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R$ 11,00 - Ano 22 - nº 1.150 21 a 27 de janeiro de 2015
Luxo e criatividade Em um mundo em que criatividade virou artigo de luxo (ou seja, raro) e cópias mal feitas são padrão, mostramos cases de sucesso e dicas em viagens de alto padrão junto com o exemplo da agente de viagens que, movida pela necessidade e inquietação, criou um novo negócio
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Check-IN
LEIA NESTA EDIÇÃO
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E U Q A DEST
Página 04
Intermac mostra planos para 2015 Página 27
Gol começará a voar para Tobago
“
DO PORTAL
Três anos após iniciar o contrato de arrendamento com a New Line Operadora, a Nascimento Turismo vem a público informar que não fará a renovação do contrato (...) Vale destacar que tal decisão foi motivada, exclusivamente, pela avaliação da atual conjuntura econômica, diversa da época de início da operação de arrendamento, fazendo com que a Nascimento Turismo foque seus esforços em sua marca própria
”
Nascimento Turismo, via comunicado, sobre a não renovação do contrato de gestão da operadora paranaense New Line
PANROTAS Gente
“
O conceito inovador da agência/ cafeteria
PANROTAS Gente
Saiba quem é quem na Coris
Queremos chegar a quatro ou cinco mil passageiros na temporada, crescimento de 35% comparado com 2014. Isso se justifica também pela ausência de players que tinham Bariloche na mão e agora não têm mais, como Calcos e Fênix, que eram grandes vendedores do destino Jarbas Correia Junior, vice-presidente da Agaxtur, sobre as expectativas para a temporada de inverno em Bariloche
“
”
PANROTAS 1 Viagens de intercâmbio é a nova unidade de negócios da CVC – em 9/1
2 Nascimento não renovará contrato com a New Line – em 9/1
3 Qatar abre processo para contratar comissários brasileiros – em 9/1
4 Advogado contesta resolução relacionada a seguro viagens – em 9/1
5 CVC anuncia contratação de diretor nacional de Vendas – em 9/1 promovida a diretora nacional na CVC – em 8/1
7 Novas cabines Air
”
Eliseu Padilha, ministro da Secretaria de Aviação Civil, sobre parceria com o MTur para o desenvolvimento do setor
Editorial >
Artur Luiz Andrade
>
artur@panrotas.com.br
8 Conheça o lounge vip da Qatar Airways em Doha – em 9/1
9 Conheça os novos secretários de Turismo dos Estados – em 9/1
10 Grupo hoteleiro de luxo anuncia representação no Brasil – em 8/1
11 Atletas brasileiros vencem Maratona Disney 2015 – em 12/1
12 Gol voará ainda este mês para Tobago, no Caribe – em 14/1
13 Boeing fará análise de combustível da frota 737 da Gol – em 13/1
14 Rafael Calábria
6 Deborah Popitz é
Aceitamos sim trazer o Ministério do Turismo para mais perto. Acreditamos que essa parceria pode impulsionar ainda mais a aviação regional, que é a nossa prioridade
8 a 14/1
France chegam hoje ao Brasil – em 12/1
“
comanda Grupo BRT em Bauru (SP) – em 8/1
15 Assista ao vídeo exclusivo do A350 XWB da Qatar Airways - em 14/1
Nós queremos que o turista também viva a melhor experiência possível naquele tempo em que passa dentro do aeroporto. Sabemos que a aliança com a aviação civil é a chave Vinicius Lages, ministro do Turismo, a respeito do mesmo tema
”
Assista ao editorial comentado na versão digital do JP
Até tu, luxo? Luxo democrático? Existe isso? Segundo especialistas, sim. O luxo inacessível ainda está por aí, firme e forte, claro, especialmente no mundo das viagens. Mas antes, todo ele era inacessível. Hoje, além dos momentos promocionais (classe executiva a US$ 2 mil, quem nunca?), vemos um viajante disposto a pagar mais por... Por o que mesmo? A palavra-chave em qualquer instância do luxo é: serviço. Serviço personalizado, diferenciado, dedicado, de nível internacional... um serviço bem feito. E isso é o mais difícil de atingir em qualquer segmento, ainda mais no de viagens de luxo. Mármore e ouro o dinheiro paga, o homem constrói. Design idem. Mentes criativas não faltam por aí. Criatividade é mais difícil, mas quem não tem copia o que o outro fez. Exclusividade também está ao alcance
de muitos, seja em um museu, um sítio cultural ou um resort. Mas o serviço excelente (ou a excelência em serviço) é algo que depende não apenas do dono do negócio, mas também de quem presta o serviço, de quem recebe e de fatores externos. Ou seja, é praticamente um alinhamento de planetas, uma conjunção que quando dá certo deixa marcas que não se apagam e o desafio de manter esse equilíbrio para outros clientes. O serviço atencioso e perfeito varia de cliente para cliente e um atendente psicólogo e bom observador anota tudo na mente, em um bloquinho ou no smartphone, para ir acumulando dados importantes sobre o hóspede ou passageiro. Há quem queira distância e isolamento, independência. Há
quem queira ser pego no colo. E entre eles, muitas variáveis. O luxo sem o olho do dono ou de altos executivos dedicados dificilmente vai prosperar na indústria de viagens. Só o produto não sustenta um rótulo de viagem de luxo. Só a experiência também não, pois até se chegar a ela percalços podem ser fatais. Para quem vende luxo, o serviço vai do planejamento ao acompanhamento da viagem, do retorno à manutenção da relação com o cliente. Viaje com ele. Ponha-se no lugar dele. Pense como ele. Até para gastar. Uma viagem de luxo leva a outra. E quem viaja de executiva ou dorme em uma suíte sempre quer voltar.
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Cartões de assistência
Para ser líder “A Intermac Assistance é uma empresa que tenta passar por cima das projeções pessimistas do turismo. Fazemos o máximo para nos reinventarmos quando o mercado está tímido e assim foi esse ano, quando saímos às ruas para dialogar e identificar as demandas.” Palavras do presidente executivo da empresa de cartões de assistência, Eduardo Aoki, que continua: “hoje estamos entre as quatro maiores companhias do segmento, mas nossa meta é ser a grande líder em 2018.” Com tanta coisa para 2015, a impressão é de que a empresa tem argumentos para almejar o objetivo. Há uma nova marca corporativa saindo do forno, quatro novidades no portfólio, projeção de crescer 20%, dois novos escritórios no
Brasil, três no Exterior, proteção em cancelamento de viagem e campanhas mensais para o trade... Em meio a tanto anúncio, o aniversário de 15 anos da Intermac torna-se um mero coadjuvante. Aliás, nem tanto assim, pois uma festa para mais de 400 convidados é aguardada em maio no centro de São Paulo. Foram mais de 139 mil vouchers internacionais comercializados em 2014. A meta de faturamento líquido de R$ 13 milhões que a Intermac tinha para o ano passado foi atingida ainda em novembro, quando foi anunciado um valor de R$ 14 milhões — o faturamento bruto gira em torno de R$ 28 milhões. A matriz da empresa, em São Paulo, bateu seu recorde histórico na região ao contribuir com R$ 6 milhões nesse faturamento.
O presidente executivo da Intermac Assistance, Eduardo Aoki, e o gerente comercial da empresa em São Paulo, Fábio Costa
LIFE ASSISTANCE
A partir deste mês, a empresa terá um novo braço, a Life Assistance, exclusivamente voltada ao público de viagens corporativas. “Vocês ouvirão falar muito dessa marca”, cravou Aoki. “Trata-se de um produto que não será vendido individualmente, e sim negociado diretamente com empresas e agências de viagens corporativas. Exploramos todo tipo de preocupação que um executivo tem em suas viagens e reunimos na Life Assistance. É algo totalmente diferente do que temos hoje no País.” Além dos já tradicionais anseios das viagens corporativas, a Life Assistance assegurará o executivo contra, entre outras ameaças, sequestros, queda de helicóptero, eventuais problemas em matas, florestas e selvas. Há quatro novidades no portfólio da Intermac neste ano e todas incluem proteção para doenças pré-existentes. O maior plano é o Majestic, que oferece US$ 1 milhão para coberturas nacionais e internacionais. Em seguida, o Royal, com US$ 200 mil de cobertura. O já existente Gold, que antes não atendia Europa, agora oferece 30 mil para o continente e US$ 30 mil para o resto do mundo. O nacional, Brasil Total, terá R$ 30 mil de cobertura.
CRESCIMENTO EM 2015
Após crescer 100% de 2012 para 2013 e atingir a meta do ano passado ainda em novembro, a Intermac pretende chegar a R$ 18 milhões de faturamento líquido neste ano, o que representa 20% de aumento na comparação com 2014. Para um ano considerado difícil pelo mercado, os resultados podem impressionar alguns players do setor, mas não desafia os executivos da Intermac. “Em tempos de crise, nós retiramos a letra ‘S’ e transformamos a palavra em ‘crie’”, afirma Aoki. “Essa é a hora de sairmos às ruas e dialogar diretamente com o trade para saber do que eles precisam para superar as adversidades.”p
ESPECIAL
Qual é a sua
preferência? Novos padrões, novos ares
Clássico ou moderno?
O desafio de atender bem
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Mercado
21 a 27 de janeiro de 2015 | JORNAL PANROTAS
> Renê Castro
Sempre
mais
Defina uma viagem de luxo, leitor. Se a resposta que veio à cabeça foi algo parecido com “tudo de bom e do melhor”, continue lendo esta matéria e terá grandes surpresas. Isso porque a reportagem da PANROTAS entrevistou três diretores de agências de viagens membros do seleto clube Virtuoso e percebeu que a palavra “luxo” está ganhando novos significados dentro da indústria — e cada vez mais adeptos. Tudo começa com a democratização do segmento. Para o sócio-diretor da Atlanta Viagens e Turismo, Marcelo Auada, profissional com 28 anos de experiência no mercado, qualquer pessoa pode hoje consumir uma viagem diferenciada. Ou seja, o luxo deixou de ser produto apenas para o topo mais alto da pirâmide. “O mercado brasileiro vem sofrendo mudanças a todo o instante, e, com isso, o dinheiro está saltando para outras muitas mãos.” Na opinião de Rogê David, sócio da GSP Travel (antiga Grande São Palo Turismo), que desde 2004 carrega o título Virtuoso, o que define este viajante é a exigência por excelência em serviço. O poder aquisitivo é importante, sim, mas isso vai muito além da divisão de classes. “O consumidor quer negociar com um agente de viagens que tenha alto conhecimento técnico e a capacidade
Rogê David, da GSP Travel
de colocá-lo no que há de melhor em cada destino. Surpreender a todo o instante é a chave para se dar bem neste segmento”, explica, completando que não precisa ter altíssimo poder aquisitivo para usufruir desses diferenciais. Tudo depende do conceito de luxo do passageiro e a qual nível ele quer elevar a viagem. “O luxo está nos pequenos detalhes.” Marcelo Almeida, à frente da Paragon Turismo, acompanha o raciocínio. “O viajante de luxo sabe o que quer e faz de tudo para fugir do que é considerado comum. Você pode colocar no itinerário do seu cliente uma visita a um museu famoso, mas tem de ter o cuidado de agendar uma visita exclusiva, com um funcionário dedicado somente a ele, por exemplo. Dessa forma, o passageiro poderá curtir o espaço de uma maneira completamente diferente de um turista comum”, opina ele. Experiências únicas, aliás, são uma vertente que está sendo muito bem explorada por este segmento. Para os profissionais, luxo não é mais necessariamente a ostentação. Viajar de maneira simples é também uma forma de trabalhar o diferenciado. “Luxo é atender a expectativa de passageiros especiais. É possível viajar para um lugar paradisíaco, repleto de hotéis de luxo e, mesmo assim, preferir acampar em uma região isolada. Isso sim é um produto exclusivo e é isso que fazemos: atendemos solicitações feitas sob medida. O preço mais elevado está na busca pelos diferenciais”, conclui Almeida. De acordo com a MCF Consultoria, comandada por Carlos Ferreirinha, especializada nos mercados luxo e premium, com o amadurecimento do mercado, as motivações de consumo variaram, e hoje há diversos perfis de consumidor, desde o que compra com o objetivo de mostrar status, o que compra pela qualidade, o que consome pela história inserida em determinado produto ou serviço. “A classe média já é a maioria da população e tem desejos de compra aspiracionais. Mesmo que o acesso não aconteça com a mesma frequência para esta classe como acontece para o topo da pirâmide, ela acessa. Como é uma classe numerosa, o volume total é extremamente relevante”, considera a empresa, informando que o mercado de luxo no Brasil cresce em média 20% ao ano. p
Marcelo Auada, da Atlanta Viagens
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Tradicional
MODERNO
Moderno e o clássico dividem os mesmos clientes
Os dois estilos básicos do mercado de luxo — O tradicional e o moderno — estão em evolução constante, mesmo trabalhando com produtos e serviços que podem facilmente serem datados ou até mesmo relembrar determinadas épocas da história. Quem nunca ouviu falar sobre um hotel que mantém estrutura e características de mais de um século, ou um restaurante que faz questão de prepa-
Hotel Das Stue, em Berlim (Alemanha)
rar um prato à moda antiga, mesmo com todas as ferramentas para facilitar o dia a dia na cozinha? A distância que separa o tradicional e o moderno está cada vez menor, e os jovens são os responsáveis por este fenômeno, segundo os consultores. “O luxo moderno está intimamente ligado ao turismo de experiência, ao meu ver. É nele que você proporciona ao cliente situações completamente diferentes de tudo o que ele já viveu. Vai da cabeça do consumidor. Você pode dizer que o tradicional atrai as pessoas mais velhas, mas esquece que muitos jovens têm uma mentalidade mais velha também.
Falando especificamente sobre essa fatia, acredito que a mescla entre os dois estilos é o que mais teremos de providenciar daqui para frente”, acredita Marcelo Auada. Como não há regras claras, Rogê David prefere ter em mente que, em ambos os casos, o viajante tem de voltar para casa com a certeza de que fez uma viagem de alto nível. “Saber diferenciar esses dois estilos e entender o que o cliente deseja é o essencial. Se confundir os conceitos, perde a venda. É claro que o público jovem procura algo mais moderno, mas o que o impede de se hospedar em um hotel de luxo em um dia e participar de uma experiência inusitada no outro?”, questiona ele, citando trabalhos voluntários, visitas a vilas, aldeias e recantos afastados dos grandes centros turísticos. O desafio do profissional de turismo está justamente em viabilizar as situações e ter a perspicácia de surpreender o viajante com uma atitude que justificará a contratação do consultor especializado. O moderno e o clássico dividem os mesmos clientes e há momentos para que eles aproveitem as duas experiências: tanto a hotelaria clássica quanto a contemporânea. O papel do consultor de viagens nesses momentos é identificar os desejos do hóspede e selecionar o hotel e a marca, o destino e a experiência que casem perfeitamente com esses objetivos, transformando a estada em algo único.
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VIAJANTE DE LUXO NAS
M Í D I A S S O CI A IS Pequeno é o novo grande. Curto, amigável para o ambiente mobile, posts ricos em imagem e comunicação digital personalizada asseguram que as mensagens serão vistas, compartilhadas e curtidas.
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Seja breve, seja brilhante, seja lembrado. O conteúdo digital em viagens de luxo deve ser criativo, mas conciso, para refletir um posicionamento luxuoso.
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Na América Latina, os smartphones podem significar afluência. Famílias com alto poder aquisitivo respondem por 16,4% dos smartphones no Chile, 45% no México e 53,9% no Peru.
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Personalize e afunile seu público para retornos massivos. Os avanços na tecnologia digital para atingir públicos bem específicos têm grandes implicações para as marcas que querem personalizar suas mensagens em um contexto social.
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As mais importantes mídias sociais para marcas de viagens de luxo nas Américas são o Instagram e o Tripadvisor. Para ações vitoriosas nessas ferramentas, as marcas de viagens de luxo devem garantir que oferecem experiências “instagramáveis”.
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Consultores de viagens ainda são importantes e a mídia social é seu melhor amigo. A chave do sucesso para os consultores de viagens é ganhar novos clientes um a um, construindo sua marca no Facebook e em fóruns digitais de luxo.
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Os lugares mais quentes em viagens de luxo estão se mudando para a América Latina. Porto Rico e Rio de
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Janeiro têm os maiores poderes de atração, mas La Romana, na República Dominicana, e São Paulo também apresentam grandes crescimentos. Os viajantes de luxo norte-americanos têm necessidades diferentes dos latino-americanos. Os latinos dão mais valor ao quarto e ao café da manhã, enquanto os americanos priorizam o serviço: simpático e perfeito.
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Fonte: estudo The Luxury Traveller and the Social Media/ILTM Americas
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Aviação
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> Artur Luiz Andrade
Aviação
premium
Business Elite, da Delta, vai virar Delta One a partir de março
Classe executiva da Qatar Airways: como se o cliente tivesse um comissário só para ele
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Voar, há algumas décadas, era algo glamouroso, desejável, para poucos e ricos. Com o tempo foi se tornando algo necessário, imperativo até, e propulsor de economias ao redor do planeta. O glamour se foi, os aviões aumentaram, o conforto foi abandonado e voar praticamente virou commodity com a chegada barulhenta das low cost/low fare, que colocaram as empresas tradicionais para pensar, pensar, pensar... e mudar. Hoje voar é para muitos, mas também há vários meios de voar. Mesmo na apertada classe econômica, pode-se descobrir diferenciais que fazem a diferença. Uma polegada a mais, uma comida mais saudável, uma poltrona mais confortável, conectividade, atendimento... É no atendimento Premium, porém, que as grandes companhias aéreas se superam e concorrem acirradamente para ostentarem o melhor produto nos céus. Ter uma poltrona-cama é obrigação nos voos de longa duração. Conectividade e entretenimento, idem. E em vez de pagar por serviços, como na econômica, que esteja tudo incluído: malas para serem despachadas, embarque prioritário, bebida alcoólica, wi-fi, milhas em dobro, salas vips realmente vips e especialmente um serviço em terra e a bordo que precisa ser personalizado, sem filas e com uma cortesia que havia desaparecido da indústria da aviação. Nesta edição especial sobre Viagens e Experiências de Luxo, o Jornal PANROTAS traz dois cases emblemáticos para a indústria: a Delta Air Lines e a Qatar Airways. Há até pouco tempo a frase “voar em companhia americana é tudo igual” era muito ouvida e bem próxima da realidade. Hoje em dia, ganha quem se diferencia e o caso da Delta é bastante exitoso em relação ao processo de deixar de ser “igual” para ganhar personalidade e ser reconhecida pelos clientes fieis por itens que agregam valor, não fazendo parte, apenas, do pacote comprado. Já a companhia aérea
do Catar tem colecionado prêmios com sua classe executiva e seus lounges vips, além de investir nas mais modernas aeronaves. O diferencial maior, porém, é a consistência e a alta qualidade do serviço. A bordo, é como se o cliente da classe executiva ou da primeira classe contasse com um comissário exclusivo para seu atendimento. Alguém que não se limita a tomar nota de pedidos de refeição, mas que está sempre atento ao bem estar e ao conforto do cliente.p
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Necessarie para os clientes da Business Elite, da Delta, com produtos exclusivos Tumi e Malint Goetz
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Flat bed na rota
mais estrelada
A poltrona-cama da classe executiva da Delta Air Lines, a Business Elite (que em março passará a ser chamada de Delta One) é um dos símbolos da nova fase da companhia aérea americana. Disponível nos voos de longo curso, incluindo todos a partir do Brasil, a inovadora poltrona, que mescla design com conforto, facilidades com mimos exclusivos, está disponível também de Nova York para duas cidades da Costa Oeste americana: Los Angeles e San Francisco. Ranjan Goswami, vice-presidente de Vendas para a Costa Oeste, em entrevista exclusiva para o Jornal PANROTAS, explica que a rota entre Los Angeles e Nova York movimenta tantos empresários, celebridades e vips quanto a entre Nova York e Londres. E como a duração é similar, a oferta da flat bed nessa ligação faz todo o sentido. O mesmo vale para San Francisco. No Aeroporto de Los Angeles, há todo um serviço para atender celebridades e passageiros ultra vips, que passam por uma ala especial, recém-inaugurada, e têm serviços exclusivos. Os ultra vips terão, a partir de maio, uma ala ainda mais diferenciada. É para aqueles que realmente não podem ser vistos circulando no meio dos mortais... Os passageiros da Business Elite também têm check-in exclusivo, acesso à sala vip e fila diferenciada na segurança. “Os clientes que buscam um produto premium já identificam os diferenciais da Delta. Oferecemos wi-fi em todos os voos nos Estados Unidos, menu assinado por chefs renomados na Business Elite da ligação transcontinental, investimos bilhões de dólares nos terminais de Nova York e Los Angeles e também em Atlanta, que conta com uma sala vip internacional deslumbrante”, diz o VP. Somente no Aeroporto de Los Angeles a Delta investiu cerca de US$ 300 milhões, incluindo a instalação de ilhas de check-in para todas as classes. “A forma circular de cada ilha faz com que os passageiros se distribuam até o fundo do terminal, evitando as filas longas e melhorando o fluxo de pessoas”, explica Ranjan Goswami. Os passageiros que desejarem comprar o pacote de scort service também terão direito a um atendimento personalizado, com acompanhamento de um funcionário Delta e até ao transfer de Porsche entre conexões, quando necessário. Em aeroportos selecionados, a Delta oferece essa facilidade a seus clientes vips (que são surpreendidos com o transfer) ou a quem compra o pacote de acompanhamento. “O bom é que é uma surpresa. O passageiro é esperado no finger e nem passa para a sala de embarque. Desce na pista e é levado de Porsche”, conta Ranjan, classificando a ação como “surprise and delight” (surpreender e satisfazer, em tradução livre). O serviço foi criado para passageiros que estão com tempo curto entre um voo e outro. Os funcionários do aeroporto identificam o status do cliente e decidem pela oferta do Porsche. Uma experiência inusitada e única, com uma visão exclusiva do aeroporto e das aeronaves. Ranjan também destaca que tanto nas salas vips quan-
O vice-presidente de Vendas da Delta Air Lines para a Costa Oeste dos EUA, Ranjan Goswami
do nos novos espaços de check-in a Delta tem investido em um design moderno e inovador, com muita área livre, para oferecer conforto e comodidade aos clientes. “Nossa nova comunicação visual nesses espaços mostra uma diferenciação, com design moderno e materiais e cores que nos destacam e agradam ao passageiro”.
LOS ANGELES
Além do fluxo vip transcontinental (cruzando os Estados Unidos em cinco horas), Los Angeles oferece também conexões para outras 56 cidades. “Houve muito crescimento de voos para o México e a América Central, graças também a nossa parceria com a Aeromexico”, conta o VP. Mas a Ásia,
obviamente, também ganha destaque no terminal, com dois voos diários para Tóquio e conexões para toda a região, já que a Delta conta com hub próprio na capital japonesa. A companhia opera também em Osaka, Nagoya e Fukuoka no Japão. Para o brasileiro, as opções de conexão até Los Angeles com a Delta são fartas: há 11 voos diários de Atlanta, seis de Detroit e oito do JFK. “Recomendo os de Atlanta, que são mais convenientes, mas tudo depende do roteiro do passageiro”, disse Goswami. Tanto Atlanta quanto Detroit e Nova York têm voos diretos a partir do Brasil, com a flat bed na Business Elite.p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Delta Air Lines, com proteção GTA
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DESTAQUES DELTA DISPOSTA A SER RECONHECIDA COMO A MELHOR COMPANHIA AÉREA DOS ESTADOS UNIDOS na América Latina e no Caribe, a Delta tem investido bastante em produtos e serviços, facilidades e vendas. Nos últimos anos, foram bilhões de dólares para que o passageiro sinta a diferença e o cliente vip busque a empresa na hora de comprar produtos Premium. “Nosso compromisso com a América Latina e o Caribe é visível todos os dias, e é lá onde visamos ser a melhor companhia norte-americana atendendo a região”, afirmou Nicolás E. Ferri, vice-presidente da Delta Air Lines para a América Latina e Caribe. “Investindo em mais voos, cidades e funcionários, nossos clientes começam a experimentar um nível de serviços que nenhuma empresa aérea pode igualar”, assegurou. Confira a seguir alguns highlights recentes da companhia. A Delta possui mais de 1,5 mil voos semanais para 47 destinos em 28 países da América Latina e Caribe. E a rede continua crescendo. Todas as aeronaves Delta que operam na Argentina, Brasil, Chile e Peru contam com poltronas reclináveis a 180 graus nas cabines da Business Elite. A roupa de cama Westin Heavenly, projetada e confeccionada exclusivamente para a companhia, também está presente. Trata-se de um travesseiro e um luxuoso edredom. A necessaire da Business Elite agora conta com produtos exclusivos da Tumi e da Malin+Goetz. A Delta investiu US$ 2 bilhões para melhorar a experiência geral de viagem, incluindo obras de grande porte nos aeroportos de Atlanta, Nova York e Los Angeles. A sala vip de Nova York é considerada a maior (e melhor?) de toda a rede da empresa aérea. Tem um Sun deck ao ar livre, menus
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via ipads, muito espaço para relaxar ou trabalhar e um visual inovador. O novo terminal da empresa em Nova York foi aberto em 2013 e o terminal internacional em Atlanta (F) em 2012. Ambos referência mundial em conforto e gestão de tráfego de pessoas, Há mais de 50 Delta Sky Club em 35 aeroportos no mundo que recebem mais de dez milhões de passageiros por ano. Os clientes premium também podem usar os 235 lounges das empresas Skyteam ou de parceiras como a brasileira Gol.
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Transfer de Porsche entre conexões é uma das possibilidades na Delta, em aeroportos como JFK, Atlanta, Detroit, La Guardia e Las Vegas
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Entrevista
Fo c o n a q u a l id a d e JORNAL PANROTAS — Qual a importância para a Delta de ter, a partir da mudança de aeronave em Brasília, o mesmo produto em todas as suas operações no País? LUCIANO MACAGNO — A Delta introduziu uma nova aeronave para operar a rota Brasília-Atlanta no dia 26 de outubro de 2014. O Boeing 767-300ER conta com 210 assentos, incluindo 35 assentos full flat bed, na categoria Business Elite, além de 32 assentos Economy Comfort, que se caracterizam por terem quatro centímetros mais de espaço para as pernas e opções de cerveja, vinho e outras bebidas, e 143 assentos na classe econômica. Esta mudança representa um aumento de nossa capacidade em Brasília e a conclusão do processo de modificar totalmente a nossa frota visando oferecer assentos flat bed em todos os voos sem escala para o mercado brasileiro, todos os dias, nos trechos que atendem Atlanta e Nova York. A aeronave que introduzimos recentemente para serviço em Brasília tem papel muito importante do ponto de vista tanto da rede quanto do produto. Primeiramente, representa o crescimento da capacidade não só para Brasília, mas para todos os mercados (fora de São Paulo e Rio, que também têm voos diretos), devido à nossa capacidade de conexão com voos da Gol no novo aeroporto de Brasília. Do ponto de vista do produto, consolidamos nossa posição no Brasil, oferecendo o melhor da Delta em todos os mercados. A Delta é agora a única companhia aérea com serviço diário para os EUA feito em aeronaves de fuselagem larga, com assentos totalmente reclináveis em todos os voos. JP — Como está a resposta do mercado de Brasília depois dessa mudança? MACAGNO — Estamos recebendo uma excelente aceitação e captamos comentários muito positivos sobre o conforto dos assentos flat bed e o excelente serviço premium oferecido na Business Elite. Mais clientes estão reconhecendo os diferenciais da Delta. Como esperávamos, a demanda está crescendo não só em Brasília, mas em todos os mercados com os quais temos conexão. Percebemos que no passado os clientes estavam voando do interior do Brasil para São Paulo e Rio, por preferirem uma conexão com os nossos 767. Desde novembro, os passageiros têm preferido se conectar via Brasília ao perceberem que o nosso produto é o mesmo oferecido em São Paulo e Rio, e que o aeroporto de Brasília oferece vanta-
Luciano Macagno, diretor da Delta Air Lines para o Brasil
gens geográficas consideráveis além de entregar uma experiência de conexão melhorada. JP — Qual é o perfil do cliente Brasília? MACAGNO — Atualmente a Delta tem uma boa variedade de turismo e de negócios entre os clientes que voam do Brasil para os EUA e, uma vez que os nossos voos do Rio, São Paulo e Brasília se conectam com nosso hub em Atlanta, oferecemos um produto conveniente para todos que voam para qualquer ponto dos EUA, seja a trabalho ou lazer, sendo essas tendências variáveis no que diz respeito à época do ano. Janeiro e julho são, naturalmente, muito relevantes para viagens de lazer. A cidade de Brasília, bem como Goiânia e outras importantes cidades próximas, aceitaram de muito bom grado nosso serviço Brasília—EUA, mas é importante dizer que a maioria de nossos clientes vem de todo o Brasil e que nossa parceria com a Gol permite aos nossos passageiros partir de muitas origens no Brasil, cobrindo 99% da demanda do mercado. JP — Após esta alteração, em Brasília, o que esperar da Delta em 2015? MACAGNO — Ao compreender nossa
parceria com a Gol, é verdadeiro dizer que os clientes podem viajar de qualquer ponto nos EUA para a maior parte dos pontos de interesse no Brasil com a nossa rede atual. O ano de 2015 será focado para continuar a consolidar a nossa posição no mercado. Como sempre, a Delta vai continuar a investir em nosso produto e seguiremos com a implantação de serviços wi-fi em todos os voos internacionais, seguindo na liderança da indústria, com inovações que agregam valor aos nossos clientes. JP — Como está a parceria com a Gol? MACAGNO — O núcleo da nossa estratégia está baseado na obtenção de maiores sinergias na nossa aliança com a Gol, transformando o negócio com o intuito de fazer com que a experiência do cliente seja ainda melhor, com a construção de uma proposta de valor que exceda o que poderia ser feito individualmente pelas empresas. Através da parceria, oferecemos aos nossos clientes o acesso a mais de 380 destinos, em mais de 59 países, atendendo 99% da demanda brasileira e norte- americana entre os países. A Delta e a Gol oferecem uma rede Brasil—EUA ini-
gualável quando em comparação com qualquer outra companhia aérea de bandeira dos EUA. A aliança permitirá que as duas companhias aéreas fortaleçam seus serviços, criando uma melhor experiência do cliente e oferecendo uma proposta de maior valor agregado do mercado. JP — O que pode ser, ou vai, ser melhorado no acordo com a Gol? MACAGNO — Nossa parceria é colaborativa, construtiva e mostrou que entregamos o melhor das duas companhias para os clientes, que podem viajar de/para quase qualquer ponto no Brasil vindo/partindo de qualquer ponto nos EUA, com uma experiência de viagem integrada: um único ponto de venda de bilhetes, os mesmos benefícios de viagem, os associados do programa Smiles/SkyMiles têm benefícios correspondentes, com vantagens recíprocas entre a Gol e a Delta. JP — Como a Delta se preparou para o aumento de oferta em Campinas? MACAGNO — Até o momento não temos planos de voar para Viracopos. Continuamos a apostar na nossa parceria com a Gol e investindo em nossas operações em Guarulhos, Rio de Janeiro e Brasília. p
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Aviação
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> Artur Luiz Andrade
No topo da
indústria
Servir bem sempre sem ser subserviente é o desejo de muitos e a realidade da Qatar Airways
OS EMPRESÁRIOS DO TURISMO, ESPECIALMENTE EM AVIAÇÃO OU HOTELARIA, OU MESMO NO SETOR DE ALIMENTAÇÃO, SABEM QUE O BOM ATENDIMENTO É UM DOS MAIORES DESAFIOS DO SEGMENTO ATUALMENTE. Não a capacitação, para que todos saibam o que estão fazendo e o façam na média aceitável. Mas o passo além, o servir sem ser subserviente, o encantar na medida certa e a atenção para que o cliente tenha tudo o que deseja e precisa em uma viagem... isso não está sobrando no turismo. Pelo contrário. A Qatar Airways é uma das companhias aéreas mundiais onde serviço e excelência, em um nível de cons-
tância impressionante, são prioridade. Nâo à toa a empresa acumula prêmios da Skytrax de melhor classe executiva (nos dois últimos anos) e de melhor lounge de business class. Com a inauguração do Al Mourjan Business Lounge, no novíssimo Hamad International Airport, em Doha, esse título vai ser muito difícil de ser tirado da companhia do Catar. O presidente da empresa, Akbar Al Baker, afirma que a Qatar Airways sempre seguirá os mais altos padrões, elevando o nível dos produtos e serviços, “para que as nossas concorrentes locais possam nos copiar”. A concorrência na região, obviamente, é bastante forte, e os investimentos constantes são mais que necessários.
AEROPORTO MODELO
O Hamad International Airport é um marco na indústria não apenas para as classes Premium, mas de uma forma geral. Seus 70 mil metros quadrados esbanjam estilo, organização, design inovador, conforto e facilidades para todos os clientes. Os chamados vips, claro, receberam atenção especial. O aeroporto tem 138 posições de check-in para a classe econômica da Qatar Airways e demais empresas aéreas; 16 balcões exclusivos para a business class da Qatar Airways e ainda uma fileira com 14 posições únicas para a primeira classe da QR. O serviço de primeira classe, aliás, como anunciado pelo
presidente da Qatar, estará presente apenas nos voos com o A380. Para 2016, a companhia já prepara uma nova classe executiva e, segundo o CEO, será algo nunca visto na aviação. “Mais uma vez”, diz, para alfinetar os concorrentes. O amplo e majestoso Al Mourjan Business Lounge ocupa dez mil dos 70 mil metros quadrados do aeroporto (uma sala vip do tamanho de dez piscinas olímpicas e com restaurante no mezanino). É o espaço dedicado aos passageiros da classe executiva e membros elite do programa de fidelidade Privilege Club, além da aliança Oneworld, da qual a empresa faz parte. Um lounge para a primeira classe ainda está em construção. O lounge da classe executiva pode
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atender mil passageiros por hora com conforto máximo. Com acesso por escadas rolantes do saguão principal do aeroporto, em meio a mais de 70 lojas e restaurantes, o lounge vip da Qatar tem dois restaurantes, com bufês e opções à la carte preparadas na hora, bares, estações de snacks em toda sua extensão, área para crianças, lounge para famílias, business center, estações para o passageiro se conectar, áreas de descanso, um lago que inspira serenidade, armário para as malas de mão e internet gratuita, disponível, aliás, em todo o aeroporto. As peças de decoração são verdadeiras obras de arte, os móveis dos melhores designers da região e da Europa e o material usado inclui mármore de Carrara nos bufês. Na hora de embarcar, o passageiro pode escolher seguir pelas esteiras rolantes até o portão de embarque ou ser transportados por um dos carrinhos do aeroporto. No caso de embarque em posição remota, um ônibus exclusivo leva os passageiros da executiva, geralmente após o embarque dos demais clientes — ou seja, os vips só deixam o lounge minutos antes do limite do embarque. Entre os mimos da classe executiva da Qatar estão nécessaire com produtos Giorgio Armani, chinelos, pijama, menu que pode ser degustado a qualquer hora durante todo o voo, open bar com snakcs e bebidas, sistema de entretenimento com mais de mil opções, jornais locais e internacionais impressos no dia, e o serviço personalizado das comissárias — praticamente uma para cada dois ou três passageiros. Elas estão atentas a qualquer movimento do hóspede, sempre com um sorriso e uma postura que pode significar “posso ajudar com algo?”, “o senhor está bem?”, “como está o voo?”, “prefere descansar ou comer algo?”
INFORMAÇÕES Saiba mais sobre o aeroporto em www.dohahamadairport.com
O Al Mourjon Business lounge possui dez mil m2
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O mais moderno
O primeiro A-350 da indústria foi recebido pela Qatar Airways no final de dezembro. Ainda este ano a empresa deve receber mais sete ou oito unidades, segundo o CEO da companhia, Akbar Al Baker, que recebeu a imprensa mundial em Doha, no Catar, no começo de janeiro. Segundo ele, o A350, que começou a voar para Frankfurt, em breve estará operando também para São Paulo (possivelmente com dois voos
diários) e para o Rio de Janeiro. A novidade animou o mercado brasileiro e, como Al Baker gosta, atiçou as concorrentes árabes. Primeiro avião com fuselagem com mais de 70% composta de materiais leves, incluindo 53% de composto de carbono, e ainda titânio e alumínio, o A350 é o que há de mais moderno atualmente na aviação, com plataforma desenhada sobre a do A380, outro ícone da Airbus. O A350 ganhou ainda as letras XWB de extra
O primeiro A 350 XWB recebido pela Qatar. No destaque, a curvatura das asas, que garante um diferencial aerodinâmico
wide body, por oferecer mais espaço na cabine. O novo avião é mais silencioso que os concorrentes (21 decibeis abaixo do limite permitido), econômico (queima 25% menos combustível que o Boeing 777) e inovador, usando itens já implantados no A380 (como menos circuitos hidráulicos e elétricos e menos tanques de combustível, o que torna a operação mais simples e eficiente) ou trazendo novidades, como no caso do uso de materiais leves. A Qatar Airways tem uma encomenda de 80 A 350, incluindo 37 A350-1000, ainda em testes, e o restante no modelo 900 atual. A classe econômica tem a configuração 3-3-3, com poltronas com 18 polegadas de largura. “Os passageiros sentem o espaço maior e toda a tecnologia que usamos para renovar o ar interno a cada dois ou três minutos. Também a pressurização máxima é de seis mil pés, possibilitando mais conforto e bem estar aos clientes”, explicou Mike Bausor, diretor de Marketing do A350 XWB. Segundo Al Baker, a Qatar vai usar o A350, além de Frankfurt e da América do Sul, em rotas na Ásia, substituindo o A330, em cidades secundárias da Europa, no lugar dos 787, e para Nova York. Na classe executiva, a configuração 1-2-1 segue o novo padrão mundial para essa classe, com design inovador e os mesmos produtos e mimos oferecidos hoje nos demais aviões de longa distância.
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Qatar Airways, com proteção GTA
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A350 XWB
(XTRA WIDE BODY) Veja mais fotos na versão digital do JP
Cama de 2,03 metros e tela de 17 polegadas HD na executiva da Qatar
DESTAQUES: assentos mais largos na business e na econômica, menor nível de ruído em aeronaves da mesma categoria, tecnologia avançada de ar-condicionado e tratamento e renovação do ar e iluminação LED em todo o avião. Na parte operacional, otimização na queima de combustível, nos custos de manutenção e segurança, materiais mais leves na fuselagem e o menor nível de emissão de CO2 entre qualquer aeronave de grande porte. PEDIDOS DA QATAR AIRWAYS: 80, dos quais 37 900 e 43 1000, sendo a primeira cliente a operar os dois modelos (o 1000 ainda está em fase de testes). Os especialistas da Qatar ajudaram a Airbus no design e na definição de diversas características da aeronave. TURBINAS: dois motores Rolls Royce Trend XWB de última geração.
Configuração 1-2-1 na business da Qatar Airways
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL: 25% menos que os concorrentes. ALTURA: 17,05 metros PESO MÁXIMO NA DECOLAGEM: 275 toneladas COMPRIMENTO: 66,89 metros LARGURA MÁXIMA DA CABINE: 5,61 metros ENVERGADURA: 64,75 metros ASSENTOS NA BUSINESS (configuração Qatar): 36, na configuração 1-2-1. Tela de 17 polegadas HD e cama de 80 polegadas (2,03 metros). ASSENTOS NA ECONÔMICA: 247, na configuração 3-3-3, com largura de 18 polegadas (46 cm) cada e vídeo individual. Pitch (distância entre fileiras) de até 32 polegadas (81 cm). TV de 10,6 polegadas (27 cm).
O S P L A N O S D A Q A TA R O CEO do Grupo Qatar, Akbar Al Baker (foto), aproveitou a presença da imprensa mundial em Doha e esclareceu algumas notícias que circularam sobre a empresa em 2014. Ele garantiu que por pelo menos dez anos a Qatar Airways continuará sendo do governo. A privatização foi, sim, levada em consideração durante a crise de 2008, mas hoje está fora de cogitação. “Será uma década de grandes investimentos e expansão para a Qatar Airways, e investidores privados não teriam a coragem para tamanho aporte. Daí a importância de a empresa continuar estatal pelo menos nesse período”, afirmou. Sobre a compra de outras empresas, nada no horizonte. A Qatar esteve próxima de comprar
49% da Spanair, segundo ele, mas desistiu bem perto da conclusão do negócio, devido a exigências das autoridades antitruste europeias. “Como resultado a empresa fechou. Pelo menos conseguimos empregar vários ex-funcionários da companhia espanhola”, disse. Não há planos imediatos de investir em outra empresa. A Qatar Airways, única no mundo a operar todas as famílias de aeronaves de fuselagem larga da Airbus, ainda mandou recado sobre o A380: se a Airbus e a Rolls-Royce mudarem os motores usados na mega-aeronave, colocando equivalentes aos do A350, o que baixaria o custo de operação, a Qatar faria novas encomendas com prazer.
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Hotelaria
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Pelo mundo Betsy South Beach, em Miami, é patrimonio arquitetônico da cidade
DESTACAMOS ALGUMAS NOVIDADES NA HOTELARIA DE ALTO PADRÃO PELO MUNDO. ALGUNS HOTÉIS ABRIRÃO ESTE ANO, COM MARCAS FAMOSAS E PROJETOS OUSADOS. CONFIRA. Para se hospedar no mais luxuoso hotel da Turquia, é preciso entrar na caverna, mas com muita classe. O Museum, que faz parte do seleto grupo de hotéis da cadeia Relais e Chateaux, tem quartos e salões construídos em cavernas da Capadócia, na Turquia. Além de vinho que jorra das torneiras para os hóspedes e decoração com obras de artes raras, da coleção particular de Omer Tosun, o proprietário. O vinho também é um produto dos vinhedos de Tosun. Do outro lado do mundo, na Costa Rica, a rede Grand Hyatt inaugurou em dezembro de 2013 o mais novo dos 12 hotéis sob o selo Andaz. Localizado na península de Papagayo, na costa do Oceano Pacífico, o Andaz Papagayo acomoda o conceito do luxo sustentável. Segundo Tristan Dowell, vice-presidente Global de Vendas do Hyatt, há um segmento de clientes que gosta de viajar para lugares onde a natureza é a atração e fazem questão de serem inseridos à cultura local. O aguardado Baccarat Hotel and Residences será inaugurado em Nova York em fevereiro. O Kameha Grand Zurich também tem inauguração prevista para o primeiro trimestre deste ano. O Das Stue, em Berlim, foi inaugurado em abril de 2013, em um prédio de arquitetura histórica. O empreendimento reúne a modernidade e o luxo, bem no clima de uma das cidades mais cultuadas entre os amantes de arte e vanguarda. Com 414 quartos, o hotel tem uma decoração muito bem cuidada e está literalmente integrado a um zoológico. O chamoso Betsy Shouth Beach, localizado na Ocean Drive, é praticamente um patrimônio arquitetônico de Miami. Tem uma atmosfera de Hamptons, com muita classe e design no coração agitado da cidade. Atrai muito o público jovem, em busca do luxo moderno. Em Nova York, uma das reaberturas mais festejadas foi a do
Grand Hotel Tremezzo, no Lago de Como, na Itália
The Knickerbocker, em prédio histórico de 1906 (reinventado para 2015) em plena Times Square. O hotel, associado à Leading Hotels, promete elegância e luxo contemporâneos, em meio às ruas mais agitadas e procuradas de Nova York. Greice Penteado Ruiz, da GP Marketing, que, além do Museum, representa no Brasil o Armani Hotel, em Milão, e o Grand Hotel Tremezzo, no Lago de Como, diz que o mercado de luxo no País desperta um grande interesse. “Há um segmento que procura pelo diferencial, como o clássico e elegante Armani ou o exclusivo Grand Hotel Tremezzo, muito procurado para festas de casamentos, onde os noivos e convidados chegam em aviões-anfíbios. O Museum é outra experiência ímpar. Não há na Turquia nada mais luxuoso”, garante.
SER V IÇO Andaz Papagayo — papagayo.andaz. hyatt.com Armani Hotel — milan.armanihotels.com Baccarat Hotel and Residences — baccaratresidencesny.com Betsy South Beach — thebetsyhotel. com Das Stue - das-stue.com Grand Hotel Tremezzo — grandhoteltremezzo.com Kameha Grand Zurich — kamehagrandzuerich.com The Knickerbocker — theknickerbocker.com Museum — museum-hotel.com
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Hotelaria
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> Diego Verticchio
Os desafios de manter o nível
No Brasil, luxo em hotelaria é sinônimo de Copacabana Palace. Não que este seja o único empreendimento hoteleiro no País voltado para uma clientela específica, mas foi o primeiro
e continua sendo o mais emblemático. Mesmo tendo passado por crises, especialmente antes da compra pela rede Oriente Express, hoje Belmond. Com 92 anos de história, o Copa foi o primeiro hotel na orla de Copacabana mantem as mesmas características de quando foi fundado, em 1923, pelo empresário Octávio Guinle. O hotel permaneceu com a família Guinle até 1989, quando foi vendido para a Orient Express Hotels, que passou a modernizá-lo o hotel sem alterar as característica. Com isso, deixou de ser um cinco estrelas para se tornar novamente o hotel de luxo referência da cidade do Rio. Até hoje ele é conhecido como um dos mais luxuosos do Brasil e não à toa é o hotel preferido de artistas como Paul McCartney, Mick Jagger e Tom Cruise, além de chefes de Estado e reis, como o então rei Juan Carlos, da Espanha. “Não é difícil ‘vender’ um hotel como o Copacabana Palace”, garante a diretora geral, Andréa Natal. “A localização ajuda, estar situado na praia mais famosa de um dos principais destinos do mundo é importante, mas o produto Copacabana Palace conta muito. Estamos falando de um hotel quase secu-
Andréa Natal, diretora geral do Belmond Copabacana Palace
lar, com muita tradição. Temos a história do hotel na fachada, que está mantida desde a inauguração, e ainda a modernidade atrelada ao luxo em seu interior. O Copa representa a certeza de uma hospedagem inesquecível”, resume Andrea. Com 45 hotéis espalhados pelo mundo e escritórios de promoção nos principais países emissores de turistas, a rede Belmond, antiga Orient Express Hotels, faz constantemente ações de promoção do Copacabana Palace. Hoje, 65% dos hóspedes são turistas estrangeiros, que variam entre lazer e corporativo. Entre os 35% de hóspedes nacionais, a maioria vem de São Paulo. O segundo maior mercado doméstico é o Estado do Rio de Janeiro. “Até algum tempo atrás o hotel era visto como algo inacessível para os hóspedes brasileiros e conseguimos provar que não. Hoje muitos casais vêm para passar um final de semana de comemoração, inclusive moradores do Rio e do Grande Rio”, diz a diretora do hotel.
Serviço
Atualmente o hotel conta com 650 funcionários que são responsáveis por atender 241 habitações. Esta relação (colaborador x apartamentos) é quase três vezes maior do que os principais hotéis de rede nos Estados Unidos. Tantos funcionários para um hóspede é um dos segredos pelo bom atendimento do hotel, afirma a diretora do Copacabana Palace. No entanto, capacitá-los até estarem prontos
para um atendimento a uma clientela que busca luxo é um dos problemas enfrentados pela rede. Andréa Natal defende que a capacitação é fruto da educação e que isso deveria vir nas escolas e ensinos técnicos. Como não vem, cabe ao hotel preparar sua equipe constantemente para sempre buscar o melhor atendimento. “Não chega a ser um problema muito grande, porque não temos um índice alto de turn over, mas temos colaboradores que chegam totalmente crus, sem noção nenhuma do que é servir ao cliente e precisamos começar do zero. E por isso se torna um processo lento, o que não deveria ser. Hoje você não vê instituições oferecendo cursos de garçons como faziam anos atrás. E quando o fazem, são cursos rápidos, que ensinam o básico”, desabafou Andrea, citando o contrassenso da presidente Dilma que afirmou que o “Brasil é a pátria educadora” e anunciou cortes de verba na Educação.
Melhor da América do Sul Desde que foi comprado pela Orient Express, em 1989, o Copacabana Palace vem recebendo anualmente investimentos para obras de melhoria. A última grande reforma foi em 2012, quando o hotel investiu R$ 35 milhões no prédio principal. A obra durou cinco meses e alterou os 147 apartamentos em área e na decoração e ampliou o lobby.p
Sexto andar Poucos lugares no Copa são tão míticos quanto o sexto andar. Sete luxuosas suítes de aproximadamente 100m² com uma piscina exclusiva e total infraestrutura compõem este piso. Objetos variados, vasos de Murano, quadros da arte nacional contemporânea e móveis de linhas retas são alguns dos detalhes que fazem deste andar a acomodação perfeita para os vips que procuram privacidade e conforto na visita à Cidade Maravilhosa. A piscina de 10x4 metros, totalmente negra, cercada por treliças brancas, compõe um Black pool no icônico sexto andar do Copa
cenário paradisíaco com vista deslumbrante para a praia de Copacabana. Presidentes, reis e personalidades já desfrutaram do icônico sexto andar. É se hospedando lá que os hóspedes têm direito ao mordomo, um funcionário exclusivo que está à disposição para atender as vontades e exigências dos hóspedes. Embora o serviço seja gratuito para os hóspedes das suítes (dez ao todo), o serviço também pode ser utilizado por todos os demais clientes, com cobrança à parte.
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Mercado
Inspiração na realeza
No mercado brasileiro há pouco mais de dois anos, a The Travel Corporation tem no País mais de dez de suas 25 marcas, com produtos e serviços para os turistas mais exigentes. Tendo esses produtos comercializados por mais de 20 operadoras brasileiras, a empresa encontrou no País um excelente mercado para sua expansão. “Algumas marcas apresentaram crescimento de 100% em número de passageiros de 2013 para 2014. Participamos de importantes feiras e eventos para o trade, divulgando nossas marcas, e temos tido ótimos resultados em vendas e reconhecimento de marca”, diz a diretora no Brasil, Beatriz Camargo. Os cruzeiros da Uniworld Boutique River Collection estão entre as marcas mais comercializadas, assim como os sofisticados hotéis da Red Carnation Hotel Collection. “Por serem marcas líderes em seus segmentos, tivemos ótima receptividade. O mercado de cruzeiro fluvial cresce ano após ano por ser uma experiência de viagem diferente e a Uniworld é a única companhia de cruzeiro fluvial butique no mundo com essa proposta de experiência seis estrelas”, diz, destacando ainda o apelo dos hotéis Red Carnation, em castelos e construções icônicas. Um dos lançamentos mais aguardados da Uniworld é o batismo do navio SS Maria Thereza, que ocorre em 26 de março. A madrinha será a princesa austríaca Anita von Hohenberg, bisneta do arquiduque Franz Ferdinand — sim, aquele cujo assassinato foi o estopim da 1ª Guerra Mundial. A embarcação será batizada em Ams-
O SS Maria Thereza será batizado em março e fará cruzeiros a partir de Budapeste, pelo Danúbio, acima
terdã e navegará pelo Danúbio no roteiro “Joias Europeias”, saindo de Budapeste, entre outros roteiros. As novidades incluem também cruzeiros fluviais na Índia, a partir de 2016, mas com reservas já abertas. Trata-se do “Triângulo de Ouro da Índia e Ganges Sagrado”, com embarque em Nova Delhi e viagem até Calcutá, em itinerário de 12 noites, sendo sete a bordo do Ganges Voyager II, para 56 pessoas, e cinco explorando os destinos locais em alguns dos melhores hotéis da Índia, da rede Oberoi. p
serviço Cruzeiros da Uniworld: Ancoradouro, Agaxtur, Blue Sea, Discover Cruises, Explore Travel, Firstar, Primetour, Pier 1 e Queensberry; Site: www.uniworld.com Outras marcas: www.thetravelcorporation.com.br Tel.: (11) 3818-0867
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Hotelaria
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Atendimento
reconhecido No Best Western Premier Majestic Ponta Negra Beach, localizado em Natal, o luxo ganha destaque também no padrão de qualidade de atendimento. “Quem diz isso não somos nós, mas os nossos hóspedes nas redes sociais, sobretudo no Tripadvisor”, destaca a gerente geral do hotel, Melina Kremer, no cargo desde a abertura da unidade — que, no mês passado, completou três anos. “Fazemos muitos treinamentos e cursos da Best Western, da qual somos afiliados, e estamos muito satisfeitos com isso, pois tudo colabora para tratarmos cada vez melhor o nosso hóspede”, enfatiza Melina. O hotel é o único da marca upscale Premier da rede norte-americana no Brasil e o segundo na América Latina. “Temos 135 apartamentos divididos em luxo, super-luxo e suítes, distribuídos em oito andares; amenities da L’Occitane; pantufas; roupões; e menu de travesseiros, entre outras facilidades”, afirma Melina. O restaurante La Brasserie de La Mer é uma sociedade com o chef franco-brasileiro Erick Jacquin – um dos jurados da versão brasileira do programa Master chef. “E temos um salão para até 400 pessoas em auditório, muito requisitado para eventos sociais”, acrescenta a gerente geral.
Lobby do hotel de Natal
Sustentável
Em tempos de preocupação com o aquecimento global, o empreendimento garante ser o único hotel sustentável de Natal. Com projeto elaborado para utilização máxima de serviços e proteção da natureza, o edifício do hotel tem lâmpadas de LED em toda a estrutura, com economia de energia em torno de 85%. Os vidros das janelas são espelhados para que haja reflexão do sol, garantindo economia também no consumo de ar-condicionado de 30%. Há, ainda, orientação para que os hóspedes reutilizem toalhas e roupa de cama, além, claro, de reciclagem de lixo.p
informações Hotel Best Western Premier Majestic Ponta Negra Beach Av. Eng. Roberto Freire, 3.800, Ponta Negra, Natal-RN Tel. (84) 3642-7000 Tool free: 0800-761-5001 www.majesticnatal.com.br
Vista para a praia de Ponta Negra durante o café da manhã
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Operadoras
Crescimento Apesar de ter registrado em 2014 uma redução de 10% nas vendas de produtos de luxo, motivada por um ano atípico e alta do dólar no segundo semestre, a Vivere Operadora acredita que 2015 será diferente. “Mesmo sem crescimento, não chegou a ser um ano negativo para nós. Houve queda no número de viagens em todos os nichos, não apenas para os viajantes de luxo”, garante a diretora da empresa, Adriana Prado. “Nossa expectativa é voltar a crescer neste ano e consolidar nossos principais destinos”, diz. As praias de Capri e da Sardenha, na Itália, devem ser os grandes protagonistas na lista de destinos mais vendidos do ano, acompanhadas de outros que, segundo Adriana, tendem a crescer. “As Ilhas Maldivas vêm conquistando cada vez mais holofotes, principalmente entre os brasileiros. Seychelles é um local que vamos focar em 2015, além dos tradicionais Punta Cana e Riviera Maya, que nunca saem de moda”, explica. Com 40% do seu portfólio dedicado ao luxo, a Vivere tem uma equipe treinada para atender todos os segmentos de forma unificada, preocupada com os detalhes e a qualidade da informação dada ao cliente, seja ele um consumidor de luxo ou não. “Não diferenciamos o atendimento em função do que estamos vendendo. O que é óbvio para a gente, pode não ser para o passageiro, nos preocupamos com a comunicação. Por isso, temos o cuidado de deixar tudo explicado, para que nada passe despercebido”, comenta. A diretora salienta que, independentemente do destino escolhido, a Vivere elabora roteiros que respeitam o perfil do viajante e, assim, a mesma viagem pode assumir diferentes formas. “Uma viagem para Paris, por exemplo, pode ser de descanso ou cultural. Entendemos que cada pessoa deseja algo diferente quando embarca para um destino e é assim que trabalhamos: tornar a imaginação do cliente uma realidade”, conclui a executiva.p
esperado
Adriana Prado, diretora da Vivere Operadora: transformar a imaginação do cliente em realidade
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Hotelaria
A
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> Diego Verticchio
mordomia
O CONCEITO DE LUXO TRAZ MUITAS DERIVAÇÕES NO TURISMO. NA HOTELARIA, É MAIS DO QUE SE HOSPEDAR EM UM HOTEL CINCO ESTRELAS: É ESTAR INSERIDO EM UM AMBIENTE ONDE DESEJOS SÃO REALIZADOS COM EXCELÊNCIA. Seja desde uma garrafa de champanhe à compra de um remédio, passando pelo ajuste de um terno no alfaiate até um prato específico que não consta no cardápio. Tudo isso, 24 horas do dia. Para este tipo de tratamento, os hóspedes afluentes contam com o serviço de mordomo, oferecido em poucos hotéis no Rio de Janeiro, entre eles o Windsor Atlântica e o Miramar by Windsor, ambos localizados na orla de Copacabana. Neles, apenas alguns quartos, todos membros do Windsor Club, dispõem do serviço. No Windsor Atlântica, cerca de 40 quartos entre os 545 estão dentro do clube, incluindo as suítes Imperial e Presidencial. Para servir a estes seletos hóspedes, o hotel conta com dois mordomos que se revezam em turnos. Na madrugada, um funcionário do hotel fica responsável por atender às exigências dos mais seletos e vips hóspedes. “Nossa função é basicamente servir, mimar o hóspede”, resume Edson Araujo, mordomo há dois anos no Windsor Atlântica. O trabalho do mordomo começa já no check-in do hóspede. É ele quem leva uma taça de espumante, vinho, suco ou água e acompanha até o quarto. No caminho vai explicando detalhes do hotel e, ao chegar, no quarto dá mais detalhes e se ofe-
Edson Araujo, mordomo do Windsor Atlântica
rece para desfazer a mala do hóspede. “A gente sempre pede para que o hóspede esteja por perto olhando e sugerindo onde cada peça vai ficar. É claro que já temos uma arrumação padrão, mas o cliente tem total poder de escolha. É engraçado porque cada cultura tem um jeito de arrumação diferente. O árabe, por exemplo, gosta que seu turbante fique arrumado na entrada da suíte, o asiático tem a mesma preferência com sapatos, por exemplo”, explica Araujo. Feito o check in, o mordomo cuida para que tudo dentro do quarto esteja funcionando e que o hóspede esteja tendo uma boa estada. Assim que o cliente deixa o quarto, ele entra para fazer uma inspeção técnica e ver se tudo está funcionando, para conferir se mais toalhas são necessárias ou se o ar condicionado está em uma temperatura agradável. Caso o hóspede esteja nas dependências do hotel, ele cuida para que tudo esteja ocorrendo da melhor forma. E quando precisa de algo, pode contatá-lo pelo telefone. Acostumado a receber chefes de Estado e artistas, Araujo lembra que uma das coisas que o mordomo não poder fazer é pedir para tirar foto ou tentar ser “amigo” do hóspede. Segundo ele, é preciso manter o respeito sempre, mesmo quando a vontade de se fotografar com o ídolo é grande, ainda mais na era das selfies. “O meu lado fã nunca pode falar mais alto que o profissional. Os Titãs, por exemplo, estão sempre hospedados aqui e eu cresci
CAPACITAÇÃO ETERNA Para se tornar mordomo é preciso muito treinamento e conhecimento de cada área do hotel. No caso do mordomo Edson Araujo, embora trabalhe há quatro anos na Windsor Atlântica, conta com 17 anos de hotelaria. Ele começou a carreira no Sofitel Rio como garçom, de lá seguiu para o Hotel Glória, depois para Luxor Regente e enfim Rede Windsor, onde está há oito anos. Nesse período, ele garante realizar
capacitações periódicas. “Quando comecei os cursos no Senac eram de um ano, hoje são de no máximo três meses. A qualidade mudou, mas mesmo assim sigo buscando os treinamentos oferecidos pelo Senac, SindRio e, claro, pela própria Windsor”, explica. Entre os cursos que têm em mente, Araujo revela que o próximo será o Curso de Protocolo, especializado para atender chefes de Estado, reis e demais
autoridades. “Será melhor para entender como funciona essa cultura. Quando vem um presidente, por exemplo, é comum vir um mordomo particular, então o trabalho fica dividido. Entender como funciona melhor esta prática será fundamental para servir melhor o hóspede”, garante ele. Além deste curso, ele promete seguir com o inglês, língua que usa diariamente nos corredores do hotel.
ouvindo o grupo. Quando tenho que servi-los sempre dá uma balançada, mas mantenho meu lado profissional e sigo em frente, mesmo desejando uma foto ou autógrafo”. Além dos Titãs, Araujo já serviu Claudia Leitte, Arnold Schwarzenegger e inúmeros chefes de Estado, entre eles Dilma Rousseff, Evo Morales e Hugo Cháves, além de sheiks e monarcas, como o príncipe Harry.
P R IN CIPA I S P ED ID O S Um mordomo tem que estar pronto para atender aos desejos dos hóspedes. Entre os principais pedidos estão: • Manutenção do apartamento • Troca de amenities • Desfazer mala • Arrumação do quarto • Troca de toalhas
P R IN CIPA I S N EG A T I V A S Um mordomo tem que saber também dizer não, principalmente para alguns pedidos. Entre as principais negativas estão: • Animais de estimação no hotel • Entrar com pessoas no hotel que não estejam autorizadas • Subir para o quarto com número de pessoas acima do permitido
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Aviação
Agora em Tobago Tobago, no Caribe, é o 16º destino internacional da Gol Linhas Aéreas. A companhia começa a operar um voo semanal para o destino no próximo dia 31, sábado, a partir de São Paulo. O retorno ocorre aos domingos. Nos dois sentidos há parada em Barbados, onde a aérea opera há cinco anos. A tarifa de abertura é de US$ 599 e a duração do voo é de pouco mais de sete horas. O presidente da Associação de Turismo e de Hotéis de Tobago, Christopher James, participou do anúncio de lançamento do voo, em São Paulo. “Tobago é para quem deseja ter uma experiência completa e autêntica na natureza, fugindo do agito. A ausência de grandes redes hoteleiras e de opções artificiais de entretenimento faz nossa ilha ser capaz de vender o ecoturismo de verdade”, completa. “Eles nos procuraram no primeiro semestre do ano passado e agora estamos muito felizes em começar a operar esse destino”, afirma o gerente comercial internacional da Gol, Oscar Tejada. “Estar presente no Caribe sempre nos interessa, pois é um destino cada vez mais querido pelos brasileiros”, disse Tejada, destacando que os voos para Barbados tiveram ocupação de entre 85% e 90% no segundo semestre de 2014. Tobago é representado no Brasil pela Bop Comunicação (www.bopcomunicacao.com.br).p
Roberto Wagner, gerente nacional de Lazer da Gol, e Oscar Tejada, gerente comercial internacional da aérea
Christopher James, presidente da Associação de Turismo e Hotéis de Tobago
Aviação
Aerolíneas e Etihad em code-share A partir de 1º de fevereiro, começa a valer o code-share assinado entre a Aerolíneas Argentinas e a Etihad Airways. No início, a companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos colocará seu código nos voos da Aerolíneas Argentinas não apenas entre São Paulo e Buenos Aires, mas também em toda sua malha aérea doméstica, bem como em Montevidéu, Santiago e Assunção. “Os códigos compartilhados são um pilar fundamental na estratégia da Etihad Airways e esta nova relação comercial com a Aerolíneas Argentinas é um avanço significativo par ambas as empresas”, comentou o CEO da Etihad, James Hogan. “Agora podemos oferecer um produto melhor para as viagens de negócios e lazer entre os Emirados Árabes Unidos, Argentina e um mercado com importância estratégica como é o sul-americano”, acrescentou. Por seu lado, o presidente da Aerolíneas Argentinas, Mariano Recalde, pontuou: “Estes acordos são estratégicos, uma vez que permitem à Aerolíneas Argentinas seguir incrementando o número de passageiros transportados a cada ano. Os usuá-
Mariano Recalde, CEO de Aerolíneas Argentinas
rios que chegarem à região a partir dos Emirados Árabes continuarão suas viagens em aviões operados por nossa companhia aérea de bandeira. Por outro lado, continuaremos construindo alianças com companhias do mais alto nível mundial que confiam a nós seus clientes porque têm interesse na extensa rede de destinos e no serviço de qualidade que a Aerolíneas Argentinas oferece”.
Outro cenário, outra batalha
As três principais companhias aéreas do Golfo Pérsico — Emirates, Qatar e Etihad — têm se enfrentado em uma batalha de expansão, palmo a palmo em todos os mercados. Analisando somente a Argentina, as duas primeiras tomaram a frente ao proporem voos a Buenos Aires. Embora não se tratem de voos diretos, se não que da extensão das rotas para São Paulo ou Rio de Janeiro. De todos os modos, as duas companhias apostam na união da América do Sul
com o Golfo Pérsico e utilizam suas origens como trampolins para os voos para a Europa, Oriente Médio, África e Extremo Oriente. Com o code-share, a Etihad tenta suprir essa lacuna com uma proposta alternativa: será a Aerolíneas que fará o trecho Buenos Aires-São Paulo, de onde partem os voos a Abu Dhabi. Além disso, o acordo vai ampliar a distribuição de passageiros na América do Sul, pensando no serviço de modo inverso, ou seja, a Etihad pode vender uma boa quantidade de destinos na América do Sul graças ao compartilhamento com a Aerolíneas. É claro que se trata de um mercado marginal em relação ao tráfego, mas há fortes esperanças depositadas no continente sul-americano. É necessário sinalizar, ainda, que a Etihad leva adiante uma estratégia comercial bastante singular, que a levou a não ingressar em nenhuma das alianças de aéreas existentes, apostando nos investimentos diretos em um grupo próprio de empresas, segundo afinidades, ao qual se somou, recentemente, a Alitalia. Além disso, a premiada companhia do Golfo Pérsico acaba de colocar em operação seu primeiro Airbus 380, que começou a unir Abu Dhabi a Londres.p
SurFACE
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artur@panrotas.com.br
Inscrições abertas para o Fórum PANROTAS Estão abertas as inscrições para o Fórum PANROTAS - Tendências do Turismo 2015, que acontece em 24 e 25 de março no Golden Hall do WTC Events, em São Paulo. Assinantes que adquirirem entrada até 28 de fevereiro desembolsam o valor promocional de R$ 820, enquanto não assinantes investem R$ 896. A partir de 1º de março, a inscrição de assinantes vai para R$ 1.024 e, para não assinantes, R$ 1.280. Acesse www.panrotas.com.br/forum para garantir sua presença. Entre os temas que serão debatidos na 13ª edição do Fórum PANROTAS estão o modelo de distribuição on-line no Brasil e no mundo, as tendências em marketing digital, com a especialista Martha Gabriel, e o futuro para pessoas e corporações. Entre as histórias empreendedoras, o presidente da 99Taxi, Paulo Veras, conta sua história. O Fórum PANROTAS tem o apoio institucional da CNC Sesc Senac, patrocínio do Sebrae, patrocínio premium de Chile, CVC e Gol, patrocínio master da R1, Sabre e Tap, patrocínio executivo da Esferatur e Reserve. Apoio de Dallas/Fort Worth International Airport. A assessoria de imprensa é feita pela B4T.
Nova sociedade Luis Fernando Destro (marketing), James Giacomini e Rodrigo Pereira (vendas) são sócios da operadora Exqape (com x, simbolizando valor extra e fator multiplicador e q, símbolo de bússola, valores agrupados), com sede em Ribeirão Preto (SP). GSA do Grupo Globus no Brasil, eles apresentaram as quatro bandeiras da empresa: cruzeiros fluviais Avalon, roteiros terrestres Globus e Cosmos e Cronogram (viagens individuais) para agentes de viagens. Os “travel experts” atendem na avenida Presidente Vargas, 2.121, conjunto 1.201. Telefone (16) 3637-4511.
Despedida Paulo Machado não é mais o diretor do Turismo de Portugal. Depois de 28 anos de serviços prestados, Paulo anunciou sua saída da entidade. Mesmo sem revelar seu futuro profissional, o ex-diretor afirma que continuará no setor. O contato de Paulo Machado é (11) 97592-7725 e o e-mail é paulomachadonet@ yahoo.com.br.
Ponto a ponto A Azul Linhas Aéreas, com seis anos de operação, tornou-se a mais nova companhia aérea associada à Iata, no início do ano. O Comitê dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 divulgou o programa de ingressos para os Jogos do Rio, que começam a ser vendidos em março. O processo de venda terá quatro etapas, sendo a primeira delas o cadastro no site www.rio2016.org.br. Depois de oito anos, Leandro Costa está de volta à Avipam. Ele assumiu o departamento de Eventos da agência. Seus contatos são lcosta@avipam.com.br e (11) 4890-4365. A Travel Explorer, com base em Porto Alegre, fechou parceria com a Viator, que se torna sua principal parceira de conteúdo de experiências em destinos. Os sistemas de reservas da Travel Explorer passam a oferecer as opções de tours e atividades da Viator em todo o mundo.
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Em novo endereço Para comemorar a abertura de seu novo escritório em São Paulo, a Etihad Airways premiu as dez agências de viagens com melhor desempenho no Brasil com uma viagem para Abu Dhabi e Dubai. O novo endereço fica na avenida Juscelino Kubitschek, no Edifício JK 1.600, na Vila Nova Conceição. As agências com melhor desempenho em 2014 foram Rextur Advance, Transpac, Sakura, Esferatur, Grupo Flytour, Decolar, Gapnet, Princess Travel, CWT e Hallelujah. A Etihad tem um voo diário entre São Paulo e Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.p
Emerson Belan
Diretor Brasil A CVC anunciou a chegada de um diretor Nacional de Vendas: Emerson Belan. Ele acumula mais de 20 anos de experiência no varejo, com passagens pela Coca-Cola Femsa, entre outras empresas. A maior operadora da América Latina anunciou, ainda, sua entrada em outro segmento de viagens, o intercâmbio, com a nova unidade de negócio sob o comando de Santuza Bicalho.p
Visa Waiver Concedido a 38 países, o Visa Waiver foi colocado em xeque pela senadora democrata Sianne Feinstein, uma crítica ao programa desde que o ex-presidente George Bush o expandiu em 2006. Em entrevista à CNN, ela disse que o Visa Waiver é o “calcanhar de Aquiles dos Estados Unidos” e que terroristas podem chegar ao país vindos de nações adeptas ao programa. “Há um enorme número de documentos de viagens roubados. Eles podem usar um passaporte falso. Nós temos um grande problema aqui. Precisamos analisar o Visa Waiver novamente e ver o que podemos fazer para prevenir que este tipo de ação ocorra.”p
Mais aviões A Airbus ultrapassou sua meta de entrega de aeronaves em 2014, chegando a 629 unidades, para 89 clientes. É o 13º ano seguido que a empresa atinge crescimento no número de aeronaves entregues. Do total, 490 foram da família A320, 108 A330, 30 A380 e o primeiro A350 XWB para a Qatar Airways (em dezembro). No ano passado, a Boeing bateu seu recorde ao entregar 723 aviões.p
Christophe Didier, diretor geral Brasil, e Geert Boven, vice-presidente sênior para as Américas da Etihad Airways, na inauguração do escritório em São Paulo
g e n te Edição 81 – 21 a 27 de janeiro de 2015
Inova ç ão
> Rodrigo Vieira
Café com roteiro
Gabriela Nunes em sua agência de viagens e cafeteria gourmet
Em meio a uma concorrência cada vez mais sólida da venda direta on-line (inclusive de fornecedores) e um 2014 de portas se fechando para muitos nomes tradicionais do mercado, as agências de viagens não têm alternativa a não ser aguçar o senso criativo para conquistar e fidelizar o turista brasileiro. O presidente da Abav, Antonio Azevedo, confirma a necessidade: “quem fizer o básico neste ano terá sérias dificuldades. As agências têm de agregar novos valores para ter direito a cobrar pelo serviço”, afirmou o dirigente na edição Perspectiva 2015 do Jornal PANROTAS. Eis que surge, em São Paulo, uma ideia quentinha. Trata-se do Travel and Coffee to Go, uma agência de viagens onde funciona uma cafeteria gourmet, ou vice-versa. A alternativa criativa aos padrões do cenário atual do setor é de Gabriela Nunes, formada e com MBA em marketing, e ex-gerente de Produtos do Núcleo de Turismo da Editora Abril.
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No andar de baixo da casa no bairro da Chácara Santo Antonio, na capital paulista, um expresso 100% arábica da marca Octávio Café, chás, sorvetes, doces e salgados de diferentes lugares do mundo estão à disposição dos clientes, que também podem ser potenciais viajantes. Todas as opções são identificadas no cardápio com a bandeirinha de seu país de origem. Esse detalhe, somado a fotos e vídeos de atrativos turísticos pelo mundo, serve para despertar a vontade de viajar no consumidor. O cliente que se empolgar um pouco mais com a ideia não precisa ir longe: basta dar um pulinho no andar de cima e se consultar diretamente com uma agente de viagens. “Quando o assunto é viagem, o chamado ‘boca a boca’ faz toda diferença”, afirma a proprietária do Travel and Coffee to Go. “O conselho de um amigo dá mais confiança na compra do que a frieza do meio on-line, portanto, a proposta é unir a consultoria e a segurança de uma agência de viagens a um ambiente amigável, em que o cliente se sinta bem e possa compartilhar suas experiências”, completa Gabriela. A ideia do empreendimento surgiu há dez anos, quando, em viagem internacional, Nunes notou o quanto os europeus viajavam e tinham acesso a produtos turísticos de alto nível. “Vi então que não bastava vender passagens. Tínhamos de encantar os clientes. Era preciso inspirar. E foi assim que chegamos aos cafés parisienses do século 18, nossa inspiração, que reuniam pessoas para discutir política e outros assuntos. Aqui, a ideia é reunir apaixonados por viagens para discutir, inspirar, conversar, compartilhar e sonhar com suas próximas jornadas.” A administração é uma só. Tanto cafeteria quanto agência de viagens possuem a mesma proprietária. O negócio foi aberto em agosto do ano passado e, até então, o andar com cheiro de café tem surpreendido mais. “É onde está a clientela fiel, aquela que movimenta o local”, afirma Gabriela. “Há muitos que entram para tomar um café e nem imaginam a existência de uma agência logo acima. Grande parte deles, então, se interessa e em algum momento vem buscar uma cotação para viajar no futuro.” Para fazer bonito nos dois andares, a proprietária passou por cursos de barista na Octavio Café e Coffee Lab, de gestão de alimentação fora do lar, no Sebrae, e empreendedorismo na Empretec.
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Entrada da agência/cafeteria
“União de consultoria e segurança de uma agência a ambiente amigável”, explica Gabriela
2015
A perspectiva do mercado é que esse ano seja novamente desafiador para agências de viagens, e com a Travel and Coffee to Go a situação não é diferente. “Temos cerca de seis meses de existência e 2015 será um ano difícil para o setor, por isso nossas expectativas são totalmente pé no chão”, analisa Gabriela. Localizada em meio a empresas e colégios, uma das alternativas da agência é abrir espaço para o corporativo e também focar no público jovem. Apesar da previsão de dificuldade com o mercado, Gabriela Nunes afirma não temer o on-line. “Trabalhei muito com o digital em todos
os lugares por que passei e muitos diziam sobre a substituição do físico, mas nada supera o atendimento, o ambiente, o toque humano. É nisso que temos de focar”, afirma. “Mais para a frente, podemos pensar em um e-commerce para concorrer direto no meio on-line, mas o momento é de trazer todos os benefícios de uma loja física à tona” Orlando é o destino queridinho dos clientes da cafeteria-agência. Cerca de 80% das vendas feitas desde agosto foram planejadas à cidade da Flórida. “Porém, fico muito satisfeita quando o cliente pede algo diferente, como quando pediram Etiópia. Isso me dá experiência em novos destinos e me empolga como agente de viagens”, conclui Gabriela.
A Travel and Coffee to Go não restringe suas vendas. Destinos nacionais, internacionais, todas as companhias aéreas e hotéis podem ser adquiridos no espaço. A agência também atua com serviço de entrega expressa de encomendas no Brasil e Exterior, por meio da DHL e Fedex.p
serviço Travel And Coffee To Go Rua Verbo Divino, 1.103 Chác. Sto Antônio – São Paulo – SP Tel.: (11) 2309-9816 / (11) 2309-7507 E-mail: igotravelandcoffee@gmail.com
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Quem é quem na
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C oris
FUNDADA EM 1987, A CORIS, EMPRESA QUE ATUA NO SEGMENTO DE ASSISTÊNCIA DE VIAGENS, TEM PASSADO POR TRANSFORMAÇÕES CONSTANTES NOS ÚLTIMOS ANOS. Desde a incorporação ao Grupo April, em 2010, a empresa vem se profissionalizando, mantendo o foco em inovação e buscando meios de criar novos produtos com tarifas baixas e bom atendimento. Este processo culminou no primeiro semestre do ano passado, com a instalação do Cosmos, uma plataforma digital de atendimento integrado. Em entrevista ao Jornal PANROTAS, a diretora geral da Coris, Maria Silvia Zeppini, e o diretor comercial, Agnaldo Abrahão, contam mais detalhes sobre empresa.
ll Nome: Coris ll Endereço: Avenida São Luís, 170, Loja – Centro – São Paulo/SP – Comercial Avenida São Luís, 86, 4°andar – Centro – São Paulo/SP – Administração e Diretoria ll Proprietários: a empresa foi incorporada pelo Grupo April, com sede na França, em 2010 ll Fundação: a Coris foi fundada em 1987, enquanto o Grupo April nasceu um ano depois, em 1988 ll Número de funcionários: cerca de 112 funcionários, dos quais 35 são executivos de contas. ll Estrutura: além da sede em São Paulo, a Coris possui escritório próprio em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e Vitória. A empresa conta ainda com representantes comerciais nas cidades Brasília, Campinas (SP), Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto (SP) e Teresina, além de um executivo responsável por toda a região Norte do País.
Maria Silvia Zeppini, diretora geral, e Agnaldo Abrahão, diretor comercial da Coris
ll Diferencial: além de ter a inovação como diferencial, a Coris conta com o Cosmos, uma plataforma digital integrada, que está presente em todo mundo, proporcionando mais agilidade ao atendimento. Outro ponto de destaque da empresa é o atendimento, realizado sempre em língua portuguesa, independentemente de onde o passageiro esteja. ll Como lida com a concorrência: temos uma ótima relação com a concorrência, pois, além de sermos uma das principais empresas do segmento no País, o Grupo April, do qual fazemos parte, presta serviços de assistência a outras empresas do nosso setor. ll Produto que mais vende: os produtos com mais procura são as coberturas de viagens à Europa e os seguros com assistência total e coberturas de até US$ 50 mil.
Equipe comercial: Jair Junior, Celso Andrade, Antonia de Oliveira, Amarildo Sarde, Gabriela Azevedo, Nicolau Galo e José Augusto de Almeida Jr.
ll Novos produtos: estamos realizando algumas adaptações em nossos produtos para readequá-los à realidade do mercado. Por isso, aumentamos o limite de idade para o plano Estudante, que agora cobre estudantes de até 49 anos, e para a cobertura de até 35 mil euros em viagens à Europa, cuja idade limite passou para 75 anos. Também estamos focando nos produtos para as famílias, com tarifas únicas, mas cobertura individualizada.
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Equipe administrativa: Maria Nelcelia, Renata Costa, Vanessa Braz, Evani Farias, Danielle Presentes, Amanda Ramos, Cintia Lima, Kelvin Souza, Elaine Lira, Katia Hornas e Isabela Muniz
ll Promoções: em breve, lançaremos uma nova promoção ‘Demos um up em nossas coberturas e agora o up é para você’, em complemento a ação ‘Natal Genial’ que se encerrou em dezembro e premiou mais de 3,5 mil agentes de viagens. ll Desafios: com a implantação da normativa da Susep, o mercado de assistência passará por algumas mudanças, onde as tarifas podem ter uma considerável elevação. Nosso desafio é conseguir nos adaptar a este mercado em transformação, criando produtos flexíveis e tarifas acessíveis, sem deixar de lado nossa característica de vanguarda e inovação. ll Uma conquista: além de hoje estarmos entre os maiores vendedores de assistência do País, nossa grande conquista foi a implementação da plataforma integrada à rede global da April, realizada em abril de 2014. Com esta ferramenta, chamada Cosmos e que funciona como um GDS, podemos realizar o atendimento direto ao passageiro em qualquer parte do mundo e mantê-lo em contato direto com o prestador de serviço. ll Parcerias: além da parceria com os agentes de viagens, já que atualmente atendemos cerca de cinco mil agências em todo o País, outra grande parceria é com a seguradora australiana QBE, pois trabalhamos em conjunto desde 2006. ll Parcerias futuras: queremos ampliar a parceria com a QBE e, além disso, nos aproximar mais do consumidor final, em um trabalho de conscientização, para que ele saiba como é o nosso serviço e exija nossa marca junto ao agente de viagens.
ll Eventos do trade que não perde: em 2014, participamos dos principais eventos, como Abav, Avirrp, Aviesp, Festuris e João Pessoa. Apenas na WTM Latin America não estivemos presentes, mas já confirmamos participação em 2015, quando deveremos estar também em todos os outros eventos que marcamos presença neste ano. ll Lado bom do turismo: o Turismo é um setor desafiador, que nos motiva a sempre buscar inovações, novos produtos e desafios. Isso é que o que há de mais incrível no nosso segmento e que dá tanto prazer para nós que trabalhamos com isso. ll Lado ruim do turismo: o setor é muito sensível às crises pela qual o mundo e o País passam, como foi em 2001, após o atentado ao World Trade Center, e em 2008 com a crise econômica das grandes potências mundiais. Entretanto, mais do que um fator negativo, isso é um desafio a mais para nós e, superar essas adversidades, nos dá ainda mais
ll Fato marcante: acredito que um dos fatos mais
marcantes da empresa foi a aquisição pelo Grupo April, em 2010. Com esta mudança, a Coris passou a fazer parte de uma rede global, com braços na Ásia, Europa e América do Norte. Com essa nova realidade, as transformações foram inevitáveis e tornaram a empresa mais profissional.
ll História curiosa: nós sempre atuamos com o
objetivo de satisfazer o colaborador, pois acreditamos que assim ele também irá satisfazer o cliente com bom atendimento, respeito e eficiência. Com esse pensamento, recebemos na empresa Evandro Correa e Klaus Kühnast, ex-Tam e atualmente na Bek Up, para realizar uma palestra aos colaboradores. Na ocasião, Klaus afirmou que nunca havia encontrado uma equipe tão motivada e comprometida como a nossa e essa declaração, partindo de alguém do calibre dele, nos emocionou e encheu de orgulho.
Equipe de Operações, comandada pelo supervisor André Oliveira, e pela gerente Juçara Carvalho Serrano
ll 2014: o ano foi um pouco difícil para o nosso setor. Com a Copa do Mundo, muitas pessoas não viajaram em julho, mês de alta temporada, e as eleições geraram grandes variações cambiais que afetam negativamente o mercado. Entretanto, mesmo com tantas adversidades, nosso ano se manteve estável, conseguimos abrir cinco novas posições na área comercial e esperamos ter fechado 2014 com crescimento de 10% em relação ao ano anterior. ll Metas para 2015: nossa expectativa de crescimento neste ano é de 15% em relação ao ano passado, uma vez que inauguramos uma nova unidade em Belo Horizonte e mantemos nosso plano de expansão para 2015. Temos ainda diversas ações que já estão em desenvolvimento, como o roadshow “Entender para Atender”, que vai orientar o agente de viagens sobre o melhor modo de oferecer e vender os produtos de assistência e levará informações sobre os novos produtos da empresa e sobre a normativa 315 da Susep. A capacitação vai passar, num primeiro momento, pelas principais capitais do País, seguindo, posteriormente, para o interior do Estados.
motivação para seguir em frente.
Patrícia Santana e Geane Silva, do atendimento, ao lado da assistente comercial, Gabriela Azevedo
Equipe de TI: Daniel Lopes, Michel Herrera, Marciel Silva e Thiago Marcili