Jornal PANROTAS 1.288

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.288

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27 de setembro a 3 de outubro de 2017

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A NOVA CARA

DA CONSOLIDAÇÃO Até então dominado por gigantes, este setor conta agora com novos rostos, esquentando uma concorrência historicamente marcada pela agressividade comercial. O que pensam, como atuam e as previsões dos novos líderes de um dos segmentos mais fortes e dinâmicos da indústria de Viagens e Turismo no Brasil

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INTERNACIONAL VOLTA A SUBIR

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O Brasil registrou 1,97% mais desembarques internacionais no primeiro semestre deste ano em comparação com janeiro a junho do ano pasasdo. Os desembarques domésticos, por outro lado, registraram queda de 0,64% no mesmo período comparativo. Os dados consideram voos regulares e não regulares e de passageiros residentes e não residentes no País. A tendência para o segundo semestre é de crescimento ainda maior conforme as companhias estrangeiras sinalizam aumentar suas frequências e chegar a novos destinos no Brasil.

Check-IN

Desembarques internacionais

Desembarques nacionais

5.071.788 em 2017 vs. 4.798.119 em 2016 (+1,97%)

44.244.578 em 2017 vs. 44.531.676 em 2016 (-0,64%)

PREÇO MÉDIO DA TARIFA DOMÉSTICA R$ 323,62 em 2017 (-2,6% vs. 2016)

YIELD DOMÉSTICO R$ 0,2825/quilômetro (-4,9% vs. 2016

*Todas os dados são referentes ao primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período em 2016

fonte: Anac e Infraero

LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 09 Fórum debate o setor de fidelização em São Paulo

Página 12 O balanço da aviação após a nova política de bagagens Página 13 Avianca Brasil lança tarifa Promo, sem despacho de bagagens Páginas 16 a 18 A oferta do Grand Palladium no Caribe Mexicano Página 24 a 27 Especialistas interpretam o Top 10 nacional da CVC em 2017 Página 29 a 36 Descubra a Flórida e seus produtos mais quentes

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Editorial

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

O Rio dos eventos A realização da maior edição do Rock in Rio, em pleno parque olímpico, rebatizado de Cidade do Rock, provou uma vez mais o óbvio: a vocação da cidade é o Turismo, são os eventos, é a hospitalidade do carioca. A cidade fica mais vibrante, animada, colorida, viva. A reportagem do Jornal PANROTAS experimentou o transporte de metrô e BRT até o festival, hospedagem em Copacabana e uma noite inteira de shows no Rock in Rio e não viu qualquer problema seja de segurança ou organização, baderna ou falta de civilidade. A Prefeitura do Rio promete um calendário de eventos mais robusto para a cidade, ocupando o ano todo e para diversos segmentos. O governo municipal tem de entender, no entanto, que

precisa aportar verbas robustas para que o Turismo devolva o investimento em mais receitas provenientes de visitação. Acreditar que só a iniciativa privada fará sua parte (como já faz há anos) e que o Rio se venderá sozinho seriam erros que enfraqueceriam os esforços. O Rio não se vende sozinho, por causa de problemas de imagem, percepções ultrapassadas e até por preconceito. É necessário divulgar o novo Rio, que funciona durante e além dos eventos. Que não explora o turista e sim o acolhe e cobra pelo que oferece, em diferentes níveis de serviço e produtos. No Rock in Rio foi possível ir e voltar da Cidade do Rock por menos de R$ 20, pegar táxi ou Uber pelas tabelas “normais”, contratar transfers privativos por um valor um pouco maior...

Ou seja, havia opções (boas) para todos os bolsos. É claro que existiram as mirabolantes ofertas de transfer a R$ 500 ida e volta, mas são atitudes que irão se dissipar quanto mais profissional for o Turismo na Cidade Maravilhosa. Outro destaque do festival de rock foi a ampla presença de latinos, o que mostra que a força maior de nosso receptivo internacional está, como dizem os especialistas, nos países vizinhos. Somos latino-americanos e precisamos tirar partido disso. Sabemos bem receber, realizar eventos e engajar o visitante. Falta promover melhor e criar facilidades para quem quer visitar o Rio ou o Brasil. O famoso turismo acessível, consciente, sustentável e integrado, com nosso País e a América Latina.

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S

UE Q A T DES

DO PORTAL

PANROTAS

de 14/09 a 20/09

1 Cade aprova joint venture entre Latam e American Airlines– em 15/09

2 Air France-KLM reduz

franquia de malas nas econômicas – em 20/09

3 4

10 Turismo já representa US$ 100 11 Veja os principais parceiros da Teresa Perez este ano; fotos – em 15/09

12 Tui Brasil inicia campanha de

vendas em nova plataforma – em 14/09

13 Internacionalização da Gol não

Elevador de hotel despenca com 8 holandeses no RJ– em 15/09

14 Avianca Brasil comemora 15

Promo, sem franquia de bagagem – em 20/09

MEDIA PARTNER

bilhões no Google – em 19/09

Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 15/09

5 Avianca Brasil lança tarifa

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vai parar, diz Kakinoff – em 20/09

anos com música e parceiros – em 19/09

PARCERIA ESTRATÉGICA

ASSOCIAÇÕES

15 Mendes Tur comemora 30 anos

com coquetel; fotos – em 20/09

6 Saiba onde tomar mais

cuidado em temporada de furacões – em 15/09

7 Teresa Perez apresenta

campanha 2018 em SP; veja fotos – em 15/09

8 Tap sobe aposta no Brasil

com novos voos no Recife – em 15/09

9 Agaxtur, R11, Viajanet e

muitas outras contratam – em 18/09

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Assistente Comercial: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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04 Consolidadoras

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> Rodrigo Vieira

A nova cara da c UM DOS MAIS SIGNIFICATIVOS E PECULIARES SETORES DO TURISMO BRASILEIRO ESTÁ GANHANDO NOVAS

caras, que substituem aos poucos os fundadores e pioneiros desse segmento. Muito se fala na necessidade de inovar, em pensar fora da caixa, e as consolidadoras aéreas tentam trilhar esse caminho ao mesclar a experiência de seus fundadores com a jovialidade e o gás de novos líderes. Coincidentemente ou não, os negócios dessas empresas vêm mudando, seja à força, após as empresas aéreas delegarem a elas a relação com as pequenas e médias agências de viagens, incluindo buscar soluções tecnológicas para os mais diversos cenários, seja à custa de muita transpiração, com um dos ambientes mais

competitivos da indústria. Não é uma completa reformulação como se vê em outros elos da indústria, a exemplo das agências de viagens tradicionais que sofreram a ruptura do meio on-line, ou da hotelaria, que começa a temer os meios alternativos de hospedagem, mas fato é que a consolidação tem de se antecipar aos riscos e mudanças que a aviação mundial pode trazer em termos de distribuição de bilhetes. Se 30 anos atrás ser consolidador era quase uma regalia, uma deferência dada por uma companhia aérea a um distribuidor, hoje o modelo é diferente: ou a consolidadora se faz necessária para seu cliente (e para o fornecedor), ou seu negócio está fadado ao fracasso e à estagnação. O que começou com a única função de ce-

der crédito às agências, passou a ganhar pitadas de expertise anos depois. O lado técnico é bastante importante, indo do backoffice e integrações ao front end mais dinâmico e competitivo (com as OTAs, por exemplo), até a capacitação dos agentes de viagens. Então surgiu a necessidade de criar plataformas próprias, on-line, para incluir os então recém-criados canais diretos das companhias aéreas. Isto é, as consolidadoras estão em um círculo constante de mudança, acompanhando o dinamismo do setor e a própria evolução do produto. No patamar atual, ser consolidador é fornecer sistema, serviço, atendimento, disponibilidade e agilidade. Um ecossistema complexo, em que são essenciais inovação e um know how restrito a

Flavio Marques Emerson Camilo

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André Khouri

poucos. Portanto, não há espaço para amadores. Ou “a consolidação não é para aprendizes, apenas para feiticeiros”, nas palavras do presidente do Conselho da Air Tkt, Carlos Vazquez, também vice-presidente da Esferatur. Há mais de três décadas inserido neste universo, Cássio Oliveira, hoje vice-presidente da Ancoradouro, concorda. “Nomes como o de Juarez Cintra Neto, Flavio Marques e Emerson Camilo podem ter assumido posições-chave há pouco tempo, mas nenhum deles tem menos de 20 anos de consolidação”, relaciona, em referência aos profissionais de Ancoradouro, Rextur Advance e Flytour Gapnet, respectivamente. “É uma turma jovem, mas com experiência. Nenhum deles caiu de paraquedas de um setor comple-

Wagner Chaves

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a consolidação tamente alheio, como o siderúrgico, por exemplo. Nosso negócio é muito particular. Lidar com crédito é muito impessoal, depende de um relacionamento de confiança com os agentes, conhecer suas peculiaridades”, completa o especialista, também autor do blog Integração no Portal PANROTAS. Vazquez segue a mesma linha de raciocínio e o ilustra com o diretor da Esferatur para Interior de São Paulo, Eduardo Camargo. “Por mais que ele tenha vindo de uma companhia aérea, evoluiu muito quando entrou na Esfera, pois começou a ver como era a metodologia de outras companhias e se adaptou de maneira assustadora”, afirma. “A consolidação só tem a ganhar com esses novos nomes. Eles trazem ideias diferentes, dão mais energia às empresas, o que

é fundamental para acompanhar as necessidades dos clientes”, completa um dos mandatários da Esferatur, negando que esta nova safra da consolidação esteja estritamente relacionada ao avanço da tecnologia. Plataformas digitais de distribuição não são mais diferenciais, e sim um ativo normal, o básico para uma consolidadora. Todos os anos há mudanças significativas no mercado de distribuição aérea, portanto, a tecnologia tem de ser acrescida de uma prestação de serviço muito ampla e personalizada. Segurança da informação, explicação de novas regras tarifárias e parceria são essenciais. Ponto para os novos executivos. “São pessoas que viveram a transição para a era digital durante a fase de evolução profissional.

Andre Sanajoti Marco Aurélio Di Ruzze

Acima de tudo, grande parte deles passou por diversos setores de suas empresas ou das concorrentes, e assim vivenciaram as boas práticas de gestão em várias fontes diferentes”, opina um dos integrantes desse grupo, Marco Aurélio Di Ruzze, que migrou da Varig para o cargo de vice-presidente do Grupo BRT, sediado em Curitiba. “Lá atrás, os empreendedores da consolidação tiveram uma visão impressionante de mercado, e detinham um poder bem maior sobre a distribuição. Quem não soube explorar ficou pelo caminho ou teve de se submeter a uma aquisição. Já essa nova leva de executivos veio mais bem preparada no sentido de administração empresarial. Para competir hoje temos de estar mais fortes, buscando boas práticas de todo mer-

Eduardo Camargo

cado e não somente do segmento. Hoje somos dependentes de uma série de fatores para crescer.” Estar ao lado do agente de viagens é preocupação consensual dessa nova safra de consolidadores. Se por um lado eles viveram a evolução tecnológica na própria distribuição aérea, também foram submetidos à avalanche de OTAs e canais de vendas on-line, que causou uma das maiores disrupturas do Turismo. “A consolidação só existe por conta dos agentes. Temos de trabalhar para eles, para que continuem crescendo e nós continuemos existindo. A pizza das passagens aéreas mudou nos últimos 15 anos, não só pelos consolidadores, mas pelos canais diretos e as OTAs”, opina André Sanajoti, da High Light. As agências on-line e a venda direta são as maiores ameaças dos únicos clientes das consolidadoras, que tiveram de oferecer maior rentabilidade às parceiras para continuar prosperando. “Hoje os executivos têm visão bem mais ampla. Diferentemente de outros tempos, vão às ruas vender não só o aéreo, mas uma gama de novos produtos que distribuem. Isso despertou nas agências as possibilidades que elas tinham em uma consolidadora, pois está tudo disponível e cada vez mais fácil no sistema”, relaciona o CEO da Flytour Gapnet, Emerson Camilo. “Assim viram que tinham chance de fazer receita com assistência, hotelaria, carros... Hoje a Flytour Gapnet vende quase R$ 2 milhões em assistência de viagem, mas o potencial é bem maior. Em hotelaria também há um potencial enorme, e é por essa perspectiva que criamos uma equipe específica para cuidar de terrestre, algo talvez inimaginável para uma consolidadora dez anos atrás.” Pelos cálculos de Marco Aurélio Di Ruzze, realmente, há dez anos ainda não havia nada sendo distribuído exceto bilhetes aéreos. “Em 2009, a BRT lançou em seu portal o aéreo casado com hotel. Fizemos isso sozinhos por anos.” A Rextur Advance tenta dar ferramentas para o agente rentabilizar seu negócio, ou seja, fazer > Continua na pág. 06

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André Khouri, CEO da CNT, abriu a empresa em 2001, após passar por outras empresas da consolidação, e hoje se posiciona como um dos grandes nomes do segmento, embora seja mais nova do que muitas com as quais concorre. "Hoje representamos todas as companhias aéreas na CNT, e somos pioneiros na parte de publicação de tecnologia. A Yupp Tech é um motivo de orgulho, pois nasceu de uma visão que tive lá atrás, sabendo que agentes precisariam de aplicativos e sites para vendas." Khouri também foi sócio da Trend na TC World.

Emerson Camilo, CEO da Flytour Gapnet, tem 23 anos de Turismo. Começou como office boy de uma agência, seguiu para a Alitalia, onde assumiu como gerente geral. Na Advance, atuou em Projetos Especiais, onde iniciou grande contato com tecnologia e, claro foi entendendo sobre consolidação. Após a fusão com a Rextur, a consolidadora se tornou uma grande escola, pois esteve por dentro de todos os processos das duas empresas. "O gestor tem de ser o homem do negócio, e não homem de negócio. Ele tem de entender todo o processo tanto de sua empresa quanto de seus clientes."

Eduardo Camargo, sócio e diretor da Esferatur para o interior de São Paulo, começou na Mix Tour em 1997, quando a companhia era GSA da American Airlines. Em 2012, após fusão da Mix com a Esfera, se manteve na empresa, e o processo de adaptação ocorreu de maneira incrivelmente ágil, na visão do VP Carlos Vazquez. Camargo acredita que não só a consolidação, mas todo Turismo ganha com a presença dessa nova geração de executivos no setor. "Ganhamos dinamismo e rápida adequação às novas tendências, principalmente em tecnologia, algo que será vital para a sobrevivência nesse setor, seja em agências, consolidadoras, operadoras ou até companhias aéreas.

Flavio Marques, diretor comercial São Paulo da Rextur Advance, tem mais de 20 anos de Turismo. Começou em uma agência de viagens familiar, migrou para representação de companhias aéreas, quando atuou como GSA da United. Liderou a consolidadora do Grupo CVC no Centro-Oeste, Norte e Nordeste antes de migrar para São Paulo, onde é responsável pelas agências de todo o Estado, área que responde por cerca de 50% do movimento da maior consolidadora do País, que contabiliza cerca de R$ 3 bilhões em faturamento anual.

Cassio Oliveira, vice-presidente da Ancoradouro, conta com mais de 30 anos na consolidação, é ex-Varig e Rextur e considerado um dos gurus da nova geração.

André Sanajoti, sócio da High Light, começou aos 14 anos como office boy na Monark. Seguiu para Oremar/ Leiser, hoje LTS, como emissor. "Muitos dessa nova leva tiveram caminho semelhante ao meu. Minha grande escola foi a Flytour, onde me vi diante de uma empresa muito grande, cheia de processos, que na época abria escritórios no Brasil inteiro, o que começou a enriquecer de vez minha trajetória. Depois participei da abertura da Esferatur em São Paulo, em 2007, para então auxiliar na abertura da High Light na capital paulista Absolutamente todas essas experiências me ajudaram ser o profissional que sou hoje."

Carlos Vazquez, vice-presidente da Esferatur e presidente do conselho da Air Tkt, já passou por empresas como Oremar, Leiser e Flytour, e é considerado um dos maiores especialistas em vendas e consolidação na indústria.

O diretor da Sakuratur, Wagner Chaves, iniciou sua carreira no Turismo em 1998 na agência Seeworld como office boy. No decorrer dos anos conheceu todos os departamentos e saiu de lá como sócio-diretor, em 2009. Recebeu convite da Sakura, onde iniciou como freelancer durante dois anos e teve a proposta de participar do quadro societário da empresa. Hoje é responsável pelo Comercial, Operacional, Marketing e TI.

uma venda mais saudável e lucrativa. “Começamos nessa linha há dois anos, e estamos conseguindo mostrar a nossos parceiros como eles podem rentabilizar melhor uma venda. Hoje o passageiro pesquisa em todos os canais, portanto, o negócio é oferecer ferramentas, do atendimento à tecnologia, para que seja uma vantagem adquirir bilhete com ele”, afirma o diretor comercial São Paulo da consolidadora do Grupo CVC, Flávio Marques. “O Reserva Fácil continua sendo o único front que disponibiliza emissão de mais de 590 companhias aéreas diretas, com inteligência por trás, em que o agente não precise inserir nenhuma informação de regra tarifária. É como se emitisse um doméstico. Além disso oferecemos outros processos também

relacionados à venda, como solicitação on-line de reembolso”, completa. Entretanto, talvez o próximo grande passo das consolidadoras seja ampliar não só seus produtos, mas suas funções. Reinvenção pode não estar mais acontecendo apenas em termos de variar os produtos distribuídos. Tem consolidadora que confia na tecnologia feita em casa a ponto de expandi-la para terceiros. É o que a CNT, de 16 anos, está fazendo da Yupp Tech, uma de suas maiores fontes de receita. “A consolidação tem de inovar sempre, pois vender passagens é commodity. Os canais diretos acirram a disputa na própria consolidação, então não podemos apenas oferecer apenas passagem aérea. A

CNT busca conquistar as agências com um conjunto de soluções para aumentar sua competitividade no mercado. Além de agência somos operadora e publicadora de apps”, afirma o CEO da CNT, André Khouri. “Por meio da Yupp Tech, fomos pioneiros em aplicativos hospedados na App Store e no Google Play, e hoje estamos entre as dez maiores publicadoras de aplicativo do mundo em ambas essas lojas virtuais.” Ainda de acordo com Khouri, a Yupp Tech desenvolve portais de venda, softwares sob medida, aplicativos móveis, entre outras soluções, como sistemas e consultoria para emissão do certificado PCI-DSS, da Iata. Existe também o caminho inver-

so. Enquanto alguns expandem da consolidação para outros setores, outros evoluíram de agência para consolidadora, como a Sakuratur. “Éramos apenas uma agência focada em vendas de passagens aéreas para Ásia, ou seja, trabalhávamos como agência étnica e não como consolidadores”, mostra o diretor da empresa, Wagner Chaves. “E consolidadora hoje não é necessariamente sinônimo de tecnologia. Acreditamos na qualidade das pessoas que compõem o nosso time, a tecnologia na Sakura vem para somar. Entendemos melhor o modelo de negócio das agências, suas necessidades, e oferecemos as melhores soluções.” p > Continua na pág. 08

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NÃO HÁ DISRUPTURA

Marco Aurélio Di Ruzze, vice-presidente da BRT, começou carreira na Varig aos 19 anos, em Bauru (SP). Passou para a Ancoradouro, onde começou como executivo de Contas e saiu como responsável da filial de Bauru. No Paraná, conheceu a BRT, onde iniciou por três anos como gestor comercial até se tornar sócio e diretor comercial. Hoje é vice-presidente.

O CRÉDITO É O MESMO, A VENDA É A MESMA, E O DESAFIO DA NOVA GERAÇÃO DE CONSOLIDADORES É MANTER A FIDELIZAÇÃO DO AGENTE

de viagens. Mas então, como? Por enquanto é só na base da prestação de serviço, da confiança e da busca pelas melhores plataformas digitais. Isso porque, por mais que novas fontes de receitas sejam exploradas, a consolidação ainda não viveu algo substancioso a ponto de ser chamado de disrupção. Pelo menos na opinião de Marco Di Ruzze, da BRT. “Está todo mundo buscando ser disruptor, mas ninguém está conseguindo. Olhando para outros setores fora do universo do Turismo, como varejo ou e-commerce, nota-se que o segmento da consolidação tem sistemas arcaicos. Alguém vai sair na frente”, aposta o executivo. “Essa disrupção pode estar relacionada com o novo modelo de distribuição das aéreas, que inclui a segmentação via ancillaries, mas não só isso. A companhia aérea é dona do produto, mas manda quem é dono do dinheiro. Todos os consolidadores estão o tempo todo inventando informações que atendem melhor os agentes, mas até agora isso é mais do mesmo. Cada um à sua maneira, mas no final as coisas estão bem parecidas.” Isto é, para Di Ruzze a consolidação ainda é um segmento muito subgênere. Nos últimos anos, o evento mais significativo deste elo da indústria foi a expansão territorial, pois a distribuição de créditos e bilhetes carimbados para as agências começou muito regionalizado. “Com o crescimento da indústria, a informatização, o mercado teve de se adaptar a essas práticas. Quem não estiver consolidando no Brasil inteiro não vai ter tanto poder no mercado. Começou o corre-corre das consolidadoras.”

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CONCORRÊNCIA

Polêmicas à parte, a entrada de novos entrantes no setor, chamados pejorativamente por alguns de subconsolidadores, mostra que há espaço para um novo player atuar na área. E mesmo neste diferente modelo, amadores não têm vez. Não há um novo entrante que tenha equipe 100% nova. “Todas essas empresas nascem da dissidência de outros consolidadores, isto é, absorveram experiência (e clientes) de outros lugares”, afirma Cassio Oliveira. Consolidadores ou subconsolidadores, fato é que todos os anos tem uma parcela de players entrando na tentativa de ter um viés criativo, de fidelizar os agentes pelo bom relacionamento em empresas anteriores. Isso afeta todo o mercado, pois a fatia do bolo é basicamente a mesma. “Essa movimentação de mercado é normal. O que acontece é que as novas empresas entram com metas agressivas, na confiança de mostrar ferramentas diferentes. Tem espaço para todo mundo no mercado, mas tradição, respeitabilidade e relevância são itens conquistados, e não é do dia para a noite”, completou o experiente consolidador. Para o diretor comercial da Rextur Advance para São Paulo, Flavio Marques, a briga entre as consolidadoras é saudável. “A concorrência é baseada nos três pilares: atendimento especializado, tecnologia e condição comercial. Os jovens nomes da consolidação estão acostumados com todo esse processo. Sabem praticar uma concorrência limpa”, diz ele. Ainda sai na frente quem concorre com material humano, segundo Emerson Camilo. Como há disputa não só interna, mas também contra OTAs e canais diretos, a prestação de serviço

é soberana sobre as ferramentas, pois a tecnologia está nivelada, com pequenas oscilações. “Suporte, atendimento 24 horas e bom relacionamento com os agentes são fatores decisivos nessa corrida pelo ouro.” Na High Light, a estratégia é trabalhar um nicho de agências já leal em seus negócios. “Procuramos ter um trabalho que compreenda fidelização e atendimento personalizado à nossa cartela de cliente. Apostamos na fidelização com base em confiança, bom atendimento, flexibilidade nas negociações e transparência”, afirma André Sanajoti.

PARTE DO PROCESSO

Para todos os jovens executivos entrevistados, a transição de gerações na consolidação é consequência do momento vivido pelo setor. “São jovens que participaram de um período-chave de mudança da consolidação, tanto em termos de tecnologia como também nos fornecedores. Pegaram a queda de Varig, Transbrasil, Vasp, e entendem a linguagem de tecnologia naturalmente”, opina Marques, da Rextur Advance. “Os jovens que estavam dentro das empresas foram entendendo a motivação e as demandas. Estão por dentro de tecnologia”, concorda Emerson Camilo. “Muitos deles trabalham em consolidadoras que fazem parte de grandes grupos, como é o caso da Flytour Gapnet. É muito importante que nesse caso eles também tenham alinhamento interno com outras empresas desses conglomerados. Isso vai fazer diferença. No meu grupo, por exemplo, a consolidação vai focar mais no corporativo, ainda mais após a inserção de mais produtos na prateleira”. p

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09 Fidelidade

27 de setembro a 3 de outubro de 2017 JORNAL PANROTAS

> Henrique Santiago

Pontos por viagens NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS, A INDÚSTRIA DE VIAGENS QUASE COMO UM TODO SOFREU COM A CHEGADA E O AVANÇO

da crise econômica: companhias aéreas cortaram a malha e reduziram investimentos, operadoras venderam menos pacotes, o corporativo cortou eventos e reuniões. Um dos setores mais resistentes da recessão, contudo, foi o de fidelização. Apenas no segundo trimestre deste ano, este segmento registrou um total de 100 milhões de cadastros em programas de fidelidade, alta de 24% em relação ao

mesmo período de 2016. Em relação à emissão de pontos, o índice chegou a 60 bilhões (+25%), enquanto o resgate totalizou 49 bilhões (+33%). Esses números foram apresentados no 2º Fórum Brasileiro de Fidelização, evento realizado pela Associação Brasileira do Mercado de Empresas de Fidelização (Abemf). Criada em 2014, a instituição é presidida por Roberto Medeiros e conta com oito associados, entre eles três ligados diretamente a empresas aéreas: Smiles (Gol), Multiplus (Latam) e Tudo Azul (Azul). Roberto Medeiros, presidente da Abemf e diretor executivo da Multiplus

RESGATE

Um dado que merece destaque diz respeito ao resgate dos pontos. Do montante total, 76% estão direcionados a passagens aéreas, enquanto os 24% restantes têm interesse em produtos e serviços. Por outro lado, apenas 13% do acúmulo de pontuação pelos programas de fidelidade são originários de viagens, enquanto o varejo e os cartões de crédito respondem pelos outros 87%. A cidade de São Paulo figura como o destino nacional mais resgatado pelos brasileiros. Já no internacional, a liderança fica com cidades bem conhecidas do nosso público: Miami e Orlando fazem a dobradinha. “Para o breve futuro, eu vejo essa indústria em franco crescimento, com mais cadastros e acúmulo de pontos. Isso tudo é muito positivo, pois viajar é o objeto de desejo aqui no Brasil. E o consumidor estará cada vez mais atento ao acúmulo de milhas, pois vai procurar estabelecimentos que oferecem esses pontos, como abastecimento em postos de combustível, corretoras de seguro, supermercados etc”, destacou Roberto Medeiros.

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COMO SE DIFERENCIAR Enquanto a autorregulamentação da fidelização é interesse primário para a Abemf, há empresas que enxergam em viagens uma oportunidade de fazer diferente. É o caso da LTM, dedicada a soluções operacionais e logísticas para esse mercado, criou uma divisão de negócios chamada LTM Viagens. Trata-se de uma agência de viagens que atende apenas clientes em viagens de grupo e incentivo. Esse trabalho interno rendeu parcerias com empresas como Caixa, Heineken e Vivo. Esse braço dentro da empresa tem 30 funcionários enquanto a LTM como um todo tem mais de 300 colaboradores. “Nós somos uma ‘Decolar’, um hub de viagens. Mas nos diferenciamos pela experiência ao promover eventos diversos e agrados para esses nossos clientes”, resumiu o vice-presidente de Negócios, Raphael Mello. O sales partner da PMWeb, Augusto Rocha, acredita que o melhor desempenho dessas empresas depende da utilização de canais de comunicação de forma integrada, o chamado cross channel marketing. Ou seja, ao enviar

Augusto Rocha, da PMWeb

um e-mail, uma mensagem por celular, uma notificação no celular, enfim, deve-se ter uma linguagem única. O Turismo especificamente depende muito da mídia para chegar ao consumidor. Em uma revisão dos negócios, uma empresa pode investir nesse modelo em vez de depositar uma dinheirama para aparecer em canais on-line e off-line, sugere o executivo.

Para ele, essa ação gera uma maior recorrência de compras, pois a fidelidade do cliente não existe. “Essa fidelização é uma busca sem fim. Hoje, o cliente pode ter diferentes cartões e categorias nos mais diversos programas, uma vez que ele direciona cada vez mais o seu poder de consumo para poder viajar mais”, finalizou.p

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10 Operadoras

27 de setembro a 3 de outubro de 2017 JORNAL PANROTAS

> Renato Machado

Schultz em tour A SÉRIE DE CAPACITAÇÕES DA SCHULTZ A AGENTES DE VIAGENS COMEÇOU NO INÍCIO DE SETEMBRO E CHEGOU

na semana passada a São Paulo. Ao todo, a segunda temporada de treinamentos de 2017 passará por 37 cidades do Brasil – em março e abril foram 30 locais. Mais do que apresentar números reais de crescimento do grupo, o presidente Aroldo Schultz promete detalhar novidades nas ofertas da Shultz Operadora e os planos reformulados da Vital Card. “Eu desafio qualquer empresa concorrente a abrir os números como a gente faz aqui”, disse Schultz antes de mostrar slides com a perfor-

Workschultz em São Paulo reuniu cerca de 80 agentes de viagens

mance de sua operadora até o presente momento. Dentre eles estava o número de passageiros transportados, com valores superiores aos de 2016 mês a mês e somatória no ano em 30,5 mil viajantes embarcados: 9,54% a mais que o mesmo período do ano anterior. O faturamento da Schultz Operadora também cresceu. Nos nove primeiros meses do ano a receita da empresa foi de R$ 63,4 milhões (23,2% a mais que os R$ 51,5 milhões de 2016). “Esses valores são da Schultz Operadora”, reforça. “O Grupo Schultz hoje supera os R$ 200 milhões em faturamento”, revela. Por isso, aos agentes, Aroldo diz que agora é “hora de investir, de acreditar, fazer coisas novas para poder crescer”.

Aroldo Schultz, presidente do Grupo Schultz

“A retomada de crescimento do País está acontecendo. Nossos números mostram gráficos reais da semana passada, e esse crescimento é comprovado”, afirma. Prova disso é a expansão nacional do grupo, que abriu filiais em Belém e Santos (SP).

WORKSCHULTZ

Em seu quarto ano, o Workschultz já soma dois mil agentes de viagens apenas em 2017. A expectativa da empresa é atingir os quatro mil profissionais capacitados ao final do tour pelo Brasil – em São Paulo, aproximadamente 80 agentes estiveram presentes. Dentre as novidades expostas, Aroldo Schultz deu ênfase a uma promoção que dá cortesia ao agente que vender grupos com, no mínimo, oito viajantes – em vez dos tradicionais 15/20 passageiros praticados no mercado. “Prometer a sua ida junto ao grupo é algo que melhora a venda”, justificou. Novos circuitos da linha Small Groups da companhia também foram apresentados. Consolidada em Portugal, agora a Schultz também irá oferecer roteiros contendo cidades da Espanha. “Esses roteiros não são feitos em ônibus. São vans de luxo, para no máximo

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sete viajantes, com gestor operacional. A Schultz garante a saída mesmo com dois passageiros.” Os planos simplificados da Vital Card também estiveram em pauta. “O valor agregado é muito alto, não há nenhum plano similar ao nosso no Brasil ou no mundo”, disse Schultz ao detalhar as categorias, que oferecem “as principais coberturas” e se diferencia apenas na parte médica.

PORTUGAL

Cinco anos após iniciar o planejamento e há três morando em Portugal, Aroldo Schultz não hesita ao afirmar que essa “foi uma aposta certa”. “Ninguém imaginou que Portugal estaria dando tão certo assim, eu estou muito feliz com nossos resultados”, completa. Com o crescente interesse do mercado internacional pelas terras lusitanas, Aroldo foca na chegada de brasileiros. “Nosso maior cliente (da Schultz Portugal) é a Schultz Operadora. Mas além disso também recebemos viajantes de operadoras da América Latina, pela Europamundo, e pedidos diretos”, explica.p

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> Brunna Castro

Rumo a um

patamar inédito UMA DAS MAIORES ENTUSIASTAS DAS NOVAS FRANQUIAS DE BAGAGEM PROPOSTAS PELA ANAC,AABEARTENTAMOSTRAR

com números que sua aposta foi certeira. A associação divulgou na semana passada os dados preliminares, colhidos de julho até o início de setembro, que indicam uma queda entre 7% e 30% na tarifa média das companhias aéreas que já implementaram as novas regras. Dados da Anac mostram queda de 2,6% no preço médio das tarifas aéreas brasileiras no primeiro semestre deste ano (confira na página 02), e, e, posse desses números, a Abear destacou que, em análise em rotas específicas, companhias como Azul e Latam Airlines demonstraram quedas de dois dígitos em relação às tarifas. Além disso, boa parte dos passageiros viajou sem bagagem, com share de 60% (no caso da Azul), 63% (na Latam) a 65% (Gol). O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, ressaltou que o setor ao patamar da tarifa média mais baixa da série histórica do órgão, fundado em 2002, mas isso ainda não mostra o impacto das novas regras de bagagem nos preços dos bilhetes aéreos, e a tendência é de mais queda. “A trajetória de queda do primeiro semestre de 2017", para Sanovicz, indica um caminho de estabilidade, que aponta para a queda de preços. "Faz dois anos que eu não afirmo que temos uma tendência positi-

va, esta é a primeira vez que faço isso, porque é o que os números mostram", afirma Sanovicz. Nesse sentido, o presidente da Abear sinaliza, inclusive, para a possibilidade de que a tarifa média das aéreas brasileiras,

"em alguns meses", seja menor que R$ 300 – o que seria um patamar inédito para o setor. Sanovicz também chamou atenção para o dado de que 10% de queda na tarifa média gera um aumento de 14% no número de passageiros. Dario Lopes, secretário nacional de Aviação Civil, com Eduardo Sanovicz, presidente, e Mauricio Emboaba, consultor técnico da Abear

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AS AÉREAS

A Abear aponta que, no caso da Gol, houve um aumento de 50% no volume de passageiros que não despacham bagagem na comparação com o mesmo período do ano passado – o que indica que um milhão de bilhetes já foram vendidos com a nova tarifa. A Gol anunciou em junho as mudanças que iria implementar em relação às franquias de bagagem. No caso da Latam, a Abear indica que mais de 900 mil passageiros já voaram com tarifas mais baixas por conta das novas regras, anunciadas pela companhia em maio. Dados específicos sobre a Azul, que iniciou a cobrança por bagagens em junho, não foram divulgados – o que também acontece com a Avianca, que também na semana passada anunciou sua nova política. p

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> Rodrigo Vieira

Avianca lança tarifa sem bagagem

A ÚNICA QUE FALTAVA, CEDEU. A AVIANCA BRASIL AGORA TEM UM PREÇO DIFERENTE PARA QUEM NÃO DESPACHAR BAGA-

gem. Mais baixo, garante a companhia, para não dar margem aos críticos que acreditam que a medida serve como cortina de fumaça para aumentar a tarifa média geral. A medida foi traçada com intuito de atender um público que não precisa despachar bagagem e para tornar a aérea mais competitiva no tráfego aéreo nacional. Em outras palavras, a Avianca Brasil sentiu que poderia perder espaço diante de uma concorrência que adotou as medidas de franquia de bagagem assim que autorizadas pela Anac, no segundo trimestre. As quatro famílias tarifárias foram diminuídas, nesta semana, para três: Flex, Economy e Promo. A primeira dá direito a duas peças de 23 quilos e a segunda autoriza o despacho de uma no mesmo peso. Seus valores permanecerão

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inalterados, garante a companhia aérea. A Promo, grande novidade, segue a movimentação da concorrência: limite de dez quilos permitidos a bordo e possibilidade de comprar on-line ou no balcão caso haja necessidade repentina de despachar malas. Se a compra da peça adicional ocorrer com até seis horas de antecedência ao voo, o cliente terá um desconto de 50% nos canais de atendimento da Avianca Brasil (site, aplicativo, lojas e Central de Vendas) e em agências de viagens. Para uma peça de até 23 quilos, R$ 30. Para antecedência inferior a seis horas do horário de embarque, o valor sobe para R$ 60 por peça. Para os voos internacionais, as nomenclaturas utilizadas serão as mesmas do mercado doméstico e estarão divididas em Promo, Economy e Flex, além da Business Promo e Business, para classe executiva. À época em que o novo modelo tarifário foi liberado pela Anac, a Avianca Brasil

optou por "estudar" a questão para poder criar produtos tarifários customizados. "Nosso desafio era criar um produto que não impactasse a qualidade de nosso serviço. Algo que estávamos muito preocupados, pois o serviço é o que nos fez crescer. Agora chegou a

hora. Aquele passageiro que se planeja com antecedência e que não necessita levar bagagens pesadas, será estimulado a voar", justifica o presidente Frederico Pedreira. "Qualquer passageiro vai continuar a ter todo serviço, entretenimento, espaço de poltrona, lanche diferenciado, entre outros atributos que consolidaram a Avianca no País." Questionado sobre a possibilidade de cobrar por produtos auxiliares, modelo adotado pela concorrência no doméstico, Pedreira negou veementemente. "Isso não faz sentido para nós. O que queremos é conseguir tarifa mais competitiva para atingir aquele passageiro que hoje não precisa despachar mala. Com essa tarifa promocional conseguiremos preços mais atrativos para muitos potenciais clientes que hoje não voam conosco." O presidente garante que a Promo será significativamente mais barata, mas tudo vai depender muito da antecedência, da demanda e do período em que se deseja voar. "O passageiro que quiser comprar uma passagem para o R éveillon no Rio de Janeiro no dia 27 de dezembro não conseguirá encontrar a tarifa Promo, por exemplo. Há épocas de alta temporada e alta demanda em que não podemos abrir mão das tarifas como as atuais", ilustra Pedreira. "Mas na maior parte do ano e com a antecedência correta, o valor cairá muito e confiamos muito no sucesso desse novo modelo." A Avianca Brasil pretende fechar 2017 com 20% de crescimento em relação ao ano anterior. p

O CEO da Star Alliance, Jeffrey Goh, entre José Efromovich, fundador, e Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil. Companhia aérea comemorou 15 anos com festa na capital paulista, com direito a show de Daniel Boaventura e homenagem de Miguel Falabella a Efromovich

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> Brunna Castro

Entre continentes Marcelo Marques, do Turismo da África do Sul, e Daniela Lessio, da Marketing Collection

Altamiro Medici, country manager da South African Airways, durante o Meet Africa, que aconteceu em São Paulo

COM O OBJETIVO DE PROMOVER O CONTATO ENTRE PROFISSIONAIS DO TRADE DA ÁFRICA E DA AMÉRICA LATINA, A QUINTA EDIÇÃO DO MEET AFRICA, WORKSHOP PROMOVIDO PELA

South African Airways (SAA), reuniu na semana passda, em São Paulo, 32 fornecedores do continente africano e outras 32 empresas de Turismo da América do Sul. O evento teve como foco os operadores do Brasil, Chile, Peru, Argentina e Uruguai, de acordo com o country manager da SAA, Altamiro Medici. Boa parte dos expositores do continente africano eram da indústria hoteleira. "É uma oportunidade para os fornecedores encontrarem esses profissionais da América Latina reunidos em um só local", ressaltou Medici. Segundo o dirigente da SAA, os mercados brasileiro, argentino e chileno representam, juntos, cerca de 95% das vendas da companhia na América Latina. Do total de 32 buyers participantes do Meet Africa, 20 eram do Brasil.

MERCADO BRASILEIRO

Medici destaca que 2017 foi um ano de melhora em relação ao mercado brasileiro para a África do Sul – principalmente por conta dos resultados dos segmentos de lazer e de grupos de incentivo. "Trata-se de um destino barato, que cabe no orçamento das empresas, então temos registrado uma demanda muito forte de grupos", afirma ele. O corporativo, no entanto, ainda está "patinando", muito por conta dos efeitos da crise econômica no País. Dessa forma, uma retomada para tal mercado deve tardar um pouco mais a chegar. Para 2018, a expectativa de Medici é de que a melhora se mantenha em relação à demanda por viagens para a África do Sul. "Começamos a melhorar a partir de 2016. Ainda não estamos nos mesmos níveis de 2013, que representou a melhor curva para o destino no País, mas o crescimento econômico e o dólar estabilizado são fatores que contribuem para a melhora", explica o country manager.p

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> Beatrice Teizen — México

Caribe do corporativo em montanhas, praias paradisíacas, construções históricas e selva. Não é à toa que o Caribe Mexicano é tão visitado por pessoas de todo o mundo e está entre os dez destinos mais procurados por brasileiros: o quinto maior emissor de Cancun e 15o na vizinha Riviera Maya. A região é também conhecida por sua rica zona hoteleira. São mais de 130 resorts em Cancun e Riviera Maya e praticamente não há mais espaço para a construção de novos. Todos eles são muito bem preparados e possuem salões para convenções, tornando o país uma opção interessante para a realização de eventos e viagens de incentivo.

ESTRUTURA PARA EVENTOS

O complexo de hotéis Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa, por exemplo, possui mais de 1,2 milhão

Divulgação

COM UMA ÁREA DE QUASE DOIS MILHÕES DE QUILÔMETROS QUADRADOS, O MÉXICO APRESENTA UMA DIVERSIDADE

O complexo Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa possui espaços para eventos fechados e estrutura completa para lazer

de metros quadrados. Ao todo, são dez salas para reuniões que, para serem privadas, necessitam de um mínimo de 30 participantes e possuem capacidade para até 400 pessoas. “É possível fazer coquetéis, festas fechadas na praia e congressos corporativos nos espaços que temos nos hotéis White Sand e Kantenah. O maior deles, de 505 metros quadrados, fica no antigo Riviera, está em reforma nas obras para o novo hotel TRS, mas será melhor ainda”, afirma a coordenadora de Grupos do complexo, Sandra Santiago. A equipe da organização realiza o que for solicitado e oferece o serviço chamado smile services, que serve

como um adicional para os acontecimentos. “Podemos trazer um grupo para se apresentar, deixar amenidades nos quartos dos hóspedes do evento e o que mais o cliente pedir. A ideia é surpreender. “ Os espaços que abrigam os bufês para almoço e jantar dos hospedes também podem ser transformadas em áreas fechadas para encontros corporativos. Além disso, os nove restaurantes temáticos podem abrigar almoços e jantares semiprivados para no máximo 30 pessoas. Com 20 eventos privados por mês, o resort também realiza em sua igreja cerimônias de casamento para até 100 pessoas, celebração de bodas todos os dias da semana, além de batizados e primeira comunhão.

MICE DO PALLADIUM

“Sabemos que o setor corporativo necessita de um tempo de resposta rápido e que precisam de flexibilidade na proposta, com opções para ajustar algumas questões de hotel, como layout e check in privado, por exemplo. É por isso que nossa estratégia para o mercado Mice é adaptar o produto também a essas necessidades e se atentar que o tratamento de um grupo desse tipo é distinto a um de família de férias", explica a gerente de Marketing para América Latina do Palladium Hotel Group, Agueda Iglesias. No Brasil, a unidade do Palladium em Imbassaí, na Bahia, é bastante procurada para a realizações de convenções e ações de team building. “Para Mice, é um hotel que tem muitas coisas solucionadas: tem os salões de reuniões para fazer o trabalho e muitas atividades recreativas e esportivas, como quadra de tênis e futebol, para exercícios em equipe”, conta Agueda. Os complexos do Grand Palladium e do Hard Rock são muito utilizados para convenções e o novo TRS será uma opção para um grupo mais exclusivo, como de executivos e diretores. “O TRS, por ser mais luxuoso, é interessante para uma equipe de alto escalão que cumpriu seus objetivos e poderá aproveitar todas as facilidades e experiências que o hotel oferece, por exemplo”, afirma o gerente de Comunicação do PHG, Remy Arroyo. Como approach ao mercado, está sendo feito todo um trabalho na América Latina para a rede alcançar as TMCs. Há uma pessoa em São Paulo para cuidar de Mice e outra na Argentina que se dedica aos outros mercados na América Latina. A ideia é oferecer a flexibilidade para que o grupo tenha no hotel tudo que precisam em questão de reuniões e atividades. “O desenvolvimento que estamos fazendo de eventos e incentivos na América é ter uma atenção mais personalizada e saber o que essas agências necessitam é a chave”, diz a gerente de Marketing. O canal de distribuição do PHG para o País, na maior parte, é por meio de operadoras. "Dentro dos mercados sempre é uma tendência que as OTAs cresçam, que o público busque

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O hotel White Sand, localizado dentro do complexo do PHG, em Riviera Maya

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algo mais direto. É uma tendência em nível global", diz Agueda. Mas, para ela, no Brasil e América as operadoras são parceiras do grupo e muito importante para o sucesso da rede. “Os hotéis do grupo oferecem diversas possibilidades, desde lançamentos de produtos, congressos do setor automobilístico e desfiles de moda. Recentemente, o Ushuaia Ibiza Beach Hotel recebeu o Mercedes-Benz Fashion Weekend, com a passarela em uma piscina infinita. Com clientes pensando cada vez mais fora da caixa precisamos estar preparados para diferentes tipos de eventos”, comenta Arroyo. O Grand Palladium Punta Cana tem um auditório com capacidade para 400 pessoas. Nele, é possível fazer apresentações e combinar com excursões pela ilha. Em construção, o Grand Palladium Costa Mujeres terá um dos maiores espaços para convenções para cerca de 500 pessoas. “As instalações, bastante sofisticadas, estão sendo feitas para servir muitos grupos de incentivo e reuniões”, finaliza Agueda.

INCENTIVO NA SELVA

Principalmente conhecidas por suas belas praias e oferta de resorts, as regiões de Cancun e Riviera Maya oferecem também diversas opções de passeios, como os de aventura em plena selva mexicana, por exemplo. Localizado em Puerto Morelos, a cerca de uma hora de carro de Riviera Maya, o parque Selvatica tem uma série de atividades que exploram a natureza e desafiam os vi> Continua na pág. 18

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sitantes a encarar grandes alturas ao praticar tirolesas, salto de bungee jump e queda em um cenote. Com capacidade para receber até 560 pessoas por dia, é possível comprar pacotes específicos para cada tipo de passeio. Além do uso dos viajantes comuns, o local é uma opção diferente para se fazer com grupos de incentivo. Criado há 11 anos, há cerca de dez ele já faz programações especiais para equipes e funcionários corporativos. Atualmente, a grande maioria do público que faz este tipo de ação no parque é de americanos e agora estão trabalhando também com coreanos e russos. “Temos um novo passeio que realizamos à noite. O grupo, ao chegar, pinta o rosto com tintas fluorescentes e colocamos luz negra no parque e tudo fica neon. Fazemos as dez tirolesas no escuro, que também estão iluminadas, e passam sobre a água que recebe uma luz especial”, conta a diretora de Vendas da Ventura Entertainment, operadora deste e de outros parques no México, Era Cardoso. Por meio de uma agência de viagens no México que realiza incentivos, é possível solicitar experiências diferenciadas, como o trajeto nos pequenos bugues equipados com luz neon, festa na piscina e jantares. Além disso, é possível fechar qualquer um dos passeios, com um mínimo de 24 pessoas, onde o grupo fica sozinho, com todo o auxílio dos funcionários. “Atividades de team building, como o rali nas estações das atrações do parque, são muito interessan-

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A diretora geral da AT Travel, Lilian Zanon, ao centro, e sua equipe

tes para unir a equipe. Poder estar sozinho com seus colegas, sem nenhuma pessoa na selva e fazendo atividades de aventura é uma experiência única. “

CARIBE MICE

Com incentivos fiscais, hotéis bem estruturados e diversas opções de passeios, o México é um excelente país para o segmento Mice. Ele oferece boas infraestruturas e empresas especializadas. “A parte de produção de eventos no país é muito boa, os hotéis estão bem preparados para receber de qualquer tipo”, conta a diretora geral da AT Travel, Lilian Zanon. O receptivo, com mais de 20 anos no Caribe mexicano, realiza uma série de eventos e ações de incentivo, desde festas fechadas na famosa casa noturna Cocobongo, até passeios privativos em meio à selva. “Em alguns momentos pensamos em preparar o produto, mas o brasileiro é muito criativo

A diretora comercial Brasil do Palladium Hotel Group, Carollina Abud. Para entrar em contato, envie um e-mail para ventas.brasil@palladiumhotelgroup.com

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e gosta de bolar as ideias. Então, cuidamos de tudo e nosso forte é o staff. Damos toda a assistência, consultoria e apoio durante todo o processo”. Colocar um mariachi na entrada do evento ou um grupo para tocar samba: o que não faltam são possibilidades. Com sua ótima malha aérea, bons salões para convenções e hotéis completos, "realizar um evento no Caribe do México acaba saindo mais em conta ou pelo mesmo preço de um no Nordeste brasileiro, por exemplo". “Outra questão muito interessante é o fato de os locais de hospedagem serem all inclusive. Como um empresário, você faz o evento e já sabe quanto vai gastar por cada pessoa. Para o planejamento isso facilita muito”, afirma o gerente de Marketing e Eventos da agência, Thiago Garanhani. A AT Travel, além de toda a parte de receptivo e foco nos turistas, é especialista na realização de congressos e convenções no país. Se-

gundo Garanhani, Cancun e Riviera Maya têm temporada de eventos em setembro, outubro e novembro. “Há uma quantidade menor de passageiros regulares, as tarifas ficam um pouco mais baratas e há ocupação nos hotéis ao receber um grupo, já que o resto do ano ela está sempre alta”, explica. As pessoas são bem preparadas para atender e a parte de serviço mexicano é de muita qualidade. Os fornecedores também são bons, uma vez que podem ser os mesmos dos Estados Unidos, por exemplo. “E há também a possibilidade de fazer passeios. É o local do Caribe com mais coisas para se fazer”, diz o gerente. O convidado não vem só para a convenção ou para o congresso. Com infinitas opções, ele pode aproveitar também para fazer uma atividade de interação e de team building com o restante dos participantes. O que não faltam são alternativas. p

--- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Grand Palladium, com proteção GTA

O diretor comercial para América Latina do Palladium Hotel Group, Mario Viazzo

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Mercado

Aposta

no Turismo ou pelos benefícios e vantagens relacionados a essa forma de pagamento. Atenta a esse potencial, a Elo tem investido no Turismo. Após firmar uma parceria com a Aerolíneas Argentinas, a bandeira agora é aceita pela Tap. Para suas parcerias, a Elo tem recorrido a alguns dos destinos mais buscados pelos brasileiros. Este ano, Portugal tem recebido mais visitantes de sua ex-colônia. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal, referentes ao primeiro semestre de 2017, o Brasil enviou 60% mais turistas ao país lusitano do que no mesmo período do ano anterior. A Tap tem um papel importante nesse cenário. Presente no Brasil há mais de 50 anos, a companhia aérea possui atualmente mais de 70 voos semanais que ligam Portugal a dez cidades brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Belém. “Acreditamos que o Brasil vive um momento de retomada econômica que tem permitido a uma boa parcela da população voltar a pensar em viajar. E avaliamos que no setor aéreo as empresas que mantiveram suas apostas no País estão aproveitando melhor essa fase”, explica o diretor geral da Tap no Brasil, Mario Carvalho. A aposta da Elo parece ter sido acerta-

Lisboa é um dos destinos mais buscados pelos brasileiros

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da. Até agosto deste ano, a companhia aérea já transportou mais de um milhão de passageiros do Brasil para a Europa. Em entrevista ao Jornal PANROTAS, o superintendente de Aceitação e Trade da Elo, Marcelino Cruz, fala sobre esse momento da bandeira de cartão de crédito brasileira.

JORNAL PANROTAS – Como uma bandeira de cartão de crédito pode ajudar a impulsionar o Turismo? MARCELINO CRUZ – Podemos destacar que o cartão de crédito é uma das principais ferramentas do turista, seja em viagem de férias ou de negócios. Cada vez mais as pessoas preferem concentrar seus gastos no cartão, pois, além de toda a comodidade e segurança, elas também usufruem dos programas de recompensas e benefícios. Nós do Cartão Elo temos trabalhado continuamente em um conjunto de produtos e benefícios que faça diferença para quem viaja. Disponibilizamos, por exemplo, o acesso ao portador do Cartão Elo a mais de 850 salas vips no mundo e, dependendo da categoria do cartão, o cliente conta com seguro-viagem e wi-fi grátis em mais de 60 milhões de pontos em 120 países. E não podemos deixar de citar os Pontos Turbinados, que garantem maior pontuação frente aos concorrentes em categoria equivalente no portfólio dos nossos emissores. Fora isso, estamos preparados para apoiar nossos portadores em suas viagens, pois contamos com uma rede de

aceitação de mais de 40 milhões de estabelecimentos em 185 países. Graças à parceria fechada com a Discover que nos trouxe o acesso a sua rede no mundo.

JP – Após a parceria com a Aerolíneas Argentinas, a Elo agora é aceita na Tap. Como foi esse processo? CRUZ – Além da construção da aceitação nos canais de venda direta das companhias aéreas, um dos nossos objetivos é estabelecer parcerias estratégicas com aquelas que operam os principais destinos dos brasileiros. Foi o que nos levou à Aerolíneas Argentinas e à Tap. JP – Qual é a importância da parceria com a Tap? CRUZ – A Tap opera grandes destinos e tem números muito expressivos no Brasil. Marcelino Cruz, superintendente de Aceitação e Trade da Elo Já no primeiro mês de aceitação o faturamento foi surpreendente. muito a fazer, mas estamos no camiEstamos negociando vantagens exclu- nho certo para atingir nosso objetivo: sivas para os portadores do Cartão Elo ser o cartão preferido de quem viaja. e teremos grandes novidades ainda este Estamos trabalhando fortemente para ano. implementar a conexão com os GDSs ainda este ano e isso será um grande JP – Alguma outra novidade da Elo marco. A partir disso poderemos fomentar mais negócios e sermos mais para o setor de Turismo? CRUZ – Sem dúvida, o Turismo é um agressivos em nossas promoções e setor estratégico para nós. Temos campanhas.

Foto por John Jason Lisbon, Portugal

O CARTÃO DE CRÉDITO TEM SE TORNADO UM IMPORTANTE ALIADO PARA OS VIAJANTES, SEJA PELA SEGURANÇA

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Check-in com selfie já é realidade para clientes da GOL

ADORA UMA SELFIE? AGORA CLIENTES DA GOL TÊM UM EXCELENTE MOTIVO PARA TIRAR O

popular autorretrato. O Selfie Check-in, recurso disponível no aplicativo da companhia aérea, utiliza o reconhecimento facial para a realização do check-in. Inovadora, a funcionalidade é pioneira no mundo. Usar o recurso é simples. Basta abrir o aplicativo, acessar a função Check-in e escolher Selfie Check-in. Após tirar a selfie, o cartão de embarque fica disponível no smartphone. Rápido assim. Se você ainda não fez o cadastro do seu rosto, selecione Selfie Check-in no menu e cadastre-se. “Nosso objetivo é otimizar o tempo das pessoas, inovando sempre para trazer praticidade e agilidade em todas as etapas de sua experiência conosco, seja com o uso da tecno-

logia ou repensando processos”, explica a gerente de Canais Digitais e E-commerce da GOL, Lilian Santos Faria. Além da selfie, a GOL oferece aos clientes diversos outros meios de realizar o check-in de acordo com a sua necessidade. No aeroporto ou de qualquer lugar, pelo smartphone, o cliente pode confirmar a sua presença no voo e escolher o assento.

EM QUALQUER LUGAR

Com a GOL, é possível realizar o check-in de qualquer lugar que tenha acesso à internet. Pelo site da companhia aérea, o procedimento é simples. No local indicado, o cliente só precisa informar localizador, CPF, número Smiles ou número do bilhete (e-ticket). Após escolher o assento,

é possível imprimir o cartão de embarque em casa ou no totem de autoatendimento no aeroporto. Outra alternativa para realizar o check-in de modo rápido é pelo aplicativo da GOL, compatível com os sistemas operacionais iOS e Android. Nele, o cliente pode inserir os dados da reserva para efetuar o check-in ou tirar a selfie. De uma forma ou de outra, o cartão de embarque fica salvo no celular ou tablet e pode ser apresentado direto no portão. Fãs de redes sociais também podem recorrer ao Twitter para efetuar o check-in. Basta seguir o perfil oficial da GOL (@VoeGOLoficial), tuitar a hashtag #GOLcheckin e esperar uma mensagem privada com as indicações para a conclusão do processo. Essa opção também permite que o cartão de embarque fique salvo no smartphone.

NO AEROPORTO

Quem prefere fazer o check-in ao chegar no aeroporto também pode ficar tranquilo. Há duas alternativas no saguão de embarque: o balcão da GOL e os totens de autoatendimento. Funcionários da companhia são capacitados para solucionarem eventuais dúvidas dos clientes com relação ao uso da tecnologia. Para destinos nacionais, recomenda-se chegar com 40 minutos de antecedência, caso o cliente só vá com bagagem de mão. Caso precise despachar mala, é necessário 1 hora de antecedência. É importante lembrar que nos aeroportos de Brasília, Rio Galeão, Guarulhos e Congonhas, o check-in é encerrado 40 minutos antes do voo. Por isso, o passageiro deve se programar para chegar ao aeroporto com a devida antecedência. Com essas dicas, fica fácil fazer check-in e ter uma viagem mais tranquila. p

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> Artur Luiz Andrade

Altos e baixos no

TOP 10

de destinos

DE JANEIRO A JULHO DESTE ANO, QUASE DOIS MILHÕES DE TURISTAS VIAJARAM DENTRO DO BRASIL COM A CVC,

com grande concentração em dez Estados: Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, São Paulo, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, do mais ao menos visitado. Conversamos com o diretor geral de Produtos Nacionais da operadora, Claiton Armelin, e com a especialista em marketing de destinos e ex-presidente da Embratur, Jeanine Pires, que analisaram para o Jornal PANROTAS esse resultado e o comportamento de cada Estado e suas principais cidades turísticas. O chief communication officer e editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, completa o trio de especialistas que esmiuçaram o ranking da CVC. Há diversas surpresas e dados para balizar investimentos e planos de diversos players do Turismo.

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BAHIA: “PORTO SEGURO TEM DE RENOVAR” O

Historicamente, segundo Claiton Armelin, é o Estado que lidera as vendas da operadora. Tem múltiplos destinos e uma costa litorânea que agrada em cheio a diferentes perfis de púbico, mas já não cresce no mesmo ritmo que antigamente. Terá a Bahia chegado em um ponto de saturação? O que falta para a Bahia voltar a crescer como antes? “Com certeza o principal entrave para o crescimento da Bahia é a falta de novos produtos. Há quanto tempo não vemos um novo resort, um equipamento inédito? Praia e carnaval são o óbvio, a Bahia agora precisa partir para os nichos, para a segmentação e também para projetos ousados”, comenta Artur Andrade, da PANROTAS. “Além disso, o destino sofreu com a falta de continuidade dos projetos no Turismo, perdendo tempo e share para concorrentes.

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CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE

PERNAMBUCO ALAGOAS

De acordo com a CVC, o carro-chefe da Bahia, Porto Seguro, tem alternado sua posição de líder de vendas com Maceió. Algo inimaginável há alguns anos, quando Porto Seguro, pela proximidade com o Sudeste, o preço mais popular e a quantidade de fretamentos era imbatível. “Porto Seguro precisa de uma nova imagem”, analisa Armelin. A CVC afirma que tem trabalhado junto com o trade local para que o destino se torne cada vez mais “família”. “Mas é preciso melhorar muito alguns pontos turísticos que estão precisando de revitalização, tais como a Cidade Histórica”, diz Armelin. Outro ponto forte e pouco explorado, em sua opinião, é o Arraial Eco Park, parque aquático que está muito bem equipado e tem que ser mais bem trabalhado, o que ajudaria muito as vendas para o destino. Para a especialista em marketing de destinos Jeanine Pires, da Pires e Associados, a Bahia “tem um nome com imagem que foi trabalhada há anos, no entanto, precisa de um reposicionamento (e investimento em promoção) tendo em vista os inúmeros produtos e as possibilidades de atender diversos segmentos de mercado”. Também é um destino importante para o Nordeste e para o Brasil na ampliação das chegadas internacionais. “A Bahia tem perdido mercado para seus maiores competidores, Pernambuco (que já ultrapassou o Estado em desembarques nacionais e internacionais) e para o Ceará. Destacam-se ainda os temas recorrentes de Salvador, ligados à qualidade de sua oferta hoteleira e à carência de um centro de convenções. Assim como ocorre com

BAHIA

RIO DE JANEIRO

PARANÁ

SÃO PAULO

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

outros destinos no Brasil, há uma desconcentração de sua oferta turística, que precisa ser mais bem trabalhada tanto na qualidade de produtos e serviços como na comunicação e no marketing, buscando valorizar a diversidade e as opções de experiências.”

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PERNAMBUCO: PORTO DE GALINHAS SALVA O

Recife ainda é o destino porta de entrada para o Estado, mas a cidade não fixa o turista, que acaba se locomovendo para Porto de Galinhas, local de alta concentração hoteleira. Essa variedade de Porto de Galinhas é positiva, pois agrada a viajantes de todas as idades e es-

tilos. “Porto de Galinhas responde por quase 70% das vendas do Estado na CVC, e seus resorts atraem casais, famílias com ou sem crianças e o público da melhor idade. É o destino com mais hotéis ‘pé na areia’ do Brasil e sua localização privilegiada, perto de Maceió, também favorece passeios para o Estado vizinho, com destaque para Maragogi”, avalia Armelin. “Frequento Porto de Galinhas desde 1992 e o destino evoluiu bem. Os hoteleiros são unidos e conscientes, e por isso Porto escapou da degradação e popularização de outros destinos do Brasil”, complementa o editor-chefe da PANROTAS. “É um dos meus destinos favoritos no País, pela diversidade, informalidade e por causa desse time de hoteleiros. Mas eu gostaria de ver mais opções culturais e de nicho em Recife. Dois dos melhores carnavais da minha vida foram na capital pernambucana. Essa vocação precisa se espalhar por todo o ano”, finaliza o jornalista. Na análise de Jeanine Pires, que já dirigiu o Recife CVB, “depois de consolidar Porto de Galinhas, Pernambuco busca a ampliação de sua oferta mostrando a diversidade do Estado, sobretudo a cultura do Recife e

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Claiton Armelin

o setor de viagens e negócios e faz um balanço com o lazer em termos de ocupação e segmentação de mercados”.

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CEARÁ: PARCERIAS INTELIGENTES O

É o Estado que mais cresce de forma isolada no ranking doméstico da CVC. Vem crescendo em ritmo acelerado (superior a 20%), como resultado de investimentos realizados de forma conjunta pela iniciativa privada e o governo, uma fórmula “simples” e que deveria ser imitada pelo restante do Brasil. O lançamento do fretamento (ou voo

de férias) para Jericoacoara, feito pela CVC, com a Gol, abriu novas possibilidades para combinar a hospedagem com a capital cearense, além de outros destinos, como Cumbuco. “Isso vem ajudando a expandir a atuação além de Fortaleza, e ainda a Rota das Falésias, no Litoral Oeste”, diz Claiton Armelin. Para o jornalista da PANROTAS, o case de Jeri é exemplar: “por incrível que pareça falta produto turístico no País, com acesso fácil, bom preço, planejamento para não haver desgaste, promoção eficiente... Vejam que o voo de Jeri facilita que o turista visite o destino e ainda saia ou comece a viagem por Fortaleza. Antes, era preciso ir e voltar da capital cearense, o que inibia muitos visitantes”.

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Jeanine Pires

Artur Andrade

“O Ceará ampliou muito seu portfólio de produtos, espalhando pelo interior, leste e oeste as opções de viagens a lazer. A infraestrutura de estradas, centro de convenções, aeroporto de Jeri e serviços trazem novas possibilidades de destinos em todo o Estado”, complementa Jeanine. Para ela, “existe ainda a necessidade de acomodação da oferta de Fortaleza ao cenário de opções novas pelo litoral e interior do Estado, que passa pela requalificação da oferta hoteleira e por uma política de captação de eventos que ajude na sazonalidade”. Existem ainda novas opções de terrestre e para o internacional, que mudou seu perfil nos últimos anos. Se Fortaleza for escolhida

Fortaleza

Maceió

pela Air France-KLM para seu novo voo no Brasil poderá dar mais um salto no receptivo internacional.

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ALAGOAS: DESTINO QUE SE DIFERENCIA O

É um Estado que no último ano tem crescido muito nas vendas CVC e Maceió, em especial, é um destino que tem alternado sua liderança com Porto Seguro. “Sempre vende bem e os clientes retornam satisfeitos. É um dos destinos do Nordeste que mais têm recebido investimentos de novos hotéis”, atesta Claiton Armelin. “Estamos agora fazendo um trabalho com o destino de Barra de São Miguel, para expandir a permanência do cliente além de Maceió, que é uma das cidades litorâneas com maior crescimento em leitos do Brasil. O Estado tem uma oferta excelente, em todo o ano”. Para o editor-chefe da PANROTAS, Artur Andrade, que nunca esteve em Alagoas, a percepção é de que tem praias belíssimas, mas também opções de hospedagem para nichos de luxo e casais, algo que diferencia o destino no Nordeste. “Todo mundo me indica os hotéis e pousadas de Maragogi. E depois desses dados do Armelin, preciso agendar logo minha visita a Alagoas”. Jeanine Pires, que vive em Alagoas e já foi secretária estadual de Turismo, avalia que o destino consegue criar novos destinos sem perder espaço na capital, mesmo com uma nova oferta de leitos (e retrofit em vários hotéis). “Talvez no médio prazo exista uma necessidade de equilíbrio entre a oferta de leitos e a demanda, mas o Estado segue crescendo no nacional e no internacional. Creio que os esforços de promoção são colados no apoio à comercialização e grandes players, mas também se ampliam para o digital, criando novos públicos e mostrando que a experiência é interessante em lugares como Milagres ou Piranhas (São Francisco)”. > Continua na pág. 26

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Rio de Janeiro

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RIO DE JANEIRO: BARRA EM ALTA

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SÃO PAULO: DIVERSIDADE CONTRA O PRECONCEITO O

O Estado de São Paulo também passou mais recentemente a figurar no ranking nacional da CVC, pela quantidade de opções de destinos à disposição dos turistas, especialmente do interior do Estado e do Rio de Janeiro. Viagens pelo litoral paulista, em especial Ubatuba e Ilhabela, a serra paulista, com Campos do Jordão, e até mesmo a própria capital, que favorece os tours de compras e de gastronomia são destaques nas vendas da CVC. “São destinos que combinam e atraem o turista para visitar o Estado em diferentes momentos e ocasiões”, afirma o diretor da CVC. Para o editor da PANROTAS, carioca que reside na capital paulista há quase 20 anos, “os turistas do Rio de Janeiro, especialmente em nichos como o LGBT, os aficionados por cultura e os fãs de gastronomia, amam ir a São Paulo. É preciso estimular cada vez mais essa troca entre as duas cidades”. “Já o interior e o litoral paulistas precisam de mais divulgação do que fazer, da estrutura que existe, pois sei que há uma variedade muito grande e que atrairia mais visitantes, como os hotéis fazenda ou a serra já o fazem”. “São Paulo é um mundo de opções, desde a capital ao interior. Já tem um mercado consumidor regional muito robusto o que poderia trazer vários programas dos chamados city breaks devido à proximidade dos clientes e às opções de viagens curtas e mais baratas”, acrescenta Jeanine Pires. “O setor de eventos tem grande importância também, que aliado à ati-

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vidade econômica e cultural fazem da capital e de diversos destinos de praia e de montanha opções bastante completas em termos de experiência de fácil acesso.”

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RIO GRANDE DO NORTE: FALTA VOO E PROMOÇÃO O

Apesar de todo o potencial, de seus 365 dias de sol, a CVC avalia que a capital Natal ainda sofre com a questão da malha aérea. “Faltam voos conectando outras capitais a Natal, embora a hotelaria e o governo também tenham trabalhado nesse pleito”, diz Claiton Armelin. Natal tem um aeroporto novo, hotéis relativamente recentes e passeios únicos, mas o acesso entrava o crescimento mais robusto de seu Turismo. “Como disse o Claiton, não basta, neste

caso, ter voos de São Paulo, e sim uma malha que integre o Nordeste para que o Turismo cresça de forma mais completa. Vemos uma movimentação também de algumas empresas buscando mais voos internacionais no Nordeste, mas Natal parece estar fora desta rota. Sabemos que, nesse caso, a participação do governo é decisiva para atrair novos voos”, avalia o editor da PANROTAS. “Além da questão da malha aérea, falta ao Rio Grande do Norte um posicionamento em termos de tipos de clientes, e uma promoção mais direcionada ao tipo de experiência que os turistas podem ter no Estado. As possibilidades estão ligadas às opções de sol e praia e podem ainda se expandir para outros segmentos de mercado”, emenda Jeanine Pires. A rigor, para ela, o desafio da grande maioria dos destinos brasileiros é diversificar sua oferta e melhorar serviços privados e públicos e qualificar mais a experiência do turista (além de inovar em seu marketing).

O

“Pela quantidade de hotéis na Barra da Tijuca, por exemplo, os nossos clientes têm encontrado mais opções de hospedagens e que cabem no bolso”, anuncia Claiton Armelin, mostrando que o aumento da oferta hoteleira favoreceu o acesso de turistas aos produtos, com preços mais em conta. No entanto, a questão da segurança pública é um tema que afugenta os turistas. Enquanto isso não for resolvido, o Rio não terá o boom que se esperava pós-Copa e Olimpíada. “Se a Prefeitura conseguir emplacar o calendário de eventos que vem alardeando, será um grande feito. Essa é a vocação do Rio de Janeiro. Mas é preciso investimento. Se houver isso, o resultado vem”, complementa Artur Luiz Andrade. “Outro ponto que poderia ser mais bem trabalhado diz respeito à permanência do turista na capital, que ainda é tido como um destino de fim de semana – a CVC, por exemplo, vende pacotes de bate e volta saindo de São Paulo, com aéreo e apenas uma noite de hospedagem por R$ 298; no entanto, o trade local e o governo precisam ampliar as divulgações sobre o potencial do Estado”, comenta Armelin, dando a dica de especialista aos governantes. “O Rio é outro destino que pode trabalhar os city breaks com os mercados de São Paulo e Minas Gerais, por exemplo; aliado à captação de eventos”, diz Jeanine Pires, que também destaca o tema da segurança e também o de corrupção. “A oferta de hotéis é uma vantagem para o turista, pois pode desfrutar de ótimas opções e preços bastante razoáveis, isso pode ser um diferencial também. O marketing do Rio é importante para o Turismo brasileiro, ainda é o Rio que consta no imaginário do Brasil para o mercado internacional.”

Beto Carrero World (SC)

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SANTA CATARINA: PARQUE E PRAIAS O

“Incrível o destaque que o Estado tem obtido, principalmente em razão do sucesso do parque temático Beto Carrero World, que mesmo estando em um destino de praia, consegue obter ótimas vendas com a CVC nos períodos de frio – de maio a junho, por exemplo”, diz Armelin. Para ele, Santa Catarina tem muito a crescer e a se destacar cada vez mais, possibilitando gerar ainda mais vendas se trabalhado com outros destinos do Estado. O editor-chefe da PANROTAS esteve há dois anos no Beto Carrero World e se surpreendeu com a qualidade do parque. “É um destino por si só, com qualidade internacional. Precisa agora de hotéis no complexo”, avalia. Para Jeanine Pires, “Santa Catarina é um destino que tem conseguido mostrar a diversidade de sua oferta de produtos, saindo da única opção de sol e praia e explorando as serras, o frio e as experiências de ecoturismo e aventura, observação de baleias, dentre outras”. Também tem se destacado no mercado sul-americano, com visitantes dos países vizinhos.

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RIO GRANDE DO SUL: ATENÇÃO PARA A QUALIDADE O

Fechando o Top 10 de destinos da CVC está o Rio Grande do Sul, Estado que trabalha há bastante tempo e muito bem a questão da sazonalidade e os nichos. “A proximidade entre os destinos serranos, como Gramado, Canela e Nova Petrópolis, favorece o retorno dos

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turistas à região e/ou a aquisição de pacotes com múltiplos destinos”, revela Armelin. “Gramado soube transformar a baixa temporada de verão em alta, mas precisa tomar cuidado com a qualidade dos serviços e não deixar os preços subirem tanto ou outra cidade cria um evento similar mais competitivo e aí será tarde para reclamar”, analisa o jornalista da PANROTAS. Na avaliação de Jeanine Pires, “o tamanho do Estado e sua oferta podem explorar mais outros segmentos de mercado como o ecoturismo ou as serras,

e atrair visitantes vizinhos. O sucesso de Gramado e região tem sido destaque em todo o Brasil e pode combinar roteiros ampliando as cidades visitadas e criando mais opções em diversos períodos do ano, como o vinho por exemplo”. Por fim, ela recomenda que todos os destinos aproveitarem melhor as opções de comunicação digital, indo além de postagens e utilizando seus bancos de dados para entender quem está interessado em que tipo de experiência, e usar essa inteligência para atingir melhor seu público. p

Foz do Iguaçu (PR)

PARANÁ: FOZ REINA ABSOLUTA O

O destaque do Estado se deve, basicamente, a Foz do Iguaçu, que já é um exemplo de região que sabe atrair e entreter diferentes faixas etárias de turista: do luxo às famílias, dos aventureiros aos grupos de amigos, dos eventos ao relax. “É um destino completo, em termos de infraestrutura e qualidade de hotelaria e, também, de diversidade de passeios, combinados pela tríplice fronteira Brasil/Argentina/Paraguai”, comenta Claiton Armelin. “Foz é um destino que surpreende pela qualidade de seus passeios e por agradar a faixas etárias e gostos diferentes. Pena que o Paraná, em oferta turística de peso, se resume basicamente a Foz, ou estaria mais acima nesse ranking”, diz Artur Andrade. “O Paraná pode ir além de Foz do Iguaçu e aproveitar seus vizinhos para explorar as experiências mais diversas. Tem infraestrutura e serviços de qualidade que podem trazer diferenciais na experiência do visitante. Precisamos ouvir mais falar do Paraná para o Brasil”, acrescenta a ex-presidente da Embratur.

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Jornal PANROTAS Edição 1.288

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Palm Beaches além das praias LONGOS TRECHOS DE LITORAL SEM MULTIDÕES, ÁGUAS CRISTALINAS. ENQUANTO PALM BEACHES PODE EVOCAR IMAGENS DE PRAIAS E CENÁRIOS

paradisíacos, longe da costa, o destino tem ainda mais a oferecer aos turistas, como uma rica história, uma cena próspera de artes e entretenimento, hospitalidade genuína e ótimos locais para as compras. Com 39 cidades e vilarejos, o local tem opções para os mais diferentes perfis de viajantes. Boca Raton, por exemplo, é uma ótima escolha para quem quer luxo, eventos fantásticos e praias movimentadas. Já Jupiter se destaca por seus sítios históricos. Lá, é possível conhecer o farol Jupiter Inlet Lighthouse, do século XIX. Wellington é o lar de uma comunidade equestre internacional, com diversos programas, atividades e eventos ligados a esse universo. A diversidade de locais e atrações também se traduz em diferentes possibilidades de hospedagem. Em Palm Beaches, é possível encontrar desde luxuosos resorts de praia, golfe ou spa, a charmosos B&Bs (bed and breakfast) e hotéis urbanos, cercados de agito e vida noturna. Além disso, uma cena gastronômica próspera tem se desenvolvido em todo o Condado de Palm Beach, capaz de atrair os mais exigentes paladares. Além de restaurantes comandados por premiados chefs, mais de uma

Em Jupiter, o Harbourside Place é opção para as compras

dúzia de cervejarias artesanais tem marcado presença na região, aproveitando a popularidade da bebida. Compras? Palm Beaches tem também. Além de butiques únicas de designers descolados, o destino tem grandes redes de shoppings, com marcas famosas, e simpáticos centros comerciais ao ar livre. Outlets prometem agradar aos turistas que querem economizar. Outro ponto imperdível para as compras é a avenida Worth Beach, em Palm Beach, internacionalmente conhecida por ter as principais marcas de moda da atualidade.

FÁCIL ACESSO

A aproximadamente uma hora de carro de Miami e duas horas de Orlando, a região tem fácil acesso para os turistas. Três aeroportos internacionais servem ao condado. Além do Aeroporto Internacional de Palm Beach (PBI), os visitantes podem optar pelo próprio Aeroporto Internacional de Miami (MIA) ou pelo Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale-Hollywood (FLL), a cerca de meia hora de cidades como Boynton Beach, Delray Beach e Boca Raton. Acesse OlaPalmBeach.com para saber mais sobre as diversas possibilidades que Palm Beaches tem a oferecer para os turistas. O portal traz informações e dicas valiosas, capazes de incrementar as vendas para o tradicional destino. p

Com lojas e restaurantes, a charmosa Clematis Street atrai visitantes em West Palm Beach

O famoso CityPlace, primeiro shopping de West Palm Beach C -Photo Credit CityPlace

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Um destino

DIVERSÃO PARA TODOS OS GOSTOS. COMO JÁ É TRADICIONAL, TAMBA BAY ESTÁ ABERTA AOS VISITANTES DE TODO O

mundo oferecendo parques, opções de relaxamento, turismo histórico e cultural e, claro, compras. Na borda do Golfo da Flórida, os turistas encontram um destino completo para todas as ocasiões. Montanhas-russas das mais emocionantes de todo o mundo estão no Busch Gardens Tampa Bay. Mergulhe de incríveis alturas a mais de 90 quilômetros por hora na Falcon Fury, experimente a sensação de peso zero na Kumba e aproveite ainda outra dúzia de passeios alucinantes sobre trilhos, neste que é um dos principais passeios a se fazer em toda a Flórida. As famílias encontram outra grande atração no Zoológico Lowry Park. Alimentar girafas e ficar frente a frente com tartarugas gigantes são apenas algumas das possibilidades no espaço de mais de 200 mil metros quadrados repleto de vida selvagem. Mais variedade da vida animal pode ser encontrada no Aquário da Flórida. Tubarões, crocodilos, pinguins e outras espécies podem ser vistas em seu habitat, e os visitantes podem, além de vê-las de perto, aprender sobre a fauna marinha com programas interativos, como o Dive With the Sharks, Shark Swim e Swim with the Fishes. Ainda é possível ter uma experiência imersiva em um passeio com um catamarã no Wild Dolphin Tour, além de conferir a nova área de brincadeiras aquáticas, The Splash Pad-

completo COMPRAS

Brasileiros amam comprar e, em Tampa Bay, também há diversas opções de nível internacional para voltar de sacolas cheias. As maiores marcas globais, assim como grifes emergentes e alternativas estão nos shoppings International Plaza e Westshore Plaza. Todas as faixas de preço estão presentes, tornando os locais atrativos para os mais gastadores e também para os compradores eventuais. Boas promoções também podem ser encontradas no Tampa Premium Outlets. São mais de 110 marcas e outlets reunidos em um amplo espaço.

Montanhasrussas são um dos carroschefes do Busch Gardens, outro cartão postal de Tampa Bay

PASSEIE E APRENDA

O turismo histórico é outro destaque de Tampa. Há no local uma rica história cubano-americana, que deixa traços característicos da ilha caribenha na cidade. Para os fãs de charutos, há fábricas locais fundadas por cubanos no bairro de Ybor City, que por essa tradição acabou batizado informalmente de Cigar City. O local, inclusive, é também um movimentado polo de vida noturna, com boates e shows ao vivo, em curso constantemente. Outro bom local para curtir a vida social é o extenso calçadão de Tampa. São quatro quilômetros reservados a pedestres e ciclistas, que ligam parques, museus e restaurantes por meio de agradáveis passeios. Por ali, se chega ao distrito de convenções, onde há espaço para eventos, ao museu Glazier e ao Pirate Water Taxi, um divertido meio de transporte pela água com 14 paradas em áreas movimentadas da costa. p

Uma das inúmeras belas vistas de Tampa Bay

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Luxo e

natureza A MENOS DE 200 METROS DA ORLA, O 1 HOTEL SOUTH BEACH, NA AVENIDA COLLINS, É UM DOS PRINCIPAIS HOTÉIS 5 ESTRELAS DE MIAMI BEACH. PRIMEI-

ro da rede 1 Hotels, o estabelecimento oferece vistas do Oceano Atlântico, da Baía Biscayne e dos prédios de Downtown Miami. "O 1 Hotel South Beach foi desenhado para permitir que as pessoas se reconectem com a mais autêntica e inspiradora experiência-natureza”, afirma o CEO da SH Group, empresa administradora da rede, Barry Sternlicht. “A natureza molda a forma como os nossos hóspedes chegam, partem, dormem, comem, relaxam, interagem e, em última instância, a forma como se sentem”, completa. Com um estilo de fazenda no lobby e uso de madeiras recicladas, o 1 Hotel South Beach tem revolucionado o design sustentável e chique de Miami, desde que abriu as portas em março de 2015. Em suas operações diárias, o hotel também trabalha para minimizar seus impactos ambientais, conservando recursos não-renováveis e reduzindo o desperdício.

DIFERENCIAIS

O 1 Hotel South Beach tem 425 quartos, incluindo 168 estúdios e a suíte presidencial. Com vista para o mar, a luxuosa suíte possui mais de 300 metros quadrados.

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Os hóspedes têm à disposição a maior piscina em uma cobertura de South Beach. O local tem vista para o mar, além de um restaurante e um lounge nas proximidades. Três outras piscinas estão disponíveis para garantir mais variedade aos visitantes. Quer gastronomia? O 1 Hotel South Beach possui sete variados locais para alimentação. Diferentes paladares podem se satisfazer com os menus dos restaurantes, que têm inspirações diversas. No hotel, há desde cozinhas que seguem o conceito Farm-to-Table (da fazenda à mesa) a menus inspirados na culinária japonesa.

PARA A FAMÍLIA

Especialmente para as crianças, o programa 1 Hotels’ Seedlings busca aproximar os pequenos da natureza, enquanto promove atividades educativas. O hotel conta com o Basecamp, um clube para crianças com idades de 4 a 12 anos, que tem uma agitada programação diária. Aos participantes, são propostas atividades que incluem caminhadas na natureza, arte com concha, programas de culinária, plantio e outras ações educativas. Para a rede 1 Hotels, o pet também é um membro da família. Por isso, o hotel ofe-

rece aos animais de estimação um presente de boas-vindas, uma equipe de concierge para cães, camas, além de tigelas para a alimentação dos peludos.

BEM-ESTAR

Para os hóspedes que não querem deixar a sua rotina de treino durante a viagem, foi inaugurada em dezembro de 2016 a Spartan Gym, com equipamentos de última geração. No espaço, os hóspedes contam com a ajuda de personal trainers e podem fazer aulas. Além dos tradicionais equipamentos, uma área central com obstáculos permite outras atividades físicas. No local, há cordas, cabos, redes e tubos para outros tipos de treinamento, como o popular crossfit. Perto da academia, o Bamford Haybarn Spa é ideal para quem deseja relaxar. O spa tem um forte compromisso de cuidar da mente, do corpo e do espírito, propondo uma conexão sincera com a natureza para proporcionar um retiro calmante aos hóspedes. Tratamentos especiais estão disponíveis, como massagens e tratamentos faciais, além de práticas como yoga, pilates e meditação. Para mais informações sobre o 1 Hotel South Beach, acesse www.1hotels.com. p

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Aventura Mall terá nova ala com três andares O AVENTURA MALL VAI INAUGURAR UMA NOVA ALA COM TRÊS ANDARES E 30 MIL METROS QUADRADOS ATÉ O

final do ano. Projetado para criar uma integração convidativa entre o interior e o exterior do shopping, o novo espaço terá elementos artísticos, como uma escultura de 28 metros de altura do famoso artista belga Carsten Höller. Um dos principais locais para as compras na região de Miami, de acordo com a revista Travel + Leisure, o Aventura Mall conta com mais de 300 lojas, das marcas mais famosas do mundo, como Givenchy, Gucci, Louis Vuitton, Cartier e Tiffany & Co. O estabelecimento tem ainda as lojas Bloomingdale's, Nordstrom e Macy's. No shopping, há restaurantes, um playground e 24 salas de cinema da AMC com IMAX. Outro destaque é o Arts Aventura Mall, que traz instalações contemporâneas de renomados artistas locais e internacionais. A nova ala terá uma loja de dois andares da Topshop Topman, famosa marca britânica que final-

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mente chega à Florida. A Zara também estará na expansão do Aventura Mall. O espaço foi projetado pelo arquiteto Carlos Zapata e, com uma parede de vidro de 26 x 15 metros na entrada, permitirá vistas panorâmicas da paisagem ao redor. Uma claraboia garantirá iluminação natural e vistas incríveis do terraço do centro comercial. “Nossa visão é criar um novo local de confraternização, onde os residentes locais e visitantes possam conectar-se com diversas experiências interativas”, afirma a CEO e membro do conselho da Turnberry Associates, proprietária e administradora do Aventura Mall, Jackie Soffer. “A nova ala é destinada a tornar-se um dos espaços mais dinâmicos do Sul da Flórida”.

ARTE

Aproveitando a coleção de obras de arte contemporânea do Aventura Mall, a nova ala terá pontos de observação para os visitantes usufruírem de

instalações para uma experiência transformadora.

GASTRONOMIA

Uma evolução das praças de alimentação tradicionais, o Food Hall será sofisticado e integrado à paisagem ao redor. Localizado no terceiro piso, o espaço terá uma grande quantidade de mesas de diversos estilos, além de um terraço para quem deseja fazer a refeição ao ar livre.

ESPAÇO VIP

No alto da nova ala, o Lounge VIP terá diversas atividades. Lá, será possível jogar sinuca, assistir TV, relaxar e aproveitar as atividades programadas. Uma área de bar e restaurante abre-se para o terraço. O espaço e as salas de conferência estarão disponíveis também para eventos privados. Para quem quer fazer compras na região de Miami, o shopping é uma boa dica. Endereço: Biscayne Boulevard, 19501 Aventura, Florida. p

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Eventos

Reconhecimento virtuoso

O MINISTÉRIO DE TURISMO DA ARGENTINA, POR MEIO DO INSTITUTO NACIONAL DE PROMOCIÓN TURÍSTICA (INPROTUR), ESTEVE NA EDIÇÃO 2017 DA

Virtuoso Travel Week, realizada recentemente em Las Vegas. Consideradas bem-sucedidas as ações incluíram uma apresentação do Turismo de Buenos Aires e de três operadores "On Site Virtuoso", um café da manhã de capacitação sobre o país, além do Destination Showcase Dinner, jantar ao qual os principais vendedores de Argentina foram convidados. O trabalho de participação da Argentina nos últimos anos na rede Virtuoso foi reconhecido pela rede de operadoras de luxo com o prêmio de Consultoria mais abrangente. "O Inprotur demonstra um forte compromisso com a excelência e conhecimento do produto, qualidade altamente valorizadas por nós", elogiou o presidente de Parcerias e Produtos Globais da Virtuoso, Albert Herrera. "Este prêmio coloca a Argentina em um patamar muito exclusivo, sendo reconhecida pelos sócios Virtuoso como um dos líderes da indústria." O Virtuoso Travel Week atingiu, em 2017, cifra recorde de 5.693 profissionais do trade, de 103 países, entre os quais se destacaram proprietá-

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Matthew D. Upchurch, CEO da Virtuoso, Angela Roditi, vice-presidente de Alianças da Virtuoso, e Ariel Cohen, coordenador de Mercado da Inprotur na América do Norte

rios de agências, hotéis, consultores e especialistas em viagens, tal como representantes dos principais destinos do mundo com apelo em luxo. Foram 326 mil reuniões de negócios individuais, que se traduziram em 1,5 milhão de minutos de trabalho. Só o Turismo da Argentina teve mais de 290 reuniões, principalmente com os vendedores de destinos exclusivos. Durante as mesmas, foram expostas

as particularidades de diferentes destinos do país, destacando aspectos como vinho, gastronomia, paisagens naturais, cultura, história e ofertas de serviços turísticos. Vale ressaltar que houve uma excelente recepção das novas medidas adotadas pelo governo para incentivar o receptivo, como a devolução dos 21% do IVA em hospedagem para estrangeiros e o fim da cobran-

ça de taxa de reciprocidade para norte-americanos e australianos. A Virtuoso é considerada a maior rede de operadoras e agências de luxo do mundo, com aproximadamente dez mil especialistas em viagens de alto padrão de 25 países em todo mundo. São mais de 1,7 mil provedores de viagens do mundo, além de destinos de primeiro nível. p

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SurFACE

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D e s e n v o l v im e nto e Pa dro ni z a ç ã o

A GJP agora conta com João Francisco Rodrigues como diretor de Desenvolvimento e Padronização. Com mais de 20 anos de estrada na hotelaria, João Rodrigues soma passagens por redes como Bourbon e Othon. Foi no Mavsa Resort, no interior de São Paulo, e no Malai Manso, na Chapada dos Guimarães (MT), entretanto, que ele se destacou, pois foi responsável pela implementação desses empreendimentos. Baseado na capital paulista, o diretor já iniciou as atividades e atende pelos contatos: (11) 3730-4003 e joao.francisco@gjphotels.com.

O rinte r e m Fl o rip a

Agentes de viagens de Florianópolis e região estão mais próximos da Orinter. A operadora do grupo Esferatur abriu escritório na capital catarinense na semana passada, a segunda do Estado, após Blumenau. De acordo com sua diretora, Ana Maria Berto, a nova casa era o que faltava para consolidar a posição da Orinter no Sul do Brasil. Esse é o oitavo ponto físico da empresa, cujo atendimento é feito por Laura Chanin (laura.chanin@orinter.com.br), Laura Hamester (laura.hamester@orinter.com. br ) e pelo executivo Paulo Biscaia (paulo.biscaia@orinter.com.br). O endereço é rua Álvaro Carvalho, 267, sétimo andar, no centro da cidade. Já a base de Ribeirão Preto (SP), que completa um ano, mudou de endereço, agora na avenida Antônio Diederichsen, 400, bairro Jardim América. A gerência é de Vinicius Chagas (vinicius.chagas@orinter.com.br). Equipe da Orinter de Florianópolis: Waldemir Jr., Laura Chanin, Laura Hamester e Paulo Biscaia

J o int v e nt ure a p ro va d a

A joint venture entre Latam e American Airlines foi firmada após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O compartilhamento de operações em rotas entre a América do Norte e a América do Sul foi cedido sem restrições para passageiros e cargas. Isso inclui Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai a Estados Unidos e Canadá. O acordo, porém, não terá efeito prático se o Congresso não validar o acordo de céus abertos entre Brasil e EUA, atrasado já em alguns anos.

A b e r t ura d e c a p i t a l

N o va e n c o m e n d a , n o v o s d e s t in o s

A Azul encomendou cinco A330-900neo, a mais nova geração de fuselagem larga da Airbus. A proposta é fortalecer a malha internacional a partir do último trimestre de 2018, e iniciar serviços a possíveis novos destinos. Enquanto isso, a aérea retoma rotas regulares a partir de Goiânia na alta temporada. São voos para Recife a partir de 10 de dezembro e outras frequências para Natal, Porto Seguro (BA) e Salvador. Outra novidade para a alta de verão são os mais de 30 novos voos diretos para Punta del Este e Montevidéu a partir de Campinas (SP) e Porto Alegre.

A Despegar.com, OTA argentina que deu origem à Decolar no Brasil, realizou na última semana a já prometida abertura de capital na Bolsa de Valores de Nova York. Na oferta inicial foram comercializadas sob a sigla DESP 12,77 milhões de ações ordinárias ao preço de US$ 26 por ação, arrecadando mais de US$ 332 milhões. Durante o dia o valor chegou a subir para US$ 30,4 por ação. A Despegar ainda possibilitou aos coordenadores internacionais (Morgan Stanley, Citigroup e Itaú BBA) a compra de mais 1,91 milhão de ações ordinárias adicionais por 30 dias, pelo preço da oferta pública inicial. As ações comercializadas, somadas às que pertencem aos maiores investidores (o fundo Tiger Global Management é o maior acionista da Despegar, e Expedia e general Atlantic também têm participações), dão um valor de US$ 1,8 bilhão à companhia, de acordo com a Bloomberg.

Ponto a ponto A partir de 5 de novembro, o voo diário Recife-Lisboa da Tap ganhará uma nova frequência aos domingos, totalizando oito semanais. A Crystal Cruises anuncia Tom Wolber como seu presidente e CEO. Ele trabalhou por 28 anos na Disney Cruise Line. A Bedsonline está prestes a lançar no Brasil seu projeto de locadoras de carros on-line, como já funciona na Europa e nos Estados Unidos O Grupo chinês HNA assume como acionista majoritário do Aeroporto do Galeão no lugar da Oderbrecht, com 51% das ações privadas do consórcio. Infraero segue com 49%.

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27 de setembro a 03 de outubro de 2017 JORNAL PANROTAS

corporativo

www.pancorp.com.br

Thais Delben, Claudia Delfino e Luciane Leite, da Reed Exhibitions, responsável pela WTM, com Wellington Costa, da GBTA Brasil

Corporativo na WTM 2018

A GBTA Brasil e a WTM Latin America capacitarão gestores de viagens e eventos por meio de um curso da Academia GBTA, a ser realizado durante a feira, em abril de 2018, em São Paulo. O diretor regional da GBTA Brasil, Wellington Costa, e a diretora do evento, Luciane Leite, comemoram o acordo. "Estamos muito felizes com a parceria entre GBTA e WTM, que irá agregar muito ao segmento Mice e corporativo, unindo duas renomadas e tradicionais instituições globais. O curso irá contribuir em muito para a profissionalização, com certificação, da indústria de viagens e eventos corporativos no Brasil, um dos objetivos da GBTA, por meio das melhores práticas de gestão", afirma Costa. p

Maringá em expansão As viagens dos executivos das empresas Klabin, de produção de celulose, e do Grupo Pandurata, de alimentos, são agora de responsabilidade da Maringá Turismo, do presidente Marcos Arbaitman (foto). As conquistas permitirão à TMC atender a Klabin no Brasil e na Áustria, além das marcas Bauducco, Visconti, entre outras divisões do Grupo Pandurata, o que deverá gerar um volume de vendas de R$ 25 milhões ao ano e um aumento de 3% na receita anual da empresa. “A conquista desses dois contratos é motivo de grande orgulho, pois ambos foram os mais rigorosos e bem elaborados processos de concorrência do qual participamos nos últimos meses. Foram analisados minuciosamente todos os aspectos que envolvem o serviço de gestão em viagens corporativas, o que nos dá ainda mais confiança para continuar avançando em novos negócios”, comemora o diretor de Marketing e Operações da Maringá Turismo, Daniel Navarro. p

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