PANROTAS 1.484

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Edição nº 1.484 - Ano 29 | 16 a 22 de agosto | www.panrotas.com.br

EDIÇÃO ESPECIAL

Segunda parte da pesquis a exclusiva do TRVL LA B e ELO mostra que a maneira de trabalha r mudou para sempre na pandemia, e esta transformação tam bém impacta o viajante, com seus novos propósitos, critérios e há bitos. Explore este novo mundo nesta edição.




ÍNDICE nº 1.484 | 16 a 22 agosto de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 05 Editorial: E se der positivo?

Página 06 Alagev lança Tomada de Informações do Impacto do Coronavírus

Página 07 Uruguai tem data para reabrir

Página 08 Prepare o visto para o Canadá

Página 09 Low-cost Nella compra Amaszonas

Página 10 Parceria Diversa Turismo e Unav

Página 11 Royal Caribbean prevê toda frota operando até junho de 2022

Página 12 Marcas do Turismo no Brand Finance Brasil 50

Página 14 TRVL LAB/ELO: Viagens corporativas em um mundo pós-vacina

Página 29 WTM Latin America - evento virtual superou expectativas da organização

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

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GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica


Editorial

E SE DER POSITIVO?

Vivemos um momento bem consistente de ensaio de retomada das viagens no Brasil e no mundo e por ser uma fase de transição há muitas dúvidas, indas e vindas, avanços, recuos e insegurança por parte de viajantes, fornecedores, players envolvidos na indústria de Viagens e Turismo. Muitos destinos e atrações, governos e empresas começam a reabrir baseados na vacinação e, por isso, exigindo certificado de imunização completa dos visitantes e frequentadores. Em outras situações, para entrar em um país, restaurante, show ou evento, é necessário um teste negativo para covid-19. Organização e coordenação são itens essenciais para que tudo funcione e todos circulem com segurança rumo à fase de retomada real, mais parecida com nosso pré-pandemia. A euforia e a necessidade nos fazem querer rapidez. Também nos fazem comemorar qualquer índice ascendente, mesmo sabendo que há outros tantos não tão bons, gritando “prejuízo acumulado”. Mas é preciso cautela nas ações e cuidado com o cliente, pois, e se o teste dele der positivo às vésperas da viagem? E se foi no meio da viagem? Pode ser um falso positivo? E se ele já está vacinado? Coloquem-se no lugar de quem teve a viagem completamente embaralhada e atrapalhada e deixem esses processos claros e no momento certo. Se é um evento, é preciso pedir essa confirmação de teste ou vacinação antes que o passageiro embarque, pois ficar de quarentena longe de casa não é legal. Os laboratórios parceiros precisam ser ágeis e confiáveis. Os protocolos realmente precisam ser respeitados (especialmente uso de máscara e distanciamento). E a checagem das informações também precisa de exatidão e rigidez. Nada de fazer vista grossa ou acelerar o processo devido ao volume. É preciso estar preparado para processos mais demorados, clientes mais irritados e inseguros, viajantes com muitas dúvidas e enchendo os atendentes de perguntas e questionamentos. Se der positivo é preciso ter um protocolo bem claro e eficaz, é preciso ter empatia com o cliente e também mapear todo o contexto daquele resultado. O viajante precisa conviver com esse suspense. Dois dias antes da viagem ou do show, pode ser que seu teste dê positivo e todos os planos desabem. Por isso, os cuidados em casa, na rua e no trabalho precisam continuar. Evitar aglomerações e usar máscara continuam sendo recomendações que ajudam a nos preservar para levarmos uma vida quase normal em shows, restaurantes, eventos e viagens. Essa fase de transição vai durar enquanto a pandemia não for controlada, enquanto variantes forem surgindo. E a covid-19 já nos mostrou que tudo pode acontecer e nos surpreender. Cabe a nós tentar controlar ao máximo o que não depende só de nós: a propagação do vírus. Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Os destaques do Turismo Viagens Corporativas

Tomada de informações A Alagev lançou recentemente a terceira edição da pesquisa Tomada de Informações do Impacto do Coronavírus – sob a ótica dos fornecedores (de viagens e eventos corporativos), gestores de viagens e de eventos. A pesquisa com empresas foi realizada com 208 respondentes, a com travel managers, com 71, e, a com meeting planners, 46. Acesse alagev.org/biblioteca e confira todos os dados. n

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Os destaques do Turismo

Destinos

Uruguai reabrirá em novembro O Uruguai abrirá as fronteiras para brasileiros totalmente vacinados a partir de 1º de novembro. O anúncio foi feito pelo presidente do país, Luis Lacalle Pou. Ele prometeu que nos próximos dias serão divulgadas as regras, como comprovantes e possível exigência de testes e/ou quarentena. Já em 1º de setembro, o Uruguai reabrirá as fronteiras a estrangeiros que têm propriedades no país. n

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Os destaques do Turismo

Destinos

Saiba como tirar visto para o Canadá No mês passado, o Canadá anunciou que reabrirá suas fronteiras para estrangeiros vacinados de todas as partes do mundo, incluindo Brasil, a partir do dia 7 de setembro. E, para visitar o país, brasileiros precisam de um visto que pode ser solicitado nos Centros de solicitação de Visto do Canadá (CVAC), serviço terceirizado do Consulado do Canadá no Brasil, ou on-line pelo próprio site do CVAC. Veja o passo a passo clicando aqui. n

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Os destaques do Turismo

Aviação

Low-cost ambiciosa no Brasil Fundada há pouco mais de um ano, a low-cost Nella Airlines adquiriu a Amaszonas Línea Aérea, da Bolívia, por US$ 50 milhões. Norteamericana, a Nella é controlada pelo brasileiro Maurício Araújo de Oliveira Souza, que pretende levar a companhia a ser um dos principais nomes da aviação não só do Brasil, como também da América Latina, Estados Unidos e Caribe. A companhia aérea adquirida pela Nella tem voos partindo de Guarulhos (SP), e atualmente opera em Bolívia, Chile e Paraguai, além de Rio de Janeiro, São Paulo e Foz do Iguaçu (PR), estas últimas com operações interrompidas desde o início da pandemia, mas a nova controladora já anunciou que pretende retomar em breve. n

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Os destaques do Turismo

Agências de viagens

Expedições Unav by Diversa A operadora Diversa Turismo anunciou uma parceria com a União Nacional das Agências de Viagens (Unav), na qual cria roteiros para venda exclusiva por agências do grupo. Inês Melo, pela Unav, e James Giacomini e Hugo Lagares, pela iversa, apresentaram oficialmente as Expedições Unav by Diversa, com 11 roteiros para grupos pequenos (cerca de 15 participantes) e que só poderão ser vendidos pelas agências membros da Unav. “A Diversa Turismo nos ouviu, criou esse novo produto inovador, e alinhado com o que ela já vinha fazendo antes da pandemia, que são as viagens focadas em experiências, em conexão com os destinos e com hospedagem de qualidade”, explicou Inês Melo, líder da Unav. Veja todos os detalhes da live que selou a parceria clicando aqui. n

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Os destaques do Turismo

Cruzeiros

Frota aos mares Todos os navios da Royal Caribbean estarão nos mares até o fim do primeiro semestre de 2022. É o que promete a empresa de cruzeiros, que no Brasil é representada pela R11 Travel. “O tão esperado retorno de todos os navios da Royal Caribbean é resultado do grande sucesso que conquistamos em proporcionar viagens com segurança a todos os nossos hóspedes", avalia o CEO da R11 Travel, Ricardo Amaral. n

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Os destaques do Turismo

Mercado

5 marcas valiosas Embraer, Localiza, Azul, Gol e Unidas são as empresas de Turismo que figuram entre as marcas mais valiosas do Brasil. As cinco figuram no último relatório Brand Finance Brasil 50, que corresponde a 2021. O estudo aponta que o valor total das 50 marcas mais valiosas do Brasil aumentou 9%, indo de R$ 235,6 bilhões em 2020 para R$ 257,9 bilhões neste ano. A fabricante de aviões figura em 15º lugar, o que representa duas posições acima de 2020, onde estava em 17º no ranking; a locadora de veículos Localiza em 29º, uma queda da 24ª posição no ano passado; a aérea de hub em Campinas caiu do 29º lugar para o 39º; a companhia presidida por Paulo Kakinoff foi da 33ª posição para a 43ª; e, a nidas, figurou como em 2020, estava como 38ª. n

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Retomada das viagens Beatrice Teizen

VIAGENS CORPORATIVAS (COM AINDA MAIS) PROPÓSITO Viagens corporativas em um mundo pósvacina. Como serão? Será que já estão retomando? O que vai mudar? O que vai ficar? Para tentar desvendar as principais transformações de comportamento e consumo criadas e aceleradas na pandemia, além do sentimento dos brasileiros em relação aos deslocamentos a trabalho após a imunização, TRVL LAB e ELO trazem a segunda edição da pesquisa “As viagens em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo”, dividida em Viagens de Lazer (que pode ser lida na edição de número 1.483 da Revista PANROTAS) e Viagens Corporativas. De acordo com o levantamento sobre as viagens a lazer, vem aí o melhor verão da história do Brasil. As vendas em julho, por exemplo, foram 8,77% maiores que o melhor mês de 2019 (outubro) para hotéis e resorts do País. Os entrevistados mostraram preferência pelo Nordeste e pelas praias na próxima viagem. Mas e para

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quem viaja a negócios? Fato é que esse tipo de viagem ainda vai demorar um pouco para voltar a como era antes, porém a mensagem para a indústria é: brasileiros gostam de viajar a trabalho, mas querem viajar com menos frequência, planejar melhor e pensar no bem-estar durante a jornada, juntando propósitos, como o bleisure. Segundo a pesquisa, 84% gostam de viajar para fazer negócios, mas acreditam que a redução do ritmo tem beneficiado o relacionamento com a família, pois proporcionou mais tempo com os cônjuges e filhos. Quase metade dos participantes (49%) também enxerga os benefícios da redução de viagens para aumento da qualidade de vida, com mais tempo para atividades familiares e a lazer. Estudos internacionais recentes, como os da GBTA, apontam que os colaboradores estão ávidos para saírem em jornadas a trabalho. Também indicam que


mais empresas estão relatando disposição e retorno efetivo às viagens corporativas, com as domésticas assumindo a liderança. No entanto, restrições governamentais e diferentes requisitos ao redor do mundo são grandes empecilhos. Isso mostra que é preciso ter uma abordagem padronizada e que, sim, o setor mudou, assim como o comportamento do viajante e o estilo de trabalho mudaram. E o mercado precisa acompanhar essas transformações. Confira a seguir os principais insights e highlights – obtidos por meio de pesquisa com 543 viajantes de todas as regiões do Brasil – do estudo TRVL LAB/ELO “As viagens corporativas em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo – 2ª edição”. Todas as informações apresentadas são resultantes de análises e cruzamentos e observações de tendências de comportamento e consumo geral e específicas para o Turismo. Tanto a versão pocket da pesquisa quanto a completa, com todas as perguntas, dados e análises, já podem ser acessadas em trvl.com.br.

5 INSIGHTS Aqui trazemos cinco insights importantes para o segmento de viagens corporativas no pós-vacina. Entender como o colaborador está se sentindo sobre retornar aos deslocamentos e o que ele espera daqui para frente é essencial para esta retomada.

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1 – O TRABALHO MUDOU PARA SEMPRE A forma como trabalhamos mudou durante a pandemia e, ao que tudo indica, algumas das transformações serão permanentes. De forma geral, as empresas encontraram soluções eficazes para o trabalho remoto e foram se adaptando, quando boa parte das equipes estava à distância. O formato híbrido é uma tendência para o pós-vacina. Do ponto de vista dos times, a adaptação ao novo formato também aconteceu e muitos criaram espaços adequados para trabalhar em casa, ainda que sintam falta da interação e colaboração com colegas. A maioria dos entrevistados afirma preferir o trabalho remoto e pretende continuar trabalhando assim após terem sido vacinados. Estas alterações no modelo tradicional certamente trarão mudanças também para as viagens a negócios, então fique atento ao que está ocorrendo nas decisões das empresas sobre suas formas de trabalho. Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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2 – NOVOS CRITÉRIOS PARA VIAJAR A vacinação em massa da população é o que garantirá a retomada gradual das viagens corporativas, tanto por parte das empresas quanto de seus colaboradores. Estas viagens serão mais planejadas e envolverão múltiplas atividades e a companhia será mais criteriosa ao autorizá-las. O uso da tecnologia continuará favorecendo a gestão à distância e breves reuniões seguirão priorizando o formato digital. Outro ponto importante é que o orçamento de viagens das empresas permanecerá encolhido. Com os deslocamentos a trabalho reduzidos e com multipropósito, o segmento corporativo se tornará ainda mais competitivo, tornando obrigatória a diferenciação dos produtos e serviços oferecidos.

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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3 – ATENÇÃO À QUALIDADE DE VIDA Apesar de gostar de viajar a negócios, viajantes estarão mais atentos e seletivos em suas opções, escolhendo criteriosamente seus fornecedores de viagens. A preferência dos por fazer negócios e participar de eventos presencialmente se manteve, porém eles afirmam que a redução na frequência de viagens foi benéfica para o relacionamento com a família e para sua qualidade de vida. Esta diminuição de viagens corporativas teve um impacto na produtividade do trabalho, mas muitos não pretendem voltar ao ritmo prépandemia. Há uma oportunidade de atrair viajantes a trabalho, pois eles sentem falta de algumas viagens e preferem o formato presencial, porém precisam enxergar benefícios claros para deixar sua família e romper temporariamente com a sua rotina. Produtos e serviços corporativos serão mais exigidos com entrega que vai muito além do básico. Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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4 – AUTONOMIA PARA ESCOLHER A maior parte dos viajantes a negócios terá autonomia total ou dentro de um orçamento definido para escolher seus fornecedores de viagens. A reserva será feita principalmente pelo departamento de viagens da empresa ou diretamente com os fornecedores. O pagamento será realizado pela companhia ou com cartão de crédito corporativo, com prestação de contas simplificada. O meio de transporte favorito para as próximas viagens é o avião, e preço, facilidade de reserva e compra e voos diretos são os itens prioritários para a escolha. Já para os meios de hospedagem, os hotéis econômicos serão a opção preferencial, escolhidos por preço, segurança percebida e localização. É importante que fornecedores reforcem o seu relacionamento direto com os clientes finais, pois a escolha é deles.

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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5 – HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL Ainda que com ajustes, menos frequência e mais foco na qualidade de vida, as viagens a trabalho irão retomar. O formato presencial é insubstituível para certas atividades, especialmente para eventos de colaboração e integração, que deverão ser reforçados justamente pelo aumento do trabalho remoto. Empresas e viajantes acreditam que as viagens a negócios serão retomadas no pós-vacina, inclusive com a manutenção de alguns novos hábitos, como check in on-line, uso de máscara em ambientes fechados, café da manhã express para viagem, entre outros. A probabilidade da realização de viagens corporativas nos primeiros seis meses do pós-vacina é alta. Mas, é preciso entender definitivamente que o mundo mudou, mudando também a maneira de fazer negócios e as viagens associadas a isso. É hora de se reinventar para a retomada que está chegando. Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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5 PRINCIPAIS Veja agora um resumo das principais perguntas da pesquisa, com o TOP 5 de respostas dos participantes do levantamento para cada uma delas. Divididas em nove categorias, todos os temas podem ser conferidos na pesquisa completa em trvl.com.br.

TOP 5: SOBRE AUTONOMIA PARA ESCOLHER

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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TOP 5: CANAIS DE RESERVA PARA AS PRÓXIMAS VIAGENS A NEGÓCIOS

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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TOP 5: SOBRE A FORMA DE PAGAMENTO E REEMBOLSO

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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TOP 5: SOBRE O MEIO DE TRANSPORTE

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO 24

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TOP 5: SOBRE O MEIO DE HOSPEDAGEM

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO 16 a 22 de agosto de 2021 — PANROTAS

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TOP 5: HÁBITOS QUE GOSTARIAM QUE FOSSEM MANTIDOS

Fonte: Insights para o Turismo/Julho 2021/TRVL LAB ELO

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PERSONAS O levantamento T L LA ELO também identificou cinco perfis de destaque entre os viajantes corporativos para que as empresas e fornecedores entendam melhor quem está ou vai voltar a viajar. Por meio das respostas, as seguintes personas foram apontadas: 1 – OS DONOS Esses pequenos e médios empresários são majoritariamente homens, têm entre 30 e 39 anos e costumavam viajar entre três e dez vezes por ano a trabalho, antes da pandemia. São adeptos do bleisure e usam bastante o próprio carro para as viagens. Eles aprovaram as facilidades da hotelaria pós-pandemia, como o café da manhã express e o check-in on-line, e estão prontos para voltar a rodar o Brasil fazendo negócios. 2 – AS JOVENS PROFISSIONAIS Elas são bem jovens (entre 18 e 24 anos) e atuam em atividades administrativas, no comércio e na área de educação. São profissionais aut nomas ou trabalham em pequenas empresas. Antes da pandemia, faziam cerca de três viagens por ano. Abraçam as novas tecnologias, mas estão esperando estar 100% vacinadas para voltar a viajar. Fazem parte do grupo que mais está disposto a compartilhar dados pessoais, biométricos e de saúde. Com autonomia para escolher fornecedores, elas sabem bem o que procuram na hora de uma viagem a trabalho. 3 – OS VIAJANTES PREMIUM Homens, com mais de 60 anos (portanto, boa parte deles 100% vacinados), eles têm renda familiar acima de R$ 20 mil e trabalham em grandes empresas. Admiram as soluções encontradas para o trabalho remoto, mas preferem o presencial e querem voltar ao escritório o quanto antes. Heavy

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users, viajavam mais de 20 vezes ao ano antes da pandemia e estão prontos para o retorno à rotina de aeroportos, mas agora com mais planejamento e aproveitando a mesma viagem para mais de um propósito. 4 – OS VIAJANTES DA PANDEMIA Eles trabalham em pequenas empresas que tiveram importante corte de pessoal durante a pandemia e que não adotaram ou adotarão o trabalho remoto. Esses viajantes têm entre 30 e 39 anos e gostam do trabalho presencial. Viajavam mais de 20 vezes por ano pré-covid e mesmo durante a crise conseguiram viajar cerca de cinco vezes. Para eles, estar presente é importante para realização de negociações. Perceberam um aumento da qualidade de vida, mas entendem que a redução da frequência de viagens afetou a produtividade pessoal. 5 – AS QUE PREFEREM O TRABALHO REMOTO Essas viajantes, de 30 a 39 anos, funcionárias de médias e grandes empresas, se adaptaram muito bem ao trabalho remoto e gostariam de continuar nesse modelo. Destacam tanto aumento de produtividade com o trabalho em casa, quanto de qualidade de vida. Faziam de duas a três viagens por ano antes da pandemia e gostam de viajar a trabalho. No retorno das atividades, acreditam que a frequência de viagens vai diminuir. Também estão esperando ser vacinadas e abraçaram a tecnologia em substituição às reuniões e encontros presenciais. n

Acesse as versões pocket e integral da pesquisa “As viagens corporativas em um mundo pós-vacina – Insights para o Turismo – 2ª edição” em trvl.com.br. A edição voltada às viagens a lazer também pode ser conferida e baixada no mesmo endereço. Além disso, no dia 19 de agosto, às 15h, não perca a live no Portal PANROTAS e em nosso Facebook sobre as considerações dos dois levantamentos.

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WTM Latin America 2021 Filip Calixto

PRODUTIVIDADE VIRTUAL Em sua 9ª edição, a WTM Latin America experimentou. Evento conhecido por seus grandes estandes e espaços, a feira foi levada, incentivada pelo contexto de pandemia, para o mundo virtual, e respondeu bem pelos números que apresentou. Antes do início, a direção já havia aberto um dia extra com reuniões e no espaço on-line estiveram presentes mais de 3 mil profissionais com cadastro antecipado, 226 buyers do Buyers’ Club e 106 hosted buyers, além de 352 empresas expositoras de 19 países. “Nosso propósito continua sendo o de desenvolver novos negócios e proporcionar tempo eficiente para conversas com substância”, resumiu o diretor do evento, Simon Mayle, em avaliação feita logo após o último dia completo de atividades. O balanço positivo do encontro feito pelo gestor vai, no entanto, além dos números e leva em conta a profusão de atividades que foram realizadas ao longo dos dias. Mais que as muitas reuniões e a presença de empresas e destinos nacionais e

internacionais, o evento tocou em alguns temas importantes para o segmento, trazendo painéis, palestras e debates. Alguns temas abordados foram: Pandemia e reabertura de destinos, Público LGBTQIA +, Participação das mulheres no mercado, Empregabilidade, Tecnologia e Sustentabilidade, além do Prêmio WTM Global Responsible Tourism Awards 2021. Para Mayle, essa primeira edição 100% virtual foi além do esperado. “Nós ainda estamos iniciando a recuperação quanto à pandemia. Sabemos que promover um evento que reúne pessoas do mundo todo nessas condições não seria tarefa fácil, mas trabalhamos de forma intensa para oferecer aos participantes conteúdos únicos durante esses três dias do evento. O resultado da WTM Latin America esse ano superou minhas expectativas”, comenta. Ainda ponderando os resultados de todas essas reuniões, palestras e conversas, a direção já prepara o que virá em 2022 e

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A Setur- BA promoveu os destinos baianos na feira

de maneira presencial. “Voltaremos a nos encontrar em São Paulo, entre 5 e 7 de abril. Até lá, todo o conteúdo desses últimos dias fica on demand, disponível para os profissionais do setor”, reforça o diretor. DIA EXTRA Inicialmente marcada para acontecer entre terça-feira (10) e quinta-feira (12), a WTM Latin America Virtual abriu um dia extra de reuniões. Com 4,5 mil encontros marcados antes do início, a direção resolveu também abrir atividades na sexta-feira O resultado veio e agradou: mais de seis mil reuniões foram realizadas. DESTINOS DO EXTERIOR A presença de destinos e empresas internacionais foi uma faceta celebrada pela organização e pelos participantes da feira. Marcaram presença nessa lista locais como Egito, Saint Petesburg, Dubai, Orlando, Israel e Polônia. Além de empresas como Meliá International Hotels, Nowergian Cruise Line e Shiji Gro. BAHIA A Bahia foi representada na feira virtual pela Secretaria Estadual de Turismo, que promoveu o

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destino a partir das 13 zonas turísticas baianas. São elas: Baía de Todos-os-Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Descobrimento, Costa do Cacau, Caminhos do Sertão, Costa das Baleias, Lagos e Cânions do São Francisco, Vale do São Francisco, Chapada Diamantina, Caminhos do Oeste, Caminhos do Jiquiriçá e Caminhos do Sudoeste. CHILE Em sua participação, o Chile apostou na geração de novos negócios para os mais de 50 representantes privados que farão parte da ação. Entre eles estavam operadores, compradores, agentes de viagens e receptivos de mercados prioritários como Brasil, Estados Unidos, Canadá e Europa. O subsecretário de Turismo, José Luis Uriarte, afirmou que o Chile está se preparando fortemente para receber visitantes estrangeiros novamente. "Nossa participação em eventos internacionais representa uma movimentação importante para tornar visível aos nossos mercados prioritários que o Chile é um destino atrativo. O que inclui muitas atividades e experiências que envolvem a natureza e aventura, além de ser um lugar seguro para todos”, comentou.


CVC CORP A CVC Corp participou com as marcas RexturAdvance, Trend, Visual e Esferatur dando destaque para os mais de 35 mil assentos em voos fretados até o fim do ano para ernando de Noronha (PE) e Jericoacoara (CE), o primeiro saindo de Recife e o segundo de Guarulhos. Outros produtos na prateleira virtual são os cruzeiros temáticos, como Navio da Xuxa, Festival H&H e Vumbora pro Mar, além do WS Weekend Cancun, evento com o cantor Wesley Safadão, que acontecerá em outubro, no destino mexicano. ILHABELA Na WTM Latin America Virtual, Ilhabela, no litoral paulista, deu mais um passo no plano de se consolidar como o melhor destino de natureza do Brasil. Na feira, os representantes da cidade apresentaram aos agentes de viagens os principais atrativos turísticos e experiências locais, apostando na tendência de viagens regionais, de curta duração, que estarão em alta na retomada do Turismo pós-covid. A representação do destino também organizou webinar “Ilhabela: Sinta a Natureza”, com palestras e painéis descrevendo algumas experiências turísticas que podem ser vividas na cidade. MELIÁ Além de destacar o rebranding do Tryp Iguatemi, que será Innside Iguatemi, e do Tryp Tatuapé, que será Tatuapé Affiliated b eliá, a eliá otels nternational aproveitou a participação na WTM para fortalecer os seus laços com os agentes de viagens como principal canal de distribuição da indústria. Nesse sentido, a companhia desenvolveu o projeto Meliá PRO Travel Labs, que foi lançado em meados do ano passado e serviu para aproximar os hotéis da rede do trade, oferecendo webinars, famtours virtuais, mesas redondas e incentivos para reservas através do portal B2B, além de pontos de fidelidade eliá ewards e tarifas especiais para os agentes de viagens.

Sylvio Ferraz , da CVC Corp

Luciane Leite é secretária de Desenvolvimento Econômico e do Turismo em Ilhabela

Fernando Gagliardi, diretor de Vendas da Meliá par a América do Sul

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O secretário estadual de Viagens e Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz

PERNAMBUCO A Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, por meio da Empetur, também participou da feira com um espaço dentro do estande virtual do Ministério do Turismo. Ao longo de todos os dias, a secretaria realizou atendimento para agentes e operadores de viagens, além de jornalistas e influencers do segmento esclarecendo sobre os diversos destinos pernambucanos. RIO DE JANEIRO A Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ) e a TurisRio apresentaram as cidades fluminenses para os participantes do evento. As organizações avaliaram a feira virtual como uma importante oportunidade de falar diretamente com profissionais do Brasil e do Exterior. “Em 2019, última edição do evento, 600 expositores de 50 países estiveram presentes. Isso mostra a importância do Estado em participar da WTM para promover os seus 92 destinos, especialmente nos países na América latina que, tradicionalmente, são grandes emissores de

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turistas para o Rio de Janeiro”, disse o secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca. SÃO PAULO O Estado de São Paulo foi representado pela Secretaria de Turismo e Viagens com 21 co-expositores formados por regiões turísticas, roteiros, circuitos, órgãos estaduais e entidades do Turismo paulista. SEBRAE Pequenos e microempresários do Turismo puderam contar com a participação do Sebrae, que esteve na feira para interagir com essas iniciativas. O Sebrae justificou a participação lembrando que, desde que começou a atuar no setor de Turismo, vem desempenhando um papel importante na contribuição do desenvolvimento de territórios, pequenos negócios e procurando agregar informações e ações inovadoras que possibilitam o avanço da atividade em todo o País.


Artur Andrade, da PANROTAS, mediou o painel que contou com a participação de Antonietta Varlese, da Accor, Cintia Carlotti da Costa Cruzeiros, e Loraine Ricino, da Gol

PAINÉIS DE SUSTENTABILIDADE WTM Latin America e PANROTAS reuniram representantes de destinos e de empresas do setor para dar exemplos práticos de ações sustentáveis no Turismo. No painel que apresentou empresas, Loraine Ricino, diretora de Marketing e Sustentabilidade da Gol, Antonietta Varlese, VP de Comunicação e Sustentabilidade da Accor, e Cintia Carlotti, gerente de Marketing da Costa Cruzeiros, apresentaram os programas já estabelecidos nesse sentido e como eles ajudam num propósito de tornar essas companhias mais responsáveis social e ambientalmente. Antonietta Varlese, começou lembrando que, na forma como a Accor trabalha atualmente, o momento da construção já passa a ser determinante. “Na Accor a gente atua a partir de uma construção que seja sustentável. Buscando materiais mais corretos ambientalmente e minimizando o impacto que essa construção terá no local”, afirma. Na Costa Cruzeiros, segundo a gerente de Marketing, Cintia Carlotti, desde 2019, há embarcações que funcionam movidas a gás natural liquefeito (GNL), a mais

avançada tecnologia da indústria marítima disponível para a redução de poluentes. A adoção desse tipo de operações é considerada pela gestão da companhia como um passo fundamental para diminuir emissões. Já para a diretora de Marketing, Comunicação Externa, Canais Digitais e Sustentabilidade da Gol, Loraine Ricino, é fundamental lembrar que a aérea já nasceu com a consciência dos problemas ambientais intrínsecos ao mundo atual e da sua atividade como empresa. “Por isso estamos sempre em busca de evolução”, garante. “Estamos buscando aviões que gerem menor impacto, combustíveis mais eficientes e uma frota melhor escolhida, que dê maior eficiência ao combustível consumido”, completa. De acordo com Loraine, esse pensamento é a base para uma atuação consciente mas há muito mais a ser feito. Segundo comenta a executiva, a companhia segue buscando uma série de certificações que comprovem o baixo impacto do seu trabalho e tem como meta ter balanço zero de emissão de poluentes até 2050.

16 a 22 de agosto de 2021 — PANROTAS

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Para falar sobre os destinos os convidados foram Bruno Wendling, presidente do Fornatur e diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundTur/MS); Paulo Angeli, secretário de Turismo, Projetos Estratégicos e Inovação de Foz do Iguaçu (PR); e Leonardo Seabra, coordenador de Inteligência da Empresa Potiguar de Promoção Turística do Rio Grande do Norte (Emprotur). Cada um deles falou sobre os projetos em andamento e todos reiteraram que a questão da sustentabilidade no Turismo depende, principalmente, da governança. Paulo Angeli destacou que Foz do Iguaçu já ganhou alguns prêmios nacionais com a atual gestão integrada que envolve os setores público e privado. “Quando falamos em sustentabilidade de um destino turístico, a responsabilidade é muito grande para todos os setores. Não existe a possibilidade de vir um grande projeto para Foz que não tenha uma visão turística e nem empresas que não tenham responsabilidade socioambiental. Hoje, nós estamos muito focados, buscando empresas muito específicas e falando com empresários muito específicos para tratar esse assunto”, explicou. Assim como Foz do Iguaçu, o Rio Grande do Norte tem buscado criar uma sinergia de governança entre o terceiro setor, o setor privado e o governamental. Segundo Leonardo Seabra, apesar dos desafios, o Estado tem investido no Turismo sustentável. “Eu diria que estamos na fase da infância em relação a esse tema. Quando estamos falando de um destino com dificuldade

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históricas, um dos pilares é investir em capacitação, que é importante até para formar gestores”, ressaltou. O Turismo sustentável, segundo os participantes, requer envolvimento com a comunidade local, que, muitas vezes, já participa ativamente das atividades turísticas, como é o caso do Mato Grosso do Sul. Em Bonito, por exemplo, mais de 60% dos empregos formais são relacionados ao Turismo. Para Bruno Wendling, esse processo precisa acontecer de forma natural, mas a qualificação é fundamental. “Eu posso dividir o Estado em dois tipos de Turismo responsável: o Pantanal, que é um destino responsável por natureza; e Bonito, que nasce com o terceiro elemento da sustentabilidade que é a organização, com forte envolvimento da comunidade. Isso acaba respingando no Estado como um todo, que forma cada vez mais esse tipo de atividade. Em Corumbá, temos a questão dos ribeirinhos, que vêm fazendo uma transição da pesca de subsistência para a pesca esportiva. as há todo um trabalho de qualificação que se faz necessário, e temos tido um papel muito forte nesse quesito”. n

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Na parte de cima: Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, e Leonardo Seabra, do Rio Grande do Norte. Embaixo: Bruno Wendling, do Mato Grosso do Sul, e Paulo Angeli, de Foz do Iguaçu.




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