PANROTAS 1.434

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Edição nº 1.434 - Ano 28 | 5 a 11 de agosto | www.panrotas.com.br

R$ 11,00


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PANROTAS — 29 de julho a 4 de agosto de 2020


29 de julho a 4 de agosto de 2020 — PANROTAS

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

ÍNDICE

nº 1.434 | 5 a 11 de agosto de 2020 | www.panrotas.com.br

CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

Página 05 Editorial - Se vira nos 15

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa

REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)

EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Juliana Monaco, Victor Fernandes Fotógrafo: Emerson de Souza (São Paulo) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br)

Página 06 Check-in - Réveillon sem aglomerações, carnaval adiado e dados de usuários Hurb vazados

Página 14 Prime Time desvenda a nova realidade dos eventos

Página 18 Espaço Alagev - Como é uma TMC dos sonhos?

Página 22 3ª edição - 15 insights do TRVL LAB para a retomada do Turismo

Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

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Associações

Parceria Estratégica


Editorial

SE VIRA NOS 15

Outro dia um executivo da hotelaria, conversando com um de nossos jornalistas, perguntou, com um misto de desolação e cansaço: “você não acha que essa retomada (da economia, do Turismo) no Brasil está demorando demais?”. Ele comentava que conhecidos e amigos na Europa e nos Estados Unidos já mencionavam viagens a trabalho, aumento na ocupação de seus hotéis, uma volta à rotina, mesmo em um novo cenário, repleto de protocolos e cuidados. Realmente temos essa impressão sim. Mas ela é real? E se for real (ou seja, se de fato estamos demorando muito a sair do enrosco da pandemia), é porque somos cautelosos em excesso ou por causa das engrenagens políticas que desaceleram tudo em nosso Brasil? Já entramos no quinto mês de pandemia e crise e a cada semana empurramos a retomada mais à frente. Não teremos Fórmula 1, Réveillon, Carnaval, por conta dos cuidados com saúde. Realmente seria irresponsável aglomerar milhões de pessoas em qualquer evento. E adiar alguns desses eventos ou criar comemorações para depois da pandemia é mais que salutar nesse momento. Mas e o dia a dia? E os eventos pequenos? E as viagens a trabalho? E os passeios para destinos e atrações que já implantaram medidas de segurança? Esse novo Turismo não está pronto para ser retomado? Afinal, se a nova vacina for como a da gripe, vai requerer doses anuais e os mesmos cuidados (um tanto mais rigorosos) que temos quando não queremos ficar gripados. Por que então está demorando tanto uma campanha nacional de retomada? Ou a extensão dos programas de ajuda a empresas e profissionais? No caso da aviação, o programa sequer saiu do papel. E com relação às MPs comemoradas lá em abril ou maio, sua renovação é uma nova caminhada lenta e desgastante. Como se fosse um jogo político e não de so-

brevivência. Como se não houvesse urgência (aliás, a MP que regula reembolsos e cancelamentos já está aprovada pelo Legislativo e foi muito comemorada esta semana).. Responder com rapidez às crises leva à saída (da crise) com mais preparo e em menos tempo. Há assuntos que não podem ser polarizados, politizados e tratados com o desdém e a irresponsabilidade das redes sociais. Sobreviver, seja do ponto de vista de nossa saúde, seja financeiramente, não pode ser colocado na fila das votações lentas e negociadas. O brasileiro já está se virando nos 30 há muito tempo. Agora não há mais tempo, saúde, recursos... Não podemos demorar mais para olharmos para nós mesmos, independentemente de política ou credo. E sim como nação, como parte de um mesmo grupo que precisa sair dessa crise melhor e mais forte e não repetindo discursos como: o potencial do Brasil, a posição que a gente merece, a força econômica do País ou, a pior delas, mais uma oportunidade perdida por todos nós. Aplausos à criatividade de empresários do Turismo que têm se reinventado, lançado novos produtos, feito parcerias, cuidado da saúde de colaboradores e clientes, investido praticamente sem ter como e criado soluções para um novo Turismo. Aplausos também aos gestores e políticos que têm sido ágeis e ouvido os inúmeros setores pedindo socorro. Aplausos aos profissionais de saúde, aos cientistas, aos filantropos investindo na busca de uma cura, de um tratamento melhor. Agora, nessa Torre de Babel 4.0, poderíamos todos nós, incluindo os aplaudidos, falar uma só língua pela primeira vez em séculos? Claro que não, sabemos. Não somos tão ingênuos para acreditar na paz mundial ou no fim das fake news. Mas não custa fazer um esforço por mais união, mais diálogo e... agilidade. #SomosTodosTurismo n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in Mercado

foto: Riotur

Réveillon sem multidão e carnaval ameaçado

Após o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciar o cancelamento do réveillon deste ano na avenida Paulista, uma semana depois foi a vez do carnaval. Por conta da pandemia de covid-19, o carnaval das escolas de samba e os desfiles dos blocos de rua de 2021 foram oficialmente adiados pela Prefeitura de São Paulo. A nova data deverá ser definida em um acordo com as diretorias das agremiações, mas cogita-se a possibilidade de a festa ser realizada em maio. A etapa brasileira da Fórmula 1, realizada em São Paulo, também foi cancelada para 2020. São Paulo está na fase amarela de combate à covid-19, com o funcionamento liberado de acordo com os protocolos aprovados pela Prefeitura, para bares, restaurantes, hotéis, barbearias e salões de beleza. Já a Prefeitura do Rio informou que o tradicional réveillon da cidade, assim como o carnaval, “não é viável

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neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina”. A Riotur informou que “o réveillon não é um evento rígido e pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo três milhões de pessoas na Praia de Copacabana”. Nos próximos dias, a Riotur apresentará ao prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, em um modelo virtual, onde será possível atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas. Sobre o carnaval carioca, o presidente em exercício da Riotur, Fabrício Villa Flor de Carvalho, tem participado de reuniões virtuais com o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, para tratar do desfile

das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Atendendo pedido da Liesa, a Riotur não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. A empresa aguarda a próxima assembleia da Liga, que definirá o rumo dos desfiles, para anunciar novas medidas. Já para o carnaval de rua, a Riotur tem mantido conversas com o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp), órgão atuante na construção do evento e que participou da criação do protocolo que garantiu melhorias à folia. A Riotur afirma que o cenário se mantém inconclusivo e que ainda não há definição sobre o carnaval do próximo ano. “O carnaval é um feriado nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, sendo, portanto, uma discussão muito mais ampla, que inclui principalmente resultados de estudos científicos.”


Dados vazados

+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Embarque seguro no

aeroporto: tudo o que você precisa saber

João Ricardo Mendes, CEO da Hurb

2 Azul bate árabes e asiáticas

e é a melhor do mundo pelo TripAdvisor

3 Forma Turismo cancela

embarques em 2020 e adia viagens para 2021

4 Turismo lentamente volta a contratar; veja 25 vagas

5 95% das empresas já estão realizando eventos virtuais; baixe pesquisa

6 Cadastro do MTur já tem 31,6 mil agências de viagens e 14 mil hotéis

7 Qual o futuro dos eventos? Dados pessoais de usuários da OTA Hurb, antiga Hotel Urbano, vazaram e foram divulgados em fóruns on-line. A informação é do portal especializado CybleInc. Segundo o site, 20 milhões de usuários da OTA tiveram os dados vazados. Senhas, endereços IP, números de telefone, endereços de e-mail, nomes completos, datas de nascimento e perfis de redes sociais estão entre os dados de clientes Hurb vazados na "dark web" (a internet obscura, com servidores e sites praticamente inalcançáveis), como complementa o portal brasileiro Olhar Digital. A agência de viagens on-line confirma, lamenta o vazamento e o atribui a um "parceiro internacional". Segundo a Hurb, as vítimas são usuários registrados no banco de dados da empresa até fevereiro de 2019. A resposta ao Portal PANROTAS segue na íntegra: "A proteção dos dados dos nossos clientes é uma das principais prioridades do Hurb e é nosso compromisso adotar todas as medidas que permitam proporcionar uma experiência única, segura e transparente para nossos clientes. Infelizmente, tivemos conhecimento que um dos nossos parceiros internacionais com quem

trabalhamos sofreu um ataque cibernético, e por isso, alguns dados pessoais de usuários Hurb cadastrados até fevereiro de 2019 foram expostos indevidamente. É importante ressaltar que os sistemas do Hurb não foram comprometidos. Desde que tomamos ciência do ocorrido, estamos trabalhando incansavelmente para apurar exatamente qual é a extensão deste incidente. Todos os clientes impactados foram notificados sobre o referido incidente, bem como orientados a tomar medidas preventivas a fim de aumentar a privacidade e segurança de seus dados. Ademais, o Hurb disponibilizou aos seus clientes, além do atendimento via telefone ou chat 24 horas por dia, um canal exclusivo para questões relacionadas ao ocorrido através do e-mail dados@hurb.com. Por fim, ressaltamos que transparência é um dos nossos principais valores e reforçamos nosso compromisso em apurar todos os fatos e de sempre fazermos de tudo para proteger a segurança e privacidade dos nossos clientes. Seguimos com o nosso propósito de colocar pessoas em primeiro lugar. Qualquer dúvida, estamos à disposição."

PrimeTime responde HOJE na PANROTAS

8 Aeronautas da Latam Brasil

rejeitam proposta de acordo coletivo

9 Orinter mantém home-office em agosto e antecipa 13º salário

10 Câmara aprova MP sobre

cancelamentos no Turismo neste sábado (20)

Fonte: Portal PANROTAS

MENSAGEM AOS ATINGIDOS Em mensagem assinada pelo fundador e CEO da Hurb, João Ricardo Mendes, aos usuários atingidos pelo vazamento, a Hurb acrescenta: "Entre os dados que podem ter sido expostos estão apenas seu e-mail e UF (Estado) cadastrado. Não é preciso tomar qualquer ação em relação a sua conta, mas encorajamos nossos usuários a sempre adotarem as melhores práticas de segurança, como a criação de uma senha forte e única para cada site, ou seja, evite repetir a mesma senha em diferentes plataformas."

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Fronteiras aéreas reabertas Fechadas desde março devido à pandemia de covid-19, as fronteiras aéreas brasileiras estão reabertas para visitantes internacionais, de todas as nacionalidades. Fronteiras terrestres e aquaviárias seguem fechadas, exceto para venezuelanos, por pelo menos mais um mês. No entanto, um novo requisito é obrigatório. Em edição extra do Diário Oficial da União publicada em 29 de julho, fica de-

cretado que "o passageiro estrangeiro em viagem de visita ao País para estada de curta duração, de até 90 dias, deverá apresentar à empresa transportadora, antes do embarque, comprovante de aquisição de seguro saúde válido no Brasil e com cobertura para todo o período da viagem, sob pena de impedimento de entrada em território nacional pela autoridade migratória por provocação da autoridade sanitária."

Home-office e 13º adiantado A diretora geral da operadora Orinter Tour & Travel, Ana Maria Berto, comunicou a seus 107 colaboradores que todos continuarão em home-office em agosto. A empresa também anunciou a antecipação da primeira metade do 13º salário para todos os funcionários, como forma de minimizar as perdas de ganhos com a crise de covid-19. Nos últimos meses a operadora vem funcionando em home-office, com salários e jornada reduzidos (o que retorna ao normal em agosto), e já alcançou, em julho, 30% das vendas pré-pandemia. O modelo de home-office tem funcionado, inclusive com a

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realização de reuniões, treinamentos e até premiações on-line, e continua em agosto, para proteger os colaboradores em um momento em que os casos da doença ainda estão altos, e para manter os custos controlados nessa pré-retomada. “Estamos rodando muito bem nesse modelo de home-office e não queremos que nossos colaboradores se arrisquem saindo de casa. É uma proteção para todos nós e para os nossos familiares. Estamos aprendendo muito nessa quarentena e o cuidado com nossa equipe com certeza está melhorando a cada dia”, afirmou Ana Maria Berto.

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Ana Maria Berto


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TripAdvisor premia brasileiros

O TripAdvisor Travelers’ Choice Award 2020, premiação da TripAdvisor, anunciou seus vencedores contando com empresas e destinos brasileiros, como a Azul Linhas Aéreas, o hotel Valle D’incanto Midscale Hotel, em Gramado; e a praia Baía do Sancho, em Fernando de Noronha. O prêmio é baseado na experiência dos usuários em 2019, por meio de reviews no TripAdvisor. AVIAÇÃO A Azul Linhas Aéreas foi eleita a Melhor Companhia Aérea do Mundo pela premiação da TripAdvisor. Essa é a primeira vez que uma companhia de bandeira nacional conquista essa posição. Desde 2018, a aérea vem figurando entre as Top 10 companhias do mundo e alcança agora um feito inédito para a aviação brasileira. Além do prêmio principal, a empresa também foi reconhecida em outras categorias, como a Melhor Classe Econômica do Mundo e Melhor Companhia Aérea low cost da América Latina. “Esse prêmio só demonstra a verdadeira paixão e dedicação com que trabalhamos todos os dias para alcançar nossa missão de oferecer a melhor experiência de viagem aos nossos clientes”, disse o presidente da Azul, John Rodgerson. 10

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A Azul venceu empresas como a Singapore Airlines (segunda colocada), Korean Air (terceira) e Japan Airlines (quarta), companhias que são referência em serviço aéreo no mundo. Completam o Top 10 a inglesa Jet2. com, a Air New Zealand, a Eva Air, de Taiwan, a Virgin Atlantic, a Qatar e a Emirates. A Chief Comercial Officer do Tripadvisor, Kanika Soni, destacou a importância do prêmio. "Os vencedores do Traveler's Choice Awards 2020 devem se orgulhar muito desse grande reconhecimento. Embora tenha sido um ano desafiador para o segmento de viagens e hospitalidade, queremos celebrar as conquistas de nossos parceiros”, afirmou a executiva. A Azul também recebeu o prêmio de Melhor Companhia da América Latina. A Aerolineas Argentinas ficou como a principal grande empresa da América Latina deste ano. Na categoria das companhias regionais, a lista contemplou a Copa Airlines, Maya Island Air e a Tropic Air Belize. Em relação ao conforto dos passageiros, a Copa Airlines levou o primeiro lugar. Na Europa, a Jet2.com foi eleita a Melhor Companhia e a Melhor Companhia low cost. Na lista das principais companhias da Europa estão Virgin Atlantic e KLM, que ainda levou como

a melhor no quesito conforto dos passageiros. A AEGEAN Airlines, Air Dolomiti e Atlantic Airways foram as três principais na categoria regional. Na América do Norte, a Southwest Airlines foi apontada a melhor companhia aérea da região pelo Tripadvisor Traveler’s Choice Awards 2020. Delta Air Lines e Alaska Airlines foram escolhidas como as principais aéreas da região. Na categoria de Melhor Companhia low cost, a Southwest Airlines ficou em primeiro lugar no ranking, seguida pela JetBlue, que ainda foi eleita como a melhor companhia quando o assunto é o conforto dos passageiros. Air North e JSX figuraram na lista das duas melhores aéreas regionais. Já a Hawaiian Airlines ficou com o prêmio na categoria Melhore Companhia de Médio Porte. Na Ásia, a Singapore Airlines, segunda colocada no ranking mundial, ficou em primeiro lugar na categoria Melhor Companhia Aérea da Ásia, além de ter figurar também entre as principais aéreas do continente, juntamente com All Nippon Airways, Asiana Airlines, China Airlines, entre outras. A empresa Citilink foi a preferida no quesito low cost e a Thai Airways foi a escolhida como a principal companhia regional.


HOTÉIS O Valle D’incanto Midscale Hotel, de Gramado (RS), ficou em sétimo lugar no ranking dos melhores hotéis do Tripadvisor Traveler's Choice Award 2020. O Viroth’s Hotel (Camboja), Hanoi La Siesta Hotel & Spa (Vietnã), Tulemar Bungalows & Villas (Porto Rico) foram os três primeiros. Confira abaixo a lista completa dos hotéis e resorts: 1. Viroth’s Hotel (Camboka) 2. Hanoi La Siesta Hotel & Spa (Vietnã) 3. Tulemar Bungalows & Villas (Porto Rico) 4. Quintas Jardins do Lago (Portugal) 5. The Omnia (Suíça) 6. The Upper House (China) 7. Valle D’incanto Midscale Hotel (Gramado, Brasil) 8. Grand Vellas los Cabos (México) 9. Constance Prince Mauricio (Ilhas Maurício) 10. Raffles Dubai (Emirados Árabes) 11. Jaya House River Park (Camboja) 12. La Siesta Hoi An Resort & Spa (Vietnã) 13. Lawton & Lariston Court Hotel (Reino Unido) 14. Baros Maldives (Ilhas Maldivas) 15. The Suits at Hotel Mulia Senayan (Indonésia) 16. JM Marvel Hotel & Spa (Vietnã) 17. Chandys Windy Woods (Índia) 18. Ikos Dassia (Grécia) 19. Sani Dunes (Grécia) 20. Max Royal Kemer Resort (Turquia) 21. Nayara Gardens Relais & Chateaux (Costa Rica) 22. Waldorf Astoria Los Cabos Pedregal (México) 23. Royal Savoy Hotel & Villas (Egito) 24. French Quarter Inn (Estados Unidos) 25. Lux Belle Mare (Ilhas Maurício) PRAIAS A praia de Baía do Sancho, localizada em Fernando de Noronha, foi eleita a melhor pelo Tripadvisor Travelers’ Choice Award 2020. Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo (RJ), foi a segunda atração nacional a figurar na lista. As duas praias também estiveram no ranking do ano passado. Confira a lista completa das melhores praias: 1. Baía do Sancho (Fernando de Noronha, Brasil) 2. Grace Bay Beach (Turks and Caicos) 3. Playa Paraiso (Cuba) 4. Spiaggiadei Conigli (Sicília) 5. Prainhas do Pontal do Atalaia (Rio de Janeiro, Brasil) 6. Seven Mile Beach (Ilhas Cayman) 7. Eagle Beach (Aruba)

8. Flamenco Beach (Porto Rico) 9. Varadero Beach (Cuba) 10. Kleftiko Beach (Grécia) 11. Siesta Beach (Estados Unidos) 12. Radhanagar Beach (Ilhas Andamã e Nicobar) 13. Luskentyre (Escócia) 14. Playa de Ses Illetes (Ilhas Baleares) 15. La Concha Beach (Espanha) 16. St. Pete Beach (Estados Unidos) 17. Playa Norte (Isla Mujeres, México) 18. Maho Bay Beach (Ilhas Virgens) 19. Bavaro Beach (República Dominicana) 20. Woolacombe Beach (Reino Unido) 21. Elafonisse Beach (Grécia) 22. Whitehaven Beach (Austrália) 23. Cala Mariolu (Itália) 24. Balos Lagoon (Grécia) 25. Black Sand Beach (Islândia) DESTINOS Já a lista dos melhores destinos do Tripadvisor Travelers' Choice Award 2020 não contou com brasileiros. No ranking dos 25 melhores destinos do mundo, as três primeiras posições foram ocupadas por destinos europeus: Londres, Paris e Creta. A lista contempla ainda três destinos das Américas: República Dominicana, Cuba e Nova York. Confira abaixo a lista completa dos melhores destinos: 1. Londres - Reino Unido 2. Paris - França 3. Creta - Grécia 4. Bali - Indonésia 5. Roma - Itália 6. Phuket - Tailândia 7. Sicília - Itália 8. Maiorca - Ilhas Baleares da Espanha 9. Barcelona - Espanha 10. Istambul - Turquia 11. Goa - Índia 12. Dubai - Emirados Árabes 13. República Dominicana 14. Bangkok - Tailândia 15. Hanói - Vietnã 16. Praga - República Checa 17. Hoi An - Vietnã 18. Rhodes - Ilhas Dodecanesas da Grécia 19. Cuba 20. Siem Reap - Camboja 21. Marrakech - Marrocos 22. Lisboa - Portugal 23. Tóquio - Japão 24. Kyoto - Japão 25. Nova York - Estados Unidos 5 a 11 de agosto de 2020 — PANROTAS

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Destinos

Retomada no Sudeste Artur Luiz Andrade, Adriana Homem de Carvalho, Dorval Uliana, Vinicius Lummertz e Marina Simião

O Check Point desta semana fez uma escala na região Sudeste para descobrir como está a retomada do setor em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, acredita que a retomada no Estado será vigorosa. "Temos muitas opções para olhar daqui para frente e acredito que, em dois ou três anos, poderemos estar ainda melhores se investirmos no Turismo neste momento. Precisamos pensar em mudanças", disse o secretário. Para isso, de acordo com ele, é preciso olhar com atenção para alguns quesitos, dentre os quais estão a segurança jurídica, que favorecerá essa retomada. "Acredito também que podemos investir bastante no Turismo rodoviário, uma vez que temos algumas das melhores rodovias do País", afirmou. Lummertz também falou sobre os eventos cancelados em São Paulo, como o Carnaval e o Réveillon. Na visão do secretário, existe a possibilidade de serem realizados mesmo fora de época. "Nós entendemos que alguns eventos, como o próprio Carnaval, podem ser postergados", disse. "O Réveillon,

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por exemplo, pode ser transformado no réveillon para comemorar a vida, em um momento no qual a pandemia já tenha sido superada", continuou. Além do Carnaval e Réveillon, outros eventos importantes que a cidade sedia todo ano também foram cancelados. A Fórmula 1 cancelou todos os GPs nas Américas, o que inclui Canadá, Estados Unidos, México e Brasil. A Marcha para Jesus, que tinha data inicial para ser realizada no dia 13 de junho, e a Parada LGBTQI+, prevista para 14 de junho, também foram canceladas. "O impacto para o setor foi muito grande, já que esse mercado representa 42% dos negócios de eventos de todo o Brasil", afirmou o secretário. Já no Rio de Janeiro, a secretária interina Adriana Homem de Carvalho, afirmou que o Réveillon da capital fluminense deste ano deverá ser descentralizado. "Ele vai acontecer, mas de forma descentralizada", disse. "Nós temos uma preocupação em relação aos eventos que possuem uma grande quantidade de pessoas, não apenas pelo evento em si, como também pela infraestrutura que existe por trás de cada um deles", completou.

A prefeitura do Rio havia informado, no último dia 25, que a festa não seria viável no atual cenário, sem a existência de uma vacina. Por sua vez, a Riotur informou que “o réveillon não é um evento rígido e pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo três milhões de pessoas na Praia de Copacabana”. Adriana afirmou que a notícia de que o réveillon poderia não acontecer gerou um grande impacto. "Por isso, nós estamos ainda discutindo as propostas sobre a descentralização da festa e a ideia é que ela aconteça espalhada pela cidade", destacou. MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO A subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Marina Simião, afirmou que o mercado precisa absorver a tecnologia, mesmo em um momento pós-pandemia. Para ela, é evidente a necessidade de incorporar esses benefícios no dia a dia do Turismo. "A tecnologia deverá ser utilizada a favor da propagação do Turismo, como nos segmentos de hotelaria, na área dos guias de Turismo", afirmou. Já no Espírito Santo, o trabalho é pautado simultaneamente pelo otimismo e prudência. Ainda sem uma definição sobre os grandes eventos no Estado, como o réveillon, o secretário Dorval Uliana afirmou que a missão é construir protocolos de segurança, que terão o objetivo de nortear a retomada. "Com os protocolos será possível ter uma previsibilidade de quando os eventos, por exemplo, poderão ser retomados", afirmou. Enquanto isso, o foco do governo é trabalhar com obras de melhorias em alguns pontos turísticos do Estado, como a orla de Vitória. O Check Point é realizado pela PANROTAS em parceria com a Imaginadora e a R1.


Mice duramente atingido

+Lidas da semana PANCORP 1 Embarque seguro no

aeroporto: tudo o que você precisa saber

2 Azul bate árabes e asiáticas

e é a melhor do mundo pelo TripAdvisor

3 95% das empresas já estão realizando eventos virtuais; baixe pesquisa

4 Qual o futuro dos eventos?

PrimeTime responde HOJE na PANROTAS

5 De avião à Europa: a

retomada de grandes companhias aéreas

6 British Airways retornará ao Brasil em 2 de agosto

O segmento Mice, um dos primeiros a ser atingido pela pandemia do novo coronavírus, pode ser um dos últimos a retornar totalmente, à medida que as viagens corporativas internacionais deverão cair 35,3% em 2020, de acordo com dados da GlobalData. Companhias de todos os setores buscarão maneiras de reduzir custos nos próximos anos, enquanto se recuperam do impacto econômico causado pela crise de covid-19. As viagens a negócios acabam sendo uma despesa e, com o surgimento de softwares de videoconferência, muitas delas perceberão que esse gasto contínuo pode ser desnecessário. “Os eventos agora estão ocorrendo de forma on-line, sem a necessidade de empresas que operam no setor de Turismo. Essa é uma tendência preocupante para todas as indústrias envolvidas em viagens. Quanto mais restrições e diretrizes durarem em Mice, enquanto outras economias nacionais se recuperam, mais empresas, participantes e organizadores de eventos podem começar a se acostumar a hospedar e participar de eventos virtuais”,

diz o analista de Viagens e Turismo da GlobalData, Ralph Hollister. De acordo com Hollister, assim como o potencial das viagens Mice possa ser visto como uma despesa financeira desnecessária, os próprios viajantes corporativos podem não estar interessados em realizar as viagens frequentes que estavam acostumados a fazer no pré-pandemia. O perigo contínuo de contrair o vírus em um evento ou reunião, combinado com o fato de que, agora, os mesmos objetivos podem ser alcançados no conforto de sua própria casa, significa que a demanda no setor provavelmente cairá. “Embora seja provável que a demanda de Turismo para reuniões e conferências nunca se recupere totalmente, as exposições e feiras comerciais, por outro lado, são muito mais eficazes quando ocorrem pessoalmente, devido às motivações dos participantes em relação ao networking e à experimentação de produtos e serviços. No entanto, devido à aglomeração que esse tipo de evento causa, não está claro quando será seguro começar a realizá-los novamente”, finaliza. n

7 PrimeTour lança site especial dedicado a eventos e incentivos

8 Eventos digitais precisam de agência para fazer gestão

9 Maringá Turismo celebra aniversário com nova plataforma virtual

10 Iberia retorna ao Brasil a partir de 3 de setembro

Fonte: PANCORP

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Mercado

Beatrice Teizen

DESVENDANDO A NOVA REALIDADE DOS EVENTOS

PrimeTime, moderada por Artur Luiz Andrade (PANROTAS), contou com a participação de Marcos Gouvêa de Souza (Ecossistema Gouvêa), Alexandre Castro (PrimeTour), Amanda Lahmann (Biolab), Marina Gouvêa de Souza (PrimeTime) e Roberta Nonis (Evento Único)

Qual o futuro dos eventos e das viagens de incentivo? Como os gestores estão se preparando para a retomada e como estão atuando neste momento de pandemia? A terceira edição da série de lives PrimeTime, parceria da PANROTAS com a PrimeTour, trouxe a discussão sobre o tema, uma pesquisa inédita com profissionais de empresas contratantes de eventos e viagens de incentivo, uma perspectiva do setor e o que é necessário para realizar um encontro virtual bem-sucedido. Com apoio da R1 e do WTC São Paulo, o debate on-line contou com a participação da fundadora e CEO da PrimeTour, Marina Gouvêa de Souza, do sócio da PrimeTour e CEO do Ecossistema Gouvêa, Marcos Gouvêa de Souza, do diretor de Eventos da PrimeTour, Alexandre Castro, da CEO da Evento Único, Roberta Nonis, e da gerente de Comunicação Corporativa e Eventos da Biolab, Amanda Lahmann. O CEO da R1, Raffaele Cecere, também participou, mostrando o backstage do estúdio onde são realizadas as lives. PESQUISA Por meio dos dados obtidos no levantamento, que foi realizado pela PrimeTour em conjunto com a Evento Único, é possível

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ter uma visão 360° do futuro dos eventos, além de entender a importância do mercado Mice para a economia do Brasil e também mundial. Com o impacto em cascata que o setor sofreu, é preciso dar foco para o quanto a indústria movimenta e, assim, garantir a retomada. PRINCIPAIS RESULTADOS Conduzida com gestores de companhias de diferentes setores – sendo a maioria (38%) do farmacêutico –, a pesquisa revelou que 45% dos respondentes possuíam, antes da pandemia, um valor no budget para 2020 destinado a eventos acima dos R$ 5 milhões. Destes encontros, 77% eram voltados para clientes, como lançamentos de produtos ou serviços, relacionamento e promocionais, 75% convenções, 75% mini meetings, 75% treinamentos e 66% reuniões internas. Eventos nacionais presenciais, pré-coronavírus, predominaram no estudo, com 90% dos entrevistados realizando neste formato. Apenas 11% organizavam de forma híbrida, realidade totalmente diferente hoje. O mesmo vale para os internacionais: 93% eram presenciais e 15% híbridos. “Por que a maioria realizava eventos presenciais? Porque sempre deu certo. Todos esses recursos tecnológicos já existiam, mas era o encontro face to face que dava certo. Nós, brasileiros, somos um povo que

gosta de estar junto, mas, agora, com essa realidade que é global, tivemos que repensar tudo”, afirma a CEO da Evento Único, Roberta Nonis. Dos participantes do estudo, 95% já estão realizando eventos digitais ou híbridos como alternativa. No entanto, 77% deles possuem um domínio parcial sobre essa modalidade e 11% responderam não dominar. É aí que está uma enorme oportunidade para a cadeia e agências se especializarem para levar conhecimento e soluções completas aos seus clientes, assumindo um papel de consultoria. Com a nova realidade do home office e de diversas atividades podendo ser realizadas de maneira virtual, 59% dos profissionais concordam que as mini meetings poderão migrar definitivamente para o ambiente digital, assim como as reuniões internas. Treinamentos, para 56% dos respondentes, também. Já convenções têm uma pequena chance, com somente 9% acreditando que serão realizadas de forma on-line. Perguntados sobre a volta da realização dos eventos nacionais presenciais, 42% acreditam que será a partir do primeiro trimestre de 2021. Para 17%, apenas quando houver a vacina, 17% ainda não sabem, 4% disseram a partir de agosto deste ano, 2% sugerem a partir de setembro e, 2%, no quarto trimestre de 2020.

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BRASIL, DESTINO DE INCENTIVOS? As experiências, como eventos e viagens de incentivo, foram fortemente impactadas pela pandemia do novo coronavírus, e serão completamente transformadas, com o futuro do segmento Mice bastante diferente do atual. Oferecidas como uma espécie de premiação aos colaboradores de uma empresa, as viagens de incentivo são ricas em experiências e vivências únicas. São, na maioria das vezes, realizadas para fora do País, com o intuito de apresentar novas culturas, mas, diante da covid-19, este hábito pode mudar, já que os deslocamentos serão retomados primeiramente de forma nacional, trazendo uma valorização para os destinos do Brasil. “A pandemia está nos trazendo a possibilidade de investir no País, que oferece opções maravilhosas, e de conhecer melhor as nossas regiões. Privatizar o Cristo Redentor e fazer um café da manhã ao nascer do sol ou observar o arco-íris de prata nas Cataratas do Iguaçu, com o parque fechado só para o grupo, por exemplo, são algumas das ideias. Dá para fazer muita coisa. Chegou a vez do Brasil, porque é onde podemos viajar”, afirma a fundadora e CEO da PrimeTour, Marina Gouvêa de Souza. SUSTENTABILIDADE Para Marina, a pandemia está criando uma conscientização muito maior de todas as pessoas em relação ao mundo em que vivemos. A covid-19 e a reclusão estão mostrando como a natureza se renova rapidamente, com a necessidade de um foco maior na sustentabilidade sendo ainda mais desenvolvida. “As viagens de incentivo são um presente para o corpo, alma e cultura. Trabalhamos muito com incentivos de conhecimento, onde levamos os colaboradores a adquirirem conteúdo, além de experiências. Agora estamos com um olhar mais voltado ao planeta. Por isso, conseguir alinhar essa vivência única ao objetivo de sustentabilidade é o caminho”, pontua. PESQUISA De acordo com a pesquisa, 40% dos profissionais do setor realizam viagens de incentivo como forma de premiação, 13% como motivacional e 11% oferecem experiências com conteúdo técnico e educacional. Dos participantes do levantamento, 36% responderam que não realizam viagens de incentivo nacionais – mas isso poderá mudar, agora com a nova realidade. Para 18%, elas 16

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podem voltar a partir do primeiro trimestre de 2021 e 15% acreditam que isso só acontecerá quando houver a vacina. Sobre incentivos realizados no Exterior, 18% dos gestores concordam que eles serão retomados somente quando a vacinação for disponibilizada. Já 15% acham que farão a partir do segundo trimestre do ano que vem e, 11%, no primeiro trimestre de 2021 EVENTO DIGITAL E A GESTÃO POR TRÁS Os eventos digitais e híbridos já são uma realidade para 95% das empresas de diferentes segmentos como alternativa às restrições de aglomeração. No entanto, 90% dos profissionais do setor possuem um domínio parcial ou até mesmo nenhum conhecimento sobre esses formatos. É neste sentido que ter o apoio de uma agência como gestora do encontro on-line é essencial para o resultado satisfatório e bem-sucedido. Eventos virtuais possuem particularidades e características que precisam de atenção especial. Utilizar somente ferramentas de reuniões – como Zoom, Teams e Google Meet – não é suficiente para entregar todas as experiências que um encontro precisa oferecer ao seu participante e para criar o engajamento necessário. Por isso ter por trás uma empresa especializada trazendo consultoria e soluções tecnológicas faz a diferença. “Quando pensamos em evento digital, achamos que é muito simples e que tudo funcionará perfeitamente. Realizei um encontro on-line recentemente, sem ter uma assessoria envolvida, e foi uma grande oportunidade para aprender que, também no virtual, é de extrema importância contar com uma agência para nos assessorar em todo o planejamento e organização. É importante ter um parceiro capacitado para nos ajudar, que cuide e nos assessore como cliente para que tudo dê certo”, conta a gerente de Comunicação Corporativa e Eventos da Biolab, Amanda Lahmann. POSSIBILIDADES Com estes tipos de eventos como única opção em tempos de distanciamento social, diversas possibilidades, ferramentas e soluções estão surgindo. O Latam Retail Show, por exemplo, do Ecossistema Gouvêa, reúne 16 mil pessoas e seria realizado em agosto, mas teve de ser completamente repensado. “Eventos são feitos de conteúdo, experiência, surpresa e relacionamento e este último elemento acaba se perdendo um pouco nos


encontros virtuais e lives, já que o lado positivo de se encontrar presencialmente, interagir e discutir negócios não é possível. Por isso, estamos trabalhando em uma solução que permita esse tipo de troca de informações e contatos”, explica o diretor-geral e fundador do Ecossistema Gouvêa e sócio da PrimeTour, Marcos Gouvêa de Souza. A Omni Interação permitirá que os participantes dos mais de 12 países que terão o evento transmitido interajam entre si, troquem cartões, compartilhem experiências e ativem negócios. O objetivo é entregar benefícios dos eventos presenciais em uma outra alternativa, trazendo para o ambiente virtual o relacionamento e networking, que são partes fundamentais dos encontros face to face. “Os eventos não vão acabar, eles mudam de formatos e se adaptam, principalmente com todas as tecnologias existentes. Quando houver a vacina, haverá uma demanda reprimida, por isso é bom se planejar com bastante antecedência. Agora, vamos trabalhar com o que temos, dá para fazer muita coisa legal. Temos de olhar para frente, para tudo que é possível”, opina Marina Gouvêa de Souza.

Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral e fundador do Ecossistema Gouvêa e sócio da PrimeTour

EVENTOS NA PRIMETOUR SITE DEDICADO A PrimeTour também acaba de lançar seu site especial dedicado a eventos e viagens de incentivo – com ênfase nas opções no Brasil. Com a realidade do setor completamente transformada e as empresas buscando possibilidades, a agência de viagens passa a oferecer soluções para eventos híbridos e virtuais. “Na PrimeTour estamos trabalhando em quatro pilares: a transmissão, a gestão, a logística e a experiência. Desde março, estamos nos aprofundando no estudo, entendendo a complexidade dos eventos híbridos e passando por um processo educacional de consultoria que nós, como agência, temos de prestar para os nossos clientes”, explica o diretor de Eventos da empresa, Alexandre Castro. Diante deste cenário, a agência lançou uma ferramenta de gerenciamento de eventos, o novo site para eventos, hotsite, aplicativo, White label, além de ter avançado com a implementação de uma plataforma para encontros digitais em par-

ceria com a Inteegra e R1. Em plena evolução digital, a empresa conta ainda com sistemas em nuvem, conformidade com a LGDP e opções de gamificação. ICs Lançado em 2018, o Programa de ICs (Consultores Independentes, em inglês) da PrimeTour vem ganhado uma relevância ainda maior em meio à crise atual. Com ele, outras agências de viagens e eventos podem receber expertise e suporte, além de condições especiais com fornecedores e programas de fidelidade. “Nosso departamento de consultores independentes pode realizar viagens e eventos com a nossa estrutura. Nesse momento, se você trabalha conosco como consultor, nós disponibilizamos tudo que estamos aprendendo, além de parceria e tecnologia para realizar os eventos dos seus clientes também”, finaliza a fundadora e CEO da PrimeTour. Saiba mais em www.primetoureventos.com.br. n

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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

de 2020 www.alagev.org | Edição 39 33 – 31 26 de dejulho fevereiro de 2020 Parte integrante da Revista PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

Giovana Jannuzzelli, da Alagev

EM BUSCA DA TMC IDEAL Afinal, o que é uma TMC “dos sonhos”? Quais as características e que critérios elas precisam atender para chegar o mais próximo possível do modelo que seus clientes esperam? É possível trabalhar em conjunto e alcançar a parceria ideal? Com esse objetivo em mente, a GVRS (Gestores de Viagens Corporativas do Rio Grande do Sul), agora uma comunidade global da Alagev, criou um material informativo, por meio de brainstorm em encontro on-line, com 13 dicas para a agência se tornar a TMC desejada pelos gestores e compradores de viagens e 18

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eventos corporativos. “O papel da TMC tem de ser atualizado conforme a demanda existente do mercado. Mas o perfil deve ser sempre de escuta, de ouvir o cliente. As agências de viagens corporativas têm um papel bem sensível na indústria, por serem centralizadoras de uma série e serviços prestados por terceiros. Por isso, a triangulação entre cliente, TMC e fornecedor tem de ser muito alinhada. É essencial entender todas as pontas, conhecer profundamente quem está atendendo e ter um papel de consultoria mais preventiva do que reativa”, diz a gerente executiva

da Alagev, Jannuzzelli, que já esteve também do lado de agência por oito anos. Estar conectada com o cliente e sempre disposta a empregar uma metodologia ágil, principalmente em tempos tão dinâmicos como os atuais, com a pandemia do novo coronavírus, é importante. Entender qual é a demanda, fazer a entrega e testar para ver se dá certo também. Antecipar as necessidades e já propor soluções adiantam o trabalho para ambos os lados. “A TMC precisa conhecer a empresa, entender as necessidades, caracterís-


ticas e setor em que seu cliente atua e fazer um trabalho específico, não pode ser genérico. Por isso também ter um gestor de viagens é importante, pois ele conhece a companhia em que trabalha. Temos de ser transparentes com a agência, entregar os números de mercado. É uma parceria muito forte entre gestão e agência fornecedora”, explica a assessora executiva do vice-presidente financeiro da AGCO Corporation, Cristiane Manetti. AS 13 DICAS Em uma reunião virtual da GVRS, os gestores discutiram o papel da TMC e como ela é parte fundamental do sucesso da gestão de viagens. Como um fornecedor essencial, a agência precisa estar por dentro do universo do cliente. Diante disso, levantaram diversas dicas que uma agência de viagens corporativas deveria seguir para ser considerada perfeita. Finalizaram, então, em 13 recomendações. “Ao montar essa ideia, de dar esse presente para as TMCs, não elencamos as dicas em ordem de importância ou relevância. São todas igualmente essenciais. O nosso sucesso, o bom funcionamento da gestão, depende da agência, então por que não criar um documento que trouxesse resultado para os dois?”, exemplifica Cristiane. Funcionando mais ou menos como um quebra-cabeça – se faltar uma peça, no caso, uma dica, não será mais a TMC dos sonhos –, o material traz sugestões correlacionadas para resultar no melhor cenário possível. “Quando falamos das dicas, queríamos sempre encontrar em todos os fornecedores essas 13 qualidades. Mas, se a agência tiver uma, três ou cinco delas, já será muito bom. Como gestor, temos sempre a oportunidade de, junto com o parceiro, construir e desenvolver esse cenário dos sonhos. A parceria é imprescindível, um complementa o outro”, afirma a analista de Viagens e Eventos do Agibank, Emanuelle Pasa. Com a crise de covid-19, gerenciar um deslocamento a negócios e cuidar da segurança e bem-estar dos viajantes corporativos tornou-se um desafio maior ainda. Companhias aéreas cancelando voos, hotéis fechando e, agora, reabrindo, alguns países permitindo a entrada de brasileiros e outros não, além das diversas medidas que os colabora-

13 DICAS 1. Ajuda na gestão de bilhetes não voados 2.Transparência 1: pagamento por serviço e não por comissão de fornecedores 3.Transparência 2: foco no fornecedor preferencial do cliente 4.Sair do operacional e focar no estratégico 5.Trazer novidades 6.Cumprir acordos do contrato 7.Client review 1: analisar e revisar antes de ser enviado 8.Client review 2: olhar para o futuro 9.Client preview 1: mais estratégia e consultoria, menos informações sem relevância 10.Client preview 2: benchmark com empresas do mesmo perfil 11.Ajudar a entender e gerenciar 12.Personalização: conhecer bem os viajantes da empresa cliente 13.Tecnologia aliada à gestão: BI e IA para prever comportamentos futuros dos viajantes Fonte: GVRS e Alagev

dores precisarão seguir nessa nova realidade. O que fazer com os bilhetes não voados? Como saber lidar com os problemas e necessidades específicos da empresa cliente? Quais contratos hoteleiros estão valendo, neste cenário de pandemia com propriedades de portas fechadas? Tanto para este momento quanto para o futuro, o material com as 13 dicas serve para tornar este processo mais fácil. E O FUTURO DO GESTOR? O surgimento de diversos protocolos, as mudanças repentinas de um dia para o outro, o receio, a instabilidade... São vá-

rios os fatores que implicam diretamente no futuro deste profissional e em seu papel dentro da empresa. Agora, mais do que nunca, o gestor precisa lidar com cada obstáculo que surgir a sua frente. “Um dos principais desafios que enfrentamos atualmente são as incertezas, está muito difícil visualizar como será daqui para frente. Será bem desafiador fazer um planejamento realista para 2021 sem dados precisos. Um ponto relevante também é como fazer para manter os viajantes informados sobre as medidas e práticas adotadas? Como entregar as informações necessárias e coerentes no momento apropriado?”, 5 a 11 de agosto de 2020 — PANROTAS

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questiona o analista administrativo da Gerdau, Mauricio Ugioni. O travel manager tem, de fato, uma poEVENTOS VIAGENS sição importanteE na companhia,CORPORATIVAS mas, ainda hoje, em muitos casos não é deviMANTENEDORES ALAGEVMuitas vezes é visdamente valorizado. to como o responsável por apenas emitir passagens e reservar hotéis. Este é o momento para o profissional de viagens mostrar ainda mais seu papel estratégico e fundamental na corporação. “O gestor está se tornando cada vez mais tático e atuante nas definições, não sendo mais associado ao papel operacional, principalmente porque cada vez mais os próprios colaboradores têm autonomia para reservar suas viagens. Precisamos ter paciência e a principal reflexão, que é que as viagens e os eventos vão voltar. Percebemos uma acelerada no desenvolvimento tecnológico em vários sentidos, mas algumas formas de fazer negócio e de se relacionar não mudarão”, pontua Emanuelle. APROXIMAÇÃO COM A ALAGEV Há cerca de dois anos o grupo GVRS – que já existia há algum tempo – passou a fazer parte da Alagev como uma das comunidades globais, a partir do projeto de expansão da entidade para outros Estados do Brasil. Com isso, mais conteúdo é levado para os gestores da região Sul, que acabam também tendo mais contato com a rede de fornecedores, parceiros e colegas de São Paulo, onde a maioria das coisas acontece. “Como comunidade e vindo às reuniões globais (que agora estão sendo feitas virtualmente), eles passam a fazer benchmarking e aumentar a rede de networking. Percebemos também que, por meio da proximidade com gestores da capital paulista e fornecedores locais, eles recebem mais reconhecimento, levando todas as informações de volta para suas empresas no Sul. Para nós, como Alagev, é uma satisfação ver um grupo de quase 30 corporações tão engajado e dedicado com o nosso setor”, diz Giovana. Para o GVRS, a percepção é a mesma. Ser parceiro da associação traz não somente divulgação para o trabalho feito pelos gestores de lá, mas também mais conhecimento, seja por meio do canal aberto com as outras comunidades, como de hotelaria, aéreas e eventos, ou por terem uma inserção no movimento e 20

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Mauricio Ugioni, da Gerdau

www.alagev.org | Edição 33 – 26 de fevereiro de 2020 Parte integrante da Revista PANROTAS

Emanuelle Pasa, do Agibank

Cristiane Manetti, da AGCO Corporation

mercado de São Paulo. “O envolvimento com a Alagev é muito positivo para nós. Gera muito crescimento, networking, desenvolvimento e a oportunidade de conhecer coisas que tínhamos um acesso um pouco dificultado por conta da distância. A parceria veio para somar dentro do nosso grupo”, finaliza a analista de Viagens do Agibank.n


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3ª edição de pesquisa Artur Luiz Andrade

CONFIANÇA E OPORTUNIDADES 15 INSIGHTS DO TRVL LAB PARA A RETOMADA DO TURISMO

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A terceira edição do PULSO TURISMO E COVID-19, pesquisa do TRVL LAB que mede e analisa o impacto da pandemia na indústria de Viagens e Turismo, está sendo lançada em primeira mão pela Revista PANROTAS e traz o comportamento do consumidor de viagens e do empresário do setor nesse período pré-retomada dos negócios. Foram ouvidos, no começo de julho, 419 viajantes e 300 empresas de Turismo (85% delas agências de viagens). Nessa terceira pesquisa foram incluídas novas perguntas (como sobre os canais de compra das viagens pelos passageiros), mas a base principal permanece a mesma, para que possamos ter uma comparação entre março (mês da primeira pesquisa), maio (quando fizemos a segunda) e agora julho, mostrando a evolução do viajante e do empresário. “Acreditamos que o diagnóstico está bem completo e queremos a partir de agora focar em soluções e caminhos para a retomada do setor”, explica Carolina Sass de Haro, da MAPIE, parceira da PANROTAS na criação do TRVL LAB. “Já estamos preparando novos materiais com ênfase em ações e estratégias de retomada e com essa terceira edição do PULSO TURISMO E COVID-19, fechamos o quadro inicial de mapear como a pandemia afetou os negócios do Turismo e as viagens dos consumidores. São dados importantes que vão embasar todas as ações de retomada e mudança de rumo nos próximos meses”, acrescenta José Guilherme Alcorta, CEO da PANROTAS. A pesquisa completa pode ser baixada gratuitamente em www.trvl.com.br. Nela, você tem todos os gráficos, incluindo comparações das três edições, além da análise detalhada e de conclusões com sugestões, que é o diferencial do TRVL LAB. “Termos a comparação desses três momentos e esses comentários analíticos fazem a diferença na tomada de decisão”, afirma Carolina Sass de Haro. Carolina e José Guilherme, ao lado de Francisco Neto, da Aviva, e de Rafael Peccin, do Grupo Casa Hotéis, do Rio Grande do Sul, estarão na próxima terça-feira, 4 de agosto, às 11h30, em uma live no Portal e Facebook PANROTAS, debatendo e analisando os dados da terceira pesquisa PULSO TURISMO E COVID-19, do TRVL LAB. E a seguir, separamos 15 highlights desse terceiro estudo que o TRVL LAB está oferecendo ao mercado, com ênfase nas oportunidades para os players do Turismo nesse momento de pré-retomada das viagens e dos negócios.


1 – CONSUMIDOR JÁ SE DECIDIU Dos viajantes que foram impactados pela covid-19 com cancelamentos de seus planos de viagem, a maioria já tomou ações em relação a quando viajar: mais de 50% adiaram as viagens e a maioria dos que adiaram (33%) o fez para 2021. Ainda há 25,6% esperando o que fazer, mas obviamente a escolha

também deve recair sobre 2021. E 24% já cancelaram e pediram reembolso, mas atenção: isso não quer dizer que eles não mais viajarão. Um contato constante com esse consumidor que já foi reembolsado ou está esperando essa devolução é fundamental para que os planos de viagem sejam refeitos.

25,60%

Teve alguma viagem planejada/comprada que foi impactada?

63,30% SIM 36,70% NÃO

Ainda aguardando para entender os próximos desdobramentos

16,91% para o segundo semestre 2020

AGUARDAR Qual foi a solução encontrada?

ALTERAR

CANCELAR

22,71% total com reembolso

33,33%

para 2021 e além

1,45% total sem reembolso

2 – BRASILEIRO QUER VIAJAR Mas precisa de confiança para isso. Os índices de quem garante que irá viajar este ano estão baixos, mas o desejo de viajar continua alto: 65% dos consumidores continuam ativamente de olho em oportunidades de pacotes, preços, promoções... Outros 17% estão neutros (ou seja, não repudiam a ideia). E apenas 17% não estão preocupados com isso. Quanto a receber ações promocionais e propostas de empresas nesse período, 35% consideram de alguma forma inadequado, mas outros 35% não. E 30% estão neutros. Os que não querem receber promoções de forma alguma eram 28% em março e agora menos de 15%.

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3 – POLARIZAÇÃO Como vemos no item anterior, há uma polarização de opiniões que se reflete na intenção de viajar. O que tem acontecido também com outros temas ligados à pandemia (da ida à academia à volta dos restaurantes e até em relação ao uso de máscaras). Portanto, é preciso que o profissional de Viagens entenda o tempo de seu cliente. É aquela velha regra que sempre repetimos: converse com o passageiro, ouça suas necessidades, anseios, dúvidas e medos e estabeleça a melhor comunicação com ele em relação às próximas viagens. Se seu cliente tem

na mente que só vai viajar depois da vacina, não adianta apresentar bilhete para Miami a US$ 200. Se ele quer garantias de segurança, converse sobre protocolos e mostre o que as empresas e destinos estão fazendo. Se ele precisa viajar, é outro enfoque. O mesmo vale para eventos: não adianta o governo liberar a realização dos encontros se 65% dos respondentes da pesquisa dizem que não participariam de um evento este ano. Ou seja, nada de mandar mala direta promocional para todo mundo aleatoriamente.

4 – FOQUE NO TOPO DA PIRÂMIDE A pesquisa mais uma vez mostrou que os orçamentos estão reduzidos após a pandemia (37% afirmaram que terão menos verba para viajar). Mas não para a parcela da população que ganha

mais de R$ 12 mil. No recorte por renda, esses viajantes estão com quantidade igual ou até maior de dinheiro para viajar. A parcela mais afetada foi a que ganha entre R$ 3 mil e R$ 8 mil.

SOBRE O ORÇAMENTO DE VIAGENS Meu orçamento de viagens permanece igual

31,12%

24,38%

37,92% dos respondentes teve o orçamento de viagens reduzido. Para 37,61% ele permanece igual. Para 21,41% este orçamento não existe mais e para 3,06% ele aumentou. O gráfico abaixo demonstra a variação por faixas de renda familiar mensal.

18,60%

14,47%

11,42%

Meu orçamento de viagens foi reduzido

12,75%

14,82%

20,95%

22,77%

28,72%

Meu orçamento de viagens não existe mais

8,43%

16,03%

18,89%

30,35%

26,30%

Meu orçamento de viagens aumentou

21,88%

Acima de R$20.000 De R$12.000 a R$20.000 De R$8.000 a R$11.999 De R$3.000 a R$7.999 Pre ro não revelar minha renda

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41,59%

32,67%

3,86%


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5 – O NORDESTE CONTINUA EM ALTA

Pelo menos na intenção de viagens. Portanto, continue informando seu passageiro sobre as reaberturas das cidades e as opções de roteiros pelo Nordeste. Praias regionais e cidades a 200 quilômetros da origem dos consumidores também estão em evidência, como nas demais pesquisas.

6 – A REABERTURA FAZ A DIFERENÇA A Europa passou a Serra Gaúcha e a América do Sul na intenção de viagens dos consumidores. Isso porque a pesquisa foi feita bem no momento em que vários países europeus estavam reabrindo suas fronteiras, mesmo ainda com restrições a brasileiros. A Serra Gaúcha pode ter sido afetada também por conta de ter aberto cedo demais e depois ter fechado as atrações por um período. Isso afeta a imagem do destino. Já o Rio de Janeiro caiu de 9% para 4,5% entre a primeira e a terceira pesquisa, o que mostra que há ruído de comunicação em relação à reabertura do destino.

7 – MEDO DE VIAJAR X MEDO DA EXPERIÊNCIA O medo de viajar diminuiu em relação às pesquisas anteriores, mas o passageiro revela apreensão em relação à experiência. Será que ela vai ser tão boa quanto antes da pandemia? Mostre ao cliente que há opções de viagem segura no ambiente pós-pandemia, com protocolos, medidas de saúde tomadas por destinos e empresas... O viajante disse em nossa pesquisa que confia pouco nos prestadores de serviço de Viagens e Turismo, mas quando perguntamos aos que já viajaram na pandemia, eles mostram que aprovam os protocolos. Ou seja, informação é fundamental para trazer de volta a confiança. E há novos 26

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produtos e adaptações para o período pré-vacina. Mostrar o que um hotel, empresa aérea, aeroporto, receptivo ou destino está fazendo pela segurança de todos é fundamental. Nesta terceira edição, foram incluídas perguntas sobre viagens realizadas desde março de 2020. A grande maioria dos respondentes (74,62%) ainda não realizou nenhuma viagem desde o início da pandemia no Brasil. O grau de satisfação entre os que viajaram foi elevado, com média 4 de 5. A percepção de segurança foi de 3,8 de 5. A experiência de viajar causou algum tipo de desconforto para 28,91% dos viajantes.


8 – APOSTA NO NACIONAL E NA ÚLTIMA HORA

As empresa já mostram sinais tímidos de retomada, com a maioria com negócios que representam 10% dos valores pré-pandemia, mas confirmam que os clientes buscam destinos nacionais, escapadas e reservas de última hora. Então, facilite essa busca e essas reservas. Quem procura uma agência de viagens hoje ou quer algo rápido e imediato, ou conversar para 2021. Mais uma vez: entenda o timing do cliente e tenha as opções que ele deseja.

SOBRE COMO DEVE SER A RETOMADA A flexibilização da política comercial é fundamental neste momento 1

Selo ou certificação sanitária em companhias aéreas e meios de hospedagem são importantes para transmitir confiança aos clientes

O segmento de eventos retornará gradualmente somente a partir de 2021

O turismo de lazer será principalmente regional e rodoviário nos próximos meses

Viajantes terão apetite para retomar as viagens nacionais mesmo com as novas regras de conduta 2

Os preços praticados devem ser similares aos preços pré-pandemia

O turismo corporativo está retornando gradualmente e de forma moderada a partir da flexibilização da quarentena

Viajantes terão apetite para retomar as viagens internacionais mesmo com as novas regras de conduta 3

A malha aérea brasileira retornará ao normal até o final de 2020

1 Alteração sem custos, cancelamento ajustado, forma de pagamento etc 2 Uso de máscaras, espaços restritos, distanciamento social, ausência de buffets etc 3 Passaporte de imunidade, uso de máscaras, distanciamento social etc

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9 – NOVO NORMAL O viajante quer aderir aos protocolos de segurança. Mas alguns procedimentos novos encontram resistência. Os pontos que encontram mais questionamentos por parte dos viajantes são a não arrumação diária do apartamento nos hotéis e a ausência de monitoria para

crianças sem a presença dos pais. Na maioria dos hotéis, esses serviços podem ser pedidos pelos hóspedes, pois não estão mais sendo feitos automaticamente. É bom saber como cada empreendimento tem tratado esses temas.

10 – SAÚDE FÍSICA E MENTAL Perguntamos aos viajantes sobre os sentimentos: 57,80% afirmaram estar ansiosos/preocupados com a situação sanitária do País, 49,24% com a situação econômica e 48,62% com a situação política. E 33,03% afirmaram que há dias em que se sentem ansiosos e/ ou tristes e 35,17% refletiram sobre suas prioridades na vida. As viagens precisam ter propósitos alinhados com esses sentimentos. Bem estar, solidariedade, saúde, relaxamento, desestressar, conexão com a natureza, espiritualidade podem ser itens de uma viagem que façam o consumidor estar mais propenso a sair novamente de casa.

11 – O QUE FAZER ATÉ 2021? A expectativa de normalização dos negócios para os empresários do setor está mais pessimista, sendo que nesta terceira edição a maioria apontou que ela acontecerá no segundo semestre de 2021, diminuindo significativamente, em relação às pesquisas anteriores, a confiança em 2020 e moderadamente para o primeiro semestre de 2021.

É o momento de repensar o negócio e isso inclui fazer parcerias (até com concorrentes que complementem o seu business), vender produtos novos (aluguel mensal de carro, hospedagem alternativa, cursos on-line, serviços agregados à viagem, novos nichos, novos destinos) e se qualificar para o novo momento pós-crise (você sabe organizar e vender eventos on-line, por exemplo?).

12 – SUAS AÇÕES ESTÃO SENDO MONITORADAS

Viajantes seguem de olho nos acontecimentos e nas empresas de Turismo, com 51,68% afirmando que pretendem deixar de comprar de marcas que não tratem seus clientes e colaboradores de forma adequada durante a pandemia, apresentando leve queda comparado à segunda edição e retornando aos indicadores da primeira. 52,29% avaliam que as marcas que estimulam seus clientes a ficar em casa são responsáveis, apresentando pequena variação em relação ao mês de maio (54,86%). A percepção de que as marcas estão se posicionando 28

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de forma humana teve um leve aumento, passando de 25,39% para 27,83%, mas ainda abaixo da primeira edição com 33,56%. Na mesma linha de aumento moderado, 33,03% afirmaram ter a percepção de que as marcas estão preocupadas com os clientes (antes 28,53%) e com os colaboradores (32,11%). Portanto, atenção a sua comunicação com clientes e colaboradores, seu posicionamento nas redes sociais e as medidas tomadas durante a pandemia, que devem estar alinhadas com seu negócio e com o perfil do seu público.


13 – CLIENTE É MULTICANAL Na pergunta sobre os canais utilizados nos últimos 12 meses para comprar viagens, era possível marcar todas as opções utilizadas, somando, portanto, mais que 100%. Os canais diretos tiveram 66,06%, enquanto os indiretos somaram 71,87%, demonstrando que há diferenças de comportamento de acordo com a viagem e/ou com o fornecedor específico (pode comprar o aéreo em um lugar e o terrestre em outro, por exemplo). O consumidor é multicanal. Não há dúvida disso e vence quem conseguir passar mais confiança, facilidades e benefícios. Segmentando, 48,93% dos respondentes afirmaram terem comprado viagens diretamente do site do fornecedor nos últimos 12 meses; 34,25% compraram de agências on-line; 27,22% de uma

agência ou operadora de viagens; 10,40% de um profissional independente; 9,79% via e-mail ou telefone diretamente do fornecedor e 7,34% em uma loja física. Quanto à satisfação com a compra destes canais, podendo avaliar de 1 a 10, sendo 10, completamente satisfeito, a nota média foi de 7,4, sendo que o canal mais satisfatório foi o direto, seguido por agências e operadoras. Quando perguntados sobre onde pretendem comprar a próxima viagem, 43,43% optaram pela compra direta dos fornecedores, 23,24% em uma agência on-line, 20,18% em uma agência ou operadora, 6,42% de um profissional independente e apenas 2,14% em lojas físicas.

SOBRE OS CANAIS PARA COMPRA DE VIAGENS: ÚLTIMOS 12 MESES Site de fornecedores (companhias aéreas, hotéis etc)

Agência de viagens online (ex.: Decolar, Booking, Expedia etc)

Agência ou operadora de viagens

Profissional independente que trabalha com viagens (freelancer, consultor, conhecido etc)

Outros canais diretos

Comprei diretamente, em lojas físicas dos fornecedores (balcão do aeroporto, recepção do hotel etc)

5 a 11 de agosto de 2020 — PANROTAS

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14 – CONTINUE INSPIRANDO SEUS CLIENTES A pesquisa do TRVL LAB conclui que as empresas de Turismo precisam fortalecer o vínculo com os clientes, por meio de ações de relacionamento e inspirando viagens futuras, já que viajar continua sendo parte da

lista de desejos de muitos brasileiros. Com protocolos, com vacinas e com novos hábitos, as viagens vão voltar e a relação de confiança com o profissional de Turismo será fundamental no pós-pandemia.

15 – MANTENHA-SE BEM INFORMADO

76% das empresas respondentes disseram que a principal fonte de informação são os sites B2B, como o Portal PANROTAS. A opção assumiu a liderança na preferência pela primeira vez. A dica é: fique de olhos e ouvidos abertos para as informações que trazemos em lives, notícias, pesquisas, entrevistas, vídeos e em nossas redes sociais. Fazemos uma curadoria das principais notícias e as espalhamos por todos os nossos canais (como no Telegram, onde enviamos uma análise diária dos fatos), para que você não perca o que é relevante. Se perder uma de nossas

lives, elas ficarão para consulta posterior na nossa seção de vídeos ou no nosso canal no Youtube. Se perder uma notícia na semana, ela poderá fazer parte de uma reportagem mais aprofundada na Revista PANROTAS. Está sem tempo para assistir ou ler algo longo? Faremos um resumo para você. Com informações e análises como a das pesquisas do TRVL LAB queremos continuar ajudando o setor de Viagens e Turismo na recuperação pós-pandemia e na transformação em uma indústria melhor. #SomosTodosTurismo.

COMO SE INFORMA

Sites de notícias do trade são os canais preferidos para se manter informado sobre a crise, seguido por sites de notícias gerais, das redes sociais e da TV aberta.

NÃO PERCA

Terça-feira, 4 de agosto, 11h30, nossa live para debater e analisar os resultados da pesquisa PULSO TURISMO E COVID-19 3ª EDIÇÃO. No Portal e Facebook PANROTAS PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020 30

Baixe gratuitamente a pesquisa completa PULSO TURISMO E COVID-19 3ª EDIÇÃO em www.trvl.com.br.


27 de maio a 2 de junho de 2020 — PANROTAS

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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020


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