Edição nº 1.423 - Ano 28 | 20 a 26 de maio | www.panrotas.com.br
Ouvimos operadores de viagens de todo o mundo para aprender e entender como estão encarando a crise e se preparando para o retorno dos negócios
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PANROTAS — 20 a 26 de maio de 2020
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta
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CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)
EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br)
Página 04 Editorial - Meu tempo é hoje, mas e o futuro?
Página 06 Check-in - Como fica a diretoria da CVC Corp após a reestruturação do CEO Leonel Andrade
Página 08 Futurismo - nova mentalidade para as viagens corporativas
Página 12 GoLive - 11 instituições se juntam pelo setor de eventos
Página 18 Espaço Alagev - Nova era tecnológica para os eventos
Página 22 Retomada pelo mundo - operadoras internacionais relatam como superarão a crise do coronavírus
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Editorial
MEU TEMPO É HOJE, MAS E O FUTURO? Em palestra esta semana dentro de um evento criado pela Academia de Viagens, o futurista (ou pensador do futuro do Turismo) Johnny Thorsen, elencou tendências para as viagens corporativas, detalhou mudanças no comportamento de consumidores e players da indústria, deu dicas de como poderá ser o papel de cada um no mundo pós-pandemia. Mas de cara disse que estaria muito feliz se acertasse 25% das suas previsões. Em outra live, na série Check Point, no Portal PANROTAS, o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, seguiu na mesma linha: não sabemos o que vem pela frente. Não dá para bater o martelo sobre malha aérea e destinos a serem operados em um cenário de demanda próxima a zero (a Latam está com vendas que equivalem a 7% do que era vendido antes da pandemia) e com mudanças e novidades a cada instante. O planejamento é passo a passo. Um dia após o outro, analisando os números e as estatísticas para conseguir enxergar alguns meses à frente. Talvez semanas. No entanto, algumas certezas (a maioria delas angustiante) permitem saber o que não fazer ou que medidas tomar.
Não que essas medidas sejam garantia de sucesso em um mundo diferente lá na frente, mas permitirão passos mais calculados, olhando bem de perto o chão onde pisaremos. Reduzir custos, investir nas fortalezas da empresa, estar junto do cliente e ouvi-lo, se basear em dados científicos (especialmente em relação a segurança e saúde), fazer parcerias e saber que a recuperação será bem lenta são algumas das “certezas”. Além da principal: a crise da pandemia vai passar e um novo cenário estará aberto para... quem souber e puder aproveitar. Enquanto isso, seguimos passo a passo. Olhando para todos os lados. E nós, aqui na PANROTAS, seguimos buscando ler toda a indústria, com foco na distribuição de produtos e serviços. Para aumentar ainda mais nosso contato com vocês, abrimos um canal no Telegram, com comentários diários sobre... Viagens e Turismo. Junte-se a nós também no Telegram e aguarde, em poucos dias, a segunda pesquisa Pulso Turismo e Covid-19, do TRVL LAB, com resultados do trade e dos viajantes frequentes. Passo a passo, e juntos, chegaremos lá. #SomosTodosTurismo
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Check-in Mercado
Leonel Andrade Primeiro Impacto
O novo CEO da CVC Corp, Leonel Andrade, foi anunciado em 5 de março, poucos dias antes de a covid-19 se tornar uma pandemia global e atingir o Turismo em cheio. No olho do furacão. Em sua primeira entrevista para o trade como o líder da maior empresa do setor no Brasil, publicada aqui na revista PANROTAS, Andrade prometeu integrações e fusões de marcas e departamentos na empresa e poucas semanas depois cumpriu a promessa. Anunciou uma redução no número de diretorias, diminuindo o reporte direto a ele e dividindo a empresa em B2B e B2C, cada área com cerca de 50% de participação nas vendas. Em linhas gerais a CVC Corp passa a adotar um novo modelo organizacional, baseado na evolução das suas unidades de negócio, considerando três pilares estruturais: Negócios, Clientes e Áreas Corporativas. Ao todo, são 15 áreas com reportes ao CEO Leonel Andrade, reordenadas da seguinte forma: Marcas que falam diretamente com consumidores finais, ou seja, B2C – Business to Consumer, como são os casos dos times da CVC, CVC.com e Experimento estão agora agrupadas na Unidade de Negócios (UN) B2C Brasil, sob a responsabilidade de Emerson Belan, que passa a ser diretor das Unidades de Negócio B2C Brasil da CVC Corp; Marcas que fazem o atendimento B2B – Business to Business, atendendo agências de viagens como fazem RexturAdvance, Esferatur, Visual e Trend, integram a UN B2B Brasil, com o diretor geral Luciano Guimarães, que passa a ser diretor das Unidades de Negócio B2B Brasil da CVC Corp. Um diretor de Vendas para a Trend será 6
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Leonel Andrade
anunciado nos próximos dias, bem como novos planos para cada uma das marcas; Marcas que são puramente on-line no Brasil, como Submarino Viagens e Almundo estarão na UN OnLine Brasil, cujo líder será anunciado em breve; Desde a semana passada, as negociações com fornecedores para a busca das melhores tarifas aos clientes CVC Corp estão concentradas na diretoria de Sourcing (Produtos), sob o comando de Sylvio Ferraz, "com líderes e times dedicados a buscar oportunidades em tarifas nacionais e internacionais para as nossas marcas, em produtos terrestres, aéreos, locação de carros, cruzeiros, locação de casas, produtos agregados, concentrando as negociações com o mercado para todo o grupo";
Inovações e novas ferramentas que podem impulsionar a experiência digital dos clientes CVC Corp continuam agrupadas na diretoria Produtos Digitais, liderada por Marcello Quintella, também imprimindo visão para todas as marcas; E, também duas novas diretorias, cujos responsáveis serão anunciados em breve – diretoria de Clientes, que vai reunir os times de Pricing, Revenue Management, CRM e Qualidade, trabalhando a visão integrada de todos os clientes da CVC Corp e gestão dos ciclo de vida, políticas de preços e ofertas; e a diretoria de Desenvolvimento de Negócios, com a área de Planejamento Estratégico e acompanhamento das ações de cada área, cartões cobranded, produtos de fidelidade e receitas auxiliares. Diretoria Executiva de Gente e Gestão, com Marcello Zappia, agora também sendo responsável pela Gestão das Metas do grupo e comunicação institucional das marcas com o mercado (além de Aquisição de Talentos, Remuneração, Desenvolvimento Humano, Engajamento e Comunicação Corporativa); Diretoria Executiva de Operações, com liderança de Ricardo Pinheiro; Diretoria Executiva de Tecnologia, com Jacques Varaschim no comando; Diretoria Executiva de Finanças, com Maurício Montilha à frente de Finanças, Controladoria, Contabilidade, Relações com Investidores e CSC – Centro de Serviços Compartilhados; Uma nova Diretoria Executiva de Governança, cujo líder será anunciado em breve, para comandar Jurídico, Compliance, Auditoria e Relações Governamentais. Por fim, na Argentina: Juan Pablo Lafosse segue como diretor geral da Almundo, María Cecilia Gorgo segue como diretora geral da Ola e Cristian Adamo como diretor geral da Bibam.n
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Leonel Andrade muda diretores da CVC Corp; veja quem fica
2 Quem pode ter acesso aos R$ 5 bilhões da MP 963? Confira
3 MTur detalha como será feita a liberação dos R$ 5 bi ao Turismo
4 'Nova hotelaria' começa a sair do papel com protocolo global
5 MTur explica acesso a crédito da MP 963 hoje, às 14h, na PANROTAS
6 Ministério do Turismo apresenta programa Turista Protegido
7 Tendências e novo mindset para o setor de viagens corporativas
8 Pandemia gera mudanças definitivas na aviação, diz Jerome Cadier
9 Avianca Holdings pede recuperação judicial (Chapter 11) em Nova York
10 Lojas CVC vendem 15% de antes da crise, diz CEO da CVC Corp
Fonte: Portal PANROTAS
PANROTAS no telegram
A PANROTAS acaba de criar seu canal no Telegram e como diferencial dos outros canais, enviará uma análise diária (rápida e fácil de ler) das notícias mais relevantes da indústria de Viagens e Turismo, preparada por nossos editores, além da Revista PANROTAS toda semana para a comunidade. Como no WhatsApp, nada de spam. Se você ainda não conhece ou usa o Telegram, pode baixá-lo para iOS e Android nas lojas da Apple e do Google. E para se juntar ao nosso novo canal, o link é https://t.me/panrotas. “No final do dia sempre será enviado um texto curto e exclusivo à nossa comunidade, com a Análise dos Editores, um resumo crítico das notícias importantes de nosso setor”, conta o CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta. E toda sexta-feira, assim que a Revista PANROTAS for finalizada, os usuários do Telegram e integrantes do nosso canal, recebem a edição digital da publicação, com reportagens e entrevistas exclusivas. A PANROTAS decidiu criar esse canal no Telegram porque viu o aumento de relevância do serviço nessa crise e porque sentiu a necessidade de oferecer também a esses usuários uma comunicação diferenciada sobre nossa indústria. É um complemento ao WhatsApp, onde continuamos enviando a Revista PANROTAS todas as semanas para mais de oito mil profissionais cadastrados.n 20 a 26 de maio de 2020 — PANROTAS
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Futurismo Futurismo Beatrice Beatrice Teizen Teizen
UM UM NOVO NOVO MINDSET MINDSET PARA PARA AS AS VIAGENS VIAGENS CORPORATIVAS CORPORATIVAS
Patricia Patricia Thomas Thomas e Viviânne e Viviânne Martins Martins apresentaram apresentaram o evento o evento híbrido híbrido da da Academia Academia de de Viagens Viagens Corporativas, Corporativas, queque contou contou com com mediação mediação de de Artur Artur Luiz Luiz Andrade, Andrade, da da PANROTAS, PANROTAS, e palestra e palestra de de Johnny Johnny Thorsen, Thorsen, futurista futurista do do setor setor
Como Como será será oo futuro futuro dodo mercado mercado dede viagens viagens corcorporativas, porativas, após após a pandemia a pandemia dede covid-19? covid-19? Com Com um um cenário cenário bastante bastante incerto incerto e mudanças e mudanças acontecendo acontecendo dede um um diadia para para o outro, o outro, não não é tarefa é tarefa fácil fácil prever, prever, mas mas háhá algumas algumas perspectivas perspectivas nono horizonte. horizonte. O futurista O futurista dodo setor setor dede viagens viagens corporativas corporativas Johnny Johnny Thorsen Thorsen troutrouxexe alguns alguns insights insights e tendências e tendências para para a indústria a indústria emem sua sua palestra palestra nono 1º1º Festival Festival Internacional Internacional dede Viagens Viagens e Eventos e Eventos Corporativos Corporativos On-line, On-line, realizado realizado pela pela AcaAcademia demia dede Viagens Viagens Corporativas. Corporativas. Em Emjaneiro, janeiro,Thorsen Thorsenlançou lançouuma umaprovocação provocaçãoe e apresentou apresentou alguns alguns pontos pontos que que poderiam poderiam prejudicar prejudicar o mercado o mercado dede viagens, viagens, que que estava estava háhá muitos muitos anos anos emem crescimento. crescimento. Entre Entre eles eles estava estava a possibilidade a possibilidade PANROTAS — 20 — 20 a 26 a 26 dede maio maio dede 2020 2020 8 8 PANROTAS
dede asas aéreas aéreas não não aceitarem aceitarem mais mais cartões cartões dede crédito, crédito, osos chatbots chatbots dede inteligência inteligência artificial artificial eliminarem eliminarem a exa experiência periência dodo usuário usuário e políticas e políticas dede viagens viagens baseadas baseadas emem orçamentos orçamentos dede carbono. carbono. NoNo entanto, entanto, ninguém ninguém imaginava imaginava que, que, apenas apenas dois dois meses meses depois, depois, o mundo o mundo enfrentaria enfrentaria algo algo pior, pior, como como o novo o novo coronavírus. coronavírus. “Há “Há duas duas semanas, semanas, oo número número dede passageiros passageiros dede avião avião caiu caiu 95% 95% aoao redor redor dodo mundo. mundo. Não Não teremos teremos uma uma recuperação recuperação rápida rápida eo eo mercado mercado dede viagens viagens corporativas corporativas voltará voltará mais mais devagar devagar dodo que que o de o de lazer. lazer. SóSó poderemos poderemos vencer vencer este este problema problema trabalhando trabalhando juntos juntos e dividindo e dividindo asas melhores melhores práticas práticas e tudo e tudo terá terá dede serser ajustado ajustado empresa empresa porpor empresa, empresa, região região porpor re-região”, gião”, afirmou. afirmou.
SEIS TENDÊNCIAS
O especialista trouxe para os participantes do encontro on-line seis tendências que ele captou por meio de conversas com players do mercado e acredita que serão vistas em um futuro breve.
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DEFINIÇÃO DE UM NOVO PROTOCOLO DE SEGURANÇA Mais do que nunca será necessário fazer uma verdadeira auditoria do desempenho de limpeza e higiene dos fornecedores, principalmente companhias aéreas, hotéis e locadoras de automóveis. Isso poderá ser feito por performances entregues por meio de dados, sem intervenção humana.
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NOVOS PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO ANTES DA VIAGEM A viagem é importante o suficiente para justificar o exercício do planejamento? Planejar agora será caro, por isso surgirá o novo mindset sobre quando o deslocamento poderá e se deverá, de fato, acontecer. Tudo precisará ser documentado, pois cada país terá suas regras, que poderão mudar em questão de dois dias, e deverá ser construído com a possibilidade de cancelamento.
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TESTE PARA COVID-19 NO DIA DA VIAGEM (OU UM DIA ANTES) Todos os aspectos de saúde do colaborador serão levados em conta a partir do momento que começarmos a viajar, incluindo testes a serem feitos para identificar o coronavírus. Pode ser que um país exija apenas o uso de máscara, mas, em outro, seja preciso medir a temperatura. A companhia e o viajante permitem isso? A empresa precisará estar pronta para diferentes cenários.
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REUNIÕES HÍBRIDAS CONECTADAS COM PRESENCIAIS Será um novo ambiente para as reuniões, com grupos de pessoas se encontrando pessoalmente, mas também virtualmente. Como planejar o evento com aquelas que precisam se locomover até o local e as que ficarão em casa? Será necessário ter tecnologia para isso, pois só o Google Maps para calcular as distâncias não será suficiente. E os hotéis precisarão se adequar a essa nova realidade, oferecendo conexão e internet de ponta.
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PACOTE DE PROTEÇÃO CONTRA COVID-19 À ESPERA DO VIAJANTE Máscaras, luvas, kit para teste, como estes objetos serão entregues ao viajante corporativo? Ele mesmo levará seu kit? Ele será entregue no hotel, no aeroporto? Não há como saber como funcionará, mas esta questão dependerá de cada indivíduo e de suas escolhas pessoais.
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HABILIDADES POR DESTINO PARA REDUZIR A NECESSIDADE DE VIAGENS Para que haja menos deslocamentos, será necessário descobrir qual é a pessoa qualificada mais próxima do cliente em questão. Ter um arquivo com as habilidades dos funcionários para entrar na nova equação do planejamento dos deslocamentos será essencial.
NOVAS TECNOLOGIAS
Com o “novo normal” pela frente, novas tecnologias serão necessárias para que as coisas funcionem e o novo processo seja gerenciado. Algumas startups estão criando soluções para atender às diferentes necessidades que o momento pede e se transformando para o mundo que está por vir. Veja alguns exemplos dados por Thorsen: Troop Travel: a plataforma de viagens, reuniões e eventos, que utiliza big data para ajudar no planejamento, vem criando alternativas para eventos híbridos, seguindo protocolos da covid-19; Shep: a ferramenta ajuda empresas, gestores de viagens e TMCs a entender, monitorar e economizar em reservas de viagens corporativas feitas em sites de consumidores, capturando buscas e entregando mensagens instantâneas; 3 Victors: a plataforma identifica tendências precoces nos volumes de pesquisa e alterações de preço, fornecendo soluções analíticas; Ansero: este serviço ajuda a definir e gerenciar taxas-alvo para propriedades hoteleiras aprovadas no programa de viagens; Thrust Carbon: a ferramenta faz um cálculo automatizado instantâneo da emissão de carbono com deslocamento opcional. 20 a 26 de maio de 2020 — PANROTAS
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MUDANÇA DE MINDSET
“Buyers e fornecedores terão uma série de preocupações para o futuro, será um desafio. Mas, por muitos anos, falta de tempo era a desculpa de diversos players no mercado. Agora, quem não sair da caixa e não começar a mudar, vai ficar para trás. É uma oportunidade fantástica para as pessoas que têm vontade de criar algo novo”, disse Thorsen. Além disso, onde é que as viagens estarão alocadas dentro da empresa? Continuarão em RH, em finanças, em segurança? Ou será que uma nova área será formada, que cuidará de tudo relacionado à covid-19 ou à saúde? Pode ser que as companhias tenham de criar este novo departamento daqui para frente, já que novos procedimentos, medidas e tecnologias terão de ser introduzidos. “Teremos um novo normal, pelo menos por um tempo. Na minha linha do tempo, a recuperação pode vir em cinco anos ou mais. Não há achismos que tudo voltará ao normal em janeiro, por exemplo. Os fornecedores não acreditam nisso. Temos de estar preparados para mudanças, será uma longa recuperação para viagens.”
APRENDIZADOS DA CRISE
Mesmo com todos os aspectos negativos, coisas boas também saem de crises. Como aprendizados, o especialista citou que, diferentemente dos atentados de 11 de setembro, que, 20 anos depois nunca houve a criação de um sistema global único de segurança, para o pós-coronavírus, isso não poderá acontecer. Será preciso ter padrões fáceis de serem seguidos por viajantes de todo o mundo para que as viagens sejam feitas de maneira segura. Compartilhamento de dados também será extremamente importante. Muitas empresas e profissionais não costumam dividir seus dados e informações. No entanto, mostrar o que é possível fazer e o que não é e ser o mais transparente possível com os dados ajuda a ganhar a confiança de mais pessoas, principalmente no cenário da pandemia.n 10
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1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE VIAGENS E EVENTOS CORPORATIVOS ON-LINE O encontro on-line, criado pela Academia de Viagens Corporativas durante o período de isolamento social e que tem apoio da R1, SAP Concur, GJP Hotels, Kontik e Paytrack, contará com outras quatro datas: 19 e 26 de maio e 2 e 9 de junho. Totalmente em inglês, o festival traz profissionais internacionais do mercado, referência em dados e análises sobre o futuro dos negócios no setor de viagens e eventos corporativos. Confira a seguir a programação das próximas palestras: 19 DE MAIO, ÀS 17H Qual será o novo normal para a gestão do cliente de viagens corporativas? Com Jennifer Steinke, líder global de Viagens da PPD Laboratories 26 DE MAIO, ÀS 10H Como se reinventar profissionalmente no mercado de eventos? Com Avinash Chandarana, diretor global de Desenvolvimento e Aprendizado do MCI Group 2 DE JUNHO, ÀS 17H O que experts da indústria aérea estão discutindo para a retomada? Com Christine Valls, vice-presidente de Vendas para América Latina, Flórida e Caribe da American Airlines 9 DE JUNHO, ÀS 17H A indústria de hotelaria passará por uma grande transformação, como se preparar com novas estratégias e novos olhares para RFPs? Com Susan Shaid-Kedson, diretora global de Contas da Accor Hotels
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Viagens Corporativas Beatrice Teizen
JUNTOS EM PROL DOS EVENTOS
Onze instituições da indústria de eventos no Brasil – Ampro, Abeoc, Abrace, Abrafesta, Abrape, Academia Brasileira de Eventos e Turismo, Alagev, Apresenta, ForEventos, Unedestinos e Ubrafe – uniram-se e criaram, em conjunto, a Go Live – Juntos pelos Eventos. A iniciativa é uma coalizão aberta, reunindo, de forma igualitária, os profissionais, as empresas e as instituições mais representativas do setor. O objetivo do projeto é contribuir no combate à disseminação do novo coronavírus e com a retomada segura de eventos e atividades presenciais, tão logo se inicie um relaxamento da quarentena e conforme as medidas determinadas pelas autoridades do governo. Em live, os idealizadores discutiram os principais detalhes do lançamento da aliança. “Antes de esperar que nossos governantes ajam, devemos contribuir com as boas práticas, espalhar experiências e criar uma série de protocolos práticos e fáceis de implementar. Conseguimos gerar um documento base muito útil e, quando as autoridades permitirem os encontros, estaremos preparados para oferecer procedimentos seguros 12
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para os eventos”, explicou um dos organizadores do projeto e CEO do Grupo R1, Juan Pablo de Vera. Suportada em três pilares – Segurança, Impacto e Legislação –, a coalizão, formada por um grupo multidisciplinar, trabalhou em conjunto e de forma colaborativa para criar um documento sólido que atenda as diferentes necessidades da indústria de eventos, formada por agências, fornecedores, sindicatos e profissionais, cada qual com suas características. O material resultante deste trabalho foi o Protocolo para a Retomada da Indústria de Eventos no Brasil, que já foi disponibilizado a autoridades governamentais, reforçando que os eventos representam um dos setores mais importantes na mobilização da economia e na consequente geração de empregos. “Além das instituições que aderiram de primeira, a ideia é, assim que tivermos o site pronto, ter o apoio de qualquer um que deseja que o setor volte o mais cedo possível, é para todo mundo mesmo. Queremos receber o máximo de adesão e de engajamento, pois, quanto mais gente no grupo, mais o movimento cresce e mais cedo a gente volta com força total nos eventos”, afirmou o presidente executivo da Ampro, Alexis Pagliarini. A criação da coalizão e do material foi idealizada não somente para a situação dos eventos no momento atual da crise de covid-19, mas também já pensada para o momento da volta. Para que todos os players da cadeia estejam preparados para quando tudo voltar ao “novo normal”. COMPLIANCE Uma questão pertinente levantada durante a live foi a da participação dos colaboradores de em-
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presas nos eventos. A partir do momento que a curva comece a se estabilizar e o governo coloque diretrizes, o público voltará a frequentar encontros, no entanto, o maior desafio poderá ser o receio que as companhias, seja por meio do RH ou de compliance, terão de liberar seus funcionários. “Por isso devemos motivar fortemente os clientes finais a permitirem seus colaboradores a participar dos eventos. Com isso acho que o retorno será mais rápido. Se multiplicarmos essa informação, mais gente saberá que há segurança. Se tivermos esse olhar de convencer de uma forma positiva nossos clientes de que é seguro e que todo mundo está preparado, é um foco para acelerar o processo”, pontuou o diretor da Tes Cenografia, Marcelo Chanoft. O documento poderá ajudar justamente neste sentido. Servirá para mostrar aos clientes finais – e todos os elos que compõem a cadeia – que o segmento está preparado, que tem estrutura e que tem um material com padrões. Usar como ferramenta para um movimento de que a indústria de eventos tem protocolos e orientações a serem seguidos no pós-pandemia. “Nosso trabalho é sermos evangelizadores dos novos protocolos dos eventos. Nós, como setor de eventos, teremos de mostrar o que estamos fazendo. Confiança não se vende por e-mail ou WhatsApp, mas, sim, por atitude, demonstrando com pequenos gestos que estamos fazendo a diferença. Temos que mostrar que estamos adotando medidas para combater o contágio da covid-19. Será um trabalho nosso, que o governo não fará por nós”, finalizou de Vera.
PRONTOS PARA O AO VIVO
Juan Pablo de Vera, CEO da R1 e um dos idealizadores do movimento Go Live Brasil
REVISTA PANROTAS – Como surgiu a ideia da Go Live Brasil – Juntos pelos Eventos? JUAN PABLO DE VERA – Este é um movimento voluntário, trata-se de uma coalizão aberta, reunindo, de forma igualitária, os profissionais, as empresas e as instituições mais representativas do setor, que têm como objetivo primário estimular a realização de eventos e atividades “Live”, principalmente no momento pós covid-19, tão logo se inicie uma distensão da quarentena e conforme as medidas determinadas pelas autoridades do governo. Fomos inspirados pelo movimento Go Live Together, uma coalizão dos Estados Unidos ligadas ao mercado “Live” (Feiras, Exposições, Eventos, Shows, Incentivos, Conferências e Trade Marketing). Assim, com esse mesmo objetivo, criamos um grupo semelhante no Brasil. RP – Como foi feita a elaboração das práticas e protocolos, voltados às particularidades do mercado brasileiro de eventos? DE VERA – Quando os efeitos da pandemia chegaram ao Brasil, imediatamente alguns colegas, profissionais e empresários do setor de eventos
formaram grupos para trocar notícias e compartilhar alguns dos desafios que o mercado estava enfrentando. Fui convidado a fazer parte de um deles com mais de 300 pessoas, todos muito competentes e com muita experiência na atividade no País. Fiquei muito engajado com o trabalho deles e foi então que tive a iniciativa de propor formar um “Think Tank” (um grupo de especialistas para refletir e gerar propostas) para preparar um documento que sirva de referência para a retomada do setor de eventos no Brasil. RP – No que consistem esses protocolos? Como funcionarão na prática? DE VERA – Esse grupo de 23 profissionais, com mais de 530 anos de experiência fazendo eventos no Brasil, conseguiu produzir esse documento com ideias e sugestões trazidas da Europa e dos Estados Unidos e seguindo as orientações da OMS. Todas as recomendações e melhores práticas foram encaminhadas às associações e entidades que representam o setor. Eles poderão aproveitar essas práticas e recomendações no momento de coordenar os protocolos junto às autoridades do governo. 20 a 26 de maio de 2020 — PANROTAS
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RP – Qual é a importância do documento criado pela coalizão neste momento de pandemia e para o pós-coronavírus? DE VERA – A meu entender o mais relevante no começo foi a junção de tantas pessoas com talento pensando juntas em soluções comuns. E da mesma forma devemos destacar o empenho e dedicação de todos para produzir esse material. Mas, pessoalmente, entendo que o mais importante foi o resultado final: hoje conseguimos enxergar em todo Brasil que os empresários e as autoridades já passaram a trabalhar juntos na implementação dessas recomendações e sugestões para ser implementadas em seus Estados e cidades, conforme as possibilidades e necessidades de cada região do País. Então, podemos dizer que a maior conquista não foi o documento em si, mas foi muito mais importante conseguir contribuir para uma agenda positiva, mobilizando a indústria de eventos para ser protagonista na criação de programas sustentáveis para a retomada de nossas atividades. RP – Como está sendo este primeiro momento de adesão e como foi a reação do mercado? DE VERA – Ficamos muito contentes pela contribuição de todos os que fizeram parte do primeiro grupo de trabalho, com cada um se prontificando a ajudar com os materiais, as traduções, o plano de comunicação e as plataformas de mídias sociais. Todos contribuindo de maneira voluntária. Em seguida, conseguimos os apoios das 11 associações do setor. E, nesta nova fase, somaremos as adesões de empresas e profissionais para fazer desta uma campanha única em defesa da indústria de eventos no Brasil. RP – De que forma as empresas e profissionais podem aderir? Qualquer companhia do setor pode fazer parte? DE VERA – Sim, são todos bem-vindos. A iniciativa é somar forças junto a todas as empresas do setor e nos apoiar na capacidade delas para levar a mensagem a toda a cadeia que participa na indústria de eventos. Desejamos que a mensagem seja repassada por todos
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os profissionais, as empresas organizadoras, produtoras, montadoras, fornecedoras, junto aos próprios expositores, patrocinadores, palestrantes, visitantes e participantes em eventos para que juntos consigamos cumprir nosso três objetivos fundamentais: combater a covid-19 com práticas efetivas; impulsionar todos os setores da economia que participam em eventos; e coordenar uma retomada responsável de nossas atividades em nossas empresas e durante a realização dos nossos eventos. RP – Quais são os próximos passos da Go Live Brasil? DE VERA – Levar nossa campanha com ajuda dos principais meios de comunicação a todos os profissionais que participam direta ou indiretamente da indústria de eventos. Este é um momento em que devemos unir forças e competências para estarmos preparados para uma retomada organizada e sustentável dos eventos. Em nossas feiras, congressos, eventos corporativos, sociais e culturais conseguimos ajudar a lançar novos produtos, gerar mais vendas, impulsionar as atividades de marketing, reforçar as relações com os canais de distribuição, nos aproximar de clientes e manter contato com as publicações especializadas. Os eventos já faziam isso de maneira efetiva antes da covid-19 e, com estas sugestões e recomendações, conseguiremos ajudar uma vez mais no desenvolvimento econômico do Brasil. RP – Estas medidas e protocolos continuarão fazendo parte no futuro dos eventos, quando a pandemia acabar? DE VERA – Entendo que sim. No século 20 aprendemos novas práticas de higiene e descobrimos novas técnicas e programas de saúde para benefício de todos. Também após os ataques terroristas de 11 de setembro tivemos que nos adaptar a novas maneiras de viajar e visitar museus, estádios e espaços públicos. Seguramente muitas das medidas que adotaremos para combater esta pandemia serão adotadas no nosso cotidiano. Juntos poderemos construir um mundo mais seguro e mais sustentável para todos. n
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www.alagev.org | Edição 33 – 26 de fevereiro de 2020 www.alagev.org | Edição 33 26de demaio fevereiro de 2020 36 –– 20 de 2020
Parte integrante da Revista PANROTAS E VIAGENS CORPORATIVAS Parte integrante da Revista PANROTAS EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS
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NOVA ERA TECNOLÓGICA PARA OS EVENTOS O mercado de eventos corporativos, educacionais, de entretenimento e sociais vem sendo fortemente abalado pelo distanciamento social, devido à pandemia do novo coronavírus. As empresas estão tendo de pensar em alternativas, reconsiderar estratégias e recorrer às ferramentas de videoconferência e live streaming para concluir seu objetivo, seja o lançamento de um produto, o compartilhamento de conhecimentos ou o treinamento de seus funcionários. Nunca se receberam tantos convites para encontros on-line, que ocupam as redes sociais, sobrecarregando as agen18
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das das audiências remotas e impulsionando o desenvolvimento de soluções tecnológicas pertinentes ao momento atual. Mesmo com todos os aspectos negativos que vieram com a covid-19, coisas boas também saem de crises, como novas ferramentas e a sensação de estar perto, mesmo que de longe e virtualmente. “A enorme quantidade de lives, webinars e videoconferências realizadas a partir do confinamento social criou um cenário favorável para lançarmos o Hall Virtual, que é um ambiente virtual integrado à plataforma da Inteegra Tec. A ferra-
menta permite a exibição do conteúdo ao vivo ou gravado, além da interação segura entre todos os atores do evento”, conta o CEO da Inteegra Tec, Rogério Miranda, que viu, neste cenário de adversidade, a oportunidade de lançar o produto, que já havia sido concebido pela equipe. A demanda por eventos presenciais está estagnada, mas, nem por isso, alheia quanto ao uso de plataformas digitais. Serviços do tipo trazem benefícios, como não estarem restritos à cenografia, reproduzindo espaços de eventos para tornar mais amigável a navegação
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dos participantes, como é o caso da tecnologia da Inteegra. Além disso, os dados de interação dos convidados podem ser convertidos em informações, o que agrega valor aos expositores, palestrantes, patrocinadores e demais públicos de interesse. Medir o retorno sobre a experiência acaba sendo mais rápido e prático, com o feedback dos participantes quase que instantâneo. As informações durante as etapas de navegabilidade passam a ser disponibilizadas em tempo real, podendo ser estratificadas por perfil ou individualmente, respeitado o grau de privacidade definido no momento do credenciamento – principalmente agora, levando em conta a questão da LGPD. É claro que ferramentas de eventos virtuais não substituirão os presenciais, quando estes voltarem a ser realizados, mas elas terão um grande papel daqui para frente e valorizarão ainda mais os encontros face to face. “Tudo indica que plataformas assim serão essenciais para o futuro, diante do ambiente de eventos híbridos. Elas ajudam, por exemplo, a aumentar o retorno do investimento necessário à realização de um evento presencial, independentemente do número de participantes. Desde uma mini meeting, até uma feira com centenas de estandes, milhares de visitantes, fóruns simultâneos, salas abertas ou de acesso exclusivo para convidados, todos ganham em audiência, assim como em gestão de informações estratégicas”, afirma Miranda. Infelizmente, a indústria de eventos está praticamente impedida de atuar nos mesmos moldes de antes. Novos protocolos estão tendo de ser criados e adotados, medidas de segurança e higiene estão sendo reforçadas e os players deste mercado estão, dia a dia, se reinventando para sobreviver durante a crise e também para estarem prontos na hora da retomada. Por isso que garantir a sobrevivência de toda a cadeia, de todos os lados, é tão importante. “A união dos esforços setoriais se impõe como o caminho a ser trilhado. Não tenho dúvida: a competência criativa, aliada à tecnologia, aponta cada vez mais para novas e melhores oportunidades de negócios para o setor. Juntos, vamos contribuir para a construção do ‘novo 20
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Rogério Miranda, CEO da Inteegra Tec
normal’, confiantes no futuro do setor, que sempre soube superar desafios. Temos de estar preparados para lidar com imprevistos, mas com muito mais disposição para aprender, ousar, com os pés no chão, e qualificados para surpreender a nós mesmos”, pontua. COMO FUNCIONA Com ambientes inteiramente customizáveis, o Hall Virtual Inteegra é pautado em três conceitos distintos e complementares: Design de Interface do Usuário, que é o meio pelo qual o participante interage e controla o dispositivo; Experiência do Usuário; e UI, a maneira como o usuário alcançará essa experiência. A plataforma oferece uma aplicação prática, que resulta nas facilidades que proporcionam para os participantes do evento a realizarem o credenciamento
– apoiado por aplicativos interativos –, explorarem a área de exposição e interagir com os expositores nos estandes. Ao final de cada evento é possível ainda mensurar resultados com precisão e qualidade em tempo real, por meio de relatórios. Toda trilha tecnológica que define a jornada de um evento no ambiente é produzida a partir das demandas no briefing dos clientes e sob a orientação do organizador. O conteúdo é on demand e proporciona o controle e a retenção das audiências por qualquer tipo de dispositivos e sistemas operacionais. O feedback dos participantes em tempo real acaba trazendo mais segurança à gestão. Por meio de um conjunto de indicadores e algoritmos, é possível medir e aprimorar os resultados alcançados, identificando o grau de satisfação do público.n
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Mercado
Rodrigo Vieira e Vinicius Novaes
GIRO PELO MUNDO
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Portugal, Algarve
Informações abundantes e multiplataformas, de autoria de quem quer que seja, muitas vezes duvidosas, borbulham pelas mídias digitais nesta pandemia. Vêm muitas vezes para aclarar as coisas, dar perspectivas, mas por outro lado podem destoar, confundir e deixar o profissional de Viagens e Turismo, em casa, ainda mais apreensivo e em busca de respostas, ou melhor, da resposta. A questão: quando poderei voltar a vender? Decisões relacionadas à pandemia já são confusas no próprio Brasil. Traçar prognósticos por aqui já é uma tarefa difícil, uma vez que existem confrontos de opiniões e fatos entre as próprias autoridades, esferas de governo e mídia. O que vem lá de fora também é muito complicado de medir. Destinos como Algarve, em Portugal, e Islândia, com poucos e controlados casos da doença, já se dizem abertos. A hotelaria começa uma abertura gradual no 22
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Brasil e no mundo, seguindo protocolos criados pelas próprias redes e pelos governos locais - na semana passada, o WTTC lançou oficialmente os procedimentos para hotelaria e estabelecimentos comerciais atuarem de forma segura de maneira a evitar a propagação do vírus. Na tentativa de esboçar um panorama inicial e específico para o Turismo, a Revista PANROTAS entrou em contato com operadoras e receptivos de alguns dos principais destinos que os brasileiros buscam em suas férias. São empresas que têm no público brasileiro um importante target. Prezam, portanto, pelo seu cliente. É claro que esses operadores estrangeiros são apenas parte da verdade, que virá de várias fontes, mas em tempos de informações debandadas, que nem os governos das maiores economias globais conseguem ter certeza de suas decisões, ouvir o mercado, ouvir nossos
África
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parceiros, pode ser um bom começo. Também é evidente que os operadores internacionais não têm todas as respostas. Alguns foram mais econômicos nas palavras, outros mais otimistas, outros pessimistas, outros realistas... Confira, por destinos, as opiniões dos operadores. ÁFRICA DO SUL Segundo a Organização Mundial da Saúde, a África do Sul tem mais de 12 mil casos confirmados e o governo do país adotou uma retomada gradual para reabrir a economia e o comércio em geral. Monika Iuel, da Private Safaris, disse que as fronteiras podem ser abertas para viagens em um nível 1 (considerando o nível 5 o mais severo). “Não temos parâmetros sobre como passaremos de um nível para o outro, o governo monitora o impacto do vírus no país e altera as regras conforme a necessidade”, disse. Em relação ao mercado do Turismo, Monika afirmou que todas as reservas foram canceladas até agosto. “Estamos pressionando ativamente o governo a acelerar o processo de abertura no quarto trimestre deste ano, para garantir que ainda possamos aproveitar a alta temporada”, garantiu. Mas ela acredita que o último trimestre de 2020 poderá reservar o retorno das viagens, além de um 2021 com alto volume de pedidos. “Muitos merca-
dos incentivaram a remarcação ao invés do cancelamento definitivo, então há esperança de que 2021 forneça alguns dos volumes perdidos em 2020”. A profissional da Private Safaris acredita primeiro na retomada do Turismo doméstico e regional. Enquanto isso não acontece, Monika diz que o foco no momento é o treinamento dos parceiros e fornecedores, bem como a implementação de protocolos de saúde e segurança. “Nosso objetivo é que as pessoas se sintam seguras para voltar a viajar quando o mercado for reaberto, e as práticas de higiene, por exemplo, são fundamentais para garantir essa tranquilidade aos turistas”, garantiu. No entanto, ela ressalta que quanto mais demorar para as fronteiras reabrirem, maior será a probabilidade de empresas, hotéis, pousadas, entre outras atividades do setor, não conseguirem sobreviver. “Além disso, quanto mais tempo a indústria global estiver proibida de operar, maior o risco de o transporte aéreo ser substancialmente reduzido”, contou. Monika também se diz preocupada com a crise econômica que deverá crescer após a pandemia do novo coronavírus. “A perspectiva mais favorável nos leva a retornar aos níveis de 2019 até 2022, mas muitos setores – principalmente o setor aéreo – estão falando que a recuperação total só é possível em 2025”, finalizou. 20 a 26 de maio de 2020 — PANROTAS
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Argentina Unsplash
ARGENTINA Um dos principais destinos internacionais para brasileiros, a Argentina até agora apresenta um dos índices mais baixos de contágio e morte do continente, mas os operadores locais estão temerosos em relação à situação ao seu principal mercado emissor, o Brasil, de quem muitos receptivos são dependentes. O governo argentino fechou seu espaço aéreo para voos comerciais até setembro. “Até esse momento, portanto, não poderemos receber ninguém. As viagens vão se restringir ao pé na estrada dos próprios argentinos”, lamenta Alejandro Amestoy, da operadora Cysna. “De qualquer maneira, o contágio está bem controlado aqui, e se continuarmos nessa constância, pode ser que o governo antecipe a abertura aérea. Torcemos para que isso aconteça logo, pois a previsão é de que o público latino comece a vir antes. Também estamos de olho nas notícias vindas do Brasil, pois o enfrentamento à epidemia pelos brasileiros é de suma importância para nosso mercado receptivo", afirma. Amestoy acredita que os latino-americanos retomem as viagens à Argentina a partir do último bimestre.
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"Sem dúvida o target inicial será um público de poder aquisitivo médio/ alto, procurando natureza, aventura e paisagens, como o norte e a própria Patagônia, que fortalece seu produto no verão." "Os bons resultados de 2019" para sua empresa, porém, só poderão ser registrados a partir do fim de 2021. Silvina Gomez, da Conextur, acredita que a contingência do vírus no país está se traduzindo em mais confiança do consumidor que, há cerca de 15 dias voltou a cotar, ainda que timidamente, viagens para o fim de 2020. “Porém só o que chegam são consultas. Não podemos falar em vendas efetivas. Por enquanto seguimos focados no cancelamento da alta de julho e agosto. Muitos passageiros estão adiando para o ano que vem”, aponta Silvina. Já a Tip Tour, que também tem um forte trabalho no Brasil, está focada em reforçar sua prateleira com produtos mais privados, e atrativos que não tenham de envolver aglomerações de pessoas. “Destaco aqueles destinos que deem sensação de segurança e higiene. São produtos mais caros que os tradicionais, mas são eles que conduzirão as retoma-
das”, afirma o executivo Diego Batica. “Agora estamos trabalhando as viagens de neve para os argentinos e acreditamos que, para janeiro, o destino vai estar mais normalizado e as pessoas um pouco mais relaxadas.” ÁSIA (SUDESTE) A Indochina Strings é uma DMC butique especializada no Sudeste Asiático e região. A empresa trabalha com visitantes internacionais em países como Camboja, Filipinas, Indonésia, Cingapura, Tailândia e Vietnã, e tem Vivian Nakagawa como diretora de Vendas e Marketing focada em América do Sul. Vivian conta que pouco a pouco “a vida está voltando” na região, com escritórios e serviços reabrindo, embora atrativos turísticos e reabertura de bares e entretenimento noturno ainda estejam restritos. Alguns voos internos também retornam às rotas, mas as previsões para voos internacionais e abertura de fronteiras ainda são nebulosas. “Acredito que a retomada começará justamente pelo público em que somos especializados, o que procura viagens personalizadas. Os
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CANADÁ No Canadá, o governo tomou providências urgentes assim que a pandemia do novo coronavírus chegou ao país. Atualmente, o Canadá registra mais de 70 mil casos confirmados e mais de cinco mil mortes. Além disso, as autoridades deram um suporte de dois mil dólares canadenses a fim de contribuir para o isolamento social, medidas que contribuíram para a não prolifera-
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ção da doença no país. “O Canada está com uma situação estável e as províncias estão nesse momento iniciando a reabertura de suas atividades econômicas por estágios”, disse Jonathan Berton, da Jonview Canada, receptivo com mais de quatro décadas de mercado. Mas, apesar de tudo, ainda não existe uma previsão de reabertura para turistas. “No entanto, existe uma movimentação da indústria para a reativação do Turismo doméstico”, salientou. Ainda de acordo com Berton, a Costa Oeste do país (Banff, Lake Louise, Jasper, Vancouver, Whistler e Victoria) e programas de Auroras Boreais se apresentam como tendência para um período pós-pandemia. “Na Costa Leste, que contempla cidades como Toronto e atrações como as catara-
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nichos serão bem-estar, natureza, ilhas paradisíacas e vilas privativas, somados à cultura, gastronomia e tradições, nos quais podemos respirar na essência de toda Ásia”, afirma a executiva. Ela revela que os pedidos voltaram a aparecer, focados no último trimestre de 2020 e início do ano que vem. “Estamos prevendo que nas próximas semanas a população local em cada um dos países volte a viajar domesticamente. Esperamos retomar os níveis de vendas de 2019 em 2021, com os primeiros meses seguramente para começar a recuperar um pouco do perdido deste ano. Estamos aproveitando o momento atual para dar todo o suporte a nossos clientes do trade e também em capacitações dos destinos de nosso portfólio, em destaque as Filipinas.”
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Canadá, Toronto
tas de Niágara, oferecemos uma opção muito interessante a brasileiros que buscam desfrutar de cidades vibrantes, cosmopolitas, com grandes experiências culturais e gastronômicas”, disse. Em relação ao retorno de um ritmo como foi o de 2019, ele afirma que já há um grande número de remarcações para 2021. “Estamos confiantes que em 2022 nos encontraremos em uma situação favorável”, garantiu. Já Christophe Gorlier, da Global Tourisme, vê que os números do ano passado devem voltar apenas em 2022. “Acredito que, depois da crise do novo coronavírus, não saberemos como será a crise econômica”, disse. CANCUN E RIVIERA MAYA A previsão de abertura de Cancun é 1º de junho, mas a depender do avanço da situação, essa data pode mudar. "Porém, estamos controlando de maneira excelente, então existe a possibilidade de abrirmos mesmo em 1º de junho, pois a curva da doença no Estado de Quintana Roo está abaixo do previsto para o momento", afirma a diretora do receptivo ATTravel, Lilian Zanon.
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"Estamos todos preparados, mas dependemos de fatores externos, das fronteiras até as companhias aéreas", completa, acrescentando que os primeiros passos devem ser no doméstico, pois os voos, apesar de reduzidos, não pararam durante a pandemia no território mexicano, e devem voltar com maior volume a partir do mês que vem. No internacional, os primeiros mercados emissores a reaquecer Cancun e Riviera Maya devem ser Canadá e Estados Unidos, segundo Lilian, também a partir de junho. Caso todas essas previsões se concretizem, o Turismo da região pode fechar 2020 com 50% dos números registrados em 2019, o que na comparação com a média mundial pode ser considerado um índice otimista. Segundo Lilian, o segundo semestre será muito movimentado em Cancun e Riviera Maya, com hotéis altamente ocupados, visto que houve uma enxurrada de eventos transferidos para o segundo se-
mestre. "Nos faltam datas para este ano, e aos poucos estamos recebendo sondagens de preço para 2021, de maneira tímida." CROÁCIA (E LESTE EUROPEU) As fronteiras da Croácia foram reabertas para viagens de negócios na semana passada e o país ainda guarda uma decisão da União Europeia sobre as medidas para todos os turistas. Lia Fioranti, da Uniline – receptivo que também atua na Sérvia, Bósnia, Montenegro, Eslovênia e Albânia –, garantiu que já existe o interesse de turistas da Alemanha, República Tcheca e Áustria em viajar para a Croácia. “A Croatia Airlines começará a voar fora da Croácia a partir de 1º de junho. Os hotéis, restaurantes e bares estão abertos desde o dia 11 de maio. Nos bares e restaurantes, as mesas devem estar a uma distância de 1,5 metro, e todas precisam ser desinfetadas”, afirmou. A profissional, no entanto, diz que a expectativa é que haja uma re-
dução no número de casos em outros países, fato determinante para o Turismo na Croácia. “É bom que a Croácia não tenha muitos casos, mas não dependemos apenas de nós. Por exemplo, se o Brasil está em uma situação pior e as fronteiras estão fechadas, não podemos esperar ter turistas deste país. E o mesmo vale para outros países”, frisou. Sobre a retomada, Lia aposta em um forte retorno das viagens corporativas e de pessoas mais jovens antes da retomada de uma forma geral. “Todos os outros devem viajar provavelmente depois do verão ou Ano Novo, e tudo dependerá de uma cura para a covid-19”. DUBAI Dubai está se preparando e até o final do mês deve reabrir os atrativos turísticos. É o que aponta Sara Hesham, da Excellent Tours, que lamenta a mudança de data da Dubai Expo. O tão esperado megaevento global que pela primeira vez acontecerá no Oriente Médio será realizado de 1º de outubro
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França
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de 2021 a 31 de março de 2022, dando mais segurança aos participantes, expositores e parceiros. “Já adianto que quando a pandemia acabar os preços dependerão sempre das precauções impostas pelo governo de Dubai e existe a possibilidade de a tarifa média subir muito caso a capacidade dos hotéis e dos cruzeiros realmente fique entre 25% e 50%, como é previsto por algumas autoridades”, afirma. “Os preços de tabela podem sofrer novos excessos conforme a situação.” Quem também tem o Brasil como um dos principais públicos no emirado é a Desert Adventures. O CEO Peter Payet se respalda nas colocações do diretor geral de Turismo e Comércio de Dubai, Helal Al Marri. “Ele vê uma abordagem em fases das viagens mundiais nos próximos meses. Além disso, a Emirates anunciou a abertura das rotas aéreas a partir de julho, embora dependa de acordos bilaterais e da situação mundial. Assim sendo, vemos um retorno gradual da demanda para o destino a partir de setembro em diante. O primeiro interesse que podemos observar é em viagens individuais, no segmento de lazer de luxo. O interesse para viagens em grupo é para o final de 2020 ou ao longo de 2021.” Ele afirma que também há muito interesse sobre as medidas de segurança que estão sendo adotadas no destino. “Estamos comunicando todos os detalhes regularmente com todos os nossos parceiros”, afirma Peter Payet. Segundo ele, residentes dos Emirados Árabes Unidos já procuram ofertas para as férias do Eid e para o final do ano letivo. “Também temos várias consultas e reservas provisórias para o quarto trimestre. Com nossos parceiros operadores em todo o mundo estamos finalizando os programas para 2021, que irão à venda assim que a situação nesses países permitir”, pondera o CEO, acrescentando que acredita na ajuda da Expo para retomar os níveis normais de visitantes.
EGITO No Egito, as viagens domésticas regressaram em 15 de maio, com capacidade de 25% que, a partir de junho, sobe para 50%. “Em relação às viagens internacionais, ainda não há datas tão claras que possa dizer”, afirma Rabie Ragab, da Excellent Tours. A Bloomberg aponta que julho seria essa data. “Todos esperamos que volte logo”, conclui Ragab. FRANÇA No país mais visitado do mundo, o Turismo espera decisão dos países do tratado de Schengen. Assim, a grande maioria dos voos regulares estão interrompidos, e bares, restaurantes, hotéis e ou-
tros estabelecimentos comerciais também estão com as portas fechadas. “O Espaço Schengen está fechado até 15 de junho, e o trânsito aéreo internacional segue parado até nova ordem”, lamenta Silvia Helena, da Holatour, que aposta no potencial da França para atrair o brasileiro e, com otimismo, acredita que destinos além de Paris possam ser explorados ao fim da crise. Sua estratégia, como receptivo, é aumentar a oferta para atender o caráter variado da clientela brasileira. “Os amantes inveterados de Paris, aqueles que já conhecem o destino e pretendiam voltar, darão prioridade à descoberta de outras regiões do país. Mesmo antes da crise do
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GRÉCIA O governo grego anunciou recentemente medidas para a reabertura gradual da economia do país. Os pequenos negócios e museus estão em proceso de abertura, mas os hotéis deverão permanecer fechados neste mês para abrirem as portas em junho. “A expectativa é que a Grécia comece a receber turistas do mundo no final de junho, se tudo correr bem”, contou Spyros Postantzis, da Tourist Club. Ainda segundo ele, as vendas no país devem começar, de forma tímida, em
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junho. “Acredito que os gregos devam começar a viajar dentro do próprio país”, disse. Já em relação às viagens internacionais, Postantzis acredita que as garantias de higiene, por exemplo, serão fundamentais para que uma pessoa faça uma viagem ao Exterior. Ele ainda afirmou que a recuperação do setor deverá demorar a acontecer. “E isso por conta do enfraquecimento econômico global, crescimento do desemprego e desvalorização dos países emissores de Turismo”. ÍNDIA O mercado da Índia está abrindo de forma lenta, como as zonas verdes, consideradas não muito afetadas pela covid-19. Os voos dentro do
país acontecem de forma reduzida. De acordo com o diretor da Asi Escapes, Anil Sharma, as operações aéreas devem aumentar apenas se a situação da pandemia estiver mais controlada. “Sobre os voos internacionais, só devem acontecer próximo a setembro”, disse. O Turismo internacional, entretanto, vai depender dos países de onde virão os viajantes. “Se houver uma melhora na situação do mundo, devemos ter boas notícias em novembro”, afirmou. Os indianos que viajam a negócios só poderão fazê-lo em julho, enquanto outros setores da indústria apenas em agosto. “Acredito que haverá uma movimentação ainda muito pequena no início de julho e agosto”, garantiu. Mas tudo isso, na opinião de Shar-
Grécia
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coronavirus, o brasileiro já havia entendido que Paris é linda, mas não é a França. Destinos como a Provence e seus campos de lavanda, a Borgonha com sua gastronomia e seus famosos vinhos ou ainda a região do Vale do Loire com os mais lindos castelos franceses vinham atraindo mais e mais turistas brasileiros desejosos de descobrir a França além da capital francesa. Essa tendência seguir aumentando.” Em relação à recuperação das vendas, Silvia afirma que há pedidos para o segundo semestre, especialmente após setembro. “No entanto ainda não superam o número de cancelamentos prévios para o mesmo período”, compara a diretora da Holatour. “A recuperação das vendas de viagens para Paris e a França deve acontecer uma vez que o confinamento terminado no Brasil e que as pessoas tenham recebido dois ou três pagamentos de salários. O primeiro mês de abertura das agências de viagens vai ser duro, mas uma vez que as contas atrasadas forem pagas a vida retornará ao normal.” Por fim, Silvia Helena acredita que as viagens domésticas impulsionarão o setor de Turismo na França. Ela vê o francês ansioso para viajar durante as férias de julho e agosto e por questões econômicas e pelas restrições sanitárias, as viagens devem começar pelo próprio país. O prognóstico da Holatour de retomada à normalidade visa ao primeiro semestre de 2021.
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ma, vai depender se houver uma melhora da pandemia em junho, além de um possível surgimento de uma vacina contra a covid-19. ISLÂNDIA E GROENLÂNDIA Por conta da covid-19, nenhuma pessoa residente em um país que não faz parte do Acordo de Schengen pode entrar na Islândia e Groenlândia. Mas Renato Gruenenfelder, da GJ Travel, disse que essa situação mudará a partir de 15 de junho. “(A partir dessa data) os turistas que visitam a Islândia podem optar por entrar em quarentena imediata de 14 dias, fazer o teste para o coronavírus na chegada ou apresentar um atestado de saúde pelas autoridades de seus países de origem, aprovadas pelo órgão de saúde da Islândia”, disse. Com isso, Gruenenfelder afirma
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mover viagens e o conselho de turistas vê um aumento nas pesquisas no Google pela Islândia. “Esperamos garantir algumas reservas para julho e agosto deste ano e esperamos um movimento lento, mas constante, de visitantes internacionais a partir de setembro”. Outro ponto importante diz respeito às companhias aéreas. “Muitas companhias cancelaram seus voos ou reduziram as operações para 2020 e teremos que ver o que acontece no mercado. Sem voos, sem visitantes internacionais”, garantiu. “Portanto, os destinos de ilhas com pequena população local, dependendo dos visitantes internacionais, podem levar mais tempo para se recuperar”, completou.
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Groenlândia
que a expectativa agora é sobre o retorno das companhias aéreas. “No momento, temos apenas um voo por dia chegando à Islândia, mas esperamos que as aéreas adicionem voos em breve”, destacou. A Islândia tem uma população de 360 mil pessoas e é considerado um destino seguro, segundo o profissional da GJ Travel. “Tudo é pequeno na Islândia, como hotéis, atrações e museus, e isso atrairá pessoas que desejam evitar multidões e se reconectar com a natureza. Provavelmente mais fácil para os clientes que procuram experiências de viagem, como passeios de carro, acampar, ficar em chalés, família e pequenos grupos”, afirmou. Gruenenfelder destacou ainda que o governo islandês anunciou um pacote financeiro para pro-
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ITÁLIA JUNTOS DOS NOSSOS REPS SOMOS MAIS FORTES Em breve, Carrani apresenta seu tarifário que valerá até março de 2022
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Se crise pode ser sinônimo de oportunidade, ela pode abrir mais uma porta para a Carrani Tours, a tradicional operadora italiana, dirigida por Chiara Gigliotti e no mercado há 95 anos. Especializada no receptivo internacional e, especialmente, no intercontinental, a crise global em função da pandemia do novo coronavírus que atingiu em cheio o Turismo, está colocando diante da empresa, quem sabe, a chance de desenvolver mais um segmento, o doméstico. Itália para os italianos? Talvez seja assim o mercado para a Carrani neste segundo semestre de 2020. Ou talvez isso siga durante 2021 e vire até mais um departamento da operadora, seguindo a tendência global de que, na retomada, o Turismo será doméstico. Porque, inicialmente, as pessoas vão viajar por onde se sentem seguras. Mas a grande prova da confiança da Carrani Tours e do quanto ela segue acreditando no mercado internacional, seu porto seguro nesses 95 anos, é o fato de, mesmo no auge da crise, quando a Itália era vista com grande 34
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preocupação pelo resto do mundo, a empresa não ter se desvinculado de nenhum de seus representantes internacionais. “Esse é um recado claro de que estamos vivos, de que acreditamos nos mercados globais e de que, principalmente, apostamos no nosso negócio e no que nos trouxe aqui até hoje”, diz Chiara. Tanto que a empresa trabalha para, em breve, apresentar seu novo tarifário internacional, que valerá até março de 2022. No Brasil, a Carrani é representada pela Ideas4Brand, de Maria Camilla Alcorta que, em sua estratégia de manter um relacionamento muito próximo e personalizado com as operadoras brasileiras, bem ao estilo Carrani de trabalhar, conquistou um comemorado crescimento de dois dígitos no mercado brasileiro em 2019. É nesse relacionamento consolidado de bons negócios e confiança que a Carrani aposta para voltar a crescer. “Somos uma empresa de pessoas, com pessoas e para pessoas. O capital humano, dentro e fora, é a melhor força da Carrani”, destaca Chiara.
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Nossos maiores valores são nossa credibilidade, nosso time e nossos clientes”, continua a executiva. Por isso, de acordo com ela, manter os representantes internacionais é coerente com a história e a tradição da Carrani. “São eles que mantêm esse relacionamento personalizado que tanto prezamos com nossos clientes. E eles serão absolutamente estratégicos em um futuro onde o interpessoal e o capital humano serão ainda mais importantes”, acredita a diretora. FLEXIBILIDADE E MASSA ITALIANA Afinal, o mundo vive uma nova perspectiva de valorização do relacionamento motivado pela crescente solidariedade e, principalmente, pela valorização das pessoas que, privadas de contato, valorizam umas às outras. Mas essa ‘interpessoalidade’ não será apenas em palavras. “O momento nos deixa mais permissivos. Vamos, certamente, ser mais flexíveis em nosso negócio, estaremos ainda mais abertos a uma troca de viagem em datas próximas, vamos aceitar melhor as mudanças”, afirma Chiara. “Nosso business não será feito da mesma forma”. Ela garante que isso vai impactar positivamente na confiança e na credibilidade que a empresa já tem no mercado. Diretamente da Itália, onde mantém de casa uma rotina de trabalho intensa, ela conta que hoje, para quem achou que o país parou, sua agenda inclui conversas diárias e remotas entre ela e os chefes de departamento. E, ainda, videoconferências entre a diretoria e os mesmos chefes de departamento pelo menos duas vezes por semana. “Nossos dias seguem passando rápido, porque
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continuamos trabalhando muito”, ressalta a executiva. “Também fazemos webinars e mantemos um diálogo contínuo com nossos clientes”. Nesse desafio de manter viva a imagem da operadora e a força da Itália, Chiara decidiu até mesmo abrir sua cozinha para uma live onde mostra para os clientes como preparar uma autêntica e deliciosa massa italiana. Os parceiros brasileiros já podem marcar na agenda. Por aqui, essa interação gastronômica acontece no dia 21 de maio, às 11h. “É muito importante reforçar nossos laços e mostrar que estamos trabalhando e nos preparando para, quando esse isolamento social passar, estarmos prontos para receber nossos públicos”, afirma. SUSTENTABILIDADE E SELO DE PROTOCOLOS Chiara acredita que a Itália está perto do fim do lockdown. Que, em breve, atrações e museus vão reabrir. Mas não como antes. Como se imagina, Chiara não aposta que o Turismo será o mesmo depois da crise. “O Turismo caminha para ser muito mais sustentável. Vamos rever a forma como lidamos com os destinos e a natureza. As metrópoles, pelo menos nos primeiros 18 meses, não receberão os mesmos grandes números de visitantes”, acredita. Segundo ela, haverá uma valorização de pequenas cidades, de zonas rurais, de novos produtos. Haverá menos filas, o ar livre e os espaços abertos serão mais valorizados, se andará mais de carro e menos de ônibus. “As filas do Vaticano, por exemplo, serão menores e diferentes, se existirem”, diz a diretora. “Estamos trabalhando muito para definir
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SMALL GROUPS Para 2021 e 2022, a Carrani aposta, além da programação clássica de Circuitos Fantasia por toda a Itália, nos Minitours, que estão todos confirmados. São diversos Minitours, desde os clássicos para a Costa Amalfitana, como os mais recentes, lançados no início deste ano, para destinos como Puglia, Sicília, Milão, entre outros. A Carrani também investe em uma programação especial para Small Groups, de no máximo 6 a 7 pessoas, em circuitos por toda a Itália. Além disso, ainda no conceito de Small Groups, a operadora trabalha em roteiros de trem com hotéis muito selecionados. “São produtos muito exclusivos”, garante a gerente geral. Segundo ela, os clientes com mais poder aquisitivo serão, como se espera, os primeiros a sair quando as viagens forem retomadas. “Então, seguimos desenvolvendo o que já apostamos em 2020 com mais destaque para o nosso Departamento Premium”, conta. Chiara diz que a Carrani também acredita em destinos menos óbvios, com charmosas vilas e pequenas cidades. Entre as regiões em que a operadora aposta estão a Calábria, o Vêneto, e ainda Liguria, Umbria e Marche.
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México
MÉXICO No México, a previsão do Ministério da Saúde é de alcançar a contingência da pandemia em 30 de maio e começar as atividades em 1º de junho, mas desde que a curva pandêmica siga os padrões atuais. “Os hoteleiros estão se preparando para uma abertura progressiva, que começará, em sua maioria, em 1º de junho”, afirma Ricardo Romero, da Mega Travel. “Será uma reabertura paulatina. Ainda que aguardemos os protocolos e certificados oficiais, a indústria já está se adiantando, e os hotéis preveem com capacidade máxima de 30%, que vamos evoluindo aos poucos.” Com capacidade reduzida em uma média de 95%, as companhias aéreas que atuam no México também sinalizam voltar suas atividade ao longo de maio. “O panorama dos operadores se torna incerto, porque embora o México não tenha fechado fronteiras e espere que visitantes comecem a chegar em junho, há 90 países que se fecharam e até então há alguns países que nem começaram a afrouxar o isolamento”, lamenta o executivo. De acordo com ele, os especialistas apontam para reuniões e negócios como o primeiro nicho de retomada no México, mas os hoteleiros estão com olhos ao lazer. Vale lembrar que o México tem dimensões continentais e destinos com diferentes perfis de público. “Os hoteleiros veem o lazer como o motor de retomada, apoiados no avanço da tecnologia”, afirma. “Prevejo uma guerra de preços causada pela pressão de fluxos de caixa, ainda que isso não seja conveniente”, completa o executivo. A Mega Travel aposta em uma retomada com viagens curtas, terrestres, para destinos seguros e limpos. “Os mais favorecidos serão Cancun, Playa del Carmen, Riviera Maya, Cozumel, Los
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nossos protocolos e entender como será o Turismo pós-pandemia”, continua Chiara. Ela defende que haverá uma espécie de selo de qualidade, que destinos, empresas, produtos vão buscar para mostrar aos clientes e visitantes que os protocolos estão sendo seguidos, que as estruturas estão protegidas. Isso será fundamental para que as pessoas se sintam seguras para confiar e para que as empresas façam negócios entre si. Agora, define a executiva, é como se estivéssemos em um veleiro em mar aberto em uma emergência onde o importante é sobreviver. “Vamos sair só quando percebermos que o mar não está mais tão mexido”, faz a analogia. Chiara lembra que a Carrani passou por muita coisa nesses 95 anos, outras crises e até uma Guerra Mundial. “Temos histórico e talento para passar por mais essa. Essa tradição nos ajuda”, afirma. A diretora garante que tem ouvido que, algo entre 30% e 50% das empresas podem não sobreviver à crise do vírus global. Mas, certamente, não será o caso da Carrani. “Como já dissemos em nossa campanha, estaremos aqui, firmes, fortes e de braços abertos para os passageiros de nossos parceiros, como estivemos nos últimos 95 anos”, conclui. A gente tem certeza disso.
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Cabos, La Paz, Puerto Vallarta, Guadalajara, Riviera Nayarit, Mazatlán, Acapulco, Manzanillo, Monterreu e Cidade do México. Em relação ao emissivo mexicano, Romero acredita que em junho esse movimento começará, mas de maneira cautelosa, com foco no regional e no doméstico. “Vale lembrar que alguns secretários e presidentes de associações veem 2020 como um ano perdido, pois atinge parte da alta de verão no país”, concluiu. “Claro que a Mega Travel foi afetada, mas somos fortes e estruturados para superar essa etapa.”
novo", afirma Márcia Freire, da Selecta Travel. "Estamos nos adaptando com as medidas de isolamento e precaução. O que dá esperança para o Turismo é que o ser humano se adapta às ocasiões, portanto acredito que o mercado será diferente mesmo depois da vacina, como no caso das viagens corporativas, no qual os empresários se adaptarão ao modelo de home office com mais facilidade e evitarão encontros desnecessários", prevê. Quanto ao lazer, a empresária prevê um volume pequeno neste ano, mas a partir de setembro as procuras devem voltar, com foco em 2021. "Acredito que o ano que vem o aquecimento será maior do que muitos acreditam. Daqui a pouco os testes para covid-19 serão mais acessíveis e talvez as companhias aéreas testem os passageiros, gerando mais confiança e segurança. As ideias irão surgindo aos poucos e com isso as pessoas vão viajar. Uma das maiores divisas dos Estados Unidos é o Turismo. Isso pesa, e as fronteiras logo serão abertas. A única demora para isso acontecer são as regras de 'viagem segura'. Assim que forem estipuladas, as pessoas vão voltar a viajar."
NOVA YORK O Estado de Nova York está nos noticiários como uma das regiões mais afetadas do mundo pela pandemia global, portanto as previsões de retomada do Turismo doméstico no país, que no geral apontam para junho, devem acontecer mais tardiamente na Big Apple. "Acredito que será a partir de julho, mas com pouco volume. Isso porque os preços estão melhores e as pessoas estão cansadas de estar em casa. No momento estamos no começo da adaptação. Tudo é muito
ORLANDO Apesar das dificuldades de traçar previsões no país com o maior número de contaminados, a Go Pegasus, operadora focada em Orlando, acredita que a retomada será muito forte, quando vier. Um dos trunfos não só da operadora, mas do destino Orlando, é que o fluxo doméstico nos Estados Unidos é realmente intenso, e a Flórida é a queridinha de muitos norte-americanos. "A Disney abriu as inscrições para sua maratona em janeiro, e uma hora depois já não havia
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mais vagas. Isso mostra que assim que as coisas começarem a reabrir, a retomada será muito forte, em princípios puramente com o doméstico, em que os Estados Unidos já são muito fortes", aponta Claudia Menezes. Ela ressalta a responsabilidade que parques tiveram ao fechar as portas no tempo certo e conta com os mesmos como aliados para a retomada. "O consumidor confia nas empresas que gerenciam os parques de Orlando, e a mensagem deles é clara: só abrirão as portas quando assegurarem plenamente a segurança e a saúde de todos." PERU O governo peruano publicou um plano de abertura do Turismo em quatro fases. A primeira se iniciou no final de abril, e a última está prevista para o final de julho. Se tudo sair como o previsto, voos internacionais voltam a chegar no país daqui a aproximadamente dois meses. Recepção de brasileiros, porém, só em 2021, como prevê Willian Cavalcante, da operadora Machu Picchu Brasil. “A retomada neste segundo semestre deve ser lenta e com um forte apelo ao doméstico. No ano que vem o mercado Brasil deve voltar a fazer viagens ao Peru, porém com empresas que se comprometem com medidas de higiene e distanciamento adotadas. Estamos fazendo este trabalho para atender esta possível demanda”, afirma o empresário. Com esse cenário previsto, a Machu Picchu Brasil já está começando promoções para incentivar a tomada de decisão de viagens em 2021. “Enxergamos que o marketing agora tem de ser voltado ao institucional, a fim de construir valor para nossa marca e nos relacionarmos com nossa base”, complementa Cavalcante. A operadora Condor Travel traça prognósticos similares da Machu Picchu Brasil. Prevê o do-
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méstico reaquecendo aos poucos no último trimestre e o internacional chegando nos primeiros meses de 2021, aumentando paulatinamente. A empresa se prepara para atender um viajante de maior poder aquisitivo em primeiro momento. “Viagens personalizadas, de quatro estrelas superior a luxo, excursões privadas com experiências diferenciadas marcarão o início da demanda, de preferência em destinos com natureza, para que o viajante se conecte com ele mesmo após essa pandemia, em lugares abertos”, afirma executiva Fiorella Mendoza. Ela crê que os peruanos também só voltarão a viajar internacionalmente, e de maneira gradual, em 2021. “É muito prematuro falar em retorno aos números do ano passado, pois a situação ainda é muito incerta, mas a Condor Travel considera pelo menos um ano para recuperar nossa operação habitual.” Já Willian Cavalcante aproveita o momento para reformar a prateleira. “Ainda, estamos concentrando esforços neste período de pandemia para a criação de novos produtos, abertura de novos canais de vendas e investimento em TI. Assim projetamos crescimento nos próximos três anos superiores aos números de 2019”, conclui o diretor da Machu Picchu Brasil.
REPÚBLICA DOMINICANA O país caribenho já vinha enfrentando um 2019 abaixo dos níveis anuais, o que de acordo com Ivis Gutiérrez, da operadora Otium International, 42
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TAILÂNDIA Ainda não existe uma previsão de quando a Tailândia irá reabrir o mercado e as fronteiras. Segundo Maurizio Sartori, da Asian Trails, as medidas de higiene adotadas pelas autoridades do país é que determinarão as tendências de retomada. Mas ele acredita que as viagens, quando liberadas, acontecerão de forma mais personalizada, “evitando as principais atrações e possíveis aglomerações de pessoas”. Sartori afirmou também que a expectativa é que a abertura aconteça no último trimestre do ano e nos primeiros meses de 2021. “Provavelmente veremos um retorno das viagens apenas em 2021 e uma recuperação completa apenas em 2022”, disse.n Tailândia Unsplash
PORTUGAL A reabertura do país acontece desde o início do mês de forma gradual e a retomada, na opinião de Aroldo Schultz, da Schultz Portugal, será lenta e os clientes ainda serão mais exigentes em relação à higiene. O profissional destaca o projeto Small Groups, que propõe roteiros que mesclam grandes centros turísticos com áreas pouco exploradas pelo mercado. “Nossos tours Small Groups sempre ofertaram qualidade, limpeza e segurança para os passageiros, e agora, mais do que nunca, estamos nos preparando para cumprir as recomendações da Direção-Geral da Saúde”, afirmou. Em relação à recuperação do mercado, Schultz já vê sinais de melhora entre julho e fevereiro do próximo ano. “Depois de julho, a expectativa é de ver a entrada de novas reservas”. E, assim como em outros países, a expectativa é que o mercado doméstico português deverá ser fomentado primeiro. “Acreditamos que para o nosso negócio voltar aos números de 2019 e até superar, devido às características do nosso produto Small Groups, bastam os voos voltarem a ser operados com força”, enfatizou.
se deve a razões como desempenho econômico de mercados emissores importantes como Brasil e Argentina, além da “má fama imposta por Donald Trump acerca de nosso país lá nos Estados Unidos”. A pandemia, então, teve um impacto devastador para o Turismo dominicano. No entanto, nem tudo é motivo para desânimo na Otium International. “Acreditamos que até o fim de 2021 a gente já recupere bons índices, pois deve haver boas ofertas de bilhetes aéreos e hospedagem no início da retomada”, prevê Ivis. Ela afirma que, embora hotéis e resorts anunciem que abrirão a partir de junho e o estado de emergência caia neste mês no país, não é possível ter uma data certa para reabertura da República Dominicana para o mundo. “As datas aqui são prorrogadas, tanto pelo governo quanto pela iniciativa privada, conforme a situação”, afirma. “E dependemos da abertura de fronteiras internacionais, pois nosso Turismo doméstico é praticamente inexistente.” Sobre produtos a se apostar, a República Dominicana se beneficia da sua condição de um dos principais destinos de natureza do mundo para atrair o viajante em procura de bem-estar, saúde e espaços abertos e seguros.
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Inteligência de Mercado para o Turismo As melhores análises para o seu negócio O TRVL LAB - Laboratório de Inteligência de Mercado em Viagens é uma parceria da PANROTAS com a MAPIE para levar às empresas e profissionais da indústria de Viagens e Turismo pesquisas, estudos, análises e eventos exclusivos, aliados à divulgação nas múltiplas plataformas PANROTAS (portal, publicações, redes sociais, ferramentas de marketing, eventos).
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