R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.301
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03 a 09 de janeiro de 2018
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Conheça os destinos com que os consumidores de viagens de alto padrão estão sonhando. Ou os que a indústria quer fazê-los desejar. Qual o comportamento do cliente de produtos high end em nossa indústria. E o Brasil? Somos mais compradores ou vendedores de luxo? Quais as oportunidades para os agentes, ops, consultores de viagens nesse segmento?
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02 Editorial
03 a 09 de janeiro de 2018 JORNAL PANROTAS
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Via de mão dupla
LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 15 a 17 Avianca Brasil chega a Nova York e mira Europa Páginas 18 e 19 Na coluna O Gestor, a importância do compliance para as empresas Páginas 22 e 23 No Surface, a movimentação das companhias e profissionais da indústria
O reaquecimento nas viagens dos brasileiros já se observa, no Lazer, tanto nos produtos nacionais, em plenas férias de verão, quanto nos internacionais, com Estados Unidos, Europa e até os destinos mais distantes se beneficiando da demanda reprimida pelos anos de crise. Para este ano, há duas grandes expectativas: que a partir do final de fevereiro, pós-carnaval, as viagens corporativas sejam retomadas com entusiasmo, e que os novos voos internacionais anunciados em 2017, para início ao longo de 2018, não apenas se confirmem, mas que iniciem suas operações com alta ocupação. A retomada do corporativo será decisiva não somente para que as empresas aéreas nacionais continuem com crescimento mês a mês na demanda e em outros índices, mas também para que haja um respiro e se retome o crescimento a plenos pulmões.
Check-IN
No mês passado a Abear divulgou seus dados de janeiro a novembro, e 2017 já havia sido, mesmo sem contabilizar dezembro, o melhor ano da história para as companhias aéreas nacionais no transporte de passageiros de/para o Exterior. Nunca a aviação nacional, que responde por cerca de 30% desse mercado, transportou tantos passageiros internacionais. Sinal da retomada e ainda uma mensagem de otimismo para os próximos meses. Ainda não conseguimos, porém, vislumbrar não uma retomada, mas a mudança de rumo no sentido inverso das viagens internacionais: a vinda de estrangeiros para o País. Não apenas a imagem do Brasil ainda preocupa, especialmente a do Rio de Janeiro (afinal, para a maioria dos estrangeiros não faz sentido vir para cá e não visitar o maior cartão postal), como a promoção do
que temos a oferecer ainda bate nas mesmas teclas, com as mesmas limitações, especialmente financeiras. Neste edição, o diretor da ILTM Latin America (antiga Travelweek), Simon Mayle, diz que o viajante de luxo internacional aguarda a guinada no Rio para colocar o Brasil no mapa de sonhos e desejos imediatos. Enquanto isso, nossos concorrentes e vizinhos, como o Peru e a Argentina, se posicionam, ganham share e conseguem uma dianteira que dificilmente iremos tirar. Empreendimentos isolados, como a hotelaria em São Paulo e no Rio, fazem seu papel, investem, mostram um outro lado desses destinos. Mas institucionalmente continuamos na mesma: poucos investimentos em promoção, pouca agilidade, muito discurso e espaços sendo ocupados por outros. Até quando? Feliz 2018 para nós.
Ao longo do ano, milhares de buscas foram feitas no app e site do megabuscador Voopter. Os três destinos nacionais mais pesquisados foram São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Já no internacional os líderes são Lisboa, Santiago do Chile e Buenos Aires.
Destinos mais procurados em 2017 no Meta buscador Voopter
Nacional Top 10 1. São Paulo
interNacional Top 4 1. Lisboa CONECTE-SE COM A PANROTAS portalpanrotas portalpanrotas
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2. Santiago do Chile 3. Buenos Aires 4. Miami
2. Rio de Janeiro 3. Fortaleza 4. Salvador 5. Recife 6. Brasília 7. Porto Alegre 8. Curitiba 9. Florianópolis 10 . Natal
PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
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S
UE Q A T DES
DO PORTAL
PANROTAS
14 a 20/12
10 Em nova sede, Localiza explica 11 Confira as cidades mais
2 Latam anuncia voo
12 Almundo, Skyteam, Agaxtur e
3 Avianca Brasil começa hoje
13 Azul: 9 anos e promessa de
4 Low-cost com executiva:
14 Delta celebra lançamento de voo
5 Avianca Brasil pode ter voo
15 Star Alliance: 18 aéreas voarão
temporário entre Guarulhos e Las Vegas — em 18/12 voos São Paulo-Nova York — em 15/12 Eurowings terá cama de 2 metros — em 19/12 para a Europa em 2018 — em 15/12
MEDIA PARTNER
acordo com Hertz; fotos — em 14/12
1 CVC anuncia app,
internacionalização e mais aquisições — em 14/12
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visitadas do mundo em 2017 — em 19/12 muitas outras contratam — em 18/12 “boas notícias” em 2018 — em 15/12 sem escalas entre Rio-NY — em 14/12
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
de terminal único em Pequim — em 14/12
6 GRU-JFK da Avianca é
inaugurado com festa; veja fotos — em 16/12
7 Latam anuncia 6 novos voos e mais frequências no Brasil — em 16/12
8 Avianca Brasil quer ocupar
espaço em capitais do Norte — em 18/12
9 Líderes vão a NY celebrar
novo voo da Avianca; fotos — em 19/12
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br)
EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Maíra Bocci (maira@panrotas.com.br) Assistente de Marketing: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Assistentes Comercial: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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04 Mercado
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> Rodrigo Vieira – Cannes (França)
O luxo racional Fotos: ILTM e Rodrigo Vieira
ILTM Cannes 2017 bateu recorde de expositores e compradores e confirmou a resiliência do luxo a fatores externos como crise política e econômica
RESILIÊNCIA CONFIRMADA. BREXIT, DONALD TRUMP, COREIA DO NORTE, TERRORISMO E CRISE ALGUMA PARECEM SER SUFICIENTES PARA AFETAR O SEG-
mento de viagens de luxo internacionais. A ILTM Cannes 2017, principal evento de Luxury Travel no mundo, voltou a quebrar recordes e inclusive discutir estas questões abertamente para provar que o alto padrão da indústria até pode sentir tais fatores, mas não deixa de crescer. O viajante de maior poder aquisitivo é o que mais entende a importância de deixar suas fronteiras para relaxar, explorar e, como consequência, compreender melhor o que está acontecendo com o mundo, seria o palpite de alguns, como o próprio diretor da ILTM Latin America (antiga Travelweek), Simon Mayle. Fato é que toda indústria de luxo, do Turismo aos bens de consumo, cresceu 5% globalmente em 2017 na comparação com o ano anterior, em detrimento a toda repercussão negativa entregue pela mídia em um ano de tão difícil compreensão. Os dados foram revelados na abertura da ILTM pelo diretor da consultoria especializada Bain & Company, Marc-Andre Kamel, do escritório de Paris. Mas quando se reúnem 1,67 mil expositores (aumento de 3% para 2016) e 1,66 mil compradores (10% acima do ano passado, sendo 700 estreantes) de 75 nacionalidades em um só lugar, é esperado bem mais do que a comprovação de que a elite dos viajantes no mundo segue carimbando passaportes. E as expectativas novamente foram correspondidas no Palais des Festivals e Congrès, na primeira semana de dezembro, em Cannes. As 66,2 mil reuniões pré-agendadas da ILTM não são suficientes para colocar todas as
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Neil Jacobs, CEO da Six Senses
novidades em dia, por isso a agenda é absolutamente tomada por eventos paralelos e o volume de encontros e apertos de mãos pelos corredores certamente daria inveja a muita feira de grande porte por aí... A missão é começar 2018 com o que há de melhor do nicho, das grandes marcas hoteleiras às propriedades familiares, iates, jatos privados, ilhas, destinos, DMCs, tecnologia e todo produto onde o luxo alcança.
HOTELARIA NACIONAL
Entre altas e baixas, o Brasil espera para este mês a notícia de que a rede de luxo focada em bem-estar Six Senses está próxima de desembarcar nos arredores da Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, com o Six Senses Formosa Bay. Como anunciado pelo Jornal PANROTAS durante a ILTM Americas, em setembro, a marca hoteleira já tem os investidores
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e está pronta para fincar sua primeira bandeira na América Latina. O CEO do Six Senses, Neil Jacob, confirma o interesse e a previsão de anúncio para breve, mas se esquiva de maiores detalhes. “O que posso garantir é que será mais uma propriedade com a nossa cara, algo que poucos conseguem entregar no mundo, pois nosso objetivo principal é fazer a diferença, dar algo que faça sentido à comunidade, respeitar a identidade da região, sua cultura, sua paisagem, seu ecossistema. Há 20 anos nos encarregamos de entregar luxo e sustentabilidade, e agora estamos aproveitando que isso é tendência”, afirmou, com uma última pista. “Não será um hotel barato, pois sua construção é custosa, e o empreendimento não é viável se oferecermos um produto de preço tão acessível”, concluiu Jacobs. A Six Senses não é proprietária de nenhum dos hotéis que levam sua marca no mundo, entrando apenas com a administração. O CEO também revelou, durante a feira, estar fechando um acordo com dois hotéis já existentes em Dubai: The Duxton e The Maxwell. Não há maiores informações se esse acordo envolve apenas os spas ou substituição de marcas. Já a rede Rosewood representa, de certa forma, uma baixa (temporária) para o parque hoteleiro do Brasil. O desembarque da marca norte-americana em São Paulo segue de pé, mas sua estreia foi adiada para 2019, e não mais para este ano, como anteriormente previsto. “Ficou para o ano que vem, mas por motivos internos, nada relacionados com a situação que o Brasil vive", garantiu a vice-presidente de Vendas e Marketing para Américas e Europa da Rosewood, Caroline MacDonald. "Embora a data
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N Ú MER OS A 16ª EDIÇÃO DA ILTM CANNES, NA FRANÇA, CONTOU COM UM RECORDE TANTO DE EXPOSITORES QUANTO DE COMPRADORES. FORAM 1.670 EXPOSITORES — UM AUMENTO DE 3% EM RELAÇÃO À ÚLTIMA EDIÇÃO NA CIDADE
francesa — e 1.662 compradores — 10% a mais na mesma relação — vindos de 75 países diferentes. A quantidade de reuniões de negócio também aumentou: foram 66,2 mil encontros, 9,5% a mais que na última ILTM Cannes. O número de agentes do segmento de luxo foi um dos que mais cresceram, segundo comunicado da ILTM, principalmente aqueles dos Estados Unidos (15% a mais que na última edição), da França e de países do norte da Europa, com um aumento de 10%. A porcentagem de "caras novas" também foi alta no evento. Cerca de 45% dos expositores na ILTM Cannes nunca participaram de uma edição anterior. "Eu sou um veterano da ILTM em Cannes e continuo vindo, pois encontro todos os anos novos for-
de abertura tenha sido alterada, os planos estão intactos. Levaremos a São Paulo um conceito de hospitalidade de alto padrão totalmente diferenciado", garante a executiva. “Nunca devemos apressar esse tipo de marca”, acalma Simon Mayle, com a afirmativa do diretor da Teresa Perez Tours, Tomas Perez, que também minimiza o atraso. "A Rosewood hoje se coloca como um player de hotéis icônicos no luxo, como o fantástico Crillon de Paris,
necedores fantásticos. Se eu for convidado de novo, eu aceitaria 100% e, se eu pudesse apenas ir a uma feira por ano, seria essa", afirmou o diretor da Leisure New Act Travel LA, Amy Furie. "Encontrar essas joias que eu não conhecia antes, e conhecer fornecedores que eu já deveria saber quem são é talvez a melhor parte da ILTM Cannes", complementou o representante da Zell Travel, Robin Leggett. "A energia criada na ILTM Cannes é palpável desde o momento em que você chega nela", comentou o vice-presidente sênior de Marketing e Vendas Globais da Seabourn, Chris Austin. "Este foi o primeiro ano que a Seabourn expôs na feira, e as conexões que fizemos com compradores e fornecedores serão inestimáveis nos próximos meses." O vice-presidente comercial da IHG para Europa, Glenn Carroll, também celebrou os resultados. "A ILTM Cannes é de longe a melhor feira para a entrega de novos negócios. Digo com relação a tudo
uma referência internacional. Todo mercado anseia por sua abertura em Hong Kong em 2018, e há mais de 20 hotéis previstos para abrir com a marca nos próximos anos. Trata-se de um produto de altíssima qualidade, e certamente assim será no Brasil. A postergação da inauguração é normal, no mundo inteiro esse tipo de coisa acontece, ainda mais quando a obra ocupa edifícios históricos." Por falar em investimentos, o Fasano
que envolve a introdução de novas propriedades, a atualização de clientes e a manutenção dos canais de reserva já estabelecidos. Eu imagino que, entre cerca de 32 hotéis que representamos na feira, vamos criar centenas de milhares de dólares de novos negócios, e faremos o mesmo quando retornarmos em 2018." A diretora do ILTM Collection, Alison Gilmore, explicou, por fim, os motivos aos quais credita o êxito do evento. "O sucesso da ILTM é o sucesso da indústria. A ILTM 2017 foi definida pelos anúncios de muitos lançamentos e muitas empresas de luxo em crescimento em todo o mundo, que inclusive farão parte do nosso cenário de eventos ILTM para 2018", explicou Gilmore, que completa: "isso inclui nossos dois novos eventos — ILTM Asia Pacific e ILTM China — e ainda aqueles que foram renomeados, a ILTM Latin America e a ILTM North America, sem esquecer, por fim, o ILTM Arabia e o ILTM Africa", finalizou a diretora do ILTM Collection.
dobrará o número de propriedades este ano, de três para seis. A multiplicação era prevista para o ano passado, mas a diretora de Vendas e Marketing da empresa, Renata Luque Dantas, contratada em 2017, espera para 2018 a abertura de Angra dos Reis (RJ), Belo Horizonte e Salvador. Em exposição na área da The Leading Hotels of the World, Renata previu Angra, de 60 apartamentos, para janeiro; Belo Horizonte, na região de Lourdes, com 77 aparta> Continua na pág. 06
Tomas Perez, da Teresa Perez Tours
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Renata Luque Dantas, diretora de Vendas e Marketing, e Carolina Napolitano, gerente corporativa de Vendas, ambas do Fasano
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E X Ó T I C O S E M A LTA
zonte, Flávio Geo. Respaldado pelo selo Virtuoso, o empresário destaca a África como seu produto de maior crescimento em 2017. Os estreantes no continente, segundo sua avaliação, buscam África do Sul, enquanto os repetentes se aventuram em Tanzânia, Quênia, Botsuana, Namíbia, Ruanda, Uganda, entre outros. “O produto de visita aos gorilas se destacou em vendas”, conta. Peru, Maldivas, Japão e Croácia foram outros produtos de bom desempenho em Cannes para o mineiro. Já Thiago Cuencas, da Viagens e Cia, foi à feira focado em Ásia-Pacífico, enfatizando Oceania. “A Austrália é um dos destinos mais fascinantes do mundo. Tem praia, barreiras, corais, deserto, uma cena urbana extraordinária, um povo acolhedor e educado, e agora está na crista da onda com um câmbio muito favorável em comparação ao dólar americano, além do reforço do novo voo da Latam para Melbourne”, afirmou o operador, enquanto fazia negócios no estande do Japão, outro de seus destinos mais vendidos no momento.
Não à toa a Teresa Perez Tours, uma das principais referências em luxo no trade brasileiro, tem para 2018 a campanha Epic, caderno no qual pretende reinventar alguns destinos com que já trabalha, como Nova Zelândia, Patagônia e Escandinávia, mas sem abrir mão de inaugurações superexóticas como como Mongólia e norte da Islândia. A intenção é desconectar seu passageiro da vida atribulada dos centros urbanos. Como de costume, Tomas e Teresa estiveram em Cannes para negociar e reencontrar amigos do mundo do Turismo – ambos são figuras bem conhecidas nos eventos. Fábio Franco, da Plantel Turismo, do Rio de Janeiro, esteve em Cannes com bem mais apetite após um 2016 bem desafiador. “Nosso viajante pode ter várias divisões, desde o consumidor total high end, que viajou independentemente do cenário, até o viajante que tinha dinheiro, mas esperou para ver os rumos do Brasil na política e economia. Entretanto, após o primeiro trimestre deste ano o ritmo voltou e as vendas estão bem encaminhadas. Tenho cerca de 15 iates alugados para destinos europeus, e a ILTM tem todos esses tipos de produtos.”
mentos, com uma combinação de lazer e corporativo sofisticados para o começo do segundo semestre; e Salvador, na praça Castro Alves, com 70 quartos, para o fim do ano. O que faz a diretora de Vendas e Marketing ter tamanha confiança no 2018 do Fasano é a retomada sentida em 2017 e o crescimento do corporativo. "Este ano inteiro houve melhora na ocupação, e as reservas para o fim de ano já servem como sinal de que teremos vida mais fácil pela frente. Outro sinal são os acordos corporativos para 2018, que está recebendo interesse bem maior do mercado chinês, e registra maior número de grupos e de noites reservadas." Outro brasileiro que expôs na mesma área do Fasano foi o Emiliano. Ambos com unidades em São Paulo, e desde o ano passado enfrentando a concorrência do Palácio Tangará, que atraiu todos os olhares do luxo na capital paulista. Aproximadamente sete meses depois de sua inauguração, a propriedade da Oetker Collection excede as expectativas do diretor administrativo, Celso do Valle, que reconhece as dificuldades do mercado, mas volta a colocar a cidade como um destino de ponta no cenário do luxo mundial. “Consolidar São Paulo como um destino de lazer no mundo é nossa
responsabilidade”, afirma, em relação ao Palácio Tangará e à concorrência. “Mas me surpreendeu o quão rápido o público entendeu essa nossa vocação para resort, algo que o destino nunca teve. Fomos capazes de despertar o lazer para os paulistanos, brasileiros e estrangeiros. Em novembro, batemos o recorde de ocupação para 2017: 63% nos dias de semana e 79% nos finais de semana e feriados”, conclui Do Valle, acrescentando a importância dos eventos sociais, e recebendo o aval de Simon Mayle. “O Palácio Tangará é um dos melhores hotéis do mundo. Seus finais de semana lotados representam uma nova cena, uma nova perspectiva para São Paulo”, afirma o diretor da ILTM Latin America, com outros destaques (e uma surpresa) na ponta da língua a respeito da nossa hotelaria. “O Santa Teresa Rio MGallery by Sofitel e o Gran Meliá Rio têm qualidade e serviço bem acima da média, o Emiliano, o Fasano e o Tivoli são impecáveis; o Unique e seu Sky Bar são referência internacional por terem colocado São Paulo no mundo do luxo. Entre as revelações, o Mirante do Gavião, no rio Negro, Amazônia, me surpreendeu muito. Um hotel elegante, com design criativo, em meio a uma natureza exuberante. Infelizmente o
ENTRE OS CERCA DE 40 COMPRADORES BRASILEIROS NA ILTM CANNES, ALGUNS FORAM À CAÇA DE PRODUTOS E DESTINOS EXÓTICOS, COMO O DIRETOR DA AGÊNCIA VISA TURISMO, DE BELO HORI-
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Flavio Geo, da Visa Turismo, de Belo Horizonte
Celso do Valle, diretor administrativo do Palácio Tangará
brasileiro às vezes tem a mania de subestimar a região, mas é onde todo mundo gostaria de estar.” Sem data definida para lançamento, o Nobu Hotel São Paulo, que provavelmente estará situado nas intermediações da avenida Paulista, terá um espaço de 15 mil metros quadrados, com um bar na cobertura, piscina, espaço para eventos, fitness e centro de saúde. Garantida para este ano, uma abertura high end em São Paulo é a do Four Seasons. A rede promete para outubro o Four Seasons Hotel São
Paulo at Nações Unidas. O edifício está praticamente pronto, mas como o luxo e o cuidado aos detalhes estão extremamente relacionados, os candenses esperam mais alguns meses para finalizar a parte final do empreendimento. Sob olhar do gerente geral Michael Shmid, a propriedade terá 254 acomodações em hotelaria, mas também será inaugurado com 84 residências. Embora ainda nem tenha aberto as vendas, Shmid já promete chegada da Four Seasons no Rio de Janeiro, prevista para 2021.
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AGENTES DE VIAGENS VÃO ACABAR SE TEM ALGUÉM QUE O MERCADO DE LUXO DEVE OUVIR, ESSA PESSOA É MATTHEW UPCHURCH. O CEO DA VIRTUOSO RESPIRA AS VIAGENS DE ALTO PADRÃO DIA E NOITE E CRAVA: A PROFISSÃO DE AGENTE DE VIAGENS ESTÁ CHEGANDO AO FIM. ESTÁ BEM PRÓXIMA DISSO. EM ALGUNS LUGARES, ALIÁS, JÁ FOI EXTINTA. O que o chefão do selo de luxo quer dizer com isso é que a categoria de profissionais que reservam passagens e hotéis é a que está com seus dias contados. Por outro lado, aqueles que orientam, sintetizam todos os ingredientes preferidos de seus passageiros conforme cada perfil, não só sobrevivem como crescem exponencialmente. "Agentes de viagens estão bem próximos do fim. Sobrevivem apenas os consultores de viagens. Aliás, há muito espaço para consultores no mercado, não só no luxo. Acontece que isso não é para qualquer um, portanto, a demanda por esta categoria está bem grande", justifica Upchurch em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS .
Ser um consultor de viagens ao invés de um agente requer, acima de tudo, honestidade. "É ser transparente, e de repente admitir que aquele produto do catálogo de determinado fornecedor não é tão bonito como parece. Ou que não é apropriado para aquele passageiro, independentemente de perder uma venda de maior comissão. Estamos falando aqui de fidelidade, de encontrar um viajante feliz daqui meses, ou anos, voltando, querendo repetir a experiência de comprar com um conselheiro de verdade, indicando seu serviço a amigos e familiares, atribuindo-lhe uma boa avaliação nas redes sociais." A OTA hoje é o agente de viagens. Bilhetes aéreos são encontrados em qualquer ".com". Conselheiros não. Eles podem até ter poucos, mas têm bons clientes. Os consultores não podem querer o lucro do dia para a noite, até porque comissão de aéreo não deixa mais ninguém rico no mundo real, como no passado. "O que estamos vendo é que mais e mais dos nossos conselheiros estão traba-
Keep the World Moving foi o slogan da ILTM Cannes 2017
PRODUTO INTERNACIONAL Para este ano, a rede canadense ainda contará com a abertura do Four Seasons Resort Seychelles at Desroches Islands, em março, sendo o segundo empreendimento da marca nas ilhas. Já para a primavera do hemisfério norte, a expectativa é para o Four Seasons Astir Pa-
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lace Hotel Athens, no sul de Atenas, na Grécia. Um dos destinos mais cobiçados por brasileiros no verão europeu, Ibiza acaba de ganhar um Nobu e conta com nosso público para aumentar sua média de ocupação na alta temporada. Sua localização, em Talamanca Bay, é estratégica: não fica longe das festas da badalada cidade espanhola, e ao mesmo
lhando com passageiros em longo prazo, durante cinco, seis anos... E aí entra algo vital que é o pós-viagem. Encoraje-se de entrar em contato com seu passageiro e perguntar do que ele gostou e principalmente do que não gostou. Essa informação é fundamental para você planejar a próxima jornada dele e de sua família, e orientá-lo para que tudo dê certo no próximo destino", aconselha o CEO do grupo de agências de luxo. "Não seja reativo. O tempo hoje é o bem mais valorizado pelo consumidor, e é tão valorizado que você não pode vender commodity, tem de vender o que ele realmente quer." Para finalizar, Upchurch crava, otimista. "O consultor de viagens se tornou uma das principais profissões do mundo pós-tecnologia. Ele envolve pessoas, ideias, emoções. Conforme os millennials se tornam o principal público consumidor, mais isso será importante, pois essa geração anseia por experiências ao invés de apenas estar lá, prefere as dicas às planilhas." p
tempo permite relaxar com toda a família nas piscinas e nos espaços destinados às crianças. De seus 152 apartamentos, 95% têm vista para o mar. Ainda na Europa, Paris está passando por uma onda de aberturas e reformas em sua hotelaria de luxo, e nesse cenário uma das joias locais é o Peninsula, que se considera um dos mais cobiçados para os brasileiros. Sua gerente geral, Katja Henke, destaca o estilo, o conforto, as amenidades e a tecnologia da propriedade pós-renovação. “Nossos quartos são modernos e dão ao hóspede o controle de tudo por meio de ferramentas digitais, como intensidade da luz, movimento da cortina, mordomo, serviço de quarto. Os detalhes são o que diferenciam um hotel de luxo hoje em dia”, aponta. O rooftop tem vista para a Torre Eiffel e a Basílica de Sacre-Coeur, e agora está aberto para um jantar com direito a essas vistas. A uma quadra de distância do Arco do Triunfo e duas da avenida Champs Elysees, a localização do prédio histórico com 200 quartos é outro de seus maiores trunfos. Arquitetura antiga e decoração moderna também se encontram nos empreendimentos da Set Hotels. Um deles é o Lutetia, que reabrirá em Paris ainda neste semestre, como uma das propriedades mais clássicas da cidade. O Conservatorium, em Amsterdã, e o Hotel Café Royal, em Londres, fecham a lis-
ta do portfólio The Set, todos inspirados por artistas locais e pela herança deixada por cada um dos icônicos edifícios onde estão localizados, em três dos destinos mais vibrantes do Velho Continente. Um dos ápices do luxo da capital francesa, contudo, talvez não esteja em um hotel, mas em um receptivo. O 1889 admite não ter um serviço barato, mas confia em ter o melhor de um receptivo na Cidade Luz. Entre os atrativos, jantar com chefs estrelados pelo Guia Michelin, o que seria algo comum se essa refeição não fosse na casa do próprio cozinheiro, após comprar todos os ingredientes ao seu lado nos principais mercados locais. Fechar o Louvre por duas horas para apenas um casal também entra no mesmo patamar. Este último serviço se inicia em sete mil euros por pessoa, dependendo do horário. Portugal, que voltou à mira dos brasileiros em 2017, também teve seus destaques na feira. O centro de Lisboa ganha, este ano, o cinco estrelas The One Portugal, da rede H10. Na Zona do Marquês, perto da avenida Liberdade, com uma decoração muito elegante e um café da manhã que vem para ser o melhor da cidade, a propriedade será inaugurada em agosto. Carregado de história, o prédio é datado de 1533, e foi construído para ser de propriedade do Conde de Ericeria. p
--- O Jornal PANROTAS é media partner da
ILTM, e viajou com proteção Intermac > Continua na pág. 08
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ALÉM DA HOSPITALIDADE O TURISMO DE LUXO ESTÁ QUASE TOTALMENTE LIGADO À HOSPITALIDADE. NÃO À TOA A MAIORIA ESMAGADORA DOS EXPOSITORES DA ILTM CANNES É FORMADA POR HOTÉIS, RESORTS, VILLAS, ENTRE OUTROS. E AÍ? ALÉM DA HOTELARIA, O QUE É O LUXO PARA VOCÊ?
VIAGEM COM SIGNIFICADO “É oferecer memórias para uma vida inteira. Assegurar que o viajante vai levar, de alguma maneira, uma emoção singular de sua jornada, seja do jeito que for. Algo que toque, que traga significado. Uma forte memória emocional é crucial em cada viagem.” Simon Mayle, ILTM Latin America
EXCEDER EXPECTATIVAS “Surpreendendo. A surpresa é ir além da hospitalidade. É sobre sentimento. Viagem é expectativa, e quando o viajante encontra mais do que estava esperando, ele se encanta. A Califórnia tem a diversidade perfeita: praias, metrópoles, vinhos, parques, neve, montanhas, parques temáticos, parques naturais. É o Estado mais turístico dos Estados Unidos.” Leona Reed, Visit California
ATENÇÃO AO TEMPO “Tempo. As pessoas estão buscando experiências suaves, nada agressivo. Os viajantes querem fazer à maneira deles. Os players têm de entregar apenas as ferramentas necessárias. Cobrar caro por um produto e não fazer o passageiro aproveitar do seu tempo como ele quer, com quem ele quiser, não funciona mais.” Benjamin Seelos Aqua Expeditions
AUTENTICIDADE “Com simplicidade e honestidade. As pessoas complicam muito as coisas hoje em dia. Está tudo muito bagunçado, então o luxo é simplificar, e não desordenar ainda mais. Também é fundamental ser sincero, pois os viajantes de luxo querem mergulhar na cultura, pessoas, comidas. Ofereça personalidade sem mascarar as coisas” Filip Boyen, Small Luxury Hotels of the World
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COR LOCAL “É criar possibilidades para que o hóspede desbrave o mundo, mas sob pontos de vista que dificilmente consiga por conta própria, isto é, criar experiência de algum morador local para surpreender um marinheiro de primeira viagem. Para isso, tem de entregar experiências que vão além de provar as coisas. Ter horário exclusivo em uma loja, escolher as flores e depois vê-las decorando o lobby do hotel, escolher os ingredientes juntos com um chef...” João Annibale, The Leading Hotels of the World
OFERECER O INTANGÍVEL “Surpreender, mas sem muita formalidade. O consumidor do luxo atualmente está acostumado com um dia a dia de muita seriedade, portanto, a ideia é atrai-lo com coisas não muito tangíveis. Surpresas espontâneas costumam dar muito certo, como por exemplo, colocar a fotografia da festa de casamento no hotel dos noivos, sem que eles saibam. Quando chegam para a lua de mel se deparam com aquilo e realmente se emocionam. A hospitalidade já é esperada, mas entregar um luxo na medida, sem muita suntuosidade, dá muito certo.” Gabriel Camargo, da Signature Travel, de Valinhos (SP)
DICAS CERTEIRAS “Com serviço. Toda agência Virtuoso tem de mandar uma grande parte de sua equipe viajar todo ano, e não é a troco de nada. Só com capacitação, conhecimento e profissionalismo os consultores se distinguem de dicas duvidosas, como as que se vê em muitas redes sociais” Fábio Franco, da Plantel Turismo, do Rio de Janeiro
IMERSÕES Para mim o luxo é bem diferente de hospitalidade. O que o consumidor espera hoje é a ultra customização da experiência. O passageiro não vai mais à Austrália, ou qualquer outro destino, apenas por ir. Por menor que seja, ele tem algum anseio. Não é sobre chegar lá, e sim o que fazer quando chegar lá. Além disso, ser desprendido de ostentações constrangedoras é fundamental”, Thiago Cuencas, da Viagens e Cia. > Continua na pág. 10
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EMISSIVO VS.RECEPTIVO
Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America
O MERCADO BRASILEIRO TEM DIFICULDADE PARA ENTENDER O QUANTO O RIO DE JANEIRO É CRUCIAL PARA SEU TURISMO RECEPTIVO, MAS EM UMA FEIRA COMO A ILTM CANNES É FÁCIL CAPTAR A MENSAGEM. IR AO BRASIL PELA primeira vez e não conhecer o Rio de Janeiro, para um estrangeiro, é sinônimo de perder a viagem. Se nós brasileiros sabemos que isso é apenas parcialmente verdade, o consumidor de fora absorve tal afirmativa religiosamente, e um dos motivos para isso é definitivamente a falta de expertise para nos vendermos como destino no Exterior. Veja os Estados Unidos, por exemplo. São o maior mercado emissor de turistas no mundo, e o principal para o Brasil fora da América do Sul, mas os norte-americanos definitivamente não embarcarão ao País enquanto a Cidade Maravilhosa estiver transmitindo uma "imagem não tão maravilhosa" assim. Desse pensamento compartilha o diretor da ILTM Latin America, Simon Mayle, a respeito do nosso mercado receptivo neste momento, colocando o visitante europeu e asiático no mesmo quadro. O especialista em viagens de luxo lamenta a situação do nosso principal
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portão de entrada. Pessimismo no receptivo, otimismo no emissivo. Em 2017 a Europa voltou a carimbar passaportes brasileiros em nível pré-crise e promete um 2018 de recordes quebrados. Aumento significativo em Portugal, Reino Unido, Espanha, França e Itália de um turista muito bem-vindo em seus territórios, já que o brasileiro ranqueia entre os que mais gastam no Exterior. “Veja o caso da Espanha, por exemplo, que viu alta de 31% no número de brasileiros em 2017 na comparação com o ano anterior, enquanto o índice de gastos deste mesmo turista foi 36% maior. Em consulta com as companhias aéreas estrangeiras que atuam no Brasil, a ILTM Latin America notou um aumento de 40% de receita vinda de tíquetes premium em 2017”, comemora Simon Mayle em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS. “Os mais consolidados destinos europeus estão acima dos dois dígitos de alta de brasileiros este ano, e eles certamente estão se beneficiando do efeito Donald Trump, já que os Estados Unidos acumulam queda sobre queda em 2017, embora haja um incrível desempenho de destinos luxuosos como Santa Monica e Santa Barbara, na Califórnia.”
COMO MELHORAR?
Amazônia...”. Do exótico à ecoaventura, escolha o seu produto.
Já em relação ao inbound , a solução seria tentar turbinar a venda de São Paulo e destinos secundários lá fora, pois, não bastasse o Caribe, o Brasil agora enfrenta a crescente e dura concorrência de expoentes como Peru e Argentina no luxo. “Não me canso de dizer que o Brasil é o destino mais diversificado do mundo, com praticamente tudo o que se pode oferecer do básico ao alto padrão, mas a violência, a crise e os escândalos políticos prejudicam. Então é preferível investir seu tempo nos vizinhos sul-americanos”, admite o “brasileiríssimo” Mayle. Enquanto o governo não começar a promover categoricamente outros destinos, o Brasil seguirá como ume eterna promessa, na opinião do especialista. “Argumentos para São Paulo não faltam: metrópole cosmopolita, vibrante e hospitaleira e com uma das mais altas gastronomias do mundo, sem contar a estrondosa Parada LGBT e outros eventos. Foz do Iguaçu (PR) dispensa comentários, Inhotim (MG) é algo incomparável, não existe um museu a céu aberto tão fabuloso no mundo, embora ainda demande um hotel de ponta. Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE),
ILTM LATIN AMERICA 2018 Pela primeira vez com essa alcunha, em substituição à Travelweek by ILTM, o evento dirigido por Simon Mayle abusará do networking, algo bem similar ao que acontece com o carro-chefe em Cannes, aliás. A ideia é aumentar o engajamento entre os players e desenvolver forte relacionamento, entre outras maneiras, com eventos paralelos. “Entregaremos o melhor da hospitalidade brasileira ao mesmo tempo em que entregamos experiências memoráveis”, garante o britânico. Agentes e operadores de luxo interessados em Amsterdã, Barcelona e Paris também podem ir ao Pavilhão da Bienal otimistas com novos expositores já que “estamos traduzindo da melhor maneira possível essa nova cena internacional que vem surgindo na hotelaria destes destinos.” O evento está marcado para o período de 8 a 11 de maio. A nova ILTM North America (substitui a ILTM Americas), que acontece na Riviera Maya, México, será de 24 a 27 de setembro, e a ILTM Cannes, a principal do mundo em sua categoria, acontecerá de 3 a 6 de dezembro de 2018. p
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1 Solange Pukaro, da Inti Experience, de São Paulo 2 Carlos Henrique Abatayguara, da Jet Set, de São Paulo 3 Daniela Trovato, do Four Seasons Firenze, Milão e St-Jean-Cap Ferrat, com Frederico Fajardo, da Fred Tour, de Belo Horizonte 4 Tatiana Assad, da TA Travel, de São Paulo 5 João Annibale, da The Leading Hotels of the World, Marcelo Almeida, da Paragon Turismo, de São Paulo, e Chris Walker, VP sênior da The Leading Hotels of the World para as Américas 6 Flavio Corrêa, da Teresa Perez 7 Tati Finkelstein, da Mercatur Premium, de Porto Alegre 8 Rodrigo Lovatti, diretor regional de Vendas e Marketing dos hotéis Belmond no Brasil 9 Robbert Van Rijsbergen, do The Dylan Amsterdam, com Sandra Barradas, da ACV Air, do Rio de Janeiro 10 Cristiana Maria de Sampaio, da Riotravel Turismo, e José Augusto Rios, da Travel Planners, ambos do Rio de Janeiro, com Tomas Perez, da Teresa Perez Tours, de São Paulo 11 Teresa e Tomas Perez, da Teresa Perez Tours 12 Marcelo Auada, da Atlanta Tour, de São Paulo 13 Fernanda de Medeiros, da Travel Workers, de Porto Alegre 14 Robbert Van Rijsbergen, do The Dylan Amsterdam, Tomas Perez, da Teresa Perez, Maria Gasparella, do Rosewood Castiglion del Bosco, na Itália, Teresa Perez, da Teresa Perez Tours, Laurence Tafanel, do Espirit Saint Germain, na França, e Greice Penteado, da GP Travel, de São Paulo 15 Emiliano é um dos expositores brasileiros na feira. Na foto, Flávia Câmara atende buyer internacional 16 Edson Calixto, do receptivo italiano Vertours, com Gabriel Camargo, da Signature Travel, de Valinhos (SP) 17 Rodrigo Lovatti, do Belmond Brasil, Mauro Pinho, do Acqualina, Flávia Câmara, do Emiliano, e Fabio Franco, da Plantel Turismo
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Hotelaria
Palladium Connect: Parceria com agentes
LANÇADO EM JULHO DE 2016, O PALLADIUM CONNECT PARTNERSHIP PROGRAM É UMA FIDELIZAÇÃO DO PALLADIUM
Hotel Group (PHG) para incentivar os agentes de viagens a venderem mais. Ao valorizar e reconhecer o esforço desses profissionais que recomendam aos seus clientes as unidades espalhadas pelo mundo, o Palladium Hotel Group cria uma forma efetiva de recompensar seus parceiros, essenciais na cadeia do Turismo. E esse incentivo é muito apreciado pelos agentes de viagens. O programa entrega um cartão de débito na bandeira Visa exclusivo para
consumo, com uso permitido em qualquer estabelecimento que aceite pagamento via débito no cartão. “Nós sempre reconhecemos a importância do agente de viagens no processo de distribuição, comercialização e fidelização dos produtos. Por isso mesmo, estamos realizando melhorias para deixar o projeto cada vez mais completo e funcional para os profissionais que trabalham na área“, afirmou o diretor comercial América Latina do Palladium Hotel Group, Mario Viazzo. O programa tem três pilares. O primeiro é a recompensa. Ou seja, o agente de viagens é recompensado pelos
seus esforços ao recomendar e vender Palladium Hotel Group. O segundo é a questão da informação prática, pois o profissional consegue ter acesso completo às informações sobre o Palladium Hotel Group diretamente na web, podendo tirar as dúvidas dos clientes no momento da venda. E o terceiro é o aprendizado, pois há a possibilidade de agente se tornar um embaixador do Palladium Hotel Group ao participar das capacitações on-line se tornando um especialista nos resorts Palladium. O Palladium Connect foi criado e personalizado para os parceiros mais leais. Com uma proposta diferente
dos programas tradicionais, nos quais os profissionais acumulam pontos, o Palladium Connect tem benefícios e recompensas monetárias, ou seja, os chamados “pontos”, que são depositados em cartões de débito exclusivos para consumo, para o agente ter a liberdade de usar onde quiser. Cada reserva tem uma verba revertida diretamente no cartão. Muitos agentes já utilizam o Palladium Connect no Brasil. Alguns profissionais já usaram o benefício em postos de combustíveis e outros até adquiriram produtos como fogão. Ao premiar quem mais vende,
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CONHEÇA O
PA L L A D I U M H OT E L G R O U P O PALLADIUM HOTEL GROUP É UMA REDE HOTELEIRA ESPANHOLA COM MAIS DE 40 ANOS DE EXPERIÊNCIA. A EMPRESA POSSUI 50 EMPREENDIMENTOS EM SEIS PAÍSES: ESPANHA,
México, República Dominicana, Jamaica, Itália (Sicília) e Brasil e contempla as marcas: TRS Hotels,
Grand Palladium Hotels & Resorts, Palladium Hotels, Palladium Boutique Hotels, Fiesta Hotels & Resorts, Ushuaïa Unexpected Hotels, Ayre Hoteles, Only You Hotels, além de duas marcas licenciadas Hard Rock Hotels (Ibiza e Tenerife). Os hotéis da rede Palladium Hotel
Group se caracterizam por sua filosofia de oferecer alto padrão de qualidade tanto para seus produtos como para seus serviços, além de proporcionar uma ótima relação custo-benefício para seus clientes. A rede é integrante do Group Companies Matutes (GEM).
O agente de viagens Célio Sampaio faz parte do programa Palladium Connect
o PHG cria um incentivo e também fideliza o agente de viagens. Além disso, os créditos acumulados podem ser usados para viagens e estadas nos hotéis de luxo do grupo no México, República Dominicana, Jamaica e Brasil. Os membros também recebem informações atualizadas do Palladium Hotel Group, bem como a revista corporativa, além do acesso a um espaço exclusivo, com atendimento via call center, e-mail, skype para que possam tirar suas dúvidas a qualquer momento. O programa foi desenvolvido em linha com os processos de venda já
adotados e que não sofrerão alterações na relação dos agentes com as operadoras com as quais o Palladium Hotel Group mantém contrato.
O AGENTE FALA
Muitos agentes parceiros do Palladium Hotel Group já fazem parte do Palladium Connect e inclusive já usaram o benefício. E todos avaliam positivamente o Palladium Connect, pois venderam o PHG e já foram recompensados, inclusive, já usando o cartão do Palladium Connect para compras. E para participar do programa, o
agente só precisa entrar no site www. palladiumconnect.com, se cadastrar e listar as reservas realizadas. Muitos já realizaram o procedimento e já receberam benefícios. Os agentes têm 90 dias a partir da data de confirmação da reserva (independentemente da data da viagem) para se registrar e se qualificar para receber as recompensas. “Já usei em vários lugares como postos de combustíveis e restaurantes. Qualquer tipo de incentivo é muito interessante. É importante sermos recompensados, pois temos mais vontade para vender. Além disso, conseguimos obter mais informações, estando preparados para oferecer os produtos do Palladium
Hotel Group sempre que alguém estiver procurando. Isso, com certeza, impacta positivamente a venda”, diz Célio Sampaio, diretor comercial da Cely Turismo, em Santo Antonio de Jesus, na Bahia “O programa é interessantíssimo. Eu me cadastrei e fui pontuando. E consegui o bônus. Inclusive, neste ano, consegui comprar um fogão. É muito importante esse tipo de programa, pois incentiva a gente a vender mais os produtos. Além disso, recebemos informações sobre os empreendimentos, o que nos ajuda bastante a impulsionar a venda. O Palladium está de parabéns pela iniciativa”, afirma Francileny Amaral, executiva de Vendas na Premier Turismo, agência de viagens de Feira de Santana, na Bahia.
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M e r c a d o > Raphael Silva
Raio X de luxo PERFIL DO VIAJANTE DE LUXO Idade: 36-55 anos Viaja com: parceiro/cônjuge Quantas viagens por ano: 2 ou 3 Período de viagem: 7 a 10 dias Gasto médio: entre 5 e 10 mil euros O que buscam: lugar confortável para relaxar Primeiro passo: escolher o destino Destino mais buscado: Maldivas Influência: sites de destinos, aéreas ou hotéis e indicação de amigos e familiares Fonte: Pangaea/Interamerican
DE OLHO NAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO LUXO POR TODO O MUNDO, A INTERAMERICAN NETWORK, EM PARCERIA COM O PANGAEA
Network, divulgou a quinta edição do Luxury Travel Trends com o objetivo de direcionar o trade fazendo uso de informações colhidas junto a 636 profissionais do Turismo especializados no nicho. Operadores, agências e consultores de viagens, além de hoteleiros, representantes de companhias aéreas, cruzeiros e até do Mice foram consultados para a conclusão do relatório, que mostra desde as preferências de compra, passando pelo perfil dos viajantes e até os fatores que mais influenciam essa categoria de turistas em países das Américas e Europa, incluindo dados exclusivos do Brasil. Globalmente o perfil desse viajante mostra uma pessoa com idade entre 36 e 55 anos – da Geração X – que viaja junto ao parceiro/cônjuge (73%) ou, em menor escala, acompanhado pela família (22%). Os baby boomers – com mais de 55 anos de idade – representam a segunda faixa etária que mais compra viagens de luxo, apontada por 37% das empresas consulta-
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das. Por fim, a Geração Y (millennials) – entre 20 e 35 anos de idade – aparece de forma bem tímida, com apenas 1% das indicações. A viagem de luxo é definida pela singularidade e exclusividade das experiências vividas, segundo 30% das marcas. Já outras 29% apontam a customização de serviços como melhor definição, mas ainda há uma minoria que estabelece o conceito luxuoso pela categoria do hotel ou a classe do voo. A quantidade média de viagens de luxo, por sua vez, caiu ao longo dos últimos tempos. Enquanto 47% das empresas mostrava que a maioria dos clientes viajava quatro vezes ao ano em 2014, hoje a mesma porcentagem de consultados fala em duas ou três viagens. Já 27% apontam que seus clientes viajam apenas uma vez ao ano e 26% indicam apenas uma venda anual. O tempo de permanência preferido em uma viagem é entre sete e dez dias (49%), e em especial no Brasil (70%) isso é ainda mais evidente. As viagens entre 11 e 13 dias vêm logo em seguida (34%), enquanto as que duram mais de duas semanas (10%) e as que duram menos de sete dias (7%) completam o quadro como minoria.
BRASIL LIDERA
Quanto aos gastos, o Brasil lidera entre os perfis que mais investem nesse tipo de viagem em todo o mundo: 45% dos clientes brasileiros gastam entre dez e 14,9 mil euros em média. Já na Alemanha 41% têm compradores gastando a mesma quantia. Os países que gastam menos no quesito são Espanha e Escandinávia, com gastos gerais entre cinco e 6,9 mil euros. Ao dar início no planejamento da viagem, a maioria dos turistas de luxo faz da escolha do destino o primeiro passo, segundo 74% das marcas consultadas. Só 20% apontam que as experiências viriam antes da escolha do destino e 5% revelam que os clientes escolhem primeiro o hotel. Em um mundo onde as mídias digitais se tornaram tão importantes para a divulgação de produtos, o luxo ainda tem na recomendação de amigos e família (49%) a segunda maior influência sobre os viajantes. No mundo on-line, os sites de destinos, hotéis e aéreas (71%) se mostram como principal fonte de captação de clientes, enquanto influenciadores (35%) e avaliações on-line (34%) ganham cada vez mais espaço.
DESTINOS
Por fim, o relatório coloca as Maldivas como principal tendência entre destinos de luxo no mundo. Dentro do destino o que mais atrai o viajante é a opção por um local totalmente privado para descansar com conforto (51%), seguido por experiências gourmet (50%) e culturais (49%), além de atrações sob medida na natureza (43%). Já para o consumidor, além das ilhas asiáticas, Tailândia e Seychelles também aparecem entre os lugares mais buscados, enquanto tratamentos de beleza e centros de bem-estar (61%) e compras (38%) são as experiências mais atrativas aos viajantes. Para o futuro, a maioria das empresas (82%) acredita que o número de viagens crescerá nos próximos dois ou três anos, com Brasil e França sendo os mercados mais otimistas, esperando uma alta de mais de 10%. Os pontos que geram mais esperança do luxo são novos produtos e destinos, experiências ainda mais diferenciadas das viagens tradicionais, sistemas mais conectados e soluções eco eficientes.
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> Renê Castro – Nova York (Estados Unidos)
A passos l a r g o s A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AVIANCA BRASIL MOSTRA-SE CADA VEZ MAIS IMPORTANTE PARA O MERCADO NACIONAL
diante da série de boas escolhas que a empresa vem fazendo. Bogotá, na Colômbia, foi a primeira investida, após o governo do Ceará reduzir o imposto sobre o combustível de aviação. A capital colombiana em pouco tempo se transformou em um hub importante, apoiado pela Avianca Holdings. O que era para ser uma operação despretensiosa a partir de Fortaleza, com baixo custo operacional, agora também é abastecida via Salvador e Recife. Miami, nos Estados Unidos, a partir de São Paulo, foi um passo ousado. O primeiro voo da empresa com mais de oito horas de duração, e para um destino altamente concorrido, não demorou para se tornar uma fonte lucrativa. Santiago, no Chile, também a partir de GRU, veio na sequência e caiu no gosto do trade logo no lançamento. Não tem a mesma pompa de MIA, é verdade, mas é extremamente vantajoso para a empresa, com ocupação média acima de 80%. Todo mundo saiu ganhando, menos Buenos Aires, até então prioridade, mas que não pôde viabilizar a investida por conta do acordo bilateral que mantém com o Brasil. Latam, Gol e Azul já ocupam o espaço na rota e não há permissão para uma nova entrante. Ainda. Chegou, enfim, a vez de Nova York. Um destino emblemático. Desejado. Sinônimo de glória para qualquer companhia aérea. O saguão de embarque lotado no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos falou por si no último em 15 de dezembro. Na noite da estreia, festa, discursos carregados de emoção e sonhos sendo realizados, não só da Avianca Brasil, como também de passageiros que experimentaram pela primeira vez a Big Apple por meio da nova operação da empresa. “Há um ano eu não imaginava que estaríamos inaugurando este voo”, afirmou o fundador da companhia, José
Frederico Pedreira e José Efromovich, da Avianca Brasil, brindam o lançamento do voo São Paulo-Nova York com o gerente operacional do GRU Airport, Wilson de Souza
Efromovich, andando de um lado para o outro, entre apertos de mãos e sorrisos. Já o presidente Frederico Pedreira, mais contido, preferiu a análise técnica para descrever a conquista. "O início dessa rota está acontecendo em um momento estratégico, pois vem para coroar um ano especial e de muitas conquistas para a companhia. Iniciamos as vendas de Nova York em setembro e a demanda por esse produto se mostrou extremamente positiva, com índices de ocupação acima do esperado", comentou. "Nova York é uma cidade que está no top of mind dos brasileiros. Atrelado a isso, montamos uma oferta que foi cuidadosamente pensada para agradar esse público."
O VOO
A operação diária e direta é feita com um A330-200, com 32 assentos na classe executiva, que tem configuração 1-2-1, e 206 na econômica, em posição 2-4-2. O voo para Nova York é o primeiro com o novo cardápio da classe executiva, assinado pelo chef
Thomas Troisgros, do restaurante Olympe, no Rio de Janeiro, e que futuramente estará também nos outros voos internacionais. Na econômica, o apelo é o sistema individual de entretenimento e o atendimento dedicado. Os voos entre São Paulo e Nova York partem às 23h45 do Aeroporto de Guarulhos, chegando às 6h45 (horário local) na cidade norte-americana. O retorno acontece às 23h30, do aeroporto de JFK, chegando às 12h30 do dia seguinte em São Paulo.
SEDE DE CONQUISTA
Ao fazer uma rápida análise dos últimos acontecimentos envolvendo a Avianca Brasil, é possível perceber que a aérea acertou ao rechaçar o rótulo de low cost. Em meio ao irreversível cenário do pay-per-use (praticado na indústria aérea por meio do termo ancillaries), a empresa vem se destacando por conquistar uma fatia dos consumidores justamente com o apelo do tradicionalismo. Ao se diferenciar nos pequenos detalhes,
como serviço de bordo mais requintado – e sem necessariamente refletir essa melhoria na tarifa –, a Avianca dá fôlego extra para a valorização do serviço, característica marcante do transporte aéreo há algumas décadas. Créditos para os veteranos José Efromovich e o vice-presidente comercial e de Marketing da companhia, Tarcísio Gargioni. “Batalhamos diariamente para oferecer a melhor experiência a bordo para o nosso cliente. Sabemos exatamente quem somos e como queremos nos posicionar. A Avianca Brasil é uma empresa que valoriza serviço. É assim que vamos conquistar o nosso espaço”, explicou Frederico Pedreira, responsável por modernizar a marca e injetar doses cavalares de ambição e inovação aos mais de cinco mil colaboradores da empresa. Quem não se lembra da batalha de bastidores entre a Avianca e a Gol pelo título de primeira aérea brasileira com wi-fi a bordo? Pouco mais de um ano depois deste episódio, a Avianca estima fechar 2017 com 90% da frota equipada com a tecnologia. Ao todo são 55 Airbus responsáveis por > Continua na pág. 16
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Frederico Pedreira, José Efromovich, Tarcísio Gargioni e Celso Zucatelli, o mestre de cerimônias da festa de lançamento do voo GRU-JFK
transportar 11 milhões de pessoas somente este ano, algo inimaginável em 2009, quando a companhia operava 14 Fokker 100 em 31 rotas nacionais (hoje são 62).
DISPUTA COM GIGANTES
Com tamanho crescimento nos últimos anos, a companhia mostra-se cada vez mais madura para juntar forças com a Avianca Holdings. O movimento daria início à criação de mais um importante grupo no mercado da América Latina, atitude, inclusive, mais que necessária em tempos de grandes fusões. A aproximação comercial com a United traz ainda mais pimenta para esta batalha. Isso porque, de um dos muitos lados deste ringue está a Latam, resultado da união entre Tam e Lan, hoje um grupo com 10% de suas ações vinculadas à Qatar e de forte relação com a American Airlines e o Grupo IAG (British Airways e Iberia); do outro, a Gol, que recebeu investimentos da Delta Air Lines e se aproximou do grupo Air France-KLM por meio de uma série de acordos e unificação de processos; a Azul, por sua vez, somou forças com a Tap após investimento de David Neeleman e vem estruturando há algum tempo os passos que dará com os chineses do HNA Group, acionista das duas empresas e de outras 12 companhias aéreas, incluindo a Hainan Airlines. Acrescente a este oponente a United, que
Frederico Pedreira e José Efromovich estão confiantes no próximo ano. A promessa é de novas rotas
está para fechar um joint venture com a Azul, e a Aigle Azur, segunda maior empresa aérea da França, agora também com participação de Neeleman. “Eu vejo todo este cenário como um processo de maturidade por parte do setor aéreo, que, aliás, sempre teve a sua rentabilidade questionável justamente por não praticar esta união. De uns anos para cá estamos observando fusões, acordos, aproximações e isso é muito positivo. Trata-se de um movimento que visa à sustentabilidade das empresas”, analisou Frederico Pedreira, em entrevista ao Jornal PANROTAS. Ao comentar sobre a possível fusão com a Avianca Holdings, o presidente da Avianca Brasil segue pregando um discurso cauteloso. “É o nosso objetivo [a fusão]. Estamos caminhando a passos largos nessa direção, mas ainda não podemos cravar nada, pois, como todos sabem, a Avianca Holdings é uma empresa de capital aberto na bolsa americana e as coisas acontecem de forma bastante processual”, despistou.
Vale ressaltar que a Avianca Holdings foi adquirida pelo Grupo Synergy, de German e José Efromovich, em 2004, após disputa com a Copa Airlines pela empresa colombiana que estava em Chapter 11. “Hoje a Avianca tem 180 aeronaves e mais de 21 mil funcionários. Nosso business plan foi um fator decisivo, apesar de nossa proposta ter sido um pouco menor que a da Copa, na época ligada à Continental Airlines”, relembrou José Efromovich, que somente unificou as marcas usadas (no Brasil a empresa chamava-se Ocean Air), em 2010, com a chegada do acordo com a Airbus para renovação da frota da companhia brasileira, então com Fokker 100 (ou MK-28).
NOVAS ROTAS
Enquanto a fusão entre as companhias não sai, a Avianca Brasil segue seu projeto de internacionalização. Depois de Colômbia, Chile e Estados Unidos, a Europa surge como possível próximo investimento. "Madri (Espanha), Lisboa (Portugal) e Londres (Reino Unido) são
destinos atrativos para a nossa nova fase e estamos, sim, de olho nesses e outros mercados. Não posso dizer que temos algo concreto porque realmente não temos, mas seguimos analisando as oportunidades. É importante ressaltar que somos uma empresa que serve o Brasil. Este é o nosso foco. Atuar no Exterior é uma consequência do bom trabalho que vem sendo feito desde o início da nossa expansão", explicou Pedreira. Um dia antes dessa declaração, durante o lançamento do voo São Paulo, José Efromovich pegou todos de surpresa ao afirmar que uma ligação para a Europa poderia sair ainda em 2017. “Não se surpreendam”, disparou ele, sem dar mais detalhes. Até 21 de dezembro, data de fechamento desta edição do Jornal PANROTAS, nenhuma nova rota havia sido anunciada. Com 62 aeronaves A320neo encomendadas para os próximos anos, a Avianca Brasil pretende não apenas substituir parte da frota, como também reforçar operações e trabalhar em novos destinos. Seguindo a linha de raciocínio de Pedreira e José Efromovich, 2018 promete ser um ano de muitas inaugurações por parte da Avianca Brasil. No País, enquanto outros grupos aéreos focam em se estabelecer no Nordeste, a Avianca Brasil tem planos para explorar o Norte, por meio de voos para Manaus, Belém, São Luis e Porto Velho. "Tudo começou com São Paulo-Salvador, uma rota que exige conforto e eficiência, por conta da distância. A Bahia nos recebeu de braços abertos e aprendemos muito desde então. O passageiro reconhece o nosso serviço e sabe que é um dos melhores do País, se não o melhor", afirmou ele, sem deixar de lado a ideia que prega desde que assumiu a companhia, em 2016: "vamos seguir incrementando as rotas em que atuamos e alcançar mercados que consideramos estratégicos. O Norte, neste conceito, faz todo o sentido para a nossa malha. Chegou o momento".p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Avianca Brasil, com proteção Vital Card
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1 Nelson Oliveira (CWT), Wania Fasulo (High Light), Fernando Slomp (Avipam), R. Cassulino (Ancoradouro) e Paul Barry (BCD Travel) 2 Imagem geral da festa de lançamento do novo voo da Avianca Brasil 3 Marcelo Sanovicz (Rextur Advance), Tarcisio Gargioni (Avianca Brasil), Valter Patriani (CVC) e Carlos Prado (Tour House) 4 Tiago Abravanel foi o encarregado de animar os convidados com um show musical com os maiores clássicos da MPB 5 Tarcisio Gargioni e Marcelo Sanovicz assistem ao discurso do fundador da Avianca Brasil, José Efromovich 6 Marco Di Ruzze, do Grupo BRT, Emerson Camilo, da Flytour Gapnet, e Rodrigo Napoli, da Avianca Brasil 7 Edmar Bull, da Copastur, Eduardo Vasconcelos, da Kontik, Carlos Prado, da Tour House, e Marcelo Sanovicz, da Rextur Advance 8 Valter Patriani (CVC) com José Efromovich (Avianca Brasil), Marcelo Sanovicz (Rextur Advance) e Frederico Pedreira (Avianca Brasil) 9 Ricardo Paci, da Tyller, com Carlos Vazquez, da Esferatur 10 Valter Patriani, da CVC, recebe o carinho de José Efromovich, fundador da Avianca Brasil 11 Helvécio Garófalo, do Grupo Confiança, com Rui Alves, do Grupo Flytour, e Bob Rossato, da Viajanet 12 Paul Barry, da BCD Travel, com Nelson Oliveira, da CWT
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Edição 20 – 03 de janeiro de 2018
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Parte integrante do Jornal PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
Agindo conforme as regras > Beatrice Teizen
O COMPLIANCE EM EVENTOS É HOJE ALGO MUITO PRESENTE DENTRO DAS EMPRESAS. SEJA PARA ALINHAR PROCESSOS OU CUMPRIR NORMAS LEGAIS E REGULAMENTARES ESTABELECIDAS PARA O NEGÓCIO E PARA AS ATIVIDADES DAS COMPANHIAS, ELE É MUITO IMPORTANTE PARA QUE HAJA UM RELACIONAMENTO DE RESPEITO ENTRE AS PARTES ENVOLVIDAS. “De maneira simplificada, enxergo o compliance como uma questão de ética. A palavra é um pouco recente, mas a conformidade, estar dentro dos conformes, sempre existiu. É preciso ter ética ao lidar com o cliente e fornecedor e ter respeito entre as relações”, afirma a proprietária da Evento Único, Roberta Nonis. Em eventos médicos e farmacêuticos, o compliance é ainda mais importante por existir todo o aspecto de respeito à vida. “Ao convidar um médico que apresentará um conteúdo, toda a logística oferecida tem re-
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gras a serem seguidas. Ele não pode ganhar o benefício de passar o fim de semana em um spa ou resort se for realizar uma palestra de duração de duas horas na sexta-feira, por exemplo. O que pode acontecer é ele ser beneficiado e se sentir na obrigação de prescrever o medicamento de uma certa empresa, mesmo sabendo que o de outra seja mais eficaz. É uma questão muito delicada”, explica Roberta. É por isso que um departamento de compliance é essencial nessas empresas – e de outros setores também. “Este é um tema indiscutível. A indústria farmacêutica é regulamentada por vários órgãos nacionais e internacionais. Precisamos ter uma área bem estruturada para nos guiar nas ações que fazemos, seja com médicos ou internamente com os funcionários e departamentos”, conta a gerente de Eventos, Viagens e Cartões para Brasil da Merck Sharp & Dohme, Thais Santos. Toda a contratação do evento, como serão feitos os
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orçamentos e RFPs, fornecedores a serem utilizados, conteúdo a ser apresentado, tudo envolve a questão de conformidade. Não só nos farmacêuticos, mas em eventos de entretenimento o participante também deve ser tratado com respeito. O número de opções para comer e beber deve ser compatível com o tamanho do público, assim como sanitários, saídas bem localizadas etc. “Tudo que foi combinado, precisa ser cumprido. Pode parecer algo básico, mas ainda estamos caminhando nessas questões no nosso mercado. É um conceito muito importante, que precisa ser trazido para o dia a dia”, diz Roberta. Segundo a gerente de Eventos da Merck, no início, quando não havia um departamento específico dentro da empresa para o compliance, cerca de cinco anos atrás, a implementação foi um pouco complicada, assim como informar o que podia e o que não podia fazer. Agora é algo que faz parte da rotina e da cultura da empresa. Na farmacêutica americana, este departamento envolve todas as áreas internas, como a jurídica, de Operações, Viagens e Eventos, todo o negócio em si. Ele não só é essencial para a realização dos eventos, como todas as estratégias da empresa são direcionadas de acordo com as orientações estipuladas. “Não há como trabalhar sozinho, e com médicos é muito mais importante, devido a todas as regulamentações que não só a companhia
tem, como também a sede nos Estados Unidos, além das entidades que temos que seguir. “ Na realização de um evento, é importante que todas as áreas da empresa estejam alinhadas e que trabalhem em parceria. Todas as políticas, regras e mudanças no mercado têm de ser compartilhadas com os setores. “Com o entendimento entre todas as partes envolvidas dentro da corporação, é possível garantir o objetivo desejado dentro das regras”, salienta Thais.
TODOS OS ENVOLVIDOS
Para a proprietária da Evento Único, uma dificuldade para a implementação é caso haja um grande número de pessoas envolvidas no processo. “Em um evento, eu contrato uma agência, que contratará outras cinco empresas, que vão negociar com mais cinco. É uma rede muito grande, que cada pedaço exige expertise. Uma das companhias pode estar fora dos conformes e isso prejudicará todas as partes. Por isso que, para garantir que a cadeia inteira de produção siga o compliance, é interessante que seja enviada aos fornecedores uma pesquisa de gerenciamento de riscos de terceiros. “A companhia que prestará o serviço é submetida a uma série de avaliações de mercado para assegurar que não haja desvio ético”, diz Roberta. Isso garante um alinhamento e o melhor resultado
A gerente de Eventos, Viagens e Cartões para Brasil da Merck Sharp & Dohme, Thais Santos
possível do evento. As farmacêuticas têm de ter esse departamento e, nos outros segmentos, a maioria já possui também. Este é um item que impacta diretamente na reputação da marca e que abrange as relações comerciais das empresas, seja com clientes ou fornecedores, e também as interações com os mesmos. Percebe-se cada vez mais que a preo-
cupação no mercado de eventos em seguir regras e estar nos conformes vem crescendo a cada dia. Clientes e contratantes estão entendendo que, se não agirem de forma correta, honesta e respeitosa, negócios poderão ser prejudicados. Assim, será possível eliminar, quem sabe, de uma vez por todas, o conceito de levar vantagem de algum dos lados.p Roberta Nonis, proprietária da Evento Único
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SÃO PAULO Local: Centro Fecomércio de Eventos
2º lote de ingressos: R$ 670 (até 31 de janeiro)*
ALIANÇA INSTITUCIONAL
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APOIO TES CENOGRAFIA
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Gestão em movimento
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PALESTRANTES
Deltan Dallagnol, Procurador da República Ética e combate à corrupção mudaram o modelo de negócios no Brasil?
Christiane Berlinck IBM Brasil - Líder de Recursos Humanos Os avanços e aplicação da Inteligência Artificial no Turismo
Christiano Oliveira, CEO do Grupo Flytour Os desafios de liderar um Mega Grupo durante o processo sucessório
Miguel Nicolelis, Cientista na Duke University Interação cérebro+máquina: Como essa combinação vai transformar nossa realidade até 2020
Claudio Soutto, sócio da KPMG Brasil Sócio A Rota para os Negócios Digitais
Pedro Reiss, CEO da Wunderman Brasil O mobile como potência de vendas
Eduardo Kina, CEO da Alatur JTB O desafio de transformar empresas em ambientes de contínua evolução
Pedro Vilanova A Inteligência Artificial na manutenção da transparência e combate à corrupção
Fernando Honorato, economistachefe e diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco Estamos às cegas? O que podemos esperar do panorama econômico para 2018
Philip Likens, diretor da Sabre Labs Futuro do segmento: como as pessoas se locomovem pelo mundo
Luciano Barreto, Country Manager da Almundo Brasil Intermediação Cabem mais OTAs no Brasil?
Richard Launder, presidente da The Travel Corporation Como vender experiências de viagens para a geração millennials
Luis Ferrinho Distribuição Hoteleira: Por que o agente de viagens seguirá relevante nesta equação?
Tiago Mattos, empreendedor na Aerolito O Futuro do Trabalho e a Inovação
Mais informações: forum.panrotas.com.br
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03 a 09 de janeiro de 2018 JORNAL PANROTAS
SurFACE CVC 2018
A CVC Corp, que reúne seis unidades de negócios (CVC Lazer, Rextur Advance, Grupo Trend, On-line, Visual e Experimento) focará este ano em quatro pilares: desenvolvimento internacional, inclusive com aquisições no Exterior; digitalização dos negócios da CVC Lazer, com maior presença on-line e sinergias com as lojas físicas; consolidação da nova estrutura organizacional; e a disseminação dessa estrutura, para gerar valor para toda a cadeira produtiva do setor. Na internacionalização, a CVC Corp elegeu como prioridade para 2018 chegar ao Chile, Colômbia, Portugal e Itália, e as aquisições são o principal motor de entrada nesses mercados. Ainda no internacional, a CVC Operadora comemora o recorde de mais de 80 mil hotéis no Exterior negociados diretamente. O objetivo é aumentar esse portfólio de negociação direta, apostando, em mercados-chave, com opções aos brokers, com quem a CVC também mantém contratos importantes. As aquisições também continuarão no Brasil. Segundo o presidente do grupo, Luiz Eduardo Falco (foto), elas acontecerão em todos os segmentos onde a CVC Corp atua hoje. Segundo fontes do Jornal PANROTAS, a CVC negocia no momento a compra de uma consolidadora aérea, de uma operadora de nicho e de uma TMC. Além de outros estudos que uma empresa do porte da CVC Corp sempre está fazendo (ou recebendo). Outras novidades para 2018 incluem o aplicativo Minha CVC e os quiosques para dar suporte às lojas de shoppings e supermercados nos momentos de pico de vendas.
Expansão em 2018
Criada em 2017, a Keep Going Travel (KGT), criada por dois ex-Gapnet, Luiz Matos e Roberto Ruiz Jr., comemorou faturamento superior aos R$ 35 milhões projetados inicialmente e, para 2018, visa a maiores expansões. "Seguimos com nosso objetivo de aumentar gradativamente a quantidade de clientes, atrelando ao crescimento o máximo de qualidade possível", comentou Ruiz Jr. "Temos muito trabalho pela frente em busca pela excelência. Somos muito gratos aos agentes de viagens pela confiança, paciência e parceria, provando que nesse mercado existe espaço para profissionais e empresas sérias", completou. A empresa tem expectativas boas para o futuro, sobretudo com a abertura da primeira representação em Recife no segundo semestre. Para os próximos 12 meses, a consolidadora prevê um faturamento que supere R$ 80 milhões. "Estamos na torcida para outras fusões ocorrerem abrindo ainda mais espaço neste mercado", finalizam os sócios.
Fórum PANROTAS 2018
A inteligência artificial pode ajudar no combate à corrupção. Isso é o que mostrará o especialista Pedro Vilanova, em palestra no Fórum PANROTAS 2018. Em sua 16 a edição, o evento será realizado nos dias 19 e 20 de março, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo. No dia 19, Vilanova fará a apresentação 'A inteligência artificial na manutenção da transparência e combate à corrupção'. Fascinado por inovação, Vilanova destacou-se com o projeto Operação Serenata de Amor, em que desenvolveu a Rosie, uma inteligência artificial capaz de auditar gastos públicos. Também é fundador da Niña, startup de análise de dados especializada em comportamento, e professor da Perestroika e da Brasília Marketing School. Para participar do Fórum PANROTAS, basta realizar a inscrição no site forum.panrotas.com.br. O Fórum PANROTAS 2018 conta com patrocínio de AccorHotels, Aerolíneas Argentinas, Argo Solutions, Best Western, Beto Carrero World, Esferatur Consolidação, Fecomércio São Paulo, GTA Assist, Omnibees, R1 Soluções Audiovisuais, Reserve, Royal Palm Hotels & Resorts, Sabre, Tes Cenografia e apoio da CEP Transportes e Tour House.
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Primeiro voo para Vegas
A Latam Brasil voará entre Guarulhos e Las Vegas, Estados Unidos. A operação especial para a alta temporada de 2018 se restringirá aos meses de junho e agosto, com voos operados em um Boeing 767 (configurado para 221 passageiros). O voo JJ9460 começa em 21 de junho de 2018 e terá saídas em Guarulhos às segundas e quintas-feiras e aos sábados. A perna inversa, JJ9461, será operada às terças, sextas-feiras e aos domingos. O JJ9460 se encerra em 30 de agosto de 2018 e o JJ9461, no dia seguinte. O CEO da aérea brasileira, Jerome Cadier, destaca o retrospecto de lançamentos da companhia ao longo de 2017. “Em média, lançamos um novo voo por mês para destinos no Brasil e no Exterior. Nenhuma outra companhia conecta a América do Sul com o mundo com tamanha oferta de itinerários e horários”, enfatizou. “Las Vegas e todos os outros quatro novos destinos internacionais que anunciamos para 2018 refletem o nosso compromisso de avaliar todas as oportunidades e investir em operações sustentáveis, que realmente facilitam e ampliam as opções de viagem para o cliente.”
Para a Argentina
A Gol Linhas Aéreas Inteligentes iniciou, no mês passado, as vendas de seu primeiro destino internacional com voos combinados com e Passaredo, ligando Ribeirão Preto (SP) a Buenos Aires, na Argentina, com conexão em São Paulo. Segundo comunicado, outros destinos nacionais da Passaredo e internacionais da Gol devem ser adicionados gradualmente ao acordo em 2018 para a realização de novos voos combinados. Com a parceria, os clientes poderão comprar uma única passagem para viagens em que cada trecho é realizado por uma das aéreas, acarretando outros benefícios como a realização de apenas um check-in, despacho único de bagagens e o uso de apenas um cartão de embarque, "vantagens para otimizar o tempo dos passageiros".
Ponto a ponto A Aerolíneas Argentinas fechou novembro com ótimos resultados. Durante o mês, a companhia aérea teve taxas de ocupação de 79,1% em toda a rede e transportou mais de 1,6 milhão de viajantes, o que representa um crescimento de 14% com relação ao mesmo período de 2016. Em comparação com 2015, o aumento é de 19%. Após Britney Spears, Jennifer Lopez e Céline Dion, a cantora norte-americana Lady Gaga também terá uma residência de shows em Las Vegas, nos Estados Unidos. As 74 apresentações começam em dezembro de 2018.
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03 a 09 de janeiro de 2018 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
Bilhete com a British
A British Airways anunciou que introduzirá novos preços no primeiro semestre de 2018 para voos de curta distância, mais reduzidos; eles serão acessíveis, porém, apenas para aqueles que adquirem os bilhetes por meio do sistema New Distribution Capability (NDC) da aérea, em parceria com a Iata. A decisão está de acordo com as políticas realizadas pela companhia durante o ano em relação aos seus programas de distribuição. A British implementou, inclusive, uma sobretaxa de oito libras por passagem em reservas ainda realizadas pelos GDS, focando no estabelecimento do NDC como sua principal ferramenta de vendas. A aérea britânica estaria em negociação ainda com cerca de 50 TMCs para estabelecer a distribuição de passagens via NDC. Colaboradores com mais de 20 anos na empresa foram homenageados durante o evento
Melhor na Flytour
A Flytour Business Travel apresentou os resultados de 2017 para líderes da empresa durante um evento realizado no final de dezembro em São Paulo. Com ênfase no treinamento dos colaboradores, o braço corporativo do Grupo Flytour proporcionou uma média de 61 horas de capacitação por pessoa em 2017, focando em temas técnicos (75%), produtos (9%), comportamental (6%), institucional (6%) e de liderança (5%). “Graças ao esforço de todos, tivemos números muito parecidos com 2016, mesmo com as adversidades do cenário econômico. Tudo isso proporcionou ao time um aprendizado que só trará benefícios para 2018”, afirmou a diretora executiva da Flytour Business Travel, Ana Paula Freitas. No evento foi entregue também o prêmio de melhor unidade de 2017, conquistado pela filial de Brasília, devido a indicadores como vendas, produtividade, erro setorial, lucro líquido e receita. Além disso, os colaboradores com mais de 20 anos de experiência profissional na Flytour foram contemplados com um voucher de R$ 1 mil.
A330 da KLM
A KLM iniciou o processo de renovação de sua frota de 13 aviões A330 (300 e 200). Além disso, a reforma das cabines executivas para os 20% restantes da frota estará completa no final de 2018. Os espaços contarão com novo design, assentos full-flat, que viram uma cama (com 2,06 metros de comprimento), e novo sistema de entretenimento de bordo, disponível em 12 idiomas, para os passageiros da World Business Class. Vale lembrar que o A330-200, com capacidade para 268 lugares (18 na World Business Class, 35 em Economy Comfort e 215 em Economy) foi o modelo escolhido para operar a rota Amsterdã-Fortaleza a partir de 3 de maio, às segundas e quintas-feiras e aos sábados. As novidades, que incluirão a capital cearense, além de São Paulo e Rio de Janeiro, foram definidas como “uma demonstração do comprometimento da companhia com o mercado brasileiro”. A renovação das cabines da classe executiva nos A330-330 já começou e a última aeronave deve ser finalizada em julho. Na sequência, os oito A330-200 da KLM passarão pela alteração, com previsão de término em outubro. Os interiores das cabines World Business Class em todos os Boeing 747, 777200 e 777-300 já passaram por essa transformação e as aeronaves Boeing 787 Dreamliner também já estão com as cabines de classe executiva no novo estilo.
Nova fase
Heber Garrido deixou o Grupo Transamerica/Alfa no mês passado. “Foi algo negociado e amigável e só tenho a agradecer ao doutor Aloysio Faria pelos aprendizados, confiança e oportunidades. Saio do Transamerica melhor que entrei. Foi a melhor empresa de hotelaria onde já trabalhei”, disse ele. Garrido trabalhou no grupo de 2000 a 2004 e de 2007 a 2018, sendo que desde 2009 cuidava dos hotéis da rede, com foco em Marketing e Vendas. Em 2017 passou a cuidar da expansão da rede e era diretor estatutário de quatro empresas do Grupo Alfa. “O grupo passa por uma reestruturação, por ajustes diversos, conta com um conselho profissional e diria que está no caminho certo”, analisou. Por enquanto não há substituto para Garrido, e interinamente Rinaldo Fagá, diretor administrativo-financeiro, e Rosângela Gonçalves, diretora de Vendas e Marketing, assumem as funções. Outra mudança, envolvendo o Transamérica São Paulo, um dos carros-chefe do grupo, é a volta do A&B, que estava terceirizada com a Levy Restaurante, para dentro do estabelecimento. Isso vai resultar em um 2018 repleto de eventos gastronômicos, ligados a temas como cultura e Turismo, e em uma reformulação de toda a gastronomia do Transamérica São Paulo.
Hotelaria corporativa
Novembro foi positivo para a hotelaria brasileira, no comparativo com o mesmo período de 2016. De acordo com o informativo do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), todas as regiões brasileiras contaram com aumento na taxa de ocupação — com destaque para Norte e Nordeste, com aumento de 15% e 11,3%, respectivamente. No total para o País, a taxa de ocupação ficou em 62,33%, um aumento de 6,2% em comparação a novembro de 2016. Por outro lado, os preços caíram em praticamente todas as regiões. A região Norte, com alta na taxa de ocupação, apareceu com destaque também neste quesito, ao apresentar um decréscimo de 14,5% na diária média; a exceção é a região Sul, com aumento de 1,7%. Como resultado, o País fechou o mês com queda de 1% na diária média. Já a receita por quarto disponível (Revpar) contou com um aumento de 5,1% no total das regiões, com o Nordeste contando com o maior acréscimo, de 10,7%. Entre as regiões, porém, foi o quesito mais equilibrado, com três apresentando aumento (Nordeste, Sudeste e Sul) e duas decréscimo (Norte e Centro-Oeste). A análise contou com amostra de 431 hotéis de redes associadas, responsáveis pela oferta de 65,6 mil unidades habitacionais (UHs). O período de janeiro a novembro, comparando com o mesmo período de 2006, teve um leve aumento da taxa de ocupação geral no Brasil, de 1,4%; as regiões Norte e Centro-Oeste se destacam com crescimento de 5,6% cada no quesito. A diária média, por outro lado, caiu em todas as regiões, com uma queda de 6,9% no geral do País; o Sudeste apresentou o maior decréscimo, de 9,6%.
Fonte: Fohb
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