Edição nº 1.382 - Ano 27 | 24 a 30 de julho de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br
É muito bom voltar a Miami, Nova York, Rio e Paris. São destinos que sempre trazem novidades e nos fazem reviver boas lembranças... Mas é preciso expandir a bagagem de viagens de seus clientes e criar novas memórias, mais momentos inesquecíveis. Nesta edição, trazemos duas dicas de “novos destinos”, que podem ser conjugados com outros “velhos amigos”. Conheça mais sobre o Vale da Morte, na Califórnia, e a Ilha do Sal, no litoral oeste da África
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)
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Parceria Estratégica
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ÍNDICE
nº 1.382 | 24 a 30 de julho de 2019 | www.panrotas.com.br
SEÇÕES 06 Editorial
Como diversificar os destinos do seu cliente
11 Check-in
Notícias da Aviação
08 a 10 Portas Abertas
12 e 13 Infográfico
TI Comunicações – da África do Sul para o mundo
31 Coluna Abav Expo
Death Valley, Califórnia
Turistas estrangeiros no Brasil
36 LGBTravel 38 Memória
Fernando de Noronha
40 Notícias da Argentina 42 Follow
Embratur nas redes sociais
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REPORTAGENS
14 a 21 Novos destinos 1 22 a 25 Novos destinos 2 Ilha do Sal, África
26 a 30 As tendências de Distribuição e Tecnologia, no STX 2019 34 Artigo
Rick Still, criador do La Cita de las Americas
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Editorial
MUDANDO COM SEGURANÇA
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ocê não precisa desestimular seu passageiro a visitar os grandes destinos do mundo, afinal, rever velhos conhecidos, repetir atrações, se atualizar sobre uma cidade e ir novamente no restaurante preferido para degustar um prato específico são algumas das realizações que o ato de viajar nos proporciona. Queremos continuar andando descompromissadamente pelas ruas de Nova York, Paris, Veneza e Barcelona. Queremos experimentar mais uma vez a sensação de sentar em um café e ver a vida local desfilar em nossa frente. Queremos não nos cansar de nos maravilhar com os cenários do Rio de Janeiro, Fernando de Noronha, Sydney e Cape Town. Queremos continuar nos sentindo em casa em Lisboa, revistando restaurantes e atrações que fazem parte de nossa história, e da história de nosso País. O mesmo com outros destinos, relacionados às experiências cultivadas e guardadas na memória de cada um. Mas devemos também nos abrir ao novo. Não? Sair da zona de conforto e experimentarmos novos cenários, fazermos novos amigos e termos a sensação de que estamos crescendo, ampliando nosso horizonte, sem nos esquecermos de quem somos, do que gostamos e daqueles lugares que sempre queremos revisitar. Uma das alternativas de se jogar ao novo é radicalizar e planejar a próxima viagem somente com lugares inéditos em nossos passaportes ou livros de experiências. Para alguns, pode ser radical demais... Como não voltar a Miami? Como esquecer Porto de Ga-
linhas? E Londres, não sentirá a minha falta? Uma opção bem interessante é fazer um roteiro que comece ou termine por um destino daqueles favoritos, que queremos visitar todos os anos (ou mesmo morar lá), mas que inclua, no meio do caminho, uma nova vivência em lugares que talvez estejam até fora de nossa wish-list. Nesta edição, trazemos duas dicas bastante viáveis e fáceis de serem incluídas na próxima viagem (sua ou de seu cliente). O primeiro novo destino a ser encaixado na viagem é o Vale da Morte, na Califórnia. Uma visita ao parque nacional mais quente e com algumas das paisagens mais surpreendentes dos Estados Unidos pode ter duração de duas noites e ser conjugada com visitas a Los Angeles ou Las Vegas, ou ainda fazer parte daquela road trip entre Vegas e LA, com uma parada de um a dois dias. Confira todas as dicas na reportagem da jornalista Carla Lencastre. O segundo é Cabo Verde, arquipélago na costa africana, que se torna acessível com os voos da Cabo Verde Airlines e pode ser conjugado com uma ida à Europa, já que a empresa voa da Ilha do Sal para Lisboa, Paris, Roma e Milão. Portanto, uma paradinha no paraíso africano a ser descoberto, não vai deixar nenhuma dessas cidades “enciumada”. Há muitos outros exemplos e é assim que vamos diversificando a oferta turística, desafogando os destinos que já sofrem com o overtourism e fazendo os viajantes descobrirem mais experiências deslumbrantes, que só se somarão às que colecionou na vida. Partiu?n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Portas Abertas Marcos Martins
Equipe da TI Comunicações na sua sede em São Paulo
ÁFRICA DO SUL E ALÉM Empresa pequena que faz muito. Essa é a definição da diretora da TI Comunicações, Tati Isler, que no seu portfólio de clientes tem o Turismo oficial da África do Sul, dois hotéis e mais seis DMCs. O escritório da empresa fica no quarto andar de um prédio comercial na avenida Paulista, em São Paulo, e abriga uma equipe de oito profissionais, em clima de família. Na sede há dois espaços principais, sendo um dedicado à África do Sul, com a bandeira, cores e obras relacionadas ao destino, e outro espaço mais geral, onde está concentrado um número maior de pessoas trabalhando. Os executivos se dividem nas áreas de comu-
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nicação, relações públicas, finanças, eventos e relacionamento com o trade, sendo alguns mais dedicados ao Turismo da África do Sul. No entanto, a equipe possui habilidades complementares. “Todo mundo faz um pouco de tudo. Se alguém não estiver presente, outra pessoa consegue executar a tarefa. Na empresa, as funções não são muito claras. Temos prioridades de cada um, mas todos sabem atuar nas outras áreas”, explica Tati. A TI Comunicações, que completa 15 anos em 2019, ganhou vida com o atendimento da África do Sul, mas foi além. “Nos transformamos muito e a empresa começou comigo sozinha.
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O responsável pela África do Sul nas Américas me conheceu, enquanto eu era PR da operadora Queensberry. Apresentei um projeto e, após alguns meses, abri a TI e aproveitei a oportunidade, cuidando do destino e da Queensberry. A história da empresa tem a ver com a África do Sul porque começamos juntos aqui. Foi um projeto solo durante um tempo e a coisa foi crescendo. Depois fiquei com uma assistente e expandimos, com bons resultados, e nosso trabalho foi abrangendo tudo até que montamos uma equipe e viramos o Escritório da África do Sul.” Diretora da TI Comunicações, Tati Isler Rodrigo Ferreira (gerente de DMCs)
Diogo Caldeira (gerente de Comunicação)
Marcelo Marques (gerente de Relacionamento com o Trade)
// Nome: TI Comunicações // Endereço: Avenida Paulista, 1.159, conjunto 413 (4º andar), São Paulo - SP // Diretora: Tati Isler // Fundação: 2004 // Departamentos: A empresa é dividida em três categorias de representação: Destinos, Hotéis e DMCs. No seu portfólio, é responsável pelas ações do Turismo da África do Sul no continente sul-americano, além de hotéis (Corinthia Lisboa, em Portugal, e Sabi Sabi Luxury Safari Lodges, na África do Sul) e DMCs (Gulf Dunes, Desert Adventures, ATP, Asian Trails, Private Safaris e ATM). // Diferencial: Além da questão comercial, a TI Comunicações valoriza o lado humano do negócio. “Temos uma pegada muito social, com projetos que fazem sentido para nós. Um deles aborda a história do racismo, pois temos um país que é de negros. Nosso cliente, a África do Sul, tem histórico de luta com o fim do Apartheid (regime 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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de segregação racial) e vivemos algo parecido no Brasil, só que às escondidas. Mais de 50% dos brasileiros são negros e nós não os vemos nos lugares. Decidimos abraçar essa causa e realizar pela primeira vez um fórum (no final de julho). Nos preocupamos também com a questão LGBT e acredito que, de maneira geral, a nossa empresa é diferente das outras. Somos um grupo que precisa mover dinheiro, mas o que me motiva muito mais que a questão do lucro é o lado social e humano.” Outra curiosidade é que a meditação também faz parte da rotina dos funcionários e foi implementada pela própria Tati Isler. “Há quatro anos comecei a meditar porque tive câncer de mama. Foi algo que ajudou no tratamento e me envolvi demais. Virei professora de meditação e trouxe o hábito para o ambiente da TI”. // Lado bom do Turismo: O clima familiar do Turismo é o que mais agrada a diretora da TI Comunicações. Segundo ela, é um setor onde há envolvimento maior das pessoas. “É um mercado profissional, mas não tão profissional. É familiar e trata-se da relação das pessoas, de onde elas vieram e de como elas se movimentam. Hoje você precisa ser bom em várias coisas, com uma visão um pouco mais ampla. Não adianta ser bom apenas na relação com o trade ou com PR, por exemplo. Uma coisa leva à outra. É bom ter conhecimento de todas essas áreas e o Turismo abre espaço para quem é mais antenado.” // Lado ruim do Turismo: A imprevisibilidade e falta de controle sobre a economia, política e desastres ambientais pode interferir negativamente, segundo Tati. “O grande desafio do Turismo, que é da vida, em geral, é que não conseguimos prever o que vai acontecer e diversos fatores impactam nos resultados. Uma catástrofe natural ou epidemia, por exemplo, vão impactar no fluxo de visitantes. E se o dólar sobe, as pessoas param um pouco de viajar para o Exterior. Podemos fazer o melhor possível, mas alguma coisa acontecerá no mundo e pode mudar esse desempenho. Viajar é um sonho das pessoas, que planejam e querem ter certeza de que está tudo certo no lugar para onde irão.” // Principais desafios: A estratégia da TI Comunicações é mais fechada. No entanto, a lista de prioridades inclui a solidificação do Turismo da África do Sul, o foco em estratégia comercial para incrementar a representação de hotéis e, quem sabe, anunciar um novo destino em breve.
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Milly Lacombe (editora de conteúdo) e Bianca Caballero (assistente de Comunicação)
Bárbara Francelino (assistente financeira e coordenadora de Eventos)
Fabiana Magalhães (assessora de Comunicação e coordenadora de Eventos)
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Check-in
+Lidas da semana Portal PANROTAS
Aviação
1 Luiz Teixeira, o Tex, deixa a Delta Air Lines — e vai para a Gol
2 RexturAdvance adota NPS em
busca de melhor atendimento
3 Embratur confirma nova marca "Brazil visit and love us"
4 Estatísticas do Turismo: Brasil tem 27 mil agências? Leia e confira
5 Hoteleiro lança plataforma para reservas de última hora
6 Latam contrata nova gerente de Marketing; conheça
7 Gol e Latam não poderão usar
slots da Avianca Brasil, diz Anac
8 Embratur deve lançar marca “Brazil, visit and love us”
9 Preço de passagens aéreas deve
cair em setembro, afirma governo
10 Companhia investe na experiência do cliente nos voos e em terra
Fonte: Portal PANROTAS
Nova vida na Gol, em Orlando
Segundo funcionário contratado pela Delta Air Lines no Brasil, no ano em que a companhia americana estreava no País, 1997, Luiz Henrique Teixeira, o Tex, encerra em julho “este livro de 23 anos, ou melhor, capítulos” em sua vida, de acordo com suas próprias palavras. Ciclo encerrado com muitas conquistas e desafios, mas um novo livro começa a ser escrito no dia 5 de agosto, quando ele assume a posição de country manager da Gol Linhas Aéreas nos Estados Unidos. Teixeira e a família (a esposa Regina e a filha Sophia) se mudarão para Orlando (um dos destinos da Gol no país). “É uma mistura de emoções. A tristeza e a saudade das pessoas e da empresa que me acolheu por 23 anos, a alegria do novo desafio, a ansiedade por mudar de país com a família, o que tem me rejuvenescido, confesso... tem sido uma experiência incrível e só tenho a agradecer”, sintetizou. Luiz Teixeira entrou na Varig em 1983 e teve passagens por Sabre/Ameri-
Luiz Teixeira
can Airlines, Hertz e Favecc, antes de ingressar na Delta. Em sua trajetória, que você por conferir em reportagem no Portal PANROTAS, publicada em 12 de julho, ele lembra de desafios e conquistas e cita nominalmente os amigos Cássio Oliveira, Carlos Vazquez e Duda Vasconcellos, e os mentores Juarez Cintra, Goiaci Guimarães e Elói de Oliveira.n
Nova gerente A Latam Airlines anunciou a contratação de uma nova gerente de Marketing no Brasil. Estreante no Turismo, Sabrina Salgado (foto) saiu da Turner, empresa de comunicação e entretenimento detentora de marcas como Warner TV, Cartoon Network, TNT, CNN Internacional, entre outras. A nova contratada também tem a Editora Globo em seu currículo. Sabrina, que responderá diretamente ao diretor de Vendas e Marketing da companhia, Igor Miranda, está empolgada com o novo desafio e com a possibilidade de levar ideias e questionamentos de quem
nunca atuou na aviação, mas tem experiência em trabalhar com B2B e B2C ao mesmo tempo. "Na Turner tínhamos que alcançar tanto o consumidor quanto as operadoras de televisão, sei como é trabalhar com cada canal. No entanto, o que pretendo na Latam é atuar H2H, isto é, humano para humano. Neste perfil conseguiremos atingir tanto o consumidor quanto o mercado da maneira que queremos, isto é, humanizada, próxima, em parceira", afirma Sabrina. "A intenção é fazer com que a marca da companhia aérea faça sentido e toque o consumidor e o mercado ao mesmo tempo."n
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Infográfico
CHEGADAS DE TURISTAS
ao Brasil
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1970 » 249.900
1980 » 1.625.422
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1990 » 1.091.067
2000 » 5.313.463
2010 » 5.161.379
1991 » 1.228.178
2001 » 4.772.575
2011 » 5.433.354
1992 » 1.692.078
2002 » 3.784.898
2012 » 5.676.843
1993 » 1.641.138
2003 » 4.132.847
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2004 » 4.793.703
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1995 » 1.991.416
2005 » 5.358.170
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1996 » 2.665.508
2006 » 5.017.251
2016 » 6.546.696
1997 » 2.849.750
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1998 » 4.818.084
2008 » 5.050.099
2018 » 6.621.376
1999 » 5.107.169
2009 » 4.802.217
Fonte: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo
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Destinos Carla Lencastre, especial para a Revista PANROTAS
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Fotos: Divulgação
Locação de Star Wars. Foto de capa de álbum do U2. Inspiração para nome de filme de Michelangelo Antonioni com música de Pink Floyd. Motivo de piada em 1º de abril. Atalho desastroso para a Corrida do Ouro. O Death Valley ou Vale da Morte, na Califórnia, encostado na divisa com o Estado de Nevada, é repleto de histórias e imagens icônicas. E, diferentemente do que o nome sugere, de vida. Há centenas de espécies de plantas do deserto e algumas de animais, em cenários que parecem de outro planeta. E gente. Somente em 2018, 1,6 milhão de pessoas estiveram nesta espetacular terra de extremos, onde a temperatura ultrapassa os 50º C e
a umidade relativa do ar tem apenas um dígito. Bem-vindo ao ponto mais baixo da América do Norte. O fundo dos Estados Unidos fica especificamente no calor do Badwater Basin, 86 metros abaixo do nível do mar e uma das principais atrações deste deserto. Uma crosta fina cobre o solo até onde a vista alcança e convida a uma caminhada sobre o sal e sob o sol. Em alguns pontos é possível ver água, dependendo da época do ano. Não é preciso adentrar muito a bacia para apreciar belos panoramas. Uns dez minutos de caminhada e já nos impressionamos. Uma placa no estacionamento e o bom senso dizem para não tentar fazer isso depois das dez da manhã.
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Para uma vista panorâmica do Badwater Basin (o nome é referência à água salgada, que não dá para beber, daí “água ruim”) vá até o Dante’s View, nas Black Mountains, a uma hora de carro e 1.668 metros de altitude. Do alto se veem todos os tons de branco da bacia. O mirante foi uma das locações que fizeram as vezes do deserto do planeta Tatooine, criado por George Lucas, no Star Wars original, o Episódio IV (1977), e no Episódio VI, o Retorno de Jedi (1983). Na metade do caminho está outra das maravilhas do deserto, e uma de suas atrações mais concorridas e inspiradoras. O Zabriskie Point empresta sua impressionante paisagem (e o nome) para o filme de Antonioni, de 1970, e para a capa do álbum The Joshua Tree, do U2, de 1987. Uma curta caminhada colina acima, por uma trilha pavimentada, leva até um mirante que proporciona uma visão incrível. A erosão faz com que as rochas mudem de desenho e de cores conforme o ponto de vista. Há quem veja ondas, há quem veja dobraduras. Os mais aventureiros podem explorar três diferentes trilhas que percorrem os cânions em tons de dourado, chamados de Badlands (outra locação de Star Wars). Se esta for a ideia, mais uma vez o bom senso recomenda encerrar o percurso (que pode ser de quatro a nove quilômetros) não muito depois das dez da manhã, principalmente nos dias mais quentes. 16 14 a 22.indd 16
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Terreno coberto de sal no Death Valley Paisagem em Zabriskie Point
DA MINERAÇÃO AO TURISMO O vale passou a ser chamado “da morte” em meados do século 19, quando mineradores em busca de caminhos mais curtos para o ouro da Califórnia perdiam animais na região, se perdiam uns dos outros e, às vezes, acabavam perdendo a si mesmos e morrendo de calor e de sede. Mas foi outro o minério que se transformou em principal atividade econômica e enriqueceu muita gente. Entre o final do século 19 e o início do 20, a Pacific Coast Borax Company extraía bórax em diversas minas espalhadas pelo vale. São famosas no imaginário americano as 20 mulas (Twenty Mule Teams, que nem sempre eram exatamente 20) que puxavam os vagões carregados para escoar a produção de minério vale afora. Naquela virada de século, o deserto ainda não se encaixava no conceito de paisagem turística. Em 1º de abril 1907, foi publicado em um jornal da Califórnia um anúncio promovendo “uma viagem ao inferno”, com um roteiro de carro pelo Vale da Morte “com todas as vantagens do inferno e sem as inconveniências”. Era uma pegadinha de Dia da Mentira. A dramaticidade do árido panorama só começou a ser apreciado esteticamente lá pelas décadas de 1920 e 1930. E foram justamente as mineradoras que perceberam o potencial turístico da região, quando os lucros com a extração do bórax começaram a cair. A Pacific Coast Borax Company, por exemplo, participou ativamente do período de transição da área, convertendo suas instalações em resorts e aproveitando para passeios os caminhos abertos para a escoação do minério. É possível visitar as antigas áreas de mineração e o Borax Museum, no Ranch at Death Valley, tem uma boa coleção dos equipamentos usados. Hoje o Turismo é a principal atividade econômica do Vale do Morte, que foi reconhecido como Monumento Nacional em 1933. Em 1976, uma lei proibiu a prospecção de novas áreas para a mineração. O próximo passo nesta bem-sucedida história foi a criação do Death Valley National Park, um dos maiores parques naturais dos Estados Unidos, em 1994. A extração de bórax ainda acontece até hoje em pequenas propriedades privadas dentro do parque, e a Califórnia é um dos maiores produtores de bórax no mundo. No Vale da Morte, o National Park Service 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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A Via Láctea vista a partir do Vale da Morte
Nascer do sol nas dunas
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controla as atividades das minas para minimizar o impacto ambiental. A melhor maneira de visitar o Vale da Morte é de carro (mas há tours, principalmente a partir de Las Vegas), com o tanque cheio. Como está no meio do nada, o celular geralmente não funciona e é importante baixar um mapa antes. As estradas são boas, bem sinalizadas e há áreas de estacionamento perto das principais atrações. O programa combina bem com uma road trip entre Los Angeles e Las Vegas. Fica entre quatro e cinco horas de carro de Los Angeles e a duas horas de Las Vegas. Para quem sai de Los Angeles, o melhor lugar para parar no caminho é Barstow. Como em qualquer viagem por um deserto, é importante levar muita água (e se lembrar de beber, porque o clima seco não dá sede), boné ou chapéu, protetor solar, inclusive no inverno, e não sair das estradas principais. Se possível, evite julho e agosto e suas temperaturas extremas. A média durante o dia fica acima de 45º C (e pode passar dos 50º C) e, à noite, não desce muito abaixo dos 38º C. Nos meses de inverno, a média é em torno dos 20º C, podendo alcançar os 30º C. O Vale da Morte é a região mais seca dos Estados Unidos (chove menos de 50 milímetros por ano, mas há outros desertos ainda mais secos) e uma das mais quentes do mundo. O recorde mundial, registrado no vale em julho de 1913, é de 57º C.
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Piscina do Oasis Inn
Fachada do Oasis Inn
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EXPLORANDO Qualquer itinerário pelo Vale da Morte deve começar pelo Furnace Creek Visitor Center, que fica no local da antiga sede da Pacific Coast Borax Company, onde foi registrada a temperatura recorde. Ali se paga a taxa de entrada no parque (US$ 25 por veículo). Uma boa exposição, que inclui um mapa em 3D, conta um pouco da história do lugar e suas curiosidades. O Centro de Visitantes tem ainda loja de suvenires e água filtrada. O ideal é ficar hospedado duas noites na região, para ter um dia inteiro para aproveitar o deserto, inclusive à noite. O céu, um dos mais escuros do mundo e repleto de estrelas, oferece a possibilidade de observar a Via Láctea, dependendo, claro, da fase e posição da lua e das condições meteorológicas. Há áreas com infraestrutura para camping e alguns poucos hotéis. Uma ótima opção é o Oasis at
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Oasis Ranch
Death Valley, que terminou no final do ano passado uma renovação de US$ 100 milhões. O resort é propriedade do grupo americano de hospitalidade Xanterra Travel Collection, especializado em gestão de parques e com outras empresas em sua carteira de negócios, como a Windstar Cruises. No Vale da Morte, o Oasis reúne o Inn, mais elegante, e o Ranch at Death Valley, voltado para famílias. Ambos foram construídos pela Pacific Coast Borax Company entre as décadas de 1920 e 1930. Depois de dezenas de quilômetros sem avistar uma única árvore, é reconfortante ver que aqui o nome corresponde à realidade. Em uma área repleta de palmeiras, graças a uma fonte de água natural subterrânea, os dois hotéis são realmente um oásis no Vale da Morte.n A jornalista Carla Lencastre viajou com proteção GTA, em tour do Visit California pré-IPW 2019
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Destinos Antonio Roberto Rocha, especial para a Revista PANROTAS
POR QUE VALE A PENA CONHECER CABO VERDE? Há uma certa curiosidade – ou desconfiança – embutida nos anseios quando o destino é o Arquipélago de Cabo Verde, um dos menores países da África, totalmente oceânico e cujo vizinho mais próximo é o Senegal. Afinal, vale a pena se hospedar nos megaresorts da Ilha do Sal? Não seria um replay de Cancun? Ou mesmo de Porto de Galinhas? O mais indicado para o turista brasileiro (no caso, os que moram no Nordeste) seria programar uma viagem à Europa (Lisboa, Paris, Roma ou Milão) pela Cabo Verde Airlines, com saídas de Salvador, Recife e Fortaleza, e usufruir do stop over de até sete dias em Cabo Verde?
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A dúvida persiste. Outra pergunta que paira em meio às ambições turísticas: das dez ilhas do arquipélago só vale a pena conhecer a mais moderninha, a Ilha do Sal? E a cultura local, onde fica? Perguntas sempre difíceis para respostas que se respaldam na individualidade. Mas estivemos lá exatamente para dirimir essas dúvidas sobre o destino. Em uma rápida visita ao país que até 1975 estava sob o domínio de Portugal — e ainda mantém certos hábitos e costumes portugueses bem arraigados —, a constatação é tão simples como o próprio ar-
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Passeios mais distantes levam a praias mais desertas, perto da atração Buracona
quipélago: o esplendor e a descoberta vão muito além dos requintados resorts e do mar de tons quase caribenhos, contrastando com areia branquinha da Ilha do Sal. Há uma cultura latente querendo se manifestar. Mostrar seus dotes, simplesmente. E se do outro lado houver um visitante no melhor estilo desbravador... Aí rolou! Entregue-se aos hábitos locais. Claro que vai ter banho de mar, mordomia e culto à gastronomia. Mas, concomitantemente a esses prazeres do Turismo tradicional, vale a pena uma imersão histórico-cultural. Traz aprendizado e enverniza a alma. NOVA ÁFRICA Em um passeio que cruza quase 200 quilômetros pela Ilha de Santiago (a maior de todas), entre interior árido e litoral montanhoso, onde fica a maior cidade e capital do arquipélago, Cidade da Praia, o visitante, aí sim, poderá “ver” um pouquinho desta nova África. Ou de uma África nova. A essência será sobretudo humana e se refletirá em vilarejos humildes, comunidades mais carentes, colônias de pescadores ou até mesmo na reduzida janelinha de um velho ônibus local, onde um passageiro feliz pode sorrir e acenar para o turista. As três principais cidades do arquipélago
estão na Ilha de Santiago. A segunda maior delas, Somada, tem mirante e vistas espetaculares. Meio lunares, até. Uma das melhores praias de Cabo Verde também está lá: Tarrafal. Até um Memorial da Resistência desponta no caminho, relembrando os presos da era Salazar nas então colônias portuguesas da África. Nos arredores da capital caboverdiana há uma “Cidade Velha” tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Tem pelourinho, convento, chão de areia com pedrinhas preservado e conserva a via mais antiga do arquipélago, a rua das Bananas. Na praça principal, há apresentações esporádicas de grupos folclóricos. Algumas ladeiras acima, uma fortaleza aberta ao público resguarda e abraça a cidade, propiciando privilegiada imagem litorânea. E como viajar é vivenciar a cultura local, é interessante sentir a musicalidade caboverdiana. Os mais abertos à world musica com certeza já ouviram Cesária Évora. Pois lá ela é o “Pelé” da canção. A “seleção” conta ainda com Sara Tavares, Tito Paris e Mayra Andrade, entre tantos outros muito executados nas rádios e nos bares. Música estrangeira? Em Cabo Verde há resistências. São radicais musicais. Na verdade, querem mesmo é dançar seus 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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próprios rirmos, como morna (mais lento), funaná (romântico e melancólico), kuduro, kizomba e batuque. A batida tem que ser afro. Uma dica é ir ao Quintal da Música, na Cidade da Praia, entre quarta-feira e domingo, à noite. Tem música ao vivo por lá. O ambiente é simples, serve jantar e é decorado com fotos de músicos locais. Com muito orgulho. Dizem que também há craques no pincel e no barro em Cabo Verde. E nas letras. São os versos e reversos de um povo. A cultura nutre! E a educação, quem diria, vai razoavelmente bem no arquipélago, segundo os próprios ilhéus. Já há três universidades e o ensino de inglês e francês é obrigatório nas escolas públicas. O Turismo, afinal, que já responde por 20% do PIB do arquipélago, pode estar ainda mais a caminho. Uma diferença básica entre lá e cá: no país africano de cerca de 600 mil habitantes, cortar verba da educação seria considerado um tiro no futuro.
Buracona
ILHA DO SAL E DO TURISMO Os resorts de Santa Maria, capital da Ilha do Sal, fascinam. Surpreendem pela imensidão. O Riu é o mais exuberante. Já a rede Meliá tenta “tomar conta” do pedaço: tem três unidades (uma exclusiva para adultos), que somam quase 1,6 mil quartos. Ao contrário destes, o Hilton não aderiu ao sistema all inclusive. Os cerca de 30 mil leitos de Cabo Verde (a metade fica na Ilha do Sal) são muito procurados por britânicos, alemães, suecos, franceses, holandeses, belgas e portugueses. Ainda há poucos brasileiros por lá. Os passeios por Santa Maria são bem variados. De cara, há toda uma estrutura náutica que propicia, entre outras aventuras, mergulho em águas realmente transparentes, jet ski, windsurfe e kitesurfe, entre outros “meios de transporte e diversão marítimos”. A vida noturna também é intensa, à base de restaurantes e bares com design criativo e adequado ao clima da ilha. Há lojinhas de artesanato (onde não há?) e um cassino bastante frequentado. 24 22 a 25.indd 24
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Pelourinho Palácio do Governo
MALHA ATUAL DA CABO VERDE AIRLINES (Chegadas e saídas pelo aeroporto da Ilha do Sal)
Brasil - Três frequências semanais e diretas para Salvador, Recife e Fortaleza Europa - Lisboa, Paris, Roma e Milão Estados Unidos - Boston Passeios mais distantes (a cerca de 30 quilômetros), porém compensadores, levam a dois emblemas da Ilha do Sal: a Buracona, cujos rochedos aprisionam as águas e propiciam a visão única e pitoresca de um “olho”, digamos, luminoso no mar; e as salinas, que emprestam o próprio significado do nome da ilha. Vale lembrar que tudo começou em 1830, quando a ilha foi descoberta e logo se tornou grande exportadora de sal.n O jornalista viajou a convite da Cabo Verde Airlines
África - Dakar Destinos previstos a partir de novembro - Washington (EUA), Luanda (Angola) e Lagos (Nigéria) Frota atual - três Boeing 757-200 Encomendados - dois Boeing 757-200 (previsão para novembro) Composição societária - 51% da Loftleidir Cabo Verde (braço local da Loftleidir Icelandic - da companhia aérea Iceland Air) e 49% do governo de Cabo Verde n
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Tecnologia Beatrice Teizen, Las Vegas
De olho no futuro e nas viagens personalizadas Um dos princípios atuais da Sabre Corporation é focar no futuro e nas oportunidades que podem vir com ele. O que vem pela frente, inclusive, foi um dos principais temas – juntamente com fortalecer a relação com os parceiros – do Sabre Technology Exchange (STX) 2019, realizado em Las Vegas (EUA), em junho, reunindo mais de 1,5 mil clientes, de mais de 60 países. Durante o evento, o presidente e CEO da companhia, Sean Menke, afirmou que a Sabre Corporation quer liderar, até 2025, um novo mercado de viagens personalizadas. O caminho para isso é transformar seu marketplace por meio da tecnologia e aumentar o leque de opções aos viajantes, utilizando a enorme quantidade de dados disponíveis, dando aos fornecedores capacidade e ferramentas para promover as ofertas mais personalizadas possíveis. É fato que a experiência de compra mudou como um todo, que um novo modelo de comércio chegou e atingiu também as viagens. “Estamos em um momento, que seguirá daqui para frente, que vai além de vender somente passagens e quartos de hotéis. Nos últimos dez anos o mercado de viagens mudou drasticamente. Hoje, 67% dos viajantes querem experiências, como concertos, eventos esportivos, wi-fi a bordo, acesso a 26 26 a 30.indd 26
Sean Menke, presidente e CEO da Sabre
lounges e muito mais”, explicou. É com dados, inteligência artificial e recursos como machine learning que o Sabre está pensando na evolução das viagens. E com os três pilares – gerenciar complexidade, impulsionar inovação e aprimorar o ecossistema –, a empresa quer, cada vez mais, trazer valor para seus parceiros e clientes, com foco em dar poder às suas parcerias. “Toda jornada começa com o viajante. Focar na melhor experiência possível, entregando opções total-
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Brian Jorgenson, Justin Ricketts e Clinton Anderson, da Sabre Hospitality Solutions
mente customizadas e personalizadas por meio de dados. Vejo também muitas oportunidades de conectar buyers e fornecedores e o que podemos fazer juntos para envolver o marketplace. Nossa missão é ajudar nossos clientes a lucrar e melhorar a eficiência para que eles façam seu cliente feliz. É o que a tecnologia nos oferece durante todo o processo”, disse. LANÇAMENTOS E NOVIDADES Na edição deste ano do STX, a empresa de tecnologia lançou – e aprimorou – ferramentas e plataformas focadas justamente na melhora da experiência do viajante HOTELARIA — Uma delas foi a solução piloto do Sabre Content Services for Lodging, desenvolvida para impulsionar as ferramentas de reservas corporativas e de agências, integrando o tradicional conteúdo GDS dos hoteleiros às opções dos players Booking.com, Bedsonline e Expedia Partner Solutions. Com ela, serão mostradas mais de um milhão de propriedades de diversas fontes em uma única tela. O setor hoteleiro, em termos de distribuição, é bastante fragmentado, o que dificulta a busca pelas propriedades, assim como a visão completa do que é exa-
tamente oferecido. Com este novo serviço, os agentes poderão vender, comprar e reservar hotéis com confiança, pois saberão todos os preços, e poderão ficar tranquilos que, de fato, todo o conteúdo hoteleiro disponível está sendo entregue para eles. “Pensando em termos de NDC, precisamos estar preparados para esta questão também na hospedagem. Necessitamos ter a habilidade de consumir todo esse conteúdo, traduzir e colocar no nosso sistema. Ao normatizar as informações, somos capazes de mostrar na primeira tela a comissão que a agência vai ganhar, por exemplo, atendendo a uma das necessidades dos nossos parceiros”, explicou a vice-presidente sênior de Hospitalidade, Terrestre e Marítimo do Sabre, Traci Mercer.
Traci Mercer, vice-presidente sênior de Hospitalidade, Terrestre e Marítimo do Sabre
ALÉM DA CAMA — Outra novidade foi o SynXis Intelligent Retailing. Imagine poder aumentar a receita e vender experiências além de um simples quarto de hotel? Esta é a proposta da solução que agrega recursos de varejo em hospedagem, entregando ofertas totalmente personalizadas e aderentes às necessidades dos clientes. “Acredito que esta inovação que estamos trazendo ao mercado é 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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Wade Jones (Travel Network), Clinton Anderson (Hospitality Solutions), Sean Menke (Sabre), Barry Sievert (Sabre), Dave Shirk (Travel Solutions) e Cem Tanyel (Airline Solutions)
o futuro da indústria de viagens. A habilidade de aumentar a receita dos hotéis, entendendo o perfil do consumidor, seus hábitos de compras e seus dados, e trazer pacotes únicos e customizados vai prover não somente uma experiência única para o hóspede, como também lucro aos fornecedores”, afirmou o presidente do Sabre Hospitality Solutions, Clinton Anderson. Com as mudanças na indústria e na forma de consumir viagens, não há mais como pensar somente em reservar um quarto ou um assento em um avião. É preciso oferecer recomendações, algo que por meio do GDS pode ser um pouco difícil. Mas o Intelligent Retailing, ao combinar dados com recursos de inteligência artificial, é capaz de entregar experiências personalizadas e relevantes, criando ofertas customizadas com diferentes produtos. MAIS ÁGIL — Além das novas soluções, a Sabre Corporation recriou e atualizou alguns recursos já existentes, como o IROPS Reaccommodation, da divisão de negócios de companhias aéreas da empresa, a Sabre Airline Solutions. Os códigos e dados foram melhorados para oferecer mais otimização e em maior escala. Segundo o vice-presidente sênior de Gestão de Produtos para Soluções Comerciais da unidade, Rodrigo Celis, uma melhora de 40% em tempos de
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resposta e eficiência em termos de algoritmo foi notada. Para a tripulação, em termos de resoluções referentes a voos, o que antes era feito manualmente, hoje é realizado de forma automatizada e instantânea, até mesmo em dispositivos móveis, em uma interface intuitiva. Sem intervenção humana, tudo pode ser configurado de acordo com a região, o que dá mais facilidade no controle e gerenciamento do trabalho.n
Cam Kenyon, Cem Tanyel e Rodrigo Celis, do Sabre Airline Solutions
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BRASIL É ESTRELA LATINA Ana Maria Escobar, da Sabre Airline Solutions, e Esteban Velasquez, da Sabre Travel Network para a América Latina
Com escritórios corporativos em praticamente todos os países da América Latina e presença de todas as unidades de negócio – Airline Solutions, Hospitality Solutions e Travel Network –, a Sabre Corporation vem investindo na região há muitos anos. São mais de mil funcionários no mercado latino, o que corresponde a quase 10% do total da empresa. A vice-presidente e gerente de Vendas da Sabre Airline Solutions para América Latina e Caribe, Ana Maria Escobar, e o vice-presidente da Sabre Travel Network para a mesma região, Esteban Velasquez, falaram à PANROTAS sobre a relação da companhia com seus clientes e a indústria latinos. REVISTA PANROTAS — A América Latina está atrás dos Estados Unidos e Europa em relação à tecnologia de Viagens? Se sim, como podemos alcançá-los? ANA MARIA ESCOBAR — Em geral, nossos clientes de companhias aéreas na América Latina estão alcançando todos os outros ao redor do mundo. A Latam Brasil, por exemplo, no ano passado migrou para o Sabre, foi uma das maiores migrações que a empresa já fez. Isso
foi para colocá-los em uma plataforma moderna. Nossos clientes agora estão focando em tudo que é digital. Estamos atrás, mas estamos em um momento decisivo, indo em busca deste alcance. PANROTAS — Quais são as principais ferramentas e soluções Sabre para agentes de viagens? ESTEBAN VELASQUEZ – Temos duas tendências em relação aos agentes de viagens. Alguns clientes querem continuar usando o Sabre Red 360. Outros, como uma OTA, por exemplo, precisam criar seus próprios sites e, por isso, utilizam os nossos APIs (Interface de Programação de Aplicativos). Portanto, basicamente as principais soluções do Sabre para estes profissionais são o Sabre Red 360 ou a API do Sabre para o cliente construir a plataforma de que precisa. PANROTAS — O Sabre amplia seu leque cada vez mais e hoje não é mais visto apenas como um GDS. O GDS ainda é a maior fonte de renda da companhia? 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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Esteban Velasquez, da Sabre Travel Network
ANA MARIA — Absolutamente. O GDS é a maior fonte de receita para o Sabre. VELASQUEZ — Falando em GDS, estamos tentando usar um novo modelo técnico e comercial para as aéreas low cost, pois elas são diferentes, não precisam da mesma tecnologia de distribuição, às vezes não têm codeshare ou não têm programa de fidelidade e não querem fazer parte das alianças globais... Por isso, devemos entender que elas precisam de modelos diferentes em termos de distribuição e elas começaram a ver que o GDS tem um valor importante para elas. PANROTAS — Qual é o maior mercado latino para o Sabre? VELASQUEZ — É o Brasil. Em termos de GDS, ele representa algo como 35%. Para apenas um mercado, é um bom número. Além disso, o Sabre é o GDS número 1 na América Latina, com um share de 60% no mercado brasileiro. PANROTAS — Como o mercado latinoamericano está em relação ao NDC? Está se adaptando? Os acordos com TMCs globais chegaram às empresas que atuam no Brasil? ANA MARIA — Na América Latina, as aéreas maiores já estão absolutamente pioneiras com NDC. NDC é uma tecnologia e estamos prontos para tê-la em algumas companhias latinas. Não é só a conexão, a conectividade NDC via XML, é realmente pensar em como ser inteligente. Nós da Sabre estamos trabalhando com vários clientes e estamos desenvolvendo ferramentas na região para começar a trabalhar na frente deste desafio que está vindo. Não é só NDC, mas criar ofertas inteligentes. VELASQUEZ — Quanto às TMCs, os acordos globais já chegaram, sim, às empresas que atuam no Brasil. Temos alguns clientes regionais, latino-ameri-
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canos, e temos globais, como American Express, BCD, CWT, Expedia, que atuam na região. Falando de NDC no lado das agências, é muito simples solicitar uma passagem do México para Bogotá, por exemplo. Mas se eu precisar pedir por alguns ancillaries, em adição ao bilhete, como bagagem ou assento, e o itinerário for alterado, é um verdadeiro desafio. No passado, tudo estava relacionado à passagem, ela incluía todos os produtos. Agora, é diferente, temos diferentes produtos de ancillary. Não é só sobre uma conectividade de API. Nós precisamos entender todo o fluxo, o processo, pós e pré. E por isso as agências estão tentando entender as vantagens do NDC e os desafios enfrentados. Temos de entender que esse será um mundo híbrido. É difícil e complexo e precisamos estar preparados para isso.
PANROTAS — Quais são as principais tendências de tecnologia para Viagens na visão do Sabre? VELASQUEZ — A questão de trazer o modelo de varejo para as viagens está mudando tudo. A customização também está se tornando cada vez mais relevante. Falando de personalização, tecnologia é muito importante, pois o valor da agência é o serviço ao cliente, como dar suporte aos diferentes setores. Atendimento ao cliente sempre fez a diferença na indústria de viagens. ANA MARIA — Em termos de tecnologia, com certeza inteligência artificial e machine learning. E o Sabre está realmente avançando com esses recursos. Nós acreditamos que é daí que está vindo a próxima tendência de tecnologia.n A Revista PANROTAS viajou a convite do Sabre
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EDIÇÃO NO3
COLUNA 25 A 27 DE SETEMBRO EXPO CENTER NORTE – SÃO PAULO 5 DICAS PARA TORNAR A VISITA À ABAV EXPO MAIS PROVEITOSA A 47ª ABAV Expo Internacional de Turismo e 52º Encontro Comercial Braztoa é a maior feira de Turismo e negócios do País, reunindo milhares de marcas e visitantes ao longo de três dias de intensa programação. Justamente por ser tão abrangente, exige bom planejamento do visitante para aproveitar ao máximo as oportunidades geradas pela feira. Confira a seguir algumas dicas de como se preparar para a ABAV Expo, que acontece de 25 a 27 de setembro, em São Paulo. Acesso ao evento: o credenciamento para profissionais pode ser feito gratuitamente a partir do dia 29 de julho e até 20 de setembro pelo site da ABAV Expo: www.abavexpo.com.br. Depois de realizar sua inscrição on-line, imprima sua credencial para ter acesso ao evento sem a necessidade de enfrentar filas, otimizando ao máximo o tempo na feira. Após esse período, agências associadas à Abav seguem com gratuidade na entrada, enquanto os demais profissionais precisam adquirir o ingresso por R$ 70 na bilheteria, valor que dá acesso aos três dias de evento. Maiores de 60 anos e estudantes pagam meia entrada. Prepare um roteiro: em 2018, a ABAV Expo reuniu 1.100 marcas expositoras e a expectativa é de que esse número seja superado este ano. Ou seja, sempre há muito para se conhecer durante o evento. É importante que o visitante se planeje com antecedência para programar o que fará em cada dia, usufruindo de todo o potencial de networking do evento. Confira todos os espaços e sempre se atualize sobre as novidades visitando o site da feira. Conhecimento: lembre-se de reservar um tempo na agenda para aproveitar a programação da Vila do Saber. São cinco arenas com muito conteúdo: Digital, Gestão, Mercado, Tecnologia e Transformação. Nesta edição do evento, cada arena ganhou um mentor, fazendo com que a seleção de palestrantes e temas ficasse ainda mais abrangente. Uma ótima oportunidade para se aproximar de profissionais qualificados e expandir sua rede de contatos. Cheque com antecedência a grade de palestras e o currículo dos profissionais no site da ABAV Expo. Algumas são bastante disputadas e os lugares esgotam rapidamente, por isso vale chegar cedo ao local da palestra e garantir seu lugar. Sem falar no espaço da Brainstore, que terá lançamentos de livros e sessões de autógrafos com os autores. Networking: a ABAV Expo é um espaço essencial para relacionamento com profissionais de diferentes segmentos do Turismo. Todos os anos os organizadores da feira pensam em formatos que favorecem essa troca, que é estimulada por meio de áreas propícias para interação, como o Espaço Conectividade, área com mesas bistrô, wi-fi e totens para carregar celulares, que pode ser utilizado para pequenas reuniões de negócios e muito networking. Pós-evento: invista na manutenção de contatos conquistados durante a ABAV Expo. Assim, é possível dar continuidade a planos de parceria ou fechar negócios iniciados no evento. Compartilhe suas impressões sobre os prospects com sua equipe, pense em um plano de ação e, em seguida, envie e-mails ou ligue para agendar reuniões ou almoços corporativos. Um evento deste porte pode render muitos negócios para você! A ABAV Expo 2019 acontece de 25 a 27 de setembro, das 12h às 20h, no Expo Center Norte, em São Paulo. Acompanhe as atualizações em www.abavexpo.com.br. 24 a 30 de julho de 2019 – PANROTAS
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Artigo
MEU DEUS, MAIS UMA FEIRA DE TURISMO? Nas últimas quatro décadas o número de feiras ligadas à indústria de Viagens e Turismo, famtours, eventos, jantares e outras formas de promover um destino teve um boom. Em uma noite qualquer, é comum ter um jantar ou apresentação para participar. O barulho no mercado está ficando cada vez mais alto. Mas nosso bem mais precioso é nosso tempo e o que fazemos com ele tem se tornado cada vez mais importante em nossas vidas. Recentemente fui perguntado sobre cinco eventos: IPW, Florida Huddle, Connect Travel, WTM Latin America e La Cita de las Americas, e como eles poderiam impactar os compradores brasileiros. Para ser justo, minha empresa organiza o La Cita, mas nossa filosofia e estrutura são resultado de inputs de muitos amigos que considero “sócios honorários”. Em primeiro lugar, e mais importante, todas as feiras de Turismo têm valor para os participantes que levam o evento a sério. Mas é importante entender os diferentes perfis dos chamados trade shows (grandes, pequenos, de circulação livre ou com entrevistas agendadas etc) e ter expectativas realistas. Grandes trade shows como o IPW e a WTM dependem de números grandes para terem sucesso e, como regra geral, quanto maior o evento, pode ser mais difícil encontrar as pessoas certas na hora certa. No IPW, o mundo vem aos Estados Unidos. Trata-se de um evento excepcionalmente bem organizado e que tem muitos anos de tradição. Mas, se você é do Brasil, primeiro tem de encontrar
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fornecedores americanos que entendam o potencial de seu negócio. Dos 12 milhões de viajantes latino-americanos que viajam aos Estados Unidos, mais de 60% visitam a Flórida. Como resultado dessa disparidade o restante dos EUA pode não considerar o Brasil como um grande player ou uma fonte para investimentos imediatos. A WTM Latin America é outro grande evento com números também grandes, mas seu escopo é ainda maior que o IPW, pois, na teoria, o mundo vai para comprar o mundo. O Florida Huddle e o novo Connect Travel parecem estar competindo, uma vez que acontecem no começo do ano (janeiro e fevereiro) e ambos focam em compradores internacionais. Mas janeiro e fevereiro podem ser épocas difíceis para compradores latino-americanos deixarem seus escritórios. O mês de janeiro do Huddle foi escolhido mais de 40 anos atrás, quando os grandes operadores americanos no Nordeste do país pensaram que os canadenses e europeus fariam qualquer coisa para estarem na Flórida em janeiro. O Connect tem um forte sistema de apoio na China e, como resultado, a maioria dos compradores nos dois anos de eventos veio de lá. O time do Connect tem trabalhado duro para adicionar compradores de outras partes do mundo, e eles organizam um ótimo evento. Um approach interessante é que eles usam um sistema de décadas que coloca os compradores em mesas visitadas pelos fornecedores a cada oito minutos. Esse foi o formato usado pela US National Tour Association quase 50 anos
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atrás, quando seu primeiro evento baseado no matching via computador foi realizado. O principal approach que temos no La Cita é manter o evento relativamente pequeno e focado na qualidade de delegados com nível sênior, e fazê-lo um evento pessoal. Nossa experiência nos diz que fazer negócios na América Latina envolve estabelecer uma relação pessoal de confiança que vai dar apoio à relação comercial durante tempos de dificuldade econômica. A informação, os delegados e a época do ano foram cuidadosamente estruturados especificamente para o comprador latino-americano. O número de trade shows, missões comerciais e eventos promocionais (jantares, coquetéis etc) continuará a crescer... especialmente à medida que o mercado brasileiro recupera sua força. Os esforços para atrair a atenção do comprador vão se tornar mais competitivos. O barulho vai aumentar. A mensagem do La Cita é simples e clara: fazer negócios, especialmente na América Latina, é algo pessoal. Você quer fazer negócios com parceiros que estão a seu lado nos bons tempos e nos que apresentam desafios. Você quer se cercar de amigos inteligentes e sensíveis que se tornem fontes de ideias e inspiração sobre as quais vocês constroem um futuro. Em resumo, todos os eventos podem ser bons... se você tem um claro entendimento de suas metas como comprador, se você faz seu dever de casa antes do evento e, de todas as formas, se constrói relações com as pessoas que você encontra.
Rick Still é o presidente do La Cita e nos últimos 40 anos trabalhou na criação ou gerenciamento de mais de 300 eventos, de todos os tamanhos e tipos, de roadshows a feiras grandes. “O maior desafio de escrever esse artigo foi a natureza competitiva atual desse negócio. Me inspirei na visão e coragem de nossos amigos que recentemente deram vida ao Matcher, que ocorreu em Fortaleza”, resumiu. E-mail: rick@lacitaamericas.com NOTA DA REDAÇÃO: As páginas da Revista PANROTAS estão abertas para artigos de outros eventos no Brasil e no Exterior, para que o debate sobre formatos, quantidade e tendências continua sendo feito de forma positiva e saudável. Sugestões podem ser enviadas para artur@panrotas.com.br, aos cuidados de nosso editor-chefe, Artur Luiz Andrade
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LGBTravel Marcos Martins
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RECONHECIMENTO • O matemático Alan Turing, que foi condenado por ser gay e é um dos gênios de sua área, receberá uma homenagem na nota de 50 libras do Banco da Inglaterra. Um pedido de desculpas da Inglaterra pelas injustiças contra Turing, que teve a vida retratada em O Jogo da Imitação
Seema Jain, Betsy Kiss, Casey Oakes, Jennifer Yuan e Maruiel PerkinsChavis, da Marriott
A Marriott International foi a empresa do Turismo com melhor posição no prêmio Diversity Inc Top 50 Companies for Diversity 2019, ocupando o segundo lugar. Outras empresas que apareceram no ranking foram a Hilton (4º), Walt Disney Company (20º), Boeing (32º) e United Airlines (47º). A Marriott se destacou também nos rankings de Liderança Diversificada (2º), Conselhos de Diversidade (5º), Mulheres Executivas (5º), Filantropia (6º), Diversidade de Fornecedores (10º), Aquisição de Talento (11º) e Esforços LGBTs (lista sem classificação).n
• A Expo Pride, feira exclusiva para a comunidade LGBTQ+, será realizada nos dias 7 e 8 de setembro, no São Paulo Expon
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Scarlet Lady fará cruzeiro temático
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NAVIO FRETADO A companhia Virgin Voyages fretou o Scarlet Lady, seu primeiro navio, para uma viagem LGBTQ+, que será realizada pela Atlantis Events, empresa que atua há 28 anos no segmento. A programação contará com festas de DJs a bordo do Scarlet Lady, que tem capacidade para 2,7 mil passageiros. O roteiro de sete noites partirá de Miami em 31 de maio de 2020, com paradas em Key West (Flórida), Cozumel/Playa Del Carmen e Costa Maya (México), além de Bimini (Bahamas), onde está localizado o espaço privado The Beach Club.n
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Memória
Danilo Alves
INVESTINDO EM NORONHA
Um dos destinos mais desejados e falados do Brasil, o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, sempre chamou a atenção de turistas brasileiros e internacionais. Em 1997, o destino, que abriga a famosa praia do Sancho, umas das melhores do mundo, foi notícia na edição 231 do Jornal PANROTAS após receber um investimento de US$ 14 milhões em infraestrutura. Entre as medidas ligadas diretamente ao Turismo estavam a recuperação da pista do aeroporto – e também a reforma do terminal de passageiros –, uma campanha de conscientização da população e dos visitantes em relação à importância da atividade, e a construção de 38 38.indd 38
pequenos hotéis e outros meios de hospedagem que não causassem danos ao meio-ambiente. O que a matéria deixava explicito é que Fernando de Noronha não conseguia sobreviver de suas próprias receitas, mesmo com a recente instituição de uma taxa ambiental para os visitantes que chegavam à ilha – em média, na época, de R$ 14 por pessoa e por dia (contra os R$ 73 atuais). Essa é a mesma taxa que, recentemente, foi classificada pelo presidente Jair Bolsonaro como “um roubo”. Atualmente, além da entrada para o parque, os visitantes devem pagar a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), calculada de acordo
com a permanência na ilha. Se um turista ficar uma semana, por exemplo, ele pagará R$ 467,59. Em 1997, Fernando de Noronha recebia, na alta temporada, 420 turistas/dia e 80 na baixa. Segundo dados recentes da Econoronha, concessionária que desde 2012 opera o serviço de apoio à visitação na ilha, mais de 100 mil turistas passam pelo destino anualmente. E, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), administrador do Parque Nacional Marinho, que engloba as principais praias da ilha, cerca de 70% do valor dos ingressos é revertido para projetos de infraestrutura no destino.
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EL CALAFATE: MARAVILHAS NATURAIS O ANO INTEIRO El Calafate procura derrubar o mito da sazonalidade e continua a apostar que é uma cidade para ser visitada a qualquer momento. Este é um dos destinos mais emblemáticos da Argentina e isso se deve, em grande parte, ao glaciar Perito Moreno, uma das grandes maravilhas naturais da Patagônia. Porém, focar apenas nisto significa perder inúmeras opções de atividades à disposição no local. “El Calafate não é apenas visitar o Parque Nacional Los Glaciares. Sem dúvida, é nosso principal atrativo, mas há uma ampla gama de outras experiências que valem a pena. Para quem gosta de aventura, há caiaques para navegar entre icebergs, além de atividades como cavalgadas, rafting e rapel; enquanto isso, aqueles que preferem tranquilidade têm a possibilidade de navegar em direção à geleira Spegazzini ou a bordo do cruzeiro de alto nível oferecido por Marpatag “, comentou o presidente do Ente Mixto de Promoción Turística de El Calafate, Alexis Simunovic, que prosseguiu dizendo: “a cidade está mais linda que nos anos anteriores, fundamentalmente porque aumentaram os serviços. Os turistas podem curtir bares de gelo, visitar o Museo Glaciarium e fazer passeios guiados. Também existe a opção de alugar bicicletas, comuns ou elétricas, e percorrer o destino.” O funcionário também destacou que há
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atividades que podem ser feitas exclusivamente no inverno, quando a neve favorece a prática delas. “A patinação na baía Redonda é algo incrível. Trata-se de um terreno de 500 hectares congelados, onde é possível curtir um momento muito divertido e obter vistas incríveis. Em relação ao preço, vale destacar que, por ser um lugar público, o único gasto é o aluguel dos patins por volta de A$ 200 aproximadamente.” Cabe ressaltar que o Ente Mixto tem promoção especial de inverno para todos aqueles que queiram visitar El Calafate. Existe a modalidade 4x3 em hotéis selecionados, ou seja, o hóspede paga por três noites e recebe gratuitamente a quarta, além disso, descontos e benefícios são oferecidos em bares, restaurantes, confeitarias e lojas de roupas. “Queremos que as pessoas saibam que El Calafate está aberta o ano todo e é um destino para ficar mais de três noites. Por isso, decidimos lançar esta promoção de inverno para continuar crescendo”, concluiu Simunovic. A “Promo de Inverno” estará em vigor até 30 de agosto e a lista de hotéis participantes desta promoção inclui: Lagos del Calafate, Altos del Lago, Kosten Aike, Design Suites, Posada los Álamos y Calafate Parque Hotel, entre outros. Mais informações em: elcalafate.tur.ar n
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O glaciar Perito Moreno, uma imponente maravilha natural
Alexis Simunovic
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EMBRATUR Thelma Lavagnoli
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) lançou a nova comunicação para divulgar o Brasil para o mercado estrangeiro e, desde então, seus perfis nas redes sociais ficaram mais movimentados. Vale lembrar que sua página no Facebook foi criada em 2012 e soma mais de 100 mil curtidas, com foco em anúncios, iniciativas e mudanças que vêm por aí no País. Contudo, o tom formal do conteúdo em algumas postagens impede melhor engajamento. O Instagram cresce mais tímido, com quase 6,3 mil – fotos mais trabalhadas e aspiracionais poderiam ter melhor repercussão.
Reposta outros perfis oficiais e meios de comunicação, como a Agência Brasil, divulgando a nova marca para promover o País. Porém, não interage com os seguidores nos comentários.
Página divulga de maneira prática e objetiva anúncios como a apresentação do atual presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, e o investimento de R$ 200 milhões feito pelo governo federal para estimular o Turismo.
@embraturbrasil Instagram: 6.291 seguidores @facebook.com/EmbraturBrasil Facebook: 129.704 curtidas 42 42.indd 42
No Instagram, destaque para a sequência de stories falando de forma didática sobre a isenção de visto para turistas dos EUA, Japão, Canadá e Austrália.
Feed do Instagram é uma vitrine das ações da Embratur – na foto, estande do instituto em feira na Alemanha.
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