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Edição nº 1.483 - Ano 29 | 9 a 15 de agosto | www.panrotas.com.br
EDIÇÃO ESPECIAL
Pesquisa exclusiva do TRVL LAB e ELO , estatísticas de venda de hospedage ns da plataforma da Omnibees em julho e per spectivas dos principais players do mer cado indicam caminho sólido para a recuper ação, que já começou. Viagens no Bra sil, especialmente para o Nordeste, se des tacam. Mas o viajante quer mais. Saib a o que e como atendê-lo nas reportagens esp eciais da semana.
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PANROTAS — 5 a 11 de maio de 2021
PATROCINADO
WTM Latin America
CONCIERGE DE AGENDAMENTO DE REUNIÕES A WTM Latin America Virtual, principal evento do segmento de Turismo voltado para o público B2B da América Latina, apresenta as funcionalidades da plataforma que abrigará o encontro 2021. Entre os dias 10, 11 e 12 de agosto, são esperados participantes do mundo inteiro que, em um ambiente prático e interativo, poderão agendar reuniões, conferir conteúdos exclusivos e fazer muito networking. A função de agendamento de reuniões já está disponível para todos as profissionais que se credenciaram para o evento. Um dos principais diferenciais da plataforma está no serviço de concierge. A gerente de Marketing da WTM Latin America, Thaís Del Ben, explica que para expositores e visitantes terem uma alta taxa de efetividade nas reuniões, o serviço de concierge acompanhará de perto essas movimentações. “O foco do nosso evento é gerar lead e reuniões de negócios, de forma que a indústria possa se reencontrar e promover boas experiências e oportunidades. O concierge fará o acompanhamento das reuniões agendadas e em andamento, para caso uma das partes tenha dificuldade de se conectar, nossa equipe possa auxiliar na solução do problema”, revela. A inteligência artificial da plataforma permite também que, de acordo com o cadastro realizado pelo
participante, a plataforma recomende expositores e conteúdos de preferência, facilitando a navegação e o encontro de interesses. Para que os agendamentos fluam de maneira eficiente e ágil, a lógica é um pouco diferente do que se tem visto em outros eventos virtuais. O profissional interessado envia uma solicitação de reunião, e é o recebedor desse pedido que escolherá o dia e horário que eles irão se encontrar. O sistema faz um cruzamento das agendas e mostra ao recebedor a disponibilidade de ambos os profissionais. Uma vez escolhido, está marcado. Não há necessidade de uma reconfirmarão por parte de quem solicitou a reunião. Além de aceitas, as reuniões podem também ser reagendadas ou canceladas. Durante as reuniões é possível convidar até cinco pessoas para participar do encontro, além de poder compartilhar cartão de visitas, enviar arquivos e compartilhar a tela para que os materiais de apoio sejam espelhados a todos os participantes. Ainda é possível acompanhar todos os agendamentos de reuniões, horários disponíveis e bloqueados e evolução dos contatos por meio de uma dashboard intuitivo e prático, mostrando inclusive detalhes de fusos horários, uma vez que o evento reunirá participantes de todo o mundo.n
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ÍNDICE nº 1.483 | 9 a 15 agosto de 2021 | www.panrotas.com.br
Página 05
Editorial: Você sabe ouvir?
Página 07
Armelin volta ao Turismo
Página 08
Conexões liberadas na Alemanha
Página 09
Estados Unidos estudam reabertura
Página 10
Portugal e Brasil negociam reabertura
Página 11
Latam contrata mil funcionários
Página 12
Embarque de menores pode ser feito on-line
Página 13
Gol retoma voos internacionais
Página 14
TRVL LAB/ELO: Pesquisa indica o melhor verão da história
Página 27
Omnibees: O melhor verão da história já começou
Página 40
Nordeste: Trade se prepara para o boom na região
Página 48
35ª Ugart: Sede de retomada em Porto Alegre
Página 51
Turismo no Congresso: Otávio Leite prioriza Turismo
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima.
GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade
Media Partner
Associações
Parceria Estratégica
Editorial
PARE, ESCUTE, CONTE HISTÓRIAS Saber ouvir é um dom ou habilidade que nós jornalistas temos ou aprendemos a desenvolver. E que somos obrigados e levados a exercer. É escutando, ou seja, prestando atenção no que o entrevistado vai nos dizendo, com palavras, gestos, olhares e cacoetes, que vamos desenvolvendo a história que vamos contar mais à frente, para vocês, e conseguimos tirar mais informações, mais segredos, mais análises, mais contradições e notícias de nossos interlocutores. Saber ouvir é também saber reagir ao que estamos ouvindo (com razão e emoção trabalhando juntas durante todo o percurso), conectar dados e ideias, mostrar interesse, com gestos ou expressões, frases, comentários e mais perguntas. Sempre mais perguntas. Manter um diálogo no qual o outro é quem vai falar mais, trazer a notícia à tona, e espalhar pelo chão e paredes de nossas mentes uma história em pecinhas de quebra-cabeças. Uma história que vamos montando a cada resposta, a cada frase, mesmo as mal construídas e confusas. Saber ouvir também é se colocar no lugar do entrevistado e tentar entender não apenas o que ele quis dizer exatamente (e na dúvida devemos perguntar de novo, e de novo e tanto quanto necessário), mas também o que está envolto nas frases expelidas. O como, o porquê, os cenários e contextos são tão importantes quanto o que está sendo dito. E muitas vezes nosso papel é deixar claro o que o entrevistado quis dizer. Contextualizar. Para saber ouvir, precisamos ser curiosos. Para sermos curiosos precisamos nadar no mar de informações ao nosso redor, enfrentando o bombardeio de conteúdo, formas, imagens, verdades e mentiras, passados e futuros, diversas visões do presente. Precisamos filtrar tudo isso e aos poucos irmos montando nosso repertório próprio, atualizado e polido constantemente, a cada post que vemos, livro que devoramos, série que maratonamos, notícias que lemos de verdade, além das manchetes, muitas delas caça-cliques, é verdade. Sempre buscando ir além da superfície do que é mais escandaloso e atraente (para mais cliques). Para saber ouvir é preciso ser, além de curioso, também inventivo, empático, interessado, chato, detalhista, bem humorado e gostar de pessoas. Gostar de analisá-las, imaginá-las como eram quando crianças, comparar suas diversas versões dadas por amigos e inimigos, muitas vezes inimigos íntimos, relevar suas vaidades, mas também às vezes incentivar esse pecado capital. Pois a vaidade bem estimulada pode trazer boas histórias - não necessariamente a que o entrevistado gostaria que fosse escrita, diga-se. Boas histórias para quem for nosso público-alvo: você, leitor, nós mesmos, uma pessoa apenas, ou para quem quiser ouvir. E ler. Saber ouvir o outro para contar uma história (a história dele, muitas vezes) é arriscar ser odiado por mostrar um lado de que não gostamos de nós mesmos ou uma empresa que não é a que idealizamos em nossos currículos.
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Saber ouvir e montar uma boa história, analisar e usar os dados passados pelo entrevistado ao vivo para a gente e não em comunicados oficiais de empresas, é ajudar a construir a história de um segmento, de uma indústria, de uma nação. De pessoas. Saber ouvir é construir o futuro, mesmo expondo falhas e cobrando coerência de quem muitas vezes não queria estar ali falando com a gente sobre temas fora do script preparado pela assessoria de comunicação (e seus jargões, frases feitas, missões de papel). Saber ouvir é uma atividade precisa e necessária, mas que tem margem de erro para interpretações, que podem melhorar a história contada ou transformá-la em um conteúdo que não agradará nem ao leitor, nem a você e muito menos ao interlocutor. Não corra esse risco. Escute e entenda. A não ser que esteja em um artigo opinativo ou que queira ser mais pessoal e crítico, pergunte de novo, de novo e de novo até não restar dúvidas. Saber ouvir é querer saber de tudo, mesmo sendo pego desprevenido pelo rumo da conversa. Aprender ao vivo. Experimentar algo novo durante a criação de uma narrativa. Para contar boas histórias é preciso saber ouvir, com todo seu repertório te ajudando a todo momento e seu instinto direcionando rumo aos melhores tópicos e trechos. Saber ouvir é ouvir demais e editar. Filtrar. Selecionar e escolher a sua visão daquela história. Transcrever o que ouviu em ordem cronológica da conversa raramente gera uma boa história; é preciso edição e costura. A não ser no ao vivo, no vídeo, na entrevista cara a cara sendo transmitida. Aí saber ouvir é editar e contar sua história ao mesmo tempo em que a ouvimos, em que entrevistamos e analisamos o entrevistado. Quem sabe faz ao vivo, já diria Faustão. Saber ouvir e saber contar boas histórias vale para jornalistas e para todas as demais profissões. Você sabe mesmo ouvir seu cliente? Seu chefe? Sua equipe? Seus filhos e companheiros/ companheiras? Seus pais? Ou o comprador que sempre desiste e abandona o carrinho no meio do processo em seu site? O que cada um que interage com a gente está nos dizendo? E como reagimos a isso? Saber ouvir é ler detalhes nas entrelinhas. É encarar textão em qualquer mídia. É ir além da manchete, mesmo às vezes sabendo o que vamos encontrar nos parágrafos a seguir. Saber ouvir é transformar essa decepção em experiência e então sentir que está tudo bem. Acontece. E nunca será melhor ser surdo. Que saibamos ouvir uns aos outros com interesse, com respeito, com curiosidade e afeto. Para termos boas histórias, boas ideias e repertório para as mais diversas situações da vida. Sabendo ouvir, ao outro, a si mesmo, e ao mundo, a gente entenderá tudo de um jeito melhor e com isso, quem sabe, futuros habitantes desse planeta viverão uma realidade menos tóxica, menos egoísta e hedonista, e mais humana, como um dia idealizamos ser ou nos fizeram crer que deveria ser. Escuta só uma coisa... Olha aqui... Nos conte a sua história. Somos todos ouvidos. PS: por favor nos cobrem o complemento fundamental desse texto, abordando o outro lado: ser ouvido é necessário, importante e reconfortante. Você tem sido ouvido? n Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Check-in
Os destaques do Turismo Gente
Armelin de volta ao Turismo Ex-CVC e com 37 anos de Turismo, Claiton Armelin cumpriu um período de quarentena de seis meses (quando não podia ir para outra empresa do setor), e será head de Viagens da Divisão de Passageiros, que tem Paula Corrêa como CEO da Viação Águia Branca. Armelin responderá diretamente a ela. Claiton Armelin ainda faz suspense sobre o que vem por aí, mas o objetivo do grupo é lançar um novo projeto de Turismo na Divisão de Passageiros. Com sua especialidade em produtos e na área comercial, já podemos imaginar alguns caminhos para esse projeto. Ainda mais em um momento pós-pandêmico, em que o rodoviário saiu fortalecido e renovado.
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Check-in
Os destaques do Turismo
Destinos
Conexões na Alemanha A Alemanha volta a autorizar passageiros provenientes do Brasil para realizar conexões nos aeroportos do país europeu, como Frankfurt e Munique. Contudo, isso só será permitido aos viajantes com voos confirmados para seguir viagem nas 24 horas seguintes e, claro, não é possível sair da área de trânsito. A autorização vale tanto para conexões com destino final em países da área Schengen quanto não-Schengen. A única exceção é a China Continental, já que passageiros com origem no Brasil continuam proibidos de conectar na Alemanha para este destino até pelo menos 12 de agosto.
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Os destaques do Turismo
Destinos
Dedos cruzados Os Estados Unidos estudam um plano para a reabertura das fronteiras para turistas, que seria feita em fases, e que exigiria certificado de vacinação completa contra covid-19 dos visitantes do Exterior. Não é uma decisão para já, pois o país não estaria pronto para a medida, mas que já está sendo desenhada. Inclusive um sistema para suportar tal medida estaria sendo desenvolvido. As informações são da Reuters. A fonte ouvida pela agência não divulgou datas e, portanto, ainda não há previsão sobre quando esta medida seria implementada ou detalhes sobre que vacinas seriam aceitas (os Estados Unidos administram os imunizantes da Janssen, Pfizer e Moderna. O país chegou a comprar uma quantidade grande da AstraZeneca, mas não usou).
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Check-in
Os destaques do Turismo
Destinos
Dedos cruzados parte 2 Portugal e Brasil discutem a possibilidade de aliviar as restrições às viagens entre os dois países devido à pandemia de covid-19, anunciou na semana passada o ministro dos Negócios Estrangeiros português. Atualmente, os passageiros provenientes do Brasil só podem viajar para Portugal por razões familiares, profissionais, de estudo ou humanitárias, têm de apresentar teste negativo à covid-19 e cumprir um período de quarentena. Augusto Santos Silva disse que Portugal pode "avaliar as restrições que estão hoje em curso" à medida que a situação da pandemia evoluir positivamente em cada um dos países.
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Check-in
Os destaques do Turismo
Aviação
Latam recontrata A Latam Airlines Brasil, que já retomou 75% da sua oferta doméstica de assentos no Brasil e encerrará 2021 com mais destinos no País do que antes da pandemia, anunciou a contratação de 1 mil funcionários de aeroportos em todo o território nacional até dezembro deste ano. As contratações estão abertas para a posição de Agente de Aeroporto em todas as bases brasileiras da companhia, principalmente em Fortaleza, Brasília, Congonhas e Guarulhos. O volume representa 25% do total de Agentes de Aeroportos da empresa atualmente. Esta é terceira vez que a Latam anuncia contratações em função do seu processo de retomada. Em maio, divulgou o início de 750 contratações de pilotos e comissários e, em junho, mais 180 profissionais para seu centro de manutenção de aeronaves em São Carlos.
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Check-in
Os destaques do Turismo
Aviação
Embarque de menores Pais brasileiros agora podem liberar pela internet que seus filhos menores de 16 anos viagem de avião. O processo já está em vigor, regulamentado pela Corregedoria Nacional de Justiça e implementado pelo Colégio Notarial do Brasil a permissão on-line dos pais a filhos menores de 16 anos. A Autorização Eletrônica de Viagem (AEV) permite realizar o procedimento inteiramente on-line, por meio da plataforma e-Notariado, que dispensa o comparecimento ao cartório para diversos serviços. Na plataforma, os pais poderão realizar uma videoconferência com o notário, que confirmará a autorização para a viagem, por prazo ou por trecho apontado.
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Check-in
Os destaques do Turismo
Aviação
Gol retoma Cancún e Punta Cana A Gol voltará a voar internacionalmente. Cancún, no dia 12 de novembro, a partir de Brasília, e Punta Cana, no dia 13 de novembro, a partir de Guarulhos, terão os serviços retomados pela companhia aérea. As decolagens para o destino mexicano acontecem a partir do aeroporto internacional de Brasília (BSB), com quatro frequências semanais: às segundas, quartas, sextas e domingos, tanto a ida quanto a volta. A saída de Brasília se dá às 9h30, com chegada na cidade mexicana às 14h20 (horário local). Já em Cancún, a volta é à noite, às 20h40, com aterrissagem prevista para às 7h30 na capital federal.
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Retomada das viagens Artur Luiz Andrade
VEM AÍ O MELHOR VERÃO DA HISTÓRIA Muitos já erraram na previsão da retomada das viagens no Brasil e no mundo, em uma volta a níveis pré-pandemia. Isso porque a imprevisibilidade do vírus e da crise gerada por ele alarga imensamente a margem de erro de qualquer projeção, que ainda é prejudicada por nosso otimismo movido pela necessidade de que tudo dê certo o mais rapidamente possível. Bom, rapidez na recuperação já é algo que não ocorreu: já são 17 meses de pandemia, de viagens paralisadas ou restringidas, de perdas para a indústria de Viagens e Turismo. Algumas luzes no fim do túnel apareceram desde o começo da pandemia, mas nunca tão forte como agora. São muitos dados dessa vez a nosso favor e não apenas uma ilusão como no final de 2020.
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Vejamos: A vacinação no Brasil já avança, com quase 50% da população adulta com a primeira dose e cerca de 20% com a imunização completa.
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Os índices de casos, internações e mortes são os mais baixos desde o começo do ano.
As empresas aéreas já chegam à marca de 70% a 80% da oferta de assentos domésticos de antes da pandemia, prevendo um final de ano com 100%, incluindo mais destinos servidos por seus voos que antes da crise.
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Pesquisas setoriais, como a da Braztoa, mostram recuperação, ainda que lenta, no primeiro semestre.
Carolina Sass de Haro, da Mapie e TRVL LAB
E eis que chega o segundo semestre, com notícias ainda melhores. O que pode ser visto na segunda edição da pesquisa “As viagens em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo”, um projeto TRVL LAB e ELO que mostra o brasileiro pronto para viajar, assim que estiver vacinado, o que já está ocorrendo. A pesquisa está dividida em Viagens de Lazer e Viagens Corporativas e será apresentada aqui na Revista PANROTAS em duas etapas, começando pelo lazer. Na próxima semana traremos os principais dados de Viagens Corporativas. Nesta segunda edição o TRVL LAB e a ELO produziram duas versões para cada segmento: uma versão completa para quem quer esmiuçar todos os dados, respostas e análises; e uma versão pocket, com os highlights já selecionados por nosso time. Também foram produzidos dois infográficos, que serão divulgados em um terceiro momento. Além disso, uma live dividida em duas partes (Lazer e Corporativo) será realizada no dia 19 de agosto, às 15h, no Portal e Facebook PANROTAS. Fique atento também a nossas redes sociais (@portalpanrotas) para mais destaques da pesquisa. E para mostrar que os dados otimistas da pesquisa estão alinhados com a realidade, vamos trazer também dados da plataforma de reservas da Omnibees, com mais de 5 mil hotéis no Brasil, mostrando que julho foi o melhor de vendas da hotelaria brasileira desde janeiro de 2019. Sim, as vendas em julho foram 8,77% maiores que o melhor mês de 2019 (outubro) para hotéis e resorts do País. E concordando com os entrevistados de lazer na pesquisa TRVL LAB/ELO, que mostraram preferência pelo Nordeste e as praias na próxima viagem, os dados da Om-
nibees mostram que hotéis e resorts da região Nordeste tiveram vendas 49% maiores que o melhor mês de 2019 (leia mais na página 27). Claro, essa pandemia ainda pode trazer surpresas desagradáveis, mas mesmo com a variante delta, os Estados Unidos não preveem mais lockdowns, por exemplo. E sim, uma extensão do uso de máscara e a possibilidade de reforços de doses na vacinação (ainda em estudos). Portanto, com tanto dado positivo, estamos mais realistas que otimistas em direção ao melhor verão de todos os tempos nas viagens pelo Brasil. Em vendas, em número de passageiros, em tíquete médio (em alta) e em astral. Xô, pandemia. Bora viajar. “Como apoiadores de longa data do Turismo e parceiros nesse processo de retomada, acreditamos que a pesquisa revela insights importantes para ajudar o mercado a entender quem são os viajantes, seus desejos e poder se preparar para oferecer serviços ainda melhores, de acordo com as novas tendências de consumo. Estamos vivendo um movimento acelerado de digitalização que proporciona oportunidades para os serviços turísticos de oferecerem experiências diferenciadas desde o início do atendimento e ao longo de todas as etapas da jornada do consumidor”, afirma o superintendente de desenvolvimento de negócios da Elo, Fillipi Nobre. A seguir confira os highlights da pesquisa TRVL LAB/ ELO “As viagens de lazer em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo – 2ª edição”, os números da Omnibees, preparados para a Revista PANROTAS, e ainda depoimentos de alguns fornecedores, comprovando também que as análises e dados do estudo estão ocorrendo na prática desde já.
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TOP 5: PROPÓSITO DAS VIAGENS
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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TOP 5: RAZÕES QUE DESMOTIVAM A VIAJAR
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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VACINA E VIAGEM As respostas dos pesquisados pela segunda edição do Insights para o Turismo do TRVL LAB e ELO não deixam dúvidas: o brasileiro quer e vai viajar no final de 2021 e verão de 2022.
61%
n Segundo a pesquisa, dos brasileiros estão planejando viagens de lazer nos seis meses posteriores à vacinação completa.
54%
n estão se programando para viagens ainda este ano, no segundo semestre.
75%
n não fugirão da preferência nacional: Sol e Praia.
38%
n escolherão o Nordeste como destino, primeiro lugar disparado na escolha dos viajantes.
81%
n apontam relaxar e descansar como principal motivo da viagem e querem se divertir.
64%
Segundo a diretora da Mapie e analista do TRVL LAB, Carolina Sass de Haro, há um desejo de celebrar a vida e os momentos pós-pandemia. “A temporada de verão será bastante promissora para os destinos que combinarem opções de descanso e relaxamento, com muitas experiências para toda a família”, diz. Vale lembrar que o Sol e Praia é a preferência, mas que as experiências nos destinos estão em alta. Relaxar pode ser sair da rotina e os viajantes querem se conectar com a natureza, com as comunidades dos destinos e consigo mesmo. Chega de aula de lambada na piscina. Isso é muito anos 1990. O viajante de lazer mudou e não quer mais aglomeração gratuita e busca propósito em quase tudo na viagem.
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5 INSIGHTS Você pode conferir a pesquisa pocket desde hoje no trvl.com.br e a completa, com todas as perguntas, dados e análises, a partir da sexta-feira, 13 de agosto. A seguir destacamos cinco insights para
que o seu negócio se alinhe com os desejos do consumidor pós-pandemia. Confira as dicas preparadas pelo time do TRVL LAB baseadas nas respostas dos viajantes que participaram da pesquisa.
1 – BEM-ESTAR E SAÚDE Durante a pandemia, houve um aumento da preocupação com a saúde em geral, bem-estar físico e mental, com mais tempo de qualidade em família. “As viagens de lazer podem incentivar estes novos hábitos e comportamentos, entregando experiências conectadas ao bem-estar que permitam que viajantes desfrutem de tempo valioso consigo mesmo e com sua família de forma potencializada”, analisa Carolina Sass de Haro. Um menu de experiências pode ajudar o hóspede a cumprir seus objetivos e o meio de hospedagem ou destino a fidelizar e fazer mais negócios com esse cliente. Experiências conectadas ao destino e personalizadas saem na frente. Veja que para alguns relaxar é ficar à beira do mar, para outros dançar, para alguns um programa em um spa e para muitos fazer exercícios, sejam indoor ou explorando a natureza em trilhas e esportes mais radicais. Entenda o que seu cliente quer dizer com “relaxar”, “desconectar”, “reconectar” e crie esse menu para ele. Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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2 – VIAGENS PARA CELEBRAR
Mais de 50% dos viajantes querem celebrar a vida e os momentos durante suas viagens. Sempre há uma data especial a ser comemorada, uma conquista, uma relação... ainda mais em épocas de pandemia. “Depois de um período difícil e de distanciamento, viajantes desejam viver novas experiências e aproveitar para usufruir de cada momento que a vida possibilita. Para isso é importante que destinos e fornecedores de Turismo estejam de olho nas oportunidades, pois a velha programação de lazer não atenderá ao desejo ampliado de viver. É preciso turbinar a experiência e entregar inúmeras oportunidades de momentos memoráveis”, diz Carolina. Diversão, relaxamento, bem-estar, celebração...está tudo conectado nos anseios do novo viajante pós-pandemia.
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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3 – MEU BRASIL BRASILEIRO
O próximo verão vai ter o Brasil como grande destaque, e é importante que tudo funcione, que hotéis e destinos fidelizem o cliente que teve de trocar a ida ao Exterior por um destino nacional. Ele está adorando redescobrir o País ou ao menos olhar sua diversidade e nichos com outros olhos. O trade precisa agora manter essa vibe, mesmo depois da reabertura das fronteiras. Acreditamos que vai faltar lugar tanto no Brasil quanto para o Exterior na temporada de verão, pois, além do efeito manada da demanda reprimida, há muitas remarcações e créditos que precisam ser cumpridos. Incentive os viajantes a se planejarem, mesmo que para meados de 2022. “O brasileiro está disponível e desejando conhecer o Brasil, é hora de reforçar a comunicação e o relacionamento com clientes, demonstrando a infinidade de opções disponíveis, que certamente atendem aos mais variados perfis”, completa a executiva da Mapie e do TRVL LAB. E apesar da preferência pelo Sol e Praia, lembre-se que itens como bemestar, viagens em família e entretenimento estão presentes em todo o Brasil e os nichos estão mais em evidência que nunca, mesmo nas grandes cidades. Mais uma vez: escute o cliente e ofereça as viagens e atividades mais adequadas a seu perfil e desejos.
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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4 – MAIS VÍNCULO COM O CLIENTE
Os viajantes disseram ao TRVL LAB que, neste momento, encontrar uma ótima promoção de voo ou hotel (44,52%) é um bom motivador para planejar uma viagem, mas as histórias de satisfação de conhecidos, o famoso boca a boca (41,67%), também têm um peso importante. “Os canais diretos são os preferidos pelos viajantes brasileiros para reserva e compra de suas próximas viagens, seguido das agências de viagens on-line e das agências de viagens. Lembre-se: o cliente atual é mais digital e multicanal. Ele está considerando todas as opções e conveniência com informação especializada e customizada. O momento nunca foi tão propício para fortalecer as relações com a sua base de clientes, criando vínculos duradouros”, explica Carolina de Haro. A hora é de mostrar seus diferenciais, e fortalecer a relação com seus clientes. A multicanalidade está mais forte, ancorada no digital, mas também na relação de confiança e na qualidade do serviço, por mais que as promoções ainda sejam atraentes para que o consumidor se decida por uma viagem.
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Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
5 – VEM, TEMPORADA DE VERÃO
Tudo está convergindo para que o verão 2021/22 seja o melhor da história para as viagens domésticas. Vacinação, controle da doença, aprendizados de tratamento, protocolos bem disseminados, viajante consciente e querendo viajar, empresas prontas e malha aérea retomada. Segundo a pesquisa TRVL LAB/ ELO, essas viagens do segundo semestre até o fim do verão serão de avião, para hotéis confortáveis em destinos de praia, serra/montanha e cidades do interior. “Com o controle da pandemia e as novas informações científicas sobre as formas de transmissão, é possível rever alguns protocolos, mantendo aqueles que são essenciais, como uso obrigatório de máscaras em espaço fechado, distanciamento mínimo e ventilação adequada”, diz Carol Sass de Haro. Segundo ela, empresas turísticas aprenderam a trabalhar de forma mais enxuta com mais posições multifuncionais. “É hora de aproveitar este aprendizado, sem esquecer da qualidade da entrega e da experiência, pois os clientes estão ávidos por conforto, serviço encantador e diversão. A temporada de verão sinaliza ser histórica. Aproveite para gerar lembranças positivas marcantes”, é o recado final da analista do TRVL LAB.
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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PERSONAS Os analistas do TRVL LAB identificaram cinco personas de viajantes, para sua empresa investir nessa retomada das viagens. 1 – O VIAJANTE TÍPICO Eles estão de volta, sedentos para explorar o Brasil e o mundo. Eles têm entre 30 e 49 anos, são homens e mulheres, compram itens de viagem separadamente e amam o Nordeste. 2 – AS ZS Aposte nas mulheres jovens, de 18 a 24 anos. “Elas fazem parte da geração mais envolvida com questões relacionadas a posicionamento político/ social e pretendem aumentar esta participação no futuro, favorecendo compras de fornecedores locais e deixando de comprar de fornecedores desalinhados com os seus valores pessoais”, diz a análise da pesquisa. Elas estão prontas para viajar (e o fizeram na pandemia), tanto pelo Brasil quanto para o Exterior. 3 – OS TICKETS ALTOS Esse perfil de viajante, em sua maioria mulheres entre 40 e 49 anos, gasta acima de R$ 5 mil por viagem nacional. Funcionárias de grandes empresas, essas viajantes faziam até três viagens nacionais por ano, e uma internacional. Na pandemia viajaram e o orçamento para viajar permanece igual. Elas estão ansiosas para viajar novamente e já estão planejando ativamente suas próximas viagens. Seu destino da vez é Fernando de Noronha e para o Exterior, Orlando.
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4 – OS CLASSE A Mais viajantes com dinheiro reservado e até sobrando para viajar. Na maioria, são homens entre 50 e 59 anos e estão com orçamento maior para as viagens pós-pandemia. Nordeste e Estados Unidos são os destinos preferidos após estarem 100% imunizados, o que, pela idade média, já é uma realidade. 5 – AS CRIANÇAS QUE MANDAM Viagens em família sempre foram um dos pilares das férias dos brasileiros. No pós-pandemia, isso continua. O objetivo é relaxar, descansar e unir a família em um ambiente diferente e acolhedor. Esses viajantes ficam de olho em promoções e produtos alinhados com uma típica viagem em família. Confira mais em trvl.com.br.
TOP 5: CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE UMA PASSAGEM AÉREA
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
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TOP 5: OPÇÃO PREFERENCIAL DE MEIO DE HOSPEDAGEM
Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO
Acesse a versão pocket da pesquisa “As viagens de lazer em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo” em trvl.com.br. No dia 13 de agosto, você já poderá baixar a versão completa de lazer e ainda as versões pocket e integral do corporativo. A Revista PANROTAS da próxima semana também trará um resumo dos insights em viagens corporativas. E em 19 de agosto, não perca, às 15h, live no Portal PANROTAS e em nosso Facebook.
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Retomada das viagens Artur Luiz Andrade
O MELHOR VERÃO DA HISTÓRIA JÁ COMEÇOU Os dados da pesquisa TRVL LAB/ ELO, na segunda edição dos Insights para o Turismo, como vimos nas páginas anteriores, são muito claros: os brasileiros estão se preparando para viajar no segundo semestre de 2021 e no verão 21/22 e têm Sol e Praia e o Nordeste como preferências no Brasil. Querem relaxar, buscar o bemestar físico e mental, celebrar e comemorar o fim do difícil período e a chegada da vacinação. A prática mostra que os dados estão mais que certos. Pedimos à Omnibees um levantamento da venda de hotéis e resorts pelo Brasil em julho de 2021 e o resultado mostra que o melhor verão da história já está se desenhando. Os cinco mil hotéis na base de dados e reservas da Omnibees tiveram, em julho, o melhor mês de vendas desde
janeiro de 2019. As vendas totais em julho foram 8,77% superiores ao melhor mês de 2019 (outubro). Cidades mais focadas no lazer e o Nordeste puxam essa retomada. Se analisarmos apenas os meios de hospedagem do Nordeste temos um resultado surpreendente: as vendas em julho foram 49,27% melhores que o melhor mês de 2019, lá no longínquo período conhecido historicamente como pré-pandemia. O Sul está com vendas 5,93% maiores que 2019 (portanto, abaixo da média) e o Sudeste se recupera mais lentamente, ainda não atingindo números da prépandemia. Confira abaixo gráficos e análises exclusivos, produzidos pela Omnibees, e com análises do diretor comercial e de Marketing da empresa, Rodolfo Delphorno.
Rodolfo Delphorno, diretor comercial de Marketing da Omnibees
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MELHOR MÊS No gráfico abaixo, podemos ver que julho teve performance de vendas de hotéis melhor que o mês com pico de vendas em 2019 (outubro). A hotelaria nacional, portanto, na média mostra que superou o pré-pandemia. Mas analisando caso a caso, veremos que o Nordeste e as cidades de lazer, como Gramado (RS), puxam essa retomada. E que os destinos que dependem do corporativo e dos eventos ainda estão com dados abaixo de 2019.
Gráfico 1
“Os gráficos 2 a 6 apresentados a seguir, mostram a tendência por região, com impressionantes 49,27% a mais de reservas no Nordeste em relação ao pico de 2019, demonstrado no gráfico 3”, aponta Rodolfo Delphorno, da Omnibees. Ele destaca ainda a região Sul, no gráfico 6, que também ultrapassou o máximo de 2019 em 5,93%. “Por sua vez, algumas regiões mais tipicamente corporativas, como o Sudeste, já demonstram crescimento e com a mesma quantidade de reservas de 2019, mas ainda abaixo do pico daquele ano”, explica o diretor da Omnibees. 28
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Gráfico 6
A pedido da Revista PANROTAS, a Omnibees analisou alguns destinos, de lazer e corporativos, separadamente, para vermos o comportamento dentro de suas regiões. Ipojuca (Porto de Galinhas) e Gramado (na Serra Gaúcha) mostram que esses destinos já conseguiram boas vendas em maio, com a hospedagem acontecendo em julho, mês de férias em família. “Nos gráficos 7 e 9 mostramos que as reservas que foram feitas em maio, mês de pico por esta ótica, se realizaram em julho como room nights (gráficos 8 e 10), em picos que foram superiores a 45% em Ipojuca e 20% em Gramado se comparados com os melhores meses de 2019”, analisa Delphorno.
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Gráfico 7
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Gráfico 9
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Já os gráficos 11, 12 e 13 mostram as reservas de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. São Paulo e Rio demonstram melhoras, mas ainda abaixo da performance de 2019, com o Rio melhor que São Paulo, enquanto Goiânia também já ultrapassou o melhor mês de 2019.
Gráfico 11
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Gráfico 12
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E AS TARIFAS? Com a demanda aquecida e as vendas acima dos melhores meses de 2019, período pré-pandemia e pósderramamento de óleo nas praias nordestinas, como as tarifas para os hotéis do Nordeste e no restante do Brasil estão se comportando? Rodolfo Delphorno explica: “Quando olhamos Brasil sem distinção de faixas, as diárias médias em julho já estão bem mais altas (18,69%) que o mesmo período de 2019, já levando em conta a curva de sazonalidade”. Ou seja, os preços subiram. E para o verão a perspectiva é de manutenção dessa elevação. Talvez a reabertura de fronteiras dos Estados Unidos e Europa pressione essas tarifas nacionais para baixo, mas possivelmente apenas no médio e longo prazos, não ainda para o fim de ano.
Gráfico 14
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“Quebrando este dado por faixas de preço, vemos que os hotéis de diárias mais baixas (até R$ 200) ainda estão com valores abaixo dos de 2019, enquanto os entre R$ 201 e R$ 400 estão no mesmo valor médio anterior, sendo que em todo o período da pandemia este patamar só foi atingido agora em julho de 2021”, comenta o executivo da Omnibees. “O aumento de valor de diária fica claramente
demonstrado nos gráficos das faixas mais altas. Hotéis com diária média entre R$ 401 a R$ 600 estão 16,9% acima do mesmo período de 2019, enquanto os acima de R$ 600 estão 22,9% acima”, o que comprova que os tíquetes altos que viajavam para o Exterior redescobriram o Brasil, como vimos nas personas identificadas pela pesquisa TRVL LAB/ELO.
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“Em todos os gráficos vemos o efeito da segunda onda de covid-19 afetando os preços para baixo em março de 2021, quando o descolamento de preços sazonais entre 2019 e 2021 ficou mais acentuado”, continua Delphorno. “Avaliando o comportamento da diária média de
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hotéis acima de R$ 400 e lembrando que mercados internacionais tradicionalmente de lazer ainda não estão receptivos aos brasileiros, antevemos o risco de haver muitos cancelamentos e trocas por destinos internacionais mais baratos”, prevê e finaliza ele.n
Destinos Rodrigo Vieira
NORDESTE É A COR MAIS QUENTE Cinco dos sete destinos domésticos mais vendidos pelas operadoras da Braztoa neste ano são do Nordeste. Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), puxou uma fila que também leva Maceió, Porto Seguro (BA), Praia do Forte (BA) e Salvador. Dizem o mesmo os dados da União Nacional dos Agentes de Viagens, a Unav. Pesquisa com mais de 100 agências feita pelo grupo mostra que os destinos nordestinos são os mais procurados para 81% dos clientes no segundo semestre. Em um ano em que as viagens domésticas dominarão a alta temporada como nunca, visto que a maioria das fronteiras está fe-
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chada e o câmbio não está dos mais atraentes, é o Nordeste que prevalece na predileção dos brasileiros. A vacinação avança, as internações diminuem e as empresas de Turismo começam a captar melhores sinais de alívio que vêm sendo emitidos após 17 meses de uma crise antes inimaginável. Operadoras, agências de viagens, companhias aéreas, hotéis e resorts já sabem: é no Nordeste que a maioria dos brasileiros pretende estar nas suas férias pós-confinamento. Porto de Galinhas, que surpreendeu as operadoras Braztoa ao desbancar destinos maiores e com maior oferta hoteleira e des-
Beach Park
pontar na liderança da região, confirma: a procura está maior do que as expectativas. “Vislumbramos um segundo semestre de crescimento constante e uma alta temporada nos padrões pré-pandemia", afirma o vice-presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Otaviano Maroja, mencionando vacinação em massa, oferta para famílias, natureza e espaços a céu aberto como fatores para o sucesso. "Outro ponto que não podemos deixar de lado é a relação de Porto de Galinhas com os agentes de viagens, operadoras e companhias aéreas desde o início da formação do destino. Essa relação, sem dúvidas, ficou ainda mais forte durante a pandemia", completa Maroja. Destinos cearenses também têm as expectativas altas para a estação mais quente do ano, evidenciadas pelo evento realizado na semana passada, no Palácio Tangará, em São Paulo. O Ceará Workshop - Descubra essa Alegria convidou executivos de companhias aéreas para um treinamento presencial. Lá, a secretária executiva de Turismo do Estado, Denise Carrá, ressalta a existência um investimento em várias áreas estruturais do Ceará, como na educação, que impactam o setor. Denise reforçou ainda a importância dos profissionais do Turismo, como agentes de viagens e operadores, para fortalecer a oferta do
Otaviano Maroja
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Iberostar, Praia do Forte
destino. “Precisamos reforçar que estamos juntos com o mercado e queremos construir juntos essa promoção do Ceará. A construção dos produtos, a imagem de segurança e nosso potencial dependem também desses profissionais que fazem a diferença no posicionamento do destino." Um dos principais chamarizes cearenses, o Beach Park, após quatro meses de portas fechadas, confirma o bom momento e ressalta a existência de uma crescente nas reservas com antecedência bem menor do que a média pré-pandemia. "Notamos essa mudança de comportamento. Estamos tendo um volume maior dentro do próprio mês, diferentemente do que costuma ser: dois meses ou mais de antecedência", revela a diretora de Marketing, Mídia e Conteúdo do complexo, Clarisse Linhares. "Nossa expectativa é que com o avanço da vacinação nós tenhamos uma alta estação em níveis de ocupação próximos ao que tínhamos antes da pandemia, o que é um ótimo resultado. Estamos otimistas e preparando novidades importantes para o verão." RESORTS SÃO OS MAIS DESEJADOS Além da preferência pelo Nordeste, a pesquisa com os agentes de viagens da Unav mostra que 56% dos brasileiros têm os resorts como o meio de hospedagem mais desejado nas férias de verão. O CEO da GJP Hotels & Resorts, Fabio Godinho, não esconde seu entusiasmo com as possibilidades que o verão oferece no Wish Natal, no Rio Grande do Norte, e no Marupiara, em Porto de Galinhas. Para
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Fabio Godinho
ele, as perspectivas são as melhores para a retomada do Turismo doméstico, dado o avanço da vacinação em seus principais mercados emissores (Sudeste e Brasília). Aliás, não só no verão. "Somente em julho, o Wish Natal fechou com 70% de ocupação, com resultado 40% acima de julho de 2019. O Marupiara fechou o mesmo mês com 65% de ocupação, 25% acima do mesmo mês no pré-pandemia. Olhando os próximos meses, esses dois destinos seguem com vendas aceleradas, principalmente para os períodos de festividades, como Natal e Ano Novo, além de uma antecipação de compra para janeiro de 2022", comemora Godinho. Para o segundo semestre, ele projeta média de 65% a 70% de ocupação em ambas as unidades no Nordeste. "Para acompanhar essa demanda, investimos R$ 10 milhões em infraestrutura, produtos e experiências somente no primeiro semestre deste ano. Isto inclui diversas reformas e investimentos em atrativos como cine open air, day spa, atividades esportivas e várias outras atrações. Com a restrição das viagens internacionais, chegou a hora e a vez da hotelaria nacional", conclui o executivo. A 50 quilômetros de Salvador, a Iberostar também se empolga com as perspectivas da alta temporada. O complexo que forma o Iberostar Selection Praia do Forte e o Iberostar Bahia se apoia nas suas atividades a céu aberto e "no projeto How We Care, que engloba 300 medidas de segurança e higiene sem afetar a experiência nos resorts", garante o diretor da Iberostar para o Brasil, Orlando Giglio. "As reservas para a temporada estão movimentadas já a partir de agosto, e esperamos um bom desempenho para a temporada de verão", completa.
Sylvio Ferraz
Daniel Firmino
VENDAS SE APROXIMAM DO PRÉ-PANDEMIA Graças ao avanço da vacinação, as expectativas na CVC Corp, que sempre teve o Nordeste como seu carro-chefe na alta temporada doméstica do verão, são de ao menos chegar bem perto dos números pré-pandemia. O diretor executivo de Sourcing da empresa, Sylvio Ferraz, está animado com a possibilidade de retomar os fretamentos, uma das principais estratégias da companhia historicamente. “Acreditamos que a retomada do Turismo doméstico vai acontecer ainda neste ano, muito
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Adriana Fredericce, da Diversa
impulsionada pelo avanço da imunização da população. Na CVC Corp, nossa expectativa é chegar ao final do ano já com números superiores a 2019 para o Turismo nacional. A região que mais se destaca é o Nordeste, que deve ser, de fato, o grande destino da temporada. Acreditamos muito em todos os locais da região que tradicionalmente são os preferidos dos nossos clientes e por isso também apostaremos em fretamentos para destinos como Porto Seguro, Maceió, Natal, Comandatuba, Jericoacoara e Fernando de Noronha.” Para a Orinter Tour & Travel, o Nordeste representa 60% de sua venda doméstica. A operadora, que também está apostando na região como mercado emissor, com abertura de escritório, com o ex-Tumlare José Cunha, tem em sua prateleira hotéis de luxo, resorts e pousadas de charme. Além das capitais e de destinos mais renomados, a Orinter aposta em locais como Porto de Pedras (AL), Barra de São Miguel (AL), Maragogi (AL), São Miguel do Gostoso (RN), Jericoacoara (CE) e Beberibe (CE). "As expectativas são as melhores possíveis. Trabalhamos muito forte durante todos os meses de pandemia, com capacitações, lives, promoções, campanhas de incentivo para viajar com segurança, entre outras ações, sempre com foco no agente de viagens. Estamos colhendo os resultados", afirma o executivo do Departamento Brasil, Daniel Firmino. "Trabalhamos com Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e todos os cantos da Bahia", completa. Na Diversa Turismo, o volume pré-pandemia
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foi ultrapassado com folga quando o assunto é Nordeste. É o que garante a diretora de Produtos e Operações da operadora do Grupo Arbo, Adriana Fredericce. "Brasil hoje representa 70% do share de vendas da operadora. O ritmo vem em uma crescente exponencial desde abril, e o Nordeste sem sombra de dúvida está no ranking top 10 de destinos e produtos mais vendidos todos os meses", afirma Adriana. "Nosso volume está muito concentrado nos resorts. A linha verde é campeã de vendas e graças ao apoio dos destinos e hoteleiros da região entramos no jogo, e já conseguimos nos posicionar entre uma das dez operadoras com maior volume para estes destinos", conclui a executiva. A Decolar.com já sentiu um primeiro semestre de recuperação, o que, segundo a agência online veio acontecendo gradualmente. O cenário ainda é instável, afirma o diretor de Sourcing NonAir da OTA, Tiago Lopes, mas a tendência é que vacinados, os consumidores se sintam mais confiantes. "Nos últimos meses, a região Nordeste ampliou ainda mais a sua participação entre os destinos domésticos. Houve também uma migração para o Nordeste de parte dos clientes que antes viajavam para o Exterior ou para o Sudeste do Brasil", afirma Lopes. "Também fechamos parcerias com as secretarias de Turismo de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe para estimular ainda mais a retomada do setor." Maceió, Fortaleza, Natal, Salvador e Porto Seguro são as líderes de vendas na OTA.
Carmel Taiba, localizado na Praia da Taíba, no Ceará
LUXO Uma das principais operadoras de viagens de alto padrão no Brasil, a Teresa Perez Tours também sentiu aumento na procura por destinos do Nordeste. "Cresceram consideravelmente e já até notamos hotéis com pouca disponibilidade para festas de fim de ano. É bom destacar que o brasileiro tem se encantado com diversos destinos do País", afirma o diretor comercial da TPT, Marcello Zeni. "Outro ponto importante é a chegada de novos modelos de hospedagem e um maior investimento de novas redes de hotéis no País. Recentemente trabalhamos muito na curadoria de novos produtos e destinos no Brasil. As praias do Ceará certamente surgem como um dos hits dessa temporada, ao lado da Bahia, que está sempre entre os destinos mais procurados. Mas também temos que destacar a crescente demanda pelo litoral do Piauí e as apostas certas como Fernando de Noronha e os Lençóis Maranhenses, no Maranhão", conclui o executivo.
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Carmel Taiba, localizado na Praia da Taíba, no Ceará
A hotelaria de luxo nordestina também sente o bom momento. É o caso da Rede Carmel, que aposta na "temporada de ventos" com esportes como o kitesurfe. "Os nossos três hotéis de praia (Charme, Taíba e Cumbuco) são produtos que destacamos, cada um em seu nicho e espaço. O segundo semestre sempre traz altas taxas de ocupação para os hotéis da rede, graças à temporada de ventos. Destacamos também os feriados como pontos altos e o mês de julho, que acabou de passar", aponta o gerente comercial da rede Carmel, Humberto Egydio. LONGO PRAZO Nordeste neste e nos próximos verões. A Accor anunciou, recentemente, uma parceria com a empresa Stelar – operadora hoteleira criada por Felipe Haeckel e Hilson Macedo Neto – para a construção de três novos hotéis da marca ibis nas cidades de Petrolina, Caruaru e Serra Talhada, em Pernambuco. A construção dos novos empreendimentos, que contará com o investimento de cerca de R$ 90 milhões, visa qualificar os hotéis que contarão com toda a expertease da marca internacional do grupo líder mundial em hospitalidade. A Accor também acaba de inaugurar um hotel de luxo em Pipa, litoral sul do Rio Grande do Norte. O Île de Pipa MGallery Collection é o primeiro da marca no Nordeste, onde a Accor tem 36 hotéis, e planeja mais quatro aberturas ainda este ano, em Salvador, Maceió, Recife e Fortaleza. Outros 12 projetos no Nordeste estão em pipeline.
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Ibis Caruaru, Ibis Styles Garanhuns e Ibis Serra Talhada
LATAM REFORÇA A REGIÃO
Jericoacoara (CE), Juazeiro do Norte (CE), Petrolina (PE) e Vitória da Conquista (BA) terão voos da Latam Brasil, com origem em Guarulhos (SP). Estes serviços estrearão em novembro e já estão no sistema de vendas da companhia aérea. Jeri e Juazeiro do Norte terão voos diários, enquanto os outros dois serviços serão feitos cinco vezes por semana. Em novembro, terão início os voos a Juazeiro e Petrolina. Em dezembro, Jericoacoara e Vitória da Conquista. Vale lembrar que a Latam anunciou, recentemente, outro destino nordestino: Comandatuba, na Bahia, esse já com início mais breve. Em Fortaleza, a Latam retoma destinos antes já operados e também insere novidades como Maceió, Porto Velho e Macapá, que começarão a partir de dezembro. Confins, Natal, Salvador, São Luís e Recife, que ainda não eram operados, voltarão ainda este ano. A companhia totaliza, assim, 14 destinos diretos a partir de Fortaleza. n
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Retomada Eventos Artur Luiz Neves, Leonardo Andrade especial para a Revista PANROTAS, de Porto Alegre
UGART EXPÕE SEDE POR RETOMADA
Movimentação dos corredores durante a 35ª edição da Ugart, em Porto Alegre
A União Gaúcha dos Representantes e Operadores de Turismo (Ugart) organizou a sua 35ª feira em Porto Alegre, nos dias 30 e 31 de julho. O evento foi uma mostra do novo foco do trade em produtos nacionais e da regionalização das viagens, além de servir de termômetro sobre a resposta do mercado para a realização de grandes feiras. Foram 853 dias desde aquele 30 de março de 2019 quando a 34ª edição da Ugart foi encerrada. De lá para cá, o mercado já não é mais o mesmo. O ano de 2020 foi o mais desafiador de todos os tempos e deixou um saldo negativo do qual levará algum tempo para o Turismo se recuperar. Porém, os
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expositores e participantes da edição 2021 têm motivos para acreditar em dias melhores já neste segundo semestre. Apesar do início atípico, sem cerimônia de abertura para evitar grandes aglomerações na entrada, a feira deste ano manteve o espírito dos eventos do trade, contando com a participação ativa de público. Em dois dias, cerca de 1,9 mil participantes acompanharam 230 marcas, divididas em 110 estandes, e geraram novos negócios estimados em R$ 27 milhões. O número de visitantes pode parecer baixo se comparado com os 2,5 mil presentes da edição de 2019, porém surpreende quando
levado em conta o contexto atual, na qual as aglomerações se tornaram um tabu, mesmo que o limite de pessoas e demais regras de higiene e distanciamento determinados por lei tenham sido respeitados. De acordo com o presidente da Ugart, Fabian Saraiva, a recuperação do Turismo teve início em junho, com destaque para os produtos nacionais e que 2022 é promissor. “O que mais me surpreendeu foi a forma com que os destinos brasileiros se reinventaram durante a pandemia e hoje estão aqui expondo produtos mais sofisticados e regionalizados”, destacou o executivo. NOVOS PLAYERS, MERCADOS E COSTUMES Empresas e destinos já consolidados, como BRT, Skyteam, Flytour, Rio Grande do Norte e Ceará, marcaram a presença de sempre, mas os corredores da Ugart também ganharam caras novas, que expõem exatamente as mudanças que o mercado precisou fazer para enfrentar o atual momento. O Costa do Sol Destinations foi uma delas. Na ativa desde janeiro de 2021, a empresa entrou na Ugart com as expectativas em alta. De acordo com a gestora do receptivo, Daniela Monnerat, os números dos parceiros seguem crescendo mês a mês. “Hotéis da região de Búzios que não trabalhavam muito o público nacional, começaram a explorar o mercado interno e hoje já conseguem captar uma demanda de viajantes que antes não exploravam tanto”, afirmou. O Turismo em nível internacional pode ainda estar em baixa comparado com 2019, mas o momento é também de oportunidade para os destinos nacionais, principalmente aqueles que promovem viagens regionais e que antes ficavam “escondidos” entre as várias alternativas de viagens para o Exterior. “Nunca tínhamos participado de uma feira antes e está sendo uma ótima oportunidade de mostrar o que podemos oferecer para os profissionais que visitam o evento”, afirmou o diretor da Paralelo 27 Ecoturismo e Aventura, Geremias Moreira, durante a sua participação na Ugart com a região de Termas e Lagos do Destinos do Norte Gaúcho. A impressão de Geremias Moreira foi compartilhada pela maioria dos expositores, que aproveitaram o momento para também adaptarem seus materiais e a aproximação com os agentes. Muitos optaram por eliminar de vez o papel e abraçaram os QR Codes, novos cartões de visita e/ou material de apoio dos seus produtos. Uma visão sustentável e assertiva em tempos
O Presidente da Ugart, Fabian Saraiva
de pandemia adotada também pela Incomum Viagens. "Todos os produtos que fizemos com exclusividade para a feira podem ser acessados pelo QR Code na parede do nosso estande. Nos adaptamos para a nova realidade e está sendo ótimo transmitir segurança para o cliente e vê-lo olho no olho”, afirmou o diretor da empresa, Eduardo Mendonça. VELHOS CONHECIDOS, EXPECTATIVAS EM ALTA “Até o fim do ano devemos continuar a ter os destinos nacionais como principal destaque, mas já estamos nos preparando para um ano de 2022 com mais demanda internacional, resultado das flexibilizações de vários países.” Fabian Saraiva, transmitiu o sentimento geral do trade que, apesar da aposta no nacional, está de olho na aber-
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Gestora da Costa do Sol Destinations, Daniela Monnerat
tura das fronteiras e na retomada do produto internacional no próximo ano. Ao longo do primeiro semestre, destinos como França, Canadá, Marrocos, entre outros, começaram a afrouxar as restrições e abrir suas fronteiras. Com o avanço da vacinação no mundo, a tendência é que ainda mais países sigam a tendência e abram para os viajantes. A expectativa é compartilhada por diversas figuras consolidadas do trade, como Luis Carlos Borges, presente na 35ª Ugart como consultor comercial da DMC Satguru Travel. Segundo Borges, que estava presente para promover a famtrip para a Expo Dubai 2020, entre os dias 9 e 16 de outubro deste ano, os negócios estão prósperos e o grupo da viagem deve estar cheio. “No primeiro dia da feira consegui fechar oito vagas na famtrip e hoje estou com mais de 80 das 100 vagas disponíveis já comercializadas”, destacou o executivo, entusiasmado em ver o mercado aquecido novamente. Porém, apesar do avanço da vacinação e o afrouxamento das restrições em diferentes países, a covid-19 não deve deixar de ser uma preocupação para os viajantes tão cedo. Por isso, a Intermac chegou na Ugart em alta. Com um produto de seguro viagem adaptado, com cobertura para casos de contração do vírus, a empresa vê os negócios crescerem em meio à demanda por cobertura, mesmo em viagens nacionais, e estima números ainda maiores a partir
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Luis Carlos Borges, da Satguru
de outubro, quando a empresa estima que o internacional deve retornar. “Hoje somos uma holding com presença em toda a América Latina e expandindo negócios para a África e esperamos que os países abram, e fiquem abertos para captarmos essa demanda de viagens internacionais que ficaram represadas na pandemia”, disse o vicepresidente Executivo da Intermac, Wellington Morato. n
DEP. OTAVIO LEITE: RECURSOS PRÓPRIOS PARA O TURISMO ENTRE AS PRIORIDADES
SINDEPAT – Como teve início sua relação com o Turismo? OTAVIO LEITE – Em 1992 iniciei meu primeiro mandato como vereador do Rio de Janeiro, uma cidade com vocação turística natural. Foi automática minha aproximação das associações de Turismo, dos profissionais do trade, com os quais aprendi sobre o funcionamento e o potencial de desenvolvimento do segmento. Em 1998, ainda como vereador, desenhamos o Plano Maravilha, a primeira iniciativa mais robusta de promoção internacional do Rio de Janeiro, com recursos garantidos por emenda de minha autoria. Acredito que o Turismo deva ser
Divulgação
Há 29 anos, quando iniciou seu primeiro mandato como vereador do Rio de Janeiro, o agora deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), em seu quarto mandato consecutivo na Câmara, já via no Turismo um setor fundamental para o desenvolvimento econômico do País, além de vocação da capital fluminense. Nessas quase três décadas, o Turismo firmou-se como sua principal pauta política e, mais recentemente, virou objeto de estudos: Otavio Leite prepara tese de Doutorado que tem como tema a implantação do modelo de Tax Free, em curso que realiza na Universidade de Aveiro, em Portugal. O parlamentar é mais um dos entrevistados na Série Turismo no Congresso, uma parceria entre PANROTAS e Sindepat (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas).
uma pauta suprapartidária. Mesmo em situações de oposição ao governo, minha defesa do Turismo é maior que isso, buscando sempre apoiar as iniciativas que alavancam o setor. SINDEPAT – Como o senhor avalia os impactos da pandemia de covid-19 no setor? OTAVIO LEITE – Acredito que o Turismo seja o setor mais afetado pela pandemia, logo depois da Saúde. No início da pandemia, eu ocupava o cargo de secretário de Turismo do Estado do Rio e, ainda que não imaginássemos naquela época que ela perduraria tanto tempo, tratei de acelerar as medidas para a criação do selo Rio de Janeiro Turismo Consciente, para mostrar às pessoas quais eram os
estabelecimentos do Estado que seguiam os novos protocolos de saúde, para que pudessem permanecer abertos com responsabilidade. Ao reassumir meu mandato na Câmara, a preocupação continuou a mesma: garantir a sobrevivência das empresas do setor, das micro e pequenas, dos empreendedores individuais e mesmo das grandes. Meu trabalho vem sendo no apoio e criação das medidas anticíclicas, que encerrem esse ciclo de falta de visitantes, demissões, fechamentos, para que possamos nos preparar para a retomada. SINDEPAT – Além do Turismo, quais são suas principais pautas no Congresso? OTAVIO LEITE – No momento, a pau9 a 15 de agosto de 2021— PANROTAS
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ta mais urgente é a de reerguer os setores de atividade econômica, além de combater a pandemia. Sem isso, tudo vira discurso. Mas tenho também priorizado o cuidado com idosos e pessoas com deficiência. Nesse sentido, estou defendendo o abatimento no Imposto de Renda dos gastos realizados na contratação de cuidadores, profissionais que se ocupam dos cuidados com idosos ou pessoas com deficiência. A população está envelhecendo e vejo uma área com grande potencial de geração de postos de trabalho, além de melhorar sensivelmente a qualidade de vida das pessoas deficientes e dos idosos. SINDEPAT – Quais são suas principais relatorias? OTAVIO LEITE – Uma das relatorias que posso citar aqui é a de criação do Inova Simples, um regime especial com facilidade para o empreendedor, para as micro e pequenas empresas que se enquadram no conceito de startup. Essas empresas inovadoras e com potencial de crescimento podem ser abertas com menos burocracia – e encerradas também. Fui o relator também do projeto que se tornou a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que vincula o parcelamento de dívidas dos clubes desportivos com a União a práticas de gestão mais transparentes. Infelizmente, nem todos os clubes conseguiram se adequar a isso, para conseguir o refinanciamento dos débitos, em condições de pai para filho, dentro do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). SINDEPAT – O que o senhor gostaria de concretizar neste quarto mandato na Câmara dos Deputados? OTAVIO LEITE – Tenho trabalhado por uma dotação orçamentária própria para a promoção do Brasil internamente e no Exterior. Essa é uma missão de nós, que dependemos do Turismo. É fundamental para qualquer país com vocação turística contar com um orçamento específico, com recursos destinados exclusivamente para esse fim. A Embratur recebeu uma nova
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roupagem, avançou do ponto de vista jurídico, mas ficou sem recursos. Além disso, a modernização do Fungetur, que tem uma legislação que precisa ser trazida para o século 21, para que os recursos dessa linha de crédito realmente cheguem para quem precisa. Também precisamos ter mais bem definidas as campanhas de promoção do Brasil, primeiro no âmbito dos destinos de proximidade. Há ainda a questão das empresas aéreas internacionais, que encontram um amplo mercado aqui no Brasil, pouco explorado. SINDEPAT – Como avalia a representatividade do Turismo no Congresso, especialmente na Câmara dos Deputados? É uma pauta bem recebida pelos parlamentares? OTAVIO LEITE – Ainda é pequeno o grupo de deputados que compreende a importância do Turismo. Esse número cresceu, desde meu primeiro mandato na Câmara, mas ainda é pequeno. No Executivo, vemos que o Turismo já tem mais prioridade, entre os governadores e prefeitos, nas campanhas, mas aqui na Câmara a participação ainda é pequena. É um trabalho que temos pela frente, de conscientizar o homem público sobre a capacidade de movimentação econômica do Turismo, sobre as múltiplas atividades que ele movimenta. Além disso, precisamos pensar também em um Turismo de preservação e que inclua cada vez mais as comunidades locais, criando benefícios ali na ponta. SINDEPAT – Como avalia a atuação do G20+ no Congresso, desde o início da pandemia? OTAVIO LEITE – Vejo como uma novidade positiva essa organização que o setor conseguiu realizar para reagir rapidamente aos impactos da pandemia. Essa organização tem permitido furar bloqueios, promovendo debates no Legislativo e Executivo. Tenho muito respeito e consideração por todas as associações envolvidas, individualmente, mas é com grande alegria que vejo essa atuação conjunta no G20. Vejo esse movimento com uma vanguarda, com a união de todos fazendo realmente a diferença. n
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