PANROTAS 1.392

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Edição nº 1.392 - Ano 27 | 2 a 8 de outubro de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br

O que eles almejam, quem os inspira, como pensam os profissionais que já fazem o Turismo acontecer de maneira diferente

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.392 | 2 a 8 de outubro de 2019 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Thelma Lavagnoli e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Marcel Buono, Marcos Martins, Isabella Tagliapietra (estagiária-SP) e Thalita Almeida (estagiária-RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza (São Paulo) e Marluce Balbino (Rio de Janeiro) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br)

SEÇÕES 04 Editorial

Lideranças e gerações

06 Check-in

Quebra da Thomas Cook

8 Infográfico

Um dia na April Brasil

52 Espaço Alagev Mice sustentável

54 LGBTravel

RexturAdvance membro IGLTA

56 Ladevi

Notícias da Argentina

58 Follow

AMResorts nas redes sociais

11 Líderes 4.0

A nova geração que hoje conduz o Turismo

40 e 41 Memória

Os líderes (do amanhã) em 2007

44 SAP Now

Setor de viagens tem relevância no evento da empresa de tech

ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

GERAÇÕES

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esta edição, trazemos mais uma reportagem especial com foco no que pensam as lideranças do Turismo. No caso, uma geração de filhos, herdeiros ou novos líderes, que aprenderam com seus pais, gurus e grandes empresários da indústria e de fora dela. É como uma segunda parte da reportagem de 2007, Os Líderes do Amanhã, que apontavam caminhos 12 anos atrás. Onde estão esses expoentes hoje, aliás, é tema de nossa seção Memória. E fazemos até um link, ouvindo novamente Alexandre Lima, diretor da NewIt, que estava naquela primeira lista. Esses 14 entrevistados mostram tanto reverência ao passado, com as pessoas com quem aprenderam muito, quanto o gosto pela inovação e descobertas, para deixarem sua própria pegada no setor. Se não nasceram tecnológicos, respiram tecnologia e alguns até trabalham bastante com essa área. Também não nasceram sustentáveis, mas sabem que seus clientes buscam cada vez mais empresas que ajudem a preservar e salvar o planeta. E se adaptam a essa nova realidade.

Adoram esportes, se relacionar com amigos e o trade, viajar, têm hobbies, mas, ao contrário dos pais e da geração anterior, dedicam mais tempo à família, para verem os filhos crescer de perto. São otimistas quanto ao futuro, realistas em relação ao presente e sabem que o Brasil não é para amadores ou empresários que não ousam. Investem também em pessoas, diferenciais e nichos. São profissionais que sabem que a indústria de Viagens e Turismo será ainda mais importante nos próximos anos e por isso se angustiam com o que veem no País, um quase descaso dos governantes com nosso setor. Eles já estão no poder e nos enchem de esperança. Você se identificará com muitos deles, não concordará com outros, mas isso é normal. Dialogar é normal e saudável. Dialogar é a ferramenta que nos faz crescer e evoluir, mudar de opinião ou espalhar a nossa. Foi assim que essa geração chegou ao topo e quer continuar nele. Leia, reflita, opine, dialogue. Os líderes do amanhã estão construindo o Turismo hoje.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in

Mercado

+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Gigante Thomas Cook encerra operações e deixa 600 mil "no chão"

2 Poderosos do Turismo 2019:

quem são e como vencem os desafios

3 Operadoras brasileiras reagem à falência da Thomas Cook

4 Conheça a nova estrutura

gerencial da Flytour Viagens

5 Booking e mais OTAs são

denunciadas por propaganda enganosa

6 Coordenador de Operações

Nacionais deixa a Flytour Viagens

7 Reino Unido pede ajuda para

repatriar clientes da Thomas Cook

8 Azul e Latam retomam voos no Santos Dumont (RJ)

9 Saiba como o aeroporto de Foz do Iguaçu (PR) quer virar hub

10 Azul terá voos inéditos em quatro cidades; veja quais

Fonte: Portal PANROTAS

A queda do gigante

Um dos grupos de Turismo mais antigos e poderosos do mundo, com 178 anos de operações, o conglomerado britânico Thomas Cook Group Plc anunciou, no último dia 22, o fim de suas operações, depois de uma rodada tensa de negociações com seus credores. Com a suspensão imediata das operações da Thomas Cook, mais de 600 mil passageiros foram pegos de surpresa enquanto viajavam, sendo 150 mil do Reino Unido e 300 mil da Alemanha. Para minimizar os impactos, o governo do Reino Unido pediu ajuda à CAA (UK Civil Aviation Authority) para lançar um programa de repatriação destes clientes. O órgão, por sua vez, ga-

rantiu uma frota de aeronaves de todo o mundo para levar os passageiros de volta ao Reino Unido. A empresa encerra operações com 20 mil funcionários. Um empréstimo de 900 milhões de libras estava sendo negociado, mas a Thomas Cook não conseguiu liberação e teve de recorrer pelo fim das operações. O CEO da Thomas Cook, Peter Fankhauser, comentou que “todos trabalharam exaustivamente” para tentar resolver os problemas da empresa e garantir um acordo para a continuidade das operações, mas no final, apesar de alguns acordos, não foi possível atender a todos os requisitos. n

Repercussão no Brasil

Por aqui, a notícia causou tristeza, principalmente entre grandes operadoras de viagens. Presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu lamentou a situação e ainda reforçou que empresas precisam estar atentas às novas realidades do mercado, adaptando-se quando necessário para buscar a sobrevivência. “A Thomas Cook foi uma empresa pioneira, fundada ainda no século 19, e uma grande inspiração para o setor. Acreditamos que se adaptar aos novos momentos é fundamental e urgente a todas as empresas”, comenta o presidente da Braztoa. Em comunicado oficial, a TUI, principal concorrente da Thomas Cook, se colocou à disposição para ajudar os clientes. Já a diretora geral da Orinter, Ana Maria Berto, credita o fim das operações da Thomas Cook a seguidos erros de gestão. “Isso serve de alerta para que todos tenham uma gestão bastante consciente. Temos que manter nossos clientes no ar e os nossos pés no chão”, concluiu. n 6 6 e 7.indd 6

Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa

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Operadoras

Fábio Oliveira, Tiago Silveira, Rafael Ortiz, Vanessa Garcia, Felipe Oliveira e Tiago Lopes, time do Nacional da Flytour Viagens

Reestruturação

A Flytour Viagens está em reestruturação. Desde que o diretor da Flytour Franchising, Fabio Oliveira, também assumiu a operadora, a empresa trocou alguns diretores, gerentes e coordenadores. Oliveira, que recebeu a reportagem da PANROTAS para mostrar a nova estrutura, afirma que a decisão foi interna. “Foi uma escolha nossa (a troca), e focamos a reestruturação da equipe em resultados e em uma coordenação correta”, afirma o diretor. “Acredito muito na liderança positiva e participativa e por isso esses são os profissionais escolhidos”. As principais mudanças são no departamento Nacional da operadora. Rafael Ortiz, há sete anos na empresa, está no comando do Nacional, como gerente. E escolheu três novos coordenadores: Tiago Lopes (cuidando de Ceará e Pernambuco), Tiago Silveira (Norte e Centro-Oeste) e Felipe Oliveira Bonafé (Operações Brasil). Continuam na equipe Vanessa Garcia (Sul e Sudeste), Maria Augusta (Alagoas e Sergipe), Camila Ramos (Bahia) e Jorge Netto (Rio Grande do Norte e Paraíba). O Nacional na Flytour Viagens responde por cerca de 70% das vendas da empresa. Segundo Ortiz as vendas estão aquecidas e a operadora contratou um lote extra de aéreo para o final do ano, com saídas de diversos pontos do País, com destino ao Nordeste e Sul. Segundo ele, já há aéreo disponível até abril de 2020.

Fábio Oliveira e Fábio Freitas

NOVO GERENTE DE AÉREO Por falar em aéreo, Fábio Freitas é o novo gerente do departamento, negociando tanto para o Nacional como o Internacional. Ele tem 25 anos de mercado, incluindo 19 de Gapnet e o restante no Grupo Flytour, pós-fusão. “O forte da Flytour são os bloqueios aéreos e o Fábio veio para intensificar esse departamento”, justifica Fábio Oliveira, que anunciou que as vendas da operadora este ano estão 10% maiores que no ano passado. “Tivemos uma

virada no EBITDAR e estamos otimistas com essas mudanças de pessoal”, afirmou. “O Fábio Freitas também tem uma boa experiência no internacional e vai falar diretamente com as agências, que sempre começam uma venda para o Exterior pesquisando o aéreo”. “Vamos aproveitar a força do grupo com as companhias aéreas e nossas ferramentas”, disse Freitas. Nas demais posições na operadora, não houve mudanças. Ary Xavier é o gerente de Vendas, e este mês está premiando as agências com valores de até R$ 20 mil. INTERNACIONAL Sob o comando da diretora Barbara Picolo, o departamento Internacional tem como gerentes Georgia Mariano (Estados Unidos e Canadá, com a coordenadora Luiza Leopoldo); Marcelo Lopes (Caribe e América do Sul); Brunna Soares (Casamentos); Juventino Netto (Europa e Exóticos, com os coordenadores Marcelo Bueno e Diogo Racanicchi); Conectividade on-line (Sandro dos Santos); Ricardo Vieira (Trens e Locação de Veículos); Cruzeiros (Umberto Nocelli) e o Atendimento 24 horas (Alexandre Freitas). A coordenadora de Operações Internacionais é Adriana Reis. A coordenação de Operações Aéreas está com Thatyana Antunes. A Flytour Viagens tem ainda bases em Campinas, Porto Alegre e Belo Horizonte, com 33 profissionais de atendimento pelo País e 173 na sede em São Paulo. Cerca de 5,3 mil agentes de viagens estão cadastrados no portal da operadora.n

Ary Xavier (Operações), Rafael Ortiz (Nacional), Fábio Oliveira (diretor geral), Barbara Picolo (diretora Internacional), Fábio Freitas (Aéreo) e Salomão Souza (Grupos)

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Infográfico

Um dia na April

Acompanhamos de perto o trabalho da empresa de seguro viagem em seu escritório em São Paulo.

FORMAS DE ENTRAR EM CONTATO:

Whatsapp, e-mail, chat ou telefone

WHATSAPP, O PREFERIDO:

60% dos chamados vêm pelo app. O atendimento existe há 2 anos

ATENDIMENTO:

central própria – 26 operadoras, em quatro turnos, garantindo 24 horas por dia, em escala seis horas por dia 6x1

MÉDIA: 1,7 mil casos por mês DR. REMOTO:

April disponibiliza médico de emergência para avaliar necessidades. Esse “médico remoto” soluciona 52% das chamadas

MAIS DE 100 FUNCIONÁRIOS atendem mais de 4 MIL AGÊNCIAS DE VIAGENS clientes Faturamento 14% MAIOR no primeiro semestre de 2019

REEMBOLSOS E FATURAMENTOS:

10 pessoas dedicadas, solicitações respondidas em 72 horas e finalizada em 20 dias (média) Demanda 90% INTERNACIONAL e 10% DOMÉSTICA

ATÉ 20 SEGUNDOS:

é o tempo máximo de resposta para 83% dos clientes

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FRONT OFFICE EM NÚMEROS: » 3,1 MIL telefonemas recebidos » 8,1 MIL telefonemas efetuados » 3,6 MIL chats de Whatsapp recebidos » 83% nível de serviço » 32 reclamações recebidas (entre 1,5% e 2% do total de casos abertos) » 0,84% reclamações procedentes

CASOS POR TIPO: Reembolso puro (7%) Informação (13%) Médico (52%) Bagagem, voo, cancelamento (28%)

UM DOS CASES TESTEMUNHADOS: O passageiro contratou um plano de cobertura de até US$ 30 mil. Foi internado, porém a conta ultrapassou os US$ 80 mil. Deste valor, metade correspondia a apenas uma diária hospitalar. Logo, mais de US$ 50 mil tiveram de ser desembolsados pelo paciente para fechar a conta do tratamento. “Os gastos podem ser ainda maiores, como, retornar ao Brasil em uma ambulância aérea, que pode custar cerca de US$ 300 mil. Ou seja, mais do que contratar um seguro, vale a pena investir em uma cobertura superior para países como os Estados Unidos, que tem alto custo de serviços de saúde”, afirmam os executivos da April.

Fonte: April e PANROTAS

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UMA NOVA GERAÇÃO PARA O TURISMO Mercado Marcel Buono

os resultados até aqui obtidos, por eles ou seus pais, chefes e gurus? Em meio a tantas transformações, Eduardo Zorzanello (Festuris), Alexandre Lima (NewIt), Thiago Vasconcelos (Pier 1), Peter Weber Jr. (Europlus), Thiago Cuencas (Viagens & Cia), Octavio Corano (SunCoastUSA), Juliana e Guilherme Luck (Luck Receptivo), André Fülöp (Grupo High Light), Marco Aurélio Di Ruzze (Grupo BRT), Maria Camilla Alcorta (Ideas4Brand), Patricia Vazquez (LTN), Rodrigo Vazquez (Esferatur) e José Guilherme Alcorta (PANROTAS) falaram sobre como veem o atual momento e o futuro de suas atividades, assim como quem os inspira não só na profissão, como na vida. É como se fosse uma continuação de uma reportagem que fizemos em outubro de 2007, com os então chamados “Líderes do Amanhã” (leia na seção Memória, na página 40), tendo inclusive um deles, Alexandre Lima, da NewIt, como link entre esses dois momentos.

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A PANROTAS completou 45 anos e, ao longo deste tempo, a parceria em prol do desenvolvimento do Turismo envolveu muito mais do que destinos, hotéis, resorts, companhias aéreas, consolidadoras, operadoras e agências de viagens. A empresa andou de mãos dadas com as pessoas. Profissionais que respiram Turismo e o fazem ganhar corpo, forma e, principalmente, alma. A PANROTAS conversou com 14 pessoas que representam diferentes segmentos de Viagens e Turismo e que sabem muito bem da importância de transmitir informações e emoções valiosas de geração para geração, transformando-as para melhor e ajudando a moldar o futuro não só do setor, mas da sociedade como um todo. O que assimilaram e trazem de gerações anteriores? O que identificam como sua própria pegada no mundo do Turismo? Como esses líderes veem o amanhã e o que fazem hoje para superarem

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ANDRÉ FÜLÖP

DIRETOR ADMINISTRATIVO DO GRUPO HIGH LIGHT CIDADE DE NASCIMENTO: RIO DE JANEIRO/RJ IDADE: 31 ANOS

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O QUE GOSTA DE FAZER? Ir a shows de rock e conhecer bons restaurantes, geralmente na companhia de amigos ou da família. “Sempre gostei de futebol e, apesar de não jogar mais, ainda vou ao estádio com alguma frequência”.

resultados. Por outro lado, algo que deixou de ser fundamental é a necessidade de uma estrutura física para trabalhar. Home-offices, que eram vistos com ressalva há dez anos, hoje são uma realidade cada vez mais difundida.”

Fora da esfera do Turismo, André tem no ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, um personagem de grande inspiração, porém, dentro do setor turístico, o grande responsável pelo seu direcionamento foi seu pai, András Fülöp, que é um dos sócios do Grupo High Light. “Como meu pai e sócio, ele me ensinou a ter seriedade e dedicação no trabalho, sempre buscando a melhor solução para a empresa e pensando em todas as possibilidades e cenários. Hoje em dia, tenho grande admiração por todos que montam, administram e têm sucesso dentro do Turismo. Apesar de ser uma área que me dá muita satisfação, vejo que a cada dia temos novos e maiores desafios a superar, vindos de todas as direções”, comentou André. Formado em Administração, o atual diretor da High Light começou sua carreira como estagiário na AIT, operadora que faz parte do grupo. Na ocasião, deu seus primeiros passos já em áreas nas quais se desenvolveria nos anos seguintes: a financeira e a administrativa. “Com o tempo, fui ganhando maior autonomia e a responsabilidade de ser um ponto de equilíbrio entre os setores de Vendas e o Financeiro, tanto na operadora como na consolidadora, sempre buscando alavancar os negócios sem expor a empresa a situações de risco. Conforme as oportunidades foram surgindo, assumi participações na High Light e na AIT, atuando de maneira mais ampla e me envolvendo em assuntos de todos os setores das empresas”, explicou André.

SUSTENTABILIDADE — “É algo que tem que ser levado muito a sério. Diversas atrações em vários lugares do mundo estão sofrendo ou já sofreram os efeitos de um Turismo “predatório”. Isso sem falar de lugares que perderam atratividade devido à falta de preservação de matas, águas ou construções. Ações preventivas de restrição em relação ao número de pessoas em determinada atração, algo que em um primeiro momento reduz a receita do lugar, acaba gerando um retorno maior em longo prazo. O que tem que melhorar é a expansão da ideia de que vale mais reduzir algumas receitas hoje para mantê-las por muitos anos em um local ambientalmente preservado.”

O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Estamos em um momento de mudanças na forma como clientes e empresas se relacionam. Cada vez mais temos pessoas que buscam experiências diferentes, originais, imersivas e que saiam do padrão tradicional do Turismo. As empresas têm que estar ainda mais preparadas para o atendimento a estes clientes, mostrando as razões pelas quais os agentes de viagens ainda são figuras muito importantes. O que continua igual é que profissionais bem qualificados se destacam e obtêm melhores

TECNOLOGIA — “Extremamente importante. São fornecidas ferramentas para auxiliar em questões como vendas, conciliação, análise de dados, entre outras. Tem um peso enorme, seja para otimizar rotinas internas, seja para apresentar novas alternativas aos clientes. Acredito que no futuro será ainda maior, mas sem deixar de lado o relacionamento com clientes e fornecedores.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “O mercado está em constante mudança: destinos, experiências, parceiros, tecnologia. Atualmente, vemos muitos outros segmentos buscando entender melhor os clientes para proporcionar a eles produtos que agreguem algo diferenciado. Acredito que usaremos cada vez mais ferramentas para ver o que funciona ou não, assim estaremos prontos quando as agências tiverem um passageiro buscando algo como uma experiência imersiva ou um tour que fuja do padrão.” UMA DICA PARA A VIDA — “Aproveite cada momento de aprendizado, seja ele sobre um destino, tecnologia, ou sobre a história de uma empresa. Cada evento ou conversa informal é uma oportunidade de aprender ou se aprofundar em algum assunto. É preciso estar sempre atento às mudanças do mercado.”

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EDUARDO ZORZANELLO

CEO DA ROSSI & ZORZANELLO E PRESIDENTE EXECUTIVO DO GRAMADO E CANELA CONVENTION & VISITORS BUREAU CIDADE DE NASCIMENTO: GRAMADO/RS IDADE: 37 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Jogar e assistir a jogos de futebol, cozinhar e, claro, viajar com família e amigos Filho de Silvia Zorzanello, uma das idealizadoras do Festuris de Gramado (RS), Eduardo entrou para o Turismo dez anos atrás, justamente quando sua mãe foi diagnosticada com câncer. Desde então, vem tocando a principal feira do setor na região Sul do Brasil ao lado de Marta Rossi e do filho dela, Marcus. “Durante todo este tempo, fui aprendendo a dinâmica do setor, adquirindo conhecimento, me relacionando com os players do Turismo e contribuindo, consequentemente, com o desenvolvimento da indústria. Sem dúvida, quero seguir fomentando o Turismo para os próximos anos, seja como CEO do Festuris, seja como empreendedor e membro de entidades do nosso setor”, disse Eduardo. Casado com Juliana e pai de uma filha, o principal rosto do Festuris para os próximos anos destacou alguns profissionais que causam admiração e inspiração para os negócios e para a vida. “Minha sócia Marta Rossi foi e é minha principal tutora no Turismo. Ela tem uma liderança nata no setor e é um exemplo de empreendedora com quem aprendo diariamente. Considero também o Guilherme Paulus um dos principais nomes para o desenvolvimento da atividade no Brasil. Fora do Turismo, tenho Ayrton Senna como ídolo. Um líder que inspirou gerações”, comentou Eduardo. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “O Turismo mundial, como pilar de desenvolvimento, está em franca ascensão, impactando vidas e proporcionando felicidade. Dados apontam que devemos ter 1,8 bilhão de turistas em busca de novas experiências e oportunidades até 2030. Assim, cada vez mais os países estão investindo no setor como motor de crescimento. O mundo está mais conectado e apresenta mais facilidades quanto ao deslocamento e às descobertas de destinos. O que era longe ficou perto e as viagens estão mais acessíveis em diferentes classes sociais. Tudo está mais ágil, mais rápido, quase que instantâneo. Isso mudou a percepção de viver o Turismo em comparação com outros tempos. Estamos próximos de tudo e de

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todos.” SUSTENTABILIDADE — “Percebo como fundamental a questão da sustentabilidade no Turismo. É um tema latente que merece atenção especial de todos da nossa indústria. Boas práticas sustentáveis, com respeito ao meio ambiente, incremento econômico e impacto social, são fatores cruciais para um Turismo consciente e antenado à era do compartilhamento. Neste horizonte, nota-se que os setores público e privado estão mais preocupados com o assunto e buscando adotar tais práticas em prol da sustentabilidade. No entanto, os processos ainda são lentos aqui no Brasil, principalmente pelo excesso de burocracia, pela carga tributária e pelo déficit educacional.” TECNOLOGIA — “A entrada de novas tecnologias deve ser encarada como um vetor de desenvolvimento do setor, trazendo benefícios importantes no contexto de indústria 4.0 e proporcionando experiências diferenciadas ao novo perfil de consumidores. Neste sentido, os players do Turismo devem se adaptar, se reciclar e aproveitar as melhores ferramentas que têm à disposição. Muito mais informações estão acessíveis para que uma melhor experiência de viagem seja gerada.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “O cenário de incerteza e instabilidade política e econômica vivido pelo Brasil nos últimos anos impediu um crescimento maior do nosso setor. Perdemos competitividade em relação aos demais países, no entanto, estamos mais otimistas que, a partir das mudanças e deste novo momento do País, possamos retomar os investimentos e, consequentemente, o crescimento. Acredito que os números deverão ser bem melhores no futuro, favorecendo a economia com geração de emprego e renda. Mais pessoas passarão a viajar, seja a lazer ou a negócios.” UMA DICA PARA A VIDA — “Buscar incessantemente o conhecimento, ter a compreensão do novo momento do Turismo e valorizar os relacionamentos e os seres humanos como peças chave para o sucesso nos negócios e para a satisfação dos clientes.”

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GUILHERME LUCK

DIRETOR DE MARKETING DA LUCK RECEPTIVO E VIAGENS E DIRETOR COMERCIAL DO GRUPO ECOCHARME CIDADE DE NASCIMENTO: RECIFE/PE IDADE: 32 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? “Tomar vinho com minha esposa, fazer churrasco para a família, amigos e sócios, sair para um bom restaurante (de boteco até um mais sofisticado), desenhar planos de possíveis novos negócios (muitas vezes só para exercitar a mente), treinar na academia e jogar squash”. Guilherme faz parte da terceira geração da família Luck que entra nos negócios, assim como acontece com seus primos Rafael e Juliana. Apesar de conviver com a temática desde pequeno, foi precisamente com 17 anos e um dia de vida que passou a integrar oficialmente o quadro de funcionários da empresa. Passados 15 anos, acumulou tanta experiência na área que decidiu manter duas investidas ao mesmo tempo. “Faço o que mais gosto, que é pensar em como servir melhor e marcar mais os nossos clientes. Em 2012, virei sócio da EcoCharme pensando justamente em replicar os aprendizados da Luck, os adaptando para o ramo da hotelaria”, contou Guilherme, que destacou a importância do seu tio, Gustavo Luck, presidente da companhia. “Meu principal tutor foi Gustavo, com quem já trabalho há 15 anos. É uma pessoa com o coração maior que ele mesmo e me ensinou que ser justo, verdadeiro e resiliente é o caminho para ser grande não só nos negócios, mas também como pessoa. Levo isso comigo em tudo e busco ser família acima de tudo, como meu pai, assim como protetor e amável feito minha mãe, Sandra, grato e justo feito minha esposa, feliz e alegre feito meus filhos, amigo e parceiro, como meus sócios na Luck e no EcoCharme, e simplesmente viver, como minha irmã, Paula”, declarou. “Profissionalmente, de uma maneira mais ampla, admiro a capacidade de inovar do Edisio Pereira Neto, da B&T Corretora e Zro Bank, a capacidade de entregar e de transformar o negócio do Breno Neves, do Plano Clin, a capacidade de aprender e ensinar do Tiago Pessoa de Mello, da DWZ, e a capacidade de acreditar em si e em seu sonho do vovô Werner Luck”, completou Guilherme, que ainda enfatizou como a união aliada a uma força comercial inteligente faz toda a diferença para o sucesso de um destino. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Acho o universo do Turismo fascinante, pois viajar, por si só,

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e impactar a vida das pessoas, é fascinante. Mais fascinante ainda é saber que o Brasil será um grande player nesse mercado. Temos muito a dar e oferecer para o mundo. A velocidade de informação mudou e a facilidade de comunicação com os clientes, parceiros e fornecedores também. Poder fazer isso quase que em tempo real é um facilitador que há 15 anos era praticamente impensável. Lembrar do passado, lidar com o presente e planejar o futuro é sempre um grande aprendizado.” SUSTENTABILIDADE — “É um tema difícil de ser abordado de maneira sucinta, mas penso que a sustentabilidade no Turismo vem de várias maneiras, com destaque para a ambiental e a social. A primeira porque andamos de mãos dadas com nossas riquezas naturais, e a segunda pelo importante papel do nosso segmento de atingir e impactar positivamente uma quantidade enorme de pessoas e segmentos. Como tudo no Brasil, penso que a capacidade de comunicação precisa melhorar, assim como projetos que dão certo, propostos por pessoas de bem e que querem o melhor para a evolução do nosso País, precisam ter continuidade.” TECNOLOGIA — “Penso que a tecnologia vem sempre para ajudar, facilitar e criar novas e, muitas vezes, melhores experiências. É uma grande aliada, com um leque de ferramentas que deve ser explorado. No entanto, jamais conseguirá substituir as principais características que buscamos em nossa equipe, pois são intrínsecas aos seres humanos, como a empatia, a simpatia, o cuidado, a alegria e o calor. Tudo isso faz muita diferença na arte de bem servir, de superar expectativas e de marcar positivamente a vida de alguém com um gesto.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Nosso segmento tende a crescer sempre. A arte de receber bem, de compartilhar ideias, roteiros, histórias e fazer amizades, mais do que nunca, será valorizada. Acredito fielmente que a era digital é nosso maior aliado, pois as pessoas estão carentes de atenção e cuidado, algo que sempre está no nosso foco.” UMA DICA PARA A VIDA — “Seja justo, verdadeiro e resiliente.”

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JOSÉ GUILHERME CONDOMÍ ALCORTA

CEO DA PANROTAS CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 35 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Corrida de rua. O mais novo papai do mundo do Turismo, José Guilherme Alcorta, ou simplesmente Zé, como gosta de ser chamado, agora se divide entre cuidar da PANROTAS e também da pequena Júlia, nascida em setembro. Há seis anos na empresa fundada pelo seu pai, Guillermo Alcorta, o CEO cresceu com a temática do Turismo em sua casa, mas sua paixão pelo setor floresceu depois de adulto, após perceber que antigos sonhos profissionais não valiam a pena como imaginava. “Meu pai, que já tem mais de 50 anos de Turismo, faz parte de uma geração que eu admiro muito, de pessoas muito resilientes no que se propunham a fazer. Eu fui educado com o objetivo de conseguir sucesso profissional desde pequeno, mas sabendo lidar com possíveis frustrações e momentos de pular de galho em galho. Com o seu Guillermo, aprendi que é preciso mergulhar de cabeça e dar meu melhor, porque no final da história a recompensa virá”, contou José Guilherme. “Ele sempre foi muito estudioso e super organizado. Está sempre plantando sementes nas pessoas, tanto no ambiente profissional como pessoal, e eu pude ser beneficiados em ambas as frentes. Em todos esses anos de PANROTAS, ele nunca ficou satisfeito e sempre desenvolveu novos produtos para lançar. Somos diferentes em alguns aspectos, mas muito parecidos em outros. Somos críticos e queremos sempre mais”, acrescentou. Formado em Administração pela FAAP e pós-graduado em Marketing pela ESPM, José Guilherme também absorveu conhecimentos de outros grandes nomes do setor durante sua trajetória, assim como toma de exemplo personalidades que vão além do setor, como o caso do publicitário Nizan Guanaes e do apresentador Silvio Santos. “Gosto de uma frase do Nizan que diz que tudo que fica pronto na vida foi construído antes na alma. Ele é um baiano super brasileiro que defende e aposta no País lá fora. Já o Silvio Santos é um cara que sempre botou a mão na massa para fazer o melhor, além de ser um baita comunicador da mesma geração do meu pai”, explicou o CEO. “Agora, no jornalismo, que é um dos pilares da PANROTAS, considero nosso editor-chefe, Artur Luiz Andrade, um exemplo. É um profissional muito dedicado e que sabe absolutamente tudo sobre o que envolve o Turismo e as pessoas que fazem parte do negócio. Sua sensibilidade é ímpar e gosto muito da forma como conduz problemas e oportunidades. É um cara brilhante”. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Entrei na PANROTAS em setembro de 2013, enquanto o Brasil entrou em crise na metade de 2014. Cheguei em um período de readequações nos modelos de negócios de empresas que estavam acostumadas com um cenário há muitos anos. Dezenas de agências de viagens e operadoras quebraram, por outro lado, dobramos o número de passageiros nos últimos dez anos. Eu me considero um novato ainda no Turismo, mas as agências corporativas, as operadoras e as consolidadoras continuam com a mesma essência. Há um Brasil

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gigante a ser explorado pela cadeia tradicional do Turismo. O agente de viagens nunca vai concorrer com a rapidez e, algumas vezes, o preço das OTAs, mas a comodidade, o conforto, a expertise e a segurança, para alguns perfis de pessoas, é essencial. Por outro lado, quem não quer falar com um ser humano pode fazer tudo sozinho. Eu tive a sorte de começar no Turismo no início do ciclo de transformação, mas agora estamos um pouco mais estáveis”. SUSTENTABILIDADE — “Com acesso à informação, as pessoas estão pensando mais e melhor sobre os temas que elas acreditam ser relevantes. A sustentabilidade é um valor social recente que surgiu a partir da tecnologia, da observação e do estudo. O mundo vem em uma crescente expansão e o consumismo descartável é cada vez mais criticado. A educação faz parte da cultura, dos exemplos para uma sociedade mais igual, sem racismo. Essa geração do homem branco hétero de classe média que faz brincadeirinha de mau gosto, que ainda ri de piadinhas de 1960, precisa ser tratada. Precisamos melhorar nossa atitude, parar de compartilhar coisas no Whatsapp que ataquem um grupo específico, alimentando preconceitos. No Turismo, vejo cada vez mais atitudes boas, como marcas adotando opções vegetarianas e veganas no cardápio e se preocupando com reduções no uso de toalhas, canudos e copos de plástico, por exemplo. Programas que visem à valorização dos negros, das mulheres e da comunidade LGBT, entre outras minorias, para que todos sejam capacitados para todos os cargos, também fazem parte da busca por um verdadeiro desenvolvimento sustentável.” TECNOLOGIA — “A tecnologia vem impactando a vida das pessoas há décadas, mas chegamos a um ponto de maturidade em recursos disponíveis que sua influência na conexão das pessoas é enorme, e muita gente não está sabendo lidar com essa realidade. Temos que ficar cada vez mais atualizados e atentos porque as nossas profissões e relações estão mudando, assim como as indústrias estão se readaptando. SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Estamos sempre lançando produtos novos e os jornalistas são críticos, querem sempre fazer mais. Fomos o primeiro veículo segmentado no Brasil a trabalhar bem com redes sociais e a utilizar big data. Começamos um portal corporativo em 2016, criamos o Next Voices e outros projetos de vídeo, substituímos o jornal pela revista e atualizamos o site. Pensamos em tudo que favoreça a comunicação e a visibilidade do profissional do Turismo, que é o nosso público. Uma dica para a vida — “Aquela oportunidade de ouro, se ela ainda existe, é cada vez mais remota. As pessoas precisam construir as oportunidades de acordo com as vidas que têm. O autoconhecimento vem antes do progresso na carreira. Trabalhar é difícil. É muita pressão e os resultados vêm em longo prazo. Não existe imediatismo.”

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JULIANA LUCK

GERENTE DE OPERAÇÕES DA LUCK RECEPTIVO CIDADE DE NASCIMENTO: RECIFE/PE IDADE: 25 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Ficar com a família, ver os amigos, assistir a seriados, brincar com os cachorros e treinar funcional. Ao lado dos primos Guilherme e Rafael, Juliana faz parte da terceira geração da família Luck a entrar nos negócios. Jovem, antenada e dedicada, ela não imaginava que estaria onde está quando ainda era apenas uma criança, muito pelo contrário. Após criar uma certa indisposição em relação à profissão ao crescer vendo seus pais indo de um lado para o outro, Juliana mudou de ideia depois de adulta e hoje em dia é responsável pelas unidades de Recife/ Porto de Galinhas e Salvador. “Quando era pequena, via meus pais trabalhando e viajando demais. Quase não paravam. Eu dizia que nunca iria trabalhar na Luck e seria empresária, dona do meu próprio negócio. Até que passei na Universidade Federal de Pernambuco com 17 anos e, dois meses depois, os professores entraram em greve. Pensei: o que vou fazer da vida? Não vou ficar sem fazer nada. A partir disso, resolvi estagiar na Luck do Aeroporto de Recife, segurando placa e atendendo os clientes que chegavam. Dizem que o Turismo é um bichinho que pica para valer e sou uma prova disso”, contou Juliana. Entre as plaquinhas no desembarque e a gerência de Operações, a filha mais nova de Gustavo e Ana Rosa Luck também adquiriu experiência em setores como o de Reservas, Eventos e Grupos Especiais. Em paralelo ao aprendizado profissional, também veio o pessoal, principalmente quando teve a oportunidade de morar sozinha na capital da Bahia. “Dediquei-me bastante a Salvador, participando de todo o processo de abertura da empresa, desde as obras. Realizei todos os passeios, fui negociar com fornecedores e pontos de apoio, fiz a seleção dos funcionários, entre outras atividades. Com 24 anos, acumulei experiências incríveis que contribuíram muito para o meu aprendizado, inclusive morando sozinha”, completou Juliana, que também destacou a importância do pai nessa sua trajetória. “Meu pai foi meu principal tutor no Turismo. Ele tem uma atenção enorme com os clientes, tem ótimas relações e sempre os coloca em primeiro lugar. Tenho muito orgulho de ser filha de um cara tão admirado e respeitado. Além dele, dentro do setor ainda admiro o Otaviano Maroja, dos hotéis Solar e Vivá, e a fundadora das lojas Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, que não é do Turismo, mas também serve como inspiração”, revelou.

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O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Os clientes estão cada vez mais exigentes, a concorrência mais acirrada e a tecnologia segue avançando. O volume e a velocidade das informações também estão cada vez maiores. Sabemos que problemas existem, mas a forma como resolvemos é o que faz toda a diferença, principalmente enquanto o cliente ainda estiver no destino. É preciso buscar se reinventar a cada dia e cada vez mais engajamento e propósitos devem estar enraizados entre os colaboradores. Acredito que antigamente esses pontos não estavam tão presentes.” SUSTENTABILIDADE — “É uma questão imprescindível. Temos que engajar cada vez mais os clientes e os colaboradores a contribuírem com o meio ambiente. Afinal, a cada dia que passa mais pessoas compram produtos e serviços de empresas sócio ambientalmente responsáveis. Na Luck, estamos fazendo campanhas de conscientização sobre o consumo de água e energia elétrica, além da reciclagem. Deixamos de usar copos plásticos nos escritórios e algumas unidades do grupo já utilizam energia solar. Sempre buscamos apoiar ações que contribuem para o meio ambiente, pois estar em uma cidade limpa, seja para quem mora, seja para quem está apenas de passagem, é de grande importância. Se cada um fizer a sua parte, com certeza teremos um planeta melhor.“ TECNOLOGIA — “Acredito muito na tecnologia para um futuro promissor dentro do Turismo. Agilidade nos processos e no atendimento são itens fundamentais e, para isso, temos que usar a tecnologia ao nosso favor. A geração que vem por aí já nasce totalmente conectada e precisamos nos adaptar à esta realidade. Quem não usa tecnologia hoje em dia acaba ficando para trás.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Está retomando aos poucos após a turbulência que passamos com a crise da Avianca Brasil, por isso estamos confiantes para os próximos anos. Paralelo a isso, estamos fazendo um trabalho de conscientização em relação à importância do receptivo. Somos a assistência dos clientes no destino.” UMA DICA PARA A VIDA — “Tem que ter o foco no cliente para ouvir suas necessidades e entender como atendê-las. Os problemas têm que ser solucionados e a busca para se destacar tem que ser constante.”

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MARCO AURÉLIO DI RUZZE

SÓCIO E VICE-PRESIDENTE DO GRUPO BRT E SÓCIO-FUNDADOR E CEO DA TRAVELHOST CIDADE DE NASCIMENTO: FERNANDÓPOLIS/SP IDADE: 40 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Tocar piano, ler um livro e tomar um vinho. Foi adepto das corridas ao ar livre, mas desde que se tornou pai resolveu abrir mão do tempo dedicado a essa atividade para curtir a família e participar ativamente do crescimento dos filhos. Vinte anos atrás, Marco Di Ruzze iniciou seu vínculo com o Turismo a partir de uma das empresas nacionais mais renomadas da história, a Varig, mas foi apenas seis anos mais tarde que sua trajetória ganharia novos contornos. Após adquirir experiência na área de Consolidação, conheceu o fundador da BRT, Eraldo Palmerini, em 2005 e se mudou do interior de São Paulo para Curitiba com uma nova missão. “Carrego uma admiração pelo Eraldo que não é por ser meu sócio, mas quem o conhece sabe os motivos. É um profissional sensacional, defensor dos agentes de viagens desde sempre, visionário e empreendedor. Sinto-me privilegiado por ter aprendido e ainda aprender com ele. Mas antes mesmo da BRT foram seis anos de intensa convivência com os agentes de viagens da região de Bauru (SP), com quem aprendi muito e sou muito grato, principalmente por terem ajudado a me apaixonar pela atividade”, contou Marco, que também fez questão de lembrar de pessoas que participaram do seu início de carreira. “Minha primeira líder no Turismo foi a Lilian Massa, que hoje é agente de viagens, mas na época era supervisora de Vendas na Varig de Bauru. Ela me acolheu, cobrou muito de mim e me ensinou muito profissionalmente, contudo, o mais importante não estava nos manuais da companhia ou do GDS: ela me apresentou o mercado do Turismo, me fazendo enxergar muito mais longe. Aliás, foi dela que ganhei meu primeiro Guia PANROTAS”, revelou o vice-presidente do Grupo BRT. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Com 20 anos de Turismo eu vi alguma coisa mudar, sendo a maioria relacionada com tecnologia, seja ela pela causa ou pela consequência. Temos como exemplos OTAs, novos modelos de remuneração dos canais de vendas, Uber, AirBnb, passageiros a negócios e a lazer que passaram a formar uma nova fatia de público, o chamado bleisure, entre outros. Apesar de tanta mudança, uma coisa é certa: as pessoas viajam e sempre viajarão, seja qual for o motivo, meio de transporte e de hospedagem. Muitas funções deixaram e deixarão de existir, mas outras têm surgido com velocidade impressionante. Contudo, o agente de viagens continuará imprescindível, embora com forma de atuação sempre em transformação.”

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SUSTENTABILIDADE — “Ao analisarmos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que estipula a agenda de desenvolvimento sustentável até 2030, notamos possíveis influências do Turismo. Um olhar sobre o potencial turístico nas regiões mais afetadas pode ajudar o respectivo governo a priorizar os investimentos em saneamento básico, por exemplo. Viabilizando a infraestrutura, a iniciativa privada pode exercer seu papel de empreender. Ou seja, a atividade turística pode ser catalisadora de receitas, gerando riqueza nos locais em que o dinheiro público foi investido. Resorts construídos em locais remotos são responsáveis pela geração de empregos diretos e indiretos, além de serem um reforço na educação. O mesmo ocorre quando uma companhia resolve implantar uma rota jamais explorada, como tem feito a Azul e a Gol com o projeto Voe Paraná. Uma agenda mais proativa do governo, sob o direcionamento das associações representativas, poderia usar a força do Turismo de maneira mais eficiente.” TECNOLOGIA — “O Turismo é baseado numa cadeia de prestação de serviços, assim, a forma com que os prestadores se relacionam é objeto de impacto significativo toda vez que surge uma nova tecnologia. Uma miríade de tecnologias impactou o setor desde os seus primórdios e hoje estamos vivenciando a Quarta Revolução Industrial, com computação em nuvem, internet das coisas, inteligência artificial e ciência de dados em um conjunto de tecnologias que está modificando a manufatura industrial. O Turismo está inserido neste contexto e devemos compreender o termo indústria de forma abrangente a todo o Segundo Setor. É inevitável que esta revolução atinja em cheio nosso segmento. Não é opcional. No balanço, a adoção de novas tecnologias não representa o custo mais relevante, embora seja significativo. As pessoas ainda representam a maior fatia dos custos, mas ferramentas tecnológicas são aliadas importantes sob o ponto de vista estratégico. Não consigo conceber um futuro viável para a empresa que não se adaptar à indústria 4.0 e às próximas revoluções.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Estou animado. Estima-se que a frota de aeronaves dobrará até 2037 e, por mais que haja mudança nos modelos comerciais, os segmentos se ajustam e o Turismo se perpetua.” UMA DICA PARA A VIDA — “Simples: geografia e inglês não bastam. Entenda de tecnologia e de relações humanas.”

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MARIA CAMILLA ALCORTA

PROPRIETÁRIA DA IDEAS4BRAND CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 44 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Viajar, viajar e viajar! Filha do fundador da PANROTAS, José Guillermo Condomí Alcorta, Maria Camilla tem apenas um ano a menos que a empresa de comunicação líder do Turismo, o que já prova que nasceu completamente inserida neste universo. E como seria de se imaginar, foi aqui que sua trajetória profissional teve início. “Um dia meu pai me disse: filha, as pessoas não têm tempo de ensinar, você tem que ir atrás do conhecimento e não esperar que ele chegue até você. Ele me fez passar por todos os departamentos, pois disse ser essencial para entender como funcionava uma empresa, e hoje, conduzindo a minha própria investida, realmente recordo com carinho tudo o que aprendi”, disse. “Meu principal tutor foi meu pai. Sem dúvida é uma pessoa que eu admiro muito. Além dele, pode até parecer piegas, mas Walt Disney é uma figura ímpar e um exemplo de empreendedor e ser humano. É uma figura que norteia não só os meus passos como sonhadora, mas de todos que acreditam que os seus desejos podem se tornar realidade quando se trabalha de forma árdua e honesta”, acrescentou Maria Camilla, que ainda faz questão de destacar a presença feminina no setor. “As mulheres do Turismo me inspiram: as irmãs Davidovich, por exemplo, comandam a New Age, uma das maiores operadoras do País; a Magda Nassar, nossa principal representante política da atualidade e uma das responsáveis pela condução da crise envolvendo o IRRF; a Claudia Menezes, da GoPesgasus, um exemplo de resiliência e conduta profissional; a Chiara Giglioti, que mudou completamente a mentalidade da Carrani Tours e transformou a empresa em uma verdadeira potência, com direito a selo de parceira oficial do Vaticano. Enfim, o empoderamento feminino, pra mim, não é apenas um discurso, é uma batalha diária”, completou a proprietária da Ideas4Brands. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “A importância do conhecimento, da experiência e da credibilidade dos profissionais de Turismo se-

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gue igual a outros tempos. O que mudou muito foi a velocidade e a forma como se obtêm informações. Antigamente, era importante e necessário saber manusear o Guia PANROTAS, por exemplo. Tinha até curso. Hoje tudo está on-line e acessível, sendo que o diferencial está no método de manuseio de toda essa informação.” SUSTENTABILIDADE — “A consciência sustentável cresceu de forma rápida e definitiva, com velhos hábitos cedendo lugar às novas e boas práticas. A cadeia toda tem se adaptado, mas a hotelaria tem sido pioneira em muitos aspectos, como hotéis verdes, energia solar, comida orgânica, reciclagem de amenities, entre outros. Os millennials e a geração Z cada vez mais valorizam estes aspectos, o que considero um grande indicador de como será a demanda no futuro. O que mais me chama atenção ultimamente são os trabalhos de inclusão e de reciclagem, pois os benefícios para a sociedade e para a natureza são incontáveis.” TECNOLOGIA — “As novas tecnologias são fundamentais para a melhora do nosso trabalho. Hoje, as mudanças são muito rápidas. Se você não conhecer o seu cliente, e fidelizá-lo, ele compra com outro. Ter um histórico de cada um é fundamental e existem ferramentas de CRM que ajudam nesta questão. Falamos muito em rapidez de entrega e se não estamos conectados e antenados, ficamos pra trás. Na minha visão, é fundamental investir em sistemas, automações e relatórios dinâmicos.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “A meu ver, neste momento aceitamos que as mudanças tecnológicas e comportamentais que transformaram o nosso dia a dia vieram para ficar. Perdemos muito tempo tentando reverter algo que não seria revertido.” UMA DICA PARA A VIDA — “Amplie seus horizontes, agarre as oportunidades que aparecem e aprofunde ao máximo seu conhecimento. Procure ser um especialista e lembre-se: conhecimento não ocupa espaço.”

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OCTAVIO CORANO

PRESIDENTE DA SUNCOASTUSA CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 37 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Viajar e ir a festivais de música Com apenas dez anos de idade, Octavio viu a SunCoastUSA, fundada pelos seus pais, Paulo e Angela Corano, nascer praticamente dentro da sua casa, mas foi aos 16 que passou a atuar dentro da companhia familiar. Em 1998, começou como assistente financeiro em um período no qual trabalhava ao longo do dia e fazia sua faculdade durante a noite. Hoje, no comando da empresa, tem como parte de suas missões a criação de uma nova cultura corporativa que visa atender melhor à demanda atual. “Tive envolvimento com todos os setores da empresa, contribuindo de diversas maneiras, como participando de feiras de Turismo, negociações, operações e planejamento. Hoje, sem meu pai (falecido recentemente), sigo em frente como novo presidente da empresa, focando em sua reestruturação, principalmente a partir da incorporação de mudanças tanto em termos de recursos humanos como de recursos tecnológicos”, comentou Octavio. “Meus pais me mostraram o caminho da perseverança, da dedicação, do valor do trabalho duro e das relações profissionais, sendo meus principais tutores no Turismo, mas também carrego a admiração por pessoas como o Patrick Yvars, do Visit Orlando, e Luiz Teixeira, agora na Gol. Considero ambos competentes, trabalhadores e parceiros. Já fora do meu núcleo, considero Walt Disney uma figura inspiradora, pois sonhou alto, acreditou nele e alcançou seus objetivos”, completou o presidente da SunCoastUSA. Casado com Sandrine Oliveira, com quem ainda não tem filhos, Octavio Corano também passou seu ponto de vista sobre temas importantes da atualidade. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “O mundo do Turismo está progressivamente migrando para o universo virtual, facilitando a entrada de inúmeras pequenas empresas e fazendo com que a competitividade no setor seja mais alta que nunca. Passageiros apostam o sucesso de suas férias ao confiar em empresas recém-abertas e opiniões de pessoas que não são profissionais, quase sempre on-line. No passado, os turistas eram mais cautelosos e levavam em consideração história, longevidade e condição da empresa. Pedidos ainda eram feitos por fax e não existia e-mail ou website. Utilizávamos tarifários grandes e pesados para comunicar produtos, serviços e preços, enquanto hoje em dia é tudo em tempo real pela internet. Telefonemas internacionais eram caros e significa-

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vam um custo alto no orçamento da empresa. Nos tempos atuais já temos as novidades que a internet proporciona, comunicação barata e o alcance das plataformas de mídias sociais. Porém, mesmo com tantas novidades, boas relações profissionais permanecem uma das mais efetivas maneiras de fechar negócios, pois incorporam a confiança de conhecer parceiros.” SUSTENTABILIDADE — “Aqui em Orlando, por exemplo, o Walt Disney World continua a investir em painéis solares com a meta de reduzir suas emissões em 50% até 2020. Em 2016, a Disney inaugurou uma fazenda solar de 22 acres em formato de Mickey Mouse, enquanto três anos mais tarde foi inaugurada outra fazenda solar, desta vez com 270 acres, quase duas vezes o tamanho do Magic Kingdom.” TECNOLOGIA — “A tecnologia se tornou indispensável para fornecedores de serviços de viagens e vem ganhando confiança com o consumidor brasileiro. O impacto positivo está presente desde a apresentação da empresa e seus produtos até a coleção de feedbacks após a prestação dos serviços. Tecnologia também tem um impacto positivo na entrega de material e documentos, na eficiência de comunicação e no alcance geográfico, quase ilimitado, que as empresas possuem. Atualmente, a SunCoastUSA Operadora está implementando novos sistemas internos e externos para alcançar nossas metas de eficiência e segurança, incessantemente visando futuras melhorias”. SEU SEGMENTO E O FUTURO — “A economia norte-americana em alta há quase uma década, combinada com a instabilidade política e econômica do Brasil, resulta em uma cotação de dólar volátil. Isso atrapalha o Turismo, que depende de estabilidade para que o passageiro se sinta confortável na hora de planejar uma viagem internacional. Uma vez que economias traçam ciclos de altas e baixas, um recuo da economia norte-americana, algo que deve acontecer naturalmente, se acompanhada de estabilidade no Brasil, gerará condições para o regresso de investidores ao País, levando o dólar a cair. Isso resultaria, certamente, em um crescimento no trade de Turismo internacional.” UMA DICA PARA A VIDA — “Procure se familiarizar com os sistemas de tecnologia do Turismo. Isso já dará ao indivíduo uma boa base para entrar no setor. Ao mesmo tempo, especialize-se em um destino e se torne um expert na área geográfica escolhida.”

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PATRICIA VAZQUEZ

DIRETORA OPERACIONAL DA LTN BRASIL CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 35 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Caseira, gosta de curtir os finais de semana com a família e viajar, principalmente para a praia Filha de um dos grandes vendedores do Turismo (Carlos Vazquez), Patrícia entrou para o setor aos 16 anos de idade, quando fez um estágio dividido em duas etapas na Kontak, adquirindo experiência em departamentos como Financeiro, Eventos, Operacional e Lazer. Entre os dois momentos, também chegou a passar pela Delta Air Lines. “Isso fez com que eu crescesse profissionalmente e pudesse falar com propriedade sobre as áreas, sabendo onde e o que temos que mudar, melhorar ou explorar. Com o tempo, a Kontak passou a ser LTN Brasil e ganhamos mais espaço no mercado, com grandes clientes e parceiros, mas nunca esquecendo nosso foco, que é a personalização do serviço”, disse Patrícia. Como não poderia ser diferente, Carlos Vazquez exerceu um papel fundamental para sua trajetória no Turismo. Além de admirado pelo profissionalismo, Carlinhos, como é popularmente conhecido pelo trade, também aparece como um modelo de superação para sua herdeira. “Quem conhece a história dele sabe que nem sempre foram só alegrias e vitórias. Ele passou por problemas, decepções e muitos desafios, mas sempre voltou, com novos planos e projetos, inovando e mostrando que não veio para esse mercado para brincadeira. Sempre com a energia alta, ele não para. Mesmo com a venda da empresa, continua investindo em outros modelos de negócios que, em breve, estarão no mercado e, quem sabe, se tornarão líderes no segmento em alguns anos”, contou. “O Tex (Luiz Teixeira, da Gol) também tem grande importância para mim, afinal, foi o responsável por abrir as portas no mercado de trabalho, oferecendo a oportunidade de trabalhar em uma multinacional. Com ele, aprendi a me doar aos clientes e fornecedores, sempre com respeito e simpatia, gerando amizades, relacionamentos sólidos e verdadeiros”, acrescentou Patrícia. Apaixonada por filmes baseados em histórias reais, a diretora da LTN Brasil tem nas telonas uma forma de inspiração para a vida. Para ela, a recente obra Intocáveis é uma das mais marcantes. “Essa história mostra que podemos encarar as dificuldades da vida como oportunidades de crescimento e realização pessoal. Passamos por momentos de grande dor e dificuldade, mas sempre é possível superar as adversidades, desde que você tenha a capacidade para se adaptar, se aprimorar e levantar mais forte do que nunca. O sucesso depende de seguir em frente, com foco no objetivo, independentemente dos obstáculos”, completou. Neste ano, inclusive, Patricia teve uma grande realização pessoal, sendo mãe pela primeira vez. Junto com seu marido, Wagner, está há nove meses se encantando com a pequena Valentina.

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O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “O que realmente acredito que está em foco são os clientes. A principal mudança vem da forma de consumir, dos hábitos e das ferramentas atuais que proporcionam fácil acesso às informações. O cliente está cada dia mais antenado e isso faz com que o agente de viagens esteja mais preparado, passando segurança, qualidade, competitividade e soluções que agreguem. Hoje em dia, os turistas não estão somente em busca de preço, mas sim do valor agregado junto à venda. Demandam atendimento personalizado.“ SUSTENTABILIDADE — “Acredito que nunca ouvimos tanto a palavra sustentabilidade, e digo isso em todos os setores. Reduzir o consumo de plástico e papel, além das emissões de gases poluentes, são algumas das principais ações realizadas em nossas casas, hotéis e companhias aéreas. A boa notícia é que parece que as transformações estão começando a acontecer, mesmo que lentamente. Temos muitos clientes, sejam corporativos ou pessoas físicas, engajados em relação à sustentabilidade, que não aceitam mais faturas impressas, por exemplo, somente on-line. Também há cada vez mais viajantes que buscam por hotéis sustentáveis. De uma maneira geral, os cidadãos estão mais conscientes. Porém, para termos êxito neste tema, precisamos da participação de todos os envolvidos. TECNOLOGIA — “O Brasil é uma das dez maiores economias de Turismo do mundo e o setor apresentou uma evolução substancial nos últimos anos, muito favorecido pelo uso de tecnologias e inovação. Na LTN Brasil, acreditamos tanto nesse “casamento” do Turismo com a tecnologia que temos um sistema com desenvolvimento regional próprio. O utilizamos como nosso sistema de reservas, assim como o disponibilizamos aos nossos clientes, assim conseguimos aumentar nossa eficiência, dando rapidez aos processos e melhorando o controle de custos. Ou seja, o resultado é uma maior lucratividade. SEU SEGMENTO E O FUTURO — “O Turismo é um dos setores que mais crescem no Brasil e percebo uma onda de otimismo na indústria. Porém, se queremos alcançar números cada vez mais positivos em relação aos visitantes internacionais, é preciso fortalecer nossa imagem no Exterior, construindo estratégias favoráveis para destacar nosso País como um destino turístico que seja desejado pelos viajantes. Vejo um futuro muito promissor, pois é possível observar que cada vez mais os brasileiros estão incorporando o Turismo à sua vida cotidiana. UMA DICA PARA A VIDA — “Tem que ter muito planejamento e resiliência, além de foco no resultado, uma boa equipe e, claro, amor pelo o que faz.”

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PETER WEBER JR.

DIRETOR DA EUROPLUS OPERADORA CIDADE DE NASCIMENTO: JAGUARIÚNA/SP IDADE: 31 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Churrasco com os amigos e assistir às séries de TV Filho do sócio-diretor da Skyteam Consolidadora, Peter Weber, Peter Weber Jr. acompanha as movimentações do Turismo desde pequeno, quando seu pai ainda gerenciava um GSA da Lufthansa em Porto Alegre. Mais tarde, quando já tinha 16 anos, iniciou oficialmente sua trajetória no setor como office boy na Skyteam, onde permaneceu por quatro anos, chegando ao atendimento internacional. “Praticamente nasci dentro de um GSA da Lufthansa, mas foi aos meus 21 anos que vimos uma oportunidade na operadora que tinha um perfil bem regional e trabalhava, basicamente, com pacotes de América Latina. Nessa época, focamos na distribuição de hotelaria on-line, um produto que estava iniciando no mercado, e esse trabalho deu muito certo. Nesses dez anos que estou à frente da Europlus, saímos de quatro pessoas em uma sala dentro da Skyteam para mais de 150 profissionais espalhados por seis escritórios no Brasil”, comentou Peter Weber Jr, que também destacou o papel do seu pai para sua carreira. “É totalmente clichê, mas não tenho como não expressar minha admiração pelo meu pai no Turismo. Estar em meio a megaestruturas de empresas como CVC, Flytour, entre outras, e brigar forte com elas é motivo de admiração”, contou o diretor da Europlus. “Também considero meu primeiro diretor, Marcelo Silveira, como um tutor na profissão. Iniciamos a empresa juntos, com apenas 22 anos de idade e nenhuma experiência em relação a rotinas e gestão de negócios. Já fora do meu ambiente, considero o fundador do grupo Virgin, Richard Branson, um exemplo de inspiração”, completou Peter. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “O que eu sempre vejo é que tem cada vez mais pessoas viajando e, ao mesmo tempo, cada vez menos os agentes de viagens são lembrados no momento (de comprar a viagem). Entendo que o agente de viagens perdeu um pouco a força nessa mudança de cultura como

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um todo. Hoje é tão fácil para o passageiro comprar uma passagem aérea quanto pedir o jantar ou uma carona via aplicativo. O desafio do nosso mercado é encontrar o seu valor dentro dessa nova dinâmica entre blogueiros e instagrammers que se colocam como especialistas em um assunto específico, enquanto o agente de viagens precisa saber de tudo um pouco e acaba perdendo a credibilidade.” SUSTENTABILIDADE — “Acho muito importante estarmos falando sobre isso. Via de regra, nossos pontos turísticos no Brasil são explorados sem um pensamento ligado à sustentabilidade, nem à biodiversidade, nem à comunidade em torno desses destinos. Como muitas coisas no Brasil, falta investimento e monitoramento adequado para se conseguir ter controle de más condutas.” TECNOLOGIA — “Para o futuro, é imprescindível todos estarem olhando para novas tecnologias. Já podemos pedir comida, táxi e traduzir conversas em outras línguas on-line, em tempo real. Fazer um telefonema e esperar e-mail de confirmação de reservas é um sinal que nem tudo evoluiu como no resto dos segmentos.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Estamos em um momento em que todas as empresas precisam se reinventar para acompanhar as mudanças que vêm acontecendo no estilo de vida das pessoas. Para o nosso segmento é ainda mais complicado, pois não existe um apelo muito grande na questão de investidores. A maioria das empresas que apresentam inovações tem por trás muito investimento na criação de aplicativos e sistemas. No Turismo B2B do Brasil existe pouco ou zero investidores interessados nesse modelo de negócio, então tudo parte de capital próprio e pouco conhecimento em tecnologia. A expectativa é que se fortaleçam as grandes marcas que conseguem atender mais de um nicho de negócios.” UMA DICA PARA A VIDA — “Estude programação.”

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RODRIGO VAZQUEZ

GERENTE DE TI DA ESFERATUR CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 33 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Jogar e assistir a jogos de futebol, além de ir para o sítio recarregar as energias junto dos seus seis rottweilers. A trajetória profissional de Rodrigo Vazquez começou cedo, logo aos 12 anos de idade, quando deu seus primeiros passos como office boy da Leiser, empresa que contava com seu pai, Carlos Vazquez, como diretor. Ainda de maneira familiar, seguiu para a LTN Brasil, onde executou o mesmo papel entre os 13 e 15 anos, antes de entrar de cabeça no mundo da tecnologia da informação, popularmente chamada de TI. “A área de TI sempre foi minha paixão, possibilitando o suporte aos colaboradores e também pensamentos sobre como melhorar e automatizar os fluxos internos das empresas. Aos 19 anos, iniciei meu primeiro projeto próprio em parceria com uma empresa de tecnologia”, contou Rodrigo, que seis anos depois acabou convidado por Carlos para desenvolver um portal adaptado ao segmento de consolidação. Hoje em dia, mais de dois mil localizadores são emitidos diariamente, sendo que 96% dos internacionais são on-line. Como era de se esperar, Carlos Vazquez não exerceu apenas o papel de pai na vida de Rodrigo, mas também de tutor profissional, servindo de exemplo em diversas frentes. “Profissionalmente, posso dizer que aprendi praticamente tudo que sei com ele, desde pequeno ele me ensinou o que é força de vontade, caráter, respeito e igualdade entre as pessoas. Vivenciei tudo o que ele conquistou e vi o quanto se dedicou e se esforçou durante décadas para ajudar a construir algumas empresas das quais fez parte. Não foi uma ou duas vezes que o vi recomeçar do zero e, por onde passou, sempre fez o bem. Quem trabalhou com ele sabe como é a pessoa: alguém que cobra muito, mas sempre está disposto e disponível para ajudar”, disse Rodrigo. “Outro ponto destacável é a facilidade que ele tem de separar questões profissionais e familiares. Podemos discutir por algo no trabalho, mas na hora do almoço ele vai chamar para almoçar como se nada tivesse acontecido. Isso é algo muito importante para uma empresa familiar. É preciso saber separar os processos e manter uma relação sadia em casa também”, acrescentou o gerente de TI, que ainda parafraseou o filme À Procura da Felicidade. “Nunca deixe que alguém lhe diga que não pode fazer algo. Se você tem um sonho, tem que protegê-lo. As pessoas que não podem fazer por si mesmas dirão que você não consegue. Se você quer alguma coisa, vá e lute por ela. Ponto final. Quando fazemos com amor e acreditamos no que fazemos, o resultado aparece. Nunca desista do seu sonho, pois os tropeços e tombos fazem parte do aprendizado”, finalizou. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Muita coisa mudou. Atualmente, graças à tecnologia, tudo está mais automati-

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zado. Presenciei processos que antes eram 100% manuais, que levavam muito tempo para serem processados, serem realizados on-line em segundos hoje em dia. Os clientes têm a internet nas mãos e, com isso, conseguem informações em questão de segundos. Ou seja, o setor sempre tem que estar avançando em termos de tecnologia, agilidade, conforto e bem-estar do cliente, além de oferecer condições melhores aos funcionários.” SUSTENTABILIDADE — “É a palavra do momento. Vejo muitos avanços e a mentalidade das pessoas já se modificou bastante ao longo dos últimos anos, tanto que existe uma demanda por este tipo de mercado. Nos sistemas das companhias aéreas, por exemplo, já disponibilizam informações relacionadas às emissões de gás carbônico, permitindo que agências globais solicitem relatórios sobre economia e preservação do meio ambiente. As pessoas estão mais acessíveis para dialogar sobre o Turismo sustentável, mas ainda há grandes desafios, indo desde a carência de conhecimento até, principalmente, a falta de costume no dia a dia. Assim que todos compreenderem que ser sustentável significa pensar coletivamente, em toda a cadeia produtiva do Turismo, considerando meio ambiente, sociedade e desenvolvimento dentro dos processos, acredito que teremos grandes avanços.“ TECNOLOGIA — “Vejo muitos players se destacando no seu segmento específico, ou seja, investindo no que têm de mais forte. A tecnologia está cada vez mais próxima dos nossos clientes, que podem ter tudo na palma das mãos. Por isso mesmo, o tempo disponível e a paciência deles parecem ser cada vez menores. Poder realizar tudo dentro de uma única plataforma, esse seria o mundo ideal para os nossos clientes. Que uma única ferramenta possa otimizar tudo o que ele busca, unindo facilidade, qualidade e preço.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Os brasileiros têm o costume de viajar, nem que seja apenas um final de semana, e programar uma viagem com a família faz parte das nossas vidas. Por isso, sempre vejo o Turismo com grande poder de exploração, mas também dependente da nossa economia. De uma maneira geral, viajar atrai cultura e conhecimento, além de gerar prazer.” UMA DICA PARA A VIDA — “Hoje em dia, todos possuem um portal de viagens, não sendo mais um diferencial. Já se especializar em um nicho específico do nosso segmento ainda é. Foco é uma boa ideia, pois há diversos públicos, como lua de mel, LGBT, surfe, yoga, corporativo, luxo e lazer, por exemplo. Por mais que você venda viagens em geral, se você se profissionalizar em um segmento dentro do Turismo, isso pode lhe trazer benefícios. É essencial possuir mais conhecimento para comercializar seus produtos e buscar melhores condições com os fornecedores da área.”

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THIAGO CUENCAS

DIRETOR GERAL DA VIAGENS & CIA TOUR OPERATOR CIDADE DE NASCIMENTO: SÃO PAULO/SP IDADE: 39 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Ler, pesquisar novos assuntos, praticar boxe e muay thai para manter a forma e oxigenar a mente, e manter uma coleção de cafeteiras variadas. Apesar de ter o mercado de luxo como foco nos negócios, na vida pessoal Thiago Cuencas se considera alguém simples, com hábitos comuns e sem grandes extravagâncias. É o oposto da ostentação tão em voga. Porém, o que não é nada comum é começar a tocar uma empresa de Turismo com apenas 15 anos de idade. E foi justamente isso que aconteceu com ele, em uma história que gosta de contar a quem pergunta. “Em 1995, meu pai me chamou logo cedo no dia do meu aniversário de 15 anos e disse que eu ganharia um presente diferente. Parece loucura, mas ele resolveu me dar uma empresa para que eu pudesse começar a trabalhar desde cedo, tendo a oportunidade aprender sobre o que, aos olhos dele, seria a profissão do futuro. Naquela época, ele achou que seria muito positivo termos um sócio que já conhecesse a área e que, sobretudo, pudesse me ensinar a trabalhar no ramo. Foi aí que fundamos a Viagens & Cia”, contou Thiago. “A partir daí, comecei a entender todos os processos, desde o controle do estoque de bilhetes, que era físico naquela época, até fazer reservas por telefone em companhias aéreas como Varig, Vasp, Transbrasil e Rio Sul. Aprendi a emitir bilhetes na mão e, ao final do dia, os dedos ficavam todos vermelhos por causa do carbono que havia nos cupons. Quando estava craque nas funções internas, comecei a me embrenhar no comercial até o momento em que me senti seguro e confiante para fazer as visitas sozinho, aos 17 anos, magrelo e cheio de espinhas no rosto”, revelou. Em seus primeiros anos, a empresa tinha como foco as viagens corporativas, e os resultados positivos eram cada vez maiores. Porém, os riscos também. A partir de um susto financeiro por conta de um cliente que não honrou o pagamento de uma gorda fatura destinada à Iata, a mentalidade de Thiago em relação ao Turismo mudou. “Em 12 meses, quitei todo o empréstimo que peguei para pagar a dívida e falei para o meu pai que não queria mais trabalhar na área. Era muito estresse para um jovem de 20 anos e eu estava realmente desacreditado no segmento corporativo. Foi neste momento que ele me questionou e sugeriu que eu vendesse pacotes de lazer, afinal, são pagos antecipadamente e as comissões são mais generosas. Senti que este foi meu verdadeiro day one no Turismo e, a partir deste grande desafio, nos tornamos top of mind em nível nacional

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de destinos exóticos e de alto valor agregado”, explicou o CEO da Viagens & Cia. “Meu pai, Wilson Cuencas, foi meu grande mentor no Turismo e até hoje participa comigo das grandes decisões da empresa. Em outras esferas, também admiro Geoffrey Kent pelos seus grandes feitos, criando tendências e produtos únicos na indústria, e sou fascinado pelo Steve Jobs, especialmente por sua busca implacável pela perfeição”, completou Thiago. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Acho que, no aspecto físico, mudou quase tudo. Os processos, a forma de vender, de entregar, e os conceitos de produtos mudaram totalmente. O que continua absolutamente igual é a força do social. Eu costumo dizer que o Turismo é uma “grande indústria pequena”, na qual o social fala mais alto do que o profissional em muitos aspectos. Infelizmente, não vejo com muito bons olhos isso, uma vez que ainda há mais espaço para negócios em circuitos “sociais” do que uma valorização de aspectos profissionais.” SUSTENTABILIDADE — “No segmento de viagens internacionais de alto padrão, costumeiramente nos deparamos com projetos sustentáveis nos quatro cantos do mundo. Inclusive, na Viagens & Cia fazemos questão de fomentar os produtos que possuem sólidos projetos sociais e sustentáveis.” TECNOLOGIA — “A tecnologia é uma enorme aliada. Desde que começamos nossas operações, em 1996, as mudanças tecnológicas nos ajudaram muito a ter o controle completo da nossa empresa praticamente na palma da mão. Hoje a tomada de decisões acontece de forma muito mais rápida e mais segura. Tenho a plena certeza que, a cada dia que passa, as inovações tecnológicas nos ajudarão a distribuir melhor e de maneira mais eficiente os nossos produtos e soluções aos agentes de viagens.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Life is short (a vida é curta), portanto as pessoas precisam viajar, realizar sonhos, passar aqueles poucos momentos de férias ao lado das pessoas amadas e que fazem bem a ela, por isso a nossa indústria é poderosa e tem a capacidade de se multiplicar. Haverá sempre um desafio claro chamado Brasil, mas sou muito otimista em relação ao futuro da indústria.” UMA DICA PARA A VIDA — “Tenho duas lições. Uma é: alinhe por cima, entre para fazer a diferença, inove e melhore sempre. Já a segunda seria repetir a primeira todos os dias em sua carreira.”

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THIAGO VASCONCELOS

DIRETOR EXECUTIVO DA PIER 1 CRUISE EXPERTS CIDADE DE NASCIMENTO: RIO DE JANEIRO/RJ IDADE: 36 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Ir à praia, esquiar na neve e assistir a corridas de Fórmula 1 Formado em Engenharia, Thiago Vasconcelos não demorou muito para trocar sua área de formação por uma mais próxima ao seu coração. Há 11 anos, entrou no Turismo para fazer o atendimento da Pier 1 Cruise Experts junto aos agentes de viagens, enviando cotações e fazendo reservas, entre outras atividades. Após dois anos na função, somou outros quatro na coordenação, se aprofundando em relação aos diferentes departamentos da empresa fundada pelo seu pai, Neriton Reis Vasconcelos, e ao negócio em si, o qual acabou assumindo em 2014, aos 31 anos de idade. “Meu pai foi meu principal tutor na profissão e o responsável pelas lições mais importantes que aprendi, como tomar decisões com calma e não agir por impulso”, contou Thiago, que ainda destacou o fundador do grupo Virgin, Richard Branson, e Ayrton Senna, como personagens admirados nos âmbitos profissional e pessoal, respectivamente. O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Após 11 anos, vejo muitas coisas que mudaram, mas também outras que permaneceram muito parecidas. Houve uma grande mudança nos canais de distribuição, assim como na forma de consumo dos clientes, e não vejo sinais no horizonte de que isso não vá continuar acontecendo. Entre o que continua igual, o que mais me incomoda é que ainda há uma baixa percepção de valor por parte de uma grande parcela do mercado consumidor em relação aos serviços prestados pelos agentes de viagens. Muitas vezes, o valor do nosso serviço só é percebido quando há uma emergência. Uma estratégia muito interessante adotada recentemente pelo setor no mercado norte-americano foi a atualização da nomenclatura utilizada para designar os profissionais do Turismo, de travel agent para travel advisor, em busca de um melhor alinhamento com os conceitos das novas gerações. Ao que parece, a mudança foi positiva.” SUSTENTABILIDADE — “No setor de cruzeiros, observo que cada vez mais as companhias estão investindo em navios menos poluentes, como os novos da Ponant, que terão propulsão híbrida por meio de geradores de gás natural liquefeito (LNG),

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ou os da Seadream, como o Innovation, que terá uma bateria de quatro megawatts-hora, permitindo uma navegação silenciosa e sem emissões de gases poluentes por até três horas. Outros bons exemplos são o Silver Origin, da Silversea, e o Crystal Endeavor, da Crystal Expedition Cruises, que desenvolveram soluções para proteger a natureza, como um sistema de posicionamento dinâmico que permite que o navio mantenha a posição correta sem a necessidade de uma âncora, preservando o fundo do mar. Mecanismos de purificação de água doce instalados em cada suíte das embarcações também reduzem o consumo de garrafas plásticas descartáveis.” TECNOLOGIA — “O uso de novas tecnologias já é e será cada vez mais um requisito essencial para o sucesso no Turismo, porém, é muito importante que haja um planejamento para a implementação de novas tecnologias que esteja alinhado com as metas da empresa. Os processos precisam ser bem definidos e a participação da equipe é fundamental para tal desenvolvimento, pois sem o engajamento dos usuários, dificilmente um projeto consegue prosperar.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “De uma maneira geral, o segmento de cruzeiros vai de vento em popa. A oferta de novos navios nos mais variados nichos – marítimo, iate, expedição e fluvial – continua em franca expansão, e continuará ao longo da próxima década, o que permitirá oferecer mais opções de produtos e destinos aos clientes. Além disso, desde a temporada 2017-2018, observamos que o mercado brasileiro vem apresentando um crescimento no número de cruzeiristas, demonstrando a boa aceitação do segmento no nosso mercado.” UMA DICA PARA A VIDA — “Com o aumento exponencial do volume de informações no mundo atual, eu acho que é muito importante descobrir o que você mais gosta de fazer para se especializar em algum nicho e crescer a partir dele. Para isso, é necessário ter muito foco, disciplina e resiliência, além de vontade e a cabeça aberta para sempre querer aprender mais e não desaminar diante das dificuldades que com certeza aparecerão pelo caminho.”

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ALEXANDRE LIMA

DIRETOR DA NEWIT CIDADE DE NASCIMENTO: BRASÍLIA/DF IDADE: 54 ANOS

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+ O QUE GOSTA DE FAZER? Surfar e viajar. Para Alexandre Lima, o Turismo é mais que um meio de vida, é uma questão genética. Filho de Anna Lucia Galperin, ele deu seus primeiros passos na área por meio de uma outra via, a publicitária. Em 1992, assumiu a missão de desenvolver apenas peças publicitárias para a empresa It Club, porém, acabou seduzido pelo setor. Começou realizando emissões quando as operações ainda eram manuais e, em uma década, chegou à gerência e à direção de Produtos. “Com a dissolução da empresa, abri a NewIt com mais três sócios, incluindo a minha mãe, que é minha principal inspiração dentro do Turismo. Hoje, cuido diretamente de grupos de jovens e do relacionamento com fornecedores. Como sócio, acabo me envolvendo em quase todos os processos da empresa, além de ser conselheiro da Abav e um dos diretores do Sindetur-RJ”, explicou Alexandre, popularmente chamado de Xande. “Minha mãe me ensinou quase tudo no Turismo. Foi minha faculdade no setor. Para mim, o principal foi aprender como organizar e gerenciar grandes operações, como as envolvendo grupos de jovens, por exemplo, que estão sob minha inteira responsabilidade atualmente”, completou. Casado com Roberta Lima e pai de Fabrizio, de dez anos, e Bianca, de apenas três, Alexandre, que foi um dos personagens da reportagem de 2007, no Jornal PANROTAS (confira na página 40), também passou seu ponto de vista sobre: O TURISMO E SUAS MUDANÇAS — “Venho de um tempo em que se traziam tarifários gigantes das feiras e esses seriam referência de preços durante todo o ano. As reservas e as disponibilidades eram solicitadas por telefone ou telex, depois inventaram “uma maravilha” chamada fax, ou seja, levava uma semana para fechar uma simples reserva de hotel e carro. Hoje em dia, uma reserva completa é fechada durante um atendimento telefônico. O passageiro não tinha acesso às informações, enquanto atualmente tem todo o acesso. São pequenos exemplos das gigantes mudanças dos últimos 25 anos. De maneira superficial, antes se dependia mais dos relacionamentos comerciais. Hoje, tudo é mais impessoal, mas profissional.” SUSTENTABILIDADE — “Entendo que ainda não é um ponto central no nosso negócio. Somos éticos

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e realizamos marketing responsável, mas esse tema atinge mais diretamente os fornecedores de serviços e operadores locais. Ainda não temos clientes que questionem esse tipo de informação prévia dos fornecedores de nossos produtos, mas caminhamos para isso. Vejo essa transformação com bons olhos e entendo que iremos, em um futuro breve, antecipar essa exigência, oferecendo serviços prestados por fornecedores que se enquadrem nas premissas de um desenvolvimento sustentável. Hoje, com tantas mudanças em nossa atividade e em meio às crises no Brasil, ainda é tratado como um tema secundário.” TECNOLOGIA — “Com certeza, o Turismo foi um dos setores da economia que mais sentiram o impacto da tecnologia. Todos foram, mais ou menos, afetados e tiveram que reavaliar suas áreas de atuação, adaptando-se. Ganhamos em eficiência e rapidez nos processos, mas perdemos, e muito, com canais primários de companhias aéreas, hotéis e locadoras de veículos, uma vez que passaram a fazer o caminho direto até o consumidor final. Este, por sua vez, passou a buscar mais autonomia e melhores preços para as suas viagens. Produtos diferenciados, como grupos de jovens, viagens em datas especiais que dependam de bloqueio aéreo e terrestre, além de programas customizados, passaram a ser as opções menos permeáveis e mais competitivas. Entendo que, em médio prazo, as novidades tendam a se acomodar. Já há números na indústria norte-americana que indicam o retorno de um grande percentual de passageiros que haviam migrado para as compras on-line para os agentes de viagens. A diferença no preço final já não é tão significativa, então eles estariam trocando a suposta autonomia por segurança, comodidade e assertividade no que desejam.” SEU SEGMENTO E O FUTURO — “Não é possível avaliar todos os aspectos dessa revolução que atingiu todos os setores da economia, em especial o nosso. A expectativa inicial é buscar produtos especializados, atendimento diferenciado e investimento em tecnologia.” UMA DICA PARA A VIDA — “Procure instituições de ensino que contem com profissionais atuantes no Turismo para ter uma orientação embasada e tente conseguir um estágio na área para poder ser mais assertivo em relação à escolha final sobre o caminho a ser seguido.”

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Memória

Danilo Alves

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POR ONDE ANDAM

A coluna “Memória” está um pouco diferente em relação às edições anteriores. Além de relembrar uma reportagem do passado, publicada em outubro de 2007, também estamos relacionando-a com a matéria “Uma nova geração para o Turismo”, que você pode conferir a partir da página 11. Na edição 779 do Jornal PANROTAS trouxemos 13 executivos do Turismo na capa e outros dez nas páginas internas, representando a geração que naquela época tinham entre 27 e 40 anos. Mostramos aos nossos leitores como eles se comportavam, no que pensavam e do que gostavam. Todos eles, entre herdeiros e executivos de carreira, compartilharam também seus desejos, a pressão de suceder nomes importantes, ambições e o que esperavam do Turismo e do País há quase 12 anos. “Serão os herdeiros, mas, principalmente, os executivos de sucesso e visão, filhos ou não dos pioneiros da indústria”, pro40 40 e 41.indd 40

fetizava o texto assinado por Artur Luiz Andrade, Maria Izabel Reigada, Vera Marcelino e Felipe Niemeyer. Veja por onde andam os executivos que foram os personagens principais da matéria “Quem vai comandar o Turismo nos próximos anos”: Agatha Abrahão (1) – A executiva segue na diretoria do Grupo Águia, que hoje é formado por dez empresas e conta com um quadro com mais de 300 funcionários. Andre Pousada (2) – Cerca de dois anos depois da publicação da matéria, Pousada trocou a hotelaria pelo segmento de cruzeiros. O executivo assumiu a vice-presidência executiva da Abremar, onde permaneceu por três anos. Atualmente, trabalha com Relações Governamentais na Royal Caribbean em Miami, depois de uma temporada no México. Daniela Pereira (3) – Uma das hoteleiras mais conhecidas de São Paulo, com quase 15 anos de experiência, Daniela está na gerência geral do Staybridge Suítes São Paulo, conduzin-

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do um time de 100 pessoas e com foco na entrega de resultados para os investidores da marca Danielle Roman (4) – Uma das herdeiras da lista de líderes, Danielle assumiu a presidência da empresa da família, a Interamerican. Foi uma das responsáveis pela reestruturação interna da representação e pela expansão da mesma no Chile, Colômbia e Equador, a partir da estrutura já existente na Argentina Fábiola Bemfeito (5) – A ex-PANROTAS que, em 2007, estava na São Paulo Turismo, foi coordenadora de Relações com a Mídia dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, e passou pelas áreas de comunicação do Ministério da Integração Nacional e da Apex Brasil. Atualmente, de volta a São Paulo, faz MBA em Marketing e Comunicação Digital na ESPM, e atua na agência Atto Comunicação. Gustavo Paulus (6) – Na época presidente da holding CVC, Gustavo passou uma temporada morando nos Estados Unidos e retornou em 2016 para assumir a presidência da GJP Hotels & Resorts, que hoje conta com dez hotéis em todo território nacional Juarez Cintra Neto (7) – Em 2007, era diretor comercial e de

Vendas de um dos maiores grupos do Turismo: Ancoradouro. Em 2016, em menos de dez anos, assumiu a presidência e sucedeu o pai Juarez Cintra, que ficou no cargo por quase 30 anos Luciano Guimarães (8) – O estilo objetivo e direto que puxou do pai, Goiaci Guimaraes, são duas das principais características de Luciano. Diretor de Marketing no passado, desde 1º de janeiro deste ano é o diretor geral da Rextur Advance, agora no Grupo CVC. Marianna Alcorta (9) – Então coordenadora de Produção na PANROTAS, Marianna Alcorta se dedica totalmente à criação do pequeno Gustavo, com três anos Plínio Nascimento (10) – Um dos líderes e uma das promessas da geração X, Plínio comandou a Nascimento Turismo entre 2001 e 2015, quando a empresa entrou em recuperação judicial e veio à falência dois anos depois. O executivo deixou o Turismo. Ricardo Amaral (11) – Um dos experts em cruzeiros, Amaral deixou a Sun&Sea, passou pela Royal Caribbean, onde foi vice-presidente da empresa para América Latina, e hoje comanda a R11 Travel – a distribuidora exclusiva dos cruzeiros Royal Caribbean International, Celebrity Cruises, Azamara e Pullmantur no Brasil, e agora também da Silversea Roberto Roman (12) – Beto, como é conhecido no trade, ocupa a vice-presidência da Travel Ace no Brasil, que em abril de 2020 completa 40 anos de atividade Roberto Vertemati (13) – Depois de 23 anos na CVC, Vertemati ocupou o posto de diretor comercial e de Marketing do Beto Carrero World por três anos. E, como “o bom filho à casa torna”, voltou a vestir a camisa amarela e azul da maior empresa de Turismo da América Latina. Vertemati voltou à CVC Corp na semana passada como diretor de Vendas do Canal Agência. Além dos executivos que ilustraram a capa, outros profissionais também foram entrevistados pela reportagem do Jornal PANROTAS, são eles: Ricardo Oliveira, Adrian Ursilli, Dado Nascimento, Renato Costa, Manoela Amaro, Marcelo Rodrigues, José Mario Caprioli, Alexandre Lima (de novo nesta edição), Leonardo Mignani e Hélio Soares. A maioria ainda ligada ao Turismo, como Ursilli, que comanda a MSC, Mignani, na RexturAdvance no Rio, e Caprioli, na Azul Linhas Aéreas. 2 a 8 de outubro de 2019 – PANROTAS

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PATROCINADO

MSC GRANDIOSA E MAIS TRÊS NAVIOS CONFIRMADOS PARA 2020/2021 A MSC Cruzeiros, maior empresa privada de cruzeiros do mundo e líder de mercado na Europa, América do Sul, África do Sul e Golfo, anunciou os navios que virão para o Brasil na temporada 2020/2021. Marcada para acontecer entre novembro de 2020 e abril de 2021, a temporada contará com a estreia do novíssimo MSC Grandiosa, além dos modernos e sofisticados MSC Fantasia, MSC Preziosa e MSC Sinfonia. Com um crescimento de 14% em relação à temporada 2019/2020, a MSC Cruzeiros terá uma oferta de 133.500 cabines, enquanto a oferta do MSC Yacht Club, produto premium da companhia, crescerá 35%, totalizando mais de quatro mil cabines. “Vamos continuar trazendo sempre as principais novidades, reforçando a nossa liderança de mercado no País e em toda a América do Sul; a companhia está em forte crescimento global, com um plano de investimento sem precedentes na indústria, que visa triplicar a sua capacidade até 2027. Temos o objetivo de fortalecer a presença em mercados estratégicos, e este movimento se reflete na nossa atuação cada vez mais forte no Brasil.” ressaltou Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros. 42 publi-msc.indd 42

As vendas para a temporada 2020/2021 na América do Sul já estão abertas. MSC GRANDIOSA Este, que será o maior e mais moderno navio a navegar pelo litoral brasileiro, terá embarques em Santos e Salvador e fará roteiros de sete noites rumo ao Nordeste. Com capacidade para 6,3 mil hóspedes, o MSC Grandiosa oferece uma infinidade de opções gastronômicas que variam entre culinária espanhola, no HOLA! Tapas Bar; um bistrô francês, o L’Atelier Bistrot; churrascaria em estilo americano, o Butcher’s Cut, e dois restaurantes no moderno estilo oriental-ocidental da gastronomia japonesa, o Kaito Teppanyaki e o Sushi Bar. Já a oferta de entretenimento inclui pista de boliche, cinema XD, parque aquático, cinco piscinas, hidromassagens, teatro com shows ao estilo Broadway, lojas, salão de beleza, discoteca, MSC Aurea SPA e academia. O MSC Grandiosa ainda apresentará dois novos shows do Cirque du Soleil at Sea, criados exclusivamente para os hóspedes da companhia. O MSC Yacht Club conta ainda com suítes luxuosas,

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serviço de mordomo 24 horas, restaurante, bares, área de piscina e lounges privativos. Para as crianças de até 11 anos, o navio possui espaços dedicados a cada faixa etária, criados em parceria com a Lego e a Chicco. Já os mais velhos podem participar de competições de dança, corrida de drone e caça ao tesouro por uma série de cenários diferentes, em todo o navio. MSC FANTASIA Este moderno transatlântico partirá de Santos rumo a Argentina e Uruguai, em um roteiro de sete noites com pernoite em Buenos Aires. O navio também possui o produto premium da companhia, o MSC Yacht Club, cinco piscinas, hidromassagens, tobogã, teatro com shows ao estilo Broadway, 18 bares e lounges, cinema 4D, simulador de Fórmula 1, salão de beleza, academia, MSC Aurea SPA e diversas lojas. O navio ainda conta com cinco restaurantes, incluindo uma churrascaria ao estilo americano, o Butcher’s Cut, e espaços dedicados para crianças e adolescentes em parceria com a Lego e a Chicco. MSC PREZIOSA Com embarques no Rio de Janeiro e Salvador, o MSC Preziosa fará roteiros de três, quatro, seis e oito noites, incluindo mini-cruzeiros e cruzeiros para o Nordeste, Argentina e Uruguai. A alta gastronomia a bordo promete agradar a todos os paladares. Os hóspedes poderão se deliciar com diferentes sabores nos restaurantes à la carte e buffet, além da autêntica churrascaria ao estilo americano, o Butcher’s Cut. Já aos hóspedes que buscam mais exclusividade e privacidade, este navio também possui MSC Yacht Club. Com capacidade para 4,3 mil viajantes, este moderno navio conta com cinco piscinas, tobogã com 120 metros, quadra poliesportiva, simulador de Fórmula 1, cinema 4D, teatro com shows ao estilo Broadway, discoteca e 17 ba-

res e lounges. Nesse transatlântico não poderia faltar ainda o MSC Aurea SPA com inúmeras opções de tratamentos corporais e faciais. As famílias que embarcarem com crianças de até 11 anos terão à disposição uma ampla área infantil equipada com brinquedos e produtos das marcas Lego e Chicco, além de uma equipe de monitores treinada para entreter os pequenos, de acordo com as faixas etárias. MSC SINFONIA O elegante MSC Sinfonia manterá seus embarques na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, além de também ter embarques em Santos. O navio navegará rumo a Argentina e Uruguai em cruzeiros de sete noites. Com capacidade para 2,6 mil hóspedes, o navio que passou pelo projeto Renaissance que o modernizou em 2015, incluindo mais cabines, tornou as áreas públicas mais espaçosas, dentre outros aprimoramentos, também oferece instalações desportivas que incluem minigolfe e quadra poliesportiva, teatro com espetáculos todas as noites, discoteca, quatro restaurantes, diversas lojas e 11 bares e lounges. Para uma experiência completa de relaxamento e bem-estar, os hóspedes encontram o MSC Aurea SPA com diversos tipos de massagens e tratamentos corporais e faciais, além de um salão de beleza da rede de cabeleireiros de renome internacional Jean Louis David. As crianças também têm seu espaço dedicado neste navio. Em parceria com a Lego e Chicco, o navio possui o Baby Club para crianças de até 3 anos, o Mini Club para crianças de 3 a 6 anos e o Junior Club para crianças de 7 a 11 anos. Os adolescentes também encontram espaços dedicados só para eles: o Young Club para os jovens de 12 a 14 anos e o Teen’s Club para os jovens de 15 a 17 anos. OPORTUNIDADES PARA O AGENTE Para os agentes de viagens, são 133.500 oportunidades de negócio, que atendem aos mais diversos perfis de viajantes. n

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Tecnologia Beatrice Teizen Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil

A ERA DA EXPERIÊNCIA Vivemos a era da experiência, isso é fato. Seja na vida pessoal, profissional, no dia a dia ou em viagens – a lazer e a trabalho –, a busca de vivenciar, o que quer que seja, da melhor forma possível, vem sendo a tônica de empresas e pessoas atualmente. E, diante disso, a tecnologia tem papel fundamental e pode ser de grande ajuda para atingir esse objetivo. A gestão da experiência e como os recursos tecnológicos contribuem a essas vivências foi o tema principal do SAP Now, realizado nos dias 11 e 12 de setembro, em São Paulo. Mais de 16 mil participantes prestigiaram o evento de mais de 550 sessões, além de ativações de marcas, cases de sucesso e palestras na plenária geral. Debates concluíram que o que faz a diferença para uma

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companhia, o que toca os consumidores, são as emoções, e a tecnologia entra nessa perspectiva de agregar às corporações. “Falamos não só da tecnologia, que tem papel fundamental nesse cenário de transformação digital e que não é somente a solução em si, mas como ela viabiliza também negócios e abre oportunidades infinitas de as empresas, de todos os setores, chegarem junto aos clientes e ao mercado em que atuam”, pontuou a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka. O evento, antigo SAP Forum, discutiu temas desde atenção à saúde mental dos colaboradores ao modelo disruptivo do Airbnb, desde gestão inteligente de gastos até inovação nas viagens a negócios, diversidade da equipe e importância da jornada.

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GESTÃO DE DESPESAS TRANSPARENTE Todas as empresas têm gastos – seja de materiais diretos e indiretos, serviços terceirizados ou de viagens. E a gestão inteligente e unificada dessas despesas, em um único processo e plataforma, traz automação e gera valor às companhias, permitindo que elas atuem com mais inteligência. “Uma dor muito forte nesta questão é o volume de transações que são feitas no dia a dia. Diante disso, o principal desafio é como manter o compliance, o controle e a visibilidade desse processo end to end para saber exatamente onde está sendo gasto e onde se pode economizar”, explicou o vice-presidente de Cloud Sales da SAP Ariba, Silvio Abade. E a realidade vivenciada pelo aspecto do departamento de compras de uma empresa não é muito diferente do que é visto na área de viagens. “As empresas precisam cada vez mais movimentar seus funcionários a seguirem as políticas de viagens da companhia e ter um compliance do que está sendo feito. E vivemos a era da experiência, por isso queremos ter a melhor possível naquele processo burocrático, maçante e repetitivo e que não agrega valor, que costuma ser o relatório de despesas”, levantou a diretora geral da SAP Concur, Valéria Soska. Por isso, na gestão de gastos com viagens corporativas, é preciso dar autonomia para o colaborador para que ele tenha um processo transparente. Sem deixar de lado a importância de uma ferramenta intuitiva, que não traga grande separação entre pessoa física e jurídica. A experiência no mundo corporativo precisa ser muito semelhante à vivida na vida pessoal. ALÉM DAS RESERVAS A gestão de uma viagem corporativa não envolve somente reserva de passagens aéreas, hotéis, relatório de despesas e cumprimento da política de viagens. Ela abrange também toda a questão imigratória e fiscal. Com tantos compromissos no destino, como o viajante pode estar 100% por dentro de quais documentos e vistos levar e qual o tempo máximo de permanência no destino em questão? “Para empresas e viajantes que têm um número de viagens relevante, esse controle é essencial, pois obrigações são criadas tanto para o colaborador, como pessoa,

quanto para a companhia. Uma série de países exigem e, muitas vezes, essa questão não é tratada da devida maneira. Quando o problema estoura mais para frente, o custo não será simples e a conta estará bem alta”, afirmou o business development manager da SAP Concur, Ricardo Bechara. No caso da EY, empresa global de consultoria, o projeto foi criar uma solução conjunta, integrando a ferramenta de travel da SAP Concur com a própria da empresa de gestão de riscos. Em uma única plataforma, o colaborador consegue gerenciar sua viagem e verificar todos os vistos e documentos necessários e exigidos para cada país pretendido ao reservar sua viagem. “Ao ter tudo integrado, você reúne dados fragmentados, os consolida dentro de uma ferramenta e eles passam a ajudar na tomada de decisão, em tempo real. O viajante corporativo que fica 20 ou 30 dias fora acaba ficando um pouco órfão de sua empresa, por isso ter clareza e transparência dessas informações é importante. Traz mais praticidade, facilidade e segurança”, explicou o gerente sênior de People Advisory Services da EY, Felipe Coelho. SÓ UM GESTOR EXEMPLAR NÃO BASTA Gerenciar uma viagem corporativa não deveria ser como planejar uma jornada à lua. Pode parecer uma comparação sem sentido, mas, o que poderia ser simples, ainda é, muitas vezes bastante complexo dentro das empresas – e por isso a analogia. “Nos assustamos como algumas companhias ainda lidam amadoramente com algo tão importante e de valor tão alto para uma corporação. Ainda existe a sensação de viajante que faz o trabalho fora de um sistema, que não está conectado, sendo que temos ferramentas disponíveis para isso”, afirma o gestor de Viagens e Eventos da Roche e presidente da Alagev, Rodrigo Cezar. A Vale, por exemplo, precisou fazer uma mudança total em sua área de Viagens. O grande desafio da mineradora na gestão dos deslocamentos estava no momento pós-viagem. Os viajantes sofriam guardando os recibos e fazendo todo o processo de despesas. Por isso, o primeiro passo foi focar na automação deste procedimento. “Esta era a dor dos nossos colaboradores, então trabalhamos nisso primeiro. Ao utilizar uma ferramenta de travel expense, reduzimos em 60% o tempo de cada

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funcionário no momento de fazer o relatório de gastos. Trouxemos não só a automação, mas, de verdade, alegria para os nossos 19 mil viajantes nesta etapa do processo”, contou a gerente global de Inovação em TI da Vale, Mirela Siani. O processo de implementação de uma ferramenta que automatize e auxilie na gestão de viagens pode levar um tempo, pois ela precisa ser feita com calma e ter cada item olhado com atenção. O pré-trabalho precisa ser muito bem feito para que não haja problemas no futuro e para que ela chegue no usuário de maneira fluida. “Hoje não basta apenas um excelente gestor, precisamos de recursos e ferramentas apropriados. O mundo mudou e temos de mostrar às empresas essas evoluções. A tecnologia está aí e não podemos ficar sem ela na gestão das viagens corporativas”, finalizou Cezar. MUDANÇA DE CULTURA Mobilidade corporativa não é somente pegar um táxi ou um avião. É estar onde você precisa estar, com a menor fricção possível. E isso vale para trabalhar em um coworking, com a melhor estrutura disponível para fazer ligações e teleconferências, oferecer oportunidades diferentes de transportes terrestres e alternativas de hospedagem. “O conceito de mobilidade corporativa está atrelado a uma mudança de cultura das empresas. Ela precisa mudar, as companhias precisam disponibilizar algo que não seja só um hotel tradicional, oferecer a possibilidade de se trabalhar de casa ou de um espaço

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Ricardo Bechara (SAP Concur), Paul Malicki (Flapper), Jordana Souza (Voll) e Renan Rego (Airbnb)

coletivo e disponibilizar ferramentas que te dão a possibilidade de múltiplas escolhas. Isso torna a jornada mais fácil e menos estressante para o colaborador ou viajante corporativo”, afirmou a diretora comercial da Voll, Jordana Souza. E essa questão também está totalmente relacionada ao conceito da experiência. Se o funcionário de uma empresa tiver de se deslocar, seja para um coworking, por táxi, transporte de aplicativo ou de avião para uma viagem com estada em hotel, ele exige ou, no mínimo, espera que a sua experiência no profissional seja a mais próxima possível de sua vida particular. “A tecnologia tem impactado drasticamente neste sentido, com quebras de paradigmas. Quem diria que um viajante a negócios poderia ir de jatinho para o Rio de Janeiro, por exemplo, a

um preço mais competitivo do que uma ponte aérea? Ou que ele poderia se hospedar em uma residência e viver a experiência local? E o gestor precisa colocar todas essas opções e oportunidades dentro da política de viagens da companhia, não há como fugir disso”, exemplificou Bechara. Isto é, os viajantes corporativos são impactados pelas suas vidas pessoais e, ainda, pelas novas gerações que, em breve, serão as lideranças dentro das organizações. “Eles tentam transferir o que têm de experiência no pessoal para colocar no ponto de vista corporativo. As próprias equipes vão demandar isso e as empresas têm de estar preparadas para essa tendência, pois estamos falando de retenção de talentos”, finalizou o gerente de Contas Chave para América Latina do Airbnb, Renan Rego.

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Valéria Soska e Tom Helou, da SAP Concur

SAP PARA VIAGENS A SAP atua no mercado mundial de aplicações de software empresarial, com recursos de machine learning, internet das coisas (IoT) e análise de dados, fornecendo uma visão de negócios avançada para as empresas. Com diversas soluções no portfólio, a companhia conta com a SAP Concur desde 2014 – com entrada no Brasil em 2017 – para o segmento de viagens corporativas. “A estratégia da SAP Concur é entender cada vez mais as necessidades específicas do País e ir adaptando o produto ao mercado brasileiro. Quando uma solução nova é lançada, é preciso criar também uma cultura nova. Do nosso lado, temos de fazer um trabalho de adequação de ferramenta e ter a atenção de sempre estar com os clientes, entendendo as particularidades, ouvindo o setor e colocando as melhores práticas lá de fora na atuação no Brasil”, diz a diretora geral da SAP Concur, Valéria Soska. E no quesito particularidades, Valéria acredita que as empresas brasileiras ainda colocam muitos controles e aprovações no processo de reserva de uma viagem corporativa e na apresentação de despesas dela. Em outros países, a autonomia do colaborador é muito maior, transformando a gestão do deslocamento em um procedimento mais tranquilo e frictionless. “Quando você incorpora melhores práticas,

independentemente de região geográfica, o processo é simplificado. Com uma ferramenta parametrizável, onde a verba máxima é inserida, por que colocar 15 níveis de aprovação? O sistema já tem essa inteligência e proporciona benefícios na experiência do usuário, assim como eficiência operacional à empresa”, afirma o vice-presidente sênior e diretor geral da SAP Concur, Tom Helou. DE NOVO... EXPERIÊNCIA Não há mais como viver sem experiência em viagens. Ninguém mais quer gastar horas e horas fazendo relatórios de despesas e todos estão em busca de conseguir realizar o máximo possível por meio de um dispositivo móvel. “Você estar em qualquer lugar e poder entrar no app, escolher a tarifa, emitir a passagem, fazer a reserva de hotel, é muito vantajoso. Além de poder, ao longo da viagem, tirar fotos dos recibos, enviar para a plataforma e ser reembolsado dois dias depois. É realmente um avanço nas nossas vidas”, pontua Valéria.

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SAP NOW

Aline Bueno e Luiz Mesquita, da HRS

Marcela Silva, da Roche, entre Julia Carvalho e Marcos Marques, da BCD Travel

Fabio Rossi e Ricardo Pauli, da Flytour

Ricardo Bechara, da SAP Concur, entre Aitor Marin e Guilherme Marra, da HRS

Fernando Estrazulas, da Meta, com Natan Correa e Cássio Takano, da Copa Airlines

Sandra Veloso, da Imaginadora, e Renê Amorim, da PANROTAS

Ricardo Bechara, da SAP Concur, entre Patricia Thomas e Viviânne Martins, da Academia de Viagens Corporativas

Alberto Souza e Leonardo Lacerda, da Embraer

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SAP NOW

Alexandre Aboarrage e Marcel Gibin, da Alatur JTB

Show do Jota Quest encerrou o SAP Now 2019

Ricardo Bechara, da SAP Concur, entre Giovana Jannuzzelli, da Alagev, e Carla Gerônimo, do Bristol-Myers

Valeria Oliveira, da BCD Travel, com Flavia Peres, Thiago Lima e Everton Silva, da Leroy Merlin

Rodrigo Cezar e Eduardo Murad, da Alagev

Venício Cardoso, da BCD Travel, Mara Cardoso, da Panasonic, Alessandro Silveira e Edmar Mendoza, da Copastur

Rodrigo Murad, da SAP

Zeca Camargo falou sobre suas experiências em viagens

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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

www.alagev.org | Edição 29 – 2 de outubro de 2019 Parte integrante da Revista PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

INDO ALÉM DA SUSTENTABILIDADE Por Beatrice Teizen

A busca por práticas sustentáveis, tanto na vida pessoal quanto na profissional, está cada vez mais presente e muitas pessoas e empresas passaram a se importar não somente com a preservação do meio ambiente, mas também em promover a economia e o uso inteligente de recursos, assim como a responsabilidade social. No setor de eventos, isso é uma realidade e vem sendo cada vez mais colocado em pauta – e em prática. “Temos de viver de forma a deixar para as próximas gerações um ambiente viável, buscar causar o menor impacto no meio ambiente e o maior impacto na sociedade. Quando pensamos em sustentabilidade em eventos, falamos em desenvolver soluções com a mesma qualidade e design que todos esperam, mas de forma sustentável. Não é apenas separar o lixo ou reutilizá-lo e, sim, criar algo que as pessoas esperam ver, de forma sofisticada, mas com uma técnica que impacte menos”, explica o diretor da Tes Cenografia, Marcelo Chanoft. De acordo com estimativas do Instituto Wuppertal para Clima, Meio Ambiente e Energia, 90% dos materiais convencionais usados para a construção de es-

tandes são despejados no meio ambiente como lixo comum, sem receber nenhum tratamento ou reuso. Diante disso, o que as empresas podem fazer? Quais ações tomar para que o descarte seja o menor possível e a consciência a maior possível? TRABALHE COM PARCEIROS ENGAJADOS Um dos primeiros passos é buscar fornecedores que pensem da mesma maneira, que apresentem formas de trabalhar sustentáveis e que comprovem isso tudo também com números. Trabalhar com parceiros que se preocupam com a causa ambiental, que evitem o desperdício de materiais e com causas sociais também. “Temos cuidados no dia a dia no escritório, por isso, fazer eventos sustentáveis é muito importante para nós, assim como trabalhar com fornecedores que consigam passar esse tipo de ação e encontrar empresas que atendam essa nossa necessidade como uma companhia multinacional”, conta a gerente de Marketing para América Latina da HRS, Laura Meneses. Laura Meneses, da HRS

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A Tes Cenografia garante ter soluções sustentáveis para a montagem de eventos, estandes e sinalização, como tintas à base d’água e 100% atóxicas em seu processo de impressão, parque de impressão sem vapores tóxicos ou contaminantes e resíduos não recicláveis, assim como tecidos na cenografia que são reutilizados e doados. O sistema de montagem, acrescenta a empresa, é de estruturas 100% reutilizáveis, evitando o descarte e desperdício de material durante a produção. Além disso, a companhia utiliza veículos menores, emitindo menos gás carbônico, e equipe reduzida, com menos mão-de-obra. “Não éramos uma empresa sustentável, nos tornamos do dia para a noite. Em 2014, resolvemos que não queríamos mais fazer do jeito tradicional, a geração de lixo nos incomodava. Procuramos uma forma diferente de fazer e percebemos Marcelo Chanoft, da Tes Cenografia que daria certo. O primeiro movimento em relação à responsabilidade social foi porque queríamos dar um destino para o nosso material, criar uma logística reversa e acabamos nos apaixonando”, relembra Chanoft. A parceria é com o Grupo Primavera, organização da sociedade civil criada em Campinas (SP), interior de São Paulo, que recebe crianças, adolescentes e jovens de seis a 18 anos no contraturno escolar. Eles participam de programas de educação complementar, cultural e profissional para tornarem-se mais preparados para a vida e o futuro. SUSTENTABILIDADE, UM TERMO AMPLO O conceito de sustentabilidade precisa ser estendido por toda a cadeia – não é apenas diminuir plásticos e papel de congressos, convenções e reuniões ou utilizar processos de produção e montagem ecologicamente corretos. E as empresas contratantes dos eventos estão cada vez mais preocupadas e interessadas em entrar no movimento. Companhias multinacionais, por exemplo, possuem metas ambientais que precisam atingir, então, precisam buscar diversas formas de contribuir. “Precisamos mostrar uma cultura para que as pessoas se baseiem e, assim, tenhamos um mundo melhor. Ser exemplo, com os preceitos sendo mostrados desde a sala de aula até a diretoria e presidência. E o melhor jeito de mostrar isso é nos eventos, que envolvem ampla divulgação. Queremos ampliar o conceito, contratando itens reciclados, evitando desperdícios e procurando parceiros com os mesmos princípios”, diz a supervisora de Even-

AJUDANDO QUEM PRECISA Fundado em 1981, o Grupo Primavera atendeu mais de 11 mil crianças e adolescentes e auxilia 520 jovens diariamente. Sejam de famílias estruturadas ou não, eles recebem apoio educacional, cultural e profissional. Para a entidade, contar com o apoio e a parceria de corporações é fundamental para o desenvolvimento dos projetos sociais. “Recebemos doação de materiais, como os tecidos usados nos eventos da Tes, e o ganho tem sido enorme. Com eles, fazemos cortinas, roupas de boneca, artesanato, trabalhos manuais e mais. Os tecidos viraram uma geração de renda para muitas famílias, assim como passaram a suprir necessidades familiares de toalha, lençol e fronha, por exemplo”, conta a gestora executiva do grupo, Ruth de Oliveira. E a parceria vai além dos tecidos. A entidade passou a ter mais visibilidade, recebendo ligações de empresas interessadas em seu trabalho, o coral formado pelos jovens virou um projeto e o grupo vem participando de uma série de eventos, levando seus artesanatos e disseminando informações sobre o Ruth de Oliveira, do Grupo Primavera que realizam.n tos da Maple Bear, escola de ensino canadense, Larissa Brás. As empresas não somente contribuem para um meio ambiente e uma sociedade mais sustentável, mas também passam a ter o valor agregado da valorização da marca e da imagem. Elas devem ter em mente também que ser sustentável não quer dizer ser mais caro. Muitas vezes contratar uma produtora de eventos com essa preocupação traz savings, já que deixam de gastar dinheiro desnecessário. O importante é proporcionar oportunidades para todos conhecerem e contribuírem com práticas sustentáveis – seja em eventos, como também no dia a dia. Larissa Brás, da Maple Bear

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LGBTravel Marcos Martins

NOVO MEMBRO

Renata Esteves, da RexturAdvance

A RexturAdvance, do grupo CVC Corp, agora faz parte da IGLTA, associação internacional de Turismo LGBTQ. A empresa afirma que a novidade faz parte do seu compromisso contínuo de apoio à diversidade e ao desenvolvimento do Turismo. “Nos associamos no último mês e, desde então, passamos a participar dos encontros promovidos com as agências de viagens participantes da associação B2B, em busca das melhores negociações na formatação dos produtos” comenta a head de Marketing da consolidadora, Renata Esteves. A IGLTA reúne afiliados em mais de 80 países, sendo 62 membros ativos no Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, que soma mais de 400 membros. “É uma grande honra recebermos a RexturAdvance. Trabalhamos com várias empresas aéreas, operadoras e agências, que oferecem viagens aos turistas LGBTQ+. Assim ficamos mais fortes nas ofertas e na distribuição de negócios em nossa rede”, comenta o coordenador da associação para o Brasil, Clovis Casemiro. n

ÂNIMO NA CHUVA

• O Elevador Lacerda, de Salvador, ganhou as cores do arco-íris em homenagem à Parada LGBT da Bahia • O youtuber Felipe Neto receberá uma medalha na Câmara dos Deputados pela sua ação contra censura na Bienal do RJ n

Tomaz Silva/Agência Brasil

A Parada do Orgulho LGBTI de Copacabana, realizada em 22 de setembro no Rio de Janeiro, comemorou os 40 anos do movimento no Brasil e os 50 anos da Revolta de Stonewall, segundo a Agência Brasil. A lista de homenageados incluiu nomes como o de João W. Nery, primeiro homem trans a passar por cirurgias de redesignação sexual no País, e Rosely Roth, que liderou o movimento de lésbicas que frequentavam o Ferros Bar, em São Paulo. O evento contou com representações consulares de 15 países como Canadá, França, Noruega, Alemanha e Bélgica, que participaram pela primeira vez em uma ala chamada “Solidariedade Internacional”. O cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Jean Paul Guihuamé, afirmou que a ação incluiu “países que têm a diversidade como valor”. n

• Billy Porter tornou-se o primeiro gay a vencer o prêmio Emmy de melhor ator em série dramática

O tempo ruim não desanimou os participantes da Parada do RJ

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A EXPLOSÃO DE CORES DAS TULIPAS DA PATAGÔNIA Trevelin, pequena cidade da Patagônia argentina, oferece paisagens de tirar o fôlego com seus campos de tulipas coloridas. Que campos de tulipas fazem parte do cenário holandês, a gente já sabe. Mas eles também estão presentes na província de Chubut e com uma característica adicional: a imponente Cordilheira dos Andes como plano de fundo. Conhecida como “cidade dos moinhos”, Trevelin conta com a Plantas del Sur, empresa criada em 1996 e consagrada como uma atração turística com mais de 27 espécies de tulipas. “O solo da Patagônia, o inverno frio e a primavera amena do lugar, geram um cenário favorável para o desenvolvimento dessas flores. Em setembro, as tulipas nascem

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e crescem até florescerem em outubro, quando explodem em cores e geram uma experiência turística incomparável”, explicou o coordenador da Plantas del Sur. É impossível não se encantar com a paisagem. As tulipas coloridas se estendem entre os afluentes do rio Futaleufú, que atravessa a Cordilheira dos Andes até a região de Los Lagos, no Chile. Nos dias 16, 23 e 28 de outubro, a região promoverá visitas noturnas sob o céu estrelado da Patagônia e até o dia 3 de novembro, o espaço receberá visitantes interessados em aprender sobre o cultivo de tulipas e criar experiências inesquecíveis. Para mais informações acesse www.esquel.tur.ar n

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AMRESORTS Rodrigo Vieira

O nome “AMResorts” é mais conhecido pelo trade do que pelo público final. Os viajantes, lá na ponta, reconhecem mais as marcas de seus resorts (Zoëtry, Secrets, Breathless, Dreams, Now, Reflect e Sunscape) do que o da administradora. Mas nem por isso a empresa deixa de ter uma rede social focada em Brasil, como o Facebook e o Instagram, atualizados quase que diariamente.

Conteúdo também para stories. A AMResorts conta com uma festa especialmente feita para brasileiros, aliás, adultos brasileiros. Nos stories do Insta, a programação da edição 2019, que acontecerá no Breathless Riviera Cancun, de 13 a 16 de novembro.

As propriedades AMResorts ficam em sua maioria no Caribe ou em destinos similares, sempre com palco em “localizações paradisíacas que proporcionam experiências extraordinárias”, como diz a rede. Desta forma, não fica difícil fazer um feed atraente no Instagram.

A rede segue a cartilha de que Facebook pode (ou deve?) ser informativo que o Instagram. Na postagem de 24 de setembro, a AMResorts reforçou a inauguração de cinco resorts ainda neste ano, quatro no México e um em Curaçao.

facebook.com/ AMResortsBrasil/ 2,2 mil curtidas Instagram: @amresorts.brasil + de 4 mil seguidores 42 58.indd 42

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