Jornal PANROTAS 1.297

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R$ 11,00 - Ano 25 - nº 1.297

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29 de novembro a 05 de dezembro de 2017

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300 HOTÉIS Accor Hotels chega a marca histórica de unidades, com 47 mil quartos no Brasil e 56,3 mil na América do Sul. Recorde de 51 empreedimentos agregados a seu portfólio no País em 2017 deve-se em parte ao milionário acordo com a BHG, iniciado na semana passada

Patrick Mendes, CEO Accor Hotels América do Sul

> Páginas 10 e 11

NOVA FASE, VELHO MUNDO MMTGapnet comemora bons resultados de 2017 com seus 60 maiores vendedores (todos agentes de viagens), durante Megafam para Portugal, um dos destinos que mais crescem na operadora do Grupo Flytour

> Páginas 12 a 15

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02 Editorial

29 de novembro a 05 de dezembro de 2017 JORNAL PANROTAS

> Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

Bye, bye, Canadá

Acompanha o suplemento especial Descubra The Palm Beaches

No ano em que facilita a entrada de brasileiros (com o visto eletrônico para quem já tinha visto anteriormente, mesmo o americano), e quando as viagens internacionais voltam a crescer, o Turismo do Canadá anuncia que não terá mais representante no Brasil. Decisão que deve ter sido cogitada em 2015, tomada em 2016 e anunciada em 2017, e que deve estar deixando americanos e europeus mais felizes e aliviados. Na hora da retomada, destinos que se promovem, que estão presentes ao lado dos parceiros que vendem viagens, e até do público final, são os que mais se beneficiam. Talvez a decisão seja por investir em mercados maiores. Afinal, enquanto mais de dois milhões de brasileiros escolhem os Estados Unidos e toda a sua diversidade de produtos para férias, intercâmbio, escapadas e outros tipos de viagem, o Canadá, mesmo crescendo ano a ano, ainda está na casa dos 100 mil brasileiros. Claro, melhor investir na China, na Europa.

Talvez o Canadá nunca tenha visto o real potencial do viajante brasileiro. Talvez seja mesmo quase um destino de nicho para o nosso turista. Com poucos voos diretos, é um país ainda a ser descoberto. E se a opção é por voar via Estados Unidos, a tentação de ficar mais em terras americanas é bem maior, porque a promoção é intensa, quase brutal. Toda semana temos eventos no Brasil falando de Estados Unidos, visitas de delegações de órgãos de Turismo e empresas, novidades de parques temáticos e atrações, mídia espontânea para as cidades ícones dos EUA e tudo o que oferecem aos brasileiros e demais turistas. Sem falar no cinema, na música, nos astros que compartilham nas redes sociais o quanto é fantástico visitar os Estados Unidos, mesmo com todos os problemas do destino. O lado positivo se sobrepõe a eles. Até a exigência de visto é tirada de letra. O sonho de consumo do viajante brasileiro passa pelos Estados

Unidos. Já ao Canadá, que vinha em uma ascendente consistente, com público qualificado, faltava um salto que talvez o destino não queira e nem tenha a oferecer. Sim, já tivemos ônibus brasileiro da Soletur pelo Canadá, há interesse por algumas paisagens únicas, mas ainda é muito pouco. Com a saída do órgão do Brasil, o Canadá fica mais distante do sonho de viagens do brasileiro. Mas a estratégia do destino, ainda não revelada, pode sim incluir o Brasil, de outras formas, em outras plataformas, e a facilidade do visto eletrônico é um apelo que vai continuar. Ainda há muito a descobrir sobre o Canadá, sobre essa decisão de sair do Brasil e sobre a estranha relação entre brasileiros e o destino. Os operadores parceiros ainda tentam entender essa despedida. Chegamos tão perto, quase na fronteira, mas não exploramos este vasto território. Por que será?

Check-IN

AVIAÇÃO

ACUMULA ALTA Outubro foi o oitavo mês consecutivo em que as quatro principais companhias aéreas do Brasil apresentaram alta na demanda por viagens domésticas, dado que colabora para um cenário mais positivo no acumulado do ano depois de um árduo 2016. Confira:

7,92% de crescimento na demanda por voos domésticos em outubro de 2017 versus outubro de 2016

7,8 milhões de viagens no mês, alta de 8% - cerca de 580 mil passageiros a mais no período comparativo

2,66% de alta na oferta de assentos em outubro quarto mês consecutivo de crescimento 83,40% de load factor – recorde histórico para o mês outubro na aviação doméstica

ACUMULADO DO ANO 3% de alta na demanda

SHARE OUTUBRO

Latam: 33,46%

74,2 milhões de passageiros – crescimento de 2,31%

Azul: 16,82%

1,31% na oferta

Avianca Brasil: 13,62%

81,29% load factor

Gol: 36,10%

Fonte: Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

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03 S

UE Q A T DES

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MEDIA PARTNER

DO PORTAL

PANROTAS De 16/11 a 22/11

1 México: 4 praias reclusas que 10 Avianca Argentina vai utilizar merecem a visita – em 17/11

sistema da Amadeus – em 16/11

2 Neeleman compra 32%

11 Brasil busca captar parques

3 CVC vai vender ingressos e

12 Accor assume hoje 21 hotéis da

da segunda maior aérea francesa – em 16/11 pacotes para Copa da Rússia – em 16/11

4 Conheça os maiores

vendedores de MMTGapnet em 2017 – em 18/11

5 Alitalia anuncia 4 voos

adicionais na rota São PauloRoma – em 21/11

temáticos internacionais – em 16/11

BHG; conheça – em 21/11

13 Mesmo no positivo, Turismo do

Canadá deixa o Brasil – em 21/11

14 EUA restringem viagens a Cuba, e Alaska cancela voos – em 16/11

PARCERIA ESTRATÉGICA

ASSOCIAÇÕES

15 “Mercado aéreo EUA-Cuba irá acabar”, diz especialista – em 17/11

6 Luiz Ambar deixa Sabre após

20 anos; entenda – em 17/11

7 Veja os promovidos e

contratados da semana no Turismo – em 17/11

8 Lisboa pode ter aeroporto

vizinho para dividir demanda – em 16/11

9 Como a Universal quer acabar com as filas nos parques – em 16/11

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br)

EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Maíra Bocci (maira@panrotas.com.br) Assistente de Marketing: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Assistentes Comercial: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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04 Hotelaria

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> Por Carla Lencastre, especial para o Jornal PANROTAS — San José Del Cabo (México)

One&Only Palmilla PRIMEIRO É O CONTRASTE. QUANDO OS TONS OCRE DE AREIAS E MONTANHAS DO DESERTO DA BAJA CALIFORNIA EN-

contram o azul profundo do Mar de Cortez, as cores saltam aos olhos. Depois, nota-se o branco das construções em estilo colonial espanhol em meio ao verde de jardins bem cuidados. Em seguida, os detalhes começam a prevalecer. E no One & Only Palmilla, um dos resorts mais exclusivos de Los Cabos, no extremo sul da península mexicana, o que não falta é detalhe. Cada um

mais impressionantes é a Villa One. Erguida em uma colina, tem salas de estar e jantar com janelas de vidro de alto a baixo, cinema, quatro quartos (cada um mais bonito do que o outro) e terraço com piscina e vista para mar, em 1,3 mil metros quadrados. Mesmo para quem não se hospeda na nova villa, o bom gosto e o conforto estão garantidos. Sempre com vista para o mar, todos os quartos são grandes (com no mínimo 52 metros quadrados), com área de estar, banheiro com ducha

mais gostoso do que o outro. Com sol na maioria dos dias, dá para aproveitar Los Cabos o ano inteiro. Mas a melhor época começa agora, quando o outono já vai se aproximando do inverno no Hemisfério Norte. Faz calor, mas os dias são menos quentes e úmidos e não há mais risco de furacão. Devastado pelo Odile, em 2014, o hotel foi inteiramente renovado e reabriu há dois anos. Desde então, novidades surgem aqui e ali. Tão luxuoso quanto cobiçado, Palmilla está tinindo de novo. Uma das adições

e banheira, closet e um adorável pátio ou varanda com mesa, cadeiras, espreguiçadeiras. À noite, o quarto estará sutilmente perfumado com aroma escolhido mais cedo em um menu entre quatro opções. No dia seguinte, o café na varanda vendo o dia amanhecer em lindos tons de amarelo e rosa é um dos melhores programas do resort. Às vezes passa um barco, um iate, às vezes um pássaro. A gastronomia é um dos pontos altos de um hotel que não tem (pontos) baixos. Para o café da manhã, além do servido Créditos: divulgação One&Only Palmilla

One&Only Palmilla, em Los Cabos, é um dos resorts de mais alto luxo do México

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Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Piscina da Villa One, espaço que é fruto da renovação do One&Only Palmilla após passagem do furacão Odile, em 2014. A área é uma das mais cobiçadas do resort

Estilo clássico marca áreas sociais do empreendimento

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no quarto, há o restaurante Agua by Larbi, comandado há mais de dez anos pelo chef Larbi Dahrouch, marroquino formado na França, e o Brezee. Ambos ficam de frente para mar e para piscinas de borda infinita, sendo que a área do Breeze é

somente para adultos. Nos cardápios convivem pratos clássicos internacionais, como eggs benedict, e clássicos mexicanos, como huevos rancheros. Os dois restaurantes também abrem para almoço. Na hora do jantar, não deixe escapar

a chance de aproveitar uma das grifes da alta gastronomia mundial, o estrelado chef Jean-Georges Vongeritchen, que assina, entre muitos outros, o menu do restaurante com seu nome no paulistano Palácio Tangará. Em Palmilla, Jean-Geor-

ges serve pratos tradicionais de sua cozinha na casa de carnes e frutos do mar Seared. Ele também orientou a elaboração do cardápio do Suviche, restaurante de sushis e ceviches comandado pelo chef japonês Yoshiaki Akaike. O hotel tem ainda um serviço de bar na praia. Também é possível organizar uma refeição para dois, ou para dez, na areia. Para um drinque antes ou depois do

jantar, há dois bares, o Agua e o One & Only Lounge, este ao lado dos restaurantes Suviche e Seared. A lista de drinques é caprichada e inclui margaritas com gengibre ou pimenta serrano que deixam saudades e uma versão local de negroni, feita com mezcal e Aperol. Para quem não dispensa a carta de vinhos, há exemplares mexicanos e outros rótulos de países com regiões vinícolas mais tradicionais.

Em comum, todos os bares e restaurantes têm uma decoração contemporânea com toques mexicanos.

NO MAR

Além de bar, cabanas e espreguiçadeiras, o resort oferece equipamento para prática de esportes aquáticos, como snorkeling e stand up paddle Em Palmilla fica uma das poucas praias de Los Cabos onde dá para

Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Resort tem arquitetura charmosa e foi reformado após passagem de furacão três anos atrás

Detalhes prevalecem por todos os lados da propriedade

entrar e nadar no mar. O snorkeling já fica bom a apenas algumas braçadas da areia, em uma água de temperatura agradável. A praia é de tombo; alguns passos e já não dá mais pé. Mas dá muito peixe, dos mais variados tipos e tamanhos. Os corais perto da costa são monocromáticos, mas a variedade de peixes compensa e permite ter uma ideia da rica vida marinha da região que fascinou o oceanógrafo Jac> Continua na pág. 06

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Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Restaurante Seared tem assinatura do renomado chef Jean Georges Vongeritchen, o mesmo do Palácio Tangará

Além de bar, cabanas e espreguiçadeiras, o resort oferece equipamento para prática de esportes aquáticos, como snorkeling e stand up paddle

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< Continuação da pág. 05 Créditos: divulgação One&Only Palmilla

ques Cousteau. Depois de uma visita na década de 1970, Cousteau batizou Los Cabos de Aquário do Mundo. Entre as experiências oferecidas pelo One & Only Palmilla está a navegação em um confortável iate até El Arco, onde o Mar de Cortez, mais quente, encontra as águas frias do Oceano Pacífico. O passeio é belíssimo, um dos mais bonitos da Baja California Sur. É possível parar para nadar com ou sem snorkel. Mas aí não há mais exclusividade. As águas são disputadas por dezenas de embarcações de variados tamanhos. Há outros roteiros à disposição, alguns mais longos. De dezembro a março, o programa imperdível é a observação das baleias jubarte que chegam do Alasca para passar o inverno no México.

EM TERRA

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Piscina exterior do spa Créditos: divulgação One&Only Palmilla

Outro passeio que se pode fazer fora do hotel é visitar a cidade histórica de San Jose del Cabo, repleta de bares, restaurantes, lojas e galerias de arte em seus prédios baixos de arquitetura colonial. O centro histórico está em obras que devem terminar até o fim do ano, quando começa a altíssima temporada local. Palmilla não é lugar para quem procura agitação. Mas, para quem fizer questão, o resort está a apenas 40 minutos de Cabo San Lucas, bem mais animada do que a pacata San José del Cabo. No resort, entre as atividades oferecidas, há degustações de tequila e demonstrações de culinária mexicana. Um dos hotéis mais caros do México, o One & Only Palmilla é famoso por seu serviço. Justificadamente. Funcionários gentilíssimos cumprimentam os hóspedes com a mão no coração, os chamam pelo nome, antecipam desejos e necessidades e estão a postos para ajudar sempre com um sorriso. Cada grupo de quartos tem um mordomo. A eles é possível solicitar uma banheira preparada para o banho, passar a roupa que será usada à noite, comprar um remédio ou item de maquiagem esquecido em casa, pedido de um canapé ou um drinque, etc. Para descansar de tantas gentilezas, não perca a oportunidade de passar algumas horas no premiado spa. Todos os hóspedes podem aproveitar o fitness center e as saunas seca e a vapor. Há aulas diárias de alongamento e ioga. Mas bom mesmo é se mimar um pouco mais e agendar uma massagem com produtos da grife britânica Espa. Para esta temporada, há uma novidade: o temazcal, ritual ancestral que começou a ser praticado este mês em uma nova área construída especialmente para isso. Palmilla oferece ainda um salão de beleza feminino e uma barbearia. O salão agora tem a marca Obo e os produtos Roil, da colorista Amanda George, conhecida por cuidar dos cabelos de famosos em Los Angeles.

LUXO EM

EXPANSÃO PARTE DO GRUPO KERZNER, O PALMILLA É A ÚNICA PROPRIEDADE DA REDE NAS AMÉRICAS, JÁ QUE AGORA O OCEAN CLUB, NAS BAHAMAS, PASSARÁ A SER ADMINISTRADO PELO

Bem-estar está cada vez mais ligado às viagens de luxo, e One&Only Palmillas oferece, entre outras atividades, aulas de alongamento e ioga

A CIDADE

San José del Cabo, onde fica o aeroporto internacional da região de Los Cabos, está a duas horas e meia de voo de Los Angeles. O One & Only é um dos mais privativos resorts da região. Logo, não surpreende a lista de celebridades americanas entre os hóspedes mais frequentes. John Travolta, por exemplo, comemorou seu aniversário de 50 anos com uma festa em Palmilla, em 2005. A atriz Jennifer Aniston também já fez aniversário no resort. Ela é hóspede frequente e ocupa sempre a mesma villa, a Cortez,

em um trecho de praia isolado, com quatro quartos em quase mil metros quadrados e uma piscina de borda infinita debruçada sobre a areia. Outros famosos são mais discretos. Se preferirem ser chamados de sr. e sra. Smith, assim será, por mais que sejam reconhecidos. A privacidade é outro ponto alto do resort desde a década de 1950, quando ainda era a casa de praia de don Abelardo Rodriguez, filho de um presidente mexicano e amigo de estrelas de Hollywood, como Lucille Ball. A igrejinha local foi erguida nesta época. Don Abelardo a construiu para que

Four Seasons. A rede está em expansão rumo à Europa e anunciou este mês um resort na Grécia, na ilha de Kéa, nas Cíclades. Ainda não há data prevista para a inauguração. Será o segundo hotel na Europa, depois de Montenegro. Pelo menos outras cinco aberturas estão previstas para os próximos anos: duas em Ruanda, duas no México (na costa do Oceano Pacífico) e uma no Bahrein. Atualmente, além do One & Only Palmilla, há outros seis resorts: dois em Dubai, um na África do Sul, um nas Ilhas Maurício, um nas Maldivas e um na Austrália.

fosse frequentada por seus funcionários. Hoje, totalmente restaurada, é cenário de casamentos de ricos e famosos. Na época, Palmilla tinha 15 quartos. Cerca de 20 anos depois, o número chegou a 50. Outra grande expansão veio na década de 1990, quando o resort alcançou 115 quartos. O One&Only assumiu a propriedade em 2004, depois de uma reforma milionária e novas expansões. Hoje são 173 suítes no penhasco banhado pelo Mar de Cortez.p

--- O Jornal PANROTAS viajou a convite do One&Only Palmilla e com proteção Intermac

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08 Destinos

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> Renê Castro e Victor Fernandes

Decisão polêmica

HÁ OITO ANOS COLHENDO RESULTADOS POSITIVOS NO MERCADO BRASILEIRO, O GOVERNO CANADENSE, POR MEIO

do Destination Canada, órgão de promoção turística, decidiu retirar a representação do Brasil, até então sob a gestão da Vertebratta, de Sheila Nassar. Não se trata de uma troca de empresa, e sim da interrupção do investimento do Canadá no País. A decisão, de fato, surpreende, se considerada a performance do país junto ao viajante brasileiro. Nas últimas pesquisas reveladas pelo próprio Destination Canada, o Brasil vive crescimento de 18,7% de janeiro a novembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Em setembro, por exemplo, o Brasil alcançou o melhor resultado da série histórica para o mês, com o envio de 14,2 mil brasileiros (+22%). A diretora da Vertebratta não entrou em detalhes sobre os motivos que levaram o destino a abandonar o Brasil, revelando apenas o discurso padrão do órgão para o tema: “decisão estratégica”. Perguntada sobre o impacto da decisão do destino para o mercado brasileiro, Sheila ainda não se arrisca com previsões, mas acredita que os resultados devem se manter positivos até 2019. “Construímos uma base muito forte. Todos os operadores,

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por exemplo, já possuem a brochura da temporada 2018/2019. Da nossa parte, deixamos a conta no melhor cenário possível, com oito anos de resultados positivos e exposição espontânea de milhões de dólares em grandes mídias”, considerou. O diretor da Personal Brasil, Pedro Falcón, especialista em roteiros no Canadá, mostrou-se incrédulo com a medida do Destination Canada. “Essa saída chega em um momento totalmente inoportuno, com um mercado aquecido, devido ao visto eletrônico que será disponibilizado aos canadenses para entrarem no Brasil”, afirmou. O empresário acredita que o efeito da retirada dos investimentos será visível entre o final de 2018 e o começo de 2019. “Mesmo com a queda, não deixaremos de investir nesse destino, que é o nosso principal”, garantiu, antes de reiterar que a decisão é “lamentável” e demonstra, segundo ele, falta de conhecimento do Turismo canadense sobre o momento vivido pela indústria. Quem deve tirar o pé do acelerador é a Interpoint, de Frederico Levy, que trabalha com o Canadá desde a fundação da operadora, há 31 anos. “É muito ruim [a decisão de sair do Brasil] porque para nós, como um mercado independente, é importante ter gente que acredita no trabalho e trabalha conosco. Continuaremos mandando passageiros, mas com

Frederico Levy, da Interpoint, trabalha com Canadá há mais de três décadas

menos divulgação, o Canadá será prejudicado e receberá menos visitantes brasileiros”, decreta. Já Luca Souza, da Abreutur, afirma que a operadora vai seguir o trabalho ainda que com a ausência do Destination Canada, mesmo sabendo que “muito do retorno que tivemos de Canadá nesses últimos anos é resultado do projeto que vinha sido executado”.

VIA RAIL

A Vertebratta, por outro lado, informa que não vai deixar trabalhar com o Canadá, já que possui contrato de representação com a Via Rail. A ideia de Sheila Nassar é juntar forças com o Consulado do Canadá no Brasil e divulgar as províncias atendidas pela estatal de trens. “Estamos com resultados muito bons para Via Rail, com crescimento, até o momento, de 57% em relação a 2016”, finalizou Sheila Nassar.

Sheila Nassar, da Vertebratta, deixa a representação do Canadá no Brasil

AIR CANADA

Com uma operação diária entre São Paulo e Toronto, a Air Canada dava sinais de entusiasmo com o Brasil, ao acrescentar, em 2015, três voos semanais a partir do Rio de Janeiro. Em outubro do ano passado, porém, a companhia cancelou a rota e decidiu manter apenas a operação em Guarulhos, para o desânimo do mercado fluminense, que acabara de viver a euforia da Olimpíada – e a expectativa de mais negócios com o destino após o megaevento. A partir de maio do ano que vem, quem acabará recebendo uma conexão direta com Toronto será Buenos Aires, na Argentina, oferecida com um Boeing 787-9 Dreamliner. Os portenhos agora curtem o fim da escala que era realizada em Santiago, no Chile, para visitarem o destino três vezes por semana, a partir de Ezeiza. p

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ESPAÇO ABRACORP 09

VAMOS ÀS SOLUÇÕES, NÃO AOS PROBLEMAS

Durante a 4ª Strategy Conference, organizada pela HSMai, em 8 de novembro, um dos debates que tratava da distribuição hoteleira abordou temas relevantes ao dia a dia da cadeia de viagens corporativas e de eventos. Naturalmente, temas como tecnologia e gestão permearam todo o debate. No encontro, foi divulgada pesquisa recente feita pela HSMai em evento que envolveu os gestores de viagens, meses atrás, em Belo Horizonte. Alguns pontos do debate e dessa pesquisa nos chamam à reflexão. Quando se perguntou qual o programa de viagens mais desafiador para o gestor, nessa pesquisa, eis que TMC dominou as opções, com mais de 44% dos votos. Pois bem: vale considerar que o cerne da questão não reside propriamente na TMC, mas no objetivo para o qual uma TMC deve ser contratada por uma empresa. O universo de viagens é um dos ambientes mais desafiadores que existem. O foco de uma TMC é propor uma gestão e operacionalização dos processos de viagem ao cliente e a otimização dos recursos da empresa, com vistas, claro, à economia. Mais que isso, gerir o dinheiro desse cliente em propostas de serviços mais efetivas. E nesse caso não nos referimos tão somente à economia financeira, mas ao tempo e à segurança das pessoas, cada vez mais valiosos. Acrescente também a tão discutida experiência do viajante, que se aglutina sob o guarda-chuva de uma política de viagens. Nesse ponto, um dos papéis da TMC é apoiar o cliente na elaboração dessa política. Entretanto, como tornar a gestão possível se insistimos em comparar o ambiente corporativo com aquele do varejo, onde critérios como segurança e políticas de viagens podem ser colocados para segundo plano em busca do preço mais baixo? Viagens são, em regra, uma das principais contas na planilha de custos das organizações. Logo, deveriam ser tratadas como tema da maior relevância. Insistimos, durante o debate, em uma palavra muito usada no Brasil atual: compliance. O conceito de compliance traz junto

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a transparência como referência. E no ambiente corporativo de viagens há uma percepção que os contratos são mero documento de proposta de compromisso. As viagens, dado ao seu alto investimento, deveriam ter uma relação mais assertiva de médio e longo prazos. Porém, o mercado insiste em colocar em um mesmo balaio de gatos, políticas de viagens com programa de fidelidade do viajante, preços de atacado com o varejo. Promoções relâmpago e propostas baseadas unicamente em preço, em oportunidades pontuais, tornam-se referência de negociação, engavetando compromissos de contrato. Outro ponto para reflexão: a maioria dos gestores de viagens considera, nessa pesquisa, que o grande desafio está na administração de ferramentas, como OBT e integradores. De novo, nos deparamos com um dos papéis mais importantes e críticos de uma TMC: evitar que o ambiente tecnológico que suportará a gestão de viagens seja um Frankstein. Quanto mais amplas as expectativas

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Gervasio Tanabe é diretor executivo da Abracorp

Gervásio Tanabe, da Abracorp, Fernão Loureiro, da Philips e GBTA, Marcos Fernando, da B2B Reservas, e Eduardo Murad, da HRS e Alagev, em painel sobre indústria hoteleira para o corporativo

de preço baixo e controle, sobrepondo-se à gestão, mais esse processo será uma complexa teia de aranha, de difícil compreensão para aqueles que não dominam a matéria. A tecnologia exige um ambiente onde existam processos padronizados e robotizáveis. Se falamos tanto em experiência do viajante, a gestão torna-se imprescindível, ainda mais quando tentamos customizar a experiência de viagens de uma empresa, não do viajante. No meio disso tudo está a TMC, contratada para gerir esse balaio de

gatos. E talvez, por isso, o maior desafio de um gestor de viagens resida na sua relação com a TMC. O fato é que essa discussão vem bem ao encontro da proposta da Abracorp, no desenho dos princípios de valor do associado, do cliente e do fornecedor, cujos primeiros passos venham ocorrendo ao longo das últimas semanas. No que se refere aos gestores de viagens, a Abracorp busca no diálogo com suas associações principais, Alagev, GBTA e TMG, a voz do cliente na busca das soluções. E não dos problemas.p

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10 Hotelaria

29 de novembro a 05 de dezembro de 2017 JORNAL PANROTAS

> Artur Luiz Andrade

300 MAIOR REDE HOTELEIRA EM OPERAÇÃO NO BRASIL, A ACCOR HOTELS VAI FECHAR 2017 COM RECORDE DE HOTÉIS (MAIS DE

300 na América do Sul), de aberturas (mais de 30) e com a assinatura de um dos maiores acordos do setor nos últimos anos – a compra, por R$ 200 milhões, dos contratos de administração de 21 hotéis da BHG Hotels (incluindo 17 empreendimentos próprios da BHG). No ano em que celebra 40 anos de operações no Brasil e 50 no mundo, e em um período em que o País ainda se recupera de uma de suas mais graves crises, é um 2017 a ser comemorado. Com 47 mil quartos no Brasil, já contando com os 3,4 mil oriundos da BHG, e 56,3 mil na América do Sul, a Accor Hotels quer mais. Para 2018 já há 35 aberturas asseguradas, em 2019 o Fairmont Rio de Janeiro promete deixar todo o País boquiaberto e a meta para 2020 é chegar a 500 hotéis na região, segundo o CEO regional da rede, Patrick Mendes. Dos 21 hotéis, 17 já têm marcas garantidas: 12 já funcionarão com a nova cara até janeiro e os demais aos poucos, durante 2018 e até entrando em 2029, pois há muitas obras e reformas envolvidas (bancadas pela BHG e estimadas em R$ 300 milhões). Outros quatro hotéis do acordo (os que eram contratos da BHG com a Lebspe Ltda) ainda não têm uma marca Accor definida. O acordo entre a Accor e a BHG atende algumas premissas estratégicas da rede hoteleira francesa, entre elas aumentar a oferta em cidades-chave, como Rio e São Paulo, estar mais presente e representativa em destinos como Belém, Curitiba e Recife, e fugir dos investimentos em hotéis econômicos, uma marca dos últimos anos no grupo. Com o portfólio BHG e suas reformas, a Accor Hotels estreará a marca Pullman no Rio de Janeiro (onde funcionou o Intercontinental Rio e posteriormente o Royal Tulip, na gestão BHG) e as marcas Mama Shelter e MGallery em São Paulo, entre outras novidades. O objetivo, segundo Patrick Mendes, é ocupar bairros e nichos para todo tipo de cliente, especialmente os fiéis à rede Accor, que são 54% do total. “Não queremos que eles tenham questionamentos aos chegarem ao Rio e a São Paulo, por exemplo. Estaremos em todos os bairros, com todas as categorias”, afirmou o CEO.

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Patrick Mendes, CEO da Accor Hotels na América do Sul, almeja 500 hotéis na região até 2020. Atualmente são mais de 300, incluindo o acordo com a BHG

Projeção do Grand Mercure Copacabana. Accor tem 29 unidades no Rio e, com o negócio, ganhará mais cinco, incluindo um em Angra dos Reis. Além do Grand Mercure, Mendes aposta em Novotel, Mercure e Pullman para o Estado

Projeção do Grand Mercure Recife. Capital pernambucana é um dos locais estratégicos que a rede francesa pretende alcançar maior representatividade e presença

RIO E SÃO PAULO

Um dos destaques do acordo é o aumento da presença da rede francesa no Rio de Janeiro e em São Paulo. Somente no Rio, onde a Accor já conta com 29 unidades, são mais cinco, incluindo um em Angra dos Reis. Mendes não está preocupado com o atual momento do destino e aposta na sua recuperação. “Não vou negar a realidade do Rio de Janeiro, mas o destino tem potencial. Queremos oferecer para nossos clientes, tanto no Rio quanto em São Paulo, soluções em quase todos os bairros, para todos os

níveis de hospedagem. A demanda no Rio ainda está muito aquém (do necessário), mas a situação mais crítica já passou. A cidade está com uma hotelaria de alto nível, com boa infraestrutura e apostamos no Rio com nossas novas marcas: Novotel, Mercure, Grand Mercure e Pullman”, explicou.

LAZER

A aquisição dos hotéis BHG também atua para diversificar o portfólio da Accor na área de lazer. E por lazer Patrick Mendes não se refere apenas a resorts com sistema all inclusive. O consumidor de lazer

mudou e a Accor quer mostrar que acompanhou essa mudança. “Lazer não é apenas resort all inclusive, é também escapadas de fim de semana, city breaks, cultura. Não podemos nos limitar. Abrimos negociação com operadoras de lazer e elas já veem essa mudança em nosso portfólio, reforçada com a entrada dos hotéis que eram BHG”, explica Mendes. Quanto aos cerca de três mil funcionários desses 21 hotéis que eram da BHG, a Accor Hotels deve aproveitar a grande maioria, já que eles continuam sendo pagos pela BHG. Mesmo se houver trocas pontuais, o CEO da BHG, Alexandre Solleiro,

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DONA E OPERADORA

NOVA S M A R CA S A ADMINISTRAÇÃO DA ACCOR NOS 21 HOTÉIS QUE PERTENCIAM À BHG COMEÇOU EM NOVEMBRO, MAS A MIGRAÇÃO DE MARCAS SERÁ GRADATIVA. AS 12 PRIMEIRAS UNIDADES COM NOVAS MARCAS SERÃO ENTREGUES ATÉ JANEIRO DE 2018. E AS DEMAIS EM ATÉ 18 MESES, POR CAUSA DAS OBRAS DE ADEQUAÇÃO

às marcas escolhidas pela Accor, como são os casos do MGallery by Sofitel e Mama Shelter, ambos em São Paulo. Confira os novos hotéis da Accor e as marcas previstas, e como se chamavam na BHG:

aPullman RJ São Conrado (ex-Royal Tulip Rio São Conrado) aNovotel RJ Copacabana (ex-Golden Tulip Rio Leme) aGrand Mercure Recife Boa Viagem (ex-Golden Tulip

Recife Palace Boa Viagem) MGallery SP Paulista (ex-Golden Tulip São Paulo Paulista) a aThe Capital São Paulo Itaim (ainda sem marca Accor definida) aMama Shelter SP Downtown (ex-Pergamon São Paulo Frei Caneca) Grand Mercure RJ Copacabana (ex-Golden Tulip a Rio Copacabana) Mercure Angra dos Reis (ex-Golden Tulip Angra dos Reis) a aMercure RJ Copacabana (ex-Tulip Inn Copacabana) aMercure Curitiba Aeroporto (ex-Tulip Inn São José dos Pinhais) Ibis a Styles Curitiba Santa Felicidade (ex-Tulip Inn Santa Felicidade) Ibis a Styles Curitiba Batel (ex-Tulip Inn Batel) aNovotel Salvador Rio Vermelho (ex-Golden Tulip Salvador) aMercure Belém (ex-Golden Tulip Belém) aIbis Styles Belém Nazaré (ex-Tulip Inn Belém Nazaré) aIbis Styles Belém Batista Campos (ex-Tulip Inn Belém Batista Campos) Ibis a Porto Alegre Centro (ex-Tulip Inn Porto Alegre) aIbis Styles Cuiabá (ex-Golden Tulip Cuiabá) aHotel Presidente Uberlândia (ainda sem marca Accor escolhida) Soft a Inn São Luis (ainda sem marca Accor escolhida) aGrand Plaza SP Jardins (ainda sem marca Accor escolhida) acredita que a Accor aproveitará os profissionais trocados em outros hotéis. “Temos uma equipe muito profissional e a Accor fez um excelente trabalho de análise de suas competências”, disse. “Fechamos contratos com duração de mais de 20 anos e a ideia foi adquirir também capacidade e conhecimento.

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A BHG, MAIOR PROPRIETÁRIA DE ATIVOS HOTELEIROS NO BRASIL, COM MAIS DE R$ 1,2 BILHÃO EM PROPRIEDADES, NÃO ESTÁ ABRINDO MÃO DE SEU LADO “OPERADORA de hotéis”. Agora com 16 empreendimentos no portfólio, a BHG vai inaugurar mais seis hotéis em 2018, incluindo um Soft Inn em Maceió. E está negociando aquisições e contratos de administração para continuar crescendo em ambos os negócios. A BHG também anunciou Alexandre Solleiro, que já iniciou o programa de renovação total e CEO da BHG reposicionamento do Marina Palace Leblon, no Rio de Janeiro, com a sua reabertura prevista para o primeiro trimestre de 2021. Solleiro diz ainda que o acordo com a Accor também não impede a sua empresa, como investidora em patrimônios hoteleiros no País, de trabalhar com outras marcas e empresas. JORNAL PANROTAS - O acordo com a Accor Hotels reforça e valoriza o patrimônio da BHG, mas por outro lado tira quantidade do seu portfólio. O que a BHG pretende daqui para frente? ALEXANDRE SOLLEIRO – Quando decidimos por esse negócio com a Accor, estava bem claro que não pararíamos com nossa atuação como operadora de hotéis. Nos próximos 12 meses pelo menos cinco hotéis novos devem ser anunciados, fora o que já está certo, como o Soft Inn de Maceió, que será aberto em janeiro. JP – O investimento de R$ 300 milhões nos hotéis que serão administrados pela Accor tem que objetivos? SOLLEIRO – É a valorização do patrimônio da BHG, hoje estimado em R$ 1,2 bilhão em 25 hotéis, e a criação, em parceria com a Accor, de produtos de ponta na hotelaria. É um momento em que o mercado hoteleiro no Brasil e no Rio estão ainda em crise, é a hora de investir para que, quando essa crise passar, estarmos com os melhores hotéis do mercado. A BHG e a Accor irão tocar essas reformas em conjunto. JP – Como ficam os cerca de três mil funcionários desses 21 hotéis da BHG que passaram para a Accor? SOLLEIRO – Estamos muito contentes do trabalho feito pela Accor com nossos funcionários, analisando todas as equipes. São profissionais extremamente competentes e toda a gente de operações vai ser mantida. Mesmo se houver uma troca pontual de gerentes por conta de adequações às marcas Accor, a rede deve aproveitar esses nomes em outras unidades. Vale destacar que todos os funcionários continuam sendo da BHG.

Vamos manter as pessoas de operação, a BHG fez um ótimo trabalho nesses hotéis”, completou Patrick Mendes. Para o CEO da Accor, essa incorporação dos hotéis BHG e as reformas para melhoria dos produtos irão gerar empregos na indústria. “Como os produtos terão mais qualidade, esse acordo vai gerar empregos,

pois ao agregarmos serviços, que é o caso da maioria dos hotéis, precisamos de mais mão de obra”. A ideia da Accor é chegar a 2020 com todos os 21 hotéis já adequados às novas marcas escolhidas. “Vamos investir em hotéis com design inovador, as reformas serão fora da caixa”, garante ele. No

Recife, o Grand Mercure terá foco em lazer. No Rio, a marca será “disruptiva e digital”. “Esse é o maior acordo da hotelaria brasileira nos últimos anos e a pretensão da Accor e da BHG é criar uma hotelaria moderna, cosmopolita, digital e para todos os tipos de clientes”, finalizou Patrick Mendes. p

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12 Operadoras

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> Henrique Santiago — Portugal

Em terras conhecidas

A Basílica de Fátima é um dos pontos turísticos mais reconhecidos de Portugal

A equipe da MMTGapnet que marcou presença em Portugal

DEPOIS DE EXPLORAR A AMÉRICA DO NORTE E O CARIBE EM CINCO EDIÇÕES DO MEGAFAM MMTGAPNET, A ESCOLHA DE UM

novo destino era apenas uma questão de tempo. A operadora levou seu tradicional evento para Portugal e a escolha não foi à toa, pois suas recentes apostas no país europeu renderam frutos. Enquanto países como França, Espanha e Inglaterra sofrem com fatores externos nos últimos anos, Portugal tem se saído ileso. Esse foi um dos motivos apontados pela MMTGapnet. O preço em conta e a facilidade da língua portuguesa foram outros pontos preponderantes na decisão. E o resultado tem dado certo. O país superou pela primeira vez a França, a “queridinha” do brasileiro, como maior destino europeu em 2017 no ranking da operadora.

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Não coincidentemente, a capital Lisboa desbancou Paris e se tornou a cidade do continente mais visitada pelos clientes da MMTGapnet este ano. Portugal também é responsável por encabeçar um crescimento considerado sem igual pela empresa. No acumulado de janeiro a outubro, a Europa acumula uma alta de 50% em vendas, em comparação aos dez primeiros meses de 2016. A expectativa é de que os dois últimos meses do ano confirmem o mesmo ritmo. Como resposta a esses números, a MMTGapnet levou seus 60 melhores agentes de viagens em vendas para celebrar o ano e se capacitar mais ainda sobre a “terrinha”. A viagem de uma semana percorreu Lisboa, Porto, Fátima e Coimbra, sendo esses dois últimos destinos uma

oportunidade de trabalharem de maneira agregada para oferecer novas opções aos seus passageiros. A capital portuguesa, aliás, era para a MMTGapnet a única realmente bem conhecida do trade brasileiro, diferente das demais cidades. Essa

observação parte do sócio fundador da operadora, Arnaldo Franken. O profissional, que iniciou a empresa há 27 anos, vê potencial em Portugal para manter os números favoráveis nos próximos anos, mas não sem a ajuda do agente de viagens, único ca-

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Arnaldo Franken fundou a MMT nos anos 1990

nal de distribuição de seus produtos. Aliás, a MMTGapnet nunca deixou de atuar exclusivamente no B2B, e Franken se orgulha disso. O sócio da MMT declarou à reportagem que a identidade com o trade ajuda a operadora a manter uma relação amigável com o agente de viagens. Se depender dele, essa fidelização permanecerá por muitos e muitos anos. Mas existe uma possibilidade de alteração no meio do caminho.

O ANO ATÉ ENTÃO

Enquanto trabalha inteiramente voltada ao trade, a MMTGapnet tem presenciado o lado bom e ruim da indústria de viagens. Embora sua atuação não tenha impacto, os desastres naturais e a ação do homem influenciam diretamente a venda de pacotes para destinos em todo o mundo. Um exemplo claro e recente são os Estados Unidos e o Caribe, que sofre-

Hugo Lagares, gerente comercial da MMTGapnet

ram danos com a chegada de furacões como Irma e Harvey. O início do segundo semestre foi marcado negativamente para esses destinos, enquanto a Europa cresce substancialmente. “Tivemos problemas sérios e o crescimento foi pequeno no mercado americano e no Caribe. Tufões, chuvas, tudo aconteceu por lá. Foi realmente um caos. Ficamos sem vender esse mercado por muito tempo. Não só nós como todos operadores sofreram nesse destino”, admitiu Franken. “A Europa vai crescer cada vez mais. O brasileiro está voltando a conhecer o continente e a viajar mais. Em relação aos atentados, não vejo problema nos Estados Unidos ou na Europa. Na semana seguinte já está todo mundo viajando. Os desastres naturais não têm jeito mesmo. Mas o brasileiro já voltou a comprar. Eu mesmo fechei um grupo pelo telefone para Miami”, completou. A expectativa da MMTGapnet é en-

O SUBSTITUTO DE

SYLV IO FER R AZ APÓS TRÊS SEMANAS, A MMTGAPNET NÃO TEM UM SUBSTITUTO PARA SYLVIO FERRAZ. MAS O NOME DO SUBSTITUTO DO DIRETOR EXECUTIVO DEVE

ser anunciado até dezembro deste ano. A operadora do Grupo Flytour mantém o assunto com total sigilo. De acordo com o vice-presidente da holding, Ivo Lins, e atual diretor executivo interino, existe a possibilidade de efetivar um nome de dentro quanto trazer um

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profissional de fora. “Posso dizer que será iniciado um novo ciclo. Vamos dar continuidade ao trabalho. O novo líder deve ser anunciado ainda em 2017, até porque uma empresa como a MMTGapnet não pode ficar sem um diretor efetivo. Mas não temos mais detalhes ainda”, afirmou Lins. Com dois anos de casa, Sylvio Ferraz deixou a MMTGapnet para assumir uma nova função na CVC.

cerrar o ano com um incremento total de 15% em relação a 2016.

MAIS E MAIORES GRUPOS

O departamento de Europa da MMTGapnet é responsável por um aumento de cerca de 50% no acumulado de janeiro a outubro, atrás apenas dos produtos exóticos, que compreendem África, Ásia, Oceania e Oriente Médio. Essa área teve uma performance de alta na casa dos 64% até outubro. Um setor que também tem trazido resultados satisfatórios dentro e fora da matriz é o de Grupos. Sob o comando de James Giacomini, responsável também por Europa e exóticos, as viagens de 30 a 50 pessoas têm caído no gosto do público. Segundo dados da empresa, esse segmento já responde por 14% do market share total de vendas.

FIEL AO AGENTE

Muito da fidelidade da empresa com o agente de viagens está alinhada com a criação de ações específicas para atender a esse público. Uma das cabeças envolvidas nessa empreitada é o gerente comercial Hugo Lagares. O reforço nessa relação foi dado a partir da criação de workshops de destinos, como as Américas do Norte e Sul, Caribe, Europa e Exóticos e Brasil. Esses eventos contam com caravanas de até 500 profissionais de todas as partes do Brasil. Os usuais eventos de relacionamento e viagens contemplam cada vez mais o calendário da MMTGapnet, mas são as ações de venda que

têm se destacado em 2017. Esse incentivo ganhará mais força a partir do próximo ano. Segundo Lagares, o planejamento da operadora é de lançar ao menos uma campanha a cada 45 dias. Atualmente, a empresa tem cadastrado um total de quatro mil agentes, dos quais 900 são ativos. Desse total, uma média de 40% participa das ações promovidas. Mas esse número deve crescer a partir de janeiro próximo, como prevê Arnaldo Franken. O sócio fundador fala com orgulho no novo portal de vendas com desenvolvimento próprio, que deve ser lançado no início de 2018. Sem revelar muitos detalhes, ele diz que o seu cliente irá se “espantar” com as novas funcionalidades. “Temos de comunicar que nossos problemas de sistema vão ser corrigidos. Em dois meses vamos ter um portal novinho para o mercado. As vendas vão disparar e eles vão se surpreender com a rapidez, facilitação em vendas, navegação e nada de burocracia”, finalizou. Mesmo sem um diretor executivo efetivo, depois da saída de Sylvio Ferraz, a MMTGapnet desenha o próximo ano com mais empolgação. O próximo megafam, inclusive, está prestes a ser fechado. Existem propostas de destinos exóticos e já conhecidos de seu público. A ideia era que a escolha fosse revelada já ao final da viagem a Portugal, mas os profissionais vão ter de aguardar mais uns dias.

--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da

MMTGapnet, com proteção Travel Ace > Continua na pág. 14

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< Continuação da pág. 13

OS DEZ MA IS

EM UM ANO COM EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO DE 15%, A MMTGAPNET RECONHECEU OS SEUS 60 PRINCIPAIS AGENTES DE VIAGENS EM

2017 – muitos deles já figuraram em outras ocasiões. Além deles, a companhia premiou os dez maiores vendedores do ano. A lista não levou em consideração o desempenho de cada uma das agências, apenas a ordem alfabética de cada uma delas. Veja o ranking abaixo:  Bahiatur  Belle Tur  Big Travel  Chance Tour  Elite Resorts  Everest  Mendes Tur  Perfil  Positivo  Top Brasil

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Flashes 6 º M e ga f a m d a M M TG a p n e t Po r t u ga l

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1 James Giacomini, Mariana Azevedo e Arnaldo Franken, da MMTGapnet, com Gabriel Costa, Jaime Abraços e Endika Ormaeche, da Trapsatur 2 Ivo Lins com Mario Carvalho, da Tap 3 Entidades do Turismo de Portugal e do Porto se juntam ao grupo da MMTGapnet 4 Luisa Carvalho, da Cali Cultural, com Sandro Moreira e Thais Lazzaro, da Obba Viagens 5 Deco Almeida e Raphael Magalhães, da MMTGapnet 6 James Giacomini, da MMTGapnet, Dunia Gutierrez, da Special Tours, David Patiño, do Grupo Barceló Viajes, e Mariana Azevedo, da MMTGapnet 7 Lara Freitas, da Boutique do Turismo, Mauri Viau, da Elite Resorts, e Ana Clara Fragoso, da Villamundo 8 Elene Mesquita, da Positivo Turismo, e Vanessa Wendland, da Star Leeds 9 Marcelo Gatti, da G Tour, e Rita Terrassan, da Duemondi Tour 10 O grupo de agentes se diverte no Porto 11 Rafael Galán, da Surland, Dunia Gutierrez, da Special Tours, Serafim Oliveira e James Giacomini, da MMTGapnet 12 Ulisses e Sofia Nunes, da US Tour 13 Saula Bueno, da Villa Nova Viagens, Ana Carolina Tolentino, da Arc Turismo Maria Cristina Costa, Arte de Viajar Turismo, e Fernanda Cypriano, da Top Fly

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Edição 19 – 29 de novembro de 2017

w w w. a l a g e v. o r g

Parte integrante do Jornal PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

> Beatrice Teizen e Karina Cedeño

Quem é o seu viajante?

ATUALMENTE, APENAS 1% DAS POLÍTICAS DE VIAGENS CONFIGURADAS NAS OBTS SÃO VOLTADAS AO ORÇAMENTO DAS MESMAS. MENOS DE 3% DAS VIAGENS SÃO NEGADAS PELAS EMPRESAS. ISSO PODE SIGNIFICAR QUE SE DEFINEM POLÍTICAS MUITO ENGESSADAS PARA UM PERFIL DE VIAJANTE MAIS ENGAJADO À TECNOLOGIA, QUE BUSCA MAIOR FLEXIBILIDADE NA HORA DE ESCOLHER SUAS PREFERÊNCIAS E POUCO SE CONTROLA A FORMA COMO ISSO É FEITO DENTRO DAS COMPANHIAS. No processo de gerenciamento, os gestores têm o desafio de alinhar a experiência do viajante com os interesses da empresa, que, por sua vez, busca a redução de custos, satisfação do colaborador e conformidade com os processos, enquanto o funcionário quer mais opções e disponibilidades, processos e ferramentas mais simples. “A grande dificuldade das empresas é entender quem é o viajante delas. O perfil tem mudado, os millennials já vêm com outra cabeça, diferentemente do que as empresas estão habituadas. Elas precisam primeiro

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compreender quem é o colaborador que fará o deslocamento para depois fazer o alinhamento, de modo que combine o que empresa quer atingir como objetivo com o que o viajante espera em termos de experiência”, explica o gerente de Contas sênior da HRS, Douglas Neves. Além da geração de millennials estar tomando conta do mercado, a principal causa dessas rápidas mudanças é também a disrupção. Empresas como Uber, Netflix, Apple e Amazon transformam o mercado em que atuam de maneira significativa, criando uma nova forma de atender o cliente e tornando o modelo tradicional das corporações obsoleto rapidamente. E muitas companhias ainda têm receio de inovar e adotar novas tecnologias. “A mudança por si só gera medo. As empresas estão acostumadas ao que tem sido até então. Com boa vontade, disponibilidade e tempo para se dedicar ao projeto, utilizar novas ferramentas que facilitem os processos se torna mais fácil. Mas é preciso que os procedimentos acompanhem o dinamismo dessa introdução”, comenta.

É possível observar que o mercado passou a atuar de forma muito mais reativa às novas mudanças e as empresas não conseguem acompanhar o ritmo. No setor aéreo, novas condições, como cobrança de bagagens, serviços auxiliares e regras tarifárias. No hoteleiro, novos entrantes, modos de distribuição para reduzir o custo e mudança nas regras de cancelamento de reservas que podem levar à casa dos milhões os custos extras com hospedagem. Neves enxerga como outro obstáculo o fato de as corporações tentarem controlar o viajante em vez de o orçamento das viagens. “A grande maioria das políticas dentro das OBTs quer travar o processo, colocar uma série de fluxos de aprovações. Com isso, o funcionário acaba se frustrando e buscando alternativas fora dela.“ Um viajante engajado precisa saber o que a empresa tem como objetivo ao mandá-lo para o destino. Já ela precisa responsabilizar os donos dos custos a realmente controlarem o budget. Se o funcionário souber quanto pode gastar, se a política é bem definida, não é necessário frear o colaborador.

Com liberdade e autonomia, sem deixar de lado o cumprimento das regras estabelecidas, sua satisfação será muito maior. Diante deste cenário, como fica o papel das TMCs? “Elas estão em uma fase de reinvenção. Ainda possuem um papel fundamental e precisam entender as novas modalidades e se adaptarem. As agências corporativas ainda têm bastante controle sobre os processos dos clientes e sabem qual a melhor maneira de direcioná-lo.” No entanto, o cliente precisa também abrir suas informações internas e dar condições para que ela consiga fazer uma gestão eficiente. “O cliente precisa conhecer os fornecedores da TMC e a agência também. É essencial haver sinergia entre ambas as partes”, afirma Neves.

EXPERTS EM TECNOLOGIA

Pessoas engajadas em tecnologia estarão cada vez mais tomando as decisões nos negócios. Se a corporação não tentar se adaptar ao novo modelo, no futuro ela terá mais proble-

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Douglas Neves, gerente de Contas sênior da HRS

mas para acompanhar. Quanto mais flexibilizar nos processos de viagens, mais cativado estará o colaborador e o choque com novas tecnologias, com certeza, será menor. Diante de tais fatos, acaba se tornando uma obrigação dos gestores de viagens serem experts em tecnologia, e isso não apenas para aprimorarem suas políticas de viagens, mas também as próprias carreiras, levando em conta o fato de que as companhias aéreas e outros fornecedores já têm à

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disposição uma gama de informações sobre cada viajante e são capazes de comercializar diretamente com eles, o que é perigoso para o comprador. É claro que digitalizar a maior parte dos processos não significa segurança garantida, e é nesse aspecto que os profissionais da área devem focar, examinando de forma detalhada a acomodação escolhida para o viajante e buscando um transporte terrestre que seja ao mesmo tempo efetivo e seguro em cidades peri-

gosas, além de manter uma lista de fornecedores e companhias aéreas preferidas e de confiança. O viajante, por sua vez, valoriza cada vez mais a autonomia no processo de reservas e espera que a tecnologia oferecida pelas empresas corresponda às suas expectativas como usuários. Neste aspecto, é importante observar que ainda é necessária a adoção de novas tecnologias que facilitem o processo de reservas que se repetem (são feitas

para o mesmo destino ou pelo mesmo período), já que muitos viajantes podem gastar nessa atividade um tempo que poderia ser economizado com o uso de tais tecnologias. E até na hora de praticar o bleisure as tecnologias são fundamentais, já que por mais que o viajante não esteja mais trabalhando neste período, ainda considera importante ter conexão para momentos de lazer e se comunicar com familiares e amigos.p

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SurFACE

29 de novembro a 05 de dezembro de 2017 JORNAL PANROTAS

Luiz Ambar, referência do Sabre no Brasil, deixa empresa após quase 20 anos

Saída marcante

Neeleman na França

David Neeleman dá mais uma prova de que sua estratégia de comprar participação em companhias aéreas estrangeiras está sendo bem-sucedida. O fundador da Azul Linhas Aéreas adquiriu 32% de share da segunda maior companhia aérea da França, a Aigle Azur. O grupo chinês HNA também é dono de ações na companhia, portanto o negócio reforça a parceria entre Neeleman e a holding asiática, que detém participação na Azul e Tap. 

Inscrições abertas

O Fórum PANROTAS 2018 já está com inscrições abertas. O evento, em sua 16ª edição, ocorrerá nos dias 19 e 20 de março (segunda e terça-feira), e estará de volta ao Centro Fecomércio de Eventos, na região da avenida Paulista, em São Paulo. “Atendemos ao resultado das pesquisas que realizamos com os participantes dos últimos anos e estamos de volta ao Fecomércio", disse o presidente da PANROTAS, José Guillermo C. Alcorta. Para marcar o início das inscrições, a PANROTAS está lançando um lote promocional, com quantidade limitada. O valor é de R$ 490, somente até o dia 31 de dezembro de 2017 ou até se esgotar a quantidade reservada para esta ação. A inscrição com valor normal será de R$ 1.560. O lote promocional foi a forma que o evento encontrou para prestigiar seu público fiel, visto que foram eliminadas algumas categorias de ingressos, incluindo as cortesias, que não existirão na edição 2018. O Fórum PANROTAS 2018 já conta com o apoio das empresas Accor Hotels, Aerolíneas Argentinas, Argo Solutions, Best Western Hotels & Resorts, Beto Carrero World, Cep Transportes, Fecomercio-SP, GTA Global Travel Assistance, Omnibees, Reserve, Royal Palm Hotels & Resorts, R1, Sabre e Tes Cenografia Ecoeficiente. Inscreva-se pelo site fórum.panrotas.com.br. Dúvidas e outras informações: forum@panrotas.com.br.

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Aos 63 anos, Luiz Ambar deixa o Sabre após quase duas décadas. O vicepresidente regional da companhia de tecnologia para o Turismo passa o bastão para Elisa Carneiro liderar no Brasil, e ele, por sua vez, conduzirá novos projetos, um processo normal e bastante amigável, em sua visão. “O Sabre está preparando a geração de líderes para os próximos 20 anos e já há algum tempo venho fazendo a preparação de minha sucessora no Brasil, a Elisa Carneiro, que assume a diretoria no País a partir de 11 de dezembro”, afirmou o empresário ao Jornal PANROTAS. Ambar tem dois caminhos bem definidos para o futuro: conselheiro independente em empresas de pequeno e médio portes e empreendedorismo no Turismo. 

Adicionais se fixam

A Alitalia anunciou que continuará oferecendo frequências adicionais em 2018 na rota São Paulo-Roma. Desde o último dia 9, a aérea oferece dez voos semanais entre as capitais paulista e italiana. A partir de 25 de março de 2018 serão 11 voos por semana entre o principal aeroporto do Brasil e o da Itália. As novas operações partirão de São Paulo às 19h55, com chegada a Roma às 12h10, às quartas, sextas, sábados e domingos. Na rota inversa, os voos decolam de Roma às 10h45 e chegam a São Paulo às 17h45 nos mesmos dias da semana.

Ponto a ponto A Easyjet anunciou Johan Lundgren, até então vice-presidente da Tui, como novo CEO da companhia A armadora norueguesa Hurtigruten agora é presidida nas Américas por William Harber A Avianca Argentina iniciou suas operações e anunciou contrato de longo prazo com a Amadeus. Florianópolis e São Paulo são destinos planejados para os próximos meses

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corporativo

www.pancorp.com.br

AA VIP

Lounge da American recém-inaugurado em Miami

A American Airlines inaugurou os novos Flagship Lounge e Flagship First Dining no Aeroporto Internacional de Miami (MIA). As instalações são parte do investimento de US$ 200 milhões na experiência de viagem de luxo, segundo a empresa. Além de MIA foram inaugurados também Flagship Lounges nos aeroportos de Nova York (JFK) e Chicago (ORD), além de um Flagship First Dining no JFK. Há a previsão abertura dos mesmos espaços no aeroporto internacional de Los Angeles (LAX) no final deste ano. “No Flagship Lounge e no Flagship First Dining os clientes desfrutarão de um elevado serviço ao longo de toda a sua viagem”, disse o vice-presidente Sênior de Marketing, Fidelidade e Vendas da AA, Kurt Stache.

Ex-Gol na Flytour

Fernanda Barone (foto) agora veste a camisa da Flytour Business Travel, um dos braços de viagens corporativas do Grupo Flytour. A executiva possui mais de 15 anos de experiência no mercado, com histórico no corporativo, lazer e luxo, e seu principal desafio será estruturar este segmento na empresa. Fernanda também é conhecida pelo seu trabalho na Concierge de Viagens e na Accor JHotels. Na Gol, foi coordenadora de Congressos, Eventos e Feiras Mice, Grupos, Operadoras e Consolidadoras. "Me sinto honrada em integrar essa equipe e espero contribuir com este importante momento na empresa, aplicando toda a minha expertise adquirida ao longo de anos", comemora. 

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15 a 21 de novembro de 2017 JORNAL PANROTAS

19 e 20 DE MARÇO

Local: Centro Fecomércio de Eventos - São Paulo

INSCREVA-SE JÁ

1º lote de ingressos: R$ 490 (até 31 de dezembro)* Acesse forum.panrotas.com.br *Valor especial é válido para quantidade limitada. O valor integral é R$ 1.560

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