R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.284
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30 de agosto a 5 de setembro de 2017
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Associações, gestores e TMCs deram as caras em grandes eventos de viagens corporativas na última semana. Os tópicos mais quentes envolveram credibilidade, meios de pagamento e tecnologia para simplificar processos. Leia esta edição e confira o panorama do segmento corporativo
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HOTELARIA EM BAIXA
O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), a Associação Brasileira de Resorts (ABR) e a consultoria JLL realizaram um estudo no qual analisam a performance do setor hoteleiro no Brasil em 2016. Em ano de Jogos Olímpicos, os resultados foram muito abaixo do projetado, com quedas expressivas na ocupação e diária média, por exemplo. Veja abaixo os dados e descubra também os maiores players do segmento no País.
HOTEL
OCUPAÇÃO HOTELEIRA Ano
Hotéis urbanos (hotéis e flats)
Variação (%)
2015 2016
59,6% 55,2%
-8,1% -7,5%
DIÁRIA MÉDIA Ano
Hotéis urbanos (hotéis e flats)
Variação (%)
R$ 248 R$ 244
-7,1% -1,6%
2015 2016
HOTEL
Maiores marcas
Quartos
Unidades
Accor
42.494
253
Choice
11.109
68
Louvre Hotels
6.887
35
Nacional Inn
6.101
54
Wyndham
5.890
33
Intercity
5.749
33
Nobile
4.812
17
Transamérica
4.547
24
Blue Tree
4.450
23
Hplus
4.411
14
Maiores administradoras
Quartos
Unidades
Accor
35.468
194
Choice
15.764
90
Louvre Hotels
9.300
47
Nacional Inn
7.964
34
Wyndham
6.101
54
Intercity
5.772
33
Nobile
5.083
43
Transamérica
4.547
24
Blue Tree
4.450
23
Hplus
4.411
14 Fonte: JLL
LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 04 e 06 Em convenção de Vendas da Trend, Luis Paulo Luppa começa a falar sobre CVC Página 07 Descaso do poder público e determinação do privado: as duas facetas de Fortaleza
Página 08 Belo Horizonte encerra Experiência Braztoa 2017 com mais negócios e menos panfletos Páginas 10 e 11 Avianca Brasil estreia na capital mineira com quatro voos diários
Página 12 Gol na disputa pelo passageiro carioca com novo lounge doméstico no Galeão
Editorial
> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
Turismo precisa abraçar causas A começar pelo repúdio a qualquer tipo de discriminação, como se posicionar contra o que estamos vendo, atônitos, nos Estados Unidos, e em parte da ultradireita (se é que isso existe) brasileira. A indústria do Turismo estimula a troca de experiências e conhecimento entre os povos; elimina e não cria barreiras; favorece a inclusão; beneficia a comunidade mais simples, impactada pelos turistas que visitam a cidade onde está localizada, à elite endinheirada, que quer somar, dividir, ajudar, crescer e não diminuir o outro. O branco que hoje está batendo no peito (tomara que em minoria) e se diz forte e superior, já dizimou indígenas e escravizou negros. A teoria da raça superior já criou o Holocausto e outras guerras que quase destruíram populações ao redor
do planeta. E agora dizem que a América é deles? Não era dos nativo-americanos, palavra politicamente correta para os donos da terra há mais de 500 anos? E os turistas que geram empregos para esses mesmos brancos diferenciados? São 100% brancos? Devem buscar outras paragens para deixar seu dinheiro, seu tempo e seu conhecimento? O Turismo não pode aceitar a classificação, a segregação, a separação de pessoas. Somos todos iguais e isso está na base da própria Constituição americana. Estimular o ódio beneficia a indústria da guerra. A guerra que não está nem aí para o planeta, os povos, a riqueza cultural, o futuro, o presente... Não bastasse o terrorismo, que também tem sua fundação na intolerância, agora
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temos de temer carros desgovernados “pilotados” pela elite branquela e burra. Não há viagem que resista a tanta notícia ruim, e não dá para culpar a imprensa, como querem alguns em relação à situação do Rio de Janeiro, por exemplo (outro tema, para nossa próxima edição). Por ora, diga não, como membro da indústria de Viagens e Turismo a qualquer ato de injustiça e covardia, a qualquer ação para separar baseada na raça, na cor da pele, na posição social, nas escolhas sexuais, na religião, no gênero, na opção política... Todo mundo pode falar e pensar o que quiser. Mas do pensamento ao ato poderá se concretizar um crime, dos mais hediondos, dos menos humanos, dos que não deveriam ser.
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UE Q A T DES
DO PORTAL
> PANROTAS
17 a 23/08
1 Luppa e o futuro com CVC: agora começaremos a definir – em 21/08
2 As 10 maiores marcas e administradoras de hotéis do Brasil – em 22/08
3 Surge um novo conceito de consultoria profissional em viagens corporativas – em 21/08
no Galeão; conheça – em 22/08
11 Boeing expande fábrica para produzir o novo 777X – em 18/08
12 Em expansão, Prime Consolidadora se reforça em SP e RS – em 22/08
13 Convenção da Trend começa em Atibaia (SP); veja as fotos – em 21/08
4 Após três meses, Cade aprova 14 Em famtur, RCA forma compra da Trend pela CVC – em 21/08
5 Operadoras anunciam vagas pelo Brasil; candidate-se – em 21/08
6 Com auditório lotado,
MEDIA PARTNER
10 Gol lança premium lounge
mais 44 “especialistas em Orlando” – em 22/08
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Flytour Gapnet “ganha” 300 novas agências em 2017 – em 23/08
MMTGapnet realiza capacitação; fotos – em 22/08
7 Voo da Latam para Madri muda itinerário e iniciará no Chile – em 21/08
8 Movida compra locadora de luxo e cria marca Premium – em 18/08
9 Latam tem prejuízo de US$ 138 milhões e baixas no País – em 18/08
PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br) CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê
Castro (rcastro@panrotas.com.br)
Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Novos Negócios: Francisco Barbeiro Neto FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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04 Operadoras
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> Rafael Faustino - Atibaia (SP)
DNA que contagia MUITA COISA MUDOU NO GRUPO TREND EM 2017. JÁ EM JANEIRO, A AQUISIÇÃO DA VACATION HOMES COLLECTION, EMPRESA de aluguel de casas na Flórida, prenunciava o que seria um ano de novidades. Veio também a nova sede, muito comemorada, e o novo portal de Lazer, esse com um processo mais “traumático”, segundo o presidente Luis Paulo Luppa. E, em maio, a bomba do ano até o momento: a aquisição do grupo pela CVC, em um negócio de R$ 258 milhões, que transferiu à gigante do ABC Paulista 90% das ações e manteve o próprio Luppa um dos donos da nova Trend (com 10%). Foi inevitável que incertezas pairassem no mercado acerca do futuro do grupo e do impacto da influência da CVC sobre a tradicional cultura da Trend de valorização dos agentes de viagens e de atendimento diferenciado. Se algumas dúvidas ainda pairam, já que somente na semana passada a transação foi aprovada em definitivo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), algumas certezas também são notáveis, a julgar pela última Convenção de Vendas do Grupo Trend, realizada entre 21 e 24 de agosto, no Tauá Hotel & Convention Atibaia, interior paulista. A principal delas é que o famoso “DNA” da empresa, a que Luppa sempre se refere como uma constante intensidade no trabalho e grande vontade de vender, não mudou. E que, mais do que nunca, a companhia está certa de seu modelo de atuação, independentemente de quem esteja no controle acionário. "A Trend não é melhor nem pior que outras empresas. Mas com certeza
Diretoria e premiados do Grupo Trend: empresa reconheceu os colaboradores com melhor desempenho no primeiro semestre
é diferente de todas”, citou, mais de uma vez, Luppa, seja falando a seus colaboradores ou à reportagem do Jornal PANROTAS. "O cara que passa por aqui nunca mais é o mesmo. Pode até sair pior, se não se adaptar, mas não será o mesmo", completou no discurso inicial da convenção, sempre apoiado pelo público de cerca de 170 funcionários. Era só o começo de um evento que teve como principais intuitos mostrar que as mudanças recentes vieram apenas para fortalecer o grupo e que bons resultados são muito valorizados dentro da empresa. Homenagens aos líderes Cristiane Jayme, Dyogo Schroeder e Mário Antonio deixaram isso claro, assim como premiações a quem obteve os melhores indicadores no semestre. Luis Paulo Luppa, presidente do Grupo Trend: satisfação com os resultados e confiança no futuro
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RESULTADOS POSITIVOS Segundo Luppa, as vendas do primeiro semestre resultaram em um “crescimento de dois dígitos” sobre igual período de 2016. "A gente tinha uma expectativa de que esse movimento da CVC pudesse trazer uma turbulência, o que seria natural. Mas foi exatamente o contrário: as pessoas se motivaram e os clientes perceberam que o movimento é positivo", comemorou. Indicativo de que a meta de crescer 15% em 2017 deve ser alcançada, o resultado, segundo Luppa, deve ser ainda mais comemorado na medida em que foi obtido com um tíquete médio mais baixo do que o do ano passado. Os principais destaques entre janeiro e junho, ele aponta, foram a hotelaria internacional e o aéreo, este último uma área em que a Trend entrou mais recentemente com a TC World e que teve segmentos com alta de até 30%. “É um produto com que a nossa força de vendas ainda está criando intimidade. Para nós, que viemos do terrestre e hotelaria, é mais um motivo de orgulho”, aponta Luppa. Diversos segmentos do grupo foram destacados: a TCW já é, segundo ele, uma empresa que fatura R$ 200 milhões ao ano, enquanto o Shop Hotel é “a empresa mais rentável do grupo”. Já a recém-adquirida VHC superou o resultado de todo 2016 já no primeiro semestre (veja mais detalhes no box da pág.05). Para celebrar o cenário de conquistas e reforçar ainda mais o prestígio
da equipe de Vendas da Trend, foram premiados diversos colaboradores com bom desempenho no semestre. Entre promotores, executivos e gestores, o clima foi não só de reconhecimento, mas de ênfase aos resultados alcançados. Prêmios como os dos colaboradores que mais superaram a meta estabelecida, em termos percentuais, e dos principais vendedores do Grupo Trend em geral, renderam aos vencedores gratificações como jantares, câmeras Go Pro e viagens para Bonito (MS) e Fortaleza. O evento ainda teve participação de fornecedores parceiros, como Localiza, Avianca e Universal Orlando Resort, que destacou “os números espetaculares da Trend” nas vendas de seus produtos.
LIDERANÇA REFORÇADA A convenção também reservou anúncios de mudanças internas no Grupo Trend. A principal delas envolve Mário Antonio, que deixa a vice-presidência de Operações para ocupar a de Vendas e Marketing, cargo que inexistia até então. Segundo o próprio, que está no grupo há cinco anos, a mudança sinaliza uma “nova fase” na estratégia da empresa. “Vamos canalizar nossos esforços e fazer o possível e o impossível para atender todas as necessidades das agências de viagens, com ações de marketing, vendas e consultoria direta”, promete Antonio.
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CVC : IN T EG R A Ç Ã O C O M EÇ A AGOR A
Fred Cavalcante, novo gerente geral da VHC, com o agora chefe, o CEO Fabio Cardoso
ASSUNTO INEVITÁVEL NA CONVENÇÃO DO GRUPO TREND, E QUE DEVE SE TORNAR CADA
A LU G U E L DE CASAS E M A LTA PARTE DO GRUPO TREND DESDE JANEIRO, A VACATION HOMES COLLECTION, NEGÓCIO DE ALUGUEL DE CASAS DE ALTO PADRÃO em Orlando e Kissimmee, na Flórida, já viu bons resultados nesse período. O CEO da empresa, Fábio Cardoso, garante que a VHC superou, no primeiro semestre, as vendas de todo o ano de 2016, e deve caminhar para crescer 150% neste ano, com US$ 10 milhões em receita.
> Continua na pág. 06
Ele também apresentou novos produtos que estão sendo implementados pela empresa: o condomínio Le Rêve, com 52 casas, que está sendo finalizado em Kissimmee, e as mega homes, casas com até 15 quartos que serão administradas como “mini-hotéis” e terão a opção de contar com experiências de imersão no destino. Para ajudar nesses projetos, ele recebeu um reforço: Fred Cavalcante, que era gerente regional Norte e Nordeste para Hotelaria Nacional na Trend, foi alçado ao posto de gerente geral da VHC. Ele ficará alocado na Flórida e cuidará principalmente, segundo Cardoso, da administração das propriedades. p
vez mais presente na empresa agora que a aprovação do Cade enfim saiu, a incorporação dentro da CVC ainda é cercada de mistérios. Segundo Luppa, somente agora começa a discussão sobre questões práticas envolvendo os negócios. "Nesse período de avaliação do Cade, eu não fui a Santo André (SP), não recebi visitas deles, não podíamos conversar sobre o assunto. Há ainda um processo interno que acaba em 5 de setembro, e só a partir de então poderemos definir um plano de integração", comenta. Nos bastidores do setor, comentase a possível mudança da Trend para Santo André, onde estão a maior estrutura da CVC e melhores incentivos fiscais. Isso significaria, entretanto, abrir mão da sede recém-comprada pela empresa na zona oeste paulistana, em um investimento de quase R$ 7 milhões. Sem falar da definição sobre negócios em que Trend e CVC competem no B2B, como a consolidação aérea. Assuntos que ainda não possuem definição, de acordo com Luppa. “Existe um desenho preliminar, algumas motivações, mas são ‘achismos’. Quando se faz uma
operação dessas, imaginam-se muitas coisas, mas agora é que haverá um processo mais íntimo de conhecimento entre todos.” O que ele garante, e que já fora referido na época do anúncio do negócio, é que o caráter da Trend, de uma empresa 100% voltada aos agentes de viagens, não muda. E que o maior vencedor dessa união será justamente esse elo do Turismo. “Seremos uma empresa com mais produtos, mais distribuição, políticas comerciais, capacitações... maior poder de fogo para o agente de viagens. A união dessas forças ajuda demais esse profissional”, enfatiza. Analogia preferida de Luppa no momento, a referência à contratação de Neymar pelo Paris St. Germain, da França, configurando o negócio mais caro da história do futebol, foi novamente usada para enfatizar que a Trend não foi vendida para mudar sua essência. “A contratação do Neymar foi para quê? Para ganhar campeonato. E é isso que queremos: unir forças para ganhar mais mercado”, promete. Resta saber até onde esse time vai, e quanto do DNA da Trend passará, de fato, inalterado pelo negócio milionário.p
Para Luppa, a influência da CVC sobre o Grupo Trend só tem a beneficiar os agentes de viagens
Mário Antonio foi anunciado durante o evento como novo vicepresidente de Marketing e Vendas do grupo
À frente de uma equipe de 250 profissionais atendendo mais de 14 mil agências de viagens, ele irá comandar uma campanha de vendas “muito agressiva” prometida pela Trend para o restante deste ano. “É um negócio pesado, no nível de multinacional, porque as metas são muito arrojadas e refletem nossa sede de crescimento, que é muito grande”, diz Luppa. A despeito de diversas contratações recentes na base de vendas, as palavras do presidente do grupo dão a
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entender que a principal estratégia, no momento, é valorizar as lideranças, que replicam em seus comandados o tão falado DNA. Hoje, a Trend já conta com mais de 800 colaboradores. "Nossa equipe sempre tenderá a se qualificar, o que não quer dizer que vai crescer. Nosso grande desafio no crescimento foi manter a equipe abaixo dos mil colaboradores, porque queremos priorizar a qualidade. Queremos mais 'Neymar', e menos 'carregadores de piano'“, comentou. p
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Flashes
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C o n v e n ç ã o Tre n d
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Diretores: O comando do grupo Trend: Thiago Oliveira, diretor da TC World; Ricardo Assalim, diretor de Produtos Nacionais; Esequiel Santos, diretor de Relacionamento e Vendas; Leonardo Ortega, vice-presidente executivo; Mario Antonio, vice-presidente de Vendas e Marketing; Luis Paulo Luppa, presidente do Grupo Trend; Cristiane Jayme, diretora de Lazer; Dyogo Schroeder, diretor de Produtos Nacionais; Robson Gomes, vice-presidente de Tecnologia; Ana Kuba, diretora de Marketing, Vendas e Carros; Alessandra Maia, gerente de Desenvolvimento de Negócios; Fabio Cardoso, CEO da Vacations Homes Collection, e André Khouri, presidente da TC World 2 Atrás: Gustavo Sousa, Rafael Gatti e Marcos Roldão. Na frente, Cibele Cintra, Juliana Calvo, Imara Gasperini, Mariana Funcia, Alessandra Macagnan e Andrea Ribeiro 3 Foram cerca de 170 pessoas presentes na Convenção de Vendas do Grupo Trend 4 Pedro Gabriel inaugurou as premiações ganhando o título de melhor promotor de vendas no primeiro semestre. Ele recebeu o prêmio de Fernando Gimenez 5 Mariana Funcia, com o meljhor desempenho em produtos do Shop Hotel, ganhou o reconhecimento de Fernando Gimenez 6 André Pedroso foi mais um a ganhar dois prêmios: o de melhor vendedor de produtos VHC e também de hotelaria internacional. Na foto, com Fabio Cardoso 7 Gabriela Cavalheiro e Juliana Mesanelli, do Universal Orlando Resort, mostram as novidades dos parques aos colaboradores da Trend 8 Cristiane também entregou a Fabio Monti o reconhecimento por vendas de ingressos 9 Luciana Pereira foi a melhor vendedora de Corporativo, ganhando o prêmio de Diogo Schroeder. Ela ainda levou o prêmio em hotelaria nacional 10 Alessandra Castilho, melhor vendedora de aéreo no semestre, premiada por Thiago Oliveira 11 Jardel Almeida foi considerado o melhor gestor; na foto, é premiado por Mário Antonio 12 Rafael Zilioli teve o melhor desempenho de superação de metas do Grupo Trend e foi premiado com uma viagem para Bonito (MS) por Leonardo Ortega 13 Cristiane Jayme entrega a Diana Tavares o prêmio de melhor desempenho em vendas de receptivo 14 O prêmio máximo: Debora Cukier foi a melhor vendedora do Grupo Trend e ganhou das mãos de Luppa uma viagem a Fortaleza 15 A plateia de colaboradores da Trend teve participação ativa durante todo o primeiro dia de convenção 16 Ana Kuba entrega a Daniela Taveiros o prêmio de melhor desempenho em carros 17 Já o prêmio em cruzeiros marítimos ficou com Gustavo Sousa e foi entregue por Cristiane Jayme.
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> Artur Luiz Andrade – Fortaleza
À espera de milhões A CIDADE DE FORTALEZA VIVE O DILEMA DE MUITOS MUNICÍPIOS E DESTINOS TURÍSTICOS NO BRASIL: FALTA DE VERBA PARA investir e fazer reformas necessárias, e muitos projetos no papel. O atual secretário de Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, tem pronto, por exemplo, todo o projeto não apenas da reforma da orla da cidade, mas da criação de um novo produto, que contemplaria a concessão à iniciativa privada dos píeres (ou espigões) que são marca do litoral da capital cearense. “Queremos que o fortalezense resgate o amor pela cidade e espalhe isso nas redes sociais, atraindo mais turistas. Essa reformulação da orla será uma forma de resgatar esse amor, pois o morador usa bastante o espaço, e de dar aos turistas mais opções na cidade”, disse Alexandre Pereira, que deve lançar em breve o aguardado seguro sol em parceria com a ABIH-CE e a CVC. Uma parte da orla já foi revitalizada com dinheiro do município, mas a continuidade precisa da liberação de um recurso do Banco de Desenvolvimento das Américas (CAF), no valor de R$ 32 milhões, já autori-
zados pelo banco. Faltam, porém, as famosas assinaturas de políticos em Brasília. Mas Pereira já tomou algumas ações, como a transferência da Secretaria de Turismo para a Praia de Iracema, ao lado do Bar Pirata, um dos ícones do destino. Também promove, aos domingos e feriados, no Mercado do Peixe, que já está reformado, música ao vivo no pôr do sol. No último domingo do mês, o evento ocorre na Ponte dos Ingleses. Atrai moradores e turistas. E é um espetáculo belíssimo. “Cada píer será tematizado e terá atrações diferentes. Um terá um heliponto e a aviação como tema; em outro o entretenimento, com música ao vivo e bares; o terceiro contará com áreas de mergulho e o Museu do Mar; e o quarto abrigará a mais alta roda-gigante da América Latina, com 60 metros, além de atividades típicas de um boardwalk”, explicou o secretário, que espera que as concessões estejam definidas até o final do ano. Outros projetos incluem a criação de linhas de ônibus turísticas (como de/para o aeroporto e hop on/hop off pelos atrativos da ci-
EMPREENDENDO NA NOSSA MAIS RECENTE VISITA À CIDADE, PARA A REALIZAÇÃO DO NEXT FORTALEZA, EM
Ernani Silva, da Ernanitur, e Erick Vasconcelos, da Secretaria de Turismo de Fortaleza
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16 de agosto, pudemos confirmar outra característica que se repete pelo País: enquanto os governos se debatem em meio à burocracia e a máquinas lentas, o empresariado continua tocando o Turismo do País com criatividade, parcerias e investimentos próprios. Um dos exemplos mais vibrantes é o de Ernani Silva, fundador e dono da Ernanitur, uma das principais operadoras de receptivo do Nordeste. Pontualidade, staff amável e com todas as dicas na ponta da língua, veículos modernos e confortáveis, passeios para todos os atrativos de Fortaleza e do Estado. O presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta, fez questão de elogiar a excelência dos serviços da empresa
Alexandre Pereira, secretário de Turismo de Fortaleza
dade), criação de rotas temáticas (como a dos mercados), capacitação de profissionais que lidam com os turistas (dos taxistas aos vendedores), a criação do Museu do Surfe e maior parceria com os
empresários da noite de Fortaleza e com as entidades de Turismo, como ABIH, Abrasel, Sindicato de Hotéis e o Fortaleza CVB. “Já tenho bom relacionamento com essas associações. Será muito fácil”, disse ele. p
de Ernani em seu discurso de abertura do Next Fortaleza. O empresário cearense agradeceu o reconhecimento e prestigiou o evento que debateu o futuro das agências de viagens. Outro exemplo de empreendedorismo no Ceará é Mamede Rebouças, dono do hotel Jangadas da Caponga, perto da praia de Águas Belas, um dos principais passeios para os turistas que estão em Fortaleza. O mais novo destino do Ceará fica a apenas 60 quilômetros de Fortaleza e, além do hotel, conta com uma barraca de praia no melhor estilo
cearense, administrada por Mamede e sua família. Os turistas, ao chegarem, são recepcionados com aplausos dos funcionários. A estrutura da barraca é muito boa para dar apoio aos visitantes e ainda conta com diversos bugueiros, que fazem os passeios pela praia. A comida também merece destaque. Como diz Mamede em seu slogan, o Ceará é “alegria, alegria”. Concordamos. Saiba mais em: www.jangadasdacaponga.com.br e www.ernanitur.com.br. p
Mamede Rebouças e sua equipe da barraca em Águas Belas recebem Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS, em sua estrutura
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08 Eventos
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> Leonardo Ramos - Belo Horizonte
É preciso mudar APÓS TRÊS EDIÇÕES LOTADAS E CONSIDERADAS DE "SUCESSO" PELOS SEUS ORGANIZADORES, BELO HORIZONTE RECEBEU A última etapa do Experiência Braztoa em 2017. Assim como em Recife, Curitiba e Caldas Novas (GO), esta edição contou com uma capacitação itinerante exclusiva para agentes de viagens parceiros da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). Os cerca de 320 profissionais presentes ao encontro, que aconteceu na sede do Sebrae-MG, tiveram a chance de conhecer as principais novidades e carros-chefe apresentados pelas operadoras e destinos associados Braztoa e, embora a maioria do público seja obviamente mineira, um dos destaques do evento ficou por conta da participação do trade fluminense: cerca de 100 agentes do Rio de Janeiro estiveram presentes, estimou a presidente da entidade, Magda Nassar. Visto por Magda mais como um "encontro de negócios" do que uma feira de Turismo, o evento contou com um vasto tempo para agentes se reunirem individualmente com representantes das operadoras, possibilitando a busca e o desenvolvimento de novos produtos, adequados para cada tipo de agência. A presidente da Braztoa aproveitou ainda para alfinetar atuais modelos dos principais eventos da indústria turística. "Não que as feiras de Turismo não funcionem, mas não podemos mais nos limitar a passar de balcão em balcão pegando folhetos. É aí que entra o diferencial do Experiência Braztoa: o fato de agências e operadoras poderem interagir, com rodadas de negócios e apresentação de destinos e produtos de maneiras interativas", explicou Magda.
PARA AGENTES
Um dos pontos levantados por Magda quanto ao estilo do evento é a importância de se oferecer, nas próprias feiras de Turismo, experiências do que está se vendendo. O discurso vai ao encontro do novo momento do setor, em que todo mercado fala sobre vender experiência ao invés de passagens e pacotes. "Não é apenas para o cliente final que se deve oferecer a experiência, mas também para os agentes. Trouxemos hoje, por exemplo, um brunch para mostrar a culinária argentina, artesanatos de
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Magda Nassar, presidente da Braztoa, defende uma mudança no estilo das feiras de Turismo durante o Experiência Braztoa de BH
Minas Gerais e um grupo de forró para trazer um pouco da música mineira", exemplificou a presidente da associação. "Com isso, o agente tem muito mais propriedade para vender o produto para o consumidor final. O turista não quer mais ver tudo da janelinha do ônibus, mas sim experienciar o lugar. As operadoras, por exemplo, estão começando a vender experiências gastronômicas e culturais. Queremos mostrar para o trade que há uma forma diferente de se vender Turismo, não apenas por pacotes, mas dando um gostinho do destino para o consumidor", resumiu Magda Nassar.
DIFERENTES FACES Outro ponto destacado por Magda foi a necessidade de se fugir de um conceito pré-definido de cada destino. “Explorar diferentes facetas de uma mesma região é essencial, mesmo que ela seja marcada apenas por um
tipo de Turismo”, explicou. A dirigente usou Belo Horizonte como exemplo. "Muitos veem a capital mineira como um forte destino para o corporativo. Sim, a cidade tem grande força neste segmento, mas isso não pode excluir as outras tantas características daqui, seja da capital, seja do Estado de Minas como um todo", argumenta. "Os destinos têm a capacidade de se vestir para diferentes tipos de viagem, se adequar à necessidade do turista, e o agente precisa desse discernimento para dar a consultoria necessária ao consumidor quanto a essa variedade de possibilidades que um mesmo lugar carrega", finalizou.
COPA DO MUNDO Além de todo este panorama encontrado no Experiência Braztoa Sudeste, dois produtos foram reforçados durante o encontro: Copa do Mundo e, principalmente, desti-
nos nacionais. O destaque para o primeiro deles, considerado um dos maiores eventos esportivos do mundo, é mais que compreensível, afinal, falta pouco menos de um ano para sua edição de 2018, na Rússia. Uma das que buscaram apostar na Copa do Mundo foi a Agaxtur e, pelo menos em Belo Horizonte, foram iniciadas as vendas de pacotes “com bons números até o momento”, afirmou o gerente da filial da cidade, Alex Almeida. Outra que se voltou para a Copa do Mundo é a MMTGapnet que, junto da operadora de Aldo Leone e outras quatro empresas, integra o pool Torcida Brasil, que deve vender dez mil pacotes, sendo cinco mil para lazer e cinco mil para incentivo. "O passageiro que compra Copa já sabe se vai ou não. Ou seja, ele já planeja isso com bastante antecedência, e tem dado resultado para nós", acredita a gerente da filial de Curitiba da MMTGapnet, Carla Biancato. p
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>> Leonardo Ramos – Belo Horizonte
Avianca incansável
A equipe da Avianca Brasil presente na estreia: Rodrigo Napoli, Marcius Moreno, Tarcisio Gargioni, Jamerson Vasconcelos e João Neto
A POMPA NÃO É A MESMA. A DISTÂNCIA E O IMPACTO NO MERCADO, MUITO MENOR. MENOS BADALADA QUE OS RECENTES destinos alcançados pela Avianca Brasil, Belo Horizonte pode não receber o mesmo holofote que receberam os novos destinos internacionais da aérea, mas certamente é tratada com a mesma seriedade. Neste ano já foram iniciados os serviços diários a Miami e Santiago e, em dezembro será a vez de Nova York. Isso sem contar a promessa de lançar mais um destino “nas
Américas” até o fim do ano. O objetivo em Minas Gerais, pelo que foi visto até agora, não são as aparências, mas sim os resultados. A rota de apenas uma semana de história já nasce como uma surpresa, se considerar os dois meses em que as vendas para o destino estiveram abertas. Na estreia, o A320, aeronave responsável pelo serviço, veio com apenas três dos 162 assentos vazios. Foram 98% de ocupação no ingresso ao novo destino. O restante da semana apenas comprova o sucesso da aérea na em-
preitada: a média de ocupação nos quatro primeiros dias do trajeto ficou em 82%, já próximo aos 85%, arriscados pelo vice-presidente da empresa, Tarcísio Gargioni, como média prevista para o ano todo.
QUATRO DIÁRIOS
Sob o número 6144, o voo saiu pontualmente às 8h35 de Guarulhos, aterrissando no aeroporto internacional de Confins às 9h50. Como de costume nos voos inaugurais da companhia, estreia contou com a presença de Gargioni, além de outros executiPrimeiro voo foi realizado no A320 com a marca da Star Alliance, aliança da qual a Avianca Brasil é o único membro do País
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vos da aérea. “Hoje acrescentamos a capital mineira à nossa rede. É um dia especial, com voo lotado, o que nos anima, e em nome dos cinco mil colaboradores que fazem parte da Avianca Brasil, gostaria de agradecer a todos vocês”, comemorou o VP antes de tocar o solo mineiro. Chegando como 24o destino nacional da empresa, outro destaque em Belo Horizonte ficou pela operação robusta oferecida logo de cara pela Avianca Brasil, prometida há tempos por Gargioni: são quatro voos diários, em horários bem distribuídos durante o dia todo. A estreia já com grande volume de frequências, levando em conta que são 28 voos por semana, dá seguimento a uma aposta que a aérea tem feito em todos os seus novos destinos: de lançá-los sempre com largas operações. Todas as inaugurações deste ano foram feitas ao menos com um voo diário, inclusive os internacionais. Em BH são quatro. "É um momento de celebração não apenas pelo nosso retorno a Belo Horizonte, mas principalmente pela forma com que retornamos: de maneira consistente, adequada ao mercado mineiro. Vínhamos há tempos tendo uma frustração muito grande por não estarmos ligados ao Estado de Minas, e hoje finalmente estamos realizando este sonho", explicou Gargioni, em linha também com os pedidos da Star Alliance
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CONEXÃO
A chegada foi marcada por uma recepção calorosa, com membros do turismo regional e da BH Airport, concessionária que administra o aeroporto. Um dos pontos mais destacados pelos mineiros foi a maior conectividade internacional que a chegada da aérea deve proporcionar a Minas Gerais. Sim, a Avianca Brasil está finalmente alcançando o sonho de ser reconhecida como internacional. "Comemoramos o retorno da Avianca Brasil não apenas pelo fácil acesso que ela dará a São Paulo, mas também por ser a companhia brasileira membro da Star Alliance, dando maior conexão com o mundo por meio da capital paulista", explicou o diretor presidente da BH Airport, Adriano Gonçalves de Pinho. Outro benefício comentado foi a recém-inaugurada rota São Paulo-Santiago, aproximando tanto os chilenos da cidade mineira quanto o caminho inverso. "Seja através de conexão em São Paulo, ou de um possível voo direto no futuro, é bom saber que com a chegada da aérea podemos nos conectar com destinos internacionais como Santiago. Será benéfico para o Turismo regional", comentou o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Aluizer Malab.
Origem Confins
Guarulhos
Partida 6h 10h30 14h50 18h45 8h35 12h45 16h50
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Destino Guarulhos
Confins
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20h35 Guarulhos
20h45 21h30
Chegada 7h20 11h50 16h10 20h05 9h55 14h05 18h10
Confins
22h05 22h50
Frequência Diários
Diários Segundas, terças e quartas Quintas, sextas e sábados’ Domingos
BAGAGENS
A cobrança por bagagens despachadas é assunto antigo, e ainda indefinido na companhia. Enquanto o restante das aéreas brasileiras já iniciou há cerca de três meses suas taxas com diferentes valores para passagens com e sem bagagens, a Avianca Brasil segue sem cobrar pelo despacho, sob o argumento de estar realizando estudos sobre como melhor realizar esta operação. O tempo de espera, porém, está prestes a acabar. Segundo a aérea, os testes estão sendo feitos antes do início da cobrança, que deve ter início ainda em 2017. “Estamos em um momento de estudo de mercado e adaptação de nossos sistemas, e ao menos até o final de julho não cobraremos bagagens”, afirmou Gargioni ainda em maio deste ano. A promessa foi cumprida. Os próximos passos, como datas e valores, devem aparecer em breve.p --- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Avianca Brasil
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Premium e estratégico UMA DAS COMPANHIAS AÉREAS DE MAIOR VOLUME OPERACIONAL NO SANTOS DUMONT, A GOL SE FORTALECE NA DISPUTA pelo passageiro doméstico também no Galeão. O Rio de Janeiro se consolida ainda mais como um destino estratégico para a companhia, e uma das evidências é a criação de uma nova sala vip para voos nacionais no Aeroporto Internacional Tom Jobim, menos de um ano após o lançamento do Gol Premium Lounge, na área de embarque internacional do terminal. Em resumo, a Gol agora possui dois lounges exclusivos nos principais aeroportos internacionais do Brasil: Guarulhos e Rio Galeão. “Quando desenvolvemos o Gol Premium Lounge pensamos em um espaço que fosse, ao mesmo tempo, confortável e funcional, para atender todas as necessidades dos nossos clientes antes da sua viagem. Fizemos questão de preparar um local aconchegante e moderno, com ampla oferta de produtos e serviços, tornando a experiência de viagem ainda mais exclusiva”, afirma o diretor executivo de Produtos e Experiência do Cliente da companhia, Paulo Miranda. Para aguardar o embarque, clientes terão no novo espaço acesso a áreas sociais e privativas de descanso e, como é esperado pelo passageiro corporativo, mesas dedicadas para o traO premiado Tai Barbin assina o menu de drinques do novo lounge doméstico da Gol no Galeão
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Lounge possui projeto arquitetônico inspirado na cultura brasileira
balho e conexão wi-fi, tomadas e salas de banho. Itens variados de alimentação se encontram no balcão gourmet. Segundo a Gol, há um cardápio elaborado especialmente para o novo espaço. O menu de drinques é assinado pelo bartender Tai Barbin. A Gol garante que, juntamente com suas parceiras Delta e Air France-KLM, tem a maior oferta de voos para destinos nacionais e internacionais a partir daquele aeroporto. O uso dos lounges exclusivos da aérea é gratuito para clientes Diamante e Ouro do Programa Smiles e que possuem o cartão de crédito Master Card Smiles Platinum, além dos passageiros que voam na Classe Gol Premium. Também podem acessar a nova sala os passageiros da Primeira Classe ou Classe Executiva da Delta, Air France-KLM e outras parceiras.p
Paulo Miranda, diretor de Produtos da Gol, e Bruno Reis, do Rio Galeão
Espaço conta com áreas sociais e privativas para descanso
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Eventos
> Beatrice Teizen e Karina Cedeño
Para que complicar? A HRS REALIZOU EM AGOSTO, NO PALÁCIO TANGARÁ, EM SÃO PAULO, A SEGUNDA EDIÇÃO DO CORPORATE TRAVEL FORUM.
Os executivos da HRS: Phelipe Farah, Alexandre Oliveira e Eduardo Murad
O tema principal do evento foi a simplificação em todas as camadas das viagens corporativas, seja por meio de novas ferramentas tecnológicas ou processos que facilitem o trabalho dos travel managers, resultando na redução de custos.
SIMPLIFICANDO A GESTÃO Eliminar a complexidade dos processos de viagens é uma questão importante em um mercado que exige agilidade, instantaneidade e transparência. O tema sintetiza praticamente todo o evento, e foi debatido logo no primeiro painel, moderado pela vice-presidente das Américas da HRS, Suzanne Neufang. Toda a gestão apresenta alguns pontos complexos que podem ser simplificados, como a auditoria posterior. Para que complicar? “Fazemos as negociações, temos todo o trabalho das RFPs, precisamos checar se as tarifas foram carregadas corretamente nas OBTs e toda essa verificação dificulta o processo”, opinou a gestora de Viagens para México e América Latina da Ericsson, Maria Cecilia Mattiuzzo. A questão das regras, sejam tarifárias das companhias aéreas ou de categoria de hospedagem e locação de veículos, precisa também ser passada de forma clara para o viajante. “Muitas vezes há confusão por parte do funcionário. Normas tangíveis podem contribuir para o processo e também para o gestor”, explicou o gerente da TV Globo Renato Câmara. Confiança, credibilidade e transparência são três pilares essenciais para que haja essa simplificação. Quando um modelo confiável é passado para os fornecedores e demais partes, torna-se mais fácil conseguir um benefício para a empresa, de acordo com a negociação, de forma pura e simples.
TERCEIRIZAÇÃO
O processo de BPO (terceirização de funções) no programa hoteleiro pode parecer simples, mas envolve muitos detalhes que devem ser levados em consideração pelos gestores de viagens. Um deles é ir além do planejamento técnico e financeiro, segundo o diretor de BPO da Stefanini para a América Latina, Alexandre Vomero. “É preciso, antes de tudo, conhecer o processo da empresa, que envolve documentação e políticas e, principalmente, analisar de que
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forma a cultura corporativa poderá afetar a prestação de serviços ou dificultar a transição da operação interna para a externa”, salientou Vomero. Mas quais são os riscos desse processo? Segundo o VP institucional e um dos fundadores do Conselho Brasileiro dos Executivos de Compras (CBEC), Laerte Farina, um deles é perder o controle do processo ao longo de sua execução. Já Vomero alerta para o fato de o cliente se acomodar em relação ao provedor e ficar dependente dele, deixando de pensar em inovação e desenvolvimento.
CUSTOS COM HOTÉIS Em um dos painéis, o comprador de Viagens Globais da gigante alimentícia BRF, Daniel Iacomini, ponderou sobre a importância do planejamento para se economizar com hotéis. “Dentro de um processo de hospedagem, sempre procuro trabalhar com o pré, durante e pós. Pensar em algo alternativo, como diárias fracionadas, para diversificar o processo de sourcing de hotel também ajuda na redução de custos”, explicou. O custo de distribuição para hotelaria é hoje um grande desafio estratégico do setor — a rentabilidade tem diminuído muito por causa disso. “No corporativo, o valor sobe, pois tem o custo do cartão de crédito, do GDS, da comissão. É uma discussão um pouco distante dos gestores de viagens, mas tem de ser cada vez mais colocada em pauta”, comentou o gerente de Reservas e Revenue do Palácio Tangará, Ricardo Souza. Para ele, inclusive, a indústria corporativa tem de abordar acordos
com hotelaria assim como a de lazer já faz: com savings em todos os pontos de consumo do viajante no hotel. “São raras as negociações de empresas com hotel nas quais haja conversão em crédito para alimentos e bebidas, um spa e em coisas que podem agregar, por exemplo. Se tiver benefícios dentro do próprio local, o grau de satisfação pode aumentar”, contou. Conduzir acordos com áreas consumíveis ou que tragam vantagens é uma tendência para qual o mercado poderia caminhar.
custos no setor operacional e mitigar os riscos por meio de sistemas de faturamento que são muito mais amplos do que os do cartão", destacou o diretor de Controladoria da Atlantica Hotels International, Jailson Alves. "Lembrando que a América Latina ainda precisa perceber que não existe um meio de pagamento único, já que há cada vez mais provedores envolvidos no processo, tornando-o mais dinâmico”, complementou o CEO da Argo Solutions, Alexandre Arruda.
MEIOS DE PAGAMENTO
SIMPLIFICAR E SIMPLIFICAR
Na opinião do gestor de Produtos para a área de Viagem & Representação do Bradesco Cartões, Gustavo Chaves, o maior desafio do pagamento em cartão continua sendo a conciliação de despesas. “Com o aéreo, este processo é mais fácil, porque há companhias aéreas em quantidade menor do que hotéis, sem contar que ainda há no Brasil e na América Latina alguns bloqueios culturais para a implementação de novas ferramentas.” De acordo com ele, a melhor forma de fazer com que os novos meios de pagamento sejam adotados pela alta gestão é comprovar que eles favorecem a redução de custos operacionais e geram benefícios aos demais parceiros envolvidos na cadeia. E os hotéis estão prontos para trabalhar com os hóspedes que querem pagar via mobile? “É preciso que haja uma mudança de paradigmas no setor de contabilidade e os hotéis procurem utilizar meios de pagamento que ajudarão a reduzir
Durante o debate promovido sobre o tema, o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes, destacou o quanto as empresas no Brasil têm resistido para adotar novas tecnologias. “O mercado brasileiro ainda oferece muita resistência à modernização e ainda há aquela preocupação de ser o primeiro a adotar uma nova tecnologia, já que isso despende muita energia e exige uma mudança de cultura na empresa”, salientou o VP. “Um exemplo é que muitas companhias ainda não deixam o executivo usar o nosso aplicativo para fazer antecipação de voos.“ Para a diretora da Concur no Brasil, Valéria Soska, o País ainda tem algumas limitações tecnológicas no mercado de viagens corporativas e uma delas é em relação ao monitoramento virtual do viajante, colocando à disposição, por exemplo, um roteiro de emergência no caso de ataques terroristas, como o ocorrido no dia do fórum, em Barcelona (Espanha).p
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1 Daniel Iacomini, da BRF, e Phelipe Farah, da HRS. 2 Laerte Farina, do CBEC, e Alexandre Oliveira, da HRS 3 José Francisco da Silva, do TMG, e Flavia Encinas, da Johnson & Johnson 4 Suzanne Neufang, vice-presidente das Américas da HRS 5 Katia Santos, da BRF, e Gaspar Cardoso, da HRS 6 Anderson Wolff e Carolina Gaete, da Gol, e Denis Ribeiro, da Air France-KLM 7 Roberta Nonis, da Evento Único, e Kátia Bernini, da HRS 8 Rodrigo Cezar, da Alagev e da Roche, e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS 9 Aline Bueno, da Concur Brasil, Candice Cordova e Luana Schmitz, ambas da BRF 10 Peterson Prado, da Avipam, e Fernão Loureiro, da Philips e GBTA 11 Valéria Soska, da Concur Brasil, e Fernando Slomp, da Avipam 12 Alexandre Oliveira e Suzanne Neufang, da HRS, e Eduardo Bernardes, da Gol 13 Jason Long, da HRS, e Alexandre Arruda, da Argo Solutions 14 José Guilherme Alcorta, da PANROTAS, Vania Dezordi, do THG, e Ronaldo Linares, da Accenture 15 Toda a equipe da HRS ao final do evento
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Mercado
> Rodrigo Vieira
Outra forma
de viajar
QUEM PREVIA UM PRIMEIRO SEMESTRE CARREGADO DE BOAS NOTÍCIAS PARA O SETOR DE VIAGENS CORPORATIVAS DEVIDO AO PESADELO VIVIDO NO INÍCIO de 2016, acertou apenas metade da aposta. Os dados da Abracorp para o período registram quedas significantes na hotelaria e locação de veículos no Brasil e no Exterior, muito embora o aéreo, principal termômetro da indústria, tenha compensado com alta no doméstico e um salto no internacional (confira nos gráficos). A associação reconhece que acende o sinal vermelho para alguns setores individuais, principalmente na hotelaria, mas também se diz animada com a contrabalança. “O segmento que puxa mesmo em termo de volume de negócios é o aéreo, que apresentou boas notícias neste semestre”, avalia o diretor executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe. “Ficamos animados com
essa alta e com os números da economia que já indicam melhora. A Fundação Getúlio Vargas prevê 2017 e 2018 encerrando com menor inflação, queda no desemprego e outros índices um pouco melhores do que os que vínhamos vivendo. Estamos vendo com bons olhos esse novo momento, somado aos números que coletamos”, completou o dirigente de uma entidade de 30 associados que estão diretamente suscetíveis às flutuações políticas e econômicas do País. Na aviação, a maior surpresa é a Azul ultrapassando a Latam Airlines no share de faturamento. Com 29,1%, a companhia de hub em Campinas (SP) assumiu a vice-liderança entre as que mais somaram receita entre as associadas Abracorp, ultrapassando a Latam, que ficou com 28,6%, apesar desta última ter vendido mais bilhetes (sinal da força da tarifa mé-
dia da Azul, companhia que voa para mais destinos em todo o Brasil). A Gol deteve a liderança nos dois quesitos, enquanto a Avianca Brasil figurou na quarta posição entre as grandes. No internacional a situação se inverte. A Latam Airlines é, com folga, a preferida do passageiro Abracorp neste mercado. Liderou o ranking do primeiro semestre com market share de 18,5%. Por outro lado, a Gol deteve apenas 1,6% do share internacional entre as associadas. Foram 22,7 mil bilhetes vendidos no semestre, alta de 9,1%. Entretanto, foi a única a apresentar variação negativa no total de vendas. Faturou pouco mais de R$ 29,4 milhões na soma para associados Abracorp, queda de 5,9% em comparação aos R$ 31,3 milhões do primeiro semestre de 2016. Sinal de que a estratégia da companhia presidida por Paulo Kakinoff é realmente se internacionalizar por meio de suas parceiras Delta, nas Américas, e Air France-KLM, na Europa. Ainda em relação aos voos do Brasil para o Exterior, a segunda colocação é da American Airlines, com 11,2%, e em terceiro aparece a Air France-KLM, com 9,4%.
HOTÉIS
Em meio a todo o quadro apresentado, a hotelaria nacional é o segmento de maior preocupação na Abracorp. Isso porque, embora o aéreo inter tenha ascendido, o faturamento da hotelaria internacional caiu significativamente no período comparativo, "mas o aparente paradoxo pode ser explicado pelo aumento das viagens do tipo bate volta e a redução no tempo de permanência dos viajantes nos destinos visitados – ambos fatores que refletem a tendência de reduzir custos identificada no mercado de viagens corporativas", avalia Tanabe. Em relação à hotelaria nacional, tudo indica que a superoferta de hotéis em grandes centros urbanos esteja contribuindo para esse balanço negativo, mas acima de tudo está nítido que as empresas estão reestruturando sua forma de viajar e investir em viagens. “Estão reduzindo a permanência nos destinos. Não só isso, mas os principais destinos da Abracorp foram sede de Copa do Mundo, evento para o qual a hotelaria investiu muito pesado na construção de empreendimentos. A inteligência da Abracorp está identificando o porquê desse decréscimo, e tudo indica que se deve ao aumento da oferta no mundial de futebol, principalmente no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Esperava-se um legado, que até existiu, mas foi acompanhado de crise econômica e política”, lamentou. Os resultados referentes à locação e aos transfers são duas surpresas: uma ingrata e outra boa. O de locação nacional caiu 13,2% no período comparativo embora a diária média tenha se mantido empatada com 2016. Era um setor que vinha se apresentando como um dos de maiores crescimento no Turismo. “Não esperávamos tal queda, tal como não esperávamos alta tão grande no segmento de transfers”, admitiu Tanabe. Transfers apresentaram alta de quase 30%. Confira alguns gráficos a seguir.
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Produção das TMCs da Abracorp no 1º semestre (valores em reais)
Fonte: Abracorp
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> Beatrice Teizen - Rio de Janeiro
A sério A GLOBAL BUSINESS TRAVEL ASSOCIATION (GBTA) REALIZA, AO LONGO DO ANO, CONFERÊNCIAS EM DIFERENTES PAÍSES para debater os principais temas pertinentes ao mercado de viagens e eventos corporativos. Neste ano, o Brasil já sediou encontros em Curitiba, em abril, São Paulo, em junho, e, na semana passada, foi a vez do Rio de Janeiro. Realizada no Hilton Barra da Tijuca, a GBTA Conference debateu o impacto da tecnologia na gestão de viagens a negócios, uso de economia compartilhada, como Uber e Airbnb, importância do destino para o setor de Mice e a questão de Request for Proposal (RFP) de companhias aéreas.
TECNOLOGIA
Com a tecnologia crescendo em todos os setores, o termo “disruptivo” se faz cada vez mais notório na indústria de viagens e eventos corporativos. No primeiro painel da GBTA Conference foram discutidas tendências tecnológicas e como elas podem auxiliar na gestão de deslocamentos e encontros. “O self-booking hoje é essencial. O próprio viajante é quem faz todo o processo de seleção da viagem, obedecendo a política da empresa. A grande questão é como tratar as informações dentro de um relatório consolidado, direcionando a companhia na tomada de decisão”, contou a gerente administrativa e de Suprimentos da companhia de energia Engie, Milena Rodrigues. Em um mercado onde as transações são cada vez mais virtuais, os players estão também investindo em segurança. As plataformas estão se especializando para criar um ambiente favorável para que as empresas usem pagamento
virtual de forma segura e o VCN é um grande aliado para a gestão de viagens. “Ele tem o conceito de já nascer conciliado. Dá a segurança de pagar e saber que realmente fez aquela transação”, afirmou o diretor da B2B, Marcos Fernando. Uma dificuldade identificada no Brasil em termos de evolução de tecnologia dentro da indústria é a de facilitar os processos. Fernando acredita que nos próximos cinco anos pode haver uma consolidação de sistemas, onde tudo será feito dentro de uma plataforma, já que ter várias tecnologias em diferentes canais tem um alto custo.
ECONOMIA COMPARTILHADA
Cada vez mais on-line, o Turismo tem uma presença crescente de millennials e, como se sabe, esse é o público mais ávido pelos aplicativos de economia compartilhada. No mercado de viagens corporativas esta é uma tendência positiva ou negativa? Como está a mudança de cultura e hábitos do viajante a negócios? Pelos lados da gigante alimentícia BRF, já há uma movimentação dos próprios viajantes para que tais plataformas sejam exploradas. “Existe uma pressão para utilizarmos o Airbnb e nossa premissa é entregar opções para os viajantes. Meios alternativos de transporte, como Uber, já usamos há um tempo. Com essas ferramentas e os dashboards que elas oferecem procuramos fazer a gestão do funcionário. É um trabalho a mais, mas é importante ampliarmos as oportunidades”, revelou o comprador Gervásio Tanabe, da Abracorp, Wellington Costa, da GBTA, e Luiz Henrique Teixeira, da Delta Air Lines
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O board da GBTA Brasil: Daniel Iacomini, Wellington Costa e Fernão Loureiro, novo presidente
de Viagens Globais da companhia, Daniel Iacomini. A questão da segurança do viajante acaba sempre sendo levantada quando se trata de economia compartilhada, mas problemas também acontecem com redes de hotéis. “O Airbnb não quer substituir o hotel, eles não têm produto para fazê-lo, é apenas mais uma opção para quem viaja. Às vezes, o serviço é mais individualizado do que em hotel. Essa individualização que o anfitrião dá é um ponto muito relevante.“
DESTINOS PARA MICE A escolha da cidade é importante para o sucesso do evento? De acordo com especialistas no painel sobre o tema, é mais do que isso: é fundamental. “Nós, como destino, pensamos mais de dez anos na frente. Estamos captando congressos para 2032. Os gestores de viagens precisam procurar os convention bureaux, pois vamos ajudar a encontrar o melhor lugar, auxiliar no site inspection e no que mais precisar”, afirmou o diretor do Rio CVB, Michael Nagy. Países e cidades também têm iniciativas para atrair eventos. O Governo Federal do México, por exemplo, criou um incentivo fiscal de 16% de economia para quem realizar um encontro no país. Os CVBs possuem um enorme poder para o organizador de eventos, mas os meeting planners também devem ter uma visão ampliada. “Eles existem e nos ajudam, mas não podemos depender apenas deles. É necessário irmos até a cidade
e conhecer os lugares e fornecedores”, explicou a proprietária da Evento Único e expert no segmento, Roberta Nonis.
REQUEST FOR PROPOSAL
O último debate tratou do tema de RFP de companhias aéreas. O assunto, no mercado de viagens, é complexo. “Empresas não têm visto muito a parte técnica e se prendem na questão comercial. Quando o cliente apresenta um RFP, ele compara produtos com serviços, mede o intangível”, ponderou o diretor executivo da Abracorp e moderador da sessão, Gervásio Tanabe.Todos concordaram sobre a importância de ser estratégico e comprometido com o resultado, além de ser cordial, comparecer às reuniões e ter uma relação justa com todas as partes da negociação. “Ter transparência e coerência no que vai oferecer constrói um relacionamento de médio a longo prazos“, completou Tanabe. “O RFP é como um filtro, um primeiro passo limitador. Para fazer uma negociação mais profunda e ir ao encontro da necessidade dos passageiros é necessário sentar com o cliente e negociar”, apontou a diretora da United Airlines no Brasil, Lucimar Reis. Segundo a executiva, tudo é muito baseado na redução de custos, mas é preciso focar na satisfação do passageiro. "Hoje não podemos apenas enxergar o concorrente, temos que prestar atenção no consumidor”, acrescentou o diretor de Vendas da Delta, Luiz Henrique Teixeira.p
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1 Wellington Costa, da GBTA, e Roberta Guimarães, do Grand Hyatt 2 Sandro Escarlate, da Mazzini, e Gisele Espinato, da Petrobras 3 Claudia Solito e Katia Leite, ambas da Emirates 4 Vinicius Silva, da CWT, Patricia Haas, da Alatur JTB, e Glauciene Gonzaga, da Gol 5 Wilson Campaneli (Aerolíneas Argentinas), Lalita Dasi (Alatur JTB), Cecilia Alves (Alatur JTB), Otávio Oliveira (Aerolíneas Argentinas), Eurica Pires (Alatur JTB) e Álvaro Rodrigues (Tour House) 6 Alicia Perez, da Qatar Airways, Tiago Sagás, da GJP Hotels, e Tathiana Campos, da American Airlines 7 Anele Raupp, da Omnibees, Rogerio Miranda, da Inteegra, e Milena Rodrigues, da Engie 8 Marcio Adler, da United Airlines, entre Regina Diniz e Celia Alves, da Alatur JTB 9 Luciano Cardoso, da Iberia/British Airways, entre Marcelo Melo e Diego Souza, ambos da Avipam 10 Anthony Stevenson e Lucimar Reis, da United Airlines 11 Michael Nagy, diretor do Rio CVB 12 Daniel Iacomini, da BRF, Viviane Amadei, da Best Western, e Fernão Loureiro, presidente da GBTA Brasil 13 Roberta Nonis, da Evento Único, e Michael Nagy, do Rio CVB 14 Ana Silvia Castignani e Elizabeth Santos, do Meliá Hotels International
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> Karina Cedeño
Mais inovador TRAZER CONTEÚDOS QUE GEREM UM DIFERENCIAL NA VIDA DE GESTORES DE VIAGENS E TMCS FOI UMA DAS PROPOSTAS do Fórum HRG deste ano, realizado em 23 de agosto, no Grand Hyatt São Paulo. A quinta edição do evento permitiu que os participantes interagissem com os conteúdos votando em enquetes por meio de um dispositivo móvel, além do estímulo ao networking com atividades em que os gestores e TMCs tiveram que trocar fitas coloridas com quem nunca tinham feito contato. Entre os temas apresentados, ganharam destaque as novas tecnologias desenvolvidas para a indústria de viagens corporativas, entre elas a inteligência artificial, a internet das coisas e os chatbots . Mas os participantes foram lembrados de que a modernização não precisa ser um processo complexo, pelo contrário: o que garante o sucesso das empresas nos dias de hoje é oferecer tecnologias simples e intuitivas, principalmente para reservas de viagens e pagamentos, e sempre adaptadas para dispositivos móveis. “É preciso considerar que, hoje, o desktop representa 47,8% do tráfego na internet, enquanto o realizado via aplicativos móveis representa 51,3%”, ressaltou o diretor de Produtos para Gestão de Viagens da HRG, Richard Kelly. Ele também reforçou a necessidade de as empresas oferecerem plataformas
Eduardo Kina (Alatur JTB), Alberto Moane (HRG Brasil) e Tetsu Suzuki (Alatur JTB)
com interfaces simples, que reduzam a quantidade de cliques necessários para chegar ao ponto de interesse. "Os processos precisam ser cada vez mais dinâmicos, considerando que as novas gerações, como os millennials e a geração Z, que representam hoje forte papel na indústria de viagens corporativas, levam apenas oito segundos para processar uma informação. Eles também valorizam bastante a personalização dos produtos, e pesquisas revelam que 60% dos millennials gostariam de informar suas preferências às empresas para que elas ofereçam produtos
e serviços mais relacionados aos gostos deles", relatou Kelly. As corporações que não se atentarem a esse fato poderão perder 20% de suas receitas caso a experiência do cliente seja ruim, de acordo com o diretor de Vendas e Tecnologia do Sabre para as Américas, Ian Molanph. “Cerca de 89% dos clientes acabam mudando de marca após terem uma má experiência e 81% deles se dizem dispostos a pagar mais por uma que seja de qualidade superior”, destaca Molanphy. Segundo ele, hoje 67% do processo de compras é feito de forma digital e daqui a dois anos 85% das intera-
Jaime Vial (HRG Chile), Angeles Yugdar, Ignacio Labourdette, Mauricio Coelho e Xavier Eduardo (todos da HRG)
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ções entre clientes e empresas serão feitas sem a presença de seres humanos no processo.
PERSONALIZAÇÃO
Segundo a VP da HRG para a América Latina, Ángeles Yugdar, o mercado de viagens corporativas da América Latina diferencia-se dos demais pelo grau de personalização que oferece em seus produtos. “Já conhecemos bem o perfil do nosso público e por isso nos destacamos neste aspecto, mas ainda sabemos que há algumas lacunas a serem preenchidas, como o fato de fazer melhor uso das tecnologias para reduzir custos e otimizar processos”, salienta Ángeles. p
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> Karina Cedeño
Tecnologia e América Latina
Delta Business Seminar 2017 — Equipe da Delta Air Lines reunida no Delta Business Seminar
O FATO DE ESTAR SEMPRE LANÇANDO NOVIDADES E ACOMPANHANDO AS ÚLTIMAS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS FOI UM DOS MOTIVOS QUE LEVARAM A Delta Air Lines a alçar voos de longo alcance na América Latina, onde aumentou a oferta em 75% nos últimos dez anos. “Hoje oferecemos 1,8 mil voos semanais na região para 56 destinos em 32 países, e continuamos investindo para aprimorar nossos serviços não só aqui, mas em nível global”, destaca o consultor executivo da Delta para a América Latina e o Caribe, Roberto Girotti, contando que a aérea investiu US$ 4 bilhões nos últimos anos para melhorar a experiência do passageiro em todas as etapas da viagem. A América Latina também foi a pri-
Sala cheia durante a realização do evento
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meira região do mundo a conduzir o programa Delta Edge (que traz diversos benefícios para clientes corporativos) fora dos Estados Unidos, serviço que já está disponível em inglês, espanhol e português. “Isso sem contar o Delta Professional, site exclusivo para agentes de viagens na América Latina, que oferece diversos materiais e informações necessárias a eles”, destaca o consultor executivo. A Delta hoje oferece 5,6 mil voos por dia para 330 destinos em 62 países, sendo 15 mil voos diários incluindo os parceiros da aliança Skyteam em todo o mundo. Ao todo, a companhia transporta mais de 180 milhões de passageiros por ano em suas mais de 1,3 mil aeronaves. Em 30 de outubro deste ano a aé-
rea estreia o Airbus 350-900 na rota Detroit-Tóquio, seguida de Seul, em 18 de novembro, e Pequim, em 17 de janeiro do ano que vem. A aeronave irá inaugurar dois produtos da companhia, o Delta One Suites, na classe executiva, e o Delta Premium Select, que traz uma proposta similar à oferecida nas classes conforto. No total serão 32 assentos na executiva, 48 na Delta Premium Select e 226 na econômica. Para divulgar todas essas informações, a Delta promoveu, no Sheraton São Paulo WTC, na semana passada, o Delta Business Seminar, evento que contou com a presença de diversos gestores de viagens e TMCs. Os destaques da conferência também ficaram por conta das
Carlos Schwartzmann (Costa Brava) e Doreen Baron (Delta Air Lines)
inovações lançadas pela companhia aérea ao redor do mundo, como o reconhecimento facial e biométrico no check-in, identificação de bagagem por meio de chips de radiofrequência, mapas de localização interativos nos aeroportos, entre outras. A mais recente das novidades tecnológicas da companhia americana é o vídeo chat no aeroporto Ronald Reagan, em Washington D.C. Por meio do equipamento, os passageiros podem conversar com um especialista da Delta. São cinco telas digitais interativas com receptores individuais que permitem a conexão "cara a cara” com funcionários, que, por sua vez, têm papel de auxiliar em tarefas como alterar voos ou receber feedbacks.
Shiela Camara (KPMG), Daniel Iacomini (BRF) e Sonata Nogueira (Deloitte)
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Visitantes
AUMENTEM SUA REDE DE RELACIONAMENTOS NA ABAV EXPO Relacionamento é a chave para novos contatos, que podem gerar excelentes negócios. Confira cinco dicas para estabelecer um bom networking na 45a Abav Expo Internacional de Turismo & 48o Encontro Comercial Braztoa, que acontece de 27 a 29 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
1. PONTO DE PARTIDA
É fundamental entender qual é o seu foco de negócios na feira. Qual setor do Turismo é prioritário para a sua empresa? Já é possível conhecer os expositores que estarão na 45a Abav Expo no site institucional (www.aba-
vexpo.com.br) e nas redes sociais do evento. Feito isso, faça uma pesquisa breve sobre a atuação de cada um. Assim, você saberá quais são os participantes que mais lhe interessam para iniciar um contato ou estreitar relacionamento.
2. ABORDAGEM
Na Abav Expo, procure os estandes e se apresente. É cordial portar seu cartão de visitas para trocar contato com as empresas com as quais busca fechar negócios. Este ano, a feira traz uma novidade: credenciais contendo QR code com as informações e con-
tatos de cada participante, incluindo todos os expositores. Você pode fazer o download do aplicativo de sua preferência para leitura de QR code em um smartphone ou tablet. Então leve o aparelho ao evento e vá captando os contatos mais estratégicos para o seu negócio.
Aproprie-se dessa relação e mantenha suas redes atualizadas. Vale ressaltar que o Linkedin é uma rede social focada em negócios; lembre-se de se conectar às empresas com que fez contato na Abav Expo nesse canal, principalmente.
3. REDES SOCIAIS
AO NETWORKING Além do networking com as empresas expositoras da 45a Abav Expo, é possível conhecer visitantes e demais participantes da feira em espaços oportunos também para a geração de relacionamento. São eles:
Fato é que as redes sociais afetaram o modo como as pessoas se relacionam. Elas conectam diretamente empresas a clientes e parceiros e a aproximação que o meio digital oferece é, inclusive, ferramenta de marketing.
4. ESPAÇOS DESTINADOS
48o Encontro Comercial Braztoa — polo de negócios, oportunidades e tendências do setor turístico para operadoras; Ilha Corporativa Abracorp — espaço onde estarão expostos os principais fornecedores de produtos e serviços voltados ao segmento de viagens de negócios; Turismo Especializado — área exclusiva para exposição de empresas e players com expertise em turismo LGBT, de Pesca Esportiva e Ecoturismo e Aventura; Vila do Saber — espaço na feira voltado à capacitação e difusão do conhecimento no Turismo por meio de palestras ministradas por especialistas; além do Conexão Abav, a grande área de hospitalidade da feira, compartilhada pelas 27 Abavs Estaduais e entidades congêneres.
INSCRIÇÕES ABERTAS O credenciamento para a visitação de profissionais do setor já está disponível. As inscrições devem ser feitas diretamente no www.abavexpo.com.br/credenciamento e, após submetido o formulário com todos os campos preenchidos, a credencial é enviada para o e-mail cadastrado.
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5. NUTRIÇÃO DO
RELACIONAMENTO PÓS-EVENTO Não deixe de sustentar os relacionamentos desenvolvidos na Abav Expo. Busque organizar encontros posteriores e aprofundar as relações criadas no evento. A proximidade com a empresa e fidelização de parceria com certeza serão uma mola propulsora para ótimos negócios!
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Viagens corporativas
Acelerando o Mice NO COMEÇO DO MÊS, A CONCESSÃO DO NOVO CENTRO DE EXPOSIÇÕES E CONVENÇÕES DE BUENOS AIRES (CEC) FOI atribuída a uma união transitória de empresas (UTE), composta pelas companhias La Rural, OFC, Ogden Argentina e Entretenimiento Universal Argentina, grupo que será detentor do local por 15 anos. A taxa mensal foi fixada em mais de 1,41 milhão de pesos argentinos, cerca de R$ 260 mil, 11% a mais do que o valor mínimo pedido. A ideia é acelerar a inauguração do empreendimento e aumentar a referência da Argentina no segmento Mice. Antes de sua abertura, prevista para o fim deste ano, o contratante deverá ser responsável pelos trabalhos de conclusão do imóvel, que incluem equipamento, revestimentos acústicos, iluminação, sonorização e mobília. Tendo em conta que o Turismo portenho calcula o impacto indireto de US$ 76 milhões ao ano com o novo espaço, o grupo de empresas a cargo do CEC será responsável pela geração e promoção de ações que consolidem Buenos Aires como destino de excelência global para reuniões e eventos. O presidente e CEO da Messe Frankfurt Argentina, filial do Messe
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Projeção gráfica do novo Centro de Exposições e Convenções de Buenos Aires, que deve ser inaugurado no fim do ano
Frankfurt Group, Fernando Gorbarán, afirma que existe um acordo para que a empresa se responsabilize pela comercialização do complexo no Exterior, enquanto o titular da Associacão Argentina de Organizadores e Provedores de Exposições e Congressos (AOCA), Enrique Pepino, expressou toda satisfação por cumprir com uma or-
ganização que já vem pendente há 40 anos. "A cidade estava carente de um centro de exposições e, embora tenha demorado mais do que o previsto, é tempo de trabalhar e concluir os últimos detalhes para consolidar Buenos Aires e a Argentina no segmento de reuniões." Os 22 mil metros quadrados do CEC terão capacidade para reunir até
5,3 mil pessoas. Conta com quatro grandes salas de exposições, eventos e convenções. Está situado em um ponto estratégico da cidade mais importante da Argentina e tem um edifício em bases sustentáveis que possui climatizadores ecológicos, sistema para economia de água e eliminação de gases e fumaça. p
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Destinos
Descubra o norte da Argentina COM GRANDE POTENCIAL PARA O TURISMO, O NORTE DA ARGENTINA UNE BELAS PAISAgens a uma rica cultura. Conheça os destaques de seis províncias:
JUJUY
Seu principal centro turístico, a Quebrada de Humahuaca foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. No local, há obras que datam de antes da ocupação espanhola, como o Pucará de Tilcara. Outro povoado que vale a visita é Purmamarca, onde fica o majestoso Cerro de los Siete Colores. De lá, é possível seguir para as Salinas Grandes, um deserto de sal. Para os turistas que querem cultura, Jujuy é o berço de uma das maiores festas populares da América do Sul: a festa da Pachamama. O ritual, realizado em agosto, tem como objetivo agradecer e pedir à Mãe Terra por prosperidade. A província conta com uma boa oferta hoteleira, mas, para o verão, recomenda-se que as reservas sejam feitas com antecedência. Imperdível: o Parque Nacional Calilegua permite que o visitante entre em contato com a flora e a fauna da região . Região dos Valles Calchaquíes em Tucumán
SALTA
Um dos polos turísticos mais importantes da Argentina, a cidade de Salta tem boa estrutura hoteleira e está preparada para receber eventos internacionais. O destino se caracteriza por misturar arquitetura colonial e modernismo. Em termos de belezas naturais, a província também agrada. Pela Rota Nacional 68, é possível chegar à Quebrada de las Conchas, que tem formações rochosas de diferentes cores. Já a emblemática Rota Nacional 40, no caminho para Cachi, passa pelas belas Quebrada de las Flechas e Laguna del Brealito. Cachi é um pitoresco povoado para quem quer relaxar. Imperdível: Iruya, mágico povoado encravado nas montanhas. Vale a visita.
Catamarca impressiona por suas montanhas
TUCUMÁN
A capital dessa região, San Miguel de Tucumán, é um importante local para a história da Argentina. Lá foi declarada a independência do país, em 1816. Muito procurados por turistas, os Valles Calchaquíes são o coração da província. Alguns dos principais destaques do local são o povoado El Mollar, o Parque Los Menhires, o Dique La Angostura e a comunidade indígena Amaicha del Valle. Imperdível: o Cerro San Javier conta com uma vista panorâmica espetacular de San Miguel de Tucumán.
Laguna Brava, na província de La Rioja
SANTIAGO DEL ESTERO Com águas termais, a cidade Termas de Rio Hondo se tornou o principal destino da província. O primeiro hotel all-inclusive da Argentina foi aberto na cidade, que também tem o Grande Prêmio de Moto GP, o Museu do Automóvel e diversos espetáculos. A 70 quilômetros encontra-se a capital Santiago del Estero, que tem diversas atrações turísticas e históricas. A melhor época do ano para visitar a província é entre março e novembro, já que o verão pode ser muito quente. Imperdível: pouco conhecido, o Parque Nacional Copo é uma ótima forma de estar em contato com a natureza.
CATAMARCA
Festa da Pachamama, em Jujuy
Pela Rota Nacional 60 os viajantes percebem as magníficas paisagens dessa província. Até chegar a Paso San Francisco, na fronteira com o Chile, a região da cordilheira é impressionante. A Ruta del Adobe, com Fiambalá como
centro, tem diversas construções feitas com adobe, espécie de tijolo cru. Aqui, o turista também pode aproveitar espaços termais. Outro local importante é Medanistos. Essa pequena aldeia tem dunas de areia branca, ideais para fazer sandboard. Na cidade de Tatón também é possível praticar a atividade Imperdível: vale um passeio pelas encostas de Portezuelo, Piedras Blancas e o dique Las Pirquitas.
LA RIOJA
Na região encontra-se o Parque Nacional Talampaya. Com formações rochosas de 250 milhões de anos, o local é Patrimônio da Humanidade. Para um passeio de carro, recomenda-se a Cuesta de Miranda, um importante símbolo da região. Rioja também tem uma gastronomia única, com destaque para o cabrito riojano e o vinho torrontés. A melhor época do ano para visitar a província é entre março e novembro. Imperdível: no topo da Quebrada de los Cóndores é possível ver de perto o condor-dos-andes. p
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Plínio Caiado e Fernando Araújo
Expansão em SP
Rota alterada
Os voos da Latam Airlines de São Paulo a Madri sofrem alteração no itinerário a partir de 29 de setembro. Hoje operado pela subsidiária brasileira, o serviço contará com nova rota completa partindo de Santiago (Chile), passando por Guarulhos (GRU) e chegando ao Aeroporto de Barajas (MAD), sendo operado pela Latam Chile. O trecho São Paulo-Madri, garante a companhia, continua a ser diário e ter os mesmos horários, partindo às 22h50, enquanto a volta ao Brasil segue pousando às 5h25 (horários locais). Também haverá troca nos códigos a partir da data estipulada. JJ8064 (São PauloMadri) e JJ8065 (Madri-São Paulo) vão se tornar LA702 e LA703, respectivamente. O serviço ainda deixará de ser feito com o A350 para entrar em cena o B787-9 da chilena, com capacidade de 274 passageiros em classe econômica e 30 em executiva.
A Prime Consolidadora se reforça com novos executivos para São Paulo e Porto Alegre. Segundo a empresa, o anúncio faz parte de um plano de expansão que contará com a abertura de novas unidades da Prime, com ênfase no mercado paulista, onde, segundo o diretor local João Paulo Stelczyk, os números surpreendem para quem iniciou as atividades ainda este ano. Portanto, em São Paulo foram chamados Plinio Caiado para gestão comercial, além do executivo Fernando Araújo. Ambos têm mais de duas décadas de Turismo. Na sede em Porto Alegre chegaram Elisângela Brizolla e Ana Capelari para o Atendimento Nacional, além de Ricardo Varela, Marcelo Cheuiche e Paulo Mota para o Atendimento Internacional.
Privatização
Mais de 30 empreendimentos do setor de infraestrutura e transportes serão concedidos à iniciativa privada, dos quais 14 aeroportos, 15 arrendamentos portuários e duas rodovias. A decisão saiu na semana passada e já há expectativa de receber um total de R$ 8,586 bilhões, sendo R$ 6,39 bilhões à vista ao governo federal. Só os aeroportos devem somar R$ 6,4 bilhões. Os leilões devem ocorrer no segundo semestre de 2018 e envolverão terminais de Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Cuiabá (Várzea Grande), Rondonópolis (MT), Sinop (MT), Alta Floresta (MT), Barra do Garças (MT), Macaé (RJ) e Vitória. A pedido do ministério do Planejamento, Congonhas, em São Paulo, também foi incluído, e deve ser concedido individualmente. Além das concessões de novos aeroportos, ficou definido que o governo federal fará a oferta da participação acionária da Infraero aos atuais sócios privados dos terminais já concedidos de Brasília (DF), Confins (MG), Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Atualmente, a estatal detém 49% de participação em cada um desses empreendimentos. Os atuais operadores têm direito de preferência na compra.
Despedida e reestruturação
Cássia Souza, consultora de Vendas, Andressa Armelin, assistente operacional e de Marketing, e Paula Trigo, executiva de Contas
A gerente comercial e de Marketing da Velle Representações, Márcia Chiota, deixa o cargo esta semana para se dedicar exclusivamente à sua empresa, a On Request Marketing. O CEO da Velle, Ricardo Augusto Alves, acumulará as funções da executiva, que agradece à representante de cruzeiros fluviais. A Velle ainda aproveitou o momento para se reestruturar: Andrea Azem é executiva de Contas para Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, e Paula Trigo assume o mesmo cargo, mas para São Paulo e restante do Brasil. Os demais cargos são ocupados por profissionais da casa: Maísa Hatty na gerência operacional, Cássia Souza no Atendimento e Gisele Nicotera na gerência de Produtos. A Velle representa comercialmente marcas como Uniworld, Amawaterways, Avalon, Emerald, Scenic e Poseidon.
Ponto a ponto •A Tap volta a usar a marca Tap Air Portugal a partir de 14 de setembro em uma tentativa de ser mais familiar ao público norte-americano. • Após seis anos como CEO do WTTC, cargo ao qual renunciou este ano, David Scowsill assume a empresa de realidade virtual Eon Reality Inc e ficará baseado em Londres. • Marcia Galvão deixa a Star Alliance e é a nova gerente de Desenvolvimento de Negócios da Norwegian Cruise Line (NCL) para Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Amigos de ouro
Na semana passada, a rede Tivoli realizou, no seu resort da Praia do Forte (BA), a 21 a edição do Golden Friends, em que premia seus principais vendedores e parceiros no Brasil ao longo do ano. E não faltou espaço para anúncio. O Minor Group, holding dona da marca Tivoli, trará três resorts ao Nordeste nos próximos dois anos: um Anantara e um Tivoli na Bahia e outro Tivoli no Ceará. Os premiados: PANROTAS, Flytour Viagens, MMTGapnet, Trend, Teresa Perez, Visual, CVC, Abreu, Viagens Master, Turnet, Latam Travel, Litoral Verde, Avianca, DMC Brazil, Prime Tours Bahia, Interpool, Infinitas/Journey, Papagaio e Solferias .
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• A MGM Operadora contrata Paulo Goulart, que estava na BRT, para executivo no Rio Grande do Sul. Ele cuidará de prospecção e manutenção das agências parceiras. A Agaxtur, que recentemente contratou Raphael Chrysostomo para executivo de Contas em Porto Alegre, abrirá escritório na capital gaúcha em setembro.
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corporativo
www.pancorp.com.br
R1 reforçada
Paulo Amorim é o novo gerente de Relacionamento B2B da empresa de tecnologia para eventos R1 Soluções Audiovisuais. Sua contratação é estratégica, pois, segundo o diretor comercial, Raffaele Cecere , o planejamento de expansão da R1 nos últimos dois anos focou na expansão do atendimento em hotéis, a cargo de Andréia Chiarato, e agora Amorim assume com a missão de ampliar a área dedicada ao relacionamento com empresas e associações de classe, com foco no mercado de eventos corporativos. O contratado, que ficará na sede da R1 em São Paulo, se destacou em trabalhos na coordenadoria de Projetos da São Paulo Turismo e gerência executiva da Alagev, onde permaneceu por quatro anos.
Paulo Amorim (centro) e os diretores da R1, Rodrigo Caetano e Raffaele Cecere
Subiu a bagagem
A Azul, vice-líder no faturamento entre as companhias nacionais nas agências Abracorp ( ver página 16), está com novos valores de tarifas. O despacho de bagagem de até 23 quilos pela internet subiu de R$ 30 para R$ 40. O valor para despacho no check-in ainda é de R$ 60. A Azul foi a primeira aérea brasileira a implementar a cobrança de bagagens, tendo iniciado em 1º de junho. Bagagem de mão de até dez quilos não é tarifada. Em voos com saída do Brasil para a América do Sul, a companhia aérea anunciou que emissões terão os seguintes valores para alterações e cancelamentos: Transações realizadas no portal do agente ou da agência – R$ 210 Transações realizadas no call center, loja Azul e aeroporto – R$ 230 Tarifa para as classes OO, U, UU, V, W, X e Y, independente do canal – R$ 250. As informações são do portal Melhores Destinos. Até o fechamento desta edição, a Azul não se pronunciou sobre quaisquer alterações.
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