PANROTAS 1.415

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Edição nº 1.415 - Ano 28 | 25 a 31 de março de 2020 | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) mostra que o setor vem aprendendo com as últimas crises e dá pistas de como sairemos da atual



PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.415 | 24 a 31 de março de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Marcel Buono, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br)

Página 04 Editorial - Vamos nos unir. O Turismo não parou dentro de nós

Página 06 Vamos sair dessa - WTTC mostra como superamos outras crises

Página 16 SAP Concur - Fusion de Orlando se tornou grande evento em SP

Página 25 Europlus - Janeiro tem recorde mensal na venda de aéreo

Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Associações

Parceria Estratégica


Editorial

MOMENTO É DE OLHAR PARA O LADO

S

em solidariedade, empatia, união, disponibilidade para ajudar o próximo, coragem e desprendimento para pedir ajuda, olhar para dentro (de si, da família, da empresa, do time...) e ter calma, muita calma, não sairemos melhores e mais fortes dessa crise mundial. Desse cenário nunca visto por uma geração acostumada ao crescimento, ao consumo, às facilidades, aos prazeres e a desbravar o mundo. No 11 de setembro o mundo ficou boquiaberto com a violência e a proximidade do terrorismo. Em 2008, em como estávamos mais ligados uns aos outros do que imaginávamos (todos fomos afetados pela crise financeira global). Em 2020 somos obrigados a rever noções de normalidade. É certo que a crise irá passar. Mas também que irá nos transformar. Como não dá para sabermos como, quando, o quanto... precisamos focar no agora, no imediato, em quem está ao nosso lado, para estarmos prontos, juntos e fortes nesse momento de retomada. Estamos cheios de bons exem-

plos ao redor – da vizinha que se oferece para fazer compras para os mais velhos às empresas que liberam seu conteúdo on-line de graça; dos profissionais que buscam ajudar a não aumentarmos o estresse e a ansiedade aos artistas fazendo concertos virtuais; dos líderes que mobilizam ajuda, auxílio, apoio a setores e trabalhadores às empresas que fazem doações, mudam seu negócio para ajudar e reforçam os laços de comunidade. Bons exemplos dos profissionais de saúde, daqueles que prestam serviços, dos que têm como função estender a mão, mesmo que não possamos nos tocar nesse momento. O Turismo parou? Sim. Mas não dentro de cada um de nós. Que continua buscando soluções, caminhos e alívios nesse momento difícil. Voltaremos renovados e com muito aprendizado. O primeiro deles: olhar para o lado. Essa crise nos conecta ao mundo, mas muito mais a quem está a poucos metros, andares, ruas e bairros. #SomosTodosTurismon

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Economia e Política

ENCARANDO DESAFIOS O World Travel & Tourism Council (WTTC) está cumprindo seu papel e tomando para si a responsabilidade, neste período de crise sem precedentes de coronavírus, de mostrar o protagonismo que o Turismo tem para a economia global e da exposição que a cadeia vem particularmente sofrendo na era do covid-19. Na semana passada, a presidente e CEO do conselho, Gloria Guevara, pediu ações de governos para o Turismo não entrar em colapso. “Ninguém pode duvidar que somos um território desconhecido. A pandemia de coronavírus nos mostra o mundo enfrentando uma ameaça em frentes múltiplas nunca antes vista em tempos de paz. O setor de Viagens e Turismo está especialmente exposto, e nós estimamos que 50 milhões de empregos estão em risco globalmente. "Falando sem rodeios: a indústria de Viagens e Turismo está em uma luta por sobrevivência”, aponta a carta aberta do WTTC, que continua: “Viagens são a espinha dorsal de muitas economias ao redor do mundo. Ela gera riquezas e investimentos internos, cria empregos e estimula todos os demais setores. Dados do WTTC mostram que Viagens e Turismo colabora com 10,4% do PIB global e 320 milhões de empregos. É responsável por criar um em cada cinco novos empregos e, por oito anos consecutivos, cresceu mais que a economia mundial. Sem Viagens e Turismo, economias ao redor do globo irão enfrentar ameaças existenciais. Para combater esse cenário, o WTTC, que representa o setor privado de Viagens e Turismo, está pedindo aos governos de todos os países que tomem ações imediatas para assegurar a sobrevivência desse setor tão 6

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importante para a geração de empregos. Não em breve. Não em algumas semanas. E sim AGORA. Qualquer demora irá custar milhões de empregos perdidos e prejuízos incalculáveis ao redor do mundo. "Agora é o momento de agir e nós propomos três medidas vitais que irão proteger a sobrevivência de milhões de pessoas que dependem de Viagens & Turismo nos próximos meses e semanas: Em primeiro lugar, ajuda financeira precisa ser garantida para proteger os ganhos de milhões de trabalhadores do setor que está enfrentando dificuldades econômicas. Em segundo, governos devem oferecer empréstimos sem juros às empresas globais de Viagens e Turismo, bem como aos negócios de pequeno e médio portes, como um estímulo para evitar o colapso. E em terceiro lugar, todas as taxas, impostos e demandas do governo para o setor de Viagens e Turismo devem ser aliviadas por pelo menos 12 meses, começando agora". O setor de Viagens e Turismo está fazendo sua parte para proteger seus colaboradores. Estamos propondo medidas vitais, que somadas aos fundos de recuperação, irão proteger um setor que já está enfrentando o colapso. Estamos pedindo ao mundo que tome ações imediatas e urgentes para prevenir que essa crise global de saúde se torne uma catástrofe econômica mundial. Nada fazer não é uma opção. Imploramos a cada governo que tome ações drásticas e decisivas para preservar e proteger a contribuição do setor de Viagens e Turismo para a economia, incluindo 320 milhões de pessoas e suas famílias que dependem desses empregos”, conclui Gloria Guevara.

Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC


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PRONTIDÃO PARA A CRISE Figure 11: Crisis Recovery Duration by Start Yearde of Crisis Duração da recuperação crise (Tourism Economics) (Economia do Turismo)

Linha LINEAR doença DISEASE Linha LINEAR terrorismo TERRORISM LINEAR desastre ENVIRONMENTAL DISASTER Linha ambiental LINEAR turbulência POLITICAL TURMOIL Linha política

DISEASE Doença TERRORISM Terrorismo ENVIRONMENTAL DISASTER Desastre ambiental POLITICAL TURMOIL Turbulência política

Duração mês Duration por (Months)

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Antes de o coronavírus ser declarado como pandemia e ter o alcance gigantesco que hoje tem, antes mesmo da doença ser noticiada, o WTTC produziu um material sobre como encarar situações de crise. Trata-se de um estudo sobre o impacto de 90 crises reais que atingiram destinos entre 2001 e 2018. Confira o Crisis Readiness: O mundo está encarando desafios cada vez mais complexos e interconectados. Embora a globalização tenha permitido uma redução na pobreza e facilitado a conectividade como nunca, transformações ao redor do globo testam nossos limites cada vez mais frequentemente. Com os altos riscos, existe uma demanda por soluções em níveis local, nacional e internacio-

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nal, reunindo e encorajando todos os stakeholders relevantes a encarar os riscos e preparar para as crises do futuro. O estudo Crisis Readiness do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) lançado em novembro de 2019 analisa o quadro de 90 crises que atingiram destinos pelo mundo entre 2001 e 2018, medindo o impacto no que diz respeito ao tempo de recuperação e diluição no número de chegadas, tal como diminuição nos gastos de visitantes. ECONOMIA Em 92% dos casos analisados, as economias dos destinos em questão foram consideravelmente impactadas. Entre eles, os casos de ter-


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rorismo demandaram o tempo de recuperação mais curto, média de 11,5 meses, com reabilitação mínima de dois meses e máxima de 42 meses. Os dados mostram que os casos de instabilidade política ou agitação civil são bem mais danosos para a indústria de Viagens e Turismo de um país do que ataques terroristas isolados. Os casos de agitação civil e instabilidade política têm o tempo de recuperação de 22,2 meses em média, indo de dez meses a 44,9 meses. Casos de doenças têm uma média de recuperação de 19,4 meses, com variação de dez meses a 34,9 meses. A recuperação de desastres naturais leva em média 16,2 meses, de um mês a 93 meses. Isso se deve à ampla variação de casos de desastres naturais. Diferentes eventos em termos de crises, é claro, têm diferentes níveis de impacto econômico. Das quatro categorias de crise estudadas, incidentes terroristas tiveram o menor impacto econômico em termos de perda de chegadas e de gastos de turistas, além de recuperação mais rápida, enquanto os casos de agitação civil e instabilidade política demandaram o maior período de recuperação. MAIS RESILIENTE Embora as crises estejam ocorrendo com maior frequência, elas também parecem estar perturbando cada vez menos. O estudo do WTTC revela que o setor de Viagens e Turismo está se tornando cada vez mais resiliente ao longo do tempo, com média de recuperação dos destinos caindo significantemente, de 26 meses em 2001 a dez meses em 2018. Em várias vezes, o maior risco não é a crise propriamente dita, mas a preparação, gerenciamento e

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Index 100 = Q pre-crisis

Impacto Epidêmico nas Index 160 100 = Q pre-crisis Chegadas Internacionais 160140 140120 120100 10080 8060 60 40 40 20 20 0 0 0 0

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(yr 1) (yr1) (yr1)International (yr1) (yr2) Figure 7: Epidemic Impact on Arrivals

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Figure 7: Epidemic Impact on International Arrivals BRAZIL VIRUS 2015 Brasil- -ZIKA Zika Vírus em 2015 UNITED - FOOT aftosa AND MOUTH DISEASE 2001 Reino KINGDOM Unido - Febre em 2001 BRAZIL ZIKA VIRUS 2015 HONG KONG SARS 2003 Hong Kong - Sars em 2003 UNITED -Ebola FOOT2014 AND MOUTH DISEASE 2001 SIERRA LEONE SerraKINGDOM Leoa --EBOLA em 2014 HONG KONG - SARS 2003 SIERRA LEONE - EBOLA 2014

resposta a ela. Enquanto a implementação de recomendações e políticas estratégicas favorecem à resiliência do setor, é importante que os destinos façam uma aproximação integral para conquistar resiliência social mais amplamente, cujos componentes são confiança, colaboração, comunicação abertura, empatia, honestidade e eficiência. Ainda que seja praticamente impossível prever quando e como a próxima crise dará as caras, preparar-se considerando todos os riscos pode criar resiliência e ultimamente proteger esse valoroso setor da economia da disrupção. É importante que os setores público e privado colaborem e planejem juntos visando à segurança dos viajantes, das comunidades locais e dos destinos em si.

Q3 (yr2) Q3 (yr2)

Q4 (yr2) Q4 (yr2)


PLANO DE PREVENÇÃO Ter um plano robusto de prevenção de crise é crucial para mitigar seus efeitos. Estabelecer e manter um relacionamento calcado em confiança, valores compartilhados e objetivos em comum leva tempo e é algo que deve ser posto em prática muito antes que seja necessário. Também é igualmente importante se juntar e criar coalizões com os principais stakeholders antecipadamente à crise para responder de maneira efetiva e coordenada quando necessário. Isso aprimora a resiliência. Além do mais, dada a importância da indústria de Viagens e Turismo, o setor deve ter um papel nessa coalizão. Uniões fortalecidas demandam comprometimento, energia e tempo.

Tal aproximação requer que players importantes do setor privado se engajem em discussões de segurança com contrapartes governamentais, de maneira que uma inteligência crítica possa ser compartilhada. Esse relacionamento pode exigir que os parceiros do setor privado recebam autorizações de segurança ou acordos de não divulgação, para que as agências governamentais possam compartilhar mais livremente informações sobre ameaças que possibilitem ações antecipadas. A preparação para a crise precisa ser centrada no ser humano, com foco em como proteger residentes, turistas e funcionários. Para isso, identificar-se e engajar-se com esses grupos de stakeholders é crucial para que seja permitida a disseminação de informações, o fornecimento de garantias e o compartilhamento das melhores práticas de abordagem. Ao passo em que os destinos investem em importantes capacidades e recursos, eles também devem assegurar que medidas de emergências adequadas estejam postas, tal como assegurar a existência de pessoas capazes de responder e a criação de um fundo que seja capaz de contingenciar a realização de exercícios regulares e a ensaiar diferentes cenários para garantir a existência de “memória muscular”. As pessoas da linha de frente têm de ser educadas, treinadas e empoderadas com obrigações e responsabilidades que cada staff tem de saber claramente no momento da crise. A Cidade do México, por exemplo, conduz a cada dia 19 de setembro, uma simulação obrigatória de emergência. Foi nesta data que um terremoto de magnitude 8.0 atingiu o país em 1985. Graças a essa medida, os mexicanos adquiriram memória muscular e souberam o que fazer quando um terremoto atingiu a capital do país em 19 de setembro de 2017.

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COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE No gerenciamento de crise, é importante que, antes de tudo, se tenha uma comunicação transparente. Um plano de comunicação estratégico e um engajamento efetivo de mídia logo após uma crise aflorar é crucial para o setor de Viagens e Turismo se recuperar em tempo hábil. Respostas bem-sucedidas requerem comunicação proativa, honesta, transparente e bem apurada na extensão da crise, com informações detalhadas nos quadros de saúde e segurança. Ter uma resposta proporcional é indispensável. Além disso, percepções errôneas, particularmente relacionadas a geografia, ainda ocorrem, então assegurar que as pessoas saibam exatamente onde as coisas estão acontecendo pode ajudar a mitigar qualquer efeito colateral fundado em ignorância ou estigmatizações. Um exemplo de engano que causou danos foi que o Caribe inteiro foi assolado por furacões em 2017, com 91% dos viajantes acreditando que a região estava fechada, o que acarretou em declínio de chegadas. À medida que os destinos recuperam e constroem a confiança depois de um gerenciamento de crise, eles precisam correr para resgatar o terreno perdido. Isso requer transparência e domínio sobre a crise, com uma clara e honesta articulação sobre o que aconteceu, o que foi feito no auge da crise e a promessa sobre as medidas futuras que serão tomadas. Gerenciar a percepção de segurança é fundamental. Comunicação e marketing também podem nutrir os turistas de conhecimento sobre quando o destino está pronto para recebê-los. Na era hipervisual em que

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Impacto do Zika nas chegadas internacionais de Miami (em milhares) 600

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Chegadas perdidas Chegadas mensais


vivemos, fotos e vídeos para mostrar que um destino ou empreendimento está aberto e pronto para receber turistas podem ter um importante papel na ilustração da recuperação. Miami, por exemplo, criou um website com informações ao vivo para que viajantes possam ver eles mesmos o que está acontecendo em suas praias e calçadões. Além da comunicação, os governos podem colocar em prática uma variedade de políticas, de facilitação para viagens até seguro viagem, para persuadir os visitantes a voltarem a

seus destinos depois de um evento de crise. Enquanto certos segmentos do mercado são sensíveis à crise, outros não são tão avessos a riscos; com diferentes tipos de turistas com diversos limites de risco. Entender as nuances de viajantes e suas motivações é crucial na fase de recuperação. Os destinos devem trabalhar para identificar os segmentos de mercado que são mais prováveis de se recuperar primeiro depois de um incidente e se focar neles. A diversificação dos segmentos de Turismo pode ajudar a mitigar o impacto. MALES QUE VÊM PARA O BEM A destruição causada pelas crises pode dar a oportunidade de reconstruir uma infraestrutura mais robusta, sustentável e eficiente. A fase de recuperação também pode fazer um destino repensar sua oferta de produtos e audiência. De fato, os desastres podem atrapalhar os obstáculos políticos e financeiros anteriores, tornando-se um catalisador para mudar o produto turístico, beneficiando tanto os cidadãos quanto os turistas. Um exemplo é Porto Rico, que decidiu adotar uma nova infraestrutura

O exemplo de Miami, com câmeras que mostram como está o destino e suas atrações

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locais que desejam ver suas casas e meios de vida protegidos e os viajantes que continuam sonhando em descobrir as maravilhas do mundo.

Puerto Rico Actual vs Lost Monthly Arrivals

Porto Rico - Chegadas mensais perdidas 250 Puertomilhares) Rico Actual vs Lost Monthly Arrivals (em 250 200

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LOST ARRIVALS Chegadas perdidas Figure 9: Puerto Rico Actual & Lost Monthly Arrivals (in thousands) ACTUAL ARRIVALS Chegadas atuais

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Centro de San Juan, capital de Porto Rico

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de energia depois que o furacão Maria destruiu a rede de transmissão e distribuição de energia da ilha em 2017, que deixou o cidadão comum sem eletricidade por uma média de 84 dias. Especificamente nesse caso, Porto Rico está planejando construir microrredes de baixo carbono que incorporem energia renovável, permitindo, por sua vez, maior resiliência energética e atenuando a falha das concessionárias. No entanto, esse corpo de trabalho é apenas o primeiro marco, ajudando-nos a preparar o terreno para envolver os principais interessados mais profundamente, à medida que colaboramos para desenvolver ferramentas de preparação para a auto-avaliação, bem como planos "básicos" para ações de emergência para os setores público e privado. Juntos, esperamos construir um futuro mais resiliente, não apenas para destinos e empresas, mas para as comunidades



Eventos

COMPARTILHANDO TECNOLOGIA Beatrice Teizen

Em meio a diversos eventos sendo cancelados ao redor do mundo por conta da disseminação do novo coronavírus, um dos primeiros a se ter notícia no mercado de viagens corporativas foi o SAP Concur Fusion, encontro que reúne mais de três mil participantes e aconteceria dos dias 9 a 12 de março, em Orlando, na Flórida. A Academia de Viagens Corporativas – das diretoras Patricia Thomas e Viviânne Martins –, juntamente com a SAP Concur, preparavam-se para levar, pela segunda vez consecutiva, uma delegação de clientes brasileiros, argentinos, mexicanos e colombianos (39 participantes no total, sendo 25 clientes e 14 parceiros) para viverem uma experiência de imersão tecnológica. Com uma agenda especial montada para atender as demandas e interesses dos diferentes convidados, seriam dias aprendendo as melhores práticas em tecnologia, sobre as ferramentas da SAP Concur e as tendências high tech do setor. Entre os convidados para a viagem – que contava com o apoio da American Airlines, Copa Airli-

nes, Gol, HRS e Universal Orlando Resort – estavam profissionais de travel, compras, facilities e TI de empresas como Credit Suisse, Amil, Nubank, Arezzo, Burger King e BTG Pactual. O mix de departamentos era para justamente criar integração, desenvolvimento, troca de experiências e conhecimen-

Rodrigo Murad, da SAP Concur, e Viviânne Martins, da Academia de Viagens, com Ana Paula Araújo e Alexandre Cavalcanti, da American Airlines


Patricia Thomas e Viviânne Martins, da Academia de Viagens Corporativas

tos entre os participantes das diferentes áreas. No entanto, profissionais deste mercado estão sempre enfrentando desafios e, muitas vezes, se deparam com imprevistos. Situações inesperadas que exigem um jogo de cintura em cima de algo já planejado, como foi com o caso inevitável do status de pandemia do covid-19 decretado pela OMS. A solução encontrada pelos organizadores da viagem? Não deixar abalar, fazer do limão uma limonada e realizar um dia de wor-

kshop no Pullman São Paulo Vila Olímpia, encerrado com um jantar para promover o networking entre clientes convidados e fornecedores. “Uma viagem de conteúdo é sempre uma grande oportunidade e esse é um projeto pioneiro nosso com a SAP Concur. Viagens foram vistas durante anos como um gasto dentro da empresa e, hoje, as companhias as enxergam como uma despesa estratégica para realmente trazer resultado e lucro. Foram seis meses de preparo com os parceiros, envolvendo muito trabalho por conta do compliance de cada corporação, mas, no fim, fomos protegidos do que estava por vir. O importante é que conseguimos, em três dias, realizar o workhsop, que foi uma forma de reunir os convidados, fazer trocas, relacionamentos, entender os produtos e trazer a essência da delegação. Não nos deixamos abater”, afirma Viviânne. COMUNIDADE O SAP Concur Fusion é o maior evento oferecido pela SAP Concur no mundo e tem como objetivo permitir que os participantes expandam suas redes de relacionamento em escala global, proporcionando uma vasta gama de contatos com especialistas, com os quais é possível buscar conselhos sobre melhores práticas da tecnologia. No entanto, a edição de 2020


precisou ser cancelada, devido à pandemia do coronavírus, pegando todos de surpresa. A organização do evento rapidamente tomou providências, fornecendo uma série de conteúdo e materiais on-line para os inscritos. Também abriu a possibilidade dos profissionais se conectarem com colegas e especialistas para fazer perguntas e compartilhar ideias. O que era para ser feito presencialmente, foi resolvido virtualmente, levando o evento a outro nível.

Para a delegação brasileira que estaria presente, a SAP Concur Brasil decidiu montar uma agenda virtual local, complementando a global. Foi feito todo um trabalho interno para que o cliente pudesse ter sua programação e interesses endereçados ao conteúdo disponibilizado na plataforma do evento. “Cada participante teve acesso aos anúncios mundiais feitos para todos os registrados do SAP Concur Fusion, mas construímos uma agenda local, fa-

Tamiris Rodrigues, da SAP Concur, e Laercio Vitrio, da ArcelorMittal


Workshop reuniu parceiros e clientes para relacionamento

Patricia Thomas e Viviânne Martins organizaram um workshop para os convidados

zendo esse match. Muitas vezes há a colaboração entre os clientes e, por isso, buscamos muito este conceito de peer to peer, de compartilhar conhecimentos e experiências”, conta o vice-presidente de Marketing para América Latina e Caribe da SAP Concur, Ricardo Kazuo. Mais do que a agenda organizada na semana que aconteceria o Fusion, a SAP Concur está promovendo algo maior com seus clientes e que vai perdurar, que é humanizar cada vez mais o relacionamento com os clientes e a utilização das ferramentas e soluções, assim que o contrato é assinado. “A adoção da tecnologia é um desafio, sabemos que existe uma dificuldade de se adaptar a novos recursos. No nosso programa conseguimos ajudar os usuários a minimizar os impactos, auxiliar na experiência, dar maneiras de entender o quão fácil é utilizar e que estamos aqui para ajudar”, diz a especialista de Marketing da SAP Concur, Tamiris Rodrigues. A divisão da empresa de tecnologia voltada para viagens corporativas foca bastante no fortalecimento da comunidade do usuário, reunindo clientes de diferentes empresas e segmentos para trocar ideias e realmente mostrar o que deu certo na sua companhia ou não. Um exemplo disso foi o webinar – com projeto de conti-




nuar ao longo do ano – realizado entre a Arezzo & Co e a ArcelorMittal na sede da SAP Concur. Ambos os profissionais estariam presentes na viagem e ambas as companhias utilizam as ferramentas. O objetivo foi justamente promover o relacionamento e compartilhar a experiência e melhores práticas de cada um. “Fortaleza não é só qualidade da solução que entregamos. É o ecossistema de parceiros e essa liberdade de compartilhamento”, pontua Kazuo.n

AREZZO & CO

“É uma ideia muito bacana para trocar experiências, ouvir a dor da outra empresa e vice-versa. Muitas vezes ficamos inseguros no momento de uma escolha de ferramenta, de um módulo, e, quando ouvimos a jornada de uma companhia que passou por aquela implementação e que pode ajudar, só tem a contribuir. Toda troca de experiência é muito válida, trazendo exemplos e questionamentos novos”, conta a coordenadora de Viagens na Arezzo & Co, Bianca Valau.n

PARCERIA Como empresa homologada SAP Concur, a Academia de Viagens Corporativas faz uma verdadeira consultoria para as companhias que adquirem as soluções e precisam implementá-las. O objetivo desse compromisso é garantir que as ferramentas, assim que inseridas na organização, tenham uma rápida adoção. “É necessário olhar para todo o programa de viagens. O mundo mudou, as políticas precisam ser mais flexíveis, o fluxo de aprovação tem de ser revisto e todo o ambiente da empresa precisa ser preparado. E este é o nosso trabalho. Assim, quando a implementação da SAP Concur estiver pronta, ela pode ser rapidamente adotada, com a adoção por parte dos colaboradores sendo amigável e fluindo de maneira mais fácil”, explica Patricia. Da parceria, surgiu também a ideia de criação de um white paper, falando da gestão da viagem corporativa de ponta a ponta, desde o momento da compra de uma ferramenta, até a prestação de contas quando o colaborador retorna. A SAP Concur apostou no projeto – que está em fases finais de elaboração e será distribuído de forma on-line em breve –, juntamente com um podcast. Ambos chamados Longe de Casa, dando foco a quem mais importa na busca pela experiência: o viajante corporativo. “Inseridos na programação já existentes de podcasts da SAP, os episódios falarão sobre qualidade de vida do viajante, estresse durante a jornada, focando a gestão end to end. Tudo o que fazemos no planejamento de um programa de viagens é sempre pensando no bem estar de quem viaja”, diz Patricia.n

ARCELORMITTAL “Nós tivemos alguns cuidados durante o projeto de implementação da ferramenta de expense, tivemos de alterar algumas configurações, por isso, existem alguns truques e dicas sobre os módulos para fazer a integração de maneira mais fácil e sem percalços. O objetivo é trocar a expe-

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riência, com os cuidados e riscos que tem de ter para um desenvolvimento que tenha o retorno que a empresa espera. É muito importante para conseguirmos a aderência necessária para que o projeto dê certo”, exemplifica o gerente das Demandas de TI da ArcelorMittal, Laercio Vitrio.n


SAP Concur em SP

Alexandre Oliveira, da HRS, com Rodrigo Murad e Tamiris Rodrigues, da SAP Concur

Ana Paula Zuppi, da Gol, e Patrícia Mello, do Credit Suisse

Danilo Ferro, da Pfizer, e Ricardo Kazuo, da SAP Concur

Aline Bueno, da HRS, e Natanael Correa, da Copa Airlines

Bianca Valau, da Arezzo & Co, Patrícia Mello, do Credit Suisse, e Luana Spinola, do Itaú Unibanco

Martim Diniz, da Universal Orlando Resort

Delegação brasileira embarcaria para o SAP Concur Fusion, em Orlando

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SAP Concur em SP

Patricia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas, e Kelly Duarte, da Claro

Rodrigo Murad, da SAP Concur, entre Viviânne Martins e Patricia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas

Ronei Borba, do Pullman São Paulo Vila Olímpia, e Raffaele Cecere, da R1

Parceiros da delegação brasileira fizeram apresentações de seus produtos e diferenciais

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Reinaldo Medeiros, da Braskem, e Patricia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas

Rodrigo Murad, da SAP Concur

Tamiris Rodrigues, da SAP Concur


PATROCINADO

Peter Weber Jr., da Europlus

EUROPLUS ATINGE MARCA HISTÓRICA EM VENDAS DE AÉREO EM JANEIRO A Europlus comemora o crescimento em vendas de aéreo em janeiro deste ano após a liberação do módulo em seu sistema de reservas online. Desde 2019, a operadora iniciou um forte investimento em desenvolvimento de sistemas e profissionais qualificados com o objetivo de ampliar seus resultados na venda de aéreo e outras novidades que vêm em seguida. A empresa é conhecida nacionalmente na distribuição de hotelaria, locação de carros e serviços. No portal da Europlus (www.europlus.com.br), o cliente consegue cotar os serviços como hotelaria, traslados, locações de carros, seguro viagem, atividades e ingressos online. Além disso, o cliente também encontra a opção do aéreo com

acordos com todas as principais companhias do setor, facilitando, assim, a compra do combo completo entre hotel e aéreo, e unificando o pagamento e atendimento. De acordo com o diretor da Europlus, Peter Weber Jr., a empresa deverá anunciar em breve outras novidades sobre produto e funcionalidades para os agentes que utilizam o sistema. “Temos em frente mais um ano cheio de desafios, e vamos seguir focando em mais soluções para o agente de viagens parceiro para que ele tenha mais força no mercado”, diz. “E, em breve, lançaremos mais produtos e formas de pagamento para nos tornarmos uma empresa completa no atendimento ao nosso cliente”, completa o executivo.

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