Edição nº 1.376 - Ano 27 | 12 a 18 de junho de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br
Se o Brasil não tinha um evento de ponta para se vender como destino no Exterior, agora tem. Matcher colocou buyers e fornecedores frente a frente em Fortaleza, com seleção inteligente e seriedade nos negócios
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Rede cria tecnologia de check-in/out inédita no Brasil ao mesmo tempo em que traça nova estratégia comercial
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)
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Associações
Parceria Estratégica
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SEÇÕES 06 Editorial
Por que a Matcher é um exemplo ao Brasil
08 Check-in
Entrevistas exclusivas com Azul e Abear
12 Infográfico
O perfil do brasileiro em Buenos Aires
36 Diagnóstico
nº 1.376 | 12 a 18 de junho de 2019 | www.panrotas.com.br
14 Matcher
Com formato raro no Brasil, evento preza pela qualidade dos negócios
20 Novos olhares ao Peru
Geração Gol e o Turismo
Famtur da Diversa explora alternativas a Macchu Picchu
38 Memória
28 Tristar
Ponte aérea Vasp
40 Ladevi
Temporada de neve na Argentina
42 LGBTravel Arouche renovado
43 Follow
Valle Nevado nas redes sociais
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ÍNDICE
Conhecida pela atuação como TMC, empresa diversifica portfólio
32 GJP Hotels e Resorts
Rede lança tecnologia inédita de check-in reestrutura departamento comercial
44 Recife
Como vender a cidade que tem vocação para Turismo
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Editorial
O
O NECESSÁRIO RUMO AO DESEJADO
modelo não é novo, mas foi aperfeiçoado pela tecnologia. Reuniões pré-agendadas, baseadas em interesses em comum, em uma combinação (match) que gera negócios e cria relações. O local não é novo, mas o seu momento político sim, o que, no Brasil, significa muito. O que um governo faz o outro tende a desfazer (e o verbo tem sentido duplo, sim). O que foi inaugurado pela gestão passada pode ser abandonado na seguinte. Aproveitar a vontade política do Ceará em relação ao Turismo, portanto, faz a diferença. O encontro também não é novidade, mas... responda rapidamente: qual o evento de receptivo internacional do Brasil atualmente? OK, responda com tempo. Pesquise. Force a memória. Sim, não há. O Brasil não se promove como destino internacional em suas próprias terras, de forma organizada, trazendo compradores dos quatro cantos do globo. E assim, em vez de “mimimi” e empurra empurra de culpas e responsabilidades, três empresários fizeram o Matcher sair do papel, tendo ao lado uma rede de apoiadores e incentivadores. O momento do País, entre a incerteza e o otimismo, é outra presença constante na hora de planejar, apostar e investir. Portanto, nenhuma novidade aqui também. Sempre soubemos realizar projetos e crescer com essas adversidades. Mesmo assim, criou-se algo diferente e ao mesmo tempo saído do imaginário comum dos empresários do Turismo. Todos queriam o mesmo, mas forças ocultas (ou a rotina e metas a curto prazo) impediam de fazer acontecer. Sem fomento ou coordenação do governo (ou vontade política), resta, como em muitos outros casos, a esse empresariado fazer mais que sua parte, tomar a dianteira. E isso não é ruim. Grandes eventos mundiais são geridos pela iniciativa privada, e estar perto da indústria, do viés comercial e das diversas pontas de venda é ótimo para os eventos. Formar parcerias sem interesses outros a não ser o de ser bem sucedido, o de somar, acrescentar, multiplicar. O empresariado pode sim liderar projetos pelo Turismo do País e pedir aos respectivos governos o apoio que lhes cabe para abrir caminhos, desburocratizar, fomentar... Depender 100% de verbas oficiais não está na verve do bom empresário, não faz ele se mexer, não o desafia, não cria matches promissores. Os governos, porém, não podem e nem devem se omitir. Se tiverem um plano estratégico para o Turismo, não irão ficar calados na hora de dividirem holofotes e colher
juntos os resultados. Se não tiverem (estratégia), basta que sigam os líderes. Se não enxergarem, um dia irão. Nem que seja à força. O Matcher nasceu de uma necessidade (de um País que ainda não tem seu protagonismo no Turismo internacional), de um buraco deixado, de um vácuo, de investimentos que precisam ter continuidade (do centro de convenções ao hub de Fortaleza), da vontade política de alguns, do momento atual do Ceará e do Brasil como um todo, mas principalmente pela visão de empresários, em nome de algo que ouvimos há tanto tempo, mas que nunca se materializa: o boom turístico do destino Brasil na região e no planeta. Ao final, acreditam eles, o match será múltiplo e para muitos. E esse primeiro passo (do Matcher) se somará a outros que ficaram no passado e aos que ainda seguem lutando, e também aos que virão, motivados por exemplos como esse – e tantos outros (como dissemos, não há invenção da roda, e sim o aperfeiçoamento de uma máquina que não pode parar). O Matcher conseguiu fincar uma importante bandeira (do Brasil) no calendário e mapa de viagens mundiais, vencendo barreiras como o bairrismo, o ineditismo, a desorganização do receptivo internacional brasileiro, o vaivém da economia brasileira, a concorrência de grandes eventos mundiais ou mesmo regionais, a agenda ocupada dos operadores estrangeiros, a imagem ainda deturpada ou negativa do nosso País, os orçamentos apertados que precisam se dividir em ações em todas as direções, os altos custos do Brasil...entre outras. Mais barreiras e desafios virão, mas já se sabe que o País tem em mãos um evento promissor, a aposta de três empresários que virou a aposta de outros 400. Um encontro necessário que tem tudo para virar desejado. Mais do que quem fez, quem liderou ou quem colocou o bloco na rua, o Matcher provou, uma vez mais, que as parcerias por um objetivo comum, a visão fora de nossas bolhas e a aposta na diversidade e no que temos de melhor são a chave para se iniciar boas histórias. Boas caminhadas. O Brasil não é só uma iniciativa, mas a soma de várias delas. Quando todos os players de nossa indústria vislumbrarem isso, mais que um só match, teremos o futuro com quem tanto sonhamos e batalhamos. E cada um tem sua parte a ser feita. Seu desafio a ser vencido. Seu match a ser conquistado em todo o Brasil.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br 6 6.indd 6
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Check-in
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Pagaram para fechar a Avianca Brasil, diz presidente da Azul
2 Jovens pesquisam viagens
em agências, mas compram sozinhos
3 Gol tem promoção de 100 passagens por R$ 100
4 Bolsonaro diz que vai vetar
bagagem gratuita nas aéreas
5 Azul inicia campanha para entrar na ponte aérea
6 Decolar lança plataforma para viagens curtas; veja como funciona
7 Avianca Brasil vai demitir mil funcionários em junho
8 CEO da Air Europa se reúne com MTur e Bolsonaro em Brasília
9 Azul realiza primeiro voo do A330900neo com passageiros
10 Com série de youtuber, Visit
California vê busca crescer 38%
Fonte: Portal PANROTAS
John Rodgerson, CEO da Azul
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Aviação
Carta fora do jogo
Depois de ter duas propostas rejeitadas, a Azul confirmou que não tem mais interesse no leilão dos ativos da Avianca Brasil. Enquanto aquela que já foi a quarta maior empresa aérea do País agoniza, demitindo os poucos funcionários que ainda restam e sem voar desde o final do mês passado, a companhia presidida por John Rodgerson trava uma disputa contra o maior credor da Avianca Brasil, a Eliott Associates, que por sua vez mantém propostas alternativas com Gol e Latam para aquisição dos ativos da companhia de José Efromovich. Para Rodgerson, que não vê chances de a Avianca Brasil retomar suas operações, essa foi a solução encontrada pelas suas concorrentes de barrar o crescimento da Azul e deixá-la de fora da disputada ponte aérea. “Não é justo o que estão fazendo conosco. Voamos para 106 cidades no Brasil, utilizamos aviões brasileiros e somos bastante reconhecidos pelo nosso produto e serviço. Por que não podemos voar entre Congonhas e Santos Dumont?”
Danilo Alves
Com o objetivo de chamar a atenção do poder público e da população como um todo, a companhia segue com uma campanha bastante agressiva nas redes sociais. A ação #AzulnaPonteAerea convoca os seguidores a apoiar a entrada da empresa na rota mais disputada do País. “Concorrência é algo bom para os clientes, mas a Gol e a Latam não quiseram a nossa porque sabem que temos o melhor produto. Eles têm medo disso. Espero que Cade e Anac vejam tudo o que foi feito por elas e façam a coisa certa”, disse o executivo. NÃO ÀS ALIANÇAS Rodgerson negou que sua companhia esteja avaliando a possibilidade de ingressar na Star Alliance. Mesmo com o iminente fim das operações da Avianca Brasil, o que deixaria a Star Alliance sem um representante local no maior mercado de aviação da América Latina, a Azul não tem nenhuma perspectiva de entrar em qualquer aliança global de empresas aéreas. Segundo fontes do mercado, a entrada da Azul na Star Alliance seria um caminho natural percorrido pela empresa e pela própria aliança, que já teve como membros Varig, Tam e, atualmente, Avianca Brasil. Vale ressaltar que as três companhias parceiras da Azul – Copa, Tap e United – também fazem parte da aliança. “Ser membro da Star Alliance traz benefícios para ambos os lados, mas a Azul não depende da entrada em qualquer aliança para ganhar mercado ou para ter conectividade. Nós já temos conectividade graças as parcerias que mantemos com United, Copa e Tap.” n
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Aviação Eduardo Sanovicz
Novos atores
Danilo Alves
Criada em 2012 pelas principais empresas aéreas do País – Avianca Brasil, Azul, Gol, Latam e Trip –, a Abear nasceu com a missão de estimular o hábito de voar no Brasil e ser um importante interlocutor entre governo e iniciativa privada. Sete anos após a sua fundação e depois de diversas conquistas para o setor e toda a população, o cenário é um pouco diferente. A Azul não faz mais parte do seu quadro associativo. A aérea optou, no início do mês passado, a representar seus interesses de forma direta, sem a necessidade de interlocutores. Nos bastidores, comenta-se que essa saída se deu em razão do imbróglio que cerca as negociações pelos ativos da Avianca Brasil. Esta, por sua vez, não dá sinais de recuperação desde que suas operações foram suspensas pela Anac, no final do mês passado. Ou seja, uma entidade que nasceu para representar as principais empresas aéreas do País em assuntos que interessavam a todas elas, perdeu duas associadas quase simultaneamente. Mas, e agora, o que muda na Abear? Segundo o presidente, Eduardo Sanovicz, nada. A Abear segue representando a maioria do mercado (cerca de 82%) e conta como associadas, além de Gol e Latam, as empresas Map, Passaredo, Two Flex e Latam Cargo. “A Avianca Brasil, mesmo sem voar, ainda segue associada. No entanto, os sinais que ela dá não são muitos bons. A Azul, por conta de uma disputa comercial, decidiu romper relações institucionais com as outras e se afastou da associação”, explica o dirigente. Apesar da mudança do seu quadro associativo, os pleitos da Abear seguem sendo os mesmos: defesa da política de liberdade tarifária, defesa do alinhamento do ambiente regulatório e melhorias na eficiência da cadeia produtiva do setor, isto é, toda a relação da associação com aeroportos e prestadores de serviços. De acordo com Sanovicz, em relação a liberdade tarifária, o País vive a situação mais difícil dos últimos 15 anos. “Desde a quebra da Varig, não tínhamos uma empresa em recuperação judicial. O pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil se deu principalmente a alta de câmbio e querosene. Entre 2003 e 2015, os preços das passagens aéreas caíram pela metade. Nos últimos meses, com a saída da Avianca, já sentimos que os preços voltaram a subir”, comenta.
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Na questão do ambiente regulatório, Sanovicz afirma que o momento atual de debate de temas como capital estrangeiro e política de bagagens é benéfico, desde que não haja retrocesso. “O impacto que a lei vai trazer pode ser restringido por duas medidas: a volta da franquia de bagagem e a obrigatoriedade de a nova companhia operar 5% dos voos em rotas regionais. Se isso acontecer, as companhias entrantes terão que voar como o Congresso entendeu que é mais adequado, e não como ela sentiu a necessidade do mercado”, opina. CONGONHAS E AZUL Em relação à disputa dos slots deixados pela Avianca Brasil na ponte aérea, Sanovicz entende que, por ser uma atividade regulada, é preciso cumprir a regra e não questioná-la. “A atual regra da Anac está em linha com as regras internacionais. A única coisa que faz a nossa indústria questionar alguma regra é quando ela está diferente do que é aplicada no resto do mundo, o que não é o caso. A Abear não se envolve em debate com fundo comercial, somos uma organização que sempre preservou o ambiente de competição”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de ter a Azul de volta à associação, o presidente da Abear é enfático: as portas estarão sempre abertas. “As decisões da Azul cabem à Azul. É uma decisão individual que ela tomou. No entanto, preciso relembrar que, em todos estes anos, o conjunto total de resultados para a aviação, consumidores e para o Brasil representam um portfólio muito grande. Nunca pensamos apenas nas companhias aéreas, e sim em toda a cadeia produtiva do setor”, finalizou.n
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Infográfico
O BRASILEIRO em BUENOS AIRES EM 2018
Quase 771 mil brasileiros visitaram a capital argentina no ano passado, fazendo do nosso País seu maior mercado emissor
48% homens 52% mulheres
8% menores de 18 anos 20% entre 18 e 29 anos 36% entre 30 e 44 anos 23% entre 45 e 59 anos 13% mais de 60 anos
81% chegaram por via aérea 19% chegaram por via marítima
US$ 677 foi o gasto médio do viajante brasileiro US$ 101 foi o gasto médio por dia Em média, o viajante corporativo gastou
US$ 246 a mais que o de lazer
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66% estavam de férias 23% estavam a negócios 9% visitaram familiares ou amigos 2% tiveram outros motivos
51% se hospedaram em hotéis quatro ou cinco estrelas 29% se hospedaram em hotéis de uma a três estrelas 9% ficaram em casas de amigos ou familiares 6% ficaram em casas alugadas 5% ficaram em outros tipos de propriedade
33% dos viajantes a lazer foram no 3º trimestre do ano
35% dos viajantes corporativos foram no 4º trimestre do ano
31% compraram pacotes turísticos 39% já haviam visitado Buenos Aires
81% se interessam por museus e atividades culturais 65% se interessam por gastronomia e vinhos 45% se interessam por tango 31% se interessam por bares, discotecas e pubs 9% se interessam por eventos esportivos e musicais
Fonte: Turismo da cidade de Buenos Aires
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Eventos
Karina Cedeño, especial para a PANROTAS - Fortaleza
Ana Maria Donato, Guillermo Alcorta e Jeanine Pires, sócios-diretores da Matcher
DEU MATCHER De um lado, 100 empresas brasileiras de 17 destinos do País. De outro, 75 compradores internacionais de 25 países. O encontro entre eles aconteceu primeiro virtualmente e depois pessoalmente, durante a primeira edição do Matcher Travel Business Opportunities, realizado nos dias 28 e 29 de maio no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O evento é uma plataforma de negócios virtual e presencial, que identifica e conecta interesses de negócios entre fornecedores brasileiros e compradores internacionais de produtos e serviços turísticos. Idealizado pelo presidente da PANROTAS, José Guillermo Alcorta, junto à CEO da Imaginadora, Ana Maria Donato, e à presidente da Pires e Associados, Jeanine Pires, o Matcher inova no Brasil ao trazer a proposta de promover o Turismo do País no mercado internacional. A primeira edição do evento foi uma grande oportunidade para os destinos brasileiros se comunicarem diretamen14 14 a 19.indd 14
te com compradores de outros países, divulgando novos produtos e estreitando laços. Isto, segundo os sócios, é essencial para destacar o País no Exterior. “Fizemos uma curadoria bastante rigorosa para selecionar os buyers e trouxemos ao evento três tipos de operadores: os que já trabalham com o mercado brasileiro, os que vendem muito pouco Brasil, pois não tinham tantas ligações aéreas diretas como agora, e os que ainda não vendem o País lá fora”, conta Jeanine. FORMATO RARO NO BRASIL Os dois dias de evento mostraram-se bastante produtivos: ao todo, foram realizadas 2,4 mil reuniões programadas, além de encontros adicionais que foram agendados pela equipe da Matcher. Muito bem organizado, na opinião de buyers e fornecedores entrevistados pela PANROTAS, o evento ainda contou com duas seções educacionais. Uma delas, direcionada aos buyers, explicou
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Sidney Alonso
o que eles precisam saber para fazer negócios com o Turismo brasileiro, enquanto a outra dava dicas para que os brasileiros saibam vender melhor aos estrangeiros. “O Brasil é muito mais do que está sendo consumido”, destacou a diretora da Journeys, Barbara Ronchi, que apresentou a seção para os fornecedores brasileiros. “É preciso estimular os clientes internacionais para que eles percebam que o País vai muito além das possibilidades econômicas e tem inúmeros outros atrativos a oferecer”, reforçou Barbara. O diretor da Avant Garde, Sidney Alonso, que ministrou a outra seção, voltada aos buyers, ressaltou que os operadores devem buscar a diversidade brasileira e não focar apenas em produtos tradicionais. “O Brasil está cada vez mais diversificando seus produtos, dando atenção ao atendimento de minorias, tendo certeza de que suas empresas estão mais sustentáveis no Turismo, e vocês devem também buscar isso. Fugir dos estereótipos é importante, o que abre o leque de oportunidades de vendas”, afirmou Alonso. Um dos obstáculos, porém, ainda resiste no País: o da burocracia para se fazer negócios. Mais um ponto positivo para o evento. “As empresas que estão expondo aqui querem facilitar os negócios, e a plataforma do Matcher aproxima e facilita, pois todos querem respostas rápidas e sem burocracia. Por isso, aproveitem esses dois dias para investir nessa facilitação”, finalizou o fundador da Avant Garde. Durante suas reuniões no Matcher, os 400 participantes comprovaram que a tradicio-
nal receita, quando feita da forma correta, sempre rende bons negócios para todos. “Juntar compradores e vendedores é uma fórmula infalível e isso foi feito com qualidade aqui”, comenta Alcorta. Para ele, o formato do evento traz resultados mais efetivos. "Ao contrário de uma feira, o Matcher é um encontro de negócios face to face que proporciona negociações mais eficientes, possibilitando outra maneira de vender os produtos brasileiros", conclui o sócio-diretor do Matcher. Tamanho sucesso despertou interesse imediato de Fortaleza para a edição 2020. O evento está confirmado para 28 e 29 de abril, no mesmo Centro de Eventos do Ceará, e grande parte dos expositores já pediu renovação de estande. UMA FORTALEZA DE NEGÓCIOS Para o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, que esteve presente no Matcher, este é o tipo de evento de que o Brasil precisa para desenvolver o Turismo como negócio. "No próximo ano buscaremos maior apoio das companhias aéreas para trazer ainda mais participantes estrangeiros", comenta Pinho. Fortaleza tem visto o número de turistas que chegam ao seu Aeroporto Internacional crescer significativamente. De acordo com a secretária executiva do Turismo do Ceará, Denise Sá, o volume de passageiros estrangeiros no aeroporto aumentou 102% entre maio de 2018 e abril deste ano. Arialdo Pinho
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Segundo a gerente de Mercados Internacionais da Gol, Daniela Araújo, houve um aumento de 40% nos voos da Gol para Fortaleza.
Jean-Marc Pouchol, da Air France - KLM
“São muitos os fatores que contribuem para este crescimento. Um deles é o fato de o aeroporto passar a ter uma empresa alemã (Fraport) como sua concessionária, o que favoreceu a chegada de novos voos ao destino”, destaca Denise. A inauguração do hub da Gol e Air France-KLM no aeroporto Pinto Martins trouxe voos vindos de Paris-(Charles de Gaulle) e Amsterdã-(Schiphol), que tiveram início no mesmo dia. As novas operações internacionais conectam-se também às cidades de Belém, Manaus, Natal, Recife, Salvador, São Luís e Brasília em aeronaves da Gol. Em um ano, o hub já transportou 2,5 milhões de passageiros pelas três companhias aéreas - entre destinos domésticos e internacionais. Foram mais de 17 mil voos operados no período. De acordo com o diretor geral da Air FranceKLM para a América do Sul, Jean-Marc Pouchol, também presente no Matcher, a aérea está satisfeita com os resultados do primeiro ano do hub e o evento está alinhado com os objetivos de tornar esse portão de entrada mais popular entre os europeus. Tanto que a empresa continua investindo nas ligações de Fortaleza para Paris e Amsterdã. Hoje já há uma ligação diária com a Europa a partir da capital cearense e segundo Pouchol haverá aumento de oferta com a chegada do Boeing 777, substituindo Airbus 340-300. O B777 terá 312 lugares sendo 28 na executiva, 24 na econômica premium e 260 na econômica. “E com os mesmos produtos de bordo oferecidos nos voos de São Paulo”, acrescenta. Segundo o diretor da AF-KLM, hoje os europeus já são maioria nos voos para Fortaleza e 30% dos passageiros (entre brasileiros e europeus) fazem uma conexão com a Gol antes ou depois do voos da Air France-KLM. Um índice maior do que os 25% em todas as rotas AF-KLM no Brasil.
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IMPACTO POSITIVO Parceiro e patrocinador da primeira edição do Matcher, o Beach Park percebe no evento uma contribuição enriquecedora para o Turismo no Brasil. De acordo com o CEO do complexo, Murilo Pascoal, é gratificante ver uma empresa recentemente fundada agir pelo fomento do setor e pela atração de viajantes. "É um grande presente ter esse evento em casa e eu espero que ele continue por aqui, para que juntos possamos tornar o Ceará, que já é um destino nacional de destaque, um destino internacional ainda mais forte", afirma. Quando usa a expressão "casa", o dirigente do Beach Park não se refere apenas à região. O resort localizado em Aquiraz, nas proximidades de Fortaleza, hospedou todos participantes do encontro. A participação do resort, além de ser mais um indício da parceria com a Matcher, revela a intenção do parque em criar condições para que o número de turistas internacionais no Brasil aumente. Atualmente, os mais presentes no Beach Park são os argentinos, que representam 4% da
Murilo Pascoal, do Beach Park
ocupação anual nos hotéis do complexo. O Matcher contou com patrocínio da Gol, Air France-KLM, Prefeitura de Fortaleza e Estado do Ceará; Beach Park, Nettour e Tes Cenografia como parceiros; e Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), Unedestinos, Associação Brasileira de Resorts (ABR), Tap Air Portugal, Copa Airlines e Azul como apoiadoras. A PANROTAS viajou a convite da Matcher e do Beach Park.
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A OPINIÃO DOS PARTICIPANTES
Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Paraguai, Peru, México, Uruguai, Ucrânia, Portugal, Polônia e Emirados Árabes estão entre os países que enviaram buyers a Fortaleza para o evento.
“O Matcher traz muita informação sobre o Brasil. Sempre que pensamos no País costumamos associá-lo com suas grandes cidades, mas aqui neste evento descobrimos lugares que não são muito populares, mas muito interessantes, como Amazonas, por exemplo”, (Levgeniia Chevychelova – Ski Line, da Ucrânia) "O Rio é um destino internacional. Hoje nós recebemos em ordem de grandeza um público de 1,7 milhão de turistas estrangeiros na cidade. Esse número, como em todo o Brasil, está estagnado. Um evento desse nível é essencial para conhecermos novos buyers. Estamos muito felizes com as nossas reuniões, durante as quais tivemos a oportunidade de conhecer novas pessoas que não trabalham com o Brasil, seja por questões de conectividade, falta de informação ou por falta de contato, mas com interesse no País." (Philipe Campello – diretor do Rio CVB)
“Gostei muito da possibilidade de interação com os fornecedores, foi assim que descobri novos hotéis.” (Ruben Aguilera – Terra Travel Service Operadora, da Argentina)
"O Matcher superou minhas expectativas e, se comparado a outros eventos como a BNTM, por exemplo, gera reuniões muito mais produtivas e concretas. Os buyers vêm bastante interessados em nossos produtos." (Nayara Santana – Turismo do Rio Grande do Norte)
"Durante o Matcher falamos direto com clientes internacionais, então conseguimos acionar profissionais do mundo inteiro. O mercado internacional é o foco dos próximos cinco anos para a Gol, em parceria com a Air France-KLM. O evento já iniciou como estratégico para a companhia." (Daniela Araújo – gerente executiva de Mercados Internacionais da Gol)
"O Matcher tem a estrutura ideal, com qualidade na conversa, de estrutura e espaço nas mesas e também na recepção do evento. Está de parabéns, pois foi muito produtivo e interessante. Usar a plataforma de agendamento de reuniões do Matcher foi uma novidade que se saiu muito produtiva e nos permitiu definir os parceiros com quem queremos conversar." (Régis Rodrigues – Beto Carrero World) “O Matcher foi pensado em todos os detalhes. A estrutura é excelente e os expositores estão muito bem preparados e informados para falarem de seus produtos.” (Alejandra Toledo – Swan Turismo, da Argentina)
"Esse é um modelo de negócios consagrado no mundo todo, mas que não se vê muito no Turismo, por isso acredito no sucesso do Matcher. Outro ponto alto do evento foi o cuidado na escolha dos compradores." (George Costa – Luck Receptivo) "Firmamos parcerias, fechamos negócios e divulgamos o que vem acontecendo de interessante em nossa cidade. Aqui tem sido um palco para mostrar a nossa gastronomia, cultura, o polo tecnológico do Recife e todo o nosso diferencial." (Ana Paula Vilaça – Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife) “A seleção dos expositores foi muito boa. Nas negociações tratamos diretamente com os diretores das empresas, o que otimiza o tempo de resposta. Sem contar a estrutura desse espaço de eventos, que é incrível.” (Marcus Simões – Hotelbeds)
“As reuniões são bem pontuais e as pessoas vão direto ao ponto, diferentemente do que acontece em outros eventos.” (Anne Faria – Turismo do Litoral Norte de São Paulo)
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Matcher
Diego Hejeij, da Dock Net, e Rodrigo Napoli, da GJP
Otaviano Maroja, do Vivá Porto de Galinhas, José Vittorino Neto, da Nettour, e Eduardo Tiburtios, do Village Porto de Galinhas
Lia Coutinho, da LSH, entre Barbara Ronchi e Lara Siqueira, da Journeys
Régis Medeiros, da ABIH-CE, Ivana Rangel, do Hotel Sonata, e Eliseu Barros, da ABIH Ceará
George Costa e Guilherme Luck, da Luck Receptivo
Francisco Oliveira, do Turismo de Fortaleza, entre Roberto e Ernani Silva, da Ernanitur
Jean-Marc Pouchol, da Air France-KLM, Erick Vasconcelos, secretário executivo do Turismo de Fortaleza, Jeanine Pires, Guillermo Alcorta e Ana Donato, da Matcher, Daniela Pereira, da Gol, e Murilo Pascoal, do Beach Park
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Matcher
Felipe Lima, Murilo Pascoal, Ivan Dias, e Henrique Holanda, do Beach Park
Matheus Vilaça, Kleyberg Guimarães, Catarina Martins e Philippe Godefroit, do Gran Marquise
Paulo Amorim, da R1, e Simone Martins, da Tes Cenografia
Jeanine Pires, da Matcher, com Rick Still e sua esposa Julie Coolidge, do La Cita
Daniela Araujo, da Gol, e Guillermo Alcorta, da Matcher
Artur Andrade, da PANROTAS, e Valéria Gordilho, do Grupo Armação
Guillermo Alcorta e Jeanine Pires, da Matcher, com Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, Ana Maria Donato, da Matcher, e Denise Carrá, do Governo do Estado do Ceará
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Operadoras Lucas Borges Teixeira, especial para a PANROTAS – Peru
NOVOS OLHARES
AO PERU O Peru recebe quase 4,5 milhões de viajantes estrangeiros anualmente. Destes, cerca de um terço repete as mesmas duas palavras: Macchu Picchu. A mágica cidade do Império Inca construída no meio da floresta no século 14 é a principal vitrine do país andino. Mas não é de hoje que o Peru vem mostrando ser muito além disso. O Brasil que se cuide, pois a concorrência está crescendo. Cheio de alternativas, o Peru se mostra cada vez mais consciente sobre investimento em Turismo, e vai do luxo à aventura, da história à cultura compreendendo a importância de se investir em infraestrutura e hospitalidade. E a Diversa Turismo começou a explorar todo esse portfólio em seu programa “Novos Olhares”, que busca dar uma compreensão diferente a
destinos já conhecidos para os brasileiros. Gastronomia e história são os principais itens na vitrine do Peru. O país é quase um museu a céu aberto, com sítios arqueológicos, ruínas e construções ancestrais que povoam suas mais diferentes regiões. Com sua campanha dedicada a levar experiências diferentes para o viajante, a operadora juntou-se ao receptivo peruano Condor Travel para levar um grupo de sete agentes de viagens a conhecer o Peru muito além de Macchu Picchu. Os participantes, que pagaram sua participação no famtur, rodaram a capital, conheceram Cusco, diversas construções centenárias e as montanhas coloridas, destino ainda pouco explorado pelo turista brasileiro.
Machu Picchu e a imponente Huayna Picchu, com 3.082 metros acima do nível do mar, ao fundo. Na foto, os participantes do famtur da Diversa: Marcos Vinicius, da Abordo, Sandra Cavalheiro, da Foco, André Lopes, da Diversa, Tarcia Xavier, da Estação Floresta, Marcia de Andrade, da Triunfo, Priscila Ifanger, da Vereda, Gilmara Garcia, da AD, e Muriel Lourenço, da ChanceTour
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Mulheres peruanas com roupas tradicionais e uma pequena alpaca, de onde se tira lã para fazer tecidos, são uma das atrações do luxuoso hotel Palácio del Inca, em Cusco.
LIMA Com pouco mais de 11 milhões de habitantes, a capital peruana ganhará atenção internacional neste meio de 2019 ao sediar os Jogos Pan-Americanos. A competição, que deverá atrair ainda mais turistas para a cidade, está deixando a metrópole um pouco mais caótica do que o normal, com obras estruturais para todos os lados, em especial na orla, e mudanças no trânsito. Mas isso não tira o brilho da cidade. Fundada pelo explorador espanhol Francisco Pizarro em 1535, Lima divide-se entre o belíssimo centro histórico, um polo financeiro moderno e os charmosos bairros turísticos de Miraflores e Barranco. Miraflores, bairro de classe alta no coração de Lima, oferece a maior variedade de hospedagens da cidade. Suas duas principais avenidas estão repletas de restaurantes, lojas turísticas e casas de câmbio, que aceitam tanto real quanto dólar (embora a moeda norte-americana geralmente ofereça um preço mais favorável). O Innside by Meliá, onde os agentes se hospedaram, fica nesta região, a poucas quadras do Parque John F. Kennedy e do Mercado Inca, excelente lugar para comprar regalos locais.
Grupo conheceu a Plaza de Armas de Lima, no centro histórico da cidade, onde fica o Palácio do Governo Peruano: Marcos Vinicius, da Abordo, Tarcia Xavier, da Estação Floresta, Gilmara Garcia, da AD, Marcia de Andrade, da Triunfo, Sandra Cavalheiro, da Foco, e André Lopes, da Diversa
Já o centro histórico guarda os prédios mais bonitos e tradicionais da capital. A Plaza Mayor de Lima, também conhecida como Plaza de Armas, é cercada pela catedral da cidade, pelo Palacio Arzobispal, antiga residência de membros da igreja, o Palácio do Governo, residência oficial do presidente, e a Prefeitura Municipal. Todas as construções são Patrimônios Culturais da Humanidade e retomam ao tempo da colonização espanhola. 12 a 18 de junho de 2019 — PANROTAS
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CUSCO Segunda cidade mais visitada do país, depois da capital, Cusco é uma cidade ancestral e charmosa, voltada ao Turismo. A mais de 3,4 mil metros de altitude, o passageiro já é recebido no aeroporto com folhas de coca, um antídoto natural contra náusea, dor de cabeça e indisposição, principais sintomas experimentados por turistas pouco acostumados a locais tão elevados. Capital do Império Inca entre os séculos 14 e 15, a cidade ostenta até hoje construções e referências culturais da civilização ancestral. Os espanhóis só a encontraram em 1534, quando Pizarro procurava pelas riquezas do povo local, conhecido por construir templos e fazer rituais com peças de ouro maciço. Esta mistura entre a cultura inca e a influência espano-católica é até hoje o traço mais marcante e único da cidade peruana. Assim como Lima, Cusco tem uma Plaza de Armas, central, que ostenta a catedral da cidade, maior construção católica do país, datada de 1538. Contudo, seus principais encantos estão nos arredores. A cidade é cercada por uma série de sítios arqueológicos que dão dicas de como eram a vida do povo quéchua, como eram chamados os nativos. Na periferia de Cusco, no alto, vê-se as ruínas de Sacsayhuaman, então maior templo do império. Hoje, existe apenas cerca de 20% da construção original, dedicada ao Sol, considerado uma divindade. O local, com pedras que pesam toneladas, foi desestruturado pelos espanhóis para construírem igrejas em Cusco. Um pouco mais afastado o Sítio Arqueológico de Moray, a cerca de uma hora de carro, revela-se um centro de experimentação agrícola dos incas no século 14. Em cada nível era cultivado um alimento diferente, como milho, quinoa e batata. Dada a sofisticada engenharia, cada trecho também apresenta temperaturas diferentes. A menos de 30 minutos dali encontramse as Salinas de Mara, um dos mais curiosos e belos destinos da região – e pouco explorado pelos brasileiros. Em uma espécie de vale, o sal é retirado de um lago subterrâneo, abaixo das montanhas. A produção foi iniciada há mais de mil anos por povos pré22 20 a 27.indd 22
Chef ensina a fazer o tradicional ceviche peruano em Lima. Cidade é considerada a capital culinária da América do Sul
Catedral de Cusco, maior construção católica do país, datada de 1538
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civilização Inca e segue até hoje. Como depende de sol, só funciona de abril ao começo de dezembro. Para turismo, fica aberta o ano inteiro. Além de boas fotos, também é possível comprar os diferentes tipos de sal produzidos no local. Nesta região também fica o Valle Sagrado, antigo povoado inca que, como o nome entrega, foi construído em um vale ao pé de uma cadeia de montanhas. Hoje, a cidade é conhecida por resorts de luxo e bons restaurantes de culinária peruana.
As ruínas de Sacsayhuaman, nos arredores de Cusco
Sítio Arqueológico de Moray
Peruana trabalha nas Salinas de Mara. A produção foi iniciada há mais de mil anos por povos précivilização Inca e segue até hoje
O Valle Sagrado visto de cima, pelo Mirante de Raqchi, com parte da Cordilheira dos Andes ao fundo
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Macchu Picchu continua sendo o maior atrativo do Peru, mas não é o único Divulgação
OLLANTAYTAMBO Ollantaytambo é o principal ponto de saída de trem para Machu Picchu, de onde a viagem leva pouco menos de duas horas. O povoado em meio às montanhas é, no entanto, muito mais do que um local de passagem. Pequena e charmosa, a cidade tem bons restaurantes, hotéis confortáveis e uma feirinha de artesanato. Mas seu ponto alto é, literalmente, o sítio arqueológico que se sobe pelas montanhas em volta. Ollantaytambo era considerada pelos incas “a cidade do descanso”, pois é o ponto central entre Cusco e Machu Picchu. A construção, que antes compreendia áreas de cultivo, templos e cabines de proteção, avança até um inacabado Templo do Sol. Para chegar até lá, são mais de 200 degraus. Recomenda-se levar muita água e algumas balas de coca.
Gabriela Zamora, gerente da Condor em Cusco, e André Lopes, da Diversa, aos pés do Sítio Arqueológico da antiga cidade de Ollantaytambo, considerada pelos incas “a cidade do descanso”.
MACCHU PICCHU Não dá para falar de Peru sem falar de Macchu Picchu. Destino mais procurado do país e um dos mais visitados da América Latina, a antiga cidade inca, redescoberta por um pesquisador americano no início do século 20, recebe hoje mais de 1,5 milhão de turistas por ano.
Ao chegar lá, entende-se por quê. É possível ir a Machu Picchu de dois jeitos: de trem, que leva uma hora e 40 minutos de Ollantaytambo e cinco de Cusco, em um caminho que circunda as montanhas rente ao Rio Urubamba, ou por trilhas, que podem ser de dois a quatro dias. De Águas Calientes 12 a 18 de junho de 2019 — PANROTAS
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Erick Carceres, guia da Condor, Sandra Cavalheiro, da Foco, Marcos Vinicius, da Abordo, Marcia de Andrade, da Triunfo, André Lopes, da Diversa, e Isabel Sarmiento, e Frank Aragón, guias da Condor, em um dos pontos mais altos do trajeto, à frente da terceira montanha colorida de Palccoyo Divulgação
Montanha das Sete Cores de Vinicunca
Muriel Lourenço, da ChanceTour, Frank Aragón, guia da Condor, Gilmara Garcia, da AD, e Tarcia Xavier, da Estação Floresta, à frente da segunda montanha colorida de Palccoyo
(ou povoado de Macchu Picchu), leva-se cerca de 30 minutos de ônibus até as ruínas ou duas horas a pé. No complexo arqueológico principal, são mais de 400 quilômetros de trilha, com exploração por diferentes montanhas. Se não tiver fechado um pacote, há uma série de guias no local, que oferecem diversos caminhos. Também há opções de acesso mais simples para pessoas com dificuldade de locomoção. Por causa da superlotação, há um número máximo de entrada: entre 2,6 mil e 3 mil pessoas por dia e permanência limite de quatro horas por pessoa na visita. Como a maioria vai no período da manhã, os guias locais dão a dica para ir à tarde. É possível entrar no complexo das 6h às 14h. O esforço vale a pena: a beleza das construções centenárias misturadas à vegetação (quase) intocada e lhamas pastando traz uma sensação inexplicável de paz. MONTANHAS COLORIDAS Se Machu Picchu é o head liner do Turismo peruano, a nova sensação do país andino são as montanhas coloridas, grandes morros com diversas camadas de cores por causa dos diferentes minerais que os compõem. O exotismo e a beleza destas formações 26 20 a 27.indd 26
têm chamado atenção de viajantes de mundo todo e se tornado um destino obrigatório no país. A mais famosa dela é a Montanha das Sete Cores (Cierro de Siete Colores), em Vinicunca, já muito curtida e compartilhada em diversas contas de Instagram pelo mundo, mas há também as quase desconhecidas Montanhas Coloridas de Palccoyo, um destino alternativo para quem prefere um passeio mais leve e menos aglomerado. Vinicunca tem pouco mais de seis quilômetros de trajeto, com trechos mais íngremes, e chega a uma altura de 5,2 mil metros, com muito mais viajantes. Para quem quiser conferir o visual, mas não tem disposição, é possível alugar cavalos para levar ao topo. Já Palccoyo é um pouco mais light: são cerca de cinco quilômetros de caminhada. O trajeto a pé começa em 4,7 mil metros acima do nível do mar até o pico de quase cinco mil metros. Não há a opção de cavalos. De acordo com os guias locais, há três vantagens neste programa sobre o de Vinicunca: o caminho é menor e mais baixo, são três montanhas coloridas e muito menos turistas. Por outro lado, todas elas são muito menores e com cores menos vivas do que a única do outro trajeto. n
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A DIFERENÇA DE CONHECER O DESTINO Mostrar destinos tradicionais e famosos com um olhar diferente é a proposta da Diversa. Só para 2019, são 18 viagens internacionais programadas. Parte disso, a empresa tem investido nos chamados tours educacionais, quando os agentes de viagens pagam o aéreo e a hospedagem e ganham a logística e os passeios. A estratégia tem funcionado. Segundo a empresa, seu passeio pelo Alentejo, região sul de Portugal, que teve cobertura exclusiva da PANROTAS, já é um sucesso de procura. As agências escolhidas dividem-se entre atuais e possíveis parceiras da operadora. “A ideia é disseminar o nosso programa e os conhecimentos sobre cada destino. Assim, os agentes podem vender melhor o local e, em consequência, alavancá-lo”, afirma André Lopes, executivo da Diversa na viagem. “Cria-se um ciclo de conhecimento, venda e indicação.” Esta perspectiva tem efeito imediato. Uma unanimidade entre os agentes que viajaram para o Peru, país inédito para todos do grupo, é que conhecer o destino faz toda a diferença no momento de vendê-lo ao cliente. A VISÃO DELES “A minha percepção do país melhorou muito. A gente pesquisa, lê sobre ele, mas estar aqui é saber realmente como funciona”, afirma Muriel Lourenço, da ChanceTour (São Paulo). “É diferente estudar sobre a altitude e vivê-la de fato, por exemplo.” Priscila Ifanger, da Vereda (Campinas-SP), concorda. “Agora, eu sei que não vou mandar meu cliente direto pra Cusco depois de uma viagem longa. Vou sugerir pelo menos um ou dois dias em Lima para ele descansar”, afirma. Na viagem, ela ficou encantada com as Salinas de Mara. “É um tour que não ti-
André Lopes, da Diversa, Marcos Vinicius, da Abordo, Marcia de Andrade, da Triunfo, Priscila Ifanger, da Vereda, Muriel Lourenço, da ChanceTour, Tarcia Xavier, da Estação Floresta, Gilmara Garcia, da AD, e Sandra Cavalheiro, da Foco
nha o costume de colocar, vou mudar a ideia de roteiro.” Já Gilmara Garcia, da AD Turismo (São Paulo), se surpreendeu com o Valle Sagrado. “Já vendi muito Peru sem conhecer pessoalmente, decorava nos livros e tudo mais. Agora tive outra visão: é um país muito limpo, com pessoas calorosas. Vou vender de outra forma: acho que precisa de pelo menos duas noites ali no Valle Sagrado, algo que não sugeria.” Tarcia Xavier, da Estação Floresta (Campinas-SP), preferiu Águas Calientes, à beira de Machu Picchu. “Sempre vendi Peru muito bem, mas vou começar a sugerir mais este destino, porque, quando as pessoas vão para lá, elas buscam esta energia que eu senti. Vou ter mais propriedade para poder indicar.” Outro ponto muito elogiado pelos agentes foi Ollantaytambo. Marcos Vinícius, da Abordo (Bauru-SP), ficou fascinado pelas construções milenares de lá e de
Sacsayhuaman, em Cusco. “Uma importância histórica muito grande, tudo muito bonito. Conhecer de perto é sem dúvida uma quebra de paradigma.” As montanhas coloridas, por sua vez, ele acredita ser um destino específico. Marcia de Andrade, da Triunfo (Goiânia), teve a mesma reflexão. “Ali é para Turismo esportivo, não para pacotes normais. Esta viagem abriu meus olhos para isso: dá para vender Peru de diferentes formas, de acordo com o perfil do cliente. Tem alguns interessados em altitude e certas diversidades e outros, não.” Sandra Cavalheiro, da Foco (Ribeirão Preto-SP), também destacou a variedade do destino. Ela ficou encantada com a cultura peruana, as belezas naturais e os serviços dos hotéis visitados, como o luxuoso Palácio del Inca, em Cusco (“realmente impecável”). “Se o cliente tem uma conexão com natureza, espiritualidade, o Peru é um destino absurdo.”n
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Agências de Viagens Marcos Martins – Campinas (SP)
Equipe da Tristar e convidados no interior de São Paulo
DE CARA NOVA A Tristar Turismo ganhou novo posicionamento de marca e identidade visual. Agora o branding conta com divisão em três segmentos (Mice, Corporativo e Operadora) e o slogan “viva uma experiência”. A novidade foi anunciada durante evento com 40 funcionários no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas (SP). Essa mudança faz parte da estratégia da empresa de se adaptar à nova realidade do mercado, que hoje tem foco maior no digital. A identidade visual tem proposta limpa, sem serifas e recortes. No entanto, manteve a cor azul da empresa e o ícone de avião, que foi atualizado no logo. O material institucional em vídeo destaca momentos importantes da Tristar, incluindo a entrada nas entidades Braztoa e Abracorp, credenciamento Iata e início do uso do sistema selfbooking.
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“A ideia é mostrar a nossa transformação interna com novos processos, tecnologias, modo de pensar e atuar. O logo mais moderno e a representação de um avião subindo destacam aos nossos colaboradores e clientes que a empresa pensa em crescimento, evolução e inovação. Estamos engajados no processo e já de olho nos próximos anos”, explica o gerente comercial da Tristar, Rodrigo Pires. Para este ano, a expectativa da Tristar é uma alta de 10%. “O posicionamento tem foco no nosso DNA, que é o atendimento, além de trazer mais ferramentas. E mesmo com toda a tecnologia e diferentes gerações, as pessoas ainda fazem a diferença no mercado e todos crescem junto conosco neste sentido.”
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Novo logo da Tristar com divisão por segmentos
Osni Pires e Fernando Margoni, da Tristar, nas laterais de Rogério Marietti e Aldo Miike, da Larrat
PARCEIROS DE PESO A Tristar orgulha-se das alianças que possui em sua história. O grupo hoje é membro da Uniglobe Travel, rede internacional que atua no segmento corporativo, e trabalha também com a 220 Volts, empresa de gestão esportiva para mulheres, focada em maratonas. Como forma de exercer o empoderamento feminino, as próximas competições com participação do grupo serão realizadas em Versalhes, na França, e em Orlando, nos Estados Unidos, pela tradicional maratona da Disney. Há também uma parceria “360 graus” com a Larrat Live Marketing, que foi responsável pelo novo posicionamento e identidade visual da Tristar, além de oferecer expertise em eventos temáticos. A empresa de produção tem como sóciodiretor o executivo Rogério Marietti. O planejamento estratégico e criativo é responsabilidade da Larrat, enquanto toda a operação é realizada pela Tristar. Um serviço complementa o outro, segundo os diretores da Tristar, Osni Pires e Fernando Margoni. CAPACITAÇÃO COM ESPECIALISTA A presidente da Meeting Professionals International Brasil (MPI) e CEO da consultoria Evento Único, Roberta Nonis, realizou uma palestra com foco no panorama corporativo.
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A dica da executiva para os gestores e profissionais da indústria é não esperar apenas por capacitações oferecidas pelas suas empresas. “O fato de estar atualizado depende de cada um porque somos nós que fazemos a gestão da nossa carreira. Não é preciso que um chefe chame atenção para a sua reciclagem ou para você ficar atento às novas tecnologias. Nós não somos prestadores de serviços, nós somos consultores, e ser consultor é antecipar necessidades.” O evento para a divulgação das novidades englobou todo um final de semana no interior de São Paulo. A programação começou na sexta-feira, 31 de maio, com jantar no restaurante Vila Royal, e o sábado contou com visita técnica ao Royal Palm Plaza Resort e lançamento do novo conceito do grupo, com intervalo de tempo livre. A noite foi encerrada com um jantar temátiRoberta Nonis, da MPI Brasil e Evento Único, realizou palestra co de cassino.
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Convenção Tristar
Vitor Sayeg, Renato Pires e Marcos Castelani
Pedro Angelini, Eni Kamada, Fernando Margoni, Gislene Rocha, Hilário Padovan, Hatsumi Takaki e Julia Junqueira (departamento operacional)
Luci Lima, Eulla Roriz, Naiara Lima e Helida Oliveira
Vitor Sayeg, Alexandre Santos, Rafael Geigner, Ema Rojas, Rodrigo Pires, Sandra Abe e Leandro Costa
Nayara Oliveira, Wanderson Correa, Luiza Oliveira, Rejane Andrade e Paloma Oliveira (departamento Corporativo)
Janaina Ribeiro, Alexandre Santos, Marcia Lapa, Fabiana Marciulionis, Fernando Margoni, Helida Oliveira, Patricia Amaral, Juliana Mandatti, Osni Pires, Leandro Costa e Vitor Sayeg (departamento Mice)
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Convenção Tristar
Leandro Costa, Juliana Mandatti e Alexandre Santos com Rogério Marietti (Larrat), Janaina Ribeiro e Vitor Sayeg
Leticia Caminha e Gabriel Kohn (Royal Palm) nas laterais de Osni Ribeiro (Tristar)
Julia Junqueira e Gislene Rocha (departamento de Operações)
Osni, Rodrigo, Norma e Renato Ribeiro
Yves Boursier e Pedro Angelini
Norma Pires e Kelma Margoni
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Hotelaria Rodrigo Vieira
TEMPO LEVADO A SÉRIO De que adianta o check-in feito se ainda é necessário enfrentar fila, fazer cadastro, registrar cartão de crédito e, por fim, pegar chave? Em dias de valorização do tempo, quanto o hóspede, principalmente corporativo, tem a perder com isso? Diferentemente da aviação, ainda não é possível, na hotelaria brasileira, ir do check-in direta-
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mente para a acomodação sem passar pelo balcão. Ou pelo menos não era. A GJP Hotels e Resorts está quebrando essa barreira. Com taxa de ocupação elevada em seus 300 apartamentos, o Prodigy Santos Dumont, um dos principais hotéis da rede, tinha a fila no lobby como um de seus maiores problemas.
Incorporando o espírito (e a metodologia) de startup, o desafio estava aceito: achar uma solução para esta problemática, uma maneira de o hóspede chegar no empreendimento e em minutos abrir a porta do seu quarto. Sem precisar falar com ninguém. Para nada. Sequer para energizar a chave. Isso tudo é realidade desde maio no Prodigy SDU. O hotel disponibiliza ao hóspede quatro totens em seu lobby. Os terminais contam com tecnologia de reconhecimento facial, assinatura eletrônica, autenticação de cartão de crédito, entre outras ferramentas. A principal, inédita no Brasil, é a configuração da chave magnética, acompanhada de um SMS no dispositivo móvel para o hóspede não esquecer o número do quarto durante a estada. Responsável pelo departamento de Tecnologia da GJP, o CIO da rede, Matheus Henrique Garcia, garante que todo o processo pode ser feito em menos de um minuto. Ele ainda destaca que no check-out a máxima é verdadeira: o cliente acerta
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Matheus Garcia, CIO da GJP Hotels e Resorts, responsável pela criação dos totens
suas contas, deixa a chave e está pronto para partir. “De nada adiantaria disponibilizar pré-check-in se o cliente ainda tinha de ir à recepção pegar a chave. Esse não era o ponto. A única solução possível seria fazê-lo chegar ao quarto sem ter de esperar ou falar com ninguém. Então iniciamos nossa transformação digital e inauguramos o primeiro totem de self check-in/check-out do mercado hoteleiro no Brasil, uma máquina que agrega todos os elementos necessários com toda segurança, do reconhecimento facial ao pagamento, do cadastro à chave”, afirma o ex-CVC Corp, que foi encarregado justamente de implementar a transformação tecnológica da rede hoteleira. “É um passo de vanguarda no mercado e a primeira etapa nesse grande caminho que é fazer da GJP uma empresa de experiências, e não só de hospedagem, tendo como uma das premissas ser referência em tecnologia.”
automática, a fatura de consumo é debitada diretamente no cartão de crédito atrelado à reserva ou a outro à escolha do cliente”, completa o CIO. “Independentemente do canal pelo qual a reserva foi efetuada, já é possível utilizar a tecnologia. Por ora, aqueles que fazem a reserva direta saem em ligeira vantagem, pois nosso sistema reconhece e envia um link ao hóspede, para que ele envie sua foto pelo smartphone e economize ainda mais tempo no momento do check-in. A intenção é fazer isso com todos os canais de venda, mas a diferença de tempo entre o cliente que fez a reserva direta e o cliente que optou por uma agência é pequena”, explica o CIO. “Vamos começar a nos aproximar dos canais corporativos para alcançar essa sinergia também no departamento de TI, e não mais
apenas comercialmente.” Ainda restrita ao Prodigy SDU, a tecnologia deve invadir outros hotéis GJP em breve. O foco são os hotéis corporativos, principalmente os aeroportuários, que têm a demanda de hóspedes mais apressados. Os próximos devem ser os Linx de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, também no Rio de Janeiro. “Estamos acompanhando o desenvolvimento da tecnologia neste primeiro hotel, mas
COMO FUNCIONA Nenhum aplicativo é necessário para poder usar a nova tecnologia da GJP. Basta chegar e cadastrar o rosto no sistema, sincronizandoo com nome e sobrenome. Feito o registro, é necessário inserir dados como documento, endereço, entre outras informações básicas. A próxima etapa é a assinatura digital, dados de cartão de crédito e, por fim, entrega automática de chave. Nas outras estadas, com o cadastro do cliente já armazenado no banco de dados, o processo é ainda mais rápido, como garante Garcia. “Por meio de algoritmos inteligentes, a solução escolhe automaticamente o apartamento, sempre de acordo com a categoria reservada. O hóspede sai com a chave do apartamento em mãos sem precisar passar pela recepção física do hotel, liberando o capital humano para ações mais estratégicas, de qualidade e planejamento da recepção. No check-out é a mesma coisa, tudo feito de forma 12 a 18 de junho de 2019 — PANROTAS
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a ideia é que no futuro toda a rede tenha os totens logo em suas entradas”, aponta Garcia. Com “transformação digital completa”, Garcia aponta que a tecnologia agora tem
de estar diretamente inserida no negócio, não apenas em backoffice. “Hospitalidade é empoderar o hóspede e isso é feito por meio de tecnologia. A GJP trabalha para ser uma empresa
‘digital first’, e não ‘mobile first’. Não somos mais empresa de hospedagem, somos uma empresa de experiências”, conclui o expert em tecnologia, prometendo mais novidades em breve. n
NOVA ESTRATÉGIA COMERCIAL A GJP sentiu que era hora de determinar um profissional para cada uma de suas frentes de negócio: Lazer, Corporativo e, por fim, Mice, Grupos e Eventos. Segundo o diretor de Vendas Rodrigo Napoli, a nova estratégia comercial, de segmentar cada perfil, vai melhorar a comunicação tanto interna quanto externa. É o que ele chama de “dar uma cara GJP” à metodologia de trabalho do departamento comercial da empresa. Com a reformulação vieram contratações. Ex-colega de Napoli na Avianca Brasil, Thiago Souza chega para ser o gerente de Vendas Corporativas da GJP. Na gerência de Lazer se mantém Marcos Pessuto, enquanto Fernanda Oliveira, há quase quatro anos na GJP, fica na gerência Mice, Grupos e Eventos. Os três ficam na matriz, em São Paulo, onde está concentrado mais de 50% do volume de negócios da rede. Eles respondem diretamente ao diretor de Vendas e são responsáveis por replicar seus trabalhos nas regionais Regionais que, aliás, também têm contratação. A nova responsável pelo mercado Rio de Janeiro/Espírito Santo é Ingrid Videira, cujo currículo registra empresas como ex-Wyndham Rio de Janeiro, Grand
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Meliá Nacional Rio, Grand Mercure Riocentro, Windsor Hotéis e Sofitel Rio. As outras regionais são Sul e Centro-Oeste/Norte/Nordeste. “Entendemos que precisávamos de estratégia mais forte em nível nacional e mais segmentada, para poder dar mais foco a cada frente de negócio”, justifica Napoli. O trabalho de Marcos Pessuto pouco muda. Ele já tinha sua função de lazer, em contato direto com as operadoras, replicando aos gerentes regionais. Pois bem, é justamente esse modelo que será espelhado para o Corporativo, a cargo de Souza, e no Mice, Grupos e Eventos, sob responsabilidade de Fernanda. “A Fernanda tinha gerência de vendas para parte de eventos, enquanto a gerência corporativa não tinha um responsável direto. Contaremos, agora, com a expertise de cada um em seus nichos para desenvolver nosso departamento comercial. Os espaços de eventos têm qualidade altíssima em nossos hotéis e resorts, e já era hora de explorar toda a oferta diversificada do portfólio GJP em eventos, lazer e hospedagem corporativa à altura”, afirma Rodrigo Napoli. “Em Salvador, por exemplo, temos os três segmentos em um só, no
Wish da Bahia, que, por sua localização e infraestrutura, oferece lazer, eventos e corporativo. Nos aeroportos, o foco é corporativo, mas um hotel como o Prodigy SDU não deixa de receber hóspedes de lazer no fim de semana. Isso sem contar toda oferta de viagens de congressos, incentivos e eventos de lazer nos resorts.” As mudanças chegam para melhorar ainda mais o desempenho da GJP nessas frentes. De janeiro a abril deste ano, em comparação com o primeiro quadrimestre de 2018, a rede cresceu 28% no lazer e 22% no Mice. Este último índice foi alcançado principalmente após a criação da Central de Eventos, anunciada em fevereiro. n
A EQUIPE
DIRETOR DE VENDAS: Rodrigo Napoli “Uma grande vantagem que temos é que nossas marcas não concorrem entre si. Na GJP todos se ajudam, um segmento está próximo do outro, e essa sinergia faz muito bem ao nosso trabalho”
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Ao centro, o diretor de Vendas da GJP, Rodrigo Napoli, ladeado por Ingrid Videira (RJ-ES), Marcos Pessuto (Lazer), Thiago Souza (Corporativo) e Fernanda Oliveira (Mice, Grupos e Eventos)
GERENTE CORPORATIVO: Thiago Souza - thiago.souza@gjphotels.com (11) 97402-6630 - “Os destinos em que estamos inseridos são nosso diferencial. Acredito em um trabalho em conjunto com eles, em parceria com fornecedores locais e oferecendo atendimento personalizado, com exclusividades que agradam o hóspede corporativo.”
GERENTE MICE E CENTRAL DE GRUPOS E EVENTOS: Fernanda Oliveira - fernanda.oliveira@gjphotels.com (11) 3730-4095 “Demos um salto de qualidade e volume de negócios com a criação da plataforma Central de Eventos, e isso tende a crescer conforme rodamos o País apresentando a experiência que ela é capaz de oferecer.” GERENTE REGIONAL N/NE/ CE: Gentil Cysneiros gentil.cysneiros@gjphotels.com ou (81) 99689-0018 GERENTE REGIONAL SUL: Dóris Alves – doris.alves@ gjphotels.com ou (51) 99297-2408
GERENTE LAZER: Marcos Pessuto marcos.pessuto@gjphotels.com ou (11) 98502-0237 “Nossos hotéis são assessorados pelos receptivos locais com mais do que uma simples mesa. Temos uma loja dentro de cada hotel com suporte 24 horas dos melhores receptivos. O foco agora é melhorar a experiência de lazer dentro dos hotéis, o que está acontecendo nos resorts, como a recreação do Wish Natal, que melhorou muito, e a reforma no espaço kids do Wish Serrano”
GERENTE REGIONAL RJ/ES: Ingrid Videira - ingrid.videira@ gjphotels.com ou (21) 99831-4982 “O Rio de Janeiro oferece os três segmentos dentro da cidade, mice, lazer e corporativo, além de ser um mercado que demanda muito, com grandes empresas na capital fluminense capazes de fazer eventos em nossas propriedades espalhadas por todo Brasil.” 12 a 18 de junho de 2019 — PANROTAS
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Diagnóstico
Larissa Faria
A GERAÇÃO GOL E O TURISMO Os jovens que cresceram junto com a chegada da internet no Brasil estão acostumados a pesquisar sobre suas viagens de forma independente. Isso inclui, também, as compras de produtos e serviços turísticos. Para entender as necessidades desse público, a consultora de Turismo Mapie conversou com 410 viajantes brasileiros nascidos a partir de 1997. Fundada em 2001, a Gol se interessou em patrocinar a pesquisa “A Geração Gol e o Turismo: que transformações os jovens da geração Z estão protagonizando nas viagens”. As respostas revelam, por exemplo, que 90,09% destes jovens pesquisam suas viagens em agências tradicionais, mas apenas 21,98% fecham negócio por meio deste canal, pois a maioria faz as reservas de forma independente pela internet. O que à primeira vista soa como uma desvantagem para os agentes, na verdade é “um bom sinal”, considera a sócia-diretora da Mapie e pesquisadora líder do projeto, Carolina Sass de Haro.”O excesso de informações on-line gera confusão no cliente, que acaba comprando on-line sozinho ao encontrar preços mais baixos. Um caminho possível para atraí-lo seria investir em um atendimento personalizado e oferecer auxílio em caso de dúvidas e problemas”, comenta. Carolina pontua que o momento é oportuno para repensar o modelo de negócio das agências, criando uma forma de oferecer serviços e cobrar por eles.
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Fonte: Consultora de Turismo Mapie - 410 brasileiros com 22 anos ou menos
TECNOLOGIA ALAVANCA NEGÓCIOS Um dos diferenciais é o atendimento on-line, como por exemplo, via WhatsApp. Além de diminuir os gastos telefônicos das empresas, é uma forma de se aproximar dos clientes, pois 30,73% deles preferem ser atendidos por meio de mensagens. A tecnologia presente em todos os processos da viagem é uma tendência importante e em crescimento: 40,49% dos jovens já apresenta o cartão de embarque no celular e 32,68% acessa aplicativos de OTAs. Os sistemas virtuais também permitem conhecer mais sobre o cliente para oferecer produtos personalizados, considerando que antes de
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fechar uma reserva, 86,34% acessa de dois a quatro sites ou aplicativos para comparar os valores, procurar promoções (57,56%) e ver os comentários de outros clientes (62,20%). A presença das empresas virtualmente e as inovações tornaram-se essenciais.
Fonte: Consultora de Turismo Mapie 410 brasileiros com 22 anos ou menos
INFLUENCIADORES DA FAMÍLIA
Engana-se quem pensa, porém, que o poder de compra reduzido dessa faixa etária torna o jovem viajante um cliente pouco promissor. “Por acompanharem influenciadores digitais de viagens, eles costumam interferir nas escolhas de toda a família ao escolher um destino, formato de viagem e meios de hospedagem”, afirma Carolina. Logo, é preciso entender, cada vez mais, suas preferências e necessidades.
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Memória
Danilo Alves
PONTE AÉREA VASP
Com a suspensão das operações da Avianca Brasil, a famigerada ponte aérea passa a ser operada por duas companhias, Gol e Latam, com possibilidade de uma terceira, a Azul. O fato é que a ponte aérea (Congonhas-Santos Dumont) é o grande o filé mignon da aviação comercial brasileira, e isso já não é de hoje. Em dezembro de 1997, a extinta Vasp anunciava o lançamento de um novo serviço de bordo para os voos que ligavam os aeroportos centrais das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa criou quatro cardápios diferentes, servidos de acordo com o horário do voo e a partir das necessidades dos clientes que utilizavam a Ponte Aérea Vasp. “Cerca de 85% dos passageiros viajam a negócios, e nós queremos atender bem esse segmento de exe38 38.indd 38
cutivos”, afirmava o vice-presidente de Marketing e Vendas da companhia naquela época, José Wagner Ferreira. Segundo o executivo, o lançamento impactaria cerca de 2,5 mil passageiros que viajavam diariamente na Ponte Aérea da Vasp, que tinha 37 saídas. Os quatro cardápios da Ponte Aérea foram desenvolvidos pela Cozinha Experimental da companhia, e incluía pães, panquecas, rocamboles, almoço frio, queijos, canapés, frutas e mais uma série de snacks como acompanhamento. “Nós queremos nos diferenciar da concorrência e mostrar o carinho e o respeito que temos por todos os clientes que embarcam todos os dias em nossas aeronaves”, dizia o executivo. Nesses 22 anos, a única coisa que deixou de existir foi a Vasp. Já a concorrência na ponte aérea...
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PATROCINADO
PIER 1 APRESENTA CRYSTAL NA EUROPA Representada no Brasil pela Pier 1 Cruise Experts, agência de turismo especializada em cruzeiros marítimos e fluviais, a companhia Crystal apresenta roteiros que percorrem os mares e rios da Europa a bordo das embarcações de alto luxo. São inúmeras opções para oferecer ao cliente que deseja aproveitar a temporada na Europa. Vencedora de inúmeros prêmios, a frota de navios marítimos e fluviais da Crystal atende as expectativas dos viajantes mais exigentes quando o assunto é conforto, serviço e elegância. Para ter uma ideia, a temporada disponibiliza itinerários que desbravam os rios da Europa nos navios de última geração da Crystal River Cruises, que oferece uma experiência luxuosa, com direito a serviço de mordomo para cada viajante. Os hóspedes serão apresentados à cultura e à história de alguns dos destinos mais fascinantes do mundo, como Amsterdã, Viena, Budapeste, de forma enriquecedora, explorando verdadeiramente os locais visitados. Diretor-executivo da Pier 1 Cruise Experts, Thiago Vasconcelos ressalta a excelência da Crystal em cruzeiros de luxo: “Temos muito orgulho em anunciar a temporada europeia da Crystal, com uma variedade de cruzeiros marítimos, fluviais e iates que percorrerão destinos incríveis e proporcionarão viagens personalizadas para cada viajante a bordo”, afirma o executivo.
ROTEIROS PELA EUROPA Nos cruzeiros marítimos Crystal Symphony e Crystal Serenity, os hóspedes podem desfrutar da viagem em cidades lendárias, com passeios a castelos e catedrais, golfos e fiordes, belas montanhas, cachoeiras e rochedos escarpados. Entre os principais destinos estão Estocolmo, Reykjavik e Copenhagen. Já no Mediterrâneo, os cruzeiros percorrem a gloriosa Grécia, a Itália, além de França e Espanha. Neste itinerário, são contemplados as icônicas ilhas Cíclades, a Costa Turquesa e a Terra Santa.n
CRUISE EXPERTS
A Pier 1 oferece uma série de benefícios às agências parceiras: parcelamento em até 6x sem juros e câmbio especial para pagamento integral à vista. A empresa também oferece diversos programas de Bônus Incentivo de comissionamento, como +1% de comissão para reservas nas categorias Penthouse e superiores e, +1% para reservas de grupos.
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TEMPORADA DE ESQUI EM LAS LEÑAS E CERRO CASTOR Dois dos mais importantes complexos esportivos de inverno da Argentina apresentaram suas novidades em eventos realizados em Buenos Aires. O vale de Las Leñas, emblemático centro de esqui de Mendoza, espera uma grande temporada de inverno, com neve abundante e melhorias importantes que beneficiarão todos os visitantes. A grande novidade é a inauguração Ruta Provincial 222, que está operando desde maio e logo estará integralmente repavimentada. A via conecta diretamente o complexo à Ruta Nacional 40. “No ano passado tivemos alguns trechos que não foram finalizados e, graças à ajuda do governo da província de Mendoza, conseguimos terminar os 50 quilômetros restantes da chegada ao vale”, comentou o gerente de Vendas do Valle de Las Leñas, Sebastián Otegui. Também rolaram modificações no próprio centro de esqui e o gerente de Atividades de Montanha, Fernando Passano, comentou que “os visitantes vão encontrar mudanças importantes em cada uma das pistas: elas estarão mais largas, mais seguras e com divisões melhores; muito mais amigáveis para aqueles que estão dando seus primeiros passos na neve”. Neste mesmo sentido, Otegui acrescentou: “Este ano, investiram 30 milhões de pesos argentinos em melhorias de infraestrutura, hotelaria, serviços e grande parte no que compreende a montanha de fato.”
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Por outro lado, Ushuaia anunciou sua temporada 2019, que começará oficialmente no dia 8 de julho com a icônica descida das tochas. O presidente del Infuetur (Instituto Fueguino de Turismo), Luis Castelli antecipou que“ a expectativa é muito boa, afinal foi feito um trabalho muito intenso de divulgação, tendo em conta que celebramos os vinte anos do Cerro Castor. Tanto a cidade quanto a montanha e o vale têm várias atividades programadas ao longos dos próximos meses”. Desta forma, eventos como a tradicional festa do Día de Montañés e o prolongamento da temporada, graças à presença de neve artificial, permitirão se aventurar em um inverno que será celebrado pelos turistas e pelos colaboradores. “Por isso convidamos os operadores e as agências de viagens que nos acompanhem e comercializem nossos produtos, tendo em conta que a Aerolíneas Argentinas prevê um programa completo, com voos proveniente dos Brasil”, afirmou Castelli. Além disso, o responsável pelo Cerro Castor, Juan Carlos Begué, anunciou que: “este ano terminamos dez quilômetros de pistas de neve artificial e isso nos posiciona como a estação de esqui com maior extenção de neve artificial na América do Sul. Acreditamos que o investimento é fundamental e, por isso, seguimos adiante com a ideia de promover o destino, além do Cerro Castor como marca. O objetivo é crescer no posicionamento de Ushuaia”.n
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Las LeĂąas estĂĄ preparada para receber uma grande temporada de inverno
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LGBTravel
Marcos Martins
ESPAÇO RENOVADO Divulgação
Largo do Arouche inicia obras na capital paulista
Um dos espaços mais frequentados pela comunidade LGBT em São Paulo, o Largo do Arouche ganhará revitalização. Segundo o prefeito Bruno Covas, as obras da primeira etapa devem ser concluídas em quatro meses. “O custo total é de R$ 3,8 milhões e já foram arrecadados R$ 2,3 milhões. Iniciamos essa primeira etapa e, para a segunda, fica
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faltando R$ 1,5 milhão, que estamos buscando junto à iniciativa privada para poder formar o mercado de flores”, revela. O projeto prevê a pavimentação e nivelamento do passeio do largo e instalação de novo mobiliário urbano como bancos, papeleiras, paraciclos, bebedouros e balizadores. O boulevard de uso público será
• Daniela Mercury será uma das atrações do Camarote Pride, durante a parada LGBT de São Paulo • São Francisco, nos Estados Unidos, terá programação de shows, exposições, festas no mês de junho com a Gay Pride • A drag queen Pabllo Vittar é capa da playlist Latin Pride do Spotify e se apresentará em eventos norte-americanos destinado, preferencialmente, aos pedestres, com acesso restrito aos automóveis e veículos de serviço. O espaço também contará com mais postes de iluminação e quiosques para sanitários, uma base fixa para o policiamento, outra para a comunidade LGBT e uma terceira para os cuidadores da praça.
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VALLE NEVADO Thelma Lavagnoli
Com a temporada de inverno da América do Sul prestes a começar, o Valle Nevado aproveita a época para reforçar sua presença nas redes sociais. A estação de esqui chilena, a uma hora de Santiago, dá informações sobre seus produtos, condições climáticas e previsão de abertura das pistas para o público final. No Facebook, há página específica para os brasileiros, principal mercado internacional do resort; já o Instagram é para o público geral com posts geralmente em espanhol.
Mostrar o dia a dia do Valle Nevado no Facebook é uma forma de engajar o público final ansioso para o começo da temporada.
Com a #brnovallenevado, há repost dos visitantes brasileiros que estiveram na estação para gerar proximidade com o público.
O stories também trazem muitos resposts, mas vídeos dos visitantes esquiando e praticando snowboard. Sem texto, atingem todas as nacionalidades.
@vallenevadobrasil Facebook 91.876 curtidas @valle_nevado Instagram 111 mil seguidores
No feed do Instagram, há informações sobre produtos e ingressos com fotos aspiracionais. Porém as legendas em espanhol dificultam o engajamento com brasileiros.
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