PANROTAS 1.430

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Edição nº 1.430 - Ano 28 | 8 a 14 de julho | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

O que é verdade? O que é mito? Especialista responde perguntas, dá dicas e mostra por que a aviação está entre os modais de menor risco de contágio


27 de maio a 2 de junho de 2020 — PANROTAS

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.430 | 8 a 14 de julho de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

Página 04 Editorial - Expectativa vs. realidade

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br)

Página 06 Check-in - Verçosa e Trinca deixam American após 30 anos

Página 14 Perguntas, respostas e dicas para voarmos seguros

Página 24 Retomada: o que dizem as últimas pesquisas

Página 27 April Brasil - CEO conta detalhes sobre a compra das operações

Página 30 2020 sem Abav Expo - veja alternativas criadas pela entidade e conheça o Abav Collab

ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Parceria Estratégica


Editorial

DESEJO X REALIDADE No último dia 2, em nossa live semanal Check Point, no Portal PANROTAS, conversamos com os secretários de Turismo do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte sobre o timing da retomada das viagens na região, já que todas as pesquisas indicam que é o Nordeste o destino mais desejado pelos viajantes na volta pós-pandemia. Esse desejo, porém, esbarra na realidade, e os destinos nordestinos têm sido bem realistas, cautelosos e estratégicos quanto à hora de reabrir e se promover. A realidade está, principalmente, na questão sanitária. Ainda não há pós-pandemia. Somente após a vacina poderemos dizer que estamos no período posterior à catástrofe. Até lá, é o novo normal de viagens, protocolos, segurança e receios do consumidor. A realidade barra o desejo de viajar, por exemplo, na falta de voos, na proibição de algumas experiências, no sobe e desce dos números da pandemia. A cautela, portanto, é mais que necessária para não prejudicar ainda mais o setor, a economia. Abrir e ter de fechar novamente (atrações, praias, restaurantes, shoppings) pode passar uma imagem de falta de controle, de precipitação e de ausência de cuidado. Abrir aos poucos significa ir testando uma realidade que não conhecemos, respeitando o novo momento e pensando na segurança de todos. Queríamos todos estar nas praias de águas quentes do Nordeste neste momento, fugir do ciclone bomba, da nuvem de gafanhotos e das paredes cada vez mais opressoras de nossas casas.

Mas sabemos que ainda não é possível. Ainda. E a estratégia vem para nos mostrar que logo estaremos com o pé na areia, ou de carro no sertão, ou nas montanhas e cachoeiras da região. Todos os destinos estão desenhando estratégias regionais, chegando inclusive a oferecer benefícios para os turistas vizinhos. Mas o regional não é suficiente, sabemos, para a enorme estrutura de Turismo do Nordeste e do Brasil. Na sequência virão os visitantes nacionais, atraídos pela malha aérea e pelas notícias de que a doença está controlada (a perspectiva da vacina e os medicamentos que ajudam em um tratamento mais rápido já nos animam, não?). Atraídos pela necessidade de bem-estar, de momentos sem estresse, do contato com a natureza. Mesmo tendo de usar máscara para chegar até lá. A terceira etapa da estratégia de retomada envolverá o fluxo internacional e os eventos, que precisam voltar com força, mas, sabemos, ainda demorarão mais um pouco. Ninguém pode ficar para trás, e os destinos sabem disso. Voltaremos diferentes e transformados, talvez traumatizados, mas olhando para frente. No melhor estilo Reset e Fast Forward. Prontos para recomeçar, mas acelerados por tantas mudanças drásticas, tantas perdas, tantos momentos em que tudo o que podíamos era pensar, planejar, sonhar. E se o sonho é mergulhar nas águas do Nordeste e voltar a provar o melhor de sua gastronomia, hospitalidade e aventuras... estamos quase lá.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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O enfrentamento da pandemia e as soluções para a retomada

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Check-in Mercado

Brasil barrado A Comissão Europeia votou sua política de reabertura para o Turismo internacional. Ficou decidido que as fronteiras dos 27 países que compõem a União Europeia e Espaço Schengen estariam abertas a partir de 1º de julho para visitantes de 15 países: Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia, Tunísia, Sérvia e Uruguai. Como já era esperado, o Brasil, vice-líder global em casos e mortes por covid-19 não é um dos países permitidos. Líder deste indigesto ranking, os Estados Unidos também estão entre os barrados, tal como Argentina, Chile, México e Rússia. Chineses só poderão receber autorização para voltar a viajar para esses países quando a nação asiática reciprocamente liberar os europeus. Fora da União Europeia, o Reino Unido não se encaixa nessas regras.

Glamping é a novidade da Orinter

O gerente de Novos Negócios da Orinter, Jorge Souza

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De olho na retomada que começará pelo doméstico, a Orinter aposta em uma nova gama de produtos nacionais. O mais novo é o glamping, a combinação de palavras glamour e camping. A proposta é oferecer contato com a natureza brasileira, mas com conforto e comodidades acima da média. Entre os fornecedores do setor de hospitalidade que se destacam como parceiros da Orinter no glamping estão o Parador Casa da Montanha, em Cambará do Sul (RS); Glamping Mangarito, no Petar (SP); Teju Açu, em Fernando de Noronha (PE); Ka Bru, na Península do Maraú (BA), e Rancho do Peixe e Vila Kalango, na região de

Jericoacoara (CE). A montagem da prateleira de glamping, segundo a Orinter, é baseada nos diferentes tipos de acomodação destes empreendimentos, pois oferecem variedade para viajantes exigentes. "Essas propriedades ficam em lugares paradisíacos e que além de tudo promovem um trabalho social com as comunidades, oferecendo trabalho, compra de produtos orgânicos dos produtores locais, postos de trabalhos nas próprias hortas desses empreendimentos, entre outros auxílios, como cursos profissionalizantes", afirma o gerente de Novos Negócios da Orinter, Jorge Souza.


Status dos destinos nacionais

+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Europa reabre para o Turismo internacional; Brasil barrado

Luciana Fernandes e Vitor Bauab

2 Diretores compram operação de seguro viagem da April no Brasil

3 Gol passa a encerrar check-in de clientes 1 hora antes do voo

4 Saiba o que é e como

acontece a recuperação judicial no Brasil

5 TripAdvisor oferecerá Com a parceria da comunidade "Paixão por Viajar", a campanha do Grupo BBG Brasil "Meu Destino é Brasil" disponibiliza uma nova ferramenta para atualizar os profissionais do Turismo e os viajantes sobre reaberturas, protocolos e normas adotadas pelos destinos nacionais. Há ainda uma área exclusiva para que os destinos possam fazer a inclusão e atualização sobre seu status. As informações estão disponíveis no site do Meu Destino é Brasil e do Paixão por Viajar. “Chegamos em um momento da campanha que precisamos disponibilizar informações relevantes sobre os destinos. Nossa intenção é lançar uma ação que proporcione interação de toda a cadeia produtiva do setor, desde o consumidor, que recebe todas

as informações sobre reaberturas; aos destinos, que ganham um canal de promoção institucional e divulgação das suas reaberturas e protocolos, até aos agentes de viagens, que podem interagir com as peças da campanha, incentivando os clientes a começarem a se programar para voltarem a viajar, assim que possível, com responsabilidade”, afirma o presidente do Grupo BBG Brasil, Vitor Bauab. Com a ferramenta, os agentes e consumidores podem escolher o Estado a ser consultado e, por meio de um filtro, conseguem ter informações sobre destinos abertos, parcialmente abertos ou fechados. Para cada destino, além de imagens e informações, há um mapa interativo em que os visitantes fazem avaliações de forma colaborativa.

consultoria de agentes de viagens

6 Sakura anuncia saída de Emerson Camilo e reestruturação

7 Daqui a pouco: como será

a retomada das viagens no Nordeste?

8 Dilson Verçosa e Trinca

anunciam saída da American Airlines; saiba como

9 Orinter lança novo segmento no doméstico: glamour e camping

10 BB apresenta condições da linha de crédito Pronampe

Fonte: Portal PANROTAS

Doméstico ainda interessa bora estejamos acompanhando a forma e a velocidade da recuperação no Brasil e em outros países", disse em comunicado o CEO da JetSmart, Estuardo Ortiz. Durante a reunião realizada em março, a companhia chilena disse que estava interessada em iniciar operações domésticas em breve, mas não informou mais detalhes. "Acreditamos que a JetSmart ainda esteja interessada", disse a Anac à Reuters.

Divulgação Turismo de Foz do Iguaçu

No dia 10 de março, a chilena JetSmart apresentou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um plano para entrar no mercado doméstico brasileiro. A companhia confirmou à Reuters que ainda considera uma expansão no Brasil, apesar do colapso na demanda causado pela pandemia de covid-19. "Apesar da pandemia ter reduzido substancialmente a demanda, ainda estamos analisando novas operações na região, em-

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Novo chefe de Tecnologia A GJP Hotels e Resorts tem um novo head de Tecnologia e Inovação. Jorge Della Via chega para compor o time da rede hoteleira, que passa por um momento de investimentos justamente na área de TI, de olho na retomada dos hotéis. Della Via substitui Matheus Garcia no cargo. Uma de suas frentes principais será cuidar da novidade incluída no portfólio GJP para o pós-pandemia, que são os eventos híbridos e 100% on-line, além de soluções mobile para check-in e check-out, um dos componentes dos novos protocolos desenhados em parce-

ria com o hospital Sírio-Libanês. Outro foco de Della Via será o GJP Labs, um laboratório de inovação que incuba e conecta diferentes startups com a marca para desenvolvimento de soluções com intuito de melhorar a experiência dos hóspedes em todas as unidades da GJP. Jorge Della Via tem 16 anos de Accor. Sua experiência profissional é calcada principalmente em processos de transformação digital. Além da rede hoteleira, registra passagens em empresas do mercado de Inteligência Artificial, robôs e IoT.

Iniciativa própria

Jorge Della Via

Devido à crise Otávio Leite

Otávio Leite se despede hoje do posto de secretário estadual de Turismo do Estado Rio de Janeiro. Ele diz que deixa a cadeira, assumida desde o início da gestão de Wilson Witzel, por iniciativa própria, e agradece ao governador fluminense. Leite continuará no Turismo, mas na área acadêmica. Confira abaixo nota oficial de Otávio Leite. “Estou deixando a Setur, por iniciativa própria, e partindo para um projeto acadêmico - aplicando para doutorado em Turismo. 8

Agradeço a oportunidade ao governador Witzel de ter trabalhado em prol do Turismo do RJ. Muito realizamos e há muitas sementes plantadas. Também deixo os meus cumprimentos para todos os dirigentes do setor, sejam da esfera pública ou privada, pelo permanente diálogo e cooperação. Em especial às equipes da Setur e TurisRio. Eu acredito no Turismo do nosso Rio de Janeiro! Otavio Leite”

PANROTAS — 8 a 14 de julho de 2020

Após seis anos na gerência de Transportes da EF Education First na América Latina, Tiago Bonifacio se despede do cargo. De acordo com anúncio oficial, a decisão foi tomada devido à crise de covid-19, e o executivo agradeceu aos fornecedores responsáveis pelas viagens dos estudantes da EF. "'Nothing is Impossible' foi o core value que me guiou nestes seis anos e mesmo durante esta pandemia. A EF e as empresas aéreas atingiram ano após ano conquistas importantes, foi uma satisfação enorme tê-los como parceiros", ressaltou Tiago. O contato de Tiago Bonifacio é: tiagobonifacio@globo.com


ABIH-RJ tem novo presidente

Oito anos de Flytour Paulo Michel, CEO da rede Louvre Hotéis Group Brazil

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) reuniu seus associados em Assembleia Geral Ordinária e Eleitoral, no Windsor Barra Hotel, para apresentar o relatório de atividades da diretoria do biênio anterior e a prestação de contas do exercício, além da eleição dos membros da diretoria e do conselho fiscal e delegados representantes junto à ABIH Nacional para o biênio 2020/2022. Após votação entre os associados presentes e os que participaram virtualmente, foi eleito por unanimidade como presidente da entidade para os próximos dois anos o então vice-presidente Paulo Michel, CEO da rede Louvre Hotéis Group Brazil. Na abertura da reunião, Alfredo Lopes, que passa a assumir a presidência do Conselho Deliberativo da ABIH-RJ, deu as boas-vindas ao novo presidente. “Paulo Michel é um hoteleiro muito experiente, bastante técnico, à frente de uma grande rede com potencial de crescimento. Tenho certeza de que poderá trazer grandes contribuições à atuação da ABIH-RJ. Nosso compromisso é que a associação possa atuar com uma representação mais ampla junto ao Governo Estadual, em demandas como sinalização turística, segurança, mobilidade urbana, além, é claro, de promoção

turística, que é sempre o nosso foco”, ressaltou Alfredo. Segundo Paulo Michel, além do grande desafio de suceder a Alfredo Lopes, que continua à frente do Hotéis Rio, suas principais metas estarão focadas em identificar as principais necessidades de cada região e a desenvolver ações que realmente farão a diferença na taxa de ocupação e diária média dos hotéis. “Os hotéis independentes têm um desafio maior, pois terão que se adaptar ao novo normal com mudanças profundas na prestação de serviços e venda de seu produto. Além das dificuldades, isso também irá gerar novos custos. O fluxo de caixa durante a pandemia é um dos principais obstáculos dos hotéis que irão continuar suas atividades. Já na retomada, acredito que os destinos regionais serão os primeiros a ter hotéis com maior ocupação, pois o Turismo de lazer a curta distância tenderá a crescer", comentou o novo presidente da ABIH-RJ. Paulo Michel é formado em Administração e pós-graduado em Gestão de Hospitalidade. Atua na área desde os 17 anos, tendo passado por diversos hotéis, em diferentes posições de liderança e gerência. Na ABIH-RJ, está há mais de dez anos e, como membro da Diretoria, desde 2008.

Ary Xavier está de saída da Flytour Viagens. O executivo se despede da operadora do Grupo Flytour após oito anos como gerente de Atendiment o e Ve n d a s . A l é m d a c o m panhia dirigida por Elói de Oliveira, a quem agradece a confiança, Xavier soma pass a g e n s p o r C V C , R D C Fé r i a s e C o r a l t u r. S ã o 2 8 a n o s d e e x p e r i ê n c i a n o Tu r i s m o . "Deixo a Flytour Viagens, onde passei os últimos oito anos. Agradeço pelo tempo que permaneci na empresa e pelo aprendizado e convívio com a família Oliveira", comenta. O desligamento é mais um provocado pela crise da pandemia de covid-19 na economia brasileira, em especial no Turismo, segmento que o executivo não pretende deixar.

Ary Xavier se despede após 8 anos

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Reestruturação na Sakura O presidente da Sakura, Wagner Chaves, volta à linha de frente da consolidadora com a saída do diretor Emerson Camilo após pouco mais de um ano. Agora presidente e CEO, Chaves esclarece que o desligamento do diretor não foi motivado pela pandemia, reforça a solidez da empresa e promete novos lançamentos para os próximos meses. "Estamos olhando adiante, esperando o reaquecimento do mercado. Acredito que normalidade só teremos quando for descoberta a vacina, mas enquanto isso já notamos uma alta na procura. É algo pequeno, mas em junho vendemos 8% na comparação ano a ano, enquanto nos outros meses não passamos dos 5%", completa. Com a saída de Camilo, o presidente

Emerson Camilo

e diretor Wagner Chaves conta como fica a estrutura da empresa. Confira: Gerente comercial - Marcela Braga (m.braga@sakuratur.com.br); Gerente comercial SAO - Allan Gomes (allan.gomes@sakuratur.com.br); Gerente operacional - Paulo Faloppa (paulo.faloppa@sakuratur.com.br); e Coordenador de Produtos Rogério Klinger (rogerio.klinger@sakuratur.com.br). "Com essa novidade em sua estrutura, a Sakura Consolidadora segue em seu constante fortalecimento da marca, reforçando a sua tradição com mais 45 anos de mercado no atendimento ao agente de viagens e afirmando a sua posição de distribuidora de serviços a esses profissionais", conclui Chaves, que atende no wagner.chaves@sakuratur.com.br.

Troca na Aviva

Tia Eliane

Miguel Diniz

Há oito anos na Aviva, Miguel Diniz acaba de ser promovido a gerente geral de Marketing e Vendas da companhia, que administra os destinos Rio Quente e Hot Park (GO) e Costa do Sauípe (BA). Ele substitui Heber Garrido, que deixa a empresa após dois anos. Na Aviva, Diniz tem passagens pelas áreas de Vendas, Operações Turísticas e, no último cargo, era o responsável pela área de Estratégia e Inovação da empresa. A Aviva incumbe o novo promovido a transformar o setor comercial e de marketing e pede que isso seja feito por meio de inovação, ampliando o trabalho de relação com o mercado desenvolvido por Garrido. 10

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No dia 30 de junho, faleceu, aos 77 anos, a empresária Eliane Boechat. Tia Eliane, como era chamada no mercado do Turismo, ficou conhecida em Minas Gerais por ter fundado a agência que levava seu apelido, ainda nos anos 1970, e por ser uma das pioneiras na realização de excursões para a Disney com viajantes de cidade mineiras. Sob a gestão da empresária, a Tia Eliane Tours tornouse referência no tipo de viagens que organizava levando 50 mil brasileiros para experiências no Exterior. A agência frequentemente figurava as posições mais altas do ranking de maiores vendedores de American Airlines em Minas Gerais, como aconteceu, por exemplo, em 2017. Eliane enfrentava o Mal de Parkinson e deixa quatro filhos e seis netos.


Aviação

Os primeiros funcionários da American José Roberto Trinca, Dilson Verçosa Jr. e Alexandre Cavalcanti

No dia 1º de julho a American Airlines comemorou 30 anos de operações entre o Brasil e os Estados Unidos e, com certeza, teria havido uma grande festa, como a dos 25 anos, não fosse a pandemia de covid-19 que paralisou todo o mundo (incluindo os voos de muitas aéreas). Os dois primeiros funcionários da companhia no País, Dilson Verçosa Jr. e José Roberto Trinca, anunciaram aos colaboradores no Brasil, no dia seguinte à data histórica, que acertaram com a direção da empresa as suas saídas da companhia, 30 anos e muitas conquistas depois. Dilson Verçosa Jr., que teria se aposentado no ano passado, mas que teve convite da companhia para assumir a América do Sul, ficará até janeiro de 2021, fazendo toda a transição e adaptações com a vice-presidente da América Latina, Christine Valls. A empresa estará menor, com 25% menos voos em 2021, como anunciou recentemente, e como o internacional vai demorar mais a voltar, mudanças serão feitas. Já José Roberto Trinca, atual diretor de Vendas São Paulo/Sul, fica a princípio até o final de agosto deste ano, mas a data ainda não está definida. Ambos os cargos, de Dilson e Trinca, serão extintos depois da saída dos dois.

“É um belo ciclo que se encerra. Começamos juntos na American há 30 anos, vimos a companhia crescer, mudar, e o fluxo de viagens entre o Brasil e os Estados Unidos evoluir, e isso é muito gratificante. Fizemos ótimas amizades e relacionamentos no trade e por isso eu, de minha parte, digo que não sairei do Turismo”, disse José Roberto Trinca, que prefere não detalhar seus planos. Dilson Verçosa, como fica até janeiro de 2021, prefere falar de planos e dar declarações mais detalhadas mais para frente. “Foi uma boa oportunidade para ambos os lados e já estávamos negociando há alguns meses”, complementa Trinca. A pandemia e a reestruturação internacional da AA apenas aceleraram o processo. ESTRUTURA BRASIL O diretor de Vendas Brasil, Alexandre Cavalcanti, continuará no comando da empresa no País, assumindo também a área que estava com Trinca (Vendas São Paulo/Sul). No Rio de Janeiro continua Simoni Sá, cuidando das vendas Rio/Norte. As operações estarão menores na América do Sul pelo menos nos próximos 18 meses, então, haverá uma redução de estrutura em todos os países nos próximos meses, incluin-

do o Brasil. Mas nada foi definido até o momento. VOOS BRASIL Já os voos voltam gradativamente em agosto, outubro e novembro. Em 5 de agosto o Miami-São Paulo recomeça, com quatro voos semanais, que virarão diários no dia 18 do mesmo mês. “Temos feito quatro voos semanais de carga na pandemia e vamos aproveitar esse começo do retorno para fazer o mix passageiros e carga, como sempre foi feito”, explica Verçosa. Depois voltarão os voos de Dallas e Nova York para São Paulo, e de Miami para Manaus, mas Los AngelesSão Paulo e Miami-Brasília foram cancelados. Alexandre Cavalcanti, que muitos do trade já conhecem (ele já ocupou a posição onde hoje está Simoni e depois passou um período em Dallas), promete para breve mais detalhes sobre a estrutura da American Airlines no Brasil. Agora é esperar o fim da pandemia para celebrar os 30 anos da companhia no País, a nova estrutura criada por Cavalcanti e o legado da dupla Dilson-Trinca, que se despede da American nos próximos meses. 8 a 14 de julho de 2020 — PANROTAS

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Viagens Corporativas

+Lidas da semana PANCORP

Liderança continuada

1 Europa reabre para o Turismo internacional; Brasil barrado

Carlos Prado

2 Sakura anuncia saída de Emerson Camilo e reestruturação

3 Dilson Verçosa e Trinca

anunciam saída da American Airlines; saiba como

4 Azul foca no doméstico e conta com corporativo

5 Abracorp defende novas regras na relação com clientes

6 Azul volta a voar em Reunidos em assembleia eleitoral, os representantes de todas as TMCs associadas à Abracorp reconduziram Carlos Prado, da Tour House, e Luis Vabo, da Solid, à presidência e vice-presidência do Conselho de Administração da entidade. “Agradeço a confiança de todos e reitero a minha certeza de que juntos podemos e vamos superar as dificuldades enfrentadas com profissionalismo e crescente reconhecimento do mercado sobre a importância dos serviços prestados para os nossos clientes”, afirmou Prado. Confira a chapa eleita por aclamação para o próximo biênio 2020/2021: Conselho de Administração Carlos Prado (Tour House) – Presidente

Luís Vabo (Solid) – Vice-presidente Edmar Bull (Copastur) Rubens Schwartzmann (Costa Brava) Eduardo Vasconcellos Neto (Kontik) Siderley Santos (Maringá) Marianno Santos (Riotravel) Conselho Fiscal Fernando Slomp (Avipam) Guilherme Luck (Luck Viagens) Bruno Waltrick (Maiorca) Humberto Silva (Primus) – Suplente

Guarulhos e outras 5 bases em julho

7 Home office requer

adaptações de empregadores e empregados

8 Aeroméxico pede

recuperação judicial; empresa continuará voando

9 50% esperam voltar a viajar a trabalho no último trimestre

10 British deve retomar voos

para o Brasil em 1º de agosto

Conselho de Ética e Conduta Fernando Dias (Master) Luiz Strauss (Promotional) Osni Pires (Tristar) Henrique Sérgio Abreu (Casablanca) – Suplente

Fonte: PANCORP

RETOMADA NO ÚLTIMO TRIMESTRE? Uma pesquisa realizada pela Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) e a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte, com 641 respondentes de 18 stados do Brasil, mostra que mais de 50% dos entrevistados esperam voltar a viajar a trabalho a partir do último trimestre deste ano. Em sua maioria, os viajantes concordam que irão viajar menos pós-

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-pandemia e, daqueles que possuem deslocamentos organizados por terceiros, 40% se sentem mais seguros retornando suas viagens somente em 2021. As teleconferências e vídeo chamadas passaram a fazer parte do novo cotidiano organizacional e os participantes acreditam que elas continuarão na retomada. Mais de 60% consideram que pelo menos metade das

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viagens corporativas poderão ser substituídas pelos encontros on-line. Além disso, mais de 90% dos profissionais indicaram que buscarão informações sobre a situação de saúde dos destinos e a prática de segurança sanitária dos estabelecimentos e 50% concordam que se sentirão mais seguros para participar de eventos se houver testagem no local. n


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PANROTAS — 1 a 7 de julho de 2020


Aviação

Danilo Alves

O novo normal na aviação 38 perguntas sobre protocolos de saúde e segurança a bordo e mais 10 dicas aos passageiros Com uma redução abrupta da malha aérea e com os altos índices de contaminação do novo coronavírus, as pessoas que precisam se deslocar por via aérea estão cada vez mais com dúvidas sobre essa nova realidade dos voos comerciais. Os medos e os questionamentos são os mais variados possíveis, e vão desde a utilização da toalete durante o voo até a incerteza se uma aeronave tem mais ou menos chances de contaminação, afinal estão todos confinados em um espaço reduzido e a milhares de metros de altitude. A Revista PANROTAS conversou com o comandante de Boeing 737NG na Gol Linhas Aéreas e também gerente de Segurança Operacional na companhia, Daniel Andrade, para levar as principais dúvidas em relação às viagens de avião no cenário atual de pandemia. Andrade é o autor do artigo

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“Segurança com saúde – o novo normal está no ar”, publicado na edição da semana passada da Revista PANROTAS. “A segurança com que cada um que viaja, interage e trabalha na Gol está sempre em constante evolução e atenção. Ela sempre foi essencial e agora, mais do que nunca, exige atenção especial. Neste período de pandemia, temos como objetivo maior que todos a bordo tenham uma experiência segura e agradável no espaço compartilhado que caracteriza uma aeronave. Todos os procedimentos regulares foram reforçados para garantir a devida segurança a todos”, explica o comandante. Nas 38 perguntas a seguir, você, nosso leitor, ficará sabendo o que é verdade e o que não é, quais os procedimentos que você ou o seu cliente precisará adotar para realizar uma viagem de avião, quais os deveres e cuidados que todos os passageiros têm de tomar e muito mais.

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AS BAGAGENS PASSAM POR ALGUM TIPO DE HIGIENIZAÇÃO ANTES OU DEPOIS DO VOO? Não, não passam por higienização. Elas seguem o fluxo normal: no check-in são colocadas na esteira por um colaborador Gol, que manuseará a bagagem com luvas, seguem até a rampa e de lá para a aeronave. Os times da rampa também estão usando luvas e máscaras, e têm álcool em gel à disposição. Desde o dia 1º de julho é disponibilizado álcool líquido para os clientes nas áreas de restituição de bagagem para limpeza das alças das malas.

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BAGAGENS DE MÃO SÃO HIGIENIZADAS ANTES DO EMBARQUE? Não serão higienizadas. A bagagem de mão é um item pessoal do passageiro, onde só ele tem contato, não há manuseio de outra pessoa. Ele mesmo pode acomodar no bin da aeronave ou embaixo do assento a sua frente.

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COMO ESTÁ SENDO O EMBARQUE DOS VOOS, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A QUESTÃO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL? QUAIS PASSAGEIROS ENTRAM PRIMEIRO E POR QUÊ? Em todas as bases temos marcações no piso dos portões de embarque que garantem o distanciamento. Por ora, o embarque segue como anteriormente, por grupo, a partir das prioridades por lei e clientes Smiles/premium. Mas isso é atual, estamos avaliando constantemente mudanças nesse quesito. Estudamos uma maneira de embarcar os passageiros do fundo para frente. Já o desembarque, por meio de uma solicitação dos comissários em todos os voos, está sendo por fileiras, começando das dianteiras para as traseiras.

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O USO DA MÁSCARA A BORDO É OBRIGATÓRIO? E NA HORA DO SERVIÇO DE

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BORDO, COMO O PASSAGEIRO DEVE SE PORTAR? Sim, o uso da máscara é obrigatório por tripulantes e passageiros durante todo o voo. Os clientes já se apresentam ao portão de embarque e, consequentemente, na aeronave utilizando suas respectivas máscaras. A Gol suspendeu temporariamente o serviço durante o voo. Servimos água sob demanda e entregamos um snack para os passageiros no momento do desembarque, para que sejam consumidos posteriormente. Essas duas restrições, uso da máscara e serviço de voo, são válidas para todos os voos, independentemente do tempo de duração. (Nota da Redação: em empresas que mantiveram o serviço de bordo, o passageiro pode retirar a máscara somente quando for consumir os alimentos e bebidas). QUAL É A FREQUÊNCIA DE HIGIENIZAÇÃO DE ASSENTOS E CARPETES DA AERONAVE? Na Gol temos dois tipos de higienização, sendo uma que ocorre a cada etapa do voo, inclusive em escalas. Neste caso (da escala), todos os clientes desembarcam para que a nossa equipe possa fazer a higienização das superfícies de contato, paredes, saídas de ar, além de braços e encostos do assento. Após a jornada, a aeronave passa por uma outra limpeza, mais aprofundada e que inclui também galleys e as cabines de passageiros e comando.

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TRIPULANTES, SOBRETUDO COMISSÁRIOS, ALÉM DAS MÁSCARAS TAMBÉM USAM LUVAS? Sim, todos os tripulantes comerciais (comissários de voos) estão utilizando luvas. Eles recebem a cada voo um kit contendo máscara e luvas. As máscaras são de uso obrigatório em todos os voos e as luvas são solicitadas sempre que houver contato físico com

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outras pessoas, como por exemplo passageiros, e entrada e saída de serviço de bordo em solo. No caso de comandantes e pilotos, as luvas não são necessárias. Vale lembrar que a cabine passa por higienização em todos os voos. NO CASO DE CHECK-IN PRESENCIAL, COMO O CLIENTE DEVE SE COMPORTAR DIANTE DO CARTÃO DE EMBARQUE FÍSICO? Temos incentivado desde o início da pandemia o uso dos nossos canais digitais. O crescimento desses canais já era uma tendência no passado, mas com a covid-19 notamos um aceleramento do uso da tecnologia. E, nós da Gol, temos incentivado cada vez mais. Mas para aqueles que são atendidos no check-in, estamos tomando todos os cuidados possíveis. Nosso pessoal de terra está utilizando luvas, máscara e nos principais aeroportos temos escudos de acrílicos nos balcões de atendimento.

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HÁ DISPENSER COM ÁLCOOL EM GEL NO INTERIOR DAS AERONAVES? Sim, em todas as aeronaves nós temos álcool em gel. Há um dispenser próximo à galley (área de serviço) dianteira e também disponibilizamos aos clientes sempre que solicitado. Vale destacar que temos tido sucesso na operação e na colaboração dos clientes, que estão cientes da situação e dos procedimentos de segurança e higienização. Isso tem colaborado muito.

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COMO UTILIZAR O BANHEIRO COM SEGURANÇA DURANTE UM VOO? É UM AMBIENTE QUE PRECISA SER EVITADO DURANTE A VIAGEM? Nada mudou. A toalete está sendo utilizada como qualquer outro ambiente compartilhado. Não precisa ser evitada e não é um ambiente com maior risco de contaminação. Reforçamos apenas que todos mantenham os costumes básicos de higienização e lavagem das mãos com água e sabão.

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OS FUNCIONÁRIOS DA GOL, RESPONSÁVEIS PELO ATENDIMENTO A MILHARES DE PESSOAS DIARIAMENTE, PASSAM POR QUAIS PROCESSOS DE SAÚDE E HIGIENE E COM QUAL FREQUÊNCIA? Antes do início de cada turno, nossos colaboradores são aconselhados a lavarem as mãos com maior frequência, além do uso de máscara e luvas. Eles também têm à disposição álcool em gel, para ser utilizado sempre que houver necessidade.

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O CLIENTE PODE COMPRAR MÁSCARA DURANTE O VOO OU NO CHECK-IN? Não, não temos esse serviço. O uso de máscara não tem sido um problema para a Gol e para os 20 mil passageiros que embarcamos por dia atualmente. Todos já se apresentam na companhia utilizando sua própria máscara. Quem não estiver fazendo o uso de máscaras, provavelmente não chegará no portão de embarque. Ele será abordado, por exemplo, antes disso no raio-X.

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QUAIS CUIDADOS EXTRAS EU PRECISO TOMAR DENTRO DO AVIÃO? Os cuidados são os básicos: máscara, álcool em gel e higienização das mãos.

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COMO MANTER O DISTANCIAMENTO DENTRO DE UMA AERONAVE? Segundo estudos da Iata e Icao (Organização Internacional da Aviação Civil) não existe evidência que o distanciamento na aeronave seja efetivo. A forma como o ar circula dentro de um avião não favorece o deslocamento de partículas e contaminantes, incluindo a covid-19, entre fileiras de passageiros. O ar interior da aeronave é renovado a cada três minutos, é filtrado e devolvido para a cabine (pelo sistema de filtros HEPA). Não há movimento dessas partículas da frente para trás e vice-versa.

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EM UM VOO ACIMA DE DUAS OU TRÊS HORAS EU PRECISO TROCAR DE MÁSCARA?

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Cada máscara tem a sua qualidade e tempo de uso. O que não pode acontecer é ela ficar molhada. Isso não apenas dentro da aeronave, mas em qualquer espaço. Temos percebido que os passageiros têm levado mais de uma máscara. Outro ponto a ser destacado é que o recomendado é a troca de máscara a cada três ou quatro horas. Atualmente, o nosso voo mais longo tem uma duração inferior de quatro horas. Porém, sempre que tiver uma situação atípica, nossa tripulação está treinada a interferir e chegar a uma solução conjunta. OS TOTENS DE AUTOATENDIMENTO SÃO SUPERFÍCIES E, PORTANTO, MEIOS DE TRANSMISSÃO. COM QUE FREQUÊNCIA ELES SÃO HIGIENIZADOS E QUAIS CUIDADOS EU PRECISO TER ANTES DE USÁ-LOS? Nesse momento todos eles estão desligados. Em nenhum aeroporto há totens de autoatendimento da Gol em operação.

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COMO MANTER O DISTANCIAMENTO SOCIAL NAS FILAS DE EMBARQUE E NAS FILAS DE RAIO-X, POR EXEMPLO? Há uma sinalização nos pisos dos aeroportos, tanto no raio-X quanto nos portões de embarque.

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A GOL ESTÁ MEDINDO A TEMPERATURA DOS CLIENTES? SE SIM, ISTO ESTÁ SENDO FEITO EM QUAL MOMENTO: NO CHECK-IN OU EMBARQUE? No momento não fazemos nenhuma checagem de temperatura. A Anac, em parceria com todos os operadores aéreos e administrações aeroportuárias, tem avaliado questões e iniciativas conjuntas. Essa é uma das que estão sendo avaliadas.

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POSSO PASSAR O MEU PRÓPRIO GEL NO ENCOSTO, NO BRAÇO E NO MEU PRÓPRIO ASSENTO?

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Não é recomendado que clientes passem álcool em seus assentos, por diversos motivos. Um deles é por não ser o produto recomendado pelo fabricante (no caso da Gol, a Boeing). Além disso, isso pode deixar o assento menos confortável. O compromisso da Gol é com colaboradores e clientes. Nossos passageiros podem ficar tranquilos em relação à higienização das aeronaves. Vale ressaltar que apesar do álcool em gel ser um item permitido na bagagem de mão, desde que não ultrapasse 500 ml, o álcool líquido é proibido e será barrado no raio-X. SE UM VOO ESTIVER MUITO LOTADO E EU NÃO ME SENTIR SEGURO DE PROSSEGUIR A VIAGEM, EU POSSO PEDIR PARA DESEMBARCAR? NESTE CASO, SEREI OBRIGADO A REMARCAR MINHA VIAGEM COM PENALIDADES? Se o voo estiver muito lotado e ele não se sentir seguro, será prontamente atendido. São raros os casos de passageiros pedirem para desembarcar, mesmo antes da pandemia, não temos registro de mudança de atitude da parte dos clientes. Portanto, não há política específica para isso, mas uma avaliação caso a caso.

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O AVIÃO É O LUGAR MAIS PERIGOSO PARA CONTRAIR O VÍRUS? Não, pelo contrário, é um dos mais seguros em que qualquer pessoa pode estar em relação a lugares públicos. É natural que as pessoas se sintam desconfortáveis no atual momento em que vivemos. O que eu pude observar é que, com segurança adequada, as pessoas se sentem mais tranquilas. Eu voei recentemente e notei um clima mais leve do que muitos acham que está acontecendo. No interior da aeronave é a mesma coisa, as pessoas estão conversando e mais relaxadas. Todas as medidas possíveis estão sendo tomadas para sempre melhorar a jornada do cliente. Não se tem nenhuma evidência que aeronave favoreça de alguma forma a contaminação de covid-19 ou qualquer outra coisa.

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COMO ME CERTIFICO QUE O AVIÃO ESTÁ HIGIENIZADO? No momento, não há nenhuma certificação visível. A Gol tem o compromisso e transparência com o cliente. Por isso temos vídeos em nossas redes sociais e no site demonstrando como a higienização é feita. É VERDADE QUE SE SENTAR NA JANELA É MAIS SEGURO DO QUE O MEIO OU CORREDOR? É mais uma lenda urbana. A ventilação e a retenção do ar fresco

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abrangem por igual todos os ambientes, independentemente de ser janela, meio ou corredor. A superfície em si é limpa a cada etapa. Não tem evidência, e nenhuma fundamentação que se sentar na janela é mais ou menos seguro. NA PANDEMIA, O QUE É RECOMENDADO EU LEVAR COMO BAGAGEM DE MÃO? Seguem as mesmas recomendações e limitações anteriores. Vale destacar que bagagens menores tornam o processo de embarque mais rápido e reduzem a chance de ter que despachar a mala no portão de embarque.

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QUAIS FORAM AS MUDANÇAS IMPLANTADAS NO SERVIÇO DE BORDO? Neste momento, o serviço de bordo é água sob demanda e um snack, entregue para cada cliente no momento do desembarque. Não tem o serviço que antes estávamos oferecendo e também não há opção de compras on board.

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EU PRECISO APRESENTAR ALGUM TESTE OU EXAME PARA COMPROVAR MINHA SAÚDE ANTES DO EMBARQUE? Atualmente, não temos nenhuma discussão avançada sobre isso. Estamos atentos a todas as questões da indústria e dos órgãos de saúde.

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NO CASO DE EU NOTAR ALGUMA SUSPEITA EM UM PASSAGEIRO, DEVO COMUNICAR AO COMISSÁRIO? O QUE ELE FARÁ NA SEQUÊNCIA? Caso alguém esteja tendo um mal estar ou uma situação atípica, o próprio passageiro ou outro poderá contatar o tripulante. Eles seguem protocolos médicos e conversas com o passageiro em questão. Entendem a situação e solicitam a presença de um médico, se for necessário.

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O QUE SÃO FILTROS HEPA E COMO ELES FUNCIONAM E MELHORAM A QUALIDADE DO AR QUE RESPIRAMOS DENTRO DO AVIÃO? As aeronaves da Gol são equipadas com um sistema de filtro de ar HEPA, que captura de 99,9% de partículas microscópicas, como bactérias e vírus, ao promover a renovação do ar do avião a cada três minutos, permitindo a circulação de um ar sempre mais puro.

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EMBARQUE E DESEMBARQUE SÃO AS ETAPAS DA VIAGEM QUE MERECEM MAIS ATENÇÃO EM UMA VIAGEM, JÁ QUE SÃO OS DOIS MOMENTOS QUE HÁ CIRCULAÇÃO INTENSA DE PESSOAS DENTO DA AERONAVE? A gente tem trabalhado em toda a jornada do cliente. O embarque e o

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desembarque são obviamente etapas de movimentação, mas temos tomado todo o cuidado possível. A maior parte da jornada do cliente é a bordo, sentado e com a utilização de máscara. NA GOL O SERVIÇO DE BORDO ESTÁ SENDO ENTREGUE NO FINAL. ENTÃO SE O PASSAGEIRO QUISER COMER A BORDO SEU PRÓPRIO LANCHE PODE TIRAR A MÁSCARA? Isto está sendo tratado caso a caso. Entendemos que se uma pessoa tirar a máscara para comer, por al-

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guma necessidade, isto não fará da viagem um ambiente inseguro. É diferente do serviço de bordo, onde todos precisam estar sem máscaras para comer. O tripulante vai intervir e orientar aquele passageiro que tão breve possível coloque a máscara novamente. SE O PASSAGEIRO NÃO QUISER USAR MÁSCARA ELE SERÁ BANIDO DOS VOOS GOL COMO ACONTECE NAS AMERICANAS? No Brasil não existe lista de passageiros impedidos de viajar. Não temos como impedir nenhum pas-

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sageiro de voar. Ele pode não embarcar naquele voo, até que cheguemos a uma solução conjunta. Mas nunca iremos banir qualquer cliente de voar, até porque isso é proibido no Brasil. A SAÍDA DE AR EM CIMA DAS POLTRONAS DEVE FICAR ABERTA OU FECHADA? A utilização da saída de ar depende da conveniência e vontade de cada passageiro. Elas estarem abertas ou fechadas em nada vão afetar a circulação e o fluxo do ar na aeronave.

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AS AERONAVES ESTÃO MAIS GELADAS POR CONTA DAS MEDIDAS DE SAÚDE? Mito. A temperatura da cabine é controlada pelos pilotos. No caso de uma temperatura mais fria ou mais quente, os passageiros notificam os comissários, que por sua vez avisam os pilotos, para que seja feito o ajuste da temperatura do interior da aeronave.

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AS REVISTAS DE BORDO FORAM DESCONTINUADAS? Elas foram retiradas dos bolsões e são entregues sob demanda, embaladas individualmente e descartadas após o uso. Quem preferir, poderá levá-la embora também. No momento, este é o procedimento e não descartamos uma descontinuação da revista.

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QUAL A RECOMENDAÇÃO PARA ESPERAR O EMBARQUE? EM FILA? SENTADO? AFASTADO DA AGLOMERAÇÃO? A recomendação principal é evitar aglomerações, seja em pé ou sentado. Pedimos que as pessoas não se aglomerem e sigam o distanciamento solicitado e sinalizado nos aeroportos.

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QUAIS AS EXCEÇÕES PARA OBRIGATORIEDADE DO USO DE MÁSCARA? A obrigatoriedade é para todos, no entanto crianças com menos de dois anos, pessoas com necessidades especiais e deficiência cognitiva estão dispensadas.

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QUE MÁSCARAS SÃO RECOMENDADAS? PODE SER A DE TECIDO QUE USAMOS NA RUA? Não há nenhuma recomendação específica. Pode ser a cirúrgica ou a de tecido, a que o cliente optar. O ponto é: tem que estar com máscara para evitar a dispersão das partículas que possam ter o vírus. n

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COMO ESTÁ A CHECAGEM DE TEMPERATURA E TESTAGEM NOS COLABORADORES? Estamos monitorando bem de perto os colaboradores que eventualmente tenham os sintomas, suspeita ou confirmação de covid-19. Não estamos fazendo a checagem dos colaboradores, mas no caso de qualquer suspeita há uma avaliação médica imediata e esses colaboradores são colocados em quarentena de 14 dias. O EMBARQUE COMEÇA UMA HORA ANTES DO VOO? JÁ QUE O ATENDIMENTO TERMINA UMA HORA ANTES... Com a pandemia, toda a jornada do cliente foi alterada e vários pontos foram modificados. O embarque não está começando uma hora antes. Por mais que o embarque demore um pouco mais, principalmente no caso de escalas, quando passageiros em trânsito precisam desembarcar e embarcar novamente, o início dele não foi alterado.

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Dicas para o passageiro 1

Leve seu próprio álcool gel e máscara.

Leve saquinhos plásticos transparentes (tipo zip lock) caso precise colocar itens que não possa higienizar imediatamente. Por exemplo, seu documento, se manuseado pela companhia aérea ou autoridades.

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Divulgação Viracopos

Leve, de preferência de casa, a comida e bebida que for consumir no aeroporto e no voo. Recuse serviço de bordo e evite comprar itens desnecessários no aeroporto, que só vão aumentar as áreas de contato. Também evite comer no voo, pois terá de tirar a máscara. E siga as recomendações dos comissários.

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Evite muitos itens de mão. Se possível coloque tudo em uma só sacola de viagem, mala ou mochila e na hora de passar no raio-X também coloque seus objetos pessoais como celular e relógio, dentro dessa mala, evitando usar os bins do aeroporto e mais pontos de contato.

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Evite ir ao banheiro no avião, pois terá que andar pelo corredor apertado da aeronave e passar pelos demais passageiros. Se for, lembre-se sempre de não levar a mão à boca e ao nariz ou olhos, e lavá-las bem com água e sabão. O mesmo vale para luvas: não toque o rosto com as mesmas. O diretor da Gol disse que se sentar na janela ou no 22

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corredor é indiferente, mas há quem prefira a janela, para ficar com menos gente ao redor. Já há quem prefira o corredor para ter mais mobilidade. Fica a seu critério. Não há bloqueio de assentos do meio no Brasil. Leve lenços umedecidos desinfetantes e antissépticos e pergunte ao comissário se pode usá-los para limpeza da poltrona do avião e todos os pontos de toque, como mesinha, saída e controle do ar, janela, encosto e braço do assento e também para quando precisar ir à toalete. Confira os tipos de lenço recomendados pelas autoridades de saúde antes de comprar. Álcool gel não pode ser passado nas poltronas, pois pode danificá-las, e álcool líquido é proibido a bordo.

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Evite todos os pontos de contato possíveis, do check-in (que preferencialmente deve ser online) à sala de espera e lembre-se de que ao tocar nas superfícies as mãos devem ser higienizadas (use e abuse

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do álcool gel e se estiver próximo a um banheiro lave com água e sabão). Evite ao máximo tocar na boca, nariz e olhos. É a forma mais comum de contaminação. Se comprar algo no aeroporto higienize as embalagens, quando possível.

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Não fique perto de desconhecidos – mantenha, quando possível, o distanciamento social. Os aeroportos bloquearam cadeiras e fizeram marcação no chão para orientar os passageiros. Evite aglomerações.

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Obedeça às regras das autoridades aeroportuárias e das companhias aéreas quanto a momento do embarque e desembarque, uso de máscara, distanciamento, higiene, entre outros. Nada de levantar assim que a aeronave aterrissar. Na hora de pegar a bagagem na esteira, limpe as alças e toque apenas nelas se possível.n

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Mercado

Juliana Monaco

RETOMADA:

O QUE DIZEM AS ÚLTIMAS PESQUISAS

Embora a situação de saúde pública no País ainda seja crítica, é consenso entre as entidades do Turismo que o setor tem se mostrado mais otimista e que a retomada deve ser iniciada em poucos meses. Esse raciocínio é resultado de uma série de pesquisas realizadas nos últimos meses por empresas e instituições como Accor, Amplia Mundo, Braztoa, Emprotur, HIP Hotels, IGLTA, MindMiners, Setur-RN, Travel Consul e UNB. Ainda que haja um certo receio de planejar viagens, a intenção para o segundo semestre deste ano e para 2021 cresceu de modo significativo. Os números continuam indicando que os consumidores tendem a buscar primeiro as viagens nacionais por oferecerem maior segurança sanitária. Já a retomada do Turismo internacional será mais lenta, à medida 24

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que ocorrerem as aberturas de fronteiras e houver a implementação dos protocolos globais de saúde e higiene. De modo geral, as pesquisas apontam para a mesma direção: segurança e ausência de risco à saúde são fatores fundamentais para a retomada. Isso porque os viajantes continuam buscando referências e informações sobre os destinos e prezando por meios de hospedagem que assegurem a saúde e o bem-estar dos hóspedes. Na avaliação dos pesquisadores, as respostas demonstram que o setor está no caminho certo, implementando novos protocolos de saúde e higiene, criando guias informativos ao consumidor e mostrando seus profissionais cada vez mais atentos às medidas adotadas em todo o mundo.


TRAVEL CONSUL: MERCADO DEMONSTRA OTIMISMO Mesmo figurando entre os países mais atingidos pela pandemia de covid-19, o Brasil demonstra um certo otimismo para o período pós-pandemia. De acordo com um levantamento realizado pela aliança internacional de marketing de viagens Travel Consul, os distribuidores de viagens brasileiros estão menos pessimistas em relação às perdas geradas pela pandemia do que seus parceiros globais. No terceiro trimestre de 2020, os brasileiros acreditam que suas perdas chegarão a 66% comparado ao ano anterior, enquanto a média global diz 72%. No quarto trimestre, os empresários projetam 50% de perdas, contra 60% na média global. No entanto, os entrevistados demonstram um pouco mais de pessimismo quando o assunto é a volta ao rendimento normal de suas empresas: 65% acreditam que isso só acontecerá em 2021, enquanto a média global é de 57%. Em relação às medidas que estão sendo implementadas durante a crise, os brasileiros citaram o investimento em tecnologia para melhorar produtos e atendimento ao cliente como a segunda principal ação praticada, com 44%, enquanto a média global mostra 26%. O foco em treinamento também é apontado como importante para 43% dos brasileiros, contra 38% na média global. A tendência se repete no ajuste ao modelo de negócios: 43% dos brasileiros versus 41% na média global. OPERADORAS BRAZTOA: VENDAS AUMENTAM Esse otimismo também está presente entre as operadoras associadas à Braztoa. Uma pesquisa realizada pela entidade, em parceria com o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (LETS/UnB), revela que 60% das operadoras realizaram vendas para viagens futuras no mês de maio, o que representa um aumento de 14 pontos frente ao índice registrado em abril (46%). Das vendas em maio, 80% das empresas tiveram a maior parte do seu faturamento a partir de viagens para destinos nacionais, o que confirma a tendência de que as vendas do Turismo doméstico serão mais beneficiadas no restante de 2020. No que se refere às datas de embarque, para quase 30% das empresas, a maior parte das vendas foram de viagens para o segundo semestre desse ano. Já para pouco mais da metade das empresas, as vendas se concentraram em embarques que acontecerão somente em 2021. Considerando o cenário atual, houve uma leve melhora da expectativa de retomada ainda para este ano. Segundo o levantamento, a maioria das

operadoras (73%) espera que a retomada na comercialização de viagens nacionais para embarques futuros ocorra entre agosto e dezembro de 2020, enquanto 17% apontam para 2021. Já em relação às viagens internacionais, 58% indicam o segundo semestre e 38% apontam 2021. BRAZTOA: BRASILEIROS CONSIDERAM VIAJAR AINDA EM 2020 Apesar da pandemia, 70% dos brasileiros têm intenção de viajar ainda este ano, segundo uma outra pesquisa da Braztoa em parceria com a Universidade de Brasília (UNB) e a Amplia Mundo. Dos 60% dos viajantes que tiveram seus planos alterados, 56% adiaram e 36% cancelaram suas viagens. Para 2021, os planos de viagens aumentam (82%), uma vez que 67% dos entrevistados acreditam que a pandemia vai durar até seis meses. Dos 23,3% dos entrevistados que fizeram alterações, 51% adiaram e 12% cancelaram. ACCOR: O PERFIL DA RETOMADA A Accor também realizou uma pesquisa com uma base de clientes do seu programa de fidelidade (All) para entender os desejos de viagens no pós-pandemia. Cerca de 42% dos entrevistados têm intenção de viajar até setembro, 18% entre outubro e novembro e 17% entre dezembro e janeiro de 2021. Quando questionados sobre com quem seria a próxima viagem, 39% responderam que em casal, 29% vão sozinhos e 22% com a família. Em relação aos destinos, 25% desejam ir para um destino internacional, 18% para o litoral, 12% para um destino que nunca visitaram, 9% para a serra ou interior e 8% para um resort com tudo incluso. IGLTA: PÚBLICO LGBTQ+ REVELA GRANDE POTENCIAL A comunidade LGBTQ+ também se sente otimista em viajar no período pós-pandemia, o que representa uma oportunidade para agências, operadoras e destinos atraírem turistas. De acordo com uma pesquisa realizada pela International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA) com mais de 15 mil viajantes de diferentes países, dois terços (64%) dos entrevistados afirmaram estar confortáveis em voltar a fazer viagens de lazer ainda este ano, especialmente em outubro e dezembro. O relatório mostra ainda que 41% dos viajantes não mudariam os tipos de destinos que escolheram, o que mostra alto grau de lealdade ao destino em meio à incerteza. Em relação à distância, 50% dos pesquisados preferem fazer Turismo em destinos próximos à cidade onde reside - alcançados por voos de até três horas. Já os voos com mais de seis horas de duração ainda geram resis8 a 14 de julho de 2020 — PANROTAS

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tência, pois apenas 30% realizariam viagens longas. Ainda sobre as preferências, 44% dos entrevistados desejam viajar para resorts e 40% para casas de veraneio. Mais de 40% gostariam de viajar em grupo, mais de 20% estão ansiosos por um cruzeiro e 16% querem frequentar parques de diversões. Participar de eventos, festivais ou paradas de orgulho LGBTQ+ faria 41% dos pesquisados viajar. EMPROTUR: O “NOVO NORMAL” DAS VIAGENS CORPORATIVAS Ao contrário dos outros públicos, os viajantes corporativos concordam que irão viajar menos no póspandemia. De acordo com uma pesquisa realizada pela Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) e a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte, 50% dos entrevistados esperam voltar a viajar a partir do último trimestre deste ano, enquanto 40% se sentem mais seguros retornando suas viagens somente em 2021. As teleconferências e vídeo chamadas passaram a fazer parte do novo cotidiano organizacional e os entrevistados acreditam que elas continuarão na retomada. Mais de 60% consideram que pelo menos metade das viagens a trabalho poderão ser substituídas pelos encontros on-line. Além disso, mais de 90% dos profissionais indicaram que buscarão informações sobre a situação de saúde dos destinos e a prática de segurança sanitária dos estabelecimentos antes de viajar, e 50% concordam que se sentirão mais seguros para participar de eventos se houver testagem no local. MINDMINDERS E HIP HOTELS: SEGURANÇA E PREÇO Embora a retomada com força total do setor do Turismo dependa do surgimento de uma vacina contra a covid-19, a intenção de viajar entre aqueles que já possuem esse hábito continua latente. Um estudo realizado pela startup de tecnologia MindMiners e a 26

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HIP Hotels indica que, dos 500 respondentes, 71% cancelaram ou adiaram pelo menos uma viagem por conta da pandemia, sendo que 93% desses remarcaram uma pelo menos uma viagem nacional e cerca de 92% no mínimo uma viagem internacional. Segundo a pesquisa, 86% das pessoas estariam dispostas a viajar caso encontrassem um tratamento e/ou vacina eficazes contra o coronavírus. "Até lá, temos que pensar em vantagens econômicas para motivar o viajante a comprar agora, uma vez que mais de 65% dos entrevistados indicaram que gastarão menos em viagens ao longo dos próximos meses, enquanto 58% estariam dispostos a comprar uma viagem caso fosse oferecido um bom incentivo financeiro", ressaltou Mayra Iguchi, da HIP Hotels. Alguns fatores que pesam na decisão de contratar um serviço de viagem incluem: se o site da compra ou agência é confiável (58%), se há a possibilidade de cancelamento sem ônus caso haja alteração de planos (55%) e se o destino é seguro (47,6%). Cerca de 57% dos entrevistados indicaram interesse em realizar uma viagem doméstica em um período de até seis meses após o fim da quarentena no País, enquanto 40% deles considerariam realizar uma viagem internacional no mesmo prazo. Se antes passageiros premium focavam mais nos mimos que eles receberiam hospedando-se em determinado hotel, agora a prioridade são os protocolos sanitários e o preço da acomodação. Na escolha da categoria, o estudo mostra a preferência para hotéis de médio porte ou hotéis boutique, pousadas e villas, já que 34% dos viajantes enxergam que esses meios de hospedagem conseguiriam garantir o distanciamento entre os hóspedes, além de seguir protocolos sanitários mais rígidos. Já para 47% deles, um meio de hospedagem menor significa um menor fluxo de pessoas, ou seja, maior isolamento e mais segurança. n


Cartões de assistência

UMA NOVA EMPRESA DE 30 ANOS Rodrigo Vieira

Sete diretores da April Brasil Seguro Viagem anunciaram a compra da operação de seguro viagem da multinacional francesa no mercado brasileiro. O acordo prevê a manutenção da marca e a continuidade dos produtos e serviços da especialista em soluções em seguros e assistências em viagem. O quadro societário da nova April Brasil Seguro Viagem é formado pelo CEO, Luiz Gustavo da Costa, e pelos diretores Claudia Brito (Comercial), Bruno Venancio (Jurídico e Compliance), Marcelo Galbe (Tecnologia e Inovação), Juliana Paschoa (Financeiro), Juçara Serrano (Operações) e Taís Mahalem (Marketing e Digital). Os novos sócios possuem amplo tempo de atuação na April, alguns com mais de 14 anos, além de know how no mercado segurador e de Turismo. Em 2019 a April Brasil superou a marca de 500 mil seguros emitidos. O que a empresa busca? Há precedentes neste tipo de operação? Por que tal anúncio acontece em meio à maior crise vivida pelo Turismo brasileiro? O CEO da April Brasil, Luiz Gustavo Costa, em entrevista à Revista PANROTAS, esclarece os detalhes do negócio. Segundo ele, o caixa da empresa nunca esteve tão robusto em 30 anos de atuação no País, somando os tempos de Coris. REVISTA PANROTAS – Por favor, explique essa movimentação LUIZ GUSTAVO COSTA – A diretoria da April Brasil localmente fez uma proposta para o Grupo April. Agora nós adquirimos o controle da operação. Isso para nós é estratégico, pois é uma oportunidade de mercado que vislumbramos.

Isso vem em linha com o nosso plano estratégico, e o plano do Grupo April. RP – Como os franceses encararam esse processo? COSTA – Eles são muito fortes em seguro saúde e já tinham feito movimentos em alguns países de sair de operações de assistência, de seguro viagem e outros tipos, para se consolidar globalmente na área de saúde. O Brasil era o único país que mantinha a operação de seguro viagem para a April, exatamente

Luiz Gustavo da Costa

porque apresentava bons resultados. Somos sólidos, temos uma operação que flui muito bem. RP – E para o lado brasileiro? Como surgiu essa compra? COSTA – Vemos muitas vantagens no negócio, tanto que de nossa parte enxergamos essa possibilidade há mais de um ano. Criou-se uma grande oportunidade, pois temos uma operação muito forte aqui. Sabendo que viagens não são mais o core business do grupo, 8 a 14 de julho de 2020 — PANROTAS

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nós vimos nisso uma oportunidade. Então nos reunimos eu, a Cláudia, a Taís, o Bruno, a Juçara e a Juliana, e levamos ao grupo uma ideia de transformarmos a April Brasil em uma empresa com gestão muito mais enxuta em termos de processos e negócios, orientada no seguro viagem, com uma operação que pudesse ter muito mais oportunidades que antes não tínhamos. Fazer parte de um grupo internacional é muito bom, mas também tem seus ônus.

Claudia Brito

RP – Que tipo de ônus vocês tiram da frente? COSTA – Esbarramos em algumas situações em que tentávamos desenvolver outros mercados em termos de produtos e negócios, trazer mais ofertas e oportunidades e não conseguíamos seguir adiante. Agora vislumbramos oportunidade de poder abrir todo esse leque. Com a crise, com a pandemia, isso serviu para acelerar as negociações. RP – Então a pandemia apenas acelerou, mas não foi a protagonista desta compra. COSTA - Já vínhamos em discussão antes da pandemia, então não é algo que surgiu da noite para o dia. As negociações vêm sendo conduzidas há cerca de seis meses. A Europa está um passo na frente na retomada, e para o Grupo April também é vantajoso canalizar toda sua atenção ao seu core business, que é o seguro saúde. Tivemos um aporte significativo, o que nos capacita a estar no melhor momento de caixa em toda a história da companhia no Brasil. Temos 30 anos no País, somando o tempo da Coris. RP – Saúde financeira, portanto. COSTA – Sim. Saúde financeira que nos vislumbra manter durante os próximos anos em situação confortável de mercado. RP – E o Grupo April não terá mais influência nenhuma? COSTA – Continuamos com eles para utilização de toda rede internacional de prestadores de serviços, com tecnologia, com suporte do grupo. Essa relação vai durar pelo menos mais cinco anos. Te28

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mos hoje uma operação ainda mais forte do que era no passado, e agora podemos nos aproximar e ter uma relação mais pessoal com o mercado. RP – E a seguradora continua sendo a Axa? COSTA – Sim, eles continuam como nosso principal provedor de serviços. A Axa garante todos os riscos. Não temos mudança em relação a eles. No fim das contas, a gente vem mais forte para nos desenvolvermos no Brasil a partir deste segundo semestre. Para nós é muito bom ter a maior seguradora do mundo por trás de nossos produtos.

RP – No dia a dia de vocês, em termos de operação, muda algo? COSTA – Não. Temos a mesma estratégia. Nossa central de atendimento permanece a mesma, 100% no Brasil. Toda operação é gerenciada pela nossa equipe, sem terceirização. Não pretendemos mudar nada nesse sentido. São os mesmos processos, com a mesma qualidade que sempre oferecemos. É o nosso diferencial, não vamos mexer. RP – Com a operação totalmente brasileira, o que mais lhe empolga? COSTA – Continuamos focados em seguro viagem, mas passamos a ter liberdade de desenvolver, dentro do próprio seguro viagem, novas coberturas, novos


produtos e otimizar mais aos nossos clientes. Vamos lançar imediatamente novas coberturas, novos serviços, como assistência psicológica, que passamos a oferecer dentro dos Planos VIP. Durante este semestre que se inicia e ao longo do próximo ano, vamos trazer novidades para os parceiros na distribuição de novos produtos e novos serviços que abrirão oportunidades. Não ficaremos restritos apenas ao seguro viagem distribuído por meio de nossos parceiros, mas também que possamos dar a eles muito mais oportunidades e serviços agregados a eles. RP – Você mencionou que em outros países movimento similar, isto é, a compra da operação de viagem da April, já ocorreu. Deu certo? COSTA – Sim. Temos contato com muitos, como Estados Unidos, México e Colômbia e os exemplos são positivos. Claro que está difícil para todo mundo com esta crise desencadeada pelo coronavírus. Contudo, em todos esses mercados veem-se oportunidades, principalmente porque eles enxugaram a operação, trouxeram para a realidade de cada mercado. Adaptação a práticas e costume de cada mercado. Ao não se restringir a coberturas globais e produtos desenhados dentro de um grupo para serem distribuídos no mundo inteiro, é possível oferecer dentro de cada mercado produtos mais ajustados. Isso dá um diferencial competitivo, pois atende a demandas locais, perfis de clientes locais. RP – É bom se desvencilhar de regras internacionais, principalmente em um mercado peculiar como o brasileiro. COSTA – Sim, esse é um ganho importante. Vai nos dar otimização em termos de desempenho do negócio no dia a dia. Criar operação de uma forma a oferecer produtos que são os demandados pelo brasileiro. Principalmente em termos de coberturas locais, produtos locais. Teremos mais liberdade e capacidade de desenvolvimento do que tínhamos antes. Isso é bastante animador. RP – E como foram os resultados no mês passado? COSTA – Junho foi um mês complicado para nós como foi para todo o mercado, mas comparando com abril e maio o crescimento foi superior a

100%. É uma primeira absorção do mercado, embora as fronteiras de Estados Unidos e Europa estejam fechadas. Temos bons resultados com extensões de viagens também, de passageiros que estão no Exterior e precisam renovar os vouchers. Intercâmbio e viagens futuras também estão começando a aparecer. Acreditamos que a volta mais forte acontecerá a partir de setembro e outubro. Ainda não retomando patamares de 2019, mas aos poucos a situação se desenvolve. RP – Que recado a nova April Brasil gostaria de passar aos agentes de viagens? COSTA – A primeira coisa é reforçar que os agentes são e continuarão sendo nosso principal parceiro, nosso

principal canal de distribuição. Vamos continuar tendo a mesma postura que temos há 30 anos. Nesse período de pandemia nos aproximamos ainda mais, gerando conteúdo, gerando orientação, buscando trabalhar ainda mais perto dos agentes. Isso não muda. Vai ser nosso principal canal, principal parceiro. Principalmente agora, com uma gestão local e donos locais, donos brasileiros, vamos nos aproximar mais dos agentes, reforçar a parceria trazendo novos negócios e produtos, dando mais oportunidades para eles. Estamos ainda mais fortes, acreditando no futuro da operação, futuro do mercado, pronto para entregamos qualidade não só em produtos, mas ferramentas para o desenvolvimento das agências. n 8 a 14 de julho de 2020 — PANROTAS

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Mercado

A GRANDE APOSTA DA ABAV Com o adiamento da Abav Expo para o mesmo período de 2021, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) se viu diante da necessidade de encontrar um meio para promover capacitações, gerar networking e negócios entre toda a cadeia produtiva do Turismo. Na semana passada, a presidente da entidade, Magda Nassar, anunciou a realização do Abav Collab, um evento 100% on-line que acontecerá entre 27 de setembro e 2 de outubro de 2020. O Abav Collab contará com dinâmicas virtuais, capacitações, networking e a possibilidade de realização de negócios entre fornecedores e visitantes. Além disso, terá ainda uma versão virtual da Black Friday de Viagens, com vendas diretas ao público final através de agências de viagens associadas à Abav. “Será uma grande semana para e do Turismo. O nome Collab vem da colaboração das entidades da indústria, do Ministério do Turismo e de todos os parceiros que trabalham nesta área. O Abav Collab será diferente de tudo que vemos atualmente em eventos e reuniões on-line”, destacou a dirigente. Assim como na edição passada da Abav Expo, os primeiros dias serão voltados exclusivamente para os profissionais do setor e, repetindo o que foi feito em 2019, a partir do 2 de outubro a entidade dará início à Black Friday de Viagens. “Como tudo o que a Abav faz, em conjunto com seus parceiros, estamos preparando um evento grandioso com dinâmicas dentro da plataforma para que possamos facilitar a navegação e tudo o que estiver disponível dela para os visitantes”, disse Magda. O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, se mostrou entusiasmado com o lançamento e ressaltou que o fato da iniciativa reunir pacotes pro30

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Magda Nassar

mocionais, em todos os segmentos do Turismo, será um momento de alento. “O setor nunca esteve tão unido como atualmente. Entendemos que o Abav Collab será um momento de ser reunir com os agentes de viagens, mesmo de forma virtual. Com certeza estaremos presentes e prontos para atender os agentes de viagens, nosso principal canal de vendas”, disse. Já o vice-presidente da Braztoa, Frederico Levy, também comemorou a iniciativa. “As operadoras estão interessadas em participar. Nossa relação com a Abav é muito próxima e não poderíamos estar de fora. Levaremos toda a nossa vontade para o Abav Collab”, disse o operador. “Essa união é muito importante. O Turismo

está servindo de exemplo para outras esferas e setores. Ter foco é a saída para a situação que estamos enfrentando hoje”, completou o presidente do conselho da Abracorp, Carlos Prado. O Abav Collab será traduzido simultaneamente em diversos idiomas, com o intuito de alcançar o maior número de estrangeiros possível. A expectativa da associação é superar as 32 mil pessoas da Abav Expo do ano passado.Para que todos os agentes de viagens possam aproveitar da melhor maneira sua experiência no Abav Collab, treinamentos da plataforma serão fornecidos a partir do próximo mês, e a página oficial do evento na internet será divulgada em breve.n


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