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Terceira edição do ranking GPTW mostra as empresas que estão se preocupando com a qualidade dentro da instituição. Veja o que as vencedoras têm a dizer


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PANROTAS — 1 a 7 de julho de 2020


PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE nº 1.431 | 15 a 21 de julho de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

Página 04 Editorial - Sairemos melhores dessa crise?

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br)

Página 06 Check-in - Alitalia tem nova estrutura, nome e diretoria

Página 12 Hotelaria - Como a pandemia acelera processos tecnológicos

Página 14 Goya - O novo departamento de luxo da Copastur

Página 17 Luxo - O que os viajantes mais exigentes esperam da retomada?

Página 20 GPTW - As melhores empresas para trabalhar

FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Quer ler a revista PANROTAS pelo celular? Manda um WhatsApp pra gente (11 95609-1507) ou use o QR Code ao lado. Media Partner

Associações

Parceria Estratégica


Editorial

SAIREMOS MELHORES DA CRISE? Quem tem essa resposta? Afinal, quando acabará esta crise? Bem no meio dela, o que vemos são ideias que não correspondem aos fatos. Nos disseram que a crise trouxe mais solidariedade, que estamos pensando mais no outro, que a pandemia uniu famílias, comunidades, setores e os políticos. Mas entramos nas redes sociais e o ódio pré-pandemia continua. Tudo é politizado, não importa o lado em que se esteja (e parece que sobraram apenas dois lados: a meu favor ou contra mim). Não há diálogo nas redes sociais, como pregamos no dia a dia. Não são aceitas desculpas ou esclarecimentos, erratas ou contra-argumentos. Se não pensa como eu penso, está contra mim, é do mal (e o cancelamento vem). Mas quem está autorizado a cancelar ou avalizar alguém? Na TV, a cidadã diz que o marido é melhor que o fiscal porque ele é engenheiro civil formado. Na live, a cineasta branca explica que não faz “filme de senzala” porque tem origens europeias. Nos Estados Unidos, policiais matam um homem negro que apelava: “não consigo respirar”. No Twitter, querem a morte do presidente e os apoiadores do presidente querem a morte dos opositores. Vai sobrar alguém para contar nossa história? E que história contarão? Por mais individualizados que sejam esses casos (pois na internet queremos dar nome aos detratores e puni-los publicamente, a chamada vingança imediata e sem apelação), eles são sintomas do mal maior que vivemos como sociedade. O racismo estrutural, a discriminação, o preconceito, o ódio por quem pensa diferente, a política extremista, a intolerância, o reforço das desigualdades, a culpabilização do outro... nada disso é debatido quando isolamos os casos e criamos o circo midiático em torno deles. E se não debatermos, não chegaremos a conclusões. Se não ouvirmos, dialogarmos e argumentarmos, continuaremos com os mesmos problemas, as mesmas doenças sociais, os mesmos sintomas aparecendo aqui e ali, ora de forma

mais explícita, ora embutidos em normalizações. Ok, alguns dirão, mas a internet é terra de ninguém. Ou seria de todos nós? É onde nos manifestamos anonimamente ou assinamos embaixo. É o palanque da nossa era. E mesmo em ambientes profissionais, onde teoricamente temos de debater caminhos e soluções para todos, como as redes sociais da PANROTAS ou de empresas e entidades do setor, vemos que esse ódio macro também se faz presente. Empresários, executivos, profissionais que não querem debater ou dialogar, apenas agredir. São uma minoria ruidosa, mas lá na frente, quando forem contar a nossa história, quem garante que não são esses os depoimentos pinçados para nos representar? Não somos ódio e preconceito e temos certeza disso. Talvez frustrados, descrentes, cansados de apanhar e sermos enganados por décadas e séculos de governos e governantes. Isso sim. Mas essa frustração não pode virar ódio, ainda mais agora, quando uma pandemia coloca tudo de cabeça para baixo e tenta nos igualar. Tenta, sem conseguir. Pois na hora da verdade, alguém bate no peito e diz: eu sou melhor que você. Pois na hora de tentar achar um caminho alguém só quer ser do contra e jogar o fósforo em um ambiente inflamável e sensível. Um dos perigos de tudo isso é sairmos piores da crise. E no Turismo partirmos para um ambiente de guerras tarifárias, de falta de ética nos negócios, de ataques aos clientes do próximo sem a menor cerimônia, de dividir para continuar tudo na mesma. Se #SomosTodosTurismo precisamos de diálogos de qualidade e não de agressividade vinda de frustrações e decepções políticas, empresariais e pessoais. Se queremos sair melhores da crise precisamos de respeito. Hoje temos um grande inimigo, o vírus da covid-19, mas quando ele for embora, veremos que nosso algoz é a intolerância, a ignorância e a falta de olhar realmente para o outro, para o lado, ou para o espelho.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in

Errata

Mercado

O porta-voz da Gol Linhas Aéreas na matéria "O novo normal na aviação", publicada na edição da semana passada, se chama Danilo Andrade, e não Daniel Andrade, como publicado. Na companhia aérea ele ocupa o cargo de diretor de Segurança Operacional.

MP 925/20

A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada (8) a Medida Provisória 925/20, que disciplina o reembolso e a remarcação de passagens de voos cancelados durante a pandemia de covid-19. O texto agora segue para análise do Senado. Entre outros pontos, a MP também prevê ajuda ao setor aeronáutico e aeroportuário; e acaba com o adicional de

embarque internacional. Originalmente, a medida provisória apenas previa o reembolso em 12 meses sem penalidades e adiava o pagamento de parcelas de outorga de aeroportos. Todas as demais mudanças no texto foram incluídas pelo relator. O texto aprovado pela Câmara diz que o reembolso para compras de passagens canceladas entre 19 de março e 31 de

dezembro de 2020 deve ser feito em 12 meses, a contar da data do voo cancelado. A companhia aérea poderá oferecer ao passageiro ainda a opção de receber um crédito de valor igual ou maior que o da passagem. O consumidor ou terceiro indicado por ele poderá utilizar o crédito dentro de 18 meses de seu recebimento para a compra de produtos ou serviços oferecidos pelo transportador. Se o consumidor desistir de voo cuja data de início esteja no período entre 19 de março e 31 de dezembro, ele poderá optar por receber o reembolso com eventuais penalidades constantes do contrato de transporte ou pelo crédito sem penalidades. Em todas essas situações, o crédito deverá ser concedido em até sete dias da solicitação.

Erros contábeis Em processo final de acerto de uma capitalização, que segundo o mercado é de cerca de R$ 1 bilhão e que tem como objetivo “fortalecer sua posição financeira diante dos desafios impostos pela pandemia de covid-19”, a CVC Corp divulgou fato relevante atualizando o mercado sobre as perdas com os erros contábeis entre 2015 e 2019, além de outros prejuízos em decorrência da crise, como o aumento da inadimplência de clientes. Os mencionados erros contábeis em seus balanços de 2015 a 2019, que eram estimados em R$ 250 milhões, foram revisados e agora chegam a um total de R$ 350 milhões e incluem balanços anteriores a 2015. “O impacto potencial estimado dos respectivos ajustes 6

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na receita líquida de vendas da companhia é de aproximadamente R$ 350 milhões e inclui exercícios anteriores a 2015 até 2019. A companhia estima ainda que, em virtude desses erros, possa ser possível recuperar cerca de R$ 55 milhões em tributos pagos indevidamente”, diz a empresa A empresa também revelou que os gastos com cancelamentos e reembolsos de viagens futuras atingiram R$ 96 milhões até 30 de junho de 2020. Estes cancelamentos geraram perdas relativas a valores já pagos pela CVC e que não são recuperáveis (relacionados, por exemplo, a comissões e tarifas de cartões de crédito) de aproximadamente R$ 13 milhões. Adicionalmente, a companhia teve custos

de aproximadamente R$ 3 milhões com a repatriação de passageiros durante a pandemia de covid-19. O atual cenário econômico, de acordo com o comunicado da CVC Corp, gerou um incremento da inadimplência de clientes que atualmente corresponde a R$ 72 milhões, relativos a saldos em aberto a receber de clientes e franquias. A empresa avalia como baixa a expectativa de recuperação desse montante.


+Lidas da semana Portal PANROTAS

Aviação

1 CVC soma R$ 350 mi em

Pedido de ajuda

erros contábeis e R$ 72 mi de inadimplência

2 Gol disponibiliza check-in

pelo Whatsapp; veja como funciona

3 Agências de viagens e hotéis,

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

SP e Rio lideram adesão a selo do MTur

4 Influencers serão importantes na retomada do Turismo

5 Paulus aposta em campanha do Turismo interno para recuperar setor

6 Latam Brasil entra em

recuperação judicial do grupo nos EUA

7 Alitalia é relançada com

novos executivos, rotas e nome

8 Deputados aprovam plano de ajuda às aéreas e regras de reembolso

A Latam Airlines Brasil passou a integrar, desde o dia 9 de julho, o processo de reorganização e reestruturação voluntária sob a proteção do Capítulo 11 (Chapter 11) da lei dos Estados Unidos, a fim de reestruturar seus passivos financeiros e administrar de maneira eficiente sua frota local, mantendo a sua operação normalmente. O Grupo Latam Airlines e as suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos já fazem parte deste processo iniciado em 26 de maio de 2020. A decisão da subsidiária brasileira é um movimento natural diante do prolongamento da pandemia do coronavírus. Dado que o ambiente externo ainda não dá sinais fortes de recuperação, integrar o processo do Capítulo 11 é a melhor opção , segundo a companhia, para a Latam Airlines Brasil ter acesso às novas fontes de liquidez – ao DIP (Debtor-in-possession), especificamente, que já se encontra em fase avançada de estruturação –, implementar reestruturações operacionais e fi-

nanceiras e fortalecer a sua posição de liderança na indústria aérea. “Tomamos esta decisão neste momento para que a empresa possa ter acesso a novas fontes de financiamento. Estamos seguros de que estamos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desafio de transformar a empresa para que ela se adapte à nova realidade pós-pandemia e garanta a sua sustentabilidade no longo prazo”, disse o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier. Segundo a empresa, serão respeitadas todas as passagens aéreas atuais e futuras, vouchers de viagem, pontos, reembolsos e benefícios do programa Latam Pass, bem como as políticas de flexibilidade e demais normas vigentes. Os funcionários continuarão sendo pagos e recebendo os benefícios previstos em seus respectivos contratos de trabalho e as agências de viagens, e outros parceiros comerciais, não sofrerão interrupções em suas interações com o Grupo Latam Airlines.

9 Com dívidas de R$ 2,7 bi,

Avianca Brasil pede falência

10 SBTur e Copastur são as melhores agências para trabalhar

Fonte: Portal PANROTAS

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Nova Alitalia Nelson Oliveira, diretor Brasil da Alitalia Tai

A Alitalia foi oficialmente relançada como Alitalia Tai (Trasporto Aereo Italiano), contando com nova administração e novas rotas. O governo italiano espera que tenha encerrado anos de turbulência financeira na companhia aérea, que agora é estatal e receberá um orçamento de US$ 3,4 bilhões e uma frota de 100 aeronaves, de acordo com a mídia local. Na prática, a Alitalia Tai é a empresa que vai herdar os ativos da

antiga companhia e receber o aporte, enquanto a outra ficará com as dívidas. A nova Alitalia terá, segundo a ministra dos Transportes, Paola De Micheli, “um plano que traça a descontinuidade completa com modelos anteriores, que permitirá à Itália descartar uma companhia aérea que possa contribuir para a recuperação econômica do país e, sobretudo, para competir no mercado inter-

Diário para Amsterdã A KLM está voltando aos níveis pré-crise da covid-19 em São Paulo (GRU), com a operação de um voo diário desde segunda-feira (13), quase quatro meses após ter reduzido a dois voos semanais entre o Brasil e a Holanda. A companhia aérea também segue com quatro voos semanais entre Amsterdã e o Rio de Janeiro (GIG). A programação será mantida até pelo menos o fim de agosto. A Air France tem oito voos por semana entre Paris (CDG) e o Brasil, sendo cinco para São Paulo (GRU) e três para o Rio de Janeiro (GIG). Juntas, as companhias aéreas combinam 19 voos semanais. O grupo também tem se destacado no transporte de cargas essenciais, tanto nas operações comerciais em aeronaves que combinam passageiros e cargas quanto em frequências dedicadas a isso.

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nacional de transporte aéreo”. Em relação ao retorno da companhia ao Brasil, o diretor da aérea no País, Nelson de Oliveira, anunciou que a empresa voltará a voar para Guarulhos em setembro. Segundo ele deverão ser três frequências semanais entre Roma e São Paulo, e aos poucos a companhia irá retomando sua capacidade até chegar aos três diários entre o Brasil e a Itália (dois de Guarulhos e um do Rio).


Destinos

Retomada do Turismo no Nordeste

Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, mediou a live com Catulé Junior, do Maranhão, José Sales Neto, de Sergipe, e Rafael Brito, de Alagoas

Na segunda parte da live Check Point sobre a retomada do Turismo no Nordeste, realizada na última quinta-feira (9), os secretários do Maranhão, Sergipe e Alagoas falaram sobre as perspectivas de reabertura dos destinos, o trabalho que está sendo feito junto às entidades do setor e os novos protocolos implementados para uma retomada segura. Assim como outros segmentos econômicos, o Turismo do Maranhão está em fase de retomada gradual com a adoção dos protocolos de saúde e segurança. Além dos meios de hospedagem, diversas atrações turísticas, bares e restaurantes já foram reabertos em todo o Estado. Do mesmo modo, as frequências aéreas também têm sido retomadas gradativamente, com aproximadamente 30% das operações. O setor de eventos, no entanto, ainda não tem previsão de retomada. “Após um intenso diálogo com todos os setores, chegamos a alguns protocolos que foram adotados pelo governo do Estado visando à reabertura segura das atividades. Hoje estamos sem nenhuma restrição dentro do Estado, mas nós temos acompanhado a situação com bastante cautela, procurando sensibili-

zar todos os setores e conscientizar a comunidade a respeito da importância de seguir esses protocolos”, afirmou o secretário de Turismo do Maranhão, Catulé Junior. Para a recuperação mais rápida, a estratégia do setor é focar no Turismo regional e doméstico, especialmente nos segmentos de ecoturismo e Turismo cultural. Como parte do planejamento, o Maranhão, junto ao Pará e Amazonas, está trabalhando na Rota Amazônica, que deverá ser lançada em agosto. Além disso, a Secretaria de Turismo lançou um aplicativo aos turistas com todas as informações sobre os atrativos e meios de hospedagens dos principais polos turísticos do Estado. Alagoas, por sua vez, deve iniciar a retomada de alguns setores no próximo dia 15 em Maceió e até o final do mês no interior do Estado. Por enquanto, bares, restaurantes e shoppings permanecem fechados. Além dos meios de hospedagem, as praias estão reabertas para banho de mar, prática de atividades individuais e convívio familiar, mas permanecem fechadas para o consumo de bebidas alcóolicas e atividades que envolvam aglomerações. “A expectativa é que possamos voltar

ao máximo à normalidade, estreitar as nossas parcerias com as companhias aéreas e grandes operadoras e reconquistar a malha aérea e a credibilidade do consumidor, oferecendo segurança para que as pessoas se sintam confiantes em viajar para o nosso Estado”, afirmou o secretário de Turismo de Alagoas, Rafael Brito. Da mesma forma que os demais Estados do Nordeste, Alagoas investirá no Turismo regional e nacional para a retomada. Segundo Brito, é muito provável que haja Réveillon e Carnaval nos destinos alagoanos. Em relação ao setor aéreo, a retomada está dentro das expectativas para o momento. A previsão é de que, em dezembro, o Estado tenha 80% da malha aérea de 2019. Já em Sergipe ainda não há previsão de reabertura das atividades turísticas e econômicas, já que o Estado está na fase de crescimento acelerado da contaminação. Ainda que tenha sido autorizado a reabrir, grande parte do setor hoteleiro permanece fechada, assim como bares, restaurantes, praias e passeios náuticos. De acordo com o secretário José Sales Neto, o momento atual exige cautela e preparação para a retomada. “Precisamos ter a consciência de que é preciso fazer uma reabertura segura. Continuaremos avaliando a situação e, assim que a curva da covid-19 começar a cair, discutiremos a flexibilização da retomada dos setores. Por enquanto, estamos nos preparando com os protocolos de biossegurança para quando este momento chegar”, afirmou. Assim como o Maranhão, Sergipe direcionará o investimento em divulgação para o Turismo regional, além de roteiros integrados com outros estados do Nordeste. “Vamos procurar a Bahia, Alagoas e outros Estados, pois precisamos criar roteiros integrados como há na Europa, em que o turista fica três noites em cada país”, explicou Sales Neto.

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PANCORP

Eventos de volta O Governo de São Paulo anunciou que convenções, eventos e atividades culturais com público (que incluem museus, galerias, acervos, centros culturais e bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos, eventos culturais) estão autorizados a partir do dia 27 de julho – quatro semanas após o início da Fase 3 (amarela) do Plano São Paulo, programa que norteia a retomada de diversos setores da economia do Estado. Os eventos foram suspensos em São Paulo no

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dia 17 de março. Para isso, o governo definiu algumas condições: ocupação máxima de 40% da capacidade, funcionamento máximo por seis horas diárias, assentos dispostos à distância mínima, adoção de protocolos específicos, uso obrigatório de máscaras tanto pelo público quanto para os profissionais envolvidos no evento, suspensão do consumo de alimentos e bebidas nos estabelecimentos e controle de acesso. Já o retorno de grandes eventos

e demais atividades que geram aglomeração estará autorizado após 28 dias consecutivos do Estado de São Paulo na Fase 4 (verde) na região. A data prevista para que isso ocorra é 12 de outubro. As condições para essa etapa são a venda de ingressos exclusivamente on-line para assentos marcados e horários pré-agendados, capacidade máxima de 60%, controle de acesso, adoção de protocolos específicos e uso obrigatório de máscaras.n


A nova jornada A Academia de Viagens Corporativas acaba de lançar o canal InTravl no YouTube, onde compartilhará como será a jornada do viajante corporativo daqui para frente, quais são os novos protocolos e como a indústria e fornecedores estão se adaptando para atender melhor os passageiros. O primeiro vídeo foi ao ar e a sóciadiretora da Academia de Viagens, Viviânne Martins, mostra como

foi sua experiência no trajeto São Paulo-Rio de Janeiro, do começo ao fim. A jornada completa pode ser encontrada no canal. Com o objetivo de falar diretamente com o viajante a negócios, a plataforma também trará novidades ao redor do mundo, com postagens internacionais para mostrar como está a situação em outros países, diante da pandemia do novo coronavírus.n

+Lidas Pancorp 1 Gol disponibiliza check-in pelo Whatsapp; veja como funciona

2 Paulus aposta em campanha do Turismo interno para recuperar setor

3 Latam Brasil entra em

Viviânne Martins

recuperação judicial do grupo nos EUA

4 Deputados aprovam plano de ajuda às aéreas e regras de reembolso

5 SBTur e Copastur são as melhores agências para trabalhar

6 Azul terá 300 voos diários em agosto e volta a mais 8 cidades

7 Acte pede falência e encerra atividades

8 Agente de viagens já pode vender aluguel mensal de carro na Mobility

Acte pede falência A Associação de Executivos de Viagens Corporativas (Acte, em inglês – Association of Corporate Travel Executives) pediu falência (Chapter 11) e encerrou suas atividades. A medida se deve aos impactos da covid-19 e ao cancelamento da conferência em Hong Kong, que acabaram por desestabilizar a associação financeiramente. Segundo comunicado no site da entidade, os funcionários e membros do board tentaram acordos com uma organização maior, onde a Acte pudesse ser integrada, mas não tiveram sucesso “devido ao pessimismo de investidores e parceiros em relação a uma associação focada em eventos”. O board lamenta o fim da entidade e de

seu trabalho e agora a justiça irá deliberar sobre as relações com credores e demais players ainda envolvidos com a associação. ACTE SUMMIT No Brasil, a Acte tinha parceria com a Academia de Viagens Corporativas, de Viviânne Martins e Patricia Thomas. As duas partes realizavam o evento Acte Academia Summit, que teve edições no Rio de Janeiro e em Campinas (SP). As sócias da Academia lamentam o fechamento da Acte e informam que os summits continuarão em 2021, com novo nome e possivelmente novo parceiro.n

9 Gol recebe aporte bilionário da Smiles; entenda o acordo

10 KLM retoma voos diários entre São Paulo e Amsterdã Fonte: PANCORP

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Hotelaria

Filip Calixto

TECNOLOGIA PARA O NOVO NORMAL DA HOTELARIA Clientes de hotéis, sobretudo corporativos, que retomarem sua rotina de hospedagens em estabelecimentos pelo Brasil devem ser confrontados com uma nova rotina. Para além dos protocolos de higiene, saúde e segurança, adotados para evitar a contaminação pela covid-19, as redes preparam uma série de interações que se valem de ferramentas tecnológicas utilizadas a fim de minimizar o contato entre pessoas e agilizar os processos. Essas plataformas devem ser fundamentais na retomada e já começam a aparecer como solução neste mês, quando boa parte da oferta nacional será, aos poucos, reativada. Com mais de 130 empreendimentos pelo Brasil, a Atlantica Hotels é um exemplo de operação reativada gradualmente – até o final de julho 90% da oferta estará reaberta – e de investimento em tecnologia para a retomada. A empresa, que chegou a ter mais que 70% da sua oferta inoperante, fez valer o hiato na operação canalizando esforços para o desenvolvimento de ferramentas que ajudassem em uma volta com plataformas tecnológicas que oferecessem serviços mais eficientes, maior controle de custos e resoluções para um horizonte de contato físico limitado. "Melhoramos a experiência dos hóspedes pela adoção de tecnologias que minimizem o contato físico ao menor patamar possível, desburocratizando processos e eliminando papel e filas. A FNRH é preenchida no dispositivo do hóspede antes mesmo de chegar ao hotel", aponta o diretor-executivo de Tecnologia e Inovação da Atlantica Hotels, Ricardo Norcia. "Nossos principais sistemas já estão integrados; nos hotéis que dispõem de abertura remota de porta, o hóspede pode ir direto ao quarto sem tocar numa chave. Intensificamos o uso do QRCode nas propriedades, as12

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Diretor-executivo de Tecnologia e Inovação da Atlantica Hotels, Ricardo Norcia

sim nosso hóspede tem acesso à informação e cardápio de serviços sem manipular papel", acrescenta. De acordo com o diretor, para que toda essa lógica funcione perfeitamente é necessário manter os sistemas interligados, uma tarefa complexa que teve sua solução preparada num projeto concluído ainda no ano passado. "No final de 2019, desenvolvemos uma plataforma para facilitar a integração dos nossos sistemas de tecnologia – o Middleware Atlantica", lembra. O avanço é o que torna possível que a companhia não precise mais desenvolver inúmeras integrações para um produto mas sim uma conexão até o Middleware, que por sua vez dá acesso a plataformas de serviço interno e

permite facilidades aos hóspedes. Os novos parâmetros e instrumentos elencados por Norcia são possíveis já contando com a conectividade que os telefones celulares conferem à experiência nesses hotéis. Os smartphones têm papel fundamental nessa rotina proposta e não somente nos prédios da Atlantica. APLICATIVO Com planos para ter mais de 40 meios de hospedagem funcionando até o final do mês - atualmente são 19 de portas abertas - a ICH Administração de Hotéis, que detêm as bandeiras Intercity Hotels, YOO2 e Hi, apostou no desenvolvimento de um aplicativo que pretende mudar o tipo de experiência


oferecida para o momento. Segundo revela o diretor executivo da rede, Marcelo Marinho, antes mesmo de as medidas de isolamento social começarem a ser adotadas pelo Brasil e do fechamento temporário de algumas unidades, a empresa já tinha um programa em andamento para uma plataforma digital que abarcasse todas as necessidades de um hóspede. Desse trabalho foi construído o Orange, um aplicativo que deve ser disponibilizado ainda este mês. "Dado o cenário no qual estamos, aceleramos esse desenvolvimento e incorporamos mais algumas ferramentas que podem ser importantes para este momento e que ainda não estavam contempladas", indica o dirigente. Na lista de itens que ainda não estavam na ferramenta e agora estão há alternativas como informações sobre o hotel e a rede, além de cardápios de room service e restaurante. Por meio do Orange ainda será possível cumprir tarefas como realizar check-in e check-out, efetuar pagamentos de consumo e da própria estada, além de fazer as reservas com tarifa especial. Nos casos de entrada, informa Marinho, o aplicativo convida o cliente a preencher suas informações e fazer o upload do documento de identificação 48 horas antes da hospedagem. Ao chegar ao hotel, o hóspede pega apenas a chave no balcão e pode ir ao seu quarto. Para a saída, o pagamento também pode ser feito pelo app, que inclusive identifica pagamentos faturados e cobra apenas o consumo quando essa for a necessidade.

mil a unidade, é normalmente utilizado em hospitais e é capaz de fazer uma limpeza completa em um quarto em aproximadamente 40 minutos. "É a tecnologia a favor da segurança", avalia Marinho. TRABALHO EM EQUIPE Tal qual acontece na relação com os clientes, contudo, a situação de pandemia também afetou o convívio das empresas com as próprias equipes e aí está mais um ensejo para a utilização de instrumentos tecnológicos. Na Atlantica, o esforço para manter a força de trabalho unida e engajada foi possível pela distribuição de estrutura. "Nossos colaboradores receberam os recursos necessários para trabalharem no regime de home-office. Instalamos ferramentas colaborativas para todos, criamos políticas e manuais de procedimento que não existiam até então, entregamos notebooks aos colaboradores que não tinham este tipo de equipamento, além de conectar todos em nossa VPN, garantindo segurança e integridade nos acessos remotos aos sistemas da Atlantica", afirma o diretor executivo de Tecnologia e Inovação. A porta aberta para o trabalho remoto dos colaboradores da companhia foi

crucial para um momento em que a comunicação interna e a sintonia entre as equipes ficaram ainda mais necessárias. Segundo conta Norcia, nesse período, os canais de atendimento, PMS, central de reservas, vendas e distribuição permaneceram integrados. Dessa maneira, as negociações, políticas e acordos comerciais, sobretudo para cancelamentos e reagendamentos, foram discutidos internamente para traduzir essas ações em produtos de tecnologia. "Entregamos a plataforma de comunicação ConectAHI para as equipes de vendas, permitindo mais agilidade, proximidade e frequência de interação do time comercial com os hotéis e com o mercado", expõe. Na tática adotada pela ICH, o que houve foi o acionamento de uma base fiel de clientes por meio de contatos via internet. "Utilizamos alguns sistemas internos para ler o mercado e o que fizemos efetivamente foi atualizar a régua de relacionamento. Como exemplo, antes tínhamos algumas ações promocionais feitas de acordo com o mês de aniversário de cada cliente que tiveram seu período ampliado, convidando esse hóspede a estar conosco quando for possível", afirma Marinho.n

TECNOLOGIA EM LIMPEZA Também para a parte prática da operação hoteleira e como componente de um protocolo montado pelo infectologista Claudio Stadnik, a ICH introduziu algumas ferramentas tecnológicas oriundas do padrão de limpeza hospitalar. Além do endurecimento nos processos de limpeza em quartos e áreas comuns, maior sinalização dos cuidados necessários para hóspedes e equipe, cada um dos hotéis da rede recebeu uma máquina geradora de vapor de peróxido de hidrogênio - solução capaz de aumentar a eliminação de bactérias e vírus nos ambientes. O equipamento é utilizado na higienização dos quartos, dando mais rigor e cuidado ao serviço. O maquinário, que custa cerca de R$ 11 15 a 21 de julho de 2020 — PANROTAS

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Mercado

EM BUSCA DE EXPERIÊNCIAS ÚNICAS Beatrice Teizen

Apesar de “Goya” ser uma palavra intraduzível, a Copastur tem claro o objetivo que quer alcançar ao dar esse nome ao novo departamento de viagens de luxo da empresa. Por meio de um reposicionamento e unificação das marcas Prime e Corporate, a Goya by Copastur, que foi lançada há cerca de um mês – em meio à pandemia do novo coronavírus –, quer entregar viagens e experiências únicas aos seus clientes. “Estávamos percebendo o desenvolvimento da Prime e a Corporate e entendemos que precisávamos de algo a mais, por isso decidimos unificar em uma marca só. Ela já nasce com todos os atributos ao nível de mercado que atendemos e conta com diversos parceiros, como Virtuoso, The Leading Hotels of the World e Preferred Hotels & Resorts. Chegamos em um nível que transcende o servir por servir”, afirma o diretor da TMC, Edmar Mendoza. Trabalhando nas vertentes de viagens personalizadas de alto padrão, viagens pessoais e viagens corporativas, a nova divisão tem como expectativa ser uma referência no mercado, oferecendo os melhores produtos e serviços ao público upscale e de luxo. Entregar experiências transformadoras, processos de desenvolvimento e vivências exclusivas por meio de viagens são alguns dos exemplos do que a Goya quer realizar. Para Mendoza, lançar a marca em um momento de crise e quarentena acabou sendo algo positivo. Com o planejamento de unificação em andamento desde o começo do ano, a 14

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Edmar Mendoza

Copastur sentiu que conseguiu, de alguma forma, ficar mais próxima dos clientes. Seja dando apoio para trazer de volta aqueles que estavam no Exterior ou informando como está a situação em outros países, para onde é possível viajar e quais as tendências para o futuro próximo das viagens. “Já vemos um movimento muito forte e uma retomada de procura por lugares próximos, mas com serviços de luxo, como villas e casas de aluguel com serviços. Alguns hotéis já estão preparados para receber o público com todos os protocolos. Além da abertura de alguns países, pois, como temos muitos clientes brasileiros com dupla nacionalida-

de, por exemplo, fazemos uma consultoria de onde ele pode ir”, explica. Com uma expectativa de representar 15% do volume geral da TMC, assim que o mercado se restabelecer, e com presença física em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Goya oferece experiências em categorias, como aventura, cultura, família, gastronomia e romance. Entre os diversos programas estão degustação de ostras frescas em Barra de São Miguel (Alagoas), navegar pela Riviera Turca, apreciar gorilas em Ruanda, passear de canoa pelos igarapés amazônicos, visitar vinícolas ocultas da Capadócia, entre outras. “Nesse momento ainda depende muito do mercado e de cada viajan-


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te. Existe uma tendência de que as pessoas que ficaram dentro de casa e guardaram um pouco mais de dinheiro na pandemia vão querer ter experiências diferentes, ir para lugares menos habitados e ter vivências locais. Vamos aguardar quando será a volta dessas viagens.” RESPONSABILIDADE SOCIAL Mantenedora do movimento do capitalismo consciente e certificada há quatro anos seguidos pelo GPTW (Great Places to Work, Grandes Lugares para Trabalhar), a Copastur já possuía como princípio dar um papel de protagonismo aos seus consultores e colaboradores, além de entregar um serviço e tratamento humanizados aos próprios colaboradores. É neste sentido que Mendoza acredita que o diferencial da nova marca está: personalização. “Na Goya, chamamos nossos con16

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sultores de transformadores. Eles são aptos para impactar e transformar a vida de nossos clientes. Além do serviço básico, que é organizar a viagem, ter uma central de atendimento 24h, fazer todo o serviço de concierge no pré, durante e pós, queremos criar todo um ambiente único, criando uma fidelização sem igual”, diz o diretor. Com o intuito de criar propósitos e ligada à sustentabilidade e causas sociais, a TMC elegeu causas e empresas para serem apoiadas por meio das vendas da Goya. A cada viagem vendida, dois quilos de alimentos são doados à ONG Banco de Alimentos. Já todo o material de viagem é composto por itens feitos a partir de materiais ecológicos e processos sustentáveis, criado pelo movimento Pano Social, que gera oportunidades de trabalho para ex-detentos.n


Mercado

O QUE ELES DESEJAM?

A ILTM realizou uma pesquisa com mais de mil agentes de viagens de todo o mundo para saber quais as perspectivas de retorno das viagens de alto padrão após a pandemia. Segundo o estudo, 52% dos clientes dessas agências dizem que irão viajar nos próximos três meses e mais de 50% dos agentes acreditam que as viagens de luxo deverão se recuperar totalmente em um ano. A ILTM reúne o maior portfólio mundial de eventos de viagens de luxo, inclusive no Brasil, e quis medir o pulso do mercado no momento em que vários países começam a reabrir, especialmente na Ásia e na Europa. Foram ouvidos agentes de viagens de todo o mundo, incluindo da

América Latina. A diretora de portfólio da ILTM, Alison Gilmore, comenta que além das viagens perto de casa nesse começo de retomada, a pesquisa mostrou uma preferência na hospedagem: villas privativas. Como as viagens serão mais curtas, elas podem acontecer com mais frequência e alinhadas com oportunidades de mercado. Também está em alta o uso de jatos privados, permitindo que a decisão seja de última hora e que a família ou o grupo de amigos viajem juntos. E quais as principais escolhas para as próximas viagens? A lista dos viajantes de luxo é extensa: escapadas para a praia, viagens 15 a 21 de julho de 2020 — PANROTAS

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em família, villas privativas, natureza, viagens de carro, cruzeiros e experiências únicas e culturais. Mais de 20% disseram que seus clientes preferem viagens com pegada sustentável e consciente, aliadas à saúde e ao bem estar. Os agentes de viagens também mostraram, na pesquisa, alguns pontos chave para encorajar os clientes a viajar: o aparecimento de uma vacina, o fim das restrições e abertura de fronteiras, protocolos de saúde e segurança (em voos e hotéis), o fim das quarentenas e a flexibilidade das reservas e dos termos de cancelamento.

VEJA ABAIXO ALGUNS INSIGHTS DA PESQUISA

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Dois terços (64%) dos entrevistados disseram que cuidaram de reservas de viagens de seus clientes desde o começo da pandemia. Ou seja, os viajantes não cancelaram seus planos, e sim adiaram a viagem ou fizeram novos planejamentos.

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Mais de 50% dessas reservas são para viagens até dezembro de 2020.

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Dos voos reservados, 39% são domésticos e 27% de longa distância.

72% das chamadas empresas de concierge receberam um número expressivo de reservas.

Mais de 50% dos agentes e consultores pesquisados disseram estarem certos que a indústria retornará a seu normal em um ano.

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Dos que ainda não haviam feito novas reservas para seus clientes, 72% acreditam em uma retomada nos próximos três meses.

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Os viajantes de luxo já estão também criando tendências: 59% dos agentes disseram que seus clientes estão buscando

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informação sobre viagens de luxo de automóvel como principal escolha para as viagens nos feriados; e as viagens de luxo domésticas estão fortes dentro das reservas totais.

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Entre os que consideram outros tipos de viagem, 25% estudam a realização de cruzeiros, sejam fluviais, marítimos e mesmo internacionais.

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A necessidade de não correr riscos desnecessários é chave para os viajantes de luxo que querem experimentar a primeira viagem de lazer pós-pandemia com a família. Mais da metade dos respondentes já fizeram reservas para viagens em família, incluindo celebrações familiares e visita a parentes. Quase 73% desses viajantes querem ficar perto de casa ao viajar.

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Quase 60% (ou exatos 57%) querem que seus agentes de viagens busquem opções de villas de luxo, para que a família possa se hospedar junta e com segurança.

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Os destinos mais populares para viagens internacionais no momento são Grécia, Itália, Maldivas, Caribe e Europa em geral. n


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Mercado

GPTW

RESULTADO POR MEIO DA SATISFAÇÃO

As companhias estão se preocupando com a qualidade dentro da instituição. É cada vez mais evidente que, mais do que gostar, acreditar no que faz todos os dias eleva a produtividade e o bem-estar dos profissionais. Estudo recente divulgado pela Universidade da Califórnia mostra que um trabalhador feliz produz 31% mais do que a média, além de ter sua criatividade estimulada e, como resultado, os que estão na linha de frente, no balcão, chegam a vender quase 40% mais.

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Há três anos, o Great Place to Work, uma das principais consultorias globais dedicadas a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação, certifica e reconhece os melhores ambientes de trabalho na Hotelaria e no Turismo do Brasil. Accor, como rede hoteleira de grande porte; Renaissance São Paulo, como hotel de médio porte, e SBTur, como agência de viagens, conquistaram o topo do ranking em suas categorias.


CONFIRA OS VENCEDORES As melhores agências de viagens para trabalhar

Melhores redes hoteleiras de grande porte para trabalhar

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Os melhores hotéis de médio porte para trabalhar 1

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Victor Garcia Guimarães Barros, diretor de Relacionamento e Consultoria do GPTW no Brasil

CRITÉRIOS Para poder se inscrever e figurar entre os melhores lugares para trabalhar, a empresa precisa ter no mínimo 30 funcionários e concorrer com um CNPJ registrado na categoria em questão. Uma pesquisa quantitativa com os funcionários é a primeira etapa da pesquisa Great Place to Work. É necessário que a empresa atinja a amostra mínima de funcionários e que obtenha nota igual ou superior a 70%. Atingindo este corte, passa-se para a segunda etapa, a avaliação das práticas das empresas. Ou seja, uma pesquisa quantitativa com os funcionários e qualitativa a respeito da cultura e das ações da empresa. As notas das duas avaliações formam o resultado final. Todas as informações obtidas neste ranking dizem respeito ao ano anterior à data da aplicação de pesquisas com os funcionários. Juntas, as categorias Agências de Viagens e Hotelaria somaram 51 empresas concorrentes, representando mais de 41,1 mil funcionários. São números praticamente iguais aos do ano passado. “Estar no ranking das melhores empresas para se trabalhar quer dizer que a empresa coloca seus colaboradores no centro, olhando para o crescimento do negócio. Mostra que é uma empresa que realmente sabe falar a verdade e escutar com sinceridade o que seu time tem a dizer. O ranking é a ponta final de um grande processo, é a coroação de todo um trabalho forte de cultura e gestão”, avalia o diretor de Relacionamento e Consultoria do GPTW no Brasil, Victor Garcia Guimarães Barros. “Para uma empresa se tornar uma 'melhor empresa para se trabalhar', ela obri-

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gatoriamente precisa ser uma organização que visa ao engajamento social.” Ainda segundo ele, cada vez mais as empresas do setor vêm se preocupando e evoluindo no tema, pensando em novas práticas culturais e novos modelos de gestão. “Sabemos que hoje o setor passa por uma dificuldade devido à pandemia de covid-19, mas tenho certeza de que essa situação irá provocar mais mudanças, abrindo oportunidades para inovar e crescer”, aponta Victor Barros. Ainda em relação à pandemia, o especialista afirma que, apesar da imprevisibilidade do futuro, é certo que uma casa arrumada tem bem mais chances de superar qualquer tipo de crise. “Realmente não há como prever como será daqui para frente diante deste momento de muitas incertezas. Porém uma coisa é certa: as empresas que já têm a confiança consolidada em sua equipe e gestores preparados para este novo formato de trabalho, certamente irão passar pela crise de uma forma melhor, e com certeza terão uma recuperação mais rápida também”, pondera o diretor. “Para nós do GPTW, agora mais do que nunca é o momento de colocar as pessoas no centro e pensar na retomada dos negócios de forma inovadora, pensando não só na gestão, mas também na comunidade como um todo”, conclui Barros, acrescentando que sua empresa, além da avaliação e do selo, também presta consultoria para que as organizações obtenham melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação. “Temos diversos serviços e produtos que são personalizados para as empresas. Hoje somos líder mundial nesse assunto.”


O EXEMPLO QUE VEM DAS CAMPEÃS Milton Zuanazzi, diretor da SBTur

SBTUR Todos os 66 funcionários da agência de viagens catarinense foram inseridos no planejamento estratégico criado há quatro anos, dentro do qual foi definido um novo papel para a empresa, dando a ela conteúdo social em relação à comunidade que a cerca. “Criamos um conjunto de ações proativas que vem se desenvolvendo nestes últimos quatro anos, em busca de uma saúde corporal, mental, de uma vida mais prazerosa e alegre. Estendemos isso ao nosso corpo funcional em que todos, sem exceções, estão incluídos”, afirma o diretor da SBTur, Milton Zuanazzi , ex-secretário do MTur e ex-presidente da Anac. Segundo ele, tais práticas resultam em uma relação de confiança e fidelidade com os colaboradores. “Outro aspecto crucial para o estreitamento de laços é a exposição que começamos a fazer dos nossos ganhos. Todos os números contábeis, a receita, a despesa. Está tudo na parede”, explica. “Claro que somos uma empresa que exige e trabalha em cima de resultado, mas certamente os resultados são sensíveis ao ambiente de trabalho e a todos os processos seguidos internamente”, completa Zuanazzi. Prática de yoga dentro da empresa, min-

dfullness, massagens e incentivo a atividades físicas com formação de equipe de corrida e bike estão entre as práticas adotadas pela melhor agência de viagens para se trabalhar no Brasil. De dois anos para cá, a empresa também se engajou com a inclusão social. “Contratamos jovens aprendizes e pessoas com algum tipo de deficiência. Temos um funcionário cadeirante que foi recrutado aos 16 anos e hoje, aos 18, ganha nosso patrocínio da SBTur como competidor nacional de natação. Acompanhamos sua jornada de atleta e profissional. Isso contagia os colegas e favorece a positividade do ambiente de trabalho”, exemplifica. “No entanto, o grande ganho no fim das contas é gerado pela comunicação. Uma comunicação transparente entre empresa e funcionários é essencial para formar esse elo de confiança.” COPASTUR Única agência de viagens corporativas (TMC) e estreante no ranking, a Copastur ocupa a segunda posição da categoria nesta terceira edição do GPTW - Hotelaria e Turismo. “Estamos muito felizes, honrados e orgulhosos de ocupar este lugar. Achamos importante estrear neste ranking, pois, com todo o nosso propósito de transformar, Eduardo Mendoza, diretor da Copastur

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influenciar e profissionalizar o mercado, queremos que mais empresas olhem para essa questão de humanização e se sintam estimuladas a participar também”, explica o diretor da TMC, Edmar Mendoza. Trabalhando com a transformação cultural há cinco anos dentro da empresa, Mendoza acredita que o resultado no levantamento reflete basicamente o trabalho que é feito no dia a dia na Copastur. Ao oferecer um ambiente agradável de se trabalhar, um serviço aprimorado é entregue aos clientes e todos os stakeholders – sejam fornecedores, clientes, parceiros e colaboradores – acabam sendo impactados positivamente. Com cerca de 360 funcionários, e sem nenhum desligamento durante a pandemia de covid-19, a empresa busca levantar a bandeira de que, ao ser mais humanizada e tendo o selo GPTW, o resultado acabando sendo melhor. “E isso passa por todos os pilares de gestão, fazendo com que, no longo prazo, tenhamos uma companhia mais sustentável e liderando o mercado neste caminho”, finaliza o diretor. Ana Clara Duarte, head de Pessoas e Cultura da Hurb

HURB Com 720 funcionários, a Hurb é uma empresa diferenciada, segundo a head de Pessoas e Cultura, Ana Clara Duarte. Além de ter valores muito fortes, o que faz a agência on-line ser uma das melhores empresas para trabalhar é que estes valores são continuamente fomentados e praticados. Carregando o lema “All About People”, a Hurb garante levar a sério sua cultura,

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tornando-a cada vez mais fluida e incorporada ao DNA dos funcionários. “Nossa cultura é uma planta que precisa ser regada todo dia”, afirma Ana Clara. Para a diretora, seria hipocrisia falar em cuidar dos clientes sem cuidar dos funcionários, assim como pedir para atender sorrindo, quando ele não está recebendo atenção e cuidado da empresa. O resultado dessa cultura é a satisfação dos clientes, atestada por prêmios inclusive. Com matriz no Rio de Janeiro e escritórios em São Paulo, Sorocaba (SP), Canadá e Portugal; a agência prioriza cada vez mais a manutenção de seus valores durante esse crescimento. “Queremos continuar crescendo sem perder nossa essência. O cuidado com isso se torna mais fundamental”, concluiu Ana Clara. Entre os principais valores da empresa estão a transparência, autonomia, ambiente psicologicamente seguro e cuidado com a equipe. Até o fechamento desta edição, não conseguimos as considerações de Max Milhas e Egali Intercâmbio REDES HOTELEIRAS ACCOR Repetindo o topo do pódio conquistado na edição passada, a Accor atribui à sintonia entre as equipes o principal motivo para mais essa conquista. Uma tarefa que não é fácil, visto que são 11,2 mil funcionários espalhados pelas 340 unidades em todas as regiões do Brasil, o que a torna a maior em atividade no País, além de ser a campeã de vendas no ranking Abracorp. “Mais do que práticas, nós temos uma sintonia com a nossa equipe. Temos valores e culturas também, pois acreditamos que o mundo é mais acolhedor quando é conectado”, argumenta o viceFernando Viriato, vice-presidente sênior de Talento e Cultura Accor América do Sul


presidente sênior de Talento e Cultura Accor América do Sul, Fernando Viriato. Cuidado com a saúde e bem-estar e plano de carreira também são práticas consideradas fundamentais pelo executivo. “Durante a pandemia, a rede lançou um fundo de 70 milhões de euros para ajudar os colaboradores, por exemplo”, destacou. Vale lembrar que este é apenas mais um exemplo, pois o ranking diz respeito às práticas aplicadas no ano passado, portanto antes da pandemia. Segundo executivo, sob a gestão da rede Accor são 11,2 mil funcionários. “Nós também entendemos que criar a cultura de trabalhar feliz gera resultado, e esse resultado permite um investimento nos colaboradores. É um círculo virtuoso”, afirma Viriato. Além dessa premiação, a Accor também conquistou o segundo lugar do GPTW Latin America, divulgado no início de junho, e GPTW Mulher 2020, também na segunda posição. GJP Com mais de 1,5 mil colaboradores, a GJP estreia entre as melhores redes hoteleiras para se trabalhar, segundo o Great Place To Work 2020. Feliz, mas não surpreso, o CEO da GJP Hotels & Resorts, Fabio Godinho, diz que o reconhecimento é fruto de diversas atividades e pilares que sustentam a atuação e o dia a dia da empresa. Segundo ele, o combo formado

por um time preparado de liderança, processos simples e estruturados, meritocracia e uma comunicação transparente colocam a GJP e seus colaboradores em destaque. “Nós sempre trabalhamos pela satisfação de nossos hóspedes e colaboradores. Afinal, partimos do princípio de que não há cliente feliz sem a participação de um colaborador tão feliz quanto”, afirmou o executivo. “Na nossa indústria ter funcionários engajados é primordial. Entendemos que só atingiremos o sucesso se tivermos colaboradores motivados”, completou. Para isso, a GJP tem investido em canais de relacionamento, como por exemplo, os programas de trainee e de primeiro emprego e a Universidade Online GJP." Ainda de acordo com Godinho, três são os stakeholders que a GJP olha com muita atenção acionistas, clientes e funcionários. Um está interligado ao outro e todos precisam estar atendidos em suas necessidades. “Figurar no GPTW 2020 mostra que temos um ambiente socialmente responsável e que incentiva a diversidade e boa relação com sua base de colaboradores e parceiros. O mundo está se modernizando e os fornecedores estão de olho nas empresas que acompanham esse processo”, finalizou. ATLANTICA Com aproximadamente quatro mil co-

Fabio Godinho, CEO da GJP Hotels & Resorts

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Flavia Buiati, vicePresidente Pessoas, Financeiro e Jurídico da Atlantica Hotels

laboradores, a Atlantica Hotels ficou na quinta posição do Great Place To Work – GPTW 2020. A empresa foi classificada na categoria redes hoteleiras de grande porte. Entre as práticas que fizeram a rede figurar entre os cinco primeiros no ranking estão os treinamentos e capacitações, que visam melhorar o atendimento dos clientes. “Entendemos que o nosso grande diferencial é levar o nosso propósito, que é cuidar de cada um que confia na gente, a sério. Também não abrimos mão de uma política de portas abertas e de cultivar um ambiente de reconhecimento pela contribuição de cada um para o resultado alcançado”, diz a VP de Pessoas, Financeiro e Jurídico da Atlantica Hotels, Flavia Buiati. E a estratégia da rede é simples: fazer o colaborador sentir orgulho de pertencer à marca. “Desta forma ele também oferecerá mais dele à empresa e ao cliente. Um colaborador engajado se torna um embaixador da marca”, afirma a executiva. O fruto de estar na lista do GPTW, para Flavia Buiati, muda a relação com os stakeholders e com o trade. “Se os nossos próprios colaboradores nos reconhecem como um excelente lugar para se trabalhar, fica mais fácil de mostrar para o mercado o nosso valor e que o que fazemos aqui é de verdade. Dessa forma, a sinergia com os fornecedores tende também a ser fortalecida”, conclui. Até o fechamento desta edição, não conseguimos as considerações de Hilton e Aviva.

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HOTÉIS DE MÉDIO PORTE RENAISSANCE SÃO PAULO Um dos principais hotéis da capital paulista é também um dos melhores para trabalhar. Bom para os 278 funcionários, que conquistam a posição pelo segundo ano consecutivo, o que segundo a diretora de Recursos Humanos da Marriott Brasil, Karine Cassini, mostra que o caminho certo está sendo seguido."Cuide bem dos associados e eles cuidarão dos hóspedes que voltarão". A afirmação é de J.W. Marriott e Alice S. Marriott, os fundadores da rede, e endossada por Karine.

Karine Cassini, diretora de Recursos Humanos da Marriott Brasil


“Aqui no Renaissance São Paulo Hotel fazemos questão de seguir e dar continuidade a essa herança. Ter valores tão vivos dentro de nosso hotel nos torna quem somos, pois sabemos que passamos grande parte de nossas vidas no trabalho, e não queremos que este seja um trabalho convencional, queremos que seja a casa de nossos embaixadores, onde todos se sintam confortáveis e orgulhosos por trabalhar em uma empresa com uma cultura tão justa e viva”, afirma. Ela menciona valores que fazem não só o hotel paulistano, mas toda rede ser confortável e boa de se trabalhar. Inovação, integridade, excelência no serviço, responsabilidade social, direitos humanos e apoio às comunidades locais são alguns deles. “Uma das políticas mais fortes em nossa empresa é chamada de Política de Portas Abertas, o que assegura a liberdade e segurança em falar com qualquer diretor, gerente, supervisor ou equipe de Recursos Humanos. As portas estão sempre abertas (literalmente), e os gestores prontos para escutar e atender a qualquer solicitação”, conta a diretora. “É papel fundamental de todos os líderes que isso seja mantido cada dia mais vivo dentro da companhia. Essa política é uma das práticas que os embaixadores mais reconhecem como diferencial em relação às outras empresas. Aqui eles conseguem ter o diálogo aberto, que transmite segurança ainda maior no ambiente de trabalho, agregando valor em questões de ideias, sugestões e refletindo em melhorias no ambiente profissional.” Ela ainda menciona a Política de Garantia de Tratamento Justo. “Esta estabelece que cada embaixador, independentemente da posição que ocupa, seja tratado com respeito e de maneira justa, que suas preocupações sejam levadas em consideração de maneira plena e correta. A gerência tem o dever de priorizar as preocupações de cada embaixador

e agir apropriadamente. Essas políticas são aplicadas genuinamente dentro do Renaissance São Paulo Hotel gerando um ambiente de harmonia e parceria entre todos os associados. Este comportamento nos permite ser uma equipe, mais unida, mais motivada e mais comprometida.” Por fim, a diretora de Recursos Humanos garante que tais medidas se refletem direta e indiretamente nos resultados do hotel. “Trabalhamos com três metas que são reportadas mensalmente para o corporativo: Resultado Financeiro, Satisfação do Hóspede e Engajamento do Embaixador. Este último é o que chamamos de ES – Engagement Survey. Nessa pesquisa, os embaixadores compartilham sua opinião sobre o dia-a-dia no trabalho, carga horária, remuneração, relacionamento com a equipe, comunicação entre departamentos, infraestrutura oferecida para executar o seu trabalho, relacionamento com seu superior imediato, sua gerência sênior e gerência geral. Além de questões que abordam se o associado se sente reprimido, sofre algum tipo de preconceito, se considera a empresa justa em suas decisões, a recomendaria para outras pessoas trabalharem, entre outras.” HOTÉIS SESC/RS “Se o funcionário está satisfeito, o cliente também fica satisfeito”. A frase da gerente de RH do Sesc-RS, Elizabeth Carvalho, talvez seja a melhor para resumir o segundo lugar conquistado no ranking brasileiro do Great Place to Work, na categoria melhores hotéis de médio porte trabalhar no Brasil. Com 380 funcionários, os hotéis do Sesc estão presentes em Gramado, Torres e na capital Porto Alegre. Para a responsável pelo RH, uma das principais práticas que refletiram na presença do hotel na lista da GPTW é o conceito de protagonismo adotado. “Nós formamos colabores que são protagonistas de suas histórias”, afir-

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Elizabeth Carvalho, gerente de RH do Sesc/RS

ma Carvalho. “Todos os valores que praticamos para fora são exercitados internamente”, completou. Além das capacitações, realizadas periodicamente, o Sesc-RS também oferece aos colaboradores cursos em outras instituições, como o de idiomas. De acordo com a gerente de RH, estar presente nessa seleta lista é como ganhar um selo de qualidade. “Ser uma das melhores empresas do Great Place to Work é importante, o equivalente a ter um selo de qualidade”, destaca. BEST WESTERN PREMIER MACEIÓ Com 80 profissionais, o BW Premier Maceió acredita que a premiação se deve ao engajamento e à experiência da equipe. Tempo de casa é fundamental para entrosamento. “Quase todos estão no hotel há pelo menos oito anos. Isto faz com que as diretrizes e estratégias tenham consistência, assim como a busca pelo resultado ideal é constante. Eles então conseguem pensar no futuro, mas tendo o histórico bem construído como modelo”, aponta o diretor da unidade, Eduardo Tavares. “O reconhecimento GPTW que recebemos nos últimos anos reflete que nossa missão é complexa, mas atingível. O turnover em hotelaria é um ponto crítico e seu gerenciamento abrange também o estabelecimento da cultura empresarial dos novos integrantes. Treinamento e liderança pelo exemplo, nos moldes ‘faça o que eu faço’ devem ser sempre incentivados”, completa. Com funcionários engajados, o resultado é consequência. “A percepção de nosso hóspede se dá de forma natural. Eles vivenciam uma hospedagem memorável e depois se tornam nossos disseminadores, indicando e recomendando nosso hotel para amigos e familiares. É uma relação de ganha-ganha: se dá bem o colaborador, por estar em um ambiente melhor, se dá bem a empresa, pelos resultados serem melhores, e se dão bem os clientes e fornecedores por terem uma empresa que premia a excelência e a qualidade”, conclui o gestor. Até o fechamento desta edição não conseguimos as considerações de Gran Marquise e Sheraton Grand Rio.

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Eduardo Tavares, diretor do Best Western Premier Maceió


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MAIS CRITÉRIOS E DESTAQUES

O fato dela me proporcionar equilíbrio entre minha vida pessoal e profissional; a remuneração e benefícios oferecidos pela empresa; o fato de saber que só serei demitido em último caso; a oportunidade que tenho de crescer e me desenvolver; e o alinhamento dos meus valores com os valores da empresa são alguns dos itens consultados pelas GPTW com os funcionários, respondidos secretamente. Além das melhores empresas para se trabalhar, o estudo ainda destaca que: • 1/3 das empresas consultadas tem operações no Exterior, sendo bastante internacionalizadas, além de atuarem em vários Estados brasileiros. Assim, 2/3 das empresas oferecem bolsa de estudos para idiomas. • O ambiente das empresas premiadas é muito bom: a taxa de turnover voluntário foi de apenas 12% ao ano, sendo que o setor registra mais de 40% para esse indicador. • Em 93% das empresas da lista, há alguém na organização responsável por combater a discriminação e promover a diversidade, sendo de 83% o indicador na lista nacional. • A representatividade feminina nas lideranças é mais alta que a média do País, em qualquer setor. • As premiadas possuem, em média, 25 anos de existência. • Das 15 empresas figuradas nos três rankings, cinco têm operações no Exterior, totalizando 96 brasileiros que atuam fora do País. • Em média, as empresas premiadas possuem filiais em sete unidades federativas

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• As promoções realizadas no ano equivalem a 8% do total de funcionários. • 25% das empresas oferecem verba para funcionários utilizarem no programa de desenvolvimento que quiserem. • 40% das empresas oferecem universidade interna. • 67% das empresas oferecem bolsas de estudos para cursos de idiomas • 33% das empresas oferecem bolsas de estudos para cursos de graduação ou pós-graduação. • 60% das empresas oferecem programas de coaching e 67% de mentoring. • 15% das pessoas que compõem os quadros de funcionários das empresas premiadas têm direito à horário flexível. NÚMERO DOS FUNCIONÁRIOS, ADMISSÕES E DEMISSÕES • Esse grupo de empresas apresentou, em média, uma taxa de saída voluntária de 12%. • A rotatividade voluntária representou, no período, cerca de 37% do total de demissões. • 50% das pessoas que compõem os quadros de funcionários das empresas premiadas foram admitidas no último ano. • As empresas receberam, em média, 16.800 currículos no último ano. A PANROTAS É MÍDIA OFICIAL DO GPTW – MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR – HOTELARIA E TURISMO n


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