PANROTAS 1.384

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Edição nº 1.384 - Ano 27 | 7 a 13 de agosto de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br

Como o mercado corporativo está se preparando para um segundo semestre sem Avianca Brasil Capa.indd 1

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.384 | 7 a 13 de agosto de 2019 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Thelma Lavagnoli Reportagem: Filip Calixto, Larissa Faria, Marcel Buono, Marcos Martins, Isabella Tagliapietra (estagiária-SP) e Thalita Almeida (estagiária-RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza (São Paulo) e Marluce Balbino (Rio de Janeiro) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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SEÇÕES 06 Editorial

São João em agosto

08 Check-in

Universal anuncia seu quarto parque

12 Infográfico

Black Friday no e-commerce

30 Memória

OTAs mostravam para que viriam

31 Coluna Abav Expo

Da tecnologia ao networking, as áreas temáticas da feira

32 LGBTravel

Guia do Turismo LGBTQ em Portugal

34 Espaço Alagev

A era da tecnologia nos hotéis

36 Portas Abertas

Quem é quem na BestBuy Hotel

40 Ladevi

Notícias da Argentina

42 Follow

Turismo da África do Sul nas redes sociais

14 Nova marca para o Brasil

Especialistas analisam a iniciativa da Embratur

24 Viagens corporativas

Como o mercado e o viajante reagem à quebra da Avianca Brasil

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

SÃO JOÃO EM AGOSTO

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epois de 28 de outubro, grande parte dos tomadores de decisão do mercado esfregava as mãos esperando um 2019 de guinada na economia nacional, o que via de regra aquece o setor de viagens corporativas que, por sua vez, como já ouvimos muito por aí, sustenta o Turismo brasileiro. Nada mais justo. Primeiro porque uma dose de otimismo não faz mal a ninguém, e o mercado estava mesmo precisando de pensamentos positivos. Já que é de graça... Segundo porque havia motivos para acreditar em renovação política e econômica, visto que, a grosso modo, saía do poder um governo de anos apoiado em uma bandeira só para entrar uma nova, inédita, cheia de promessas. O fato de não ser mais do mesmo animaria investidores, a porta estaria novamente aberta à entrada de dólares, e quem é que não quer dólares? Nem precisou virar o ano e os ânimos foram forçadamente acalmados quando, em dezembro, a Avianca Brasil pediu recuperação judicial. Pegou todos de surpresa. “Vai quebrar!”, “É mentira!”, e o arraial começou cedo. Em janeiro, a promessa de que tudo se acertaria, a conciliação com lessores, a prorrogação de aeronaves na frota, e vamos acreditar na Avianca Brasil. Em fevereiro, será? Mais prazo, menos sinais de que a situação melhoraria, mais desconfiança. Março, pagamentos de salários atrasados, um respiro, Avianca Brasil vai se reerguer. “É mentira!” Em abril, enquanto cancelava milhares de voos, entidades como a própria Abracorp pedia solidariedade da concorrência. O resto da história nós já sabemos... da briga pelos

slots às demissões massivas. Hoje são apenas três aéreas de grande porte na aviação doméstica brasileira. De olho na previsão do PIB, a Abracorp trabalha com meta de 8% de alta neste ano. A Avianca Brasil quebra e “olha o balde de água fria nas TMCs!” “É mentira!”, a alta do tíquete médio, já sentida no primeiro semestre, aumenta o valor monetário e o faturamento das agências cresce. A quebra de uma grande companhia aérea não é boa para ninguém, isso sim é verdade, mas os resultados estão aí. A Abracorp registrou 14% de alta no faturamento nos seis primeiros meses. Nesta edição mostramos como as associadas, os viajantes corporativos e as concorrentes da falida Avianca Brasil vão se comportar para manter a roda girando. De mãos não necessariamente dadas, mas seguindo o ritmo. A roda não pode parar. Sempre foi assim. O Turismo no Brasil parece ser uma grande quadrilha (calma, a de São João), que só não para por conta do seu esforço. Esforço do empresariado que não tem medo de encarar qualquer desafio, embarcar passageiros e seguir a dança, ora em ritmo lento, ora mais veloz. O número de bilhetes vendidos pode até cair, mas os integrantes dessa roda novamente farão o possível para não deixar a dança parar. E o baile de São João continua em agosto. Vai e volta. Em vários níveis. Olha a reforma da previdência aprovada no primeiro semestre! “É mentira, mas seria tão bom se fosse verdade...” Taxa de juros, câmbio, inflação, ambiente tranquilo em Brasília... tanta coisa que gostaríamos que fosse verdade. n

Rodrigo Augusto Vieira Coordenador de Redação rodrigo@panrotas.com.br 6 6.indd 6

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Check-in

+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Anac divide slots da Avianca Brasil em Congonhas; Azul fica com 15

2 Latam lamenta e Azul aplaude

Parques Temáticos

Parque sem precedentes

regras para distribuição de slots

3 Map entra na disputa por slots da Avianca Brasil em Congonhas

4 Falência oficial da Avianca Brasil está muito próxima

5 Diversidade: tendências, opiniões e números do mercado LGBTQ

6 Azul e Map pedem cada uma 41 slots em Congonhas (SP)

7 Por que escrevemos Brasil com S?

8 Cabo Verde Airlines terá voo direto para Porto Alegre

9 Conheça a Buser, nova plataforma de fretamento de ônibus rodoviários

10 Passaredo articula aumento de frota após anúncio da Anac

Fonte: Portal PANROTAS

Mapa mostra localização do novo parque

Universal's Epic Universe promete movimentar a indústria de parques

O Universal Orlando Resort está construindo um novo parque temático, que será o quarto do grupo, chamado Universal's Epic Universe, ainda sem data de inauguração divulgada. O objetivo é “criar um nível de experiência absolutamente inédito, que mude para sempre o entretenimento em parques temáticos”. O Universal's Epic Universe ficará a poucos quilômetros do resort no Southwest Orange County, ao sul da Sand Lake Road e ao leste da Universal Boulevard. O novo parque terá um centro de entretenimento, hotéis, lojas, restaurantes e mais atrativos, localizado em uma área de cerca de três quilômetros quadrados, que praticamente dobra a área total disponível da Universal na Flórida. "Nosso novo parque representa o maior investimento único que a Comcast NBC Universal fez em seu negócio de parques temáticos e na Flórida em geral", revela o chairman e CEO da Comcast Corporation, Brian L. Roberts. "Ele reflete a tremenda empolgação que temos quanto ao futuro do nosso negócio de parques temáticos e para todo o futuro da nossa companhia na Flórida." O chairman e CEO da Universal Parks & Resorts, Tom Williams, afirma que a visão da empresa para o Epic Universe é histórica. “Será construído com base em

tudo o que fizemos e se tornará o parque temático mais imersivo e inovador que já criamos. É um investimento em nosso negócio, nossa indústria, nossos membros da equipe e nossa comunidade." IMPACTO NA COMUNIDADE A Universal Orlando atualmente emprega 25 mil pessoas e contratará mais 14 mil membros para a equipe do Epic Universe em cargos profissionais, técnicos, culinários e outras posições especializadas. O grupo atualmente contribui com mais de US$ 302 milhões em impostos anuais estaduais e locais, número que quase dobrará quando o novo parque for inaugurado. Leitores PANROTAS manifestaram altíssimo interesse na inauguração do novo parque. A postagem do Facebook que anunciava a atração teve interação bem acima da média. Em seis horas o post 258 curtidas, 40 comentários e 76 compartilhamento. n

Identidade visual do Epic Universe

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+Lidas Aviação 1 Anac anuncia distribuição

temporária de slots da Avianca Brasil

2 Latam lamenta e Azul aplaude

regras para distribuição de slots

3 Map entra na disputa por slots da Avianca Brasil em Congonhas

4 Falência oficial da Avianca Brasil está muito próxima

5 Azul e Map pedem cada uma 41 slots em Congonhas (SP)

6 Cabo Verde Airlines terá voo direto para Porto Alegre

7 Passaredo articula aumento de frota após anúncio da Anac

8 Aéreas mudam operações

durante obras em pista do Santos Dumont

9 Taag suspende voo direto entre Rio de Janeiro e Luanda

10 Low cost argentina anuncia voos para Florianopólis

Fonte: Portal PANROTAS

Aviação

Novos players em Congonhas

A Anac finalizou na semana passada o processo de distribuição provisória dos 41 horários diários de partidas e chegadas (slots) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e que pertenciam à Avianca Brasil, empresa em recuperação judicial desde dezembro e sem concessão para operar desde maio. Na distribuição, a Azul conquistou 15 horários de pousos e decolagens, a Passaredo ficou com 14 e a amazonense Map com 12. As duas regionais, Passaredo e Map, precisarão comprovar, em 9 de agosto, junto ao operador aeroportuário e ao órgão de controle do espaço aéreo, o atendimento de requisitos operacionais exigidos para operação no aeroporto, segundo determinação da Anac. Em razão das aeronaves operadas pela empresa Two Flex (monomotores Cessna 208B Grand Caravan), os 14 slots solicitados foram alocados na pista auxiliar de Congonhas e estão pendentes de confirmação pelo Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA). Após a aprovação, as empresas poderão iniciar a oferta de voos de acordo com os horários alocados.

Caso alguma empresa não seja autorizada a operar, os slots voltarão para o banco e serão distribuídos conforme a Decisão Nº 109, ou seja, até 100% para as empresas que possuem até 54 slots (entrantes) e o restante a ser dividido entre todas as empresas. A alocação dos slots vale para a próxima temporada, que vai de 27 de outubro deste ano a 28 de março de 2020, mas, considerando o nível crítico de concentração e alta saturação da infraestrutura de Congonhas, as empresas estão autorizadas a iniciar imediatamente a oferta de voos. No último dia 25, a Anac definiu os novos critérios para distribuição dos slots. Com a medida, até 100% dos slots (41) que eram operados pela Avianca Brasil deveriam ser distribuídos inicialmente às empresas consideradas entrantes no aeroporto, ou seja, aquelas que atualmente possuem até 54 slots. Sendo assim, Gol e Latam não puderam participar da concorrência e solicitar nenhum dos horários disponíveis, já que as companhias possuem 236 e 234 slots, respectivamente. A redistribuição dos slots em Congonhas manteve em 90% os critérios de regularidade exigidos para o aeroporto. A punição em caso de mau uso dos slots ou de sua eventual não utilização, consideradas as características do Aeroporto de Congonhas (SP), pode chegar à multa de até R$ 9 milhões por voo.n

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Gente

+Lidas Mercado 1 Nova marca do Turismo tem cara de anos 70, diz Sanovicz

De volta ao Rio

Após dois anos, Rosângela Gonçalves deixa o Transamerica Hospitality Group, onde ocupava o cargo de diretora de Vendas e Marketing. A executiva retornará ao Rio de Janeiro e quem fica no seu lugar é Silvio Araújo, que tem passagens pela Hyatt e Palácio Tangará (SP). Agora, um dos objetivos de Rosângela é atuar como conselheira e ela está aberta a novas oportunidades no mercado. Contatos: (21) 99217-4033 e rosangela1@gmail.com n

2 Diversidade: tendências, opiniões e números do mercado LGBTQ

3 Por que escrevemos Brasil com S?

4 Conheça a Buser, nova plataforma de fretamento de ônibus rodoviários

5 Gastos de brasileiros em viagens internacionais sobem 2,44%

6 Costa Cruzeiros em 16 dicas para o agente de viagens vender mais e melhor

7 Fraudes aumentam no setor Rosângela Gonçalves volta para o Rio de Janeiro

aéreo e programas de fidelidade

8 Veja as cidades que mais

receberam estrangeiros em 2018

9 Startup lança serviço de

compartilhamento de carros em SP

10 Bolsonaro sinaliza volta de

cruzeiros regulares a Noronha

Trio na gerência

A Visual Turismo passou a contar com três gerentes regionais de Vendas, cujas atividades foram redistribuídas entre os executivos que já atuavam na casa e passam a liderar os times de “gerentes de filiais”. Raphael Magalhães passa a ser responsável pela Regional I, que realiza atendimento nas regiões e filiais da Grande São Paulo/ABCD, Campinas, Ribeirão Preto, além dos grupos nacionais. Com essa mudança, Adriana Dezanetti passa a acumular o atendimento das agências da Grande São Paulo/ABCD. Já o gerente de Vendas Hugo Lagares assume a Regional II, responsável pelo atendimento às agências e filiais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Com as movimentações, as filiais e regiões de Goiânia, Brasília, Campo Grande e Salvador passam a integrar a Regional III, sob a gestão de Vinicius Ribeiro. Os executivos continuam com reporte ao diretor geral da unidade, Edson Akabane, que também conta com o apoio da líder Andréa Trindade como suporte a Vendas, Operações Nacional e Internacional e SAC.n

Fonte: Portal PANROTAS

Novo gerente SAO

A Sakura tem novo gerente de Vendas para capital e interior de São Paulo. A consolidadora contratou Allan Gomes, que tinha a mesma posição Flytour Gapnet, para assumir o posto. Além da capital e região metropolitana de São Paulo, Gomes comandará o recém-implementado Presidente Prudente, além de mais duas cidades paulistas, ainda não reveladas, que devem ganhar home office em breve.n Allan Gomes, exFlytour Gapnet na Sakura

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PATROCINADO

AVIANCA REAFIRMA O SEU COMPROMISSO DE VOAR AO SEU LADO

Com o objetivo de fortalecer sua presença no mercado brasileiro, a Avianca Airlines implementou uma estratégia para aprofundar a presença no mercado para continuar entregando conectividade e serviço. A notícia mais recente foi a assinatura de dois contratos interline com as principais companhias aéreas brasileiras, que permitirá ao passageiro se conectar com 35 destinos dentro do Brasil com apenas uma compra. “Os clientes que viajarem de Lima ou de Bogotá para São Paulo ou Rio de Janeiro, em voos da Avianca, podem fazer conexão com trechos domésticos operados por estes novos aliados. E os originários do Brasil podem fazer conexão com a rede de rotas da Avianca para aproximadamente 80 destinos na América e na Europa”, disse Nissim Jabiles, diretor da Avianca para o Brasil. Além do exposto anteriormente, a companhia aérea também concentrou a sua gestão em consolidar uma equipe própria no país. Para isso, está sendo montada uma equipe comercial com sede em São Paulo, que estará responsável pelas relações com as agências de viagens do Brasil e terão a missão de otimizar o desempenho comercial do referido mercado. O time, de 15 pes-

soas, contará com um Gerente de Vendas, um Líder de Marketing e 13 executivos comerciais. Por outro lado, a companhia aérea assumiu diretamente a administração e gestão aeroportuária dos seus voos com a contratação de pessoal em suas três bases de operação: São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Estas decisões ocorrem depois que a Ocean Air, empresa com a que existia códigos compartilhados e também usava comercialmente a marca da Avianca, saísse de operação. A esse respeito Jabiles disse que “a Avianca Airlines é uma empresa 100% independente e seu relacionamento com a Ocean Air se limita a um contrato de uso da marca Avianca. Isso gerou confusão entre os clientes, por isso é necessário dizer que as nossas operações de e para o Brasil estão normais”. A Avianca Airlines opera seis voos diários para Lima e Bogotá de onde o passageiro brasileiro se conecta com eficiência a destinos como: Cartagena (CTG), San Andrés (ADZ), Cancun (CUN), Punta Cana (PUJ), Aruba (AUA), Curaçao (CUR), Miami (MIA), Nova York (JFK), Los Angeles (LAX), Orlando (MCO), Quito (UIO), Guayaquil (GYE), San José (SJO), El Salvador (SAL), México (MEX), entre outros. Saiba mais em: www.avianca.com 

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Infográfico

A alta no consumo ndo prevista para o segu r ze semestre deve tra na s ivo resultados posit ra ltu cu data tão forte na e qu norte-americana ganha cada vez mais Veja destaque no Brasil. do tu es as previsões do era id ns NeoTrust, que co , ce er m apenas o e-com ne -li isto é, o varejo on

: Dia da black friday

29 de novembro

Intenção de compra 72% dos brasileiros pretendem comprar novos produtos e aproveitar promoções na data

25% comprarão caso as ofertas sejam realmente vantajosas

4% não pretendem aproveitar a black friday Pedidos: 5,5 milhões de itens (+17% na comparação com a black friday de 2018) Faturamento do varejo: R$ 3,3 bilhões (+15%) Tíquete médio black friday: R$ 615 (-2%)

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Turismo ainda não se encontrou

Setor não chega a ter uma “categoria própria” no estudo. Está inserido em “Outros”, que por sua vez está na lanterna do ranking: Eletrônicos: 51% Telefonia: 35% Informática: 28% Moda e acessórios: 24% Eletrodomésticos: 23% Beleza e perfumaria: 18% Eletroportáteis: 17% Esporte e lazer: 14% Alimentos e bebidas: 10% Utilidade doméstica: 9% Móveis: 9% Automotivo: 9% Outros: 7%

Principal motivo de compra na data: Promoção/preço baixo: 63% Produto específico: 23% Compras de natal: 6% Frete Grátis: 3% Brindes/Promoções pague 1 leve 2: 3% Outros: 2%

Além da black friday: E-commerce brasileiro deve superar 96 milhões de pedidos no segundo semestre (+18%), com projeção de faturamento por volta de R$ 39 bilhões (+14%)

Fonte: NeoTrust, relatório da Compre & Confie em parceria com o E-Commerce Brasil. Mais de 2,7 mil respondentes entre 27/06 e 03/07 de 2019

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Mercado Rodrigo Vieira

BRASIL, MOSTRA SUA MARCA

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Pablo Peixoto/Embratur

Assuntos relacionados à Embratur costumam repercutir entre autoridades do Turismo brasileiro. Existe a convicção, entre especialistas, de que um destino com tanto potencial, principalmente pela sua beleza natural, poderia ser o motor para uma nação desenvolvida, mas infelizmente não é. Há muito incômodo pela estagnação na casa dos seis milhões de estrangeiros que nem Copa do Mundo, nem Olimpíada foram capazes de turbinar. Incomoda também a falta de investimento no órgão, que poderia ser um dos grandes geradores de “divisas limpas” em um momento tão crítico para o País, por parte da esfera governamental nos últimos anos. A meta do atual governo é de dobrar o número de visitantes até o fim da gestão Jair Bolsonaro, em 2022. A Embratur anunciou um passo importante no meio de julho para iniciar a caminhada rumo aos 12 milhões em quatro anos. Criou uma nova marca e um novo slogan lançados para promover o Brasil no Exterior. “Brazil, visit and love us” (“Brasil, visite e nos ame”, na tradução literal) será a principal chamada para convidar estrangeiros a conhecerem e desfrutarem dos nossos destinos. A ideia, segundo o instituto, é mostrar um País “internacional, aberto, diverso e patriótico, além do amor e encantamento como convite a todos os turistas do mundo”. Anunciado em maio como presi-

Presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, e o diretor de Marketing do Instituto, Osvaldo Matos de Melo Júnior

Professour doutor Eduardo Sanovicz, presidente da Abear e ex-presidente da Embratur

dente da Embratur, Gilson Machado Neto explica por que a bandeira nacional passa a ser o ícone que inspira esta nova marca. “Nossa natureza, nossos esportistas, a música, a comida, todos estes pontos da cultura nacional levaram nossa bandeira lá fora, com muita maestria, e nós, como governo, devemos fazer jus a esse País tão rico”, justifica o novo mandatário. “Nos inspiramos também na rosa dos ventos, em um Brasil que em todas suas direções é lindo e cheio de vida, natureza, cultura e encantamento”, completa Machado Neto. Contudo, muitos não conseguiram enxergar toda essa harmonia. Associações, especialistas em branding

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e profissionais do setor analisaram a nova iniciativa de maneira diferente à que a Embratur compreende. É o caso de Eduardo Sanovicz, que presidiu o órgão quando houve a criação do chamado Plano Aquarela. Hoje presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o especialista não questiona a revisão da marca antiga, mas sim o processo de elaboração da nova. “A direção atual da Embratur tem todo o direito de rever o processo e propor as alterações e ajustes que julgar necessários. Não se discute isso”, explica Sanovicz. “O que eu e centenas de profissionais de Turismo estamos apontando é para a necessidade de fazer isso com o mesmo rigor técnico com que foi construído o programa original. O Turismo, destacadamente no mercado internacional ao qual a Embratur se orienta desde 2003, é de concorrência acirrada e não tem espaço para decisões apressadas”, completa. Segundo Sanovicz, a Marca Brasil, utilizada desde 2004 como símbolo de promoção turística no Exterior, resultou-se de pesquisas realizadas em 18 países, com milhares de entrevistados, além de dezenas de debates envolvendo todos os setores da cadeia. “Foi rigorosamente o mesmo processo usado por países como Espanha e França, cujas marcas turísticas perduram por décadas, muito antes de nós, e que nos serviram de referência técnica e conceitual”, compara. “Nele mensuramos o potencial de nossos atrativos, ouvimos turistas domésticos e estrangeiros para saber o que lhes motivava a viajar, levantamos os dias de permanência e o perfil de hospedagem e perguntamos quais cores e formas, para eles, representavam o Brasil”, completa o também professor doutor da USP, ilustrando, como resultado, que à época do Plano Aquarela o País viu suas receitas turísticas internacionais subirem de US$ 1,9 bilhão para quase US$ 5 bilhões anuais, passando da 21ª para sétima colocação em número de eventos internacionais.

Marca Brasil criada durante o Plano Aquarela, que foi substituída pela atual gestão da Embratur Turespaña foi utilizado como exemplo por dois ex-presidentes da Embratur como um bom trabalho de imagem e gestão de destino

Para especialistas, Atout France também é case

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Luis Grottera, CEO da Rosenberg Grottera Business e Branding

Quem também se manifestou contrário em relação ao processo de criação da marca foi o sócio e CEO da Rosenberg Grottera Business e Branding, Luis Grottera. Também crítico da Marca Brasil, ele diz que “pelo menos o Plano Aquarela tinha um verniz de place branding, houve um raciocínio por trás da Marca Brasil, fica nítido que houve um designer que construiu aquilo, embora marca não seja apenas questão de design, e sim de negócio, de business”. O termo “place branding” é uma técnica oriunda do branding das empresas, mas é aplicada aos "lugares”, ou seja, destinos turísticos. “Já nesta nova marca, a impressão é de que sequer chamaram um designer. Parece que foi criada por um amador, alguém sem qualquer especialização. Não há nenhuma técnica por trás daquilo, justamente porque não houve estudo, não houve o olhar de especialistas do mercado, de inbound, de Turismo, trabalhando na marca. Desta maneira, esta marca não passa nem perto do processo de place branding”, completa Grottera, que já se envolveu na criação de marcas como Beach Park, Costa do Sauípe, Atlântica Hotels, Snowland, Slaviero, entre outras. Outras entidades e autoridades endossaram as críticas e lamentaram a falta de participação do trade no processo, a estética da nova marca e o slogan em si, como é o caso da associação de Turismo de luxo BLTA, da também ex-presidente da Embratur Jeanine Pires, da presidente em exercício da Abav Nacional Magda Nassar,

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do decano do Conselho Nacional de Turismo, do MTur, Mário Beni, entre outros. ORÇAMENTO COMPROMETIDO E Embratur se defende das críticas. Esclarece que não utilizou nenhuma agência terceirizada para criação da nova marca devido ao orçamento insuficiente com o qual a atual gestão encontrou o órgão. “Assumimos a Embratur há três meses e estamos fazendo mudanças visando ter melhores resultados, visto que, em gestões anteriores, o País não recebeu a devida e merecida visibilidade”, defende o instituto, em comunicado oficial. “Encontramos uma entidade sem verba para custeio, com contas altíssimas, contratos com valores altos e sem resultados positivos. Com três meses de atuação, já reduzimos mais da metade e que continuam sendo executados com a mesma potencialidade. É justamente por isso que resolvemos fazer o dever de casa e não usar a agência para criar a nova marca. Pelo simples fato da economicidade. Nosso governo tem trabalhado em total sintonia, com diálogo aberto com a presidência da República, principalmente na questão de resgate da confiança e mais obtenção de recursos para a casa. A Embratur passa por um momento de mudança”, continua o texto. Sanovicz rebate o argumento. “Substituir a Marca Brasil de forma improvisada não é economizar recursos públicos, ao contrário, é jogar dinheiro pela janela e comprometer o que

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ainda está de pé da capacidade competitiva do País em um mercado altamente disputado”, aponta o ex-presidente, revelando o valor de R$ 30 mil pago ao designer vencedor da Marca Brasil à sua época, em concurso público nacional em parceria com a Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADG), entre dezenas de candidatos. A presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, concorda que a falta de recursos prejudica a Embratur, e justamente por isso crê que não era o momento de fazer alterações na marca. Para ela, essa situação toda reflete o momento do País em geral. “É uma discussão pequena demais para assuntos muito importantes, para problemas muito maiores. Temos muitos problemas na Embratur, e um deles é mesmo a absoluta falta de recursos”, ressalva. “Vamos discutir o que é de fato prioritário. A Embratur vai virar agência? Qual é o plano de trabalho? Quais são os próximos passos? Como estamos divulgando o Brasil no Exterior? E o mais importante, acima de tudo isso, nós do trade turístico agradeceríamos muito se pudéssemos fazer parte da discussão. Os profissionais do mercado podem e devem compartilhar o conhecimento que têm. Um conhecimento não para criar marcas, mas um conhecimento em viagens, em produtos, em vendas... uma discussão coletiva é sempre enriquecedora e bem-sucedida”, completa a presidente da Abav Nacional, se queixando não

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Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, cobra mais participação do trade nas decisões da Embratur

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Mario Beni, decano do Conselho Nacional de Turismo (CNT) do MTur

da nova marca em si, mas da maneira como foi apresentada. Quem também foi pego de surpresa foi Mário Beni. Decano do Conselho Nacional de Turismo (CNT) do MTur, indicado no governo Itamar Franco, ele diz que a nova marca não passou em nenhum momento pelo board. “Na última reunião, o presidente Gilson tinha acabado de tomar posse. Pode ser que a nova marca estivesse na pauta para um próximo encontro, que o martelo ainda não tivesse sido batido, mas nada foi falado a respeito deste tema. Desde que estou no CNT, todas as novas marcas para o País passaram por nossa avaliação. O conselho não é deliberativo, mas geralmente avaliamos todas as iniciativas”, afirma Beni, professor acadêmico e autor do livro Análise Estrutural do Turismo. “Acredito que essa marca não tenha sequer passado pela mesa do secretário-geral da República, nem pelo presidente.” APARÊNCIA Ao passo em que o orçamento é o argumento da Embratur para justificar a composição da nova marca sem terceirizações, a gestão atual também não se mostrou satisfeita com a Marca Brasil oriunda do Plano Aquarela. O órgão aponta que, nesses três meses iniciais, em meio a uma extensa revisão de processos e ações, trocar a marca se deu como algo fundamental. “Uma das mudanças primordiais foi a marca que não é utilizada dentro do Brasil. É uma marca que vinha sofrendo, inclu18 14 a 22.indd 18

sive, com deboches, sendo comparada a uma ameba vermelha, gerando falta de credibilidade e que, de fato, não representa o nosso País lá fora. São pesquisas que provam como o Brasil está estagnado no setor do Turismo”, explica o artigo da Embratur. “Realmente, a Marca Brasil oriunda do Plano Aquarela me causou estranheza quando a vi pela primeira vez”, admite o professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, Dorinho Bastos. “No entanto, estranheza geralmente é algo positivo no mundo do design, pois o estranho é novo, causa curiosidade e pode ser um elemento diferencial. Depois de assumida, a Marca Brasil começou a ficar interessante. Dá para ver que há um conceito aplicado naquele trabalho: as cores, a vibração, o movimento, a diversidade que a aquarela representa”, completa o doutor livre docente da USP há mais de 40 anos. Já em relação à marca lançada em julho deste ano, Dorinho não vê nada de estranho, tampouco de bem feito. “A maioria das

Doutor livre docente da ECA-USP, Dorinho Bastos

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Jeanine Pires, especialista em marketing de destinos, ex-presidente da Embratur e hoje à frente da Matcher

pessoas não percebe o olhar que um designer tem. Um gestor da Embratur não é obrigado a ter essa perícia, mas tem de ter noção da gestão e, portanto, contratar as pessoas corretas. Com todo respeito, mas eu apostaria que essa nova marca não foi feita por um designer profissional. Eu jamais aprovaria um aluno, mesmo de nível primário, se me entregasse algo como esse. Estamos falando de um símbolo primário, sem criatividade e um logotipo ruim, com uma fonte que, além de feia, não era autorizada para este uso. Isso é algo que se aprende nas primeiras semanas de curso”, completa o especialista que, no Turismo trabalhou com a marca de Cabo Delgado, de Moçambique, e atualmente atua no place branding de Rio Verde (GO). Quem também precisa se identificar com a marca são os brasileiros, defendem Dorinho Bastos e Luis Grottera. Segundo eles, o processo de place branding exige um conjunto de ações que agradem o público interno. Os brasileiros também precisam se sentir identificados com a marca, e por isso a rapidez com que o novo modelo foi lançado incomoda, eles apontam. Não haveria tempo hábil para consultar a população. Ambos os especialistas também concordam que a nova marca não transmite nenhuma mensagem à altura. “Errado na forma e no conteúdo”, afirma Grottera. “A mudança no formato da bandeira nacional é primária. É uma deturpação da bandeira e não diz absolutamente nada. Compare os símbolos gráfi-

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cos da bandeira original e com essa nova. A adaptação é malfeita e não há técnica. Como bons exemplos deixo o símbolo da SOS Mata Atlântica, que passa mensagem extremamente inteligente, e o próprio símbolo da Embratur, que aos olhos de um designer é muito bem visto, embora um leigo possa não enxergar desta maneira”, completa Dorinho. A Embratur vê os elementos como motivo de orgulho e patriotismo. “A bandeira do Brasil, estampada na nossa marca, ícone respeitado no Exterior e que é motivo de orgulho, está sendo usada como elemento da nossa nação patriótica, sem cores que não representam o nosso País”, afirma, comparando com a aquarela que, entre as cores, estampava o vermelho. “Quanto à fonte utilizada, ao pesquisar, nos identificamos com uma que representasse símbolos da cultura brasileira”, continua o artigo. Fato é que a Embratur terá de mudar pelo menos o design das letras da nova marca. O artista gráfico francês criador da fonte, chamada Fontastique, requereu direitos autorais alegando que a família de letras não pode ser utilizada para fins comerciais. A Embratur reconhece o entrave e diz que o slogan deve ser mantido, mas está trabalhando em uma alternativa para a fonte, obedecendo “as diretrizes do governo federal". “Nenhuma peça foi lançada, por isso, para atender as diretrizes de economicidade do governo federal, o Instituto não utilizará a referida fonte e buscará uma alternativa tam-

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bém sem custos. Além disso, não foi feita nenhuma campanha publicitária. O projeto inicial da marca apareceu apenas na tela de um monitor, em uma reunião, e ressaltávamos que seria realizado um lançamento, sem data prevista. Portanto não houve mau uso, já que o autor da fonte poderia ainda ser contatado por ocasião da criação das campanhas e do lançamento oficial. O que existe são tentativas irresponsáveis de pessoas da oposição, antigos dirigentes que são subordinados a políticos usando jornais, blogs e redes sociais para com agressões fazer oposição ao governo.” S OU Z? A utilização do nome do País grafado com a letra Z também foi alvo de manifestações. A Embratur justifica que a mudança facilitará a compreensão, que é o mesmo padrão utilizado por outros países, e esclarece que, em nosso território, a marca permanecerá com S. "Muito se fala negativamente da marca do Turismo brasileiro para campanhas exteriores. Dentro do País, a divulgação é e continua sendo feita por meio da marca padrão da Embratur. Já nas campanhas internacionais, se faz necessário o uso da grafia 'Brazil', com Z, pelo fato da língua inglesa ser o idioma oficial do Turismo internacional, utilizada por países do mundo todo, como Japão, Rússia, Noruega, Suíça, Alemanha, China, Emirados, Jordânia, Egito entre outros." Presidente da Embratur de 2006 a 2010, Jeanine Pires, hoje diretora da Pires & Associados e da Matcher Travel Business, afirma que a grafia com S ou Z não é a questão central da discussão. “Apesar disso, representa nossa cultura, nossa forma de expressão, portanto deveríamos utilizar Brasil com S”, aponta, não sem sugerir uma solução. “Nos motores de busca e ferramentas de internet, aí sim se usam palavras-chave usando o Z. A Espanha usa em sua marca que tem 36 anos o nome em espanhol ‘España’.” O especialista Luis Grottera acredita

que a letra S deveria ser utilizada e não seria nenhum exagero se fosse o grande destaque da nova marca. “Uma das técnicas que se utiliza para criar uma marca é criar visualmente alguma coisa que a tire da rotina. Quando um americano ou europeu vê Brasil com S, esse S é diferencial. Só da pessoa que está acostumada a ler Brasil com Z, ver a palavra com S já é um elemento que chama atenção. Poderiam até extrapolar nesse S e fazer com que a letra se destacasse”, afirma. “Novamente, quem criou não chocou, não pensou no público-alvo.” Para a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), o slogan “é ambíguo e facilmente incompreendido, mesmo para quem fala inglês em qualquer lugar do mundo, não cumprindo, assim, o objetivo de promover, efetivamente, o Turismo de maneira positiva”, defende a diretora-executiva da associação, Simone Scorsato, que solicita que a Embratur “retire imediatamente o slogan e comece a explorar alternativas que não deixem em aberto possibilidades passíveis de interpretação errônea”.

Para ela, “a indústria do Turismo no Brasil só alcançará seu potencial se o poder público estabelecer um diálogo transparente, consistente e construtivo com profissionais talentosos do setor de viagens”. LOVE Muito dessa ambiguidade foi levantada pelo uso da palavra “Love” (amor). Jeanine Pires foi uma das especialistas que se manifestaram. “Esse é um tema muito sério. Love significa amor, mas também pode ter conotação sexual. Foram décadas para tirar da imagem de nosso País que esteve já vinculado ao terrível chamado ‘turismo sexual’”, alerta. “O uso desta palavra nos leva de volta aos anos 1970 por todos os significados que ela carrega, assim como consequências”, completa o também ex-presidente da Embratur Eduardo Sanovicz. A Embratur rechaça as alegações. Segundo o instituto, a intenção com o uso da palavra love é para que as pessoas venham e amem o Brasil e sua diversidade de praias, cachoeiras, pesca, mergulho, neSimone Scorsato, diretora executiva da associação de luxo BLTA

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Promessa é de que promoção do Brasil no Exterior será a prioridade da Embratur ao enxugar os custos do órgão. Na foto, feira de Turismo em Berlim

gócios, eventos, cultura, esporte e gastronomia. “Não há sentido em fazer essa ligação. O governo brasileiro não reconhece a expressão ‘Turismo sexual’, e reforça que a exploração sexual não é Turismo, é crime”, esclarece. “Queremos que todos se sintam acolhidos pelo nosso povo e retornem para reforçar a nossa hospitalidade que é elogiada por 96% dos turistas internacionais que visitam o Brasil. Que venham nos visitar e amem o País, seus atrativos e o destino.” PARA ALÉM DA MARCA Como frisou Magda Nassar, a marca de um país pode ser apenas um detalhe se o investimento for condizente, se as estratégias forem bem esclarecidas e se o restante do trabalho for bem feito. Jeanine Pires concorda. “Uma logomarca não significada nada em termos de posicionamento de mercado. Para atrair turistas precisamos mostrar o que temos de diferencial, de brasileiro. A partir daí, ter uma estratégia para promover esses produtos em determinados mercados. Com ferramentas diversas, usamos os recursos financeiros disponíveis para falar de nosso país e argumentar com as pessoas por que elas deveriam nos visitar. Todo esse processo, saber aonde estamos e aonde queremos chegar exige uma estratégia, persistência, continuidade e inteligência comercial. Os resultados aparecem no médio e longo prazos.” A Embratur afirma que, economizando na criação do novo logotipo, está traçando uma melhor estratégia de utilização da verba pública para ter outros focos. “O que economizaremos com a marca criada dentro da instituição será investido na promoção internacional, por meio da participação em feiras, realização de press trips, campanhas publicitárias, roadshows 22 14 a 22.indd 22

e experiências sensoriais”, prevê. “Queremos que o povo brasileiro fiscalize, cobre e exija melhores estratégias de utilização do dinheiro público, ou, no caso da Embratur, que o povo se una, cada vez mais, para elevar e dar visibilidade ao nome do Brasil no Exterior. O que não acrescenta em nada é a criação de polêmicas sem objetivos nobres, com fins claramente políticos iniciados em redes sociais de opositores, ex-funcionários da Embratur, dirigentes de associações ligadas a governos opositores e que pouco contribuíram para o nosso Turismo quando tiveram o poder.” Para além da marca, a Embratur ainda afirma que está focada em dar oportunidade a todos os mais de 150 municípios a serem beneficiados com o Programa Investe Turismo, um pacote de ações de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, marketing, inovação e melhoria de serviços voltados para o setor de Turismo, que é desenvolvido pelo órgão em parceria com Ministério do Turismo e Sebrae Nacional. O programa selecionou trinta rotas turísticas estratégicas. “Além disso, queremos consolidar o Brasil como destino turístico de ecoturismo no mercado internacional e, para isso, estamos trabalhando com órgãos de diferentes esferas governamentais, para fortalecermos os produtos turísticos existentes em destinos que possuem características do segmento”, conclui a Embratur. Quando questionado sobre a aproximação com o trade turístico, o instituto aponta que definiu o setor como prioridade para o fortalecimento da economia do Brasil, e que além do contato com órgãos do governo, “já se reuniu com Clia Brasil, ABIH, ATTA, companhias aéreas, Embaixadas, entre outros representantes do trade.” n

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Viagens Corporativas Beatrice Teizen

UM PLAYER A MENOS... E AÍ?

Carlos Prado, da Abracorp, prevê alta no tíquete aéreo doméstico

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O primeiro semestre de 2019 trouxe números positivos para o mercado de viagens corporativas. As vendas das agências associadas Abracorp totalizaram R$ 5,57 bilhões, um crescimento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho do aéreo nacional? Um aumento de 24,8%, com um total de R$ 2,23 bilhões. Mas como fica o cenário com a saída da Avianca Brasil? Como as agências, o viajante, os gestores, os concorrentes, enfim, como o mercado corporativo está se preparando para um segundo semestre sem a aérea? A variação tarifária é uma das principais dificuldades enfrentadas pelas empresas com alto volume de viagens e suas respectivas agências corporativas (TMCs), e a alta do tíquete médio aéreo é sempre uma grande preocupação. Na aviação doméstica, os preços estão sendo pressionados principalmente pela redução da oferta de voos, com peso significativo para o fator Avianca Brasil. E para o segundo semestre do ano, a alta no tíquete médio é praticamente certa, já vista como inescapável pelo próprio ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, e pelo presidente da Abracorp, Carlos Prado. “A tendência é aumentar um pouco, sim, e, por conta disso, vamos trabalhar para que essa alta impacte o menos possível no

cliente final. Focar em uma gestão de orçamento, fazendo compra de bilhetes mais antecipada, estar mais próximo do cliente e agir junto para não ter um impacto muito alto nos resultados”, prevê o presidente da Copastur, Edmar Bull. Com a quebra da companhia, que era a quarta maior do País, outras transportadoras ganham mais força para competir nesse mercado. Uma delas é a Azul, que figurou em segundo lugar no ranking do primeiro semestre de 2019 entre as associadas Abracorp, com 30,4% dos bilhetes e 32,6% das vendas. “Vemos a Azul entrando em São Paulo, querendo ganhar mais espaço e, como ela é a menor no mercado da capital, acaba tendo que puxar o preço para baixo. Teremos de ficar de olho e monitorar se ela ajudará a manter os preços mais altos ou vai empurrá-los para baixo”, avalia o CEO da Costa Brava, Rubens Schwartzmann, com a ressalva de que o quadro pode ser alterado devido a mudanças de panorama da aviação comercial nacional. “Por outro lado, teremos também uma abertura de mercado, com capital estrangeiro podendo entrar, empresas aéreas de fora, low costs... Acho que esse cenário pode mudar novamente.”

Edmar Bull, da Copastur

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Rubens Schwartzmann, da Costa Brava, diz que vai monitorar o ganho de força da Azul em Congonhas

Marcos Arbaitman, da Maringá Turismo, acredita que no internacional a tarifa não será tão afetada

Gabriel Domingues, da BCD Travel, acredita que ferramentas de reunião à distância ganharão mais força no segundo semestre

TARIFA INTER SE MANTÉM Para o internacional a preocupação existe, mas é menor. Apesar da queda de 1,7% nas vendas de passagens aéreas para o Exterior das associadas Abracorp, que foram de R$ 1,46 bilhão para R$ 1,43 bilhão, a previsão é de que os preços não subam no segundo semestre, como está previsto com os bilhetes nacionais. “As tarifas estão caindo. Internacional tem grande disputa, são 29 empresas operando e vêm mais duas low costs. Embora a Avianca Brasil tivesse um voo diário para Miami e Nova York, a Gol está entrando, com operações para Miami e Orlando. A demanda está crescendo e a estimativa é que 1,3 milhão de brasileiros visitem os Estados Unidos por ano, por exemplo”, comenta o presidente da Maringá Turismo, Marcos Arbaitman. PERFIL DO VIAJANTE MUDA Como fica o perfil do viajante corporativo neste contexto de alta nas tarifas domésticas? Quais são as soluções para contornar este cenário? Uma das respostas pode ser, por parte das TMCs, recomendar um melhor planejamento em viagens, comprando passagens com maior antecedência. Comunicar-se também diretamente com o viajante para que ele possa tomar as melhores decisões e repensar a necessidade de viajar. Evitar custo com deslocamentos em viagens específicas nas quais não seja necessário fazer reuniões presenciais, entre outras medidas. “Nós temos um programa que ajuda as empresas a avaliarem melhor seus recursos para encontros virtuais. Às vezes elas não utilizam totalmente o investimento em salas de conferência virtuais ou telepresença, por exemplo, e podemos incluir esses recursos em seus programas. Isso de fato ajuda a necessidade de diminuição das viagens”, explica o diretor de Vendas da BCD Travel Brasil, Gabriel Domingues. Claro que o face to face continua sendo imprescindível. Seja para buscar negócios, fechar contratos importantes ou manter relacionamento com clientes em um cenário competitivo. Mas o viajante corporativo necessita otimizar seu tempo, trocar o período de deslocamento envolvido que ele gastaria para uma reunião, que, às vezes, pode ser feita por conferência. Com as fer-

ramentas web evoluindo, opções não faltam para o colaborador ser mais produtivo e não perder tempo indo e saindo de um aeroporto. É neste sentido – e na busca eterna por savings e nas maneiras de driblar a alta do tíquete médio aéreo – que o trabalho de uma agência de viagens corporativas é tão importante. É ela que mostra ao cliente a melhor forma de fazer a reserva, pois sabe quanto tempo de antecedência precisa ter com um viajante frequente, conhece suas necessidades, tem ferramentas para isso, entende que ele precisa ter a garantia de viajar no horário e o conforto. E em casos extremos, como foram (e continuam sendo) os cancelamentos de voos da Avianca Brasil, a TMC que fará o reembolso ou encontrará uma passagem de outra companhia para aquele instante. A TMC tem que prestar cada vez mais consultoria. Além disso, com um viajante cada vez mais autossuficiente, preferindo cuidar de suas próprias viagens usando soluções de mobile e com a mobilidade sendo crucial, as agências e empresas precisam dar esse empoderamento a ele. O pensamento mudou e a tendência é de que o colaborador se preocupe com a economia para sua empresa está aí. Ele sabe que fazendo as melhores escolhas de reserva, dentro dos fornecedores preferenciais e dentro da política de viagens, ele tem mais chance de crescer e de obter bônus. É um ganho para os dois lados. FUTURO Embora já tenha começado, o segundo semestre ainda tem panorama incerto. Situação política indefinida, taxa cambial que não baixa, perfil do viajante em evolução, as variáveis são muitas. “O cenário político e econômico tem incertezas e isso pode trazer impacto para o câmbio, o que acaba aumentando o grau de dúvidas. Temos de aguardar um pouco para saber se vamos retomar o crescimento ou se o Brasil vai para outro caminho. E o aumento da taxa de câmbio acaba reduzindo bastante o volume de viagens”, conta Gabriel Domingues, da BCD. Por outro lado, o setor está otimista com os resultados esperados das reformas da Previdência e Tributária, com as privatizações e a retomada da confiança dos investidores internacionais no Brasil. Para Carlos Prado, o rating do País melhorará. “Os estrangeiros estão apenas aguardando um ambiente mais adequado e mais seguro para investir. Com uma estabilidade tanto econômica quanto jurídica.” 7 a 13 de agosto de 2019 – PANROTAS

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RESULTADOS DO SEMESTRE AÉREO NACIONAL “Fundamentalmente, do ponto de vista de viagens corporativas, o mercado se manteve. A quantidade de bilhetes emitidos não teve muita alteração em comparação com o primeiro semestre de 2018. Mas nós tivemos um aumento tarifário no mercado doméstico – de 17,3%, indo de R$ 628,94 para R$ 737,22 –, que teve impacto forte em todo o núcleo da Abracorp”, comenta o diretor executivo da entidade, Gervásio Tanabe. Com a Gol liderando, com o maior market share tanto em bilhetes quanto em vendas, de 38,7% e 37,4% respectivamente, a Azul apareceu em segundo, com 30,4% dos bilhetes e 32,6% das vendas, e a Latam em terceiro, representando 25,2% das passagens e 25,6% das vendas. Avianca Brasil ainda constou no levantamento, representando em bilhetes 5,3% e 4% em vendas. A maior tarifa média continuou sendo da Azul (R$ 790, +7,2%), com a Latam em seguida (R$ 748, com impressionante crescimento de 26,3%) e a Gol com R$ 731,56 (+13%). A recuperação tarifária é em parte reflexo da saída da Avianca do mercado brasileiro, mas também saudada como importante respiro às aéreas nacionais. As principais rotas ficam para a ponte aérea Rio-São Paulo. Congonhas – Santos Dumont – Congonhas totalizou 83,9 mil bilhetes e a contrária, Santos Dumont – Congonhas – Santos Dumont, quase 79 mil. Ou seja, a ponte aérea tem cerca de 16% de share, com antecedência de compra de mais de seis dias em 75% dos casos.

AÉREO INTERNACIONAL Entre as top 10 companhias aéreas internacionais do ranking, apenas Latam, United Airlines e Copa Airlines apresentaram crescimento. A Latam figurou em primeiro, com R$ 282 milhões, comemorando um aumento de 11,2%. United (a terceira no ranking) totalizou em R$ 153 milhões, com uma variação positiva de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. E Copa (10º lugar) cresceu 10,5%, chegando a R$ 50 milhões. Com R$ 186 milhões, a American Airlines apareceu em segundo nas vendas, mas apresentou uma queda de 5,3%, seguida por Air France-KLM na quarta posição, com um total de R$ 133 milhões e uma variação negativa de 7,5%. A companhia que teve a queda mais expressiva foi a Lufthansa, com a parceira Swiss, que foi de R$ 123 milhões para R$ 97 milhões– uma variação negativa de 20,8%. “Os números mostram uma retração de 1,7% das viagens internacionais, pois uma preocupação do empresário é se vai investir ou não em projetos. Outra questão é a alta sazonalidade do dólar. A instabilidade fez com que as empresas diminuíssem as demandas de deslocamentos para o Exterior”, diz Prado. 26

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Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp

38,7 0,2 0,2

5,3

Gol Azul Latam Avianca Brasil Map Passaredo

30,4

25,2

37,4

0,2 0,2

MARKET SHARE BILHETES

4

MARKET SHARE VENDAS

32,6

25,6

AÉREO INTERNACIONAL

Latam 1,5 American 1,5 United 2,2 9,9 Air France/KLM 2,4 Lufthansa/Swiss Delta 3,5 British/Iberia 3,7 Emirates 4,8 Tap Copa 5,2 Aeromexico 5,9 Gol 6,8 Alitalia Aerolíneas Argentinas Demais

19,7

13,0 10,7 9,3

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HOTELARIA NACIONAL A hotelaria nacional registrou um aumento de 25,7%, chegando a R$ 1,04 bilhão. O share das redes hoteleiras no País totalizou 43%, com a Accor liderando, com 17%, o dobro da segunda colocada, a Atlantica, com 8,5%. A fatia maior ficou para os hotéis independentes, que representaram 57% do total. Intercity e Blue Tree empatam na sequência, com apenas 2,7%. Com o BI Abracorp foi possível também determinar o comportamento dos viajantes corporativos em relação à estada nos hotéis. Os dados apontaram que 46,6% das vendas foram para uma diária, 23,1% para duas e 11,4% para três. “Uma das explicações para a liderança da Accor pode ser que desde o início deste ano houve uma postura de aproximação muito forte. Eu mesmo já tive três encontros com a equipe de vendas da rede. Acho que isso impacta”, explica Tanabe. LOCAÇÃO E RODOVIÁRIO No segmento de locação de veículos nacional, a Localiza Hertz liderou entre as demais empresas, com um share de 62,9%. Foi três vezes mais a soma do share de Movida, Unidas e Avis. A segunda colocação foi a soma de várias locadoras menores, com 16,7%. Movida figurou em terceiro lugar no ranking com 13,7% (ou segundo, sem contar “outras locadoras). O faturamento deste mercado foi de R$ 76 milhões, um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale mencionar que o Estado de São Paulo é a região com o maior número de locações domésticas de veículos, com 21% do total e R$ 16 milhões em vendas. Foi possível notar também um movimento interessante no segmento rodoviário, que apresentou um crescimento de 57%, indo de R$ 2,92 milhões para R$ 4,6 milhões. Segundo o diretor executivo da entidade, grande parte desse aumento pode ter a ver com a crise da Avianca Brasil – e o aumento do preço das passagens aéreas. “Este modal está crescendo e melhorando a qualidade. Não podemos ignorar e temos de estar atentos para oferecê-lo aos clientes.” 28

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AÉREO INTERNACIONAL

CIA. AÉREA

S1/2019

S1/2018

VAR

LATAM

282.861.341

254.275.940

11,2%

AMERICAN

186.812.479

197.316.360

-5,3%

UNITED

153.664.323

128.068.916

20,0%

AIR FRANCE/KLM

133.211.754

143.959.283

-7,5%

LUFTHANSA/ SWISS

97.843.020

123.589.428

-20,8%

DELTA

84.202.792

87.197.080

-3,4%

BRITISH/IBERIA

74.355.744

80.528.205

-7,7%

EMIRATES

69.361.912

70.997.114

-2,3%

TAP

52.999.280

61.027.319

-13,2%

COPA

50.732.602

45.895.066

10,5%

AEROMÉXICO

33.752.792

30.283.503

11,5%

GOL

31.962.295

28.464.604

12,3%

ALITALIA

21.280.147

23.354.396

-8,9%

AEROLINEAS ARGENTINAS

21.084.467

25.883.759

-18,5%

DEMAIS CIAS AÉREAS

141.654.157

157.282.519

-9,9%

TOTAL

1.435.779.105

1.460.123.494

-1,7%

SEGMENTO HOTELARIA NACIONAL

0,9% 0,9% 1,0% 1,0% 1,1% 1,1% 1,6% 1,7% 1,7% 2,1% 2,1% 2,7% 2,7% 8,5%

0

17,0% 10

Hilton BHG Transamérica Intercity

54,1% 20

30

40

50

60

Slaviero Bristol Hotels Estanplaza IHG Nobile Bourbon Meliá Windsor Blue Tree Atlantica Accor Demais + Indep

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As companhias de ônibus estão aprimorando seus serviços, oferecendo assentos totalmente reclináveis, serviço de bordo, wi-fi e mais. E as TMCs estão entendendo que esta opção de transporte também precisa estar inclusa na gestão de viagens. O QUE DIZEM AS AÉREAS Gol: “O resultado reflete a assertividade na estratégia de segmentação com os clientes corporativos de agências e empresas. Temos equipes dedicadas para este atendimento e o contínuo trabalho de inteligência e análise das informações para gerar melhores entregas e negociações com esse público. Além disso, hoje oferecemos ao mercado um produto único, e esse modelo tem atraído cada vez mais o público corporativo e tornado a Gol a primeira opção destes clientes” – Renzo de Mello, diretor de Canais de Vendas da Gol. Azul: “Ficamos satisfeitos com os números e o espaço que alcançamos no mercado corporativo. Nosso modelo de negócio, que alcança 104 cidades de norte a sul do País, permite à Azul atender mais e melhor o cliente desse segmento. A Azul mantém o plano de renovação de frota, trocando aeronaves por de novas gerações e com maior capacidade.

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Com isso, naturalmente, podemos aumentar a nossa oferta, o número de cidades e ampliar ainda mais nossa presença no mercado corporativo.” Latam: “Os dados da Abracorp são balizadores de desempenho, mas não os únicos. A Latam também dispõe de outros indicadores próprios que atestam que a companhia obtém resultados bem mais relevantes com o segmento corporativo. Por isso, seguimos mantendo o nosso foco em oferecer a melhor experiência ao cliente corporativo. A companhia continua investindo na transformação da experiência de viagem deste cliente, que prioriza diferenciais, como uma operação pontual e tranquilidade a bordo para poder trabalhar ou descansar. Estamos propondo uma nova experiência de viagem por meio da remodelação das cabines das aeronaves de voos internacionais longos e curtos e daquelas que cruzam o país. Para o segundo semestre, seguimos implementando medidas de eficiência operacional e que promovam ainda mais a nossa pontualidade, atributo extremamente valorizado pelo cliente corporativo, e reforçaremos em nossas comunicações os atributos do nosso programa de fidelização, hoje o melhor do Brasil”– Igor Miranda, diretor de vendas e marketing da Latam Brasil.n

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Memória

Marcel Buono

INTERNET LEVANTA VOO

Entre 1994 e 1996, o Turismo começou a descobrir a internet e o seu potencial para abrir novas oportunidades de negócios sem limitações físicas ou geográficas. Em 94, um pequeno site chamado Travelweb foi responsável pelos primeiros passos tímidos da hotelaria no mundo digital. Em 95, foi a vez do primeiro bilhete aéreo ser vendido pela plataforma tecnológica revolucionária para o período. Mas foi apenas em 96 que a ideia de levar uma agência de viagens para o ambiente digital foi colocada em prática, com a Expedia sendo a pioneira. No mesmo ano, os Estados Unidos já registraram US$ 276 milhões em vendas on-line relacionadas a viagens, valor este que foi triplicado no ano seguinte, chegando a US$ 827 milhões. E foi justamente este crescimento que o Jornal PANROTAS destacou em sua edição 285, publicada em abril de 1998. Na ocasião, a Travel Industry Association of America (TIA) previu que o recém-descoberto canal de vendas seria responsável por um incremento exponencial no setor e, para 2002, a expectativa já era de mais de US$ 8,9 bilhões gerados em transações 30 30.indd 30

on-line apenas nos Estados Unidos. Hoje, em pleno 2019, sabemos muito bem que a aposta foi certeira e, em 2016, cerca de US$ 180 bilhões foram vendidos pela internet no país, sendo US$ 65 bilhões via mobile. Naquela época, com o modelo de negócio ainda engatinhando e apenas seis grandes sites acumulando 75% do total comercializado, 90% das vendas eram de bilhetes aéreos, com os 10% restantes sendo divididos entre hotelaria e locação de veículos. Mais de 20 anos depois, a diversidade de produtos e plataformas para escolher a viagem perfeita pode até parecer exagerada para alguns, mas é resultado da força e da grande competição por este mercado que só tende a continuar se expandindo. De acordo com levantamento da Statista, em 2016, o Turismo vendeu cerca de US$ 565 bilhões globalmente e, trazendo para um exemplo mais próximo do Brasil, apenas o Decolar/Despegar obteve US$ 4,7 bilhões em reservas brutas em 2018. Com o advento da internet, as vendas decolaram e os voos estão cada vez mais altos.

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EDIÇÃO NO5

COLUNA 25 A 27 DE SETEMBRO EXPO CENTER NORTE – SÃO PAULO ABAV EXPO 2019 ACOMPANHA A TRANSFORMAÇÃO DO MERCADO DE TURISMO E INCENTIVA A INOVAÇÃO O universo do Turismo está em constante transformação, e a 47ª Abav Expo Internacional de Turismo e 52º Encontro Comercial Braztoa segue pelo mesmo caminho. Consagrada como maior e feira de setor de Viagens e Turismo do País, a Abav Expo investe todos os anos em formatos e conteúdos inovadores para marcas e visitantes se conectarem de forma eficiente e gerarem novos negócios. Tudo sempre de olho nas inovações tecnológicas do mercado e em como elas podem ser apresentadas no evento e depois aplicadas no setor. Confira a seguir alguns dos destaques da Abav Expo 2019: Conecta Big Data: neste espaço, desenvolvedores irão apresentar as tendências em tecnologia, e empresas consolidadas e startups estarão presentes com inovações desenvolvidas especialmente para o mercado de Turismo. A ação é realizada em parceria com a Travelport, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo voltada para o setor. Espaço Conectividade: nessa área equipada com mesas em estilo bistrô, visitantes e expositores terão à disposição wi-fi e totens para carregar celulares. O espaço também oferece a oportunidade de fazer networking com os presentes no evento, e ao mesmo tempo se manter conectado durante toda a feira. Além disso, abrigará o lounge de influenciadores, projeto que integra uma grande e inovadora ação digital prevista para a edição deste ano. Vila do Saber: espaço dedicado à capacitação de profissionais de Turismo, a Vila do Saber terá cinco arenas, uma delas dedicada ao Digital, trazendo temas contemporâneos sobre a relação do Turismo com a tecnologia e aplicação de processos digitais no dia a dia dos profissionais do setor. Entre os temas que serão abordados estão “Social selling na jornada de decisão do cliente corporativo”, com a estrategista Fernanda Nascimento, da Stratlab Inteligência Digital”; “Análise digital no cenário do turismo”, com a CEO da Digitalents Sandra Turchi; e “30 dicas para sua empresa bombar no Instagram”, com a diretora geral da Business Factory, Thais Medina. O site tem atualizações constantes dessa programação que envolve mais de 70 apresentações: www.abavexpo.com.br Expositores: além dos aguardados destinos nacionais e internacionais, locadoras, seguradoras, DMCs, consolidadoras, só para ficar em alguns exemplos, a feira também conta com dezenas de expositores das áreas da tecnologia da informação e gestão de sistemas e soluções feitos sob medida para otimizar a rotina do profissional de Turismo. A 47ª Abav Expo Internacional de Turismo e 52º Encontro Comercial Braztoa acontece de 25 a 27 de setembro, das 12h às 20h, no Expo Center Norte, em São Paulo. O credenciamento para profissionais do setor está aberto e pode ser feito gratuitamente até o dia 24 de setembro pelo site: www.abavexpo.com.br. 

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LGBTravel

Foto: Tomas Halajcik/ Unsplash

Portugal conta com guia de atrações para a comunidade

Marcos Martins

DOSE DUPLA

Os destinos de Lisboa e Porto, em Portugal, têm guias especiais para os viajantes LGBTQ. Os materiais foram lançados em 2013, começando pelo Lisbon Gay Circuit e depois com Porto Gay Circuit. Segundo o co-fundador dos guias, Paulo Monteiro, outros destinos observaram a oportunidade e pediram para incluir parceiros de regiões como Douro, Braga, Alentejo e Algarve. “Os dois guias, em versão impressa e on-line, contam com cerca de 100 parceiros em áreas de hotelaria, bares, discotecas, restaurantes, tours, lojas, entre outros. Os mapas em papel encontram-se facilmente nos locais gay-friendly de Lisboa e do Porto. Realizamos a comunicação em inglês, pois é a língua que todos os turistas do mundo falam”, explica Monteiro. Para ver os guias, acesse lisbongaycircuit.com e portogaycircuit.com.n

• O evento Proud Experiences 2020 acontecerá entre os dias 22 e 24 de junho no 1 Hotel Brooklyn Bridge, em Nova York • Acaba de ser lançado no Brasil o Tem Que Ter, primeiro banco de imagens LGBTQ do País • O rapper gay Lil Nas X bateu o recorde de música mais ouvida de todos os tempos em parada dos Estados Unidos n

PORTFÓLIO MAIOR

Albert Olivé fala sobre momento da Axel Hotels

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A Axel Hotels, rede com foco nos hóspedes LGBTQ, está em expansão. O grupo abriu a sua primeira unidade em 2003, na cidade de Barcelona, e anos depois chegou a Berlim, na Alemanha, Maspalomas/Gran Canaria, Ibiza e Madri, na Espanha, e Veneza, na Itália. Agora a marca se prepara para novas aberturas em Miami, no mês de agosto, e para 2020 tem Valência e Bilbao, na Espanha, e a Ilha da Madeira, em Portugal. “Este segmento continua a crescer à medida que o seu potencial é cada vez mais reconhecido. Como qualquer outro viajante, o turista LGBTQ evoluirá com as novas tendências, e os hotéis e resorts terão que permanecer na vanguarda dessa evolução. É preciso ter empatia com as necessidades para entender profundamente os comportamentos dos clientes e nos concentramos em criar um ambiente acolhedor através de todos os canais de interação com os hóspedes”, afirma o CEO da Axel, Albert Olivé.n

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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

www.alagev.org | Edição 27 – 7 de agosto de 2019 Parte integrante da Revista PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

TECNOLOGIA A FAVOR DA EXPERIÊNCIA Por Beatrice Teizen

Matheus Garcia, da GJP Hotels & Resorts

O hóspede de um hotel já não se contenta apenas com uma boa cama, um bom chuveiro, mobiliário bem conservado e rede sem fio de internet. Ele espera por experiências digitais, conectividade wi-fi robusta, recursos tecnológicos. As necessidades básicas, que antes eram consideradas como valor agregado, agora não valem mais tanto. Para os viajantes corporativos, então, o nível precisa ser ainda mais alto.

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Antônio Silva, da Nonius Hospitality Technology

“Por um lado, fico surpreso e, por outro, assustado com as possibilidades que temos no mercado da hotelaria. É um setor que ainda não percebeu que a tecnologia tem de ser um pilar, que a área de TI de uma marca hoteleira tem de ser um negócio. Mas estou otimista, pois temos espaço para fazer a transformação e surfar nessa onda de inovação”, analisa o CIO da GJP Hotels & Resorts, Matheus Garcia. Entre recursos possíveis estão as

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soluções de self check-in e check-out, que trazem cada vez mais facilidade para o apressado viajante a trabalho, os mecanismos digitais para a pré-reserva, que tornam o processo mais ágil e rápido, e as diversas tecnologias para a operação hoteleira. Apoiadas em IoT (internet das coisas), elas ajudam a garantir eficiência em alguns departamentos, como o de pessoal, que é um dos maiores custos de um hotel. A questão de room automation está cada vez mais avançada. Luz do quarto “acender sozinha”, ar condicionado se adequando automaticamente, controle de cortina automático, tablet com todas as funções do quarto, smart TV para conectar o Netflix ou outro streaming do próprio dispositivo móvel, consulta de cardápio do restaurante na televisão. São várias as opções para criar a hotelaria inteligente. “A transformação digital possibilita a experiência e a otimização. O hoteleiro, por meio dela, consegue ter melhoras significativas em sua operação e criar experiências para o seu hóspede. Há muitas tecnologias neste campo, como bots, fechaduras eletrônicas, softwares para as atividades das camareiras. Tudo isso já é uma realidade, mas ainda custa um pouco”, afirma o CIO da Nonius Hospitality Technology, Antônio Silva. A importância de adotar as novas tecnologias já é de conhecimento geral, mas o desafio é entender o modelo de negócio. As redes hoteleiras ainda as olham como um custo, no entanto, precisam considerá-las uma solução de valor, que traz receita, liderança e competitividade. À medida em que a hotelaria entrega mais, o hóspede passa a viver experiências que vive fora e isso o aproxima de sua realidade. É tirar o conceito de gestão de hospedagem do hotel e transformá-lo em um gerador de experiências. O QUE O HÓSPEDE QUER A jornada do hóspede também mudou. Ele quer entrar e sair rápido do hotel, de preferência, sem precisar falar com nin-

guém, fazendo tudo por conta própria. E, para isso, é necessário ter ferramentas digitais, tanto para o check-in, como o totem de reconhecimento facial no Prodigy Santos Dumont, quanto para o relacionamento e a comunicação, seja por meio do Whatsapp ou chat. O que o viajante atual também quer é conectividade. Internet de alta performance, poder baixar seus aplicativos em alta velocidade e sem interrupções, pedir room service por meio da TV. É preciso também ter uma estratégia customer centric, colocando o hóspede no centro, conhecendo-o bem para engajar e propor experiências dentro do hotel. Fazer com que ele se sinta acolhido e mais próximo de sua vida do lado de fora. “A personalização é a base de tudo e, se você não tiver uma estratégia de dados na sua companhia, você está atrasado. Quanto mais dados agrupados você tiver, mais conhecimento sobre o perfil e gosto do hóspede, melhor você irá conhecê-lo. E isso não dá para fazer sem tecnologia, sem ter uma boa plataforma de CRM, big data, recursos de machine learning, analytics. Entender o hóspede no contexto para que você possa fazer uma estratégia de marketing que o agrade”, exemplifica Garcia. Entre as tendências? Justamente toda a parte de conhecimento do hóspede que é possível ter por meio da tecnologia para oferecer os produtos específicos a ele. “Saber a idade, se ele está com ou sem família, de que região vem. Reunir informações para fazer a melhor oferta possível, com o máximo de personalização”, diz Silva. Inovação é o caminho e sem ela não é possível crescer. Em um cenário de revolução digital, a rede hoteleira que não inovar e não se transformar, não aceitar as novas tecnologias, os recursos no campo da automatização e da robotização, ficará para trás. O mundo da hospitalidade precisa entregar experiências, entretenimento, eficiência operacional e a tecnologia está aí como um dos principais facilitadores.n

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Portas Abertas Marcel Buono

Nice e Victor van Oorschot

MUITO ALÉM DE HOTÉIS Apesar do nome, a BestBuy Hotel não se restringe apenas às propriedades hoteleiras e, atualmente, seus negócios também envolvem seguros viagem, locação de veículos, motorhomes, transfers, casas de temporada, pacotes e ingressos para atrações. Tudo reunido em uma só plataforma destinada a agências de viagens, operadoras, TMCs, DMCs e demais distribuidoras do setor. Com apenas cinco anos de história, a empresa especializada em serviços terrestres terminou o primeiro semestre de 2019 com muitos motivos para comemorar. Após reforçar sua equipe e concluir uma grande reforma em sua sede, localizada em Jundiaí (SP), orçada em R$ 1,3 milhão, a empresa viu seu faturamento nos primeiros seis meses do ano subir 24,6% em relação ao mesmo período de 2018. Agora, a meta é seguir em ascensão durante a segunda metade do ano para atingir 47% de crescimento até o final de dezembro. Em 2018, o faturamento foi de R$ 325 milhões. “Quando decidimos reformar o nosso escritório,

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idealizamos um local que proporcionasse conforto, conexão com a natureza e, claro, reunisse excelentes condições de trabalho para os nossos colaboradores. Derrubamos paredes de concreto e priorizamos o contato visual por meio da transparência entre as salas, tornando as relações ainda mais humanizadas”, explicou a diretora de Operações da BestBuy Hotel, Nice van Oorschot. O novo layout, assinado pelo arquiteto Cássio Olivato, ocupa quatro andares e busca resgatar o verde no ambiente corporativo, além de proporcionar uma melhor integração e humanização dos espaços. Ao todo, são 480 metros quadrados, incluindo salas de reuniões, copa gourmet e jardins internos e externos. Apesar de ter na hotelaria internacional sua maior fonte de receita, foram as reservas nacionais que tiveram crescimento de destaque na primeira metade do ano. Considerando todos os hotéis e resorts disponíveis no seu catálogo, a empresa viu suas vendas do Brasil subirem 113% na comparação com o primeiro semestre de 2018. As locações de veículos subiram 366%.

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// BestBuy Hotel // Mercado: Consolidação terrestre // Endereço: Rua Barão de Teffé, Nº 160, 14º andar - Jardim Ana Maria, Jundiaí (SP) // Diretores: Victor e Nice van Oorschot // Ano de fundação: 2013 // Departamentos: Produtos (Nacional e Internacional), Operacional, Financeiro, Administrativo/Recursos Humanos, Comercial, Marketing e Estratégia // Share de produtos em vendas: 85% em hotelaria (internacional + nacional), 7% em locação de veículos, 5% em serviços e 2% em pacotes de viagens. // Produto mais forte: 40% Europa, 40% América do Norte, 15% América Latina, 5% outros. Orlando é o principal destino vendido, seguido por Lisboa e Buenos Aires. // Diferencial: “Temos comprometimento e entregamos o que prometemos. Essa é uma condição inegociável para termos resultados positivos”, garante o CEO da BestBuy Hotel, Victor van Oorschot. “Temos orgulho de oferecer um atendimento de qualidade para todos os nossos clientes, independentemente do tamanho. Se ele vende R$ 2 mil ou R$ 200 mil, tratamos igual”, completou Nice van Oorschot. // O que vem por aí? “Ao longo do segundo semestre, teremos uma área interna de vendas para assessorar todos os executivos que vão às ruas com o objetivo de buscar melhores vendas, mais completas, com maior valor agregado. Também já temos um plano estratégico para internacionalizar a marca”, revelou Victor van Oorschot. // Investimentos: “Nos últimos meses, passamos a investir com força nas áreas de Business Intelligence e Big Data. Temos que entender o modelo de negócios de cada cliente para poder ajudá-los na obtenção dos melhores resultados possíveis. Com informações às mãos, podemos adaptar nossos produtos de acordo com as diferentes necessidades dos agentes e agências de viagens que utilizam nossos servi-

Vendas e Suporte: Gabriela Almeida, Joicy Almeida, Letícia Bodelaci e Matheus Rahmeier

Departamento de Produtos: Juliana Balancin, Felipe Nogueira, Pedro Pucci e Júlia Alonso

Departamento Administrativo e Recursos Humanos: Ana Flávia, Wesley Morilha, Mariana Santilli e Érica Oliveira

Atendimento Nacional e Internacional: Mariana Lorenzeti, Wellington Franco, Vanessa Lopes, Sheylla Silva, Pedro Romão, Bianca Carvalho, Henrique Rocha, Nathália Pizzotti e Karen Pupo

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ços. Também acrescentamos pacotes internacionais e nacionais, opções de motorhome na América do Norte, e ainda passamos a atuar em regiões como o norte do Paraná, Presidente Prudente (SP) e Mato Grosso”, conta o CEO da BestBuy Hotel, Victor van Oorschot. // Lado bom do Turismo: “O Turismo em si é um prazer. Para quem viaja, a ideia é curtir sem ter problemas para resolver. Tem que ser prazeroso para valer a pena. Por isso, não existe ‘não pode’. Tudo tem que dar certo para o turista e nós batalhamos muito para que isso sempre aconteça. Mostramos os dentes e agimos em cima dos problemas para superá-los, garantindo o cerne principal do setor: o prazer. Também podemos dizer que é um mercado ainda repleto de oportunidades inexploradas, principalmente no Brasil e na América Latina”, opina Victor. // Lado ruim do Turismo: “De uma maneira mais ampla, o Turismo acaba sendo afetado por outras questões da sociedade, como uma educação básica muito fraca em termos nacionais, por exemplo. A falta de transparência entre gestores e um nível de profissionalismo ainda muito individualista também aparecem como entraves para o pleno desenvolvimento da indústria no Brasil”, conclui. // Principais desafios: “Nos últimos anos, tivemos mudanças muito grandes no setor. Com a velocidade que as informações são produzidas e consumidas, junto com a chegada de grandes players, acirrando a concorrência pelo mercado, temos que acompanhar tudo com agilidade e conhecimento técnico. Para lidar com o mundo atual, precisamos de pessoas capacitadas, bem treinadas, porém, o trabalhador mais jovem lida com o trabalho de maneira bastante diferente em relação a outras gerações”, finaliza o diretor.n 38 36 a 38.indd 38

Departamento Financeiro: Felipe Bordallo, Danilo Thomaseto, Carolina Braga, João Paulo, Matheus Spina, Eliana Andreozzi e Leonardo Alcântara

Departamento de Operações: Beatriz Brandi, Rúbia Hernandes, Kátia Timóteo, Wellington Viana, Brenda Nilma, Marina Romano, Claudia Porcari e Ícaro Valli

Kátia Timóteo (supervisora de Operações), Nathália Pizzotti (gerente de Operações e Atendimento) e Vanessa Lopes (supervisora de Atendimento)

Noemi Santos e Simone Raimundo

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CRIOLLOS TURISMO: EXPERIÊNCIAS ÚNICAS NO SUL PATAGÔNICO Com escritórios próprios e transporte no destinos mais relevantes do extremo sul patagônico (como el Calafate, El Chatén e Ushuaia), a empresa Criollos Turismo é a aliada ideal de operadoras e agências de viagens que queiram proporcionar experiências originais e de qualidade aos passageiros. Neste contexto, ao longo do último ano, a companhia desenvolveu em El Calafate o produto “Súper Glaciares”, que teve grande êxito. “Esta é a proposta de navegação mais completa do Lago Argentino, com desembarque em Puerto Moreno, para então caminhar duas horas pela área das passarelas em frente às geleiras”, disse Alejandro Ciurlanti, diretor da empresa. Desta forma, o passageiro combina duas excursões no mesmo dia pagando apenas uma entrada para o Parque Nacional Los Glaciares. O executivo ainda pontuou mais vantagens: “A navegação se realiza em uma embarcação muito moderna, desenhada para que todos os passageiros possam desfrutar das paisagens, mesmo a partir de suas mesas. Ali, oferecemos o almoço, com opções de refeições quentes, inclusive veganas e vegetarianas, e bebidas sem álcool. Também existe a possibilidade de reservar uma área vip com capacidade para 16 passageiros, com sacada privativa, almoço especial e serviço de garçom.” Além disso, ele disse que “a excursão vai na contramão do público em geral, já que na hora do desembarque, por volta das 16h, a maioria dos visitantes está indo embora. Assim, podemos apreciar as vistas do Parque Nacional de uma maneira muito mais relaxada.” Vale reforçar ainda que, durante todo o passeio, os passageiros estão acompanhados por um guia da empresa Criollos. O produto “Súper Glaciares” opera 40 40 e 41.indd 40

de forma regular entre 1º de setembro até 30 de abril, aproveitando ao máximo todas as horas de luz. Enquanto isso, em El Chaltén, reconhecida como a Capital Nacional da Argentina de Trekking, a Criollos é pioneira no destino, com três opções operadas desde El Calafate. “A mais simples consiste em uma visita a El Chaltén e um tour pelo Chorrillo del Salto, o Mirador de los Cóndores e um almoço completo. Então temos uma opção com navegação no Lago do Deserto, com lunch box, para aproveitar o glaciar Vespignani e fazer um maravilhoso trekking”, disse Ciurlanti. Já a terceira proposta é voltada para turistas mais experientes, pois compreende um trekking de dificuldade intermediária com duração de quatro horas e meia. Finalmente, em Ushuaia, a cidade mais austral da Argentina, a Criollos propõe excursões mais tradicionais, como a visita ao Parque Nacional Tierra del Fuego, aos lagos Escondido e Fagnano ou um almoço - com carne de cordeiro no menu - na estância Las Cotorras. Mais informações: criollosturismo.com.ar n Especial para brasileiros: Como operadora, Criollos está especializada no mercado do Brasil, levando em conta que tem a única guia turística brasileira em Ushuaia e El Calafate, assim como os funcionários dessa origem nos escritórios: “Tudo isso implica em grande comodidade para os clientes e passageiros, que podem ser atendidos por seus compatriotas e em seu próprio idioma. Esse público gosta de descobrir nossas paisagens e, em geral, combinam os dois destinos em suas viagens ”, afirmou Alejandro Ciurlanti.

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DESCUBRA ÁFRICA DO SUL Thelma Lavagnoli

O órgão oficial do Turismo da África do Sul, representado na América do Sul pela TI Comunicações, sai na frente de outros destinos por contar com perfis exclusivos em português no Facebook e Instagram. Os conteúdos são bem similares e têm bom engajamento, mas pensar em posts específicos para cada rede social e torná-los diarios poderia dar melhores resultados. Vale falar que a página do Facebook, criada em abril de 2013, não está veiculando anúncios pagos no momento e cresce de forma orgânica.

Durante o lançamento do filme Rei Leão, o destino aproveitou para interagir com seguidores de forma divertida e informal. É um dos posts mais curtidos da página.

Foco em celebrar o ativista Mandela no Instagram: há, por exemplo, artes com suas frases salvas nos stories para estimular compartilhamento.

Textos dinâmicos com dicas de lugares para visitar no país mais álbum para mostrar detalhes é um acerto.

@descubraafricadosul Instagram: 45,9 seguidores Facebook: 236.236 curtidas

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Posts com influenciadores ajudam no engajamento com o público final, especialmente no Instagram. Na foto, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

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