PANROTAS 1.409

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Edição nº 1.409 - Ano 28 | 12 a 18 de fevereiro de 2020 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br

m e t u l e u Eles q Disputa entre as consolidadoras Esferatur e BRT por profissionais e espaço na capital paulista mostr a que ainda há oportunidades pa ra todos: dos gigantes da CVC Co rp aos postulantes ao Clube do Bilhão

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE

nº 1.409 | 12 a 18 de fevereiro de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Marcel Buono, Victor Fernandes e Isabella Tagliapietra (estagiária) Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

SEÇÕES Página 06

Editorial: E se seu funcionário for para o concorrente?

Página 08

Check-in: South African Airways deixa o Brasil

Página 12

Infográfico: Aviação brasileira em 2019

Página 30

LGBTravel: Brasil no manual da IGLTA e Argentina exemplar

Página 34

Memória: Rui, Carlinhos, Goiaci, Sanovicz e Elói em 2012

Página 38

Follow: Villa Blue Tree nas redes sociais

REPORTAGENS Página 14

BRT e Esferatur – Uma disputa por talentos em São Paulo

Página 20

Malai Manso – Tudo incluído no coração do Mato Grosso

Página 26

Avianca 100 anos – Aérea garante que crise ficou no passado

Página 32 Quer ler a revista PANROTAS pelo celular? Manda um WhatsApp pra gente (11 95609-1507) ou use o QR Code ao lado. Media Partner

O futuro dos aeroportos – Como estão posicionados os terminais do Brasil

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

CARLOS AMAVA DORA QUE AMAVA LIA...

C

omo na canção de Chico Buarque vamos trocando de amores (ou colecionando) ao longo de nossas vidas. Se o primeiro foi o amor impossível e o segundo o inesquecível, o terceiro era o que teríamos para sempre e hoje, no 50º, sabemos que cada momento conta, que cada fase, história e relação tem seu ciclo. Mas dói quando trocamos de amor ou somos trocados por ele, não? Dói mais ou menos, dependendo do contexto (e do amor); às vezes é mais alívio que dor; em outras ocasiões é mais a desilusão de que... nada é para sempre. Com as relações profissionais é parecido e completamente diferente. Há um contrato mais rígido (se bem que nos amores de “antigamente” o contrato também era pesado – e pouco respeitado). Há regras. Hierarquia. Cenários externos. Situações internas. E as propostas tentadoras de futuros amantes que não querem saber do amor que tínhamos na relação de outrora. No Turismo, já tivemos vice-presidente da Gol assumindo a presidência da Tam. Já presenciamos diretor da American Airlines ir para a Varig e retornar poucos anos depois. Vemos especialistas trocarem de operadoras a cada ciclo (seu ou da operadora) e outros que, fieis e sabedores do que querem (ou por talvez não acharem tão belo o canto das sereias), permanecerem em relações duradouras e monogâmicas. Algo quase impossível nas relações amorosas atuais (polêmica? Editor desiludido?), mas, novamente,

é algo diferente... Não dá para comparar e nem agir igual. Ou dá? Se eu roubo seu funcionário você fica (a) bravo, (b) intrigado, (c) pensativo, (d) magoado, (e) estimulado, (f) outras opções? Roubar, aliás, é a palavra certa? E se o funcionário procura a concorrência? E se a fidelidade não é à empresa, mas a uma filosofia de trabalho que está materializada em uma equipe, em um líder? Muito complexo. Muito difícil para quem não gerencia pessoas, não investe em conhecer seus colaboradores, só vê números e obrigações. A decisão, ao final do ciclo, caberá mais a um que a outro, talvez, mas todos são responsáveis, todos precisam ter o todo em perspectiva e os detalhes (da importância do colaborador, por exemplo) à mão. Trocar de camisa é comum no futebol, mesmo com a paixão por um time moldando toda uma carreira. Aceitar uma oferta da concorrência idem. Demitir e contratar errado é pior que a mágoa por uma paixão perdida. Pode causar consequências duradouras e em efeito cascata. O mesmo vale para o encontro de culturas quando duas empresas se fundem ou se integram. É preciso conhecer cada um dos envolvidos para ver quem vai se adaptar...ou não. Como você anda de amores? Algum amante tentador à vista? Mas ele promete casamento ou apenas aventura? Ah, os dilemas do coração.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in +Lidas da semana Portal PANROTAS 1

SAA fecha base no Brasil; voos param dia 29 de fevereiro

2 OMS decreta emergência global; mas não restringe viagens

Gente

Semana movimentada A semana passada foi movimentada em termos de chegadas e saídas de empresas do Turismo, principalmente em hotelaria e parques temáticos. Confira:

3 Atualize-se com o que há de

melhor em tecnologia para o Turismo

4 American reduz franquia de bagagens em voos para o Brasil

5 Gol e American Airlines assinam codeshare

6 Latam fica atrás de Gol e Azul nos números da Abracorp de 2019

7 Latam deixa Oneworld em 1º de

Rogério Siqueira

maio e termina acordo com AA

BETO CARRERO WORLD Desde o dia 1o de fevereiro Rogério Siqueira não é mais o CEO do parque Beto Carrero World, onde atuou por cinco anos e seis meses. Para se despedir da posição Siqueira deixou uma mensagem para o trade em que afirma: “Foi gratificante e sinto muito orgulho em ter tido esta missão sob minha responsabilidade e em contribuir para a consolidação do Beto Carrero World como um dos principais destinos turísticos do Estado de Santa Catarina e do Brasil.”

8 Ana Luiza Masagão deixa a

diretoria do Palácio Tangará

9 Latam inicia operação do A350 na rota São Paulo-Lisboa

10 Ex-Sakura começa hoje,

oficialmente, na Esferatur

Fonte: Portal PANROTAS

Ana Luiza Masagão

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PALÁCIO TANGARÁ Após assumir a direção do Palácio do Tangará em agosto de 2019, Ana Luiza Masagão deixou o hotel de luxo paulistano. A saída aconteceu de forma amigável e a executiva afirma ter novos projetos em vista na hotelaria, área em que atua há mais de 20 anos. Aberta a novas propostas, Ana Luiza afirma que não atuará necessariamente para apenas uma empresa. "Estou buscando projetos que possam contribuir para melhorar a indústria. Quero trabalhar de maneira mais ampla, como por exemplo em um projeto que envolva capacitação e consultoria focadas na jornada do cliente, que isso seja para gerar engajamento e relacionamento de longo prazo, mas também nada impede que eu possa dialogar com empresas".

Rodrigo Napoli

Juliana Pisani

FASANO HOTELS Rodrigo Napoli foi contratado pela Fasano Hotels para assumir a direção de Vendas da rede. À frente de uma das referências da hotelaria de luxo no Brasil, Napoli não esconde o sentimento de satisfação com o novo desafio. "O trabalho de toda rede é inquestionável em termos de marca, de qualidade, de excelência. Assumo essa nova jornada em uma rede que tem em seu radar novas aberturas. Ainda neste ano teremos uma propriedade em Trancoso (BA), e já estamos trabalhando em mais duas aberturas em São Paulo – Cidade Jardim e Itaim Bibi", afirma o novo reforço da rede de luxo.

UNIVERSAL PARKS & RESORTS Ex-CMO do KFC, Juliana Pisani é a mais nova contratada da Universal Parks & Resorts. Juliana chega à empresa para ser diretora de Marketing para a América Latina e trabalhará junto ao time do vice-presidente de Vendas & Marketing para a Região, Marcos Barros.

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PANROTAS

Para aprender e vender mais Dois vídeos, dois destinos diferentes. A semelhança entre eles: o mar, a boa gastronomia e as inúmeras opções de diversão para família, casais ou, até mesmo, para quem curte viajar sozinho – por que não? E para ajudar você vender mais e melhor, com informações detalhadas e precisas, a PANROTAS lançou conteúdos exclusivos sobre a Califórnia e a Catalunha, uma das principais regiões da Espanha. O diretor de Turismo da Catalunha para América do Sul, Joan Romero, dá dicas de onde e o que saborear na região. E a trade manager do Visit California, Juliana Baraldi, falou sobre as atrações da Califórnia, um lugar onde é possível, por exemplo, curtir uma praia e, pouco tempo depois, estar numa estação de esqui.

Califórnia

Praia e neve no mesmo dia: acha muito estranha, ou talvez impossível, a ideia? Pois saiba que isso é possível na Califórnia. O destino americano, localizado no oeste dos Estados Unidos e banhado pelo Oceano Pacífico, oferece praias paradisíacas para quem curte um sol, e estações de esqui para os turistas mais aventureiros. Mas a Califórnia está longe de ser apenas isso. O destino foi o tema do Trocando Ideia, live que aconteceu no último dia 6 no Facebook da PANROTAS. A trade manager do Visit California, Juliana Baraldi, contou que o Estado também oferece boa gastronomia, diversas opções de enoturismo, parques temáticos, como a Disneyland, museus, entre outros. Em Los Angeles, por exemplo, os estúdios de cinema aguçam a curiosidade de quem é fã da sétima arte. "O Brasil é um grande investidor na Califórnia. Em 2018, o Estado recebeu 12% a mais de brasileiros em comparação ao ano anterior", afirmou. Baraldi revelou ainda que, para contribuir com o trabalho dos agentes de viagens, está sendo produzido um e-book que ajudará o profissional na hora da venda. O material será disponibilizado gratuitamente no site star.visitcalifornia.com. E você também pode assistir ao programa quantas vezes quiser no facebook.com/portalpanrotas.

Catalunha “Turista quer sempre curtir o destino e isso também significa comer bem”. A afirmação do diretor de Turismo da Catalunha para América do Sul, Joan Romero, resume bem o último episódio do webinar sobre a Catalunha. Além de ser uma região riquíssima culturalmente e com belas paisagens, a região – composta pelas províncias de Lérida, Tarragona, Girona e Barcelona – oferece um cardápio extenso de boa gastronomia, bons restaurantes e de vinhos. A Catalunha, por exemplo, é uma das principais referências quando o assunto é azeite. “A Catalunha exporta muitas azeitonas para que outros países possam ter o sabor desse azeite”, afirma. E já que o assunto é azeite, fica difícil não lembrar da combinação com o pão – e se ainda tiver um tomate, melhor ainda: está formado o pa amb tomàquet, o pão com tomate, uma das principais iguarias da Catalunha. Em relação aos vinhos, a região produz alguns dos principais rótulos da bebida do mundo, como Priorat, Família Torres, Cavas Freixenet, Cavas Cordorniu, entre outros. Agora, se você estiver procurando por restaurantes, saiba que é na Catalunha que estão alguns dos mais premiados do mundo, como o El Celler de Can Roca e o Cambos. Gastronomia foi o tema do terceiro episódio da série, mas você pode assistir aos dois primeiros, cujos temas foram Família e Mice, no catalunha.com.br. Os próximos vídeos serão sobre Cultura, Compras e Esporte.

Joan Romero, diretor de Turismo da Catalunha para América do Sul

Rodrigo Vieira, coordenador de Redação da PANROTAS, e Juliana Baraldi, trade manager da Visit California

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Aviação

Após 50 anos, SAA deixa o Brasil

Thiago Cuencas, diretor da Viagens & Cia

Após 50 anos de operação ininterrupta, a South African Airways (SAA) comunicou que deixará de voar para o Brasil. A medida vale a partir de 29 de fevereiro, quando o voo entre São Paulo e Johanesburgo deixa de ser operado. A decisão, no entanto, vai além dos limites dos mercados brasileiro e sul-americano. Rotas para Munique, Hong Kong e Guangzhou (que ainda seria lançada) também foram interrompidas assim como quase todos os voos domésticos da companhia. As exceções são algumas frequências para Cape Town que seguem sua rotina. A low cost Mango continuará com sua malha doméstica. Decisão tomada, a empresa passa agora a cuidar das consequências da decisão e, como medida contigencial criou canais de atendimento para reacomodação dos passageiros que têm bilhetes comprados de março em diante. No Brasil, a notícia, apesar de imaginável, por conta das conhecidas dificuldades financeiras que a companhia vive, surpreendeu e gerou repercussão. Diretora do Turismo da África do Sul no Brasil, Tati Isler, foi uma das profissionais que vieram a público para falar sobre o assunto. A diretora lamentou a decisão, classificando como uma perda pessoal. "Estou muito triste, pois é uma empresa pela qual tenho um carinho enorme. Trabalho lado a lado com eles desde que comecei. À época eram dois voos por semana, que já chegaram a ser dois por dia. Vi a SAA crescer no Brasil", revela. Tati, contudo, já consegue enxergar um ponto que pode ser positivo na si-

Tati Isler, diretora do Turismo da África do Sul no Brasil

tuação, com a maior evidência que outras companhias que fazem a rota vão ganhar. Alguns exemplos citados por ela são Taag, Cabo Verde e Emirates, além, da Latam Airlines, que já tem planos para aumentar de cinco para sete os voos semanais para Johanesburgo saindo de São Paulo. Quem também já pensa novas alternativas é o diretor da operadora paulista Viagens & Cia, Thiago Cuencas. "Hoje há muitas opções para chegar à África. Como com Latam, Taag e Ethiopian Airlines. E, certamente, vamos buscar novas condições com a

Latam e demais companhias africanas", aponta. O presidente da Braztoa e sócio da Raidho Viagens, Roberto Nedelciu, reagiu com inquietação. "Acho bastante preocupante, pois temos um fluxo muito grande de viajantes para lá", comenta. O executivo disse que a medida de momento é mensurar o impacto da novidade e pensar nas providências que podem ser tomadas. Quem também foi surpreendida com a decisão da SAA foi a diretora de Marketing da Queensberry, Eby Piaskowy. Com a África do Sul entre os destinos mais vendidos, Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa e sócio da Raidho Viagens

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+Lidas Pancorp 1 Atualize-se com o que há de

melhor em tecnologia para o Turismo

2 Latam fica atrás de Gol e Azul nos números da Abracorp de 2019

Altamiro Medici, country manager da SAA para o Brasil

3 Ana Luiza Masagão deixa a

diretoria do Palácio Tangará

4 Accor lidera todas as frentes entre hotéis corporativos no Brasil

5 Air France, KLM, Delta e Virgin anunciam joint venture

6 Copa e United se destacam e Latam lidera no inter da Abracorp

7 Azul anuncia voos diários

para Aracaju, Natal e João Pessoa

8 Vendas das associadas

Abracorp cresceram 9,5% em 2019

9 Mais seis países têm

restrições de viagens aos EUA

10 CWT cria equipe

especializada para gestão global de eventos

Eby Piaskowy diretora de Marketing da Queensberry

Eby revela que nem cogitava a possiblidade neste momento e aproveita para fazer uma espécie de pedido: "Torço e faço votos para que a Latam veja isso como uma oportunidade, para que possamos seguir com essa alternativa, sobretudo pelo voo direto", comenta. Na New Age, as passagens já compradas para os próximos meses não serão um grande problema, segundo informa o gerente do de-

Fonte: PANCORP

partamento Aéreo, Francisco Camilo. De acordo com ele, a operadora foi comedida com as requisições de viagens para a África do Sul, já considerando uma possível crise dentro da SAA. "Temos em torno de seis vendas (20 passageiros) que embarcarão para África depois de fevereiro", informa. Outra empresa com forte parceria da SAA, a Teresa Perez lamenta a saída da companhia no País. "Foi com muito pesar que recebemos a notícia da saída da SAA do Brasil. Em relação

aos nossos clientes já conseguimos reacomodar todos os que estavam com viagens marcadas para após a finalização dos serviços", declara o diretor de Marketing, Sergio Tamada. "Esperamos que consigam se reestruturar e voltem a operar no Brasil num futuro próximo", arremata.n Sergio Tamada, diretor de Marketing da Teresa Perez

Francisco Camilo, gerente do departamento Aéreo

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Infográfico

MAIS DE

104 MILHÕES

DE PASSAGEIROS EM 2019 Aéreas brasileiras apresentaram crescimento no ano passado. Dados têm como base o relatório Demanda e oferta do Transporte Aéreo, da Anac

NÚMERO DE 2019, que vale para voos nacionais e internacionais, é 1,35% maior que o visto no ano anterior, quando 103 milhões de passageiros foram transportados por aéreas nacionais

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ALTOS E BAIXOS A demanda por voos domésticos

cresceu 0,8%

A oferta de assentos

diminuiu 1% Taxa média de ocupação da aeronave

82,7%

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PARTICIPAÇÃO POR EMPRESA EM VOOS DOMÉSTICOS

Gol:

38,6%

Latam: Azul:

37,7%

23,3%

PARTICIPAÇÃO* POR EMPRESA EM VOOS INTERNACIONAIS

Latam: Azul: Gol:

65,5%

22,5%

12%

* Somente voos das aéreas nacionais

AZUL COM MAIOR CRESCIMENTO

ESTABILIDADE Em 2019,

9,1 milhões

Em relação a 2018, a

usaram companhias

Azul foi a aérea com

nacionais para ir ao

maior crescimento

Exterior;

24,2% no nacional e 47,9% no internacional

2,6% a menos que o verificado em 2018

Fonte: Anac

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Consolidadoras Artur Luiz Andrade

Eles que l utem

Beto Santos, da Esferatur, e Marco Aurelio Di Ruzze, da BRT

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a quis vir para São e di- veira), e nunc qu ata um e rec pa o, bar share de ninDe um lad tro, Paulo para rou ou De te. ren or nc co menos sem ter a reto a uma scer guém, muito cre ra pa de ida tun jeto e do momento uma opor Esta- certeza do pro ís. Pa do do rca me 18 vimos a oporno maior nas da BRT. Em 20 as nç da mu s da do lgueral e agora mos falan r, tunidade com o Fo atu fer Es da s sta uli rios que queriam equipes pa da com os funcioná ras do da oli ns co as r. E vale dizer que uma das du eito sair da Esferatu dir m co T, BR da e , olidadoras estão CVC Corp sio- todas as cons fis pro is se de cia ên a. à transfer em Curitiba”, continu a segunda. e, que cozz Ru Di nais da primeira para io rél Au C Marco CV a ra pa te en lm cia Vendida ofi T ao lado de Palme19, a manda a BR 20 de ril ab de 1º de se Beto SanCorp em s- rini, diz que enten de o o nd fre so ha vin já Esferatur (e antigo Esferatur ssos tos, diretor da ce pro es ss de al tur ar chateado, pois gaste na ún- proprietário) fic an o tre en do río pe durante o cionários reconheci(13 de são seis fun cio gó ne do o çã en do, com bom recio da int nto dos pelo merca me ha fec o e ) 18 20 e experiência, mas agosto de u vi- lacionamento se e qu ia tíc no A o. o é prática da BRT do mesm uez, garante que nã zq Va s rlo Ca , nte ores de concorrence-preside al da tirar colaborad rci me co o a av nd que coma to Santos, todos são nsoli- tes. Para Be co na a ari fic o nã , e crescer, seguir empresa gi- livres para sair ao ão eiç rej da eio rec , e ninguém tem o dadora, o era seus caminhos já e qu po gru um de gantismo dar isso. “Eu mesmo, conso- direito de po de sa pre em ior ma ira, tomei atitudes dono da an- em minha carre dv rA xtu Re (a ís Pa eço a esses profislidação do – do assim. Agrad ica fís a nç da mu a po que passace) e até nto sionais pelo tem Sa ra pa ulo Pa o Sã mas por outro lado centro de igiam ram conosco, afl e qu as tem m era que eu montasse o André – Algo foi bom para . do rca me o e s ore São Paulo, que agocolaborad ance meu time em dv rA xtu Re ia pr pró a m com a Patrícia por que cio- ra conta també fun os os tod m ne -Sakura e British) passou: a e Figueiredo (ex nd ve a ós ap m ara , afirmou. nários fic dré e como gerente” An nto Sa ra pa a nç cionários entre a muda res A troca de fun eto dir os os tod nte praticame res é mais comum dado- consolidado oli ns co da m íra sa s imaginam e diverantigos parou do que muito a nc nu sa pre em a stram o vaivém no ra, mas mo o sos casos ilu co o nd ma fir se er, de cresc on Camilo já deixou ição e setor: Emers uis aq de plo em ex grande ance pela Flytour e e da a RexturAdv fas a eir im pr a ss ne Sakura já legestão essa pela Sakura. A . rp e da RexturAdvanCVC Co T, de vou uma equip BR o up Gr o , nte me Paralela is recuperou a maioPaulo ce, que depo o Sã a a av eg ch , Curitiba haviam saído. Cássio rovei- ria dos que ap ra, do da oli ns co a com su carreira na consolida LTS, Oliveira fez is na sio fis pro os tando xtur e, depois de um s, in- dação na Re rta po as su va ha Tkt, seguiu para a que fec Fol- período na Air ei erl nd Va r eto dir o Márvio Mansur foi cluindo dada Ancoradouro. oli ns co ira rre ca m co gueral, pela Flytour Gapnet últimos contratado os s mo “Fo et. pn a na Skyteam. E por na Ga ulista”, quando estav pa al rpit ca na ar a cheg seja, nada de tão ala sidente aí vai. Ou pre ni, de eri lo lm ca Pa no i ldo diz Era Mas que dó amigo do mante. do grupo. “Sou muito pisado, isso dói. foi i (Oli- quem Eló do ), es arã uim (G Goiaci

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No caso da Esferatur, a primeira baixa foi Raphael Alignani, que procurou a BRT no final de 2019. Depois dele foram para a empresa José Roberto Sacchitiello (ex-Rextur, Leiser, Flytour e Esfera), Juliana Abrantes (ex-LAB e Esfera), Jefferson Santos (ex-Gapnet e Esfera), Alberto Mendes (ex-Rextur, Flytour e Esfera) e Mário Aquino (exGapnet e Esfera). Juliana foi a última a chegar, em janeiro, mas o mercado, bom em boatos e especulações, fala em mais migrações, em outras praças novas, o que a BRT não confirma, até porque não há previsão de novas aberturas este ano. O foco é a consolidação de São Paulo. “Belo Horizonte, Campinas e Rio de Janeiro fazem falta em nosso mapa, mas não temos planos imediatos para esses mercados, a não ser que apareçam oportunidades”, diz Di Ruzze. Em São Paulo, que deve se tornar a maior base da BRT este ano, passando Curitiba, a empresa já está de mudança para um novo endereço, na rua Marquês de Itu, no centro, onde já funcionou a Delta Air Lines. Na Esferatur, a nova equipe aguarda duas grandes mudanças: o Esfera Fácil, sistema já em testes e gerado a partir do exitoso Reserva Fácil, da RexturAdvance, e a transferência para Santo André, no ABC Paulista. A reportagem da revista PANROTAS conversou com as lideranças de BRT e Esferatur para saber dos planos e projetos para 2020 e além, e também gravou dois vídeos para o Bastidores do Turismo. O primeiro, com Eraldo Palmerini e Marco Aurélio Di Ruzze, do Grupo BRT, já está no ar no Portal PANROTAS. Já o programa com Beto Santos, da Esferatur, estará no portal na semana de 10 de fevereiro. 16 14 a 19.indd 16

r a g e h c r e u BRT q bilhão 1 $ R a De R$ 604 milhões em vendas em 2018 para mais de R$ 750 milhões em 2019 e agora esperando chegar a R$ 1 bilhão em 2020. O Grupo BRT (que tem 85% das vendas na consolidação e 15% na operação) está investindo em São Paulo e novos profissionais para ingressar no cobiçado clube do bilhão. Somente em Bauru, que a empresa abriu em 2014, com a gerente Mara Augusto, o crescimento foi de 150% no ano passado. Ou seja, na capital espera-se um impacto muito maior. Nos últimos anos, Marco Aurélio Di Ruzze se dedicou a um projeto interno para integrar e padronizar processos e todo o financeiro, ajudando as agências também na gestão desses itens, e agora, segundo ele, a BRT está pronta para ser mais presente e agressiva no mercado, começando pela maior praça, São Paulo. Ele e Juliana Abrantes, recém-chegada da Esferatur, se dedicarão ao relacionamento com fornecedores, especialmente empresas aéreas. Vanderlei Folgueral é o novo gerente operacional Brasil. Claudio Isolani o diretor comercial. E Eraldo Palmerini, além da presidência do grupo, se dedica ao dia a dia da operadora, que deve chegar a São Paulo, aproveitando a estrutura da consolidadora, até o segundo semestre.

Hoje com 14 bases pelo País e 360 colaboradores (eram 215 em 2017), a BRT vê muitas oportunidades de crescimento, seja com novas soluções, com as contratações e seja por quem não quer ser atendido pelas gigantes da CVC Corp. “Crescer não é opcional nesse negócio e sim uma necessidade para o distribuidor. Sempre crescemos sem alarde, sem fazer barulho, mas essa chegada a São Paulo acabou virando um assunto muito comentado, devido à insatisfação dos colaboradores da Esferatur, que nos procuraram”, analisa Di Ruzze. Chegada que se deu em 2018, com investimentos e perdas financeiras, até se alcançou a estabilidade, após a contratação de Folgueral e seu time. Estreante em São Paulo, a BRT está há 15 anos no Nordeste e conta com quatro mil agentes de viagens cadastrados, 70% dos quais com vendas regulares. “Sistema todo mundo tem e o nosso (E-Fácil Plus, uma parceria com a Ancoradouro e a PVT) vende o não aéreo há dez anos e está atualizado com o que o agente precisa. Nosso diferencial está na forma de atender, no relacionamento com os agentes e o trabalho que fizemos de gestão interna e que gerou uma assessoria para o próprio agente de viagens”,

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Mário Aquino, Vanderlei Folgueral, Eraldo Palmerini, Raphael Alignani, Marco Aurélio Di Ruzze, Alberto Mendes, Juliana Abrantes, José Roberto e Jefferson Santos

continua Di Ruzze, que está há 15 anos no grupo. “Não tem uma fórmula. A consolidação tem muita análise caso a caso e um de nossos diferenciais é saber escutar os agentes e tomar atitudes”, complementa Palmerini. O que vem por aí? Foco em São Paulo, mais força na operadora e em produtos não-aéreo, mais presença e agressividade de mercado, mas sempre de olho nas... oportunidades. E pelo que vimos, há muitas para quem quer e está atento.

Marco Aurelio Di Ruzze e Eraldo Palmerini

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a c i t á r p a MBA n Com 44 anos de carreira, Beto Santos decidiu, em 2018, vender sua empresa, a Esferatur, para a CVC Corp, e mudou completamente sua rotina e trajetória pessoal e profissional. Trocou Blumenau, em Santa Catarina, por São Paulo; deixou de assinar cheques e papéis sem precisar pedir autorização para ninguém; e ingressou em um mundo de processos, metas e controle de custos que nunca imaginou existir. “Se eu tivesse olhado as despesas da Esferatur com a lupa que a CVC Corp nos proporciona hoje, nossa empresa teria melhores resultados”, garante. Segundo ele, esse período de transição, entre a negociação e a integração à CVC Corp, tem servido como um MBA que nunca fez, só que na prática, na vida real. Contido nas palavras e com uma postura sempre muito educada, até formal, Beto Santos acha que o capítulo da saída dos funcionários é página virada e deseja sucesso a eles e a sua nova equipe, que, garante, já surpreende em resultados. Quando diz que agora montou a sua equipe, se referia ao fato dos colaboradores que saíram terem sido contratados por Carlos Vazquez (alguns o seguiam desde a Leiser) e faz questão de agradecer pelo período em que passaram juntos. “Fui ao mercado e pedi indicações, ouvi os clientes e estamos com mais uma bela equipe”, disse ele, que levou Pa-

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trícia Figueiredo para comanda a base de São Paulo, já que Juca Lins, ex-titular do posto, deixou a empresa. Danilo Teixeira de Cais (em Operações), Fabio Antonio da Silva (em Atendimento), Fabio Torres (Operações), Rafael Sabino (Atendimento Internacional) e Guilherme Bizon (consultor internacional) são os novos integrantes em São Paulo. No Ceará, Henrique Ferreira Lima (Atendimento) se soma ao time. Ele e os ex-sócios (e hoje diretores da Esferatur) Elza Breia e Eduardo Camargo tocam o comercial da Esferatur. Dos sócios antigos, saíram Vazquez e Fábio da Luz, que cuidava do Rio de Janeiro (no seu lugar ficou Marcia Souza). Além de Patrícia em São Paulo e Marcia no Rio, a Esferatur conta com os gerentes regionais Marcia Tonidanel (BH), Leandro Martins (Blumenau), Camila Piton e Paulo Bonazio (Campinas), Roberto Silva (Curitiba), Cecilia Uda (Florianópolis), Miguel Maurique (Fortaleza), Daline Leal (Recife) e Leonardo Thereziano (Ribeirão Preto) e Everson Menezes (gerente de Operação em Ribeirão Preto). 2019 e 2020 Com tanta transformação seria até natural que as vendas tivessem caído em 2019 na Esferatur, mas Beto Santos garante que foi um ano estável, nem de crescimento nem de queda. “Foi um

resultado adequado a nossa realidade. Pavimentamos o caminho para 2020, que começou bem”, explicou. A expectativa agora é para a chegada do Esfera Fácil, novo sistema de reservas da consolidadora, que aposentará o antigo e agregará mais produtos na venda (hoje a Esferatur vende apenas aéreo, o que limita sua competitividade em um mercado onde todos vendem tudo). “Estamos treinando os colaboradores, vamos fazer um mutirão com os agentes, mas será um upgrade em nosso sistema”, garante Beto Santos, que não quis cravar uma data para a migração. Nem para a ida para Santo André. “Será bom estarmos perto do centro de decisão. Tudo fica mais fácil, as sinergias, a resolução de problemas...”. REXTURADVANCE E como é chegar em uma corporação onde já existe uma outra consolidadora, líder de mercado? Fã de corridas e de Ayrton Senna, Beto Santos usa uma analogia com a Fórmula 1 para explicar essa relação. “A CVC Corp é nossa escuderia, com dois pilotos nesse segmento de consolidação. Não podemos bater um no outro, temos que trabalhar para que a equipe CVC Corp seja vitoriosa, mas claro que cada um quer chegar na frente. Contudo, a escuderia vem em primeiro lugar”. Outra prioridade é o agente de viagens e, mesmo tendo fe-

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ORAS D A D I L O S N CO EM 2019 chado três bases físicas no ano passado, a Esferatur acredita no atendimento local, em que o colaborador fala a língua do agente de viagens da cidade. “Nossa estrutura está toda desenhada para o atendimento personalizado ao agente de viagens”, garante. A Esferatur conta hoje com 285 colaboradores, 50 somente na capital paulista, e cerca de 3,5 mil agentes de viagens cadastrados. 

Equipe de São Paulo da Esferatur

A PANROTAS teve acesso ao Relatório de Vendas de Passagens Aéreas Internacionais de 2019 (que alguns chamam de Boss ou Smash), que traz quanto cada consolidadora (e demais empresas de outros segmentos) vendeu no ano passado. Não inclui bilhetes domésticos. Destacando que as duas primeiras colocadas pertencem à CVC Corp e totalizam mais de US$ 660 milhões (mais de R$ 2,6 bilhões) em vendas de passagens aéreas para o Exterior. E mais uma vez, assim como nos números da Abracorp, vemos que a valorização do dólar compensou a queda de bilhetes emitidos. Top 10 VENDAS 1 – RexturAdvance: US$ 395 milhões (-8,7%) 2 – Esferatur: US$ 268 milhões (-17%) 3 – Flytour Gapnet: US$ 192 milhões (-22%) 4 – Grupo Confiança: US$ 106 milhões (+17,7%) 5 – Skyteam: US$ 101 milhões (-4,5%) 6 – Ancoradouro: US$ 98 milhões (+2,5%) 7 – Sakura: US$ 79 milhões (-50%) 8 – Grupo BRT: US$ 67 milhões (+11,4%) 9 – High Light: US$ 63 milhões (-11,3%) 10 – PVT: US$ 33 milhões (-38%)

Patrícia Figueiredo e Beto Santos

Top 10 BILHETES 1 – RexturAdvance: 543 mil (-38%) 2 – Esferatur: 336 mil (-28%) 3 – Flytour Gapnet: 269 mil (-49%) 4 – Confiança: 148,7 mil (-26%) 5 – Skyteam: 154 mil (-27%) 6 – Ancoradouro: 140 mil (-13%) 7 – Sakura: 122 mil (-56%) 8 – Grupo BRT: 118 mil (-30%) 9 – High Light: 77 mil (-28%) 10 – PVT: 46 mil (-42%)

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Hotelaria Juliana Monaco – Chapada dos Guimarães (MT)

TODA NATUREZA (E UM POUCO MAIS) DISPONÍVEL

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Área dos bangalôs

Situado à beira do Lago do Manso, no município de Chapada dos Guimarães, o Malai Manso Resort Iate Convention & Spa está exatamente no coração do Mato Grosso: a 118 quilômetros do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, 90 quilômetros de Cuiabá e 54 quilômetros da Vila de Bom Jardim, na região de Nobres. Sua localização é de fácil acesso a áreas de preservação ambiental e contemplação de belezas naturais, como as montanhas e cachoeiras da Chapada, os lagos de água cristalina de Nobres e o estirão de 57 quilômetros de navegação do Lago do Manso. Um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. O Malai Manso é o primeiro resort do Brasil a adotar o conceito “all nature inclusive”. Isso significa que ele associa seus recursos e belezas naturais às experiências proporcionadas aos hóspedes sem custo extra ao valor da diária. Assim, é possível aproveitar o máximo da propriedade no que diz respeito a lazer, hospedagem e gastronomia em meio a uma imensidão de belezas exóticas.

INFRAESTRUTURA COMPLETA O maior resort náutico do Centro-Oeste tem 45 mil metros quadrados de área construída e reúne estrutura completa para atender a todos os públicos, tanto no lazer quanto no corporativo. Com capacidade para 1.094 hóspedes, o complexo é o único que opera com sistema all-inclusive na região, com dez opções gastronômicas que buscam representar a culinária mato-grossense em seis refeições diárias. São 353 quartos, entre suítes, bangalôs e casas-boutique, que comportam até seis pessoas, sendo quatro adultos e duas crianças. Todas as suítes contam com sala espaçosa e varanda com vista para o lago. Os bangalôs dispõem ainda de churrasqueira privativa e são ideais para quem procura um ambiente mais tranquilo e reservado. Já as casas-boutique oferecem varanda com churrasqueira e banheira de hidromassagem em uma área mais exclusiva dentro do complexo.

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Praia artificial

Suíte Super Luxo

No lazer, os hóspedes podem usufruir de mais de três mil metros quadrados de lâmina d'água distribuídos em piscina coberta aquecida, infantil e externa – esta última com deck molhado, ilha e borda infinita. As atrações incluem salão de jogos, danceteria, fitness center, Spa Malai by L'Occitane, quadras de tênis e poliesportivas, tirolesa, arvorismo, paredão de escalada, arco e flecha, trilha adventure, praia artificial, píer à beira do lago, voo de paramotor, balão e esportes náuticos, como passeios de lancha, pesca, stand up paddle, caiaque e wakeboard. Para as crianças, há também uma programação diária de atividades com monitores dentro e fora do resort. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O Malai Manso foi o primeiro resort do Brasil a operar 100% com energia solar própria e sua instalação fotovoltaica é a maior do Estado. Instaladas no primeiro semestre de 2019, as 6.616 placas solares geram energia suficiente para abastecer todo o empreendimento. Além disso, o resort promove diversas ações que valorizam o meio ambiente em seu dia a dia, como a segregação e reciclagem de resíduos, o tratamento de esgoto 100% biológico e os programas de monitoramento da fauna regional. Todos os resíduos são vendidos e revertidos para os funcionários com o intuito de incentivá-los a realizar a separação do lixo. De acordo com a gestora ambiental do resort, Monaliza Sehn, a expectativa para este ano é de zerar o consumo de plástico em todo o complexo e conscientizar os hóspedes. “Nós já fizemos um trabalho de conscientização 22 20 a 24.indd 22

Arvorismo

com os funcionários, que são moradores locais. Agora o nosso objetivo é levar isso para os hóspedes. A ideia é que eles cheguem aqui, percebam que é um resort sustentável de imediato e colaborem sem que haja a necessidade de incentivá-los”, explica.

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PASSEIO DE CHALANA A partir da segunda quinzena de fevereiro, o resort vai oferecer passeios diários de chalana no Lago do Manso, às 9h e às 14h, com mínimo de 20 pessoas. Operada pela empresa Companhia da Aventura, a embarcação conta com todos os equipamentos de segurança para receber até 80 pessoas em navegação. A nova atração oferece estrutura otimizada para qualquer tipo de passeio, contendo um grande bar central, dois banheiros acessíveis para pessoas com necessidades especiais, sistema de som, geradores, decoração com móveis rústicos, solarium e serviço de A&B a bordo. A chalana já funciona há três meses realizando eventos privados e corporativos, que podem ser customizados de acordo com a necessidade do cliente. Nesses passeios é possível incluir atrações musicais, animadores, serviço de alimentos e bebidas, além de aventuras como stand up paddle e caiaque. Os pontos turísticos a serem visitados também podem ser personalizados, como mergulho na ilha de Bora Bora, navegação até a baía do Morro do Navio para banho no lago e visita às mansões do condomínio, ao canal da barragem e às cachoeiras. MAIOR CENTRO DE CONVENÇÕES DA REGIÃO As novidades não param por aí. Em novembro, será inaugurado o maior centro de convenções dentro de um resort do Centro-Oeste. Com investimento inicial de R$ 10 milhões, o novo local se somará ao atual, que já comporta cerca de 480 pessoas. Serão três grandes espaços – Ballroom Pantanal, Ballroom Cerrado e Espaço Amazônia – totalmente moduláveis e que podem se transformar em até 11 ambientes, com capacidade para receber até 1,4 mil pessoas em auditório. O novo centro de convenções terá uma área total de 3.015 metros quadrados, podendo receber qual-

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Chalana

Centro de convenções

quer tipo de evento, convenção ou congresso. Além disso, o prédio vai utilizar energia totalmente sustentável, gerada pelo parque solar recémimplantado. Com a inauguração, a expectativa é de que o segmento corporativo represente cerca de 40% da receita do Malai. De acordo com o diretor de Marketing e Vendas do complexo, Ricardo Gouveia, o objetivo da ampliação é receber grandes eventos. “Como temos uma infraestrutura de lazer e serviços incorporada à realização de qualquer ação, nossa meta é poder contribuir ainda mais e nos tornar referência no Brasil como um local

para eventos diferenciados e de incentivo, de quaisquer complexidades”, explica. Visando oferecer uma estrutura completa para o público corporativo, o Malai Manso dispõe ainda de aeródromo homologado, heliponto, serviços de transporte e audiovisual, atividades de team building e infraestruturas customizadas de acordo com a necessidade do evento. Assim como o resort, o centro de convenções será totalmente acessível a pessoas com necessidades especiais.n A Revista PANROTAS viajou a convite do Malai Manso Resort.

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Aviação Isabella Tagliapietra (Bogotá) e Filip Calixto

100 ANOS E LIVRE DE CRISE Os 100 anos da Avianca chegaram e com eles novidades para o Brasil e o mundo. A companhia colombiana anunciou que disponibilizará novas tarifas para a classe econômica, buscando maior competitividade no mercado e, além disso, o CEO da aérea, Anko van der Werff, confirmou operações em Porto Alegre e prometeu ao mercado brasileiro mais dois novos destinos até outubro deste ano. Acima de tudo, o mais importante, dentre todas as comemorações, que aconteceram em Bogotá e em São Paulo, é que a centenária companhia está voando em céus mais tranquilos. Diferentemente das turbulências enfrentadas nos últimos anos, que tiveram seu ápice em 2019, os problemas financeiros fazem parte do passado da Avianca. “Nosso plano é expandir ainda mais o nosso mercado. Estamos entre as dez companhias aéreas cinco estrelas do mundo e somos a segunda mais antiga, devemos nos orgulhar disso”, afirmou Werff. NOVAS TARIFAS As novas tarifas contemplarão os passageiros da classe econômica, sendo possível escolher entre três opções S, M e L. A tarifa S é a mais simples, em que o passageiro tem direito apenas à bagagem de mão; a M inclui bagagem despachada; e a L, permite que o passageiro faça alterações e tenha reembolsos. De acordo com a CCO da Avianca, Silva Mosquera, a mudança das tarifas é uma necessidade para competir no mercado. “Essas tarifas já estão em circulação para os voos da Colômbia e a partir de março elas começam a 26 26 a 29.indd 26

Anko van der Werff, CEO da Avianca

ser implementadas nos mercados da Europa, Américas Latina, Central e do Norte”. Silvia também falou sobre a estratégia dessas novas tarifas: “esperamos conquistar o cliente que procura apenas um voo barato, assim ele poderá conhecer a experiência Avianca e se tornar nosso cliente”. Quando questionada sobre o mercado low cost, que vem crescendo na América Latina, Silvia afirmou que apesar de ter tarifas competitivas em relação a essas empresas a Avianca não deixará de lado a qualidade e comprometimento com o cliente.

NOVAS ROTAS Durante o evento na Colômbia a companhia confirmou a nova rota para o Brasil, Bogotá-Porto Alegre – a mesma já havia sido anunciada, mas estava sob aprovações. As operações devem começar em junho deste ano. E mais novidades em relação ao Brasil ainda estão por vir. Além da capital gaúcha, o CEO afirmou que a Avianca tem planejados dois novos destinos brasileiros até outubro deste ano. Não existem prévias de quais serão as novas operações e

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Silvia Mosquera, CCO da Avianca

COMEMORAÇÃO EM SÃO PAULO A capital paulista foi palco para mais uma etapa das comemorações. Na semana passada, a Avianca recebeu alguns dos seus principais parceiros no mercado brasileiro para uma noite de festa. Na oportunidade, parte da direção da empresa no Brasil falou sobre os planos da companhia e relembrou a trajetória centenária. O encontro aconteceu no Restaurante Vista, em São Paulo. “Para nós, esse aniversário é um momento de muito orgulho”, comemorou o diretor geral da Avianca Holdings para Brasil, Equador e Peru, Nissim Jabiles. O executivo ainda destacou a importância que os parceiros da empresa tiveram para que a marca emblemática fosse alcançada.

Gustavo Esusy, Renato Covelo e Nissim Jabiles, da Avianca

Werff manteve o mistério: “o mercado brasileiro é grande e nós temos interesse em crescer cada vez mais nele”. A fim de comemorar o centenário, a Avianca promoveu uma grande festa em seu hangar, no Aeroporto El Dorado, em Bogotá, no dia 29 de janeiro. O evento contou com mais de 800 convidados, entre eles o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, que destacou a importância da companhia aérea para o país e a homenageou em um discurso. “A segunda companhia mais antiga do mundo é colombiana, mais do

que isso, é latino-americana. Devemos valorizar e sentir orgulho desta empresa, que colabora com a Colômbia há 100 anos”, disse o presidente. Com o intuito de homenagear os funcionários e contar sua história de uma maneira diferente, a Avianca promoveu um desfile de todos os seus uniformes, desde sua criação. A companhia aproveitou o momento para também homenagear as mulheres que fazem parte do quadro de funcionários. Hoje, a Avianca Holdings conta com mais de 100 pilotos mulheres atuando. n

TRANSPARÊNCIA É VITAL Muito trabalho e esforço para oferecer o melhor serviço, desenvolver uma equipe local comprometida e, sobretudo, atuar com honestidade e transparência. Esse é o caminho que a Avianca Holdings deve percorrer para continuar em curva ascendente, na visão do diretor geral para Brasil, Equador e Peru, Nissim Jabiles. É assim que o processo de reestruturação será bem-sucedido. De acordo com o executivo, que discursou em evento que celebrou os 100 anos de atuação da empresa em São Paulo, esses são, atualmente, os pilares de trabalho da companhia. “Sabemos que os resultados são importantes. Mas tão importante quanto é a maneira de consegui-los. E estamos preocupados com isso”, complementa o diretor geral, que já garante a ampliação da atuação da aérea em solo brasileiro. “Até o final do ano, estaremos em mais dois destinos no Brasil. Ainda não podemos revelar as cidades mas o planejamento está em andamento”, afirma.n

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Festa de 100 anos da Avianca em São Paulo

Carolina Avella, da Avianca, ao lado de Aldo Leone Filho e Silvana Oliveira, da Agaxtur

Wania Fasulo, do Grupo High Light, entre Alan Oliveira e Alexandra Oliveira, da Avianca

Marcelo Bento, da Azul, e Renato Covelo, da Avianca

Carlos Prado, da Abracorp, e Carlos Barbosa, da Vitrine Global

Nelson de Oliveira, da Alitalia, com Carolina Avella e Viviane Simão, da Avianca

Jackson Soares, da CVC, Marcelo Sacchitiello, da RexturAdvance, e Pedro Shiray, da Schultz

Nissim Jabiles e Luciana Longo, da Avianca

Alan Oliveira, da Avianca, Vanessa Ribeiro, do Grupo Confiança, e Márvio Mansur, da Flytour Gapnet

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Festa de 100 anos da Avianca em São Paulo

Soely Oliveira, da BCD Travel, Pedro Azevedo, da CWT, Luciana Castellain, da Avianca, e Andres Vanegas, da CWT

Cássio Oliveira, da Ancoradouro, e Dante Campos, da Braztoa

Rafael Monteiro, da CNT, e Dulce Bonaldo, do Viajanet

Gustavo Esusy, da Avianca

Cristeny Benjamin, da Tour House, André Khouri, da CNT, e Renata Santinon, do Viajanet

Ricardo Paci, da Tyller, e Leonor Bernhoeft, da LTN

A festa teve também um bolo homenageando o centenário da Avianca

Luciana Longo, Raquel Paravani, Luciana Castellain e Camila Proença, da Avianca

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LGBTravel

Fabiola Bemfeito, especial para a Revista PANROTAS (Madri) e Victor Fernandes

GUIAS DA IGLTA A Associação Internacional de Turismo LGBTQ+ (IGLTA) adicionou Brasil, África do Sul, Índia e Colômbia aos seus novos guias de viagem LGBTQ+. Os 26 guias de países refletem a diversidade de membros globais da IGLTA e incluem destinos com legislação e proteções LGBTQ+ progressivas, como a Islândia e a Holanda, bem como destinos onde a aceitação LGBTQ+ não é tão difundida. “Desde a sua fundação em 1983, a IGLTA tem sido um recurso para viajantes que procuram encontrar empresas LGBTQ+ em todo o mundo”, disse o presidente da associação, John Tanzella. “Agora, avançamos um pouco mais ao trabalhar com nossos membros da mídia LGBTQ+ para criar guias que ajudarão os viajantes a garantir que suas experiências de viagem não sejam apenas agradáveis, mas tam-

bém acolhedoras e seguras”, completou. Devido às variações de aceitação e leis em todo o mundo, viagens apresentam desafios adicionais para a comunidade LGBTQ+. Por isso é importante que os viajantes LGBTQ+, e os consultores de viagens que os estão ajudando, sejam devidamente informados e façam pesquisas adicionais ao planejar uma viagem. Os guias IGLTA combinam informações sobre quando visitar e os destaques do destino com considerações de segurança e dicas de viagem LGBTQ+.n A PANROTAS é mídia associada da IGLTA.

VITÓRIA ARGENTINA

E os hermanos levaram o prêmio Fitur Gay LGBT+ 2020, entregue durante a Fitur, uma das maiores feiras de Turismo do mundo, em Madri, para o ministro de Turismo e Esporte da Argentina, Matias Lammens. O país foi considerado o destino internacional LGBT+ do ano por sua história pioneira na hospitalidade aos turistas gays. Só da Fitur Gay, a Argentina já participa há dez anos, tendo sido o primeiro país sul-americano a aderir ao espaço, junto com alguns destinos espanhóis. O país tem uma história de vanguarda na América do Sul quando o tema é Turismo LGBT+. Segundo os organizadores da Fitur, o reconhecimento é tanto para setor público quanto para o privado, pela forma como tratam o tema. O ministro Lammens disse que o prêmio é para a sociedade argentina, que recebe tão bem o turista LGBT+ e dá ao mundo um exemplo de convivência e tolerância. Lammens esteve acompanhado de Pablo De Luca, presidente da Câmara de Comércio LGBT Argentina. n A PANROTAS é media partner da Fitur 30 30.indd 30

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Aviação Victor Fernandes

O AEROPORTO DO FUTURO

(E DO PRESENTE) O diretor de Consultoria da Sita, Carlos Kaduoka, veio ao Brasil para divulgar as novas tendências tecnológicas e quais serão seus impactos nos aeroportos e companhias aéreas. Em encontro com a Revista PANROTAS, o executivo brasileiro radicado em Londres falou sobre as tecnologias que estão sendo implementadas, as que moldarão o futuro da aviação, em que patamar está o Brasil e o vanguardismo asiático. Segundo o especialista, as maiores intervenções tecnológicas nos aeroportos atualmente correspondem à identidade digital, ou seja, o uso da biometria e reconhecimento facial no lugar do documento para os processos de check-in, despacho de bagagem, imigração e embarque. “Essa parte já está acontecendo. Não a jornada completa, mas alguns elementos já estão sendo introduzidos. Em questão de três anos, conseguimos trazer essa experiência completa”, afirmou Kaduoka. Com a aplicação dessa tecnologia, é esperado que o passageiro realize a jornada pelo aeroporto com menos atritos, diminuindo os contatos físicos e superando essas “barreiras” com mais facilidade e autonomia, já que seriam completamente automatizadas. Assim, sendo desnecessária a interação com qualquer agente humano. “Não é uma visão futurística, mas existem desafios”. Os obstáculos são, principalmente, a necessidade de uma tecnologia abrangente e a falta de espaço e infraestrutura nos aeroportos.

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Carlos Kaduoka, diretor de Consultoria da Sita

NO BRASIL Os aeroportos das capitais brasileiras não estão muito defasados (em relação ao que existe no mundo) para Kaduoka. O especialista afirmou que estão passando por um processo de automação muito grande, e as privatizações são importantes nesse sentido, por permitirem mais liberdade na obtenção de novas tecnologias. Assim, é necessária uma fase de transição para a aplicação desse investimento em melhoria de operações e atendimento ao cliente. “Todos os aeroportos das capitais que foram privatizados recentemente estão passando por esse processo de transformação. Guarulhos, Brasília, Galeão e Confins foram privatizados primeiro e já passaram por esse processo, porque a operadora é internacional e tem uma visão estratégica apurada do que se quer. A tecnologia é usada para apoiar essa visão estratégica”, afirmou Kaduoka.

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Digital Twin: clone virtual que promete otimizar operação do aeroporto

Já quanto às prioridades de investimento no Brasil, Kaduoka cita a infraestrutura física dos aeroportos, que é fundamental para a aplicação de novas tecnologias. Outros investimentos citados foram a automatização do processo de check-in e atendimento ao cliente, sistema operacional que automatize o processo de gerenciamento de recursos e área de uso compartilhado entre as companhias aéreas. No entanto, o especialista afirma que a próxima tendência que seria muito importante nos aeroportos brasileiros é o Airport Collaborative Decision Making, ou apenas ACDM. Que nada mais seria do que uma colaboração entre diversos stakeholders dos aeroportos para troca de informações automatizadas visando à melhoria e eficiência da operação como um todo, como otimização dos portões de embarque e pista, por exemplo. O FUTURO Daqui a alguns anos, Kaduoka afirma que a principal tecnologia a ser implementada é o Digital

Twin. A inovação é uma planta digital e virtual do aeroporto em que é possível fazer diversas escolhas operacionais. “Você tem a imagem do aeroporto, os dados de fluxo dos passageiros, onde está criando gargalos, os carros que estão chegando, os voos que estão atrasados e todos os impactos na operação. Então, com esses dados, é possível antecipar os problemas e ser proativo em sua resolução”, explicou. Para o executivo, é importante que não sejamos mais apenas reativos aos problemas. Com a ferramenta Digital Twin, também é possível testar cenários como a restrição de uma área e instalação de totens, e como isso afetaria a operação do aeroporto. Outras inovações citadas foram 5G, veículos autônomos (ônibus e drones), câmeras inteligentes (conseguem identificar tamanho de malas, por exemplo) e robôs que realizam trabalhos manuais, que para o especialista, é mais marketing do que um benefício operacional.

ÁSIA À FRENTE “Qual tipo de tecnologia vai ser utilizada em 2035? Que tipo de terminal? Que tipo de atendimento?” Essas são algumas das perguntas que fazem com que os asiáticos tenham uma visão de negócios estratégica e planejada em relação à tecnologia em aeroportos, os deixando um passo à frente em direção ao futuro. O exemplo dado por Kaduoka foi o aeroporto de Singapura, que mal inaugurou o terminal quatro e já está pensando no cinco, e como ele pode ser feito de acordo com as necessidades dos passageiros. Os novos terminais da Ásia estão sendo pensados para serem um terminal de lazer, já que com a otimização do check-in, o viajante não precisa passar pelos processos do aeroporto e podem usufruir da infraestrutura. Para o especialista, o mais importante é ter a mesma “visão futurística” que os asiáticos têm. “Minha visão pro futuro é a utilização da inteligência artificial para criar um processo operacional, um aeroporto, com maior eficiência”, finalizou Kaduoka. 

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Memória

Rodrigo Vieira

CLUBE DOS BILHÕES

Como as coisas mudam na consolidação aérea... Por ser uma das atividades que detêm as maiores cifras do Turismo, os embates entre os concorrentes são sempre acompanhados de perto pelos players do mercado. Mas cuidado, se chegar perto demais pode ser atingido pelas faíscas. Brincadeiras à parte, até porque as boas condutas são (quase) sempre a tônica seguida pelos consolidadores nesses duelos, fato é que entra ano e sai ano e os concorrentes da consolidação estão sempre com o mapa na mesa buscando os melhores caminhos para lidar com as margens cada vez mais baixas e condições cada vez mais difíceis do mercado. Basta ver a capa desta edição. Comendo pelas beiradas, a curitibana BRT vem pisando devagarinho em São Paulo e se ainda não incomoda as concorrentes locais, incomodará muito em breve, visto o crescimento do grupo de Eraldo Palmerini – com dois anos, o mercado de São Paulo deve ultrapassar o de Curitiba para 34 34.indd 34

a BRT, que tem 42 anos de existência. Em 2012, manobras como a da BRT, que contratou seis funcionários da Esferatur em São Paulo, também existiram. O Jornal PANROTAS estampava em sua edição 1.032 o “Clube dos Bilhões”. Rui Alves, Elói Oliveira, Carlos Vazquez, Goiaci Guimarães e Marcelo Sanovicz eram os jogadores da época. A batalha da vez? Esferatur, Flytour e Gapnet estavam agindo em conjunto para bater de frente com a RexturAdvance, que avançava a passos largos em seu processo de fusão. Dois clubes “invejáveis”, com previsão de faturamento individual de mais de R$ 1 bilhão por empresa (à época). A título de comparação a BRT é quem busca se tornar “bilionária” hoje em dia. Na Gapnet, Rui Alves confirmava as ações em conjunto. Segundo ele, havia um alinhamento estratégico para que as três marcas envolvidas seguissem na mesma direção, conseguir melhores condições com fornecedores, assu-

mir riscos maiores... Isto é, usar os R$ 4 bilhões de seu time para ofertar um produto diferenciado aos clientes finais. Em tecnologia, fator que nesta década se tornou o pulo do gato da consolidação, o Reserva Fácil era o sistema mais cobiçado do segmento. E como sabemos, ele pertence à RexturAdvance, enquanto, para o outro trio, um sistema unificado ainda estava distante. OITO ANOS DEPOIS... Veja só. A RexturAdvance, que à época liderava o mercado com vendas próximas a R$ 2,5 bilhões, segue no topo do pódio (com cerca de R$ 4 bi). A Esferatur, que jogava “no time de lá”, hoje veste a mesma camisa da líder, a da CVC Corp, mas sem o reforço de Vazquez. Flytour e Gapnet... Bem, todos já sabem. Essas definitivamente jogam juntos, mudaram o escudo e o nome do time e continuam como uma das maiores do campeonato.

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Beatriz Contelli

VILLA BLUE TREE

Desde 2005, o Villa Blue Tree é sede de eventos corporativos e sociais de forma única e diversificada. Entre os principais serviços oferecidos, podemos destacar a qualidade da culinária, a decoração de primeira e a disponibilidade de tecnologia de ponta, que tornam qualquer data ainda mais especial. Apesar de estar presente nas principais plataformas digitais e de receber muitos elogios de clientes, a companhia atrairia ainda mais público se investisse um pouco mais na qualidade das publicações.

Casamentos, festas de 15 anos, eventos corporativos e formaturas, dominam a página no Facebook do Villa Blue Tree. Com muitas fotos dos eventos realizados, a periodicidade das publicações segue um padrão adequado e a linguagem, que se mostra bem informal, convida o público a interagir. A empresa se mostra atenciosa com os usuários e procura, com sucesso, divulgar seus espaços.

Embora siga o mesmo padrão do Facebook, a página no Instagram do Villa Blue Tree é bem chamativa já no primeiro olhar. Bem colorida e focada na variedade de eventos que já realizou, a página conta com curtidas que variam muito de uma publicação para outra, indo de 18 para 500. A presença de comentários é bem pequena, mas a empresa responde todos, agradecendo os elogios e buscando resolver eventuais problemas.

Instagram: @vilabluetree Seguidores: 1,6 mil

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Facebook: @villabluetree.com.br Curtidas:: 3,4 mil

PANROTAS —12 a 18 de fevereiro de 2020

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