Edição nº 1.456 - Ano 28 | 3 a 9 de fevereiro | www.panrotas.com.br
Vacina, vacina e vacina. A imunização é a única perspectiva para a indústria de Viagens e Turismo voltar aos níveis pré-pandemia. Porém, até lá ainda há um caminho a ser percorrido, como mostram estudos e especialistas nessa edição especial.
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PANROTAS — 3 a 9 de fevereiro de 2021
3 a 9 de fevereiro de 2021 — PANROTAS
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ÍNDICE nº 1.456 | 3 a 9 de fevereiro de 2021 | www.panrotas.com.br
Página 05 Editorial - Sonhos de verão
Página 06 Check-in – Os destaques da semana no Portal PANROTAS
Página 10 Euromonitor – Pesquisa aponta 10 tendências globais de consumo; PANROTAS analisa o Turismo
Página 18 Turismo do Brasil – Entidades e associações avaliam 2021 como mais um ano de desafio
Página 23 TRVL LAB – 2020 derrubou tendências. E agora?
Página 26 Artigo – Jeanine Pires mostra eixos e palavra para reconstruir o Turismo no Brasil
Página 28 TripAdvisor e Phocuswright – O caminho da retomada no cenário global
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta GESTÃO
José Guilherme Condomí Alcorta
TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa
EDITORIAL
Artur Luiz Andrade Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code ao lado. Media Partner
Associações
Parceria Estratégica
Editorial
SONHOS DE VERÃO Era para estarmos eufóricos e exaustos de tanto mar, tanto sol, tantos planos para o verão e o carnaval. Era para estarmos voltando das férias, planejando o ano para os eventos, as temporadas, as viagens a trabalho e a lazer. Era para estarmos esquiando ou participando da Fitur, em Madri. Era para estarmos reclamando da rotina e de como o ano que mal começou está avançando depressa. Mas aí tivemos de parar e nos reinventar. Respirar por máscaras. Abraçar por vídeo. Trabalhar em casa. E então veio a vacina, em uma velocidade surpreendente, se pensarmos que a pandemia tem menos de um ano. Era para estarmos planejando a retomada, juntando os cacos, sonhando outra vez e com mais certezas que angústias. Era para estarmos confiantes no planejamento do ano, fazendo reservas para os eventos dos quais sentimos falta e queremos participar novamente. Era para estarmos em obras. O que vemos, no entanto, é um cenário esperado, mas que não dói menos por isso. Fronteiras que abriram há menos de um mês fechando novamente. Países com números de covid-19 maiores que no começo da pandemia. Estados brasileiros desmoronando. Falta oxigênio no País. E vacinas. Uma vez mais olhamos, com esperança, para um mar de incertezas. A vacina está aí, uma hora vai chegar a todos, mas como perguntaram algumas entidades do setor de eventos nas redes sociais: até quando? Nossos sonhos estão transferidos para o segundo semestre, com alguns dias de céu azul no primeiro. É preciso rapidez, assertividade, decisão... Só a vacina vai ligar tudo novamente e não importa se vai ser tudo diferente ou tudo igual, se há um novo consumidor ou apenas um consumidor adaptado. Queremos uma vez mais fazer parte do todo e ter a liberdade de percorrê-lo e explorá-lo novamente. Que teorias se confirmarão? Pouco importa. Queremos voltar a ter sonhos e pesadelos à noite e, ao acordarmos, vermos que está tudo bem.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Check-in
As notícias da semana
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 - Portugal suspende voos do Brasil de 29/1 a 14/2 2 - Brasil proíbe entrada de turistas por via terrestre e voos de 3 países 3 - Biden oficializa restrições à entrada de viajantes do Brasil e Europa 4 - Claiton Armelin se despede da CVC Corp Toque na imagem e leia a notícia completa
30 anos de American Airlines Após três décadas dedicadas à American Airlines no Brasil, Dilson Verçosa Jr. se aposentou e deixou a empresa, onde ocupava o cargo de diretor de Operações de Vendas da companhia aérea na América Central e do Sul.
5 - Viajantes terão de fazer quarentena ao chegar nos Estados Unidos 6 - CVC Corp tem 60 vagas de emprego em São Paulo, ABC e RS 7 - Startup de viagens corporativas Onfly ganha aporte de R$ 2 milhões 8 - Latam diz que saída da Amadeus não é para estimular venda direta 9 - Turquia suspende voos com origem no Brasil 10 - Colômbia suspende voos do Brasil por 30 dias Fonte: Portal PANROTAS
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36 anos de Turismo Claiton Armelin deu adeus à CVC pela segunda vez e as manifestações nas redes sociais mostram o quanto é grande o legado do executivo no setor. Ele sugere que pretende seguir no Turismo. Qual será o destino do homem do megafone? Leia notícia de sua saída Toque nos links ao lado e leia as notícias completas
Leia algumas homenagens a ele prestadas
Fronteiras fechadas, voos cancelados Na última semana, uma série de países fechou fronteiras aéreas com o Brasil devido à nova variante do coronavírus descoberta no País. Clique para saber sobre a Colômbia Clique para saber sobre Portugal Clique para saber sobre Turquia Clique para saber sobre Aruba Clique para saber sobre Emirados Árabes (Emirates) Toque nos links ao lado e leia as notícias completas
Clique para saber sobre Peru Clique para saber sobre St. Maarten
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Fórum PANROTAS em agosto A 18ª edição do Fórum PANROTAS tem uma nova data: 24 e 25 de agosto de 2021, na FecomecioSP, na capital paulista.
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+Lidas da semana PANCORP 1 - Biden oficializa restrições à entrada de viajantes do Brasil e Europa 2 - Viajantes terão de fazer quarentena ao chegar nos Estados Unidos 3 - Startup de viagens corporativas Onfly ganha aporte de R$ 2 milhões 4 - Latam diz que saída da Amadeus não é para estimular venda direta
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Latam e Amadeus Um dos assuntos que mais estão afligindo os agentes de viagens da América Latina é a saída da Latam do GDS Amadeus. Todos preocupados e só falando de pandemia, mas se trata de uma medida de grande impacto, haja a vista a forte posição do Amadeus na região. Segundo a Latam, o objetivo não é aumentar a venda direta e os agentes de viagens seguirão sendo atendidos via NDC, Sabre, Travelport e Central Latam.
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5 - Turkish mantém voos no Brasil; entenda restrições da Turquia 6 - Latam suspende voos entre Brasil e Portugal 7 - WTTC convida para webinar sobre futuro das experiências em viagens 8 - Israel fecha aeroporto Ben Gurion e suspende voos de passageiros 9 - Sheraton São Paulo passa a realizar exames para covid-19 10 - WTM Latin America muda de data mais uma vez; será em agosto Fonte: Portal PANROTAS
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Estudo Euromonitor Artur Luiz Andrade
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Foto: Euromonitor/Tendências de Consumo 2021
A empresa de pesquisa de mercado global Euromonitor International apresenta em seu relatório “10 Principais Tendências Globais de Consumo 2021” como será o comportamento dos clientes este ano, marcado por ser o da retomada da economia, graças à chegada da vacina e a um maior controle da pandemia, que ainda continuará a nos acompanhar pelos próximos meses. Segundo a empresa, a pandemia de covid-19 criou, influenciou ou acelerou cada tendência. Entre o desejo de voltar à normalidade e as restrições que levam a novas formas de consumir (inclusive as viagens), o consumidor está preocupado, atento e mais conectado que nunca. “O ano de 2021 será importante”, diz Alison Angus, head de Lifestyles da Euromonitor International. “A adaptação de estratégias a estas tendências emergentes de consumo capacitará as empresas a enfrentarem e a superarem as adversidades inesperadas”. Na introdução do relatório, a Euromonitor destaca que queremos fazer um mundo melhor, por nós e pela humanidade, e queremos novas maneiras de ter uma vida conveniente e segura, indoor e ao ar livre. Estamos mais conscientes e mais abalados, mais atentos e mais estressados. Resiliência e a adaptabilidade são, segundo a Euromonitor, as forças que comandam as tendências de consumo em 2021. Os consumidores não desistiram. Mas mudaram para sempre.
!"#$%&'(&)*+,#'%# )-&,./-#%/#0"0! RECONSTRUIR MELHOR Este ano, os consumidores esperam encontrar iniciativas orientadas por propósitos que apoiem o tripé da sustentabilidade - pessoas, planeta e lucros. Quase 70% dos profissionais esperam que os consumidores se preocupem mais com a sustentabilidade do que antes da covid-19. E o papel das empresas é ajudar a reconstruir o mundo e não serem apenas focadas no lucro. A preocupação social que foi predominante durante a pandemia não deve, de acordo com a Euromonitor, substituir a busca por sustentabilidade (um pouco deixada de lado na crise, com mais uso de plástico, por exemplo). As duas preocupações conviverão de mãos dadas. Sustentabilidade (considerada crítica para o sucesso de empresas), apoio aos colaboradores e menor uso de plástico no curto e médio prazos são as prioridades do consumidor em relação ao que as empresas devem fazer (e estão fazendo). Apenas 50% dos respondentes da pesquisa da Euromonitor identificam que trabalham em uma empresa com propósito. Análise PANROTAS para o Turismo: as viagens com propósito estarão em alta, mas também a atenção dos consumidores a como as empresas agem em relação ao planeta, às comunidades dos destinos turísticos, aos colaboradores e às causas sociais. Inclusão, sustentabilidade ambiental, cooperação, diversidade são algumas das novas bandeiras que as empresas
Foto: Euromonitor/Tendências de Consumo 2021
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de Turismo precisam abraçar de uma vez. Quem pensar apenas no lucro e nos acionistas estará fora do ménu dos novos consumidores.
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DESEJO POR CONVENIÊNCIA Nada de estresse, processos complexos e deslocamentos cheios de etapas e burocracia. O consumidor agora quer a comodidade de locomoção, ocasiões impulsivas e espontâneas e simplicidades da vida pré-pandêmica.
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Foto: Euromonitor/Tendências de Consumo 2021
A compra digital precisa ter facilidades da compra presencial (entrar na loja, pegar o produto e sair em minutos) e dar ao consumidor o poder de escolher como se estivesse em um shopping (inclusive na hora da troca do produto). O processo não pode ser travado, cheio de cliques e com poucas opções. Os consumidores mais velhos ainda preferem a interação humana. Comprar on-line com a ajuda de um consultor, em vídeo, pode ajudar a quebrar a barreira para alguns. Análise PANROTAS para o Turismo: se for complicado, envolver muita interação e etapas que não cessam, melhor ficar em casa ou viajar para
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perto. Uma ótima oportunidade para a curadoria das agências de viagens. No pré-viagem o consumidor tem tudo reunido em um só lugar, com o planejamento para a escolha das melhores opções e com dicas para aproveitar o destino de forma simples e objetiva. Sem estresse, mas com propósito e valor agregado.
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OÁSIS AO AR LIVRE Reconectar-se com a natureza e buscar locais ao ar livre para o lazer e para socialização segura é uma tendência forte e que vai impactar em cheio a prateleira de viagens. Essa tranquilidade rural e o contato com a natureza po-
dem até ser transportados para empreendimentos e espaços dentro das cidades. Para quem não pode viajar e quer uma experiência revigorante perto de casa, ou para quem quer consumi-la com frequência. Capitais com praias e grandes áreas verdes saem na frente, mas precisam criar experiências seguras ao ar livre para esse consumidor que quer comer, relaxar ou socializar, mas em espaços abertos, perto da natureza. Análise PANROTAS para o Turismo: a natureza no centro das viagens, mas com atenção a questões como sustentabilidade, impacto na comunidade e contribuição à preservação.
Nada de overtourism. Nada de meia hora em cada atração. Para se reconectar o visitante precisa de tempo, espaço e respeito ao local onde está, se possível colaborando para sua preservação e desenvolvimento. Longe ou perto de casa, os locais de natureza e com amplos espaços abertos estão na lista dos consumidores. Incluindo hospedagem, passeios e gastronomia.
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BRINCANDO COM O TEMPO O consumidor espera ganhar nova flexibilidade, programando atividades em uma ordem não convencional para atender às demandas individuais de tempo. Os clientes estão sendo forçados a serem criativos para aproveitar seu tempo ao máximo (por
Foto: Euromonitor/Tendências de Consumo 2021
REALIDADE FIGITAL (FÍSICO E DIGITAL COLIDEM) Os clientes querem usar ferramentas digitais para ficarem conectados em casa e para facilitar procedimentos mais seguros nos estabelecimentos tradicionais. A realidade figital permite a experiência híbrida de estar em casa, mas usufruir do mundo real, ou estar no mundo real, mas com tecnologia que ajude na segurança, isolamento, serviços touchless e prevenção de interações. Análise PANROTAS para o Turismo: o setor precisa atender esse cliente que está distante, isolado e conectado. Tudo tem que ser resolvido de forma rápida, segura e digital, levando o mundo real à casa do cliente. Use e abuse de ferramentas para se comunicar com esse cliente e mostrar as oportunidades e opções para sua viagem. E quando for interagir pessoalmente, garanta a segurança por meio de protocolos e processos sem toques.
exemplo, em casa, dar conta do trabalho, dos afazeres domésticos, do lazer, dos filhos, da família, dos pets). As empresas precisam ajudá-los nessa missão, aumentando a flexibilidade e a conveniência. Análise PANROTAS para o Turismo: as viagens tendem a derrubar e rasgar rótulos. Corporativo se mistura com lazer, com viagem em família, com estudo, com crescimento pessoal, com visita a parentes, com formação técnica. Tudo isso no mesmo hotel, casa de aluguel ou hospedagem alternativa. E com regras flexíveis e transparentes para
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remarcações, cancelamentos, adiamentos e extensão da viagem. Diga sim ao consumidor disruptivo. Mas esteja preparado. As empresas precisam entender como o cliente agora está lidando com seu tempo e como pode ajudá-lo durante a viagem a fazer tudo o que necessita: do trabalho às aulas dos filhos, por exemplo. Já as empresas contratantes precisam entender esse novo trabalhador/viajante e criar novas formas de trabalhar à distância. Essa tendência também abre espaço para serviços 24 horas.
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INQUIETOS E REBELDES Depois dos desencontros de notícias e informações sobre a pandemia, o cidadão de 2021 passa a desconfiar das grandes redes sociais, da mídia e dos governos, desafiando a desinformação e colocando suas necessidades em primeiro lugar. Em 2020, 29% dos consumidores globais estavam ativamente envolvidos em questões políticas e sociais. As empresas podem ajudar dando voz ao novo consumidor, sendo mais assertivos e transparentes no marketing e nas redes sociais, e criar meios para falar de forma personalizada com grupos e indivíduos. As teorias da conspiração, geralmente chegando aos consumidores via WhatsApp e demais redes sociais, precisam de um contraponto forte e sério, pois até em questões fundamentais, como o uso de máscara na pandemia, essas mentiras on-line afetam o comportamento de consumidores que não sabem o que é verdade ou fake news. Pesquisa apontada pela Euromonitor mostra que entre os que acreditam nessas teorias da conspiração, 62% aderiram à máscara na pandemia; entre os que não acreditam nessas teorias, a adesão foi de 95%. Apenas 17% dos americanos dizem confiar nos governos; índice que cai para 5% no Chile. Muitas empresas suspenderam campanhas em redes 14
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sociais como o Facebook, por causa da falta de controle das fake news. Análise PANROTAS para o Turismo: um alerta para o Turismo – esteja mais engajado, desconfiado, crítico. O governo deve servir a nação e não ser bajulado por ela. A transparência de processos e no acesso a informações é fundamental. O consumidor está ressabiado, dividido e mais agressivo. Dar tapinha nas costas de políticos não é mais algo visto com bons olhos. A parceria público-privada deve ser isso: uma parceria. E as empresas não podem apoiar teorias da conspiração e fake news.
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OBSESSÃO POR SEGURANÇA Serviços sem contato, padrões sanitários excepcionais e produtos que melhoram a higiene e a imunidade são exigências das quais o consumidor não abrirá mão. Análise PANROTAS para o Turismo: todos os protocolos de saúde e limpeza criados na pandemia devem continuar pós-covid. A preocupação com a saúde e o consumo de relatórios de saúde sobre o que está ocorrendo no mundo vieram para ficar. Se alguém espirrar novamente na China estaremos atentos, álcool em gel nas mãos, com menos contatos em viagens e com as máscaras a postos. Os empreendimentos de Turismo precisam deixar evidente que continuam respeitando, estimulando e aplicando os protocolos de saúde, em respeito ao cliente, ao colaborador e à comunidade onde estão.
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ABALADOS E REFLEXIVOS Reavaliar as prioridades e identidades na busca de uma vida mais plena e uma melhor resiliência mental estão na lista do consumidor este ano. A depressão e a saúde mental tiveram um impacto moderado ou severo em 73% da vida cotidiana dos consumidores no mundo todo no ano passado. 3 a 9 de fevereiro de 2021 — PANROTAS
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Os consumidores não querem tratar os sintomas do estresse e sim ir na raiz e ter uma vida livre de pressões e afazeres desnecessários. Empresas, empregadores, fornecedores e prestadores de serviço precisam ajudar esse cliente a ter uma vida saudável também mentalmente. As novas gerações já vinham se dispondo a gastar mais em experiências do que em coisas, o que foi limitado pela pandemia. Como criar essas experiências em casa e com as limitações da pandemia? Um bom desafio para as empresas.
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Análise PANROTAS para o Turismo: viagens com propósito de saúde, bem estar e relaxamento, assim como a inclusão de aulas sobre esses temas, cursos e palestras no roteiro da viagem atrairão um consumidor que precisa desse alívio mental, com a ajuda de profissionais, mas também com lazer e entretenimento diferenciados.
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A ORDEM É PECHINCHAR Elaborar orçamentos com cautela e adquirir produtos e serviços de valor agregado e aces-
síveis são rotina agora para o consumidor, que passa por uma crise de saúde, incluindo ansiedade e depressão, além da covid em si, mas também por uma crise econômica que levará anos para sumir. O consumismo dá lugar ao consumo com valor agregado. Algo que agregue, dure, cure... As gerações mais novas estão mais pessimistas, segundo pesquisa da Euromonitor. O consumo está mais racional e planejado, e a fidelidade é em relação a marcas que agreguem valor, com preço condizente com a situação econômica mundial.
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Análise PANROTAS para o Turismo: pagar menos, mas com valor agregado, como atingir essa meta? Mais uma vez os profissionais de Turismo podem ajudar, e também alertar que promoções irreais poderão causar dor de cabeça. Novamente atenção às remarcações e políticas de cancelamento. Viajar bem é melhor que viajar barato, ainda mais em época de pandemia, restrições, novos protocolos e regras a serem cumpridas.
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NOVOS ESPAÇOS DE TRABALHO Encontrar um novo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é meta para 2021, pois a colaboração remota redefine o ambiente de escritório tradicional. Mais da metade dos consumidores globais tinham, até então, uma fronteira rigorosa entre o trabalho ou a escola e a vida pessoal. Análise PANROTAS para o Turismo: viagens corporativas e viagens de lazer mais uma vez se misturam, e o trabalhador pode ser um viajante, um nômade digital, e trabalhar de qualquer lugar. É Turismo? É viagem corporativa? Esqueça os rótulos: é uma nova viagem. Enfim, flexibilidade, agilidade, transparência e tecnologia vão pavimentar as estradas de 2021 em diante. Os consumidores esperam que as empresas ajam e não apenas estejam focadas no lucro, na venda em massa. Comunicar com empatia e compaixão e dar apoio à saúde mental dos clientes estão no topo da lista do que fazer nas empresas.n
pesquisa nload da w o d o Fa ç a O AQ U I CLICAND completa
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Mercado Rodrigo Vieira
INJEÇÃO DE OTIMISMO Otimismo cauteloso, vacina, vacina e vacina. Assim pode ser definida a perspectiva do Turismo de lazer no País para 2021. Ao ouvir algumas das principais entidades do setor, todas veem seus respectivos associados prontos para atender o consumidor, mas lamentam depender de esforços que vão além de seus alcances, principalmente uma campanha efetiva do governo federal de imunização dos brasileiros. Contudo, só o fato de a vacinação ter iniciado já é algo que dá confiança no consumidor e começa a soltar uma demanda reprimida. Enfrentaremos um ano difícil, sim, mas tudo indica que será melhor do que o ano marcado pela pandemia de covid-19 e que é realmente no doméstico onde deve estar o foco das operadoras e agências de viagens em 2021. As operadoras têm de orientar as agências de viagens no sentido de incentivar vendas no primeiro semestre para embarque no segundo. A demanda atual é pequena, o que gera promoções tanto no Brasil quanto no Exterior. Dar ao consumidor a segurança de que será reembolsado ou terá suas remarcações por parte dos fornecedores é fundamental neste contexto, mas a estratégia é mostrar a importância, a facilidade e os bons preços de se comprar antecipado. “Lá fora ainda há muitas fronteiras restritas ao brasileiro, principalmente com a nova cepa do coronavírus que apareceu no Brasil, então o nacional deve
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Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa
puxar a carruagem neste ano, mas há condições excelentes de viagens internacionais que ainda valem muito a pena. Inclusive há condições muito boas para viajar imediatamente no internacional, como Maldivas com bilhete a pouco mais de US$ 400”, afirma o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, acrescentando que temos de nos agarrar nos motivos para ser otimistas.
“Temos de contar com a estabilização do mercado agora que a vacinação começou. A tendência é que o consumidor se sinta mais à vontade para poder viajar no segundo semestre. Quando conseguirmos ter uma quantidade significativa de vacinados, tudo voltará ao normal. Em Israel, onde a vacinação está bem mais avançada, os casos de transmissão caíram quase 60%”, pondera Nedelciu. Ele finaliza dizendo que, por mais que as operadoras antes especializadas em internacional estejam se voltando para o doméstico, a tendência é que retornem aos destinos do Exterior tão logo os brasileiros estejam autorizados a voar para fora. “Faltam produtos no Brasil, e em nosso mercado usa-se menos o intermediário, pendendo à venda direta. No Exterior também há desintermediação, mas é menor do que aqui, pois lá as empresas dão condições especiais a operadoras e agências.” Ex-presidente da Braztoa e atual da Abav Nacional, Magda Nassar é mais cautelosa em fazer prognósticos, uma vez que a crise é sem precedentes e com efeitos tão devastadores para economia que ainda não foi neutralizada. “Temos desafios a ultrapassar que independem do mercado, onde a regra básica das projeções é a lei da oferta e da procura. Mas sabemos que a normalidade não será retomada no curto e médio prazo, o que sinaliza um 2021 ainda desafiador para o setor de Viagens e Turismo, em todo o mundo”, prevê Magda. Com muita garra e na medida do possível, o Turismo venceu meses de estagnação, em sua visão. “Foi algo traçado a muitas mãos e que foi fundamental para a manutenção das nossas atividade, mas todo
Magda Nassar, presidente da Abav Nacional
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mundo teve de exercitar a flexibilidade e a criatividade no seu próprio negócio para encontrar caminhos que provavelmente passariam despercebidos em tempos de estabilidade”, aponta a presidente da Abav Nacional, que não vê o fim de medidas como home-office e tantas contratações em 2021 e ainda lamenta que “o temido e-commerce” tenha virado prática ainda mais comum no mercado. CRUZEIROS Setor que no Brasil tem o agente de viagens como seu principal canal de vendas, os cruzeiros têm motivos para acreditar em uma volta em grande estilo e buscar uma compensação para a temporada zerada deste verão. Com direito a estreia do flagship da Costa Cruzeiros, o Costa Toscana, e quatro navios da MSC Cruzeiros, o segmento ainda conta com o aprendizado internacional para poder levar viajantes em toda costa nacional. Isso porque locais como Itália, Cingapura, Taiwan, Japão, Taiti e Ilhas Canárias já têm navios de cruzeiros em seus mares, sinal de que os protocolos da Clia Internacional foram aceitos por governos em que as exigências são rigorosas, a exemplo dos italianos que, mesmo em lockdown, aprovaram as viagens. Isso não tira a importância da vacina, que segundo o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, será mais uma camada de segurança. “Esperamos as datas para retomar. Será uma retomada gradual, em fases. A boa notícia é que cruzeiristas e não-cruzeiristas já estão nos procurando bastante. Já começamos as reuniões com a Anvisa na semana passada, e eles estão muito parceiros da Clia. Estamos montando cronograma de trabalho e nos próximos meses devemos ter protocolos aprovados. Ainda assim, os protocolos têm evolução que vêm de fora do País, com as experiências do cruzeiro lá de fora”, aponta Ferraz. “Ministérios do Turismo, da Saúde e
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Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
Temporada de cruzeiros 2021/22 7 navios confirmados 441 mil leitos em ocupação dupla 566 mil leitos em triplos e quádruplos Santos, Rio de Janeiro e Salvador como principais portos de escala
Primeiro navio chega em 31 de outubro Último navio parte em 19 de abril 129 roteiros à venda 552 escalas
Cesar Fernandes, presidente da recém-fundada Recept
da Infraestrutura, além da Marinha e da Receita Federal também estão se esforçando para que no meio do ano tudo já esteja pronto.” RECEPTIVOS Mais nova das entidades de Turismo de lazer do País, a Associação Brasileira de Turismo Receptivo (Recept) tem desafios que vão além da covid-19. Aliás, a pandemia deve até ser uma mola propulsora para o setor no Brasil, que tem mesmo é de se preocupar com regulamentações, padronização de leis entre Estados e municípios, e desburocratizações em geral. Presidente da entidade fundada em outubro de 2020, Cesar Fernandes afirma que o foco é em derrubar algumas amarras fundamentais e evitar custos desnecessários pois, como é esperada uma soltura da demanda reprimida a partir da vacinação, os receptivos precisam ter vias livres para poder transitar e atender o alto volume de viajantes que virá por aí. “São infinitas regras no Brasil inteiro e nossa luta será por simplificá-las, pois os receptivos terão um papel muito importante na retomada. Há vários problemas regionais e precisamos trabalhar em cima deles. Por exemplo há Estados em que os ônibus de passageiros têm de entrar na balança, pegar a fila atrás dos veículos de carga. Há vários aeroportos e hotéis nacionais em que não existem vagas para ônibus, que por sua vez são multados quando desembarcam os clientes. São várias regras absurdas que têm de ser revistas”, explica Fernandes. “Precisamos ter custos mais enxutos para sobrevivermos a essa burocracia. Esses custos redundantes acabam sufocando e muitas empresas acabam evitando a contratação de funcionários extras e perdendo valor no serviço quando esses custos não cabem mais em seus bolsos, ainda mais em um momento de crise. A retomada será grande, principalmente porque o internacional será inviável em um primeiro
Sergio Souza, presidente da Resorts Brasil (ABR)
momento. A retomada para nós não é voltar à realidade pré-covid-19, e sim dobrar o número de clientes que tínhamos no período antes da pandemia”, conclui o presidente. A Recept tem cerca de 20 associados, mas está em processo de associação de mais uns 30, de acordo com ele. RESORTS Em relação aos resorts, a expectativa da associação do setor é que o segmento de lazer possa continuar o seu processo de recuperação ao longo do ano de 2021, sempre observando todos os cuidados e protocolos de biossegurança da Anvisa e
do Ministério do Turismo para todos os hóspedes e colaboradores. A realidade de um mercado consumidor nacional forte é vital para a recuperação de toda a cadeia do Turismo brasileiro. Assim avalia o presidente da ABR, Sergio Souza. "A coalisão do G20+ trouxe para o nosso setor o ingrediente mais importante para a defesa de nossos pleitos e necessidades para a retomada de nossas atividades, e a Resorts Brasil envidará todos os seus melhores esforços na contribuição e colaboração que assegurem a toda a nossa cadeia a melhor condição possível de recuperação do nosso setor", acrescenta.
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HOTELARIA CORPORATIVA Os resorts, também extremamente dependentes do setor corporativo, principalmente dos eventos, para movimentar seus dias de semana, esperam que haja um reaquecimento no segundo semestre. “Temos essa expectativa, pois a retomada dos eventos será mais lenta, de fato. Neste segmento, teremos novas modalidades de encontros que irão ampliar a gama de tipos de eventos, sejam presenciais, on-line ou ainda híbridos. Importante ressaltar a importância deste segmento em toda a sua cadeia de negócios e sua importância para a grande maioria dos nossos associados”, afirma Souza. Já o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Orlando Souza, lamenta o cenário imprevisível da pandemia e diz que, se a situação assim permanecer, 2021 será tão duro quanto o ano anterior. “No começo da crise, tivemos 90% dos hotéis associados fechando e, em dezembro, a taxa de ocupação foi de 33,8%. É claro que tivemos uma retomada, mas muito pequena. Se continuarmos operando do mesmo jeito em 2021, os hotéis sofrerão muito e terão um caixa praticamente zerado, já que voltarão a ter uma série de despesas que, em 2020, receberam um certo amparo do governo”, justifica o líder do Fohb. “Com a ocupação ficando em um terço da oferta, eles não terão dinheiro para capital de giro e inovação e a tendência é que voltem a fechar, pois não poderão lidar com prejuízo todo mês. É muito difícil fazer previsões, mas, falando de viagens corporativas, o que sabemos é que, no caso dos hotéis Fohb, onde 90% são voltados para este segmento – com convenções, feiras, congressos e incentivo –, a retomada só acontecerá depois da vacina. O slogan é ‘no vaccine, no travel’, exceto em casos muito excepcionais. Poderemos ver uma pequena recuperação, mas ela não fará parte
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Orlando Souza, presidente do Fohb
do grande fluxo deste mercado.” Portanto, para o Fohb, 2021 é o ano da vacinação, não da retomada ou da recuperação, mas sim da sobrevivência enquanto a população é vacinada. “No segundo semestre, a partir do momento que este programa se tornar consistente e gerar uma certa segurança, aí sim acho que as perspectivas para 2022 começam a ser um processo mais forte e seguro de recuperação. Vamos ver o que a pandemia nos reserva para ver se ela nos desmente”, conlui Orlando Souza. n
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Carolina Sass de Haro, diretora da Mapie e Disque9, representante da Phocuswright no Brasil e pesquisadora especialista do TRVL LAB
Carolina Sass de Haro
Que 2020 foi um ano de profundas mudanças você já sabe, mas muito do que foi observado foram transformações e novos comportamentos acelerados. Em outras palavras, eles já estavam por aí, entre nós e circulando e quem estava atento soube aproveitar este momento e potencializar produtos e serviços associados ao tal (super utilizado termo) novo normal. Na medida em que ele se estabelece e se consolida, passa a ser o contexto atual, um novo natural que fará parte do cotidiano, quase como se ele estivesse por aqui desde sempre. O mundo VUCA ficou obsoleto e novos acrônimos surgem, como BANI em inglês para frágil, ansioso, não linear e incompreensível. A fragilidade nos deixa mais expostos (como diante de uma pandemia, por exemplo) e a ansiedade nos torna mais voláteis, fazendo com que as transformações aconteçam de forma ainda mais rápida e descontrolada. A não linearidade impede que determinados métodos consolidados, práticas de gestão, metodologias de pesquisa deem conta de explicar e responder aos acontecimentos, requerendo novos olhares, novas técnicas ou até a ausência delas. E finalmente, a imprevisibilidade, que é uma das únicas certezas atuais. Vivemos o auge da evolução humana. Apesar de às vezes não parecer, especialmente depois de 2020, vale lembrar que a humanidade nunca foi tão próspera, tão saudável, com tanto acesso à informação e ao
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conhecimento, tão conectada, tão desenvolvida, tão avançada tecnologicamente, tão diversa e, como não poderia deixar de ser, tão complexa. Esta complexidade nos deixa mais vulneráveis e as tribos desencaixadas tentam se encontrar, nos tornando mais polarizados. Ao mesmo tempo, estamos mais preocupados com o futuro do planeta e estamos mais solidários. Em resumo, estamos tentando entender o nosso lugar no mundo, em um mundo onde todo mundo tem lugar. Dito isso, o ano de 2020 marcou o fim das tendências. Opa, como assim? Em resumo, as tendências, refletindo o que está acontecendo no mundo, também se tornaram mais frágeis, ansiosas, não lineares e até imprevisíveis, porém, não menos importantes. Precisamos observar mais, perguntar mais, compreender mais, pesquisar mais, conhecer mais. Achar menos, palpitar menos, adivinhar menos. Precisamos entender que uma iniciativa isolada, um único indivíduo, um acontecimento singular podem engatilhar transformações e novas tendências que se espalharão de forma veloz e sem fronteiras. Por isso, a pesquisa de tendências é ainda mais importante e ela deve ser como tudo que nos cerca na atualidade: ágil, conectada com o seu negócio e em mais profundidade, refletindo a realidade específica de um ou mais dos seus grupos de clientes, que inclusive, podem ser totalmente diferentes entre si. Não há fórmula mágica ou almoço grátis, há dedicação, esforço, curiosidade e ciência e isso, certamente trará algumas das respostas que precisamos. Dito isso, o TRVL LAB (projeto da MAPIE com a PANROTAS), em parceria com o Disque9, escolheu 3 tendências de comportamento e consumo gerais, que também impactam o turismo e 3 específicas do setor para iniciar a reflexão neste ano que começa agora.
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TENDÊNCIA FLOCO DE NEVE Assim como cada floco de neve tem uma composição única, clientes também. Em um mundo onde a tecnologia está cada vez mais barata e acessível, a inteligência artificial e machine learning fazem parte de tarefas cotidianas, o cliente espera ser tratado individualmente, com as suas necessidades particulares. Não basta mais facilitar a jornada como um todo, é preciso facilitá-la para cada pessoa, reconhecendo suas preferências, hábitos e desejos. Certamente não é tarefa fácil, mas se implantarmos uma cultura de foco real no cliente, os benefícios serão sentidos por todos, lembrando que facilidade e redução do atrito não são mais tendência e sim uma obrigação das marcas. TENDÊNCIA MUNDO RECONFIGURADO O lar passou a ser ainda mais protagonista na experiência humana, acomodando as necessidades de descanso, lazer, atividades físicas, trabalho e escola. Esta reconfiguração coletiva das nossas atividades, tratará mudanças permanentes. Se muitas empresas adotam o home office total ao parcial no longo prazo, como fica o cenário urbano no
seu entorno? Estacionamentos perdem sua importância, restaurantes e conveniências precisam de um repropósito ou reacomodação. Esta nova composição do lar (que pode ser em qualquer lugar) e do espaço urbano, transformam as cidades e os negócios. TENDÊNCIA DESAFIO DA EMPATIA Neste mundo complexo e polarizado, a empatia ganha força, mas torna-se mais desafiante e desafiada. Como acomodar de forma sincera as necessidades de todas as tribos e indivíduos? Consumidores mais engajados esperam que as marcas com que interagem tornem-se mais empáticas, solidárias, flexíveis e comprometidas com o bem-estar coletivo. Esperam ainda que elas se posicionem diante dos acontecimentos. Isso só será possível com propósitos e valores organizacionais claros, sob pena de parecer oportunismo.
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TENDÊNCIA ENGAJAMENTO SEM CONTATO A economia de baixo contato deve permanecer, mesmo com o fim da pandemia. Com isso, web check-in, aplicativos e soluções tecnológicas já disponíveis podem fazer com que hóspedes e passageiros usufruam da experiência turística com quase nenhum contato humano. Diante disso, “como promover o engajamento com a marca?”, “como entregar hospitalidade? e “como fidelizar o cliente?” são perguntas a serem respondidas. A forma de acolher, envolver e emocionar está se transformando e empresas turísticas devem repensar seus processos para que sejam sim, digitais e tecnológicas, mas envolvidas de cuidados e atenção. As experiências digitais deixam de ser todas muito parecidas para assumir a personalidade das empresas e sua proposta de valor. TENDÊNCIA TURISMO POR ASSINATURA Na Phocuswright Conference, em novembro, um dos grandes temas debatidos foi a netflixação do Turismo. Do TripAdvisor às pequenas startups, o Turismo por assinatura ganhou destaque, como uma forma de gerar receita recorrente às empresas ao mesmo tempo que promete entregar exclusividade e benefícios especiais aos clientes. Ainda é cedo para saber como esta tendência se desdobrará, considerando os desafios financeiros do negócio e sua relevância para o cliente, mas que as gigantes estão de olho é fato e isso pode mudar o jogo. TENDÊNCIA VIAGENS SEM RÓTULOS Por causa da reconfiguração da vida, como vimos anteriormente, o número de viajantes que combinam viagens de negócios e lazer cresce a cada ano. Cada vez mais, a linha que separa os objetivos da viagem está mais tênue, portanto, produtos corporativos devem pensar em experiências e momentos de lazer, ao mesmo tempo em que destinos de lazer devem oferecer alternativas e soluções para aqueles que precisarem trabalhar. A pandemia acelerou o nomadismo digital e novas necessidades devem ser atendidas pelos fornecedores de Turismo. Este insight e outros, fazem parte da pesquisa Insights para o Turismo e você confere ela na íntegra aqui. Em resumo, um único cliente, um único movimento, uma única ação podem engatilhar transformações não previstas. Desta forma, mantenha seu radar ligado, invista em conhecimento recorrente e em dados concretos sobre seu negócio e tenha clareza do seu propósito, só assim será mais fácil navegar por este contexto imprevisível. n
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Artigo
Jeanine Pires é diretora da Pires Inteligência em Destinos e Eventos e da Travel Matcher, além de ex-presidente da Embratur
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!"#"$#%&'()*#+,#$ !"#$%&'(!" )!"*%+'&, As análises de instituições internacionais sobre os impactos da pandemia na economia global destacam o Turismo como uma das atividades altamente impactadas. Espera-se que o Turismo internacional se recupere aos níveis de 2019 a partir de 2024, e as viagens domésticas vêm sendo destaque em mercados como a China, Rússia e Brasil. A vacina tem mostrado de forma tímida a volta à procura para viagens internacionais, mas o cenário ainda é bastante incerto. Soluções individuais terão impacto insignificante em um cenário tão interdependente, onde não existem fronteiras, sejam elas territoriais, sociais, econômicas, religiosas ou de qualquer tipo. O cenário é complexo e exige respostas consistentes com ações efetivas. Especialmente no caso do Brasil, mesmo com a fortaleza do mercado doméstico, o Turismo entrou em 2021 com a necessidade de incentivos e políticas públicas que apoiem sua sobrevivência e reconstrução. Então quais seriam, com base nas informações que temos hoje, as principais prioridades para as políticas públicas e privadas no Turismo no Brasil? Quem é o principal responsável por esses temas? Tudo está interligado e o ideal é entender bem os principais desafios a enfrentar.
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Apoiar empresas de Turismo
Restaurar a confiança nas viagens
Promover e incentivar o Turismo doméstico seguro
Apoiar e agir para a volta do Turismo internacional
Comunicar-se de forma efetiva e constante
Reconstruir o Turismo para uma atividade mais sustentável e forte
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Apoiar empresas para que resistam à crise, ajudando a preservar e recuperar empregos em setor intensivo em mão de obra, espalhada por todo o País
Governo Federal
Vacina, ações de comunicação e marketing, protocolos de segurança sanitária, uso de tecnologias sem toque, dentre muitas ações complementares
Governos em todos os níveis; entidades de Turismo e empresas
De forma segura e responsável incentivar os brasileiros a viajarem em seu País, em espaços com maior familiaridade, opções próximas e com alto custo-benefício Construir soluções que, gradativamente, ajudarão brasileiros e estrangeiros a entrar e sair do Brasil de forma segura e tranquila. Cuidar da imagem do País, definir estratégias de promoção e relacionamento com os mercados
Trabalhar em estratégias intensivas e permanentes para informar brasileiros e estrangeiros sobre a situação dos destinos, disseminação de selos de viagens seguras e medidas de segurança
Governos em todos os níveis; e empresas
Governo Federal , destinos e empresas
Governos em todos os níveis e empresas
Trazer novas respostas e ações para a reconstrução do Turismo tendo como foco a sustentabilidade Governos em todos os econômica, ambiental, social e cultural. Fazer me- níveis; empresas; entidades lhor e tornar o Turismo mais resistente para futuros e profissionais desafios.
Por fim, ao olhar para esse quadro a palavra mágica: COOPERAÇÃO. Cooperação entre os setores públicos, privados e não governamentais, entre países, entre entidades nacionais e internacio-
nais. Não existe solução individual ou mágica, o que existe é o entendimento da situação, a eleição de ações eficazes para construir e criar o Turismo que queremos para o Brasil.n
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Pesquisas e estatísticas Victor Fernandes
!"#$%&'(!" )$ !"#$%&'& Começamos 2021 com grandes expectativas, poucas mudanças, e a mesma quantidade de incertezas, senão maior. Com a virada de ano, esperávamos menos casos de covid-19, menos fronteiras fechadas e uma rápida imunização da população global. No entanto, janeiro termina com registro de aumento de casos, fronteiras sendo fechadas e voos internacionais sendo suspensos, além de uma lenta distribuição e produção de vacinas. “Olhando para 2021, uma miríade de coisas desconhecidas permanece. Notícias promissoras de uma vacina eficaz são maravilhosas para nosso setor, mas até que se tornem amplamente disponíveis ao público, continua difícil prever o que isso por si só significará para a demanda de viagens no curto prazo. A indústria também não pode confiar em modelos tradicionais de sazonalidade para prever a demanda. Ao invés disso, é necessária uma compreensão mais profunda das mudanças na demanda de viajantes desde o início da pandemia”, afirmou o CEO e cofundador do TripAdvisor, Stephen Kaufer. Visando entender como e quando será a recuperação da indústria do Turismo, TripAdvisor e Phocuswright reuniram análises de dados comportamentais do primeiro com insights e estudos do segundo para ajudar o setor a se reerguer. O artigo chamado Charting the travel industry's path to recovery (Mapeando o caminho da recuperação da indústria de viagens, em português) fornece informações sobre o sentimento e comportamento dos viajantes nos últimos meses, mostrando que as viagens continuam sendo uma parte integrante da identidade das pessoas. Em junho de 2020, o TripAdvisor divulgou um relatório em que estabeleceu cinco fases potenciais de recuperação do Turismo: a queda repentina da demanda, o fundo do poço, os primeiros sinais de recuperação e início da retomada, retomada do doméstico e retomada
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do internacional. Já neste último artigo, divulgado em novembro de 2020, a empresa volta a atenção às fases para tentar responder algumas perguntas. Como o quadro mudou? O modelo de cinco fases ainda é válido? Se sim, em que fase estamos agora? E como essas tendências diferem dependendo de onde você está no mundo? Para responder as perguntas, o TripAdvisor e a Phocuswright mapearam a jornada que a indústria de viagens percorreu até agora em seu caminho de recuperação.
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A preocupação com saúde permaneceu quase a mesma entre o início (abril) da pandemia e o final do ano passado (outubro)
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a covid-19 como pandemia. O anúncio gerou um declínio repentino e acentuado nos volumes de viagens, à medida que governos ao redor do mundo se mobilizavam para impor restrições para conter o aumento das taxas de infecção. No mês seguinte, a demanda do viajante havia atingido o fundo do poço. Rapidamente, as preocupações com a saúde e segurança pessoal, bem como a segurança de amigos e familiares, saltaram para o topo da lista de preocupações das pessoas em relação ao vírus. À medida que o ano avançava, essas preocupações continuaram sendo as principais em relação ao vírus, à frente das preocupações com a segurança no emprego e com o estado geral da economia. Para as empresas hoteleiras que puderam reabrir suas portas para os hóspedes à medida que as restrições locais em muitos países começaram a diminuir, essa prioridade do consumidor por saúde e segurança significou um novo conjunto de expectativas dos clientes que deveriam ser atendidas. Dos consumidores pesquisados em seis mercados diferentes em outubro, dois terços (66%) disseram que consideravam a segurança e a limpeza dos estabelecimentos um fator importante ao viajar para o local. Ao considerar as opções de acomodação, 63% estavam mais propensos a considerar as medidas de saúde e segurança de um hotel do que antes da pandemia.
Com a necessidade de implementar novas práticas de saúde e segurança, não houve um impacto apenas no volume de clientes, mas também na experiência que hotéis e restaurantes foram capazes de oferecer. Como resultado, a comunicação tornou-se a chave para fornecer uma experiência positiva e para impulsionar a demanda dos viajantes. As empresas que conseguiram comunicar com eficácia as novas medidas que adotaram se posicionaram melhor para atrair clientes recorrentes. 3 a 9 de fevereiro de 2021 — PANROTAS
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!"#$"!%&'! "#$%&#"'()* À medida que os clientes se ajustavam às novas normas de hospitalidade e as restrições começaram a diminuir em muitos mercados, os sinais de recuperação foram aparecendo, principalmente nas viagens de lazer domésticas. Em maio, países como Nova Zelândia, Suíça e Alemanha inicialmente lideraram o caminho, com sinais de demanda doméstica de lazer, principalmente no setor de restaurantes. Com a chegada do verão no hemisfério norte, essas tendências aumentaram à medida que mais países começaram a observar um aumento na demanda de viajantes domésticos. A Europa mostrou os sinais mais fortes de recuperação no verão, com o volume de viajantes domésticos pesquisando estadas em hotéis atingindo níveis de demanda de 2019 por um período entre o final de julho e agosto. No entanto, estes dados sobre o continente europeu não contam a história completa, já que as tendências de recuperação diferiam por país. Por exemplo, na Itália, que sofreu o impacto do vírus inicialmente em fevereiro e março, a demanda por estadas em hotéis domésticos disparou em julho, bem acima dos níveis de 2019, antes de cair novamente em agosto. A demanda então pairou um pouco abaixo dos níveis de 2019 até setembro, quando uma segunda onda de infecções freou a recuperação doméstica do país. Já no Reino Unido, a recuperação demorou várias semanas. O Reino Unido não atingiu um pico na demanda por estadas em hotéis domésticos até o final de agosto, finalmente superando os níveis de 2019 pela primeira vez (desde o início da pandemia) nas últimas semanas do verão. No entanto, isso durou pouco, com a demanda caindo drasticamente em setembro, à medida que as restrições do governo voltaram a aumentar em resposta ao aumento das taxas de infecção. Nos Estados Unidos, a recuperação dos hotéis foi mais lenta, mas mais estável do que nos principais mercados da Europa. A demanda no início de agosto, embora em trajetória ascendente, ainda estava um pouco abaixo dos níveis de 2019. No entanto, no final do mês a lacuna havia diminuído e, na primeira semana de setembro, as pesquisas por hotéis nos EUA superaram os da mesma semana de 2019. As tendências na Ásia-Pacífico pareciam muito diferentes, com sinais de recuperação menos óbvios na região como um todo; a demanda doméstica por hotéis permaneceu bem abaixo dos níveis 30
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de 2019 durante os meses de verão. Em certos países asiáticos, porém, houve uma alta demanda gerada por viagens domésticas. É o caso de Cingapura e China. No primeiro país, houve um crescimento notável e sustentado na demanda por estadas em julho e continuando em uma trajetória ascendente por vários meses. Em outubro, a demanda doméstica estava significativamente acima das referências do ano anterior. De acordo com análise do TripAdvisor, para muitos residentes de Cingapura, o 'staycation' é uma opção de viagem cada vez mais atraente. Na China, enquanto a demanda geral permanece reprimida, a pesquisa da Phocuswright mostra que os staycations estão se mostrando atraentes também para os consumidores chineses. Propriedades sofisticadas que oferecem comodidades semelhantes às de um resort em centros urbanos e metropolitanos estão atraindo famílias. Destinos menos populosos, rurais e praianos também estão vendo um fluxo de viajantes domésticos. Os dados referentes a estes diferentes países demonstram que não existe um padrão uniforme de demanda e retomada. A jornada de cada país está sendo diferente.
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!"#$%"&'!("&)*!"#$!%$"&'!#'( Embora os meses de verão tenham gerado um período de crescimento para as viagens de lazer domésticas em alguns países, o mesmo não pode ser dito para as viagens internacionais. No TripAdvisor, a procura por hotéis em destinos internacionais permaneceram estáveis em todos os principais mercados de abril em diante. Em consequência, a recuperação estagnou na fase doméstica, com a fase final - Internacional - de recuperação ainda aparentemente fora de alcance. A dificuldade de atingir essa última fase não surpreende, dados os esforços contínuos de governos em todo o mundo para evitar a transmissão do vírus por meio do bloqueio de fronteiras e as restrições às viagens internacionais que permaneceram em vigor como resultado. Além disso, a produção e distribuição das vacinas ainda não estão sendo realizadas em um ritmo que seja possível prever quando a imunização será sentida no número de casos, e consequentemente, na reabertura de fronteiras e retomada das viagens internacionais. Algum crescimento na demanda - com base em cliques de acomodação no TripAdvisor ocorreu em um nível intra-regional na Europa durante o verão, conforme alguns países relaxaram as restrições para viagens internacionais de entrada e saída e corredores de viagens foram estabelecidos entre algumas nações europeias. No entanto, mesmo quando as viagens internacionais eram permitidas, isso não se traduzia necessariamente em picos de demanda como visto no mercado interno. Para muitos viajantes, ao que parece, permaneceu uma forte sensação de desconforto em se aventurar no Exterior. Em outubro, uma pesquisa com consumidores de viagens em seis mercados descobriu que, em média, menos de um quinto dos viajantes (18%) planejavam fazer um voo internacional em sua próxima viagem, e apenas 7% pretendiam fazer um voo de longo curso de cinco horas ou mais. Mais da metade (52%) dos entrevistados indicaram que levará mais de um ano para que viajem novamente para o Exterior. A mesma pesquisa revelou que a confiança do consumidor em viagens domésticas era, em comparação, mais flutuante. Quase dois terços (65%) dos entrevistados disseram que esperavam viajar para destinos no próprio país dentro
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dos próximos seis meses, e um em cada seis (16%) planejava viajar nas próximas quatro semanas. Em suma, é altamente improvável por um longo período que qualquer grande mercado passe da fase doméstica de recuperação para a fase internacional até que uma vacina se torne amplamente disponível. Na verdade, o resultado mais provável, a julgar pela queda na demanda por estadas domésticas nos últimos meses de 2020, é que muitos mercados irão regredir para a fase de recuperação emergente, com níveis de viagens domésticas abaixo do esperado.
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Viajantes estão preferindo viagens para locais de natureza e ao ar livre
!"#!"#$% A mudança do planejamento de viagem internacional para o doméstico não é a única mudança significativa no comportamento do viajante que o TripAdvisor notou em seus dados de tráfego do site. Também tem havido uma notável dispersão de viagens e Turismo dos centros urbanos para destinos naturais menos povoados. Observando os dados anuais do período de outubro, as estações de esqui e destinos à beira-mar, bem como outros destinos rurais, dominam a lista de destinos de recuperação mais rápida na Europa com base em pesquisas de acomodação doméstica no TripAdvisor. No mesmo período, destinos como Key West, Myrtle Beach e Sedona estão se recuperando mais rapidamente do que destinos maiores como Nova York e Las Vegas nos Estados Unidos. Os dados de pesquisa de atração e experiências contam uma história semelhante; entre maio e setembro, atividades ao ar livre, natureza e parques representaram 34% de todas as visualizações de páginas de atrações no TripAdvisor, ante 25% em 2019. A análise do sentimento do consumidor fornece alguma explicação para essas tendências. Dois terços dos consumidores pesquisados (65%) dizem que a capacidade de evitar lugares lotados ao viajar é agora um fator mais importante na escolha do destino do que era antes da pandemia, e mais da metade (52%) dizem que são mais propensos a fazer uma viagem ao ar livre/natureza do que antes da pandemia. O desejo de aproveitar o ar livre não é apenas sobre
as escolhas de destino dos viajantes, mas também as opções de acomodação. Em pesquisas de hotéis no TripAdvisor durante o mês de setembro de 2020, os cliques em propriedades categorizadas como 'pitorescas' ou 'românticas' estavam se recuperando mais rapidamente do que a média, enquanto as propriedades com 'localização central' estavam se recuperando a uma taxa abaixo da média.
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Outras mudanças no comportamento do viajante também se tornaram claras. A janela de planejamento avançado (que é o número de dias entre o momento em que uma viagem é planejada e quando a viagem é realizada) foi reduzida, pois os viajantes estão ansiosos por escapadas locais de última hora. Na verdade, em outubro de 2020, quase dois terços (62%) dos viajantes que procuravam acomodação no TripAdvisor planejavam fazer check-in em menos de 30 dias, em comparação com pouco mais da metade (51%) dos viajantes durante o mesmo período em 2019. Essa mudança no comportamento do viajante é compreensível, visto que as regras de muitos governos sobre viagens permanecem em constante mudança. No entanto, o planejamento de viagens de última hora não levou necessariamente a uma tomada de decisão mais espontânea. Na verdade, o desejo das pessoas de planejar viagens com mais cuidado e atenção é maior do que em tempos pré-pandêmicos. Uma pesquisa de outubro descobriu que mais de dois terços (69%) dos entrevistados concordaram que iriam pesquisar sua próxima viagem mais do que no passado.
Claramente, saber quando e até que ponto a demanda reprimida por viagens de lazer realmente se traduzirá em futuras reservas, depende muito das respostas contínuas dos governos à pandemia e da velocidade com que uma vacina seja amplamente disponível. Em outubro, viajantes foram questionados se estavam mais ou menos confiantes de que seria seguro viajar nos próximos três meses (em comparação com a forma como se sentiam três meses antes). A confiança era maior entre os entrevistados dos EUA (48% disseram que se sentiam mais confiantes de que seria seguro viajar em breve) e a mais baixa foi entre os entrevistados da Itália (apenas 12%). Apesar da contínua incerteza do consumidor, o desejo de viajar continua muito forte. Quase dois terços (65%) dos entrevistados ainda estão pensando sobre para onde querem viajar a seguir. Analisando especificamente as viagens de férias, uma pesquisa do TripAdvisor conduzida em agosto revelou que 61% dos entrevistados relataram estar animados com a próxima temporada de férias e 42% chegaram a dizer que os feriados eram mais importantes para eles em 2021 do que jamais foram em suas vidas. Além disso, as mudanças nas tendências dos destinos que os viajantes desejam ir podem ser indicativas de uma mudança de comportamento de longo prazo que pode durar além da pandemia. Para a próxima viagem que fizerem, mais da metade (54%) dos entrevistados afirmam querer ir a algum lugar onde possam relaxar e rejuvenescer e quase metade (47%) deseja desfrutar da natureza. Outro fator interessante é que 62% dizem que em sua próxima viagem, prefere viajar para algum lugar onde possa apoiar os negócios locais. 3 a 9 de fevereiro de 2021 — PANROTAS
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Os dados de tráfego do TripAdvisor e a análise de pesquisas com consumidores apontam para a mesma direção: dependendo da velocidade com que o desenvolvimento de uma vacina avança, a jornada para uma recuperação sustentada para o setor global de viagens provavelmente será prolongada. Como resultado, os países e regiões se recuperarão em velocidades variáveis. Infelizmente, o crescimento nas viagens internacionais permanece estável depois de atingir os níveis mais baixos em abril e enfrenta um caminho de recuperação muito mais acidentado e repleto de obstáculos. No entanto, existem boas razões para acreditar que a indústria do Turismo está caminhando em direção à retomada dos níveis pré-pandemia. Apesar de que a confiança do consumidor continue frágil, o desejo de viajar continua forte para muitas pessoas. Inclusive, o relatório permite uma visão otimista de que mesmo com o fim das restrições de viagens e a disponibilização de uma vacina, as tendências de consumo identificadas permaneçam após a pandemia. Ou seja, os viajantes podem continuar se interessando por viagens para locais de natureza, afastados de grandes centros urbanos. Assim contribuindo com os desafios do Turismo excessivo, o potencial de dispersão de turistas, e consequentemente, dispersando o desenvolvimento e recursos proporcionados pelo Turismo para outras áreas. “O certo é que 2020 foi um ano como nenhum outro na história das viagens. Ao olharmos para 2021, nossa compreensão de seu impacto total em nossa indústria está apenas começando”, conclui o TripAdvisor em seu relatório. Este ano ainda precisaremos do espírito de 2020. Atento, informado, batalhador e resiliente. Para que possamos colher frutos o quanto antes possível.
Os dados usados para o relatório feito em parceria pelo TripAdvisor e pela Phocuswright foram reunidos e analisados a partir das quatro fontes principais abaixo. Pesquisa de opinião do consumidor do TripAdvisor, com base em dados extraídos de uma pesquisa on-line de até 2.400 consumidores por pesquisa, em parceria com a Qualtrics, realizada aproximadamente a cada duas semanas de 27/03 a 21/10 de 2020 em seis países: EUA, Reino Unido, Austrália, Itália, Cingapura e Japão. Uma pesquisa adicional com consumidores conduzida pelo TripAdvisor, chamada Holiday Study, que entrevistou 2.400 entrevistados nos EUA, Reino Unido, Itália, Austrália, Japão e Cingapura, de 13/08 a 20/08 de 2020. Dados comportamentais do site originados de dados de tráfego de primeira parte na plataforma do TripAdvisor. Atualização 2020 da Phocuswright sobre o mercado de viagens da China realizada em setembro de 2020. n
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Pesquisa inédita realizada pelo TRVL LAB com: 10 perfis dos viajantes no Brasil que se destacam nesse momento 8 dicas e oportunidades para o mercado Hábitos de consumo e planejamento de viagens de lazer e de negócios dos brasileiros Dados completos e análises
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Apresenta
Baixe a pesquisa gratuitamente em www.trvl.com.br e prepare-se para a Retomada das Viagens APRESENTAÇÃO
REALIZAÇÃO
Laboratório de Inteligência de Mercado em Viagens
Mais informações: www.trvl.com.br
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