PANROTAS 1.426

Page 1

Edição nº 1.426 - Ano 28 | 10 a 16 de junho | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

Estudo da HotelInvest, Omnibees, STR e FOHB mostra os (longos) caminhos da hotelaria brasileira no pós-crise. Confira quem sai na frente e quem tem mais obstáculos na trajetória


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.426 | 10 a 16 de junho de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

Página 04 Editorial - Qual é o conteúdo essencial para o seu negócio?

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br)

Página 06 Check-in - Notícias e dados da retomada pelo mundo

Página 14 MUST – Conheça a plataforma Mulheres do Setor de Turismo

Página 18 Tudo sobre a Recuperação da Hotelaria Urbana no Brasil

Página 23 Entrevista - Guilherme Martini, da Atlantica, e Flavio Monteiro, da Aviva

Página 27 Visit Florida - Estado americano mais popular no Brasil dá início à retomada

ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Quer ler a revista PANROTAS pelo celular? Manda um WhatsApp pra gente (11 95609-1507) ou use o QR Code ao lado. Media Partner

Associações

Parceria Estratégica


Editorial

VOCÊ NÃO PRECISA ASSISTIR A TODAS AS LIVES... ...mas precisa saber 1) priorizar as que são fundamentais para o seu negócio e 2) saber onde buscar as informações de um treinamento, webinar ou live caso precise no futuro. Na semana passada por exemplo, para lançar o estudo “Recuperação da Hotelaria Urbana no Brasil”, o Portal PANROTAS, a HotelInvest, Omnibees, STR e Fohb promoveram uma live de duas horas. E duas horas repletas de números, análises, gráficos... Mais de 800 profissionais nos acompanharam, pois sabiam que o negócio deles (hotéis) dependia muito daqueles dados, daqueles caminhos que estavam sendo apontados. Mas milhares de outros profissionais, que são impactados pela hotelaria e que querem saber como será essa recuperação, talvez não precisassem investir esse tempo e assistir a todos os detalhes. Ou talvez não tenham tempo ou até condições para isso (quem tem que cuidar de filhos pequenos, por exemplo). Para esses há muitas alternativas: assistir à live em outro horário (as lives do Portal PANROTAS ficam em nosso canal no YouTube, no Facebook e ainda no canal de vídeos em nossa home), analisar somente o documento da pesquisa (o link também está no Portal PANROTAS), ler as notícias de cobertura da live (buscando seus temas de maior interesse ou

um resumo) ou ainda conversar com algum dos participantes. Fora ver pílulas nas redes sociais, como o Telegram e o Instagram, e blogs. Ou seja, informação só se perde se você quiser. Mas é preciso se organizar, saber exatamente o que consumir (e ainda quando e como) e priorizar o seu tempo. O excesso de informação, opiniões, lives e dados na pandemia pode aumentar o estresse em um momento naturalmente estressante. Outra opção é a que trazemos nesta edição da Revista PANROTAS. Um resumo mais analítico da live, e de outras notícias da semana. Selecionamos trechos para que você se inspire, reflita, analise e, se quiser, vá buscar mais detalhes em alguns dos canais mencionados. E isso vale para todas as demais lives e conteúdos digitais em tempos de quarentena. Não dá para assistir a tudo, assimilar todas as informações e ainda tomar decisões com calma e tranquilidade. Mas dá para ligar e desligar o radar, de acordo com seu tempo, interesse e estratégia. Cuidar de si e dos seus é tão importante quanto cuidar dos negócios e dos que são impactados por ele. Contem com nossa ajuda. E nos ajudem a contar essas e outras histórias também. #SomosTodosTurismo n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Check-in Mercado

Adaptações Disney O Walt Disney World, em Orlando, reabre gradualmente a partir de 11 de julho, e devido ao novo momento em que o complexo de parques e resorts abrirá, mudanças foram feitas. Entre elas, estão um novo sistema de reservas, limitação do número de clientes em refeições e experiências Disney e até a suspensão temporária de venda de novos ingressos (para primeiro acomodar os clientes que já possuem entradas), do Fast Pass+ e Horas Mágicas Extra. De acordo com a empresa, um novo sistema de reservas de parques temáticos será lançado em disneyworld.com. O objetivo é gerenciar o fluxo de visitantes, o que exigirá ainda que todos façam uma reserva com antecedência para entrada nos parques temáticos. Mais detalhes do novo sistema são prometidos para os próximos dias, mas até o fechamento desta edição não haviam sido divulgados.

Falências, fusões e aquisições A aviação está passando por um período que exigirá sacrifício de todos. Assim enxerga o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, que cita negociações com fornecedores e arrendadores de aeronaves e a proposta de postergar a redução no custo da folha de pagamento dos funcionários como alguns dos mais difíceis percalços a serem enfrentados. Kakinoff prevê um cenário com falências, fusões ou aquisições com troca de ações na aviação do mundo todo. Ele afirmou que as companhias estrangeiras com maior apoio governamental sairão da crise favorecidas na disputa por rotas internacionais. "A gente tem desperdiçado muita energia, tempo e, consequentemente, recursos nessa disputa pela polarização", afirmou o presidente da Gol à Folha de S.Paulo. Esta semana a Gol anunciou acordo coletivo com três categorias de colaboradores (pilotos, co-pilotos e comissários), com validade de 18 meses. 6

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


+Lidas da semana Portal PANROTAS

Destinos

E a volta na Espanha?

1 Especialista projeta futuros para Turismo pós covid-19

2 WTTC: 10 orientações para empresas e destinos na retomada das viagens

3 Disney suspende novas vendas e anuncia outro sistema de reservas

4 Conheça o projeto MUST –

Mulheres do Setor de Turismo

5 R11 vai investir dinheiro em agências para ajudá-las na retomada

6 Estudo aponta como será a

recuperação da hotelaria no Brasil

7 Presidente da Gol prevê Fernando Gagliardi, Rodrigo Vieira, Gonzalo Romero e Oscar Almendros

Um dos principais destinos do mundo, a Espanha está pronta para reabrir suas fronteiras para visitantes internacionais. Isso acontecerá a partir de 1º de julho, mas os olhares da indústria já se voltam para o país, que foi um dos mais afetados pela pandemia de covid-19 e cuja abertura gradual será observada por todo o Turismo Ao vivo, a PANROTAS "trocou essa ideia" com o diretor do escritório de Turismo da Embaixada da Espanha no Brasil, Oscar Almendros, ao lado

do diretor de Vendas e Marketing da Melia no Brasil, Fernando Gagliardi, e o country manager da Air Europa no País, Gonzalo Romero. Eles comentaram o processo de abertura econômica, mas ainda de forma gradual do país e cada um de seus negócios, os protocolos que serão assumidos por todas as partes, a coordenação público-privada, entre outros temas. Veja como foi o Trocando Ideia da PANROTAS sobre a retomada na Espanha bit.ly/trocando_ideia_espanha.

falências e fusões na aviação global

8 Aviação, operadoras e mice

têm novo protocolo global de saúde

9 O que pode (ou deve) mudar em Viagens Corporativas após a crise?

10 Movimento Supera Turismo une o setor em busca de retomada segura

Fonte: Portal PANROTAS

Cruzeiros marítimos

Apoio financeiro a agências A R11 Travel vai investir dinheiro em agências de viagens para ajudá-las na retomada no cenário de pós-pandemia. De acordo com informações do CEO da distribuidora exclusiva da Royal Caribbean no Brasil, Ricardo Amaral, a ação B2B, a ser lançada em junho, consiste em receber das agências propostas de como a R11 Travel poderá participar de forma conjunta na retomada. “Ainda estamos finalizando alguns detalhes, mas basicamente é uma

ação bem agressiva de co-participação com as agências de viagens. Vamos investir R$ 500 mil em agências que apresentarem os melhores planos, as melhores ações e ideias para retomar a confiança e, obviamente, gerar vendas”, adiantou. “Tem muita gente que está querendo fazer mala direta, outros querem uma campanha de um produto específico. As melhores sugestões receberão o investimento da R11 Travel.”

Ricardo Amaral

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

7


Pesquisa

Operadoras têm prejuízo, mas creem em retomada

Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa

As operadoras de Turismo no Brasil amargaram perdas de R$ 1,08 bilhão somente em abril em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mais da metade delas (54%) não realizou sequer uma venda no mês, alta em comparação com os 45% que não venderam nada em março. Os dados são da Braztoa em parceria com o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (LETS/ UnB). Uma semana depois da divulgação desses dados a operadora Queensberry, associada Braztoa, entrou com pedido de recuperação judicial, para tentar a reorganização com ajuda do programa. Entre as vendas realizadas em abril, 24% continham produtos com embarques até julho, 93% com embarques para o segundo semestre e 84% para 2021. A grande maioria 8

das vendas foi para destinos nacionais, o que confirma a tendência de que a retomada se iniciará pelo doméstico, em 2020. Ainda que vendas tenham sido registradas, o faturamento das operadoras no mês de abril não representou nem 10% do mesmo período de 2019. Em meio a um turbulento 2020, a expectativa para este ano é de que as operadoras faturem entre 51% a 75% do que somaram no ano passado, que foi um total de R$ 15,1 bilhões. RETOMADA AINDA EM 2020 O mesmo estudo também aponta que a maioria das operadoras de viagens do Brasil está contando com a retomada no segundo semestre deste ano. Segundo o relatório, 58% das empresas esperam comercializar viagens domésticas a

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

partir de julho, enquanto 13% apontam para embarques apenas em 2021. Já em relação a viagens internacionais, 50% indicam o segundo semestre e 42% apontam 2021, apontando para uma retomada mais lenta para este mercado. De acordo com os autores do estudo, os números indicam uma tendência que já é verificada no mercado europeu, que inicia sua reabertura gradualmente, com novas medidas de isolamento social. Os consumidores tendem a buscar primeiramente as viagens nacionais, que dão maior segurança sanitária, e a retomada das viagens internacionais será mais lenta, a depender da aberturas de fronteiras, situação cambial e protocolos globais para garantir a segurança dos viajantes.


+Lidas da semana PANCORP

Viagens Corporativas

1 Conheça o projeto MUST –

Mulheres do Setor de Turismo

Pior abril da história

2 Aviação, operadoras e mice

têm novo protocolo global de saúde

3 O que pode (ou deve) mudar

Gervásio Tanabe

em Viagens Corporativas após a crise?

4 Quais os planos da American Airlines para a América Latina?

5 Turismo e Hotelaria terão

as recuperações lentas da economia

6 Pesquisa revela

preocupações em viagens corporativas no futuro

7 Aviação mostra primeiros (pequenos) sinais de recuperação

8 American pretende voltar a voar para o Brasil em 7 de julho

9 Latam anota prejuízo de R$

11,5 bi no primeiro trimestre

10 United Airlines vê aumento

da demanda mas será 30% menor

Fonte: PANCORP

A Abracorp registrou em abril a pior movimentação da história. Comparada com o mesmo mês de 2019 e considerados todos os segmentos, a queda totaliza 91,99%, segundo os indicadores no BI Abracorp. Os números superam até mesmo os dados das semanas que sucederam ao atentado às torres gêmeas, em 2001, nos EUA. Foram registrados índices negativos em todos os modais: aéreo (voos comerciais), aquaviário (cruzeiros marítimos), rodoviário (ônibus) e ferroviário, tanto para

viagens nacionais como internacionais. A queda mínima foi de 81,86%, exceto para os serviços de transfer, que caíram 74,52%. Na média, a retração da movimentação da hotelaria foi igual ou superior a 78,41%. Demais serviços prestados pelas TMCs associadas registraram perdas superiores a 92,84%. Os serviços de apoio para emissão de vistos e encaminhamento de documentos para o Exterior, por exemplo, caíram 74,52%. De todos, o segmento de locação foi o que apresentou menor nível de queda, cravado em 55,91%. n 10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

9


PANCORP

Agindo para a recuperação Beatrice Teizen

As companhias aéreas estão tendo um enorme trabalho para se adaptar neste novo cenário causado pela pandemia de covid-19. A limpeza das aeronaves, que já era constante e profunda, precisou ser intensificada, os processos de embarque praticamente reinventados, com protocolos de distanciamento físico sendo impostos, e as tripulações treinadas para lidar com diferentes sentimentos dos passageiros. Este foi o tema do terceiro encontro do 1º Festival Internacional de Viagens e Eventos Corporativos On-line, realizado pela Academia de Viagens Corporativas, que trouxe a vice-presidente de Vendas para América Latina, Caribe e Flórida da American Airlines, Christine Valls, para falar sobre como a aérea norte-americana está atuando e se adaptando no

10

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

“novo normal” das viagens. “Estamos trabalhando com diferentes organizações, como a Organização da Aviação Civil Internacional, Iata e Agência Europeia para a Segurança da Aviação, para criar e definir os novos protocolos e procedimentos para todo o mercado de aviação. Precisamos de medidas claras para que os viajantes se sintam seguros e, não, confusos, em relação ao que seguir em cada destino, aeroporto e companhia”, afirmou Christine. AMÉRICA LATINA Para a VP da American, a América Latina continuará tendo um papel fundamental na malha da companhia aérea e não há previsão de mexer na estrutura na região. "Nosso time de vendas está em contato direto com os clientes e, tendo um ou dez voos, esse re-

lacionamento precisa continuar", disse ela, afirmando que não há mudanças previstas no momento para a "família MCLA", referindose à região latino-americana. A previsão é que os voos saindo de Miami para São Paulo e Rio de Janeiro retornem em 7 de julho e, em meados do segundo semestre, a companhia já esteja operando 50% dos voos na América Latina. O doméstico deverá estar em 69% da capacidade e os demais voos internacionais em 24% (veja no gráfico abaixo, onde MCLA é a região do México, Caribe e América Latina). GOL Sobre o codeshare com a Gol, Christine afirmou que a parceria está valendo desde já – mesmo que não haja voos no momento. O acordo conectará a companhia a


Christine Valls, da American Airlines

53 cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus. Também será possível utilizar tanto as milhas acumuladas nos AAdvantage para voos Gol, assim como os pontos da Smiles em serviços da aérea norte-americana. Segundo ela, a parceria será essencial para aumentar a conectividade da American na região, não apenas no Brasil, mas em outros países operados pela Gol, como Uruguai e Argentina. DEMANDA Segundo a VP da empresa aérea, as reservas nos Estados Unidos já estão vendo um aumento de procura para viagens a lazer, especialmente de passageiros mais jovens, entre 20 e 30 anos. A companhia não parou de voar para o México na crise, chegando essa a 20 cidades, e também retornou ao Equador em 4 de junho e a destinos caribenhos, como Antigua e Jamaica, ainda este mês. MEDIDAS Nos terminais, a American vem trabalhando com autoridades e órgãos governamentais para aumentar a limpeza e desinfecção das áreas que recebem mais

contato de pessoas, como de check-in, embarque e esteira de bagagens. Também está instalando barreiras de proteção para diminuir a exposição de clientes e equipes, assim como desligando alguns dos computadores para criar mais distância. Além disso, a companhia também instalou placas digitais nos portões para que os clientes saibam os protocolos antes do processo de embarque. As aeronaves vêm sendo ainda mais higienizadas, após cada desembarque. Monitores, assentos, bolsos, cintos e sanitários passam por um processo rigoroso de limpeza. O método de pulverização eletrostática está sendo aplicado a cada sete dias, garantindo a eliminação de 99,9% de vírus e bactérias. Todos os funcionários e tripulantes adotaram o uso obrigatório de máscaras, assim como os passageiros estão sendo requeridos a usarem a bordo também. E lenços de higienização e álcool gel estão sendo distribuídos dentro dos aviões. “Sabemos que a demanda vai voltar, por isso, estamos criando possibilidades de distanciamento físico. Vamos proativamente avisar os clientes 24 horas antes 10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

11


Painel com Christine Valls, da American, contou com apresentação de Juliana Andrade e Viviânne Martins, da Academia de Viagens, e mediação de Artur Luiz Andrade, da PANROTAS

do embarque, dando a opção para mudar para um voo que esteja mais vazio, sem pagar nada, por exemplo, ou recebendo um crédito”, explica. Até o final de junho, 50% dos assentos do meio das fileiras estão bloqueados. Quando a demanda voltar, o bloqueio poderá ser suspenso. CLIENTES CORPORATIVOS E AGÊNCIAS Para dar mais flexibilidade aos clientes corporativos, a empresa está, dependendo da conta, fornecendo extensões de até 12 meses para os contratos que estão para vencer. Por meio de uma comunicação clara, os acordos estão sendo simplificados para que mais negócios possam ser feitos. A VP da American disse ainda que o time do segmento corporativo está ativamente procurando os clientes para a renegociação ou extensão desses contratos e também apresentando todo o programa de flexibiliza12

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

ção comercial que foi criado. Já as agências de viagens são parte fundamental da transportadora dos EUA, garante ela, representando entre 60% e 70% de seu negócio. Com uma relação muito forte, Christine acredita que a parceria continuará com a mesma força após a crise do novo coronavírus. O NDC também continua sendo implementado e ela anunciou uma nova parceria recémassinada com o Amadeus para acesso a esse conteúdo. “Pode ser que, no futuro, haja menos agências de viagens no mercado, havendo consolidações por parte delas. Mas o trabalho com elas é crucial para o nosso sucesso. Sabemos que também estão passando por tempos difíceis e estamos fazendo o melhor para servi-las”, finalizou ela, confirmando também que as empresas aéreas estarão menores durante a retomada e por alguns anos de recuperação.n


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Plataforma inclusiva Artur Luiz Andrade

PELAS MULHERES NO TURISMO

Foi lançada no começo de junho a plataforma MUST – Mulheres do Setor de Turismo, criada por sete mulheres que atuam ou atuaram na indústria de Viagens e Turismo. O objetivo do grupo é incentivar as mulheres que trabalham no Turismo a desenvolverem suas carreiras, acreditando que se antes da crise a diversidade fazia a diferença nas empresas, agora é ainda mais crucial. A ajuda vai desde uma mentoria mais próxima até a produção de conteúdo e criação de momentos de interação com as mulheres. Segundo Adriana Cavalcanti, que por anos trabalhou na Air France-KLM e é uma das fundadoras do grupo, nessa primeira semana a 14

MUST recebeu uma ótima acolhida do mercado, com muitas mensagens de apoio e de intenção de ajudar e participar. A plataforma vem sendo desenhada há cerca de um ano e tem como co-fundadoras, além de Adriana, as executivas Andréa Ugrin, Carolina Stolf, Juliane Castiglione, Larissa Lima, Renata Pestana e Sonaira Zanella Polimeno. Site: www.mulheresdosetordeturismo.com.br. E-mail: mulheresdosetordeturismo@gmail. com. E no Instagram: @brmust. A Revista PANROTAS enviou algumas perguntas para as fundadoras da MUST, querendo saber mais sobre o desenvolvimento do projeto. Confira a seguir.

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

Carolina Stolf, Renata Pestana, Juliane Castiglione, Adriana Cavalcanti, Larissa Laima, Andrea Ugrin e Sonaira Zanella Polimeno são as co-fundadoras da MUST


REVISTA PANROTAS – Por que criar um programa voltado a mulheres especificamente no Turismo? MUST – Segundo dados do Global Report on Women in Tourism, da Organização Mundial do Turismo (OMT), de 2019, a maior parte da força de trabalho do Turismo mundial é feminina, representando 54% comparados aos 39% em outros setores. A base da pirâmide no Turismo é extremamente diversa, porém à medida que subimos os patamares desta pirâmide percebemos que essa diversidade vai se dissipando e, na grande maioria das vezes, não encontramos representatividade nas posições de liderança. As oportunidades estão lá e mulheres competentes para abraçar essas oportunidades também, então precisamos potencializar essa competências e inspirar confiança para esse movimento de protagonismo feminino. Acreditamos que a diversidade é uma ferramenta poderosa de transformação e nesse momento o setor de Turismo precisa se reinventar, se transformar, para sobreviver e voltar a produzir de forma sustentável. No final, pessoas e organizações se beneficiam com essa diversidade e inclusão. Vale trazer à tona, que a plataforma tem o compromisso de trabalhar para apoiar os objetivos 5 e 10 de desenvolvimento sustentável da ONU, que abordam a igualdade de gênero e redução das desigualdades respectivamente. RP – Como as mulheres interessadas no programa podem participar? Da mentoria aos conteúdos, como será a participação? MUST – A plataforma MUST se baseia em três ações. 1) Os MUST Talks, que, nesse momento de quarentena, acontecem no formato de lives no Instagram em nosso perfil (@brmust), e futuramente acontecerão também via workshops híbridos, todos com conteúdo exclusivo e histórias inspiradoras, alinhados com o propósito MUST; 2) O MUST Tips, que reunirá tanto no

perfil (@brmust) do Instagram, quanto no site (www.mulheresdosetordeturismo.com.br), dicas, insights e sugestões que contribuam com essa jornada de desenvolvimento e ampliem repertório; 3) E o MUST Mentoring, que é o programa de mentoria que será lançado em breve, cujo objetivo principal será a troca de vivências entre profissionais mais experientes de diversas indústrias e as profissionais do setor de Turismo, com o intuito de contribuir no desenvolvimento de carreira. Informaremos logo mais como será o processo de inscrição e toda a programação. RP – A realidade das carreiras de mulheres em Viagens e Turismo é diferente em relação a outras áreas? O Turismo é um setor com predominância feminina, o que falta para que atinjam mais posições de liderança e igualdade salarial com os homens? MUST – A realidade das carreiras em Turismo para mulheres difere de outras indústrias em um ponto: encontramos no Turismo muita diversidade nas posições de base até os cargos gerenciais, inclusive avançamos muito em áreas que antes eram predominantemente masculinas (por exemplo, pilotos na aviação). Outras indústrias ainda estão lutando para expandir essa diversidade. Porém, quando olhamos para o recorte de diversidade nas posições de tomada de decisão, a representatividade feminina se perde quase que completamente, e aí, a realidade do Turismo não é diferente de outras indústrias. Ora, mas por que uma indústria com uma base de talentos tão rica e tão diversa não mantém esse perfil nas posições de C-level? A MUST entende que alimentar a confiança dessas mulheres, criar um ambiente seguro para que elas possam se desenvolver e potencializar suas competências, é um caminho para mudar esta realidade e fomentar a equidade nas organizações, ou seja, as mulheres também precisam acreditar que podem chegar onde querem para que por con10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

15


sequência tenhamos um setor mais diverso. RP – Há setores no Turismo que estão melhores em relação a esse quadro da participação das mulheres como líderes ou com mais opções de mobilidade em suas carreiras? MUST – Sim, empresas no Turismo que acompanharam os movimentos externos, de outros setores, perceberam que a diversidade está relacionada à melhoria de performance, seja em razão da diversidade cognitiva usada na tomada de decisões importantes, ou ainda pela identificação e adesão de seus stakeholders com essa postura. A Hotelaria por exemplo, é um desses setores do Turismo que entenderam que, ao ter muitas mulheres enquanto clientes, precisava trazer mais mulheres para contribuir em suas decisões estratégicas. Além disso, o empreendedorismo feminino na indústria de Viagens é enorme. Precisamos trazer mais luz para estas mulheres tão corajosas, e assim inspirar outras mulheres da indústria. RP – Como as questões pessoais da mulher (maternidade, casamento, hobbies, educação...) serão abordadas pela MUST, já que não dá para separar a formação e a vivência de cada uma de sua carreira? MUST – A MUST entende que diversidade sem inclusão é inócua. E incluir significa considerar a pessoa em sua plenitude, para que ela possa contribuir de forma genuína e efetiva para a organização. É necessário compreender que cada mulher tem seu histórico e suas expectativas pessoais próprias e únicas, e criar um ambiente inclusivo é fundamental para gerar con-

16

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

tribuições valiosas para a organização: políticas relativas à maternidade (e paternidade também), liberdade para se posicionar (ou não, se ela sim o quiser) quanto à sua orientação sexual, oportunidade para expressar suas ambições profissionais etc. A MUST deseja fomentar essa discussão e ser um facilitador para que mais e mais organizações possam se abrir para esta visão holística e usufruir dos benefícios que a inclusão pode trazer para os resultados. Cabe ressaltar que as três frentes propostas, MUST Tips, Must Talks e MUST Mentoring, trarão conteúdos relevantes, atuais e de qualidade relacionando o desenvolvimento da carreira feminina a pilares importantes

como formação: hard and soft skills, bem-estar físico e mental, práticas e relações sociais, família e finanças. RP – A crise mudou a perspectiva das mulheres no Turismo? MUST – Esta crise com certeza é sem precedentes, mesmo para uma indústria tão exposta a riscos, e, portanto, tão resiliente, quanto à de viagens. Porém, enquanto alguns enxergam o copo meio vazio, nós da MUST enxergamos o copo meio cheio. Se a necessidade por representatividade em posições de liderança no Turismo antes era necessária, agora ela se faz urgente, pelo bem do próprio setor, rumo à sua transformação e sustentabilidade. A questão da empregabilidade


de mulheres nessa crise também é algo que preocupa, e a MUST quer contribuir também. Um olhar atento à força feminina nesse momento pode reforçar o talento e transformar o conhecimento para o aquecimento do setor. RP – Onde estão as principais barreiras para as mulheres no desenvolvimento de suas carreiras? MUST – Conversando com mulheres de várias indústrias e em vários cargos diferentes, percebe-se que muitas vezes as barreiras são internas por vieses inconscientes e crenças limitantes. Geralmente, mulheres são muito mais exigentes com elas mesmas do que os homens, e na hora de pleitear uma promoção, acham que nunca estão prontas o suficiente para assumir o cargo. De acordo com a última pesquisa do IBGE, apesar das mulheres investirem muito mais do que os homens em sua formação acadêmica, isto não se reflete nos cargos de liderança e nem nos salários. E essa estatística piora se incluirmos nessa equação a questão racial: mulheres negras ainda ganham menos do que as mulheres brancas, ambas com o mesmo investimento educacional. A MUST acredita que mudando essa percepção interna da própria mulher, muda-se também o olhar externo para o desenvolvimento de carreira das mulheres. RP – A MUST vai lidar com temas como machismo, assédio, violência contra a mulher, mulheres LGBT, entre outros, e sua correlação com as carreiras? MUST – Tudo o que compõe o universo feminino e que diga respeito ao desenvolvimento profissional e social das mulheres na indústria de Viagens e à contribuição feminina para a transformação do setor de Turismo fará parte da agenda da MUST. Nós não nos omitiremos das causas e nosso posicionamento será pautado na igualdade de oportunidades e ampliação do papel protagonista das mulheres, buscando ampliar o acesso a conhecimentos que podem ser pilares de sua sustentação. Prover conteúdos

voltados para educação financeira pode estimular e encorajar vítimas de violência doméstica a se fortalecerem, já que em muitos casos observamos uma dependência monetária associada. O olhar para frente é nossa motivação, estendendo a mão às mulheres e gerando uma rede de apoio fundamental. RP – Como as empresas de dentro e fora do Turismo podem ajudar e aderir à plataforma MUST? E os profissionais? Quem serão as mentoras do projeto? MUST – As cofundadoras da MUST são (em ordem alfabética) : Adriana Cavalcanti, Andréa Ugrin, Carolina Stolf, Juliane Castiglione, Larissa Lima, Renata Pestana e Sonaira Zanella Polimeno, todas atuantes, ou que já atuaram, na indústria de Viagens, e com o mesmo propósito: incentivar as mulheres do Turismo no desenvolvimento de suas carreiras, contribuindo com a transformação e sustentabilidade do setor. Acreditamos em rede colaborativa e contamos com a ajuda de todos os profissionais e organizações do setor, assim como de outras indústrias, por meio da adesão e participação ativa nas ações propostas pela plataforma: MUST Talks, MUST Tips e MUST Mentoring, mas também através de feedbacks e contribuições espontâneas por meio de nosso perfil no Instagram (@brmust) e do site (www.mulheresdosetordeturismo.com. br). Juntos somos muito mais fortes. RP – Qual o papel do homem nesse projeto de desenvolvimento da força feminina no Turismo? MUST – A MUST acredita no princípio da diversidade cognitiva, ou diversidade de pensamento, enquanto ferramenta de transformação, e isso independe do gênero. A riqueza é exatamente reunir homens e mulheres por um mesmo propósito. Se as mulheres puderem contar com o apoio fundamental dos homens do setor nesta jornada de desenvolvimento, o caminho será muito mais rápido e muito mais humano, afinal, é exatamente isso que nos une: a humanidade. n

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

17


Estudos e pesquisas

CAMINHOS PARA A HOTELARIA Juliana Monaco e Artur Luiz Andrade

BAIXE A PESQUISA EM: CONTEUDO.HOTELINVEST.COM.BR/RECUPERACAOHOTELEIRA

O início da recuperação da economia e hotelaria é esperado para agosto, após o pico de casos ativos no País

Em live mediada pela PANROTAS, a HotelInvest, a Omnibees, a STR e o FOHB lançaram o estudo “Recuperação da Hotelaria Urbana no Brasil”, a maior pesquisa já realizada sobre a recuperação dos hotéis no Brasil para o período pós-crise de covid-19. O estudo traz os possíveis cenários para os hotéis de São Paulo, que servem como parâmetro para mercados similares. Rentabilidade, diária média e ocupação estão nas previsões da pesquisa, que aponta um caminho mais difícil e longo de retomada para os hotéis de luxo, já que dependem mais do fluxo internacional e dos eventos - dois segmentos que devem demorar mais a voltar. “Os resultados desse estudo não são aqueles que gostaríamos de apresentar ao mercado. As projeções são preocupantes para os próximos três anos. Mas entender esses cenários

18

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

é fundamental para conseguirmos desenhar a melhor estratégia para enfrentarmos a crise”, explicou o fundador e CEO da HotelInvest, Diogo Canteras. PANORAMA INTERNACIONAL Os mercados globais saíram de patamares de ocupação próximos a 65% antes da pandemia para valores de até um dígito após o surto de covid-19. Atualmente, a ocupação da China está longe de atingir seu pico de performance, registrando uma média de 45%, totalmente dependente do fluxo doméstico, já que as fronteiras do país continuam fechadas. O segmento econômico e midscale está liderando a recuperação tanto na China quanto nos EUA, com demandas maiores no Turismo de lazer e regional. No entanto, o país norte-americano tem se recuperado mais rapida-

mente, uma vez que não apresentou uma queda acentuada na ocupação. Segundo a diretora da STR, Patrícia Boo, o reaquecimento nos outros mercados globais deve ocorrer da mesma forma que na China e nos EUA. "A recuperação está sendo liderada pelo segmento de hotéis econômicos e a maior parte da demanda está direcionada às cidades secundárias. No cenário global, houve um aumento de dois pontos na ocupação nas últimas semanas, mas a retomada total da hotelaria deve levar mais de um ano", afirmou. CENÁRIO NACIONAL Atualmente, 64% dos empreendimentos hoteleiros estão fechados no Brasil, sendo 62% dos econômicos, 58% dos midscale, 53% dos upscale e 93% dos resorts. De modo geral, os sinais de recuperação da hotelaria ainda são


tímidos em todo o Brasil. Embora os dados indiquem um leve crescimento das reservas nas últimas semanas de maio, o volume total ainda é mais de 80% abaixo do registrado em 2019. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentam mais destinos com sinais de retomada. Hotéis econômicos nos grandes centros urbanos, com perfil de lazer e em cidades secundárias (como Petrópolis, no Rio; Gramado, no Rio Grande

do Sul; e Campos do Jordão, em São Paulo) terão melhores caminhos de recuperação. Segundo dados da Omnibees, Gramado liderou em vendas no Brasil na última semana, passando São Paulo. Já o Sudeste tem 40% de share de vendas, menos que em abril e começo de maio, mas voltou a crescer devido à reabertura de Belo Horizonte. Na média para todo o País, tanto os hotéis de rede quan-

to os independentes sofreram fortes quedas no volume de reservas futuras. No entanto, enquanto os hotéis de rede conseguiram manter a evolução tarifária positiva, os independentes estão praticando tarifas 1,5% inferiores às de 2019. O valor da diária média deve cair ao menos 10% em 2020 e a recuperação total das tarifas é projetada entre 2022 e 2023 – com exceção do cenário conservador.

A maioria dos hotéis de rede no Brasil está fechada, com previsão de reabertura a partir de junho

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

19


Apesar da crise, os hotéis de rede ainda estão conseguindo manter a evolução tarifária positiva entre junho e agosto

HOTELARIA DE SÃO PAULO Em São Paulo, o estudo prevê que a recuperação total ocorra em 2022 para a hotelaria econômica e em 2023 para a hotelaria de luxo. Ainda em 2020, a ocupação média pode variar entre 27% e 35% para os hotéis econômicos e midscale, e entre 21% e 27% para os upscales e de luxo - o que representa uma queda entre 49% e 61% em relação a 2019. Assim como no cenário macro brasileiro, a hotelaria regional será a primeira a se recuperar, seguida da nacional e internacional. A estimativa é que a demanda regional seja de 52% até janeiro de 2021, subindo para 89% até janeiro de 2022. A ocupação anual absoluta deve ser de 32% em 2020, 56% em 2021 e 66% em Na média de 2020, a ocupação dos hotéis econômicos e midscale da cidade de São Paulo deve ficar entre 27% e 35%

20

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

2022. Já a recuperação total do RevPAR deve levar entre dois anos e meio e quatro anos. HOTÉIS ECONÔMICOS E MIDSCALE As projeções de desempenho dos hotéis econômicos e midscale da cidade de São Paulo indicam que o início da recuperação é mais provável em agosto, com break-even entre setembro e outubro de 2020. A recuperação total das receitas de hospedagem ocorrerá, no cenário mais otimista, em dois anos e meio a partir do mês pré-pandemia (fevereiro de 2020), podendo ser superior a quatro anos no cenário conservador. No cenário otimista, a hotelaria econômica e midscale terá uma ocupação

de 60% até o final de 2020. No cenário moderado, a taxa de ocupação será de aproximadamente 50%, enquanto no conservador, de 40%. Em relação à oferta, o segmento partirá de 34 mil UHs em maio de 2020 para 35,9 mil UHs em dezembro de 2023, equivalente a um aumento de 5,5%. Na média de 2020, o RevPAR apresenta quedas entre 54% e 66%. Com uma recuperação mais rápida da economia, o RevPAR voltaria a valores de 2019 em dois anos e seis meses. Desse modo, as quedas nas receitas causarão um prejuízo operacional expressivo. No cenário mais provável (moderado), o lucro da hotelaria urbana econômica e midscale em São Paulo voltará a patamares mais


Com quedas expressivas de receita, os hotéis carregarão prejuízo operacional acumulado para 2021

expressivos apenas em 2022, ainda abaixo dos valores de 2019. HOTÉIS UPSCALE E DE LUXO A lógica de recuperação da hotelaria mais sofisticada em São Paulo é semelhante à dos segmentos econômicos e midscale, porém mais lenta e prolongada. A maior dependência da demanda internacional e do setor de eventos deve desacelerar o crescimento de ocupação dos hotéis. A recuperação total das receitas de hospedagem ocorrerá, no cenário mais otimista, em três anos a partir de fevereiro de 2020, podendo ser superior a cinco anos no cenário conservador. Até o final de 2020, a hotelaria upscale e de luxo terá uma ocupação em torno de 45% no cenário otimista, 40% no moderado e 30% no conservador. Na média do ano, a ocupação ficará entre 59% e 68% inferior à de 2019. Em relação à oferta, o segmento partirá de 5 mil UHs em maio de 2020 para 5,7 mil UHs em dezembro de 2023, um aumento de 13,2%.

Na média de 2020, a ocupação dos hotéis upscale e luxo deve ficar entre 21% e 27%

Na média de 2020, o RevPAR apresenta quedas entre 62% e 71%. A recuperação total é estimada em quase quatro anos. No melhor cenário, o índice de RevPAR voltaria aos patamares de 2019 em três anos. Além dos desdobramentos da covid-19 no setor, o aumento de oferta previsto entre os hotéis mais sofisticados também retardará a curva de recuperação da média do mercado a patamares prépandemia. Desvalorização do dólar e nova oferta trarão um horizonte de recuperação ainda mais longo aos hotéis sofisticados

QUAL CENÁRIO PREVALECERÁ? Em todos os cenários, a recuperação será longa e gradual. Mesmo com o aparecimento de uma vacina, a aceleração só se dará a partir de 2021, com os negócios retornando a níveis pré-crise somente em pelo menos dois anos e seis meses. Desse modo, com prejuízo operacional acumulado em 2020, re10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

21


sultado baixo em 2021 e recuperação em 2022 ou 2023, a perda de valor estimada dos ativos hoteleiros pode superar 20%, em comparação ao ano passado. Para Pedro Cypriano, da HotelInvest, o cenário mais provável é o moderado, mas é preciso estar preparado para outras possibilidades. "Podemos torcer para que o cenário otimista ocorra, mas precisamos nos preparar para o conservador. A minha recomendação é que os gestores hoteleiros entendam o seu mix de demanda e calculem as potenciais recuperações para cada um desses grupos. Isso ajuda a ter maior previsibilidade e um número que seja mais próximo à sua realidade", comentou. Segundo o estudo, o cenário não deve desestimular novos investimentos e nem projetos dos fundos para o Brasil. Apesar da pandemia alongar a curva de recuperação de desempenho dos hotéis para um horizonte maior, em 2023 já se espera uma melhor performance. Para novos projetos, a perda de valor não deve superar 10%. E em casos de compra de terrenos e custos de construção mais baixos, o valor projetado pode ser idêntico ou até melhor ao estimado até o início de 2020. Mesmo no cenário moderado, o potencial de lucro operacional está comprometido até o final de 2021, devendo ser usado para compensar o prejuízo operacional acumulado em 2020 e iniciar a recomposição dos fundos de reserva. Caso esses fundos não sejam restituídos e os planos de reinvestimento retomados, a hotelaria poderá sofrer um processo de perda de competitividade em muitos empreendimentos.n 22

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

COMO SERÁ A RECUPERAÇÃO HOTELEIRA CARACTERÍSTICAS DA RETOMADA 1) Lenta 2) Gradual 3) Ainda com horizonte indefinido, que podem acelerar ou atrasar as previsões 4) Diferente em cada região do país e dependendo do mix de cada hotel SAEM NA FRENTE 1) Hotéis com forte público regional (que não dependem do aéreo) 2) Hotéis com forte público de lazer 3) Hotéis econômicos 4) Hotéis em Cidades secundárias, perto de grandes centros urbanos TERÃO MAIS DIFICULDADES 1) Hotéis com forte público nacional (que dependem do aéreo) 2) Hotéis mais voltados ao corporativo e aos eventos

RECUPERAÇÃO SERÁ MAIS DESAFIADORA PARA 1) Hotéis upscale e sofisticados 2) Hotéis com dependência maior de eventos 3) Hotéis com grande share de público internacional MEDIDAS DURANTE A CRISE 1) Mexer nos custos 2) Controlar o caixa 3) Contar com a extensão das mps do governo para contratos de trabalho e empréstimos, além de isenções fiscais 4) Tentar alguma guinada, mesmo parcial, para conquistar o público regional e nacional, a lazer ou corporativo, nesse período inicial 5) Se preparar para um possível cenário conservador, em que a recuperação será ainda mais lentan


Hotelaria Filip Calixto

ATLANTICA E AVIVA ARTICULAM A VOLTA Com quartos vazios há mais de dois meses, em um inevitável desdobramento da crise gerada pela proliferação da covid-19 no Brasil, resorts e hotéis corporativos começam a colocar em prática os planos delineados no período de escassez na ocupação. Entre a elaboração de protocolos de saúde, articulação de promoções para atrair hóspedes e a necessidade de voltar a faturar, esses empreendimentos, que formam grande parte da oferta de hospedagem do País, buscam a equação ideal para voltar a acelerar nos negócios sem colocar em risco colaboradores e hóspedes. No caminho equilibrado para a volta, a arquitetura de um plano que transmita confiança é condição sine qua non e primeiro passo para que a rotina de leitos preenchidos volte a ser regra. Levando isso em consideração, Atlantica Hotels uma das grandes companhias de hotéis corporativos do país – e Aviva – responsável pela administração de dos mega resorts – lançaram nos últimos dias ações coordenadas para a retomada de suas atividades, com cuidado especial à saúde. Nos dois casos, os protocolos alteram a rotina das propriedades e buscam sustentar um retorno gradual. Nas unidades do grupo Atlantica, o Manual de Diretrizes Operacionais vem acompanhado de um selo, Atlantica Safe & Clean Protocol (AS&CP), entregue às propriedades com reconhecido zelo no atendimento e estruturas. Quem fiscaliza o processo é a Bureau Veritas, uma auditoria externa contratada especificamente para as inspeções. A iniciativa na rede de hotéis corporativos vai colaborar no processo de reabertura, que já está em andamento, e na diminuição dos prejuízos já calculados para os rendimentos do ano. Até o final de julho, a empresa pretende ter 90% dos seus 135 hotéis abertos - atualmente 30% das unidades da marca ainda estão fechadas. Sobre os dividendos, o vi-

Guilherme Martini, vice-presidente de Operações da Atlantica, e Flavio Monteiro, diretor de Operações da Aviva

ce-presidente Operações da companhia, Guilherme Martini, antecipa que a estimativa de faturamento para o ano representa queda de quase 40% em relação aos números finais do ano passado - R$ 700 milhões nas receitas no final deste ano contra R$ 1,1 bilhão de 2019. Responsável pelo gerenciamento dos destinos Costa do Sauípe (BA) e Rio Quente (GO) e do parque aquático Hot Park, a Aviva desenhou seu protocolo de volta ajustando os trabalhos para receber as famílias de acordo com as normas dos órgãos sanitários responsáveis. "Ainda não é possível informar uma data oficial para a reabertura de nossos destinos, mas estamos com todos nossos protocolos prontos para receber o público", contou o diretor de Operações na Aviva, Flávio Monteiro. Esclarecendo as práticas adotadas para

a volta e comentando como enxergam o momento pelo qual a hotelaria passa, o diretor de Operações da Aviva, e o vicepresidente de Operações da Atlantica falaram à Revista PANROTAS na entrevista que você pode ler a seguir. REVISTA PANROTAS – Os empreendimentos têm sido utilizados para algum tipo de serviço durante a pandemia? Há alguma ação das empresas acontecendo enquanto os hotéis estão fechados? FLAVIO MONTEIRO (AVIVA) – Não, nossas unidades permanecem fechadas neste momento para preservar a saúde dos nossos colaboradores e clientes. Mas gostaria de destacar que atualmente estamos com uma iniciativa chamada "Juntos Pela Comunidade", para a venda de ingressos do Hot Park. A renda do projeto é 100% revertida para as comuni10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

23


dades de entorno de nossos empreendimentos para que possam ser utilizados no futuro, quando for possível receber todos em segurança. Além disso, estamos com a nossa equipe buscando entender como é possível amparar as nossas comunidades do entorno, tanto nossos colaboradores, quanto ex-colaboradores e comunidades vulneráveis. GUILHERME MARTINI (ATLANTICA) – Temos diversos tipos de propriedade. Naquelas em que há um proprietário, a decisão foi meio que binária: ou manter o hotel funcionando ou fechá-lo. Mas também temos cerca de 90 propriedades no formato condo-hotel ou flat, que tem moradores. Nesse caso mesmo sem a operação hoteleira, moradores continuaram recebendo serviços. RP – Um momento como este exige esforços tanto nos cancelamentos e remarcações como na preparação da retomada. Como a empresa tem lidado com isso? MONTEIRO (AVIVA) – Possuímos equipes multidisciplinares atuando em todas as frentes e olhando a Aviva de forma 360 graus. Fizemos um trabalho proativo da equipe de atendimento com clientes para propor reagendamento dos pacotes adquiridos, que foi muito bem recebida, a taxa de reagendamento para este grupo, por exemplo, é de 80%. Já a remarcação de nossos membros do clube de férias Aviva Vacation Club, que tem uma base de 35 mil famílias atualmente, foi ainda maior, 96%. MARTINI (ATLANTICA) – Antes de sair a medida provisória [MP 936, trata do cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores de Turismo e cultura em razão do estado de calamidade pública] que alcança as diárias, a Atlantica já havia adotado um projeto de flexibilização, privilegiando as remarcações e, em casos pontuais, até dando crédito para esses clientes. Mas tivemos o cuidado de analisar caso a caso, considerando o interesse do hotel e do hóspede. RP – A rede trabalha com alguma previsão de retomada? Existem índices mínimos de ocupação para garantir a viabilidade financeira do empreendimento? MONTEIRO (AVIVA) – Nosso objetivo é sempre oferecer a melhor experiência aos clientes para que eles continuem 24

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

tendo uma estada agradável, agora mais segura ainda, além de também preservar o bem-estar de nossos colaboradores, por isso já estamos trabalhando com os protocolos de retomada. Temos a expectativa de que esse retorno será de forma gradual, mas depende muito dos cenários, que mudam diariamente. Deveremos adotar uma ocupação de 65% em Rio Quente e de 50% em Costa do Sauípe para podermos receber todos em total segurança, assim como a nossa equipe de colaboradores, mas esta porcentagem poderá ser revista, sempre prezando a melhor experiência. Sem dúvida, as pessoas vão querer viajar assim que possível, mas elas estarão inseguras, e por isso iremos adotar alguns protocolos que vamos detalhar mais adiante. Em um primeiro momento, deveremos receber muitos dos nossos clientes que já remarcaram, pois estarão organizados para fazer as viagens assim que for seguro retomar. Estamos confiantes que de forma gradual as pessoas devem retomar os seus projetos de viagens, inclusive circulando mais internamente em nosso País, que oferece tantas opções e com paisagens tão distintas.

MARTINI (ATLANTICA) – Não temos um número mágico de ocupação, até porque o valor da tarifa também tem muita importância. Talvez um hotel em São Paulo se viabilize com menos de 25% de ocupação e um outro, em uma cidade menor, necessite de uma ocupação mais alta. Cada hotel tem sua realidade. Nossa preocupação de momento é buscar um modelo operacional mais leve e o que estamos fazendo agora é dialogar com fornecedores para renegociações, reavaliando ferramentas e buscando caminhos. Nesse pensamento de equilibrar a operação financeiramente buscamos entender as possibilidades das MPs aprovadas pelo governo, dos acordos sindicais e, com isso, criamos cenários singulares para cada unidade. Em alguns casos, os resultados foram medidas de diminuição das jornadas de trabalho e em outros foram suspensões de contratos. Essas ações vieram do entendimento de que somente as iniciativas governamentais seriam insuficientes e que, com elas, chegaríamos em julho com quadro de colaboradores maior que demanda. Sendo assim, tivemos que antecipar decisões


de desligamento, já imaginando um quadro de funcionários mais adequado ao tipo de ocupação que teremos quando os hotéis voltarem a funcionar. Temos segurança que esses empregos voltam ao longo do tempo. RP – Como enxerga a questão dos preços para a retomada dos hotéis? Há risco de guerra tarifária? MARTINI (ATLANTICA) – Tenho receio desse movimento de baixar preço, pois não vai aumentar a demanda. A confiança é o maior driver para isso e não é baixando preço que garanto demanda. Baixar os preços pode ter efeito no curto prazo, mas, no médio e longo, pode ser danoso pois um processo de retomada nas tarifas é longo, doloroso e, no meio do caminho, muitos não aguentam. Na Atlantica, vamos ser ativos para segurar essa queima de preço, até porque na hotelaria que fazemos não há muita margem para redução. RP – Como será a retomada? Os hotéis reabrirão de uma vez ou em fases? Qual a estratégia? MONTEIRO (AVIVA) – O retorno dos hotéis ainda está em estudo e nossa preocupação é com a segurança de clientes e colaboradores. O lazer é o principal foco nesse momento, já que corresponde à maior parcela dos nossos destinos. Já estamos ajustando diversos detalhes das operações, tanto na Costa do Sauípe, quanto em Rio Quente, para receber as famílias de acordo com as normas dos órgãos responsáveis e estaremos atentos a qualquer mudança de recomendação para nos adequarmos rapidamente. MARTINI (ATLANTICA) – Estamos finalizando o plano de retomada comercial desses hotéis. Nosso planejamento está baseado em um processo de três fases. A primeira delas vai da época em que foi decretada a pandemia até julho (quando observamos baixa ocupação e altos índices de contaminação na sociedade). A segunda vai do próximo mês até julho do ano que vem (quando acreditamos ser o momento de retomada na indústria de viagens) e a terceira aparece na sequência (com a chagada de um novo normal e, quem sabe, índices compatíveis aos que tivemos em 2019). Operacionalmente, ainda não sabemos como será mas é certo que algumas práticas vão mudar. O que posso adiantar é que alguns serviços não vão voltar ime-

diatamente. O bufê de café da manhã, por exemplo, não volta por enquanto e recomendamos aos hotéis que mantenham ambientes como spa e espaço kids fechados. Em outras áreas, como academia, pode ser que adotemos a utilização mediante reserva e com processo mais rígido de limpeza. RP – Como a empresa articula protocolos de saúde para a volta? Vocês são a favor de um selo que chancele os hotéis ou cada empresa tem de ter o seu? MONTEIRO (AVIVA) – Já iniciamos a construção dos nossos protocolos e disponibilizamos no site alguns procedimentos que serão adotados na reabertura. Logo no início da viagem, é recomendado que os hóspedes realizem o check-in on-line e antecipado para que qualquer tipo de contato mais próximo seja evitado. O uso de máscaras será obrigatório em todas as áreas sociais,

exceto durante as refeições, e testes de temperatura serão realizados frequentemente durante a estada. Já nos meios de transportes tanto para clientes quanto colaboradores teremos rígidos protocolos de desinfecção, os ônibus terão a capacidade reduzida, álcool gel será disponibilizado no embarque e desembarque. Nos apartamentos, também seguiremos protocolos rígidos de higienização. Os hóspedes ainda terão álcool em gel e álcool 70% à disposição. Já as áreas de lazer, como as piscinas, passarão por um controle de capacidade para evitar aglomerações, assim como algumas atividades e serviços, que deverão ser agendados. Durante o período, os restaurantes funcionarão com reserva e com serviço à la carte, ou seja, o menu estará à disposição durante as principais refeições com diversos pratos e itens da cozinha preparados na hora. Além desses procedimentos, as 10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

25


equipes dos destinos receberão treinamento intensivo de todos os protocolos de segurança e serão submetidos a testes de temperatura antes e durante seu turno. Eles estão sendo validados por um time de médicos infectologistas. Também acreditamos que um selo chancelado pelo Ministério do Turismo, por exemplo, seja bom para balizar os procedimentos e sinalizar para o consumidor que as medidas estão sendo adotadas. MARTINI (ATLANTICA) – No final de maio, em reunião com investidores e proprietários de hotéis administrados pela rede, lançamos Manual de Diretrizes operacionais e o selo Atlantica Safe & Clean Protocol (AS&CP). Esses procedimentos buscam garantir proteção à vida, segurança e bem estar de hóspedes e colaboradores em todas as pontas da operação. O documento foi elaborado de maneira colaborativa, levando em consideração as regras de parceiras que detêm as marcas que representamos no Brasil (Choice Hotels, Radisson Hotel Group, Hilton e Wyndham) e sempre com o cuidado de tropicalizar isso. Ou seja, garantir regras compatíveis com órgãos sanitários nacionais, que levassem em conta os nossos hábitos culturais e também fossem compatíveis com a realidade econômica desses hotéis. Na construção desse manual tivemos auxílio de um infectologista contratado, da consultoria Mapie e da aprovação do Grupo de Crise Covid-19 do Instituto do Coração (InCor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E, para garantir a aplicação das ações previstas no manual, ainda firmamos uma parceria com o Bureau Veritas, que fica responsável por auditar as inspeções rotineiras nas unidades da rede. Sobre a criação de um selo, não nos opomos e achamos que seria favorável e vantajoso para o setor. Mas não quisemos esperar e entendemos que tínhamos um dever de criar isso para oferecer segurança ao nosso cliente. RP – E o comportamento do hóspede? Como mensurar o impacto da atual crise na conduta do cliente? MONTEIRO (AVIVA) – Sabemos que o perfil do cliente sofrerá mudanças, estarão muito preocupados com a sua saúde e bem-estar ainda. Até mesmo com um 26

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

receio de retomar as viagens e outros planos de deslocamentos maiores e mais longos, e é justamente o nosso papel neste momento de mostrar e comunicar tudo o que estamos fazendo para recebê-lo em segurança. MARTINI (ATLANTICA) – Estamos atentos a essa mudança. Na construção do protocolo, tentamos entender que exigência esse cliente teria. O que temos notado é que segurança e higienização serão prioridade número um desse hóspede, que vai entender e apoiar as mudanças que chegarem nesse sentido. Vamos nos adaptar às necessidades e permanecemos ouvindo o que eles têm a dizer. RP – Como tem sido a relação com a cadeia de distribuição durante a crise? MONTEIRO (AVIVA) – Nosso setor foi o primeiro a ser impactado e deverá ser o último a retomar sua normalidade e, nes-

se momento, mais do que nunca é preciso estar em contato com a nossa rede de parceiros em todas as frentes, bem como as entidades que nos representam, para em conjunto pleitear pontos importantes para a sobrevivência de toda uma cadeia e posterior recuperação. MARTINI (ATLANTICA) – Pensando na retomada, é natural que busquemos esse diálogo com todas as empresas com quem temos relações. Com os canais de distribuição, por exemplo, estamos conversando sobre comissionamento e formas de pagamento, sempre pensando na sobrevivência. Também apoiamos muito o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), que tem atuado nessas negociações. Entendemos as dinâmicas desses canais e é normal que não haja grandes concessões, mas acredito que, com boa conversa, conseguiremos assegurar uma boa relação ganha-ganha.n


28 Flórida retoma atividades 33 A volta do Turismo de Tampa Bay 34 Como aproveitar a natureza da Flórida 37 Universal Orlando Resort vai ter abertura gradual 39 Hotel Fontainebleau reabre em junho 41 Trump Resort Miami se prepara para receber hóspedes

27

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

27


Coronavírus Vinicius Novaes

BEM-VINDO DE VOLTA À FLÓRIDA!

Depois de alguns meses fechada para o Turismo, a Flórida está novamente de braços abertos aos visitantes – abraço com restrições, claro, como prevenção ao contágio de covid-19, que é justamente o motivo pelo fechamento dos atrativos do Estado por meses. Seguindo todos os protocolos de saúde, elaborados por especialistas e por autoridades médicas, parques temáticos, museus, shoppings, hotéis e outras tantas atrações turísticas da Flórida já retomaram suas atividades ou estão com datas próximas para tal. E os voos do Brasil devem retornar já no começo de julho – a previsão da American Airlines é voar para Miami dia 7 do próximo mês. Latam e demais companhias também já estão prontas para retornar. 28

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


PARQUES A Universal Orlando já está aberta, cumprindo um cronograma de reabertura de resorts e parques. Tudo começou com CityWalk, em maio, alguns resorts nos primeiros dias de junho, e finalmente os parques Islands of Adventure e Universal Studios no dia 5. Tudo sendo feito sob protocolos de segurança (leia mais na matéria da página 37). A uma hora de Orlando, o Kennedy Space Center Visitor Complex, em Cape Canaveral, foi outra atração que já voltou a funcionar. Aberto desde o dia 28 de maio, o parque reabriu com limitação de capacidade com a implementação de protocolos de higiene e segurança. O complexo incentiva o público a comprar ingressos on-line e com hora marcada, e há até uma opção vip. Vale lembrar que o centro foi destaque em todo o mundo com o lançamento do primeiro voo tripulado da Spacex, iniciando pra valer o sonho do Turismo espacial. Outra atração já em funcionamento na Flórida desde o dia 1º de junho, o Legoland Resort está 30

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

operando com 50% da capacidade. O plano de reabertura do local, no entanto, inclui a entrada controlada de pessoas, pagamento em dinheiro em notas ou moedas, práticas de distanciamento social e limpeza frequente das áreas. O parque é voltado para as crianças menores e disponibiliza 200 estações de higienização para as mãos e todos os visitantes e colaboradores passarão por medições de temperatura e aqueles que apresentarem temperatura acima de 38°C não terão permissão para entrar. Além disso, a interação com os personagens e algumas atrações específicas, como a montanha-russa em VR, continuam suspensas. Há também um hotel recém-aberto anexo ao parque. SEA WORLD Os parques Sea World, Aquatica e Discovery Cove também reabrem ao público no dia 11 deste mês com uma série de medidas e protocolos de segurança e higiene, que serão enviados aos visitantes antes da chegada e estarão informados por todo o local. Os principais protocolos dizem respeito à obrigatoriedade do uso de máscara por funcionários e visitantes, distanciamento físico, intensificação da limpeza e saneamento, medição de temperatura de colaboradores e dos convidados, entre outras medidas.


27 de maio a 2 de junho de 2020 — PANROTAS

41


DISNEY Uma das principais atrações da Flórida, os parques Walt Disney World, em Orlando, retomam, em fases, as atividades no dia 11 de julho. Na data, o Magic Kingdom e o Animal Kingdom serão abertos ao público. Já o Epcot e Hollywood Studios estão programados para reabrir no dia 15 de julho. Disney Springs já foi reaberta e alguns resorts também reabrem junto com os parques. A Disney, por precaução, suspendeu todas as vendas de novos ingressos e hospedagens, até que consiga atender todos os clientes que já possuíam ingressos comprados. Depois dessa fase inicial, vai voltar a vender novas entradas, com novas regras e um site de registro obrigatório. O objetivo é controlar o fluxo de visitantes e garantir que os novos protocolos fiquem mais fáceis de serem seguidos. E foi confirmada esta semana a realização do restante da temporada de NBA na Disney World. As 22 equipes de basquete e as delegações se concentrarão no ESPN Wide World of Sports Complex, em WDW, com hospedagem nos resorts ao redor. As partidas não devem ter a presença de público. MIAMI As praias de Miami estão entre as mais famosas dos Estados Unidos e reabriram no último dia 1º com medidas que visam combater o contágio do novo coronavírus. Já o condado de Palm Beaches, também visando à proteção dos turistas, anunciou o compromisso de obter a certificação STAR do Global Biorisk Advisory Council (GBAC) programa que ajuda as instalações a implementar protocolos de saúde e segurança. Entre os locais contemplados estão o Aeroporto Internacional de Palm Beach, o Palm Beach County Convention Center, instituições culturais, mais de 150 hotéis e dois centros de treinamento da Major League Baseball - o FITTEAM Ballpark e o Roger Dean Chevrolet Stadium. O shopping Aventura Mall, um dos principais empreendimentos da cidade, retomou suas atividades no dia 21 de maio, após mais de dois meses fechado. Diversas medidas seguindo as recomendações da comunidade médica e das autoridades de saúde foram colocadas em prática para a volta do funcionamento. TAMPA As atrações turísticas de Tampa Bay já retomaram as atividades, dentre as quais, estão o Busch Gardens, ZooTampa e o Museu de Arte de Tampa (veja a lista completa na página 33). Todos os lugares seguem as diretrizes estabelecidas pelos Centros de Controle de Doenças e pelo Departa-

32

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

mento de Saúde Pública da Flórida. Além disso, essas atrações estão com capacidade reduzida e exigem de cada turista o uso de máscaras e a prática do distanciamento social. HOTÉIS Alguns hotéis do Universal Orlando Resort retomaram as operações no dia 2 de junho sob rigorosos protocolos de saúde e segurança. Essa reabertura em etapas inclui o Hard Rock Hotel, o Loews Royal Pacific Resort, o Loews Sapphire Falls Resort, o Universal's Cabana Bay Beach Resort, o Universal's Aventura Hotel e o Universal's Endless Summer Resort - Surfide Inn and Suites. Uso de máscaras, medição de temperatura e distanciamento social são algumas das medidas que precisam ser seguidas à risca por hóspedes e funcionários. As recomendações são as mesmas para os hóspedes e funcionários do Loews Miami Beach, que abriu novamente no último dia 1º. Também os icônicos resorts Fontainebleau Miami Beach e Trump Resort Miami estão prontos para receber os hóspedes agora em junho (leia mais nas páginas 39 e 41) n

Confira abaixo a lista de algumas atrações de Orlando que já estão em funcionamento: • • • •

Aerophile at Disney Springs America’s Escape Game Andretti’s Indoor Karting and Gaming Chocolate Kingdom Interactive Factory Adventure Tour • Congo River Golf & Exploration Co. • Epic Axe Throwing • Escape Game Orlando • Escapology • Fun Spot America • Gatorland • ICON Park Orlando • Island H2O Water Park • K1 Speed Orlando • Madame Tussauds Orlando • Nona Adventure Park • Orlando Starflyer • SEA LIFE Aquarium • The Escape Effect • Topgolf Orlando • Wall Crawl • World of Disney • Universal's City Walk


Publieditorial

TURISMO DE TAMPA BAY REABRE COM NOVAS MEDIDAS DE SEGURANÇA Seguindo as diretrizes estabelecidas pelos Centros de Controle de Doenças e pelo Departamento de Saúde Pública da Flórida, as atrações turísticas de Tampa Bay já retomaram as atividades, dentre as quais, estão o ZooTampa e o Museu de Arte de Tampa. Confira a lista abaixo: Busch Gardens®️ Tampa Bay Reabrirá no dia 11 de junho com guias sobre distanciamento social e com o aumento de medidas de higiene ZooTampa at Lowry Park Abriu com 50% da capacidade. O local também possui placas com orientações de distanciamento social e

a obrigatoriedade do uso de máscaras

Museu da Ciência (MOSI) Está aberto com 50% da capacidade Museu de Arte de Tampa O local já reabriu ao público com horas reduzidas e capacidade reduzida Topgolf A atração fez mudanças após a reabertura e incluiu medidas como a obrigatoriedade do uso de máscara e o distanciamento social Glazer Children’s Museum O museu abriu suas portas no dia 6 de junho com 25% da capacidade e a atração funcionará com reserva programadan

O TESOURO MAIS DESEJADO

DA FLÓRIDA VISIT TAMPA BAY

Viva a emoção inesquecível de sentir a adrenalina nas montanhas russas

VisitTampaBay.com/Latin-America


Publieditorial

5 MANEIRAS DE APROVEITAR A NATUREZA DA FLÓRIDA

Com mais de mil fontes naturais, plantas nativas e espécies únicas, três florestas nacionais, enormes recifes de coral e mais de mil quilômetros de praias, a Flórida tem diversas opções para desfrutar a natureza. Para vivenciar esta experiência e se conectar com a natureza, desfrute de passeios a cavalo, caça ao tesouro, aventuras noturnas de caiaque e muito mais, tudo em um só lugar. CONHEÇA UM PEIXE-BOI As águas da Flórida são ponto de encontro de mais de 6 mil peixes-boi. Apesar dos 680 quilos e três metros de comprimento, estes mamíferos marinhos são dóceis, e no Crystal River Wildlife Refuge, você pode nadar com eles. Entre novembro e abril, as fontes termais de Crystal River e Homosassa atraem a maior concentração natural de peixes-boi do mundo. Na Plantation on Crystal River, os visitantes podem pernoitar e reservar uma aventura de até três horas. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos incentiva que os turistas sejam respeitosos e pacíficos com os animais. PEDALE AO LADO DE UM JACARÉ Além da enorme quantidade de peixes-boi, a Flórida também conta com uma população de um milhão de jacarés. No Everglades National Park, a maior floresta tropical do país, já é comum encontrar os répteis tomando sol. A oeste de Miami, no Shark Valley, é possível fazer trilhas a pé ou de bicicleta, e passeios de bonde, em um cenário cheio de garças, pelicanos, aves exóticas, e claro, jacarés. Os guardas recomendam manter uma distância de pelo 34

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020

menos cinco metros dos répteis e o aventureiro que completar a trilha é recompensado com uma vista espetacular do Rio de Grama. ANDE A CAVALO NA PRAIA Se você já se imaginou andando a cavalo em uma praia deslumbrante enquanto a brisa toca seu rosto, a Flórida é o destino ideal. Desde as areias da ilha Hutchinson, no condado de St.Lucie, até as vistas da Costa do Golfo do Cabo San Blas, realize todos os seus sonhos durante um passeio a cavalo. PEGUE CONCHAS NA ORLA A Flórida também oferece caminhadas ao longo da orla e caça a tesouros naturais. A Sanibel Island foi considerada o melhor local para pegar conchas na América do Norte. Paraíso de conchas, búzios e caracóis, a Sanibel é famosa por ser a sede do beachcombing, passatempo em que visitantes e moradores percorrem as praias à procura de conchas e até mesmo objetos. Alguns hotéis oferecem quartos equipados com pias e mesas de trabalho especiais. Recomenda-se fazer uma coleta que não agrida o meio ambiente e seguir as normas de preservação das conchas. REME COM PLÂNCTONS De maio a novembro, bilhões de plânctons emitem um brilho azul-esverdeado nas águas da Merritt Island National. Passeios noturnos de caiaque a apenas uma hora de Orlando permitem ver esse fenômeno da natureza de perto, em um verdadeiro show de luzes. n


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Publieditorial

UNIVERSAL ORLANDO RESORT TERÁ REABERTURA GRADUAL A PARTIR DO DIA 5 DE JUNHO O Universal Parks & Resorts anunciou os planos para começar uma reabertura em fases do Universal Orlando Resort a partir do dia 5 de junho. A reabertura será cuidadosamente gerenciada e incluirá uma vasta gama de novos e aprimorados procedimentos de boas práticas de saúde, segurança e higiene, com base nas diretrizes do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) e das autoridades de saúde. O Universal Orlando foi fechado no dia 16 de março. O Universal CityWalk começou a reabrir em 14 de maio com novos procedimentos de saúde, segurança e higiene - dando ao Universal a experiência que será posta em prática ao reabrir seus parques temáticos. A reabertura incluirá os três parques temáticos do Universal Orlando: Universal Studios Florida, o Universal’s Islands of Adventure e o Universal’s Volcano Bay. Membros da equipe serão escalados para treinamento dos novos procedimentos e um número limitado de pessoas será convidado a visitar o parque nos dias 3 e 4 de junho. A abertura ao público geral será no dia 5 de junho, com o Universal Orlando continuando a gerenciar a visitação diária. Os novos procedimentos cobrirão três áreas: triagem, distanciamento e higienização. As principais medidas incluem uso obrigatório de máscaras faciais e distanciamento social de visitantes e colaboradores; visitantes e colaboradores devem realizar verificações de temperatura antes de entrar no local, aqueles com temperaturas iguais ou superiores a 38°C não poderão entrar. Estacionamento com espaçamento entre veículos; visitação diária controlada e reduzida; áreas e eventos fechados;

maior limpeza das atrações, banheiros e locais de alimentação; uso de filas virtuais em atrações selecionadas; pagamentos sem dinheiro e procedimentos com pouco contato sempre que possível; também fazem parte do plano de reabertura do Universal. Como parte importante da experiência dos visitantes, os hotéis do resort ainda estão com a reabertura sendo planejada e os detalhes serão divulgados em breve. Com o apoio do governador da Flórida, Ron DeSantis, as autoridades do Universal Orlando compartilharam detalhes do plano de reabertura, na quinta-feira (21 de maio), com a Força-Tarefa de Recuperação Econômica do prefeito de Orange County, Jerry Demings. "Queremos convidar os visitantes de volta aos nossos parques temáticos de maneira cautelosa e ponderada. Os visitantes devem seguir nossas diretrizes e continuar seguindo as recomendações do CDC e das autoridades de saúde”, afirmou o diretor executivo do Universal Park & Resorts, Tom Williams. O Universal Park & Resorts reforça que os visitantes devem avaliar os próprios riscos antes de irem para o destino, além de não ser recomendado que idosos ou indivíduos de grupos de risco visitem o local. Qualquer interação com o público em geral apresenta um risco elevado de exposição à COVID-19 e o Universal Orlando não pode garantir que os visitantes não sejam expostos durante sua visita. Para mais informações sobre as políticas do Universal Orlando durante esse período, visite o site da organização. Devido à natureza evolutiva dessa situação, os detalhes estão sujeitos a alterações sem aviso prévio.n 10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

37


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Publieditorial

HOTEL FONTAINEBLEAU, EM MIAMI BEACH, REABRIRÁ EM JUNHO O Hotel Fontainebleau, em Miami Beach, reabrirá suas portas aos hóspedes a partir do dia 1º de junho. Durante o isolamento, o hotel elaborou diversos planos para garantir segurança aos turistas na retomada. Sob a orientação do governo local e das autoridades de saúde, o empreendimento criou um extenso programa de saúde e saneamento. Verificações de temperatura, medidas de distanciamento social, estações de desinfetantes sem contato, treinamento completo dos funcionários, protocolos aprimorados de limpeza e desinfecção são algumas das medidas adotadas. Além disso, o Hotel Fontainebleau atualizou as

políticas a fim de permitir um cancelamento flexível e gratuito, até 24 horas antes da chegada, em todas as reservas feitas diretamente com o hotel. No entanto, o hotel lembra que alguns sites de reservas podem ter sua própria política de cancelamento. “Também criamos o pacote Fontainebleau Escape, que oferece crédito diário em alimentos e bebidas e estacionamento com manobrista de cortesia. O crédito diário de alimentos e bebidas pode ser usado no Fontainebleau como você desejar, seja para tomar drinks na piscina ou jantar em qualquer um de nossos restaurantes”, informou o hotel.n

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

39


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Publieditorial

TRUMP INTERNATIONAL BEACH RESORT MIAMI:

PRONTO PARA RECEBER VOCÊ! O Trump International Beach Resort Miami, em Sunny Isles Beach, está com as portas abertas novamente com a segurança como o foco de todas as ações. Em preparação para a reabertura, a equipe do resort tomou todas as precauções para garantir uma experiência de férias segura, limpa e divertida para todos. Seguindo todas as diretrizes governamentais e de autoridades de saúde, os colaboradores do empreendimento participaram de treinamento extensivo. Como em outros hotéis da região, é necessário o uso de máscaras faciais para todos os funcionários e fornecedores, e exames de saúde, incluindo verificações de temperatura. A equipe de limpeza adotou novas medidas, incluindo atenção extra a itens frequentemente tocados, como maçanetas, botões do elevador, telefone e interruptores de luz. Os controles remotos da televisão também são colocados em sacos plásticos após cada limpeza. Também foram disponibilizados distribuidores automáticos de desinfetantes para as mãos em áreas

públicas, bem como placas avisando sobre a importância do distanciamento social. NOVA EXPERIÊNCIA O resort usou o fechamento temporário para passar por uma reforma completa de seu lobby. Liderado pela designer de interiores Carolina Keimig, o projeto se inspirou nos resorts da Sunny Isles Beach. Ao entrar, os hóspedes descobrirão uma paleta de cores claras e naturais de bronzes, tons de verde e azul do mar, além de silhuetas que fluem perfeitamente como ondas de um espaço para o outro. Móveis novos, incluindo mesas circulares com assentos, agora oferecem espaços íntimos e separados para os hóspedes trabalharem ou simplesmente relaxarem. “Nossos hóspedes podem ter certeza de que tomamos o máximo cuidado, medidas e práticas para garantir sua segurança enquanto os recebemos de volta”, disse a diretora do Trump International Beach Resort Miami, Meryl Flynn. n

10 a 16 de junho de 2020 — PANROTAS

41


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


4

PANROTAS — 10 a 16 de junho de 2020


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.