ANO 30 | 1.512 | 21 A 27 DE MARÇO DE 2022
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TENDÊNCIAS DO TURISMO
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junho 2022
CENTRO FECOMERCIO DE EVENTOS SÃO PAULO
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ÍNDICE
ANO 30 | 1.512 | 21 a 27 DE MARÇO DE 2022 | www.panrotas.com.br | R$ 11,00
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Editorial - As diferentes caras da retomada
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CVC Corp - Resultados de 2021 e otimismo com 2022
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Parcerias - Transamerica Comandatuba e PANROTAS promovem torneio de beach tennis
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Barcelona - Viaje conosco por 12 áreas do lindo destino catalão
Página 33
Claris Hotel & Spa - Hospede-se em um museu de luxo
Página 36
Cava Codorníu - Por dentro da produtora de vinhos mais antiga da Espanha em atividade
Página 40
Infográfico - Cancelamentos de voos em janeiro se refletem em buscas no Google
Página 41
Copastur - TMC abre hub de inovação no Rio de Janeiro
Página 42
BWH Hotel Group - Novo country manager se anima com possibilidades de negócios Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code ao lado.
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade
Media Partner
Parceria Estratégica
Editorial
AS DIFERENTES CARAS DA RETOMADA. SIM, ESTÁ MAIS DIFÍCIL Quem está atento às consequências de dois anos de pandemia para o mundo, os destinos, os profissionais, as empresas e pessoas em geral, sabe que voltar a viajar é uma realidade, mas muito mais complexa e difícil que antes da crise. A aparente volta à normalidade, com fronteiras abertas, máscaras caindo e eventos retornando, esconde mudanças profundas por que cada um dos players passou nesse período, e um novo modo de olhar a vida e as viagens que, mesmo em detalhes, transforma todo o setor. Basta ver a crise de empresas para conseguir bons profissionais, para repor os que foram demitidos na pandemia. Trabalhadores que encontraram novos caminhos, que não querem a mesma rotina estressante de antes, que empreenderam, que trocaram de área ou mudaram radicalmente de vida não estão mais disponíveis para as mesmas funções da antiga normalidade. A ansiedade, a busca pelo bem-estar e pela qualidade de vida, o tempo com qualidade com a família, o investimento em projetos pessoais, entre outros anseios, como saúde física e mental, também estão do outro lado do balcão do hotel, do restaurante, da loja, da linha telefônica. Esse gap de empregabilidade vai trazer transtornos temporários e mudanças na forma de trabalhar que vieram para ficar. O híbrido, os ambientes menos lotados, o serviço mais personalizado, um ritmo mais pausado, a menor ocupação... tudo isso vai conviver com os mega shows, com as baladas e os destinos da moda. Quem é seu cliente nesse novo cenário? E qual o papel do seu colaborador? Recente debate promovido pela ILTM, PANROTAS e Fairmont Rio de Janeiro sobre as viagens de luxo mostrou que esse segmento é um exemplo desse novo quadro do Turismo. Veja a seguir algumas ponderações.
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Os passageiros estão ainda mais diversos. Ainda há o viajante em busca do luxo ostentação, com hospedagem em palácios. Mas há também o que busca a ostentação da experiência, cada vez mais única, exclusiva e instagramável.
Há uma grande aposta nos que querem a autenticidade. Melhor ser bem recebido pelo sorriso sincero e a comida regional caseira do litoral de Alagoas, com o mar verde à frente e muitas histórias e experiências para vivenciar, do que com a frieza ensaiada dos grandes hotéis que apostam no esnobe, quando não no brega exagerado. E ainda temos os viajantes responsáveis, cada vez em maior número, os que querem contribuir socialmente, os
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que querem fugir, os que querem se encontrar, os que querem aprender e ensinar, os que valorizam as pessoas à volta e que retornam da viagem maiores e melhores. Com o gosto de missão cumprida, afinal, só se vive uma vez. Como identificar cada passageiro e suas peculiaridades? Ouvindo, conversando olho no olho, experimentando com ele.
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Os destinos e fornecedores estão se transformando e oferecendo novas experiências e formas de se hospedar. Aquele hotel de 100 apartamento, hoje pode ser um conjunto de villas e suítes com apenas 50, ou menos. Aquele
destino turístico aglomerado pode estar investindo em menos gente, em mais qualidade. Oásis de hospedagem e experiências aparecem a cada momento, às vezes muito perto ou dentro de grandes cidades. Você sabe encontrar esses produtos e experiências?
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A relação com o fornecedor também mudou. Os problemas estruturais e financeiros pressionam o relacionamento, a multicanalidade e a tentação de ir apenas atrás da venda direta aumentam a dificuldade da receita de distri-
buição e a grande cadeia de Viagens de Turismo pode estar se transformando em bolhas menores, em elos mais selecionados, mas que não podem perder o contato com o todo. O serviço está sendo desafiado, mas é preciso ser transparente e muito claro nas regras, para que todos possam entender o momento, as causas e consequências, o que se está comprando.
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Na multicanalidade ganha sim a rapidez e os melhores acordos, o bom uso da tecnologia e a análise de dados do cliente, mas há muito espaço para o trabalho mais artesanal e diferenciado, o atendimento, o cuidado... Uma coi-
sa não exclui a outra e mesmo o robô pode se antecipar e facilitar a sua jornada. Algo que o profissional de viagens, hoje mais reconhecido e necessário, faz há anos e muito melhor. Mas você se atualizou? Qual seu plano de trabalho para esse momento pós-pandemia?
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Preço ou facilidades? Desconto ou benefícios? Parcelamento a perder de vista ou upgrades e mimos? No final das contas todos querem “apenas” uma viagem memorável. E a jornada inteira precisa contribuir para isso.
O foco de cada viajante é diferente, mas ele quer viajar sem problemas (e ele não tem de entender sempre que o fornecedor está sem sistema ou sem colaborador qualificado), ter a melhor experiência possível e poder contar com profissionais que o ajudem e apoiem em cada etapa. Não está fácil. Os preços disparando não ajudarão nessas equações. A falta de bons profissionais em todas as áreas também, mas lembremos que todos nós mudamos. O viajante se tratado com transparência, respeito, atenção e com um bom serviço, vai entender possíveis falhas aqui e ali, de olho em um momento que o fará recordar para sempre que: só se vive uma vez.n Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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PORTAL PANROTAS único veículo de Turismo auditado pelo IVC 21 a 27 de março de 2022 — PANROTAS
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CVC Corp
OTIMISMO IMPERA APESAR DO PREJUÍZO Leonel Andrade, presidente da CVC Corp
A CVC Corp transportou 7,7 milhões de passageiros em 2021 e fechou o ano com reservas confirmadas de R$ 9 bilhões. Em 2020, as vendas haviam sido de R$ 6,4 bilhões e, em 2019, pré-pandemia, de R$ 17,1 bilhões (volume de 2021 é, portanto, 52% de 2019). O balanço do ano passado foi divulgado na última terça (15). As reservas consumidas (viajadas) cresceram 32,6% no último trimestre do ano, alcançando R$ 3,4 bilhões, mostrando a força da alta temporada. Apesar da melhora na comparação com 2020, os resultados de 2021 se mantiveram no vermelho, como desde o início da pandemia: EBITDA negativo em R$ 235 milhões e prejuízo de R$ 486 milhões no ano passado. Apesar de todos os desafios da pandemia, os R$ 761 milhões em créditos não 8
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usados, a redução de 18% de lojas físicas desde o início da crise e os impactos da guerra no setor, o presidente da CVC Corp, Leonel Andrade, tem motivos para acreditar que a companhia vai liderar a retomada do Turismo no Brasil e ampliar ainda mais a diferença no topo do pódio. Investimento recorde em tecnologia (R$ 134 milhões em 2021) e consequentemente melhoria em plataformas digitais, clientes, distribuição e marketing são alguns desses motivos. Tanto no B2C quanto no B2B a empresa anuncia aportes 20% maiores neste ano. Outra razão é o endividamento da CVC Corp, o mais baixo em dois anos, segundo o CEO. A empresa encerrou 2019 devendo quase R$ 1,8 bilhão, valor que agora está em pouco mais de R$ 323 milhões. Andrade ainda garante que foi a única de grande porte do Turismo
brasileiro a seguir pagando 100% a seus colaboradores durante a pandemia, sem grandes desmontes de áreas e estruturas e ainda com contínuo investimento. Alavancagem operacional, mapeamento de clientes, novo programa de fidelidade B2C, operação própria e liederança na Argentina e sobretudo otimismo com o arrefecimento da pandemia encerram a lista que fazem Leonel Andrade ter motivos para crer em voos mais altos. "Pela primeira vez desde que cheguei à empresa posso dizer que sou otimista em relação à pandemia. Dá para dizer que a retomada da malha aérea vai encerrar o ano em pelo menos 90% da oferta de 2019. Tem empresa que fala em 100%", comemora. "Aqui na CVC Corp acreditamos na ciência e consequentemente na recuperação de todos os negócios", conclui. n
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Parcerias
TORNEIO DE BEACH TENNIS COMANDATUBA E PANROTAS
Torneio realizado no Transamerica São Paulo premiou os três primeiros colocados com diárias no Comandatuba
Artur Luiz Andrade, da PANROTAS e Rodrigo Galvão, do Comandatuba
Pés na areia, bola para o alto e muita descontração. Em clima familiar e amistoso, Comandatuba e PANROTAS realizaram um torneio de Beach Tennis no dia 13 de março, nas quadras do Transamerica São Paulo, na capital paulista. Profissionais do Turismo levaram familiares e amigos para ter um domingo de aprendizado e diversão nesta modalidade esportiva que ganha cada vez mais adeptos no Brasil. As categorias foram iniciante e intermediário e quem subiu ao pódio em cada uma delas ganhou diárias no Transamerica Comandatuba Comandatuba, na Bahia, com acompanhante e trecho aéreo pago. “A ideia desse evento é dar um 10
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gostinho do que é o paraíso Comandatuba, na Bahia. Além disso, quem nunca jogou beach tennis, é a oportunidade de pegar na raquete e aprender as regras. Agradecemos, especialmente, a equipe que organizou essa recepção e a parceria da PANROTAS”, disse o diretor geral do Comandatuba, Rodrigo Galvão. O editor-chefe e CCO da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, salientou a importância das parcerias e das boas relações. “Obrigado a todos por nos proporcionarem uma manhã tão gostosa. Com iniciativas como essa podemos mostrar esse outro lado da PANROTAS, que é também de estabelecer parcerias - como
estamos fazendo com o Comandatuba - e criar novas relações.” A parte esportiva ficou por conta da instrutora Suzana Silva e sua equipe. Os vencedores, que levaram um troféu para casa, além de diárias em Comandatuba, foram Arthur Medina; Cristina Yoshida (Azul); Daniel Topper (Zarpo); Eduardo Ribeiro (Voetur) Flávio Louro (E-HTL); Luiz Felipe; Renato Sousa (PANROTAS); Ricardo Sidaras (PANROTAS); Rodrigo Vieira (PANROTAS); e Sylvio Ferraz (CVC Corp). Os grandes campeões da categoria intermediário foram o convidado Eduardo Ferraz, filho de Sylvio Ferraz, da CVC Corp, e o convidado João Pedro Ferraretto. n
VISÕES DE BARCELONA Destinos
Barcelona é daqueles destinos de deixar visitantes em êxtase. Se a passagem pela cidade acontecer em dias ensolarados, sejam de verão ou de inverno, então, é muito possível que os turistas sintam aquela vontade, que nem sempre passa (e pode durar a vida toda se não for satisfeita), de viver um tempo por lá.
Fabiola Bemfeito Especial para a Revista PANROTAS
Afinal, a principal cidade da Catalunha é linda, artística, funcional, charmosa, agradável, com ótima qualidade de vida. E ainda tem um time de futebol campeão como poucos que, a despeito de ter tido no argentino Messi seu principal embaixador durante muitos anos, já recebeu grandes jogadores do Brasil, como Ronaldinho Gaúcho e Neymar, para citar alguns.
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A Revista PANROTAS passou por lá para acompanhar a recuperação do Turismo local. Circulou principalmente a pé, conheceu novidades, saboreou ótimos espumantes, aprendeu ainda mais sobre o gênio de Antoni Gaudí, o grande arquiteto catalão e um dos maiores da história. E admirou, como sempre, as belezas da cidade, que conta com um povo bastante anfitrião. Da capital Madri até o destino, a reportagem pegou um trem de alta velocidade da Renfe. Foram duas horas e meia de viagem entre as duas principais cidades da Espanha. Na chegada a Barcelona, uma certeza. Aproveite tudo, mas observe os detalhes. Não perca nada. Olhe para cima, olhe para baixo. Circule o quanto puder. E, claro, interaja. A gente destaca 12 áreas, detalhes e novidades que o visitante não pode perder.
1 – OLHE PARA CIMA Um dos primeiros pontos que chamam atenção na paisagem local, como não poderia ser diferente, é a beleza de casas e prédios. Berço do mestre Antoni Gaudí, um dos maiores expoentes da arquitetura global, e de outros profissionais incríveis da mesma arte, Barcelona bebeu na tradição arquitetônica para criar edifícios cheios de detalhes. Um rápido tour pelo Paseo de Gràcia, uma das mais bonitas e tradicionais avenidas da cidade, permite ver prédios que parecem competir entre si por sua atenção. Varandas extrema-
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mente trabalhadas, com suas grades e divisórias em formatos diferenciados, paredes artesanais, portas e janelas incríveis, sejam elas quadradas ou arredondadas, pilastras desenhadas, não há como não olhar para cima ao circular pela rua. Lustres e arandelas nas ruelas, estreitas ou não, também chamam atenção dos passantes. Há ainda muitas cores nas decorações, principalmente nos ambientes voltados a centros culturais, mercados e museus. Que, obviamente, não faltam na cidade. E olha que nem chegamos nas grandes obras de Gaudí. E se o dia for de sol, tudo isso vai se juntar àquele céu azul que deixa qualquer boa foto ainda mais bonita. De olhar de joelhos.
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2 – OLHE PARA BAIXO
Belos jardins, com flores de todos os tipos e todas as cores, também chamam atenção na paisagem de Barcelona e se somam à beleza arquitetônica da cidade. Uma multidão de bicicletas, para os mais jovens as bikes, mostram que o estilo de vida local, saudável, permite abusar delas. Além de ver dezenas de bikes estacionadas pelos edifícios da cidade, elas passam o tempo todo pelos pedestres que exploram suas avenidas, ruas e ruelas. Então, se é adepto, trate de alugar a sua.
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Tour imperdível na cidade, o Paseo de Gràcia começa na Praça Catalunha e termina no bairro de Gràcia. O local surgiu para o mundo durante um marco na história recente de Barcelona, os Jogos Olímpicos de 1992, que mudaram a história da cidade, recuperaram seu centro antigo e a transformaram no centro cosmopolita que conhecemos hoje. Se é para olhar para baixo, não esqueça que um dos destaques da Praça Catalunha é justamente seu piso colorido em tons de azul e vermelho. A praça é o ponto final do Paseo de Gràcia, mas é também a confluência entre algumas das mais tradicionais avenidas da cidade – a famosa Rambla, o Portal de L’Angel e a Rambla de Catalunya. No Paseo, frequentemente comparado a duas das mais famosas e sofisticadas avenidas mundiais, a Quinta Avenida (Nova York) e a Champs Élysées (Paris), estão algumas das mais luxuosas grifes mundiais. De Burberry a Rolex, passando por Tiffany, Chanel, Cartier, Diesel ou Dior, para citar algumas poucas. Então olhe para frente, nem que seja para admirar a beleza de suas vitrines. Os bares estão em vários pontos do Paseo de Gràcia e não vai faltar vontade de ocupar uma das mesas locais, especialmente ao chegar na Praça da Catalunha, com seus bares e restaurantes, pontos de encontro locais. Cafés e casas de chá também são destaque na área.
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3 – PARE NO “QUARTEIRÃO DA DISCÓRDIA” É também nessa área do Paseo de Gràcia que estão ainda algumas das mais belas obras do arquiteto Antoni Gaudí, como a Casa Batlló e a Casa Milà (conhecida como La Pedrera). Mas a gente vai passar por elas mais adiante, e com mais detalhes. Porque aqui é preciso olhar muito para cima. E vai ser difícil parar de olhar. Não apenas pelas duas obras, mas também porque nessa área fica o chamado Quarteirão da Discórdia, assim designado em função de uma espécie de disputa entre arquitetos pelos prédios mais bonitos e, de certa forma, fantasiosos da cidade. Lá estão, por exemplo, a mansão que o próspero fabricante
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de chocolate Antoni Amatller encomendou ao arquiteto Puig i Cadafalch – um palacete que lembra uma mansão holandesa. Do lado, o comerciante têxtil Josep Batlló convidou Gaudí para fazer sua casa. São cinco andares tendo como tema o mar e uma das fachadas mais fotografadas do mundo e que traz São Jorge, padroeiro da Catalunha. O terceiro prédio da discórdia é a Casa Lleo Morera, do modernista Domènech i Montaner, o mesmo arquiteto do Palácio da Música. Mais um passeio imperdível. Enric Sagnier criou a Casa Mulleras e Marcel-li Coquillat a Casa Josefina. Estacione o olhar e veja os detalhes.
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4 – OLHE PARA A FRENTE Mercado Santa Catarina
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Dois espaços, que não estão entre os mais festejados da cidade, resumem por que Barcelona é tão especial. Porque mostram o quanto há coisas inesperadas por todos os lados. O Palácio da Música Catalã, por exemplo, com sua fachada super trabalhada, é uma pérola do movimento Modernista e foi construído no início do século 20 por outro arquiteto local, Lluís Domènech i Montaner, o mesmo de um dos imóveis do Quarteirão da Discórdia, o que só reforça a riqueza da arquitetura local. O espaço foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco nos anos 1990 e é, segundo o próprio palácio, a única sala de concertos a ostentar esse título. Com uma estrutura central metálica revestida em vidro para a entrada da luz natural, o Palácio, onde se sobressaem os tons de vermelho, acaba representando uma grande caixa de música – provavelmente essa tenha sido mesmo a intenção do artista. O local tem visitas guiadas – imperdíveis, na verdade, que exploram, entre outros, sua belíssima sala de concertos principal, com ricos vitrais e mosaicos de tirar o fôlego, entre muitos detalhes impressionantes. Há também, para sorte de moradores e visitantes, uma programação intensa que vem voltando ao normal depois de todas as limitações da pandemia. Bem próximo dali, também no bairro de Saint Pere, está o Mercado Santa Catarina. O local chama atenção por seu telhado, baixo, colorido e em curvas que lembram de alguma forma a obra do brasileiro Oscar Niemeyer. Inaugurado no início do século em um prédio onde outrora funcionou um convento, foi remodelado para servir de sede a uma atração tão tradicional na região do Mediterrâneo – os chamados mercados municipais. Frutas normais ou raras, verduras e legumes de todos os tipos conhecidos ou não, formam um mosaico de cores que contrastam com queijos, embutidos, pescados, frutos do mar, carnes e o que mais atiçar sua mente quando o tema é gastronomia ibérica.
5 – A PRIMEIRA CASA Mesmo quem já foi a Barcelona, provavelmente ainda não teve chance de conhecer a Casa Vicens, a primeira obra projetada pelo mais famoso filho da cidade, o arquiteto Antoni Gaudí. Ela só foi inaugurada em 2017 após um intenso processo de restauração. Tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, a casa foi construída em 1885 para ser a residência de veraneio da família Vicens. No local, é possível ver o quanto Gaudí era capaz de inovar e, mais ainda, o quanto o arquiteto, ainda desconhecido, apostava nos detalhes para criar um imóvel absolutamente fascinante e diferente de tudo que se conhecia. Ele se inspira na flora e fauna do Mediterrâneo, que aparecem não apenas no jardim, mas em toda a decoração do interior da casa e que fazem dela, mais que uma residência, um local de contemplação. Os espaços impressionam. Os tours são feitos com áudio-guias para que não se percam os detalhes. No térreo estão a sala de jantar e uma sala para fumar onde o teto reproduz folhas de palmeiras com cachos de frutas. As paredes são revestidas com papel machê que simulam folhagens verdes combinadas com azulejos azuis e dourados. Na sala de jantar, destaca-se o mobiliário original de madeira feito por Gaudí especialmente para a casa. No teto, rosas vermelhas foram pintadas a óleo. Conectada à sala, uma varanda com uma fonte em mármore garante ao espaço luz e uma ventilação natural.
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Nos quartos, os tetos também são trabalhados e reproduzem galhos e folhas igualmente feitos com papel machê. As paredes têm motivos vegetais e são cobertas por uma camada que simboliza folhas e samambaias. Um banco de madeira permite contemplar o jardim a partir da varanda principal, conectada com o quarto maior, do casal. Uma sala com uma falsa cúpula, com pássaros voando, dá a sensação de que o cômodo está ligado à área externa. O banheiro, já com o conceito de sala de banho, separa a banheira do vaso sanitário, em um tipo de arquitetura que hoje domina casas luxuosas e hotéis com boa divisão do espaço. Uma passagem circular contorna os quatro andares e permitia a captação da água. Nos andares superiores, há salas de exposições permanentes centradas no edifício – e ainda exposições temporárias. No piso inferior, uma lojinha tem livros e produtos típicos da casa.
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6 – A MAIOR CASA A Casa Milà, mais conhecida como La Pedrera e projetada também por Antoni Gaudí, é outra passagem obrigatória. O visitante pode escolher entre diversas experiências, da básica à noturna, passando por uma opção premium com visitas a cômodos e espaços exclusivos. O imóvel ocupa um quarteirão do Paseo de Gràcia e foi projetado para ser um edifício de apartamentos onde a família Milà moraria no apartamento principal e alugaria o resto. A construção do edifício foi complexa, com problemas financeiros e jurídicos, e cercada de polêmicas. Gaudí mudava constantemente o projeto, que foi muito além da estimativa orçamentária. Um dos pilares da fachada ocupou parte da calçada, o que posteriormente acabou sendo aceito. Mas a obra e sua fachada impressionam. A Casa Milà tem inovações e soluções ornamentais que rompem com estilos arquitetônicos da época. São dois blocos de apartamentos, com entradas independentes, organizados em torno de dois grandes pátios interligados com rampas de acesso à garagem de veículos. Isso mesmo. Gaudí antecipou-se às necessidades da vida moderna e construiu, no sótão da Casa Milà, uma garagem para carruagens e carros, a primeira em um edifício residencial. E mais: a
fachada, além do tradicional estilo com curvas de Gaudí, conta com mais de seis mil blocos de pedra, que são unidos à estrutura por elementos metálicos. Por isso, é possível contar com grandes janelas. Outro ponto que chama atenção: as barras de ferro presentes em 32 varandas. Elas foram feitas com restos de sucata, combinando placas, barras e correntes e servem como complemento da arquitetura e ornamento. São consideradas antecedentes da escultura abstrata do século 20. Seus elementos são unidos por parafusos de fixação e rebites. As portas de entrada também se destacam. Em uma época em que não existiam grandes vidraças, Gaudí buscou facilitar a comunicação entre o interior e o exterior e montou um conjunto de formas irregulares que criam uma malha de vidro. Em 1947, a proprietária Roser Segimon, então viúva de Pere Milà, vendeu o edifício, mas continuou a viver no apartamento principal até sua morte em 1964. Após anos de abandono, La Pedrera, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984, foi restaurada e aberta ao público em 1996. O edifício é sede da Fundação Catalunya La Pedrera e abriga um centro cultural que oferece programações diversas e cuida da integridade do espaço.
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7 – A MELHOR CASA Uma das melhores atrações de Barcelona, a Casa Batlló fica no número 43 do Paseo de Gràcia. Recentemente, foi reconhecida como a Melhor Instalação global na premiação Remarkable Venue Awards 2021, organizada pela plataforma de venda de ingressos em viagens Tiqets. E não é para menos. A casa tem diversos pontos altos e até algumas que mais parecem atração de parque temático. Sem falar na beleza dos espaços e no talento de Antoni Gaudí, perceptível em cada detalhe. A unidade começou a ser construída em 1904 para a família de Josep Batlló y Casanovas, um industrial têxtil proprietário de várias fábricas em Barcelona. Batlló concedeu liberdade criativa a Gaudí, acreditando que seria necessário inicialmente a demolição do edifício. No entanto, graças à audácia do arquiteto, optou-se apenas por uma reforma abrangente que foi concluída em 1906. Gaudí mudou completamente a fachada, ampliou o pátio e fez de seu interior uma obra de arte. A liberdade deixou o gênio feliz. A fachada original, cheia de imaginação, parece uma pintura feita em estado de graça. O ambiente, por incrível que pareça, se inspira no mar e, a ele misturam-se esculturas, materiais reciclados, pedras, vidros, cerâmicas e objetos simples que, nesse contexto, viram arte. A superfície ondulada, que caracteriza as fachadas pensadas por Gaudí, aqui está no tema – afinal ondas combinam com mar. O topo é formado por um telhado feito de grandes escamas que simulam o dorso de um animal marinho. As grades da varanda, em ferro, têm o formato de máscaras. À entrada do visitante, uma escultura
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high tech cercada por vídeos e imagens cheias de cores simula a inspiração do artista e são um prenúncio bastante promissor do que virá. A expectativa sobe até o visitante encontrar uma escada, cuja sinuosidade também lembra um animal. A partir daí é se extasiar com portas, pisos de madeira, janelas gigantes e coloridas e belíssimos lustres. Na TV, personagens simulam o uso da casa no início do século 20. Uma viagem. Se a questão é simulação, há para os visitantes com o tíquete categoria Gold a oportunidade de visitar alguns cômodos da casa mobiliados e decorados como se lá vivesse ainda a família Batlló. Com direito a roupas no cabideiro e quadros de fotos na parede. O interior da casa, além da luminosidade natural, usa uma espécie de vidro para dar a sensação de ondas do mar ao se olhar através dele. Nenhum lugar é mais temático e mais legal na casa do que essa área. Pode ter lugar mais bonito, mas não mais divertido. Imagine ser criança nessa casa e brincar com os amigos entre escadas e vidros que te fazem achar que está no mar. De lá, escadas e um elevador que chegou depois te levam ao terraço – de onde se vê não somente o Quarteirão da Discórdia, mas chãos e chaminés feitos de azulejo em mosaico. Efeitos também lembram animais marinhos até você chegar e ver que se faz reuso de água. Por essas e outras que se diz que, além do seu valor artístico, a casa se destaca pela funcionalidade. Há quem veja nela elementos precursores de vanguardas arquitetônicas, não do início, mas do final do século 20. A casa pertenceu à família Batlló até 1950 e, desde a década de 1990, está nas mãos de seus atuais proprietários, a família Bernat, que restaurou totalmente a propriedade. Em 1995 a família abriu o local aos eventos e apresentou a joia arquitetônica ao mundo. Em 2002, no Ano Internacional de Gaudí, a Casa Batlló passou a receber visitas. Hoje, é Patrimônio Mundial da Unesco e um ícone de Barcelona, parada essencial para descobrir a obra de Gaudí e o modernismo no seu melhor. É também uma atração cultural e turística de mais de um milhão de visitantes por ano. E a tendência é que esse número cresça rapidamente 24
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com novidades como a atração final. Que coloca o visitante em contato com mais de 100 milhões de imagens relacionadas a Gaudí. Em 360 graus de alto a baixo e em 10D, garante a Casa. Simplesmente fascinante. Antes, a pergunta por funcionários da Casa Batlló: tem problemas com tonturas, labirintite e outros complicadores? Porque a partir do não, chãos e paredes vão se unir e se multiplicar em milhões de pequenos pontos coloridos na chamada Experiência 10D. Um êxtase para fechar com chave de ouro uma visita incrível. Claro, não sem antes te jogar na bela loja de produtos temáticos.
8 – A CASA MAIS DISCRETA A Casa Calvet é o mais discreto dos imóveis residenciais desenhados por Gaudí. Onde ele menos ousou em cores e formas. Por isso, o visitante que não procura pela casa, não terá facilidade de, ao avistá-la, imaginar que se trata de um espaço criado pelo arquiteto mais famoso da Espanha. Isto posto, beleza não lhe falta. Varandas com formas e grades arredondadas, com destaque para um balcão central à base de ferro e gesso, parecem saídos de contos de fadas e trazem o estilo do arquiteto, assim como o teto com curvas e esculturas. Construída entre 1899 e 1904, a Casa Calvet, com suas pedras claras meio rosadas, foi concebida para outro fabricante têxtil, Pedro Calvet. Está situada em uma das zonas mais elegantes da cidade, na Carrer de Casp, 48, também próxima ao Paseo de Gràcia. São cinco andares, boa parte ocupados hoje por residências e escritórios. Mais recentemente, seu andar térreo e áreas mais emblemáticas, com mosaicos e vitrais que caracterizam a obra de Gaudí, passaram a ser o cenário de um restaurante, o China Crown. Jantar por lá, gostando ou não de cozinha oriental, não se pode negar, tem um charme especial. Afinal, não é todo dia que se pode desfrutar de uma refeição, em boa companhia, em um ambiente planejado por um dos maiores arquitetos de todos os tempos. Cheers!
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9 – UM PARQUE PARA CHAMAR DE SEU, QUER DIZER, DELE... A relação entre o industrial Eusebi Güell e o arquiteto Antoni Gaudí começou quando Güell viu na Exposição Universal de Paris em 1878, uma vitrine que Gaudí havia projetado para um comerciante de luvas. A história conta que o empresário entendeu melhor do que qualquer outro o significado da arquitetura de Gaudí. Por isso, a relação que mantiveram não era de artista e patrono e sim de amizade. O resultado está aí para quem quiser ver. Depois de vários trabalhos anteriores, em 1900 Gaudí foi contratado por Güell para projetar o parque que levaria seu nome. O espaço não foi concebido como um parque público, como é hoje, mas como um projeto privado de uma área residencial para famílias abastadas da cidade. Porém, durante a vida do empresário, o parque já era considerado uma das grandes atrações turísticas de Barcelona, e sua grande praça já era cedida para eventos. Na visita ao parque de 12 hectares, separe um bom tempo para admirar espaços como o Teatro Grego ou Praça da Natureza, os Jardins Austríacos, o Salão Hipóstilo, a Escadaria do Dragão ou o Pórtico da Lavadeira. Todos concebidos como parte dos serviços comuns e da rede de urbanização projetada por Gaudí. Ande devagar, sente-se, sinta, contemple. Admire esculturas, mosaicos e as combinações de materiais reciclados. A entrada, pode ser individual, com visitas guiadas ou guias privativos e pode durar todo o dia ou o tempo de abertura do parque.
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10 – A IGREJA E O MAR Muito perto do mar, na região da praia de La Barceloneta, está uma das mais belas igrejas da cidade e que costuma tocar as pessoas de forma especial. É a Basílica de Santa Maria do Mar, no bairro do Ribeira, que começou a ser construída no século 14, ano 1329 e levou 54 anos para ficar pronta – um recorde para a época, quando grandes templos cristãos gastavam pelo menos um século até a conclusão de suas obras. A igreja é um monumento gótico que contrasta com o estilo modernista de boa parte da cidade, destacado pelas obras de Gaudí na região do Paseo de Gràcia. Por falar no Paseo, é possível ir a pé de suas proximidades até a igreja – gasta-se apenas 20 minutos no percurso. As belezas do templo, construído com pedra da montanha Montjuïc, a pedreira por excelência de Barcelona, já podem ser vistas em sua parte externa cheia de detalhes. Observe principalmente as portas e os detalhes esculpidos em pedra. Mas também estão presentes em seu interior, com os belíssimos vitrais e uma superposição de colunas que cria um ambiente diferenciado. Se for católico, aproveite e assista à missa. Se não, aprecie a arte. Graças à planta da basílica, todo o templo pode ser visto de qualquer ângulo, o que aumenta a imponência do espaço. Apesar da beleza, boa parte da edificação sofreu com incêndios nos mais diversos períodos e guerras. Mas os vitrais que representam a Ascensão de Cristo e o Lava-pés dos Apóstolos estão entre os últimos fragmentos presentes desde sua fundação original.
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Boa parte dos vitrais desapareceu sob as chamas do incêndio de 1936, mas o do Juízo Final (1474), o de Pentecostes e a Santa Ceia (1711) sobreviveram. Destaca-se também a rosácea principal, dedicada à Coroação de Maria e um dos ícones do templo, que teve de ser reconstruída depois de um terremoto ter afundado a original em 1428. As fissuras deixadas pelo terremoto ainda podem ser vistas dos telhados. Aliás, as últimas intervenções permitiram o acesso do público aos telhados da Santa Maria do Mar. Além de detalhes do templo, também é possível desfrutar de vistas espetaculares de Barcelona. E se para a cidade ficar completa, só faltava ter praia, não falta mais nada. Aproveite a empolgação da paisagem vista de cima e siga em direção ao porto. Logo depois, a cerca de 15 minutos a pé da basílica, é possível passear à beira mar na praia de La Barceloneta. E no caminho de volta, já que o tema são templos góticos, aproveite para, bem próximo dali, visitar também a Catedral de Barcelona, na belíssima Pla de La Seu, linda, porém maior e menos charmosa do que a Santa Maria do Mar. Chegar ao Bairro Gótico é como viajar no tempo ao deixar as Ramblas para trás, caminhar por ruelas e seguir os passos dos mais boêmios. E já que falamos de detalhes, observe as portas de entrada da loja da catedral. São belíssimas, em ferro, com formas sinuosas e imponentes.
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11 – A INTERMINÁVEL Como não falar dela? Até porque a Espanha vem divulgando oficialmente que, finalmente, a maior obra de Antoni Gaudí tem data para ficar pronta – 2026, para o centenário da morte do arquiteto. Se o tema é detalhe, ainda que ela seja mais que conhecida, eles não faltam na obra que já está em construção há mais de um século – 135 anos. A Basílica da Sagrada Família, monumento essencial ao horizonte de Barcelona, coleciona curiosidades. Muito antes de ficar pronta, em 2005, ganhou o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É também, antes de sua conclusão, um dos locais mais visitados da Espanha. A ela, Gaudí se dedicou por 40 anos, 15 deles exclusivamente. Ainda que tenha visto pouco da obra pronta: a cripta e parte da fachada da Natividade, entre elas. Para Gaudí, a natureza, obra de Deus, não poderia ser separada da religião. Por isso que muitos dos espaços têm formas orgânicas ou são inspirados em elementos da natureza, como a nave central e suas colunas, que representam uma floresta de árvores. A luz também é um elemento-chave na basílica, pois serve não apenas para iluminar, mas também para admirar a genialidade do arquiteto. Um dos melhores exemplos é a iluminação de suas várias portas. No portão da Natividade, o sol nasce ao amanhecer, simbolizando o nascimento, enquanto no portão da Paixão, o sol se põe, simbolizando a morte. Por fim, a fachada da Glória recebe luz solar durante todo o dia, iluminando completamente a nave e simbolizando a ressurreição. Apesar de não concluída, visitantes, claro, entram na basílica, individualmente ou em grupos e ouvem sua história em visitas privadas ou em áudio-guias.
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12 – NOVIDADES Barcelona é uma cidade efervescente com uma agenda sempre cheia de novidades. Fique atento a algumas das mais recentes e já agende uma visita à cidade. A Casa Batlló ganhou a experiência 10D. O Museu de Cera foi completamente renovado. A exposição Frida Kahlo, a vida de um mito, foi inaugurada em março no Ideal Centre d’Arts Digitals de Barcelona. A Torre Glòries de Barcelona, antiga Torre Agbar, o mais famoso arranha-céus de Barcelona, ganha neste início de ano uma nova experiência com a inauguração de seu mirante com vistas 360 graus da maior cidade da Catalunha. Novo Moco Museum, com sua arte moderna, contemporânea e street art. Original de Amsterdam, a festejada casa abriu as portas em Barcelona em outubro. 175 anos do Liceu Opera Barcelona, com intensa programação artística Barcelona Obertura Spring Festival, com música clássica em diferentes espaços da cidade. Novos hotéis: Hotel Boutique Mirlo (avenida Tibidabo); Kimpton Vividora Barcelona (na Carrer del Duc); ME Barcelona (Paseo de Gràcia); Nobu Barcelona Hotel (avenida de Roma) e Intercontinental Barcelona (avenida de Rius i Taulet). Novo restaurante: O Atempo, com sua estrela Michelin, abriu as portas na Calle Córcega. Aliás, vale saber que Barcelona tem mais de 20 restaurantes reconhecidos com a cortejada estrela Michelin.n * Viagem a convite da Fitur com apoio do Turismo da Catalunya – Agência Catalã de Turismo
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HOSPEDE-SE EM UM MUSEU DE DE DE LUXO Ao chegar no Claris Hotel & Spa, em Barcelona, o hóspede percebe que, em vez de apenas recepcionistas, os funcionários do empreendimento atrás do balcão de check-in são todos concierges. Estão preparados para, logo na chegada, muito mais do que orientar os visitantes sobre as atrações do hotel, apresentar opções e esclarecer dúvidas para que, além da estada, eles possam aproveitar a cidade em sua plenitude. A certeza de que esta não é uma iniciativa apenas do empreendimento, mas da cadeia Derby Hotels, à qual pertence, é o fato de, por exemplo, o hóspede na chegada já receber um mapa da cidade impresso pela própria rede. É nesse mapa que o concierge oferece orientações ao hóspede recém-chegado. Um charme para quem gosta de olhar um mapa local além dos aplicativos de celular. E isso é só o começo. Ao entrar no hotel, ainda antes do balcão do check-in, o visitante tem outros sinais de que a experiência será especial. O bom gosto na decoração, cercada de objetos de arte sem exagero, é um ótimo prenúncio do que virá. Mas, ao chegar no quarto, depois da experiência favorável, o visitante percebe que vai se hospedar em uma das cidades mais inspiradoras do mundo cercado por obras de arte. 21 a 27 de março de 2022 — PANROTAS
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PICASSO, DALÍ E BAMBU JAPONÊS Elas não estão apenas nas áreas comuns do empreendimento. Mas em cada quarto e surpreendem logo na chegada. O hotel reúne, por exemplo, criações representativas das civilizações pré-colombianas. Na Suíte Gran Derby estão trabalhos de grandes artistas contemporâneos – como Picasso, Dalí, Miró, entre outros. Já na Astoria, que preserva o estilo clássico dos anos 1950, estão mais de 250 peças da maior coleção de pinturas e desenhos de Ricardo Opisso, um dos grandes cartunistas catalães. Em um apartamento padrão, uma grande escultura de uma casa em bambu japonês surpreende os hóspedes. No mezanino do apartamento, há máscaras ou globos antigos onde se vê o mapa-múndi. E cada apartamento pode ser diferente do outro, uma vez que os objetos de arte são originais. Com o hotel situado em um dos pontos mais charmosos de Barcelona, nesse momento, o visitante está tão imerso na experiência de sua hospedagem que ainda nem pensou em sair – mesmo com tantos atrativos fora dele. CONEXÃO ARTE E HOSPEDAGEM Para o hóspede é possível ainda encontrar itens tão diferentes como a escultura de um padre chinês, um projetor de filme do início do século 20, tradicional cerâmica chinesa da dinastia Ming e Shang, objetos ou máscaras de cerimônias africanas ou famosas coleções de arte maia, romana e budista. A conexão entre arte e hospedagem continua nos mosaicos romanos e passa por peças milenares do antigo Egito, além de tapetes turcos do século 18. O papel que decora a parede principal foi desenhado manualmente por um artista novaiorquino. Com tudo isso, não é difícil imaginar que há um museu no hotel. E mais. Tetos e paredes têm folhas de ouro pintados à mão. Já as peças de arte internacional, em geral, são oriundas de leilões e compõem o acervo particular da família Clos, proprietários e fundadores da Derby Hotels Collection. 34
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Então, se gosta de arte, cultura e luxo, aprecia materiais de qualidade e a combinação de estilos clássicos e vanguardistas, vai se sentir em casa. Há 25 anos, o Claris em Barcelona se ergue onde outrora esteve o Palácio Veruna, um edifício neoclássico do século 19. Em uma das áreas mais badaladas do centro da cidade e a apenas 100 metros do Paseo de Gràcia. ROOFTOP E SPA DE DESIGN As opções de lazer e gastronomia oferecidas pelo hotel são voltadas tanto para clientes, como o público em geral. O Claris Terrace, localizado na cobertura do hotel, oferece um novo cardápio do chef Aurélio Morales, aberto o ano todo e com eventos de música ao vivo no verão. Localizado ao lado da piscina, na cobertura do hotel, o La Terraza del Claris é o lugar perfeito para curtir as noites em um restaurante com telhado de vidro, que oferece vistas incríveis do centro de Barcelona. O espaço foi o primeiro rooftop de Barcelona aberto ao público, integrando arte à sua decoração, mantendo assim o estilo do hotel-museu. Inspirado e baseado na era de ouro dos clubes privados em Xangai, Mr. Kao é o primeiro Dim Sum Club em Barcelona localizado em um hotel. Receitas clássicas da culinária chinesa são combinadas com ingredientes mediterrâneos e locais. Para quem busca equilíbrio e harmonia entre corpo e mente, o Mayan Secret Spa tem rituais e tratamentos. Manuel de la Garza, natural do México e vencedor do 2015 e do “World Luxury Spa Awards”, dá seu estilo único ao espaço transformando-o em um spa de design. A DERBY HOTELS O Claris Hotel & Spa de Barcelona hotel faz parte da espanhola Derby Hotels Collection, que conta com 22 hotéis de muita personalidade com uma aposta na arte, no luxo e na gastronomia. Além da cidade da Catalunha, a rede está em Madri, Paris e Londres. O volume de negócios movimentado
em 2021 esteve próximo dos 30 milhões de euros, valor que prevê duplicar em 2022. “Estamos convictos de que este será o ano da reativação do setor e da recuperação da mobilidade internacional. Para tal, continuamos a trabalhar para oferecer experiências únicas em gastronomia e cultura, garantindo a segurança de nossos hóspedes e mantendo padrões de exclusividade e qualidade”, explica Joaquim Clos, diretor da Derby Hotels. Mais informações: https://www.derbyhotels.com.n
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SÓ FALTAVAM OS VINHOS...
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Há quem diga que, para serem completos, a alguns destinos só falta a praia. Não é o caso de Barcelona, já que a cidade conta com praias, inclusive urbanas, da melhor qualidade. Ah, então deveria ter vinícolas – com bons vinhos a vida é melhor. Pois então, a Barcelona não falta nada, já que há diversas vinícolas nos arredores, a cerca de 40 minutos da cidade. Uma delas já é conhecida dos brasileiros, especialmente daqueles que gostam de espumantes com ótima relação custo-benefício. A Cava Codorníu é a mais antiga produtora de vinhos da Espanha ainda em atividade. A especialidade são as cavas, espumantes de alta qualidade produzidos nessa região da Espanha. Assim como champanhes são produzidos em Champagne na França, proseccos na região do Vêneto na Itália, as cavas são os espumantes da Espanha – com tipos de uvas específicos. Além de experimentar ou comprar espumantes de qualidade, que especialistas dizem se assemelhar muito ao champanhe original (com preço de cava, porém...), há várias possibilidades de passeios e atividades em Codorníu. Lá está a casa da família que, junto com muito verde e pequenos lagos, remetem a antigas fazendas espanholas. A propriedade, localizada em Sant Sadurní d'Anoia, e suas vinícolas foram declaradas Monumento Histórico-Artístico em 1976, como uma obra referência do modernismo catalão.
GÁS E BORBULHAS São 150 anos de história, completados em 2022, e 18 gerações de uma família de vinicultores. Foi em 1872 que Josep Raventós produziu ali na Codorníu sua primeira garrafa de cava. Mas vinhos já eram produzidos pela família muito antes, desde o século 16. A diferença entre vinhos tradicionais e espumantes é que estes últimos passam por duas fermentações. O gás das borbulhas, natural, só vem na segunda. As cavas descansam por um período mínimo de nove meses. E o tempo de repouso determina o seu perfil. Quanto maior o tempo, maior a qualidade. Em Codorníu, pode-se aprender coisas assim ao passar um ótimo dia ou tarde com direito a visita ao museu local e a conhecer métodos de produção. Um divertido passeio de trem elétrico, feito em meio a galerias subterrâneas no quarto subsolo do empreendimento, agrada crianças e famílias de um modo geral. A circulação é feita por túneis antigos onde, outrora, eram produzidos os vinhos. Hoje, o local, além de armazenar algumas garrafas que ainda serão usadas, serve mais à curiosidade e ao entretenimento. CASAMENTOS Claro que, em todos os tipos de passeio, está incluída degustação dos produtos produzidos pela vinícola. No Tour Icônico, por exemplo, fazem parte as cavas Gran Reserva, produzidas em número limitado de garrafas, o que garante a exclusividade dos rótulos. Como os da linha ARS Collecta. Pode-se conhecer métodos antigos, com prensas e barris de madeira. Ou observar os métodos de produção mais modernos. Também há opção de fazer eventos no local – desde uma comemoração em família até casamentos. Há ainda reuniões corporativas que acontecem em seus ambientes com algum tipo de interação com os métodos e a produção. Ou mesmo viagens de incentivo. Boa parte dos eventos esteve parada durante a pandemia, mas agora, como tudo nesse segmento, está acontecendo a retomada.
DEGUSTAÇÃO E GASTRONOMIA Recentemente o passeio até a Codorníu ficou ainda mais atraente. O local ganhou um restaurante, o Els Jardins de Codorníu, com direito a ambiente interno e externo discretos e de ótimo gosto. Nele, todo o cardápio é feito pensando nos espumantes da casa, o que é ótimo para os apreciadores da boa gastronomia. Nem é necessário muito esforço para saborear as delícias, pode-se escolher primeiro os vinhos ou os pratos e combinar a partir das sugestões dos atendentes especialistas. Também não é preciso fazer uma refeição para usufruir do restaurante. Pelo menos saboreie uma 21 a 27 de março de 2022 — PANROTAS
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taça de cava em sua parte externa. Vai valer à pena. A experiência no restaurante também pode ser combinada com um dos tours, com passeio que una a visita a uma refeição com cardápio a escolher. Há até tour de tributo ao cinema, isto é, que soma vinhos a um filme na sala de audiovisual da vinícola. E até sessões de ioga. Descubra... LOJINHA NO FINAL Um tour padrão em Codorníu custa em média 20 euros, enquanto o almoço no restaurante, com entradinhas, prato principal e sobremesa sai em torno de 29 ou 36 euros a depender do cardápio. Por pessoa. Outra experiência local que não poderia faltar é a tradicional loja de produtos. Há cavas (espumantes) e vinhos os mais diversos. Isso porque a Codorníu faz parte do grupo 15 Bodegas que, além dos cavas de sua linha, produz vários tipos de vinho. Entre os rótulos irmãos da Codorníu, passíveis de serem encontrados na loja, estão Bodegas Bilbaínas, Raimat, Legaris, Cellers Scala Dei e Parxet. Outra diversão são os produtos licenciados, que podem ir de lápis a bolsas, passando por toalhas, cadernos, porta-copos, almofadas, camisetas, ímãs de geladeira, leques, posters, saca-rolhas etc. Tudo feito com a bela identidade visual da Codorníu. E ainda tem a delícia de voltar para casa com ótimos vinhos e, principalmente, cavas na bagagem. Saiba mais em codorniu.com.n
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Infográfico
BUSCA NO GOOGLE SOBRE
VOOS CANCELADOS
DISPARA EM JANEIRO As ondas de ômicron e influenza no início do ano fizeram disparar o número de brasileiros pesquisando por cancelamentos de voos no Google.
A Latam foi a líder do ranking de buscas. A expressão “voos cancelados Latam” teve, em janeiro, 40,5 mil buscas no Google. Em dezembro, esse número foi de apenas 1,3 mil e o acumulado dos últimos 12 meses é de 3,3 mil buscas, crescimento de 23.000% sobre o ano anterior
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Os dados foram fornecidos pela plataforma de gerenciamento de visibilidade on-line Semrush, em mais um índice especial para a Revista PANROTAS.
A Azul vem em segundo lugar. “Voos cancelados Azul” teve 14,8 mil buscas no Google em janeiro deste ano, contra apenas 140 em dezembro passado. No acumulado do ano são 1,1 mil buscas e aumento de 29.000%.
A Gol completa a lista, com 6,6 mil buscas por "voos cancelados Gol" em janeiro. Em dezembro de 2021 foram 320 buscas, e no acumulado anual foram 783 buscas.
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74 MIL foi o número de buscas por "voos cancelados" em janeiro de 2022. Em dezembro, já estavam acima da média, com 14,8 mil, contra apenas 720 em novembro. Na média anual dos últimos 12 meses são 7,5 mil buscas, 5.500% de aumento sobre o ano anterior.
A palavra Anac, referente à Agência Nacional de Aviação Civil, teve 74 mil buscas no Google em janeiro de 2022 e 62,7 mil no acumulado do ano.
JANEIRO 2022 Latam Airlines: 2,74 milhões de buscas no Google Gol Linhas Aéreas: 2,24 milhões Azul Linhas Aéreas: 1,8 milhão Anac: 74 mil Voos cancelados: 74 mil Voos cancelados Latam: 40,5 mil Voos cancelados Azul: 14,8 mil Voos cancelados Gol: 6,6 mil
ACUMULADO 2021 Considerando somente o nome das empresas aéreas: - Latam Airlines: 2,3 milhões - Gol Linhas Aéreas: 1,5 milhão - Azul Linhas Aéreas: 1,37 milhão
FONTE: buscas no Google, em levantamento da Semrush
Viagens corporativas
HUB DE INOVAÇÃO
Foi inaugurado no Rio de Janeiro o hub de inovação Copastur Labs. Trata-se de uma iniciativa da Copastur que tem o objetivo de acelerar o processo de transformação digital, atuando de forma independente da agência de viagens corporativas paulista, e se conectando com as principais startups do mercado brasileiro e mundial, permitindo oferecer soluções personalizadas, criativas e inovadoras a seus parceiros e clientes. “Por meio do Copastur Labs, teremos a oportunidade de inovar e criar soluções de forma mais integrada com nossos parceiros e clientes, trazendo o que tem de melhor em tecnologia digital para o nosso mercado”, afirmou o gerente de Tecnologia da TMC, João Fornari. A meta da empresa é entender cada vez mais a jornada e as necessidades dos clientes e parceiros, possibilitando uma "me-
lhora continua e significativa na experiência". Labs de Inovação basicamente são ambientes que estimulam a criatividade e tornam-se um espaço colaborativo para ganho de conhecimento e geração de novas ideias, além de trazer mais agilidade e autonomia na construção de projetos e soluções. Geralmente, esses espaços são formados por profissionais multidisciplinares, e o da Copastur não será diferente, trabalhando tecnologias e desenvolvimento avançados como: data science, realidade aumentada, AI, Machine learning, metaverso, blockchain e tendências. Para o diretor da Copastur, Edmar Mendoza, a Copastur Labs serve como ferramenta para acelerar ainda mais propósito da empresa e de impactar e transformar positivamente não só o mercado local, como também o global.n
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Hotelaria
INÍCIO DE TRABALHO ANIMADOR Ricardo Manarini, novo country manager do BWH Hotel Group
Ricardo Manarini assumiu como country manager do BWH Hotel Group no Brasil há cerca de dois meses e as possibilidades de desenvolver novos negócios no País o enchem de ânimo e confiança. O modelo centrado no proprietário de cada hotel é, na visão do ex-IHG, um diferencial brutal em comparação com a média do mercado. "Tenho muitas perspectivas do que podemos fazer. O BWH Hotel Group é uma associação de proprietários, diferente de grandes redes que têm capital aberto. Conosco, o acionista é o próprio hoteleiro, que está sempre buscando melhorias para seu negócio. Este é um espírito único no mercado, e temos tudo para levar bons resultados, boas possibilidades a estes hoteleiros", afirma Ricardo Manarini.
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Para ele, há no Brasil um campo enorme para se trabalhar, pois o que não falta no País são hotéis carentes de expertise, know how, estrutura e plano de negócios de uma rede com mais de 70 anos. Segundo ele, a essência é dar atenção para um hoteleiro que está remando sozinho contra uma maré de dificuldades já conhecida no mercado brasileiro. FLEXIBILIDADE NO ESTILO "Temos acordos comerciais, canais de distribuição, gerenciamento de receita, equipes dedicadas a cada hotel. Essa atenção é muito bem recebida pelo proprietário independente no Brasil. Só uma rede comercial com nossa capilaridade de quatro mil hotéis globalmente pode entregar uma oferta como a nossa para
estes hoteleiros. E ainda por cima somos flexíveis em manter suas preferências na propriedade. A proposta é unir conhecimento de dois lados", pondera Manarini. Como exemplo, ele diz que o grupo foi o primeiro da hotelaria global a dar suporte aos hotéis na deflagração da pandemia com redução de custos e gerenciamento de crise. "Temos hotéis nos Estados Unidos em que o proprietário conta com bandeiras de outras empresas e nos agradecem por termos sido pioneiros." FLEXIBILIDADE LEGISLATIVA "Outro diferencial brutal do BWH Hotel Group é a flexibilidade legislativa do ponto de vista de conversão dos hotéis. Marcas internacionais tendem a pedir padrões muito rígidos, seguindo um modelo americano, que muitas vezes são exigências não requeridas na legislação brasileira. O BWH segue um padrão em que o hotel tem de atender a legislação do país onde está instalado", afirma o country manager. EM BUSCA DE ADMINISTRADORAS Além de atrair hotéis independentes para a plataforma BWH Hotel Group, Manarini fica incumbido de buscar parceiros operadores de hotéis. Sua empresa é apenas uma franqueadora de marcas, e não administra propriedades. Um exemplo disso é o Carpe Diem Boutique & Spa by BW Premier Collection, em Campos do Jordão (SP), operado pela Nobile. O grupo tem sete hotéis no Brasil, sendo o Rio Othon integrante da WorldHotels, comprada pela Best Western para se tornar BWH Hotel Group. POTENCIAL NO LUXO E NO CORPORATIVO Manarini vê um potencial grande no Brasil principalmente para soft brands, de upper midscale até luxo. Para ele, há hotéis muito interessantes de alto padrão que podem se associar a uma marca WorldHotels. "E temos muitos hotéis padronizados no Brasil, nos quais a identidade é a própria marca. Eles são oportunidade clara para a Best Western, que é uma marca que se vende quase automaticamente. Estamos em um momento de retomada do setor corporativo e de eventos, o que aponta uma clara tendência para crescimento dos hotéis urbanos", conclui Ricardo Manarini. n
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O principal evento mundial da indústria de viagens e turismo da América Latina está de volta ao pavilhão.
ESCANEIE PARA SE INSCREVER 21 a 27 de março de 2022 — PANROTAS
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DOAÇÕES DE TELEFONE FIXO E PÓS-PAGO*: 0500 12345 05 - para doar R$ 5* 0500 12345 20 - para doar R$ 20* 0500 12345 40 - para doar R$ 40* *Telefone fixo: R$ 0,39/minuto + impostos Telefone móvel: R$ 0,71/minuto + impostos
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