PANROTAS 1.487

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Edição nº 1.487 - Ano 29 | 6 a 12 de setembro | www.panrotas.com.br

Operadoras e agências de viagens de alto padrão experimentam o que a Suíça tem de melhor no verão. Famtour do Switzerland Tourism a brasileiros vacinados mata a saudade, emociona, diverte e, claro, capacita os profissionais, que projetam incremento nas vendas

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ÍNDICE

nº 1.487 | 6 a 12 de setembro de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 05 Editorial - Ele fez de novo

Página 06 Portugal reabre e só exige teste negativo

Página 07 Bélgica reabre, mas não aceita CoronaVac

Página 08 Guilherme Paulus vende a GJP Hotels & Resorts

Página 09 Kempinski anuncia hotel no Brasil

Página 10 França muda procedimento do QR Code

Página 11 UE pede restabelecimento de restrição aos EUA

Página 12 Air Canada volta a voar ao Brasil

Página 13 Imaginadora e AA fazem webinar da retomada

Página 14 Abu Dhabi derruba exigência de quarentena

Página 16 Suíça: famtour mostra país pronto para os brasileiros

Página 34 Delta Air Lines promete chegar forte na retomada no Brasil

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

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GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica


Editorial

ELE FEZ DE NOVO Uma das figuras icônicas e pioneiras do Turismo brasileiro, Guilherme Paulus, além de ter aberto caminho para o que a indústria é hoje, se especializou em criar grandes marcas e produtos e, no timing correto, desapegar e capitalizar o negócio, repassando-o a novos investidores. E a cada venda, continua se reinventando, descobrindo novos negócios, avaliando para onde o Turismo caminhará nos próximos anos e até ditando ele mesmo algumas tendências para o novo Turismo. Foi assim com a CVC, que ele construiu do zero e no momento certo atraiu o Carlyle, com a Webjet, que passou relâmpago por suas mãos e logo foi cobiçada pela Gol, e agora com a GJP Hotels & Resorts, em um momento em que a hotelaria começa a sair dos efeitos da pandemia ainda com muitas feridas e incertezas. Ele poderia estar em qualquer lugar do mundo aposentado e desfrutando a vida, reunindo suas histórias em um livro, acordando para uma agenda com zero compromisso. Mas como alguém que construiu esse Turismo pode desligar e não continuar instigado a investir, ajudar, orientar? Depois da venda da GJP (e fala-se em R$ 1 bilhão na negociação), Paulus assume que está cheio de planos, e, livre de qualquer impedimento, pode abrir negócios em qualquer área. E ainda mantém os pés e a mente no segmento de viagens de luxo, com o Castelo St. Andrews, em Gramado, e com os residenciais e o campo de golfe em Foz do Iguaçu. O que vem mais por aí? Um novo Turismo, saído também da mente de um veterano do setor. Um visionário. Um pioneiro. Um desbravador. Ainda ávido por aprender, empreender, e ensinar para todos nós. Ele fez de novo e não duvidamos: fará outras vezes.

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

6 a 12 de setembro de 2021 — PANROTAS

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Check-in

Os destaques do Turismo Retomada do Turismo

Portugal reabre Portugal reabriu a fronteira para viajantes brasileiros a lazer. A apresentação de um teste negativo (PCR ou antígeno) para covid-19 é a única exigência para a entrada no país europeu, de maneira que não é obrigatório estar vacinado. Também não é necessário cumprir quarentena na chegada. Em princípio, o despacho do governo de Portugal é válido até 16 de setembro.

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Check-in

Os destaques do Turismo

Retomada do Turismo

Bélgica também reabre

Brasileiros vacinados já podem viajar a turismo para a Bélgica, exceto aqueles com Coronavac. O país europeu passou a aceitar o certificado de vacinação brasileiro contra a covid-19 emitido em inglês pelo ConecteSUS. Até o momento são aceitas as doses da AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Moderna.

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Os destaques do Turismo

Hotelaria

Paulus vende a GJP Guilherme Paulus vendeu 100% da GJP Hotels & Resorts ao grupo R Capital, que atua no mercado de capitais, especialmente nos setores imobiliário e de crédito. O empresário e sua família deixam totalmente o comando da rede hoteleira. Esta é a segunda grande transação de Paulus no setor. Em 2010, vendeu a CVC para o Carlyle e, no ano seguinte, a Webjet para a Gol. O Castelo Saint Andrews, em Gramado (RS), o residencial em Foz do Iguaçu (Village Iguaçu Golf Residence) e o campo de golfe em Foz, também pertencentes a Guilherme Paulus, não fizeram parte da negociação.

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Os destaques do Turismo

Hotelaria

Kempinski no Brasil Companhia europeia caracterizada por administrar hotéis de perfil luxuoso, a Kempinski Hotels confirmou sua chegada ao Brasil. A rede firmou uma parceria com o hotel Laje de Pedra, na Serra Gaúcha, para cuidar da operações da unidade numa parceria com a LDP Canela S/A. A expectativa é que os hóspedes sejam recebidos no novo Kempinski Laje de Pedra em 2024.

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Os destaques do Turismo

Destinos

QR Code na França A França anunciou um novo procedimento para obtenção do QR Code do Passaporte Sanitário no país. Este sistema é válido apenas a estrangeiros de países de fora da União Europeia. Trata-se de um documento digital para poder ter acesso a bares, restaurantes, museus, eventos e aos principais atrativos franceses. Confira: 1- Acesse o link 2 - Junte e carregue seu certificado de vacinação, bilhete aéreo e passaporte 3 - Espere até receber o QR Code por e-mail.

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Os destaques do Turismo

Turismo & Covid

Restrições aos EUA A União Europeia recomendou que seus estados membros restabeleçam as restrições de viagens relacionadas à covid-19 e parem as viagens não essenciais dos residentes dos Estados Unidos e de cinco outros países. Seriam restabelecidas medidas como quarentena e requisitos de teste para viajantes não vacinados. Mesmo depois do anúncio, Portugal, membro da UE, oficializou em decreto a entrada de visitantes estadunidenses em seu território.

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Os destaques do Turismo

Aviação

Air Canada volta a voar ao Brasil Com o Canadá reaberto a visitantes brasileiros a partir de 7 de setembro, a Air Canada anunciou seu retorno ao Brasil. Em princípio, serão três serviços por semana de Guarulhos a Toronto (às terças, sextas e domingos), que aumentarão para quatro em 1º de novembro e passarão a ser diários em 2 de dezembro.

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Os destaques do Turismo

Retomada das viagens

Contagem regressiva Para mostrar como o brasileiro e o trade turístico estão se preparando para essa retomada (que não é para 2023 e sim para quando as fronteiras abrirem), a Imaginadora, em parceria com a American Airlines, irá realizar o webinar Brazil Countdown to Opening para os integrantes do trade americano, no dia 9 de setembro. Participam do evento Carolina Sass de Haro, representante da Phocuswright no Brasil, e também diretora da Mapie e do TRVL LAB; Alexandre Cavalcanti, diretor da American Airlines no Brasil; João Pitta, do GRU Airport; Sylvio Ferraz, da CVC Corp; Magda Nassar, da Abav Nacional; e Bruna Milet, da Decolar.

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Check-in

Os destaques do Turismo

Retomada das viagens

Abu Dhabi derruba exigências Abu Dhabi removeu a quarentena para todos os viajantes vacinados que chegam do exterior desde 5 de setembro. Turistas totalmente imunizados – com vacinas aprovadas pela OMS, o que inclui a Coronavac/Sinovac – podem chegar de todos os destinos internacionais sem a necessidade de fazer isolamento. No entanto, os passageiros que vierem de um país da lista verde precisarão de um teste PCR dentro de 48 horas antes da partida, um na chegada e uma nova testagem no sexto dia, caso permaneçam no emirado. Já os de outros países terão de fazer mais testes nos dias quatro e oito.

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PANROTAS — 28 de junho a 4 de julho de 2021


Destinos Rodrigo Vieira (Suíça)

SUÍÇA ACERTA NO ALVO

Renata Garcia (Goya Travel by Copastur), Renata Yano Franco (Teresa Perez Tours), Ana Virginia Gutierre (TTW Group), Rafael Romeiro (FVO Travel), Danilo Lima (CVC Corp), Tuca Ratto (Baddha Group), Humberto Murakami (Travel Designers Group) e Monica Nardo (Swiss/Lufthansa), com o Bürgenstock ao fundo

A Suíça foi precisa, naquele 25 de junho de 2021, ao reabrir suas fronteiras a turistas estrangeiros vacinados com todos os fármacos aceitos pela Organização Mundial da Saúde. Foi pontual, pragmática, ao entender que, com os níveis da pandemia controlados em seu próprio território, não havia motivos para temer que visitantes internacionais imunizados ofereceriam grandes riscos, desde que vacinados e respeitando os protocolos do país. Arriscou, largou na pole position e está fazendo uma corrida controlada em busca do objetivo de se manter como uma das referências em Turismo na Europa.

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Pré-pandemia, o Turismo contribuía para 3% do PIB suíço e empregava diretamente mais de 4% de sua população. Nada mau para um país com uma das mais altas réguas em termos econômicos. Para o Turismo emissivo brasileiro, a notícia foi como chuva após meses de estiagem. Ainda que, àquela altura, o mercado doméstico já estivesse em plena recuperação, e por mais que Caribe, México, Dubai, Egito e Maldivas estivessem abertos, a Europa tem seus fãs de carteirinha por aqui. E a Suíça tomou a dianteira entre os destinos europeus que têm voo direto no Brasil - a França abriu cerca de um mês depois, e ainda assim seguindo as diretri-


zes das agências europeias de saúde, isto é, ainda sem aceitar CoronaVac. "O fato de aceitarmos CoronaVac nos deu muita competitividade no Brasil, onde a vacina é aplicada em 50% da população adulta. Isso não significa que foi uma decisão sem planejamento", afirma a key account manager do Switzerland Tourism no Brasil, Fernanda Maldonado. Para provar que a Suíça está preparada para receber nossos visitantes e turbinar as vendas com as novidades que vêm do país, o Switzerland Tourism convidou profissionais de algumas das principais empresas no ranking de vendas do destino no Brasil para um completo famtour no fim de agosto. Ana Virginia Gutierre (TTW Group/Ski Brasil), Danilo Lima (CVC Corp), Rafael Romeiro (FVO Travel) e Renata Yano Franco (Teresa Perez Tours) foram os operadores convidados. Do lado dos agentes de viagens, foram Humberto Murakami (da agência Get Out N About Travel e do Travel Designers Group), Renata Garcia (Goya Travel by Copastur) e Tuca Ratto (Travel Hunter e do Baddha Group). Além de Fernanda Maldonado, a viagem contou com a presença da senior Account Manager da Lufthansa/Swiss no Brasil, Monica Nardo. A companhia aérea foi uma das parceiras nesta capacitação. Lausanne e Montreux no lado francês, Grindelwald e Engelberg nos Alpes e Lucerna e Zurique no lado alemão. Com um roteiro deste quilate, este já não seria qualquer famtour, mas dadas as circunstâncias da crise provocada pela pandemia, de tantos meses confinados, da expectativa pela aceitação da vacina e do novo normal na Suíça, esta foi uma viagem memorável.

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1. VACINAS

AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer são as vacinas contra a covid-19 aplicadas no Brasil: todas aceitas na Suíça. O brasileiro pode embarcar no próprio dia que tomou a segunda dose. A única exceção é a Janssen, que requer 22 dias de espera para poder viajar. A carteirinha do SUS devidamente preenchida é o suficiente. O governo suíço aceita o documento em português. O app ConecteSUS também é válido. Não é achismo. Os brasileiros foram provas vivas. Três dos membros do grupo tomaram a segunda dose de CoronaVac um dia antes de pegar o voo da Swiss e a entrada foi tão tranquila quando um pré-pandemia.

2. PROTOCOLOS SEGUIDOS Não é porque a Suíça reabriu suas portas que o país renunciou à rigidez ao cobrar os protocolos para conter a pandemia. Em ambientes fechados, a máscara é obrigatória. Dispositivos com sanitizadores estão disponíveis em absolutamente todos os lugares, dos hotéis às estações de trem, das lojas aos atrativos. Na volta ao Brasil, todos os membros da viagem fizeram teste PCR e apontaram negativo. O governo brasileiro cobra a prova para entrada em seu território, tal como um formulário básico da Anvisa.

Museu Olímpico é ponto obrigatório em Lausanne

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3. LAGOS

De várias cores, formatos, tamanhos, rasos, profundos. As paisagens lacustres da Suíça são esplendorosas. Os lagos estão diretamente relacionados à história do país. As principais cidades suíças foram construídas ao redor deles. Aliás, todos os grandes centros urbanos contam com no mínimo uma montanha e lago a menos de uma hora de distância. Em Lausanne, os brasileiros apreciaram a vista do Lac Léman, também conhecido como Lago Genebra, o maior da Europa. Entretanto, a experiência imersiva de verdade aconteceu em Montreux, onde o grupo teve a oportunidade de mergulhar e se refrescar admirando a Suíça em uma margem e a França em outra. "A pandemia despertou no viajante brasileiro um desejo ainda maior de fazer atividades ao ar livre e a Suíça tem muito a oferecer neste sentido. Lausanne e Montreux, por exemplo, sabem aproveitar de seus lagos para criar uma infraestrutura de passeios ao seu redor. Tomar um sorvete e caminhar à beira do Lac Léman em Montreux, por exemplo, é uma experiência para toda uma tarde de verão", aponta Danilo Lima, da CVC Corp. Vários lagos estiveram sob o olhar brasileiro na viagem, como o Lago Zurique, o Lago dos Quatro Cantões, em Lucerna, e vários outros no caminho de uma cidade a outra. Não há espaço para sentir falta de praia.

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4. MONTANHAS

As montanhas estão entre os atrativos que mais chamam brasileiros à Suíça. Apesar de o inverno ser a alta estação dos Alpes, principalmente pelo esqui, há neve o ano todo quando se sobe ao topo de montanhas como Jungfrau, na estação de trem mais alta da Europa, e Titlis, onde estiveram os operadores e agentes no famtour. Jungfrau já valeria a visita apenas pela passagem nesses mirantes nevados, mas está longe de se limitar à sua bela vista. O ponto mais alto da Europa aonde é possível chegar de trem conta com palácio de gelo a 5ºC negativos, cheio de esculturas, lojas da Lindt, da Rolex, de utensílios esportivos e suvenires, cine 360 graus, minigolfe, tobogãs, snowmobile e, por todo lado, está a história da construção desta que é considerada uma maravilha global em engenharia ferroviária. Cafés e restaurantes também compõem o complexo, e em um deles o grupo almoçou um tradicional fondue de queijo. Responsável pelo momento mais divertido foi Grindelwald First, do mesmo grupo que gerencia Jungfrau. Nesta montanha não há neve no verão, mas o passeio está longe de ser um desses para cumprir tabela fora da temporada de inverno. Atrações para todas as idades divertiram os brasileiros lá no alto. A subida foi toda de teleférico, durou cerca de 30 minutos, mas, de lá até a base, a descida foi em alta velocidade e sobre rodas. Primeiro um triciclo que faz qualquer adulto voltar a ter 12 anos de idade. Depois uma mistura de bicicleta com patinete, chamado Trottibike, esse com um grau de dificuldade maior, que rendeu até uns tombos no grupo. E risadas. Antes disso, tirolesas individuais e em grupo fizeram os Alpes Suíços ganharem um tom mais aprazível e com certa dose de adrenalina.

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“Jungfrau e Grindelwald First certamente entraram na minha lista de roteiros imperdíveis. Achei muito divertido e fico imaginando indicá-lo para clientes que vão à Suíça em família”, confirmou Tuca Ratto, do Baddha Group. Titlis tem o glaciar mais próximo a um centro urbano do país. A 40 minutos de Lucerna, a montanha, além de vistas exuberantes, também proporciona atrativos para todas as estações do ano, desde os esportes de neve até bungee jump, trilhas, mountain bike, entre outros, e tem como diferencial um hotel ao estilo chalé lá no topo, o Berghotel Trübsee. Apesar de não estarem incluídos no roteiro do famtour, St. Moritz, do lado italiano, e Verbier, do lado francês, também valem a visita. "Uma época excelente para juntar o melhor dos dois mundos é o final de março e início de abril, quando temos dias mais longos, temperaturas agradáveis, mas boa parte das estações de esqui ainda está funcionando", indica Rafael Romeiro, da FVO.

Lago dos Quatro Cantões visto do Bürgenstock


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Hotelaria da Suíça está entre as principais do mundo. Nesta foto, o spa do Bürgenstock

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5. ARTE E CULTURA

Hotelaria da Suíça está entre as principais do mundo. Nesta foto, o spa do Bürgenstock

É raro encontrar, na Suíça, um passageiro no transporte público sem um jornal, revista, livro ou algo à mão para leitura. A população do país ostenta um dos mais elevados níveis intelectuais do mundo. Ser bilíngue é pouco no país que, aliás, tem três idiomas oficiais: alemão, francês e italiano. O inglês se aprende nas escolas e é falado praticamente por todos os suíços. É impossível que este nível de cultura não se reflita no cotidiano. Não à toa, a Suíça abriga alguns dos museus mais importantes do mundo. Dois deles fizeram os brasileiros saírem deslumbrados. O primeiro foi o Museu Olímpico, em Lausanne, que é a sede do Comitê Olímpico Internacional. Ainda no calor dos jogos de Tóquio, os agentes e operadores relembraram as madrugadas em claro para acompanhar os brasileiros, conheceram as histórias desde a Grécia Antiga, se divertiram e se emocionaram com essa que é uma parada obrigatória no destino. No dia seguinte, visitaram o Chaplin's World, em Corsier-sur-Vevey, bem próximo a Lausanne. Conhecendo ou não o legado deste multiartista, sendo fã ou não do britânico, a visita é imperdível. O museu é interativo, divertido, tem relíquias originais como estatuetas do Oscar, o vestuário típico e tudo sobre a vida inteira de "sir" Charles Chaplin, tudo isso localizado na mansão onde ele escolheu para seu lar nos últimos 25 anos de sua vida. Outro artista que se apaixonou pela Suíça foi Freddie Mercury. Em Montreux, o Freddie Tours conta como foi o fim da vida do cantor do Queen. Isso porque foi na charmosa cidade que ele compôs suas últimas músicas e gravou seus últimos discos, mais precisamente no Mountain Stu-

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dios, que por sua vez teve influência direta do suíço Eugene Chaplin, quinto filho de Charles Chaplin. O guia distribui dispositivos móveis individuais aos participantes, que fazem pequenas caminhadas curtindo músicas e imagens sobre o ídolo do rock na reta final de sua carreira, até terminar na estátua em sua homenagem. Há quem diga que informações no Freddie Tours são inéditas até para os maiores fãs de Queen. "A veia artística da Suíça foi um dos elementos que mais me encantaram no famtour", aponta Renata Yano, da Teresa Perez Tours. "A Catedral de Lausanne é um dos mais belos monumentos góticos do país e está localizada na parte alta, garantido uma estonteante vista. O Museu Olímpico é imperdível e, para os fãs de Queen, o Freddie Tours e o museu dedicado à banda - Queen Studio Experience, são paradas obrigatórias."

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6. VINÍCOLAS

Viajantes buscam experiências autênticas e uma das maneiras que a Suíça as entrega com experiência é sobre a mesa. A Suíça é um ícone da autenticidade em enoturismo, com sua uva Chasselas, que praticamente só tem na região. É raríssimo ver um vinho suíço no Exterior, devido à pequena extensão territorial do país. Isso não significa queda de qualidade. Onde há espaço para plantar as Chasselas, os suíços o fazem. Muito do vinho lá é feito cooperativamente. Isso faz regiões como Lavaux, no Cantão de Vaud, se tornarem cenários de extrema inspiração. Não à toa se tornou patrimônio mundial da humanidade da Unesco, em 2007. E é claro que onde tem enoturismo, tem gastronomia de ponta. Os suíços prezam muito pelos ingredientes locais e harmonizações com seus vinhos. Almoçar em Lavaux é ter a certeza de vistas paradisíacas com pratos e vinhos de qualidade. Poucos lugares são mais românticos do que essa região dos vinhedos.

7. DE TREM

A Suíça é um país pequeno, conveniente, fácil de chegar a todos os lugares, com muitas atividades, com uma das malhas de transporte mais densas e pontuais do mundo. De trem, se chega a praticamente todos os lados por lá. Há, ainda, a facilidade de se contar com o Swiss Travel Pass para se locomover em todo território suíço. Trata-se de um passe que permite conhecer a Suíça de ponta a ponta de trem, ônibus e barco – e em três, quatro, oito ou 15 dias consecutivos ou flexíveis. Também dá acesso aos meios de transporte público em mais de 90 cidades e entrada gratuita em mais de 500 museus.

8. DE CARRO

Ainda assim, há clientes que podem desejar percorrer a Suíça de carro, e o país tem uma das melhores infraestruturas para estes modais, além da facilidade de alugar um carro de luxo, como Ferrari, Lamborghini, Porsche e outros que são vistos com frequência pelas ruas das cidades.

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9. BAGAGEM

Para deixar a experiência ainda mais fluida, o mesmo sistema de trem da Suíça oferece um serviço que retira a bagagem do passageiro em um hotel para levar ao próximo. É o Luggage Special, da SBB, a empresa que gerencia o setor ferroviário no país. Basta deixar a mala na frente do quarto na manhã do checkout e esperá-la já no quarto, até às 18h, no próximo destino. O grupo brasileiro no famtour pôde provar desta facilidade. O agente de viagens pode vender o serviço antes do embarque de seu cliente. Basta acessar https://sbb. ch/luggage. Passageiros voando Swiss ainda têm um serviço para envio de bagagem ao Brasil sem ter de levá-la ele mesmo ao aeroporto.

10. CHOCOLATE

Chocolate na Suíça é coisa séria. Não é uma questão de marketing. Existe toda uma regra para definir o que pode ser chamado de chocolate no país. Porcentagem de cacau, de açúcar e de leite. Este último ingrediente, aliás, foi inserido pela primeira vez lá, na Suíça, e fez o chocolate ser o doce que conhecemos hoje. Para entender sobre essa história desde o início, vale a visita ao recém-inaugurado museu da chocolateria Lindt, que ao lado de Nestlé e Toblerone são as marcas suíças mais famosas de chocolates. O cheiro cativa à distância, e a fonte de chocolate impressiona à primeira vista. É difícil acreditar que os mais de nove metros de 1,5 mil litros de chocolate escorrendo são reais até que o visitante chegue perto da escultura e leia com atenção. A atração Lindt Home of Chocolate foi aberta em setembro de 2020 e, de-

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pois da visita, a experiência de comer chocolate se torna outra, mas ainda assim deliciosa. Os brasileiros no famtour começaram com o workshop, onde aprendem sobre a produção da iguaria de cacau, manteiga de cacau e leite. Compreendem mais sobre a "lei da pureza" suíça e por que o país é tão famoso pelo doce para, por fim, fazerem suas próprias barras de Lindt personalizadas. Depois, um museu interativo, tecnológico e multimídia mostra a história do irresistível doce para, depois, colocar um ponto final na água na boca ao abrir para os visitantes provarem chocolate em diversas formas, cores e sabores. O laboratório de pesquisas Lindt, o maior café e a maior loja da marca do mundo também oferecem possibilidades de gastar mais uns francos suíços na saída.

9 metros de uma cascata de chocolate real


11. HOTELARIA E SPAS A Suíça tem uma das hotelarias mais tradicionais do mundo. É literalmente uma escola da hospitalidade global. Os suíços transformam edifícios antigos de hotéis centenários em propriedades modernas, mas nem por isso perdem a identidade, a alma que os fez chegar até ali. É o caso de muitos dos hotéis onde o grupo ficou. ROYAL SAVOY LAUSANNE HOTEL & SPA São dois edifícios, um com mais de 100 anos, de fachada tombada, focado em férias com classe, boa gastronomia, bar, charutaria, yoga e espaço ao ar livre. Outro com o maior ballroom de Lausanne, salas de reunião, quartos padronizados, com arquitetura mais moderna, pensado em grupos corporativos. A propriedade ficou cinco anos fechada para reforma, período longo justamente por se tratar de um edifício tombado. O resultado foi uma arquitetura elegante combinada com quartos totalmente equipados com amenidades e tecnologia de alto padrão. São quase 200 apartamentos. BEAU-RIVAGE PALACE (LAUSANNE) O Brasil é o único mercado em crescimento no Beau-Rivage em comparação com o período pré-pandemia. Sendo a Suíça um dos únicos países europeus abertos para todas as vacinas aplicadas no País, o viajante brasileiro de alto padrão resolveu vir em peso, e nosso idioma está sendo frequentemente ouvido nos corredores desta elegante propriedade. Os brasileiros fizeram um tour pelo Beau-Rivage e gostaram do que viram. Em condições normais, são 160 apartamentos divididos em dois edifícios. Contudo, um deles está em reforma, o que interdita 70 apartamentos até dezembro. Vem coisa boa por aí, garantem.

Kempinski Engelberg

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FAIRMONT LE MONTREUX PALACE O hotel da grife da Accor em Montreux foi a segunda parada do famtour brasileiro. Rodeado pelos Alpes e situado ao longo das margens do Lac Léman, o Fairmont Le Montreux Palace tem mais de um século de história, com sua arquitetura BelleÉpoque, 236 quartos e suítes. ROMANTIK HOTEL SCHWEIZERHOF A primeira parada do grupo na montanha foi neste hotel construído em 1892 e renovado em 2010. Nitidamente o hóspede se vê em uma propriedade clássica, mas nem por isso sem recursos modernos e tecnológicos. O Romantik Hotel Schweizerhof é caracterizado pelo luxo e conforto e pela decoração tipicamente alpina. A localização é uma das melhores de Grindelwald, a poucos passos da estação de trem e do centrinho do vilarejo. São 48 apartamentos. KEMPINSKI PALACE ENGELBERG O Kempinski Palace Engelberg foi inaugurado há sete semanas e causou boa impressão mesmo em quem está acostumado com a hotelaria de alto padrão. A reação dos brasileiros quando chegaram ao hotel já mostrou que a propriedade seria uma unanimidade. Depois da recepção calorosa do staff, veio a certeza. Características históricas do antigo edifício, que data de 1904, foram preservadas em estreita cooperação com as autoridades de conservação de monumentos. Nenhum detalhe passa despercebido neste que nasceu como o único cinco estrelas de Engelberg. Do piso ao arranjo da escada, das janelas panorâmicas que valorizam a vista para a montanha à infraestrutura de esqui no inverno. São 129 apartamentos. BÜRGENSTOCK HOTEL & RESORT (LUCERNA) Para chegar ao Bürgenstock, o grupo pegou uma embarcação em frente ao famoso KKL Concert Hall, em Lucerna. Após cerca de 30 minutos de navegação pelo lago, os brasileiros tomaram um funicular para subir ao resort. No lobby do hotel principal já se nota que 28

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não se trata de qualquer propriedade. Fundado em 1871, o Bürgenstock foi adquirido pelo grupo Katara e, após nove anos de reforma em investimento de US$ 1 bilhão, foi reaberto em 2018, reforçando sua posição de um dos mais importantes empreendimentos da hotelaria mundial. São três hotéis que somam mais de 350 apartamentos, localizados em uma área verde de 60 hectares. Golfe, restaurantes, bares, spa e inúmeras atividades de lazer são oferecidas ali, onde o hotel é o destino em si. THE DOLDER GRAND (ZURIQUE) O resort urbano localizado em Zurique The Dolder Grand também é histórico. Datada de 1899, a propriedade combina perfeitamente passado e futuro. Após reforma concluída em 2008, incorporou ao edifício original duas novas alas - Ala Spa e Ala Golf -, com design contemporâneo, tecnologia e arte, muita arte. O Dolder Grand é o hotel com o maior número de peças de arte na Suíça. Obras originais de artistas consagrados, a exemplo de Salvador Dalí, Henry Moore e Andy Warhol, estão expostas na propriedade, muitas vezes de maneira ousada, mas que incrivelmente se harmonizam à clássica arquitetura. São 175 apartamentos.

Kempinski Engelberg


12. VÁRIOS PAÍSES EM UM SÓ

Vista de Zurique a partir do The Dolder Grand

O idioma é apenas um elemento que expõe as “várias Suíças” existentes. Já faz toda diferença, claro, mudar do francês ao alemão de uma estação de trem a outra, mas há uma série de outras mudanças. Do comportamento das pessoas ao serviço, da gastronomia à decoração. Ir à Suíça é ter a possibilidade de conhecer vários países em um só.

13. ORÇAMENTOS A Suíça não é um país barato. Um franco suíço é equivalente a quase R$ 6. Mas nem por isso rios de dinheiro têm de ser investidos para quem tem o sonho de conhecer o destino. Sua hotelaria plural permite a combinação de hotéis de luxo com opções mais econômicas, para diluir o orçamento.

14. SWISS O serviço da Swiss foi unanimemente positivo na opinião do grupo que voou Guarulhos-Zurique. Serviço prestativo, comida boa e entretenimento de bordo de qualidade foram os pontos mencionados. Alguns deles fizeram o voo de volta na classe executiva. Espumante de boas-vindas, ampla escolha gastronômica, telas maiores e comissários de bordo extremamente solícitos fazem da experiência na business no B777 ser impecável. Em configuração 1-2-1, as poltronas totalmente reclináveis fazem o voo noturno serem perfeitos. Os voos de ida e volta registraram ocupação máxima. A partir de abril de 2022, a Swiss levará ao Brasil a cabine Premium Economy, intermediária entre a executiva e a econômica. Além de 99 centímetros para acomodar as pernas (contra 77 cm da econômica), 31 graus de inclinação das poltronas (mais do que o dobro da econômica), os passageiros do voo Guarulhos-Zurique que optarem por essa classe poderão despachar duas bagagens

de 23 quilos, terão embarque prioritário, drinque não alcoólico de boas-vindas, tela de entretenimento mais ampla, três opções de pratos principais quentes, entre outras vantagens. Serão 24 assentos na Premium Economy do B777-300ER em layout 2-4-2. A partir do último trimestre deste ano a novidade já estará disponível, mas apenas em determinados voos, aleatoriamente. Garantido mesmo será a partir de abril do ano que vem. Aliás, o serviço

volta a ser diário em outubro. Hoje o voo só não acontece às terças-feiras. "São detalhes que fazem a diferença para o passageiro. A Premium Economy é um produto que a Swiss está colocando mundialmente, nos destinos onde voa com o B777, e estamos felizes de colocá-lo na rota brasileira. Os viajantes terão mais privacidade, conforto e individualidade", afirma a Senior Account Manager da Lufthansa/ Swiss no Brasil, Monica Nardo.

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15. REPRESENTAÇÕES NO BRASIL Além do escritório próprio do Switzerland Tourism no Brasil, vários produtos e regiões do país contam com representantes para o nosso mercado. "O brasileiro quer o seu idioma, quer um 'ombro amigo' para perguntar, confirmar. No mercado brasileiro de Turismo, relacionamento é essencial e sai ganhando quem tem estratégia. Tudo isso o Turismo da Suíça faz com muita eficiência. A Fernanda sabe muito bem como lidar com nós operadores, e a Suíça investe em eventos incríveis e imersivos que ficam no imaginario de todos", respalda Ana Virginia Gutierre, do TTW. Anote aí: Switzerland Tourism – Fernanda Maldonado fernanda.maldonando@switzerland.com Jungfrau Railways/Region - Fernando Aquino Fernando.Aquino@jungfrau.ch Cel: +55 11 99384-2114 Kempinski – Marcela Camargo marcela.camargo@kempinski.com Cel: +55 11 97572-8013 Lausanne e Montreux (Cantão de Vaud) - Andreas Frizzoni frizzoni@vaud-promotion.ch Tel: +55 31 3267 9168 Cel: +55 31 98931-8777 Lucerna, Titlis, Suíça Central - Vanda Catão vcatao@titlis.ch Tel: +55 21 3092 0095 Cel: +55 21 99168 4924 Swiss International E-mail: monica.nardo@dlh.de Cel: +55 11 98405-5995 Swiss Travel System - Andy Nef andreas.nef@swisstravelsystem.com The Dolder Grand - Lucas Lopes (DOM Collection) lucas@domcollection.com.br Cel: +55 11 94461-6502 Zurique - Aurelia Carlen aurelia.carlen@zuerich.com

QUERIDO DIÁRIO O termo "querido diário" foi uma destas piadas internas dessas que todo famtour costuma ter. Mas serve para alertarmos ao leitor sobre a cobertura do Portal PANROTAS. Nos links abaixo, confira em ordem cronológica o passo a passo dos consultores de viagens na Suíça. Do avião ao trem, do trem a Lausanne, os hotéis, os site inspections, as taças brindando, a comida, os museus, as risadas, os spas. Um agradecimento especial a Humberto Murakami que não só cedeu as belas fotos do grupo à PANROTAS como também, em muitos momentos, foi um diretor de fotografia voluntário.

EMBARQUE COMPROVANTE DE VACINAÇÃO NA FRONTEIRA

LAUSANNE MONTREUX ALPES: GRINDELWALD E JUNGFRAU

ALPES: ENGELBERG LUCERNA E ZURIQUE BASTIDORES DO TURISMO DIRETAMENTE DA SUÍÇA SWISS TALK

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QUEM FOI, AMOU Ana Virginia Gutierre (TTW Group/Ski Brasil) "Nem bem voltei e a viagem já está me ajudando a vender Suíça plenamente. Especialmente por estarmos em um cenário de pandemia, estar no grupo dos pioneiros no país, das primeiras agências e operadoras a estar visitando e aprendendo já consolida e fortalece o nosso profissionalismo. Os produtos que mais se destacam são os hotéis high-end, como o Kempinski Engelberg, Bürgenstock e serviços como o Swiss Travel Pass e o de bagagem express, pois desmistifica para o rasileiro a impossi ilidade de fazer um dos países com a melhor estrutura de trem no mundo desta forma.

Danilo Lima (CVC Corp) Devido a suas várias unidades de negócio, a C C Corp não tem perfil de clientes pontuais. Para nós, a Suíça pode ser vendida para o corporativo, a famílias que buscam hotéis três e quatro estrelas, como no caso da C C peradora, ou clientes de perfil mais sofisticado por meio da isual. A u a ue o cliente procurar, vai encontrar na empresa. Um dos elementos que mais me encantaram no país é a alma de seus hotéis: todos contam uma história, seja por meio de suas artes, arquitetura, pelo edifício onde estão localizados e/ou maneira como o atendimento é feito. Isso marca o turista.

Humberto Murakami (Get Out N About Travel e Travel Designers Group) A Suíça é um destino que acreditamos conhecer, mas que tem nuances incríveis. Eu sempre vendi muita viagem ao país, porém após essa abertura e especialmente aceitando a Coronavac, os números surpreenderam. Em dois meses fechamos mais de seis famílias interessadas em conhecer a Suíça de todas as formas, seja no verão, outono ou inverno. Nossa expectativa é a de que essa temporada de inverno também seja muito boa para o destino, e os hotéis spas também estão na nossa lista de tendências para os próximos meses.

Rafael Romeiro (FVO Travel) A viagem permitiu ver de perto como a Suíça se reorganizou tão bem para o Turismo em tempos de pandemia. Isso dá mais segurança para vender o país. Em termos de destinos, me surpreendi muito positivamente com Lausanne e arredores, além de ter descoberto uma Zurique mais descolada que eu não conhecia. Em termos de hotelaria, me encantei pelos novos produtos abertos nos últimos meses e que ainda não conhecia: o Kempinski, em Engelberg, o Bergwelt, em Grindelwald, e o La Reserve, em Zuri ue, ue não estava no programa oficial da viagem, mas arrumamos um tempinho livre e corremos lá para conhecer.

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QUEM FOI, AMOU Renata Yano Franco (Teresa Perez Tours) O famtour não poderia ter vindo em um momento melhor. Com a reabertura do país antes de outros na Europa e o crescente interesse do brasileiro, a viagem possibilitou ver de perto como estão as coisas, entender melhor o destino, o que, certamente, ajuda muito a tranquilizar nossos consultores e clientes sobre a segurança da viagem. As vendas de Suíça na Teresa Perez Tours desde a abertura da fronteira para os brasileiros vêm numa crescente. Já superamos 50% das vendas do ano inteiro de 2019.

Tuca Ratto (Travel Hunter e do Baddha Group) É impossível expressar o quanto esse famtour vai me ajudar a vender Suíça. Essa experiência faz total diferença no momento da venda. Destaco os passeios de Grindelwald First e Jungfrau, que me surpreenderam. Não imaginei que seriam tão divertidos. Eu me vejo vendendo Suíça para famílias, grupos de amigos e casais. É um destino que engloba todos os gostos e, o melhor de tudo é a curta distância de uma cidade a uma vinícola, de uma montanha à Riviera.

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Renata Garcia (Goya by Copastur) Minha percepção sobre a Suíça antes do famtour era outra. Por meio desta capacitação, foi possível expandir as possi ilidade de itiner rios, perfil de clientes e consequentemente ampliar o repertório para oferecer o destino e todas as combinações. Eu tinha a imagem de um país para viajantes mais "sêniores", mas me surpreendi com uma Suíça jovem, moderna e descolada. A Goya já vinha fazendo algumas vendas para o país devido à abertura, mas agora podemos trabalhar o destino com inúmeras possibilidades, como para clientes com perfil de aventura, em-estar, amantes da gastronomia, seja em famílias, casais, grupos de amigos e até solo.

A PANROTAS viajou a convite do Turismo da Suíça, voando Swiss Air e com seguro viagem GTA, incluindo proteção contra a covid-19.


FLASHES FAMTOUR SWITZERLAND TOURISM

Trottibike em um belo cenário no verão de Grindelwald First

Site Inspection no Beau-Rivage

Freddie Tours

Monica Nardo, da Swiss/Lufthansa

Profissionais brasileiros conhecem novo serviço de teleférico de Jungfrau

Neve em pleno verão de Jungfrau

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Aviação Filip Calixto

Rodrigo Sienra, gerente geral da Delta no Brasil, recebeu a reportagem da PANROTAS no GRU Airport

PELA CONFIANÇA DOS VIAJANTES Voando no Brasil desde 1997, a Delta Air Lines aos poucos restabelece sua oferta nacional. Depois de viver um hiato de quatro meses na operação brasileira ao longo de 2020, por conta dos efeitos da pandemia, a companhia já tem voos diários, ligando São Paulo a Atlanta e projeta para fevereiro mais duas operações diretas - de São Paulo para Nova York (com cinco voos semanais) e do Rio de Janeiro para Atlanta (a princípio, operado três vezes por semana). “Temos, no momento, índices satisfatórios de procura e ocupação. São números que têm melhorado a cada mês e que nos dão confiança, assim como demonstram a volta da confiança do cliente em voar”, considera o gerente geral da Delta no Brasil, Rodrigo Sienra. Na declaração, o executivo sublinha

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repetidamente a palavra que orientou a empresa e a operação brasileira da marca no último ano e meio. Atingida diretamente pelos desdobramentos da pandemia do novo coronavírus, pelo fechamento de fronteiras e pela paralisação da indústria das viagens, a Delta repensou suas práticas como corporação em uma estratégia que buscou principalmente a geração de credibilidade para atrair novamente o viajante. A revisão de postura implicou em implementação de práticas de limpeza e higienização, novas atribuições para a equipe a bordo, um novo departamento de cuidados com saúde, maior atenção às ações sustentáveis e recalibragem no foco, dando maior atenção para a lucratividade e, principalmente, para o entendimento do que o viajante deseja. O passo fundamental no processo foi


a criação de um departamento de limpeza e segurança sanitária que foi instalado de maneira permanente. Desse setor emanam diretrizes aplicadas por todas as tripulações e equipes da companhia. Todas as práticas aplicadas atualmente, tanto no atendimento dentro dos aviões como o que acontece fora, vieram dessa estrutura. “Pode até parecer papo de vendedor, mas na Delta nos guiamos muito pela avaliação que o cliente tem da indústria como um todo e do nosso trabalho”, afirma Sienra. De acordo com ele, o que o cliente mais quer no momento é sentir segurança no serviço prestado e isso envolve toda a jornada do viajante, desde o momento da reserva até a hora de desembarcar no destino. Na modificação das ações, os processos que mais tiveram intervenções foram aqueles no ambiente de dentro da aeronave. A companhia foi a primeira e a que manteve por mais tempo a poltrona do meio interditada e estruturou novas rotinas de limpeza. A principal delas foi aprofundar o nível do trabalho de higienização feito nos aviões. Todas as aeronaves da companhia passaram a ser submetidas, a cada nova viagem, a um procedimento feito com nebulizadores eletrostáticos. O procedimento dura cerca de duas horas, dobra o número de pessoas que participam mas gera a segurança necessária contra a covid. “Os aparelhos são manuseados de forma a cobrir todas as superfícies e os produtos utilizados são capazes de eliminar as bactérias”, aponta o gerente. Mas não é só. Durante o voo, todos os banheiros são higienizados a cada uma hora e, aos poucos e com o apoio da Mayo Clinic, o serviço de bordo está sendo reintroduzido. ANTES DO AVIÃO Há também outros cuidados relacionados à contaminação da covid-19 antes da entrada no avião. A empresa atuou nos aeroportos onde trabalha instalando divisões de acrílico nos balcões de atendimento, instruções de distanciamento no chão e modificou o método de embarque. Agora, a equipe convoca os passageiros partindo dos que têm assento nas ltimas fileiras, sempre em grupos de dez. Antes disso tudo também houve mudança. Segundo conta o executivo, quando as reservas são confirmadas, o viajante recebe no e-mail um link. A partir dele é possível acessar uma página na qual há indicações para carregar o arquivo do teste de coronavírus que é necessário apresentar em quase

Colaborador da Delta, Gerson Silva apresenta um nebulizador eletrostático, equipamento adotado pela empresa para para higienizar as aeronaves

todos os destinos para os quais a companhia voa. Esse documento fica carregado no cadastro do cliente e pode ser acessado no momento do check-in, ainda feito no balcão. No quesito bagagens a empresa também trabalhou e implementou um sistema de chip na etiqueta. Com ele, o viajante pode acompanhar em tempo real o destino da mala. Todas essas práticas adotadas foram sugestão de clientes e depois avaliadas positivamente, segundo comenta o gestor da empresa. EQUIPE Mas houve também ações relacionadas às equipes de trabalho. Conforme lembra Sienra, ainda no ano passado, no auge da crise, a Delta criou um plano de afastamento voluntário que foi aceito por 45% da força de trabalho.

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Aos poucos, com a volta dos voos, esses profissionais estão sendo reintegrados às suas equipes e treinados para o novo momento. Esse processo de afastamento, segundo acredita o executivo, evitou demissões e preservou empregos. Atualmente, todas as tripulações da Delta são testadas a cada 15 dias e a qualquer sinal de contato com pessoas positivadas para covid-19 são imediatamente afastadas.

Em todas as entradas dos aviões há dispensers com álcool gel

LUCRATIVIDADE Todas as mudanças de rota adotadas em nome da gera ão de confian a tam ém servem ao prop sito de recuperação da lucratividade da companhia, assim como lembra Sienra. “A gente tem sido muito disciplinado, globalmente falando, com a capacidade da empresa de identificar onde estão os melhores espaços para retomar a capacidade e a malha de voos e a partir daí, revisar as oportunidades”, diz. Também na tentativa de aumentar os ganhos da empresa, a Delta tem apostado na criação de novas políticas de remarcação de passagem, dando maior flexibilidade para os clientes organizarem suas viagens. Na mais recente medida nesse quesito, os viajantes da Delta Air Lines que precisarem alterar seu voo no dia da partida podem aguardar um voo alternativo, antecipado, sem pagar taxa.

SUSTENTABILIDADE NA DELTA A Delta também tem aumentado os investimentos e ações no plano de sustentabilidade. Nesse sentido, Sienra lembra que a companhia já faz voos com o Combustível de Aviação Sustentável (SAF, na sigla em ingl s e amplifica os esfor os para zerar as emissões de carbono geradas com os voos realizados em todo o mundo. O executivo assegura ainda que há metas estabelecidas para ter, no mínimo, 10% dos voos operando com SAF até 2030. A empresa ressalta que existem também ações de apoio a comunidades nos destinos onde atua. Esse trabalho é feito por meio de parcerias com ONGs para desenvolvimento educacional e profissional de pessoas ligadas a essas organizações. n

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Novo modelo de limpeza da delta pede para que produtos de higienização cubram todas as superfícies que viajantes possam alcançar


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