R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.293
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01 a 07 de novembro de 2017
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United Airlines celebra duas décadas e meia ligando o Brasil aos Estados Unidos. Com foco em hubs corporativos, empresa também aposta em suas lideranças e no relacionamento com o trade para continuar crescendo
> Páginas 04 e 06
Delta Air Lines escolhe o A350 como seu avião modelo, com duas novas classes (a Delta One Suite e a Premium Select), e aproveita para lançar mais serviços e tecnologias que melhoram a experiência do cliente
> Páginas 14 a 17 Pag 01_capa.indd 1
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7,8 BILHÕES DE PASSAGEIROS EM 2036
Essa é a previsão da Iata para daqui a duas décadas em relação aos viajantes aéreos no mundo todo. Hoje esse total é de quatro bilhões. A associação prevê ainda que o mercado chinês deve superar o norte-americano em 2022 e se tornar o principal mercado de aviação mundial. Veja mais dados e tendências:
49% dos passageiros
74% dos passageiros
preferem auto-despacho de bagagem em vez de entregá-la a alguém
usaram um cartão de embarque eletrônico nos últimos 12 meses
(+46% sobre 2016)
82% dos passageiros
Informação compartilhada
em tempo real, remarcação de voo e acomodação em hotel são os três serviços prioritários para a evolução do setor aéreo
utilizariam um passaporte digital em seus dispositivos em vez do documento tradicional
42% dos passageiros preferem entretenimento a bordo em seus próprios dispositivos vs. 45% na tela individual da aeronave
74% dizem que o
máximo tolerável em uma fila de imigração é 10 minutos
Fonte: Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata)/Global Passenger Survey
LEIA NESTA EDIÇÃO
Editorial
“Não esperamos o governo”
Páginas 08 e 09 Agaxtur pronta para o setor de intercâmbio em 2018
Páginas 12 e 13 Tristar Turismo comemora 30 anos com foco em diversidade e serviço
Páginas 18 a 20 Festival do Turismo JPA surfa no bom momento do Nordeste
Vender resorts nesta temporada ficará mais fácil com o novo Guia PANROTAS de Resorts e Hotéis de Lazer, encartado nesta edição. Tudo o que você precisa saber sobre as principais propriedades no Brasil e no Exterior estão aqui.
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> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br
A frase, dita pelo CEO da Delta Air Lines, Ed Bastian, sobre os investimentos bilionários da companhia em infraestrutura aeroportuária nos Estados Unidos, mostra um posicionamento que boa parte da indústria do Turismo precisa adotar e forçar que as autoridades adotem. Se o governo não prioriza o Turismo, ou a Aviação, ou o Receptivo Internacional... que dê condições para que a iniciativa privada faça investimentos e tenha retorno sobre os mesmos. É um tanto desanimador vermos que aeroportos entram no jogo político do toma lá, dá cá (vejam a retirada de Congonhas da lista de novas concessões para a inciativa privada) ou que o Turismo se vê envolvido em escândalos na realização de eventos, como a Rio 2016, ou na distribuição de verbas oficiais. É preciso fazer acontecer sem depender do governo, seguindo o exemplo da Delta, mas é preciso que o governo dê espaço para o empresariado empreender.
É algo óbvio, que vai gerar desenvolvimento e o que o governo mais gosta, impostos. A piada em relação à polêmica em torno do horário de verão (um dia sem corrupção no País economizaria mais que todos os anos com o horário especial implementado)nos força a continuar combatendo esses desvios que tiram vidas e oportunidades. O Rio de Janeiro é um destino que hoje precisa dessa boa vontade de governos (e de uma limpeza ética jamais vista) e de ver empreendedores atuando, sem amarras, para que a cidade dê mais uma vez a volta por cima. Sem maquiagens, sem molhar a mão de ninguém, sem governantes corruptos. E a postura do empresariado nessa conduta ética, moral e responsável (afinal, levar turistas para ver a guerra na Rocinha não ajuda em nada nem os visitantes nem o destino) é fundamental.
Empresários que precisam estar lado a lado com os políticos, mas sem medo de aparecerem em listas suspeitas do dia para a noite. E sim com transparência e usando recursos e incentivos de forma honesta e com olho no desenvolvimento e no bem estar dos moradores, visitantes, parceiros, investidores... Obviamente não adianta comparar modelos americanos e brasileiros, pois são diferentes em quase tudo, mas a postura de independência e cobrança em relação aos governos deve sim ser imitada. Insistir em uma máquina pública falida e corrupta é travar o desenvolvimento do País. Precisamos de lideranças para empunhar essas bandeiras e abraçar a nova política... ou melhor, a política como deveria ser. Não esperamos o governo, mas esperamos do governo que cumpra a sua parte, com ética, lisura, boas práticas, de forma desburocratizada e democraticamente. Sim, é pedir demais. Mas só há esse caminho.
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UE Q A T DES
DO PORTAL
PANROTAS
De 19/10 a 25/10
1 MSC lança cruzeiro de volta
ao mundo com 117 dias – em 23/10
2 Delta abre mil vagas de
comissário de bordo para 2018 – em 23/10
3 CVC retomará voos fretados
para Punta Cana – em 19/10
4 A bordo da Gol, Haute terá
avião balada para o réveillon – em 19/10
5 Latam Brasil terá wi-fi a bordo a partir de 2018; saiba mais – em 24/10
6 Agaxtur, Trend, Flytour e
MEDIA PARTNER
10 Com nova estratégia, Jetblue
para de vender em 12 OTAs – em 20/10
11 United celebra 25 anos e
retomada no Brasil – em 24/10
12 Avianca Argentina vai voar
BUE-GRU e Tucumán-FLN – em 25/10
13 2º dia de JPA tem corporativo e convênio internacional; fotos – em 22/10
14 Hard Rock inaugura centro de
esportes radicais no México – em 24/10
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Veja 5 destinos românticos para curtir o feriado no Brasil – em 20/10
outras contratam; confira as vagas – em 23/10
CAMINHOS NOBRES DO NORTE ARGENTINO
7 Air Berlin suspende pilotos por “manobra desnecessária” – em 20/10
8 Pela primeira vez, Jujuy (ARG)
terá voo direto de São Paulo – em 20/10
9 Economia em distribuição direta de aéreo é mito, diz estudo – em 24/10
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
PRÓXIMA SELFIE DO SEU CLIENTE
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Rafael Faustino e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Brunna Castro, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ)
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MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves Assistentes de Marketing: Maíra Bocci (maira@panrotas.com.br) Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Assistente Comercial: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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> Artur Luiz Andrade
25 anos de Brasil
Funcionários que comemoram os 25 anos da United no Brasil e 25 anos de casa
COMPROMETIMENTO DE LONGO PRAZO COM O BRASIL. RESPONSABILIDADE SOCIAL. PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE (DOS
distribuidores aos clientes). Investimento em produtos. Líderes antenados com os clientes internos (funcionários) e externos (passageiros e cadeia produtiva). Tecnologia. Segurança. Criatividade. Parcerias. A festa que celebrou os 25 anos da United Airlines no Brasil, realizada dia 24 de outubro, na capital paulista, foi um resumo dos principais valores da companhia aérea, que hoje voa do Brasil para os Estados Unidos cinco vezes por dia: para Houston (do Rio e de São Paulo) e Newark/Nova York, Washington DC e Chicago (todos de São Paulo). Os principais vendedores, alguns clientes (com mais de dois milhões de milhas cada), funcionários e diretores, incluindo o vice-presidente mundial de Vendas, Dave Hilfman, e o diretor para a América Latina, Alex Savic, se reuniram para lembrar a trajetória e projetar votos de um futuro mais promissor ainda. Segundo Savic, 2017 foi um ano mui-
Funcionários da United Brasil
to bom para a United, com metas já batidas para o período. “Recuperamos demanda e tarifa e nosso objetivo agora é termos os 767 com a nova Polaris dedicados ao Brasil em 2018. É nosso principal mercado na América Latina”, comentou. A classe Polaris já está instalada em algumas aeronaves, e o Brasil recebe esses aviões esporadicamente, mas a ideia é que em 2018 as rotas para Houston, tanto do Rio quanto de São Paulo, tenham a Polaris em todos os voos, todos os dias. Durante o evento, os convidados puderam experimentar as poltronas, que estavam em exibição. Os lounges da United pelo mundo também estão sendo transformados em Polaris, como o de Chicago, que tem restaurante com opções à la carte, espaço para descansar, open bar, banheiros com ducha, wi-fi e estações de trabalho e até adega personalizada para os passageiros frequentes. No Brasil a United utiliza a sala da Star Alliance, no Terminal 3 de Guarulhos. No ano passado, a empresa transportou 150 milhões de passageiros em
Dave Hilfman, Lucimar Reis e Alex Savic, VP mundial de Vendas, diretora Brasil e diretor América Latina, respectivamente
todo o mundo e dois deles, Geraldo Ferreira e Nilton Kalahari, foram homenageados na festa de celebração dos 25 anos de Brasil. A empresa também homenageou os 25 funcionários que completam 25 anos de Brasil (ou seja, começaram com as operações da companhia aqui) e também a parceria com agências de viagens, operadoras e consolidadoras. O PIB do Turismo esteve presente no evento, e a maioria enfatizava o relacionamento com a diretora Brasil, Lucimar Reis, e com Alex Savic, como pontos chave nos negócios com a United. “A Lucimar merece todos os reconhecimentos”, disse o vice-presidente da CVC, Valter Patriani. “O Alex é mais brasileiro que muitos brasileiros e soube reconhecer a importância de nosso mercado a necessidade de estar perto do trade”, completou o vice-presidente da Esferatur, Carlos Vazquez. O VP Dave Hilfman reforçou a importância do Brasil e de ter uma liderança como Lucimar Reis (e todo um time) para obter os resultados esperados e atender bem clientes e intermediários. “Nossa missão é unir pessoas conectando o mundo”, disse Lucimar Reis,
que foi a mestre de cerimônias e anfitriã da noite. Ela homenageou a Graacc com uma tela de Eduardo Kobra, que será leiloada, agradeceu aos passageiros de milhões de milhas, a seu time e aos chefes Savic e Hilfman. No momento mais político da noite, o cônsul geral dos Estados Unidos em São Paulo, Ricardo Zuniga, enfatizou a importância de o governo brasileiro aprovar o programa de Céus Abertos entre o Brasil e os Estados Unidos. Segundo sua estimativa, o acordo, já aprovado, mas dependendo de autorização do Congresso e ratificação da Presidência da República, iria gerar pelo menos mais 1,3 milhão de passageiros entre o Brasil e os Estados Unidos. Zuniga também confirmou a retomada do pedido de vistos para os Estados Unidos. “O que é bom para Orlando, que os brasileiros adoram, mas também para outras cidades americanas.” Parceiros como a Azul, representada pelo chief revenue officer, Abhi Shah, e o diretor de Vendas, Antonio Americo, Embraer, Avianca, Ana, entre outras companhias, também participaram da festa dos 25 anos da United no Brasil.p > Continua na pág. 06
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Fe s t a d e 2 5 a n o s d a U n i t e d n o B ra s i l
1 Luciano e Goiaci Alves Guimarães, da Rextur Advance 2 Wellington Costa e Fernão Loureiro, da GBTA, com Artur Luiz Andrade e Guilherme Alcorta, da PANROTAS 3 Rafael Kother e Charles Cruz Silva, da Prime Consolidadora4 Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS, e Lucimar Reis, diretora da United no Brasil 5 Dave Hilfman, Lucimar Reis e Alex Savic, da United, com Alexandre Senra e Sidney Klajner, da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 6 Os gerentes de Venda da United, Anthony Mota e Guilherme Dal Secco 7 Lucimar Reis e Alex Savic com o cônsul dos EUA, Ricardo Zuniga 8 Ivo Lins, Arnaldo Franken e Rui Alves, do Grupo Flytour 9 Peter e Jussara Weber, da consolidadora Skyteam 10 André Khouri, da CNT, e Eduardo Kina, da Alatur JTB 11 Rubens Schwartzmann, da Abracorp e Costa Brava, com Juarez Cintra Filho e Juarez Neto, da Ancoradouro 12 Lucimar Reis, diretora da United, com Eduardo Kina, da Alatur JTB, Carlos Vazquez, da Esferatur, e Helvecio Garofalo, da Confiança 13 Eduardo Vasconcellos, da Kontik, Alex Savic, da United, Antônio Américo, da Azul, Lucimar Reis, da United, Abhi Shah, da Azul, e Dave Hilfman, da United 14 Ana Maria Berto, da Orinter, e Lucimar Reis 3
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08 Operadoras
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> Marcos Martins
2018 de nichos
Aldo Leone Filho conversa com parceiros na Convenção Agaxtur 2017
A MENOS DE DOIS MESES PARA O FIM DO ANO, AS ATENÇÕES JÁ ESTÃO VOLTADAS PARA 2018, QUE PARA MUITOS PROMETE SER O
ano de definir a retomada do Turismo brasileiro. Durante a convenção anual da Agaxtur, e a comemoração dos 64 anos de atividades, realizada em outubro, em São Paulo, exclusiva para os principais parceiros, o presidente da operadora, Aldo Leone Filho, afirmou que chegou a hora dos nichos. Neste cenário, um dos produtos em evidência é o de intercâmbio, área que nunca esteve nem perto de ser o core da empresa. “Vamos entrar no nicho de viagens para estudo de línguas com foco educacional, e estamos em processo de análise para saber o que precisa ser feito. No entanto, já sei que tem total viabilidade e que vai dar certo”, confia o empresário, ciente da tendência de especialização dos agentes de viagens em determinados tipos de viagem. Outro nicho da operadora que está sendo aprimorado, segundo o presidente, são as viagens com prática de esportes. Um dos pacotes de maior sucesso este ano é o da experiência que leva crianças para jogar em times de futebol de temporada em Orlando, Barcelona, Madri ou Paris. Mais de 500 jovens passageiros Agaxtur já têm passe confirmado ano que vem. Por falar em futebol, a Copa do Mundo da Rússia, que acontece de 14 de junho a 15 de julho, deve impulsionar os números do grupo, de acordo
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com Leone Filho. “A Agaxtur é uma das vendedoras oficiais da Copa do Mundo Fifa, produto que gera muito dinheiro e movimento de público. Trabalhamos com esse evento há 27 anos e já fizemos Olimpíada também. O nicho esportivo é uma das nossas especialidades”, aponta. Outra opção da lista de nichos é o Clube da Terceira Idade, que oferece roteiros especiais a idosos.
Os irmãos Andrea Leone e Aldo Leone Filho durante evento da operadora
EXPANSÃO
Ainda sem confirmar datas, a operadora ganhará novo escritório, dessa vez em Goiânia, após contratar o executivo de Contas Israel Dantas para atender a região Centro-Oeste. No começo de outubro, foi inaugurado o primeiro escritório da Agaxtur em Porto Alegre, sob os cuidados do gerente Raphael Chrysostomo, como reflexo do crescimento da empresa na região Sul. A estrutura gaúcha oferece cinco salas de reuniões e um auditório para 50 pessoas, que poderá ser utilizada pelas agências no atendimento a clientes. Em paralelo, a unidade de Santos (SP) contou com reformulações na equipe de funcionários para melhorar o setor de atendimento. Para além da fronteira, a Agaxtur mudou de endereço em Buenos Aires e agora pode receber um número maior de funcionários e agentes de viagens. Após um período em que se cogitou uma negociação da Agaxtur com outras empresas no mercado (e saídas de investidores e sócios, como Magda Nassar), Leone Filho se limitou a dizer que “tudo segue na mesma linha de sempre”.
OTIMISMO
Ao contrário de especulações negativas, Aldo Leone Filho prevê 2018 como o ano de “recuperação total” para o mercado de Turismo e as expectativas são as melhores. “Em 2017 tivemos crescimento geral de franquias, vendas via agentes de viagens, voos, novos navios no País e a volta, com toda força, do produto Estados Unidos. O Brasil é um país de altos e baixos. Já tivemos os baixos e agora é hora de retomar os altos.” O presidente da Agaxtur prefere
não definir tendências de destinos e defende a tese de que o mercado se adapta às diferentes realidades. “Considero o hábito de viajar como algo variável. A principal aposta pode ser tanto um fim de semana no Nordeste como um pacote de 30 dias na Europa, porque cada cenário depende do perfil do consumidor.” “Somos 207 milhões de habitantes e uma grande parcela dessa população tem o hábito de viajar, mas está se segurando há dois anos. Quando todo esse pessoal voltar, será um boom para todas as empresas”, finaliza o executivo. p
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Flashes C o n v e n ç ã o A ga x t u r e 6 4 a n o s d a o p e ra d o ra
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Parte da diretoria da Agaxtur: Débora Izzo, Aldo Leone Filho, Maria Rosa, Andrea Leone, Carlos Braga, Marcelo Leone e Milton Higutsi 2 Mariana Rossi, Thays Ancev, Tiago Suzart, Carolina Almeida e Juliana Polito (Agaxtur) 3 Sidnei Silva (Agaxtur), Francisco Raposo (Air France-KLM), Evanildo Fernandes (Agaxtur), Claudia Marinaro (TAP), Christiane Momose (British Airlines/ Iberia) e Marques (Agaxtur) 4 Lana Santos (Gol), Milton Higutsi e Mariza Rosa (Agaxtur) 5 Márcio Vaes de Oliveira, Marco Antônio da Silva Borges, Catia Patrícia de Freitas, Eric Rezende Siviero e Carlito Lopez 6 Marcos Bianchi, Lilian Souza, Larissa Moura e Everson Santos (R11 Travel) 7 Luciano e Andrea Leone Bastos (Agaxtur) 8 Gabriela Campos, Melina Leme e Silvana Oliveira (Agaxtur) 9 Isadora e Igor Silvestre (Agaxtur)
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Edição 18 – 01 de novembro de 2017
w w w. a l a g e v. o r g
Parte integrante do Jornal PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
> Beatrice Teizen e Karina Cedeño
Tempo de negociações O FINAL DO ANO ESTÁ AÍ E CHEGA O MOMENTO DE SOLTAR AS REQUEST FOR PROPOSAL (RFPS) PARA O MERCADO, TENDO EM VISTA AS NEGOCIAÇÕES PARA O PRÓXIMO ANO. MAS EM MEIO A ESSE CENÁRIO, MUITAS EMPRESAS AINDA FICAM NA DÚVIDA SOBRE O MELHOR MODELO A SER ADOTADO PARA NEGOCIAÇÃO E COMPRA DE HOSPEDAGEM. Vale contar com o apoio de uma agência ou ferramentas de busca e integração? E como conduzir este processo? Diante das tarifas de oportunidade dos hotéis, que variam de acordo com a ocupação, como ficam os acordos de negociação das empresas? Antes de responder a todas estas perguntas, é preciso enxergar o programa de RFP como um projeto estratégico, e terceirizar esse serviço é cada vez mais necessário, de acordo com o diretor de Vendas da HRS para América Latina e vice-presidente da Alagev, Eduardo Murad. “Contratar uma empresa especializada pode ajudar o gestor a profissionalizar o programa de viagens e minimizar custos diretos e indiretos. Apenas 38% das empresas fazem o outsourcing do seu programa de hotéis, e podem estar perdendo grandes potenciais de economia”, relata Murad. Mas terceirizar, segundo ele, não é somente contratar uma ferramenta eletrônica. “Antes de qualquer ação é necessário analisar gastos realizados com hotéis e identificar os principais destinos e meios de hospedagem, bem como as diárias médias, evolução de preços dos mercados (destinos), além de rever a política de viagens, os canais de compra e definir a estratégia para o seu programa. Redução de custos, otimização, controle, entre outros, são fundamentais. Com essas informações, define-se a estratégia e segue a negociação. Aí entra a ferramenta, para dar ao gestor uma melhor visibilidade das ofertas que são submetidas pelos hotéis, e as decisões (aceitar, negar ou renegociar) são tomadas”,
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A head de Procurement da Accor Hotels na América do Sul, Gabriella Spinola
O diretor de Vendas da HRS para América Latina, Eduardo Murad
explica o especialista. O comprador de Viagens Globais da BRF, Daniel Iacomini, há dois anos conduzia as negociações in house. Na ocasião, a empresa era responsável por todo o processo global de hotel em São Paulo. Recentemente, fizeram via HRS, o que, na opinião de Iacomini, foi muito positivo, pois a companhia de soluções hoteleiras possui áreas estabelecidas, com funções claras que ajudam na hora de fazer a busca. Outra vantagem de se fazer com uma empresa especializada é o apoio nos contatos com os hotéis, follow ups e informações das propriedades que são apresentados de forma organizada, ajudando a otimizar o tempo. Atualmente, a tecnologia é uma grande aliada no processo de negociação e compra de hospedagem. Seja para auxiliar na busca e ou no momento de fazer a reserva. “No sourcing, uma ferramenta que auxilie no procedimento de cotação e consolidação da informação é um grande facilitador”, afirma. Por outro lado, o comprador da BRF conta que a aproximação com os principais fornecedores e propriedades, em um momento mais avançado do processo, tende a ser um diferencial. “Esse relacionamento, além da
negociação do valor, auxilia nos ajustes extras que envolvem a hospedagem, como early check in ou late check out, um cardápio de alimentação diferenciado e transfer, por exemplo.“ CARREGAMENTO DE TARIFA É importante destacar que o processo não termina ao se encerrarem as negociações, já que uma parte crítica dele é o carregamento das tarifas. “Poucos clientes percebem, mas podem não estar pagando o que foi negociado. Uma pesquisa realizada pela HRS junto à GBTA mostrou que existe uma taxa de erro de carregamento de 22%, o que implica em um incremento de preço médio de 14% nas tarifas. O mesmo estudo mostrou que em 13% os “amenities” como café da manhã apresentam erros. Dessa forma, é preciso ter o controle e as ferramentas para que seja realizada a auditoria e posteriormente a correção dessas tarifas,
recursos que geralmente os travel managers não possuem em suas empresas”, destaca Iacomini. Ele explica que tratar o programa de hotéis como sempre foi tratado pode gerar o risco de aumento de preços, uma vez que muitos programas não alcançam e não analisam o conteúdo inteiro de um mercado – geralmente com foco apenas em redes – e não levando em consideração hotéis alternativos como opção. “Na América Latina cerca de 91% do total de hotéis são independentes ou pertencem a redes locais, mas analisando os portfólios de clientes identificamos que esses mesmos hotéis representam apenas 25% do portfólio de hotéis das empresas”, compara Murad. TARIFA DE OPORTUNIDADE Já no que se refere às tarifas de oportunidade, é necessário fazer um estudo aprofundado nesse processo de RFP, avaliando o
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que é mais viável para cada empresa de acordo com seu perfil de compra e volume. “As tarifas negociadas garantem um preço estável por um período (geralmente um ano), porém, é necessário avaliar qual é o valor de diária média pago com tarifas fixas versus a diária média das tarifas flutuantes, e tomar a decisão. Com tarifas fixas, os gestores de viagens conseguem assegurar o mesmo preço durante todo o período contratado e mostram comprometimento com a rede hoteleira. “Em cidades que você tem alto volume, este tipo de taxa é uma vantagem. Onde não há volume expressivo, o desconto sobre a BAR (best rate available) é uma modalidade que pode suprir a necessidade da empresa, já que, assim, evitamos encontrar preços mais baixos do que os negociados”, explica Iacomini. LRA VS. NON LRA Existem, ainda, alguns mitos que devem ser quebrados. Por exemplo: muitos gestores solicitam tarifas Last Room Availability (LRA), ou seja, a tarifa negociada garantida até a última unidade habitacional disponível naquela categoria, e desconhecem que uma tarifa LRA é mais alta que uma NON LRA (nas mesmas condições de negociação). Esse tipo de análise quase não é feita por falta de recursos e as companhias acabam pagando mais caro quando poderiam aproveitar as tarifas de um provedor como a HRS, por exemplo. “Pela natureza do nosso negócio, com público predominantemente offshore e trocas de turma diárias em seis localidades, focamos em negociações diretas com as empresas hoteleiras. Temos uma listagem de hotéis preferenciais com apenas 30 estabelecimentos no Estado do Rio de Janeiro e em Vitória, todos com condições especiais para suprir a nossa demanda”, explica a coordenadora de Viagens da Subsea 7, Andrea Luzes, que fez o processo internamente. Para Andrea, este modelo é muito benéfico, pois a cada negociação estreitam ainda mais os laços de parceria. Ela conta que, em sua percepção, com o intuito de manter os acordos comerciais em longo prazo, os hotéis aprimoram cada vez mais o serviço prestado. “Dessa forma, ele acaba fidelizando e proporcionando uma experiência mais agradável aos nossos colaboradores.“ Assim como Iacomini, ela acredita que cada empresa deve achar a melhor maneira de fazer os acordos hoteleiros. “Nosso método não se aplicaria a uma companhia que possui demanda esporádica de hotéis em numerosas cidades no Brasil e no Exterior, por exemplo.” As negociações dependerão do público alvo, categorias, localidades e frequência da utilização dos hotéis, sempre em conformidade com a política de viagens da corporação.
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REDES HOTELEIRAS E já que as negociações são uma via de mão dupla, quais diferenciais as redes hoteleiras têm oferecido nesse processo? No caso da Accor Hotels, por exemplo, uma das vantagens oferecidas é a escala, além de parcerias de médio e longo prazos, que proporcionam aos fornecedores programação, controle e garantias. “Os processos e negociações são realizados por meio de RFP/RFQ, o que demonstra transparência e rastreabilidade para ambas as partes. Negociar em escala, com especificações definidas, é um grande diferencial para o mercado fornecedor”, explica a head de Procurement da Accor Hotels na América do Sul, Gabriella Spinola. “Em nossos processos exigimos dos fornecedores homologados o alinhamento com as nossas diretrizes de sustentabilidade. Além disso, o grupo tem como diferencial a análise de taxa de dependência do fornecedor à Accor Hotels, resguardando o parceiro de qualquer impacto financeiro significativo em sua empresa, em caso de ruptura contratual.” A rede hoteleira busca parcerias sólidas e lineares para garantir o melhor Total Cost of Ownership (TCO) em cada negociação. “Com isso, as parcerias estratégicas se solidificam ainda mais, trazendo, além da sustentabilidade na prestação dos serviços, a abertura para revisão de escopo e especificações”, finaliza Gabriella.p
A coordenadora de Viagens da Subsea 7, Andrea Luzes
O comprador de Viagens Globais da BRF, Daniel Iacomini
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corporativo
www.pancorp.com.br
Agências de viagens
> Rodrigo Vieira
Tristar Turismo:
30 anos de reinvenção PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, TECNOLOGIA E ESMERO COM A GESTÃO FINANCEIRA ESTÃO ENTRE OS ITENS USUALMENTE
mencionados por empreendedores do Turismo ao justificar o sucesso nos negócios. O que muitos ditam quase como um clichê, porém, é tratado bem a sério, quase como um mantra, na Tristar Turismo, agência corporativa paulistana que celebra 30 anos de existência em 2017. Pequena em comparação com seus concorrentes, sobram o atendimento artesanal e a meticulosidade administrativa para fazer frente a grandes corporações globais atuantes em seu ramo. A Tristar se reinventa de maneira que é até difícil categorizar seu modelo de negócios. Agência corporativa, operadora ou formatadora de eventos? As três coisas. Osni Ribeiro Pires gerenciou algumas das principais agências da Bradesco Turismo durante uma década. Atuava no Rio de Janeiro quando o banco optou por extinguir o segmento. De volta a São Paulo, em 1987, emprestou uma “salinha corporativa” no escritório de seu irmão. Com o networking que já tinha dos tempos de Bradesco, começou a prospecção dos negócios ao lado de sua esposa, “batendo de porta em porta”, como o próprio empresário diz. O pequeno espaço emprestado no centro evoluiu para 185 metros quadrados na avenida Paulista, o atual escritório da Tristar, cujas paredes carregam, entre outros “troféus”, o primeiro bilhete emitido, em 27 de agosto de 1987. “Foi uma passagem São Paulo-Manaus”, conta, orgulhoso, Osni Pires. “Emiti com a ajuda do meu amigo Washigton Preti, hoje conhecido pela Trend, pois na época eu já tinha clientes, mas não tinha crédito. Aliás, eu não tinha quase nada. Comecei do zero, apenas com expertise e networking. Ao mesmo tempo que era dono da
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Osni Pires e Fernando Margoni, diretores da Tristar Turismo
agência, era office boy. Minha esposa emitia o bilhete à mão para eu entregar de moto, mostrando ao cliente que ele era especial pelo fato do dono da agência estar entregando pessoalmente”, relembra, aos risos, o empresário. Com aproximadamente 40 funcionários e mais de 200 clientes regulares, a Tristar está próxima de quase dobrar seu espaço físico para um escritório vizinho de 308 metros quadrados. Poucas agências corporativas conseguiram segurar a crise dos dois últimos anos sem demissões e sequer alcançaram crescimento neste período tão turbulento para o País. “Em 2016 crescemos 11,3% versus 2015. Víamos que estávamos no caminho certo, apesar das dificuldades. A meta atual é fechar 2017 com 7% sobre o ano anterior, e chegaremos lá. Estamos estudando a expansão de forma consistente, e não aventureira. Queremos contratar, e nosso espaço físico está saturado”, conta o diretor.
EVENTOS
Muito dessa resiliência da Tristar existe por conta da pluralidade da companhia, e um ilustrativo disto é o fato de estar associada tanto à Abracorp quanto à Braztoa. Em 1998, Fernando Margoni procurou Pires para fazer negócios. Sua operadora de eventos internacionais, América do Sul, estava sendo vendida, mas o também ex-Bradesco Turismo tinha interesse em continuar no trade. “Consegui manter os acordos com os fornecedores internacionais em todos os continentes e trazer grande parte do meu time da América do Sul Operadora para a Tristar”, recorda Margoni, o segundo dos diretores Tristar. Desde então, o guarda-chuva da empresa passou a abrigar mais um departamento, e hoje a operações de eventos internacionais é uma de suas principais fontes de receita. Grandes multinacionais que utilizam de renomadas TMCs preferem dar à Tristar
a confiança de planejar ou emitir grandes grupos para eventos internacionais. “Somos agência oficial de alguns departamentos da Nestlé há mais de uma década. Agora mesmo estamos embarcando aproximadamente 200 executivos da empresa a uma viagem de incentivo em El Calafate, na Patagônia argentina.” Todos os continentes já receberam viajantes Tristar, eles garantem, incluindo operações de alto volume a destinos como China, Israel e outros. Atuar nesses três nichos é um dos fatores que dá saúde financeira à agência de 30 anos. Além do entrosamento entre os departamentos, há a vantagem de cooperação entre as unidades quando o momento, por algum motivo, é desfavorável. “Há uma sinergia total entre os departamentos”, confirma Pires. “A relação com o comercial é muito enraizada na Tristar. Estão todos extremamente afinados com o cliente que já atua conosco.” A multiplicidade em seu exercício foi
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Atibaia (SP) recebeu a Tristar para as comemorações dos 30 anos de empresa. Funcionários levaram familiares para uma festa completa, com direito a samba, churrasco, show de humor, palestra motivacional e balada
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"O Fator Gente Boa" foi o tema da palestra ministrada por João Noronha em Atibaia (SP)
dos. Justamente por isso damos atenção ao executivo que realmente utiliza o produto”, compara o diretor.
ISO 9001
O humorista Rodrigo Capella arrancou risadas da plateia durante o evento
apenas uma das adaptações pela qual a agência foi submetida nessas três décadas. De 1987 para cá, é claro, o mundo mudou muito, mas em termos de mercado, poucos setores foram tão impactados quanto o Turismo. O papel de intermediário entre prestador de serviço e consumidor final foi o que mais sofreu, haja vista as quebras e os fechamentos registrados principalmente no último biênio. “Os tempos são outros, e temos de lidar com isso. O mercado exige mudança constante e atendemos sempre essas demandas, até por conta da fraqueza de nossa atividade. Nenhuma outra indústria viu o elo distribuidor tão afetado como o agente de viagens foi. Nos setores de seguro e imobiliário, por exemplo, raramente se identifica um fornecedor que venda direto”, justifica Margoni. “Isso agravou uma competição que já era dura entre os agentes. Agora, quem não agregar valor à venda com uma prestação de serviço de alto nível está fora.”
ta no portfólio Tristar, como self booking, gestão de despesas, prestação de contas, reembolso, entre outras. Já a satisfação do consumidor, ele pondera, está acima da média. “Nosso preço, em comparação com o mercado, é bem justo, embora muitos utilizem de fees que deturpam o setor corporativo. Em via de regra, nossa satisfação é medida pelo viajante, e não pelo gestor. Temos uma consultoria afiada para saber o que o usuário final pensa de nossas plataformas e prestação de serviço. Não há acordo nenhum com diretoria das empresas. Somos absolutamente transparentes. Há muita TMC e agência corporativa que é motivo de chacota entre os viajantes, que quase nunca são ouvi-
E a satisfação do cliente Tristar não é mais uma daquelas pesquisas compradas ou deturpadas pela própria empresa. “Hoje 100% dos nossos viajantes dizem que indicariam a Tristar a um colega, e isso é medido por auditoria externa”, assegura Pires. Isso também fica comprovado nas paredes da agência, onde está pendurado o certificado Iso 9001, norma de padronização para garantir certos requisitos de um produto ou serviço. Por meio deste conhecido selo internacional, uma empresa aplica processos padrões para o seu sistema de gestão e qualidade. “Esse certificado nos deu outra visão para dimensionarmos nosso negócio, algo que tem sido bastante salutar, pois requer da empresa muito engajamento. Ficamos um ano treinando os colaboradores para garantir a certificação, e fazemos parte do pacto global em função do Iso. Uma de nossas políticas é a melhoria contínua de processos e serviços, o que é uma grande responsabilidade, e o processo Iso 9001 nos auxiliou muito nessas diretrizes”, ilustra Osni Pires. “Creio que no Turismo brasileiro são
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Gerente Adm. Financeiro/RH: Marcos Castelani Gerente comercial: Rodrigo Ribeiro Pires Supervisora de Congressos e Eventos: Juliana Mandatti Supervisora do Corporativo: Regiane Andrade Supervisor de Feiras e Operações Internacionais: Hilario Padovan Jr.
pouquíssimas as empresas com tal nomeação.” Para Margoni, o futuro é este. “Seguiremos investindo em tecnologia, treinamento de pessoal e, fundamentalmente, não descuidaremos de nossa gestão financeira em nem um minuto. Isso nos deu o certificado, e não à toa. Com uma crise sobrepondo a outra, a tendência é diminuição no número de agências no Brasil, algumas absorvidas pelo mercado, outras que quebrarão sem dar conta de brigar em um ambiente tão competitivo.”
COMEMORAÇÃO
TECNOLOGIA
E na visão da Tristar, investimento em tecnologia aliado a treinamento de equipe é requisito básico para encarar tal concorrência. Osni Pires garante que toda plataforma digital oferecida pelas TMCs cons-
Diretoria Tristar: Osni Ribeiro Pires e Fernando Conrado Margoni
Alguns integrantes do departamento comercial: O gerente Rodrigo Pires com Vitor Sayeg, Sandra Abe, Wilson Inaba, Juliana Mandatti (Eventos) e Rafael Geigner
Em outubro, Atibaia (SP) recebeu a família Tristar para celebrar as três décadas da empresa. Em clima de muita alegria, os participantes tiveram direito a churrasco, música, show de humor, palestra motivacional, atividades interativas e, claro, caíram na dança na noite de sábado. “Foi um evento muito bacana e cheio de conteúdo. Para nós é muita satisfação ver a equipe Tristar celebrar os 30 anos desta maneira”, festejou Pires. p
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> Artur Luiz Andrade — Atlanta (Estados Unidos)
Fotos: Divulgação Delta
Aviação
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Nova era com o A350
O CARTÃO DE VISITAS DA DELTA AIR LINES NOS SERVIÇOS INTERNACIONAIS PASSA A SER O AIRBUS 350, APRESENTADO À
imprensa mundial no mês passado, em Atlanta, sede da companhia. O novo avião, do qual a empresa encomendou 25 unidades, que chegam até 2020, fará inicialmente voos para a Ásia e a Europa, a partir de Detroit, um dos hubs da companhia americana e que tem três ligações semanais com o Brasil. Anunciado como o novo padrão da Delta no mundo, o A350 inaugura duas novas classes de serviço: a Delta One Suite, cabine que dá mais privacidade, conforto e mimos ao passageiro da classe executiva Delta One; e a Delta Premium Select, a evolução da Comfort + para os voos internacionais, com serviço diferenciado e atendimento que lembra as executivas anteriores. Na econômica também houve avanços, com poltrona mais confortável e ajustes para o pescoço, além de tomadas em todos os assentos. Além dessas novidades, a Delta anunciou lançamentos que estarão disponíveis em todos os voos inter-
nacionais da empresa e que fazem parte de um pacote de serviços baseados na demanda do passageiro, incluindo mensagens gratuitas nos voos (com aplicativos como Whatsapp), introdução de prosecco no serviço de bordo, possibilidade de escolher a refeição a partir de seis dias antes do voo (para a classe executiva) e o auto-check in, feito pela companhia proativamente e enviado para o e-mail ou smartphone do passageiro. O lançamento do A350 da Delta contou com a presença do CEO da empresa, Ed Bastian, que falou sobre esse e outros temas, como investimentos em companhias ao redor do mundo, como a Gol, Aeromexico e Air France-KLM, as encomendas das aeronaves C-Series da Bombardier, o acordo da fabricante canadense com a Airbus, e as tendências da aviação nos Estados Unidos e no mundo. Confira alguns trechos da entrevista coletiva concedida por Bastian:
INVESTIMENTOS
A Delta Air Lines vai fechar 2017 com um investimento total de US$
Ed Bastian, CEO da Delta
4 bilhões de dinheiro próprio (ou seja, nada de empréstimos) em produtos e infraestrutura, um valor que, segundo Ed Bastian, há algum tempo atrás era reservado para um período de cinco anos. Um dos pon-
tos altos da companhia é o investimento em terminais de aeroportoschave, como Atlanta, La Guardia, em Nova York, Los Angeles e Salt Lake City. “Não esperamos o governo, nós investimentos em nossos > Continua na pág. 16
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< Continuação da pág. 14
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POR DENTRO DO A350 AS DUAS NOVAS CLASSES DE SERVIÇO DA DELTA AIR LINES ESTARÃO DISPONÍVEIS DE IMEDIATO NA NOVA AERONAVE A350 E A PARTIR DE 2018 NOS 18 BOEING 777 DE SUA FROTA. OS A350 SERÃO USADOS EM ROTAS PARA A ÁSIA (COMEÇANDO POR DETROIT-TÓQUIO NARITA, EM OUTUBRO, E SE ESTENDENDO DEPOIS PARA AS ROTAS DE SEUL E XANgai, também a partir de Detroit, além de Amsterdã, no verão do próximo ano). O novo avião substituirá o 747, que sairá da frota, e o 777 em algumas ligações, por ser mais eficiente (pode fazer Nova York-Londres-Nova York, sem reabastecer) e econômico. O custo por assento será 20% menor no A350 em relação ao 747 e ao 777. Sua configuração é de 32 assentos na Delta One Suite, 48 na Delta Premium Select e 226 na econômica, totalizando 306 passageiros. Não há planos de usar o A350 ou introduzir as novas cabines para rotas da América Latina, por serem destinos de menor distância e pelo fato de terem produtos trocados recentemente, como a cabine Delta One, que oferece novos assentos, 100% reclináveis, nos cinco voos do Brasil, por exemplo. Segundo o vice-presidente sênior de Operações da companhia, o COO Gil West, o A350 é o novo modelo para a frota internacional de longo curso da Delta (o que ele chamou de avião flagship). A classe executiva Delta One, com 32 assentos no A350, ganhou porta para privacidade do passageiro (e ainda divisória entre as duas cabines do meio do corredor, que pode ser aberta se os passageiros forem conhecidos e quiserem conversar), iluminação customizada, assentos mais largos, monitor de 18 polegadas, estofado com memória de posições preferenciais, tomada universal e muito espaço para guardar itens como laptop e sapatos. Outros destaques que já estão presentes na Delta One, inclusive nos A330 e 767 que operam no Brasil, foram mantidos: prioridade de embarque Sky Priority, fone da LSTN, com bloqueador de ruídos externos, nécessaire da Tumi, poltronas totalmente flat beds (reclinam como uma cama) e disposição 1-2-1, com acesso ao corredor de todos os assentos. O menu de todas as classes foi remodelado, com a presença de chefs como consultores em Atlanta, Nova York e Los Angeles, e trabalho com chefs locais em diversas partes do globo. Sabores regionais e produtores locais são priorizados, assim como mais opções de refeição em todas as classes, incluindo os snacks, que mudam a cada seis meses.
Delta One Suite
Delta Premium Select
Nova classe econômica
produtos de aeroportos”, disse o CEO da Delta. Os projetos em andamento incluem US$ 3,5 bilhões na reformulação de La Guardia, e US$ 2 bilhões em Los Angeles, dobrando o tamanho da companhia na costa oeste americana. “Também investimos US$ 6 bilhões em Atlanta nos últimos anos e continuamos investindo, como os US$ 400 milhões para a reforma do terminal T”, explicou Bastian. O Terminal T de Atlanta, aliás, é palco do projeto piloto dos novos portões de embarque da Delta, incluindo tecnologia para recolhimento de dados biométricos do passageiro na hora de entrar na aeronave, agilizando o processo. Em 2018 a Delta receberá 80 novas aeronaves, incluindo alguns A350, que totalizam 25 pedidos, até 2020. Bastian informou que a Delta contratará 25 mil novos funcionários nos próximos cinco anos. “Estamos
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nos preparando para a próxima geração (de clientes).”
BOMBARDIER
Ed Bastian confirmou que a Delta vai sim comprar as aeronaves C-Series da Bombardier e viu com bons olhos a parceria da empresa canadense com a Airbus. E disse ainda que não pagaria mais pelo avião, caso ele venha a ser taxado pelos Estados Unidos, em uma guerra iniciada pela Boeing contra a Bombardier. O acordo com a Airbus, no entanto, faria com que as novas aeronaves fossem montadas nos Estados Unidos, com mais de 50% de seu conteúdo originado no país. Muito mais que outros modelos usados nos Estados Unidos.
PARCERIAS
Nos últimos cinco anos a Delta investiu US$ 2 bilhões em empresas parceiras, como Air France-KLM,
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DELTA PREMIUM SELECT
É a evolução da Comfort +, que continua existindo nas demais aeronaves. Além de menu diferenciado da econômica e amenidades Tumi, oferece mais reclinação, encosto para o pescoço e os pés, travesseiro e cobertor diferenciados, prioridade de embarque Sky Priority, drinque de boas-vindas antes da decolagem, fones de ouvido LSTN e TV de 13 polegadas. A tarifa está entre a da econômica (na casa dos US$ 1,2 mil) e os cerca de US$ 6 mil da Delta One Suite, em uma estimativa na rota Atlanta-Seul. Na econômica normal do A350, a Delta incluiu novo estofado, encosto de pescoço com seis posições, estofado com memória de posição, telas individuais de 11 polegadas, tomadas em todos os assentos, máscara e protetor de ouvido, e bebidas alcoólicas gratuitas, além de novo menu.
INTERNET
A internet do A350 é de tecnologia 2Ku, com velocidade equivalente à usada em terra, e é cobrada em pacotes diversos, mas para enviar mensagens a empresa passou a oferecer o serviço como cortesia, incluindo Whatsapp. Além dessas novidades a Delta Air Lines aproveitou para lançar outros serviços, com foco na experiência do cliente: Escolha antecipada da refeição para os passageiros da Delta One. Começando por Nova York, no final do ano, e ampliando a implementação até o fim de 2018. Os passageiros dessa classe poderão escolher o prato principal e outros itens seis dias antes do embarque.
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O auto-check in também foi lançado para voos domésticos. É um check-in automático. O passageiro recebe em seu smartphone ou e-mail seu cartão de embarque 24 horas antes do voo. Precisa apenas concordar com os itens de segurança e checar suas informações. Ou seja, a companhia é proativa e não espera o passageiro fazer o check-in, agilizando o processo. A Delta também anunciou a ampliação do uso de biometria para os processos de check-in e embarque, com projeto piloto iniciado no Aeroporto Reagan, de Washington DC, e no Terminal T, em Atlanta. 84% dos passageiros da empresa pedem mais utilização desse tipo de tecnologia, para acelerar os processos da calçada do aeroporto até o portão de embarque. Novos uniformes dos comissários e demais funcionários, desenhados pelo estilista Zac Posen. Serão implementados a partir de maio de 2018. As cores lilás e roxo ameixa predominam a bordo e há detalhes de acessórios que vão desde luvas e bolsas para as mulheres até óculos de sol para os homens. Os novos uniformes foram desenhados de acordo com demandas dos funcionários e atendem a diversos padrões físicos, dos esbeltos aos mais cheinhos.
Novo uniforme das colaboradoras é desenhado pelo estilista Zac Posen
Embarque com dados biométricos já está disponivel em alguns portões de Washington e Atlanta
Delta One Suite
Gol, Aeromexico e Virgin Atlantic, companhias onde detém participação acionária. Ele reafirmou sua parceria de longo prazo com a Gol, mas descartou novos investimentos imediatos. “A Gol e a Delta têm malhas complementares no Brasil e a parceria está funcionando muito bem. Não dependemos da aprovação do acordo de Céus Abertos (entre Brasil e Estados Unidos) para evoluirmos essa parceria, mas é claro que ter Open Skies entre os dois países é algo bom”, afirmou. Ed Bastian também descartou qualquer interesse em investir na Alitalia. “Não queremos ser oportunistas na Europa. Temos parceiros fortes na região, a Air France-KLM e a Virgin Atlantic. Não há chance em investirmos na Alitalia”. Bastian comentou que 20% da receita da Delta vem da Europa e que o trabalho de reestruturação feito pela Air France-KLM deixou a empresa
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europeia em uma posição bastante estável, na qual se pode investir com segurança. “Por isso investimos na compra de 10% do grupo, o que nos deixa mais alinhados e sela nosso acordo para a vida”. A Korean Air também ganhou comentários do CEO, já que a parceria com a companhia sul-coreana é a chave para um novo período de expansão na Ásia. “Precisamos de um hub para crescer na Ásia, já que Tóquio Narita já está limitado, e com a parceria com a Korean daremos acesso a nossos passageiros a mais de 80 destinos, com um ótimo produto”.
COMUNIDADE
A Delta destina 1% de seus ganhos para investimentos nas comunidades onde tem operações. Mas este ano o valor investido nesses projetos ultrapassou esse percentual,
por causa dos desastres naturais nos Estados Unidos e no México. Mesmo com esses problemas de causa natural, ressaltou Bastian, a Delta manteve seus índices de pontualidade e regularidade, os melhores da indústria.
RENOVAÇÃO DA FROTA
A Delta Air Lines será alvo de uma das maiores concorrências entre Boeing e Airbus nos próximos meses, devido à decisão que a companhia terá de tomar para a renovação de sua frota doméstica. No páreo, o 737 Max e a série Neo da Airbus. A empresa já anunciou que irá aposentar os MD-80 até 2020 e substituirá os Airbus 319 e 320 e o 757 por novas aeronaves. No caso do A350 ele disse que os dois fatores que fizeram a Delta escolher o produto em detrimento do
787 Dreamliner, da Boeing, foram o tempo de entrega e o preço.
NOVAS CLASSES
As novas classes lançadas pela companhia no A350 são investimentos para que o público internacional veja na Delta a melhor opção para voar em longa distância. “Temos de ter certeza que nosso produto internacional compete de igual para igual com empresas como Singapore, Qantas e British Airways, e nossas parceiras nos ajudaram bastante ao desenharmos as novas classes. Na Premium Select, por exemplo, aprendemos muito com nossos parceiros asiáticos, e teremos uma diferenciação de produtos e serviços que esse público quer”. p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Delta Air Lines, com proteção GTA
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Eventos
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> Rafael Faustino — João Pessoa
JPA e Nordeste a todo vapor
O trio de diretores do Festival JPA: Bruno e Breno Miranda (nas pontas) e Claudio Junior
EM UMA ÉPOCA EM QUE SE DISCUTE A EFICÁCIA DAS FEIRAS DO TURISMO, E ATÉ MESMO SUA VIABILIDADE NO FU-
turo, o Nordeste tem um evento em rota de crescimento: em sua sétima edição, o Festival do Turismo JPA bateu seus próprios recordes e confirmou o bom momento da região, que vive uma fase de intensa expansão de rotas aéreas internacionais. Foram mais de três mil profissionais do Turismo no Centro de Convenções da capital paraibana nos dias 20 e 21 de outubro, incluindo 1.222 agentes de viagens de 25 Estados que puderam, além de estreitar contatos com fornecedores nacionais e internacionais, escolher entre um total de 94 capacitações para qualificar sua atuação. Nada mau para uma feira que começou com 200 participantes, lá em 2011, quando já havia diversos eventos do gênero já consolidados no Turismo, como lembrou um dos diretores do JPA, Claudio Junior, na cerimônia de abertura. "No ano passado, já no final da feira, aconteceu de uma pessoa chegar e dizer: 'o evento não cresce além disso, o
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Nordeste não tem tanto potencial’. E, daquele para este ano, o nosso faturamento cresceu 30%. Ou seja: temos muito que melhorar, sim, mas temos grandes parceiros e condições de crescer ainda mais. Por isso buscamos qualificar cada vez mais o conteúdo da feira", ressaltou. A estratégia adotada para ter um evento de sucesso em 2017 envolveu a parceria com grandes operadoras, que levaram caravanas de agentes de diversos Estados: Trend (250 agentes) e FRT (145), por exemplo, foram responsáveis por quase um terço do total, e tiveram corredores próprios com fornecedores parceiros no “circuito” do JPA, contando também com suas próprias salas de treinamento. "Para os agentes de regiões mais distantes do Nordeste, é uma chance de fazê-los conhecer o destino João Pessoa e motivar mais vendas para cá, além de colocá-los em contato com fornecedores diversos. E, para os que já atuam na região, é uma busca por consolidação dos negócios”, ressalta a diretora da FRT, Danielle Meirelles. A operadora paranaense levou profissionais das re-
giões Sul, Sudeste e Nordeste, além de alguns vizinhos do Paraguai. Já a Trend concentrou a ação em suas bases regionais do Nordeste. O formato do evento, que troca os amplos pavilhões de feiras como Abav Expo e WTM Latin America por corredores mais estreitos com entrada e saída determinadas, faz com que os profissionais tenham necessariamente de passar por todos os expositores. E foi um atrativo, segundo os organizadores, para reunir maior presença internacional. A quantidade de expositores estrangeiros cresceu 20% neste ano. “A área da Argentina tinha apenas nove metros quadrados no ano passado, e em 2017 chegou a 112”, lembra Claudio Junior.
NORDESTE EM ALTA
A centralidade geográfica de João Pessoa no Nordeste, que facilita a chegada de visitantes dos vários Estados na parte leste da região, também é citada como facilitadora. E mostra o papel que a capital paraibana pode ter no bom momento
do mercado nordestino, que, com diversas rotas internacionais anunciadas em Recife (Rosário, Córdoba e Fort Lauderdale, da Azul, Madri, da Air Europa, Bogotá, da Avianca, e Munique, da Condor), Fortaleza (Amsterdã e Paris, por Air France-KLM), Salvador (Bogotá, da Avianca, e Buenos Aires, da Latam) e Aracaju (Buenos Aires, da Gol) recentemente, e o consequente aumento de conexões nacionais, deve não só ser mais procurado como destino, mas também crescer como polo emissor de turistas. “Já temos informações de que parte relevante dos passageiros de novos voos no Recife vêm da Paraíba. João Pessoa passa por um bom momento e pode ser uma importante emissora desses voos, além de receber turistas que cheguem pelas capitais vizinhas”, lembra o diretor. Segundo ele, contribui para isso também o apoio de entidades do trade, como a ABIH local, e também de outros âmbitos da economia, como Sebrae e Fecomércio – além do governo local. “Essa cooperação entre a iniciativa privada e o governo colocou o Estado em um
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estágio em que nunca esteve. Temos ações com operadoras, recebemos famturs, e ganhamos uma promoção maior com apoio do Estado”, comemora. A união foi nítida na abertura, que contou com representantes de todas as partes citadas e ainda com o ministro interino do Turismo, Alberto Alves. E os benefícios para a cidade foram exemplificados com a assinatura, durante a feira, de um convênio internacional envolvendo João Pessoa e o destino argentino de Ushuaia, que farão um intercâmbio cultural e esportivo. "Ushuaia é a 'cidade do fim do mundo', a mais ao sul de todo o planeta, enquanto João Pessoa tem o ponto mais a leste do continente [a Ponta do Seixas]. Isso inspirou nosso acordo, que vai fazer com que mais pessoas conheçam esses extremos", disse a responsável por Assuntos Internacionais da Secretaria de Turismo de Ushuaia, Cristiane Cavalli.
MELHORAR AINDA MAIS
Apesar da avaliação positiva, a organização sabe que ainda há pontos a melhorar. Para Claudio Junior, eles se resumem principalmente à
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Formato de corredores em “circuito” aproxima agentes de expositores no JPA
geração de negócios e, neste contexto, o sistema de agendamento prévio de reuniões é bem visto para o futuro. “Devemos disponibilizar no site possibilidade de pré-agendamento de reuniões entre agentes e fornecedores, e fazer desses encontros uma exigência aos agentes que vêm ao JPA”, explica. A preocupação é com a constante
qualificação do público que vai ao evento. Por isso, também será repensado o horário do segundo dia (a edição de 2018, já confirmada para 19 e 20 de outubro, também será encerrada em um sábado), que, com início às 15h, teve menor movimentação. “Queremos a feira cada vez mais focada em ne-
gócios”, diz Junior. Também por isso, levar “as maiores agências do Nordeste” será priorizado para o ano que vem, segundo ele, assim como criar uma logística melhor para os agentes dos Estados mais distantes no Nordeste, Piauí e Maranhão. p
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite do Festival JPA
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1 Peter Weber, da Skyteam Consolidadora, em coquetel que precedeu o JPA 2 Enrique Martín-Ambrosio, diretor da Air Europa para o Brasil, e Paula Monasque, da PANROTAS 3 Ministro interino Alberto Alves fez pronunciamento no início do evento 4 Matt Teixeira, da patrocinadora do JPA Best Western Hotels & Resorts, também se pronunciou na abertura do evento 5 Presentes na cerimônia de abertura: Breno Mesquita, do Festival JPA, Marconi Medeiros, presidente da Fecomercio-PB, Alberto Alves, ministro interino do Turismo, Luis Alberto Amorim, diretor técnico do Sebrae-PB, Lindolfo Pires, secretário de desenvolvimento econômico da Paraíba, Fernando Milanez, secretário de Turismo de João Pessoa, Claudio Junior, do Festival JPA, Matt Teixeira, da Best Western Hotels & Resorts, Ruth Avelino, da PBTur, Bruno Mesquita, do Festival JPA, e Ferdinando Lucena, do Convention Bureau de João Pessoa 6 Mariana Garcia, da Expedia Taap 7 Fabiana Tavares, Claudia Brito, Carlos Silva e Maria Goretti, da April 8 Juliana Baraldi e Carolina Vilas Boas, do Visit California 9 Breno Dorneles, Christiano Lapis, e Bruno Lyra, da Gol 10 Até Fiona e Shrek marcaram presença no JPA. Com eles, Rafaela Marques, Katia Leaes, Daniel Jardineiro e Luana Pereira, do Beto Carrero World 11 Jessica Oliveira, do Kennedy Space Center, e André Almeida, do Visit Orlando 12 Marcelo Kaiser, da Aviareps, Bruno Mesquita, do Festival JPA, e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS 13 Rosangela Medina, Cristiane Jayme, Marcus Campos e Rebeca Ferreira, da Trend Operadora 14 Juan Cherañuk, secretário de Turismo de Ushuaia, cumprimenta o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, após assinatura de convênio entre as duas cidades 15 Marcus Abrantes, do Hotel Manaíra e organizador do Fórum de Gestão de Viagens Corporativas, que ocorreu dentro do JPA, e Ferdinando Lucena, do Centro de Convenções de João Pessoa e do CVB local 16 Ricardo Rodrigues, da Lusanova Operadora 17 Tatiane Castro, Viviane Amadei, Daniel Felix e Shamara, da Best Western Hotels & Resorts 18 Marcus Juste, da Delta Air Lines, e Felipe Dias, da Air France-KLM
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Eventos
Homem de ações O SKAL CLUB DE SÃO PAULO, PRESIDIDO POR ARISTIDES DE LA PLATA CURY, HOM E NAGEOU, COMO PERSONALIDADE DE
Aristides de la Plata Cury com Edmar Bull, Celeste Andrade e Edmar Mendoza
2017, o presidente da Abav Nacional e da Copastur, Edmar Bull. Diversos amigos estiveram na homenagem a Bull, além de sua mulher, Celeste Andrade, e seu filho, Edmar Mendoza, e também skalegas associados, e ressaltaram o lado altruísta e colaborativo do presidente da Copastur. Bull está no Turismo desde 1973, já passou pelas empresas Transeuropa, Promotur e Expansão Maringá, até comprar a Copastur em 1982. Presidiu o Favecc, a Abracorp e a Abav São Paulo, tem cargos em diversas entidades, como o SPCVB, é síndico do seu prédio e, mais importante, curte bastante os cinco netos. Nos últimos dois anos comandou a Abav Nacional e por causa de um acordo comercial que fechará com uma empresa internacional, não tentará a reeleição. O assunto, aliás, dominou as conversas da noite, até porque a diretoria da entidade estava em São Paulo para dois dias de reunião, tendo como temas a mudança de estatuto e a sucessão de Bull. O presidente da Abav-AL, Carlos Palmeira, aparece como primeiro pré-candidato, já com o aval de diversos caciques do Turismo. Mas os candidatos têm até o dia 15 de novembro para inscreverem sua chapa. Edmar Bull descascou vários abacaxis deixados por seus antecessores, implementou 90 projetos e deixa o cargo com o "dever cumprido". p
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SurFACE Rodrigo Vaz, Fábio Mader e Paula Rorato, do departamento de Produtos Internacionais da CVC, em divulgação dos fretados a Punta Cana
Mais fretados
Com o aproximar da temporada de verão, a CVC retoma sua estratégia clássica de voos fretados no Brasil e no Exterior. Um desses serviços é Punta Cana, que após operações bem-sucedidas em 2015 e 2016, está de volta de 10 de dezembro deste ano a fevereiro. Serão 170 assentos por semana dedicados à operadora. Outro destino que ganhará serviço exclusivo é a Costa do Cacau, composta pelas cidades de Ilhéus, Itacaré, Una e Canavieiras, na Bahia. Serão seis saídas, sempre aos sábados, entre 16 de dezembro e 20 de janeiro, ligando São Paulo (CGH) a Ilhéus.
Verônica Oczust, Vera Moreira, Alberto Macama e Juliana Endler, equipe da Taag no Brasil
Nova frequência
A Taag - Linhas Aéreas de Angola, sente a retomada do mercado brasileiro de tal maneira que iniciou uma nova frequência em nosso País. A partir de 5 de novembro, a companhia inicia o quinto voo semanal na rota Luanda-São PauloRio de Janeiro, operado aos domingos por um B777-200ER ou B777-300. Agora, a Taag voa ao Brasil às segundas, terças, quintas e sábados. É com serviço que a aérea angolana concorre com as companhias aéreas africanas que operam no Brasil, como South African Airways e Ethiopian. “Estamos entre as dez melhores companhias do nosso continente. Nossa classe econômica é bem acima da média, tanto que tem pouca diferença para as classes superiores, Business Class e First Class. Somado à posição privilegiada de Luanda como um hub na África, esperamos atrair alianças internacionais em breve”, afirma o líder da Taag para o mercado brasileiro, Alberto Macama.
Hotéis GJP com novos gerentes
O Sheraton Salvador e o Prodigy Santos Dumont, hotéis que carregam a bandeira GJP, têm novos gerentes. No empreendimento soteropolitano quem assume é Carlos Henrique Dutra, enquanto na unidade fluminense, o contratado é Márcio Delgado. Dutra tem quase 30 anos de hotelaria, e em seu currículo constam Rede Tropical de Hotéis, Hotéis Othon, Atlântica Hotels e mais recentemente no WZ Hotel Jardins, em São Paulo (SP). Poderá ser contatado pelo e-mail gerencia@sheratondabahia. com e pelo telefone (71) 3021-6700. Delgado tem 26 anos de setor e é ex-Club Med, Transamerica Comandatuba, Pestana Rio Vermelho, Accor, Windsor, entre outros. Seu contato: gerencia@ prodigysantosdumont.com.br e pelo telefone (21) 3478-4100.
Ponto a ponto
Após anos longe do Transamerica Hospitality Group, onde iniciou sua carreira, Rinaldo Fagá volta ao grupo hoteleiro, desta vez na função de diretor administrativo financeiro.
Wi-fi a bordo
Agora é a vez da Latam Airlines Brasil anunciar wi-fi a bordo. A aérea promete internet em seus voos a partir do primeiro trimestre de 2018. A intenção é que o serviço seja instalado gradualmente em todas as rotas domésticas e em voos do Brasil para a América Latina até junho de 2019, informou a empresa, sem dar previsão sobre voos internacionais para outras regiões. O presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, assinala que a tecnologia é o que existe de mais “moderno” e “inovador” no mercado. “Com a integração da conexão à internet ao Latam Entertainment, nosso sistema de entretenimento de bordo, o passageiro terá toda a liberdade para escolher como quer aproveitar sua viagem em nossos aviões”, afirmou.
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Jujuy, na Argentina, terá, pela primeira vez, um voo direto para São Paulo. A Aerolíneas testará a rota via fretados em janeiro de 2018, e a intenção é regularizar a frequência. A venda da Alitalia foi postergada para abril de 2018 pelo governo italiano. A companhia já tem sete propostas oficiais de compra, as mais palpáveis vindas de Lufthansa e Easyjet. O presidente e CEO do grupo Hilton, Chris Nassetta, substituirá Gerald Lawless na presidência do World Travel & Tourism (WTTC) a partir de abril Rui Pimenta retorna ao STB - Student Travel Bureau como novo diretor de Vendas. A empresa tem 65 lojas no Brasil e pretende chegar a 90 em 2018.
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corporativo
www.pancorp.com.br
Promessa ao Mice de Salvador
Salvador terá centro de convenções de 100 mil metros quadrados em 2019. Pelo menos é o que anunciou a prefeitura, que revelou a necessidade de investimento na casa dos R$ 123 milhões para a obra, dos quais R$ 93 milhões na construção e o restante em equipamentos. O novo espaço será operado pela iniciativa privada, em concessão de 20 anos após licitação que deve ocorrer ainda este ano. A intenção é que, após o resultado do processo, a construção seja iniciada em abril de 2018 e o equipamento passe a funcionar no início de 2019. A localização do novo centro de convenções, muito esperado desde o desabamento de parte do equipamento atual, será onde funcionava o antigo aeroclube, na Armação. De acordo com o prefeito da capital baiana, ACM Neto, a situação está “bem encaminhada”. Da área total de 100 mil metros quadrados, 78 mil serão de área construída, que comportará até 14 mil pessoas em eventos. O projeto conta também com oito auditórios de mil metros quadrados, 16 salões de 400 metros e 30 salas de reuniões.
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Travelport e Reserve
A Solid Corporate Travel, de Luis e Solange Vabo, fechou acordo com o Travelport. O negócio inclui novas versões de produtos do GDS, como o Universal API e o Reset, produto desenvolvido em parceria com o Reserve. O novo contrato já entrou em vigor e os consultores da agência têm sido treinados constantemente, comandados pelo gerente de novos negócios da Travelport no Rio de Janeiro, Ricardo Viola. “O Universal API nos conquistou. O poder e a flexibilidade do Travelport, operando de forma integrada ao Reserve, foi determinante para a nossa escolha”, concluiu o diretor executivo da Solid, Wilson Marcos.
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