PANROTAS 1.478

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Edição nº 1.478 - Ano 29 | 5 a 11 de julho | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

John Rodgerson (Azul), Paulo Kakinoff (Gol), Adalberto Bogsan (ITA), Jerome Cadier (Latam) e Eduardo Busch (VoePass)

CEOs da Azul, Gol, ITA, Latam e VoePass se encontraram no Abroad Corporate Summit e apresentaram caminhos da volta dos negócios na aviação para o corporativo, o lazer e os novos nichos de viajantes


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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020



ÍNDICE nº 1.478 | 5 a 11 de julho de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 06

Editorial - Abav e não associados não enxergam uns aos outros

Página 12

Vacinados aceitos na Suíça

Página 13

Turismo perde Michelão

Página 14

Turquia com exigências, Turkish voando

Página 15

Voll e Booking.com fecham parceria

Página 16

Azul anuncia 8 cidades gaúchas

Página 17

Expansão da Orinter no Nordeste

Página 18

Gramado ganha novo resort

Página 19

Latam tem prazo prorrogado do chapter 11

Página 21

Companhias aéreas se preparam para a retomada

Página 26

ITA - A quarta força chegou

Página 34

ViagensPromo puxa a fila da retomada dos famtours

Página 42

Turismo no Congresso - Entrevista com Herculano Passos

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima.

GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica



Editorial

NÃO

ABAV E NÃO ASSOCIADOS NÃO

ENXERGAM UNS AOS OUTROS.

E TALVEZ ISSO NUNCA ACONTEÇA

A reportagem e o editorial da edição 1.476 aqui na Revista PANROTAS mostraram que o Turismo abraça a diversidade de vozes e que é feito de profissionais que esbanjam disposição, desprendimento (a grande maioria não ganha para militar ou atuar no associativismo) e paixão por esse setor. E a reação à reportagem e ao editorial reforçou que, sim, estamos evoluindo, mas vivemos a era das bolhas, onde a vaidade e a falta de empatia (que geram o ranço destacado no editorial) continuam fortes e ativas. Acreditamos com convicção no projeto da entidade única para o Turismo como um todo. Que trate de estratégia e continuidade. De longevidade e inovação. E que as associações fiquem com mais tempo para cuidar de seus associados ou, se preferirem, com tempo para continuarem cultivando ranços e lustrando suas bolhas. E que fique claro nesse texto que desagradará a alguns, por falta de interpretação ou por resistência a olhar diferente: acreditamos, e vamos lutar por isso, que representatividade é fundamental e que a Abav, como uma das principais e mais sérias associações de Viagens e Turismo no Brasil, deve ser a voz oficial dos agentes de viagens em várias frentes. A luta organizada, embasada e com recursos faz a diferença. Acreditamos também que uma associação deve se dedicar a seus membros, mas que, setorialmente, também tem responsabilidade com o todo, já que fala oficialmente com autoridades sobre uma classe. E há um mar de vozes que precisam ser ouvidas com empatia e que já estão contribuindo e podem contribuir muito mais com a luta que é de todos, com objetivos comuns, com o Turismo como indústria. Ou seja, um lado fortalece o outro. Se souberem se ouvir, se entender, se enxergar. A Abav como uma associação renovada e repleta de entregas como há muito não se via. Os grupos de WhatsApp e redes sociais como ativistas, a voz das ruas, o pulso do setor. Para muitos, o texto até aqui está de bom tamanho e o recado está dado. Para outros, que querem um debate mais profundo, e polêmico, segue a versão estendida e ampliada. RECONHECIMENTO Em cima das reações ao tema (entidade e grupos de WhatsApp), buscamos analisar o que estaria acontecendo para que essas vozes (as oficiais e as informais, organiza-

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ABAV das ou não), que teoricamente querem o mesmo – a evolução do Turismo, a proteção e fortalecimento dos agentes de viagens, mais competitividade, mais inovação nos negócios – não consigam sequer ouvir umas às outras. Escutar mesmo. Entender o porquê, algo que vai além das suas próprias razões, de sua própria história. As bolhas se veem, mas não se enxergam. E se evitam. Os não associados à Abav (e vamos focar na maior e mais importante entidade do agenciamento e do Turismo, reforçando a tese de termos menos entidades e mais representatividade para a Abav) não identificam na associação de classe a agilidade, a modernidade, a proximidade e a percepção de pertencimento (a um grupo) que os movimentos de WhatsApp e das redes sociais trouxeram. Eles não se veem na Abav e não enxergam na associação uma força que possa representá-los. Não estamos dizendo se está certa essa visão, mas reconhecendo um sentimento que é real. Nos grupos “informais”, não tem presidente (essa figura, também teoricamente, pomposa, poderosa e distante). Tem organizador, coordenador, porta-voz talvez. E mais de um. E para participar basta digitar um comentário, que raramente fica sem resposta, que geralmente é absorvido ou refutado de imediato. A Abav representa os agentes de viagens, mas muitos não enxergam isso, seja por causa da forma, do conteúdo, ou dos dois, somados ao ranço (antigo) que cega e emburrece. Ranço que pode ter razão, pois assim como vemos gente mal intencionada ou investindo em seu negócio apenas nos grupos de WhatsApp, uma associação também tem maus gestores e maus presidentes. As vozes não associadas, muitas marginalizadas, seja geograficamente ou por causa do tamanho de seu negócio, não têm a experiência associativa. Não sabem o que já foi o Congresso da Abav. Não têm o histórico de lutas da entidade. Não estão bem informadas sobre o que a Abav faz, e ela faz muito. Uma falha com certeza desses players que se distanciam do associativismo, mas também uma falha da entidade, que se afastou dos não associados, parte do mesmo trade. Como se estivessem em andares diferentes de um prédio cheio de labirintos. E essa falta de experiência, a ausência de uma estrutura formal e a pouca representatividade oficial levam esses grupos a serem tanto ativos quanto ingênuos, tanto “reclamões” quanto corajosos ao tocarem em temas que as entidades oficiais, por vários motivos, não tocam ou não querem abordar. São vozes organizadas em grupos menores (bolhas em algumas vezes, pois também nesse espaço informal há quem esteja apenas ali para aparecer ou vender algo), que cultivam ranço não somente das entidades, mas muitas vezes de outros grupos. Mas são a parte ativa do Turismo. A voz das ruas que o governo, qualquer que seja, nunca pode deixar de ouvir. Um lado do Turismo que não se vê representado pelas associações não porque as entidades não façam nada, mas porque não há uma ponte, não há reconhecimento, não há acolhimento com a linguagem dos novos tempos. Talvez o peso de décadas de uma

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Abav esteja impedindo uma leveza e modernidade que fale com as novas gerações, tão legítimas e importantes quanto as que construíram e constroem o Turismo. Uma leveza como é mandar uma mensagem por WhatsApp, que pode ter áudios irritantes, gifs fofos e inúteis, mas também conteúdo que pode levar a novas ideias e estruturas, formas diferentes e mais eficientes de interagir. E essa ponte (Abav e os outros) já não existia em 1982, quando agências de viagens do Interior de São Paulo criaram a Aviesp, porque não eram ouvidas por uma Abav focada nos grandes e nos da capital. Somente agora, em 2021, quase 40 anos depois, as duas entidades voltam a ocupar o mesmo espaço de fala e de lutas de forma única absoluta, sem duas sedes, dois presidentes, dois CNPJ. O que não quer dizer sem conflitos. Unir é difícil. Ter uma só voz pode ser doloroso. Abrir mão de vaidades é para os santos, mas um pouquinho os humanos conseguem sim. O mesmo vale para os freelancers ou consultores independentes, que nunca foram chamados para conversar pelas entidades, nunca foram alvo de um projeto de legalização, de incentivo à formalização. E estão aí sendo apoiados por empresas de tecnologia, por operadoras. Vinte anos depois serão criticados por ilegalidade, informalidade ou por viverem à margem?

PONTES PONTES

FALTAM E NÃO É DE HOJE.

ENTIDADE INCOMPREENDIDA A incompreensão também atinge a Abav (como “vítima” nesse caso). Entidade consolidada e séria, com décadas de atuação e lutas, a Abav é vista injustamente como dinossauro por muitas vozes do Turismo. E muitas mesmo, já que a entidade conta com 2,2 mil associados (já teve quase 4 mil), enquanto, como vimos na edição da Revista PANROTAS, o número de agências no Brasil é bem maior que isso. Que não sejam os 70 mil identificados pelo Sebrae, nem os 2,2 mil da própria Abav, se forem 20 mil, significa que quase 18 mil estão “do lado de fora”, quase que por conta própria. Podemos (nós do Turismo) nos dar ao luxo de não olhar para eles? Afinal, a imagem de um setor é feita por todos esses 20 mil. Inclusive pelos 18 mil que são beneficiados sim pelas conquistas da Abav pelo setor, mas muitas vezes não enxergam ou entendem isso. Alimentando sim um ranço injustificado pela associação. “Ai a Abav não faz nada”, mas você conseguiu reembolsar ou remarcar a viagem do seu cliente na pandemia,

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com prazos de mais de um ano, por causa da Abav. “Ai a Abav serve para quê?”. Serve para que você, associado ou não, fosse incluído no Perse e em tantas outras medidas no pós-pandemia. Se o projeto de lei da Responsabilidade Solidária que a Abav conseguiu incluir na pauta do Congresso passar, não serão apenas os associados que se beneficiarão. E sim, todo o setor. A Abav vive uma síndrome de falta de reconhecimento pelo trabalho árduo e difícil que faz, e que leva tempo. Mas isso é um ônus de qualquer liderança. E pode ser parcialmente resolvido. A Abav teve maus presidentes? Com certeza. Assim como nos grupos de WhatsApp há quem esteja apenas militando em causa própria, querendo apenas o “poder” ou status que está nas mãos da Abav. Aproveitadores e maus gestores existem nos dois lados, mas curiosamente esse boom dos grupos de WhatsApp, favorecidos pela pandemia e pela desconstrução das relações via meios tecnológicos, vem exatamente quando a Abav está em seu melhor momento de gestão. A presidente Magda Nassar é uma unanimidade por sua clareza em relação ao setor, seu trabalho incansável, suas posições ora firmes ora políticas, sabendo lidar com o tempo e o jeito do governo. O mesmo vale para as estaduais, onde temos um Fernando Santos em São Paulo, vindo exatamente da Aviesp, Lucia Bentz, no Rio Grande do Sul, levando sua experiência em viagens de luxo e em como estar conectada com os clientes, ou Luiz Strauss, no Rio, com sua expertise no corporativo. Experiências que se somam e formam uma entidade completa e forte. E há muitos outros exemplos, de diretores ou associados da Abav, que contribuem, que estão ativos dentro da entidade. Vide o recente grupo de trabalho de Viagens de Luxo. Essa coincidência (mais críticas em um momento de conquistas) não pode abalar o rumo novo que Magda e sua diretoria – e os associados – deram à Abav. Pelo contrário. O momento talvez seja único para que mais profissionais participem das entidades, e coloquem suas vozes naquele ambiente estruturado e oficial perante o governo. Para que as lutas realmente se somem. E não se embacem, se esbarrem, se anulem. As vozes do WhatsApp são importantes para gerar essas ideias que precisam ser oficializadas no ambiente das associações. Uma coisa não exclui a outra. Talvez, usando uma imagem da própria Magda, os dois grupos estejam em tempos e velocidade diferentes. Falta só uma tecla SAP, um calibrador, uma máquina de sincronização. Para todo mundo ouvir e dançar a mesma música.

TODOS TODOS

PRECISAM QUERER

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CAUSA

Mas para dar certo (nem vamos chamar de união, mas a comunhão ou convivência produtiva do trade), a Abav precisa querer enxergar essas outras pessoas. De verdade. Não esperar que elas se dobrem ao histórico da entidade. Não esperar que todos reconheçam de imediato o trabalho da Abav. Isso requer tempo, aprendizado e vontade (para esses que ainda não entendem o que é a entidade). É como a luta da diversidade em nossa sociedade: reconhecer, aceitar e entender o outro, sabendo que o mundo nunca foi branco ou preto, velho ou jovem, homem ou mulher, mas que um sistema perverso e injusto decidiu que sim, que era preciso deixar alguns de lado. A luta agora é pela sociedade diversa e coesa, coexistindo, compartilhando. No Turismo é o mesmo. Respeito e incentivo à diversidade de ideias e visões. Já os profissionais não associados a qualquer entidade precisam entender que é necessário estar dentro do jogo, dentro das associações para reclamarem, sugerirem, participarem, construírem juntos. E produzirem resultado. Criar uma nova entidade é uma alternativa? Sim, se o objetivo for dividir e lutar pelo poder (veja o exemplo da hotelaria, que nem de longe fala a mesma língua como as entidades de agenciamento fazem entre si). Não acreditamos que sejam os R$ 80 por mês que separam esses profissionais da Abav. E sim a visão que eles têm da mesma. Uma visão parcialmente equivocada e parcialmente construída pelos erros da entidade no passado (como na assinatura do acordo com as empresas aéreas, que não incluiu a RAV no on-line – mas isso é outra história e também inclui cenários e forças com que a associação teve de lidar naquele momento. Nada de jogar pedras aleatórias no passado, pois elas podem nos pegar no futuro). MESMA CAUSA É como se vários grupos estivessem lutando pela mesma coisa, mas em idiomas e formas diferentes, o que os torna inimigos, quando não são. Um não se vê no outro. “Essa entidade não me representa” pode significar “essa entidade não me inclui, não fala a minha língua”. E por outro lado, “esses grupos de WhatsApp não sabem o que estão falando” pode querer dizer “esses profissionais precisam estar aqui dentro para entenderem como tudo funciona e colaborarem de fato”. O que não quer dizer que todos têm de estar na Abav e a Abav tem de ouvir todos. Cada um tem seu momento, necessidades e formas de ver e viver o Turismo. Mas não podem se ver como antagônicos e inimigos. Ou o “sistema” se aproveitará disso, não a favor dos agentes de viagens. Se continuar assim, um lado não irá nunca escutar e enxergar o outro. E nem entender que estão do mesmo lado. E esse nunca pode ser mais real que imaginamos. A Abav precisa de mais leveza, mais agilidade e mais proximidade com a voz das ruas. Descer um degrau e ser mais leve ou subir um degrau e atuar de forma mais plural e ágil. Os grupos de WhatsApp precisam de menos raiva e usar a indignação em medidas propositivas (como muitos já o fazem, mas isolados). Precisam entender que estar dentro da entidade fortalece a todos e para mudar as entidades é preciso estar ativamente dentro delas. Do contrário, mais uma Aviesp será criada, mais divisão será evidenciada e menos força terá a categoria. Precisam descer um degrau na contundência em relação à Abav e subir outro em relação ao nível dos debates e à vontade de colaborar. Não é fácil, para nenhum dos “lados”, ainda mais em um mundo de ranços, vaidade e luta por sobrevivência. Mas é possível.

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BRASIL NÃO AJUDA Curiosamente mais uma vez, vivemos no Turismo um espelho das guerras políticas que vemos nas redes sociais. O governo Bolsonaro fez um bom (que é diferente de ótimo) trabalho no Turismo com o ministro Marcelo Álvaro Antônio, que montou uma equipe eficiente e próxima do trade no ministério. Mas isso não pode ser falado, ou seremos considerados bolsominions (Deus nos livre). O governo Lula, que criou o Ministério do Turismo e a Anac, fez um trabalho admirável olhando pela primeira vez para os mais pobres do País. Mas se dizemos isso somos petistas, comunistas (e não queremos queimar no inferno, não é mesmo?). No Turismo, a Abav, e temos de citar o nome da Magda Nassar, deu uma guinada na sua história e na relação com as demais entidades (com apoio da Clia e da Braztoa especialmente) e com o governo. Uma guinada que já valeu o mandato e os votos recebidos. Conquistou medidas e melhorias para associados e não associados. Mas quando dizemos isso somos puxa-saco da Magda e da Abav. Somos mainstream. Já os grupos de WhatsApp trouxeram um frescor e uma dinâmica invejável para o Turismo. Há players interessados e dispostos, que mesmo com ingenuidade e inexperiência, estão com vontade e agindo. Mas se dizemos isso estamos incentivando vaidades e desconhecidos. VAMOS CHEGAR EM UM ACORDO? Se as pontes não forem construídas agora, com armas no chão, mentes abertas e ranços neutralizados, as mudanças, de um lado e de outro, virão à força, na marra. E em vez de pontes precisaremos de visto para falar um com os outros, ou nenhum dos lados estará mais aqui para contar essa história, pois uma terceira alternativa pode se aproveitar desse momento de divisão e caos, e estabelecer novas regras. Mostrar um admirável mundo novo.

HÁ ESPERANÇA? SOMOS TODOS ESPERANÇA TURISMO OU SOMOS TODOS BOLHAS DE TURISMO?

Por fim, destacamos, e que fique bem claro, que essa reflexão se destina ao debate, em prol do agenciamento de viagens e do Turismo como um todo. E é uma análise feita por um player que vive o Turismo 24 horas por dia há mais de 46 anos e que não faz parte de nenhum dos dois lados. Nem sente as dores e conquistas na pele como eles, mas que sabe ouvi-los e tenta retratar a evolução do Turismo por meio dessas e de outras falas, que, no final das contas, são as que constroem o Turismo brasileiro. Aqui, #SomosTodosTurismo e o Turismo é múltiplo, forte, associativo, diverso, inclusivo e de muitas vozes e olhares.n

#SOMOS TODOS

OBS.: Daremos espaço em nossos canais para a manifestação dos citados no editorial e de quem queira contribuir com sugestões e ideias. Nosso espaço é de vocês.

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Os destaques do Turismo

Adobestock

Destinos

CoronaVac aceita na Suíça Reaberta no último fim de semana de junho, a Suíça regularizou o último enrosco que poderia ter para viajantes brasileiros: a nomenclatura da CoronaVac, do laboratório SinoVac. Quem foi vacinado com o imunizante pode entrar no país europeu com o certificado de vacinação. Aquele mesmo, do SUS, de cor verde. "As nomenclaturas das vacinas estão bem esclarecidas", apontam os suíços em comunicado: - Pfizer/Pfizer/BioNTech (BNT162b2 / Comirnaty® / Tozinameran) - Moderna (mRNA-1273 / Spikevax / COVID-19 vaccine Moderna) - AstraZeneca (AZD1222 Vaxzevria®/ Covishield™) - Janssen/Johnson & Johnson (Ad26. COV2.S) - Sinopharm / BIBP (SARS-CoV-2 Vaccine (Vero Cell)) - Sinovac (CoronaVac) SIMULADOR DE PERMISSÃO PARA ENTRADA NA SUÍÇA O governo suíço disponibilizou uma página on-line para saber se o viajante está ou não autorizado a entrar no país. "Basta informar o seu país de origem e condições e será informado." n Simule a situação do seu passageiro. O link é: travelcheck.admin.ch/check

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Os destaques do Turismo

Memória

Luto: morre Michelão

Morreu na madrugada de 29 de junho, em São Paulo, Michel Tuma Ness, o Michelão. Aos 81 anos, ele havia passado por uma cirurgia no coração, mas não resistiu durante a recuperação. Michelão era presidente da Fenactur (Federação Nacional do Turismo), que recentemente ele levou à CNC, criador do Clube do Feijão Amigo, que incentivava o relacionamento entre profissionais de Turismo em um clima descontraído, e por alguns dias chegou a ser presidente da Transbrasil, pouco antes da companhia deixar de voar. Tuma Ness também era conhecido por levar sua mortadela para eventos e feiras no Brasil e no mundo, paixão que passou ao filho Alexandre, chef de cozinha. Michelão deixa dois outros filhos, Marcello e Fábio, este cultivava uma outra paixão do pai, por pimenta, e era viúvo de dona Fátima, com quem foi casado por décadas. n

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Aviação

Turquia volta atrás, mas Turkish segue voando Apesar de o governo turco comunicar que os voos diretos entre Brasil e Turquia estão suspensos, a Turkish Airlines garante que o serviço continua ocorrendo. A quarentena e a apresentação do teste PCR negativo feito 72 horas antes do embarque ainda são obrigatórios, mas a ligação aérea está permitida, diz a companhia aérea. Já para os voos de trânsito, são válidas as regras do destino final. ENTENDA O CASO A Turquia havia comunicado, no domingo (27 de junho), que os passageiros provenientes do Brasil não precisariam mais cumprir quarentena em seu território. Cerca de 24 horas depois, o governo turco voltou atrás. Disse que continuaria exigindo quarentena e que os voos diretos entre Brasil e Turquia seriam cancelados. Agora, esse comunicado da Turkish Airlines garante que a ligação segue sendo feita embora a quarentena e a apresentação do teste PCR negativo ainda sejam mandatórios. n

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Os destaques do Turismo

Adobestock

Viagens Corporativas

Parceria com a Booking

O marketplace de mobilidade e viagens corporativas Voll anuncia parceria com a Booking.com para oferecer mais opções de hospedagem e taxas especiais para seus clientes. A Booking.com disponibiliza mais de 29 milhões de opções de hospedagem em mais de 225 países e territórios. Com o acordo, os clientes da Voll passam a ter acesso ao "Genius Business" da plataforma, que garante acesso às taxas fechadas para grupos de usuários, com capacidade para comparar preços. As reservas feitas pela Voll não exigem pré-pagamentos e permitem centralizar o faturamento das hospedagens, sem o uso de cartões corporativos A Voll espera que a parceria com a Booking.com aumente a qualidade da experiência para as mais de 300 empresas clientes, entre elas o Banco Itaú, Vivo/Telefônica, McDonald’s, PepsiCo, Sodexo, BR, Heineken e Cargill. A Voll viu o seu número de usuários dobrar neste ano, superando a marca dos 200 mil, e projeta faturamento recorde em 2021. Em maio deste ano, a empresa anunciou a compra da agência de viagens corporativas. Com a aquisição, a Voll aumenta sua estratégia de expansão e aceleração da transformação digital no setor. n

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Aviação

8 cidades gaúchas Canela, Vacaria, São Borja, Erechim, Bagé, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Alegrete são as novas cidades do Rio Grande do Sul que terão voos da Azul Linhas Aéreas a partir de Porto Alegre já com início em agosto. Os voos estão à venda nos canais oficiais da Azul. Com as cidades que serão conectadas à malha da Azul, o Rio Grande do Sul passará a ter 15 destinos servidos pela companhia. Todos os voos terão ligação com a capital Porto Alegre e serão cumpridos com as aeronaves Cessna Grand Caravan, de nove assentos, da Azul Conecta, empresa sub-regional da Azul. A inclusão das novas operações fará com que a Azul tenha, em média, 54 decolagens diárias a partir do Estado, sendo 12 delas realizadas pela Azul Conecta. O presidente John Rodgerson afirma que esse é um passo importante na meta da Azul de chegar a 200 cidades atendidas no Brasil. n

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Operadoras

Orinter no Nordeste

Ex-diretor da Tumlare no Brasil, José Cunha agora é Orinter. Ele assinou como diretor comercial da operadora para o Nordeste. De acordo com a diretora geral Ana Maria Berto, Cunha faz parte de um processo de expansão já previsto na empresa, que segue contratando na região. "A chegada do diretor regional reforça nossa intenção de ter um time forte, focado no agente de viagens e sempre próximo a eles", afirma Ana Maria. "O Nordeste em geral representa 2% de nosso movimento, e sabemos do potencial da região, como polo receptivo e emissivo. Por isso estamos investindo. Nossa tecnologia e equipe, agregada a profissionais dedicados na região, poderão a partir de agora realizar um trabalho focado nas necessidades desses clientes, utilizando nossa expertise nos mais diferentes segmentos de viagens com profissionais dedicados e especialistas nos mais variados produtos e destinos", conclui a diretora.

José Cunha, diretor comercial da Orinter no Nordeste, entre Roberto Sanches e Ana Maria Berto

Beto Santos, diretor e sócio majoritário da Orinter

CONTRATAÇÕES ABERTAS José Cunha comandará a equipe de executivos no mercado nordestino, onde a Orinter está contratando. Interessados, em fazer parte do time devem enviar o currículo para trabalheconosco@orinter.com.br. Eventos regionais e lançamentos de produtos exclusivos estão no radar da Orinter para a região. José Cunha pode ser contatado pelo jose.cunha@orinter.com.br. Para o diretor e sócio majoritário da Orinter, Beto Santos, a empresa chega ao segundo semestre de 2021 em outro patamar, pronta para as oportunidades da retomada e com índices melhores que 2019. n

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Hotelaria

Novo resort em Gramado Seguindo seu plano de expansão, a Gramado Parks anunciou a inauguração de mais um resort na Serra Gaúcha, o Buona Vitta, cujo conceito é focado na arquitetura e gastronomia inspirados na região da Toscana, na Itália. Com início das operações previsto para este mês, o empreendimento teve um investimento de R$ 227 milhões, apresenta uma estrutura dividida em dez blocos de apartamentos, capacidade para receber mais de dois mil hóspedes e uma equipe de 220 funcionários e mais de 56 mil metros quadrados de área total construída. O hotel conta com área de lazer que inclui piscinas internas, sala de jogos, cyber e cinema, além de espaços para trabalho, spa, bar, restaurante, academia, auditório com 100 metros quadrados e dois espaços para a realização de eventos. Veja fotos no Portal PANROTAS n

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Aviação

Prazo prorrogado O prazo para a apresentação com exclusividade do plano de recuperação do Grupo Latam foi estendido para setembro. O juiz do Tribunal do Distrito Sul de Nova York aprovou, na quinta-feira (30) a prorrogação do prazo, o que foi pedido pela companhia aérea em 9 de junho. Segundo a Latam, o pedido de prorrogação é "uma alternativa comum e contemplada no processo, o que não altera a intenção do Grupo Latam de sair do Capítulo 11 no final deste ano". "É importante lembrar que o Grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru e Brasil aderiram ao processo após as graves consequências da pandemia de covid-19. Por meio do Capítulo 11, as afiliadas serão capazes de redimensionar as suas operações e adaptá-las ao novo ambiente de demanda e reorganizar os seus balanços financeiros, permitindo que ressurjam mais ágeis, eficientes e sustentáveis para um novo momento no pós-pandemia", comunica o Grupo Latam. n

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PANROTAS — 28 de junho a 4 de julho de 2021


Aviação Rodrigo Vieira e Victor Fernandes

ATENÇÃO, TRIPULAÇÃO: RETOMADA EM AUTOMÁTICO

Viviânne Martins e Patrícia Thomas, da Academia de Viagens Corporativas, organizadora do Abroad, com Artur Luiz Andrade, da PANROTAS

As companhias aéreas brasileiras estão aquecendo os motores para um segundo semestre de retomada. Os CEOs de Azul, Gol, Latam, VoePass e da estreante ITA estão convictos de que o pior da pandemia já passou e chegou a hora de encher as aeronaves e ampliar a oferta conforme aumentam os índices de pessoas vacinadas Brasil adentro. John Rodgerson, Paulo Kakinoff, Jerome Cadier, Eduardo Busch e Adalberto Bogsan, respectivamente, participaram do painel no evento virtual Abroad Corporate Summit, e compartilharam suas estratégias de como

lidar com um momento que, na medida do possível, é inegavelmente positivo. "Estamos distantes em relação ao pré-pandemia, mas tudo indica que teremos um segundo semestre forte, com uma constante já em agosto, que normalmente é um mês de baixo volume, para aí sim, no verão, termos uma recuperação plena. Até o fim de setembro toda população acima dos 30 anos provavelmente estará vacinada com pelo menos uma dose. Óbitos e número de contaminados estão caindo e com isso afastaremos risco de colapso nos hospitais",

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afirma o CEO da Gol, acrescentando que "não há qualquer dúvida sobre a existência de demanda represada." Mediador do painel, o editor-chefe e CCO da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, acrescentou que a oferta aérea pré-pandemia já foi pelo menos 60% alcançada e ressaltou que as empresas não pouparam investimentos e movimentações durante a crise. Menções feitas à criação da Azul Conecta (após a compra da TwoFlex), a aquisição da Map pela Gol e o protagonismo solidário de transportar vacinas no País. HORA DE COMPRAR É AGORA John Rodgerson, da Azul, alerta: a hora de aproveitar as melhores tarifas é agora. "Nos Estados Unidos, os passageiros voltaram a voar de uma vez só e tem muita gente certamente arrependida de não ter comprado com antecedência. O preço subiu muito. Aqui no Brasil a retomada também virá muito rapidamente e todos têm de estar preparados, inclusive nós, pois foram muitos prejuízos na primeira metade do ano." A parte da Azul está sendo feita e tudo indica caminho aberto para retomada, ele garante. "Todas as nossas aeronaves estão em atividade, todos os pilotos trabalhando. Antes da crise tínhamos 112 cidades em nossa malha, agora são 120. Investimos na experiência do passageiro, que agora terá wi-fi grátis a bordo dos jatos da Azul. A crise foi uma oportunidade de investirmos", diz o CEO. À ESPERA DAS FRONTEIRAS Por falar em recontratação, a Latam chamou de volta, em maio, a maior parte de seus tripulantes e comissários, além de anunciar mais voos ao Nordeste. Jerome Cadier reforçou a existência de um otimismo, mas em âmbito doméstico, e a aérea dirigida por ele é a mais internacional das concorrentes por aqui. "Precisamos separar a situação em dois (cenários): o doméstico tem dinâmica diferente do internacional. Diferentemente das outras companhias, nós vivemos esses dois mundos. Vimos uma recuperação forte do doméstico no ano passado, mas a partir de fevereiro sofremos a segunda onda. Apesar de tudo isso, acreditamos que até o fim do ano teremos o porte pré-crise que tínhamos nos voos internos. De junho para julho crescemos 25%, operando 75% do que operáva-

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Paulo Kakinoff, da Gol

mos no mesmo período em 2019", ressalta Cadier. "No internacional a história é diferente. Em nenhum momento desde março de 2020 superamos 20% do nível pré-crise. Temos capacidade de acelerar muito rapidamente nossa quantidade de voos para o Exterior, mas dependemos de variáveis. Precisamos de abetura de fronteiras, de serem definidos os critérios de aceitação dos brasileiros nos outros países. Apostamos que essa situação comece a melhorar a partir deste trimestre. Esperamos um crescimento volumoso do internacional a partir daí", completa Cadier. CHAPTER 11 O executivo menciona que a Latam identificou desde o início que esta crise não seria passageira e exigiria mudança de perfil das companhias aéreas. "O chapter 11, ao


qual recorremos há cerca de um ano, é uma resposta a esse novo cenário. Mesmo com o final da crise, esse setor voltará diferente e, para ser competitiva nesse cenário, a Latam precisava do chapter 11 para se reestruturar e voltar mais eficiente, com mais rapidez e robustez. Sairemos do chapter 11 no final deste ano, está tudo encaminhado para isso", afirmou o CEO da companhia que na semana passada teve aprovado pela corte do Sul de Nova York o adiamento da reorganização para setembro. Outra demanda do consumidor será por facilidades digitais, na visão da Latam. "Mantivemos o investimento em tecnologia durante toda crise, sem pisar no freio. A experiência digital da Latam está mais fluída. Site, aplicativo, canais direto e indireto", conclui. VENDA DA MAP ALIVIA A VOEPASS Enquanto as grandes aéreas falam em buscar os destinos do interior, a mais regional das companhias do painel garante estar preparada para uma retomada forte já a partir deste mês. A Map era pertencente à VoePass e sua venda aliviou o caixa da empresa, admitiu Eduardo Busch. "A venda da Map faz parte de um esforço em retomarmos todas nossas operações e reorganizarmos a malha. Foi tudo feito para voltarmos saudáveis. Retomaremos em breve o importante voo entre Ribeirão Preto e Brasília. Chegaremos em agosto em patamar 22% superior ao atual. Está tudo desenhado para que no final do ano tenhamos recuperado 100% da capacidade", diz o executivo. EXPANSÃO REGIONAL Por sua vez, o lado comprador dessa história, a Gol, afirma que a regionalização já é algo com o qual a companhia se preoucupa há anos, e a parceria com a VoePass é eficiente neste sentido. Agora, com a aquisição da Map, a cor laranja será mais vista no interior do País, sobretudo no Norte. "Estamos desenvolvendo uma plataforma de voos no Norte, por meio de Manaus, onde a Map se estabeleceu em 2011. Vamos operar algumas dessas rotas com nossos equipamentos, e outra parte com os aviões da Voepass.

Jerome Cadier, da Latam

Com os slots conquistados em Congonhas, a possibilidade de ampliarmos o número de destinos nessa base, onde a Gol já tem estrutura relevante, faz todo sentido", afirma Kakinoff, revelando agenda de expansão com a VoePass para outros destinos. Hoje, 50% das operações da VoePass são voos contratados e vendidos pela Gol. FUSÕES E AQUISIÇÕES Azul e Latam movimentaram o mercado de aviação semanas atrás com a possível aquisição da primeira pela segunda. No painel, John Rodgerson e Jerome Cadier mostraram visões antagônicas sobre o tema e o CEO da Latam se manteve firme ao negar que a companhia entrará em uma negociação deste tipo.

"Cada empresa escolhe a maneira que quer lidar com a crise. Nós escolhemos nos reestruturar e sair mais fortes. Não acreditamos que seja necessário buscar uma consolidação, não vemos uma fusão como maneira de ganhar força. Sairemos do Chapter 11 mais fortes que entramos. Do nosso lado, estamos tranquilos e felizes com o caminho que escolhemos", garantiu Cadier ao encerrar o assunto. Já Rodgerson seguiu com a sua opinião de que um movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia e a Azul está buscando oportunidades. "O Brasil precisa de empresas fortes, que paguem os impostos, contratem tripulantes. O mercado vai mudar ao longo do tempo, já existe esse movimento no Exterior de fusões e 5 a 11 de julho de 2021 — PANROTAS

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joint ventures. Nós temos uma obrigação de estudar isso e buscar oportunidades que tragam retorno para nossos stakeholders", afirmou. Na visão do CEO da Azul, estes movimentos de consolidação trazem maior força de mercado ao conectar cidades menores com o mundo, aproveitando as diferentes malhas aéreas das empresas, sendo assim muito benéfico para a indústria. Ele não quis revelar que movimentos a Azul estaria fazendo nesse sentido, buscando essas oportunidades. E afirmou que assim que tiver algo concreto anunciará ao mercado. ESTREANTE A ITA esteve alheia à maioria dos tópicos do painel por um motivo simples: acabou de estrear. A companhia aérea está construindo sua trajetória a partir de agora, sentindo o que dá certo e o que pode ser ajustado, mas garante estar em busca do melhor mix entre corporativo e lazer. O CEO Adalberto Bogsan disse estar analisando como a empresa vai chegar no mercado e ampliar a malha aérea dentro de patamares que fazem sentido em sua cadeia de custos (leia mais na página 26) PERFIL DO VIAJANTE CORPORATIVO No último bloco do painel das aéreas, o Abroad Corporate Summit abriu o espaço aos gestores de viagens corporativas um espaço para fazerem perguntas aos líderes das companhias. Uma das perguntas foi sobre a mudança de perfil do viajante corporativo, movimento este que Jerome Cadier admitiu estar de olho. "É inegável, já que teremos que rever vários modelos nossos para repensar precificação, criação de novas rotas e até mesmo horários", disse, referindo-se ao novo viajante híbrido, que pode levar a família para a viagem de trabalho, estender a estada por outros motivos e somar propósitos à viagem inicialmente somente a trabalho. VOLTA DOS EVENTOS Paulo Kakinoff respondeu sobre a retomada dos eventos. Ele diz acreditar nos protocolos sanitários e na imunização dos brasileiros para isso ocorrer de forma mais sólida. "Destacaria os protocolos desenvolvidos pelo setor aéreo e pela cadeia do Turismo como um todo. A retomada que temos até então 24

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Adalberto Bogsan, da ITA

Eduardo Busch, da VoePass

se deu muito pela maneira protagonista que a indústria teve como um todo. Não vai acontecer de repente, mas gradualmente vai resultar na retomada dos grandes eventos, com eventos esperados já para o final desse ano. Reunir fisicamente membros da equipe vai ser um grande objetivo das empresas." SOBRECARREGAMENTO DO SAC Sobre a grande sobrecarga dos canais de atendimentos das companhias aéreas, um dos gargalos da pandemia, John Rodgerson afirmou que é "claro que quando vai de 1.000 voos diários para 70, vai ter uma sobrecarga de pessoas querendo saber sua situação. Mas com a retomada, esse volume diminuiu muito. Sempre realizamos vendas com o intuito

de voar". O CEO disse que a Azul tem a capacidade de reajustar a frota de acordo com demanda de passageiros para atender os clientes. VENDA INDIRETA Após um aumento das vendas diretas pelas companhias aéreas, Cadier afirmou que junho foi o melhor mês de vendas indiretas desde o começo da pandemia e que pretende seguir trabalhando com as TMCs. "Quanto mais próximos estivermos, menos chances de errar nessa remodelação (do perfil do viajante) nós temos, temos uma avenida para colaborar mais, conversar mais e reaprender bastante", afirmou. ACORDOS CORPORATIVOS Em seguida, as companhias aéreas fo-


ram perguntadas sobre os acordos corporativos e se o valor da tarifa deve subir nos próximos meses. Jerome Cadier foi o primeiro a responder: "Tomamos a decisão de renovar os acordos porque as condições são outras. Acredito que veremos tarifas mais agressivas daqui para frente, mas acho que não tenha relação com os acordos. O importante é buscar estabilidade", afirmou. Eduardo Busch, presidente da VoePass, concordou com Cadier e complementou que o preço alto do dólar e do petróleo são fatores importantes na determinação das tarifas aéreas. Depois, Adalberto Bogsan, CEO da ITA Transportes Aéreas, disse como vê esses acordos pela empresa recém-chegada. "Começamos nossos acordos agora em um novo patamar e cenário, então não temos o que mudar. Sobre as nossas tarifas, entramos com uma tarifa que permita ao cliente experimentar nossos serviços, mas não há intenção de iniciar uma guerra tarifária, mas trabalhar dentro da nossa cadeia de custos", explicou. John Rodgerson explicou que todos acordos da Azul estão vigentes e nada foi mudado. "Estamos fazendo nossa parte e voando, agora vocês precisam fazer a sua e voar. Com a volta da demanda, trabalharemos com cada um de nossos parceiros", pediu o CEO da Azul. Kakinoff, presidente da Gol, disse que nenhum contrato será cancelado, mas a aérea estudará o que é uma tarifa sustentável para a operação. MELHOR TARIFA Perguntados sobre onde o viajante corporativo deve achar a melhor tarifa já que neste momento tem muitas ofertas de oportunidades e os presidentes concordaram que seguem sendo as TMCs. "Temos que entender que o mercado é extremamente dinâmico, queremos que as TMCs tenham as tarifas mais competitivas, mas é um trabalho constante em ajustar as tarifas devido à dinâmica da indústria", explicou Cadier. PROTOCOLOS Sobre a eficiência dos protocolos sanitários, Kakinoff disse não ter dúvidas. "Usamos como régua para medir a eficácia dos protocolos a taxa de testes positivos entre os tripulantes que estão voando e expostos de 40 a 60 horas por

John Rodgerson, da Azul

VALOR DA TARIFA É O QUE MAIS PREOCUPA O que te preocupa mais nos serviços das empresas aéreas na retomada das viagens? Entre um bloco e outro, essa enquete foi feita com a plateia que participou ativamente do painel. Confira a resposta, dentro das 5 alternativas dadas:

43% Valor da tarifa 20% Tecnologia de reserva, remarcação e check- in 20% Protocolos de saúde e segurança 10% Malha Aérea 6% Disponibilidade dos canais de atendimento mês. No começo da pandemia, era um teste positivo a cada 1.156 decolagens e agora é de um a cada 1.400 decolagens. O que já era muito seguro agora é ainda mais", afirmou. O presidente da Gol explicou que um tripulante tem contato com até 3.000 pessoas em dois ou três dias de serviço. LAZER X CORPORATIVO Para concluir, os executivos foram perguntados se o viajante corporativo vai disputar assento com o viajante a lazer na retomada e se isso vai subir a tarifa aérea. John Rodgerson começou explicando que "a malha aérea brasileira sempre foi corporativa, então o lazer só pode ajudar a levan-

tar mais voos. Com maior demanda, teremos mais voos e mais opções de conexões para chegar em casa mais rápido". Eduardo Busch, presidente da VoePass, concordou ao dizer que "é uma briga e preocupação que todos queremos ter". Já Jerome Cadier foi mais frio ao pensar também no cenário do mercado internacional. "No curto prazo, é possível que isso aconteça. Nas primeiras semanas de reabertura de fronteiras dos Estados Unidos, por exemplo, a demanda deve ser maior que a oferta e devemos ter instabilidade. Mas ao longo prazo, é isso mesmo, o lazer só deve ajudar o corporativo", explicou.n 5 a 11 de julho de 2021 — PANROTAS

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Aviação Rodrigo Vieira

QUARTA FORÇA SURGINDO

A320 da ITA é batizado no Aeroporto de Brasília

A ITA Transportes Aéreos está no ar. A companhia do Grupo Itapemirim, estabelecido há mais de 60 anos, começou a voar na semana passada, incialmente a oito destinos: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro (Galeão) Salvador e São Paulo (Guarulhos). Com hub em Guarulhos e grande parte de suas rotas sobrepostas à de suas concorrentes, as apostas deste quarto grande player para conquistar espaço em um mercado tão desafiador e em um momen-

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to ainda mais são de se diferenciar em serviço, conforto e experiência do passageiro. Os 162 assentos, dos quais 42 premium ITA Class, representam 18 a menos do que a configuração máxima do equipamento utilizado pela aérea, o A320, e, portanto, oferecem maior espaço interno e conforto ao passageiro, o que de fato a reportagem pôde constatar no voo inaugural, para convidados. Na contramão do mercado, um despacho de bagagem de até 23 quilos é gratuito (duas para clientes premium), além de


marcação de assentos prévia sem custos. Também diferentemente do praticado pelas concorrentes nos últimos anos, refeições quentes serão servidas gratuitamente nos voos. "A felicidade não é o destino, é a viagem", deixa claro o slogan da ITA. No voo inaugural, de São Paulo a Brasília, o presidente da ITA, Sidnei Piva, não poupou o trade e os convidados de promessas de entregar a todos uma experiência para recordar os tempos áureos da aviação brasileira. Admitidamente emocionado, o líder da nova companhia nacional falou em tratamento de nível de classes executivas internacionais, em levar a cultura brasileira a bordo, como por exemplo com apresentações de artistas (no voo inaugural o humorista Diogo Portugal fez stand up) e feijoada aos sábados em voos ao Rio de Janeiro. Prometeu revolucionar o mercado de milhas com o programa que será lançado em breve, mas sem dar detalhes. Até falou sobre voar internacionalmente, assunto que ele ainda estava evitando antes da inauguração. Com hub em Lisboa, a ITA Europa conectaria o Brasil à Europa por meio de suas aeronaves amarelas. Regionalização é outro plano da iniciante. O diretor executivo Adalberto Bogsan, ex-Gol e Azul, adianta que parcerias estão sendo buscadas pela ITA para alcançar destinos do interior do País onde o A320 não tem capacidade de chegar. Trata-se de uma movimentação executada pelas concorrentes, principalmente Azul, mirando o viajante corporativo. "Pretendemos ser uma companhia com um híbrido bem definido de lazer e corporativo. Nosso nome no rodoviário tem forte apelo com as famílias brasileiras, que veem a Itapemirim como um membro das mesmas, e estamos em busca de proximidade com o trade turístico para garantir força no segmento corporativo", afirma Sidnei Piva. FROTA A companhia aérea começou sua operação com três unidades do A320 a oito cidades. Até o dia 9 de julho, serão quatro; e até o dia 15 totalizará cinco aviões do mesmo modelo. A previsão é de que até o

fim de agosto a ITA já esteja voando com dez aeronaves. "Esse quadro atende todas as cidades prometidas. Vale lembrar que já prevemos a chegada de novas unidades para alcançarmos a meta considerada ideal. Em um prazo mais longo o objetivo são 50 unidades em 2022, mas este número depende da chegada das encomendas, do movimento do mercado, da demanda", pondera o diretor comercial da ITA, Adalberto Bogsan. Nas 50 unidades mencionadas, dez serão A319, previstos para o ano que vem. O único entretenimento de bordo experimentado até aqui são as revistas impressas da ITA, e no voo inaugural o assento não reclinava, o que ainda será providenciado, segundo a aérea. Carre-

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gadores USB estão disponíveis embaixo das poltronas. RODOVIÁRIO/AÉREO A ITA pretende aproveitar de sua força nas estradas brasileiras e e conectar 2,7 mil cidades na integração aéreo/ rodoviário. É um projeto no qual a equipe do grupo já está trabalhando, e o agente de viagens terá um só sistema para reservar viagens combinando os modais.

Adalbaerto Bogsan e Sidnei Piva no voo inaugural para convidados, entre Guarulhos e Brasília

RECUPERAÇÃO JUDICIAL A recuperação judicial do Grupo Itapemirimé tratada como página virada pelos executivos da ITA. Sidnei Piva e Adalberto Bogsan garantem que neste mês a companhia deve ter a resposta de saída da RJ. "Estamos cumprindo todos os protocolos necessários para que isso aconteça. Esse é um assunto do passado para nós. Estamos saindo mais fortes do que entramos dessa recuperação judicial", garante o presidente. MALHA AÉREA A estreia dos voos regulares da ITA aconteceu no dia 1º de julho, um dia depois do previsto, com alguns cancelamentos e diluição de frequências a alguns destinos. No entanto, a ITA não desistiu de operar em nenhuma das cidades inicialmente anunciadas. Adalberto Bogsan, justifica o movimento, que ele vê como prudente. "Fizemos ajustes finais na malha antes de começar a voar para otimizar a operação. A malha agora está mais adequada à nossa frota e aos aeroportos envolvidos. Vários voos estavam realmente com load factor abaixo da expectativa, devido ao momento de pandemia", afirmou o CEO. "Portanto fizemos esse reajuste para que pudéssemos ter uma ocupação mais palpável, que traga resultados melhores para a empresa e que o cliente não fique prejudicado de um cancelamentos de última hora." Segundo o diretor executivo, todos os passageiros afetados foram atendidos, um a um, para que a situação fosse regularizada. "O fato de termos diminuído frequências nessas sema-

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nas passadas foi justamente para que não houvesse nenhuma mudança de última hora que surpreendesse o passageiro no balcão do aeroporto. Queremos que nosso cliente tenha as expectativas atendidas, sem surpresas desagradáveis. Ligamos a todos os afetados e propusemos a melhor solução." A partir de 1º de agosto, estão previstos voos em novas cidades: Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal, Recife e Vitória. Até junho de 2022, a companhia pretende ampliar a sua cobertura e chegar a 35 destinos no Brasil. Confira na página a seguir as cidades e voos operados pela ITA nessa fase inicial. n


VOOS DA ITA NA FASE INICIAL Confins: para Guarulhos (SP), RioGaleão e Brasília; Curitiba: Guarulhos, Galeão e Porto Alegre; Florianópolis: Guarulhos (SP); Fortaleza: Natal e RioGaleão; Maceió: Guarulhos (SP), Fortaleza e Recife; Porto Alegre: Curitiba e Guarulhos (SP); Porto Seguro: operações para Guarulhos (SP), Confins e Salvador; RioGaleão: Guarulhos (SP), Curitiba, Confins (MG), Natal, Porto Seguro (BA) e Maceió; Recife: Maceió, Guarulhos (SP) e RioGaleão; Salvador: voos para Porto Seguro (BA), Guarulhos (SP), RioGaleão e Brasília. São Paulo (GRU): Brasília, Curitiba, Recife, Salvador, Natal, Florianópolis, Porto Alegre, Confins (MG), RioGaleão, Porto Seguro (BA), Maceió e Fortaleza;

Belo Horizonte

Salvador

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TRADE OTIMISTA Ouvimos alguns dos convidados do voo inaugural para saber o que esperar da ITA, se existe espaço para mais uma aérea e que diferenciais a nova concorrente terá de mostrar para se estabelecer. MARCO OLIVA - CLUB MED Com o relançamento do village em Trancoso, a ITA se torna uma possibilidade importante para o Club Med. “Estamos animados com a rota Salvador-Porto Seguro. Sem o village de Itaparica, pretendemos atrair o mercado soteropolitano a Trancoso, isso sem contar as conexões para atrair brasileiros de todos os cantos. Porto Seguro perdeu voos recentemente e ter a ITA como nova possibilidade é uma excelente notícia, já que os demais resorts são atendidos de carro", afirma Marco Oliva. EDMAR BULL - COPASTUR A sobreposição de rotas entre ITA e concorrentes como Gol e Latam existe, mas a estreante tem total possibilidade de encontrar seu mercado, para Edmar Bull, que enxerga com otimismo essa inauguração em plena crise. “Há oportunidades em momentos difíceis como o atual, e a ITA está aí para proválo. Lazer e corporativo ganham uma nova opção e embora haja rotas sobrepostas, a alta demanda dará conta da oferta na retomada. A proposta de entregar um bom serviço, mais espaço e uma ITA Class com 42 assentos agradará o cliente a trabalho.” GERVÁSIO TANABE - ABRACORP Regularidade e pontualidade é o que a ITA precisa ter logo de cara para conquistar o viajante corporativo, na visão do presidente executivo da Abracorp. “São aspectos essenciais para que a companhia tenha a confiança das TMCs. A ITA começa aos poucos, mas com planos enormes, que animam a Abracorp. Sabemos que competição gera melhoria de produtos e serviços, e a ITA certamente elevará o nível do mercado aéreo nacional. Existe espaço para essa quarta aérea, sim, todos saem ganhando.” 30

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DIOGO PORTUGAL - COMEDIANTE O comediante Diogo Portugal também fez o voo inaugural da ITA. Ele conta do que ele, viajante frequente a todas as regiões do País, precisa para ter uma boa experiência. “Muitas vezes acontece de o nosso contrato ser fechado sem a franquia de bagagem, de maneira que a equipe tem de resolver essa situação no ato do embarque, em cima do horário. A inclusão da ITA [de uma bagagem de até 23 quilos] é uma tranquilidade. Maior espaço a bordo também faz a diferença”, afirma, ressaltando a necessidade de voos pontuais.n


ABEAR

A ITA se juntou a Gol, Latam, VoePass, Abaeté, Rima e Latam Cargo no rol de associadas à Associação Brasileida das Empresas Aéreas, Abear. “Hoje é um dia de celebração da força da aviação, do Turismo e da resiliência dos profissionais brasileiros”, afirmou, na ocasião, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. “O papel da Abear é trabalhar para o mercado crescer. Levar mais gente e mais carga a todo País. A chegada da ITA é um fato positivo a todos.” Segundo Sanovicz, executivos e técnicos já estão sendo integrados a comitês da Abear. "Obrigado Sidnei e Adalberto. Nos orgulha ver a equipe que vocês montaram", disse ele na assinatura da filiação.n 5 a 11 de julho de 2021 — PANROTAS

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FLASHES VOO INAUGURAL DA ITA

Siderley dos Santos, do Grupo Maringá

Adalberto Bogsan, CEO da ITA, Alexandre Monteiro, do RioGaleão, e Tiago Senna, do Grupo Itapemirim

Karina Mendonça, vice-presidente

Dirk Graetz e o diretor comercial Fabiano Oliveira

Inês Melo, da Unav, e Danilo Mezzalira, da Schultz

Roberto Nedelciu, da Braztoa, Adalberto Bogsan, da ITA, e Marco Ferraz, da Clia Brasil

Leonardo dos Santos Brasil, da Airbus, Daniela Rocha, da ITA, Vinicius Casagrande, da ITA

Arnaldo Franken, do Grupo Arbo

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FLASHES VOO INAUGURAL DA ITA

Giovana Jannuzzelli, da Alagev

Charles Malak, VP de Operações, Tiago Senna, Dirk Graetz, e Fabiano Oliveira

Marvio Mansur, da Flytour, e Gustavo Adams, da Confiança

Peter Weber, da Skyteam, e Peterson Prado, da Avipam

Luciano Guimarães e Sylvio Ferraz, da CVC Corp

Eduardo Sanovicz, da Abear

Paula Bardon, da ITA, e Rodrigo Galvão, do Transamerica

Fernando Santos, da Abav-SP, e William Périco, da Wings e Aviesp

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Mercado Marcel Buono, especial para a Revista PANROTAS

FAÇAM AS MALAS! OS FAMTOURS ESTÃO DE VOLTA Agentes de viagens de São Paulo e do Paraná participaram do primeiro famtour da ViagensPromo no ano

A pausa foi longa, mas parece que terminou. Entre os dias 16 e 21 de junho, a operadora ViagensPromo retomou sua programação de famtours ao levar 29 agentes de viagens de São Paulo e do Paraná ao Transamérica Resort Comandatuba, no sul da Bahia. Durante seis dias, os profissionais convidados pela empresa puderam conhecer grande parte da estrutura do empreendimento all inclusive e ainda matar as saudades do contato ao vivo com colegas do trade. De acordo com um dos

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executivos de Vendas da ViagensPromo, Leandro Roberto, este foi o primeiro de vários famtours programados até o fim do ano. “A retomada dos famtours tem uma grande importância para o trade, principalmente quando os protocolos de prevenção à covid-19 são seguidos, como no nosso caso. Aqui, o uso de máscaras e de álcool em gel está mantido, assim como as recomendações de distanciamento social. Estamos vendo que é possível fazer isso em seguran-


ça e continuar atualizado em relação às novidades de produtos que oferecemos, como o Transamérica Comandatuba”, comentou o executivo de Vendas da operadora de Turismo. “Com a ViagensPromo a gente tem uma parceria muito legal. Eles estão abrindo novas bases, chegando a novos mercados e têm uma base de agências muito fiel. O operador consegue direcionar a venda, por isso trazemos agentes de viagens para cá: para que validem a qualidade do produto e tenham condições comerciais de distribuí-lo entre seus clientes. Essa foi a primeira ação de aproximação entre várias que temos planejadas”, completou o diretor-geral do Transamérica Resort Comandatuba, Rodrigo Galvão. Evitando grandes aglomerações, o famtour foi dividido em dois grupos, um formado pelos agentes de viagens de São Paulo e outro formado pelos profissionais do Paraná. Durante os dias, a programação foi separada, com cada grupo participando de uma atividade diferente, enquanto à noite todos se reuniram para jantares de confraternização. “Convidamos agentes de viagens que contam com um bom perfil de vendas deste produto, assim como aqueles que mais venderam ViagensPromo no último ano, incluindo o resort baiano. É importante que os profissionais conheçam efetivamente o que estão vendendo, tendo segurança para tratar sobre o assunto com seus clientes. E nada melhor do que ir até o local”, explicou Leandro Roberto, responsável pelo grupo paulista. “Começamos a trabalhar em Curitiba em março deste ano e já estamos expandindo nossa atuação pelo Estado do Paraná. Para este famtour, convidamos agências de viagens que já estiveram ao nosso lado em outras oportunidades para que conheçam melhor tanto a ViagensPromo como o Transamérica Resort Comandatuba, que ainda é um produto pouco divulgado na região”, completou a outra executiva de Vendas da ViagensPromo, Kamile Gabriel, responsável pelo grupo paranaense.

Hóspedes são recebidos no clima da Bahia no Transamérica Resort Comandatuba

Agentes de viagens de São Paulo chegaram antes dos profissionais paranaenses ao Transamérica Resort Comandatuba

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Kamile Gabriel (executiva de Vendas da ViagensPromo no Paraná), Leandro Roberto (executivo de Vendas da ViagensPromo em São Paulo) e Jéssica D’Amico (gerente de contas do Transamérica Comandatuba)

De acordo com o calendário da ViagensPromo, outros famtours já estão programados para este ano, contemplando mais de 220 agentes de viagens das regiões de suas demais bases comerciais, o que inclui Porto Alegre, São Paulo, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), ABC (SP), Brasília, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. “É bom deixar claro que, obviamente, não teremos festas e aglomerações na nossa programação, algo que era quase uma certeza nos famtours pré-pandemia”, enfatizou Leandro Roberto.

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NOVOS FRETAMENTOS PARA AGENTES Na expectativa em relação à aceleração da vacinação no Brasil e, consequentemente, à retomada do Turismo interno, a ViagensPromo anunciou a ampliação dos seus pacotes de viagens com voos fretados para destinos nacionais. De acordo com o executivo de Vendas da operadora, há um grande potencial de negócios ainda para 2021, principalmente considerando os feriados da Independência, em setembro, e da Proclamação da República, em novembro. “Já conseguimos números expressivos de vendas em maio e estamos superando as nossas expectativas em relação ao mês de junho, que ainda nem acabou (quando o famtour aconteceu). Nossa esperança está na vacinação contra a covid-19. Quanto mais pessoas vacinadas, mais pessoas se sentirão confiantes para viajar, e já estamos registrando esse crescimento”, contou Leandro Roberto. Atualmente, a ViagensPromo conta com sete opções de fretamentos confirmados, sendo três a partir de São Paulo, três de Belo Horizonte e um de Campo Grande. No caso da capital paulista, os destinos são Salvador e Una/Comandatuba (BA), enquanto no caso da capital mineira, as cidades de Porto Seguro (BA), Natal e Maceió são contempladas. A capital alagoana também aparece como destino para quem viaja do Centro-Oeste brasileiro. “Temos hotéis lotados para julho, por exemplo, mas ainda há períodos com disponibilidade até o fim do ano que queremos preencher com novas vendas. Queremos mostrar aos agentes de viagens que é possível aproveitar o período de baixa temporada do segundo semestre e já atuar com força nas vendas para o próximo verão. Temos tarifas supercompetitivas, mesmo considerando feriados de alta demanda”, explicou o executivo.


MAIS FÁCIL PARA TODOS De acordo com o diretor-geral do Transamérica Comandatuba, Rodrigo Galvão, várias ações estão sendo implementadas para facilitar as vendas dos agentes de viagens, incluindo equalizações de condições tarifárias, disponibilidade de atendimento e uma maior oferta de voos diretos. Nos últimos meses, o tradicional empreendimento baiano vem passando por um reposicionamento comercial que visa aproximar os agentes de viagens dos negócios. “O Transamérica Comandatuba sempre foi muito bem reconhecido, mas também muito restrito. Temos um público ainda muito segmentado, principalmente de São Paulo e outras regiões do Sudeste, mas sabemos que há pessoas no Brasil inteiro com o nosso perfil de férias. Dentro da nossa estratégia, as agências de viagens são fundamentais para que o resort ganhe capilaridade na sua distribuição pelo País”, disse Galvão, que assumiu o cargo em outubro de 2020. Outra mudança recente foi a recategorização das acomodações. Segundo o diretor, o modelo anterior podia causar estranheza na hora de pesquisar quais as opções mais adequadas para cada tipo de cliente. “A recategorização também foi feita pensando na simplificação da venda. Antigamente, a categoria mais barata, por exemplo, era chamada bangalô superior. Era um pouco confuso, até mesmo porque a experiência de se hospedar em um bangalô é diferente da de um quarto. Para o agente de viagens ficou muito mais fácil entender o que cada acomodação oferece e direcioná-las para cada cliente. Está muito mais lógico e didático”, explicou Galvão. “A partir do apartamento premium, que é muito procurado por casais em viagens de lua de mel, as reservas não estão disponíveis pelo nosso sistema on-line, sendo necessária a solicitação de disponibilidade por meio dos operadores de viagens. Hoje, já é possível encontrar nosso pacote de Revéillon, assim como tarifas definidas para 2022”, completou a gerente de Contas do Transamérica Resort Comandatuba, Jéssica D’Amico.

Agentes de viagens do Paraná chegaram dois dias depois dos paulistas, mas também voltaram mais tarde

Rodrigo Galvão (diretor-geral do Transamérica Comandatuba), Leandro Roberto (executivo de Vendas da ViagensPromo) e Jéssica D’Amico (gerente de Contas do Transamérica Comandatuba)

Agentes de viagens de São Paulo conheceram parte das mais de 80 atividades recreativas disponíveis no Transamérica Comandatuba

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Agentes de viagens do Paraná conheceram toda a variedade de bangalôs disponíveis para reservas no Transamérica Comandatuba

DO AEROPORTO AO QUARTO Localizado no município de Una (BA), o Transamérica Comandatuba tem como um dos seus grandes diferenciais um aeroporto próprio, construído a cerca de três quilômetros do resort. Em fevereiro deste ano, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou a instalação a receber voos comerciais, atraindo novas rotas regulares da Azul Linhas Aéreas e da Latam. Até então, apenas voos fretados eram permitidos. “O principal gargalo para o crescimento de Comandatuba era a malha aérea, mas com esse incremento acreditamos que o potencial da região será melhor aproveitado. O aeroporto traz ao passageiro um conforto sem igual. Além do tempo de deslocamento, que é de apenas 10 minutos, não é preciso esperar pela bagagem na esteira. Você desce do avião, entra no ônibus e vai direto para a balsa de acesso à ilha. As malas vão direto para o quarto”, explicou Rodrigo Galvão. “Em grande parte dos resorts do Nordeste o passageiro desembarca no aeroporto e ainda tem que se deslocar por mais de uma hora por estrada. Isso não acontece aqui e conversa muito com o novo momento do Transamérica Comandatuba: ser um resort mais fácil para todos os envolvidos. Temos a preocupação de deixar felizes os passageiros, os agentes de viagens e também os nossos colaboradores”, completou o diretor-geral do resort. A operação da Azul Linhas Aéreas teve início no dia 26 de junho, com voos semanais a par-

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Rodrigo Galvão assumiu a direção geral do Transamérica Comandatuba em outubro de 2020


Participantes do famtour puderam fazer um passeio de lancha pelo rio que separa o continente da Ilha de Comandatuba (BA)

tir dos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Confins, em Belo Horizonte. Já a Latam inicia sua operação em 1º de agosto, conectando a capital paulista ao resort all inclusive baiano. Ainda é possível acessar a Ilha de Comandatuba a partir do aeroporto de Ilhéus (BA), cerca de 75 quilômetros ao norte. QUEM FOI DE SÃO PAULO? Izabel Morial (Via Moreale), Elis Lobosco (Davanzo Viagens), Maria Elvira Broch (Mel Viagens), Flóris Chieregatti (Vero Viagens), Maria Claudia Bevilaqua (Iho Viagens), Débora Camillo (Decamillo Viagens e Turismo), Renata Camargo (Le Monde Viagens), Alessandra Pinheiro (Premium Tours), Douglas Pereira (Douglas Pereira Turismo), Diógenes Guerra (DGG Viagens), Sergio Silva (BS Tour), Rodrigo Gentile (Gentile Travel), Lucimara Andreucci (Andreucci e Campos Viagens), Elsa Miranda (LM Turismo), Rubi Cuzzolo (Assessoria Vip Viagens), Natalia Alcazar (Diferencial Travel), Heleno Junior (Amarillo Viagens), Silvio de Faria (Tambaú Turismo) e Joverte Rolando Filho (Viagens Rolando’s). QUEM FOI DO PARANÁ? Irene Umbria (Bella Turismo), Raquel Pazini (Agatur), Daiana dos Santos (Personaliza), Ane Caroline Bastiani (Bas Viagens), Iohanna Filipini (IF Travel), Viviane Rocha (Let’s Trip), Luciana Forstman (K2 Travel), Camila Montanhini (Welcome Trips), André Luiz da Silva (Porto Viagens) e Marcus Vinícius Silva (Marvin Turismo). n

INCENTIVO AOS AGENTES DE VIAGENS Uma das principais apostas da ViagensPromo é o próprio Transamérica Resort Comandatuba, porém, em seu sistema também há pacotes para destinos como Fernando de Noronha (PE), Alter do Chão (PA), Chapada Diamantina (BA), Jalapão (TO), Patagônia Argentina, entre outros. Resorts como Iberostar Bahia, Vila Galé Cumbuco e Cana Brava também fazem parte do catálogo. Todos somam pontos para a campanha de incentivo da operadora. “Hoje trabalhamos exclusivamente em estilo B2B. Atendemos diretamente os agentes de viagens, que contam com uma plataforma on-line para solicitar cotações, fazer as reservas, os pagamentos e as emissões de vouchers. Tudo isso em menos de um minuto. Então eles têm acesso a todo o nosso inventário de maneira fácil, rápida e prática. Mas também é possível entrar em contato com a nossa Central de Vendas para obter todas as informações”, completou o executivo de Vendas da ViagensPromo. As três agências de viagens que mais venderem os serviços da empresa até 31 de dezembro serão premiadas com um Fiat Mobi Easy (1º lugar), uma Honda Bizz (2º lugar) e um kit da Apple (3º lugar).

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FLASHES FAMTOUR VIAGENSPROMO PARA COMANDATUBA

Leandro Roberto (ViagensPromo), Maria Claudia Bevilaqua (Iho Viagens), Flóris Chieregatti (Vero Viagens), Maria Elvira Broch (Mel Viagens) e Débora Camillo (Decamillo Viagens e Turismo

Maria Elvira Broch (Mel Viagens), Diógenes Guerra (DGG Viagens), Rodrigo Gentile (Gentile Travel), Leandro Roberto (ViagensPromo), Sergio da Silva (BS Tour) e Flóris Chieregatti (Vero Viagens)

Izabel Morial (Via Moreale Viagens), Elis Lobosco (Davanzo Viagens), Jéssica D'Amico (Transamérica Resort Comandatuba) e Elsa Miranda (LM Turismo)

Silvio Faria (Tambaú Viagens) e Joverte Rolando Filho (Viagens Rolando’s)

Lucimara Andreucci (Andreucci e Campos Viagens) com Jéssica D'Amico (Transamérica Resort Comandatuba)

Agentes de viagens de São Paulo antes do passeio de lancha no Transamérica Comandatuba, no Sul da Bahia

Elis Lobosco (Davanzo Viagens), Rubi Cuzzolo (Assessoria Vip Viagens) e Natalia Alcazar (Diferencial Travel)

Rodrigo Gentile (Gentile Travel), Rubi Cuzzolo (Assessoria Vip Viagens) e Natalia Alcazar (Diferencial Travel)

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FLASHES FAMTOUR VIAGENSPROMO PARA COMANDATUBA

Heleno Junior (Amarillo Viagens), Jéssica D'Amico (Transamérica Comandatuba), Leandro Roberto (ViagensPromo), Silvio de Faria (Tambaú Turismo) e Joverte Rolando Filho (Viagens Rolando’s)

Rubi Cuzzolo (Assessoria Vip Viagens), Maria Claudia Bevilaqua (Iho Viagens) e Débora Camillo (Decamillo Viagens e Turismo)

Alessandra Pinheiro (Premium Tours), Renata Camargo (Le Monde Viagens), Jéssica D'Amico (Transamérica Comandatuba), Douglas Pereira (Douglas Pereira Turismo) e Leandro Roberto (ViagensPromo)

Elis Lobosco (Davanzo Viagens), Diógenes Guerra (DGG Viagens), Flóris Chieregatti (Vero Viagens), Rodrigo Gentile (Gentile Travel), Natalia Alcazar (Diferencial Travel), Sérgio Silva (BS Tour) e Lucimara Andreucci (Andreucci e Campos Viagens)

Elsa Miranda (LM Turismo) e Leandro Roberto (ViagensPromo)

Viviane Rocha (Let’s Trip) e André Luiz da Silva (Porto Viagens)

Renata Camargo (Le Monde Viagens), Silvio de Faria (Tambaú Turismo), Alessandra Pinheiro (Premium Tours), Douglas Pereira (Douglas Pereira Turismo) e Elsa Miranda (LM Turismo)

Raquel Pazini (Agatur) e Irene Umbria (Bella Turismo)

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PASSAPORTE SANITÁRIO EM FAVOR DO TURISMO Em seu segundo mandato como deputado federal, Herculano Passos (MDB-SP) não precisa ser apresentado ao Turismo. Muito pelo contrário. Empresário do setor de gastronomia, ele foi prefeito por duas vezes de Itu (SP), estância turística no interior de São Paulo. Nesse período, Herculano Passos foi ainda presidente da Associação das Prefeituras das Cidades Estância do Estado de São Paulo (Aprecesp), entre 2009 e 2012. Com essa bagagem, chegou ao Congresso e, além de presidir a Comissão de Turismo da Câmara, atuou na criação da Frente Parlamentar Mista do Turismo, presidida por ele durante cinco anos. Hoje, o deputado é vice-presidente da Frentur. Herculano Passos é o sétimo entrevistado da série Turismo no Congresso, uma parceria entre PANROTAS e Sindepat (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas). SINDEPAT – Qual é a sua relação com o Turismo? HERCULANO PASSOS – Estou em meu segundo mandato como deputado federal e, nesses anos, sempre fui membro ativo da Comissão de Turismo da Câmara, sendo que tive a honra de presidi-la. Também fui um dos fundadores da Frente Parlamentar Mista de Turismo, da qual fui presidente por cinco anos. Hoje ela é presidida pelo ex-ministro do Turismo, Marx Beltrão, e sou vice-presidente. Mas conheço o setor desde muito antes da minha chegada ao Congresso. Sou empre42

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Deputado Herculano Passos (MDB-SP)

sário da área gastronômica em uma cidade que é estância turística de São Paulo, Itu. Fui prefeito de Itu por duas vezes e, naquele período, presidi a Associação das Prefeituras das Cidades Estância do Estado de São Paulo. Tenho total convicção de que o Turismo é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país como o Brasil. SINDEPAT – Como o senhor avalia os impactos da pandemia no setor turístico? HERCULANO PASSOS – O Turismo foi possivelmente um dos primeiros setores a ser afetado pela pandemia de covid-19. Quase todo o setor ficou paralisado, com prejuízos que hoje superam os R$ 340 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Turismo impacta mais de 50 segmentos econômicos e sabemos que muitas empresas, que dependiam direta ou indiretamente do Turismo, não resistiram. Muitos fecharam, trabalhadores perderam empregos. Desde então, temos trabalhado no Congresso para diminuir esses impactos, com medidas que flexibilizam as jornadas de trabalho, recursos para financiar o setor... Construímos no Congresso medidas que possam dar fôlego para o setor durante a pandemia. SINDEPAT – Quais são as suas principais pautas no Congresso? HERCULANO PASSOS – Tenho duas pautas principais: o Turismo e o municipalismo. O Turismo é para mim um


dos principais caminhos para o desenvolvimento econômico do Brasil, gerador de emprego e renda, capaz de distribuir suas receitas em vários segmentos sociais. E defendo também o municipalismo, tanto que sou presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios Brasileiros, porque é no município onde moramos. É ele que precisa oferecer ao cidadão uma boa qualidade de vida. SINDEPAT – Quais são seus principais projetos no Congresso? HERCULANO PASSOS – Sou coautor do PL 1158/21, que cria o passaporte sanitário. Trata-se de uma carteira digital de vacinação que possibilitaria o afrouxamento das medidas restritivas ainda durante a pandemia. Ele já vem sendo usado na Europa e acredito que possa nos beneficiar. Defendo a volta dos cruzeiros marítimos para o Brasil, como já vem acontecendo na Europa e nos Estados Unidos. O passaporte pode apoiar esse segmento, também. No momento, estamos analisando cada projeto que chega à Comissão de Turismo da Câmara e temos investido muito tempo em todas as medidas e projetos que minimizam os impactos da pandemia para o Turismo, como foi a aprovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos e Turismo, o Perse. SINDEPAT – Neste segundo mandato, o que o senhor gostaria de concretizar e o que destacaria entre as conquistas do mandato anterior? HERCULANO PASSOS – No mandato passado, conseguimos aprovar a transformação da Embratur de autarquia em agência, ampliando sua possibilidade de captação de recursos; também conseguimos a flexibilização de vistos de quatro países com importante demanda para o Brasil. Uma de minhas principais defesas é a regulamentação

dos cassinos no Brasil. Acredito que se não houvesse a pandemia, já teríamos conseguido aprovar as bases para o estabelecimento dos cassinos por aqui. Mesmo a bancada evangélica, que era contrária aos cassinos, já aceitou a proposta, entendendo que se trata de algo positivo, capaz de trazer muito mais benefícios que prejuízos para o país. Agora estamos muito focados em incentivar o Turismo doméstico, porque sabemos que o isolamento social despertou a vontade de viajar nos brasileiros. O Turismo será fundamental na retomada da economia brasileira pós-pandemia. A tendência por viagens nacionais deve ser aproveitada aqui, especialmente porque temos mercado para isso. O Brasil é um país continental e deve-

mos trabalhar para que o brasileiro conheça o Brasil nessa retomada. SINDEPAT – Como vê a atuação do G20, grupo de associações de Turismo, no Congresso? HERCULANO PASSOS – O G20 foi uma excelente ideia, uma iniciativa de união do setor, unificando as demandas. Quando nos reunimos em consórcios, as demandas têm mais força e nossa representatividade é aumentada. Acredito que essa união possa ajudar, inclusive, a agregar mais parlamentares em defesa do Turismo como um todo. Quando presidi a Aprecesp, tinha a preocupação de mostrar aos associados o trabalho de cada entidade do setor, para dar um panorama realmente amplo do que o Turismo pode representar.n 5 a 11 de julho de 2021 — PANROTAS

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PANROTAS — 3 a 9 de fevereiro de 2021


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