PANROTAS 1.489 by PANROTAS Editora

Edição nº 1.489 - Ano 29 | 20 a 26 de setembro | www.panrotas.com.br

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Crise provocada pela pandemia é vista por algumas empresas como o momento ideal para realizar projetos ambiciosos e tomar a dianteira na retomada. Neste mês, American e Gol acrescentaram cifras bilionárias à parceria, Tomas Perez revelou detalhes de uma holding e Marcelo Cohen voltou a mostrar sua sede por aquisições

Robert Isom, da AA Marcelo Cohen, da Belvitur

Paulo Kakinoff, da Gol

Tomas Perez, da Teresa Perez

Entre o Atlantico Norte e o Mediteraneo, a França goza de uma localização privilegiada que faz do país um importante destino turístico. A França seduz viajantes de todo o mundo com seu “savoir faire” cultural, sua gastronomia e a variedade de suas paisagens. Fundada em uma longa e rica história, a França tem muito a mostrar. Admire as principais atrações que fizeram da França um destino de classe mundial e participe de uma extraordinária experiência cultural. Da Torre Eiffel à Riviera Francesa, incluindo os castelos do Vale do Loire e o Monte Saint-Michel, prepare-se para uma viagem maravilhosa. Se você está procurando praias cristalinas, vá para o sul até a Córsega; para visitas mais culturais, o norte da França é o melhor. Com seu croissant quente da boulangerie em uma mão e sua taça de champanhe na outra, viva o estilo de vida francês.

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ÍNDICE

nº 1.489 | 20 a 26 de setembro de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 05 Editorial - Disrupção até a segunda página

Página 07 EUA amenizam o status de risco do Brasil

Página 08 Holanda facilita entrada de brasileiros

Página 09 Chile reabre, mas exige quarentena

Página 10 Mudanças na regulamentação de pagamentos internacionais

Página 11 Diversa Turismo contrata e quer mais

Página 12 Nova atração da marca Johnnie Walker

Página 13 Latam anuncia Noronha e outros destinos

Página 14 Gol voará de Congonhas a Bonito (MS)

Página 15 Azul anuncia novos voos para o verão

Página 16 Portal PANROTAS, top 100 do Turismo on-line

Página 17 American Airlines e Gol, uma parceria bilionária

Página 22 Tomas Perez pretende estabelecer uma holding

Página 26 Marcelo Cohen lançará travel tech e negocia compra da Flytour

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima. Media Partner

GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Associações

Parceria Estratégica

Editorial

DISRUPÇÃO ATÉ A SEGUNDA PÁGINA Verdade, o Uber e demais plataformas de sharing economy chegaram e mudaram o setor de mobilidade, com a ideia singela, colaborativa e sustentável de permitir o compartilhamento de veículos, monetizando as caronas. No horário em que o carro está livre, parado ou subutilizado, e para termos menos carros nas ruas, vamos compartilhar. Um tapa na cara também do péssimo serviço de táxis nas principais cidades do mundo. Acabou o “monopólio”. Com o tempo, e aqui falamos da realidade brasileira, o Uber superou os táxis em seus piores momentos: motoristas que cancelam corridas curtas, péssimo serviço, carros velhos e sujos, pessoas estressadas no volante e no banco de trás. O compartilhamento de carros ficou na ideia de uma startup bem-intencionada. O Uber virou trabalho fixo e exaustivo de motoristas que precisam trabalhar 15 horas por dia (ou mais) para cobrirem os custos. Os consumidores começam a olhar com simpatia os táxis, que, vejam só, melhoraram seus serviços, mantendo ao fundo, a “experiência” de anos nas ruas. Corridas curtas? Nenhum motorista gosta. Mas faz parte do trabalho de todas as modalidades, que precisam ter sustentabilidade para suportar todo tipo de deslocamento. A startup nasceu inovadora, disruptiva e acabou se transformando numa empresa com serviço ruim, com motoristas insatisfeitos e comparável aos táxis de antigamente. Ideias boas serão sempre contamináveis e o objetivo da startup, no fundo, é pegar o lugar da empresa dominante? Com a hospedagem compartilhada, a imagem ingênua do hóspede dormindo no sofá da sala ou no quarto de visitas acabou. Hoje a realidade é de tiozinhos administrando vários imóveis para serem “compartilhados”, brigas de condomínio e senhores bem de vida continuando a morar em suas belas casas, enquanto compram ou investem em outras para uma rede local de imóveis para alugar. De vez em quando aparece a notícia de que dá para dormir no sofá de

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Friends ou no castelo do Drácula, mas o dia a dia é de apartamentos empoeirados, brigas legais pelo não pagamento de tributos, questões de segurança e mais uma startup que só tinha o sonho de crescer e ser uma rede hoteleira. Com as travel techs ainda é mais radical a mudança: fazemos tudo que uma TMC faz, mas como já nascemos digitais, leves, tecnológicos... podemos usar um nome mais bacana e destacar toda a tecnologia que não criamos, mas ajudamos a adaptar, integrar e fazer funcionar de uma forma mais fluida. Disrupção? Ou Marketing? Serviço ao viajante corporativo ou apenas tecnologia na veia? Como ser disruptivo e manter o DNA de inovação? Como manter-se uma low cost na aviação? Não comprando ou se unindo a outras empresas. Mantendo-se no nicho. Não sonhar em ser uma legacy carrier. Pois se essa ambição surgir... bye bye asas do baixo custo, baixa tarifa. Onde manter seu negócio, eis a questão... Como deixar todos os envolvidos felizes? Como fazer o concorrente desaparecer sem ocuparmos seu espaço e nos transformamos nele? Como manter o passo a mais da inovação e evolução? Perguntas complexas, temas espinhosos, opiniões polêmicas. O importante é pensar e se planejar para não acabar na vala dos serviços péssimos, não ter a imagem glamurosa e jovem precisando de botox e intervenções a cada ano, fazendo com que a então sonhadora e dinâmica startup logo seja vista como um dinossauro a ser exterminado. E que venha o próximo desafiante.

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Os destaques do Turismo Destinos

Risco alto: notícia boa Os Estados Unidos classificam o Brasil como um país de risco "alto" em relação à pandemia de covid-19. A notícia é boa, visto que o País era classificado como "Muito Alto". Quem assim classifica é o Centro de Controle de Doenças estadunidense (CDC). Na categoria anterior, o governo alertava que viagens para cá fossem evitadas. Agora, pede que os cidadãos estejam totalmente vacinados ao viajarem para território basileiro. No entanto, apesar da nova classificação do País, brasileiros continuam não sendo liberados a entrar diretamente nos Estados Unidos. n

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Os destaques do Turismo

Destinos

Holanda derruba quarentena A partir de 22 de setembro, viajantes vacinados do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e de outras áreas de "alto risco" não precisarão mais fazer quarentena ao visitar a Holanda. No entanto, os outros requisitos continuam valendo para entrar no país: apresentar prova de vacinação completa há pelo menos 14 dias; apresentar teste negativo para covid-19 realizado até 48 horas antes do embarque; e preencher formulários de saúde. Todas as vacinas aplicadas no Brasil são aceita pelas autoridades holandesas. n

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Destinos

Chile reabre, mas exige quarentena O Chile estará reaberto a brasileiros a partir de 1º de outubro. Todas as vacinas aplicadas no Brasil são aceitas, no entanto, várias regras são exigidas pelo país andino, como uma quarentena de cinco ou sete dias em local escolhido pelo visitante (não mais em hotéis apontados pelo governo). Outras exigências incluem certificado de vacinação completa, contratação de seguro viagem contra a covid-19 e preenchimento de documentos no site do governo do Chile. n

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Economia e Política

Pagamentos internacionais

O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) alteraram a regulamentação cambial e de capitais internacionais para alinhálas às inovações tecnológicas e aos novos modelos de negócios sobre pagamentos e transferências internacionais. As novas medidas permitirão que as instituições de pagamento (IPs), as fintechs, autorizadas a funcionar pelo BC, também possam operar no mercado de câmbio, atuando exclusivamente em meio eletrônico. Atualmente, somente bancos e corretoras podem fazer as operações. Essa permissão entrará em vigor em 1º de setembro de 2022 e as demais medidas em 1º de outubro deste ano. n

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Operadoras

Mais contratações na Diversa

Nove contratações foram anunciadas pela Diversa Turismo na semana passada. A principal delas é de Erivaldo Silva, conhecido como Sagui, para Produtos Brasil, mas há outras oito nas áreas de Vendas, Grupos e Atendimento às Agências. A operadora do Grupo Arbo pretende contratar mais profissionais nos próximos dias. n

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Destinos

Johnnie Walker Princes Street

Com instalações inéditas em uma área de mais 6 mil metros quadrados, a Johnnie Walker Princes Street foi inaugurada em Edimburgo, na Escócia, reunindo bares no rooftop, restaurantes, loja, além de oferecer degustações sensoriais, tours personalizados e performances ao vivo. A atração desenvolvida em colaboração com BRC Imagination Arts é peça central do investimento de 185 milhões de libras da Diageo no Turismo do uísque no país. n

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Aviação

Latam estreia em Noronha A Latam Airlines anunciou que abrirá operações para sete novos destinos nacionais no primeiro trimestre de 2022: Fernando de Noronha (PE), a partir de Recife, Presidente Prudente e Bauru (SP), Juiz de Fora (MG), Cascavel (PR), Caxias do Sul (RS) e Sinop (MT). A Latam, com esses novos investimentos, ampliará em quase 30% a quantidade de aeroportos atendidos no País na comparação com 2019, passando de 44 para 56 até o primeiro trimestre de 2022. n

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Aviação

De Congonhas a Bonito A Gol Linhas Aéreas começará a voar do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Bonito (MS). Serão duas frequências semanais, sem escalas, de ida e volta, às quintas e aos domingos. Em Congonhas (CGH), a decolagem está prevista para as 12h40 e, a aterrissagem no Aeroporto Regional de Bonito (BYO), às 13h40. A saída do novo destino acontecerá às 14h20, com pouso na capital paulista às 17h10 (horários locais). Os voos serão operados com o jato Boeing 737-700, com capacidade para 138 passageiros. n

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Aviação

Azul se prepara para o verão

A Azul anunciou, nos últimos dias, o reforço de vários destinos para a alta temporada de verão. No Mato Grosso, Cuiabá, Rondonópolis e Sinop ganham novas frequências a destinos de férias em várias regiões do Brasil. Em Goiás, Goiânia e Caldas Novas recebem novas rotas. O Paraná é reforçado com 14 serviços sazonais. De Uberaba (MG), a aérea voará a seu hub em Campinas, além de Maceió e Porto Seguro. A partir do Rio Grande do Norte, haverá voos a Presidente Prudente, Bauru e Ribeirão Preto, em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Recife e Uberlândia (MG). n

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Mercado

PANROTAS é Top 100 O Portal PANROTAS é um dos 100 sites mais acessados do Turismo no Brasil. Em uma lista na qual constam aplicativos de transporte urbano, grandes OTAs, sites de companhias aéreas, empresas rodoviárias, redes hoteleiras, hospedagem alternativa, locadoras, metabuscadores, programas de milhas, blogs voltados ao consumidor final e outras categorias, a PANROTAS fez bonito como a única mídia exclusivamente voltada ao trade turístico, no 53º lugar. A pesquisa é apontada pela startup Onfly, com base na plataforma SimilarWeb, e mostra os acessos de todos os stakeholders da indústria de Viagens e Turismo. Os dados mostram que o mês de julho fechou com um total de 206,1 milhões de visitas no top 100, um valor 15,39% maior do que o mês anterior, que teve 178,6 milhões. O Portal PANROTAS teve mais de 578,5 mil acessos nesse mês, aponta a consultoria. n

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Aviação Artur Luiz Andrade

ACORDO BILIONÁRIO A parceria entre American Airlines e Gol entrou em uma nova etapa após acordo anunciado na semana passada, que inclui investimento de US$ 200 milhões da empresa americana na brasileira (mais de R$ 1 bilhão), codeshare mais intenso e profundo, criando a maior malha entre o Brasil e os Estados Unidos, cooperação comercial entre as duas companhias, incluindo mais voos para mais destinos em ambas as empresas, e mais benefícios em 2022 nos programas Smiles, da Gol, e AAdvantage, da American, criando o maior programa conjunto de fidelidade. A parceria entre as duas companhias foi iniciada com um codeshare em 2020 e agora se dirige a um novo patamar. “A American Airlines é há muito tempo a empresa aérea americana líder na América do Sul e nossa parceria mais forte e intensa com a Gol solidifica essa posição de liderança, disse o presidente da AA, Robert Isom. “Nossa malha aérea de longo curso casa perfeitamente com a forte malha doméstica da Gol. Juntas, vamos poder oferecer aos clientes voando, dentro e

a partir do Brasil, acesso à maior rede com as menores tarifas e com o maior programa conjunto de fidelidade das Américas.” Os mais de R$ 1 bilhão que a empresa americana está desembolsando dão direito a 22,2 milhões de ações preferenciais na Gol, com uma participação de 5,2% na empresa brasileira. CODESHARE EXCLUSIVO A Gol será a única parceria de codeshare da American Airlines no Brasil e os viajantes alcançarão 30 destinos da AA nos Estados Unidos e mais de 20 novos destinos na América do Sul servidos pela Gol. “Esse novo acordo de codeshare entre duas das empresas líderes nas Américas combina nossas malhas altamente complementares para oferecer aos clientes uma experiência de viagens melhor, com o maior número de voos e destinos nas Américas do Sul e do Norte”, disse o CEO da Gol, Paulo Kakinoff. “Acreditamos que essa aliança irá fortalecer a presença da Gol em mercados internacionais, acelerar nosso cresci-

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mento a longo prazo e maximizar valor para nossos acionistas. Isso se soma a nossa confiança no crescimento da Gol, à medida que as economias reabrem e a demanda de viagem aumenta.” A nova relação entre Gol e American também vai permitir cooperação comercial em áreas como compras, ferramentas de vendas e integração de sistemas, de acordo com o permitido pelas limitações contratuais e regulatórias. A American terá um membro no board de diretores da Gol, que também fará parte do Comitê de Alianças da Gol, entre outros comitês ligados à parceria. MALHAS A malha da Gol atende 63 destinos no Brasil e 140 internacionais por meio de acordos de codeshare. A companhia confirmou recentemente que Cancún (México) e Punta Cana (República Dominicana) serão suas primeiras rotas internacionais a reabrir desde o início da pandemia de covid-19. A Gol começará a operar voos nessas rotas em meados de novembro de 2021. Nos últimos 10 anos, a American transportou mais de 14 milhões de passageiros entre o Brasil e os Estados Unidos, representando mais do que o dobro do tráfego da segunda maior empresa aérea americana. A previsão da American é chegar a dezembro deste ano com 31 voos entre o Brasil e os Estados Unidos. A companhia atende a América Latina desde 1942 e oferece serviços para 17 destinos na América do Sul, incluindo São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG) no Brasil, a partir de seus hubs nos EUA em Dallas-Fort Worth (DFW), Miami (MIA) e Nova York (JFK).

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Paulo Kakinoff, CEO da Gol

FIDELIDADE Os programas de fidelidade Smiles da Gol e AAdvantage da American serão parceiros no maior programa conjunto de passageiros frequentes das Américas, com benefícios superiores já no início de 2022. Isso incluirá acesso para membros do programa a inúmeros benefícios, tais como prioridades no checkin, na inspeção de segurança e no embarque, uma maior franquia de bagagem despachada, acesso a salas VIP e assentos preferenciais em ambas as empresas aéreas. Os clientes poderão ganhar e resgatar milhas de passageiro frequente em qualquer das duas aéreas. A parceria entre a Gol e a American também permite que os clientes adquiram voos de conexão em ambas as empresas por meio de uma única reserva, além de criar uma experiência extremamente conveniente de emissão de bilhetes, check-in, embarque e despacho de bagagem ao longo de toda a viagem. INVESTIMENTO Richard Lark, diretor vice-presidente financeiro da Gol, acrescentou sobre o acordo: “O investimento representa o reconhecimento, por uma grande empresa aérea americana, do valor da companhia como a maior aérea do Brasil e fornecedora do melhor produto. Além disso, o investimento, quando somado aos R$ 2,7 bilhões de capital de longo prazo captado no 2T21, eleva o capital de longo prazo total levantado para mais de R$ 3,7 bilhões nos últimos seis meses, incluindo mais de R$ 2 bilhões de capital novo. Essa liquidez adicional melhora ainda mais a flexibilidade financeira da Gol, ao mesmo tempo que minimiza a diluição para os acionistas.” Todos os detentores de ações preferenciais da companhia, incluindo na forma de ADRs, poderão exercer seus direitos de preferência para subscrever uma parte das novas ações emitidas proporcionalmente às suas participações existentes. Espera-se que os termos e condições detalhados do aumento de capital sejam aprovados pelo Conselho de Administração da Gol e divulgados oportunamente, incluindo o valor final do aumento de capital em reais, o preço de emissão, a data de registro e os períodos e procedimentos para o exercício do direito de preferência pelos acionistas da companhia.

Robert Isom, presidente da American Airlines

GOL REFINANCIA DÍVIDAS Também na semana passada, a Gol anunciou um acordo com as condições de refinanciamento de R$ 1,2 bilhão da sua dívida, que tem vencimento no final de 2024. Segundo informou a companhia, o movimento representa a última etapa do programa de gestão de passivos, o que permitirá que a companhia retorne ao patamar de dívida de curto prazo desde 2014, cerca de R$ 500 milhões ao fim do terceiro trimestre. "A Gol anuncia que concluiu os termos e condições do refinanciamento da dívida da GLA Linhas Aéreas S.A., uma unidade operacional da Companhia, no valor de R$1,2 bilhão com vencimento final em 2024. Os participantes do sindicato são bancos locais, e a transação está sujeita a aprovações finais e assinatura da documentação", aponta parte do comunicado a investidores. n

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Mercado Artur Luiz Andrade

Tomas Perez, CEO da Teresa Perez Tours

HOLDING A CONSULTORES DE LUXO Uma das maiores referências do País quando o assunto é Turismo de luxo, a Teresa Perez Tours, em especial seu CEO, Tomas Perez, vem sinalizando há algum tempo que pretende diversificar os negócios no Turismo. Gradualmente, importantes passos vão sendo dados, como os do começo deste mês. Na ocasião, o empresário revelou parte de um novo projeto, uma holding com empresas que tenham sinergia e se complementem. O objetivo é ter na holding todas as etapas da jornada do viajante: a Teresa Perez Tours, com as viagens de alto luxo, a nova Embark Beyond Brasil, também de luxo, mas voltada a agentes de viagens associados, e ainda uma empresa de tecnologia, que já tem o app Explore.It como âncora, uma operadora um degrau abaixo em relação ao padrão da Teresa Perez. Há ainda uma consolidadora de bilhetes aéreos (mas Tomas Perez não gosta desse nome, então será uma empresa que cuidará de todo o aéreo do grupo, com o padrão Teresa Perez). E vale destacar ainda a primeira empre-

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sa aberta nessa nova onda de diversificação, a TP Corporate by LTN, criada no ano passado e voltada ao segmento corporativo. EMBARK BEYOND BRASIL A segunda empresa a sair do papel é a Embark Beyond Brasil, uma joint-venture com a Embark Beyond, baseada em Nova York e com escritório em Miami. A Embark Beyond foi lançada há poucos anos por Jack Ezon, Eli Ashear e Julie Danziger, figuras renomadas no segmento de viagens de alto padrão nos Estados Unidos. O projeto, já iniciado com a contratação de Sylvia Silva (sylvia.silva@embarkbeyond. com.br), que já trabalhou na Teresa Perez e estava na Selections, é ser uma host agency (agência anfitriã) para uma rede de agentes de viagens independentes, ou associados, como será a nomenclatura na nova empresa. Esses profissionais se associarão à Embark Beyond Brazil e passam a contar com as negociações exclusivas da nova holding (especialmente da Teresa Perez), com benefícios junto a fornece-

dores, treinamentos, estrutura de marketing e vendas e todo o apoio na jornada do passageiro. O modelo não é novo e a própria Teresa Perez já ensaiou um movimento nessa direção, mas a expertise da Embark Beyond, segundo Perez, somada ao prestígio e credibilidade da operadora brasileira que já soma três décadas, farão a diferença. “A Embark Beyond identificou o mercado brasileiro como um local lucrativo para lançarmos nossa primeira incursão internacional”, justificou Julie Danziger. “Pretendemos exportar nosso approach único para construir negócios estratégicos de viagens de luxo em um mercado que carece desse serviço.” Segundo ela, ao contrário dos Estados Unidos, há uma falta de cultura de host agency no Brasil. Por lá, a grande maioria dos agentes e consultores de viagens trabalha nesse modelo. “Nosso plano de negócios, ferramentas de marketing e approach em relação ao posicionamento de luxo trouxe resultados de crescimento de 400% a 500% para nossos agentes associados na América do Norte”, conta a empresária. META DE ASSOCIADOS A meta para o Brasil é chegar a 50 associados em quatro anos, o que explicita que qualidade será o vetor para a seleção dos agentes independentes. Hoje a Teresa Perez tem uma rede de 650 agências de viagens que compram regularmente, mas os associados da Embark Beyond Brasil podem sair tanto dessa lista quanto de apostas desconhecidas do mercado. “É preciso ter relacionamento, paixão pelo Turismo e dedicação”, afirma Tomas Perez. Nos Estados Unidos, a empresa tem 80 associados. “Vimos que há uma oportunidade no cenário pós-covid no Brasil para oferecer a empreendedores brasileiros uma forma de ganhar mais dinheiro por meio de uma agência anfitriã inovadora e poderosa. E, mais importante, pelo privilégio de nos associar à mais respeitada e prestigiosa empresa de viagens de luxo no Brasil, a Teresa Perez Tours”, acrescentou Jack Ezon. “Como muitos nesse setor, admiro a família Perez há décadas. A integridade e intransigência nos serviços fizeram dos Perez líderes no segmento de luxo ao redor do globo. Tomas Perez se tornou um

Jack Ezon, da Embark Beyond

homem de múltiplos negócios e juntamente com a Embark Beyond USA vê um novo horizonte no apoio e serviço dos consultores de viagens brasileiros.” A recíproca é verdadeira. “Quando vimos a plataforma, soubemos que não havia no que pensar mais. Não há nada como as ferramentas e modelo da Embark Beyond no Brasil. Com eles vamos tornar os consultores associados mais eficientes, fazê-los ganhar mais dinheiro e olhar para seus negócios de forma proativa e estratégica, em vez de passiva e reativa”, declarou Tomas Perez. A Embark possui um sistema próprio para reservas de aéreo e hotel e apresentou grande crescimento na pandemia, ajudando os associados a se posicionarem no mercado. Marketing, treinamento e tecnologia serão os pilares da nova empresa, que conta com uma academia, a Embark Academy.

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PRESTES A SER LANÇADA O lançamento oficial da Embark Beyond Brasil será entre outubro e novembro. Neste momento, Silvia Silva está montando a equipe e fazendo uma operação de soft opening com um associado. “Vamos traduzir todas as ferramentas (quanto à língua e nuances culturais) para trazer o que há de mais relevante ao mercado brasileiro”, disse a líder da Embark no Brasil. “É como um clube de associados, em que a host agency entra com a estrutura e a mentoria e os membros trocam experiências, se reúnem, criam novos laços”, explica Perez, que já tem a sede da Embark Beyond Brasil, na avenida Faria Lima, em São Paulo. HOLDING Teresa Perez Tours, TP Corporate by LTN e Embark Beyond Brasil se juntarão a novas empresas que estarão sob o guarda-chuva de uma holding que está sendo criada. “Estamos lançando essas empresas e ao mesmo tempo conversando com alguns players para possíveis investimentos”, diz Tomas Perez, que prefere ainda não dar detalhes sobre a consolidadora e uma possível nova operadora, que atenderia ao patamar abaixo da Teresa Perez. Novas áreas de investimento, que dialoguem com esse marketplace que está sendo criado, também estão no radar de Tomas Perez. Um dos próximos lançamentos será a nova versão do Explore.It, app para os agentes de viagens, que integra todas as vendas e faz o gerenciamento da jornada do cliente. “Teremos na holding especialistas para cada tipo de produto ou processo, em setores complementares”, resume Perez, que disse estar contente com os resultados da TP Corporate by LTN, mesmo sem a volta das grandes viagens internacionais, por questões de restrições dos países. A empresa vai levar grupos corporativos para a Expo Dubai e recebeu muitas oportunidades de negócios desde que foi lançada. RETOMADA Na Teresa Perez, segundo seu CEO, a retomada está chegando à medida que os destinos vão reabrindo. “No primeiro semestre vendemos as viagens de vacina, com quarentena no Caribe ou México e o tíquete média era altíssimo. Foram poucos viajantes, mas em um volume muito gran-

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Julie Danziger, da Embark Beyond

Sylvia Silva, responsável pela Embark Beyond Brasil

de investido. Agora esse tipo de viagem diminuiu e vemos a retomada mais próxima da normalidade de antes da pandemia”, analisa. Normalidade que tem seus gargalos, como a disponibilidade de voos e quartos de hotel e os preços nas alturas, afinal, seja de luxo ou não, o cliente tem uma percepção e expectativa de preço. E hoje esses preços podem estar três ou quatro vezes mais altos. “Planejem-se, não deixem para última hora. Teremos muito trabalho pela frente, mas vejo com bons olhos os próximos meses”, finaliza Tomas Perez. Saiba mais sobre o projeto de associados da Embark Beyond Brasil com Sylvia Silva: sylvia.silva@embarkbeyond.com.br

Mercado Artur Luiz Andrade

Marcelo Cohen

NO CONTROLE DE TUDO Marcelo Cohen, da Belvitur e de outros negócios dentro e fora do Turismo, continua fazendo investimentos importantes no setor. Na semana passada, dois anúncios relevantes partiram do empresário mineiro, ambos envolvendo aquisições. Uma delas já foi concretizada: é a compra de empresas do ramo de tecnologia, que resulta no lançamento de uma nova travel tech no mercado, a ser lançada nos próximos dias. A outra, em negociação, envolve a compra do Grupo Flytour, uma das maiores empresas de Turismo do Brasil. TRAVEL TECH “Compramos a expertise da Open Travel, do Ricardo Gonçalves, estamos fazendo o rebranding e lançando uma empresa completa e, o principal, com tecnologia própria, para todas as fases da viagem”, disse Marcelo Cohen, diretor da Belvitur, à PANROTAS. O grande pulo do gato do projeto da nova travel tech da Belvitur, segundo Cohen e Ricardo Gonçalves, é ser dona de toda a tecnologia envolvida: ferramentas de expense, OBT (on-line

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booking tool), atendimento 24/7, meio de pagamento (por meio de uma outra empresa que está sendo adquirida), ferramenta de mobilidade (com todos os meios de transporte, inclusive locadoras, Uber e 99) e diversos projetos que usam inteligência artificial. Tudo isso com serviço. “Estamos juntando o melhor de dois mundos. A qualidade do atendimento é primordial e ele se dá da forma mais adequada ao cliente, seja WhatsApp ou aplicativo”, explica Cohen. "As travel techs trouxeram as novas ideias ao mercado, mas operam com sistemas e plataformas de terceiros. A travel tech que estamos desenvolvendo na Belvitur é dona de toda a tecnologia, tem controle de tudo, e entregamos com serviço”, adiciona Ricardo Gonçalves, que deixou a ExpenseMobi em 2018 para lançar a Open Travel, já com uma visão mais ampla e completa dos negócios de viagens corporativas. Ele tocará a nova startup da Belvitur. "Estamos desenvolvendo a plataforma da próxima geração pós-pandemia." “A nova startup terá Iata próprio, não

Ricardo Gonçalves, fundador da Open Travel

precisando emitir em consolidadoras, como as demais travel techs. Até outubro vamos anunciar o novo nome da travel tech, que já nasce com 50 colaboradores e mais 200 por trás no suporte”, finaliza Marcelo Cohen, que promete mais anúncios nos próximos dias. Estamos de olho. NEGOCIAÇÃO COM O GRUPO FLYTOUR Cohen confirma que está em processo final para a compra do Grupo Flytour. Até o momento o projeto envolve apenas recursos do empresário e ele afirma que se trata de um plano mais robusto para o Turismo, envolvendo outras empresas que serão anunciadas em breve. Não há prazo ainda para a finalização do negócio com Elói D’Ávila de Oliveira, CEO do Grupo Flytour. Procurada, a empresa, por meio de seu diretor executivo, Daniel Rodrigues, disse apenas que a “Flytour está construindo soluções sofisticadas de capital para sua reestruturação”. Em julho, Rodrigues já havia falado à PANROTAS sobre a renegociação de parte da dívida do grupo. A empresa também vem contratando novos executivos, como Flavia Posani, Rei-

Daniel Rodrigues, diretor da Flytour

fer Souza, Gregorio Polaino e um novo CFO, entre outros. Marcelo Cohen, mesmo confirmando a negociação e esse processo mais robusto à PANROTAS, preferiu não adiantar detalhes, garantindo que se interessou pela Flytour por ser uma empresa completa e com credibilidade. n

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PANROTAS — 5 a 11 de maio de 2021

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PANROTAS — 28 de junho a 4 de julho de 2021