segmentado. Teremos um

calendário anual, a partir de 2018, já que as companhias costumam fazer orçamento de budget anualmente. Com essas ações, queremos estar mais próximos e nos

relacionar ainda mais com nossos clientes”, explicou o diretor de Marketing. A iniciativa é uma das grandes apostas da agência nessa nova trajetória. p

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Viage n s co rp o rat iva s

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>> Renato Machado

Custo

e experiência

UMA DAS PREMISSAS DOS GBTA CONFERENCE É FUNCIONAR COMO CANAL DE CONTATO ENtre executivos, ao mesmo tempo em que absorvem informações compartilhadas ao longo de painéis e discussões. Para o diretor regional da GBTA no Brasil, Wellington Costa, “o conteúdo é tão importante quanto o networking". Costa viu ao longo do encontro, realizado na semana passada no hotel Hilton Morumbi, em São Paulo, um debate rico. “Quem veio saiu mais do que satisfeito, podemos dizer que superou as expectativas", disse, ao cravar aumento de 20% no número de participantes em relação a 2016: 220 pessoas. Outro que se mostrou satisfeito com o evento foi o diretor executivo da Abracorp, Gervasio Tanabe, que elogiou os três itens que para ele dão o tom do GBTA Conference: networking, absorção de conhecimento e compartilhamento de conhecimento. "A modelagem da GBTA Conference não é marqueteira. Ela busca negócios e isso é bacana”, afirma. No entanto, o executivo critica a falta de participação dos presentes. “O cliente corporativo está viciado em alguns modelos, você não vê interações, mesmo quando a gente provoca, fala de temas delicados. Aos poucos a gente começa a quebrar isso com eventos como este."

OS DEBATES

Em pauta, análises acerca da gestão de viagens corporativas, a preocupação com a maximização dos lucros por parte de fornecedores e a importância da redução de custos dos compradores. "Hoje a preocupação maior é a compra com o melhor preço", afirmou o gestor regional de viagens da Unilever, Vinicius Luz, completando: “essa é uma pressão que nossos colegas recebem da empresa, de redução de custos. É claro que eles buscam o que é melhor para o executivo, mas tem esse lado. É uma negociação." Nesta negociação, a preocupação com a experiência do executivo em viagem deveria ser mais levada em conta, defende a diretora da United Airlines no Brasil, Lucimar Reis, que sugere até mesmo a participação do RH no fechamento de acordos que envolvam viagens corporativas. "É um trabalho que tem que ser feito muito além [do desconto momentâneo], mas infelizmente a gente não vê essa avaliação." Custo, de fato, tomou conta de boa parte da discussão. Durante sua fala, a presidente da HSMai, Gabriela Otto, pediu “mais razão e menos emoção em uma negociação". "Quanto mais preço fixo nessa indústria, menos sentido faz. Quanto mais preparado o comprador estiver, mais eficaz será a negociação. Conhecer o básico de Revenue Management (gestão de receitas) não é mais opcional, não há espa-

220 profissionais participaram do GBTA Conference 2017, realizado no Hilton São Paulo

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O diretor regional da GBTA no Brasil, Wellington Costa

ço para amadores neste tema, tanto para buyers como para suppliers."

OPORTUNIDADES

Especialistas também discutiram a evolução do mercado corporativo. Para o gestor de viagens da Accenture, Ronaldo Linares, “existe um oceano de oportunidades a serem exploradas em termos de viagens corporativas”. "Ainda existem coisas muito básicas que a gente não consegue prover de forma satisfatória. As TMCs, as companhias aéreas, operadoras de cartões de crédito e gestores estão muito distantes. Se por um lado a gente conseguiu fazer algum progresso, ainda tem muita coisa que precisa ser feita no mercado corporativo e na experiência do usuário." Com uma ressalva, o diretor financeiro da Avipam, Humberto Machado, corroborou com a opinião. "De fato existe um oceano de oportunidades, mas se olharmos os últimos dois ou três anos nós tivemos um crescimento muito grande em viagem, em qualidade, dando possibilidade de sermos mais ativos em determinados pontos. Nós temos visto esse progresso", completou.p

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Flashes

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GBTA SÃO PAULO

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Ronaldo Linares (Accenture), Humberto Machado (Avipam) e Rogerio Miranda (Inteegra) 2 Amauri Ribeiro, da CW T, entre Valsonia Oliveira e Camila Pinhati, ambas da Accenture 3 Robson Oliveira (Enterprise), Cristiana Kato (Unidas) e Gonzalo Ledesma (Enterprise) 4 Diana Pomar, do Conselho de Promoção Turística do México no Brasil, e Wellington Costa, do GBTA 5 Juliane Reis e Jaqueline Poggiese, ambas da Itaú Unibanco, com Hugo Souza, da B2B Reser vas 6 Fernão Tanaka, da Philips, com Vanessa Esteves e Paulo Salvador da Intercity Hotels 7 Luiz Costa, do Bradesco, e Eduardo Bernardes, da Gol 8 Ger vasio Tanabe, da Abracorp, Lucimar Reis, da United, Vinicius Luz, da Unilever, e Wellington Costa, do GBTA 9 Fernando Cavalheiro, da CEP Transportes, Carlos da Conceição, da Firjan, e Humberto Machado, da Avipam 10 Fernando Sampaio, da Tour House, e Rafael Arantes, da Lemontech 11 Viviane Giglio Rocha e Fernando Bacala, do Hilton 12 Elizabeth Santos (Meliá Hotels), Carla Blotto (Bunge Brasil), Christian Sá (Meliá Hotels), Rubia Carla Andrade (Capta Turismo), Laura Pedroso (LP Partners) 13 Priscila Sonobe, do Daniel Iacomini, da BRF, Maria Cecilia Mattiuzzo, da Ericsson, e Hitalo Leite, da Redbull 14 Paula Mattos, da Brasil Plural, e Marcos Sant'Anna, do consulado geral dos Estados Unidos 15 Jessica Fabbrini (Hyatt Hotels & Resorts), Gabriela Oliveira (BTG Pactual), Patricia Mello (Credit Suisse) e Andres Gomes (Hyatt Hotels & Resorts) 16 Rafael Silva, da Gol, e Priscila Neiva, da CW T

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Destinos

Pronto para a

“ t e mp orada bra n c a” As primeiras nevascas já mudaram o cenário de Chapelco Ski Resort e deixa o empreendimento empolgado com a temporada de inverno

ENQUANTO CAI A PRIMEIRA GRANDE NEVASCA SOBRE AS LADEIRAS DO CHAPELCO SKI RESORT, O COMPLEXO DÁ AOS turistas um gostinho do que terá de novo nesta “temporada branca”. Para começar, um incremento de 40% nos voos. A Aerolíneas Argentinas oferece 16 operações semanais de inverno com tarifas competitivas a partir de Buenos Aires. De segunda a sexta são dois voos diários, enquanto aos sábados e domingos são três. Os horários contemplam a primeira hora da manhã e a última da tarde, incluindo uma frequência noturna aos domingos. Isso permite aproveitar ao máximo a estada e esquiar desde o dia de chegada até a hora de ir embora. O serviço também facilita uma “escapada” de três dias. Em segundo lugar, as reformas de US$ 1 milhão no aeroporto de Chapelco contemplaram o reforço à pavimentação da pista, a ampliação da plataforma comercial, a

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incorporação de um novo sistema de tecnologia de manobras das aeronaves, entre outras evoluções na infraestrutura. Isso se soma ao sistema de satélite habilitado em 2016, que reduziu em 3% o nível de cancelamentos de voos por más condições climáticas, permitindo completar as operações de maior complexidade sem ajuda terrestre. Alto investimento também no próprio resort. Nos últimos dez anos foram gastos quase US$ 10 milhões em meios de elevação e infraestrutura em Chapelco. As últimas obras corresponderam à recolocação dos meios de elevação, o T-bar da Pradera e o Lift del Puente, facilitando o acesso de esquiadores de todos os níveis até a Pradera del Puma, um dos lugares mais notáveis do complexo. Por sua vez, o complexo inaugurou novas pistas nas ladeiras do morro Teta y Mocho. Chapelco tornou-se foco também da entidade norte-americana sem fins lucrativas Protect Our Winters

(Pow), que agora fará investigações científicas e de desenvolvimento de políticas de nível global, além de buscar alianças com esportistas de inverno e realizar ações na indústria dos esportes de neve e movimentos para somar seguidores à sua causa. Isso coloca Chapelco na mesma lista que nomes consagrados como Aspen Snowmass e Vail Mountain Resort. O destino também tem novidades na moda. Além das butiques, que se encontram na base e na Plataforma 1600 e vendem roupas e acessórios próprios para

o frio e a neve, este inverno terá um exclusivo local para aluguel do vestuário. Ali será possível alugar roupas de montanha e todo tipo de acessório para se manter aquecido e seco durante a temporada de frio. Chapelco também será cenário para a etapa classificatória da Copa do Mundo de Freeride de 2018. O estilo livre tanto em esqui com em snowboard é a modalidade mais apaixonante para se assistir, pois nele cada esportista faz suas melhores manobras, da maneira que desejam. Informe-se em www.chapelco.comp

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INFORME PUBLICITÁRIO

Desvendando o

inverno argentino Felizmente, a neve é um dos muitos produtos turísticos oferecidos pela Argentina. Com o decorrer do outono, os resorts de inverno e centros de esqui, localizadas no sopé da majestosa Cordilheira dos Andes, já estão se preparando para receber a grande massa de turistas nacionais e estrangeiros, que chegam ansiosos para temporada de neve no país. Como de praxe, o esqui e o snowboard são as estrelas do inverno argentino, mas os turistas que visitam os destinos de inverno na Argentina têm muito mais opções do que fazer, e não se limitam apenas aos dois esportes. Acessíveis através dos centros de esqui do país, há alternativas, por exemplo, como parques de neve para as crianças, onde elas podem ser introduzidas nos esportes de inverno ou apenas brincar de fazer seu próprio boneco de neve. Outro exemplo são os snowcats, ou as motos de neve: o veículo, adequado para as montanhas, proporciona aventura e ação tanto para jovens quanto para adultos. Outro clássico, este voltado para toda a família, é o passeio de trenó. A experiência de ir em um é como se sentir protagonista de um filme típico de Hollywood. Por fim, curtir um chocolate quente é quase uma obrigação, e o prazer de sentar-se à mesa depois de um dia cheio de atividades, com um copo e doces típicos, é incomparável, ainda mais por estar acompanhado de paisagens deslumbrantes das montanhas pela janela. São oito principais centros de esqui no país. Confira quais são e suas características:

Las Leñas (MENDOZA):

Com mais de 30 anos no segmento, é um dos centros mais importantes, não só na Argentina, mas na América Latina. Elegante e encantador, onde quer que você olhe, Las Leñas é uma marca exclusiva de neve. Para a temporada deste ano, o centro recebeu um investimento de 30 milhões de pesos, incluindo melhorias na área hoteleira, nas entradas do local e no wi-fi, além da ampliação das pistas de esqui e do parque infantil — incluindo um brinquedo inflável, tobogãs, um zoológico temático e o esporte slalom infantil — entre outras.

Penitentes (MENDOZA):

A pouco mais de 180 quilômetros de

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Centro de Esqui Penitentes, em Mendoza

Snowboarder em Cerro Bayo

Motos de neve em Caviahue, Neuquén

Estação de esqui La Hoya, em Chubut

Mendoza e próxima à fronteira com o Chile, Penitentes é outro grande clássico quando se fala de neve. Ideal para ir em família ou em grupos pela atmosfera íntima que oferece, o centro possui quase dois mil quartos de hotel, e é um dos que possui maior capacidade e infraestrutura no país. São 300 hectares habilitados para esqui, distribuídos em 25 pistas para todos os níveis.

Chapelco

(NEUQUÉN): Uma das mais tradicionais do país, Chapelco fica próximo a San Martín de los Andes, uma das cidades mais encantadoras da Patagônia. Do alto da montanha pode-se ver o emblemático vulcão Lanin, ícone turístico da província de Neuquen, oferecendo um cenário que embeleza o desafio de esquiadores. Além de se destacar pela excelência no atendimento de suas pistas, uma das atrações mais marcantes de Chapelco é o Jardim de Neve, onde as crianças podem dar seus primeiros passos no esqui ou no snowboard. Além disso, a partir deste ano, será disponibilizado aluguel de roupas para neve no próprio centro.

Cerro Bayo (NEUQUÉN):

Imponente, o centro Cerro Bayo fica a menos de dez quilômetros da elegante Villa La Angostura. A novidade para este ano é a inauguração do espaço exclusivo Burton Test Ride, único em um centro de esqui na Argentina, onde snowboarders podem experimentar as melhores pranchas do esporte. A cereja do bolo do centro, porém, é o passeio panorâmico de seis quilômetros com vista para o mágico lago Nahuel Huapi. Cercado por neve e sol, além do próprio lago, oferece um dos melhores

cartões postais da temporada. O centro possui 31 pistas com quatro dificuldades diferentes, e estão disponíveis mais de 700 equipamentos de esqui e 160 de snowboard para aluguel.

Caviahue (NEUQUÉN):

Localizado em um bela aldeia da montanha com menos de mil habitantes, o local é ideal para visitar em família. O centro de esqui em si fica a cerca de 1,5 quilômetros da aldeia, e possui 325 hectares de superfície para praticar o esporte. O Caviahue também oferece serviços de restaurantes e confeitaria, aluguel de equipamentos, excursões e aulas de esqui. Além do esporte, porém, é possível circular pela região com motos de neve ou trenós levados por cães da raça Alaska Huskies. Por fim, uma visita às fontes termais de Copahue, a 19 quilômetros do centro, é outra alternativa para os viajantes.

Cerro Catedral

(BARILOCHE): Quando se fala sobre a neve e esqui na Argentina, talvez a primeira imagem na mente dos turistas é o Cerro Catedral, em Bariloche. Passar por aqui é quase uma obrigação para os amantes de atividades de inverno. É a maior estância de esqui na Argentina e na América do Sul, com capacidade para acomodar mais de sete mil turistas em sua base. Além de esquiar, há ainda outros clássicos imperdíveis, como passeios de veículos 4X4 pelas montanhas, ou de motos e quadricíclos de neve, ideal para jovens e adultos. São 400 instrutores de esqui dando aula na região, que recebe cerca de 600 mil visitantes por temporada de inverno.

La Hoya (CHUBUT):

La Hoya é um dos grandes clássicos da neve Argentina, com mais de 40 anos de atividade. Fica localizado em uma posição estratégica a noroeste da província de Chubut e a poucos quilômetros da cidade de Esquel, um dos principais centros urbanos da Patagônia andina. São 30 pistas com 11 elevadores, e mais de dois mil metros até o cume. Uma opção de diversão em família é o Snow Park, com uma área de quatro hectares. Dois eventos acontecem na região, o Festival Nacional de Esqui e o Desfile das Tochas: o primeiro é uma celebração anual da temporada de inverno, e o segundo é um evento de maravilhar os olhos, com chamas através da neve quando a noite cai, uma experiência distinta de qualquer outra.

Cerro Castor (USHUAIA):

Você gostaria de esquiar e brincar de neve no Fim do Mundo? Cerro Castor oferece este e outras muitas possibilidades. O centro fica a apenas 26 quilômetros da cidade de Ushuaia, na província de Terra do Fogo, e é espetacular em todos os sentidos da palavra. Ele também tem a vantagem de ser o centro mais austral do mundo, além de ser um dos mais modernos da Argentina desde que abriu pela primeira vez, em 1999. Lá, você pode desfrutar de diversas modalidades de esqui, como nórdico, cross-country e alpino; e de snowboard, como freeride, freecarve e boardercross. Além disso, são sete restaurantes disponíveis, além do maior Snow Park da América do sul. Mais informações sobre esses e outros atrativos no www.argentina.travel.

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Consolidadoras

Campeões e exclusivos

José Coimbra, da Iberia/BA, Vicente Ferreira, da CNT, Reginaldo Gama, da TCW, Christine Loureiro (Kika), da CEO Travel, Wilber Franceschini, da Selections, Flávio Pessuto, da Voutur, Alfredo Tomassone, da Sunset Tour, Terlange Souza, da Levitatur, Marcia Germano, da CNT Operadora, Alba Cuevas, de Port Aventura, e Rafael Monteiro, André Khouri e Erica Silva, também da CNT

POUCOS ARGUMENTOS INCENTIVAM MAIS O AGENTE DE VIAGENS A VENDER DO QUE... VIAJAR. PELO LADO de quem premia, é gratificante ver seus principais parceiros não só desfrutando de uma viagem de incentivo como também enchendo a bagagem com conhecimentos que se reverterão em ainda mais cifras quando voltarem ao dia a dia de trabalho. A par de tudo isso, a consolidadora CNT acertou em cheio, em parceria com Iberia/British e Turismo da Catalunha, ao levar os maiores vendedores da companhia aérea do grupo IAG ao destino espanhol, um dos mais visitados no mundo. Os campeões de venda de Iberia/British pela empresa de André Khouri foram Selections, representada por Wilber Franceschini; Sunset Tour, por Alfredo Tomassone; Levitatur, por Terlange Souza; CEO Travel, por Christine Loureiro; e Voutur, por Flavio Pessuto. Eles estavam acompanhados de José Coimbra, da Iberia/British Airways,

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Joan Romero, do Turismo da Catalunha, e Reginaldo Oliveira, da TCW, pertencente à CNT, além de André Khouri, Erica Silva, Davi Ferreira, Marcia Almeida e Rafael Monteiro, todos da CNT. Os profissionais viveram uma semana de experiências exclusivas em Barcelona e imediações. A começar por onde ficaram hospedados. O Port Aventura, em Tarragona, é um dos maiores complexos de hotelaria e entretenimento da Europa. Acumula mais de 65 milhões de visitantes em 20 anos de história. Com localização privilegiada em relação a Barcelona (a menos de uma hora e 30 minutos de carro), o resort opera quatro propriedades quatro estrelas e um cinco estrelas com um total de 2,1 mil apartamentos. Isso sem contar sua área destinada ao entretenimento, com três reconhecidos campos de golfe, um clube com acesso direto à praia, um parque aquático, um parque temático e o único parque Ferrari Land do Velho Continente,

com uma série de atrações internacionalmente famosas. Como se não bastasse, o Port Aventura Convention Centre é capaz receber mais de quatro mil pessoas é o local especializado para grandes eventos internacionais. Pois os campeões de Iberia/British pela CNT aproveitaram de tudo. O parque da Ferrari, aliás, foi aberto há não mais de três meses e os brasileiros sentiram na pele a emoção de uma das montanhas-russas mais velozes e mais altas do mundo e mais uma dezena de atrações. O parque da famosa escuderia italiana foi projetado para agradar toda a família e tem pelo menos uma atração destinada a determinada faixa etária. Cada vez mais multiprodutos, a CNT comercializa os ingressos para Ferrari Land, como conta o CEO André Khouri. “É importante que nossos parceiros e todo o mercado saibam dessas coisas. Com esse tipo de experiência mostramos aos agentes que podemos oferecer destinos já conhecidos, mas que têm

sempre algo novo a oferecer, como é o caso da Ferrari Land em Barcelona. Por nossa característica de consolidadora butique, que cuida dos clientes, tem atendimento diferenciado e preocupações que vão além da venda, é fundamental mostrarmos aos nossos parceiros o tipo de produto que disponibilizamos para além do aéreo”, afirma o empresário. Por falar em experiência diferenciada, o Turismo da Catalunha ofereceu aos top sellers um dia vip no Grande Prêmio da Catalunha de Motovelocidade, campeonato que a CNT também disponibiliza ingresso. O grupo entrou no autódromo local e fez um passeio pelas pistas laterais antes da corrida iniciar, olhando bem de perto onde o italiano Andrea Dovizioso, da Ducati, sairia vitorioso instantes depois. Depois assistiram à corrida do paddock e tiveram acesso a áreas exclusivas, com direito a autógrafo dos pilotos (incluindo o queridinho Valentino Rossi). O evento movimenta 180 milhões de euros, segundo estimativa da organi-

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Top sellers almoçam no restaurante Maritim, um dos mais reconhecidos de Port Vell, em Barcelona

Na selfie, o CEO da PANROTAS e o executivo do Turismo da Catalunha, Joan Romero, acompanham o grupo na área dos pilotos (paddock) do GP de Motovelocidade

zação. Como o Port Aventura é muito próximo de Barcelona, os top sellers aproveitaram para curtir um dia na capital catalã, um dos destinos turísticos mais consagrados do mundo, principalmente após o planejamento estratégico feito para a Olimpíada de 1992. Um dos principais legados dos jogos foi Port Vell, que significa Porto Velho em catalão. A área foi revitalizada para o evento esportivo, e foi lá que os campeões de venda curtiram o penúltimo dia, com direito a restaurantes, shopping, aquário e deques onde ficam atracados luxuosos iates. No último dia, os top sellers, principalmente os fãs de um bom espumante, fecharam a viagem da melhor maneira possível. Foi na Codorníu, uma das mais tradicionais fabricantes de cava, a denominação dos vinhos espumantes produzidos na Espanha. Um dado curioso pela também produtora de vinhos: o local representa a mais antiga empresa familiar da Europa e a 17ª empresa mais antiga do mundo, com

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registros que datam de 1551. Hoje, a geração que administra a empresa é a 18ª na linha sucessória da família. Rótulos da empresa são referência em espumantes e vinhos e estão espalhados por todos os cantos do mundo. De acordo com André Khouri, viagens como essa têm um retorno de curto a médio prazo para a CNT e seus parceiros, e ações similares devem fazer parte do calendário da consolidadora com maior frequência. O CEO também ressalta uma penetração maior da empresa no doméstico, que sempre foi mais reconhecida pelo inter. “Estamos aumentando significativamente no nacional de dois anos para cá, após nos tornarmos consolidadora oficial Latam. Não tinha como oferecer aos parceiros um produto nacional sem uma companhia forte como a Latam, e estamos muito orgulhosos de ser vice-campeã da premiação Agência Elite da aérea desde que passamos a vendê-la”, concluiu. --- O Jornal PANROTAS

Viagem top sellers Iberia/British e CNT deste ano teve Selections, Sunset, Levitatur, CEO Tur, Turismo da Catalunha, TCW, Voutur e PANROTAS

André Khouri, CEO da CNT, com sua esposa, Erica Silva

viajou a convite de CNT e Iberia/British.

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O GESTOR

EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS Edição 16 – 5 a 11 de julho de 2017

w w w. a l a g e v. o r g

Parte integrante do Jornal PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

A era das

transações virtuais Alexandre Castro, da Maringá Turismo Maria Regina Botter, da Visa

Vinicius Luz, da Unilever

O FUTURO DOS MEIOS DE PAGAMENTO EM VIAGENS CORPORATIVAS ESTÁ NOS CARTÕES VIRTUAIS, SEGUNDO RECENTE ESTUDO DIVULGADO PELA CARLSON WAGONLIT TRAVEL (CWT). Mas o mercado vem mostrando que essa solução já faz parte do dia a dia de muitos gestores de viagens e TMCS. Segundo a diretora executiva de Produtos da Visa, Maria Regina Botter, existe um interesse cada vez mais crescente das empresas em trabalhar com meios de pagamentos virtuais em viagens corporativas, e o fato é reforçado por uma pesquisa da Air Plus, que mostra que no ano passado menos de 1% dos viajantes corporativos utilizavam os cartões virtuais, enquanto neste ano o número subiu para 11%. “Mas percebemos que as empresas ainda encontram algumas dificuldades no processo de implementação dos cartões virtuais, já que precisam conciliar as soluções com sistemas de reservas e outros processos. Muitas agências têm, inclusive, adotado provedores de soluções para facilitar tais procedimentos”, conta Maria Regina. Uma delas é a Maringá Turismo, que tem como parceira a empre-

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sa de soluções de pagamento Wex, cuja sede está localizada nos Estados Unidos. “Para nós os cartões virtuais já não são uma tendência, mas uma realidade com a qual trabalhamos há seis anos. Utilizamos as soluções de pagamentos da Wex sem deixar de lado o B2B e outras tecnologias”, conta o VP da Maringá Turismo, Alexandre Castro. Ele conta que a TMC chega a fazer mais de dez mil transações ao mês por meio do virtual card number (VCN), e que os benefícios são notáveis. “Com o VCN não há necessidade de a agência conciliar as transações (aéreas e terrestres), pois elas já nascem conciliadas. O sistema já tem todos os dados dos clientes e gera um cartão para cada transação, diminuindo o risco de fraude, já que cada transação tem uma validade e valor específicos e expira após o período estabelecido”, expli-

ca o VP da Maringá Turismo. Ele destaca que os meios de pagamentos virtuais precisam oferecer automação em todo o processo, e que ainda há pouco entendimento sobre este assunto no mercado. “As agências precisam se inteirar um pouco mais sobre o produto e os players que o estão emitindo”, ressalta. Outra questão à qual as agências muitas vezes não se atentam é o fato de que os cartões virtuais já oferecem seguros e proteções ao viajante. “As contas oferecem uma série de coberturas, e muitas vezes as agências acabam contratando seguros adicionais por não saberem disso”, alerta Maria Regina. Os meios de pagamento virtuais também já são uma rotina no dia a dia do gestor de viagens da Unilever para o México e o Caribe,

Vinicius Luz. “Os cartões virtuais estão entre as soluções mais inovadoras que temos no mercado, e elas são muito úteis para o caso de viajantes que não têm o uso do cartão de crédito permitido pela política de viagens da empresa ou que viajam com pouca frequência, já que as transações só serão geradas quando for necessário”, ressalta Luz. Ele conta que os meios de pagamentos virtuais estão entre os assuntos frequentemente debatidos durante as reuniões do Travel Managers Group (TMG), nas quais participam não apenas gestores de grandes empresas, como também bancos e bandeiras de cartões de crédito, que apresentam seus novos produtos para o mercado de viagens corporativas.

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O GESTOR

EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

SOLUÇÕES VIRTUAIS NA HOTELARIA

Quando se trata dos meios de hospedagem, Maria Regina afirma que as grandes redes hoteleiras possuem mais automação nos processos do que os hotéis pequenos e independentes. “Isso porque cada um desses hotéis tem a sua solução de pagamento e ela muitas vezes não está integrada com a geração de nota fiscal, ou as soluções que utilizam ainda são manuais ou burocráticas, dificultando o modo como as transações são processadas“, afirma a diretora executiva de Produtos da Visa. Porém, segundo o gestor da Unilever, até esse problema os bancos já estão solucionando. “A partir do momento em que a empresa adere à solução de pagamento virtual, alguns bancos entram em contato com os hotéis onde ficarão hospedados os

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viajantes para saber se esses empreendimentos estão integrados aos novos meios de pagamento, explicando como eles funcionam, caso seja necessário“, conclui Luz.

FORMAS ALTERNATIVAS DE PAGAMENTO O estudo International Management Study (ITMS) que a Air Plus International realizou este ano mostra que quase metade (44%) dos viajantes corporativos entrevistados ao redor do mundo já usou formas alternativas de pagamentos virtuais, como as da Apple, Google ou Paypal. O Brasil, inclusive, é um dos maiores usuários, com 65%. Na pesquisa foram entrevistados 2,2 mil viajantes a trabalho e gestores de viagens, e ainda que seja possível notar um aumento na receptividade destes produtos em relação ao ano passado, apenas 19% dos travel managers considerariam esses dis-

ruptores em seus programas de viagem – e empresas que gastam mais de US$ 10 milhões ou euros por ano em viagens estão mais propícias a adotar os novos métodos do que os com baixo ou médio gasto. Um grande grupo de 42% ainda é contra. 80% dos funcionários que viajam a negócios dizem sim ou talvez para os meios móveis. Mas quando a pergunta é feita aos travel managers, o número cai para 52%. No Brasil, entretanto, 80% deles são a favor. E qual seria o motivo de preocupação dos que ainda resistem a essa modalidade de pagamento? De acordo com a pesquisa, segurança é o principal fator (33%) e outros alegam ter pouca informação a respeito (24%). Mesmo com o uso alternativo em ascensão, cartões corporativos continuam sendo os mais populares: 63% dos viajantes os utilizam. Em seguida, estão o dinheiro, o cartão de crédito pessoal e a fatura. Para os colaboradores, o meio de pagamento plástico continua sendo o favorito durante as viagens.

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SurFACE

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Mais internacional

Reforçada

A Aeromexico terá mais voos no Brasil a partir de 15 de dezembro deste ano. Serão quatro frequências adicionais entre São Paulo e seu hub, na Cidade do México, para além do voo diário já existente. Isso significa um salto de sete para 11 voos semanais. Outra novidade é o upgrade da aeronave que opera o voo. A partir de 9 de janeiro de 2018, o B777 será substituído em alternância pelo B787-8 e B787-9.

Confiante na demanda que a alta temporada de verão trará ao Brasil, a Azul anunciou duas rotas inéditas a Buenos Aires, ambas no aeroporto de Ezeiza. Uma delas sai de Navegantes (SC) e outra parte de Cabo Frio (RJ). A ligação de Santa Catarina acontecerá de 11 de dezembro a 4 de março com decolagem às 14h e, no sentindo inverso, às 16h. A do Rio de Janeiro, de 16 de dezembro a 3 de março, decolará às 11h e, no sentido inverso, às 14h. Atualmente, Buenos Aires com a Azul só tem voos diários e regulares a partir de Belo Horizonte.

Divulgação

Visual no Rio de Janeiro

A Visual Turismo anunciou Leandro Horta (foto) como seu novo gerente da filial do Rio de Janeiro. Ele substitui Tiago Barrucho, a quem a operadora de Afonso Louro agradeceu os serviços prestados. Horta tem em seu currículo uma passagem de oito anos pela Copa Airlines, onde ocupou o cargo de coordenador de Vendas no Rio de Janeiro. Depois somou uma curta passagem pela Liga Receptivo, no Sul do Brasil, e voltou ao Rio para ser gerente comercial da Multidestinos, focada em países internacionais. Anote seu e-mail: lhorta@visualturismo.com.br.

Gustavo Hahn, Claudio Vila Nova, Richard Andreazza e Lavoizier Freire

Divulgação

Equipe montada

Com a contratação do ex-Schultz e Milhas Fácil Lavoizier Freire como promotor de Vendas, a CVC fecha seu time de Circuitos Europeus. O novo reforço cuidará do produto para Norte e Centro-Oeste e já começou a visitar agências dessas regiões na semana passada. Além do gerente de Vendas de Circuitos Europeus da operadora, Gustavo Hahn, seus colegas mais próximos serão Claudio Vila Nova (DF) e Richard Andreazza (gerente de Vendas para Norte e Centro-Oeste). O caderno Europa para Brasileiros da CVC conta com mais de 500 páginas, 168 novos roteiros em formato de circuitos e mais de 20 países. O novo promotor atende no lavoizierfreire@cvc.com.br.

Ponto a ponto Despedida

Isabelle Teixeira ficou 11 anos como diretora de Marketing da Starwood (Marriott)

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Isabelle Teixeira decidiu buscar outros caminhos em sua carreira e anunciou sua despedida da Starwood Hotels & Resorts, adquirida há cerca de um ano pela Marriott International. Na semana passada, a executiva, uma das líderes do Marketing da rede hoteleira, encerrou suas atividades na empresa após 11 anos. Ela atende no (21) 99474-9324 e teixeira. isabelle@gmail.com.

● A Agaxtur anunciou Carlos Nuñez como novo sócio na Argentina para conduzir projeto de expansão no país. ● Com a saída de Gisele Torrano, a Meliá ampliou as funções de Elisabeth Santos para o segmento Mice além de Business Travel e as de Daniel Hirata para Leisure. ● Um total de 18 investidores competirá pela Alitalia, que declarou falência e está sob administração extraordinária. Ryanair, Lufthansa, Air France-KLM, IAG e Norwegian Air demonstraram interesse. ● A Iberostar reforça sua força em São Paulo e região Sul com o novo gerente regional de Vendas João Faria, que substitui Raul Monteiro, hoje na GJP.

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corporativo

www.pancorp.com.br

Edmar Mendoza, Vivian Menon e Edmar Bull

Sofisticação

A TMC Copastur, do presidente Edmar Bull e do filho e diretor executivo Edmar Mendoza, decidiu remodelar a marca Copastur Prime e, há cerca de um mês, atua exclusivamente no segmento de lazer voltado para o consumidor de alto padrão. Com 14 pessoas na equipe, sob a gestão de Vivian Menon, o setor se desenvolve por meio das frentes Prime (lazer) e Corporate Prime (bleisure), prometendo serviço diferenciado e próativo. Para atuar em alto nível em um mercado povoado por empresas como Teresa Perez, Selections, Matuaté, Queenberry e Primetour, entre outras, Mendoza aposta em quatro palavras: preço, qualidade, luxo e experiência. 

Divulgação

Novos desafios

Após dois anos na liderança da gestão de Contas Estratégicas da HRS para América Latina, Aline Bueno deixa a empresa de soluções hoteleiras para o mercado corporativo. A executiva foi chamada pela Concur Brasil para uma posição de Desenvolvimento de Negócios, onde será liderada pela diretora Valéria Soska. Na HRS, Aline trabalhava em Vendas e Gestão de Contas Globais pertencentes à empresa em toda América Latina. Destaque para Bayer, Basf, Tim, Merck, L'Oreal, entre outras. Mas talvez seja a BRF que tenha representado seu principal trabalho na HRS, já que foi responsável pelo rollout da companhia a 17 países do Exterior. Anote o novo e-mail dela: aline. bueno@sap.com.

Nova gigante

As companhias de tecnologia para despesas de viagens Certify, Nexonia, Expense Watch e Tallie se uniram para criar uma única empresa, chamada por eles "a maior companhia independente do setor". A K1 Investment Management está apoiando a ação com US$ 125 milhões e disse que há capital adicional disponível para futuras aquisições.

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