Edição nº 1.460 - Ano 29 | 3 a 9 de março | www.panrotas.com.br
R$ 11,00
ESPECIAL VIAGENS E EVENTOS CORPORATIVOS
Teresa Perez e LTN criam a TP Corporate by LTN
Parcerias, reestruturações, aprendizados e desafios dos profissionais e empresários do setor
6
PANROTAS — 3 a 9 de fevereiro de 2021
3 a 9 de fevereiro de 2021 — PANROTAS
7
ÍNDICE
ESPECIAL VIAGENS E EVENTOS CORPORATIVOS nº 1.460 | 3 a 9 de março de 2021 | www.panrotas.com.br
Página 05
Editorial - Tempos ressignificados
Página 06
TMC para altos executivos - Teresa Perez e LTN fazem joint-venture em nova agência
Página 10
Entrevista - Rubens Schwartzmann fala sobre reforma necessária no mercado de TMCs
Página 14
Tecnologia - Copastur lança Travel Tech
Página 15
Novos tempos - Gestor de viagens é ressignificado dentro da empresa
Página 20
Hotelaria - Uma nova rotina para quem tinha eventos como fonte de receita
Página 26
Hotelaria - As alternativas para a falta de reservas na pandemia
Página 30
Fairmont Rio - 10 experiências no hotel de luxo da Accor na Praia de Copacabana
Página 35
Espaço Alagev - Em live, Giovana Jannuzzelli e Eduardo Murad detalham os desafios da crise
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta GESTÃO
José Guilherme Condomí Alcorta
TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa
EDITORIAL
Artur Luiz Andrade Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code ao lado. Media Partner
Associações
Parceria Estratégica
Editorial
TEMPOS RESSIGNIFICADOS Claro, o que mais queremos é aglomerar novamente, viajar livremente e sentir uma lufada de normalidade em nosso rosto sem máscara. Mesmo sabendo que, quando e se isso voltar a acontecer, não será igual ao que tínhamos em 2019. Nossa normalidade vai se adaptando e dizendo ao nosso cérebro que foi sempre assim. Setores inteiros estão sendo ressignificados: do seu papel na economia ao impacto na vida das pessoas e das comunidades, estão sendo repensados sob uma nova luz, hoje um tanto quanto opaca, mas aos poucos mostrando certo brilho e... um novo significado. Um dos setores mais abalados pela pandemia está sendo o de viagens corporativas, que talvez nem tenha mais esse nome. Logo vão inventar um novo (dos teóricos do planeta aos lacradores, sempre há alguém buscando uma nova sigla, nomenclatura, definição para algo que mudou ou que precisa mudar) e logo estará novamente com sua engrenagem rodando, mas dentro desse mundo ou ambiente ressignificado. As viagens corporativas hoje, além de quebrar barreiras de rótulos, estão também buscando novos propósitos. E para as empresas de Turismo atenderem a essa nova demanda, a parceria com marcas complementares, que somem e potencializem o melhor de cada lado, é uma das saídas mais buscadas. Não é fácil, especialmente por conta das culturas e histórias envolvidas, mas quando dá certo faz brilhar os olhos do mercado. Importante é dar novo significado, forma, propósito, caminhos... O presidente da Abracorp, Rubens Schwartzmann, mal assumiu (após a renúncia de Carlos Prado) e já está clamando por mudanças que deveriam ter acontecido antes da pandemia. Com a crise, elas se tornam mais necessárias, mas também mais difíceis, devido ao cenário que devastou o setor de viagens e eventos corporativos (leia um resumo da entrevista que ele deu à PANROTAS na página 10). Quem está alinhado com esse pensamento e confirmou ao conversar conosco sobre o lançamento da TP Corporate by LTN são os empresários Tomás Perez e Gustavo Bernhoeft. A Teresa Perez ingressou no segmento de viagens corporativas para chegar ao público que está acostumada a atender no lazer (os executivos C-level), mas em parceria com uma especialista no gerenciamento de viagens de negócios, a LTN. E sabendo que qualidade hoje fala mais que quantidade e que o agente de viagens tem de ser adequado ao seu cliente. Essa adequação é vital para o sucesso da parceria e dos resultados. Não dá mais para gastar da mesma forma, nem para ser remunerado por transações ou volume. A relação TMC-cliente mudou, está mais complexa, está mais assertiva. Continuemos acompanhando as mudanças nos diversos segmentos do Turismo. Ao trazermos cases como os dessa edição, queremos inspirar, mostrar caminhos, fazer pensar e informar bem. Em tempos confusos, parar para pensar, com dados em mãos, é fundamental. Cada história fará sentido de uma forma única para cada um. Mas jamais será indiferente. Ainda somos uma comunidade interligada, ainda #somostodosturismo.
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
5
Nova empresa Artur Luiz Andrade
TERESA PEREZ INGRESSA NO CORPORATIVO Gustavo Bernhoeft, Tomás Perez e Leonor Bernhoeft
Uma das referências em viagens de luxo e atendimento personalizado no País, a Teresa Perez Tours aproveitou as mudanças trazidas pela pandemia para transformar a empresa e investir em novos negócios, como uma maior dedicação aos produtos Brasil (uma tendência óbvia da crise) e também o lançamento da TP Corporate by LTN, uma TMC para altos executivos e missões e eventos no mesmo nível, em parceria com a LTN Brasil, conhecida agência de viagens corporativas, também com atuação no luxo. O presidente da Teresa Perez, Tomás Perez, contou à Revista PANROTAS que a operadora já teve atuação no segmento de viagens corporativas, mas acabou descontinuando o serviço no começo dos anos 2000. “Não era o que 6
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
sabíamos fazer e quisemos focar no luxo. Com a pandemia e toda a movimentação do setor e dos clientes, vimos uma oportunidade de lançar uma empresa para viajantes C-level, usando toda a nossa expertise em atendimento, personalização e viagens elaboradas nos detalhes, mas em parceria com a LTN, que entende de corporativo e de toda a parte operacional e técnica das viagens a trabalho. Vamos unir nossas expertises em uma nova empresa, a TP Corporate by LTN”, contou Perez. Cada uma das parceiras tem 50% na TP Corporate e Tomás Perez não descarta uma ampliação dessa joint-venture, inclusive no luxo e outros segmentos. O modelo, segundo ele, vai facilitar o objetivo
de lançar um serviço e produto diferente e diferenciado, que não entra no mercado para concorrer de forma igual com as demais TMCs. “Pela primeira vez fechamos um ano com resultado negativo. Passamos 2020 devolvendo dinheiro aos clientes, cuidando de reembolsos e remarcações, e ampliando nossa atuação nas viagens dentro do Brasil. E eu acredito que é na crise que temos sim de investir e buscar oportunidades. Um dos nossos lemas é cuidar bastante do caixa e sempre fomos uma empresa capitalizada, exatamente para podermos tomar decisões e iniciativas como essa da TP Corporate by LTN”, continua Tomás Perez. Segundo ele, a empresa sempre esteve preparada para passar cinco ou seis meses sem venda e foi o que ocorreu, com as vendas de Brasil aparecendo somente no segundo semestre de 2020. O presidente da empresa relembra os momentos difíceis de demissão de funcionários em março e maio do ano passado, algo que a LTN também fez de imediato, para atravessar a crise mais enxuta e aberta a parcerias como essa. “O processo de viajar para as empresas se tornou mais complexo. Viajar passou a ser um tema que envolve vários departamentos e a ser mais estratégico nessas empresas. No caso do viajante C-level, dentro desse ambiente ressignificado, a entrega precisa ser mais diferenciada, como a Teresa Perez já faz com seus viajantes de luxo. Essa união da LTN e da Teresa Perez vai transformar a forma como a jornada desse viajante é tratada e cuidada”, acrescentou Gustavo Bernhoeft, da LTN Brasil. A previsão da nova empresa é vender R$ 100 milhões em três anos (em 2019 a Teresa Perez apresentou vendas de R$ 500 milhões e a LTN de cerca de R$ 100 milhões) e lançar novos serviços, parcerias e novidades aos poucos. A empresa já começa com esse foco no atendimento a executivos C-level, mas também em missões, roadshows e eventos, sejam eles demandas do cliente ou produtos proprietários da TP. Uma aliança global deve ser anunciada em breve, assim como novas contratações. A TP Corporate by LTN começa usando as estruturas da Teresa Perez e da LTN, e sob
Cibeli Marques
o comando de Cibeli Marques, ex-Palácio Tangará. Já há dois consultores específicos para a TP, que busca no mercado um terceiro, especializado em aviação executiva. Segundo Bernhoeft, a busca dos clientes corporativos por jatinhos e helicópteros durante a pandemia cresceu bastante e a TP quer ser a ponte desse mercado para a aviação executiva. “Seremos one-stopshop para a aviação executiva”, gante ele. O NOVO CORPORATIVO A TP Corporate nasce depois do início da pandemia (começando a funcionar 11 meses após) e por isso já alinhada com as mudanças no setor de viagens corporativas e no comportamento do viajante. Inclusive na forma de remuneração das TMCs, assunto que foi destaque essa semana no Portal PANROTAS, em entrevista do presidente da Abracorp, Rubens Schwartzmann. O diretor da LTN diz que essa mudança chega tardiamente e no momento em que a agência de viagens ganha mais valor dentro das empresas. “O trabalho high touch está muito mais valorizado e a TP já nasce com essa pegada em seu DNA”, garante. 3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
7
Gustavo Bernhoeft
Tomás Perez concorda e acrescenta que as agências (ou TMCs) já descobriram que o volume para ganhar bônus nas empresas aéreas já não faz mais sentido. “A hora é de qualidade de receita, de recuperar o capital e atender melhor o seu cliente, desde as questões novas de saúde até a logística completa de sua jornada”, analisa. “Queremos ser o referencial para quem busca uma empresa e profissionais de confiança na hora de decidir e planejar uma viagem de negócios.” Ambos concordam que uma das mudanças é a diminuição no número de viagens, mas que a necessidade do presencial continuará forte, adaptada ao novo momento. “O cliente precisa de informações sobre o que é possível fazer e o que vai tornar sua viagem melhor, segura, confortável. Estamos criando um hub de informações em tempo real para acompanhar o cliente passo a passo na viagem”, conta Cibeli Marques. O QUE VEM POR AÍ A joint-venture da Teresa Perez com a LTN, materializada no momento com a TP Corporate by LTN, vai trazer ainda nos próximos dias várias novidades. Estão no radar, além da aliança global, uma parceira no
8
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
setor de concierge, entrada de novos especialistas no time e um menu de produtos, que pode incluir parceiros, para que a TP também cuide da mobilidade virtual desse viajante, apoiando todas as demandas digitais, intensificadas com a pandemia. “O mercado vai ser híbrido. E teremos tudo o que o viajante e suas empresas precisam nesse momento, no que se refere a mobilidade, logística, viagens, atendimento personalizado e o diferencial de ver que há alguém cuidando de perto e nos detalhes”, diz Gustavo. A TP Corporate também aposta nas viagens sem rótulos, especialmente para o viajante C-level, que agora viu que pode escolher um lugar no mundo para passar férias com a família, mas também trabalhar, resolver algo pessoal e adicionar diversos outros interesses. Sobre atender empresas em toda sua estratégia de viagens, Cibeli Marques diz que é possível sim, mas dentro desse perfil de um viajante de mais alto nível e mais exigente. “O nosso atendimento é diferenciado e se encaixa em alguns perfis de empresa, nossa equipe é mais sênior... Não é só emitir uma quantidade enorme de Ponte Aérea”, exemplifica Perez.
BRASIL PRONTO? Com as vendas no Brasil responsáveis por 95% dos pedidos, a Teresa Perez transformou seu departamento nacional durante a pandemia. Mas o Brasil está pronto para atender o luxo? “O Brasil tem um grande potencial para crescer as viagens internas, as viagens locais. Há muitas pousadas com bossa pelo País, hotéis pouco ou mais conhecidos, trazendo a autenticidade que se quer nesse momento. Estive há poucos dias no Refúgio da Ilha, no Pantanal Sul, um local que eu não conhecia e me surpreendi com a gastronomia local, com a autenticidade. Eu amei, mas não é para qualquer um. Aí voltamos à velha e infalível máxima: know your client (conheça seu cliente)”, avalia Perez. Além da questão estrutural e do produto, outro desafio está na distribuição. Mesmo na hora de ter um sistema para lidar com os diversos canais de vendas, essas pousadas ou hotéis pequenos não têm as ferramentas e a Teresa Perez pode ajudar nessa ponte. “O agente de viagens precisa preparar bem a expectativa dos clientes para os produtos no Brasil. De forma alguma esquecemos o internacional, e estamos ansiosos pela reabertura das fronteiras, mas esse momento de ajuda ao Brasil, projetando um novo País para viajantes daqui e de fora, é muito importante." Para Gustavo Bernhoeft é uma boa hora para o exercício de criação (de produtos, roteiros, novos serviços), especialmente na área de incentivos em destinos no Brasil. Confira no vídeo abaixo as tendências para as Viagens de Luxo e as Viagens Corporativas, segundo os diretores da Teresa Perez e LTN. Mais informações sobre a TP Corporate by LTN: cibeli.marques@tpcorporate.com.br n
Tomás Perez
CLIQUE AQUI
ASSISTA AO VÍDEO COMPLETO
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
9
Gente
Rodrigo Vieira
RUBENS SCHWARTZ-MANN, ENTREVISTA COM
Os negócios em viagens corporativas como existiam antes acabaram. O setor foi devastado pela pandemia de covid-19 e as TMCs, agências voltadas para viajantes a trabalho, estão sendo obrigadas a rever modelos. Elas já viviam atuando em modelo nada sustentável antes desta crise sem precedentes, com receita variada, baseada em transações, atuação essa que já vinha sendo rechaçada pela Abracorp durante a última década, mas o coronavírus é a pá de cal, é a gota d'água para que as TMCs se reinventem ou simplesmente deixem de existir. É desta maneira que Rubens Schwartzmann, que reassumiu a presidência do Conselho de Administração da Abracorp, enxerga o cenário das viagens corporativas no País. O também diretor da Costa Brava mostra que o desafio à mesa dos empresários do setor é tão grande que ainda é cedo para prever "retomada", ajustando o termo para "reconstrução". Para ele, já havia passado da hora de as TMCs cobrarem
10
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
PRESIDENTE DA ABRACORP
pelo valor qualitativo que agregam às empresas clientes, e não mais pelo transacional, algo que inevitavelmente era trazido aos BIDs, na ganância de conquistar toda concorrência. E o que se imagina para a tal reconstrução? "Tem que sair um novo formato de remuneração da TMC que não seja transacional, e sim pela consultoria. E essa remuneração também precisa ser revisitada com os fornecedores, que na pandemia escancararam o quanto precisam do viajante corporativo, por sua
vez impulsionados pelas TMCs. Quando falamos de sustentabilidade em viagens corporativas, é sobre ganhar dos três lados: empresa, agência e fornecedor. Já estou vendo movimento de TMC encerrando contrato com empresas em que essa situação não era sustentável. A pandemia tem de acelerar essa mentalidade. Se não aproveitarmos esse momento, esse aprendizado que a crise está trazendo, nunca mais acertaremos essa situação", afirma Rubens Schwartzmann. "No entanto, uma TMC sozinha não consegue nada. Ao entrar no BID ela é desqualificada na hora, enquanto as outras se submetem a condições predatórias. Estatizamos essa situação nos Princípios de Valor da Abracorp, disponível em nosso portal desde 2016. É uma prática essencial para cliente, associado e fornecedor. À época surgiu o Canal de Transparência, cuja ideia era colocar a Abracorp como mediadora de qualquer situação adversa, algo para tentar implementar mudança comportamental, mas essas coisas demandam tempo, afinal estamos lidando com grandes empresas, muitas delas exigem resultado imediato, e a queda no custo por transação consegue dar, em curto prazo, um resultado satisfatório ao enxugar custos, o que não se aplica no longo prazo. Desde então alertamos: 'veja se seu contrato é viável, cuidado com prazo de pagamento, não adianta fazer com que a TMC tente financiá-lo'." Outra tentativa da Abracorp foi colocar uma franquia mínima à empresa e, caso o volume de transação acordado não seja alcançado, essa franquia precisa ser paga. Resultado: mais um motivo fácil para desclassificação nos BIDs.
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
11
REVISÃO DE MODELOS Eis que agora, com as vendas do corporativo, a muito custo, em um patamar menor do que 30% do volume pré-pandemia, a situação foi escancarada. Diferentemente do lazer, em que o consumidor é o responsável pela sua própria viagem, no corporativo há uma ponderação maior, e as TMCs estão debilitadas, precisando de ajuda e... rever modelos. "A gente já sabia que a receita baseada em transação era ruim, mas agora veio à tona. Toda aquela estrutura preparada para o cliente tem de ser mantida, mas sem entrada de receita nem do cliente, nem do fornecedor. Desta forma, o modelo que todos sabíamos ser insustentável simplesmente morreu. Só falta enterrar", afirma Schwartzmann. Fazer as grandes empresas enxergarem que na área de Compras o produto viagem tem de ser trabalhado diferentemente de commodities será, portanto, obrigação para as TMCs, principalmente depois de a pandemia ter mostrado que a tecnologia pode evitar deslocamentos desnecessários. "Viagens corporativas não aceitam visão simplista. É preciso olhar no longo prazo, além de mostrar que pode haver uma evolução do negócio com o bemestar do viajante. A agência de viagens corporativas agrega muito valor à empresa, mas esse trabalho tem de ser remunerado corretamente. Não há inteligência de dados, gerenciamento de contas e outros serviços sem receita. É mais do que inviável atuar assim, é impossível." FORNECEDORES Outra relação que precisa passar por uma revisão é a das TMCs com as companhias aéreas, hotéis, transportes e outros serviços. As agências e a própria Abracorp busca encontrar uma relação saudável para todos os lados. "Sem receita uma TMC não vive, mas as aéreas também não vivem sem passageiros. É uma via de mão dupla. Os clientes precisam desse serviço. A pandemia também impulsionará essa reconstrução, pois fez o fornecedor enxergar a nossa importância."n
12
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
PATROCINADO
COSTA TOSCANA: O NAVIO QUE PROMETE SER O PRÓPRIO DESTINO DE VIAGEM Com a promessa de elevar o nível de uma experiência a bordo em um cruzeiro, o Costa Toscana pode ser definido como o próprio destino da viagem. O novo flagship da Costa Cruzeiros é uma homenagem à região da Toscana, que dá nome ao navio, e é resultado de um projeto criativo extraordinário, com curadoria do designer Adam D. Tihany. Sua paleta de cores foi inspirada nas diferentes fases do dia, e haverá atrações perfeitas para cada uma delas. Construído no estaleiro Meyer Turku, na Finlândia, o Costa Toscana entrará em operação em 26 de dezembro de 2021 em águas brasileiras. Serão 16 embarques de Santos e Salvador, em cruzeiros de sete noites, além de uma viagem de Páscoa e a despedida rumo à Itália em 17 de abril de 2022. Para acomodar os 6.730 hóspedes, o navio dispõe de 2.663 cabines, que aliam estética ao conforto. A nova categoria de cabine, com terraço e varanda, oferece um belo espaço onde o hóspede pode tomar café da manhã, saborear um aperitivo ou apreciar a vista. O Costa Toscana une o melhor da gastronomia e do design, serão 16 restaurantes, 8 bares temáticos, 5 food outlets, além de áreas de experiências gastro-
nômicas, como o restaurante LAB, onde o hóspede pode testar suas habilidades culinárias sob a supervisão de chefs. O Colosseo é um espaço localizado no centro do navio e ocupa 3 andares. No local, shows serão exibidos e conduzidos em telas, posicionadas nas paredes e na cúpula. O deck superior é um charme à parte, com piso de cristal, que permite sentir a emoção de “voar" sobre o mar. Quatro piscinas, uma delas interna e de água salgada, completam a diversão. O Costa Toscana foi desenvolvido para ser uma "cidade inteligente itinerante", onde os conceitos de soluções sustentáveis e de economia circular são aplicados para reduzir o impacto ambiental. Assim como seu irmão gêmeo Costa Smeralda, o Costa Toscana pode ser movido a GNL (Gás Natural Liquefeito), a mais avançada tecnologia da indústria marítima atualmente disponível para a redução de poluentes. Os roteiros a bordo do navio Costa Toscana podem ser adquiridos em até 10 vezes sem juros pelo portal Costa Extra (www.costaextra.com.br), exclusivo para as agências de viagens.n
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
13
Rodrigo Vieira Tecnologia
COPASTUR ANUNCIA TRAVEL TECH
CLIQUE AQUI
ASSISTA AO VÍDEO COMPLETO Há mais de 47 anos no mercado atuando como agência de viagens corporativas, a Copastur anuncia que agora também é uma Travel Tech. A companhia promete a oferta de tecnologia e soluções próprias para futuros e atuais clientes, usando sua expertise no mercado de viagens e eventos corporativos para criar ferramentas personalizadas. "Nosso compromisso é entregar as melhores experiências, impactar positivamente as pessoas, oferecer uma consultoria que facilite as decisões do dia-a-dia dos nossos clientes e usar a tecnologia a nosso favor", afirma o diretor da Copastur, Edmar Mendoza. "Com o nosso movimento de ser uma empresa humanizada e com gestão ágil, foi natural nos colocarmos dentre as principais Travel Techs do mercado, liderando as tendências tecnológicas disponibilizadas aos nossos clientes e parceiros", completa. A campanha desse novo posicionamento está sendo lançada no evento Lacte 16, no qual a Copastur figura como uma das patrocinadoras. Saiba mais em www.copastur.com.br/traveltech
14
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
Edmar Mendoza, diretor da Copastur
Mercado
Beatrice Teizen
MESMO PAPEL, NOVAS ATRIBUIÇÕES Uma pandemia nessa dimensão em pleno século 21 com certeza não estava nos planos dos gestores de viagens e eventos corporativos. Claro que era algo possível, mas outros entraves, como guerras, desastres naturais e ataques terroristas pareciam mais prováveis. No entanto, chegou o coronavírus e, com ele, o mundo inteiro parou. Repensou, mudou e, agora, tenta, em passos lentos, retomar as atividades. Com a covid-19 vieram diversas demandas, necessidades, problemas e preocupações às viagens a negócios, aos viajantes corporativos e aos travel managers que, de mãos atadas e sem ter o que fazer, precisaram, em um primeiro instante, trazer de volta para casa aqueles que se encontravam fora do País quando fronteiras começaram a fechar e voos foram sendo cancelados. Surgiu aí um novo papel do gestor. Ou melhor dizendo, não um novo papel, mas sim, uma enorme lista de novas atribuições que este profissional precisou adicionar aos seus já recorrentes afazeres. “Antes, controlávamos os custos, acompanhávamos os processos de reembolsos, pedidos, relacionamento com fornecedores. Hoje, aumentamos ainda mais o contato com as embaixadas, desenvolvemos projetos de expatriação e, com o excesso de informações em constante mudanças, precisamos tomar muito mais cuidado com aquelas respostas de
Patricia Mello, gestora de Viagens do Credit Suisse
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
15
bate pronto. Nossa função começa a envolver o time de saúde, de segurança e acabamos capitaneando trabalhos com outras equipes”, explica o líder de Viagens Regionais para América Latina da Unilever, Vinicius Luz. Com menos viagens (e ainda sem muita previsão para a recuperação total) o gestor precisa ser ainda mais eficiente e mostrar para a corporação o valor de suas estratégias, capacidade de adaptação, resiliência em frente às dificuldades e competência de repassar informações aos viajantes. Sem contar o jogo de cintura para negociar com os fornecedores e, mais importante ainda, manter a parceria com os mesmos, apesar do tempo de adversidades. “Não acho que seja um novo papel, acho que temos de ser ainda mais eficientes, fazer valer nossa cadeira. As coisas estão críticas, temos cada vez mais questões de segurança que estarão cada vez mais atreladas, trazendo informações ainda mais relevantes para os viajantes, já que elas estão em constante mutação. É preciso criar um canal de comunicação verdadeiramente eficiente, já que o que antes podia ser feito no automático, agora não dá mais. É preciso entregar ainda mais competência na comunicação, segurança e experiência de quem viaja”, afirma o gestor de Eventos e Viagens para Brasil e América Latina da Roche, Rodrigo Cezar, também ex-presidente da Alagev. AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR Em um movimento cada vez mais comum de os próprios viajantes reservarem com liberdade suas viagens, dentro das preferências estabelecidas pelas companhias, com a pandemia, o cenário mudou um pouco e o que antes era feito de maneira livre, hoje é mais engessado, com maior necessidade de aprovações. Seja por meio de um protocolo de préaprovação, alinhamento com departamento de security ou autorização por parte do C-level da corporação, apenas viajam aqueles que realmente precisam para realizar tarefas essenciais. Neste momento, mais nacionalmente, já que a maioria das fronteiras com o Brasil está fechada.
16
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
Rodrigo Cezar, gestor de Eventos e Viagens para Brasil e América Latina da Roche
Vinicius Luz, líder de Viagens Regionais para América Latina da Unilever
“O viajante sempre teve liberdade, porque temos uma regra de seguir o que o business exige. Desde junho de 2020 retomamos nossos deslocamentos nacionais e o que mudou nos nossos processos é que eu estou, por exemplo, acompanhando todas as emissões, sendo copiada em todos os e-mails da agência para poder monitorar. Além disso, agora precisamos da autorização do nosso head para emitir”, conta a gestora de Viagens do Credit Suisse, Patricia Mello. A autorização para viajar é importante principalmente para garantir o monitoramento total do colaborador que saiu em viagem pela empresa. Antes do deslocamento, realizando testes de covid-19 e preenchendo questionários de saúde, durante, sabendo 24 horas por dia, sete dias por semana, onde ele está, e pós, quando ele retorna para casa, monitorando não só a sua saúde, mas também de sua família. Em grandes organizações, as questões mais globais – principalmente as de segurança – estão sendo cada vez mais integradas e aplicadas à realidade local. “Nas viagens internacionais pontuais que estamos tendo, envolvemos o
time de saúde tanto do país em que o funcionário vive quanto do que ele vai visitar para que todo mundo fique alerta. Criamos alguns níveis de segurança, que vão desde situação normal a lockdown total. Quando a viagem é aprovada, o viajante recebe os índices do local que está indo... Tudo para controlar a segurança”, pontua Vinicius Luz. ANIOSOS PARA VOLTAR À ESTRADA Com quase um ano de pandemia, o anseio por viajar – seja a lazer ou a trabalho – está latente. Quem tinha uma rotina de estar sempre na estrada para fazer negócios, precisou se adaptar à nova vida mais dentro de casa, às reuniões virtuais e aos acordos feitos à distância. Apesar de o vírus ainda circular e o medo estar presente, é nítido que os funcionários estão ansiosos e desejam, assim que possível, retomar suas viagens. “O colaborador está louco para viajar. O ser humano se acostumou com viajar, a ir e vir, a estar com as pessoas. Muitos saíram do medo, já conhecem os protocolos, estão seguindo a vida de maneira diferente, seguindo, claro, todos os cuidados,
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
17
já que as coisas estão mais claras, o que traz uma sensação de menor vulnerabilidade. Há uma ansiedade de retorno, mas, no nosso caso, eles também estão gratos pela conduta ética e correta que a empresa tem, já que a Roche preza muito pelo bemestar”, relata Cezar. No entanto, a vontade de viajar traz uma equação delicada: se aquele funcionário está viajando a lazer, como pessoa física, ele pode viajar a trabalho, como pessoa jurídica, caso seja necessário? Ele pode negar o deslocamento? O que ele faz na vida pessoal pode ser relacionado à vida profissional? “Como empresa, é preciso dar as recomendações com clareza aos colaboradores. Seja por meio de mensagens diretas do presidente, um aviso antes de feriado, pedindo para tomar cuidado... É difícil desassociar a pessoa física da jurídica, está tudo muito integrado. Mas o mais importante é manter uma comunicação clara e direta, porque, daí, vai da conduta e consciência de cada um. É algo complexo, mas a palavra é comunicação”, reforça o gestor da Roche. NO VACCINE NO TRAVEL? Em seu último relatório anual, o BTI Outlook, a GBTA traz análises detalhadas das viagens a negócios em 2020, com projeções para 2021 e além. Cobrindo 75 países em 48 setores, o levantamento mostra uma recuperação total dos deslocamentos corporativos aos níveis pré-pandêmicos esperada até 2025. Fato é que, por conta da atenção ao compliance e ao duty of care dentro das companhias, a retomada completa das viagens para fora do Brasil só será possível com a vacina. O retorno gradativo já está acontecendo, deslocamentos dentro do País já estão sendo realizados, alguns setores
18
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
já estão retornando e outros nunca pararam com as viagens – como o de óleo e gás –, mas é com a vacinação que as corporações se sentirão realmente seguras e preparadas para colocarem suas equipes de volta ao ar. “Vemos a vacina como a alternativa para as viagens internacionais e para eventos e treinamentos presenciais. O retorno está e será gradual, sem pressa, pois estamos também respeitando a vontade e o desejo do funcionário e se ele se sente confortável ou não. Assim como estamos fazendo o controle da saúde e do bem-estar, dando suporte e os equipamentos de proteção individual, a empresa também está acompanhando a possibilidade da vacina”, explica Patricia. Uma data é difícil de prever, afinal, a situação do coronavírus é inconstante e muda a cada dia, mas o início do processo de vacinação e os possíveis medicamentos para a covid-19 que estão surgindo acendem uma luz no fim do túnel e trazem a esperança que não existiu em 2020 de que uma hora as viagens corporativas voltam, assim como os eventos e reuniões presenciais. Enquanto essa retomada não acontece, o momento é de oportunidade para o travel manager focar em questões que antes podiam não estar sendo tocadas. “Agora é a hora de olhar para outras circunstâncias, como sustentabilidade. Com a parada mundial, vimos a poluição de diversas cidades desaparecer... Também é o momento de renegociar, mas não necessariamente baixar o custo, mas de realmente reavaliar as parcerias, talvez diminuir o número de fornecedores, tentar direcionar um pouco mais e, quando as viagens voltarem, pulverizar de novo. Quem sempre bateu à porta nunca é esquecido”, finaliza o gestor de Viagens da Unilever. n
6
PANROTAS — 3 a 9 de fevereiro de 2021
Retomada Filip Calixto
EVENTOS POSSÍVEIS Leandro Cassio
Palácio Tangará
Mais que mudanças no cuidado com clientes e introdução de protocolos de saúde e segurança, hotéis e resorts alteraram também a rotina no que diz respeito à realização de eventos. Depois de meses de portas fechadas, os meios de hospedagem voltaram a funcionar com novas práticas e algumas adaptadas numa realidade em que a pandemia ainda é presente. Mas como são os eventos possíveis para o momento? Como eles podem ser feitos e como é a demanda atual? Com base nessa curiosidade e na intenção de traduzir o cenário para esses empreendimentos, a reportagem da PANROTAS conversou com alguns representantes de meios de hos-
20
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
pedagem acostumados a receber eventos de portes e tipos variados para entender quais as regras e tendências atuais. Com boa parte da sua operação apoiada na realização de eventos desde que abriu, em 2017, o cinco estrelas Palácio Tangará, em São Paulo, passou cerca de seis meses fechado em 2020. A reabertura aconteceu em setembro e as operações de hospedagem e convenções foram retomadas praticamente juntas. A primeira reunião corporativa aconteceu no segundo dia de reabertura. Desde então elas se repetem nos formatos mais diversos embora ainda com frequência bem menor na comparação com o período pré-pandemia.
“Já voltamos a receber todo o tipo de eventos. Corporativos, lançamento de produtos, treinamentos e sociais. Grande parte deles tem acontecido em formato presencial mas alguns são híbridos”, informa o diretor de Vendas e Marketing da propriedade, Leandro Cassio. “Ao falar de frequência, obviamente tivemos uma redução considerável do volume, porém conseguimos inovar em diversas frentes e com isso estamos mantendo uma certa constância”, acrescenta. As inovações citadas pelo executivo, além de levarem em consideração o momento, que é repleto de restrições, tiram proveito da localização do hotel, dentro do Parque Burle Marx, numa rara área verde na região. Na coleção de produtos criados para uma realidade com limitações, Cassio cita o piquenique corporativo, para reuniões empresariais, e lembra da realização de um casamento Kosher, que foi organizado num novo conceito, como exemplo de ocasião social. O diretor de Vendas ainda salienta que tudo no hotel paulistano tem sido feito em conformidade com o que é permitido pelo governo estadual, que determina obrigatoriedade de uso de EPIs, por funcionários e participantes, e limite de capacidade para visitantes. Todo esse controle segue um combo de regras determinadas por profissionais do setor de saúde, elaborando novas práticas que garantam a segurança da operação contra a covid-19. No Palácio Tangará essas determinações foram criadas a partir de uma parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, que construiu uma cartilha de biossegurança, tanto para hóspedes como para funcionários. “Com isso conseguimos ir a fundo nos cuidados e desenvolvimento contínuo dos protocolos”, reitera Cassio. A relevância de um carimbo de especialistas também foi procurada e alcançada no Wish Serrano, hotel da rede GJP em Gramado, na Serra Gaúcha. Na unidade, assim como em todas as propriedades da rede, o que vigora é o selo Clean & Safe, que delimita atitudes tanto para hóspedes como para clientes que utilizam as salas de eventos. “A GJP investiu R$ 3 milhões em diver-
Fernanda Oliveira
sas ações que contemplaram novas medidas, processos e protocolos de biossegurança para eventos em nossas dez unidades pelo Brasil. Isso inclui a consultoria exclusiva com o hospital Sírio-Libanês, a implementação do selo Clean & Safe, e todas as mudanças estruturais nas unidades: fluxo de pessoas, fornecedores e staff, acessos, totens de álcool gel, limpeza redobrada, sinalização em geral, posicionamento de móveis, distanciamento de mesas e cadeiras com dois metros mínimos, entre outras ações”, resume a gerente Nacional de Vendas de Corporativo e Mice da GJP, Fernanda Oliveira. As adaptações, em linhas gerais, não foram suficientes para retomar o ritmo e a movimentação do começo do ano passado. “Obviamente temos recebido
Armação Convention Center Porto de Galinhas
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
21
um volume menor do que o habitual. Mas a frequência vem numa crescente, seguimos realizando eventos de todos os tipos e todos os meses na unidade, ainda muito voltados ao mercado regional das empresas gaúchas”, informa. Mesmo com movimentação menor, a gerência do empreendimento gaúcho acredita que vive um momento de fortalecimento na área de convenções. Hoje, no Wish Serrano, a demanda por reuniões empresariais significa 80% do todo. Os outros 20% são de eventos sociais, que também são bem populares no destino. “Recebemos o nosso maior evento em novembro. Nessa ocasião havia 350 pessoas participando presencialmente e mais 2 mil foram alcançadas de maneira virtual. Eventos deste tipo vieram para ficar e estamos prontos para receber essas versões”, aponta Fernanda. O exemplo, já é conhecido no setor como híbrido, que é quando se misturam os formatos presencial e virtual, e ensejou investimentos da GJP. Conforme revela a gerente de Vendas Corporativas, a empresa investiu maciçamente em inovação e tecnologia desde o ano passado. A injeção financeira culminou na criação do GJP Link, um produto voltado a eventos digitais. “Este tipo de evento já está à venda em nosso portfólio em todos os hotéis e com o que há de mais moderno em tecnologia”, pontua a executiva. “Hoje é possível montar um estúdio para transmissão ao vivo de um evento em qualquer hotel da rede, com internet de alta velocidade e possibilidade de moldar o evento exatamente ao gosto do cliente, seja ele híbrido ou 100% online”, reforça. O mesmo movimento vale para o Palácio Tangará que, notando o crescimento dos híbridos, fortaleceu sua parceria com a R1, empresa de tecnologia para eventos. “Com isso temos a possibilidade de atender qualquer solicitação dos nossos parceiros com o que há de mais moderno e tecnológico em equipamentos de captação e transmissão”, revela Cassio. NORDESTE Mas se para os hotéis gaúchos e pau-
22
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
Valeria Gordilho
Jamila Gavrito
listanos a experiência virtual funcionou com uma saída, há quem ainda não tenha experimentado essa perspectiva. Com dois hotéis e um centro de convenções no turístico balneário de Porto de Galinhas (PE), o Grupo Armação não tem tido muita procura para organizar eventos híbridos. Segundo relata a gerente de Vendas, Valéria Gordilho, os organizadores não enxergam muito sentido em realizar o evento num local conhecido pelas belas praias e não levar os participantes, esvaziando a possibilidade dos encontros serem feitos de maneira virtual. A executiva também conta que, desde a
reabertura para o público, ainda no ano passado, as unidades não receberam eventos. Há perspectiva, contudo, que o quadro mude a partir do segundo semestre, quando alguns encontros que foram transferidos de 2020 terão lugar. “Para o que temos programado para a segunda parte do ano, dois foram vendidos ano passado e parte é resultado de remarcação”, afirma. O Grupo Armação, conforme conta a porta-voz, tem no seu maior salão para feiras o exemplo mais bem acabado de como os protocolos podem impactar na realização de um evento. A maior área disponível é capaz de receber até
1 mil pessoas sentadas. Entretanto, de acordo com as regras atuais do governo pernambucano, as exigências de distanciamento fariam com que o espaço pudesse receber apenas 400 pessoas. “Temos agido de acordo com um manual para a realização de eventos. Esse material foi elaborado pela Abeoc e submetido ao governo do Estado, que concordou”, pontua Valéria. O mesmo contexto de localidade vale para o complexo Iberostar, que conta com dois resorts no litoral da Bahia, na Praia do Forte. Momentaneamente, segundo revela a gerente comercial de Mice, Jamila Gavrito, as reuniões realizadas têm sido com número de participantes limitado, mas a procura tem aumentado com o passar dos meses. “Estamos recebendo pequenos eventos, oferecendo salas de conferência até três vezes maior do que em um período sem pandemia, respeitando assim o distanciamento entre os participantes. A demanda começou a reativar um pouco no segundo semestre de 2020 e, a partir de novembro, passamos a receber cerca de cinco eventos em média por mês”, elucida a gerente. “Somos procurados para a realização de todo tipo de eventos e o número de solicitações vem crescendo a cada semana. Mas há mais confirmações de eventos híbridos, com uma menor porcentagem de participantes presencialmente. Também recebemos algumas lives, nas quais somente os artistas e suas produções estão no resort e o show é transmitido ao vivo para pessoas que estão na segurança de seus lares, em todas as partes do Brasil. Foi assim no Carnaval 2021, com a transmissão de um show das cantoras Ivete Sangalo e Claudia Leitte juntas no palco”, lembra. No caso das lives e dos eventos presenciais, mesmo que pequenos, tudo acontece de acordo com uma série de novas regras que valem igualmente para clientes e funcionários. “O que precisa ser transformado é a forma como conceituamos esse serviço e o que oferecemos aos nossos clientes. Durante o verão de 2020, vivemos um processo de adaptação sem precedentes com o objetivo de garantir a segurança dos nossos colaboradores e clientes re-
configurando a nossa forma de atuar em tempo recorde, realizando um conjunto de ações de higiene, segurança e saúde e criando um Comitê Consultivo Médico, além de manter uma excelente experiência de lazer”, pondera a profissional. Com esse lembrete, Jamila também enfatiza o conjunto de protocolos, que na rede espanhola é chamado de How We Care e reúne 300 medidas. “Temos ciência de que ainda há muita incerteza mas, na Iberostar, continuamos a trabalhar intensamente para assumir nossa responsabilidade na recuperação, preparando nossos hotéis para o novo cenário, avançando no nosso compromisso com modelos de turismo responsável e em termos de sustenta-
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
23
bilidade, além de manter o olhar a longo prazo”, revela. INTERIOR DE SÃO PAULO Em outro destino conhecido pelo alto fluxo de turistas, o Hot Beach Parque & Resort, de Olímpia, no interior paulista, só voltou a receber eventos em janeiro. O retorno, que poderia ser considerado tardio, contudo, não significa morosidade. Em pouco mais de um mês o departamento tem recebido boa movimentação e, em março, uma conferência para 1,5 mil pessoas deve acontecer no resort. “Todas as nossas unidades estão preparadas com todos os recursos de contingência que garantem a proteção dos visitantes, participantes e colaboradores: medição de temperatura nas entradas dos empreendimentos, uso obrigatório de máscaras em todas as áreas
secas dos resorts e parques, recipientes de álcool gel, rigor no uso de luvas e higienização das áreas de alimentação, sempre assegurando o distanciamento e respeito às adversidades", garante o gerente comercial e de Eventos, Marcos Bittencourt. MEGACOMPLEXOS Nos complexos Tansamerica e Royal Palm, de São Paulo e Campinas, o desejo de ter os eventos de volta é proporcional ao tamanho das estruturas e, nos dois casos, já existem encontros presenciais acontecendo desde o último trimestre do ano passado. Para o grupo Tansamerica, que tem um hotel com área de convenções e um centro de conferências na zona sul da capital paulista, em outubro o movimento recomeçou. Segundo comenta o diretor
Alexandre Marcilio
Transamerica São Paulo - Área verde virou área de eventos, seguindo os novos protocolos, como no evento Transamerica Green Days - Foto Divulgação
24
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
geral do Transamerica Hospitality Group e Transamerica Expo Center, Alexandre Marcílio, todos os equipamentos da marca atribuem ao mercado corporativo grande relevância. Sendo assim, o impacto da pandemia foi negativamente grandioso até outubro, quando os primeiros sinais de retomada começaram a aparecer. “O Hotel Transamerica São Paulo reabriu ao público em outubro de 2020, já com todos os novos protocolos sanitários determinados pelo selo Safe Guard. Pouco tempo depois, em novembro, voltou a receber eventos presenciais corporativos como o Fretamento 2020, que discutiu a realidade do setor de fretamento nesse novo momento causado pela disseminação do coronavírus”, lembra o executivo. Com a virada do ano e o agrava-
Priscila Domit
mento da pandemia, principalmente nas primeiras semanas de janeiro, o grupo voltou atrás e reduziu novamente a capacidade de receber pessoas. Mesmo assim, conforme conta o diretor geral, há sinais de recuperação no horizonte. “Já estamos sentindo o mercado se movimentar aos poucos, mesmo que a demanda ainda seja baixa por conta da pandemia. Apesar disso, a busca por eventos no complexo do hotel e o Transamerica Expo Center tem aumentado”, reitera. A impressão otimista também vale para o megacomplexo campineiro, onde a busca pela realização de eventos se deu em compasso idêntico à flexibilização das medidas restritivas determinadas pelo governo estadual. “Desde o retorno à fase amarela e a liberação de eventos de pequeno porte - respeitando, claro, todas as regras de distanciamento e seguindo protocolos de saúde e segurança - atendemos demandas nesse sentido; e, acredito que esse movimento deve continuar até o final do primeiro semestre. Porém, o segundo já se mostra mais otimista com eventos programados para receber de 600 a 2 mil pessoas”, aponta a diretora de Vendas e Marketing do Royal Palm Hotels & Resorts, Priscila Domit. Nos dois casos, a maior parte das reuniões recebidas atualmente são de pequeno porte, presenciais e requisitadas por empresas dos mais variados ramos. Há encontros feitos por companhias das áreas da educação, automóveis, agronegócios, saúde, esportes, beleza, bens de consumo e tecnologia. Quase sempre sediadas no Estado de São Paulo. Quando o tema são as limitações impostas pelo momento, ambas as redes citam a necessidade de cumprir as determinações do poder público. No Royal Palm, além de limitar o número de pessoas circulando pelas propriedades, cada uma das salas de reuniões pode receber somente 40% de sua capacidade total. “Também tivemos que colocar outras regras como oferecer porções individuais, coffee exclusivo, priorização de salas e cuidado com a maior circulação de ar. Tudo isso para se adaptar ao novo formato”, sustenta Priscila. Nas propriedades Tansamerica, além
Marcos Bittencourt, do Hot Beach
das alterações físicas com instalação de dispensers de álcool em gel espalhados pelas salas de eventos, desinfecção de headsets e portas das salas sempre abertas, ainda há novos protocolos relacionados à equipe e os site inspections são feitos virtualmente. Na parte do credenciamento tudo é feito on-line e, como a medição de temperatura é obrigatória para todos os participantes, além da organização ter como tarefa informar sobre qualquer suspeita de paciente sintomático. n 3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
25
Hotelaria Rodrigo Vieira
HOTEL TAMBÉM PARA DORMIR Em busca de receitas alternativas durante a pandemia, muitos hotéis buscaram sair do trivial para se tornar um hub multifuncional e ir ao encontro das tendências ocasionadas pelas novas normas de distanciamento social. Room office, staycation, longstay para a família, eventos híbridos, com direito a estúdios e investimento em tecnologia foram algumas das principais vias escolhidas pelos empreendimentos que desde março de 2020 viram o gráfico de reservas despencar de maneira jamais sentida. Não que estas sejam alternativas inéditas e tampouco revolucionárias na hotelaria, mas as necessidades diante da crise aceleraram projetos antes coadjuvantes em um setor cuja essência está na hospitalidade. O aproveitamento de uma estrutura já existente em serviços, como A&B, atendimento, limpeza, segurança, entre outros, e espaços ociosos se mostrou algo conveniente enquanto os quartos não têm a demanda necessária para fazer a máquina rodar. "Devido à pandemia, muita prática já existente foi acelerada, como a digitalização e as novas formas de trabalho. A obrigatoriedade do home office e das reuniões à distância mostraram que os talentos podem atuar de qualquer lugar. São transformações do ambiente de trabalho que impactam o universo das viagens corporativas e, assim sendo, tanto em 2020 quanto em 2021 o orçamento de viagens das empresas foi e permanece muito reduzido, ainda mais devido à preocupação das empresas com a segurança das equipes", ilustra a sócia-diretora da Mapie e Disque9, Carolina Sass de Haro, parceira da PANROTAS no projeto TRVL LAB. 26
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
Segundo ela, essa aptidão para lidar com profissionais longe de suas empresas já era algo existente no escopo da hotelaria corporativa, mas são elementos que com a pandemia ganharam um impulso muito grande. "Isso deve permanecer por alguns anos, pois a situação da pandemia deverá ser instável até que todo mundo esteja vacinado e entendamos melhor a vacina. O impacto dessas novas formas de trabalho nas viagens corporativas vai continuar aparecendo, pois temos as empresas trabalhando com orçamento reduzido, entendendo que muitos dos deslocamentos que antes ocorriam não são fundamentais para os negócios e bom andamento das empresas", acrescenta Carolina. Na Accor, uma das maiores e mais importantes redes hoteleiras do mundo, todas essas possibilidades de receita deixaram de ser tendência. São realidades de agora e de adiante. O CEO da rede para América do Sul, Thomas Dubaere, revela a previsão do desaparecimento de 20% dos negócios corporativos nos hotéis em nível global. "Pequenas reuniões se manterão virtuais, não teremos mais tantas viagens, então será uma parcela que perderemos", afirma o executivo. É por isso que a Accor, além das várias ferramentas para facilitar a vida do hóspede corporativo, também tratou de adaptar seus hotéis ao lazer. "Temos de olhar para mais destinos de passeio, de praia, montanhas, os clientes querem estar mais na natureza", completa Dubaere. Tal olhar para o lazer, contudo, demanda adaptações não apenas estruturais, como também de viés profissional, em serviços. "É uma mudança de perfil que veio para ficar, mesmo após a pandemia. O bleisure (viagens corporativas que incluem momentos ou dias de lazer), que já era algo salientado, ganhou maior importância. A demanda se transformou, e com ela a mentalidade dos profissionais dos hotéis corporativos também tem de mudar. Estamos mudando as orientações aos gerentes gerais para que reverberem a nova maneira de se relacionar com o cliente", explicou o COO Midscale e Econômico da Accor no Brasil, Olivier Hick. Isso não significa que a Accor ignorou a oferta para o novo perfil de viajante corporativo. "Muito pelo contrário", ressalta Hick. "Revimos cada metro quadrado vazio de nossos hotéis e como poderíamos utilizá-los. Em equipe, chegamos a criar várias alternativas, como room office para quem busca um lu-
Carolina Sass de Haro
Olivier Hick
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
27
Sala privada by Wojo, no hotel Adagio São Paulo Barra Funda
gar seguro, com conexão confiável, com boa alimentação. Em janeiro confirmamos a chegada da nossa marca global de coworking, a Wojo, que chega para oferecer o conceito coworking com experiência de hotel e sobretudo com os protocolos All Safe, certificados pelo Bureau Veritas." Para montar o conceito da nova marca, a companhia hoteleira realizou uma pesquisa que consultou mais de 300 pessoas no Brasil. Os resultados mostraram que houve uma mudança de comportamento desse cliente, pois no período pré-pandemia, apenas 8% dos respondentes costumavam trabalhar sempre ou quase sempre em cafés ou restaurantes, e 7% em coworkings. Mas, com a pandemia e adaptação no modo de trabalho das pessoas, 21% dos participantes responderam que poderiam trabalhar em cafés, restaurantes ou espaços de coworking, sendo os maiores motivos: para 50%, sair do ambiente doméstico; 47% alegaram que seria ter um ambiente mais agradável para trabalhar e 37% utilizariam esses espaços para ter uma estrutura de escritório mais adequada. Mais de 50 "spots" Wojo foram abertos no Brasil, e a ideia é chegar a 100 até o fim deste ano. Segundo Olivier Hick, cerca de quatro mil conexões de profissionais com a Wojo foram registradas em aproximadamente um mês de existência do coworking.
28
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
"Hoje essa é a oferta que temos por necessidade. No futuro, a ideia é mostrar a um cliente que nunca pensou em usar hotel essa oferta Wojo e dar a ele a oportunidade de concentrar reuniões de trabalho dentro desse hotel, o que instigará o aluguel de quartos", aponta o executivo. O LADO FORNECEDOR Para quem já trabalhava na área, a pandemia não deixou de ser uma oportunidade. É o caso da R1 Audiovisual, que viu a receita de eventos presenciais cair, mas equilibrou a balança com equipamentos e expertise em transmissões remotas.
Para o CEO da empresa, Raffaele Cecere, transformar o hotel em hub de negócios híbridos não é só coisa do presente, como também do futuro. "A maior parte dos hotéis, diante da pandemia, está com essa questão conflituosa em querer fazer e estar com caixa para fazer. É um grande desafio hoje, mas algo que vai ser fundamental para o futuro, pois a realidade dos eventos não mudou apenas durante o isolamento. Tudo indica que isso é algo que veio para ficar, mas confesso que a grande dificuldade dos hotéis em reposicionar dessa forma vai ser investimento. Ou os hoteleiros buscam um parceiro ou a missão será complicada", prevê o executivo. Isso não significa, no entanto, que os eventos presenciais acabarão. Muito pelo contrário. O isolamento tem escancarado o quanto o contato humano é importante em todos os sentidos: desde o afeto até a produtividade nos negócios. Entretanto, o alcance dos eventos remotos se mostrou produtivo em determinadas áreas, para determinados objetivos. "Chegamos a fazer um evento para 30 mil pessoas, sendo que presencialmente tinha apenas 15. Essa foi uma grande saída para os hotéis e as empresas clientes, que conseguiram levar informações para quem estava distante", pondera Cecere. Ele exemplifica com o caso de um laboratório de três mil funcionários, cujas convenções presenciais eram para 500 pessoas e que calculava uma média de seis meses para a informação chegar em todas as pontas. "No evento on-line eles conseguiram alcançar os três mil simultaneamente. Foi um ganho de produtividade bem celebrado por eles", ilustra o CEO da R1. "Portanto, eu não quero cravar que o futuro dos eventos é híbrido, mas estamos falando de uma grande oportunidade: usar tecnologia quando for conveniente." Conexões à internet mais robustas, estúdios e câmeras profissionais robóticas são as tecnologias fundamentais para que esse processo ocorra. VIAGENS SEM RÓTULO Carolina Sass de Haro, da Mapie, reforça a discussão das "viagens sem rótulo", algo mencionado no TRVL LAB, o projeto de sua empresa em parceria com a PANROTAS.
Raffaele Cecere
A flexibilização do ambiente de trabalho e escolar permite reuniões em qualquer lugar. Essa realidade deve reduzir a sazonalidade do Turismo, pois os pais poderão viajar em período em que estão trabalhando, os filhos poderão fazer home schooling, que por sua vez permite viagens fora do período de temporada escolar. "A pandemia acelerou o nomadismo digital e novas necessidades devem ser atendidas pelos fornecedores de Turismo. Tanto nosso lar quanto os hotéis, que são lares transitórios, terão de se adaptar às novas realidades, como estruturar os apartamentos e as áreas sociais para que permitam essa nova configuração", indica a especialista. "O staycation, por exemplo, é muito impulsionado pelo momento em que estamos vivendo. Uma enormidade de famílias continua com orçamento de viagem disponível, mas sem possibilidade de viajar, então staycation passa ser opção." n
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
29
Hotelaria
Artur Luiz Andrade
10 EXPERIÊNCIAS NO
Fairmont Rio Depois de um investimento de R$ 360 milhões no prédio na praia de Copacabana que abrigou os hotéis Rio Palace e Sofitel Rio, a Accor abriu, no segundo semestre de 2019, o Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, adaptando a tradicional e luxuosa marca canadense para a paisagem e modo de vida carioca. Fechado durante alguns meses na pan-
30
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
demia, o hotel reabriu como resort urbano para um Turismo responsável e com tudo do que o viajante precisa: espaços ao ar livre, relax, atividades esportivas, natureza, glamour com a vista da Praia de Copacabana. Separamos 10 motivos para você e seu cliente experimentarem o Fairmont Copacabana.
2 1 3 PISCINA COM PÃO DE AÇÚCAR O Fairmont Copacabana transformou a área da piscina principal em um grande lounge a céu aberto, com áreas molhadas com diferentes profundidades e espaços secos que viram mini-lounges com sofás, poltronas e mesas. Uma experiência para o dia e a noite.
AULAS COM OS CHEFS É possível participar de aulas gastronômicas com os principais chefs do Fairmont, incluindo o francês Jérôme Dardillac, que comanda a gastronomia do hotel e um workshop de risotos que faz muito sucesso. Aulas de pâtisserie e outras especialidades também estão disponíveis.
ESPORTES AO AR LIVRE O bem estar e as atividades ao ar livre estão na lista de desejos do hóspede pós-pandemia. O Fairmont Rio tem um espaço na praia de Copacabana, com espreguiçadeiras, toalhas, água e funcionários do hotel. Também tem aulas de beach tennis, stand-up paddle e ioga. As atividades precisam ser agendadas e podem estar inclusas nos pacotes ou ser pagas à parte.
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
31
4 5 6 EXPERIÊNCIAS GASTRONÔMICAS Além de degustar os variados ménus do hotel na piscina, nos bares e restaurantes, ou mesmo nos apartamentos, é possível reservar pequenos eventos temáticos, como o Cachaça Experience, happy hour na piscina, luau com churrasco de frutos do mar, workshop de drinques e degustação de sorvetes e cafés. Tem até happy hour com experiência na cozinha principal do hotel.
NO QUARTO E NA VARANDA São 375 apartamentos e 68 suítes, todos com varandas. Os quartos são muito amplos, com estrutura renovada e que em nada lembram o antigo Sofitel, por exemplo. Nas suítes (de um ou dois quartos) ou na Signature Suite, as opções de espaço são ainda maiores, com varandas que se multiplicam e oferecem os mais variados ângulos de Copacabana. Ficar na varanda curtindo o show ao vivo da piscina ou apreciando a vista com seu drinque favorito é um programa certo para os hóspedes do Fairmont.
SPA WILLOW STREAM Com cinco salas de massagem, incluindo para casais, o Willow Stream é o spa do Fairmont Rio. Marca própria da rede, o spa tem diversos tipos de massagens e tratamentos, e ainda conta com amplos vestiários e área de relaxamento e espera.
32
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
8
ESPORTES INDOOR A academia do Fairmont é bastante completa e espaçosa, com acesso livre para os hóspedes. Fica no sexto andar do hotel, que reúne ainda o spa, a recepção, lobby, restaurante, bares e piscinas.
7
9
PISCINA PARA DESCANSO O Fairmont tem uma segunda piscina, também no sexto andar, na parte de trás do hotel, voltada para a avenida N. S. de Copacabana. Os hóspedes não veem a avenida, pois foi feito todo um trabalho de paisagismo e decoração do local. A piscina conta com bar, espreguiçadeiras e áreas privativas, como mini-lounges, que garantem privacidade e isolamento para os grupos e famílias. Em algumas tardes, um DJ toca no local.
SPIRIT COPA BAR De dia, para quem quer fugir do sol, mas apreciar drinques e petiscos com a vista da Praia de Copacabana. De tarde, para lanches, reuniões e relax. De noite para encontros, um jantar light, ouvir os shows dos finais de semana e se sentar tendo a vista noturna da praia. O Spirit Copa Bar conta com mini-lounges ou camarotes, mesas mais perto da piscina e ambientes internos. Destaque para as mesas que estão bem na curva do prédio, ao ar livre e com Copacabana quase à mão.
3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
33
10
EVENTOS POSSÍVEIS Por falar em eventos, eles já são uma realidade segura e responsável. O programa AllSafe, da Accor (https:// www.allsafeandwell.com/), reúne uma série de protocolos para todo o hotel, incluindo a realização de eventos. E vários já estão ocorrendo nas 13 salas ou demais espaços, respeitando o distanciamento (no board room há placas de acrílico dividindo os lugares, por exemplo), cumprindo todas as recomendações. Saiba mais sobre o hotel nas redes sociais, como Instagram (@fairmontrio), com bastante conteúdo de experiências, no Spotify, com uma playlist exclusiva, e no site fairmontrio.com, onde é possível fazer um tour em 3D. Ou ainda no Tool Kit do hotel: http://bit.ly/SalesToolKitFairmontRio.n
CONTATOS PARA AS EMPRESAS DE TURISMO E DE VIAGENS CORPORATIVAS: Clarissa Desterro - Diretora de Vendas Clarissa.desterro@fairmont.com Bruno Kozlowski - Assitente de Marketing Bruno.Kozlowski@fairmont.com Gabriella Putt - Eventos Gabriela.putt@fairmont.com David Constancio - Vendas David.constancio@fairmont.com.
34
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS
março de 2021 www.alagev.org | Edição 44 33 – 3 26dede fevereiro de 2020 Parte integrante da Revista PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
DESAFIOS À MESA O mercado de viagens corporativas foi muito impactado com a pandemia e, diferentemente do mercado de lazer, está demorando muito para se recuperar. Na Pesquisa Conjuntural de Viagens Corporativas que a Alagev fez com Mariana Aldrigui, da USP, mostra que até novembro de 2020 a queda do segmento ocasionada pela covid-19 foi de quase 78%.
A indústria está tentando se manter. A grande dificuldade é essa. A hotelaria corporativa está sofrendo e a cadeia de fornecimento, como um todo, está tentando formas alternativas de se sustentar. O modelo de transaction fee, por exemplo, fica insustentável e algumas agências tentaram renegociar contratos (vide página 10). Quem também sofre são os
gestores de viagens, preocupados com suas posições dentro das empresas, e além do acolhimento psicológico desses profissionais, um dos papéis que a Alagev está desempenhando com esses gestores e suas empresas é o desenvolvimento desse profissional. “Sempre falamos na Alagev sobre o gestor de viagens atuando no começo, meio e fim dos 3 a 9 de março de 2020 — PANROTAS
35
processos e não ter apenas um papel operacional. Temos estimulado o gestor a buscar outras divisões, para se desenvolver, tentar abraçar outras aéreas. Realmente existe essa preocupação sobre a relevância do gestor de viagens enquanto praticamente não temos viagem”, descreve o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad, em live realizada pelo Portal PANROTAS (clique no vídeo acima e assista na íntegra). O calendário de 2020 também foi repleto de eventos promovidos pela associação. Realidade aumentada, interações com patrocinadores e sociais, interações com conteúdo e conexões apareceram nas ações da entidade. O NPS das reuniões foi de 86% em 2020, e o engajamento dos eventos foi de 65%. PROTOCOLOS Outra busca importante da Alagev durante esta pandemia é o Alagev Check. Na visão de Murad, a vacinação, é claro, seria o ideal para a retomada do segmento, mas enquanto não é possível realizá-la, a política de viagens deveria poderia ser baseada em protocolos. “A maioria das multinacionais só liberará viagens depois de vacinação e queda de curvas. Como infelizmente não temos ideia clara de como está sendo a política de vacinação em nosso País, o que freia o fluxo internacional”, afirma o diretor executivo. Diante desse cenário, a associação criou o Alagev Checked, um selo concedido aos empreendimentos hoteleiros, eventos, empresas de logística terrestre e aérea que cumpram com os requisitos de saúde e segurança definidos pelo Ministério do Turismo. O Alagev Checked é uma auditoria independente feita por empreendimento ou operação, ou seja, em caso de marca em cadeia, cada operação deverá receber a visita de um profissional do segmento. 36
PANROTAS — 3 a 9 de março de 2020
AGRONEGÓCIO, ÓLEO & GÁS O agronegócio e o setor de óleo & gás foram responsáveis, desde o meio da pandemia, por sustentar um índice mínimo de embarques. Cerca de 30% do volume pré-pandemia é segurado hoje principalmente por esses dois setores. ANGÚSTIAS DOS GESTORES A incerteza sobre o futuro é a grande angústia dos gestores de viagens nesta pandemia. “Infelizmente ainda existem barreiras muito grandes no caminho entre gestor de viagens e C-level das empresas. Por mais indefinido que esteja o cenário, um CEO tem uma meta definida de curto, médio e longo prazos. Aí está uma grande angústia: saber que estratégia é essa, saber quando as viagens voltarão. Muitas vezes essa é uma informação que não chega no profissional que é o mais interessado nisso”, explica Murad. “Isso reflete nos fornecedores, que também precisam entender o negócio. A grande discussão é essa: como empoderar e dar ao gestor esse acesso às estratégias da empresa a respeito de viagem.” PERSPECTIVAS Sem vacina, sem viagem. É assim que a maioria das empresas responsáveis pelo fluxo de viagens corporativas está tratando o tema. Enquanto o cenário for nebuloso para uma vacinação plena, a recuperação do volume pré-pandemia estará longe de ser realidade. “Ouvimos várias versões sobre isso. As grandes corporações seguem políticas globais que são totalmente dependentes da vacina”, explica Murad. “Mas temos de desmistificar as viagens corporativas. Também existem empresas menores, principalmente no cenário doméstico. Tem um percentual de viagens acontecendo e os gestores sabem. Temos de tentar trazer informações para nossa realidade.” n
+ + Apr esent a
Pesqui sai nédi t ar eal i zada pel oTRVLLABcom:
10per fisdosvi aj ant esno Br asi lquesedest acam nessemoment o 8di caseopor t uni dades par aomer cado
Hábi t osdeconsumoe pl anej ament odevi agensde l azeredenegóci osdos br asi l ei r os
Dadoscompl et oseanál i ses
Bai xeapesqui sagr at ui t ament eem www. t r vl . com. br epr epar e-separ aaRet omadadasVi agens APRESENTAÇÃO
REALI ZAÇÃO
Labor at ór i odeI nt el i gênci a deMer cadoem Vi agens
Mai si nf or mações:www. t r vl . com. br
4
PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020