PANROTAS 1.475

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Edição nº 1.475 - Ano 29 | 14 a 20 de junho | www.panrotas.com.br

A Azul Linhas Aéreas conquistou a liderança de market share no País e pretende levar os aprendizados da crise para seguir na briga pelo topo. Diretor da companhia, Marcelo Bento fala sobre a estratégia para os próximos meses e como a empresa espera reter essa liderança

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ÍNDICE nº 1.475 | 14 a 20 de junho de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 06

Dubai reaberta para quem voa Emirates

Página 07

Nelson de Oliveira assume a Eastern Airlines

Página 08

Transamerica São Paulo fechado até dezembro

Página 09

A volta dos cruzeiros na Flórida

Página 10

Espanha e França reabrem fronteiras

Página 12

Certificado de covid-19 na União Europeia

Página 13

Universal inaugura Jurassic World VelociCoaster

Página 14

Agaxtur muda matriz para Osasco

Página 15

MSC Cruzeiros apresenta navio de luxo

Página 16

CVC tem nova marca e layout de loja

Página 18

Entrevista - Azul aposta em seus diferenciais para o corporativo

Página 24

Gol adquire a aérea regional MAP

Página 25

Costa Cruzeiros traz novos navios e aumenta capacidade no País

Página 29

BWH Hotel Group mostra como as viagens

Página 34

AMResorts e suas alternativas para a pandemia

Página 38

Turismo no Congresso - Ex-prefeito de Olímpia e deputado federal Geninho Zuliani

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima.

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Editorial

NÃO DEIXE SEU CLIENTE PARA A ÚLTIMA HORA Isso significa não deixar que o próprio cliente tome decisões em cima da hora, já que, se agora comprar uma viagem com pouca antecedência pode dar certo, já que o volume de viajantes ainda é bem menor que o pré-pandemia, logo a situação vai ser bem diferente. E na hora em que seu cliente não conseguir a reserva desejada, a responsabilidade pode cair sobre o profissional que está prestando a consultoria e assistência. Mesmo hoje no Brasil, já está difícil conseguir hospedagem ou casas para alugar em datas e destinos bem específicos. Com a vacinação prevista para terminar entre outubro e dezembro, podemos esperar um verão como nunca houve, sendo que destinos e meios de hospedagem mais desejados serão os com mais exclusividade e espaço para múltiplos propósitos (lazer e trabalho, estudo e lazer, saúde e lazer). Hoje o passageiro compra em cima da hora devido às oportunidades e angústias criadas pelo abre e fecha de destinos. Mas os Estados Unidos já sinalizam como será a retomada: já há falta de carros para alugar; as tarifas voltaram a níveis pré-pandemia e chegam a superar o pré-crise; para evitar aglomerações há um controle de capacidade e reservas feito por sistemas rígidos, onde não há jeitinho (vide os parques temáticos); e os destinos menores se destacam na procura para as férias. Mais caro, menos aglomerado, mais difícil de reservar. Esse será o Turismo a curto prazo, até que o internacional volte com tudo e normalize a equação oferta x procura. Isso lá para 2023. Até lá, planejamento é fundamental. Para pegar menos, garantir a reserva no produto escolhido e se precaver contra possíveis mudanças (daí a importância de ler e entender todas as regras). E nesse contexto o trabalho do agente de viagens precisa ser cada vez mais completo, contínuo (antes, durante e depois da viagem) e consistente (com informações seguras e boas negociações). Sim, a OTA tá com um preço ótimo. O fornecedor dá desconto para a compra direta. A igreja vai lançar um app vendendo viagem e dízimo. Tudo isso vai ocorrer. Mas quem viajar com um profissional que o acompanha em toda a jornada vai aproveitar melhor as férias. Não importando se ele comprou tudo ou parte dos produtos com um agente. Em qualquer um dos casos, esse serviço de assistência não pode e não deve ser gratuito. Consultoria custa caro, pois economiza tempo, dinheiro e dor de cabeça. Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br 14 a 20 de junho de 2021 — PANROTAS

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Check-in

Os destaques do Turismo

Dubai como destino final

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A Emirates voltou a aceitar passageiros do Brasil tendo Dubai como destino final. Até então, os brasileiros teriam de parar em Dubai na volta ao Brasil apenas ou voar com outras empresas, como Qatar ou Turkish. Nos últimos meses, os passageiros em voos da Emirates provenientes do Brasil só podiam utilizar o aeroporto do emirado em trânsito ou conexão. A partir de agora, o destino pode ser explorado novamente como opção de lazer ou negócios para quem chega no voo direto da Emirates, sem necessidade de vacina. A única exigência para viajantes a partir do Brasil listada no site da Emirates Airline é a apresentação, no momento do embarque, de um teste PCR negativo realizado até 72 horas antes do mesmo. n


Nelson de Oliveira assume a direção da Eastern Airlines no Brasil

Da Alitalia à Eastern Airlines Nelson de Oliveira está levando seus mais de 30 anos de Turismo à Eastern Airlines. O novo country manager da companhia aérea norteamericana no Brasil será oficializado em 21 de junho e está se despedindo da Alitalia, para a qual trabalhou quase dois anos. O executivo foi contratado pelo vice-presidente de Malha, Vendas e Serviços da Eastern Airlines, Joshua Bustos, que conhece desde a primeira década dos anos 2000. A companhia terá voos de Belo Horizonte para Miami, Nova York e

Boston, com previsão de início para os próximos meses. “A Eastern tem o Brasil como uma das prioridades globais e estou muito feliz em fazer parte dessa história nova”, afirmou Nelson de Oliveira. De acordo com ele, ver uma empresa americana nova apostando no Brasil como prioridade, escolhendo um country manager brasileiro e investindo em rotas diferentes a partir de Belo Horizonte, com uma proposta low cost moderna, é um ânimo que o mercado precisa nesse pós-pandemia. n

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Temporariamente fora de serviço

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Um dos ícones da hotelaria paulistana, o Transamerica São Paulo fechou as portas na semana passada. Segundo o hotel, trata-se de algo temporário, em decorrência da pandemia de covid-19 e seu impacto nos negócios, como eventos e hospedagem. A reabertura está prevista para dezembro de 2021. O hotel de aproximadamente 400 apartamentos e um centro de convenções tem mais de 30 anos e e uma referência em eventos e viagens corporativas, além de ter uma ampla área de lazer. Os demais hotéis Transamerica na cidade de São Paulo continuam em funcionamento normalmente, tal como o Transamerica Comandatuba, na Bahia. n


Zarpando na Flórida Em maio, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) finalmente flexibilizou as condições para cruzeiros navegarem no país após muita batalha da indústria. Após o anúncio, diversas companhias passaram a divulgar seus planos de retorno à navegação, com muitos navios na Flórida com destino ao verão caribenho. O primeiro cruzeiro a partir da Flórida será no dia 26 de junho. O Celebrity Edge, da Celebrity Cruises, partirá de Port Everglades, em Fort Lauderdale, em um cruzeiro de sete dias pelo Caribe visitando a Costa Maya, Cozumel e Nassau. Um segundo navio da Celebrity, o Celebrity Equinox, também foi aprovado para viagens comerciais a partir do mesmo porto, mas ainda não conta com data e roteiro definido. O CDC chama estes cruzeiros da Celebrity de "viagens restritas". Esses navios podem entrar em serviço sem viagens de teste, mantendo um limite de vacinação de 95% dos passageiros e da tripulação. Dona da marca Celebrity Cruises, a Royal Caribbean

é a companhia com mais cruzeiros confirmados na Flórida, com cinco navios programados para navegar a partir dos portos de Miami, Fort Lauderdale (Port Everglades) e Port Canaveral entre julho e agosto. Os navios Odyssey of the Seas, Symphony of the Seas e Allure of the Seas contarão com viagens de 6 a 8 dias para o Caribe, com visitas a destinos como Aruba, Cozumel e St. Thomas. Já os navios Freedom of the Seas e Mariner of the Seas farão viagens de 3 a 4 noites com destino a Bahamas. MSC CRUZEIROS Recentemente, a MSC Cruzeiros também anunciou seus planos de reinício de navegação na Flórida a partir de agosto deste ano. A partir do dia 2 de agosto, o MSC Meraviglia fará cruzeiros de Miami para as Bahamas, e apresentará a ilha particular da MSC Cruzeiros, a Ocean Cay MSC Marine Reserve. Já o MSC Divina retomará os cruzeiros de Orlando (Porto Canaveral) no dia 16 de setembro de 2021, oferecendo cruzeiros de 3, 4 e 7 noites

para as Bahamas e Caribe, incluindo, também, paradas na Ocean Cay MSC Marine Reserve. NCL Já a Norwegian Cruise Line (NCL) anunciou seu esperado retorno a Miami com o Norwegian Gem programado para fazer itinerários de sete dias para o Caribe começando em 15 de agosto de 2021 e viagens de quatro dias para as Bahamas em novembro. Também em novembro, a partir do dia 13, a NCL realizará cruzeiros para o Caribe partindo de Port Canaveral, Flórida, no Norwegian Escape. Além das quatro companhias com viagens já programadas, é esperado que a Carnival Corporation e a Disney Cruise Line também anunciem cruzeiros partindo da Flórida em breve já que receberam autorização do CDC para realizarem cruzeiros de teste nos portos do Estado. Os dois primeiros navios da Carnival Cruise Line a serem aprovados para viagens simuladas são o Carnival Vista, de Galveston, e o Carnival Horizon, de Miami. n

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Aguardando autorização na Espanha O governo da Espanha reabriu no dia 7 as fronteiras para a entrada de turistas estrangeiros vacinados contra a covid-19. A medida vale para uma série de países mas deixa de fora os brasileiros, que assim como os sul-africanos ainda enfrentam restrições e são classificados como regiões de “sério risco epidemiológico”, por conta das variantes do vírus que circulam nesses territórios. As três vacinas aplicadas no Brasil são aceitas pela Organização Mundial da Saúde, que por sua vez é seguida pelo governo espanhol, mas o cenário de pandemia no País ainda não dá a confiança necessária para os espanhóis abrirem suas fronteiras. Essa medida seguirá vigente até 22 de junho, quando os espanhóis revisarão a evolução do quadro pandêmico no Brasil e na África do Sul e reavaliarão a possibilidade de entrada.

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SEM LAZER NA FRANÇA Na França a situação é semelhante. Mesmo sendo um dos países da União Europeia que têm mantido algumas das medidas mais rigorosas em relação à covid-19 desde 2020, os franceses tiraram barreiras a turistas. Contudo, visitantes em voos diretos do Brasil estão em uma lista em que só poderão entrar dentro dos critérios estabelecidos pelo governo local, para viagens essenciais. Não há viagens a lazer autorizadas, nem com quarentena. Os cidadãos provenientes dessa lista não podem ingressar na França a menos que sejam residentes permanentes ou que mostrem um motivo imperioso. Esses cidadãos, sim, têm que fazer a quarentena de dez dias, fazer um teste PCR menos de 36h e um na chegada (no aeroporto). Após sete dias, um último", explica o Escritório de Turismo da França no Brasil. Turistas do Brasil continuam proibidos, mesmo com uma possível quarentena. n


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Certificado aprovado na Europa O Parlamento Europeu autorizou o uso do Certificado Digital de Covid da União Europeia, com o qual os turistas poderão transitar sem restrições entre os 27 países da comunidade a partir de 1º de julho, na alta temporada de verão. O documento comprova se o cidadão foi vacinado, superou a covid-19 ou testou negativo para a doença pouco tempo antes de embarcar para a viagem. Trata-se de um certificado gratuito, em formato digital ou físico e emitido em pelo menos dois idiomas: o inglês e o do país emissor. Todos os países envolvidos devem estar em harmonia para oferecer informação básica sobre a situação médica no que diz respeito ao coronavírus. Ao mesmo tempo, o sistema deve proteger os dados sensíveis dos cidadãos e garantir a veracidade da informação.

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Cerca de dez países já entregam tais certificados europeus a seus cidadãos vacinados, e é justamente o que o parlamento pede: para que os membros comecem a distribuílo "desde já" a fim de evitar um "big bang" em julho em relação a uma demanda excessiva de emissões. Os 27 países se comprometeram a não impor "restrições adicionais" aos viajantes que tenham esse certificado, o que se supõe que não haverá, dentro da comunidade, a necessidade de se cumprir quarentenas obrigatórias ou realizar novos testes nas chegadas. Contudo, os governos nacionais se reservam ao direito de ativar um "freio de emergência" com o qual poderão reintroduzir restrições repentinas em caso de aumento no número de casos ou aparição de novas variantes. n


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Montanha-russa jurássica

A Jurassic World VelociCoaster, depois de um período de soft opening, foi inaugurada no parque temático Islands of Adventure, do Universal Orlando Resort, em Orlando, na Flórida. Inspirada pelos filmes “Jurassic World” (continuação da série Jurassic Park), essa é a montanha-russa de lançamento mais rápida, mais alta e mais intensa já criada, que impulsiona os visitantes a 47 metros no ar em velocidades extremas de até 112km/h, e os coloca em uma corrida ao lado de uma matilha feroz de Velociraptors. A Jurassic World VelociCoaster coloca os visitantes dentro do habitat dos dinossauros, em uma aventura com espirais de 360 graus e uma manobra invertida que se estende por mais de 30 metros de pista. Quando os visitantes despencam em uma queda acentuada de 80 graus, a VelociCoaster faz jus ao seu nome, "proporcionando uma experiência de montanha-russa incomparável", garante a Universal.n

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Rogerio Lins, prefeito de Osasco, Aldo Leone Filho, CEO da Agaxtur Viagens, e Euds Ricardo, CEO da Connect TV

Casa nova Depois de vender a histórica sede da avenida Europa, em São Paulo, onde atuou por 34 anos, a operadora Agaxtur está de casa nova e com planos de expansão para o póspandemia. A empresa está se mudando para Osasco, na Grande São Paulo, e já a partir de julho prevê a volta do trabalho presencial, em modelo híbrido e flexível. São tantas mudanças e novidades, que o presidente da operadora, Aldo Leone Filho, já fala em uma “nova Agaxtur”, mais slim, leve, tecnológica e moderna. A nova sede administrativa operacional da Agaxtur vai ocupar os 550 metros quadrados do 25º andar de uma das duas torres do Pátio Osasco Open Mall. “Um dos motivos da escolha foi a facilidade de acesso para os colaboradores, de ônibus,

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trem ou carro, e todos os serviços oferecidos no mall, de academia à alimentação”, explica o presidente da empresa, Aldo Filho. “A partir da inauguração da nossa nova sede administrativa operacional, vamos ampliar serviços de suporte comercial a todas as agências de viagens parceiras, com o firme propósito de fortalecer o setor de Viagens e Turismo no País como vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável”, antecipa o executivo. Outro motivo da mudança foi a hospitalidade de Osasco. O prefeito Rogério Lins tem investido na atração de negócios para a região e quer que o Turismo se una a empresas como Uber, Mercado Livre, Dafiti, iFood, Conect TV, Wepress.club, Haven, Ambev, Track & Field, Camil, Rappi, entre outras.n


Explorando o luxo O Grupo MSC anunciou a entrada da empresa no mercado de cruzeiros de luxo com o lançamento de uma nova marca: a Explora Journeys. Construído pela Fincantieri, o primeiro de quatro navios, o Explora I, será inaugurado em 2023, com os navios restantes prontos em 2024, 2025 e 2026. Uma cerimônia de corte de aço para o Explora I já foi realizada em Monfalcone, na Itália. “Construir uma marca de luxo que irá redefinir a experiência de cruzeiros e criar uma categoria própria é uma visão de longa data minha e de minha família. Inspirado por nossos desejos pessoais de viagem, o Explora Journeys será um refúgio oceânico como nenhum outro, permitindo que os hóspedes relaxem, guardem memórias e apreciem o tempo no mar com seus entes queridos. Afinal, o tempo é o luxo final”, afirmou o presidente executivo do MSC Group, Pierfrancesco Vago. Com 248 metros de comprimento, o navio contará com 461 suítes voltadas para o mar e residências com janelas do chão ao teto e uma área de terraço. As suítes terão a partir de 35 metros quadrados, que estão entre as mais espaçosas da categoria na indústria. Quatorze decks proporcionarão

um amplo espaço público interno de 2.500 metros quadrados com vista para o mar, com 64 cabanas privativas em 3 piscinas ao ar livre. Uma quarta piscina, com teto retrátil de vidro, permitirá nadar e relaxar à beira da água em qualquer clima. Também haverá várias banheiras de hidromassagem internas e externas no convés do passeio do navio. Visando um bom atendimento, existirá uma proporção de convidados para a tripulação de 1,25 para 1. Os horários de jantar flexíveis em nove restaurantes distintos proporcionarão variedade de opções. Cada local irá celebrar talentos culinários globais, com foco em ingredientes saudáveis provenientes de parceiros locais de forma sustentável. Também estarão disponíveis vários bares interiores e exteriores e salões. Inicialmente, as viagens do Explora I serão de pelo menos sete noites e Saint-Tropez, Bordeaux e Reykjavik serão incluídas no programa de estreia do Explora I. Ligações para Kastellorizo, Grécia; Bozcaada, Turquia; e as Ilhas Lofoten da Noruega também farão parte do programa inaugural, que estará à venda no outono setentrional deste ano. n

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CVC repaginada A CVC está de cara nova. De uma só vez, a companhia apresentou sua nova marca e o layout do que chama de "loja do futuro". A mensagem ao consumidor é de que a empresa está mais digital, sustentável, mais diversa e dando ao consumidor a liberdade de escolha de como ser atendido. Com opções de lojas de tamanhos P, M e G, o franqueado desembolsará pelo menos R$ 120 mil para transformar o visual da agência. A primeira flagship será inaugurada em setembro, em local ainda a ser confirmado. A diretora executiva B2C da CVC Corp, Daniela Bertoldo, na empresa desde novembro do ano passado e responsável por toda a venda aos consumidores nas franquias CVC, conta que os interessados já estão enviando mensagens pedindo para aderir o quanto antes. Segundo ela, a nova marca começa

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a ser usada já. A partir do próximo mês, vitrines e materiais da CVC já vêm com o novo logo. "Queremos que o cliente entre na loja e veja essa transformação. Decida como quer ser atendido", afirma Daniela sobre o novo lay-out da loja. "Haverá tablets se ele quiser consultar algumas coisas por conta própria antes do atendimento. Se for com crianças, há um Espaço Kids, que pode ser customizado como a loja quiser. Se quiser um atendimento mais detalhado, temos lugares com mais privacidade. Se quiser tirar uma selfie, também haverá painéis para isso. Além de áreas de espera tematizadas e todo o direcionamento do Reprograma CVC Corp, com zero papel, local para atender clientes PCD e incentivo à diversidade e sustentabilidade. A meta é chegar a zero papel nas lojas, gradualmente."n


PATROCINADO

ILHABELA: O PARAÍSO DO ANYWHERE OFFICE ESTÁ AQUI Com o início da pandemia de coronavírus, as empresas tiveram que se reinventar e adotar modalidades que fossem ao encontro das medidas de distanciamento social. Segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, o regime de trabalho implementado por 46% das organizações foi o home office. Mas um outro conceito de modalidade de trabalho já tem ganhado destaque e pode ser considerado o ‘home office do futuro’. É o chamado anywhere office, o upgrade do trabalho remoto, que na tradução literal seria trabalho em qualquer lugar. Assim como o home office, o anywhere office se refere ao trabalho remoto. A principal diferença é que o anywhere office pode ser realizado em qualquer lugar, e um dos melhores destinos para isso é Ilhabela. Localizada no litoral norte de São Paulo, Ilhabela está rodeada de praias, cachoeiras e montanhas, além de contar com um charme único de cidade pequena. Com hotéis e pousadas aconchegantes espalhados por toda a ilha, o destino é o paraíso para aqueles que

procuram trabalhar com tranquilidade. Ilhabela oferece uma infraestrutura completa para o profissional que deseja desfrutar do anywhere office e também para aquele que viaja a lazer e pretende esticar uns dias para trabalhar e usufruir de melhor qualidade de vida. O destino conta com diversos atrativos, segurança, contato com a natureza, centro histórico e muitas opções de bares, restaurantes e lojas. Outra vantagem é que com a aplicação do ensino híbrido nas escolas, é possível que em um ou dois dias da semana as crianças assistam às aulas pela internet, podendo experimentar o destino ao lado dos pais. Ao invés de passar a semana trabalhando em casa e olhando apenas para a tela do computador, por que não escolher um destino que além de proporcionar produtividade, contribui para mais inspiração, novas conexões, novas paisagens e muito mais qualidade no trabalho? Desfrute de um cenário paradisíaco. Se o seu trabalho é remoto, escolha Ilhabela. n

Secretaria do Turismo

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Aviação Rodrigo Vieira

CRISE TRAZ MATURIDADE À AZUL Em 2021, pela primeira vez, a Azul Linhas Aéreas alcançou o topo dos rankings trimestrais da Anac e da Abracorp, com o maior market share em voos domésticos no Brasil, mas a companhia não se ilude com esta liderança, que classifica como temporária e condicional. Uma série de fatores provocados pela pandemia colocou a aérea à frente de suas principais concorrentes, Gol e Latam - embora com esta última já viesse disputando de igual para igual nos rankings da associação de agências de viagens corporativas. Aliás, o setor corporativo é justamente um dos principais elementos que colocam a Azul em posição mais amena nesta crise e fazem acreditar em uma retomada com um conforto acima da média da indústria. Isso porque a companhia aérea de frota mais diversificada do País tem indústria, manufatura, energia e agronegócio como seus principais motores de viagens a trabalho, em detrimento do segmento de negócios, reuniões e eventos, os mais fragilizados na pandemia. Condicionalmente, a empresa se aproveita do waiver para conquistar mais slots em aeroportos-chave, e vê no desempenho de frota, na regionalização, na satisfação do cliente e no lançamento de produtos indícios de que está no caminho certo para quando a vacinação estiver amplamente 18

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difundida e as viagens de fato voltarem a acontecer com ritmo e consistência. Não à toa, nas últimas semanas, a empresa noticiou a expansão de sua malha e expectativa de atingir níveis de ocupação e volume pré-pandemia já no segundo semestre deste ano, como também se cogitou no mercado a possibilidade de fusão com a Latam Brasil, em meio a uma queda de braços entre o CEO John Rodgerson com o líder da concorrente, Jerome Cadier. INVESTIDA NA LATAM? Os rumores ganharam ainda mais corpo quando analistas do banco de investimento Bradesco BBI, na semana passada, elevaram a recomendação da Azul de neutra para outperform (desempenho acima da média), com um novo preço alvo de R$ 75 para as ações da Azul (Azul4), cifra 68% acima do patamar em que se encontrava no último fechamento. A base dos especialistas Victor Mizusaki e Pedro Fontana para a análise foi justamente a possibilidade de consolidação, o que eles veem como "muito provável". As operações envolvendo a Azul podem reescrever a história da companhia em até 90 dias, na visão dos analistas do BBI. O diretor de Relações Institucionais da

Azul, Marcelo Bento Ribeiro, conversou com a Revista PANROTAS sobre o tema, sobre o qual ele não deu negativa, como é de costume no meio empresarial quando há transações desta natureza em andamento. Na visão do executivo com mais de 25 anos de aviação, este "não é um movimento ativo" na Azul, mas ele avalia como "possível" que uma transação como esta aconteça. Para Bento, fusões e aquisições são tendência na aviação internacional, mesmo em países em que governos subsidiaram suas companhias aéreas. No Brasil, onde as transportadoras praticamente têm de conduzir a gestão de crise por elas mesmas, isso pode ser ainda mais plausível. "Acreditamos em uma consolidação (das aéreas) porque no Brasil não houve nenhum socorro direto, apenas medidas de facilitação do governo para nos ajudar a enfrentar a crise. Não tivemos doação de dinheiro, empréstimos e até mesmo participação societária do governo como em países da Europa e nos Estados Unidos. Empresas brasileiras estão com dificuldade maior do que as congêneres internacionais, e mesmo lá fora se vê consolidação. Não é um movimento ativo, simplesmente acreditamos que isso é possível", afirmou Marcelo Bento.

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No fim de maio, o CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a empresa contratou consultores e está estudando ativamente as oportunidades de consolidação da indústria. E embora o Bradesco BBI veja grandes possibilidades de fusão, o mesmo não pensam os analistas do Morgan Stanley. Para eles, há certa euforia nestes rumores, principalmente pelas negativas claras de Jerome Cadier em relação à venda da operação da Latam no Brasil. A resposta do CEO reflete, na visão dos especialistas, a posição de acionistas da Latam, entre eles a própria família Cueto, do CEO do Grupo Latam, o chileno Enrique Cueto. A destacar ainda os planos de investidores como Delta e Qatar no Grupo Latam, que não iriam apostar em plano latino-americano sem a presença de uma operação no Brasil. FIM DO CODESHARE Sobre o rompimento do codeshare entre a Latam e a Azul, Bento avaliou a medida como prematura (por parte da Latam) e mais a fim de passar um recado ao mercado do que justamente ser técnica e efetiva. “Acreditamos que o fim do codeshare foi prematuro, afinal de contas a malha aérea ainda não alcançou o potencial que ela poderia chegar no País. Porém, a Latam quis deixar claro que ela não está à venda, como o próprio Jerome [Cadier] declarou. Mais do que uma decisão técnica, foi uma movimentação estratégica, para mostrar uma posição. Por nós, teríamos continuado por mais tempo, pois acreditamos que o codeshare ainda fazia sentido no âmbito de oferecer mais possibilidade de conexões a um público que está contando com uma oferta reduzida", justifica Bento. O diretor ainda diz que o acordo de compartilhamento entregou muito do planejado, mas não chegou à plenitude. "Não chegamos a ter 100% das rotas em codeshare, o que não seria algo ruim." Por sua vez, a Latam Airlines alega que tanto a expansão quanto o volume de passageiros beneficiados por este acordo ficaram aquém das expectativas iniciais da empresa durante o ano de 2021.

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VANTAGEM COMPETITIVA NO CORPORATIVO REVISTA PANROTAS – Líder pela primeira vez dos rankings de participação de mercado na Anac e na Abracorp. A que você atribui essas conquistas? MARCELO BENTO RIBEIRO – O setor corporativo é protagonista desses desempenhos. Sempre tivemos um tamanho desproporcional no segmento, uma participação corporativa superior à nossa participação geral. Isso tem muito a ver com o tipo de serviço prestado pela Azul, tanto em termos de malha aérea como de qualidade. Nosso DNA regional, nossa estratégia de atender pequenas e médias localidades nos dá uma participação sólida com os viajantes a trabalho, muito maior do que as grandes rotas nacionais. PANROTAS – Mas todos os índices apontam que, diferentemente das outras crises, é o lazer que se sobressai na retomada desta atual. BENTO – É que pela nossa flexibilidade de frota, acabamos ocupando espaços a mais do que historicamente poderíamos ocupar em Santos Dumont e Congonhas. Hoje temos uma quantidade de partidas na ponte aérea semelhante à de nossos concorrentes. Isso jamais aconteceu antes e infelizmente não é algo duradouro, é efeito dos tempos de pandemia, do programa waiver de slots da Anac. Mas de qualquer jeito nos impulsiona. Temos aeronaves de nove a 290 assentos, uma malha que só nos possuímos no Brasil, o que nos dá agilidade nas escolhas.

PANROTAS – Então é a disputa pelo mix de passageiros nas grandes rotas e pelo viajante a trabalho nas regionais? BENTO – As obras, as fábricas, a mineração, óleo & gás, energia no geral... nada disso parou. Pelo contrário, muitas estão mais aceleradas do que antes, por conta da dependência que tínhamos da China. É esse o corporativo que atendemos historicamente, principalmente nas rotas regionais. O corporativo que estagnou foi o das multinacionais, das financeiras, das consultorias. São importantes em tíquete médio, mas não é um segmento tão atuante da Azul, principalmente por estarem muito centrados na cidade de São Paulo. Nós tempos presença enorme em Campinas, razoável em Guarulhos e mínima em Congonhas. PANROTAS – Que tipos de portas essa transformação abre para a Azul? BENTO – Abre porta para explorarmos mais ainda o mercado corporativo, pois conseguimos usar os poucos slots que temos em Congonhas e em Guarulhos com aviões muito mais competitivos, visto que antes tínhamos dificuldade de usar Embraer em determinados mercados. Por conta disso, um custo por assento mais baixo também é oportunidade de explorarmos esse novo bleisure, do viajante que passa um tempo considerável longe, mas em home office. Estamos mais competitivos em custos e mais aptos de explorar essa mudança de perfil de mercado, sem que isso signifique mudar nossas estratégias.

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PANROTAS – Então a liderança no País pode ser uma realidade pós-pandemia? BENTO – Evidentemente estamos trabalhando para perder o mínimo possível dessa conquista, mas claramente esse nível de participação de mercado atual não é sustentável. Não temos a ilusão de que chegamos ao topo na pandemia e no topo vamos ficar. Temos atuado com estratégias diferentes, há espaços em aeroportos que normalmente não temos. Passada a crise, alguns dos fatores que nos levaram à liderança voltam a ser como eram. Não é viável e nem exequível pensarmos que onde chegamos ficaremos. PANROTAS – E aonde podem chegar logo após a pandemia? BENTO – Sinceramente, não temos uma estratégia interna de market share. Nosso foco não é esse, é sustentabilidade de ter uma empresa lucrativa, saudável, com liquidez, que possa sobreviver, pois os desafios em curto e médio prazos são dificílimos. Teremos um legado de dois anos de passivo que teremos de pagar. Nosso foco é ter margem para passar por tudo isso. PANROTAS – John Rodgerson fala em alcançar níveis pré-pandemia no segundo semestre. Latam e Gol já anunciaram reforço de malha para os próximos meses, prevendo a retomada. Como a Azul trabalha nesse cenário? BENTO – O que vimos antes de março deste ano foi uma retomada muito acelerada. O Brasil foi um dos mercados do mundo mais rápidos a atingir a retomada no doméstico. De um modo geral, a Azul veio retomando sua quantidade de partidas diárias. Che22

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gamos a operar 80% das partidas no ano passado, mas devido a uma transformação de frota, chegamos próximos à recuperação plena ou até passamos em número de assentos. Isso nos faz acreditar na possibilidade de haver retomada no segundo semestre, mas tudo vai depender da vacinação. Pelo exemplo dos Estados Unidos fica claro que a imunização está totalmente ligada ao movimento aéreo. A julgar pelo cronograma de entrega de doses aqui, podemos ter um verão movimentado. Existe um caminho muito longo para a retomada de rentabilidade, que é algo diferente da retomada de tráfego. Pagar o prejuízo desses meses e voltar efetivamente a gerar caixa é o maior desafio das aéreas. Neste momento, as empresas precisam de grande liquidez para aguentar o tranco, especialmente no internacional de longo curso, apesar de o internacional regional também estar difícil, com fronteiras importantes ainda fechadas. PANROTAS – Que transformação de frota é essa? BENTO – Adotamos nova geração de aeronaves Embraer e Airbus, o E2, os A320 e o A321 neo. Elas farão com que tenhamos mais assentos por partida. Não é que deixaremos de operar ATR, mas o fato é que nossa frota é mais diversa do que já era. Ainda somos um dos maiores operadores de ATR do mundo. PANROTAS – Quais as rotas de maior sucesso atualmente? BENTO – Esse é um conceito vasto. Ocupação é uma coisa, lucratividade é outra. Os melhores voos são os que ligam um hub a


outro, pois obviamente neles conseguimos um mix de tráfego potente. Então destaco qualquer voo saindo de Viracopos, pois Campinas tem um DNA industrial, justificando o que falei anteriormente do nosso perfil corporativo. Campinas-Recife, CampinasBelo Horizonte, Belo Horizonte-Recife são alguns dos destaques. Na pandemia chegamos a operar bancos de conexão com mais voos do que jamais tivemos, a partir de Viracopos. Nossa fortaleza é nosso hub, o que é bastante natural. Tenho certeza de que com a nossa concorrência acontece o mesmo. PANROTAS – Quais são os principais canais de venda da Azul hoje? Este foi um cenário que mudou na pandemia? BENTO – Mudou pouco, e o que mudou não será de forma definitiva. Aumentou a participação de venda direta, à medida que muitas agências de viagens deram licença remunerada aos funcionários e as corporações que sempre compram com elas pararam de viajar. Vemos um incremento de venda direta, pelo aumento do lazer, mas não creio que seja algo duradouro. Na retomada, os canais tradicionais voltarão: consolidadoras, agências, TMCs... PANROTAS – E as agências de viagens? BENTO – Tiveram de se reinventar no período. Essa crise foi muito dura para elas. Aprenderam a trabalhar em home office na marra, o que para uma empresa de serviços gera uma economia muito significativa, pois o metro quadrado em uma metrópole não é barato. Tiveram de investir em tecnologia robusta e portanto estão mais virtuais do que nunca, e com isso conseguem prestar um serviço com menor custo.

migra para um ATR e vai testando se essas rotas são sustentáveis. Muitas dessas novas cidades nunca receberam voos antes, o que torna um desafio habituar o público local. Apresentar o transporte aéreo como viável, mostrar que dessas regiões eles têm extensa cobertura no território nacional. Vamos analisando mercado a mercado e ajustando a oferta conforme o desempenho. Hoje estamos com um total de 118 bases atendidas. Até o final do mês teremos o incremento de Comandatuba, totalizando 119 bases. PANROTAS – Como a entrada da ITA pode afetar a Azul e o mercado? Há espaço para essa quarta companhia? BENTO – A história recente mostra que espaço pode ter, mas é um mercado muito difícil, muito competitivo. Falo especificamente da Avianca Brasil, que estava estabelecida e por pequenos deslizes as coisas ficaram difíceis de administrar e tornaram impossível a continuidade da empresa. Portanto, possível sempre é, mas a taxa de mortalidade é alta, pois os riscos são muito altos. A parte mais difícil é acesso a capital, pois investir aeronave, investir com oito anos de antecedência em um país tão imprevisível como o nosso é complicado. O custo Brasil é alto, o mercado é dolarizado. Se não tiver caixa e não estiver preparado para aguentar o tranco, você vai embora. A ITA é uma concorrente principalmente para Latam e Gol, porque a operação deles é centrada em Guarulhos e Galeão e haverá ali um overlap de rotas. A Azul assistirá a essa situação de longe, pois não competiremos diretamente. n

PANROTAS – Destinos novos virão por aí? BENTO – Muitos. Quase toda semana lançamos novos destinos, quase tudo voltado para o regional, até porque no doméstico não há muito o que inventar. A Azul Conecta (empresa regional da Azul, lançada no ano passado e fruto da compra da TwoFlex) foi um acerto em termos de testar mercados e mostrar às prefeituras e às populações regionais a viabilidade dessas operações. Na Região Norte acabamos de anunciar mais oito destinos, um já com data confirmada e outros a depender da infraestrutura dos locais, em parceria com os governos estadual e federal. Tem muita coisa acontecendo em termos de novos destinos, dentro da estratégia desenhada lá atrás de chegar a 200 cidades, e nós continuaremos em busca desta meta com a estratégia de ir aos poucos: abre com um Caravan, 14 a 20 de junho de 2021 — PANROTAS

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GOL MAIS FORTE NO REGIONAL A consolidação prevista pelo presidente da Azul, John Rodgerson, começou, mas pelas asas da concorrente Gol Linhas Aéreas, que anunciou na semana passada a compra, por R$ 28 milhões, da Map Transportes Aéreos, uma das chamadas empresas aéreas regionais brasileiras. A Gol também assumirá compromissos financeiros de R$ 100 milhões da empresa comprada. A Map tem atuação em rotas regionais pelo Brasil, especialmente no Norte, e também no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. “Essa operação reflete o compromisso contínuo da companhia em expandir a demanda brasileira por transporte aéreo, em linha com o que sua administração entende ser uma oportunidade diferenciada para consolidação racional no mercado local, à medida que a economia do País se recupera da covid-19”, disse a empresa em comunicado. O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, adiciona que “a aquisição é um passo importante da nossa estratégia de expansão de malha e capacidade, à medida em que buscamos revitalizar a demanda por viagens aéreas de lazer e a negócios. Assim, a companhia está investindo ainda mais no mercado de transporte aéreo regional com destaque para a região Amazônica, apoiando o desenvolvimento econômico local e fortalecendo as nossas operações no Aeroporto de Congonhas.” DEZ ANOS Fundada em 2011, a Map é a quinta maior empresa aérea brasileira, com uma frota de sete aeronaves ATR com 70 assentos que operam em rotas da região amazônica a partir de Aeroporto de Manaus e nas regiões Sul e Sudeste a partir de Congonhas. Com a aquisição, a Gol aumenta sua atuação em Congonhas em 10%, com a adição de 26 voos diários. A ideia é substituir os ATR pelos 737 da frota da Gol. n 24

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Cruzeiros marítimos Artur Luiz Andrade

COSTA TRAZ NOVOS NAVIOS AO BRASIL

Para a temporada da América do Sul este ano, de novembro próximo a abril de 2022, a Costa Cruzeiros mudou seus planos para o Brasil e anunciou, há alguns dias, dois novos nomes para navegar por aqui. O Costa Smeralda assumirá os itinerários de seu navio gêmeo Costa Toscana. E o Costa Fascinosa retornará à região assumindo os embarques do Costa Favolosa. Os dois novos navios, Smeralda e Fascinosa, são gêmeos, em tamanho, capacidade e categoria, do Toscana, que

será inaugurado em dezembro, e do Favolosa. Trata-se, segundo a empresa, de uma reacomodação global de navios e todas as regiões tiveram ganho de capacidade com o redesenho, inclusive o Brasil, já que o Costa Smeralda chegará uma semana antes a Santos, o que possibilitará a saída de Natal, muito pedida pelos agentes de viagens e passageiros. A Revista PANROTAS traz dez argumentos de vendas para os agentes de viagens repassarem a seus clientes.

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Dario Rustico, presidente da Costa Cruzeiros na América do Sul

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Uma semana a mais do Costa Smeralda no País, com a realização do Cruzeiro de Natal, muito pedido pelas famílias brasileiras; O Costa Smeralda é um navio da categoria XL, gêmeo do Costa Toscana e também novíssimo, pois foi lançado em dezembro de 2019. Ou seja, só navegou menos de três meses e apenas retornou agora, na Europa. Assim a Costa Cruzeiros mantém o compromisso de trazer o maior navio da temporada, com 180 mil toneladas e 2,6 mil cabines, e repleto de inovações; O Costa Smeralda tem todas as inovações do Costa Toscana, como uso de combustível GNL, mais sustentável, além das novidades em gastronomia, hospedagem e entretenimento. A qualidade do produto e da experiência a bordo, portanto, está garantida;

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O Costa Smeralda é um navio que já existe e que está operando neste momento na Europa, portanto, os agentes de viagens podem mostrar fotos reais, vídeos e ler a experiência de quem já esteve a bordo. Isso tira qualquer possível incerteza em relação ao Costa Toscana, que, garante a Costa, não está atrasado e será lançado em dezembro, como previsto; O Costa Smeralda terá embarques às segundas-feiras, para ser o único nos portos de Santos, Ilhéus e Salvador, dando mais conforto aos clientes; O Costa Fascinosa, que assume os roteiros do Favolosa, é um ano mais novo e passou por uma reforma nas áreas externas em 2019, pouco antes da pandemia;


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Trata-se de um realinhamento global da frota da Costa Cruzeiros, sempre mantendo ou ampliando a qualidade e capacidade dos navios e roteiros. Ou seja, não é algo exclusivo do Brasil ou da América do Sul; Ah, mas o Costa Toscana seria inaugurado mundialmente no Brasil. Verdade, mas o Smeralda também estreia no País e já testado e conhecido por tripulantes e outros clientes. Portanto, será uma estreia sem soft opening, já com tudo testado e com o título de maior navio em uma temporada brasileira; Para os agentes de viagens não haverá o retrabalho da remarcação, garante a Costa. A central de reservas da companhia fará as mudanças automaticamente para cada navio e enviará as alterações das reservas para os agentes. Como os navios são idênticos, mantêm-se as cabines e categorias. E também os mesmos roteiros e datas, com a ressalva que o embarque no Costa Smeralda agora é às segundas-feiras. Se o passageiro quiser remarcar ou pedir reembolso, os processos são de acordo com as regras vigentes. 14 a 20 de junho de 2021 — PANROTAS

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Por fim, os exemplos da Europa e dos Estados Unidos, além do avanço da vacinação, trazem otimismo para o setor, que poderá retornar com protocolos melhores, com segurança e tudo o que esses destinos já aprenderam. Em quatro ou cinco semanas, as autoridades brasileiras, como a Anvisa e o Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Clia e as companhias marítimas, irão apresentar os protocolos para a retomada dos cruzeiros no Brasil, a partir do último trimestre do ano. VENDAS ABERTAS “Estamos muito felizes em poder aumentar a capacidade no Brasil, já que o Costa Fascinosa e o Costa Smeralda têm o mesmo tamanho e configuração do Favolosa e do Toscana, sendo que agora o Costa Smeralda chegará ao Brasil uma semana antes, em 20 de dezembro, e poderá fazer o Cruzeiro de Natal. Ou seja, além de mantermos o compromisso com a categoria dos navios, trazendo dois outros das mesmas classes, aumentamos a oferta do Costa Smeralda em uma semana. Tínhamos compromisso com o mercado brasileiro de ter o maior navio, com as inovações de produto e sustentabilidade, e com os embarques também em Salvador e Itajaí (SC), e isso será cumprido”, disse o presidente da Costa Cruzeiros na América do Sul, Dario Rustico. As vendas para o Costa Smeralda já estão abertas para os agentes de viagens e para o

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Costa Fascinosa começarão em 17 de junho. “É um processo tranquilo. E que traz mais segurança para todos, assim como temos visto no retorno na Europa, nos Estados Unidos. Todos estão mais otimistas e em breve o mundo estará muito mais estável”, garantiu Rustico. Sobre as negociações com as autoridades brasileiras para a temporada de final de ano, ele diz que “o clima é de colaboração”. “As autoridades, como o Ministério da Infraestrutura ou a Anvisa, querem nos apoiar. Estamos finalizando, com coordenação da Clia, o protocolo de operação para o Brasil, que devemos apresentar a todos em quatro ou cinco semanas. Mas repito o que disse, dois meses de vacinação fazem muita diferença e os protocolos vão avançando. Há um mês eram proibidos os cruzeiros nos Estados Unidos e agora o CDC fala em dispensar máscara para os vacinados a bordo. Na Europa, mais da metade da população adulta foi vacinada. Por aqui, a vacinação também avança e o fim da temporada em abril de 2022 com certeza terá outro cenário do que agora, um ano antes.” Mais informações podem ser obtidas pelo site www.costacruzeiros.com.br e no portal exclusivo para agências de viagens Costa Extra (www.costaextra.com.br). Saiba mais detalhes sobre as mudanças na frota da Costa em todo o mundo no Portal PANROTAS. n


BWH Hotel Group Artur Luiz Andrade

OS CAMINHOS DA RETOMADA NA HOTELARIA

David Kong, CEO do BWH Hotel Group

Os 15 meses mais difíceis de nossas vidas, carreiras e empresas estão chegando ao fim. Os sinais mais fortes vêm dos Estados Unidos, país mais avançado no plano de imunização contra a covid-19 e às vésperas de um dos melhores verões da história. “Estávamos otimistas para o próximo verão, mas os números estão excedendo qualquer expectativa”, revelou a vice-presidente sênior e CMO do BWH Hotel Group, Dorothy Dowling, durante evento virtual que este ano substituiu a convenção anual da empresa. Além das vendas e da busca por viagens nos próximos meses, outros indi-

cadores animam o grupo hoteleiro e servem de inspiração e modelo para o restante do planeta:

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– A rede vai voltar este ano aos patamares globais e norte-americanos de hotéis, retomando a marca de mais de 4 mil hotéis que tinha no mundo em 2004;

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– O investimento em novas marcas, como a coleção Crafted, na WorldHotels, continua – hoje são 18 marcas no portfólio BWH;

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– A rápida adaptação às tendências pós-pandemia, para

dar mais facilidades e agilidade aos hóspedes e continuar oferecendo segurança (em se hospedar) e limpeza. Algumas conclusões das apresentações da VP e também do CEO do grupo, David Kong, apontam para uma comunidade hoteleira e turística mais unida, por uma recuperação que levará anos, para a melhoria de serviços e de comunicação com os clientes, e para um trabalho contínuo de reinvenção e reimaginação do setor como um todo, que passa pela empatia, e pela qualidade de ouvir o outro. Para David Kong, CEO do grupo

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desde 2004, a empatia e a certeza de que tudo passa, que não podemos desistir, foram as principais lições dessa crise. Premiado pela GBTA como melhor mentor da indústria, Kong diz que esse momento é especialmente crítico para ser um orientador e que ele está apenas devolvendo o que a indústria lhe proporcionou. “Quero fazer o que for possível a favor das minorias, das mulheres e ajudar o futuro da indústria. Se alguém que você orientou faz sucesso, isso é ótimo para a indústria e estamos aqui por causa desse futuro”, disse ele, que durante a pandemia criou a série Reflections on Leadership (Reflexões sobre Liderança). Ele não tem dúvidas de que os Estados Unidos estão liderando a retomada de viagens em todo o mundo e que há sim uma demanda reprimida, que já pode ser sentida nas reservas para o verão. TENDÊNCIAS IMEDIATAS E o que fica para os negócios em termos práticos? “Os consumidores adotaram o mobile e viram como é fácil, ágil e seguro. Essa facilidade, conveniência e agilidade precisam continuar. Vimos nossas reservas via mobile crescerem 35% e isso vai continuar, por isso estamos investindo em melhorar cada vez mais essa plataforma”, explica. Também estamos aprendendo a lidar com os receios e medo dos hóspedes, além de suas percepções, e certas mudanças vieram para ficar. Segundo David Kong, os clientes irão exigir e já se acostumaram com mais medidas de higiene, então as medidas de limpeza, das mais visíveis às de bastidores, precisam e irão continuar. Sobre outros receios ou percepções, segundo Kong ainda é preciso aguardar. “Como eles se comportarão sobre o serviço de quarto? Não sabemos como vai ser isso depois da pandemia. E o café da manhã? Uma parte gostou e ficará com o grab and go (café da manhã em embalagem para viagem) ou o bufê de café voltará com tudo?”, indaga ele. “Precisamos esperar para observar as respostas.” Também o monitoramento em rela30

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ção à segurança sanitária dos destinos deve continuar e é algo que evolui muito rapidamente, dependendo da vacinação, do número de casos, entre outros itens. Perguntado sobre do que sente mais falta e vai fazer assim que a pandemia acabar, o CEO do BWH Hotel Group, disse que irá viajar. Esse é seu maior desejo. Um dos líderes da indústria hoteleira durante a pandemia, David Kong também indicou à comunidade que o assistiu no evento virtual, que continuar ouvindo e conhecendo as demandas dos clientes é a chave para a recuperação, pois a indústria é feita de relacionamento e as pessoas precisam de mensagens relevantes e personalizadas, e não de soluções genéricas.


VENDAS E MARKETING Em sua apresentação Dorothy Dowling fez um rápido raio-X da crise, que afetou mais as grandes cidades e as viagens corporativas, mostrou dados otimistas de mercado da STR e que, mesmo na crise, a Best Western continuou cuidando de sua comunidade, especialmente os pequenos hoteleiros. “Cuidar do outro está no nosso DNA”, disse Dorothy, ressaltando como a comunidade se uniu durante a pandemia, mostrando que o negócio da hotelaria é baseado em pessoas e relacionamentos. A VP do grupo BWH repassou os investimentos em tecnologia, como o app, em que o hóspede concentra todos seus pedidos, e o programa We Care Clean, e apresentou boas perspectivas para a retomada. Ela sabe que será um movimento irregular, mais acelerado em uns segmentos que em outros (por exemplo, os hotéis econômicos e midscale sofreram menos na pandemia), que demorará alguns anos, mas 2021 é definitivamente um ano de recomeçar tudo de novo. E a Best Western começa em um ótimo momento, com 4.160 hotéis globalmente, mais de os 4.063 de 2005, e com 18 marcas. Desde 2004, quando Kong assumiu como CEO e o grupo tinha uma marca apenas, a empresa passou por uma gigantesca reestruturação e hoje oferece propriedades para todos os perfis de clientes. “Tenho muito orgulho desse movimento e da qualidade de nossos empreendimentos”, afirmou Kong. “Temos 18 marcas relevantes, vibrantes e empolgantes, de altíssima qualidade, e que falam com a diversidade de nossos hóspedes, em todos os segmentos. A rede reconstruiu a história e a mensagem de cada marca, incluindo as recém-adquiridas, como a WorldHotels, e se diz pronta para retomar os negócios em todo o mundo. “Somos muito agradecidos à toda comunidade que nos apoiou e esteve do nosso lado nesses 15 meses”, finalizou Dorothy Dowling, reforçando a importância das conexões humanas, que criam lealdade, empatia e necessidades que são resolvidas e ajudadas pela tecnologia e pela digitalização de processos.

Dorothy Dowling, VP e CMO da Best Western

Número de hotéis da Best Western voltam aos patamares de 2005, depois da reestruturação que David Kong promoveu no grupo, trazendo novas marcas e proprietários de hotéis e retirando unidades que não combinavam com a nova cultura BW

A hotelaria e as viagens estão voltando e isso está claro. Mas não se esqueça de: entender que os ritmos são diferentes por destinos, países, segmentos e até por pessoas; ouvir e ter empatia continua sendo a melhor forma de resolver situações de estresse e recomeçar e reimaginar os negócios; e que o cliente precisa de segurança para decidir cada passo, seja para viajar ou voltar ao escritório para trabalhar. Informação e transparência ajudam em tudo isso.n

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PULSO DA RETOMADA Durante o evento ao vivo, a Best Western fez algumas perguntas para os participantes, hoteleiros, parceiros e jornalistas dos Estados Unidos e outras partes do mundo. SOBRE A VOLTA AOS ESCRITÓRIOS 54% estão em formato híbrido 36% em trabalho remoto 5% de volta aos escritórios 5% nunca fecharam os escritórios SOBRE A VOLTA DAS VIAGENS A TRABALHO 38% voltarão a viajar no segundo semestre de 2021 30% já voltaram a viajar 11% nunca pararam de viajar 11% não sabem quando voltarão 10% só voltarão a viajar em 2022 SOBRE PARTICIPAR DE EVENTOS PRESENCIAIS 52% pretendem ir a eventos ainda este ano 24% ainda não se decidiram 23% não participarão de eventos presenciais este ano SOBRE AS LIVES E REUNIÕES VIRTUAIS 60% preferem ficar com as câmeras desligadas 23% são participantes ativos durante as lives 13% ficam andando pela casa 8% são os que ficam fazendo careta nas transmissões 6% dormem n

Fonte: evento virtual BWH Hotel Group

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Hotelaria Rodrigo Vieira

TUDO INCLUÍDO PARA FUGIR DA PANDEMIA

Uma das principais redes hoteleiras com presença no Caribe, a AMResorts continua se atualizando na região com conversões, readaptações ao contexto de pandemia e até inaugurações. Só nas últimas semanas, a empresa anunciou para dezembro a estreia do Breathless Cancun Soul Resort & Spa e de duas novas propriedades da marca Secrets na Riviera Maya, o Secrets Moxché Playa del Carmen e o Secrets Impression Moxché Playa del Carmen, além da conversão de unidades da marca Now Resrts & Spa à bandeira Dreams Resorts & Spa. As conversões serão realizadas no Now Onyx Punta Cana, Now Jade Riviera Cancun e Now Sapphire Riviera Cancun, todos com padrões

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Unlimited-Luxury. Eles se tornarão Dreams Onyx Resort & Spa; Dreams Jade Resort & Spa e Dreams Sapphire Resort & Spa. Tanta movimentação em tempos de crise não significa que a empresa passou incólume às tempestades da pandemia. "Sentimos o efeito devastador deste período, mas agimos rapidamente para reverter o cenário. Miramos oportunidades como estada de longo prazo a brasileiros e estrangeiros que queriam ir aos Estados Unidos para se vacinarem, investimos ainda mais em nichos como golfe, facilitamos o staycation e, acima de tudo, criamos um dos protocolos de higiene líderes da indústria. Fomos referência no setor com o CleanComplete Verification, programa que leva em


conta todos os aspectos da experiência do hóspede, para mantê-lo protegido", garante o vice-presidente Internacional de Desenvolvimento de Negócios e Global Mice da AMResorts, Claudio Zboznovits. Segundo ele, a rede não estaria satisfeita dando as boas-vindas apenas aos norteamericanos, que são maioria no Caribe, e faz questão de trabalhar o mercado brasileiro. "Entendemos que poderia ser mais barato a um cliente sair de São Paulo e passar duas semanas ou mais em Cancún e usar de nossa infraestrutura para trabalhar do que muitas viagens domésticas. Foi um conceito muito dinâmico que aplicamos", afirma o executivo, que também relata todo um esforço para manutenção de reservas existentes em detrimento de cancelamentos. "Fizemos o que pudemos. Estamos conscientes de que nunca teremos a tarifa mais barata do Caribe, justamente pelo nível de serviço, experiência e infraestrutura que oferecemos. Nosso cliente é de classe média alta e classe alta, que por sua vez foi o público menos afetado no Brasil nesta pandemia. Estamos sabendo lidar com isso", explica. O vice-presidente é enfático ao elogiar o trabalho da representante da rede no Brasil, Imaginadora, no trabalho com o agente de viagens e operador local. Ele conta, por exemplo que 45% das vendas de AMResorts em nosso País são do nicho de casamento e de aproximadamente 100 celebrações que estavam programadas, apenas uma foi cancelada. "O restante foi adiado ou já começou a acontecer", afirma Zboznovits. "A Imaginadora faz um trabalho de capacitação muito forte, de maneira que o agente fica total-

mente pronto para vender nossos hotéis. Durante a pandemia, em sua plataforma de educação virtual, focaram em produto tendo em mente o estilo e as preferências do público local." De acordo com a diretora da agência, Ana Maria Donato, o que o brasileiro mais procura na AMResorts são os privilégios Endless, Unlimited Luxury ou Ulimited-Fun. "Esses conceitos norteiam as categorias dos resorts da rede, situados em praias paradisíacas, oferecendo spas de classe internacional, gastronomia gourmet, bebidas premium ilimitadas e muito mais", afirma. "Marcas como Reflect, Sunscape e Now são perfeitas para brasileiros que viajam em família ou com os amigos, enquanto Zoetry, Secrets e Breathless são exclusivos para adultos, que também têm alta procura em nosso mercado." As propriedades da AMResorts mais procuradas por nosso público estão no México, principalmente Cancun e Riviera Maya, mas a rede tem hotéis em mais de dez destinos mexicanos, além de Costa Rica, Curaçao, Jamaica (Montego Bay), Panamá, República Dominicana (Cap Cana, La Romana, Puerto Plata e Punta Cana) e St.Martin. n

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INTIMIDADE COM O TURISMO Na quinta entrevista da série Turismo no Congresso, o Sindepat e a PANROTAS conversaram com o deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP). O deputado já foi prefeito de Olímpia, no interior de São Paulo, entre 2009 e 2016, e conhece bem a importância do Turismo. Orgulhoso de seu trabalho no desenvolvimento da infraestrutura turística da cidade do interior paulista, Zuliani vê hoje Olímpia tornar-se a segunda cidade em oferta hoteleira do Estado, com 26,5 mil leitos em mais de 600 meios de hospedagem. Na Câmara, é autor do projeto de lei que cria o passaporte sanitário, que tem como objetivo a retomada das viagens por parte de brasileiros vacinados. Qual é a sua relação com o Turismo? O senhor cresceu e iniciou sua carreira em Olímpia, cidade que tem no Turismo um de seus principais vetores de desenvolvimento. Como contribuiu para isso como prefeito da cidade? DEPUTADO GENINHO ZULIANI – Na verdade, nasci em Ribeirão Pires (SP) em 13 de janeiro de 1976, mas vim para Olímpia ainda criança. Aqui, consolidei minha carreira profissional e política. Me formei em Gestão Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em 2015. Em 2016, completei a Pós-Graduação em Gestão Pública com Módulo Internacional na Escola de Governo John F. Kennedy da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Atualmente, Olímpia é a segunda melhor cidade para se 38

Deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP)

viver no Brasil, segundo o Índice da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que analisa níveis de emprego e renda, educação e saúde, os quais colocaram o município na vice-liderança em questão de desenvolvimento econômico. O destaque de Olímpia no cenário nacional só foi possível graças a uma gestão eficiente na prefeitura. Entre 2009 e 2016, investi em áreas básicas como saúde, educação e segurança, preparando, assim, a cidade para o Turismo. Com melhor infraestrutura, Olímpia conseguiu comportar o elevado fluxo de turistas. Hoje, a cidade recebe, em média, 3 milhões de visitantes por ano – e a atividade aqueceu a economia local. Para se ter uma ideia, em 2009, a cidade tinha menos de 700

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leitos. Atualmente, a rede hoteleira local abriga mais de 25 mil leitos, um crescimento gigantesco, e gera renda e empregos para a população. Como o senhor avalia a situação do Turismo desde o início da pandemia? Pode falar algo especificamente da região de Olímpia e seu entorno? GENIHO ZULIANI – A situação do Turismo ficou bastante abalada com a pandemia, que fechou fronteiras no mundo todo para adequar-se ao isolamento necessário como forma de evitar a proliferação do coronavírus. Como deputado, desde o início desta situação venho atuando de forma a auxiliar o setor para enfrentar esse momento delicado. Um dos atos recentes foi a proposta de uma emen-


da ao projeto de lei 5638/2020, que previa o parcelamento de débitos de empresas do setor de Eventos com o Fisco federal, além de outras medidas para compensar a perda de receita em razão da pandemia de covid-19. Com a emenda proposta, consegui inserir o setor de prestação de serviços turísticos no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criando condições para que o segmento de Eventos possa mitigar perdas oriundas do estado de calamidade pública. Outra iniciativa foi a propositura de um projeto que institui o passaporte sanitário como mola propulsora da retomada do Turismo no País. A ideia é criar uma versão digital da caderneta de vacinação específica para a covid-19, desenvolvida pela Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde, de modo a permitir que, passado o pico de contaminação da doença, as pessoas voltem a viajar em âmbito nacional ou internacional, de forma segura, responsável, com proteção a todos os envolvidos. Se aprovado pela Câmara dos Deputados, o Passaporte Sanitário de Covid-19 será elaborado pelo Ministério da Saúde, por meio do Conecte SUS Cidadão. Apresen-

tada na Câmara, no último dia 31/03, a proposta já conseguiu um apoio de co-autoria de outros 12 deputados, formando uma coalisão de nove partidos distintos – PL, MDB, PODE, PSD, Solidariedade, DEM, Cidadania e PDT. O Passaporte Sanitário de Covid-19 pretende incentivar o Turismo daqueles que já estão devidamente vacinados ou daqueles que apresentem teste de covid-19 negativo, bem como, fomentar a recuperação do setor de Viagens e Turismo e de muitas economias locais dos municípios turísticos, desde que tenha passado o pico de contaminação pelo coronavírus e as cidades destino não estejam com restrição local de circulação, como lockdown ou toque de recolher aos cidadãos. Quais são as suas principais pautas no Congresso Nacional? GENINHO ZULIANI – As principais pautas no Congresso estão ligadas às ações em defesa do municipalismo, bem como dos setores de Turismo, agronegócio e reformas estruturais, como saneamento básico e resíduos sólidos, além do fortalecimento dos consórcios públicos intermunicipais. De toda maneira, um deputado federal deve contribuir com toda a pauta

legislativa debatida, principalmente nos assuntos que estão sendo desenvolvidos na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), da qual sou membro. Quais são as suas principais relatorias? GENINHO ZULIANI – As duas principais relatorias por mim executadas e que tiveram destaque nacional foram relacionadas ao novo marco legal do saneamento básico, que alterou substancialmente toda a legislação ao tratamento de água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana, bem como a adesão do Brasil ao Consórcio Covax Facility, que reúne países para a compra de vacinas contra a covid-19. O que o senhor espera concretizar como deputado federal? GENINHO ZULIANI – Fazer com que haja atuação parlamentar que tenha, além da fiscalização do Poder Executivo, a contribuição para a melhoria das ações legislativas, eficácia do Poder Legislativo e auxílio direto para todos os municípios do Estado de São Paulo, seja por meio da concessão de emendas parlamentares ou por meio de auxílio entre as gestões municipais e estaduais.n 14 a 20 de junho de 2021 — PANROTAS

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P A N R O T A S , ano agor T E L E GR AM T ododi a Anál i s e DEnos s os e di t or e s Façapar t eda nossacomuni dade: Escanei eoQR Codeaol ado, pesqui sepor @panr ot asou acessepel ol i nk ot as t . me/ panr

T odaS E MANA

R e vi s t ap anr ot as esPANROTAS or t seEdi i #Anál

#Revi st aPANROTAS


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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020


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PANROTAS — 14 a 20 de junho de 2021


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