R$ 11,00 - Ano 24 - nยบ 1.241
www.panrotas.com.br
26 de outubro a 1o de novembro de 2016
www.pancorp.com.br
Exclusivo
Como o Grupo Air France-KLM e a Avianca Brasil se preparam para ambientes cada vez mais competitivos e desafiadores > Pรกginas 10 a 12 e 18 e 19
JP 001 - Capa.indd 1
20/10/2016 18:45:51
02
LEIA NESTA EDIÇÃO
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Check-IN A AVIAÇÃO NOS
Páginas 04 e 05 Conheça a Cidade do Vinho, em Bordeaux, na França
PRÓXIMOS 20 ANOS
(em passageiros)
Páginas 06 a 09 Os melhores promotores do Rio: operadoras
Páginas 14 e 15 Esquiando pelo mundo: Jackson Hole (Wyoming)
Europa 2015: 930 milhões 2035: 1,5 bilhão
América do Norte 2015: 764 milhões 2035: 1,3 bilhão
Ásia-Pacífico 2015: 1,3 bilhão 2035: 3,1 bilhões Oriente Médio 2015: 158 milhões 2035: 414 milhões
América Latina 2015: 313 milhões 2035: 658 milhões
África 2015: 111 milhões 2035: 303 milhões
Página 20 Atlantica Hotels investe no ABC Paulista
Total: 2015: 3,8 bilhões 2035: 7,2 bilhões
PAÍSES COM MAIOR CRESCIMENTO
Página 22 Começa o desafio da integração entre Marriott e Starwood
Página 24 Royal Palm Hotels chega a Indaiatuba, interior de São Paulo
Página 25 Fam Fest Latam ocorreu no Hard Rock de Punta Cana, na República Dominicana
China: 817 milhões de novos passageiros, total de 1,3 bilhão Estados Unidos: 484 milhões de novos passageiros, total de 1,1 bilhão Índia: 322 milhões de novos passageiros, total de 442 milhões
Editorial
Indonésia: 135 milhões de novos passageiros, total de 242 milhões Vietnã: 112 milhões de novos passageiros, total de 150 milhões
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Modelos e modelitos Qual o melhor modelo para sua empresa? O business plan deve imitar a moda? Cada um escolhe o seu estilo? Todos seguem a tendência? Há uma ditadura do que vestir, não importa como é ou está o seu físico? A aviação dá verdadeiras aulas de modelos diferenciados que fazem sucesso pelo mundo. Já sabemos, em outras áreas, que nem tudo o que dá certo lá fora, dará certo no Brasil. Quando convém, os empresários, executivos e consultores apelam: lá fora é assim. Quando não convém: aqui não é lá fora, não podemos comparar bananas com maçãs. As recentes propostas para mudanças na legislação da aviação comercial no Brasil esbarram nessas discussões. As indústrias são diferentes em todas as regiões, mesmo Estados Unidos e Europa, mesmo dentro da América
Latina. Por isso, é preciso discutir e debater. E não apenas fazer um infográfico bonito e dizer: lá fora é assim ou lá fora é diferente. Vejamos os exemplos das fusões. Nos Estados Unidos, marcas como Continental e US Airways estão no passado. Na história. As fusões de empresas americanas invariavelmente acabam gerando uma só marca. Na Europa, as questões nacionais falam mais alto. Iberia e British Airways, Lufthansa e Swiss, Air France e KLM são exemplos de empresas que hoje formam um só grupo, mas que mantiveram a identidade original. Na América Latina, segue-se um pouco o modelo americano, apesar de nações diferentes: a Avianca engoliu a Taca, por exemplo, e Lan e Tam deram lugar à Latam, uma alternativa mais salomônica, talvez; nem um país
nem outro “levou a melhor”. A Etihad Airways aposta no modelo de investir sem mudar a marca das empresas “compradas”, mas faz questão de colocar seu selo na porta das aeronaves, como vemos Delta e Air France-KLM fazerem com a Gol, por exemplo. Azul e Tap trabalham ainda em uma outra vertente, pois têm negócios e acionistas em comum, mas não uma ligação direta. Qual o modelo campeão? Qual o exemplo a ser seguido? Quem vai estampar as capas de revista de moda na próxima estação? Quem vai se tornar um clássico, que não sai de moda nunca? Nesta edição, trazemos duas coberturas exclusivas, tendo os modelos da Air France-KLM e da Avianca como destaques. Boa leitura.
CONECTE-SE COM A PANROTAS portalpanrotas
portalpanrotas
portalpanrotas
Versão responsiva — Acesse o Portal PANROTAS em seu dispositivo móvel
JP 002 e 003 - Check in.indd 2
Fonte: Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata)
portalpanrotas
panrotas
PANROTAS — Versão digital das publicações da editora
20/10/2016 19:18:40
03
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF INTERNATIONAL OFFICER (CINO) Marianna C. Alcorta CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Reportagens: Brunna Castro, Felippe Constancio,
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
S
E U Q A DEST
DO PORTAL
>
PANROTAS
13 a 19/10
1 Café da manhã da Gol terá Nutella na ponte Rio-São Paulo – em 17/10
2 Pestana Angra dos Reis (RJ) encerra atividades – em 14/10
3 Disney libera casamentos noturnos no Castelo da Cinderela – em 19/10
4 Avianca Brasil lança preço fixo a brasileiros no Exterior – em 18/10
5 Ministro quer testar isenção de visto por 1 ano – em 19/10
6 Gol lança tecnologia de rastreamento de crianças em voo – em 13/10
7 Recife ganha voo semanal direto para Milão; confira – em 14/10
8 Conheça o significado por trás das cores dos passaportes – em 13/10
9 Itália ganha fonte de vinho gratuita 24 horas por dia – em 18/10
10 CVC inicia venda de intercâmbio do Ronaldo em Orlando – em 13/10
11 Avianca, Trend e Rextur Advance têm vagas; confira – em 19/10
12 Alatur JTB anuncia compra de empresa de eventos – em 14/10
13 Conheça 7 praias belas e desertas no litoral brasileiro – em 14/10
14 Conheça o primeiro hotel sem recepção e com cozinha “aberta” – em 17/10
15 Lounge da Qatar em Doha é primeiro 7 estrelas do mundo – em 17/10
Henrique Santiago, Karina Cedeño, Renato Machado e Roberta Queiroz Estagiários: Fernanda Cordeiro, Janize Viana e Vitor Ventura Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Katia Alessandra, Pedro Moreno e Thalya Brito Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Executivo sênior São Paulo: Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Tel: (21) 2529-2415/8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)
PARCERIAS ESTRATÉGICAS
MEDIA PARTNER
ASSOCIAÇÕES
JP 002 e 003 - Check in.indd 3
20/10/2016 18:44:07
04 Atrações
A
>
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Brunna Castro — Bordeaux, França
cidade do vinho
O museu La Cité du Vin tem 55 metros de altura e 13,3 mil metros quadrados de área
La Cité du Vin, museu inaugurado em junho em Bordeaux, na França, se propõe a oferecer aos visitantes que exploram o espaço. Propriedade da cidade de Bordeaux e administrado pela Foundation for Wine Culture and Civilisations, o equipamento, inteiramente dedicado à bebida produzida na região, contou com um investimento de mais de 81 milhões de euros ao longo de três anos de construção. São 13,3 mil metros quadrados divididos em dez andares, da base até o topo da torre de 55 metros de altura. No oitavo andar, o mais alto do museu, o turista encontra um mirante de 35 metros de altura no qual é possível degustar vinhos de diversas partes do mundo com uma vista panorâmica de Bordeaux. No espaço de exposição permanente, quem visita o La Cité du Vin encontra em três mil metros quadrados 19 módulos temáticos. Informações sobre diversas regiões vinícolas do mundo, experiências sensoriais relacionadas ao vinho, dados históricos sobre o cultivo de uvas, produções culturais relacionadas à bebida e especificidades sobre Bordeaux são apresentadas aos visitantes, além de outros tópicos. Ao
JP 004 e 005.indd 4
La Cité du Vin
UMA JORNADA PELA CULTURA DO VINHO AO LONGO DO TEMPO E DAS CIVILIZAÇÕES. É O QUE O
todo, são mais de dez horas de conteúdo divididas em 120 produções audiovisuais, aproximadamente. A visita a essa seção tem duração estimada em duas horas, e é acompanhada por um “guia individual” — um dispositivo semelhante a um smartphone que descreve cada setor da exposição. A seleção do que será ouvido pelo visitante é feita através da aproximação entre o dispositivo e espaços específicos em cada parte da exposição. Atualmente, os áudios estão disponíveis em oito idiomas. A promessa é de que, até o ano que vem, o português seja incluído nessas opções.
MARCO CULTURAL
Para a presidente da Foundation for Wine Culture and Civilisations, Sylvie Cazes, o La Cité du Vin é um grande marco cultural que impulsionará o turismo internacional para o destino Bordeaux, servindo também como uma ponte entre a cidade e as demais regiões vinícolas do mundo. Assim sendo, a identidade do novo museu é totalmente vinculada à cidade do sudoeste da França. O diretor administrativo da fundação, Philippe Massol, também explica que o
Sylvie Cazes, presidente da Foundation for Wine Culture and Civilisations
museu foi criado com o propósito de se tornar uma “parada obrigatória para os turistas que visitarem Bordeaux”.
VISITANTES
Nos três primeiros meses de funcionamento, o La Cité du Vin recebeu um total de 160 mil turistas. Desse número, 1,2 mil eram brasileiros — o que coloca o País na oitava posição dentre as 135 nacionalidades que já visitaram o espaço no período. Nos primeiros lugares aparecem os ingleses, os norte-americanos e os espanhóis. A expectativa é de que o
museu receba 450 mil pessoas por ano.
ACESSO
A entrada no prédio do La Cité du Vin é gratuita. Para visitar as áreas de exposição permanente e temporárias, o mirante e para participar dos workshops ou eventos do auditório, o turista deve pagar entrada. O ingresso datado do La Cité du Vin, com o guia de mão em oito línguas, custa 20 euros para adultos. Já o bilhete “aberto”, para visitantes interessados em visitar o espaço na data de
20/10/2016 18:44:52
05
26 de outubro a 1º de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Photos Anaka/La Cité du Vin/XTU Architects
Philippe Massol, diretor administrativo da Foundation for Wine Culture and Civilisations
sua preferência, está disponível para compra no site laciteduvin.com pelo valor de 25 euros. Com a compra dessa opção, a entrada é válida até 31 de dezembro de 2016. Os serviços do La Cité du Vin se dividem duas categorias: público geral (individual ou em grupo), com visitas no programa permanente e experiências de acordo com o programa temporário; e companhias ou organizações institucionais, com aluguel de espaços para eventos como conferências, seminários, lançamento de produtos e jantares de gala, entre outros. Para o público geral, o programa permanente engloba a exposição contínua e o acesso ao mirante, incluindo a degustação de uma taça de vinho de uma seleção de 20 rótulos. Os programas agendados incluem exposições temporárias, programação cultural — principalmente no auditório —, oficinas e eventos que podem ser realizados em vários espaços do La Cité du Vin. As exposições temporárias, workshops e alguns eventos do programa agendado necessitam de um bilhete específico, mas muitos dos eventos realizados no auditório podem ser acessados com o bilhete do programa permanente. O museu também disponibiliza um pacote família, com bilhetes para dois
Temáticas sensoriais são bastante exploradas no museu e oferecem uma perspectiva diferente ao visitante
As atrações do La Cité du Vin também apostam na interatividade
adultos e duas a quatro crianças, entre seis e 17 anos, pelo valor de 50 euros. O bilhete para as exposições temporárias de 2017 custa oito euros e as inscrições para os workshops, com nove temas diferentes, custam a partir de 15 euros. Para os eventos culturais, é preciso consultar programações e preços específicos. Também estão disponíveis passes para 2017 pelo valor de 24 euros e ou-
tras opções que unem workshops e a entrada no La Cité du Vin, com valores a consultar. Além disso, o museu permite a compra de bilhetes anuais de temporada, que oferecem acesso ilimitado à exposição e eventos específicos durante um ano a partir do primeiro uso. A opção individual desse tipo de entrada custa 48 euros e a dupla, 84,50 euros. Espaços como restaurantes, adega de
vinho, lojas, sala de leitura, terraço, jardim e centro de informações turísticas podem ser acessados sem o bilhete de entrada do La Cité du Vin.
INFORMAÇÕES www.laciteduvin.com
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Atout France Brasil e Air France, com proteção GTA
Vista da cidade de Bordeaux do topo da torre do La Cité du Vin
JP 004 e 005.indd 5
20/10/2016 18:45:03
06 Melhores promotores 2016
>
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Diego Verticchio
Medalha
de ouro SEGUNDO MAIOR MERCADO EMISSIVO DE VIAGENS, O ESTADO DO RIO TEM PAPEL FUNDAMENTAL NA INDÚSTRIA E POR ISSO CONTA COM OS PRINCIPAIS players do setor, seja com filiais ou com sua sede na capital fluminense. Na pesquisa feita pela PANROTAS, que aponta o melhor promotor de vendas entre as operadoras, os sete nomes mais votados vêm de quatro empresas diferentes, três com sede no Rio (AIT, Soul Traveler e Abreu). De fora, apenas a Flytour Viagens, que emplacou o campeão: Leonardo Santos, executivo de 41 anos, dos quais 22 dedicados ao Turismo, encabeça a lista, tendo sido o mais votado pelos agentes de viagens. Com experiência em grandes empresas como Planeta Brasil e CVC, Leonardo Santos acredita que o diferencial está em buscar novas oportunidades e cita Valter Patriani e Elói D’Ávila de Oliveira como fontes de inspiração.
RJ
Melhores promotores Operadoras (RJ) Leonardo Santos Flytour Viagens e Turismo Empresa: Flytour Viagens e Turismo Idade: 41 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: três anos Tempo de Turismo: 22 anos Empresas em que trabalhou: Agência Royal Viagens, Módulo Turismo, Planeta Brasil, CP Turismo e CVC Operadora Estado civil: Casado Por que você está entre os melhores: primeiro de tudo gostar do que faz, acreditar na empresa que você trabalha, não medir esforços em atender a necessidade do seu cliente, que confia em seu trabalho. Qual é a grande conquista da sua carreira: estar entre os melhores promotores e ter reconhecimento dos meus clientes, que acreditam em meu trabalho. Esssa é uma grande conquista. Quem é sua fonte de inspiração na vida: meu pai, Ademar Joaquim dos Santos (em memória), que me ensinou a honestidade, a trabalhar com dedicação e respeito. Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: sempre busquei inspiração nos grandes nomes do mercado. Aprendi a garra da venda e a simplicidade com Valter Patriani e, atualmente, com o presidente do grupo Flytour, Elói D'Ávila Oliveira, por sua história de perseverança, garra de vencer, simplicidade e ética. Dicas para quem está começando na profissão: humildade, em primeiro lugar. O novo profissional precisa saber que o cliente busca profissionais com comprometimento e conhecimento em seu negócio. Saber ouvir e buscar conhecimento para seu crescimento. Em tempo de crise, como ser diferente: devemos buscar novas oportunidades, novas ideias. Realizar pesquisas de mercado, inovação em nossos produtos. > Continua na pág. 08
JP 006 a 009 - PROMOTORES.indd 6
20/10/2016 18:46:19
JP 007 - A.indd 7
20/10/2016 12:48:16
08
< Continuação da pág. 06
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Kelly Cristina Ramalho Valim Soul Traveler Empresa: Soul Traveler Idade: 40 anos Cargo: executiva de Contas Tempo de empresa: dez anos Tempo de Turismo: 20 anos Empresas em que trabalhou: Discover America, Canaã e GBV Turismo Estado civil: casada Por que você está entre os melhores: pela dedicação e comprometimento com o meu trabalho. Agradeço também aos meus clientes que sempre acreditaram em mim. Qual é a grande conquista da sua carreira: ter o reconhecimento do meu trabalho. Estar aqui entre os melhores, por exemplo. Quem é sua fonte de inspiração na vida:
minha irmã Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: não posso citar uma, seria injusta porque tenho várias fontes de inspiração. Dicas para quem está começando na profissão: é preciso impor a si mesmo metas para se ter a coragem de conquistá-las. Tenha comprometimento com o seu trabalho e tente fazer o seu melhor. Acredite em sua empresa e principalmente em você. Em tempo de crise, como ser diferente: reúna e ouça sua equipe de vendas. Entenda as verdadeiras necessidades dos seus clientes. Entender o que realmente o cliente precisa é uma necessidade fundamental nos dias atuais.
Mariana Casanova Soul Traveler Empresa: Soul Traveler Idade: 29 anos Cargo: executiva de Contas Tempo de empresa: oito anos Tempo de Turismo: 12 anos Empresas em que trabalhou: College Turismo e Soul Traveler Estado civil: solteira Por que você está entre os melhores: nossos clientes se tornaram meus amigos, tenho um carinho todo especial por cada um deles, acho que é "marmelada". Brincadeiras à parte, tento dar o meu melhor a cada dia, me envolvo com as vendas, investimos no desenvolvimento profissional dos nossos agentes realizando viagens de conhecimento e capacitações, estou sempre disponível para eles, acredito que a palavra que resume bem isso é confiança! Me coloco no lugar de deles, os trato como gosto e preciso ser tradada. Qual é a grande conquista da sua carreira: estou sempre em busca no novo. Apesar de jovem, hoje sou uma mulher independente, mas não gosto de pensar que já tive a grande conquista da minha vida profissional. Quero sempre mais, o céu é o limite! Quem é sua fonte de inspiração na vida: minha
mãe, é claro! Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: tenho algumas, em primeiro lugar minhas parceiras Renata Campello e Kelly Valim. Acredito que sem elas isso não seria possível, e é claro que não posso esquecer da Mariana Rocha, que hoje está em outra operadora e sempre me ensinou muito. Meus diretores, Ricardo Polsler e Andre Napp, que confiaram no meu trabalho e até hoje nos incentivam e nos dão liberdade para criar. Meus professores da faculdade de Turismo, Maurício Werner, Bayard Boiteux, Cristina Rodrigues, Selma Azevedo, George Irmes, Ana Paraense, Roberta Guimarães, Ricardo Oliveira e Nilvando Oliveira Jr, e os do curso de guia, Marcio Grossi e Marcos Neves. Foram eles que deram início a tudo isso. Dicas para quem está começando na profissão: ame o que você faz, tenha empatia pelo seu cliente, goste muito de gente, pois nosso trabalho é relacionamento. Vendemos sonhos, estamos constantemente lidando com a expectativa das pessoas. Não pare de estudar, o mundo muda a cada dia, temos que estar um passo à frente. Em tempo de crise, como ser diferente: na crise, ficamos criativos. Acredito que o "pulo do gato"
seja trabalhar com viagens de experiência, investir nos nichos e grupos e criar novas parcerias. A internet não substitui o atendimento de excelência. O relacionamento é a única moeda de troca para fazer os negócios acontecerem.
Bruno Lamori AIT operadora Empresa: AIT operadora Idade: 25 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: três anos Tempo de turismo: sete anos Empresas em que trabalhou: Bessitur, Shangri-lá e Assist Card Estado civil: Solteiro Por que você está entre os melhores:porque amo o que eu faço e sempre busco fazer o meu melhor. Qual é a grande conquista da sua carreira: Eestar entre os melhores e ter meu trabalho reconhecido pelos meus clientes. Concorrendo com grandes nomes do trade, me sinto extremamente lisonjeado. Quem é sua fonte de inspiração na vida:
JP 006 a 009 - PROMOTORES.indd 8
minha mãe, Moema Lamori, um exemplo de caráter, de ser humano e profissionalismo. Pessoa na qual me espelho todos os dias. Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: Júlio Cesar Rodrigues, também executivo do grupo, e a gerente da equipe, Adriana Sales. Pessoas dedicadas e queridas no mercado e que sempre me ajudaram e apostaram no meu trabalho. Dicas para quem está começando na profissão: planejamento, foco, dedicação e determinação. Conquiste e mantenha bons relacionamentos. Em tempo de crise, como ser diferente: seja criativo e inovador. Como disse Bill Gates, "se você quer chegar aonde a maioria não chega, precisa fazer algo que a maioria não faz."
20/10/2016 18:46:18
09
Júlio Cesar Rodrigues AIT operadora
Empresa: AIT operadora Idade: 54 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: Seis anos Tempo de turismo: 35 anos Empresas em que trabalhou: Bradesco Turismo, Mesblatur, Hertz, Voetur e Marsans Estado civil: Casado Por que você está entre os melhores: acredito que por utilizar um método simples de conduta: planejamento, perseverança e foco em resultados, sempre respeitando nosso cliente pois afinal de contas, já estive do outro lado. Qual é a grande conquista da sua carreira: ter sido lembrado pelos meus clientes pela segunda vez nesta enquete do Jornal PANROTAS. Com tanta gente boa no mercado, é algo que me orgulha. Afinal de contas, já sou um “clássico". Quem é sua fonte de inspiração na vida: minha esposa Verônica, que também é do trade, e meus filhos Julianna e João Victor. Eles são meu porto seguro. Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: sem desmerecer as empresas pelas quais passei, admiro muito os gestores do grupo High Light, liderado por Andras Fulop e Magda Medeiros. Procuro absorver e aplicar no meu cotidiano o que cada gestor das diversas áreas da empresa tem de melhor, e me aprimorar. Dicas para quem está começando na profissão: quem tem a informação, detém o poder. Essa frase foi citada por um dos gestores com quem tive oportunidade de trabalhar algum tempo atrás, e continua, mais do que nunca, atual. Minha primeira dica é respeito ao cliente. Ouça o que ele tem a dizer e procure orientá-lo da melhor maneira possível. Qualidade na informação também é muito importante. Pesquise, leia, capacite-se. Procure superar as expectativas do cliente. Em tempo de crise, como ser diferente: o cenário atual nos faz repensar como podemos melhorar nosso “modus operandi”. Continuar trabalhando e buscando a fidelização junto aos nossos clientes nos fortalece para dias melhores. Mais do que tecnologia, o diferencial do grupo High Light está no human ware.
JP 006 a 009 - PROMOTORES.indd 9
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Diego Landim Abreutur Empresa: Abreutur Idade: 37 anos Cargo: supervisor comercial Tempo de empresa: oito anos Tempo de turismo: 20 anos Empresas em que trabalhou: VDR Representações (representava Flot, Sanchat e Visual), Dunes Non Stop e Tam Viagens Estado civil: Casado Por que você está entre os melhores: a consistência e a determinação me trouxeram a esse momento. Acreditar sempre que o mais importante é o trabalho bem feito e o cliente (o agente de viagens e o passageiro) satisfeito para que ele retorne. Qual é a grande conquista da sua carreira: reconhecimento dos bons profissionais e saber que sobrevivi aos duros obstáculos dos últimos 20 anos do nosso mercado Quem é sua fonte de inspiração na vida: fonte de inspiração da vida são as coisas que me trazem felicidade: minha família, meus amigos e a busca por dias melhores. Quem é sua fonte de inspiração no Turismo: muitas pessoas contribuíram para que pudesse chegar até aqui, mas algumas apostaram e ainda apostam em mim. Monica Oliveira, Oscar Dalsenter, Jacqueline Alves, Robson Gaglianone, Ronnie Correa, Sérgio Vianna e dois irmãos que o Turismo me deu, Alexandre Silva e Edy Santos. Dicas para quem está começando na profissão: para quem começa no Turismo ou em outro segmento profissional, minha dica é: seja o mais preparado. As oportunidades surgem mais cedo
ou mais tarde, e o que tive que aprender da maneira mais dura, é que nós temos que estar preparados. Estude muito, viaje, invista no seu lado profissional e busque ter o conhecimento necessário para o próximo passo. Em tempo de crise, como ser diferente: depois de passar por algumas, aprendi que o bom trabalho, feito com responsabilidade em tempos de boas colheitas, e estar aliado a uma empresa sólida, é que fazem a verdadeira diferença. Sem a confiança dos clientes, é impossível seguir em frente.
20/10/2016 18:46:25
10 Aviação
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Renê Castro – Toulouse (França)
O primeiro da família
O presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, com o primeiro A320neo da companhia
SEMANAS APÓS A ESTREIA DO A320NEO DA LATAM EM SOLO NACIONAL, FOI A VEZ DA AVIANCA Brasil receber o modelo da aeronave, o primeiro de uma encomenda de 62 aeronaves feita pela Synergy Aerospace Corporation, proprietária da empresa e maior acionista da Avianca Internacional. A entrega ocorreu no último dia 11, e o presidente da aérea brasileira, Frederico Pedreira, desembarcou em Toulouse, na França, para acompanhar de perto o resultado final da montagem. O dirigente, ali-
ás, fez questão de conferir todos os detalhes, das turbinas aos banheiros, do cockpit ao entretenimento de bordo. Satisfeito com o resultado, enalteceu o investimento e revelou o uso que fará do equipamento. “Este modelo é ideal para uma operação de três horas. A estreia deve ser um voo entre Porto Alegre e São Paulo, e, de lá, permanece atendendo São Paulo-Recife”, afirmou. Em 7 de dezembro, outro A320neo chega ao Brasil, mas os planos ainda não estão certos. Já para 2017 são aguardadas outras seis unidades.
Rafael Alonso, presidente da Airbus para América Latina e Caribe
JP 010 a 012.indd 10
“Não sabemos quantas aeronaves serão destinadas ao Brasil. Tudo depende da situação do mercado, mas a ideia é que utilizemos os A320neo para ter mais eficiência na operação, sem perder a qualidade do serviço. Esse equilíbrio existe e sempre existirá na Avianca. Não vamos abrir mão disso”, resumiu Frederico Pedreira, que pouco aparece para o trade, pois está sempre em viagens de negócios ou na sede da Avianca, na capital paulista, resolvendo questões do dia a dia. No próprio dia 11, o presidente aproveitou a liberação da aeronave para pegar uma carona e voltar com a novidade para o Brasil. O A320neo saiu de Toulouse e foi para a Ilha do Sal, em Cabo Verde, para uma parada técnica de reabastecimento. De lá, seguiu para Porto Alegre, onde o equipamento foi devidamente documentado para, então, operar rotas domésticas. Ainda não foi divulgada uma data oficial para a estreia do modelo, mas a operação deve ocorrer ainda este mês. Com capacidade para 165 passageiros, a aeronave de matrícula PR-OBD chega com a promessa de redução do consumo de combustível em cerca de 15%, se comparada à geração anterior, proporcionando maior eficiência operacional e menor impacto ambiental, segundo a Airbus. Outras novidades são os
20/10/2016 18:47:05
11
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
motores Leap-1A CFM International, visivelmente maiores que seus antecessores — e que são pela primeira vez utilizados nas Américas, e a introdução de sharklets , estruturas curvas instaladas nas pontas das asas para melhorar a aerodinâmica e a performance da aeronave durante o voo.
PONTE AÉREA Muitos são os planos para a geração neo. O direcionamento do avião para operações na ponte aérea Rio-São Paulo está na pauta e, para Frederico Pedreira, trata-se de um upgrade considerável no que é oferecido atualmente. “Seremos a empresa com o melhor produto do Brasil”, cravou, deixando clara a imagem que a Avianca Brasil quer carregar perante o consumidor. Frota jovem, wi-fi a bordo e refeições quentes mesmo em trechos curtos são alguns dos serviços que o dirigente exalta e que, segundo ele, fazem a empresa crescer. Para o presidente da Airbus para a América Latina e Caribe, Rafael Alonso, “o A320neo é uma aeronave de alta performance e ajudará a transformar e modernizar a frota da Avianca, ao passo em que melhorará sua eficiência e impacto ambiental." Com a certeza da parceria preferencial por parte da Avianca, Alonso não tem dúvidas de que a fabricante será a única responsável pela renovação de frota da companhia brasileira. A Airbus possui 173 aeronaves em operação no Brasil e 54% de market share (contra 46% da Boeing, na competição de mesmo porte de aeronave). Além da Avianca Brasil, a Azul solicitou 35 A320neo, enquanto a Latam aguarda por 55 aviões do modelo. A Gol foi a única que anunciou ordem de compra com a Boeing, solicitando 60 unidades do B737 Max, concorrente direto do A320neo. p
Maior eficiência operacional e melhor aerodinâmica são alguns dos upgrades que o A320neo trazem para a frota da Avianca Brasil
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Avianca Brasil e Airbus
> Continua na pág. 12
JP 010 a 012.indd 11
20/10/2016 18:47:16
12
< Continuação da pág. 11
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
SAIBA MAIS SOBRE O A320NEO PERFORMANCE AMBIENTAL PROMESSA
DE
DADOS DE MERCADO
ECONOMIA
AIRBUS POSSUI MAIS DE
DE 15% EM CONSUMO DE COMBUSTÍVEL POR ASSENTO*
4,8 MIL ENCOMENDAS DO MODELO, DIVIDIDAS ENTRE
87 CLIENTES 5% MENOS CUSTO COM MANUTENÇÃO DE FUSELAGEM*
60% DE PARTICIPAÇÃO NO MERCADO GLOBAL (VERSUS O 737 MAX, DA BOEING)
50% DE REDUÇÃO DE RUÍDO DURANTE O VOO* PRODUZ MENOS 5 MIL TONELADAS DE CO2 POR ANO E -50% EM EMISSÃO DE NOx*
OFERECE TRÊS TAMANHOS, DE 100 A 240 LUGARES ASSENTOS COM 18 POLEGADAS DE LARGURA, OU 45,7 CENTÍMETROS
*COMPARADO AO MODELO DE GERAÇÃO ANTERIOR
NEO NA AVIANCA BRASIL COMPANHIA É A PRIMEIRA DAS AMÉRICAS A OPERAR A AERONAVE COM MOTORES CFM AVIANCA HOLDINGS AINDA AGUARDA OUTRAS
62 AERONAVES DA AIRBUS SÃO PAULO-RECIFE FOI A ROTA ESCOLHIDA PARA OPERAR O MODELO NA ESTREIA
HOMEM DE CONFIANÇA O JORNAL PANROTAS CONVERSOU COM O PRESIDENTE DA AVIANCA BRASIL, FREDERICO PEDREIRA, QUE ASSUMIU O CARGO EM 11 DE ABRIL, APÓS QUASE SETE ANOS DE EMPRESA. PEDREIRA OCUPAVA O CARGO DE VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO quando foi convidado pelo sócio cofundador e hoje presidente do Conselho de Administração da aérea, José Efromovich, para assumir a companhia. O jovem executivo português de 40 anos tem entre os muitos objetivos preparar a empresa brasileira para uma inevitável fusão com a Avianca Internacional. Confira a seguir o bate-papo de Pedreira com o JP. JORNAL PANROTAS — O mercado pode esperar uma fusão com a Avianca Holdings? FREDERICO PEDREIRA — Consolidar a Avianca Brasil passa pela fusão das marcas. Hoje já temos a mesma experiência nas duas empresas, o que nos diferencia das demais. Eu diria que é uma meta de longo prazo. JP — Como você avalia 2016 para a indústria de Viagens e Turismo? PEDREIRA — Confesso que estou mais empolgado nos últimos meses, mas não espero uma retomada imediata ou miraculosa. No caso da aviação, nosso setor é resiliente, capaz de se superar mesmo na adversidade. Veja, por exemplo, o setor automotivo, que passa por um período muito delicado e tem dificuldades para se reerguer. O fato é que o Brasil precisa do setor aéreo, até pela dimensão geográfica.
JP 010 a 012.indd 12
É isso que nos faz crer em uma retomada e é por isso investimos em aeronaves e serviços melhores. JP — Qual o seu principal objetivo como presidente da Avianca Brasil? PEDREIRA — Ser a empresa aérea com o melhor produto do País. Já temos a frota mais jovem, fomos a primeira a oferecer wi-fi a bordo e, agora, a primeira empresa das Américas a ter o A320neo com motores CFM. A nossa primeira preocupação não é o market share, e sim ser relevantes nas rotas em que operamos. Somos a empresa que mais cresceu este ano e a que teve melhor aproveitamento nas frequências. JP — Como ficou desenhado o plano de expansão da malha da empresa? PEDREIRA — O tópico principal é ser forte nas rotas em que já operamos.
Frederico Pedreira
Após essa etapa, que, aliás, estamos cumprindo à risca, queremos chegar a Belo Horizonte, Manaus e Foz do Iguaçu (PR). Não estamos ainda nessas rotas porque queremos entrar de cabeça. O nosso principal negócio está no corporativo, por isso vamos abrir operações sempre muito conscientes da nossa possibilidade de performance. JP — Quais os planos futuros para a família A320neo? PEDREIRA — A malha aérea de uma companhia é extremamente dinâmica, por isso muitas são as possibilidades. Meu desejo é operar com o A320neo na ponte aérea Rio-São Paulo.
JP — Pode adiantar alguns dos projetos em que a Avianca Brasil está trabalhando? PEDREIRA — Temos uma série de projetos. Mais do que podemos colocar em prática, para dizer a verdade. Entre eles há um assunto em comum: relacionamento com o cliente. Um dos temas que estamos conversando é a forma como o usuário faz check-in. Você sabia que mais de 50% dos nossos passageiros utilizam autoatendimento? É algo em que vamos investir cada vez mais. Fora isso, estamos pensando em um novo site e em formas diferenciadas de atender o cliente.p
20/10/2016 18:47:29
13 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Karina Cedeño
Foco em São Paulo VISANDO AMPLIAR O ALCANCE A AGÊNCIAS PAULISTANAS, O LA TORRE
Resort acaba de firmar uma parceria com a Visual Turismo, por meio da qual serão oferecidos três jantares temáticos às principais parceiras do produto. Um dos eventos foi realizado no último dia 13 no restaurante Kaá e contou com a presença de 37 convidados, que foram presenteados pelo diretor do resort, Luigi Rotunno, com uma estada de três dias no empreendimento. O segundo encontro ocorreu uma semana depois, no restaurante Bacalhoeiro. Se depender de Rotunno, aliás, o La Torre já está preparado para ganhar força na capital paulista. "Enquanto muitos produtos nascem em São Paulo e vão para outras regiões do Brasil, o La Torre começou de modo inverso, trabalhando primeiro outros mercados, como Goiás, Minas Gerais e o interior de São Paulo, para então chegar à capital paulista. Sentimos que o La Torre já tem maturidade suficiente para intensificar sua presença neste mercado, cujo público é mais exigente e também mais experiente", destaca o diretor geral do resort. A parceria também deve trazer diversos benefícios aos agentes de viagens e à Visual Turismo, segundo o gerente comercial da operadora, Renato Kido. "Além de ser um produto já consolidado, o La Torre vem sempre inovando, e por meio dessa parceria não só manteremos o agente de viagens atualizado como também poderemos oferecer um alto número de fretamentos partindo de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre com destino a Porto Seguro (BA) na alta temporada", conta Kido.
versificada aos hóspedes que querem tirar alguns dias de descanso durante a semana", diz Rotunno, que também menciona investimentos em campanhas de marketing como propulsores da visitação no resort. Os resultados de tais medidas têm sido bastante satisfatórios: somente em outubro o La Torre registrou uma ocupação superior a 90%, e almeja alcançar uma média de ocupação de 84% esse ano, número acima da média registrada pela Associação Brasileira de Resorts (ABR), que é de 58%.p
Luigi Rotunno (La Torre Resort), Renato Kido (Visual Turismo), Cinthya Costa (La Torre Resort), Eliseu Thomae (Visual Turismo) e Renata Righi (La Torre Resort)
BAIXA TEMPORADA
Mas o foco não deve ser dado apenas à alta estação, na opinião do diretor do La Torre Resort, já que este é um período que por si só já atrai muitos turistas. O desafio, segundo ele, é continuar a oferecer novos atrativos durante o resto do ano. “Procuramos reforçar o posicionamento do La Torre na baixa temporada também, oferecendo programação di-
JP 013.indd 13
20/10/2016 18:47:57
Esquiando pelo
mundo
Jackson Hole por RAFAEL FAUSTINO
Mais, mais e mais esquiadores. Esse é o sentimento que prevalece no Jackson Hole Mountain Resort, localizado no Estado norte-americano de Wyoming e uma das mais tradicionais estações dos Estados Unidos. Na última temporada, quando foram comemorados 50 anos de história da estação, foram nada menos que 560,4 mil aventureiros no resort, que combina mais de mil hectares de área divididos em duas
NOVA GÔNDOLA
montanhas, totalizando 1,2 mil metros em descidas. O número foi considerado um sucesso pelos administradores, que agora preparam-se para a temporada 2016/2017, com início previsto para o Dia de Ação de Graças, em 24 de novembro. E, é claro, há muitas novidades para atender ainda mais pessoas nesse período em Jackson Hole, que pode ser acessado rapidamente a apenas 15 minutos do aeroporto local. Confira: Apresentando, juntamente com o passaporte, um passe de qualquer estação de esqui no mundo, o visitante ganha um desconto de 40% na compra do bilhete em Jackson Hole. Além disso, há uma promoção para o Natal que garante dois dias de passe livre em dezembro. Isso para as reservas feitas por meio das operadoras de Turismo com a partir de quatro noites no resort. Também continua nesta temporada o programa de esqui gratuito para crianças, válido para todos os tipos de férias e pacotes de hospedagem em uma das propriedades do Jackson Hole Resort Lodging. Além disso, reservando qualquer condomínio ou casa por um período igual ou superior a quatro noites, a família ganha 10% de desconto. O programa é válido para estadas durante todo o inverno, com exceção da semana do Natal.
A partir da segunda quinzena de dezembro, estará funcionando a Sweetwater Gondola, um projeto estratégico que será o primeiro passo de uma expansão do Jackson Hole Mountain Resort. Com uma subida que levará apenas sete minutos e meio para chegar nas áreas das pistas intermediárias, o equipamento terá 48 cabines quádruplas, o que permitirá transportar 192 pessoas simultaneamente. Com a gôndola, o resort estará mais perto de criar, num futuro próximo, uma nova área para a Escola de Esqui. E, desde já, a ideia é satisfazer famílias e grupos permitindo acesso rápido a pistas e estações de aprendizado. Por meio da Sweetwater, chega-se também ao Teton Lift, ascensor inaugurado na última temporada para levar dois mil esquiadores por hora até o alto da montanha. Agora, chega-se ao alto mais rapidamente para depois descer em uma das três pistas que foram criadas a partir do pico do teleférico. Inaugurado na última temporada, o Piste Mountain Bistro está ainda melhor preparado para receber até 150 pessoas entre uma esquiada e outra. Ali, os visitantes podem encontrar um ambiente confortável para uma Já há importantes ações comerciais em curso para atrair mais e mais es- refeição casual enquanto comentam suas experiências e se divertem ou quiadores e snowboarders para Jackson Hole. Depois do sucesso na última relaxam. Nas paredes, um design contemporâneo que cria uma atmosfera temporada, o Golden Ticket estará de volta entre os dias 9 e 31 de janeiro. convidativa. E, no prato, ingredientes naturais e regionais servidos tanto no
GASTRONOMIA
PROMOÇÕES
JP 014 e 015 - Ski.indd 14
20/10/2016 18:48:21
Esquiando pelo mundo
As crianças podem esquiar gratuitamente em Jackson Hole, tornando o local especial para as famílias Um dos imóveis no Jackson Hole Resort Lodging
Digulgação: Jackson Hole Mountain Resort
almoço quanto no jantar. E, é claro, continuam lá o Colouir Restaurante and Bar e o Bridger Restaurante. No primeiro, os frequentadores têm a melhor vista do alto da montanha a partir de um terraço aquecido, com pratos personalizados assinados pelo cehf executivo do local. No Bridger, a especialidade são sopas e saladas, além de pratos orientais e uma churrasqueira que funciona o dia inteiro para os amantes da carne. Há ainda o o Headwall Deli, projetado para esquiadores e snowboarders que chegam após um dia nas montanhas.
HOSPEDAGEM
Há várias opções de todos os tipos para ficar próximo ao resort. E algumas das acomodações receberam investimentos para a temporada que está para começar. Em Jackson, o Snow King Hotel, por exemplo, foi reformado e conta com uma nova área de piscina aquecida e hidromassagem. Também há spa diurno e traslado para aeroporto e também ao próprio Jackson Hole Mountain Resort. Outra novidade é o Hotel Jackson, mais recente inauguração. Um hotel-boutique com 58 quartos e seis suítes, esse empreendimento fica em uma área central e aposta na mistura entre um clima de velho oeste e o ar contemporâneo. E, também por ali, o tradicional The Worth Hotel, bem próximo à Town Square ganhou recentemente um prêmio que atesta sua qualidade para os esquiadores e visitantes: O hotel foi considerado o “melhor hotel histórico de pequeno porte” dos Estados Unidos, com seus quartos confortá-
JP 014 e 015 - Ski.indd 15
veis e um acervo de obras de arte que remete ao velho oeste. E, de lá, fica fácil curtir a vida noturna de Jackson depois de um cansativo dia de atividades.
TETON VILLAGE
Com um clima mais exclusivo está a Teton Village, onde há hotéis mais luxuosos e condomínios para aluguel. O principal exemplo, claro, é o Jackson Hole Mountain Loding, na base da montanha e com imóveis que podem ser alugados por temporada. Há desde apartamentos estilo estúdio a outros com cinco quartos e acesso direto às pistas de esqui. Outra opção luxuosa é o Four Seasons Resort, o único com cinco diamantes AAA e cinco estrelas da Forbes no local. O hotel é totalmente ski in/ski out e oferece vistas privilegiadas das montanhas. Spa e todas as acomodações possíveis nas suítes estão disponíveis, além de passeios exclusivos: por exemplo, um safari para conhecer a fauna local, ou uma saída noturna para os locais que oferecem as melhores vistas do céu estrelado. Três bares e restaurantes completam a experiência, com chefs consagrados que combinam com um hotel desse porte. Se a ideia é ter ainda mais privacidade, o Amangani, em uma montanha separada da estação de esqui, oferece um clima diferenciado nesse sentido. São 40 suítes a 213 metros acima do vale do Jackson Hole, com vistas panorâmicas e, ainda assim, acesso fácil às atividades. É disponibilizado traslado o tempo todo para o longe particular do Amangani, que fica na base das pistas.
SOBRE A UNITED
Os brasileiros que pretendem esquiar na temporada 2016/2017 têm muitos motivos para escolher a United Airlines como companhia aérea. A empresa oferece as melhores conexões para os principais destinos de esqui nos Estados Unidos. E, é claro, Jackson Hole está entre eles. Partindo do Brasil, a United tem frequências diárias a partir de São Paulo para Nova York/Newark, Houston e Chicago e a partir do Rio de Janeiro para Houston. Dessas cidades, há opções de conexões para Jackson Hole. Além disso, a Mountain Sports School, do Jackson Hole Mountain Resort, irá oferecer uma aula gratuita de esqui ou snowboard a todos os brasileiros que voarem pela United Airlines, dando uma economia de US$ 135. As aulas deverão ser marcadas com antecedência de até dez dias pelo e-mail julie.calder@jacksonhole.com. A promoção é válida durante toda a temporada — exceto no período de 20 de dezembro de 2016 a 4 de janeiro de 2017 e entre 17 a 25 de fevereiro. Para saber mais sobre os destinos operados, informações e outras informações, entre em contato com o departamento comercial nos telefones (11) 3145-4200 ou (21) 2531-1850. “Esquiando pelo mundo” é uma série mensal. Sugestões e colaborações: redacao@panrotas.com.br.
20/10/2016 19:05:16
16
INFORME PUBLICITÁRIO
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
Operadoras
A importância dos jovens VOCÊ COM CERTEZA JÁ VIU, NAS PÁGINAS DESTE JORNAL E EM MUITAS NOTÍCIAS PUBLICADAS no Portal PANROTAS, diversas especulações a respeito dos hábitos de viagem dos novos viajantes. Também chamados de millennials, ou “geração Y”, esse público de jovens adultos é cada vez mais representativo dentro do Turismo, caracterizado principalmente pelo seu apego à tecnologia e desprendimento a formalidades típicas das gerações anteriores. Compreender o perfil dessas pessoas parece muitas vezes enigmático, mas há quem seja especialista em atendê-las. O Contiki, operador de viagens que atende exclusivamente jovens entre 18 e 35 anos de idade, trabalha com mais de 300 roteiros internacionais variados em regiões como América Latina, do Norte, Europa e Ásia, e tem diversas parcerias com acomodações, transporte e passeios para garantir todo o apoio que o jovem precisa no Exterior. Com 50 anos de experiência nesse mercado, a empresa é pioneira no segmento, e tem como objetivos maiores oferecer, por meio de viagens, experiências memoráveis, e possibilitar que essas pessoas façam amigos do mundo todo. Claro que as agências de viagens são uma importante porta de entrada para esse público chegar à empresa. E, em seu estudo “Viajantes millennials: fatos para todo agente de viagens”, o Contiki sumariza informações importantes para balizar os profissionais que visam chegar com mais eficácia aos jovens. O público é enorme: são quase 80 milhões somente nos Estados Unidos. No Brasil, algo em torno de 34 milhões, considerando os dados de pirâmide etária disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos clientes da empresa, 57% estão na faixa entre 24 e 31 anos, e 70% são jovens profissionais já graduados, que trabalham principalmente em áreas ligadas à saúde, educação, direito e tecnologia.
HÁBITOS
Quem afirma que os millennials são 100% disruptivos e dispensam completamente os agentes de viagens está errado: no Contiki, 58% dos clientes afirmam ter sido apresentados à companhia por esses profissionais. E 21%
JP 016.indd 16
efetivamente utilizaram um agente durante o planejamento da viagem. O segredo está em conhecer os seus hábitos: não é preciso ser um millennial para se comunicar com eles. É claro que há muitos mochileiros e viajantes que fazem tudo sozinho entre os jovens. Mas eles muitas vezes não sabem por onde começar, ou têm dificuldade de escolher uma entre muitas possibilidades. E é aí que entra o papel do agente e de uma operadora especializada. O itinerário é fator determinante para 87% das pessoas que viajaram pela empresa, seguido de perto pelo timing da viagem, com 85%. Ou seja: é importantíssimo oferecer a ajuda certa, na hora certa. Além disso, esses millennials cresceram em uma época de maior estabilidade econômica, e com isso são economicamente responsáveis e pensam a médio prazo. Perto de dois terços economizam dinheiro constantemente e começam a planejar as viagens com até seis meses de antecedência. Portanto, a crise econômica pode não ter para eles o mesmo efeito que exerce no restante das pessoas.
INFORMAÇÕES O Contiki faz parte da The Travel Corporation. Conheça mais sobre a empresa no encarte que acompanha esta edição, e entre em contato escrevendo para flavio.policarpo@ contiki.com
PERFIL E HÁBITOS DOS CLIENTES CONTIKI
IDADE
57%
estão na faixa entre
24 31
e anos de idade Média de idade:
26 anos
OCUPAÇÃO
70%
são jovens profissionais já graduados
15% com educação 11% no Direito trabalham 22% com 5% com tecnologia saúde
NAS VIAGENS
58%
chegaram à Contiki por meio de agentes de viagens
21% usaram agentes no planejamento da viagem 87% têm o itinerário da viagem como maior motivação / 85% o momento de ir 65% falam com amigos e famílias antes de decidir 15% voltam a viajar pela Contiki após a primeira
20/10/2016 19:21:39
17 Política
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Artur Luiz Andrade
1 ano sem visto? O NOVO MINISTRO DO TURISMO, MARX BELTRÃO, É DEPUTADO FEDERAL
pelo PMDB de Alagoas, político de carreira e já chegou à pasta anunciando que em um ano e meio deve deixar o cargo para se candidatar à reeleição ou a outra posição na política de seu Estado. Cartas na mesa, disse, em recente reunião do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec), da Fecomercio-SP, que terá tempo para fazer muita coisa, baseando-se no diálogo aberto com o trade. Diálogo que já começou em seu gabinete e que teve no evento do Cevec mais uma amostra da disposição do novo ministro. Uma de suas bandeiras é aprovar a isenção de vistos para Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão, como na Olimpíada Rio 2016, e ainda acrescentar a China, em um teste de um ano para avaliar resultados. “O Brasil perdeu US$ 18 milhões com as taxas de vistos que deixou de arrecadar para a Rio 2016, mas os visitantes desses mercados deixaram no País US$ 142 milhões”, exemplificou. A questão dos vistos faz parte de uma agenda legislativa e de interface com os demais ministérios, como o das Relações Exteriores e das Cidades, que Marx Beltrão já iniciou. A revisão da Lei Geral do Turismo (uma proposta feita pela CNC será entregue a ele em novembro, mas o MTur também terá sua sugestão pronta) e um novo Plano Nacional de Turismo fazem parte das urgências. Marx Beltrão prometeu ainda um novo desenho para a Embratur, entidade que foi criticada pela presidente do Cevec, Viviânne Martins. “Por que a Embratur não está próxima da indústria? Por que não conseguimos captar turistas, viajantes corporativos e eventos para sairmos dessa posição tímida no ranking mundial?”, indagou. O ministro está ciente das limitações da Embratur e prometeu também lutar para mais verba de promoção. “Enquanto temos R$ 18 milhões para esse fim, nossos vizinhos gastam até 27 vezes mais." A consolidação do Turismo como uma indústria de prestígio (ou seja, resultados relevan-
JP 017.indd 17
tes) na visão do governo é a principal reivindicação do trade. Beltrão se disse sensibilizado. "Os maiores gargalos do Turismo dependem de vontade política. Temos de mudar isso. Não adianta termos recursos naturais e não conseguirmos materializar negócios. O Brasil é um transatlântico em um açude. Turismo tem de ser prioridade para o governo", disse o ministro, que prometeu também menos burocracia, inclusive para a iniciativa privada chegar às orlas, florestas e parques nacionais brasileiros.p
O ministro Marx Beltrão com Viviânne Martins, do Cevec, e Alexandre Sampaio, da CNC/FBHA
20/10/2016 18:49:32
18 Aviação
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Artur Luiz Andrade
2 nações, muitas parcerias
Pieter Bootsma, VP de Estratégia Comercial do Grupo Air France-KLM
Patrick Alexandre, VP comercial e de Alianças da Air France-KLM
CRIADO EM 2004 COM A FUSÃO DA AIR FRANCE E DA KLM, O HOJE GRUPO AIR FRANCE-KLM
tante para os clientes. A identidade é um ativo importante para cada uma. O sabor da Holanda está nos voos da KLM, e o sabor da França nos da Air France. Mas nos bastidores, quando falamos do comercial, das alianças, do planejamento de rotas e revenue, por exemplo, somos uma só empresa. Você não vai ver duas decisões diferentes relacionadas a esses temas.
é um dos maiores do mundo em volume de passageiros e faturamento (20 bilhões de euros no ano passado) e também um dos mais antigos, se contarmos que a empresa holandesa foi fundada em 1919 e a Air France em 1933. Somente no Brasil, a KLM está há 70 anos, celebrados na semana passada. Em 2017 será a vez da empresa francesa atingir a marca no mercado brasileiro. O peso da idade e alto custo de sua estrutura, nos dias de hoje, fazem o grupo ter de buscar soluções para concorrer com novos players, como as low cost/low fare e as empresas árabes, acusadas por companhias americanas e europeias de ganharem subsídios de seus governos, e assim terem um custo cerca de 30% menor que os concorrentes, apesar do produto premium. A tecnologia e as novas formas de distribuição são outros desafios que Air France e KLM enfrentam como uma só empresa. “Da porta do avião para fora, temos a mesma estratégia comercial, mesmo time de revenue, mesmo planejamento. Ao entrarmos no avião é diferente. Temos a experiência francesa, temos a experiência holandesa, e produtos diferentes”, disse ao Jornal PANROTAS, em entrevista exclusiva, o vice-presidente executivo de Alianças, Vendas e comercial da Air France-KLM, Patrick Alexandre.
JP 018 e 019.indd 18
“Qualquer medida que formos tomar do ponto de vista comercial será de forma única, como grupo”, reafirmou ele, ao ser indagado, por exemplo, sobre o NDC (New Distrbution Capability), da Iata, ou a taxa que sua rival Lufthansa criou para vendas via GDSs. Alexandre divide o comercial do Grupo Air France-KLM com o holandês Pieter Bootsma, vice-presidente de Estratégia Comercial, que também conversou com o Jornal PANROTAS no dia da festa de celebração dos 70 anos da KLM no Brasil. A parceria com empresas ao redor do mundo, como a brasileira Gol, a americana Delta e as chinesas China Eastern e China Southern, foi destacada na entrevista como uma das armas da Air France-KLM para se posicionar como uma das forças da aviação no planeta. Confira a seguir como o grupo vê o avanço das companhias árabes, os prognósticos para o Brasil e os investimentos que virão ao redor do mundo. JORNAL PANROTAS — Como manter a identidade de duas empresas tão fortes após a fusão e como usar os benefícios de ser um grupo, uma só companhia? PATRICK ALEXANDRE — Somos, como você disse, um grupo e duas companhias aéreas. Cada uma representa o DNA de seu país. Nunca tentamos fusionar essas influências, pois cada empresa representa algo muito impor-
JP — Mas há diferenças de rotas ou nos hubs, por exemplo, ou a malha está desenhada para que em Schipol ou Charles de Gaulle o passageiro tenha a mesma facilidade? ALEXANDRE — Há pequenas diferenças, como a KLM conectar melhor para a parte norte-oriental da Europa ou da Escandinávia. E a França ficar mais com o Sul da Europa e Norte da África. Mas para as principais capitais e no longo curso, temos o mais rico portfólio entre as empresas aéreas e permitimos a combinação de trechos com uma ou outra empresa, entrando por um hub e saindo por outro. JP — E como definiriam esses estilos diferentes de produtos, de servir o cliente? PIETER BOOTSMA — O estilo holandês é mais direto no seu contato com o cliente. Mais franco e pragmático. É um povo muito easygoing. O estilo da Air France é mais elegante e sofisticado. Quanto aos hubs, queria acrescentar que Schipol, na Holanda, foi desenha-
do para ser um aeroporto com foco nas conexões. Setenta por cento de nossos passageiros estão conectando. Somos um país pequeno. O que não quer dizer que em Paris seja difícil. Lá, o índice de conexão é de 50%, mas trata-se de um volume imenso de passageiros. JP — Essa diferença de povos também acaba impactando na forma de negociar com os sindicatos de funcionários? A impressão que temos é de que a Air France está muito mais vulnerável a problemas desse tipo... BOOTSMA — Temos os mesmos desafios nos dois países, mas talvez com respostas diferentes. As condições trabalhistas foram construídas por décadas e tornam a estrutura de nossa empresa bastante cara. Temos que levar isso em conta nas negociações. Na Holanda, diria que chegamos mais rapidamente a um acordo. Todos querem resolver logo e fazer acontecer. Há um comprometimento e boa vontade. Na França o conflito é mais extremo. JP — O senhor comentou sobre a estrutura cara que duas empresas de décadas acabam acumulando ou herdando. Como ser competitivo na aviação atual, começando pela briga com as empresas aéreas árabes? BOOTSMA — A questão das empresas árabes é sim um desafio e o aumento de eficiência e produtividade é o primeiro item a ser considerado. Por exemplo, usar aeronaves mais eficien-
20/10/2016 18:49:56
19
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
70 ANOS DA KLM NO BRASIL 1
2
1 Luciano Macagno, da Delta, Paulo Kakinoff, da Gol, Wouter Vermeulen, da Air France-KLM, Celso Ferrer, da Gol, Nicolas Ferri, da Delta, Pieter Bootsma, da KLM, e Han Peters, da Embaixada da Holanda no Brasil 2 Pieter Elbers, presidente da KLM 3 Patrick Alexandre, da Air France-KLM, Pieter Elbers, da KLM, Paulo Kakinoff, da Gol, Pieter Bootsma, da Air France-KLM, e Eduardo Bernardes, da Gol 4 German Carmona e Adriana Cavalcanti, diretor de Comunicação e Marketing e diretora de Vendas da Air France-KLM para o Brasil
3
4
tes, como o Boeing 787, o Dreamliner, que usamos na operação da KLM entre o Rio de Janeiro e Amsterdã. O segundo passo é intensificar as parcerias, como as que temos com a Delta, a Gol, as empresas da China e como a que estamos negociando com a Jet Airways, da Índia. Conquistamos mercado com essas parceiras, e não comprando mercado como as árabes. A Delta cuida de nossos clientes nos Estados Unidos, a Gol no Brasil e vice-versa. Assim, estamos sempre próximos do mercado e cada vez oferecendo mais conexões e serviços aos clientes. As companhias árabes não têm isso. Têm sim, como a Turkish, um custo 30% menor que o nosso e decisões de malha e planejamento que fogem a qualquer lógica comercial. JP — E a competição com as low cost/low fare? ALEXANDRE — As LCC conquistaram grandes fatias de mercado na Europa e procuramos nos fortalecer em nossos hubs, melhorando nossas malhas de médio alcance, buscando mais receita com a venda de serviços auxiliares e tentando convergir, em algumas rotas, com o modelo deles de alguma forma. Mas também alimentamos nossa malha
JP 018 e 019.indd 19
de longo curso, o que é um grande diferencial. A maioria das adaptações se deu nas operações de médio alcance. BOOTSMA — Também temos nosso próprio veículo low cost, a Transavia, que tem uma administração separada e que usa o hub de Schipol, na Holanda, um grande diferencial, e o de Orly, na França. Temos outros hubs na França para a Transavia, que começou a experimentar um hub fora de nossas sedes, em Munique, na Alemanha. A Transavia tem 30 aeronaves em sua frota e vale repetir que tem estrutura comercial separada da Air France-KLM. JP — Chegamos ao desafio da distribuição. Investir na venda direta é o mais importante nesse momento de altos custos? ALEXANDRE — A venda direta on-line é sim o meio mais barato para as companhias aéreas e temos investido nas diversas formas de venda on-line, como pelo Facebook Messenger e demais canais. A KLM começou primeiro e é mais ativa nas redes sociais, mas, como disse, agimos como um grupo nas estratégias comerciais. Hoje, 30% dos bilhetes do grupo no mundo
JP — E como o grupo viu a decisão da Lufthansa de criar uma taxa para emissão em GDSs? BOOTSMA — O custo de distribuição via GDS realmente é muito alto. Por outro lado, também leva à comoditização. Somos mais um na tela, mais uma linha. Acreditamos que a política do NDC, que a Iata está desenvolvendo, trará novidades nesse sentido e estamos nos preparando para ela. No geral, diria que estamos olhando o mercado com atenção e tomaremos medidas quando acharmos que é necessário. E em grupo, não haverá decisões por companhias.
produtos e aviões, como o 787. A decisão de sair de Brasília se deu porque era uma base que dependia da venda no Brasil em 70%. No Rio e em São Paulo ainda conseguimos o equilíbrio de 50% aqui e 50% fora. Estamos comemorando 70 anos no Brasil, é uma relação de longo prazo e continuará. Já vemos sinal de recuperação. Agosto e setembro já mostram índices positivos, as vendas futuras estão melhores, mas ainda não chegam aos volumes de dois anos atrás. Acreditamos na recuperação da economia para o segundo semestre de 2017 e na volta dos investimentos para 2018. Vale destacar que o setor de cargas tem nos dado indícios de melhora também.
JP — Como o grupo vê a América do Sul e como a crise brasileira afetou os negócios? BOOTSMA — Somos os maiores operadores entre o Cone Sul e a Europa e um dos maiores no Brasil. Tivemos de reduzir capacidade com a crise brasileira, cortando o voo de Brasília e um pouco dos voos da segunda frequência no Rio e em São Paulo. Mas mantivemos os investimentos, com
JP — Que novidades podemos esperar para os próximos meses? BOOTSMA — A intensificação de nossas parcerias globais, com certeza. Também estamos substituindo os 22 747 da KLM pelo 787. Na Air France, todos os Jumbos foram substituídos pelo 777. Apostamos também em nossas novas classes, incluindo a economy premium da Air France, que vemos como tendência.p
são vendidos por via direta, o que representa 25% da receita.
20/10/2016 18:50:07
20 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Roberta Queiroz
Ritmo acelerado CONSOLIDAR A PRESENÇA NA GRANDE SÃO PAULO E NOS SEUS ARREDORES. ESSE É O OBJETIVO da nova estratégia de expansão adotada pela Atlantica Hotels. Prevista para ser alcançada em 2019, a meta é ousada e envolve a inauguração de 15 hotéis e mais de três mil apartamentos em um período de três anos. Por ora, a ampliação contempla Americana, Campinas, Guarulhos, Santo André e São Bernardo. O primeiro passo do plano — que busca, sobretudo, a fidelização do viajante corporativo que visita a região — foi dado no último dia 20 em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. A rede hoteleira inaugurou um hotel dual branded dividido pelas bandeiras Comfort e Quality e com 296 quartos, dentro do Espaço Cerâmica — um projeto de revitalização urbana que abriga salas comerciais, condomínios residenciais e o Park Shopping São Caetano. Segundo a diretora de Vendas da Atlantica, Michele Tavares, são o fator experiência e a facilidade de acessar serviços que justificam o fato de as primeiras unidades das bandeiras Comfort e Quality estarem no mesmo perímetro do Espaço Cerâmica. A escolha do município, de acordo com a vice-presidente sênior de Vendas e Marketing da empresa, Annie Morrissey, também tem um motivo consistente: a demanda. “São Caetano tem uma localização estratégica, marcada pelo desenvolvimento industrial petroquímico e automotivo, notadamente por abrigar o Terminal da Petrobrás e a sede da General Motors no Brasil”, ressaltou a executiva. O endereço se aproxima
Hotel está operando desde o dia 20 de outubro
ainda do São Paulo Expo Imigrantes e do Aeroporto de Congonhas, além do fato de a cidade ser referência no vôlei e na ginástica artística.
O COMPLEXO
De categoria econômica, o Comfort Hotel São Caetano oferece 178 quartos com metragens que variam de 21 a 30 metros quadrados conforme o tipo escolhido (superior ou luxo). Enquanto isso, o Quality Hotel São Caetano, com instalações e serviços mais
sofisticados, possui 118 apartamentos, entre 25 e 40 metros quadrados. Outro diferencial desse empreendimento é a categoria business class de apartamentos. Ao optarem por ela, os hóspedes poderão dormir na “cama dos sonhos”, preparada com enxoval luxuoso e travesseiros extras, além de apreciar de uma vista panorâmica da cidade. Vale destacar que cada um dos hotéis tem cinco apartamentos adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O gerente geral do hotel dual branded, Marcel Bicco, a diretora de Vendas da Atlantica Hotels, Michele Tavares, e a vice-presidente sênior de Vendas e Marketing da empresa, Annie Morrissey
JP 020.indd 20
A área de eventos é unificada e tem três salas de reunião prontas para acolher cerca de 15 pessoas — algumas delas, inclusive, têm varanda. Para atender um número maior de pessoas, a Atantica pretende firmar parcerias com as salas comerciais que já compõem o Espaço Cerâmica. A área de lazer também é compartilhada e dispõe de fitness center. Terceirizada, a oferta gastronômica fica por conta do Giotto. A casa é aberta ao público durante almoço e jantar, com serviço à la carte. O gerente geral do complexo hoteleiro, Marcel Bicca, afirmou que entre dezembro e março a ocupação média deve permanecer na casa dos 20%. Após o período de baixa temporada (pelo menos em relação às viagens corporativas), a porcentagem deve atingir os 50%. Para transformar essa projeção em realidade e, quem sabe, ampliá-la, Annie Morrissey aposta no relacionamento human to human. “Queremos resgatar a hospitalidade no ambiente corporativo e por isso investimos na parceria com as agências de viagens voltadas para esse segmento”, observou. “Muitos dizem que o Airbnb vai dominar o mundo, mas não é verdade. Quem precisa de serviço continuará optando pelo hotel. E, se querem saber, a chegada do Airbnb teve lado positivo. Exigiu que o hoteleiro fosse mais hoteleiro."p
20/10/2016 18:50:31
JP 021 - A.indd 21
20/10/2016 12:50:55
22 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Rafael Faustino
Ainda maior APÓS UMA LONGA NOVELA QUE SE ARRASTOU DURANTE QUASE TODO O ANO, A MARRIOTT ENFIM concretizou a compra da concorrente Starwood, em um negócio que movimentou mais de US$ 13 bilhões. O resultado da aquisição é nada menos que a maior companhia hoteleira mundial, com 5,7 mil hotéis, 1,1 milhão de quartos e um portfólio de 30 marcas que atendem diversos segmentos de público. Agora, começa o desafio da integração entre as duas gigantes. E, como em toda grande operação, esse processo deverá ser demorado. Nesse caso, com especifidades do setor hoteleiro, como já apontaram alguns especialistas. “O processo de integração global e a construção de uma cultura empresarial única é definitivamente o grande desafio. Ainda mais se tratando da união de gigantes, com valores corporativos diferentes e clientes fiéis. Em um processo assim, as falhas ocorrem quando os lados não são ouvidos”, aponta a proprietária da Go Consultoria e blogueira de hotelaria do Portal PANROTAS, Gabriela Otto. Esse, entretanto, é um erro que não
acontecerá se depender do discurso do vice-presidente de Vendas e Marketing da Marriott para América Latina e Caribe, Alex Fiz. Tão logo o negócio saiu, Fiz saiu em um giro por vários mercados de sua região para começar a unir as equipes da empresa adquirida com a da nova proprietária. “São apenas duas semanas, mas já começamos essa integração. Praticamente não houve desligamentos, porque duplicamos de tamanho e precisamos de todo esse pessoal para crescer”, afirma em entrevista exclusiva ao Jornal PANROTAS, concedida no hotel Renaissance São Paulo, um dos produtos da Marriott no Brasil.
MARCAS E VENDAS
Outra promessa da Marriott, corroborada por Alex Fiz, é a manutenção de todas as marcas Starwood. Mas, também aqui, há quem discorde, segundo Gabriela. “Alguns especialistas internacionais dizem não acreditar na permanência da marca Sheraton, que domina 40% do portifólio da Starwood, no futuro”, aponta. Para o VP, entretanto, o vasto rol de marcas é justamente o que confere uma grande vantagem à Marriott após a aquisição. “Agora, quando sentamos com um investidor para conversar, temos 30 marcas para escolher a mais certa para o mercado certo”, destaca. Algo que o profissional do Turismo pode esperar, diz Fiz, é a proximidade com o agente de viagens. “Na América Latina, a Marriott tem 30% de vendas que vêm de agências e operadoras. A relação com o trade é boa e vai continuar a ser, assim como a da Starwood”, promete.
Alex Fiz, VP de Vendas e Marketing da Marriott para América Latina e Caribe
NO BRASIL
Por aqui, a presença da Marriott ainda é modesta, mas a compra da rival trouxe um salto que colocou o País em seu mapa global: passando de dez para 19 hotéis, nosso mercado passou a ser o segundo maior para a companhia na América Latina, atrás apenas do México. O País também tem a segunda maior quantidade de clientes fidelizados entre o total de 1,7 milhão na região gerida por Fiz, somando os programas Starwood Preferred Guest e Marriott Rewards. Além dos produtos em funcionamento, há mais alguns por vir: as próximas inaugurações serão o Sheraton Santos (SP) e o Fairfield Inn em Curitiba, já no ano que vem. E há mais cinco que estão em construção. “Sabemos que são números ainda discretos, mas foi um crescimento relevante para a companhia”, diz Alex Fiz p
BANCODEDADOS A MARRIOTT PÓS-STARWOOD
BRASIL ll 19 hotéis: Oito no Rio de Janeiro (Sheraton Barra, Sheraton Grand Rio, Four Points Macaé, Coutyard RJ, AC Hotel Porto Maravilha, AC Hotel Barra da Tijuca, JW Marriott RJ, Residence Inn Barra da Tijuca), quatro em São Paulo (Sheraton WTC, Renaissance, Marriott Executive Apartments, Marriott Airport), dois em Pernambuco (Sheraton Reserva do Paiva e Coutyard Recife), dois no Rio Grande do Sul (Sheraton Porto Alegre e Hotel & Spa do Vinho – Bento Gonçalves), um no Espírito Santo (Sheraton Vitória), Bahia (Sheraton Salvador) e Paraná (Four Points Curitiba). PRÓXIMAS INAUGURAÇÕES ll Sheraton Santos (SP) e o Fairfield Inn Curitiba (PR) AMÉRICA LATINA E CARIBE ll Mais de 200 hotéis (com 50 em construção) ll 49 mil quartos ll 1,7 milhão de clientes nos programas de fidelidade ll Seis novos mercados: Argentina, Uruguai, Guatemala, Paraguai, São Martinho e Cuba MUNDO ll 5,7 mil hotéis ll 1,1 milhão de quartos ll 1,5 mil spas ll 500 mil funcionários
JP 022.indd 22
p
Fonte: Marriott
20/10/2016 19:11:39
23 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Karina Cedeño — Mangaratiba (RJ)
Voos
mais altos JÁ IMAGINOU POSSUIR UM TERRENO AO LADO DE UM CANAL NAVEGÁVEL E um hangar na porta de casa? O diretor do Portobello Resort & Safari, Carlos Borges, não só imaginou, como resolveu dar vida a essa ideia ao criar o Fly Inn, novo serviço oferecido pelo resort, de Mangaratiba (RJ). Ainda em fase inicial, o projeto é pioneiro no Brasil e disponibilizará 30 lotes de terra, com área entre mil e sete mil metros quadrados, para a construção de condomínios integrados a um hangar privado e um cais. Do total, cinco já foram reservados. “Oitenta por cento dos proprietários de aviões também possuem lanchas, e tomamos essa informação como uma das bases para lançar o serviço”, conta Borges. Foram investidos R$ 10 milhões na etapa inicial do Fly Inn, que envolve também a reformulação da pista de pouso do Portobello. Ela foi ampliada e tem agora 1,2 mil metros de comprimento por 30 metros de largura, tornando-se maior do que a pista do aeroporto de Angra dos Reis (RJ) e do mesmo tamanho da pista auxiliar do aeroporto Santos Dumont (RJ). A pista tem capacidade para operação de pouso e decolagem de aviões de até 45 lugares e segue todas as normas técnicas exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ao ser reformulado, o local, que pode receber até 100 aeronaves por dia, ganhou asfalto ecológico no lugar do gramado. “A antiga pista de grama, por ser menos aderente, estava interferindo de forma negativa nas vendas”, conta Borges, revelando que as próximas etapas do Fly Inn envolverão um taxiway com 10,5 metros de largura e outras novidades, que serão anunciadas em breve. “Com este novo serviço, queremos diversificar o público do resort, que é composto 99% por clientes do Rio de Janeiro, e receber moradores de outras regiões próximas, como São Paulo e Minas Gerais”, relata o diretor do resort. Borges
JP 023.indd 23
também promete apostar em outros diferenciais para atrair mais público, como uma marina completamente equipada e um safári com mais de 300 mil metros quadrados e aproximadamente 500 animais das faunas brasileira, europeia e africana.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Portobello Safári & Resort
O diretor do Portobello Resort & Safari, Carlos Borges
20/10/2016 19:24:58
24 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Renato Machado
Indaiatuba corporativa
Projeto do Salão Santos Dumont, maior centro de eventos de Indaiatuba, segundo a empresa
Fachada do Royal Palm Tower localizado em Indaiatuba, em São Paulo
A CIDADE DE INDAIATUBA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO, ENTROU NO MAPA DO GRUPO ROYAL PALM Hotels & Resorts. No último dia 8, foi inaugurado oficialmente o Royal Palm Tower Indaiatuba, um empreendimento com 190 apartamentos e voltado para o público corporativo. O diretor executivo da rede, Antônio Dias, cita a carência do setor como um dos fatores que fizeram a Royal Palm se interessar pelo local. “Indaiatuba é a cidade que mais cresce na região de Campinas”, explica o executivo. Com mais de 230 mil habitantes, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem se destacado pelo crescimento de seu polo industrial, atraindo grandes empresas do setor automotivo e de consumo. Ainda assim, a cidade tinha uma grande carência de hotéis. “Eram apenas 532 apartamentos, mesmo sendo ela uma cidade importante da região”, afirma Dias. Agora, com 722 quartos disponíveis, o cenário começa a tomar nova forma. Outro ponto interessante que influenciou a chegada da rede campineira foram os atrativos criados pela pró-
JP 024.indd 24
pria prefeitura local para a abertura de novos empreendimentos. “Indaiatuba tem uma política muito receptiva a novas empresas. O próprio hotel tem incentivos, como dez anos sem o IPTU e o ISS no mínimo federal, que é de 2%”, conta. Nos primeiros dias de operação, já foi possível notar que os eventos serão rotina do novo empreendimento. “Pensamos muito no mercado das empresas de Indaiatuba e a demanda de eventos que há. Já fizemos um evento para 70 pessoas de uma empresa de Campinas. A gente acredita que vai levar eventos que tenham mobilidade, não somente de Indaiatuba.” “A gente se estabelece como o melhor hotel da cidade”, exalta o diretor. Além disso, o Royal Palm Tower Indaiatuba, nas palavras de Dias, também tem o “melhor salão para eventos da cidade”, com área total de 542 metros quadrados, podendo receber até 500 pessoas. O hotel oferece quartos de 24,5 metros quadrados (nas categorias standard e luxo) e suítes de 49 metros quadrados (executiva, longstay e studio). Além disso, o empreendimento
Antônio Dias, diretor executivo da Royal Palm, e Franklin Gindler, fundador da Cariba Empreendimentos
abriga o restaurante Simetria, comandado pelo chef Luciano Medeiros, há 15 anos profissional do grupo. Ao todo, foram investidos R$ 90 milhões no projeto, que foi realizado em parceria com a Cariba Empreendimentos, empresa especializada em incorporação e gerenciamento de imóveis comerciais e residenciais.
A REDE
De acordo com Antônio Dias, aos poucos a rede vai deixando de lado sua característica “patrimonialista”. “Em 2011, lançamos nosso projeto de operações hoteleiras, e essa é nossa primeira experiência como operadores. Hoje a gente tem vários projetos nes-
se formato”, conta. Dentre os planos futuros da rede está um grande projeto ao lado do Plaza Resort, em Campinas, com inauguração prevista para 2018. “Terá 44 mil metros quadrados com um centro de convenções, outra torre de 226 apartamentos e um hotel econômico da marca Hotel Contemporâneo”, elenca o diretor. Com resultados financeiros ainda abaixo das marcas de 2014, Antônio Dias conta que este ano conseguiu ser melhor que o anterior. “Não que seja bom, porque 2015 foi muito pior que 2014”, conta, estipulando que a rede deva fechar este ano com crescimento de 8% em comparação com o ano passado. p
20/10/2016 18:52:30
25 Hotelaria
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
>> Rafael Faustino - Punta Cana (República Dominicana)
Tudo incluso NADA MENOS QUE 1,7 MIL QUARTOS, 13 PISCINAS E NOVE RESTAURANTES. AH, E UM GRANDE CASSINO. O HARD ROCK HOTEL & CASINO EM Punta Cana, República Dominicana, traduz o conceito de resort all inclusive com tudo que esse modelo dá direito, e não à toa foi escolhido para sediar o maior evento da RCD Hotels, sua administradora, no ano: a Fam Fest Latam, evento de confraternização e capacitação para quase 400 agentes de viagens da América Latina, incluindo 80 brasileiros. Todos eles puderam ver de perto, no maior dos hotéis Hard Rock Al Inclusive, o melhor que a rede oferece a seus clientes: hidromassagem, frigobar e dispensador de bebidas em todos os quartos, gastronomia mexicana, oriental, italiana e até brasileira, e é claro, muita diversão, com uma programação diária de atividades para todas as idades. “É nosso maior hotel, e o número um para os brasileiros, sempre competindo com o de Cancún”, comentou, no evento, o diretor corporativo de Vendas da RCD, Leonel Reyes, lembrando outro destino muito procurado pelos turistas daqui. O motivo é fácil de compreender: além do conforto já citado, não faltam opções de entretenimento. Campos de golfe e minigolfe, além de quadras de tênis e poliesportivas, garantem a prática de esportes, enquanto o Little Big Club, área especial para crianças, tem tudo o que os pequenos gostam. Também estão presentes as atrações musicais que são marca registrada dos
hotéis Hard Rock, com Sound of Your Stay e o Music Lab, que permite aos hóspedes aprenderem a tocar instrumentos e até mesmo se apresentarem para o público. Com tudo isso, não surpreende que o hotel acumule prêmios recentes: só neste ano, já foram concedidos à unidade dominicana um Pinnacle Awards – da publicação especializada em eventos Succesful Meetings, pelas suas instalações para o turismo Mice – e um Cristal International Standards, de uma consultoria em segurança alimentar e sanitária, pela excelência nas práticas nessa área. Agora, a rock star suite, maior acomodação do hotel, foi nomeada como finalista no World Travel Awards na categoria de melhor habitação mundial.
BRASIL FORTE
Na Fam Fest, confirmou-e a importância do Brasil para a rede Hard Rock All Inclusive (além de Punta Cana e Cancún, há também unidades em Nuevo Vallarta e Riviera Maya, no México). Maior mercado emissor na América Latina, o País foi lembrado duas vezes na premiação que reconheceu as melhores agências que vendem os hotéis: a cearense Globotur foi a maior emissora da América Latina para os hotéis mexicanos, e a Cays Turismo, de Brasília, a melhor na comercialização de casamentos nas propriedades. “É um mercado muito relevante, e também o que mais contribui no envio de grupos. O Brasil subiu muito em nosso ranking conforme a Venezuela caiu nos últimos anos, e é fundamen-
Foram quase 400 agentes de viagens latinoamericanos, incluindo 80 brasileiros, na Fam Fest Latam dos hotéis Hard Rock All Inclusive
tal para nós”, disse Reyes. Isso em um momento em que o País amarga uma crise econômica e retração nas viagens internacionais.
EXPANSÃO
O sucesso dos Hard Rock All Inclusive – que, inaugurados a partir de 2012, já vislumbram taxas de ocupação em torno dos 90%, como é o caso de Cancún – motivou inclusive a aceleração do processo de expansão. Em três anos, a RCD Hotels já espera ter três novas propriedades abertas da marca: Santo Domingo, também na República Dominicana, e Los Cabos e Riviera Cancún, no México. Este último, com 1,9 mil quartos, deverá tirar de Punta Cana o posto de maior hotel da rede. Mas há uma nova palavra no plano RCD: diversificação, com a empresa atuando com novas marcas além da tradicional bandeira rock and roll. A aquisição do histórico Eden
Roc, em Miami (Estados Unidos), e a abertura de um Nobu Hotel, no mesmo complexo, foram o primeiro exemplo. Os hotéis já funcionam a todo vapor. No ano que vem, chega o lançamento mais aguardado: a bandeira Unico, que promete promover uma ligação singular dos hóspedes com o destino que ocupa. A primeira unidade deve ser aberta na Riviera Maya ainda no primeiro trimestre de 2017. “É um conceito novo e exclusivo, que apresenta o México moderno em aspectos como cultura, estilo de vida e gastronomia, atuando como in all inclusive aspiracional” resumiu a diretora de Vendas da propriedade, Irma Yeo, na apresentação oficial do Unico feita para os agentes. p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da RCD Hotels com proteção GTA
Água a se perder de vista. Assim é o Hard Rock Hotel & Casino Punta Cana, com 13 piscinas, lagos e uma praia exclusiva
JP 025 - Hard Rock.indd 25
20/10/2016 18:52:59
SurFACE
26
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
MSC
Marcelo Bento (Azul), Gisele Abrahão (GVA), Heloisa Prass (PANROTAS), Débora Zanovelli (Sabre), Grazielle Villela (Sebrae Nacional), Luciano Macagno (Delta Air Lines), Artur Luiz Andrade (PANROTAS), Rui Alves (Flytour Gapnet), Rubens Schwartzmann (Abracorp/Costa Brava), Alexandre Cordeiro (Trend), Alexandre Camargo (Assist Card), Leandro Queiroz (Escola de Negócios Sebrae-SP), Philippe Figueiredo (Sebrae Nacional), Fernão Loureiro (Philips e TMG) e Heber Garrido (Transamérica) definiram os desafios para o Camp de Inovação no Turismo
Capacitações em Maceió e São José do Rio Preto (SP), abriram, na semana passada, o roadshow da MSC Cruzeiros no Brasil. Profissionais de Turismo de 22 cidades brasileiras serão capacitados pela armadora até o dia 8 de novembro. Nesta edição, a empresa apresenta o catálogo da temporada América do Sul 2016/2017, além de outras novidades sobre destinos internacionais, serviços a bordo, plano de expansão da frota, entre outras iniciativas. Os representantes comerciais da MSC abordarão as compras e ações voltadas ao público brasileiro, como tarifas em reais e possibilidades de parcelamento em até dez vezes para todos os itinerários, além de outras facilidades. Confira a agenda completa no Portal PANROTAS.
Camp de Inovação
A PANROTAS, com apoio técnico do Sebrae, realizará em novembro o primeiro Camp de Inovação no Turismo em São Paulo. Uma competição entre empreendedores e desenvolvedores com foco na geração de novos modelos de negócios para a indústria do Turismo, o evento segue o foco em tecnologia iniciado com a disputa que levou 15 startups para o Fórum PANROTAS, em março. “A receptividade dos empresários do Turismo e das startups foi muito boa e diversos profissionais queriam uma continuidade, com viés em soluções práticas para aflições de mercado”, explica o CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta. Profissionais de diversos setores do Turismo colaboraram com a PANROTAS e o Sebrae para a definição dos desafios a serem apresentados aos participantes do camp. Foram definidas duas questões para nortear o desafio: Como renovar o papel do Agente/Agência de Viagens na cadeia do Turismo? Como tornar os destinos turísticos brasileiros inteligentes? Os interessados podem inscrever seus projetos no site http://eventos. panrotas.com.br/camp/. Depois, nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Maksoud Plaza, em São Paulo, cada um dos grupos participantes contará com mentores e capacitadores disponíveis para orientá-los.
Casa do agente
Host agency especializada no atendimento aos agentes de viagens independentes (ou freelancers), a Casa do Agente realizou em São Paulo seu primeiro workshop. O evento substituirá a feijoada até então realizada anualmente pela empresa. Segundo o diretor da Casa do Agente, Charles Franken, a ideia é mudar a dinâmica dos eventos até então realizados, trazendo mais informação e não apenas entretenimento. Ao todo, 250 agentes se inscreveram para participar do workshop — número que surpreendeu positivamente a Casa do Agente. "A feijoada tradicionalmente recebia em torno de 150, 170 pessoas. Claro que tínhamos um receio de mudar, então estamos muito felizes", destaca o diretor.
Claudia Menezes, blogueira PANROTAS, e Fernando Pereira, novo membro do Board of Directors do Experience Kissimmee. O casal dirige o receptivo Pegasus, na Flórida
KISSIMMEE
O Conselho de Diretores do Experience Kissimmee, na Flórida, acaba de anunciar um brasileiro para ocupar a cadeira reservada para Transportes e Varejo. Trata-se do presidente e CEO do receptivo Pegasus, Fernando Pereira. Ele assume para o mandato que se inicia agora e dura dois anos. “É uma honra poder servir e trabalhar junto a um destino que está crescendo em passos largos. Comunidades fortes e unidas são celeiros para negócios bem sucedidos”, comemorou Pereira.
Ponto a ponto Eraldo Palmerini, Marco Aurelio Di Ruzze e Cláudio Isolani
● Paulo Gustavo deixou a gerência de Marketing e Comunicação da Blue Tree Hotels. ● A Azul anunciou que terá três novas frequências na rota Manaus-Fortaleza a partir de fevereiro de 2017.
JP 026 e 027 Surface.indd 26
BRT
O ex-gerente de Vendas da Latam Airlines Claudio Isolani foi anunciado como novo diretor comercial do Grupo BRT. Após 16 anos na companhia aérea, ele agora ocupa o cargo antes exercido por Marco Aurelio Di Ruzze, que agora assume a vice-presidência do grupo. Já no papel de novo VP, Di Ruzze afirma que o momento atual é delicado e que cuidar dos clientes já fidelizados é prioridade absoluta. “Além disso, estamos aproveitando essa fase de retração da economia para reestruturar a gestão empresa, e o Cláudio tem muito a contribuir”, afirmou o executivo.
20/10/2016 18:53:24
27
26 de outubro a 1o de novembro de 2016 JORNAL PANROTAS
corporativo
www.pancorp.com.br
Porto Maravilha
A gigante Accor Hotels acaba de abrir dois novos empreendimentos no Rio de Janeiro. Situados na região portuária da cidade, conhecida como Porto Maravilha, os hotéis são de bandeiras diferentes: um Novotel e um Ibis. O Novotel RJ Porto Atlântico tem 195 apartamentos, enquanto o Ibis RJ Porto Atlântico oferece 255 quartos. Segundo a Accor, os empreendimentos estão reunidos em um combo — denominação técnica utilizada pela companhia para um mesmo local que reúne duas marcas do grupo — e são parte do Porto Atlântico Business Square, complexo de edifícios corporativos e salas comerciais.p
Um dos quartos do novo Novotel do Rio
O diretor geral da MCI Brasil, André Carvalhal
Aquisição em eventos
A Alatur JTB, por meio de sua subsidiária MCI Brasil, joint venture com a suíça MCI Group, comprou a provedora de serviços de eventos corporativos e gerenciamento de viagens de incentivo P2com. Segundo a companhia, a expansão no mercado corporativo com a aquisição incrementará o faturamento da MCI Brasil em cerca de R$ 40 milhões. A empresa espera com este acordo gerenciar mais de 180 eventos a partir do próximo ano. "Vamos seguir investindo em tecnologia, eventos de agronegócios, sustentabilidade e na área médica, que são indústrias que apresentam taxas de crescimento sólidas e promissoras. Com a contribuição da P2com, continuaremos adicionando novos leads ao portfólio e trabalharemos com ainda mais força para capitalizar o sucesso das aquisições, promovendo a visão do grupo e a cultura MCI Brasil aos nossos parceiros", acredita o diretor geral da MCI Brasil, André Carvalhal, ex-CWT e Master Turismo. p
JP 026 e 027 Surface.indd 27
20/10/2016 18:53:34
JP 028 - A.indd 28
20/10/2016 12:51:38