PANROTAS 1.514 - Especial Melhores do Turismo 2022

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ANO 30 | 1.514 | 4 A 10 DE ABRIL DE 2022

Edição Especial – MELHORES DO TURISMO PANROTAS 2022

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ÍNDICE

ANO 30 | 1.514 | 4 A 10 DE ABRIL DE 2022 | www.panrotas.com.br | R$ 11,00

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Editorial - Melhores, maiores e mais bonitos

Página 06

WTM Latin America - O pavilhão da retomada

Página 10

Melhores do Turismo PANROTAS 2022 - critérios, vencedores, jurados

Página 26

Cássio Salles Oliveira, tricampeão na Consolidação

Página 30

Rodrigo Cezar, o melhor gestor de Viagens Corporativas, na visão dos fornecedores

Página 34

Sylvio Ferraz, o melhor profissional de Operadoras pela terceira vez consecutiva

Página 38

Teresa Perez, referência no lazer e no luxo para clientes e fornecedores

Página 40

Jurados - A lista dos fornecedores que votaram nos Melhores do Turismo PANROTAS 2022

Página 42

Artigo - Como uma mulher preta se tornou referência no Turismo de luxo, por Rogéria Pinheiro

Página 46

Decolar - Diretora de Sourcing Air revela o novo “Plano Brasil” da OTA

Página 50

Sindepat Summit - 15 Tendências de parques e atrações

Página 60

Grupo Cataratas - Entrevista com o CEO Pablo Morbis

Página 68

Artigo - O desafio diário da inclusão, por Mariana Aldrigui

Página 70

Redes Sociais - Estudo da GWI aponta tendências das gerações de internautas

Página 73

Artigo - Avanço do Turismo LGBT+ e por que isso é importante, por Clovis Casemiro PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code ao lado. Media Partner

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GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Parceria Estratégica

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Editorial

MELHORES, MAIORES E MAIS BONITOS Quem ama o feio, bonito lhe parece. Mas esta não é uma edição sobre o amor e sim sobre negócios, e os 105 jurados do prêmio Melhores do Turismo PANROTAS 2022 escolheram, livremente, sem nomes indicados ou pré-listados pela PANROTAS, os vencedores de cada categorias. Os melhores distribuidores de viagens. E estar nessa honrosa lista depende muito do momento de cada empresa (votada), de cada jurado (votante) e dos negócios entre cada um

ão significa alta de amor ou eleza a uem não está na lista,

mesmo não sendo essa uma edição sobre amor, muito menos um concurso de

eleza Mas sim so re relacionamentos comerciais ,

imagem no mercado, reconhecimento de marca e negócios feitos no ano anterior. São os Melhores do Turismo para esse júri de 2022 e merecem todos os aplausos, pois ainda estamos com todo o peso da pandemia sobre nossa cabeça e se destacar nesse momento mostra resiliência, criatividade, força de vendas e posicionamento no mercado. A lista é para celebrar e festejar. Parabéns a todos os indicados, a todos os ganhadores e o rigado aos urados ue toparam nos a udar a reconhecer esses distribuidores. Destacamos ainda nesta edição, além dos Melhores do Turismo, nossas reportagens especiais so re end ncias em ar ues emáticos e Atrações, Tendências em Redes Sociais, artigos sobre diversidade, além de novidades de empresas como e a OTA Decolar. E ainda os encartes Visit Florida (digital e impressa), Walt Disney World (só digital) e Fort Lauderdale (impresso e digital). Bons negócios a todos na WTM Latin America (passem no nosso estande e confira diversas novidades e ativa ão da orld , para

e

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isney

ns mais uma vez aos indicados e premiados no Melho-

res do Turismo e até a próxima edição especial da Revista PANROTAS, em seus 30 anos.n

Artur uiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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WTM Latin America 2022

!"#$%&'()! *$"+,-!.$*$ Rodrigo Vieira

Simon Mayle, diretor da WTM Latin America

A WTM Latin America entra em sua edição 2022 com o potencial de ser uma daquelas referências na linha histórica da crise. É a primeira grande feira no País com um sentimento mais otimista de que o pior da pandemia já passou, a ômicron foi controlada e após a OMS estabelecer um plano para saída de fase emergencial da pandemia. A cada grande feira que voltou, sobretudo no ano passado, uma mensagem era sentida pelo trade. A primeira, dos protocolos; a segunda, da vacina; a terceira, do happy hour liberado; e assim em diante. A mais provável marca da WTM La6

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tin America será "a do internacional". O diretor do evento, Simon Mayle, diz que sua equipe concentrou esforços em conversar com os principais parceiros do evento, grandes expositores e compradores, para fazer um compilado de suas ideias e colocá-las em prática para o Expo Center Norte. "A força internacional da feira foi uma resposta consensual", afirma Simon Mayle. Ele revela toda uma ansiedade dos expositores estrangeiros em levar as novidades desde o isolamento aos compradores brasileiros. Não à toa, uma semana antes de começar o evento, havia 27% mais agentes de viagens pré-inscritos em compara-

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ção com o mesmo período de 2019. "Para facilitar essa troca, ambas as partes estão buscando amplamente as reuniões pré-agendadas, que otimizam as agendas e proporcionam mais produtividade. Mais de 4,3 mil reuniões foram pré-marcadas uma semana antes do início da feira e este número continua subindo. A WTM é uma marca internacional, tem experiência em otimizar os encontros mais adequados a cada tipo de perfil", completa o diretor do evento. Argentina, Barbados, Chile, Colômbia, Egito, Estados Unidos, Israel, Itália, Maldivas, México, Peru, Portugal, República Dominicana, Tailândia e Uruguai são alguns dos países que trazem destinos e produtos de fora do Brasil a São Paulo. Contudo, em tempo de câmbio desfavorável, oferta de voos ainda reduzida e tíquete médio alto para viagens ao Exterior, Estados, cidades e empresas no Brasil também veem a WTM Latin America como um terreno fértil. Vêm à feira destaques como Minas Gerais e sua capital, Blumenau, Búzios (RJ). Ilhabela (SP), Minas Gerais, Paraty (RJ), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro (capital), Rio Grande do Sul e Rota das Emoções, alguns dos destaques mencionados pela diretoria. Mayle também confirma a participação de 54 compradores internacionais de 14 países, dentro do programa de Hosted Buyers, além da pré-inscrição de mais de 900 profissionais que têm poder de decisão e compõem o WTM Buyer’s Club. Já o programa Agente na Estrada trará 550 agentes de viagens de todos os Estados brasileiros para o evento. Além da área de exposições, o diretor Simon Mayle e a gerente de Vendas da feira para Brasil e América Latina, Bianca Pizzolito, destacam outro aspecto que faz da WTM Latin America um dos mais relevantes encontros do setor: a programação de capacitação. São mais de 55 atividades, entre palestras, painéis com experts da indústria, rodadas de negócios e capacitações de destinos. Este ano o foco está em três pilares - Diversidade & Inclusão, Turismo Responsável e Tecnologia. Simon Mayle reforça o tom de oti-

Simon Mayle

mismo que reverbera do mercado com a proximidade do evento. “Os resultados vêm superando as nossas expectativas, o que é um excelente sinal de retomada do mercado de Viagens e Turismo”, comemora o executivo, acrescentando dados de mercado que corroboram para essa visão otimista. Os números da GRU Airport, administradora do maior aeroporto do País, mostram crescimento na movimentação de passageiros (+47%), nos embarques nacionais (+20%) e internacionais (+280%) em fevereiro de 2022, na comparação com o mesmo mês de 2021. 4 a 10 de abril de 2022 — PANROTAS

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Com foco em outbound, a área de operadoras já tinha 32 dos 42 estandes ocupados uma semana antes do evento. Bianca Pizzolito reforça a participação das principais locadoras de veículos e do segmento de hotelaria. "Ambas participam em peso, tanto entre as grandes redes globais quanto entre os empreendimentos independentes", afirma. A Resorts Brasil também tem espaço reservado e levará a oferta de seus 52 resorts associados ao pavilhão. “No contato direto com os expositores é nítida essa onda de otimismo e esperança, o que traz bons ares para a indústria do turismo”, defende. A feira ainda promete experiências imersivas, gastronômicas e espaços para promover networking e uma estrutura tecnológica para que os mais de 500 expositores de 33 países façam negócios de qualidade e torne o Expo Center Norte no "Pavilhão da Retomada". "Para nós, assumir esse título é uma grande responsabilidade porque não se trata, exclusivamente, da nossa retomada presencial. Ele também trata da retomada de eventos de grande porte na América Latina, conectando nossa região ao mundo e o mundo à nossa região. E foi pensando neste conjunto de informações que fomos assertivos em escolher uma edição inspirada no mote 'A Magia Está de Volta'." n

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Melhores do turismo turismo PANROTAS 10

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Esta sétima edição da premiação Melhores do Turismo PANROTAS está diretamente ligada à retomada. Como em todos os anos, a eleição foi feita por voto espontâneo, isto é, aos fornecedores não é sugerida nenhuma opção de resposta nas categorias, de maneira que a votação é feita com o critério de quem está no "top of mind" de profissionais-chave da indústria. E eles não votariam sem um ou mais motivos consistentes. Elegem quem aspira confiança, quem se sobressai pela parceria, resolve problemas, tem bom relacionamento e, claro, gera receita a seu hotel, companhia aérea, destino, consolidadora, receptivo, navios de cruzeiros, operadoras, consultoria, agência de marketing, empresa de tecnologia, GSA e outros ramos envolvidos. Ou seja, os vencedores foram profissionais e empresas que fazem acontecer e, se assim não fosse nos últimos dois anos, não estariam na ponta da língua do mercado. Como se sabe, no Turismo do Brasil, crises só têm a página virada graças ao esforço de empresários e profissionais. Este ano, 105 jurados (todos for-

necedores) tiveram os votos válidos (os nomes estão na página 40). O Melhores do Turismo PANROTAS é, portanto, uma votação fechada, feita por um júri conhecido. Foram 13 categorias e é fundamental ressaltar que a PANROTAS e nenhum funcionário da editora têm qualquer influência na votação. Nem todos os itens eram obrigatórios (há jurados focados em lazer, por exemplo), e cada categoria podia ter um máximo de dois nomes, com peso maior para o primeiro citado. “A PANROTAS faz parte do trade e está há 47 anos próxima e prestigiando seus profissionais e empresas. Reconhecemos o setor por meio de listas e votações diversas, como Os Melhores Promotores, os 100 Mais Poderosos do Turismo PANROTAS, os Melhores do Turismo PANROTAS, perfis na Revista e no Portal PANROTAS e homenagens diversas ao longo do ano. Especialmente este ano, depois de um período tão pesado e difícil, é muito bom reconhecermos esses profissionais e empresas, e ao vivo, na WTM Latin America”, disse o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.n

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Melhor agência de viagens CORPORATIVAS (TMC) 1º LUGAR

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Melhor agência de viagens corporativas REGIONAL (fora de Rio e São Paulo) 1º LUGAR

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Melhor agência de viagens LAZER 1º LUGAR

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Melhor agência de viagens LAZER REGIONAL (fora de Rio e São Paulo) 1º LUGAR

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Melhor operadora de viagens 1º LUGAR

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Melhor operadora de viagens(fora de Rio e REGIONAL São Paulo) 1º LUGAR

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Melhor operadora de viagens de NICHO 1º LUGAR

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Melhor consolidadora 1º LUGAR

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Melhor agente ou vendedor(a) de Viagens FREDERICO FAJARDO Fred Tour

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MARIANA CAMPBELL Chancetour

PATRICIA SARAIVA Ibiza Turismo

ROBERTA MAZINI Tyller Consolidadora

SIMONE REIS Fred Tour

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Melhor profissional de Consolidadoras 1º LUGAR

O e c a

CASSIO SALLES OLIVEIRA Sakura

2º LUGAR FLAVIA PIROLA Tyller

3º LUGAR MÁRVIO MANSUR CVC Corp

5º LUGAR EMERSON CAMILO Tailor Made - São Paulo

5º LUGAR FABIO MADER CVC Corp

4º LUGAR DANIEL CASTANHO Ancoradouro

4º LUGAR EMERSON CARDOSO BeFly

5º LUGAR RODRIGO MARTINES CVC Corp

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Melhor profissional da Consolidação

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Relacionamento. Para Cássio Salles Oliveira, atualmente diretor da Sakura, este é o motivo que fez com que conquistasse a terceira premiação e quarta indicação como melhor profissional na consolidação em quatro anos de Melhores do Turismo PANROTAS. O profissional chegou à consolidação há 30 anos, após trabalhar na Varig, e carrega esse conhecimento da aviação e empatia com as aéreas para construir bons relacionamentos com seus fornecedores. "Basicamente, o que me diferencia é a minha expertise no mercado. Eu sou um cara de relacionamento. Me relaciono muito com os fornecedores, com as companhias aéreas. Tenho empatia com as companhias, me coloco no lugar do fornecedor, para entender o que é interessante para eles também. Por exemplo, senti a dor deles durante a pandemia também. Essa é a grande sacada do negócio", explicou o

melhor profissional de consolidação em 2022. Para Cássio, o reconhecimento proporcionado por esse prêmio indica que ele conseguiu fazer aquilo que gosta e que se propôs a fazer. "Tudo o que faço é pelo agente de viagens, com ajuda das companhias aéreas. Tudo que consigo de benefício, facilidade, levo para minha empresa, que então leva para o agente. Com os agentes, eles compram ou deixam de comprar com você, esse é o reconhecimento. Mas esse prêmio mostra o reconhecimento do fornecedor também", celebrou. Outro impacto positivo da trajetória de sucesso de Oliveira está na família. O diretor da Sakura citou com orgulho e felicidade o fato de seus filhos trabalharem no Turismo, sendo que seu filho, Cássio, é promotor de Vendas da Delta Air Lines e sua filha, Gabriela Oliveira, é ges-

tora de viagens corporativas da BTG Pactual e indicada ao prêmio Melhores do Turismo PANROTAS 2022. Na Sakura desde novembro do ano passado, o melhor profissional da Consolidação na visão dos fornecedores teve passagens por Ancoradouro e Rextur, posteriormente RexturAdvance. Pouco tempo depois de assumir o desafio na consolidadora de matriz na capital paulista, Oliveira disse que "a Sakura não tem medo de investir" e que, depois de sair de um Grupo Ancoradouro com uma estrutura muito consolidada, chega a uma empresa na qual vai poder contribuir para todas as áreas. "Desta forma acredito que consiga agregar mais. Eu sempre começo ouvindo todas as pessoas da empresa, conhecendo bem, para depois começar a apresentar sugestões, observar onde podemos agregar algo", conclui.n

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Melhor Travel Manager 1º LUGAR RODRIGO CEZAR Roche

2º LUGAR MARINA SHIMADA Honda

3º LUGAR VINICIUS LUZ Unilever

4º LUGAR GABRIELA OLIVEIRA BTG Pactual

5º LUGAR PATRICIA MELLO Credit Suisse

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Melhor gestor de Viagens Corporativas

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Figura recorrente no Melhores do Turismo PANROTAS, Rodrigo Cezar, líder de Viagens e Eventos da Roche, é daqueles profissionais que não se cansam de contribuir para o setor. Presidente da Alagev de 2018 a 2020, Cezar está sempre presente também em painéis, palestras e eventos, discutindo o papel do gestor. A característica de abrir diálogos com todo o ecossistema, inclusive, é um dos fatores que ele acredita que o levaram a ser eleito o melhor gestor de Viagens em 2022. “Meu perfil é ser uma pessoa engajada. Também sou sempre claro e transparente, dando espaço e conversando com todo o setor, independentemente de quem seja, dialogando com qualquer fornecedor. Nosso papel é tentar ouvir e aprender junto, vendo o que podemos trazer para a empresa. Ter uma escuta ativa com todo mundo no mercado e não se fechar no dia a dia da corporação é essencial”, aponta. Para Cezar, cada vez mais, os profissionais precisam ser multitarefa e ter uma visão estratégica dos negócios. Precisam estar, também, em constante mutação, sem deixar de focar em flexibilidade, trabalho em equipe, ter proatividade e ser adaptável – principal-

mente após o surgimento da covid-19, que transformou todo o setor. “Acredito que ninguém seja substituível, mas todo mundo é superável. Então, precisamos estar em constante aprendizado, buscando a otimização do processo. Não podemos mais ficar no modelo automático que, no passado, funcionava muito bem. Temos de lembrar que passamos por uma pandemia, por um redesenho do cenário de viagens do mundo, e nós, como líderes dessas aéreas, precisamos ter esse papel de entender como vamos adaptar tudo isso. E não tem certo e errado, cada empresa tem a sua necessidade e o gestor é a melhor pessoa para identificar qual é o seu papel naquele momento”, afirma. O gestor da Roche faz ainda uma analogia com a música que se encaixa muito bem no cenário atual das viagens e eventos corporativos. “O mundo não é mais uma orquestra sinfônica e, sim, uma banda de jazz, de blues. Sabemos como começa, mas nunca como acaba. Por isso, temos de estar preparados para não ter mais uma partitura simples. Precisamos, a todo momento, fazer a leitura e ver como v a m o s a t u a r. ” n

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Melhor profissional de Operadoras de Turismo 1º LUGAR SYLVIO FERRAZ JR CVC Corp

2º LUGAR ROBERTO SANCHES Orinter Tour & Travel

4º LUGAR EDSON RUY Mondiale 32

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3º LUGAR ANA MARIA BERTO Orinter Tour & Travel

4º LUGAR RENATO KIDO Viagens Promo

5º LUGAR PAULO BIONDO Azul Viagens

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Viver Sentir Investir

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Melhor profissional de operadoras

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Assim como ocorreu nos dois últimos anos, Sylvio Ferraz, diretor executivo de Sourcing da CVC Corp, foi o executivo mais lembrado pelos eleitores do prêmio Melhores do Turismo PANROTAS 2022 na categoria Melhor rofissional de Operadoras evantando o troféu pelo terceiro ano seguido, o dirigente reforça algumas falas e posturas que costuma adotar, principalmente nos últimos meses, depois que a pandemia mudou a rotina e a maneira de tra alhar nas empresas do setor Dentre as declarações reiteradas, Ferraz segue ressaltando a relevância do trabalho em equipe, a reinven ão profissional imposta pela con untura de momento e cita três características indispensáveis para quem trabalha no segmento, sobretudo em operadoras São elas resili ncia, curiosidade e vontade constante de aprender e acordo com ele, esses elementos podem ser fundamentais para tra alhar de maneira cada vez mais atraente Os predicados citados pelo executivo foram determinados levando em conta a situação atual do mercado, que apresenta turistas e empresas repensando o modo como se organizam as viagens rofissionais de urismo tam m precisaram se reinventar nesse período, buscando mais conhecimento, com informações, protocolos e restrições ue mudaram o tempo todo sse papel de consultoria e suporte para tirar dúvidas dos clientes, al m da confian a de ter um profissional cuidando da sua viagem antes, durante e depois, passou a ser ainda mais valorizado desde o início da pandemia or isso acredito ue oi um per odo em ue os profissionais do setor se desenvolveram muito, estudando ainda mais sobre os destinos e todas as atualizações para oferecer a melhor assistência aos clientes , analisa o diretor e ecutivo SER LÍDER Todos esses entendimentos e percepções vêm a partir de uma posição de liderança que o executivo segue e ercendo dentro da orp Como líder de um reestruturado departamento de Sourcing, o dirigente é responsável pelo relacionamento comercial da companhia com fornecedores do Turismo por gerir todas as negocia es de produtos nacionais e internacionais Foi ele também quem assumiu recentemente a estrutura organizacional da VHC (Vacation Homes Collection), marca da CVC Corp especializada na administração e locação de casas de rias no rasil e nos stados nidos Dessa posição e observando o desenvolvimento do mercado, o dirigente entende que é papel do l der dar confian a e autonomia para ue as e uipes e ecutem o tra alho Acredito ue dar auto-

nomia e abertura para os colaboradores faz com ue os resultados se am cada vez melhores emos que trabalhar em equipe sempre, buscando efici ncia , risou MOMENTO DA CVC CORP A contextualização que vale para entender o trabalho e influência de Ferraz, também pode ser feita para compreender o momento da orp A companhia, segundo relata o executivo, agora experimenta a tão aguardada retomada do Turismo, o que pode ser visto, principalmente, nos números de encerramento do ano passado s tivemos crescimento de 33% em reservas consumidas no 4T21 em comparação ao trimestre anterior e embarcamos, no ano todo, 30% a mais de clientes que em 2020, o que mostra que as pessoas estão com saudade de via ar e passaram a retomar seus planos, agora mais confiantes com a vacina ão, e com a diminuição de restrições de entrada em diversos destinos , argumenta Tais índices, conforme pontua o diretor, mostram o momento de mercado e o trabalho feito internamente, buscando atender as necessidades do viaante por meio da amplia ão da ase de produtos “Aqui na CVC Corp, por exemplo, buscamos oferecer mais op es de produtos or e emplo, loca ão de casas com a VHC, que foi um segmento que cresceu muito durante a pandemia; novas rotas regionais no port lio, uma vez ue novos destinos oram ‘descobertos’ para o Turismo na medida em que as viagens regionais se fortaleceram; passamos a oferecer seguro-viagem com cobertura para covid, que passou a ser exigência de muitos países; quando o exame PCR passou a ser exigido para diversos países, fizemos parceria com la orat rios para conseguir descontos aos nossos clientes , enumera PERSPECTIVA 2022 ara este ano, Ferraz pro eta um horizonte mais pr spero, para o mercado como um todo e para a orp Será o ano de maior investimento da hist ria da companhia, con orme divulgado em nosso alan o m , o investimento á oi recorde, de quase R$ 134 milhões, e para este ano a expectativa superar em , ou se a, isso a aposta na companhia e, principalmente, no setor , in orma m termos de produtos, a e pectativa grande, por e emplo, para a temporada de verão na uropa, á que será a primeira desde o início da pandemia com um maior número de pessoas vacinadas e com menos restri es de entrada O urismo internacional e o de neg cios, com a retomada das grandes feiras e eventos, devem se fortalecer ao longo deste ano , conclui n

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Melhor agência de viagens LUXO 1º LUGAR C

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Melhor agência de viagens de luxo

Tomas Perez, CEO da Teresa Perez Tours

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A Teresa Perez Tours, que no ano passado venceu na categoria Melhor Agência de Viagens Luxo, este ano foi campeã novamente. A visionária que dá nome à empresa tem em seu DNA uma vontade muito grande de aprender e sobretudo de ajudar a todos que estão a seu redor. Na opinião de um dos filhos dela, Tomás Perez, CEO da Teresa Perez Tours, esse foi o segredo desses mais de 30 anos desse reconhecimento e dos mais de 30 anos de êxito. "Teresa sempre buscou fazer o mercado crescer junto com a empresa. Me lembro bem que lá no começo ela abria o mapa, reunia a equipe e dizia que ninguém poderia ser consultor de viagens sem entender geografia, logística e depois culturas, religiões, hábitos... não é apenas sobre hotéis", afirma o empresário. Perez destaca a importância de saber aproveitar o melhor do relacionamento com o cliente e o fornecedor e acredita que esse é um dos motivos por mais essa nomeação. "Não é só extrair dos fornecedores, é também

perguntar o que podemos fazer por ele. Nós sempre procuramos advogar para o cliente, mas quando há exageros temos de ser favoráveis ao fornecedor, honrando compromissos. É uma questão de responsabilidade e respeito", aponta o CEO da agência. "Mas acima de tudo a nomeação se dá pela sinergia, os esforços e o talento da equipe Teresa Perez. O que nos move não é sermos o maior, e sim o melhor para o cliente, parceiro, o melhor para todos. Viagens são sobre conexões humanas, e sem as melhores pessoas trabalhando para fazer tudo isso dar certo, não seríamos ninguém." A elite brasileira busca Teresa Perez para viajar sem preocupações. Por isso, falar de Teresa Perez é falar do que há de referência nas viagens de luxo no Brasil. Exóticos, nichos, descobrimento, experiências. Para saber onde o brasileiro com perfil médio viajará daqui a uma década, uma excelente pista é ver os destinos pela Teresa Perez Tours, uma vanguardista nas tendências de viagens no País.n

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Lista de Jurados

Nesta edição, foram contabilizados 105 nomes com votos válidos no Melhores do Turismo PANROTAS. Confira, em ordem alfabética, os jurados e suas respectivas empresas

Adrian Ursilli - MSC Cruzeiros

Diogo Abadio Nunes Elias - Latam

Adriano Gomes - Mar Ipanema Hotel e Tecnoturis Consultoria

Elaine Tenerello - Visit Iguassu

Alejandro Lavin - Special Tours

Eliana Bedin - Sandos Hotels & Resorts

Alexandre Mesquita - Turismo de Portugal

Erilton Júnior - Blue Tree Hotels

Alexandre Pinto - Shift Mobilidade Corporativa

Fernanda Dominicis - Club Med

Altamiro Medici Severino - Airlinepros International - Brasil

Fernanda Maldonado - Switzerland Tourism

Ana Elisa Facchinato - Aviareps

Flávia Pirola - Tyller Consolidadora

Ana Luisa Diniz Cintra - Centro De Convenções Rebouças

Francisco Guardia - DCS Plus

Ana Maria Berto - Orinter

Gabriela Alves - Intercontinental São Paulo

Ana Maria Donato - Imaginadora

Gelson Popazoglo - GTA - Global Travel Assistance

Anay Gremaud - Enjoy Punta Del Este

Gisele Martinez Macias - Omnibees

Anderson Wolff Da Silva - Gol Linhas Aéreas

Gonzalo Romero - Air Europa

Bruna Duarte - Marriott International

Gustavo Luck - Luck Receptivo

Bruno Ciancio - Reserve / Ciancio Consulting

Gustavo Murad - Amadeus

Bruno Giovanni Dos Reis - Emprotur

Isabelle Grechi - B2B Reservas

Bruno Melo - Air France-KLM

Jaime Luiz Masalla - Hotel Pestana Curitiba

Bruno Wendling - Fundação De Turismo Do MS

Jean Philippe Perol - Cap Amazon

Carla Cecchele - RCD Hotels

Jessica Nagae - Marriott International

Carlos Antunes - Tap

José Antonio Coimbra - Iberia & British Airways

Carlos Bernardo - Accor

Juarez Cintra Neto - Ancoradouro

Carlos Nascimento - Collection Hotels & Resorts

Julia Christina Yamanishi - American Airlines

Carolina Gaete - Accor

Juliana Paula Anacleto Da Silva - Intermac Seguros

Carolina Sass De Haro - Mapie

Leandro Cássio - Palácio Tangará

Catia Regina Schick - United Airlines

Leonardo Stangueti - Tivoli Hotels & Resorts

Christophe Didier - Copa Airlines

Letícia Paganini - Gol

Claudia Rocha De Brito - Coris Brasil

Lizandra Pajak - Aviareps

Cleiton Silva - Windsor Hotéis

Loris Tedeschi - Agentcars

Cristiane Cortizo - Copa Airlines

Luciano Cardoso - Iberia

Cristina Martins - LHG

Luciano Macagno - Delta Air Lines

Cristina Rached - Lufthansa Group

Luis Ferrinho - Omnibees

Daniel Santoro Aragon - Iberia & British Airways

Luis Vabo - Reserve Systems e Solid Gestão

Daniela Pimentel - Accor

Luiz Araujo - Disney Destinations

Danillo Barbizan - Delta Air Lines

Luiz Fernando Mordenti - Sabre

Denis Eduardo Serio - Amadeus

Luiz Henrique Teixeira - Gol

Denis Ribeiro - Aviareps

Luiz Moura Junior - Insight - ITMS

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Marcelo Correia - Air France-KLM Marcio Nogueira - Hoteldo Marco Ferraz - Clia Brasil Marco Oliva - Club Med Marcos Dias - RDC Viagens Maria Camilla Alcorta - Ideas4brand Mauricio Bernardo Feldberg - Mobility Mauricio Vianna - Net Hospitlaity Monica Nardo - Lufthansa Group Natanael Correa Filho - Copa Airlines Nelson De Oliveira - Eastern Airlines Ney Huberto Neves - AMR Collection Pablo Zabala - Discover Cruises Brasil Patricia Bonetti de Souza - Club Med Patricia Thomas Mazelli - Academia De Viagens Corporativas Paulo Henrique De Almeida Pires - Localiza Rent A Car Paulo Rezende - Amadeus Philippe Godefroit - Gran Marquise Hotel Raphael Alignani - BRT Consolidadora Raphael De Lucca - Copa Airlines Raul Diogo Nogueira De Almeida - Accor Renata Leite - Iberostar Ricardo Amaral - R11 Travel Ricardo Pompeu - Nobile Hotels & Resorts Roberto Haro Nedelciu - Raidho Viagens Roberto Sanches - Orinter Roberto Vertemati - CVC Corp Rodrigo Lecina Tort - B&B Hotels Rodrigo Napoli - Fasano Hotels & Restaurants Rodrigo Vaz - GJP Hotels Rogerio Carnevalle - Tap Air Portugal Sandra Roscito - BWH Hotel Group Simone Mariote - Preferred Hotels & Resorts | Beyond Green Thiago Souza - Omnibees Viviânne Martins - Academia De Viagens Corporativas 4 a 10 de abril de 2022 — PANROTAS

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Artigo especial sobre diversidade

Rogéria Pinheiro, fundadora e mentora da RP Travel & Business Education, é integrante do Comitê de Diversidade da WTM Latin America

Como uma mulher preta se tornou referência no mercado de turismo de luxo 42

Quando surgiu a oportunidade de entrar no mercado de luxo, eu, mulher preta, nascida na periferia, pensei: é a hora! Para muitos, foi sorte. Para mim, foi oportunidade. Porque sorte é quando algo cai no seu colo, muitas vezes imprevisivelmente. Mas oportunidade você cava, busca, luta, procura. E quem nasceu sem privilégios, querendo mudar uma realidade, faz isso desde os primeiros anos de vida. Era 2000 e a Teresa Perez caminhava para se posicionar como a grande referência no mercado de Turismo de luxo no Brasil. Mas eu só descobri isso após uma entrevista com a própria Teresa, que me deixou encantada com tantos nomes de destinos que eu nem imaginava serem possíveis explorar. E, mesmo sem a menor noção de como eu daria conta, eu pedi uma chance de trabalhar com ela e me comprometi: “Sra. Teresa, eu não sei sobre nada do que a senhora está falando, mas

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o que me ensinar eu vou aprender”. Essa foi a frase que mudou a minha vida para sempre. Essa confiança, que precisou ser muito trabalhada, é parte do legado que meus pais construíram e seguem ainda construindo. Cresci ouvindo que eu não podia baixar a cabeça para ninguém, que eu não deveria deixar que me rebaixassem, que eu precisava ser duas vezes mais excelente, aparência sempre asseada, português impecável e sempre muito atenta. Eu fiz o máximo que pude para cumprir toda essa lista. Mas somente aos 40 anos de idade fui entender que todas essas recomendações tinham a ver com a cor da minha pele. Nas entrelinhas, a informação estava lá. Vinte anos se passaram e, durante os dez que trabalhei vendendo viagens para a mais alta sociedade brasileira, aprendi muito do que sei hoje. Cada dia que eu acordava era uma oportunidade. Cada treinamento de que eu participava, era uma oportunidade. As viagens começaram a acontecer e, para mim, tudo era uma oportunidade que me preparava para o meu real propósito. Viajei pelo mundo, frequentei os melhores hotéis, mas um sentimento me acompanhava: a solidão. Não ver outras pessoas, principalmente mulheres pretas, nestes mesmos lugares, começou a me causar um incômodo. Quando decidi empreender, em 2010, não foi por ser visionária, mas por ter me tornado uma mãe solo que queria ver o filho crescer mais de perto. Foi o primeiro passo nesse outro solitário caminho que as pioneiras trilham. Hoje, estar à frente da RP TRAVEL EDUCATION e ser convidada para dar voz a outras mulheres pretas através

do Comitê de Diversidade da WTM Latin America me fazem sentir muito orgulho e também o peso da responsabilidade. Pouco a pouco, mulheres pretas, donas de suas agências de viagens, se conectam a mim - e suas vozes começam a se juntar à minha! Foram muitos anos caladas para ninguém reparar que estávamos lá. E agora é natural que a gente não queira que ninguém nos tire desse lugar. Hoje, acessar nossa consciência racial nos empodera e abre caminhos para que a próxima geração desfrute e prospere. A representatividade está diretamente conectada com diversidade, inclusão, respeito, oportunidade. Mais do que com força de vontade. Todos os mercados, inclusive o de Turismo de luxo, precisam entender que já é assim, que nós já somos consumidores de alto impacto, já somos profissionais impecáveis. Não basta uma empresa colocar uma foto na propaganda e contratar recepcionista e copeira pretas pra cumprir as “cotas”, só pra dizer que é a favor de diversidade. É preciso pensar políticas afirmativas e conscientes de comunicação, incentivo à formação e desenvolvimento desses profissionais. É preciso enxergar pessoas pretas como seu perfil de cliente dos sonhos. Temos um caminho para trilhar, mas toda mudança começa aos poucos. E a confiança de que nossa voz importa muda a forma como a gente enxerga e veio a esse mundo. Se minhas ações e minha voz puderem inspirar e mover ao menos uma mulher preta a continuar sua caminhada, sei que terá valido a pena, pois ela vai inspirar e mover outras mais. n

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PATROCINADO

VERSATILIDADE, RENOME E LUXO: CONHEÇA AS MARCAS DO BWH HOTEL GROUP® O BWH Hotel Group® nasceu para estar conectado a seu tempo. Para isso, uniu a expertise de 75 anos da Best Western® Hotels & Resorts (BWHR) ao refinamento da WordHotels® Collection e ao custo-benefício do SureStay Hotel Group®. Três entidades independentes que, juntas, proporcionam ao mercado uma oferta diversa, capaz de suprir as necessidades de todos os perfis de viajantes que entram nos saguões dos hotéis - dos econômicos aos luxuosos. Conhecida por ser uma das grandes redes hoteleiras dos Estados Unidos, a Best Western® Hotels & Resorts é uma entidade global com mais de 4 mil hotéis espalhados pelo mundo. São dez marcas focadas em públicos variados, oferecendo experiências únicas para os segmentos midscale e upper-midscale. Desfrute de uma experiência inesquecível no Best Western®, de acomodações espaçosas no Best Western Plus® e de elegância no Best Western Premier®. Leve o conforto para novos patamares no Executive Residency by Best Western® e se surpreenda com a modernidade do e a inova ão do

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Para quem busca aconchego, nada melhor do que o charme boutique do Aiden®. Aos que valorizam a criatividade, o Sadie® é a escolha certa. Àqueles mais exigentes, supere as expectativas com o serviço do BW Signature Collection® ou acesse os destinos mais requisitados com o BW Premier Collection®. Focada nos mercados upscale e luxo, a WorldHotels Collection é a família de hotéis e resorts exclusivos do BWH Hotel Group®. Com um portfólio cuidadosamente selecionado de propriedades independentes dedicadas à arte da hospitalidade, a WorldHotels Collection e suas quatro marcas estão presentes nos destinos mais refinados. São elas: WorldHotels® Luxury, WorldHotels Elite, WorldHotels Distinctive e WorldHotels Crafted. Seja nas Américas, na Ásia, na Europa, na Oceania ou no Oriente Médio, comece sua viagem com uma seleção de exclusividades que só a WorldHotels Collection e suas propriedades impecáveis podem lhe oferecer. Para aqueles que viajam com o orçamento mais cur-

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PATROCINADO

to, mas não dispensam conforto, foi criado o SureStay Hotel Group®. Suas quatro marcas, SureStay®, SureStay Plus®, SureStay Collection® e SureStay StudioSM, formam uma coleção de hotéis franqueados voltados para o mercado econômico, especificamente os segmentos economy, upper-economy e lower-midscale. Inaugurado em 2016, o SureStay Hotel Group® entende que cada viagem e cada hóspede são únicos, não por acaso é atualmente uma das redes hoteleiras que mais crescem na indústria. Por trás do hotel tradicional da Best Western® Hotel & Resorts, do resort paradisíaco da World Hotel® Collection e do melhor custo-benefício do SureStay Hotel Group® está um dos grupos hoteleiros mais capazes de atender as demandas do atual mercado: o BWH Hotel Group®, com suas 18 marcas, 4,7 mil propriedades e presença em mais de 100 países e territórios.n 4 a 10 de abril de 2022 — PANROTAS

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Agências de viagens on-line Rodrigo Vieira

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Daniela Araújo, diretora de Sourcing Air da Decolar

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O Brasil é o grande foco do Grupo Despegar (Decolar) nos próximos anos. Nascida na Argentina, a empresa começou como uma agência de viagens on-line e alçou voo para se tornar um dos maiores nomes da indústria de Turismo do continente, atacando com muito marketing e aquisições. A expansão continuou principalmente em Chile, Colômbia e Peru, mercados onde já era uma referência e se tornou ainda mais com a compra da rede de lojas físicas Viajes Falabella e depois com a aquisi-

ção da BestDay no México (que tem o braço B2B HotelDo no Brasil). Agora, "Plano Brasil" se tornou o Trending Topic da Despegar. Tecnologia e relacionamento com os fornecedores serão chave para esta conquista de um território maior. Aliás, "ainda maior", porque a empresa é top 3 entre as maiores distribuidoras de viagens do Brasil. Em 2018, ano em que alcançou cerca de R$ 9 bilhões em vendas no País, ficou atrás apenas da CVC Corp neste quesito. Em toda Amé-

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rica Latina, o faturamento foi de R$ 18,8 bilhões naquele mesmo ano. Neste tabuleiro, um gigante continental está interessado em colocar mais pecinhas no território brasileiro. E uma das peças mais estratégicas foi colocada em 25 de janeiro. Após uma experiência no mercado financeiro e cinco anos de Gol, Daniela Araújo foi anunciada como diretora de Sourcing Air da Decolar. "Eu não imaginei que fosse tanto", diz ela sobre o foco da Decolar no Brasil. "Quando eu estava negociando minha vinda, um fator decisivo para a mudança foi o plano ambicioso para o País. Estamos falando de um grupo muito forte nos países hispânicos da América Latina. Somos o primeiro, muito longe do segundo, na América Hispânica. E, nos meus diálogos antes de vir,

fiquei impressionada. com a quantidade de vezes que escutei 'Plano Brasil'. Isso está se confirmado nesses três meses", completa. Confessamente submersa na empresa nesses dois meses, Daniela diz que está empolgada com a proposta de tornar a experiência do cliente mais fácil por meio da tecnologia. Ela classifica sua nova casa como uma empresa totalmente dependente do Turismo, mas que por essência é tecnológica. "Queremos estar em toda a jornada, de ponta a ponta, desde a busca propriamente dita, entendendo o que o cliente quer, oferecer comparador de preço, os melhores fornecedores possíveis para cada destino e perfil de passageiros. No fim, é transformar a vida das pessoas por meio das viagens", afirma, dando números para ratificar seus argumentos:

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O Brasil como destino também é um projeto importante para a empresa. Daniela diz que em sua experiência trabalhando na Argentina e já neste início de trajetória na Decolar se vê o quanto o Brasil tem potencial global e o quanto é importante no contexto latino-americano. "Pretendemos fazer o brasileiro conhecer seu próprio país. Nós focamos muito em Nordeste, é justo, trata-se de uma região linda, mas temos mais a fazer, com as chapadas, o ecoturismo, o Pantanal, os diversos biomas..." Aí entra a expectativa da Decolar na diretora de Sourcing Air em buscar as melhores negociações com as transportadoras. O aéreo é fundamental nesta expansão da OTA no Brasil e, se em toda negociação saudável tem de haver uma troca, a base de dados às mãos de Daniela pode ser um poder de barganha interessante. Palavras de quem acaba de concluir cinco anos de ciclo na aviação. "O grande aporte que eu espero trazer é a relação com o fornecedor, entender o lado dele. Tive uma história querida na Gol nesses cinco anos e isso me fez conhecer muitas pessoas não só da minha companhia como dos concorrentes. Conheci bem o mercado. Ser uma pessoa do negócio traz proximidade, passamos a falar a mesma linguagem técnica da companhia aérea", afirma Daniela Araújo. "Eu não tenho mais load factor para me preocupar, mas meu parceiro tem e, à medida em que entendo o quanto isso é impactante no negócio dele, a negociação passa a ser boa para os dois lados. Para eles, é importante oferecermos a informação que temos, informações sensíveis para as parceiras aéreas, como por exemplo demandas emergentes", completa a executiva. Uma área em que a nova diretora vê como de grande potencial na Decolar, mas com planos ainda distantes, é a de ancillaries. "Pela minha posição anterior no setor

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aéreo, reconheço que esse é um campo que temos a evoluir. Pela abrangência que a gente tem com o turista em geral, podemos e queremos prover muito mais a venda de produtos auxiliares do que hoje. É um mar aberto para nadarmos. Hoje o máximo que fazemos, e para um número limitado de aéreas, é a bagagem, mas temos de ir muito além disso: marcação de assento, refeição etc. Temos capacidade tecnológica para isso. Esse é um dos principais desafios

da minha nova cadeira, mas ainda é um plano futuro, não há nada que tenha começado nesse sentido." STAYS Como agregar mais? Essa é a pergunta que a direção da Decolar se força a fazer para evoluir no Brasil. Em um desses brainstorms foi composta a ideia de comprar a Stays. "Víamos que tinha muita gente comprando aéreo, mas muita oportunidade ainda, principalmen-

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te na pandemia e a transformação dos modelos de trabalho e nomadismo digital, em um novo caminho no modelo de hospedagem. Hoje, no Brasil, 10% dos proprietários de casa para locação de temporada usam o serviço de administração deste imóvel. Quando olhamos ao mercado europeu, este índice é de 90%. Tem uma avenida de oportunidades disponível", afirma. "Nosso investimento na Stays é visto como grande oportunidade para nós como empresa, mas também, novamente, para desenvolver o Turismo. Se temos um públi-

co que está procurando isso, não adianta ficar oferecendo outra coisa. Ele quer estadas de médio e longo prazos em um local diferente da casa dele. Um quarto em um resort cinco estrelas não vai resolver isso." Daniela se refere à última aquisição da OTA no mercado brasileiro, de uma participação de 51% na Stays.net, uma channel manager de aluguéis para temporada, por um preço total de US$ 3 milhões. RETOMADA Por fim, Daniela Araújo fala em um patamar de 75% do período

pré-pandemia no volume de emissões, considerando todos os produtos vendidos pela empresa. Os créditos de viagens da pandemia ainda estão em um patamar alto, mas é uma quantidade que vem diminuindo bastante, segundo a diretora de Sourcing Air. "Já tem muito dinheiro novo entrando, o que é muito bom para nós. O volume de reservas brutas subiu 50% no quarto trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Em volume de transação, estamos em 82% de 2019", conclui.n

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Lazer e entretenimento Artur Luiz Andrade

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Carolina Negri e Murilo Pascoal, do Sindepat

O Sindepat Summit, em sua terceira edição, levou para a Serra Gaúcha o debate sobre a retomada do setor de parques temáticos e atrações, além de apontar para as tendências para os próximos anos, a começar pela nova fase dos parques naturais no País. Diversos parques ficaram fechados por oito meses por causa da pandemia, retornaram aos poucos, com limitações, e hoje operam em capacidade total, a maioria já com a liberação de uso de máscaras. E exigindo certificado de vacinação, claro. Ficou evidente nas apresentações do evento e na fala do presidente do Sindepat, Murilo Pascoal, que a reabertura dos parques e atrações foi decisiva para o reaquecimento dos 50

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demais setores da economia turística dos destinos. As famílias voltaram, o número de dias aumentou, lojas, restaurantes, comércio em geral agradecem. “Trabalhamos arduamente como associação para que não houvesse o colapso do setor de parques e atrações quando tivemos de fechar por meses, em 2020. Os resultados começaram a aparecer, por meio de medidas que contiveram as demissões, e seguem surgindo, como a mais recente, pela qual tivemos a conquista da desoneração fiscal federal por cinco anos”, disse Pascoal. “Estar aqui hoje, depois de tudo que enfrentamos, demonstra a resiliência do Turismo e a força do nosso setor. Estamos juntos e este é o pri-

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meiro de muitos reencontros que virão”, completou. O importante papel das entidades, devido a seu trabalho junto ao governo e à força tarefa para minimizar os efeitos da pandemia em empresas e profissionais, também foi destacado e é preciso conscientização dos não associados em relação aos benefícios de estar junto de seus pares brigando pelo segmento, mas também trocando conhecimento e ideias em eventos como o Sindepat Summit. Como na edição anterior do Sindepat Summit, realizada em 2019, em Brasília, a associação apresentou a Agenda Legislativa, documento que reúne as pautas prioritárias do setor, em debate no Congresso Nacional. “Com a Agenda Legislativa, queremos dar nossa contribuição para auxiliar o trabalho parlamentar e de membros do Poder Executivo em questões referentes a nosso setor, gerador de emprego e renda e âncora do desenvolvimento de muitos destinos onde estão instalados”, explicou Murilo Pascoal. “O documento reúne o posicionamento do Sindepat, pautado em técnicas e dinâmicas da indústria de parques e atrações turísticas, em relação a diversos Projetos de Lei acompanhados por nosso Departamento de Relações Institucionais em Brasília.” A PANROTAS uma vez mais foi media partner do evento, e traz a seguir 15 tendências do setor de parques e atrações no Brasil. Há oportunidades para todos da cadeia de Turismo. Se um dia o setor foi considerado supérfluo, como disse Alain Baldacci, do Wet’n Wild São Paulo durante o evento, hoje é visto como um dos pilares dessa indústria. “E estamos apenas engatinhando, há muito o que fazer e crescer”, emendou Pascoal.

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A nova concessão do Parque Nacional de Iguaçu (veja matéria na página 60) marca uma nova fase da exploração turística aliada à preservação dos parques naturais no Brasil. Somente o BNDES tem 54 projetos estruturados para parques, sendo que dez para este ano, incluindo o de Iguaçu. Programas estaduais e municipais têm outros 30 projetos em suas carteiras. No Brasil, há 570 unidades de conservação e um potencial enorme para a criação de atrativos turísticos ligados à natureza, sob a forma de concessão. São 78 milhões de hectares de área protegida no continente e outros 92 milhões de área marinha, sob coordenação do ICMBio. Mirando em exemplos como Estados Unidos, África do Sul e Costa Rica, o Brasil tem tudo para liderar esse segmento no futuro e levar desenvolvimento para diversas regiões do País. A parte mais difícil já passou, com as primeiras concessões sendo renovadas de forma mais moderna e com maior potencial comercial. Fique atento nos projetos de sua cidade ou região. Os parques naturais são a próxima fronteira do Turismo. Faça parte disso.

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:#3#;.+8+'5#%# 95<#'5#*;0+10# &5#$5-5 A região de Gramado e Canela conta com mais de 100 parques e atrações turísticas e elas não param de aumentar. Depois do Skyglass, aberto em plena pandemia, e de diversas atrações nos últimos dois anos, vêm aí um parque aquático indoor da Cristais de Gramado, uma roda gigante no Mundo a Vapor, e o Parque da Mônica. Também é grande a expectativa para as melhorias e estruturação no parque de Aparados da Serra, concessionado para a Urbia (Construcap), na região de Cambará do Sul. Já em Foz do Iguaçu, a concessão para o consórcio Novo PNI vai alavancar ainda mais o destino, que já vive um momento de melhorias em infraestrutura, de rodovias a hotéis, do aeroporto a novos atrativos. Aposte em Gramado e Foz do Iguaçu. O retorno é garantido.

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Outra tendência que promete mudar o panorama de parques no Nordeste é a chegada de novos equipamentos, alguns já anunciados, como os parques de Pernambuco (Acquaventura, na Praia de Carneiros) e na Paraíba (Surf World Park). A região já teve parques que não vingaram, como no Rio Grande do Norte e Salvador, mas os modelos atuais (veja o item 5) prometem levar mais diversão e entretenimento à beira mar, como já ocorre com o Beach Park, no Ceará.

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?#3#$%)&5@5;*+#-+.+# )58-@%8%&$+.# %#9+)*@*$+.#+# %7-%.*(&)*+ O editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, sabatinou Murilo Pascoal e Carolina Negri sobre as tendências dos parques e atrações no Brasil, além do papel do Sindepat

Parques e atrações precisam abraçar o figital. A experiência física precisa ser complementada, melhorada e ampliada via ferramentas digitais. Apps para guiar nos parques ou para fazer pagamentos (como de refeições ou de aluguel de serviços – lockers, por exemplo), interação digital (com realidade virtual ou aumentada), filas virtuais, avisos no celular...há muito o que fazer para acabar com a imagem de filas, tempo perdido e falta de planejamento para visitar uma atração ou parque.

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"#3#.%,*'(&)*+#A# %&$.%$%&*8%&$5 Moradia (seja a primeira ou segunda residência) mais entretenimento (gastronomia, lazer e até parques). Aposte nessa tendência, ainda mais com o crescimento dos projetos de tempo compartilhado, que enxergaram na união como o lazer uma forma de crescer e levar mais negócios para diversas regiões do Brasil. Francisco Costa Neto, da BetaAdvisory, e ex-CEO da Aviva, fez uma palestra sobre o tema no Sindepat Summite batizou a tendência como resleisure. Os projetos que unem o setor imobiliário ao entretenimento, de acordo com ele, estão super alinhados com os desejos pós-pandemia: compartilhamento de tudo (mo-

bilidade, trabalho, propriedade), aderência à tecnologia, descentralização dos negócios dos grandes centros, busca por bem estar e lazer, busca por espaços e contato com a natureza, residir e trabalhar em qualquer lugar. Os projetos que unem residência e complexo de entretenimento (incluindo resort, beach club e área gastronômica e de lazer) devem se espalhar por destinos secundários no Brasil e comprovar a tendência. “E é o residencial compartilhado que no final paga a conta”, disse Neto, que usou ainda o exemplo da comunidade de storyliving que a Disney está lançando na Califórnia, a Cotino, com residenciais, resort, lazer e entretenimento

Francisco Costa Neto fala sobre a tendência de residências com entretenimento

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E se o lugar é importante, se estar conectado com o destino é fundamental, ter conteúdo que fale diretamente ao visitante, investir em histórias originais ou em conteúdo nacional são ações que estão em alta. A fauna e os personagens brasileiros, a cultura de cada destino, a história que se conecta cada visitante tornam o parque ou atração ainda mais relevantes para a experiência.

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Contar uma história, envolver e engajar o visitante, emocionar... Mais que nunca parques e atrações precisam deixar o contemplativo, a atração seca, sem uma imagem bonita, o cenário árido e investir em beleza, histórias, contexto, backgrounds instagramáveis e uma ligação forte com o lugar e o perfil dos visitantes. Do toboágua ao parque itinerante, todos precisam ter uma boa história aliada à adrenalina ou ao percurso da atração.

O Beach Park fez parceria com o DJ Alok para turbinar sua mais nova atração, a ToboMusik

O envolvimento do BNDES e o acordar de prefeitos e governadores para a questão dos parques naturais mostram que essa união é decisiva para o sucesso dos novos empreendimentos. Se o governo não tiver um olhar para o Turismo como uma indústria estratégica de desenvolvimento, tudo será mais lento e mais difícil. O Ministério do Turismo, como mostrou Cinthia Marques no Sindepat Summit, tem um setor para orientar os players sobre investimentos e acesso a crédito. Há uma assessoria que pode facilitar e acelerar projetos e negócios. E a tendência é que isso se espalhe por Estados e municípios, com órgãos de fomento, medidas e leis (o Legislativo também precisa estar junto) que facilitem e incentivem o Turismo.

Cinthia Marques, do Ministério do Turismo

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J#3#-.59*,,*5&+@*<+145# '5#,%$5.#%#-@+C%.,# %&I5@I*'5, Há toda uma geração que aprendeu na prática e com pioneiros como Marcelo Gutglas, do Playcenter, Alain Baldacci, do Wet ‘n Wild, Renato Fensterseifer, do Alpen Park, entre tantos outros. E que hoje já são eles mesmos formadores de tantos profissionais. Mas há também todo um sistema de parques estruturado, com altos investimentos em técnica e segurança, além da presença de empresas internacionais no Brasil, que

garantem uma profissionalização cada vez maior do setor e seus profissionais. Trabalhar com parques ou empreender nesse segmento não é mais uma aventura, um tiro no escuro. Há empresa sérias e consistentes, de todos os portes, que investem em conteúdo, tecnologia, rebranding, planos estratégicos, novas atrações, marketing, para que a experiência nos parques seja cada vez mais segura e inesquecível.

Alain Baldacci fez uma apresentação no evento e homenageou Munir Calaça, Carol Negri, Murilo Pascoal, Marcelo Gutglas, Renato Fensterseifer e Ricardi Penteado

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!K#3#50,+'*+ Se ainda estamos engatinhando no setor de parques e atrações, essa é a hora de ousar. Uma tirolesa no Pão de Açúcar? Um teleférico em Foz do Iguaçu? Uma ponte de vidro em Canela? A maior imagem de Nossa Senhora de Aparecida no interior de São Paulo? Glamping nas Cataratas? Ouse, como fizeram os pioneiros ao construir atrações e parques que são referência até hoje.

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Parques generalistas com atrações especializadas. Atrações nichadas uma ao lado da outra. Experiências únicas em locais isolados ou perto de polos de Turismo. As atrações não precisam mais ser para todo mundo e podem ser desenhadas para agradar nichos e públicos específicos. Gramado é um bom exemplo, com atrações para quem gosta de automóveis, ou de selfies, ou de aventura, e por aí vai. As famílias continuam sendo o centro das atenções de parques e atrações. Mas há espaço para as especializações.

Fantastic House, em Gramado

Skyglass Canela

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!:#3#%7-%.*(&)*+,# -%.,5&+@*<+'+, !=#3#95.1+#'+,# +,,5)*+12%, Somando-se à tendência anterior, reconhecer o visitante com personalizações (do nome dele em algum lugar ou produto à foto de sua visita, por exemplo) é fundamental em tempos de redes sociais. A tecnologia permite isso (como nas pulseiras com RFID e apps que guardam as preferências de cada um e criam sugestões de roteiro exclusivas) e abre portas para uma experiência cada vez mais afinada com o perfil do visitante.

Murilo Pascoal, CEO do Beach Park e presidente do Sindepat

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As medidas provisórias e as ações conseguidas junto ao governo federal, todo o trabalho pelo setor em diversas frentes (da política à técnica), os eventos específicos, como o Sindepat Summit, o trabalho de comunicação e divulgação reforçaram, na pandemia e nessa retomada, o papel das associações, como o Sindepat. Quanto mais associados, quanto mais união, melhor para todos. As conquistas, como as MPs, são para todo o setor, mas é preciso não apenas dividir essa conta, esse investimento, mas também ouvir mais vozes, compartilhar mais conhecimento e ideias. E isso se dá no ambiente da associação de classe.

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!?#3#,0,$%&$+G*@*'+'% O tema já é obrigatório nas empresas e o público começa a escolher suas visitas a empreendimentos com políticas claras de ESG: sustentabilidade, diversidade e inclusão, com boas práticas visíveis a quem utiliza os espaços e atrações. O novo turista quer contribuir com as comunidades, com o planeta, com as minorias. E parques e atrações, além de fazerem desses temas uma política consistente, podem usar várias “bandeiras” para educar e divertir seu público.

&F8%.5,# '5#,*&'%-+$# ,088*$#:K:: Mais de 300 participantes 26 empresas expositoras 11 países representados 21 showcases

!"#3#%8#$5'5# 5#G.+,*@ Rio de Janeiro, Gramado, Foz do Iguaçu, Interior de São Paulo. Os principais polos de parques e atrações atraem cada vez mais investimentos, evoluem como destinos e inspiram o crescimento por todo o Brasil. E investidores estão atrás dessas oportunidades fora dos grandes polos, para saírem na frente, ajudarem a desenvolver novas regiões, especialmente em um país tão grande e diverso. A modalidade residência + parques pode ajudar nisso, assim como as concessões de parques públicos e os incentivos oferecidos por governos locais ou até pelo governo federal. Descentralizar é bom para a indústria, para o País e para o turista, que terá uma rede de parques naturais, aquáticos e temáticos, além de atrações em diversos locais do País. As comunidades também agradecem.n

4 atrações e parques participantes das visitas técnicas 80 participantes nas visitas técnicas

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Parques naturais Artur Luiz Andrade

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%*+),+-./0 Parque Nacional do Iguaçu terá experiências mais imersivas para o visitante

Pablo Morbis, CEO do Grupo Cataratas

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Se a próxima fronteira do Turismo é o desenvolvimento e expansão do sistema de parques naturais, o Parque Nacional de Iguaçu sai na frente por dois motivos: é um case de sucesso e um pioneiro no programa de concessões do governo federal (lá nos idos de 1998) e acaba de passar por um novo processo de concessão, mais moderna e com contrato menos amarrado, que coroou o consórcio Novo PNI, formado pelo Grupo Cataratas (atual concessionário) e a Construcap, que, por meio da marca Urbia, começou a atuar no segmento com a administração dos parques de Aparados da Serra (RS) e do Ibira-

puera, na capital paulista. O CEO do Grupo Cataratas, Pablo Morbis, falou com exclusividade à Revista PANROTAS apenas dois dias depois do anúncio da vitória do consórcio Novo PNI e promete uma experiência mais imersiva e diversa dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Entre os projetos estão novas trilhas, novas atividades e equipamentos (por exemplo, para o Turismo de Aventura), 100% de acessibilidade, um teleférico, maior proximidade com a natureza, mais três polos de visitação, ciclovia e o estudo para ampliar a hospedagem no parque (do glamping a um novo

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hotel, tudo é possível). Isso tudo, segundo Pablo, mostrando a harmonia do Turismo com a conservação e o desenvolvimento das comunidades do entorno (as três novas áreas de exploração, por exemplo, ficam em municípios vizinhos). O investimento previsto em 30 anos é de R$ 3,6 bilhões e a proposta vencedora arrematou a concessão do parque por R$ 375 milhões (ágio de 350% em relação à proposta inicial de R$ 83,4 milhões). Somente na requalificação das trilhas e criação dos novos polos de visitação serão investidos mais de R$ 500 milhões. A primeira fase da concessão, que começou em 1998, mostrou ser possível que Turismo e Meio Ambiente andem juntos e se beneficiem um do outro. Agora, o Parque Nacional do Iguaçu quer ir além e virar referência mundial. O contrato novo permite mais liberdade comercial e o consórcio vai atrás de todas

as possibilidades. Para Pablo Morbis esse é o momento de Foz do Iguaçu e dos parques naturais do Brasil. “Governos municipais, estaduais e federais estão falando de Turismo e estão com os parques naturais no radar. O BNDES tem 54 projetos e linha de crédito, o que deu mais profissionalismo ao segmento. Quando começamos ninguém olhava para esse setor, que é vocação do Brasil, o Turismo de natureza”, analisa o CEO do Grupo Cataratas. Para ele, não tem cabimento o Brasil não explorar esse Turismo de natureza (que é diferente de ter belezas naturais) e mais ainda estar em segundo lugar, perdendo para o México, em competitividade na área de atrativos naturais. “O México que me desculpe, a Costa Rica idem, mas não tem comparação. O Brasil é líder em atrativos naturais e estamos apenas começando a estruturar esse setor, a vender o Turismo de natureza como já

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fazem muito bem os Estados Unidos, a África do Sul e a própria Costa Rica. É um projeto de longo prazo, mas os frutos vêm”, disse o líder do Grupo Cataratas, que também tem negócios em Fernando de Noronha e no Rio de Janeiro. E entre esses frutos estão a maior permanência no destino Foz do Iguaçu, mais experiências dentro do parque, mais renda e desenvolvimento para o destino, mais investimentos em preservação e proteção ambiental. Confira a e uir o ate a o com Pa o or i ue ocorreu no Sindeat Summit em ramado RS REVISTA PANROTAS – Indiscutivelmente o Brasil tem nos recursos naturais uma liderança global. Mas perdemos em competitividade para o México, que lidera no ranking do Fórum Mundial. Como você avalia isso? Há uma política de governo consistente para esse novo momento do Turismo de natureza no mundo? PABLO MORBIS – Finalmente temos hoje prefeitos, governadores, presidente da Pablo Morbis, CEO do Grupo Cataratas

República falando de Turismo. Essa agenda de recursos naturais, de parques naturais, ela está na boca dos governantes, entrou definitivamente na agenda de governo. Estamos há 22 anos nesse mercado, começamos em 1998. Fomos um player isolado em um mercado que ninguém dava bola. Os recursos naturais não eram valorizados de forma adequada. Cataratas do Iguaçu é um ícone mundial, ela é única, mas temos inúmeras belezas naturais que estavam praticamente intocadas ou não trabalhadas como destino turístico. Acho que agora com o governo federal estruturando essa área e o Ministério do Turismo se envolvendo em questões que sempre foram do Ministério do Meio Ambiente... O Turismo entrar nessa pauta e o BNDES entrar modelando (o formato e contrato de concessão trou eram um profissionalismo e uma vitrine para esse negócio, esse setor, que a gente não tinha. E passamos muitos anos sem promover esses destinos. Você pega a Costa Rica, que montou toda sua plataforma de Turismo em cima de um Turismo de natureza. O México a mesma coisa. E o Brasil nunca trabalhou sua plataforma em cima do fato de ser um destino de natureza. Era o destino do samba, do futebol, do Rio de Janeiro... É um trabalho de longo prazo, isso não vai ter resultados sólidos a curtíssimo prazo, mas a semente está plantada para termos um trabalho forte nesse sentido. RP – E o México lidera mesmo esse setor mundialmente? PABLO – O Brasil é o país com a maior diversidade do mundo. Temos praia, mata, cerrado, uma biodiversidade que não tem em outro lugar. Com todo respeito ao México, o Brasil não é comparável com México, Costa Rica, devido ao enorme potencial que temos em Turismo de natureza. Basta trabalharmos essa agenda. E isso está sendo trabalhado em todas as esferas de governo.

“PROVAMOS QUE É POSSÍVEL” RP – Antes de entrarmos nos planos 62

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RP – Você tem que referências quando traça essa meta? Os parques americanos são o grande exemplo? PABLO – Sim, são. Os parques da África do Sul, da Costa Rica também, mas os Estados Unidos têm parques, como o Yosemite, que é excepcional, e isso foi incorporado à cultura do americano. O americano tira férias e vai acampar em um parque nacional, isso ainda não temos. Nós como destino turístico trabalhamos pouco nosso principal talento que é a beleza natural. RP – Esse novo contrato e modelo de concessão destrava um monte de amarras e abre novos caminhos. O gargalo continua na infraestrutura? PABLO – No nosso caso, acho que

Fábio Teixeira/AquaRio

desse novo contrato de concessão, como você define a fase que termina agora e na qual você disse que atuou por muitos anos sozinho e isolado? PABLO – Conseguimos estabelecer um case de sucesso, apesar de todas as dificuldades de contrato, ue foi um dos primeiros contratos de concessão no Brasil – não apenas de Turismo, mas de todas as áreas. A Lei de Concessões é de 1996. Em 1998 o Ministério do Meio Ambiente faz a primeira concessão de um parque natural (o de Iguaçu), quase junto com as rodovias. Então, foi um dos primeiros contratos e era muito engessado, não trazia liberdade comercial. Era um contrato que regulava demais, com preço controlado, você não podia ter política comercial. Apesar de todas as dificuldades, oi um case de sucesso que provou que era possível aliar Turismo, licitação pública, ordenamento, experiência e qualidade de visitação com a conservação. Acho que maior resultado que temos é esse: um case de sucesso que mostrou que era possível fazer. Quantas vezes tivemos diversos visitantes ue ficaram impressionados com a estrutura do parque. O nome do novo consórcio, com a Construcap, é o Novo PNI, porque queremos ir para um 2.0 que vai ser sensacional e que vamos lutar para que o parque seja referência mundial.

não. Foz do Iguaçu é a bola da vez no Turismo. O trabalho que Gramado fez de forma brilhante nos últimos dez, 15 anos, agora está sendo feito em Foz do Iguaçu. Foz hoje tem mais de R$ 1 bilhão em investimento público sendo realizado e outro R$ 1 bilhão vindo da iniciativa privada. Temos uma nova ponte ligando Brasil e Argentina, o aeroporto foi todo reformado e ampliado, incluindo a pista e o terminal, a CCR tem um compromisso de buscar mais voos, novos mercados, em uma malha aérea mais consistente, o anel viário de Foz vai trazer mais facilidade ao transporte rodoviário, enfim, uma série de investimentos públicos, que o privado acompanhou. Você não se hospeda em um hotel em Foz hoje que não esteja em fase de ampliação ou que não tenha sido renovado. Fora os novos projetos, novos parques, teve agora a roda gigante, outras atrações. Temos um novo Marco das Três Fronteiras. Ou seja, tudo isso vai render bons frutos à frente.

AquaRio, no Rio de Janeiro, mais uma empresa do Grupo Cataratas

“IMERSÃO NO PARQUE NACIONAL DE IGUAÇU” RP – E o que você já pode adiantar dos planos para essa nova fase de concessão? O que vai ser feito de imediato, que novos produtos e experiências o parque vai oferecer? PABLO – São dois os principais fatores que vão fazer com que as novas atividades, produtos e serviços funcionem. Uma maior integração 4 a 10 de abril de 2022 — PANROTAS

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do parque, pois o novo contrato traz mais três núcleos de visitação dos municípios lindeiros (vizinhos). Mas mesmo no núcleo Cataratas, que recebe dois milhões de visitantes, haverá maior integração e maior imersão ao parque. Esses dois milhões, até hoje, chegam, pegam um ônibus, visitam as trilhas das Cataratas, almoçam, compram algo e vão embora. Parte ainda fazia o Macuco. Vamos buscar encher todo o Núcleo Cataratas com atividades, de forma que a pessoa tenha uma imersão muito maior não só nas Cataratas, mas no parque nacional como um todo. O parque nacional é de uma beleza ímpar, com um rio lindo, no qual é possível explorar inclusive serviços náuticos. Podemos fazer atividades hoje não oferecidas, melhorando e aumentando a experiência de visitação, aumentando a permanência média no parque nacional, com uma conexão mais vibrante com a natureza. E mais tempo no destino como um todo, com toda a cadeia do Turismo se eneficiando RP – Esses novos núcleos vão se transformar em que tipo de passeio? PABLO – les ficam em outros municípios. Não é visita para fazer no mesmo instante. São passeios de um dia. Vai ter trilha que leva até cachoeiras, uma pegada mais natural, focada nessa conexão. RP – Em relação a novas atividades, o que podemos esperar? PABLO –A gente tem no plano de negócios um item obrigatório que é um teleférico, que vai ligar o Centro de Visitantes até a Usina São João, que é uma área que pretendemos revitalizar também; pretendemos criar alguns núcleos de esporte e aventura, inclusive um parque de aventura; uma parte de contemplação daquela mata virgem à beira do rio; diversas novas trilhas, com mais conforto, com acessibilidade 100%. Vamos para um novo nível de qualidade no parque de Iguaçu. RP – Há planos para mais opção de hospedagem? PABLO – Estamos avaliando ainda. É possível, pelo novo edital, mas 64

ainda não temos uma posição clara sobre isso. RP – E acampar no parque, como é possível nos Estados Unidos? PABLO – Um glamping faz todo o sentido. Mas ainda vamos estudar bastante este ponto de hospedagem. Também teremos um novo sistema de transporte, mais imersivo, limpo. Vamos promover o uso de bicicleta no parque, teremos ciclovia. E a questão da inserção da tecnologia. Ser um parque figital. Você conseguir transformar o ativo natural físico em um ativo digital também, de forma que a visita tenha uma imersão tecnológica, que um app consiga facilitar a vida dos turistas.

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RP – Pensam em imersões guiadas, por exemplo, como na África? PABLO – O Turismo na África é muito focado na vida selvagem animal. É para ver bicho. Em Iguaçu é uma pegada mais de natureza, obviamente com a maravilha da queda das águas, mas com menos contato com a vida selvagem. Não é o objetivo da visita.

“MERCADO ESTÁ PRONTO” RP – O mercado vendedor, o trade, está preparado para este novo momento dos parques naturais no Brasil? PABLO – Não tenho a menor dúvida. Pelo fato de o contrato anterior ter sido tão engessado, todo o trade turístico tem a exata noção do potencial dos produtos que podem ser gerados ali e acho que o mercado vai receber muito bem esses novos produtos, que serão uma fonte de renda adicional. O mercado está preparado, mas é claro que transformar uma visita de três horas em uma visita de um dia inteiro ou dois dias vai levar um tempo. Passa por treinamento, cultura, aumento do tempo de per-

manência no destino...Tudo isso tem de ser trabalhado, mas o trade está preparado para isso. E o próprio visitante quer essas experiências. RP – Como é a relação com o parque argentino? PABLO – Uma relação boa, acho que uma visita completa passa pelos dois lados. Temos que cada vez mais trabalhar produtos para que o visitante tenha essas duas visões e culturas. Existe uma relação ganha-ganha, vamos sentar com o lado de lá e buscar essas formas de parceria, sem dúvida nenhuma. É uma visita super bacana, vale como experiência completa ao visitante fomentar a ida ao lado argentino. RP – Você disse que Foz é a bola da vez, é a joia da coroa, teve um super ágio na nova concessão, mas como você vê esses outros parques, menores, espalhados pelo Brasil, longe de um polo consolidado como Foz e muitas vezes com infraestrutura de acesso e no entorno precária? PABLO – Se formos esperar tudo acontecer ao mesmo tempo, não fazemos nada. Às vezes falamos, ah

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Grupo Cataratas acredita que experiência em Fernando de Noronha pode melhorar ainda mais

está concessionando parque, mas o acesso é difícil; eu não tenho a menor dúvida que um parque estruturado fará o governo se mobilizar e melhorar essa estrutura. O entorno ao perceber que o Turismo é a principal renda e ue pode eneficiar a comunidade, ele desperta e faz isso acontecer. Óbvio que é um processo a longo prazo. Vivi intensamente nossa concessão em Fernando de Noronha, por exemplo. Cheguei lá em 2011, e pude acompanhar a evolução do Turismo de Fernando de Noronha de lá até aqui. É uma comunidade pequena, com cinco mil moradores, que vive única e exclusivamente do Turismo e que entendeu, não do dia para a noite, que a melhor infraestrutura do parque, com o concessionário ali provendo um serviço melhor, era bom para todos. Todos ganham com o aumento da qualidade da visitação. RP – E tem como melhor e evoluir essa experiência? PABLO – Não tenho a menor dúvida. Noronha tem um passo importante que é o plano diretor e o estudo de capacidade de carga para entendermos, com os recursos que existem hoje, qual o potencial de visitação, pra que continue, por um lado, desenvol-

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vendo o Turismo, e também um olhar atencioso para a conservação. Qual o número ótimo hoje que Noronha pode receber e obviamente todos os temas centrais estão sendo tratados, como a questão do saneamento, que não é algo trivial e simples em uma ilha a 500 quilômetros do continente, a questão da energia, que hoje já é mais de 20% fotovoltaica e não só diesel... Temos o governo de Pernambuco colocando carros elétricos, política de compensação de carbono, acho que Noronha está vivendo um ciclo importante no Turismo e ainda tem muito a desenvolver e ser exemplo de um destino turístico sustentável para o Brasil e o mundo.

“RIO PRECISA ABRAÇAR TURISMO DE NATUREZA” RP – O Grupo Cataratas também está presente no Rio de Janeiro. Como está essa retomada e quais os planos para os equipamentos no destino, como o Aquario, o acesso de vans ao Cristo, Paineiras e o BioParque? PABLO – O Rio de Janeiro também é um destino que, como Foz, depende bastante do Turismo internacional. Então é óbvio que o impacto da pande-

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mia sobre o Rio e Foz foi maior que outros destinos nacionais. Todo o trade se uniu e as campanhas ue fizemos deram muito certo, tanto para os moradores, quanto para o regional rodoviário e agora para o nacional. Temos um calendário de eventos na cidade. Mas ainda está aquém das visitações de 2019. Parques onde dependo menos do internacional, como o Aquario, estão indo muito bem, mas o Cristo Redentor está com 60% da visitação de 2019, por causa do internacional. E também quem está buscando destinos secundários, menos urbanos. RP – Tem como criar algo imersivo de conexão com a natureza na Floresta da Tijuca? PABLO – Não está no nosso escopo de concessão, mas com certeza tem sim. Muitos cariocas nunca visitaram as trilhas e cachoeiras da Floresta da Tijuca. Tem muita coisa para ser explorada. Mas o Rio não é visto como Turismo de natureza. O Rio tem a praia, tem belezas naturais, mas não é um Turismo de natureza. Temos que pensar como vender o destino Rio para trazer a natureza mais para dentro das experiências dos visitantes A gente tem esse desafio Fora as questões econômicas e políticas que derrubaram o destino. 2015 foi nosso recorde de visitação no Cristo, 1,4 milhão de visitantes que subiram

no acesso de van. De lá até 2019 foram anos sucessivos de queda. O destino perdeu muito valor pelas crises políticas da cidade, mesmo com Copa e Olimpíada. 2019 paramos de cair e 2020 era o ano de crescer. Mas veio a pandemia. RP – Na avaliação do BNDES, que fez uma apresentação no Sindepat Summit, tem dinheiro para investir em parques naturais, mas faltam bons projetos. Concorda com isso? PABLO – É um mercado com muitos entrantes, ue tende a ficar mais irracional por isso. O entrante acredita no mercado e tende a ser mais otimista que o mundo real. Vamos ter um boom, com algumas propostas irracionais, mas daqui a dois, três anos acredito no amadurecimento desse mercado, que vai se consolidar. Até lá, alguns players e projetos não irão performar como deveriam, até termos um ajuste de mercado. A visão é otimista. Só o BNDES está com 54 projetos. O governo federal tem muitos parques para concessionar e estamos rumo à maturação e consolidação. Não acho que vá faltar capital, pois o próprio BNDES está com linhas de crédito bem interessantes e esse mercado verde está cada vez mais pujante, e buscar financiamento verde para par ues naturais vai ser o óbvio. n

Rio pode ter oferta maior de Turismo de natureza

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Artigo especial sobre diversidade Mariana Aldrigui é professora e pesquisadora em Turismo na EACH/ USP; coordenadora da Ong GTTP no Brasil; presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP; e membro do Comitê de Diversidade da WTM Latin America

O desafio diário da inclusão Demorou, mas aconteceu. Era ainda o ano de 2009, talvez 2008, e senti na pele (na verdade no estômago, ou talvez no fígado) o efeito do machismo – um indivíduo que trabalha na mesma organização que eu, e com quem mantinha excelente relação, não apenas boicotou a minha participação em um projeto, como reiteradas vezes repetiu a frase “não dê importância ao que ela fala, ela é mulher”. Parecia brincadeira, mas não era. Até então eu havia trabalhado em diferentes empresas do Turismo, todas com equipes muito diversas, com contatos em diferentes partes do Brasil e do mundo, e nada parecido estava registrado na minha memória de incômodos. Mas bastou esse momento de indignação, perplexidade até, para que eu pudesse, muito lentamente, compreender que episódios assim aconteciam desde sempre e com muita gente. Na universidade, espaço em que idealmente se debatem ideias e se constroem novas abordagens, eu esperaria, talvez ingenuamente, que isso fosse exceção. Mas ao contrário, é regra e acaba por perpetuar uma série de conceitos e pré-conceitos para os alunos que, por sua vez, levam isso para a sociedade. Ainda assim, nos corredores, salas e mesas de discussão se consolidam movimentos interessantes envolvendo diálogos sobre temas tidos como controversos, e que ecoam nos corações e mentes dos jovens ainda não desanimados com a realidade deste Brasil. Foi por ouvir alunas e alunos sobre as questões raciais, sobre as piadas de (extremo) mau gosto feitas por pro essores, pelas dificuldades en rentadas por alunos de diferentes segmentos da sociedade, por muitas lágrimas de jovens vítimas do preconceito 68

LGBT(QIAP+), que entendi a necessidade de sair de uma postura passiva para algo mais pragmático. Com eles aprendi a contemplar alternativas complicadas, muitas vezes com resultados de longo prazo, a avaliar propostas consideradas utópicas, mas que ainda assim foram abraçadas e transformadas em meta, em padrão desejável, em hábito, para que em pouco tempo passem a ser tão naturais que nem precisemos mais falar sobre elas. Parece ingênuo, mas não é. Discutir diversidade e inclusão passa, necessariamente, por aceitar diariamente todos os nossos preconceitos, e verbalizar o compromisso pela mudança. Reconhecer que estamos errados há muito tempo, talvez involuntariamente, mas que é a por nossa própria vontade e iniciativa que faremos tudo para derrubar qualquer um dos muros que separam os brancos privilegiados do grande grupo que é verdadeira sociedade brasileira. Cada um de nós sabe a posição em que está e o que pode fazer – do processo seletivo de novos colaboradores à correta adequação do espaço a todas as pessoas, respeitando cada indivíduo no que ele tem de mais importante – a sua existência, completa e integrada. Não se trata de redigir manual ou listar item a item o que deve ser feito, pois isso já existe e é acessível. O compromisso agora é usar sua voz, suas postagens, suas recomendações para valorizar as iniciativas inclusivas e, se necessário, boicotar a repetição (aquele eterno painel só com homens brancos cis héteros). E como consumidores, de produtos, serviços e informações, que saibamos reconhecer quem trabalha com seriedade por mais diversidade. n

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Pesquisas e Estatísticas

!"#$%&#"'()$*% !()+$% ,(-($% $+.#"#$ O tempo gasto nas redes sociais tem variado bastante nos últimos cinco anos. Entre 2014 e 2018, esta duração média foi crescendo gradualmente, aumentando em quase 40 minutos no acumulado. Os números começaram a estabilizar em 2019, apenas para ser interrompido pela pandemia. No segundo trimestre de 2020, quando cerca de metade da população mundial estava sob alguma forma de isolamento, o 70

tempo nas redes sociais alcançou os números mais altos já registrados. Naquela época, o impacto de longo prazo desse aumento não foi claro, mas é agora. O uso das redes flutuou um pouco, mas finalmente se estabilizou. Tirando África e Oriente Médio (MEA) da equação, região em que o tempo nas redes aumentou desde 2021, a média global é o que era há três anos. Como as vacinas oferecem mais

confiança às pessoas para aventuras fora de casa, a competição pelo tempo livre tende a se intensificar. Resoluções de ano novo oferecem pistas sobre as tendências futuras e, comparando com 2020, os participantes deste ano são mais propensos a decidirem viajar mais (+24%) e gastar menos tempo nas redes sociais (+9%). Por enquanto, as redes sociais estão mantendo o controle que têm sobre o tempo dos usuá-

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rios, mas uma recessão de atenção pode ver métricas baseadas em ação ganhando ainda mais relevância. Desde o segundo trimestre de 2021, o tempo gasto nas mídias sociais aumentou em 32 dos 47 países que a consultoria especializada GWI acompanhou, com consumidores no MEA aumentando seu uso em cerca de 20 minutos no espaço de alguns meses. BRASIL De acordo com a pesquisa da GWI, os usuários de redes sociais do Brasil contam com o segundo maior tempo médio gasto usando redes sociais em um dia, com três horas e quarenta e seis minutos, atrás apenas da Filipinas com quatro horas e oito minutos. A pesquisa também aponta que maioria dos brasileiros (35%) apontam o WhatsApp como sua rede social preferida, provavelmente devido à importância que a plataforma tem no cotidiano do brasileiro, sendo usada tanto para trabalho quanto para comunicação com amigos e familiares. PLATAFORMAS Especialmente com tantos sites usando o Facebook para acelerar o processo de login, a rede social está bem inserida na experiência virtual das pessoas. Dito isto, a Geração Z tem um lugar especial para o Instagram. Em todos os trimestres desde o segundo trimestre 2019, mais jovens entre 16 e 24 anos visitaram Instagram do que o Facebook. Um rápido olhar para trás ajuda a explicar isto: para todas as outras gerações, encontrar notícias é uma das principais três razões para usar redes sociais redes; enquanto a Geração Z coloca mais prioridade na busca de conteúdo e

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/0123450%67%48973879%:17%10;<%=;6;%3767%05=4;>% <780;><7897%?=5<%7@=7AB5%6;%.C48;D Geração Z

Millennials

Geração X

Baby Boomers

ver o que é tendência. A Geração Z sempre recebe muita atenção por desafiar o status quo, mas os grupos com mais idade são aqueles que fizeram as mudanças mais claras em sua plataforma preferida nos últimos trimestres. Desde 2020, o número dos consumidores que usam o TikTok mensalmente fora da China cresceu 32%, com o maior aumento vindos da Geração X e baby boomers. "O crescimento do aplicativo mostra que consumidores mais lentos e com mais idade têm uma mão nesta tendência. Desde o final de 2020, um pouco mais de consumidores entre 57 e 64 anos estão logando nas redes sociais para seguir influenciadores, evitar perder coisas e se conectar com boas causas", explicou a GWI. CHAT WhatsApp e Facebook Messenger são os serviços de mensagens globais mais populares. Enquanto o Facebook Messenger lidera na América do Norte, o WhatsApp sai no topo no

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geral, e fortaleceu sua liderança nos últimos trimestres. Engajamento com WhatsApp quase atingiu um ponto de saturação entre os consumidores da América Latina, com seus números até superando os do WeChat na China. Os aplicativos de mensagens mais distintos da Geração Z também são os que mais viram crescimento ultimamente, com Telegram e Discord ambos aumentando seus números gerais de uso em uma ordem de 19% desde 2020. Mais importante, os usuários do Messenger, Discord e Telegram são mais propensos a interagir com marcas nestes espaços. Eles podem não parecer naturais canais de marketing, mas há uma clara e crescente caso de negócios para experimentar com esses aplicativos e marcas. VÍDEOS CURTOS Em todas as faixas etárias e países no estudo da GWI, conteúdo de formato curto é mais popular do que a forma longa. TikTok pode ter iniciado uma nova era de vídeos pequenos, mas muitas redes sociais agora oferecem sua própria alternativa. Os reels do Instagram já existem há algum tempo, mas estão crescendo cada vez mais. Na verdade, houve um aumento de 20% no número de usuários do Instagram envolvidos nesse recurso desde 2020. "As empresas precisam encontrar os consumidores onde eles estão para fazer o maior impacto, o que significa que aumentar seus investimentos neste formato provavelmente valerá a pena", aconselhoua GWI. Enquanto o conteúdo de formato curto é a preferência, o conteúdo de longos vídeos têm seu lugar. Os clipes curtos são normalmente associados à Geração Z, mas a diferença entre os dois tipos é maior nos mercados ocidentais e entre os baby boomers. Isso é explicado devido ao apetite dos consumidores mais jovens por vídeos de instruções e vlogs. Diferentes categorias também são mais poderosas em certos países; por exemplo, alemães são os consumidores mais propensos a assistir a vídeos de média duração 72

/0123450%67%37670%05=4;40%67%=;6;%E31F5%792345% 7%5%9;<;8C5%65%GH675%:17%=5805<7< Vídeos curtos (menos de 4 minutos)

Vídeos médios (entre 4 e 20 minutos)

Vídeos longos (mais de 20 minutos)

sobre notícias ou política, enquanto os espectadores indianos preferem a comédia. METAVERSO A maioria dos internautas (70%) já ouviu falar do termo “metaverso”, embora a maioria deles (53%) não saiba o que significa. 51% estariam interessados em participar, embora isso diminua com a idade. De acordo com a GWI, ainda é cedo para dizer se o metaverso é a próxima grande novidade, mas há informações úteis com as quais marcas podem procurar uma vantagem de pioneirismo. Para a empresa, o impacto do metaverso na criação de conteúdo não deve ser esquecido. A razão mais popular para querer tomar parte do metaverso é baseada na ideia que tornará os jogos on-line mais populares (43%), mas a esperança de que o ambiente virtual torne a criação de conteúdo mais fácil ou mais proeminente também é um incentivo poderoso (41%). À medida em que o vínculo da indústria de jogos com a economia do criador continua a fortalecer, as empresas que procuram alguma influência cultural podem considerar fazer parceria com influenciadores no metaverso. n

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Artigo especial sobre diversidade Clovis Casemiro é coordenador de Membros Brasil, Portugal e América do Sul da Associação Internacional de Turismo LGBTQ+ (IGLTA) e membro do Comitê de Diversidade da WTM Latin America

Avanço do Turismo LGBT+ e POR QUE isso é importante Todos nós sentimos o avanço do Turismo LGBT+ em nossa indústria, porque temos mais empresas aplicando cada vez mais a Diversidade e Inclusão em seus projetos e dando visibilidade constante à importância em se adotar essas boas práticas. E como exemplo mais atual trazemos o caso da icônica American Express: “A inclusão é fundamental para a forma como fazemos negócios em nossa empresa e está incorporada na estratégia ESG”, disse Audrey Hendley, presidente da American Express Travel. “A parceria com uma organização como a IGLTA com tanto respeito em todo o setor é uma ação fundamental em nosso objetivo de garantir que estamos fazendo as escolhas certas quando se trata de inclusão e representação da comunidade LGBT+.” E até podemos garantir que o Turismo LGBT+ teve grande participação na evolução de políticas públicas federais e adotadas por várias cidades pelo País, pois se valeu da visibilidade da própria comunidade e dos ne-

gócios gerados. E através do segmento podemos entender quem são os “personagens” envolvidos no processo como um todo – desde o turista LGBT+, o consumidor de viagens, até os seus fornecedores e interessados em atender cada vez melhor esse público. E há cerca de 38 anos a Associação Internacional de Turismo LGBT+, IGLTA, sua sigla em inglês, vem desenvolvendo cada vez mais a importância de cada uma das pessoas da comunidade, e o avanço do próprio mercado. Com as leis que garantem segurança aos moradores e visitantes LGBT+ no Brasil, a comunidade está no que chamamos “fora do armário”, e se apresentando como são. No passado tivemos que lidar com o forte preconceito que mantinham esses turistas reclusos e até dificultando a es com os mesmos A IGLTA é líder global no avanço das viagens LGBT+ e um orgulhoso mem ro afiliado da Organiza ão Mundial de urismo O A 4 a 10 de abril de 2022 — PANROTAS

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missão da IGLTA é fornecer informaes e recursos para via antes e expandir o Turismo LGBT+ globalmente, demonstrando seu impacto social e econ mico significativo Os membros da IGLTA incluem acomoda es acolhedoras , destinos, agentes de viagens, operadores turísticos, eventos e mídia de viagem em apro imadamente pa ses O programa “Global Partner” da IGLTA oferece às empresas maior reconhecimento e visibilidade entre os viajantes LGBTQ+ com oportunidades aprimoradas de marketing e comunicação. As grandes redes hoteleiras, como Belmond, Hilton, Hyatt, Accor, Marriott, são parceiras globais da IGLTA e levam o conceito de D&I muito a sério. Cada empresa tem seu próprio grupo de trabalho com os turistas LGBT+, mantendo contato com blogs especializados, influenciadores digitais, operadores e agentes de Turismo que trabalham o público. Bem como a Gol, Delta e Latam são ótimos exemplos de que além dos seus colaboradores a mensagem de apoio e de respeito deve chegar aos seus clientes e fornecedores. Na Convenção da IGLTA que aconteceu em setembro de 2021 em Atlanta, ficou clara a import ncia em se comunicar com cada elemento de nossa enorme comunidade LGBT. Assim tivemos de ates espec ficos com l sbicas e pessoas trans. Com empresas que oferecem diferentes experiencias em Turismo de natureza, urbano, de festivais e no mercado corporativo. Bem como discutimos os viajantes HIV+ e os destinos que lhes dão mais garantias em viagens. A IGLTA preparou vários guias diferentes para melhorar essa interação com os diferentes públicos. Assim oferecem guias sobre os países onde o casamento homoafetivo é aceito e onde existem ofertas para o Turismo de casamento e lua-de-mel. Viajar pode ser uma experiência incrivelmente gratificante e memorável om tantos lugares lindos no mundo com culturas vibrantes, paisagens incríveis e culinária deliciosa, pode ser uma ta-

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refa difícil decidir para onde viajar em seguida. A comunidade LGBT+ enrenta um desafio ainda maior, pois a aceita ão, as leis e as prote es LGBTQ+ variam amplamente em todo o mundo O con unto de guias de viagem foi desenvolvido para fornecer uma breve visão geral de cada país, incluindo alguns dos destinos e atraes mais populares, com in ormaes atualizadas so re as leis e prote es em cada destino No dia 31 de março é celebrado em todo o mundo o dia da visibilidade Trans e a IGLTA segue seu crescimento apoiando o 'T' em LGBT+, criando um cenário global de viagens mais inclusivo para viajantes transgêneros. Embora a comunidade LGBT+ como um todo tenha progredido nas últimas décadas, a comunidade transgênero em particular ainda enfrenta grandes desafios, principalmente na indústria do Turismo. Devido à falta de conscientização sobre o assunto, o “Transgender Advisory Group”, dirigido por voluntários, trabalhará com o conselho de administração da IGLTA Foundation para desenvolver recursos que a IGLTA, seus membros e a indústria do Turismo em geral possam usar para receber melhor os viajantes transgêneros. E está atualmente buscando líderes transgêneros interessados em servir neste comitê para garantir que a iniciativa não apenas atenda ao nosso objetivo de promover as viagens LGBT+ globalmente, mas também seja impulsionada por contri ui es da ueles diretamente impactados. A diversidade no Turismo é fundamental como é em todas as outras indústrias e segmentos de negócios. Assim, convidamos a todos a participarem ativamente de nosso projeto de Diversidade e Inclusão na WTM Latin America, que tem como tema: A Magia está de volta. Fiquem atentos à agenda. No espaço criado especialmente para o tema os participantes encontrarão debates aprofundados sobre como tornar a nossa indústria mais inclusiva e diversa. n

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ANO 30 | 1.514 | 4 A 10 DE ABRIL DE 2022

Edição Especial – MELHORES DO TURISMO PANROTAS 2022

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