PANROTAS 1.474

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Claudio Gatti

Edição nº 1.474 - Ano 29 | 7 a 13 de junho | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

Rachel Maia, uma das executivas mais reconhecidas do País, e uma das líderes na defesa da implantação de modelos de sustentabilidade ambiental, social e de negócios no meio empresarial, conta como essas ações são importantes e necessárias – para empresas e pessoas




ÍNDICE nº 1.474 | 7 a 13 de junho de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 05

Editorial - Mais de 2 mil concorrentes novos

Página 07

OMS aprova CoronaVac

Página 08

Agência de formatura argentina chega ao Brasil

Página 09

Início de retomada na Latam Airlines Brasil

Página 10

Malha reforçada na Gol em junho

Página 11

Qatar Airways terá dois voos diários no Brasil

Página 12

Roberto Nedelciu é reeleito na Braztoa

Página 13

Turismo de luxo no Vidigal (RJ)

Página 26

Bastidores do Turismo, sempre com um agente de viagens

Página 14

Reprograma CVC - empresa entra de vez na sustentabilidade

Página 18

Entrevista - Rachel Maia fala da importância de se abraçar a diversidade

Página 22

350 lojas - Águia Branca venderá pacotes turísticos

Página 30

Visit Florida - Estado se prepara para a retomada

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima.

GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica


Editorial

2.350

CONCORRENTES. E AGORA? Os agentes de viagens de todo o País acabam de ganhar, de uma só vez, 2.350 concorrentes. Todos do setor de viagens rodoviárias. Com a chegada da ITA, do Grupo Itapemirim, ao mercado, a companhia abriu seu sistema de vendas para as duas mil lojas próprias, que antes vendiam apenas bilhetes e produtos ligados ao rodoviário. Agora com uma companhia aérea e o objetivo de interligar os dois modais (faça um trecho de ônibus e outro de avião), a Itapemirim entra no mercado com venda on-line, venda em suas lojas e venda por meio de agências de viagens multimarca. Os outros 350 concorrentes virão do grupo rodoviário Águia Branca, que também tem uma rede de pontos de venda de passagens de ônibus. Por meio do app da P2D Travel, esses vendedores passam a promover também pacotes e passagens aéreas. Ao contrário das lojas da Itapemirim, que só venderão passagens da ITA, os vendedores da Águia Branca terão acesso a mais produtos. E agora?, perguntam os agentes de viagens. Mas que agentes de viagens? Ainda existem os agentes de viagens que podem ser chamados de tradicionais? Se sim, esses devem se preocupar. Os demais, que abraçam a multicanalidade, as multiplataformas e as múltiplas redes sociais, devem sim olhar e analisar os novos concorrentes (nunca subestimá-los) e reforçar seus diferenciais. Uma companhia aérea com lojas não é novidade, mas a tecnologia mostrou à maioria delas que tudo ou quase tudo pode ser on-line. Esse também é o objetivo da Itapemirim, que hoje já vende 50% dos bilhetes de ônibus na internet. Então aqui, seria a concorrência com a venda direta

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on-line, turbinada pela existência de 2 mil lojas. Alguns irão dizer que daqui a pouco até o McDonald’s vai vender viagem. Nesse caso, para os profissionais de Turismo, seria até melhor. Já vimos exemplos de redes de varejo e bancos investindo em agências de viagens e o que ocorreu?: não estão mais aqui para contar a história. A venda de passagens aéreas em um agente rodoviário, portanto, tem mais chance de sucesso. Mas, destaca-se, eles vão vender um só produto, de uma só empresa (ao menos por enquanto). E definitivamente não concorrem pelo mesmo público que os agentes de viagens. Ou concorrem? A falta de especialização e know how (desses agentes rodoviários) também conta a favor dos agentes de viagens. Parece ser mais uma complementação do que um investimento em um novo negócio. E vale dizer, ainda, dentro do conceito de que há muitas ferramentas e elas podem ser usadas por todos, que nada impede que o agente de viagens também possa usar a P2D Travel ou a ITA ou as lojas rodoviárias para complementar seus negócios. Nunca para ser somente o core de seu negócio. Há oportunidades e o agente de viagens (tradicional?) precisa sim de mais produtos e mais ferramentas, pois é difícil e quase impossível acompanhar o passo do consumidor, cada vez mais fluido e curioso por novos ambientes, a maioria on-line. O assunto merece ser debatido, esclarecido, difundido e estudado. Novos players chegam todo dia no mercado, e também muitas vezes saem com a velocidade que entraram. Deixamos aqui a provocação (para toda a indústria) e o convite ao debate, ao estudo, ao aprender, para, se for preciso, descontruir e reconstruir. Ou não. Pode ser que esses mundos nem se encontrem, o que é difícil; pode ser que amanhã a tecnologia mude tudo de novo. Menos o conhecimento, a expertise, a seriedade, o conteúdo de quem tem história, trajetória e o dom de convencer olho no olho, mesmo que por áudio de WhatsApp, mesmo que por zoom. Ah esses novos tempos...n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in

Os destaques do Turismo

Mais perto de embarques internacionais A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da CoronaVac. O imunizante do laboratório chinês Sinovac Biotech foi aplicado em cerca de 80% dos brasileiros e até então não era reconhecido na maioria dos países como um medicamento seguro. Agora, com a chancela da OMS, os brasileiros estão mais propensos a serem autorizados a ingressar em países ao redor do mundo. Países que seguem a lista da OMS para autorizar a entrada de visitantes já podem considerar receber brasileiros e chineses imunizados com a CoronaVac. Mas há países, como a França, que têm decisões descoladas da OMS. A França segue as aprovações da União Europeia. A aprovação também permite que a vacina seja incluída no esquema Covax, o programa global de fornecimento de vacinas principalmente para países pobres, que atualmente enfrenta grandes problemas de abastecimento devido à suspensão das exportações de

vacinas pela Índia. Em comunicado, o painel independente de especialistas recomendou a CoronaVac para adultos com mais de 18 anos, com uma segunda dose entre duas e quatro semanas depois da primeira. Não houve limite máximo de idade, uma vez que os dados sugerem que é provável ter efeito protetor em pessoas idosas. O imunizante chinês é o sexto a receber aprovação do uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde. Pfizer, Oxford/AstraZeneca, ambas também aplicadas no Brasil, também compõem a lista, tal como as da Johnson, Moderna e Sinopharm. Segundo a OMS, a Coronavac "atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação". A entidade também fala que seus requisitos de armazenamento são fáceis e tornam gerenciável e fazem da vacina uma alternativa adequada para cenários de poucos recursos.n

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Travel Rock desembarca no Brasil "Em anos sem pandemia, Bariloche recebe mais de 100 mil estudantes em viagens de formatura, e quase a totalidade destes jovens embarca com a Travel Rock, em pacotes que superam US$ 1 mil. Eles têm seus próprios voos charteres e toda infraestrutura hoteleira e de transporte necessária." Essa informação é de uma fonte independente da Revista PANROTAS no destino da Patagônia. Tudo isso para dar a dimensão da empresa que está chegando ao Brasil. Fundada em 2002, na Argentina, a Travel Rock, que tem Bariloche como destino único, adota o rótulo de "maior e melhor agência de viagens do mundo" no nicho em que atua, e garante ter embarcado mais de dois milhões de jovens ao destino patagônico. A Travel Rock trabalha apenas com lojas próprias. Sua matriz brasileira

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está localizada na avenida Paulista, em São Paulo, e há mais três lojas em processo de abertura. Ainda que no contexto da pandemia esteja vendendo apenas on-line, a meta é ter pelo menos 100 lojas no Brasil, o dobro da quantidade que possui hoje na soma de Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, países onde atua. No Brasil, a Travel Rock se desafia a ser o maior player no segmento de viagens de formatura e, para isso, garante que todos seus colaboradores possuem experiência no segmento. A empresa trabalha com exclusividade em mais de dez hotéis em Bariloche. O lançamento oficial da marca será em junho de 2021, mas a empresa já se diz "em aquecimento" neste mês para entrar no mercado. O foco da Travel Rock serão os jovens do terceiro ano do ensino médio.n


Junho marca início da retomada

Depois do anúncio do fim de maio mostrando uma retomada consistente e a recontratação de 750 funcionários, a Latam Airlines anunciou 11 novas rotas para o Nordeste, incluindo um novo destino, Comandatuba.

Diogo Elias, diretor comercial da Latam Brasil

Novo destino

São Paulo/CongonhasComandatuba: será 1 voo direto semanal a partir de 1º de agosto, operado com aeronaves Airbus A320, que acomodam 162 passageiros em Economy e 8 em Premium Economy. As passagens estarão disponíveis a partir de R$ 500 (ida e volta com taxas inclusas).

As novas rotas serão:

1. São Paulo/CongonhasFortaleza: serão 14 voos diretos por semana (dois por dia) a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A319 e A320. Tarifas a partir de R$ 628,87 (ida e volta com taxas inclusas). 2. São Paulo/CongonhasNatal: serão 7 voos diretos por semana (um por dia) a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320neo. Passagens a partir de R$ 633,06 (ida e volta com taxas inclusas).

3. São Paulo/CongonhasMaceió: serão 11 voos diretos por semana a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus 320. Bilhetes a partir de R$ 589,89 (ida e volta com taxas inclusas).

7. Rio de Janeiro/GaleãoMaceió: serão 7 voos diretos por semana (um diário) a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320. Passagens a partir de R$ 489,13 (ida e volta com taxas inclusas).

4. São Paulo/CongonhasRecife: serão 10 voos diretos por semana a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A319 e A320. Tarifas a partir de R$ 574,19 (ida e volta com taxas inclusas).

8. Fortaleza-Belém: serão 7 voos diretos por semana (um diário) a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320 e A321. Tarifas a partir de R$ 508,87 (ida e volta com taxas inclusas).

5. Rio de Janeiro/GaleãoRecife: serão 12 voos diretos por semana a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus 320. Passagens a partir de R$ 473,43 (ida e volta com taxas inclusas).

9. Fortaleza-Teresina: serão 7 voos diretos por semana a (um diário) partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320. Tarifas a partir de R$ 261,14 (ida e volta com taxas inclusas).

6. Rio de Janeiro/GaleãoNatal: serão 7 voos diretos por semana (um por dia) a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320 e A321. Preços a partir de R$ 512,30 (ida e volta com taxas inclusas).

10. Fortaleza-Manaus: serão 7 voos diretos por semana a partir de 1º de julho, operados com aeronaves Airbus A320 e A321. Bilhetes a partir de R$ 568,87 (ida e volta com taxas inclusas).n

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Gol também reforça malha A Gol Linhas Aéreas também sente aumento da demanda em junho. A companhia contará com 300 decolagens diárias, alta de 36% ante maio, e espera, gradualmente, 400 até o fim do mês. Os cinco hubs da Gol reassumem a conectividade para todo o País, enquanto as bases regionais se comunicam com o aeroporto de Guarulhos. Mais de 54 mil assentos serão disponibilizados diariamente neste mês. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Salvador compõem movimento ascendente da Gol, que a companhia classifica como "cauteloso". Essas capitais retomam o papel de pilar de conectividade da aérea, respondendo por 62% de sua capacidade prevista para junho. Entre as bases regionais que estavam suspensas, sete retomam a atividade neste mês, todas com voos a Guarulhos: Caldas Novas (GO), Campina Grande (PB), Caxias do Sul (RS), Londrina (PR), Montes Claros (MG), Sinop (MT) e Uberlândia (MG). Esta última também terá voos a Brasília. DO GALEÃO AO NORDESTE Dentre os hubs, o RIOgaleão passa a contar com novos voos da Gol para sete capitais do Nordeste: Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Maceió,

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Natal, Recife e Salvador. O terminal carioca também ganha nova oferta de decolagens para o Sul e Sudeste, em destinos como Belo Horizonte, Curitiba, Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis, Navegantes (SC) e Porto Alegre. HUB DE FORTALEZA Em seu principal centro de distribuição nordestino, a Gol amplia a quantidade de voos sem escala, principalmente para o aeroporto de Congonhas, além de nova oferta para Salvador, Recife, Manaus, São Luís e Rio de Janeiro. EM SALVADOR Já na capital baiana, até meados de junho, a Gol volta a oferecer voos diretos para sete capitais em quatro regiões do Brasil: Goiânia, João Pessoa, Natal, Palmas, Porto Alegre, São Luís e Teresina. Haverá ainda, em Salvador, mais opções de decolagens para 15 destinos atendidos atualmente: Aracaju, Porto Seguro, Ilhéus (BA), Maceió, Vitória da Conquista (BA), Brasília, São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro (Santos Dumont e RIOgaleão), Recife, Campinas (SP) e Vitória. A previsão é ampliar de 14 para 20, em junho, o número de decolagens diárias para essas cidades. n


Qatar vê oportunidades Os investimentos da Qatar Airways nas Américas, incluindo o Brasil, não param. Depois de anunciar um aumento considerável de voos para os Estados Unidos e de chegar a dez voos por semana entre São Paulo e Doha, a Qatar Airways já colocou no sistema a operação dupla diária no Brasil. Em julho, a operação já subirá para 12 voos por semana e em 6 de agosto serão dois voos por dia entre São Paulo e a capital do Catar. Os brasileiros ainda não podem entrar no Catar como destino final e só estão autorizados a fazer conexões, um dos pontos fortes da Qatar, tendo a Ásia, África e Oriente Médio como opções de destinos. Os dois voos diários do Brasil para o Qatar serão operadora com o A3501000, com 46 assentos Q-Suites (business) e 281 na econômica. Nas Américas, apenas São Paulo e Nova York passam a ter dois voos diários da Qatar Airways.

Confira os horários: GUARULHOS-DOHA QR 774 02:40 - 23:00 QR 780 20:35 - 16:55 DOHA-GUARULHOS QR 779 01:25 - 09:35 QR 773 07:30 - 15:40 MALHA ESTADOS UNIDOS: Atlanta: 4 vezes por semana, retornando a operação a partir de amanhã, 1º de junho Boston: aumento para 4 vezes por semana a partir de 3 de julho Miami: aumento para 5 vezes por semana a partir de 7 de julho Nova York: aumento para 2 voos por dia a partir de 21 de julho Filadélfia: aumento para 5 por semana a partir de 2 de julho São Francisco: aumento para voo diário a partir de 2 de julho Seattle: aumento para voo diário a partir de 8 de julho. n

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Roberto Nedelciu segue na Braztoa

Roberto Haro Nedelciu continua na presidência da Braztoa até 2023. O presidente da Raidho segue por mais um biênio à frente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo. "Entrando em um ano novo, precisamos ter esperança e projetar coisas melhores", afirmou o presidente, citando a promoção de eventos, a busca de sustentabilidade econômica, gestão de novos e antigos associados e promoção de subsídios e

ferramentas para as operadoras trabalharem como algumas das principais metas da gestão. Outras novidades anunciadas foram a criação de grupos de trabalho comandados pelos membros do Conselho de Administração e três novos Conselhos Regionais que terão o objetivo de levar novos associados a associação. Confira abaixo a diretoria completa da Braztoa para a gestão 2021/2023. n

Conselho de Administração

Conselhos Regionais

Conselho Fiscal

Conselho de Admissão e Ética

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Turismo de luxo no Vidigal (RJ) A favela também pode ser uma experiência de luxo. É nisso que aposta a agência de viagens Mérola, com seu recém-lançado projeto Vidigal Experience, que faz das comunidades cariocas do Vidigal (entre o Leblon e São Conrado) e do Morro da Babilônia (no Leme) ofertas de Turismo de luxo e atendimento personalizado para quem visita o Rio de Janeiro. A ideia da agência com o projeto é criar um novo ecossistema no Turismo brasileiro, conectando as crescentes preocupações ambientais e sociais no mundo todo com atividades que contribuem nas comunidades cariocas. Se o turista pós-pandemia está preocupado com o impacto social da viagem e busca autenticidade e interação com as

comunidades, a empresa acredita que a Vidigal Experience tem tudo para agradar. “Nosso projeto traz o turista para dentro das comunidades, conhecendo o território, ajudando na retomada da economia local e vivendo momentos inesquecíveis com os moradores”, resume o sócio fundador da Mérola, Eduardo Peluzo. Ele explica que o viajante, que há algum tempo se baseava apenas no preço para planejar suas atividades, tem procurado cada vez mais autenticidade e demonstrado preocupação em estar socialmente engajado com seu destino. O site da empresa é www.merolaluxury.com n

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Reprograma CVC Corp Artur Luiz Andrade

PRESERVAR E INCLUIR Priscila Bures, Paula Domingues, Leonel Andrade, Rachel Maia e a jornalista Cynthia Martins, no lançamento do Reprograma CVC Corp

Leonel Andrade, CEO da CVC Corp

Há duas semanas, a CVC Corp surpreendeu o mercado ao apresentar o Reprograma CVC Corp, um completo e ambicioso programa de sustentabilidade, com metas sociais, ambientais e do negócio estabelecidas até 2030, mas que começam desde já, com o engajamento de toda a comunidade envolvida. Um programa exemplar, mas que levou 49 anos para se materializar. Muito tempo para uma empresa que lida diretamente com o meio ambiente, com os recursos naturais. Em live para lançar o programa e em entrevista ao Estado de S. Paulo, o CEO da CVC Corp, Leonel Andrade, assumiu a falha da empresa, em ter levado tanto tempo para agir. “A CVC explora destinos, mas não cuida. Vamos tentar corrigir isso”, foi a frase polêmica que abre a matéria do Estadão.

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A head de Sustentabilidade da companhia, Priscila Bures, concorda, e ressalta que o compromisso é real e de longo prazo, tanto que a CVC Corp aderiu ao Pacto Global da ONU, com metas até 2030 e uma fiscalização que simplesmente remove as empresas do pacto, caso não cumpram o prometido. Uma das metas mais ousadas, dentro do pilar de incentivar e respeitar a diversidade, é chegar a 2030 com 50% dos colaboradores negros e pardos, que representam 56% da população do País, e 20% de líderes negros. Já em 2023, segundo a diretora Paula Domingues, de Gente e Sustentabilidade, a CVC Corp terá um aumento de 10% de funcionários negros.


A pauta de diversidade foi apresentada na live pela conselheira Rachel Maia (leia entrevista com ela na página 18), e possui cinco pilares:

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RAÇA

(com as metas para contratação e formação de líderes negros);

GÊNERO

(para ter mais mulheres em cargos de liderança, por exemplo, além da equiparação salarial);

LGTBQIA+

4 5

PCD

(23% da população tem alguma deficiência e na CVC Corp são 1% dos colaboradores. A meta é dobrar esse número em 2022 já);

GERAÇÃO

(para que o consumidor se reconheça na diversidade de colaboradores, produtos e atendimento).

(baseado no respeito à orientação sexual de cada um – a CVC Corp vai iniciar um censo LGBTQIA+ para entender melhor onde estão e como são os colaboradores desse público);

Além do respeito à diversidade e do estímulo à inclusão, o Reprograma tem como metas reduzir a pegada no planeta (começando pela nova loja CVC, que será apresentada este mês, em convenção de vendas), regenerar destinos e comunidades (dois biomas serão escolhidos para o programa), e reeducar públicos (por meio do Instituto CVC e de programas educacionais). “O Reprograma é para toda nossa comunidade: colaboradores, franquias, parceiros fornecedores e agências multimarcas”, disse o CEO da CVC Corp, Leonel Andrade. A sustentabilidade agora faz parte da estratégia da CVC, com metas, um painel para acompanhar cada passo e inclui até a remuneração dos colaboradores, baseados nos objetivos alcançados. “Estamos assumindo compromisso público firmado e faremos isso acontecer. Seremos exemplos em sustentabilidade”, assumiu Leonel Andrade. “O Turismo vai voltar ao normal em breve, e um normal um pouco melhor, com o exemplo de sustentabilidade da CVC Corp. Continuaremos a liderar o Turismo e ele será muito melhor.”

Rachel Maia, conselheira da CVC Corp

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3 METAS IMEDIATAS Além das metas de longo prazo, até 2030, o Reprograma CVC Corp já definiu três metas para 2022: aumentar em 10% o número de colaboradores negros (hoje eles são 20% dos 2,7 mil funcionários) e dobrar a quantidade de empregados PCD (hoje eles são 1%); apresentar o padrão para as novas lojas CVC (que será apresentado em evento este mês); e iniciar a implantação gradual do padrão de sustentabilidade CVC em alguns receptivos-chave pelo País. A questão de gênero, também muito importante na estratégia e destacada pela conselheira Rachel Maia na apresentação do Reprograma CVC Corp, não tem metas estabelecidas, pois, segundo Paula Domingues, já tem uma evolução na companhia, com 1.621 mulheres entre os 2,7 mil colaboradores (cerca de 60%) e quatro lideranças no comitê diretivo. As ações do programa, aliás, virão a partir de 2022 apenas. “O bom começo é a metade, com tudo planejado e organizado e vamos trazer muito conhecimento”, comenta Paula Domingues. Segundo ela, pela seriedade e amplitude do projeto, a CVC Corp preferiu fazer todo o planejamento em 2021 e começar de fato com as ações em 2022, incluindo nas metas da equipe interna, que será remunerada de acordo com os objetivos atingidos. “O custo de não ser assertivo pode ser grande.” “Sustentabilidade é business, o retorno vem. E clientes e acionistas já cobram as empresas em relação a isso. Por isso, acreditamos que os parceiros (fornecedores) estarão com a gente. Por isso, é importante a adesão dos colaboradores, para que a sustentabilidade faça parte da cultura e não seja engolida por ela. Por isso até que o tema está nessa diretoria, de Gente”, finaliza a diretora de Gente e Sustentabilidade da CVC Corp.

Paula Domingues, diretora de Gente e Sustentabilidade

Saiba mais sobre o Reprograma CVC Corp em www.institutocvc.com.br e www.institutocvc.com.br/reprograma/. 16

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ENTREVISTA

Priscila Bures, head de Sustentabilidade

PANROTAS – Como está sendo levantar a bandeira da sustentabilidade nesse momento? PRISCILA BURES – O fato de ser o maior player e ter influência importante na cadeia produtiva, se não levantamos essa bandeira, é como se não estivéssemos fazendo nosso papel. O Turismo nunca teve isso de uma forma estruturada. E não é só o meio ambiente. O social é tão importante quanto o ambiental. Na forma como valorizamos a cultura das comunidades que visitamos, na forma como contratamos. Temos um modelo asset light, não somos donos dos produtos, mas levamos nossos clientes para vários destinos e todo mundo quer se engajar com essas questões. PANROTAS – Como a diversidade vai ajudar a CVC Corp nos próximos anos? BURES – Quanto mais diversa uma equipe, muito mais conseguimos chegar a novas e boas soluções. O mundo é diverso e a empresa precisa ter todos os públicos e perfis democraticamente. Várias pesquisas falam isso. Quanto mais diversa uma equipe é, mais efetiva é a resolução de problemas e difusão de ideias. E o consumidor se reconhece também.

PANROTAS – É um compromisso estratégico para a empresa, de longo prazo... BURES – Temos que nos perguntar como a companhia quer evoluir. Os compromissos até 2030, via Pacto Global, mostram comprometimento com essas evoluções. Não dá para fazer em um ano. São 49 anos e nunca falamos desse tema de forma tão clara, aberta e completa. A CVC deixa claro que quer ser benchmarking do setor. PANROTAS – Um dos pilares será a educação dos públicos. Como isso vai funcionar? BURES – A transparência é fundamental em todas as relações, inclusive na contratação e no dia a dia dos colaboradores. Antigamente não se aceitava currículo sem foto, por exemplo. Nós temos muitos vieses inconscientes que precisam ser trabalhados. Por isso o letramento é tão importante. Isso só muda, como diz a Rachel Maia, com educação, aprendendo, desconstruindo e construindo de novo. Investiremos muito nisso. Já criamos a Cartilha da Diversidade para os colaboradores, vamos fazer um censo LGBTQIA+, já fizemos um censo para outros temas, vamos fazer um guia para o consumidor, o instituto vai investir muito em capacitação, conteúdo, treinamento. n

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Entrevista Artur Luiz Andrade

Menos moda e mais comprometimento em compartilhar valor. É essa uma das mensagens que a executiva Rachel Maia, uma das mais respeitadas e requisitadas no Brasil e no mundo, quer passar quando o tema é sustentabilidade, diversidade, inclusão. Com uma trajetória que inclui companhias como Cia’s Seven Eleven, Farmacêutica Novartis, Tiffany & Co Joalheria, Pandora e Lacoste Brasil, e mais de 30 anos de experiência no mercado, Rachel Maia hoje está à frente da RM Consulting, prestando assessoria para os mais diversos setores. É fundadora do Projeto Social CAPACITA-ME e ocupa a cadeira, pelo segundo mandato, de presidente do Conselho Consultivo da Unicef Brasil. Mulher, negra e periférica, ela lançou recentemente seu primeiro livro “Meu caminho até a cadeira número 1”, pela Globo Livros. No livro, Rachel mostra, como faz em palestras, consultorias e lives, suas convicções sobre o mercado de trabalho, diversidade e como acreditar em si própria - mesmo com os momentos de dúvida. O objetivo: “inspirar outras meninas e mulheres a terem certeza de que nós podemos e somos capazes de conquistar tudo aquilo que sonhamos. Foram meus sonhos que me trouxeram até aqui. Acredito muito na força das mulheres e fico feliz de agora poder compartilhar minha história como um exemplo de sucesso”. 18

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Claudio Gatti

DIVER SIDADE SIM

Rachel Maia


Mãe de Sarah Maria e de Pedro Antônio, Rachel acredita em uma forma humana e agregadora para alcançar o sucesso profissional e conversou com a Revista PANROTAS sobre a importância da diversidade nas empresas. “Faça pelo resultado financeiro ou faça por justiça social”, diz ela. E não só em grandes corporações. Também em nosso ecossistema pessoal diário, e nas pequenas e médias empresas. Inspirar e compartilhar valores, ser transparente e incentivar a justiça social e a inclusão não são apenas deveres e metas das grandes empresas. PANROTAS – Como, em um programa de sustentabilidade, o ambiental, o social e o negócio em si devem caminhar juntos? RACHEL MAIA – Quando você traz o grande guarda-chuva da sustentabilidade, e o ESG foi uma forma fragmentada de tentar entender um pouco melhor essa tal sustentabilidade, onde tem todo um ambiente, tem o social, tem uma parte que faz toda a gestão, que governa todo esse processo... um sem o outro não tem compartilhamento de valor. Então óbvio que tudo tem de estar conectado. Embora seja de tamanha simplicidade, mas ao mesmo tempo nunca tendo sido discutido como relevância para o negócio, as pessoas dão um step back e falam, deixa eu pegar um só, e deixa eu tentar entender uma coisa só. Mas só que não é uma coisa só. É um valor e uma filosofia. Você muda o modus operandi, você muda a forma de ver. Não é só money por money. Pelo contrário, o business tem que compartilhar valor em todo o ecossistema. E se não fizer dessa forma, desculpa, o consumidor vai cobrar. E isso é um problema, aí você está fora do jogo. O social e o ambiental e como gerir isso tudo, eles estão conectados. E se você não consegue ver sentido em um primeiro momento, para, dá um step back, dá uma olhada macro e reflita. Esse é o mantra, se não compartilhar valor, você tem um business que tem problema.

Primeiro livro de Rachel Maia já está disponível on-line e nas livrarias

PANROTAS – Por que incentivar e respeitar a diversidade é importante em uma empresa? RACHEL MAIA – Se você não pluraliza, você não transforma. E se você não transforma, você não traz a inovação. É simples assim. Isso é a parte financeira, a parte business. No social, se você não pluraliza, você deixa muita gente pra fora. E se você deixa pra fora, você está sendo completamente uma pessoa socialmente injusta. Ou você faça por um, ou você faça por outro. É correto, porque existe uma dívida social. Nós não vamos discutir isso. Se uma parcela da socieda-

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PANROTAS – Você teria algum dado que exemplifique essa questão dos ganhos financeiros? RACHEL MAIA – Tem uma pesquisa da Mckinsey, por exemplo, que mostra que 51% das mulheres fazem parte do corpo corporativo, só que elas representam 37% do PIB. A conta não está fechando. Há uma remuneração menor para gênero. Então se você remunera melhor essa parte de gênero, como consumidora automaticamente isso volta pra economia. Então também não olham tendo um olhar macro view. Não é só em detrimento do gênero. Se você dá menos a ela, ela vai gastar menos automaticamente. Ela tem um poder menor de consumo e a economia tem menos giro. Tem uma conta que precisa ser feita por uma questão de retorno financeiro. Ou, vou repetir, se não por isso, faça por uma questão de justiça social. PANROTAS – Por que é importante ter metas claras, estabelecer números seja na proteção ambiental ou na contratação em busca da diversidade? RACHEL MAIA – Nós temos que mostrar comprometimento. Caso contrário fica só papo. As metas mostram de uma forma geral o comprometimento com a pluralidade. Nós temos um débito no processo. Se não fizermos ações afirmativas, se não trouxermos cota, quando vamos ter uma equiparação de 56% da sociedade versus 13% em quadros de liderança? Não bate. Por ter conhecimento dessas informações oriundas da sociedade e do corporativismo, se não apostarmos em ações afirmativas, o processo de equidade e equiparação vai ficar muito longo. Nós temos tanto tempo assim? Não temos. Porque o consumidor também quer se reconhecer. Se ele não se reconhece, não consome, e a empresa perde, a 20

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Claudio Gatti

de, 56%, ficou pra fora de todas as benesses do crescimento econômico, em determinado momento você tem que dizer: “opa, entendi, fiz errado, vamos refazer o negócio”. Vamos retomar a situação. Esta é a parte social, é uma responsabilidade social à diversidade dentro da sociedade, e uma forma de inovar, transformar, trazendo mais lucros financeiros. Escolhe um dos dois e pega a diversidade pra você.


Claudio Gatti

sociedade perde. Ações afirmativas, cotas, equiparações sociais se fazem necessárias para esses grupos que foram minorizados por muito tempo. Eles não são minoria, mas foram minorizados pela sociedade. PANROTAS – Rachel, geralmente a gente menciona os exemplos das grandes empresas que adotam grandes programas de sustentabilidade. O Turismo é formado por muitas pequenas e médias empresas. Como elas podem colaborar e também adotar práticas sustentáveis, tanto social quanto ambientalmente? RACHEL MAIA – No Brasil, mais de 70% da economia vem de pequenas e médias empresas. (É preciso) abraçar de forma genuína, tentar criar valor, mesmo dentro de seu pequeno ecossistema. O seu valor em respeitar o próximo deve ser inspiração para os outros. Posso fazer bem ao próximo no meu pequeno ecossistema pessoal e também na minha empresa. Por exemplo, ter transparência. Compartilhar valor tem de fazer parte da governança. Ser correto para todo o ecossistema. Hoje eu contrato 25 pessoas, e contrato voltada à diversidade. Mesmo no meu pequeno ecossistema, temos de inspirar e compartilhar valor. PANROTAS – Como isso se reflete no atendimento na ponta e em ter relação genuína com o cliente? RACHEL MAIA – Há vieses inconscientes que nos assolam a todo momento e temos de lembrar a toda hora que temos de mudar. E temos que ser justos com nós mesmos. Essa foi a constituição, dessa forma fomos educados. Temos a toda hora de contrapor esses vieses, de grupo, afinidade, estilo...não pode isso mais. Isso tem de ser desconstruído e reeducado, letrar-se novamente para entender uma sociedade mais ampla e inclusiva. Tenho unha vermelha, cabelo crespo, olhos diferentes, mas meu talento continua e posso adicionar valor ao grupo como nunca. Olhar muito mais que a simples aparência te traz esse pensamento disruptivo. E isso é um aprendizado. PANROTAS – Como educar ou reeducar o público? RACHEL MAIA – É necessário letrar-se, se educar. Sentar, desconstruir e construir de novo. Sentar e dizer não às propagandas que são estereótipos com perfil ideal. O que é ideal? Tem que questionar. Quero pessoas que possam se experimentar, sem medo e receio. Como se faz? Aprendendo, se educando, lendo, entendendo a história. Fizemos uma abolição mal e porcamente há 133 anos. É preciso entender a história e como reescrever, falar o que foi fato e que não aceitamos. Entender e contra-argumentar. Você não consegue contraargumentar o que não entende. Então tem que aprender. n 7 a 13 de junho de 2021 — PANROTAS

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Distribuição

Rodrigo Vieira

Anos de estrada Cento e vinte e seis franquias, 183 multimarcas e 25 lojas próprias e 16 estabelecimentos de outros segmentos que também podem vender produtos. É mais ou menos esse o tamanho da concorrência que as agências de viagens tradicionais podem ganhar da noite para o dia: 350 novos pontos comerciais de profissionais que já vendiam viagens, mas apenas rodoviárias, restritas a uma única companhia. Aos 75 anos, a Viação Águia Branca está entrando no jogo e seus agentes de vendas venderão pacotes e produtos turísticos. O anúncio é importante não só para o grupo capixaba, como também para a P2D Travel, do ex-CEO da Azul e da Tap Antonoaldo Neves, já que é por meio da plataforma estreante no mercado que as vendas de bilhetes aéreos, hotéis e atrativos ocorrerão. O projeto piloto da Águia Branca Viagens já está em execução com seis lojas de sua rede. A ideia é se aproveitar não só da estrutura de lojas, mas do nome, da marca, e principalmente da expertise com os clien22

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tes com os quais a viação atua hoje. "Um de nossos principais ativos é a fidelidade do cliente, que tem uma relação próxima com a marca Águia Branca. Aproveitar dessa confiança para vender outros produtos e experiências era um sonho antigo da empresa. Há um bom tempo buscamos explorar nosso potencial de vender produtos além do rodoviário. Portanto, vimos na P2D Travel uma oportunidade única para entrar de vez no segmento", explica o diretor comercial da Águia Branca, Thiago Juffo. "Quando conhecemos a P2D, entendemos que era hora de partirmos seguramente para essa jornada. Eles têm tudo o que precisamos e os primeiros testes mostram que a parceria foi assertiva", completa o executivo. A Azul, empresa que Antonoaldo Neves, o fundador da P2D Travel, dirigiu, tem a Águia Branca como uma das investidoras, o que adiantou etapas do processo. No portal da Águia Branca, a Azul aparece na seção "Empresas do Grupo".


COMO VAI FUNCIONAR Estar em todos os canais e marcar presença na jornada completa do cliente é a meta da empresa de transportes. A Águia Branca Viagens venderá produtos tanto on-line quanto no balcão de suas lojas físicas, em ambos os casos com fornecimento P2D Travel. Thiago Juffo acredita haver espaço amplo no mercado para atuação de múltiplos players, e ele chama atenção para o público específico da Águia Branca, que grosso modo não é familiarizado, por exemplo, com as OTAs. "A maioria de nossas lojas está localizada em regiões com penetração digital ainda baixa. Somos fortes no corpo a corpo e nesses locais a marca Águia Branca é referência de confiança e segurança. O cliente se sente confortável em comprar conosco. Nós o chamamos pelo nome, o conhecemos pelo apelido, sabemos quem são seus familiares. Essa confiança será necessária para vender hospedagens, passagens aéreas e até viagens internacionais", afirma Juffo. "Tudo isso é perfeito para alcançarmos nosso objetivo de estar em todas as etapas do consumidor que já é nosso cliente. Nosso objetivo é agregar valor a um cliente fiel e agregar valor ao mercado de Turismo como um todo." PRIMEIROS PASSOS JÁ AGRADAM Mais de 100 carrinhos foram gerados em cinco dias neste projeto piloto. Na visão do diretor comercial, esse é um resultado surpreendente para o estágio inicial em que se

encontra a Águia Branca Viagens. "Temos expectativa especialmente na venda de hotéis, para complementar com os destinos rodoviários onde servimos. Esse perfil de vendas de fato já está despontando nestes testes, mas chegamos a vender um pacote para o México, o que foi admirável", comemora o diretor. Para se aproveitar de tal proximidade com o cliente, cada loja da Águia Branca terá sua página na plataforma P2D, de maneira que o cliente saberá claramente a unidade (virtual) em que estará adquirindo seus produtos. Por não ter custo de adesão, a empresa acredita que praticamente todas as lojas entrarão no negócio. A empresa monetizará o negócio com comissionamento em cima de cada transação. "Inicialmente, a ideia é chegar a 26 pontos de vendas dentro de 30 dias. Obtivemos um engajamento interessante neste início, o que já gerou burburinho no trade, e as agências estão ansiosas para poder entrar na parceria e oferecer mais aos seus clientes", pondera Thiago Juffo. "Claro que levaremos capacitação aos nossos vendedores para que estejam aptos a oferecer os novos produtos. Isso vai acontecer gradualmente. Todas nossas agências estarão habilitadas e preparadas para vender viagens ao nosso público." Até então, a penetração on-line da Águia Branca se resumia à disponibilização de suas rotas em portal próprio e chegando às agências por meio de consolidadoras e OTAs especializadas no segmento rodoviário. "Es-

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tamos 100% prontos e empolgados para atuar dentro desse novo formato. Queremos ganhar cada vez mais espaço a partir dessa parceria", conclui Thiago Juffo. A plataforma P2D ainda não oferece bilhetes de ônibus. MAIS DE SETE DÉCADAS Com sede no Espírito Santo, a Águia Branca Viagens é um dos maiores conglomerados empresariais do ramo de transporte no Brasil, com 75 anos de atividade. Atua hoje em nove Estados: os quatro do Sudeste, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Roraima. Tem um rol de linhas variáveis entre capitais e penetração no interior. Destaque para a Bahia e para a linha Rio de Janeiro-São Paulo, uma campeã de vendas. Das 350 agências, a maioria composta por prestadores de serviços (similar às franquias), uma segunda parcela é multimarcas e nove são próprias (nas capitais). Os pontos de vendas estão em locais variados, entre terminais rodoviários e nas ruas de centros urbanos. Somada a essas 350 lojas da Viação Águia Branca, outra empresa rodoviária também entrou no jogo. O Grupo Itapemirim colocou mais de dois mil pontos de venda desde que sua companhia aérea ITA abriu a comercialização dos bilhetes. Conheça a página da Águia Branca Viagens em aguiabrancaviagens.p2d.traveln

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Thiago Juffo, diretor comercial da Águia Branca


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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020


Eventos Artur Luiz Andrade e Rodrigo Vieira

Todas as terças-feiras, o Bastidores do Turismo leva um agente de viagens para bater um papo com os jornalistas da PANROTAS sobre o momento da profissão e as perspectivas da indústria. Confira os destaques dos últimos programas e não deixe de assistir ao conteúdo completo. Curta, comente, compartilhe.

"Vacina, sim, mas não como único requisito" "A vacina não é uma condição única para viajar, pois a condição de segurança está nas atitudes responsáveis de cada um. Estamos vivendo a pandemia há mais de um ano, já nos conscientizamos sobre como nos proteger". Presidente da Abav-RS e sócia-proprietária da Asa Norte Viagens, de Porto Alegre, Lúcia Hoffmann Bentz acredita que a aviação, a hotelaria e as demais etapas da viagem estão seguras o suficiente para que o turista ainda não imunizado embarque e curta suas férias.

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"Nosso lado psicológico nunca foi tão exigido" O lado psicológico do agente de viagens nunca foi tão exigido como tem sido durante esta crise. No entanto, nem tudo são más notícias. "Os agentes de viagens que sobreviverem a essa crise nadarão de braçada. Nossa atividade ganhou muita força diante da concorrência on-line e direta e está muito longe de acabar", afirma Karla Tanaka, da Giro Pelo Mundo, de Curitiba, e uma das coordenadoras do Integração Trade.


"Estamos pedindo sensibilidade. Queremos acesso ao crédito" Agências de viagens do Brasil estão pedindo socorro. Em meio à pior crise da história do setor e com vendas próximas do zero, as principais dificuldades estão novamente sendo sentidas pelos micro, pequenos e médios negócios. Neste Bastidores do Turismo, cinco agentes de viagens de várias partes do Brasil relatam dificuldades e burocracia excessiva para conseguir empréstimos prometidos pelo governo.

As conquistas da Abav Nacional Magda Nassar e Edimilson Romão, da Abav Nacional, comentam sobre Perse, Responsabilidade Solidária, empréstimos e outros temas do Turismo na pandemia

Pagamento faturado com os dias contados? Diretor da Copastur, Edmar Mendoza comenta algumas mudanças aceleradas pela pandemia no setor de viagens corporativas. Uma delas é a diminuição do pagamento faturado. "Tentamos diversas vezes diminuir e demonstrar o quanto isso custa ao cliente, que no final paga mais. O mercado precisa entender que hoje essa é uma realidade só do Brasil e muitas novas tecnologias permitem o fim do faturamento", afirma o executivo. "Não sei se o modelo será extinto, mas com certeza teremos um volume muito menor de faturamento."

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As dificuldades de quem é especialista e cresceu nos cruzeiros Uma das principais vendedoras de cruzeiros do Brasil, Flóris Chieregatti, da Vero Viagens, de São Paulo, conta no Bastidores do Turismo como está sendo sobreviver ao hiato deste que foi um dos segmentos mais afetados pela pandemia.

"Vivemos nosso melhor momento" "O agente de viagens que trabalha com roteiros desenhados sob medida está vivendo seu melhor momento. Aqui na Be Happy nosso trabalho triplicou em relação ao pré-pandemia. As pessoas estão nos procurando bem mais, já desde o ano passado", diz Jaqueline Dallal, da agência de exóticos, casamentos e lua de mel Be Happy.

Onde está sua autoridade? Lívia Sá, da Go Viagens, lançou a Go Agentes, para treinar consultores de viagens, ao sentir durante a pandemia que o setor carece de mais profissionalização. "A diferenciação e a competitividade vêm quando o agente usa realmente toda sua autoridade de contato, de pesquisa, da exploração de opções alternativas, e monta uma viagem que esse cliente não teria expertise, tempo e capacidade de fazer pelo on-line", orienta a profissional.

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PANROTAS — 3 a 9 de fevereiro de 2021


32 - Jurassic World VelociCoaster recebe aventureiros corajosos para voar 47 metros no ar 33 - Endless Summer Resort, o único com benefícios e preços imbatíveis 34 - The Palm Beaches: hospedagem e programação cultural para todos os gostos 36 - Tampa Bay, o paraíso dos parques temáticos e da gastronomia na Flórida



PATROCINADO

UNIVERSAL ORLANDO RESORT INAUGURA SUA NOVA MONTANHA-RUSSA: A JURASSIC WORLD VELOCICOASTER O mês de junho traz consigo não só o início do verão nos Estados Unidos, mas também a inauguração mais esperada de Orlando: a Jurassic World VelociCoaster. Atração perfeita para os amantes de adrenalina, a montanha-russa será oficialmente aberta no dia 10 de junho, no Islands of Adventure, um dos parques do Universal Orlando Resort. A nova atração promete oferecer aos visitantes a oportunidade de voar 47 metros no ar e se lançar a mais de 112 km/h, ao lado de um grupo feroz de Velociraptors. Cheia de detalhes do universo dos dinossauros, a montanha-russa transporta os aventureiros em uma verdadeira experiência imersiva. Os visitantes começam a aproveitar a atração ainda na fila. Luzes vermelhas piscando e um estrondo alto atraem os olhares para as janelas adjacentes, onde é possível ver a montanha-russa zunindo a altas velocidades com a matilha de Raptors logo atrás, em plena perseguição. A caça começa oficialmente quando os visitantes embarcam nos carrinhos e partem em uma intensa aventura na montanha-russa, onde escaparão por pouco das garras - e dentes - dos raptors, enquanto giram, viram e voam ao longo da atração. “A Jurassic World VelociCoaster é a primeira

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montanha-russa do mundo baseada na famosa franquia de filmes e apresenta uma história original que traz as emoções, os dinossauros e os ambientes que os fãs viram na telona”, garante a diretora de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina da Universal Parks & Resorts, Gabriella Cavalheiro. Veja o que os seus clientes irão enfrentar na VelociCoaster: Acelerar com dois lançamentos, o mais rápido atingindo 112 km/h em 2,4 segundos Encontrar uma manobra única, um espiral de 360 ​​graus, centímetros acima da lagoa do Islands of Adventure Experimentar uma inversão de gravidade zero em uma manobra de cair o queixo, a primeira do tipo já criada Voar durante a altíssima “cartola”, que impulsiona os visitantes a 47 metros no ar e depois, imediatamente, em uma queda de 80 graus – a queda mais acentuada do Universal até o momento Encarar um total de 12 segundos de “tempo no ar” – aquela sensação emocionante de gravidade zero que os visitantes sentem quando são levantados de seus assentos – durante a experiência completa.n


PATROCINADO

ENDLESS SUMMER RESORT OFERECE SERVIÇOS E ACOMODAÇÕES DE ALTA QUALIDADE A PREÇOS IMBATÍVEIS NA UNIVERSAL Primeiro resort de categoria econômica do Universal Orlando, o Universal’s Endless Summer Resort é um complexo de hotéis que une duas propriedades-irmãs: o Surfside Inn and Suites, aberto em 2019, e o Dockside Inn And Suites, inaugurado no fim de 2020. Os hóspedes do hotel recebem benefícios exclusivos, incluindo Entrada Antecipada aos Parques Temáticos da Universal, transporte gratuito em ônibus, privilégios de cobrança com a chave do quarto e muito mais. São 2.800 apartamentos, tanto do tipo standard quanto espaçosas suítes de dois quartos que acomodam até seis pessoas e ainda contam com uma cozinha compacta, uma

mesa para refeições, e um banheiro com áreas separadas para banho, pia e sanitário. Já os restaurantes dos hotéis oferecem refeições no café da manhã, almoço e jantar. O menu traz opções de pratos abaixo de US$ 12, variando entre refeições do tipo comfort food e opções para viagem. Além de todas as vantagens, seus clientes ainda ficam no centro da ação, a alguns minutos dos três parques temáticos do Universal Orlando – Universal Studios Florida, Universal’s Islands of Adventure e Universal’s Volcano Bay – assim como do complexo de restaurantes e entretenimento – Universal CityWalk. n

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PATROCINADO

THE PALM BEACHES: PRAIA, CULTURA E LUXO EM UM SÓ LUGAR Conhecido e divulgado mundialmente como o primeiro destino turístico dos Estados Unidos, The Palm Beaches vem construindo sua fama de refúgio e clima caloroso há mais de 125 anos. Formado por 39 cidades e situado a apenas uma hora de Miami e a duas horas de Orlando, o destino presenteia os visitantes com diversas aventuras ao ar livre, pontos turísticos históricos, gastronomia de primeira, experiências culturais e uma hospitalidade única. Em Palm Beach, os visitantes se divertem na vida noturna agitada enquanto provam os tesouros da culinária de Boca Ratón. Já os amantes da natureza podem desfrutar de mais de 80 parques e 75 quilômetros de praias perfeitas para caminhadas e obser-

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vação da vida marinha de tartarugas, golfinhos e peixes. Quando o assunto é hospedagem, Palm Beach não deixa a desejar. Com uma revitalização completa, o PGA National Resort & Spa está ainda mais luxuoso com suas novas suítes, novas experiências gastronômicas, novos spa e campos de golfe. Não muito diferente, o Opal Grand Oceanfront Resort & Spa conta com mais de 270 apartamentos, espaços para eventos e uma atmosfera para lá de acolhedora. E se o objetivo é relaxar e aproveitar uma boa peça teatral, o Maltz Jupiter Theatre foi repaginado e agora dispõe de uma entrada modernizada, equipamentos de ponta e um segundo teatro pronto para receber espetáculos. n


O

ORIGINAL ÚNICO PRIMEIRO

Existe um lugar tranquilo na Flórida, onde nasceu a hospitalidade genuína. Com areias mais limpas, águas mais quentes e menos aglomeração, à espera dos viajantes diferenciados, que não se conformam com o comum. Planeje a viagem de seu cliente ao destino número 1 de resorts nos Estados Unidos. Com dias de muita brisa e noites elegantes, a época dourada das viagens está de volta em The Palm Beaches.

ThePalmBeaches.com/Travel-Professionals 7 a 13 de junho de 2021 — PANROTAS

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DESBRAVE TAMPA BAY EM 2021 Diversão para todas as idades, boa gastronomia, programação cultural, compras e outras experiências inesquecíveis podem ser vividas em Tampa Bay, localizada no coração da Flórida. Já imaginou conhecer um parque temático da África que oferece aventuras no chão e no ar? Entre suas atrações, o Busch Gardens é conhecido por hospedar a maior montanha-russa da Flórida. E que tal aventuras na água? O Aquário da Flórida proporciona que o visitante tenha contato com inúmeras espécies locais e aprenda como preservar o meio ambiente com pequenas atitudes. Voltada para todos os gostos e paladares, a culinária da Flórida contempla todos que a visitam. O The Columbia prepara pratos tradicionais da cozinha espanhola com autenticidade, enquanto

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o Oxford Exchange é uma ótima opção para quem busca por um brunch completo em meio a obras de arte e luxo. Em Tampa Bay, não basta apenas visitar suas atrações, é preciso conhecer sua história. O centro histórico narra o passado dos piratas que habitavam a região, além de oferecer uma visão do Museu de Arte com sua extensa coleção de obras contemporâneas em um edifício à beira-mar. Se o objetivo da viagem é fazer compras, opção é o que não falta. São seis quarteirões de marcas e boutiques que vão desde roupas, sapatos e jóias até produtos tecnológicos. Entre as opções, não esqueça de incluir a Bay Street no seu roteiro: ela é perfeita para aqueles que adoram tomar um café enquanto fazem compras.n


VISITE TAMPA BAY O TESOURO MAIS DESEJADO DA FLÓRIDA

Faça de cada refeição uma aventura com frutos do mar frescos, ingredientes cultivados localmente e cerveja artesanal premiada.

VisitTampaBay.com/Portuguese 7 a 13 de junho de 2021 — PANROTAS

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