www.panrotas.com.br Edição 1.200
Realização de 160 eventos regionais para agentes de viagens
R$ 11,00 - Ano 24 13 a 19 de janeiro de 2016
Nada de estandes em feiras
DECISÕES DE ANO NOVO Foco nos destinos Orlando, Las Vegas, Caribe, América do Sul e Europa
Forçar recuperação do inter, que em 2015 vendeu apenas 25% do faturamento de mais de R$ 5 bilhões
Convenção de vendas com 1,3 mil vendedores em Sauípe (BA)
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13 a 19 de janeiro de 2016 JORNAL PANROTAS
Check-IN LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 09
Disney e Universal inauguram atrações e fecham outras
Páginas 12 e 13
Entenda a situação da Latam com Amadeus
Página 14 e 15
Alagev fecha parceria com a PANROTAS
Destinos
Conheça Jackson Hole
E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
E agora Abav, Avirrp, Gramado e cia?
A CVC não terá estandes em feiras de turismo este ano. Nenhuma delas, garantiu Valter Patriani em entrevista ao Jornal PANROTAS. A empresa vai investir em até 160 eventos regionais focados em agentes de viagens clientes. Com média de 50 a 100 por evento (em São Paulo há encontros com mais de 200 até), são mais agentes que participam de qualquer uma das feiras de nossa indústria. Que impacto essa notícia terá em eventos como Abav, WTM, Avirrp e Aviesp? É claro que se todas as empresas decidirem fazer seus eventos, a indústria vai virar um caos... Não há agenda para tanto evento, não há público para tantos encontros, não há tempo
hábil e logística que dê conta. A palavra-chave aí talvez seja regionalização... Mas a CVC também cortou os eventos regionais, como Aviesp e Gramado. Talvez o porte da CVC seja determinante na decisão, mas será que outros gigantes tomarão a mesma decisão? As companhias aéreas e consolidadoras, por exemplo, sendo que estas últimas já são bem discretas em feiras e eventos grandiosos. Fato é que não dá para ignorar essa notícia, pois estamos falando da maior empresa de Turismo do país, com vendas de mais de R$ 5 bilhões, sendo quase R$ 900 milhões via agências independentes. Tanto os franqueados
CVC quanto agentes multimarcas são o público-alvo dessas feiras. Se a CVC está certa, errada ou irá reconsiderar sua decisão em alguns casos não importa neste momento. Importante é a discussão sobre modelos e funções das feiras e eventos. Discussão como muitas que a indústria de Viagens e Turismo gosta de adiar (vide os cases de comissões, seguros, responsabilidade solidária). Quem ou que evento irá liderar esse importante repensar da indústria? Melhor alguém tomar à frente antes que a solução apareça de fora para dentro.Até a próxima feira. Com ou sem CVC.
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Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass
S
E U Q A DEST >
DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa
DO PORTAL
PANROTAS 31/12 a 06/01
2015; números – em 4/1
1 Sergipana Turise Operadora encerra 6 Amadeus diz ter mesmas tarifas suas atividades – em 4/1
2 Reabertura do Playcenter desperta
REDAÇÃO Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenadores: Danilo Alves e Paula Daidone Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Hugo Okada, Karina Cedeño, Luiza Gil (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza e Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Coordenação: Alice I. Rezende (alice@panrotas.com.br) Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Pedro Moreno, Rodrigo Mota e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)
PARCEIRAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
LACTE 11 LATIN AMERICAN CORPORATE TRAVEL & Events E XPERIENCE
ASSOCIAÇÕES
atenção do trade – em 31/12
3 Para CVC, “fundo do poço foi no 3º trimestre”– em 6/1
4 Nove entre dez brasileiros escolherão viajar pelo Brasil – em 4/1
5 Aéreas têm prejuízo de R$ 3,7 bi em
Tam que outros GDSs – em 4/1
7 Ministério do Turismo anuncia nova estrutura – em 5/1
8 Uber dá sinais de que pode ter
11 70% do trade espera queda em vendas neste verão – em 4/1
12 Disney e Universal fecham atrações e anunciam novas – em 6/1
13 Lufthansa contratará mais de 4 mil
serviços de uma OTA– em 6/1
novos funcionários – em 4/1
9 Argo IT extingue marcas e anuncia
14 Novos shows, lojas e restaurantes
nova identidade – em 4/1
10 Super Semana CVC traz viagens com preços reduzidos – em 5/1
agitam 2016 na Disney – em 5/1
15 Nasce uma nova aérea no Chile, a Law – em 6/1
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Operadoras
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> Artur Luiz Andrade
Feiras sem CVC
Adriano Gomes, Valter Patriani e Claiton Armelin — CVC na Abav 2015. Última participação?
SE O MODELO DE FEIRAS DE TURISMO - QUE NO ANO PASSADO ENCOLHERAM DEVIDO À CRISE ECONÔMICA E POLÍTICA DO PAÍS - JÁ ESTAVA EM XEQUE, COM A DECISÃO DA CVC, anunciada na semana passada, de não ter estande em qualquer uma delas em 2016, levanta ainda mais a discussão. A CVC, segundo seu vice-presidente, Valter Patriani, investirá no modelo de eventos exclusivos da operadora para agentes de viagens, regionalmente. Isso vai permitir, ainda segundo ele, uma maior proximidade da CVC com suas agências de viagens clientes, e ainda dar a oportunidade de os profissionais participarem dos eventos em suas cidades, sem necessidade de se deslocar para os locais das feiras. “Adoramos a Abav, Avirrp, Aviesp... Estaremos lá para prestigiá-los, mas sem estande. Atenderemos os agentes de viagens nos eventos exclusivos regionais”, continua Patriani. Segundo ele, já há 120 encontros agendados na programação oficial da CVC para este ano e outros 40 deverão ser adicionados.
Os eventos exclusivos, muitos já realizados pela empresa (no Grande ABC, em São Paulo, foram 13 em 2015), servem para a CVC falar de vendas, destinos, temporadas... e, em muitas vezes, incluem um jantar, show, festa ou treinamentos. “Vamos investir na proximidade regional com as agências de viagens”, continuou ele.
PRODUTOS CERTEIROS A aposta em produtos seguirá um caminho mais conservador também, devido à crise econômica e ao novo comportamento do consumidor de viagens. “Vamos apostar em vacas leiteiras, ou seja, onde sabemos que há leite”. Nada de ousadias e inovações este ano. Segundo ele, o doméstico deve responder por 70% das vendas em 2016 (contra 75% em 2015). “No doméstico estamos estruturados e somos fortes. Nossos mais de mil voos na temporada estão muito bem, aqui acordamos e dormindo falando em promoções no nacional. Mas não
podemos esquecer do internacional. O doméstico não compensa as viagens para o Exterior. Mas seremos mais focados no que apostamos nesse segmento”, explicou Patriani. E as vacas leiteiras internacionais, de acordo com ele, são as que a CVC pode vender o ano todo: Orlando e Las Vegas, nos Estados Unidos, são um exemplo. Nova York, por ser muito cara, deve perder vendas com a CVC. Bariloche, na Argentina, também, pois não é vendida o ano todo. Já Buenos Aires com interior da Argentina, como El Calafate, é uma grande aposta, assim como destinos na América do Sul e no Caribe, com destaque para Cancun e Punta Cana. “O Caribe é vendido o ano todo e é um dos sonhos do brasileiro”. Segundo ele, o prazer da experiência está de volta nos planos do passageiro e não apenas a oportunidade de uma viagem voltada às compras, caso de muitos destinos americanos. A grande aposta da CVC estará na Europa. Patriani acredita que as vendas para o continente europeu devem ultrapassar as para os Estados Unidos este ano, pois os viajantes não são de
oportunidade, e sim se planejam para uma viagem mais longa e desejada, com foco na experiência. “Nos Estados Unidos, continuamos apostando em Flórida e Las Vegas. Mas nossa base operacional na Espanha, ônibus em toda a Europa e a paixão do brasileiro por Portugal, Espanha, Itália e França são diferenciais que nos ajudarão em 2016”, analisou o VP da CVC. Para ajudar na venda do internacional, Patriani promete campanhas regionais, incentivando os brasileiros a irem para a Europa e outros destinos. “Vamos ter Maranhenses no Mundo, Paraenses no Mundo, Gaúchos no Mundo, facilitando que esses brasileiros realizem suas viagens dos sonhos”.
DOMÉSTICO
No nacional, Valter Patriani não crê em alta de preços. “Há lugar disponível para onde o passageiro quiser ir. Hoje ele tem um budget e se o destino ou o pacote não cabem nesse orçamento ele parte para outra opção. Os empresários de turismo sabem disso e não estão aumentando os preços abusivamente”, afirma.p
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EM SAUÍPE TODA A NOVA ESTRATÉGIA COMERCIAL E DE PRODUTOS DA CVC SERÁ APRESENTADA EM DETALHES DURANTE A CONVENÇÃO DE VENDAS DA OPERADORA, NA COSTA DO
Sauípe, quando gerentes de lojas, franqueados, 50 master franqueados e o staff corporativo da operadora se reunirão. A Convenção Anual de Vendas da CVC ocorrerá de 30 de janeiro a 2 de fevereiro e são esperados 1,5 mil líderes de vendas da operadora de todo o Brasil. O evento substitui o extinto Workshop CVC, para as lojas CVC. Para os agentes de viagens independentes, a aposta, como dito anteriormente, são os cerca de 160 eventos exclusivos e regionais. O objetivo da convenção, segundo a CVC, é destacar as tendências do setor, o momento peculiar da economia, as mais recentes mudanças no comportamento de compra do consumidor e os temas estratégicos que envolvem vendas, competitividade, planejamento e crescimento da empresa nos próximos anos. “Desde 2015, a Convenção Anual de Vendas da CVC passou a substituir o Workshop CVC, que se consolidou ao ter sido realizado durante 20 anos e que, desde então, se transformou em encontros regionais que acontecem frequentemente, nas 52 bases espalhadas pelo Brasil e que atendem aos agentes de viagens multimarcas com exclusividade”, avaliou Patriani. p
Para Patriani, a CVC tem de estar cada vez mais próxima das agências clientes regionalmente > Continua na pág 06
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< Continuação da pág 05
DESAFIO SUPERADO NO ANO EM QUE CHEGOU A MAIS DE MIL LOJAS, A OPERADORA CVC CRESCEU 12,1% EM RESERVAS EMBARCADAS (QUE PODEM TER SIDO VENDIDAS EM 2014) E 12,7% em passageiros (total de 3,8 milhões). As chamadas reservas confirmadas (vendas) no ano passado atingiram R$ 5,2 bilhões, crescimento de 6% sobre o ano anterior, considerado satisfatório pelo presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco. “Embora o crescimento em vendas tenha sido de um dígito em 2015, o que já considero um resultado positivo, a equipe da CVC e nossos agentes de viagens parceiros precisaram se esforçar ainda mais no ano passado para fazer o embarque crescer dois dígitos. O crescimento de 12% em reservas embarcadas significa, na prática, que apenas a CVC embarcou cerca de 420 mil passageiros a mais durante 2015 em relação a 2014. É quase meio milhão de passageiros a mais. Isto mostra que o brasileiro não deixa de viajar quando tem uma boa oportunidade que cabe em seu orçamento”, destacou Falco ao Jornal PANROTAS.
Comunicado ao Mercado - Dados Operacionais - 4T15 R$ mm
Resultado Operacional Reservas confirmadas total Lojas exclusivas Crescimento de vendas das mesmas lojas Agentes independentes Reservas confirmadas online Quantidade de lojas exclusivas (unidades)
4T15
4T14
CHG.
1.320,3 1.021,9 -4,1% 230,8 67,6 1.004
1.294,9 1.026,2 6,8% 208,1 60,7 914
2,0% -0,4% 10,9% 11,5% 90
2015
2014
CHG.
5.201,1 4.909,0 6,0% 4.070,9 3.874,2 5,1% 0,5% 5,4% 859,8 801,0 7,4% 270,4 233,9 15,6% 1.004 914 90
RA + SV e Grupo CVC**
4T15 RA+SV
4T15 GRUPO CVC
2015 RA+SV*
4T15 GRUPO CVC*
Reservas confirmadas total
776,3
2.096,7
1.050,1
6.251,3
*Reservas confirmadas do período de setembro a dezembro **Rextur Advance (RA) e Submarino Viagens (SV)
Esses números não incluem as vendas da Rextur Advance e da Submarino Viagens, que foram adquiridas oficialmente em 31 de agosto de 2015. Contando as vendas de setembro a dezembro das duas empresas que agora fazem parte do Grupo CVC, a operadora teria R$ 1 bilhão acrescido na receita,
alcançando R$ 6,2 bilhões. Com os estimados R$ 3 bilhões não computados no balanço de 2015 devido à tardia aquisição da Rextur e da Submarino, a CVC se aproximaria, mas ainda não alcançaria os cobiçados R$ 10 bilhões em vendas. Sobre o quarto trimestre do ano, quando as reservas confirmadas da
operadora CVC chegaram a R$ 1,32 bilhão (2% mais que o mesmo trimestre em 2014), a empresa acusou queda no segmento internacional, devido ao fortalecimento do dólar frente ao real, mas disse que essa diminuição foi compensada por um crescimento de dois dígitos nas reservas confirmadas domésticas. As viagens internacionais, no entanto, já vinham caindo desde o começo do ano, e a proporção de vendas com o doméstico, que chegou a 50%/50%, passou a 75% de doméstico e 25% de internacional. Culpa da instabilidade da moeda brasileira frente ao dólar e da crise econômica que fez os viajantes do País pensarem melhor em ir ao Exterior ou usufruir das férias com preços mais estáveis e a facilidade do parcelamento.
CANAIS DE VENDAS Por canais de distribuição, dos R$ 5,2 bilhões em vendas, R$ 4 bilhões vieram das 1.004 lojas exclusivas CVC espalhadas pelo Brasil, em um crescimento de 5,1% (menor que a média) sobre 2014. Comparando-se somente lojas que já existiam em 2014, o crescimento foi praticamente um empate técnico: 0,5%. As agências de viagens independentes responderam por R$ 860 milhões, em um crescimento de 7,4% (acima da média da empresa) sobre o ano anterior e as vendas on-line já atingem R$ 270 milhões, incremento de R$ 15,6%. Some-se a isso o faturamento da Submarino Viagens e o on-line da CVC em um ano se aproxima do valor gerado pelas > Continua na pág 08
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agências independentes. Ainda longe dos líderes em vendas on-line, mas como o próprio Falco já declarou, o foco da CVC é a venda de pacotes (dinâmicos ou não) para famílias, e não apenas do bilhete aéreo ou da hospedagem como várias OTAs. Fato é que a CVC acordou para esse segmento.
ANTECEDÊNCIA
No quarto trimestre do ano, o consumidor continuou comprando com menor antecedência, com queda de 5,3% no número de dias, índice menor que os 11,3% observados no segundo trimestre, por exemplo. As reservas confirmadas no quarto trimestre para embarque no mesmo período aumentaram 11%, mostrando decisões em cima da hora. Já as reservas pagas no último trimestre de 2015 para embarque em 2016 caíram 3% segundo a CVC. “O fundo do poço foi o terceiro trimestre, e já no quarto trimestre registramos um sinal de recuperação. Se olharmos os dados da antecipação da compra, dá para ver isso”, garante o presidente da CVC. Para ele, consumidores já começam a retomar o planejamento antecipado da viagem. Confira os exemplos do ano passado: • no 2T15, o cliente comprou com 11 dias a menos de antecedência do que no 2Q 14 (ou seja, a antecedência caiu de 89 dias para 78 dias do embarque).
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC
• já no 3T5, a diferença em relação a 2014 era de apenas oito dias (78 dias de antecedência do embarque em 2014 contra 70 dias em 2015) • e no 4T15, o cliente comprou com 5 dias a menos do que a antecedência em relação a 2014 (ou seja, de 63 dias em 2014 para 57 dias em 2015 de antecipação do embarque).
ACIMA DO MERCADO
Falco faz questão de destacar que "a CVC continuou apresentando crescimento acima do mercado", como indicado pelos dados da indústria: enquanto Abear e Anac indicaram aumento de cerca de 1,5% nos passageiros aéreos, a CVC registrou 15% de incremento, sem contar o segmento marítimo e os dados da Rextur Advance e Submarino Viagens (ou seja, somente nacional e internacional). Só os dados de lazer da CVC já são superiores aos registrados pela totalidade do setor aéreo, segundo Falco. p
OBSTÁCULOS PARA LUIZ EDUARDO FALCO, O MAIOR DESAFIO DA CVC EM 2015 FOI PASSAR POR DUAS MAXIDESVALORIZAÇÕES EM UM
mesmo ano. “O Brasil já teve outras maxidesvalorizações no passado, mas nunca duas no mesmo ano. Isso exigiu da operadora adequar rapidamente o portfólio de produtos – ampliar a atuação ainda mais no turismo doméstico e ajustar as ofertas para o orçamento do consumidor, para que as lojas e os agentes continuassem abastecidos de produtos de acordo com a demanda dos clientes”, analisou o presidente da operadora. “Isso fez com que a CVC crescesse dez vezes mais do que o mercado aéreo, comparando os dados de passageiros embarcados pela operadora e pelas associadas da Abear”. p
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Parque s te mát ico s
Substituições crianças e adultos. Mas é preciso se renovar. Em janeiro, os complexos Disney e Universal fecharão atrações, sendo algumas para renovação e outras permanentemente. Segundo o portal Theme Park Insider, a Universal Studios Florida realizou a última apresentação do musical Beetlejuice’s Graveyard Revue na terça-feira (5). No lugar da atividade entrará o aguardado simulador 3D Fast & Furious: Supercharged, da franquia Velozes e Furiosos. Pelos lados da Disney, o simulador de voo Soarin’ Over California, que sobrevoa pontos icônicos da cidade, será substituído pela subida Over the Horizon. Após 13 anos de exibição no Disney California Adventure, o musical Aladdin dará lugar a um show do novo queridinho do público,
Divlgação/Disney
ENTRA ANO, SAI ANO E OS PARQUES TEMÁTICOS DOS ESTADOS UNIDOS PERMANECEM, COMO DIZ O INFALÍVEL CLICHÊ, SONHOS A SEREM REALIZADOS POR
Let it go, let it go. Alladin dará lugar ao musical de Frozen
Frozen, no pavilhão Noruega. Na área, que deve abrir em março, os fãs do filme poderão conhecer o Palácio de Gelo e encontrar com as irmãs Anna e Elsa. Completando a experiência Star Wars no complexo Disney, O Hollywood Studios apresenta o Simphony
in the Stars: A Galactic Spectacular Dessert Party, um show de fogos de artifícios. A atração junta-se ao Star Wars Launch Bay, que transporta os fãs para dentro da saga. O novo filme da franquia terá exibições especiais e algumas cenas de bastidores. Há
também produtos exclusivos vendidos apenas no parque, que conta com presença dos personagens. Com a construção do Star Wars Land, o Rivers of America fechou temporariamente, a área inclui a Tom Sawyer Island, Mark Twain Riverboat, Sailing Ship Columbia, Davy Crockett Explorer Canoes e Fantasmic e o trem Disneyland Railroad. Todas essas atrações devem ser reabertas em 2017, enquanto a área temática de Star Wars poderá abrir as portas em 2019 ou 2020. E, por fim, no Animal Kingdom os visitantes terão a oportunidade de curtir o parque depois que o sol se pôr. Entre as atrações, safari noturno e o espetáculo Rivers of Light, um show de luzes com lanternas que boiam e desenhos de animais feito com água. Com tantas novidades anunciadas somente em janeiro, os parques norte-americanos deverão ter filas e mais filas de espera. Imagine como será no restante do ano.p
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Aviação
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> Marianna Alcorta — Orlando (Estados Unidos)
Nova aposta POUCO ANTES DO NATAL, A DELTA AIR LINES GANHOU OS HOLOFOTES NO AEROPORTO DE GUARULHOS, EM SÃO PAULO, por conta da inauguração da São Paulo-Orlando, nova rota da companhia. Devidamente trajados, mas com o descontraído chapéu do Mickey, a tripulação do voo foi até o saguão para realizar o corte da fita que daria início simbólico à operação. Simbólico porque, na prática, o B767-300ER que decolou logo após a cerimônia estava com mais de 90% de ocupação, uma mostra do que a empresa pode esperar do seu mais novo investimento. O momento parece não ser o mais propício, mas o diretor da aérea para o Brasil, Luciano Macagno, não abre mão do planejamento.“Nossa ideia é que essa rota seja diária a partir de São Paulo”, afirmou ele, completando que, hoje, a operação ocorre quatro vezes por semana e é dividida com Brasília. A expectativa é que, a partir de março, o voo já esteja sendo vendido com saída apenas de Guarulhos. O presidente da Delta para América Latina e Caribe, Nicolas Ferri, não participou da cerimônia em São Paulo, mas fez questão de dar segurança ao trabalho que está sendo feito em terras brasileiras. “Trabalhamos fortemente para garantir o sucesso do voo. Somos ágeis para nos adaptar às condições do mercado e vamos continuar a monitorar a situação do Brasil para atender com a flexibilidade necessária”.Quem também auxilia é a Gol, segundo Macagno responsável por pelo me-
Tripulação e equipe da Delta no simbólico corte da fita
nos 25% das vendas do SP-MCO." Vamos transformar Orlando em mais um hub para a Delta. Trata-se de um destino estratégico, que nos possibilita conectar rapidamente os passageiros a muitos destinos importantes dos Estados Unidos e que possuem operações consolidadas por parte da Delta”, ressaltou ele.
A BORDO
Após a festa no aeroporto, com direito a balões e luvas do ratinho mais querido do mundo, a equipe de Marketing da aérea deu espaço para a equipe de operação e a tripulação darem seus shows particulares. No finger, distribuição de sorrisos e gentilezas; a bordo, mais mimos, com kit de boas-vindas personalizado e
Kit de boas-vindas caprichado
direito a certificado de participação no voo inaugural. Ao investir no tema Disney (e não poderia ser outro), a Delta deixa claro que está em busca das famílias para obter sucessos.
E crianças não faltaram no primeiro voo, transformando o deslocamento até Orlando em uma grande festa.p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Delta Air Lines
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Distribuição
13 a 19 de janeiro de 2016 JORNAL PANROTAS
> Artur Luiz Andrade e Rodrigo Vieira
Cabo de força NA ÚLTIMA SEMANA DE 2015, O GRUPO LATAM ANUNCIOU QUE ALGUMAS DE SUAS TARIFAS PODERIAM NÃO ESTAR PRESENTES, EM 2016, para agentes de viagens que usam o GDS Amadeus. Segundo o grupo da brasileira Tam e da chilena Lan, isso foi causado pela paralisação das negociações de contrato full content (conteúdo total) entre as duas partes. As empresas aéreas disseram que chegaram a pedir uma extensão do atual contrato, para que as negociações continuassem, mas que isso não foi possível. Assim, o Grupo Latam continua com suas tarifas completas somente no portal e-Tam e nos GDSs Sabre e Travelport. Esse tipo de movimento é normal quando se trata de negociação entre GDSs e empresas aéreas: na renovação de contratos, todos querem reduzir custos. No ano passado, já havia sido anunciado que a Tam migrará seus sistemas de back e suas plataformas tecnológicas do Amadeus para o Sabre, em alinhamento com a Oneworld e a Lan, mas as datas de migração ainda não foram definidas. Segundo a Tam, isso não teve nada a ver com a negociação do full content com o Amadeus. Contudo, sabe-se que uma coisa é o preço para um parceiro maior; outra coisa é para quem muda de fornecedor global. Em comunicado sobre o fim do contrato de conteúdo integral, Lan e Tam afirmaram que não podem garantir todo conteúdo corretamente exibido e disponibilizado no Amadeus, ainda que continue nos outros sistemas e no Portal e-Tam.“Durante os últimos meses, Tam e Lan estiveram em negociação com o Amadeus na tentativa de renovar o contrato full content, que se encerra em 31 de dezembro. Apesar dos esforços, não foi possível chegar a um acordo com o GDS. Ainda na tentativa de negociação, as empresas do Grupo Latam sugeriram ao Amadeus estender o contrato atualmente em vigor enquanto as negociações continuassem em 2016, fato que não se concretizou”, afirmou o Grupo Latam, em comunicado. “As empresas não têm a intenção de criar diferença nas tarifas disponíveis para a venda no Amadeus em comparação com outros GDSs. Porém, sem ter um contrato de full content, a Tam e a Lan não podem se comprometer em disponibilizar no Amadeus todas as tarifas que estão disponíveis nos canais diretos. As tarifas exibidas no Amadeus podem,
eventualmente, não estar disponíveis no momento da compra e nem serem as menores tarifas.” Há também um problema de tempo real dessas tarifas mais competitivas, segundo o Jornal PANROTAS apurou.
OUTRO LADO
O GDS Amadeus nega uma possível distinção de tarifas, serviços e complementares das aéreas Lan e Tam em comparação com os demais GDSs. “A Amadeus e o Grupo Latam (4C, 4M, JJ, LA, LP, LU, PZ & XL) têm uma longa relação no que concerne à distribuição de conteúdo na forma de um acordo global de distribuição, além de um acordo de full content. Esse último garantia disponibilidade e possibilidade de reservar todas as tarifas públicas do Grupo Latam por meio do sistema Amadeus, seja em canal direto, indireto ou ambos”, comunicou o VP do Amadeus IT Group para América Latina e Caribe, Joost Schuring, admitindo o fim do contrato de conteúdo total.“Contudo, é importante lembrar que, embora o full content tenha expirado, nosso acordo global de distribuição com o Grupo Latam continua em vigor. Assim, esclarecemos que as companhias aéreas do Grupo Latam continuarão disponíveis no sistema Amadeus em 2016, com o mesmo conteúdo — incluindo horários, disponibilidade, tarifas e serviços complementares — de qualquer outro GDS. O acordo global de distribuição assegura que as comissões, tanto como qualquer outra remuneração feita pelo Grupo Latam, não devem sofrer alterações devido à escolha de GDS feita pela agência.”
REPERCUSSÃO
Alguns players consultados pelo Jornal PANROTAS creem que ambos os lados ainda vão ceder e um contrato de conteúdo integral deva ser assinado. Enquanto isso não acontece (ou caso isso não aconteça), os maiores prejudicados são agentes de viagens que se utilizam apenas de Amadeus para a compra de suas passagens. Pelo lado das consolidadoras, as que mais são afetadas são aquelas que têm metas a bater com o Amadeus. Risco de ficar sem as menores tarifas de Lan e Tam, entretanto, não existe para as maiores consolidadoras do País. Pelo menos é o que afirma o presidente da Air TKT, Cássio Oliveira Salles.
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“Todos os membros da associação [Ancoradouro, Flytour, Gapnet e Rextur Advance, Tyller, LTS, BRT, Confiança, CNT e PVT] trabalham com todos os GDSs, de maneira que não ficarão sem as menores tarifas das aéreas. Algumas podem sair mais prejudicadas por terem Amadeus como sistema preferencial para negócios, tecnologia e ferramentas de desenvolvimento em parceria”, explica o dirigente. “Quem mais sofre, no fim das contas, são os consolidados, principalmente agências, que só trabalham com Amadeus. É por isso que torço para essa situação não durar, pois assim a decisão tecnológica é feita pela competência, pela
PAN N o t a s No Instagram
O site Visite São Paulo revelou que a cidade de São Paulo foi o destino mais fotografado no ano passado por meio do aplicativo Instagram, ficando à frente do Rio de Janeiro, de Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Instagram, com base na frequência das menções nas publicações de janeiro a dezembro do ano passado. A capital paulista também foi a única a ocupar uma posição no ranking dos dez destinos internacionais com maior número de marcações nas fotos postadas no aplicativo, ficando em sétimo lugar, à frente inclusive de destinos internacionais como Amsterdã, Barcelona (Espanha) e São Francisco (Estados Unidos). A lista completa dos destinos está disponível no Portal PANROTAS.
No negativo
Durante o réveillon, muitos hotéis de Salvador alcançaram ocupação máxima. O índice, no entanto, não foi suficiente para recuperar os outros meses e datas comemorativas. A análise divulgada pelo destino revelou que 2015 foi o pior ano do setor nos últimos quatro anos. A média anual de ocupação atingiu 53,6 %, número inferior a média de 2014 (55,64%), 2013 (56,27%) e 2012 (58,76%), período em que a pesquisa foi iniciada na capital. Em relação à diária, a média de 2015 também ficou abaixo da atingida no ano anterior (R$ 238,1), resultando em uma queda de 14,7%.
navegabilidade da ferramenta, e não pelo conteúdo. O conteúdo deveria ser neutro em todos os GDSs, enquanto as companhias aéreas deveriam se preocupar em voar e deixar o produto nela prateleira, apesar de ter conhecimento de que não é fácil. Eu, se estivesse no comando da Tam, tentaria dar preferência para quem me cobra o menor custo.” Recém-saída da Air TKT, a Esferatur foi uma das poucas grandes consolidadoras a falar com o Jornal PANROTAS sobre o tema. Diferentemente do que pregou o Amadeus, as tarifas de Lan e Tam no GDS não estão sendo exibidas como antes, segundo um dos sócios da Esfera,
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Carlos Vazquez. “Não vemos conteúdo inteiro, vemos apenas classes superiores. Isso atrapalha. Por exemplo, nosso colaborador busca um voo São Paulo-Paris e aparece até uma determinada classe de tarifas. Há cerca de três classes abaixo que não aparecem”, afirma. “Isso dá um impacto palpável para nós como consolidadores, cujo papel é sempre buscar menores tarifas. Essas agora não estão podendo se encontradas pelo Amadeus." No entanto, Vazquez também acredita que ambas podem chegar a um acordo, tomando como exemplo situações semelhantes que já aconteceram no passado. “Está acontecendo uma
guerra de negociação e alguém vai ter que ceder de um lado ou outro”, justifica. “Acho que eles chegam lá.” Pelo lado da Gapnet, não houve muitas mudanças. “Por ora o impacto é pequeno e localizado, pois nossos sistemas trabalham a partir de consultas a diversos serviços de conteúdo aéreo, via GDSs e direto com fornecedores”, afirma o sócio-diretor da Gapnet, Rui Alves, porém com ressalvas. “Em alguns casos pontuais foram verificadas diferenças de tarifas e classes, mas não temos como confirmar se isto se deve ao fim do contrato integral entre Amadeus e Latam, ou a alguma dinâmica de sistema de consulta ”, completa.p
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está intensificando sua parceria com a Alagev, passando a publicar mensalmente o informativo O Gestor, da entidade de eventos e viagens corporativas. Até 2015, a publicação era trimestral e produzida pela Alagev (durante dez anos). A partir de 27 de janeiro (ed. 1.202) passa a ser publicado mensalmente, dentro do Jornal PANROTAS, com produ-
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ção da equipe de jornalistas da PANROTAS, alinhada com as pautas geradas pela entidade e o setor. “A PANROTAS acompanha de perto e valoriza o segmento de eventos e viagens corporativas. Vimos nascer as entidades e os grupos que hoje se destacam no setor, como a Alagev (que começou Gev) e a Abracorp, investimos em eventos e publicações para esse público, como o Anuário de Viagens Corporativas (e antes dele o Guia de Espaço para Eventos), somos
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Heloisa Prass, da PANROTAS, e Eduardo Murad, da Alagev, no Lacte 2015
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parceiros do Lacte e registramos o dia a dia e as novidades para gestores, TMCs, fornecedores e demais envolvidos nessa cadeia tão produtiva. Essa parceria intensificada com a Alagev é natural e com certeza fortalecerá nosso relacionamento e visão desse segmento. Contamos com a participação de toda a indústria para a sugestão de pautas e temas a serem enfocados e agradecemos à Alagev pela parceria e confiança de tantos anos”, disse a diretora de Marketing da PANROTAS, Heloisa Prass. Para o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, acompanhar o que faz e para onde segue o setor de viagens corporativas é essencial para toda a indústria, pois “é um dos mais organizados e profissionais e um dos que precisaram mudar mais cedo, desde a alteração da remuneração das agências até as novas funções de quem compra viagem”. “Trata-se de um grupo que está sempre pressionado em questões como custos, inovação, tecnologia... Grandes ou pequenos mas não menos importantes passos que fazem a indústria de Viagens e Turismo evoluir vêm dos players de viagens corporativas, e por isso a PANROTAS, em todos os seus veículos, sempre deu atenção especial a esse setor. Essas páginas com a Alagev são mais um passo nessa direção”, concluiu. O Jornal PANROTAS continua também com uma página mensal dedicada à Abracorp e suas ações e blogs sobre viagens corporativas no Portal PANROTAS (www.panrotas.com.br).
ALAGEV
“O Gestor é uma publicação da Alagev que já existe há dez anos e é fonte de atualidades, acontecimentos e informações sobre a associação e o mercado. Fazer essa parceria com a PANROTAS, que é a referência em imprensa e comunicação, coloca O Gestor em um patamar superior, mais estratégico, mais abrangente, fortalecendo assim ainda mais a importância do setor de viagens e eventos corporativos para a indústria. Estamos confiantes que essas páginas no Jornal PANROTAS se multiplicarão com conteúdo e parcerias relevantes para todos os players da indústria”, comentou o presidente da entidade Eduardo Murad. O Gestor no Jornal PANROTAS será um espaço permanente, onde serão divulgadas notícias do setor, novidades de mercado, tendências, eventos, conteúdos desenvolvidos dentro da Alagev por meio de seus comitês, além de outros projetos e pesquisas, com foco na gestão de Eventos e Viagens Corporativas. Todos os associados receberão essa edição do JP e a produção será da equipe de jornalistas da PANROTAS.
INFORMAÇÕES
Saiba mais sobre como participar da seção O Gestor no Jornal PANROTAS com Paulo Amorim, na Alagev: paulo@alagev.org, e José Guilherme Alcorta e Artur Luiz Andrade, na PANROTAS: guilherme@panrotas.com.br (comercial) e artur@panrotas.com.
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SUCESSÃO NO CORPORATIVO Eduardo Murad e Paulo Amorim, presidente e gerente da Alagev
A ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE GESTORES DE EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS (ALAGEV), HOJE PRESIDIDA PELO DIRETOR DA ALATUR JTB, EDUARDO MURAD, CONVOCOU seus associados para a eleição da entidade, a ser realizada no segundo dia da 11ª edição do Lacte, de 14 a 16 de fevereiro, em São Paulo. Até 22 de janeiro estão abertas inscrições para 12 cargos: diretor-presidente, vice-presidente, diretor administrativo-financeiro e nove conselheiros, sendo seis gestores de viagens corporativas e três fornecedores associados. Há mais três vagas de conselheiros, mas elas são ocupadas automaticamente pelo past-president (hoje Viviânne Martins, e se Murad não se candidatar à reeleição, será outro representante) e mais dois indicados por ele. Os interessados em concorrer a algum dos cargos devem estar entre os cerca de 250 associados da entidade (35% deles são gestores) e enviar e-mail e pedir o formulário de candidatura a Paulo Amorim, gerente geral da Alagev. O formulário deve ser enviado até as 17h do dia 22 de janeiro e a eleição ocorre em 16 de fevereiro. O e-mail de Amorim é paulo@alagev.org. Os requisitos para as candidaturas estão disponíveis na Alagev, entre eles tempo de associação e de atuação no mercado, e este ano os associados da Argentina poderão estar representados no conselho, com uma vaga, já que somam 25 membros. Os mandatos são de dois anos. p
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Operadoras
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> Henrique Santiago
Temporada fria PERÍODO DE FÉRIAS. SOL ESCALDANTE NO BRASIL, FRIO CONGELANTE NO HEMISFÉRIO NORTE. HORA DE
cima do laço para embarcarem nos períodos de baixa temporada nos Estados Unidos, em março e abril, quando a neve perde aos poucos a força. A expectativa de crescimento no volume de passageiros é tão fria quanto as neves das estações norte-americanas. Criador do programa AA Ski Club, o gerente de Marketing da American Airlines, Marcio Oliveira, afirma que a companhia aérea levou cerca de 30 mil brasileiros na temporada passada. Este número deverá ser congelado
preparar as malas, as pranchas e os bastões e voar para os Estados Unidos, certo? Sim e não. Com a abertura da temporada de neve no território norte-americano, os brasileiros frearam as expectativas para pensar e repensar se em tempos de dificuldades econômicas vale a pena investir quantia de dinheiro acima do normal. Três anos atrás, o brasileiro pagava R$ 6 mil em um pacote para passar uma semana em uma estação de De onde saem: esqui. Na atual conjuntura, porém, São Paulo, a oscilação do dólar, ora a R$ 3,80, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ora a R$ 4, é comparável ao subir e descer das montanhas. A realidade, incontestavelmente, é que o esquiador brasileiro passou a remodelar sua planilha de gastos para poder viajar. Os hotéis cinco estrelas deram lugar a acomodações mais modestas, o período de estada diminuiu, geralmente uma semana, e os gastos, com certeza, foram repensados. E isso, claro, afeta de maneira direta as operadoras brasileiras espe- Quanto tempo ficam: cializadas na venda deste produto. Sete dias O momento pede promoções e mais promoções. “O brasileiro está sensível ao câmbio. Com o dólar a R$ 4, o telefone para de tocar”, declarou o diretor da Maktour, Marcus di Tommaso. "Os passageiros do ‘segundo escalão’ procuram preços mais baixos”, completou. As empresas perceberam esta mudança que não existia até pouco tempo. Por mais que não queiram, elas se adaptaram à realidade do passageiro para não perderem a venda. Clientela fiel, aliás, é que o mantém uma boa parte da reputação da Snow Travel quando o assunto é neve. De acordo com o consultor de operações da empresa, Felipe Vargas, os passageiros mantêm o hábito e, por serem mais abonados, não deixam de esquiar. “Por termos esse público fiel, sentimos que as vendas não foram atrapalhadas”. Com essa adaptação, o brasileiro passou a esperar mais e deixou para comprar em cima da hora. As operadoras veem seus clientes bater o martelo em
neste ano. Mas este é um motivo a ser celebrado, mesmo quando as perspectivas iniciais eram crescer 15%. “O nosso público mais diferenciado não sofre como quem vai esquiar nos Estados Unidos pela primeira vez”, declarou. O setor, aliás, não tem muito que comemorar. A principal queixa dos profissionais neste início do ano está ligada ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). É o caso da Interpoint, do diretor Frederico Levy. “A primeira semana do ano foi bem parada.
Tivemos muitos pedidos de cotação, mas nenhuma venda foi efetivada”, lamentou. Com o fim da temporada em abril, as operadoras já esboçam quedas de até 30% no embarque de passageiros, em relação ao ano passado. Dependentes da estabilidade político-econômica para trabalharem, os empresários têm na fidelidade de seus clientes a possibilidade de continuar a vender sem escorregar na neve. (Leia mais sobre esqui nos Estados Unidos no PANROTAS Destinos). p
Pico de viagens: janeiro e fevereiro
Para onde vão: Aspen, Vail (Colorado) e Park City (Utah)
Gasto médio: US$ 3 mil por pessoa (R$ 50 mil para uma família de quatro pessoas)
Quem são: Famílias
Fonte: operadores entrevistados
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Política
Um novo ministério?
O MINISTÉRIO DO TURISMO SERÁ COMPLETAMENTE REESTRUTURADO, APÓS SOFRER UM CORTE
a partir do dia 14 deste mês, quando será publicada nova portaria no DOU, anunciando também os nomes que ficarão à frente dos novos cargos. de 24 cargos comissionados Para o ministério, as mudanças forne(de um total de 164) por parte cerão uma estrutura mais apropriada do Ministério do Planejamento, para lidar com os desafios do mercado, Orçamento e Gestão (MP), em concordância com as medidas de ajuste fiscal anunciadas pela presidente Dilma Rousseff. Os cortes equivalem a uma redução de 14,6% e a um contingenciamento de R$ 1,8 milhão nas despesas do ministério, tendo como consequência a extinção e fusão de coordenações gerais dentro das secretarias, que mudaram de nome, passando a ter novas funções. Um exemplo é a Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, que passa a se chamar Secretaria Nacional de Qualificação e Promoção do Turismo, com a incorporação do Departamento de Qualificação Turística, que também muda de nome e passa a se chamar Departamento de Formalização e Qualificação no Turismo, ficando responsável pelo cadastramento e pela fiscalização dos prestadores de serviços turísticos, além das ações de turismo responsável. Outra novidade é que algumas áreas foram unidas, com o objetivo de otimizar e integrar a atuação do ministério, como é o caso das coordenações gerais de Sustentabilidade, Produção Associada e Turismo Sustentável e Infância, que formaram a Coordenação-Geral de Turismo Responsável. Além destas modificações, foram também reduzidas viagens e contratos vigentes em serviços de telefonia, informática, vigilância, entre outros, o que, segundo o ministério, resultará em uma economia total de R$ 10,3 milhões ao ano. Estas são apenas algumas das renovações efetuadas e anunciadas no último dia 31 pelo decreto n° 8.627/2015 do Diário Oficial da União (DOU). Todas as mudanças foram feitas com base em diretrizes e normas que orientam o setor, como a Lei do Turismo, o Plano Nacional de Turismo e o Plano Plurianual, e passarão a vigorar
Henrique Alves, ministro do Turismo
contribuindo também para a meta principal da reforma administrativa proposta pelo governo, que é reduzir três mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) e 30 secretarias nos ministérios, visando uma economia de cerca de R$ 200 milhões por ano. p
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Hotelaria
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> Maria Izabel Reigada — Espanha
Experiência Paradores
Paradores, como o de Hondarribia, também são conhecidos pelo rico acervo de antiguidades e obras de arte que decoram seus ambientes
POUCOS ENCONTROS ENTRE O ÚTIL E O AGRADÁVEL DERAM TÃO CERTO QUANTO A CRIAÇÃO DA REDE HOTELEIRA PARADORES, NA ESPANHA. COM UMA COLEÇÃO DE castelos, palácios e edifícios históricos que só o Velho Mundo pode oferecer, a Espanha descobriu como preservar seus monumentos nacionais de forma rentável, sem ter de transformar todos eles em museus. Assim, em 1928, criou a rede de hotéis Paradores, de propriedade do governo espanhol, que hoje soma 94 hotéis na Espanha e administra desde meados deste ano sua primeira unidade em Portugal – também em um edifício histórico. Com manutenção assegurada – a parte “útil”, do início deste texto, uma vez que a receita dos Paradores foi de 212 milhões em 2014 –, resta provar o “agradável”. Para isso, nada como hospedar-se em qualquer uma das propriedades. Nenhum hotel é semelhante ao outro, seja em estrutura física, decoração ou mesmo nos menus oferecidos em seus restaurantes, já que a gastronomia local é priorizada. Padronização, apenas nos serviços. Assim, é comum entre os hóspedes – e, em 2014, 66% da ocupação da rede foi garantida pelo mercado doméstico – realizar roteiros por Paradores, elaborando o itinerário de suas viagens considerando a localização da unidade. Muitos dos hotéis funcionam como destinos da viagem. Como é o caso do empreendimento em Olite, único da rede na província de Navarra, por exemplo. Hospedar-se no castelo transformado em hotel é uma experiência. Seus ambientes e decoração podem ser observados como em um museu. Para completar, em seu
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Chave de apartamento no Parador Santo Domingo de la Calzada, antigo hospital para peregrinos
entorno há muralhas, outros castelos ou palácios, fortificações... Uma série de patrimônios do mesmo período em que foram construídos. “Os Paradores têm múltiplas funções. Não é apenas a responsabilidade com o patrimônio histórico, mas há um claro papel social”, conta a diretora do Parador de Olite, Virginia Rull Díez. “Eles acabam sendo dinamizadores da economia local. A abertura de um Parador em uma cidade ou aldeia leva ao desenvolvimento do turismo local. Com a chegada de visitantes, temos a abertura de mais opções gastronômicas e mesmo outros hotéis”, explica a diretora do hotel, inaugurado em 1966.
Outro ângulo do lobby do Parador Santo Domingo
COMO OS ESPANHÓIS Essa seria a primeira parte da “Experiência Parador”: viver como os locais, a partir da escolha dos destinos. Não há hotéis da rede, por exemplo, nas duas maiores cidades do país, Madri e Barcelona. Nos arredores, no entanto, sim. “Vamos promover principalmente os Paradores que estão próximos às grandes cidades espanhola, até porque elas são os portões de entrada no país”, conta o diretor da ITMS, Luiz Moura Jr., que desde junho representa a rede espanhola no Brasil. Para ele, a hospedagem é perfeita para quem já visitou a Espanha e procura não apenas novidades, mas um contato intenso com a cultura local. Se a escolha for por um dos tradicionais edifícios históricos, a experiência vai além de “viver como um espanhol” e mergulha na história de vida de alguns dos mais famosos deles, como os reis e rainhas dos livros de história. Em Hondarribia, por exemplo, a 20 quilômetros de San Sebastián, capital da província de Guipuzcoa, a lista de hóspedes ilustres inclui ninguém menos que o criador de Dom Quixote e Sancho Pança, o escritor Miguel de Cervantes. Mencionando os restaurantes, a gastronomia tem ganhado importância nos hotéis da rede nos últimos anos, assim como a própria cozinha espanhola internacionalmente. Nos 94 hotéis da Espanha, há 92 restaurantes abertos ao público mediante reserva. Os menus priorizam ingredientes locais e da estação e cada Parador tem seu “prato estrela”, que costuma ser uma excelente sugestão para quem ficar indeciso diante das saborosas opções. p
Entrada do Parador Santo Domingo, à noite
Um dos 60 apartamentos do Parador Santo Domingo de la Calzada > Continua na pág 20
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< Continuação da pág 19
UMA FORTALEZA
Suíte do Parador de Olite, único empreendimento da rede na província de Navarra
É ASSIM O PARADOR DE HONDARRIBIA, NA FRONTEIRA ENTRE FRANÇA E ESPANHA, A 20 QUILÔMETROS DE SAN Sebastián. A primeira construção no local teve como objetivo demarcar o território do então reino de Navarra, protegendo-o dos invasores oriundos da França – afinal, Hondarribia é separada apenas pela foz do rio Bidasoa do território francês. A construção de Dom Sancho Abarca, então rei de Navarra, foi fortificada no século 12 pelo rei Dom Sancho, o Sábio, e com o imperador Carlos 5º ganhou o aspecto austero que exibe hoje em sua fachada. Conhecido como Parador El Emperador, o hotel de Hondarribia tem 36 apartamentos diferentes entre si. Cada um deles exibe na decoração parte do rico acervo da rede Paradores. Todos, no entanto, têm vistas para a foz do rio e a costa francesa. Apenas um deles, o número 101, conhecido como Carlos 5º, tem vista para a Plaza de Armas – e uma segunda janela que observa o rio Bidasoa. Antes de ser transformado em castelo, a fortaleza serviu como quartel militar, abrigando 600 soldados nos três meses em que a cidade esteve sitiada, durante a Guerra dos 30 anos, no século 17. O hotel conta ainda com um café-bar aberto aos visitantes e espaços para leitura, estimulada também pela presença de livros para troca nos apartamentos. Há ainda duas salas para eventos, com capacidade para cerca de 70 pessoas, a mais bonita delas na parte superior da fortificação, com grande mesa central e janelas voltadas para a Plaza de Armas. Eventos sociais ou corporativos podem, inclusive, fechar o Parador, ganhando exclusividade em sua realização.
UM CASTELO
O castelo medieval do século 15 que hoje abriga o Parador de Olite, na cidade de mesmo nome, a 45 quilômetros de Pamplona, no norte da Espanha, ocupa o local
onde houve originalmente uma fortaleza romana. Dessa época, restam apenas as fundações que podem ser vistas em uma das torres, próxima à entrada do hotel. Mas foi a partir dessa construção que se ergueu o castelo que serviu aos reis de Navarra no século 15, até a conclusão das obras de um palácio real na pequena Olite, então capital do reino de Navarra. Para tornar-se castelo, a construção ganhou duas amplas janelas, para seu escritório e aposento, que hoje decoram a fachada do edifício. Durante a guerra com a França, todo o conjunto, então formado pelo castelo, o palácio real e a capela de São Jorge, que os conectava, foi queimado. Foram décadas de abandono até sua reconstrução. Hoje, quem visita Olite pode ter uma ideia do luxo em que viveram os reis de Navarra ao explorar as torres do palácio real ou percorrer os corredores do castelo, transformado em Parador. O hotel funciona desde 1966, quando abriu apenas com a estrutura do castelo. Na década de 1980 foi ampliado e hoje oferece 43 apartamentos. Tem restaurante e salas para eventos, sendo o Salão Príncipe na parte antiga do castelo, com lareira reconstruída e parede original ao fundo, junto à porta para a antiga cela – que hoje abriga apenas uma mesa, para oito pessoas, para pequenas reuniões ou jogos. Nas salas mais modernas, é possível receber até 130 pessoas em coquetéis. Nos apartamentos, muito conforto. Mezaninos separam os quartos das salas, equipadas com sofá, mesa de trabalho e internet wi-fi em todas as áreas. Além da numeração, os apartamentos são tão especiais que, em Olite, têm também nomes. Assim, a suíte 107 é a “Leonor de Trastámara”, rainha casada com Carlos 3º, que para ela construiu o palácio real, ao lado do castelo. Outro dos apartamentos especiais é o 115, conhecido como “Agnes de Cleves”, esposa do príncipe de Viana. É
o único quarto no terceiro andar e, apesar de pequeno, foi um dos mais sofisticados do castelo.
CONVENTO E PALÁCIO Santo Domingo de la Calzada, na província de La Rioja e em meio ao grandioso Caminho de Santiago de Compostela, é um dos poucos destinos a contar com dois hotéis da rede Parador. Aqui, um convento e um antigo hospital são os endereços atuais do Parador Bernardo de Fresneda e Santo Domingo de la Calzada, respectivamente. O primeiro foi o Convento de São Francisco, construído entre os séculos 17 e 18, e que, antes de se tornar um hotel da rede, em 2005, funcionou como uma escola para treinamento dos funcionários dos Paradores. Hoje, divide espaço da construção com uma escola de restauração, uma igreja e um asilo. Da igreja, empresta o claustro para realizar eventos, com capacidade para 160 pessoas em banquete. Tem seu nome emprestado do frei confessor do rei Felipe 2º, Bernardo de Fresneda, que tem seu mausoléu na Igreja de São Francisco. A poucos metros dali, o Parador Santo Domingo de la Calzada está ao lado da catedral da cidade. Originalmente palácio dos reis de Navarra, o edifício do Parador foi transformado em hospital para peregrinos no século 12, por Santo Domingo, que acabou dando seu nome à cidade, de 6,2 mil habitantes. Como hotel, oferece 60 apartamentos modernizados em 1993, quando o Parador passou por ampla reforma, permanecendo fechado por dois anos. O restaurante oferece excelentes pratos da cozinha local, com o “menu tradicional riojano”, a 38 euros. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da rede Paradores e da Europcar, representadas no Brasil pela ITMS, com proteção Travel Ace
Hotelaria
Experiência na Patagônia
LUXUOSA PROPRIEDADE DA CIDADE DE USHUAIA, O ARAKUR USHUAIA RESORT & SPA, OFERECE AOS HÓSPEDES UMA PROPOSTA ÚNICA PARA CURTIR o verão e desfrutar a natureza, o Patagônia Experience. Situado a 250 metros acima do nível do mar, o resort se estende ao longo de uma varanda natural, rodeado de florestas nativas e com uma vista panorâmica de tirar o fôlego. Membro do The Leading Hotels of the World, o Arakur desenvolveu o programa pensando nos turistas que buscam uma estada agradável combinada com experiências ao ar livre. São diversos passeios e atividades para serem realizados durante o verão e otimizar o tempo dos hóspedes. Além das acomodações, o pacote inclui almoço e uma atividade ou excursão por dia. Entre as que se destacam: visita ao Parque Nacional Terra do Fogo com trekking; navegação pelo Canal de Beagle; Circuito dos Lagos; passeio pela estância Harberton; circuito de trekking pela Lagoa Esmeralda, glacial Vinciguerra, lagoa dos Témpanos e cerro Cortés; pesca e passeio de helicóptero. Para os dias em que o hóspede queira desfrutar o hotel, o complexo oferece área de piscina com opções para adultos e crianças, hidromassagem, e dois ofurôs com capacidade para até dez pessoas cada um, bar molhado e um deque exterior com vista panorâmica para o mar e a cidade. A propriedade dispõe de sauna seca e a vapor, ducha escocesa, solário, vestiário, academia de ginástica, serviço de massagem e salão de beleza. O hotel oferece ainda café da manhã em sistema bufê, internet wi-fi, traslado ao centro de Ushuaia e, na temporada de esqui, ao Cerro Castor, limpeza de botas e esqui. Mais informações: www.arakur.com p
Arakur Ushuaia Resort & Spa está localizado no coração do Cerro Alarkén
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SurFACE
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Gerência nacional
Jairo Oliveira é o novo gerente nacional do Mussulo by Mantra (PB)
O resort Mussulo by Mantra (PB) conta com novo gerente nacional de Vendas, Jairo Oliveira. O profissional, que exercia a função de gerente regional, assume o novo posto ampliando a comercialização dos produtos do resort. O executivo também atuará na gerência do departamento de Marketing. Jairo Oliveira, que já passou por hotéis como The Royal Palm Plaza, Grande Hotel São Pedro, Grande Hotel Campos do Jordão e Hotel Paradise e Lazer, também é vice-presidente do João Pessoa Convention & Visitors Bureau e, recentemente, recebeu o título de Cidadão Pessoense pelo trabalho realizado em benefício ao Turismo local.p
Diretora geral
Uma das hoteleiras mais experientes do Rio de Janeiro está de casa nova. Monica Paixão, que conta com passagens pelo Ipanema Plaza (12 anos) e Hotel Santa Teresa (quatro anos) acaba de assumir a direção geral do Le Canton, resort localizado em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Uma das primeiras medidas de Monica é contratar uma nova equipe comercial. A dirigente está trazendo pessoas de confiança e contratando novos executivos. Todos esses funcionários irão trabalhar no novo escritório que o Le Canton está montando, em São Conrado. Monica ficará entre Rio e Teresópolis. O contato da executiva é monica.paixao@ lecanton.com.br.p
O novo secretário de Turismo de Canela, Moisés de Souza, com o prefeito da cidade, Cléo Port
Turismo de Canela
Moisés de Souza é o novo secretário de Turismo de Canela, no Rio Grande do Sul. Ele ocupará o cargo deixado por Leandro de Oliveira, que solicitou dispensa para tratar de assuntos profissionais. Moisés é formado em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul e atualmente cursando pósgraduação em Gestão Pública. p
Mais segurança
Segundo a última pesquisa do instituto holandês Aviation Safety Network (ASN), o ano de 2015 registrou o menor número de acidentes aéreos de todos os tempos. O ASN contabilizou 16 acidentes fatais e 560 mortes pelo mundo durante o período. A organização trabalha com a média anual de tráfego aéreo de 34 milhões de voos, portanto, um acidente ocorreu a cada 4,8 milhões de voos. Os piores acidentes do ano aconteceram no deserto do Sinai, no Egito, e na França. No primeiro caso, a queda de um Metrojet A321 resultou na morte de 224 civis. A investigação ainda está em curso, porém, as pistas indicam que as pessoas foram vítimas de um ato de terrorismo. Já no segundo episódio, um A320 caiu após o suicídio do co-piloto. Se não fossem os dois acontecimentos, o número de óbitos cairia para 186.p
Mudança de área
Representação
Após dez anos atuando no setor de vendas de armadoras, Thalita Alamo assume a área comercial da operadora carioca Multidestinos. Graduada em Turismo, com pós-graduação em Marketing, Thalita passou pelas Costa Cruzeiros e Pier 1 Cruise Experts, por onde esteve nos últimos dois anos. A nova executiva atende nos contatos promocao@multidestinos.com.br e (21) 98036 0353.p
Maximo Farah é o novo representante da Azul Viagens para os mercados do Rio de Janeiro e Vitória. O profissional, com experiência de mais de 15 anos no Turismo, atuou em companhias como Tam Linhas Aéreas, Trip, Tam Viagens e na área comercial do Brisa Barra Hotel. O e-mail dele é representaçao.rj@azulviagens.com.br e o telefone é (21) 99437-2255. p
Ponto a ponto Operação Fim de Ano nos aeroportos brasileiros teve novo recorde de pontualidade: 95,1% Tam libera modo avião de aparelhos eletrônicos durante todo o voo. p
Isenção do Cide
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5569/13, do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que torna definitiva a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis de aviação. Para a relatora, deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), a medida barateia o preço das passagens domésticas, já que cerca de 40% dos custos da aviação civil são com combustíveis. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. p
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Novo projeto
A operadora Flytour Viagens anunciou a contratação de Oscar Tejada (foto), ex-gerente internacional América do Sul da Gol Linhas Aéreas. Tejada atuará como executivo de Mercados Internacionais da operadora, com objetivo de promover os serviços da empresa em mercado internacionais da América do Sul, Estados Unidos, Caribe, Europa, Ásia e África. Ele responderá diretamente para o diretor de Produtos América do Sul, Caribe e Cruzeiros da Flytour Viagens, Marcelo Paolillo.p
13 a 19 de janeiro de 2016 JORNAL PANROTAS
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Operação Nordeste
A partir da segunda quinzena de março, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras terá voos semanais dedicados aos sábados que ligarão Congonhas a Salvador, Porto Seguro, Recife, Maceió e Natal e Guarulhos a Fortaleza. As ligações para a capital cearense estreiam dia 19, para Salvador, dia 26, e os demais voos decolam a partir de 2 de abril. As frequências serão operadas por jatos Embraer 195, equipados com 118 assentos e TV ao vivo.p
Edição 87 - 13 a 19 de janeiro de 2016
Destinos
Mais do que esqui > Diego Verticchio, de Jackson Hole (Estados Unidos)
As montanhas de Jackson Hole apresentam muita opções de lazer
OS NÚMEROS PODEM PARECER TÍMIDOS, MAS, POR ANO, MAIS DE 300 MIL BRASILEIROS VIAJAM PARA PRATICAREM ESPORTES NA NEVE, SEGUNDO A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE Desportos na Neve (CBDN). Estações de esqui na Argentina, no Chile e nos Estados Unidos estão, nesta ordem, entre os três destinos preferidos dos brasileiros. Em solo americano, Aspen segue liderando a preferência, mas os brasileiros estão descobrindo novas opções, como Jackson Hole, na cidade de mesmo nome, em Wyoming, Estado próximo ao Colorado e Montana. Ao ano, cerca de 550 mil turistas chegam para desafiar as montanhas repletas de neve ou simplesmente curtir dias de frio envolto a paisagens cênicas. Ao todo, cerca de 100 mil são estrangeiros, dos quais 2,5 mil são brasileiros. Este número garante ao Brasil o posto de quarto maior mercado internacional para a temporada de neve, perdendo apenas para Canadá, Austrália e Reino Unido. Para ratificar
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a importância do mercado brasileiro e consolidar Jackson Hole como um dos destinos prioritários de neve no hemisfério norte, o Jackson Hole Mountain Resort convidou um grupo de operadores brasileiros para conhecer as novidades da temporada, que conta com investimento de US$ 10 milhões. Entre as melhorias estão a inauguração do novo teleférico Teton e novos restaurantes, com destaque para o Pistê Mountain Bistro, localizado no alto da Bridger
Gondola. O bistrô está aberto para almoço e jantar e pode ser usado no intervalo do esqui. Todos estes investimentos – que nos últimos dez anos totalizam cerca de US$ 100 milhões – fazem parte da celebração dos 50 anos do Jackson Hole Mountain Resort (JHMR), complexo de esqui que conta com 116 pistas (10% para iniciantes, 40% para intermediários e 50% para avançados), 14 meios de elevação (lifts) e capacidade para 16 mil pessoas. Ainda em comemoração ao 50º ani-
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versário, a JHMR fez uma parceria com a United Airlines, que conta com 17 operações para a cidade, das quais dez são diárias e sete semanais saindo de Chicago, Denver, Houston, Newark (NY), Los Angeles, San Francisco e Washington. Todos os brasileiros que voarem United terão direito a uma aula gratuita de esqui ou snowboard no Jackson Hole Mountain Resort, oferecida pela Mountain Sports School. Segundo a administração da pista, isso equivale a uma economia
de US$ 135. As aulas deverão ser marcadas com antecedência pelo e-mail julie.calder@jacksonhole.com. “A United tem trabalhado para atender à demanda dos passageiros de esqui nesta temporada, adicionando rotas sazonais dentro dos Estados Unidos. Buscamos parceria com os representantes de resorts da região e com isto já conseguimos descontos para aulas de esqui e snowboard para nossos passageiros”, afirmou a diretora de Vendas da United no Brasil, Lucimar Reis.
Grupo de operadores brasileiros pronto para a aula de esqui
AÇÕES PARA O MERCADO BRASILEIRO Para aumentar o número de brasileiros na temporada de esqui, que vai de novembro a abril, o Jackson Hole Mountain Resort contratou uma representação no Brasil. Desde meados de 2014 a empresa Much Better MKT & PR, de Adriana Boischio, passou a atender o complexo localizado em Wyoming. Em 2015, segundo Adriana, a Much Better focou em treinamentos e capacitações, principalmente em agências e operadoras do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Ainda em 2015, graças as parcerias com United, American e Delta Air Lines, o JHMR convidou cerca de 25 agentes de viagens e operadores para conhecerem as novidades da estação. “Fizemos um trabalho muito forte ano passado, que começou com
os treinamentos e terminou com esta viagem de familiarização. Não lembro de nenhuma outra estação de esqui dos Estados Unidos que tenha levado tantos agentes de viagens e operadores na mesma temporada para uma visita técnica. Este esforço demonstra a importância com o mercado brasileiro”, explicou Adriana Boischio. Para a diretora de Marketing e Operações do Jackson Hole Mountain Resort, Julie Calder, este é o momento de investir no Brasil. “Desde 2012 temos notado um aumento de 20% a 30% por ano no número de brasileiros, mas é possível que esta temporada a gente não registre crescimento. Estamos cientes do momento econômico e político do Brasil, mas ainda assim é um destino com grande potencial. Em
2015 intensificamos os treinamentos e capacitações e acreditamos colher este resultado em 2016”, afirmou a diretora em entrevista ao Jornal PANROTAS. Entre os diferenciais de Jackson Hole, Julie Calder destaca a atmosfera da cidade. “Mais importante do que promover nosso inverno no Brasil, queremos passar um pouco da nossa cultura country. Somos um destino de neve atrelado à mística do velho oeste. Temos orgulho da nossa história e valorizamos isso”, destacou a dirigente lembrando ainda do aplicativo para smartphone, que envia em tempo real mensagens sobre as pistas, além do botão de emergência, que pode ser acionado para relatar algum acidente.
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NOVIDADES E GEOGRAFIA A FAVOR NOVIDADES ESTÃO MARCANDO ESTA TEMPORADA DE NEVE EM JACKSON HOLE. EM 19 DE DEZEMBRO A ESTAÇÃO COMEMOROU 50 ANOS DE funcionamento e deu de presente para os usuários o teleférico Teton, que abre uma nova via para os esquiadores. Essa é a primeira expansão de novas áreas desde a inclusão da Bridger Gondola, em 1998. O Teton sobe por 500 metros com uma capacidade de levar dois mil esquiadores por hora até o alto da montanha, cobrindo uma área de 809 metros quadrados. Os investimentos nesta temporada não se restringem apenas às pistas. O complexo inaugurou ainda em dezembro o Piste Mountain Bistrô, localizado no alto da Bridger Gondola. Este restaurante, com capacidade para 150 pessoas, possui um design inspirado na cultura country, um dos símbolos de Jackson Hole. O novo espaço gastronômico está localizado no Rendezvous Lodge, área comum e ponto de encontro dos esquiadores. Além das novidades, conta a favor de Jackson Hole sua posição geográfica. Situada no Estado de Wyoming, entre o Colorado e Montana, a pequena cidade é porta de entrada para dois parques na-
cionais, Grand Teton e Yellowstone. Com isso, esquiar não é, nem será, a única opção. Durante o inverno, ambos os parques estão tomados de neve e opções não faltam para curtir os locais. Entre as atrações mais disputadas está o passeio de snowmobile (uma espécie de jetski da neve), que pode ser feito durante meio período até o dia todo. Operado pela Scenic Safari, os tours são realizados em “motos” individuais com direito a café da manhã e almoço e um rápido treinamento, quando são passadas instruções de como acelerar, frear ou fazer curvas. Para quem opta pelo passeio de dia todo, o tour tem uma parada em uma das sedes do Yellowstone, onde está localizado o Old Faithful, gêiser que entra em erupção a cada 45 minutos. Diferente dos gêisers da Islândia, onde você pode se banhar, neste é possível apenas admirar e tirar fotos. Além dos parques, vale uma visita à cidade de Jackson Hole, que mantém viva a cultura country. A cidade fica cerca de 40 minutos de carro do JHMR e conta com diversos hotéis (há traslado gratuito para a estação) e restaurantes, quase todos mantendo o estilo caubói.p
Novo lift inaugurado nesta temporada
Snowmobile por Yellowstone é uma das atrações off-ski mais procurada
OPINIÃO DE QUEM VENDE O Jornal PANROTAS esteve em Jackson Hole junto com outros oito operadores, em uma viagem que teve parceria da United Airlines. Para seis profissionais era a primeira vez em Jackson Hole, dos quais cinco nunca tinham ido a uma estação de esqui. O grupo foi formado por profissionais do Rio de Janeiro, de São Paulo e Minas Gerais, todos especialistas em roteiros de neve. Na opinião da maioria, o tamanho da estação Cultura country foram as características que mais chamaram a atenção. “O povo é extremamente amigável e Jackson Hole oferece uma estação pequena, acolhedora e com nível de esqui muito alto. Verdade que não há tantas pistas para iniciantes, mas quem já tem um pouco de conhecimento consegue aproveitar muito o local”, afirmou Guilherme Burti, da Live Travel, de São Paulo. Especialista no destino, Mariana Carvalho, da operadora Ski Brasil, destacou a modernidade encontrada no local. “Embora seja uma estação pequena, tem meios de elevação modernos, com gôndolas grandes
de até 100 pessoas. Por conta do tamanho sempre há profissionais de olho e o turista se sente acolhido”, disse. “Jackson Hole atende vários perfis de públicos, desde hóspedes que ficam no Four Seasons até casas de condomínio. E o valor é acessível para todos”, complementou Mariana, destacando as diárias a partir de US$ 380 no Four Seasons, o melhor hotel do complexo. Encarando sua primeira experiência na neve, Ana Laura Diniz, da Monções Turismo, destacou a atenção dada pelos instrutores no treinamento. “Já tinha ido a Vail no verão e achei Jackson Hole com mais infraestrutura. Os hotéis dentro do complexo são excelentes, com preços acessíveis, mas vale a pena pelo grande número de instrutores e pela atenção dada aos turistas”, disse. Para o único representante de Minas Gerais, Felipe Oliveira, da Snow Operadora, Jackson Hole é ideal para família. Com experiência em pistas de esqui no Canadá, Oliveira destacou a infraestrutura do complexo. “O receptivo é excelente e todos fazem questão de receber bem
Viviane Silva, da United Airlines, Felipe Vargas, da Snow, de BH, e Danielle Feliz, da Leviatur
o turista, principalmente no inverno. As pistas estão crescendo para abranger mais visitantes de diferentes perfis. A hotelaria tem bastante opção, com hotéis de três, quatro e cinco estrelas e casas em condomínio. Dentro do complexo há uma sinergia muito grande com os turistas e por ser uma estação pequena se
torna muito visível”, disse. O turismólogo Felipe Ito, da Teresa Perez, lembrou a cultura do velho oeste e a proximidade com a cidade de Jackson Hole. “A cidade é sensacional, com inúmeros restaurantes e galerias de arte, a maioria remetendo à cultural local, o que é interessante para o turista conhe-
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cer mais a cidade e região que está visitando. Acredito que o complexo poderia ter um pouco mais de infraestrutura. Os bons restaurantes, por exemplo, estão dentro de hotéis”. Segundo ele, Jackson Hole é vendida dentro da Teresa Perez para pessoas com experiência na neve e que buscam novas experiências, como passeios de snowmobile. “Agora me surpreendeu a presença de famílias e as opções para as crianças. O preço também é muito bom, imaginava ser tudo mais caro, mas fui surpreendido”, complementou. A carioca Karla Haimenis, da AIT Operadora, já esteve em outras estações de esqui anteriormente e destacou o valor dado à cultura e a estrutura oferecida. Na opinião dela, no entanto, Jackson Hole é indicada para esquiadores com níveis intermediário e avançado, “pois têm poucas pistas para iniciantes”. “Jackson Hole está próximo do aeroporto, cerca de 40 minutos. Os valores praticados pela hotelaria e dentro do complexo são baixos e não há grandes filas para os lifts. Acredito ainda que o diferencial deste local está em sua volta, já que quem não gosta de esquiar pode ir à cidade de Jackson e ao Yellowstone”, complementou. Já para Ligia Mass, da Primetour, Jackson não tem a “pompa” de Aspen ou outras estações nos Estados Unidos, e por isso se torna especial. “Não tem aquela ‘chiqueza’, mas nem por isso conta com menos estrutura. Para quem gosta de luxo pode ficar no Four Seasons, mas há opções para todos os bolsos. Os preços são bons, complexo com ótima qualidade. Nós já vendemos bem esta estação e vamos intensificar ainda mais as vendas; vou realizar um treinamento para minha equipe passando minhas impressões”, disse, complementando que embora seja pouco conhecida, Jackson Hole tem excelente potencial de venda. Um dos mais experientes do grupo, o diretor da Interpoint, Frederico Levy, lembrou que Jackson é uma das únicas estações dos Estados Unidos a ter um “tram”, espécie de bondinho fechado muito utilizado na Europa. “Além deste tram, todos os outros meios de ele-
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Sob neve e um frio de -3o, Mariana, Karla, Ligia, Danielle, Viviane e Ana Laura
Ligia Maas, da Primetur, Guilherme Burti, da Live Travel, e Filipe Ito, da Teresa Perez
Luis Antonio Camelo, da United, Mariana Sanomiya, da Ski Brasil, e Karla Haimenis, da AIT Operadora
Guilherme Burti, da Live Travel, e Frederico Levy, da Interpoint
vação são de alta qualidade e modernos, inclusive uma confortável gôndola com capacidade para seis esquiadores sentarem-se confortavelmente enquanto sobem a montanha”, disse. Único do grupo a “desafiar” a pista preta, a mais difícil, Levy elogiou também a qualidade da neve. “Muito seca e fácil de esquiar, o que ajuda muito os principiantes e deleita os mais avançados. Há calçadas aquecidas, que facilitam caminhar durante as nevadas, evitando escorregões”, complementou. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da United Airlines e Jackson Hole Resort