PANROTAS 1.528 - Edição Especial Seguro Viagem 2022

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ANO 30 | 1.528 | 11 A 17 DE JULHO DE 2022

ESPECIAL

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SEGURO VIAGEM Especialistas do setor contam os avanços em produtos e atendimento e dão dicas para viajantes e profissionais de Turismo


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ÍNDICE

ANO 30 | 1.528 | 11 A 17 DE JULHO DE 2022 | www.panrotas.com.br | R$ 11,00

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Editorial: As consequências nefastas da covid-19

Página 06

Especial Seguro Viagem: Produto mais importante que nunca

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Especial Seguro Viagem: Cuidados que o viajante deve ter

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Especial Seguro Viagem: Agências de viagens contam cases reais do uso do seguro

Página 24

Especial Seguro Viagem: Affinity

Página 26

Especial Seguro Viagem: Coris

Página 28

Especial Seguro Viagem: GTA

Página 30

Especial Seguro Viagem: Intermac

Página 32

Especial Seguro Viagem: Universal Assistance

Página 34

Especial Seguro Viagem: Vital Card

Página 36

Bagagem aérea: os riscos da gratuidade para o setor

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade Media Partner

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Editorial

EFEITOS COLATER SERÃO DURADOURO As consequências da covid-19 para a indústria de Viagens e Turismo, depois do desastre financeiro e social das paralisações e restrições, continuam entre nós. Algumas mudanças para melhor (redescoberta das viagens pelo País, flexibilidade para viajar e trabalhar, produtos mais preocupados com limpeza e sustentabilidade, trade mais unido, conscientização da importância do seguro viagem, para ficarmos em alguns exemplos), outras para pior. E que ainda vão durar um bom tempo. Estamos tendo de nos adaptar e, na volta à normalidade, conviver com algumas situações que vão do chato ao desesperador.

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Alto custo dos serviços e produtos, a começar pelas passagens aéreas, mas também afetando hotelaria, passeios, aluguel de veículos... Culpa dos custos maiores, da inflação maior e da demanda reprimida. Demanda, aliás, que sabe de muitos desses problemas e, se o orçamento deixar, está disposta a arriscar e encarar atrasos e preços exorbitantes.

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Voos cancelados em todo o mundo devido à falta de profissionais, de pilotos a comissários, de funcionários da manutenção aos de aeroportos. O trabalho mudou e o trabalhador também, e muitos não quiseram voltar para o Turismo.

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As licenças e afastamentos por covid afetam da suspensão de voos à adaptação dos serviços com staff menor. Há uma conscientização maior em relação ao afastamento dos funcionários doentes, e os planos B ainda estão sendo desenhados.

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O serviço (atendimento ao cliente) nunca foi tão ruim em todos os lugares. É preciso paciência, empatia, espera...mas também mais agilidade e organização do outro lado. Em alguns casos resta sentar e chorar, pois o atendimento não resolve as coisas mais simples (o sistema trava, simplesmente). Há casos de pessoas levando dias para voltar para casa. Deixe sempre muda de roupa na mala de mão e dinheiro extra. . E procure seus direitos durante e depois das viagens.

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RAIS DA COVID-19 OS PARA O TURISMO? 5

Falta de paciência. Falta para todos, depois do estresse da pandemia. Mas alguns ânimos se exaltam (dos dois lados) e isso pode acabar com o astral e planos de viagem.

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Falta de voos internacionais. As viagens para o Exterior vão demorar a voltar e as companhias planejam estar com suas malhas retomadas somente em 2024. Até lá, menos voos e passagens mais caras.

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Falta de insumos, o que impacta os serviços oferecidos em hotéis, empresas aéreas, atrações... Até nos shoppings e supermercados vemos produtos em falta, o que acaba deixando a experiência da viagem um pouco pior.

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A insegurança em relação ao que pode mudar de uma hora para outra, especialmente por meio de decisões governamentais. As regras podem durar poucos dias ou semanas. Além do pânico de testar positivo e ter de se isolar. Até quando viveremos com esses efeitos que não param o Turismo, mas deixam ele mais difícil e cheio de fricção? Repetimos, pesquisas e estatísticas mostram que o passageiro está disposto a enfrentar esses problemas e viajar. O maior entrave é o custo. É a questão econômica e financeira. Portanto, caros amigos do Turismo, sorriam e vamos enfrentar mais essa. A disrupção veio para ficar um bom tempo com a gente.

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Palavra de especialistas Victor Fernandes

SEGURO VIAGEM

MAIS IMPORTANTE DO QUE NUNCA 8

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A

pós mais de dois anos de pandemia, a covid-19 segue entre nós, ainda que de maneira menos agressiva e letal devido ao avanço da vacinação globalmente. Em 2022, inclusive, as notícias têm sido de reabertura de fronteiras, em um primeiro momento, e mais recentemente sobre a retirada de restrições de entrada, como o teste negativo pré-embarque e até o certificado de vacinação. A doença segue impactando o cenário geral do Turismo, sobretudo quando se trata de cuidados com a saúde, incluindo a busca por seguro viagem. O produto, que sempre foi muito procurado para viagens internacionais, ganhou relevância nas viagens domésticas também e passou por mudanças ao incluir cobertura de despesas geradas por infecções e mortes causadas pela covid-19. Para entender sobre a atual situação da pandemia e a importância do seguro viagem nesse contexto, a Revista PANROTAS entrevistou Valéria Pereira, gerente de Produtos da Affinity Seguro Viagem; Claudia Brito, head comercial da Coris Seguro Viagem; Celso Guelfi, presidente da GTA; Luís Ricardo Torniero, CEO da Intermac; Federico Siri, presidente da Universal Assistance Brasil; e Rafael Turra, diretor de Produto da Vital Card. QUAL O IMPACTO ATUAL DA COVID-19 NAS VIAGENS? "A pandemia ainda não acabou, e por todo o planeta ela continua a interferir nas regras e comportamentos das autoridades sanitárias dos diferentes países para admissão de turistas e para o tratamento de eventuais contaminados pela covid-19 durante suas visitas a cada destino. Além disso, o como se portar no caso de um teste positivo de covid para um passageiro dentro de um grupo com guia, tem sido um grande desafio para as agências que executam este tipo de serviço. Muitas vezes o problema não será uma urgência médica ou hospitalar, mas poderá passar a ser uma questão de logística e suporte para uma descontinuidade da viagem, para o que muitos não estão preparados se não tiverem a assessoria correta para a escolha do produto mais indicado", explicou Luís Ricardo Torniero, da Intermac. Claudia Brito, da Coris, acrescentou: "O maior impacto que a covid-19 ainda tem nas viagens de hoje é o aumento da consciência do viajante, que busca viajar mais preparado e tranquilo. Na Coris, notamos que o seguro viagem agora é um item muito mais requisitado pelos passageiros, não apenas pela 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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obrigatoriedade para entrada em alguns destinos internacionais, mas também porque o seguro viagem oferece cobertura médica e hospitalar para covid-19. Além disso, os agentes de viagens ficaram ainda mais exigentes na oferta do seguro viagem, analisando exatamente o perfil dos seus clientes e qual a necessidade de cobertura para cada tipo de viagem".

Luís Ricardo Torniero, CEO da Intermac

ATÉ QUANDO ESSE IMPACTO PERMANECERÁ? "Acredito que ainda teremos que conviver com a covid-19 por um tempo, porém muito mais preparados, com o avanço da vacinação, a flexibilização na abertura das fronteiras, os protocolos sanitários, o viajante mais consciente, é um momento especial para fortalecer vínculos com nossos clientes. Atualmente nosso foco de vendas é voltado 100% ao B2B, mas temos muito interesse em manter o consumidor bem informado sobre as viagens nos principais destinos", disse Valéria Pereira, da Affinity. Rafael Turra, da Vital Card, também acredita que “continuará havendo impacto, porém cada vez menor, apesar dos riscos não deixarem de existir. Porém, para uma grande parte da problemática e riscos que a covid-19 trouxe aos passageiros, que é o receio de ficar adoecido longe com seus custos, e necessidade de prorrogar suas viagens com custos extras não programados, os seguros conseguiram dar a respostas e minimizar (e até anular) tais impactos". QUAIS SÃO OS CUIDADOS NECESSÁRIOS NO PÓS-PANDEMIA? “A pandemia trouxe a conscientização da necessidade do seguro viagem independentemente do roteiro. Além da obrigatoriedade para ingresso em diversos países (esse número vem aumentando ao longo da pandemia), as pessoas hoje têm maior precaução e querem viajar protegidas tanto em viagens nacionais quanto internacionais”, relatou Federico Siri, da Universal Assistance. Claudia Brito, da Coris, diz que “a pandemia inseriu novos hábitos de higiene e saúde no dia a dia das pessoas

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e acredito que eles serão mantidos mesmo no pós-pandemia”. “Esses cuidados preventivos se mostram eficientes na redução de transmissão do novo coronavírus e de outras doenças. Quando falamos em viagens, a pandemia também mudou o comportamento de uma grande parcela dos viajantes e no perfil de suas viagens. Inicialmente, o viajante aumentou seu nível de consciência e necessidade de proteção ao planejar uma viagem. Além disso, o viajante brasileiro se lançou na descoberta do próprio País e países vizinhos e encontrou outras formas de viajar. Tivemos, por exemplo, um aumento considerável de vendas de seguros nacionais bem como para a América Latina e ainda em viagens de carro e moto. Finalmente, é perceptível que há uma enorme consciência sobre o Turismo sustentável e responsável, e maior preferência por viagens focadas em experiências e no bem-estar.”

PRODUTOS PARA A COVID-19

Valéria Pereira, gerente de Produtos da Affinity Seguro Viagem

AFFINITY “Temos diversas opções: por exemplo, apenas com cobertura de DMH (despesas médico-hospitalares), que pode ser comprada por meio de upgrade; e também planos mais completos que incluem a cobertura para DMH em caso de covid, quarentena no destino devido à doença, tíquete aéreo para acompanhante em caso de hospitalização e hospedagem deste acompanhante”, diz Valéria Pereira. CORIS “A Coris foi uma das primeiras empresas a anunciar cobertura médica para covid-19 em todos os planos de seguro viagem para destinos internacionais, sem necessidade de contratação como custo adicional de upgrade. Além disso, é uma das poucas a oferecer cobertura para covid-19 para viajantes com até 99 anos”, Claudia Brito. GTA "O plano Covid Mais Top da GTA tem abrangência em todo o Exterior e 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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Celso Guelfi, presidente da GTA

contempla os benefícios necessários ao viajante que detecta a infecção por coronavírus no período em que está fora do Brasil. Uma das principais coberturas, com valor de US$ 30 mil, envolve o custeio de despesas médico-hospitalares. Além disso, o plano garante a prorrogação de estada no hotel por dez dias (US$ 3,5 mil), limitada à quarentena imposta ao segurado por ordem de um médico qualificado. Possibilita também o pagamento das multas e taxas referentes à alteração de voo de retorno (US$ 2 mil) e acompanhante em caso de hospitalização, se o segurado estiver viajando sozinho (US$ 2 mil)", Celso Guelfi. INTERMAC “Desde outubro de 2020, lançamos mais de 50 produtos dedicados a cobrir exclusivamente despesas

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médicas e hospitalares por covid, indenizações por internação por covid, repatriação sanitária por covid, prorrogação de estada por covid, retorno antecipado ou postergado por covid, envio de acompanhante para ficar com segurado hospitalizado por covid, produtos específicos para cruzeiros marítimos e para atender regulações sanitárias específicas de alguns destinos. Isto garante proteção para todos os possíveis cenários decorrentes de uma contaminação por covid-19 ou uma combinação dessas situações, sempre até o limite contratado. Tudo isto podendo ser associado a um dos produtos de nosso portfólio regular, o que permite a entrega de um produto customizado ao cliente de acordo com sua necessidade e sempre orientado por um de nossos consultores comerciais”, Luís Ricardo Torniero.


UNIVERSAL ASSISTANCE “Trabalhamos muito para nos adaptar ao contexto e às novas necessidades dos viajantes, de forma a proteger os nossos passageiros de qualquer eventualidade de saúde que possam ter durante a viagem, inclusive a covid-19 e quarentena. Os produtos têm coberturas atuais que vão até US$ 300 mil, e as coberturas de DMHO (despesas médicas, hospitalares e odontológicas), para covid-19, chegam a US$ 30 mil. Os clientes ainda contam com o benefício de desconto especial no exame de PCR, antes de viajar, que pode ser realizado em cerca de 170 laboratórios e o desconto chega a até 25%”, Federico Siri.

VITAL CARD “O viajante pode escolher adicionar apenas a cobertura médica para covid, no valor de 20 mil em todos os planos e de 30 mil para planos em que o destino assim o exigir. Esses valores seguem a moeda do plano, ou seja, quando Europa será em euros e restante do mundo em dólares americanos. O segundo opcional é o Covid Mais, que além da despesa médica acima descrita, oferece 1.500 para prorrogação de estada no hotel e mais 1.500 para remarcação do aéreo, caso a pessoa fique impedida de retornar na data prevista por testar positivo”, Rafael Turra.

Federico Siri, presidente da Universal Assistance Brasil

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NOVOS PRODUTOS AFFINITY “Temos uma nova categoria chamada “Covid Mais”, onde o passageiro compra um seguro mais completo que abrange além das coberturas de DMH (despesas médicas e hospitalares) a cobertura para quarentena no destino devido covid-19”, conta Valéria Pereira.

Rafael Turra, diretor de Produto da Vital Card

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CORIS “Recentemente, anunciamos a ampliação das coberturas dos Combos Vip e Max. Desde o dia 1º de julho, os planos contam com maior cobertura de despesas médicas e hospitalares para covid-19, sem aumento de tarifas. As coberturas de despesas médicas e hospitalares de covid-19 do Combo Vip passam de US$ 30 mil para US$ 50 mil nos produtos de 60 mil até 1 milhão, enquanto o produto de 30 mil mantém a cobertura de covid-19 em US$ 30 mil. Já no Combo Max, as coberturas de despesas médicas e hospitalares de covid-19 passam de US$ 10 mil para US$ 20 mil nos produtos de 60 mil até 1 milhão, e o produto de 30 mil mantém a cobertura de covid-19 em US$ 10 mil. Além disso, a Coris está desenvolvendo uma assistente virtual para acelerar o atendimento da central 24h e conta com uma equipe médica e de enfermagem dentro da operação, especializada na área de urgências e dirigida por Jorge Kalil, doutor em Medicina pela FMUSP”, Claudia Brito. GTA "O nosso mais recente lançamento foi a cobertura Covid Mais, que oferece proteção adicional aos viajantes que testam positivo no Exterior e precisam cumprir a quarentena. Válido para os planos Bronze AL, Euromax, Latam Max e Usamax, o produto contempla quatro benefícios. Um deles prevê o custeio de despesas médico-hospitalares decorrentes da


covid-19, com coberturas de US$ 10 mil ou US$ 20 mil de acordo com o plano contratado. A GTA também possibilita a prorrogação de estada, com reembolso máximo de dez diárias de hospedagem, até o capital segurado de US$ 1.500", Celso Guelfi. INTERMAC “No segundo semestre de 2022, a Intermac apresentará uma nova grade de produtos, incluindo serviços inovadores que foquem a perfeita e completa experiência do viajante. Para isso, a Intermac também passará a disponibilizar o CCIRTM - Customer Care Intermac Rep, um serviço de cuidado ao cliente, provido diretamente pela Intermac, para acompanhar o viajante do momento em que ele entrar em contato conosco buscando atendimento, por qualquer um dos acessos disponibilizados, até o momento em que seu processo esteja encerrado e concluído. Um salto de qualidade e cuidado com nosso maior patrimônio: nosso cliente”, Luís Ricardo Torniero. UNIVERSAL ASSISTANCE “Nesse mês de julho, estamos relançando nossos produtos multiviagens, que permitem viagens protegidas de até 30 dias durante o ano inteiro. Agora, todos os nossos produtos multiviagens também contam com cobertura garantida para covid-19, sem nenhum acréscimo nas tarifas”, Federico Siri. VITAL CARD “Ademais dos produtos covid, todos os produtos que vão a algum destino cuja exigência de covid seja US$ 30 mil, automaticamente o plano já sai com este limite sem diferença de custo. A Vital Card também acaba de lançar um produto que vai além do seguro viagem. É um serviço de assinatura mensal de telemedicina, em que a pessoa conta com toda a qualidade da marca, mas agora no conforto de sua casa”, Rafael Turra.n

Claudia Brito, head comercial da Coris Seguro Viagem

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Medicina do viajante Nathalia Ribeiro

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ara entender quais cuidados com a saúde neste pós-pandemia os viajantes devem ter, além das principais dicas e como estas questões impactam a vida de quem está viajando, a Revista PANROTAS entrevistou o médico Marcellus Dias da Costa, do Ambulatório de Medicina de Viagem da Fiocruz. Um dos principais compromissos desta instituição é orientar adequadamente os viajantes quanto às condições de saúde existentes no país de destino, informando-os sobre os principais meios de prevenção de enfermidades. Confira o bate-papo a seguir, lembrando que, além desses cuidados, o seguro viagem, como sabemos, é imprescindível. REVISTA PANROTAS – Quais são as principais vacinas que os viajantes precisam tomar antes de viajar para estar com o esquema vacinal completo? DR. MARCELLUS DIAS DA COSTA – Essa primeira pergunta já é bastante complexa, porque as vacinas indicadas variam de acordo com o destino (para onde a pessoa pretende viajar), então, não tenho como dizer quais vacinas um viajante tem de usar. Mas, de uma maneira geral, o que fazemos durante a consulta é atualizar o calendário básico do adulto e prescrever as vacinas específicas para onde a pessoa vai. RP – A vacina da febre amarela é dose única para a vida toda? MC – Sim, até o momento, por determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde), um viajante só precisa fazer uma dose da vacina contra febre amarela. A comprovação (pelo certificado internacional de vacinação) de uma dose é suficiente para o viajante. RP – Em relação à covid-19, mesmo depois de vacinado, é necessário continuar a usar máscara e manter distanciamento de outras pessoas? MC – Já sabemos que a proteção das vacinas contra covid-19 não impede a infecção pelo SARs CoV-2, que a vacinação é importante para prevenir formas graves de doença. O viajante deve sempre seguir as orientações sanitárias do país para onde está viajando. Se ele quiser reduzir ao máximo a chance de infecção pelo SARs CoV-2, só realmente estando vacinado, manter o uso de máscaras e praticar o distanciamento social. RP – A vacina da gripe protege ou ajuda a prevenir a covid-19?

MC – Não, vacina da gripe é muito importante para diminuir a chance de casos graves por influenza, porém não confere qualquer proteção contra a covid-19. RP – Quais são as contraindicações para as vacinas da covid-19? MC – As vacinas contra covid-19 são inativadas e temos várias vacinas diferentes em uso no Brasil. É muito difícil que uma pessoa tenha uma contraindicação que impossibilite o uso de todas as vacinas contra a covid-19. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional de saúde habilitado. RP – Qual a necessidade de um check-up em viagens mais longas ou com fins como esporte e esqui? MC – Saber seu estado de saúde antes de fazer viagens longas ou viagens que demandem esforço físico (no caso de esportes) é importante, no entanto, não é uma regra geral e deve ser avaliada caso a caso. RP – O viajante que precisa tomar remédios de uso contínuo deve levar receita? Quais são as regras para transportar remédios em viagens? MC – Sim. Nesses casos, geralmente é necessário levar um número de comprimidos que pode acarretar questionamento pelas autoridades de fronteira. Então, ter uma receita com suas medicações de uso contínuo (geralmente em inglês ou na língua do país destino), descrevendo a indicação de uso, pode prevenir problemas maiores. RP – De que maneira o viajante pode se informar sobre os países com restrições a medicamentos? MC – Infelizmente, cada país faz suas regras, então não existe um só local onde o viajante possa ter acesso a essas informações. Geralmente, o que recomendamos é que o viajante entre em contato com os consulados e embaixadas para ter informações. RP – O quanto o viajante precisa se preocupar com a varíola do macaco no momento? MC – Como sabemos as vias de transmissão – a Monkeypox é uma doença transmitida por gotículas e por contato nas lesões – e os países onde os casos estão ocorrendo, manter medidas de proteção é muito importante. Tudo começou quando um viajante se contaminou na área endêmica e levou a doença para Europa. n 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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Agências de viagens Filip Calixto

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POR QUE O SEGURO VIAGEM É FUNDAMENTAL? CONFIRA CASOS REAIS

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a sabedoria popular, é possível encontrar frases que somente revelam seu sentido real quando mudam da fala para a prática. Muitas delas só passam a fazer sentido depois de vividas e algumas outras parecem reforçar um mesmo tipo de pensamento ou recomendação. Quem já vivenciou alguma situação e lembrou das máximas “É melhor prevenir que remediar” ou “O que é combinado não sai caro”? São orientações que podem ser aplicadas nas mais diferentes situações e, quando o assunto é viagem, por mais que elas apareçam pouco, ainda podem ser muito úteis. Quem certamente ouviu e falou algum pensamento desse tipo recentemente foi a agente de viagens baiana Taissa Lobo, da Panorâmica Turismo, de Itabuna. Apresentando o caso que a fez lembrar da onipresença desses ditados, a profissional se sai com um novo: “cobertura de saúde é um serviço que a gente contrata esperando não usar, mas…”, improvisou, introduzindo o relato de um cliente que atendeu no começo do ano. O passageiro embarcado pela agente saiu de Salvador rumo à Itália para uma viagem de 25 dias. E, logo na saída, percebeu ter acertado ao apostar na precaução como companheira de viagem. “Ainda no aeroporto, antes do embarque, ele já começou a ter algumas sensações ruins, como se sentindo no início de uma gripe. Na conexão, em Lisboa, já estava se percebendo um pouco fraco e, chegando em Roma, já no primeiro dia, precisou procurar um atendimento hospitalar emergencial. Nesse momento ouviu do corpo médico que seus sintomas eram resultado de uma pneumonia”, lembra. Mas além de levar esposa, pai e mãe, o passageiro atendido por Taissa havia levado também um seguro viagem com alta cobertura para seus dias italianos, o que acabou sendo providencial. “No dia seguinte ao diagnóstico, a esposa dele já entrou em contato com a seguradora e fez todo o procedimento de acionamento do plano. Foram necessários 15 dias

Taissa Lobo, da Panorâmica Turismo

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Natália Silveira de Oliveira, da Passadena Turismo

de internação e a viagem acabou totalmente diferente do que havia sido planejado”, resume. O seguro que atendeu o cliente da Panorâmica Turismo foi um dos combos Vip da Coris, que oferecem cobertura para até US$ 60 mil em despesas hospitalares e ainda zelam pelos casos de contaminação por covid-19. “A operadora supriu todas as necessidades dele e da família. Surpreendeu o nível de acolhimento e humanização do atendimento”, reforçou Taissa. INTERCÂMBIO Caso semelhante foi vivido por viajantes que compraram um pacote para Nova York com a equipe da Passadena Turismo, de Juiz de Fora, Minas Gerais. Natália Silveira de Oliveira, uma das agentes de viagens da

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equipe, lembra que nesse caso ofereceu um seguro Affinity, que foi utilizado logo na chegada dos clientes aos Estados Unidos. “Era uma viagem de intercâmbio, que apesar de não ser nosso foco em vendas, às vezes fazemos. Como já sabíamos que no caso dos Estados Unidos o atendimento médico é caro, oferecemos uma cobertura maior que o convencional (a escolhida foi um plano capaz de cobrir gastos de até US$ 330 mil). E assim que nossos clientes desembarcaram ela já foi necessária”, recorda Natália. “No hospital indicado pela seguradora, um dos nossos passageiros teve identificada uma bactéria, que provavelmente veio da alimentação. Foi necessário passar cerca de 20 dias internado”, completa. A profissional lembra ainda que re-


presentantes do seguro chegaram, inclusive, a ir ao hospital onde foi feita a internação para averiguar como tudo estava sendo feito e garantir que as despesas seriam arcadas pela companhia. “O seguro foi fundamental e, no caso em questão, foi diretamente acionado pelos viajantes, que já estavam orientados sobre as coberturas e possibilidades”, reforça. Deixar o passageiro ciente de todo o potencial que seu seguro é capaz de oferecer é um dos desdobramentos da venda do agente e essa faceta do trabalho foi um fator sublinhado tanto pelo profissional da agência baiana como também da empresa mineira. As duas lembraram que é intrínseco ao trabalho angariar informações sobre as coberturas disponíveis e se atualizar quanto aos novos e tradicionais combos oferecidos pelas seguradoras. CORTANDO A CARNE Gildemar Gomes Júnior, da Andarilho Turismo, de Recife, também tem o seu dito popular preferido para falar do assunto. “Quando corta na carne a história é diferente”, exclama o agente, que sentiu a importância do seguro viagem em um caso próprio. Gil, como gosta de ser chamado, viveu a incerteza de um infarto na véspera do retorno de um grupo que acompanhou até Lisboa. Era uma viagem de dez dias com um grupo de, aproximadamente, dez pessoas, no final do inverno europeu”, recorda. “A programação corria bem até que no nono dia comecei a sentir fortes dores na coluna. Aos poucos comecei a perceber, até por ter alguns médicos na família, que estava infartando e pedi pelo telefone da recepção para que uma ambulância fosse chamada. Fui levado até o hospital e na UTI o quadro de infarto foi constatado”, acrescenta. Ainda no mesmo dia o agora paciente foi levado para a mesa cirúrgica, na qual foi submetido aos procedimentos de cateterismo e angioplastia. “Tudo foi feito em um hospital que era especializado em tratamentos para o coração. Depois da cirurgia feita fui devolvido para a observação

Gildemar Gomes, da Andarilho Turismo

e descobri que a seguradora já havia sido contatada e as informações também já haviam sido compartilhadas com a minha família no Brasil. Tive que ficar ainda mais uma semana no hospital e depois mais uma semana num hotel em Portugal por segurança”, lembra. O seguro vendido e contratado por Gil foi da GTA, que segue sendo a empresa com a qual ele mais trabalha até hoje. “Perto da minha liberação do hospital a empresa entrou em contato com minha família no Brasil e providenciou uma passagem para que meu irmão fosse a Portugal para me acompanhar na volta. Ele ficou comigo no hotel pago pela segura-

dora e voltamos juntos”, acrescenta Gildemar. “Sempre acreditei na importância de se fazer um bom seguro viagem, principalmente quando vendo e vou para destinos internacionais. É importante salientar que o seguro não é uma questão de indicação do que é melhor ou pior, é uma venda mesmo. E para vender você precisa se ater aos detalhes, é necessário conhecer e saber quais são os benefícios inclusos no pacote”, reforça. COVID-19 Como era de se esperar, a preocupação que mais tem ocasionado a contratação de seguros viagem 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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Cristiane Chao, da Martha Rio Viagens

atualmente é a covid-19. E por ter uma cobertura contra a doença gerada pela pandemia, um dos clientes de Cristiane Chao, da agência Martha Rio, do Rio de Janeiro, evitou que sua viagem fosse motivo para más lembranças. Atendendo uma mãe que viajaria com seu filho para a França por um longo período, Cristiane vendeu um seguro Intermac para longas estadas e com cobertura para coronavírus. O produto foi rapidamente utilizado quando a dupla chegou a Paris e começou a apresentar sintomas clássicos da doença como febre e dores no corpo. “Eles entraram em contato conosco e indicamos, a princípio, o teleatendimento. Depois da conversa foi detectado que poderia ser covid e seguradora já indicou um hospital no qual fosse possível fazer os exames. “Era um final de semana e esse passageiro teve a covid confirmada. Logo começou a ser tratado e envia22

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do para casa com a recomendação da medicação necessária. Nesse período, a seguradora enviou médicos para ver como estava a recuperação e os gastos com medicamentos foram reembolsados”, conta. No caso do cliente de Cristine a hospedagem não era em um hotel, mas é comum que, nos planos vendidos com coberturas covid, a seguradora arque com as diárias hoteleiras em casos de quarentena necessária. SITUAÇÕES ATÍPICAS Mais que cuidados médicos, reembolso para remédios e socorro ambulatorial, os seguros de viagens também são efetivos para resolver imprevistos. Extravios de malas, contatos com embaixadas e uma série de outros contratempos podem ser amenizados com a atuação das seguradoras, assim como conta a agente da Martha Rio e mais um caso recente.


“Uma outra venda que fiz recentemente, agora com clientes embarcados para os Estados Unidos, teve um ‘sinistro’ diferente do convencional”, revela a agente carioca. “Num sábado, já no dia de voltar ao Brasil, esses dois passageiros fizeram uma pausa num mercado para comprar algumas coisas e deixaram seus pertences e mochilas em um carro que era alugado. Esse veículo teve o vidro quebrado e as mochilas roubadas com documentos e uma série de outras coisas”. A agente recebeu a ligação desses clientes e os ajudou a contatar o consulado brasileiro, para informar a perda dos documentos, e a seguradora para ressarcir as perdas. “De volta ao Brasil eles já apresentaram os documentos para solicitar reembolso e em breve teremos novidades”, completa. Também no pacote de situações atípicas está a história contada por Micheli Cristine Gonçalves de Souza, da TZ Viagens, do Paraná. Ela conta que, no ano passado, uma das viajantes que comprou pacote com ela viveu uma situação tão excepcional que nem mesmo as muitas variações de cobertura poderiam prever. “Uma das minhas clientes estava de passagem por Bruxelas e, no dia de embarcar para Portugal, de onde partiria o voo de retorno, acordou com a notícia de uma greve geral que se estendia até o setor aéreo. Ela se viu sem alternativas e então nos ligou perguntando o que era possível fazer”, rememora. Ela teve que ficar um dia a mais na Bélgica, conforme conta a agente, remarcar o voo para Portugal e assim retornar ao Brasil. “Nesse caso o seguro não cobria (esses custos), mas mesmo assim eles nos ajudaram orientando o que fazer e como, apresentando as melhores saídas e as alternativas. Tranquilizando o passageiro. Ela se sentiu segura e amparada”, pontua. O seguro vendido geralmente por Micheli está entre os planos da Vital Card e já foi a tábua de salvação para uma série de clientes que se viram diante de situações inesperadas longe de sua cidade. A profissional que atua em Curitiba conta também que faz parte da sua

rotina compartilhar com seus clientes a diferença que a contratação de um seguro viagem pode fazer no transcorrer do período longe de casa. Para simbolizar a importância do produto ela apresenta uma série de circunstâncias e casos, inclusive o citado acima. Do ponto de vista de Micheli, um ditado que certamente pode ser aplicado é que “Ri melhor, quem ri por último”. n

Micheli Souza, da TZ Viagens

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PATROCINADO

O CEO da Affinity, Marilberto França

AFFINITY SEGURO VIAGEM DESTACA PAPEL DOS AGENTES DE VIAGENS E CELEBRA RESULTADOS

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om foco exclusivo no B2B, a Affinity Seguro Viagem se destaca no mercado por valorizar e compreender a relevância do agente de viagens nas vendas e obtenção de resultados positivos. “Nosso compromisso é valorizar o setor e incentivar o consumidor a procurar o agente sempre que estiver programando sua próxima viagem”, garante o CEO da Affinity, Marilberto França. Esses resultados impulsionados pela atuação dos agentes de via24

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gens podem ser vistos na prática. Nos meses de abril e maio, a empresa superou os índices de vendas do pré-pandemia e notou que o passageiro está muito mais consciente sobre a necessidade de ter o seguro viagem como item essencial. Para aperfeiçoar a experiência do viajante, a Affinity já prepara novidades em sua estrutura. As contratações foram retomadas, há mais investimentos na área de tecnologia da informação, os produtos e serviços estão sendo adaptados para

atender às tendências que estão por vir. “No início de 2022 lançamos a categoria Covid Mais, que prevê estes benefícios, e agora no mês de julho estamos trazendo mais dois planos para completar o portfólio”, antecipa o CEO da Affinity, ao explicar que atualmente o foco da empresa não está somente nos planos que oferecem coberturas para Despesas Médico e Hospitalares (DMH), mas que garantem também a cobertura para quarentena e remarcação de voo. n


A tranquilidade de viajar com um seguro Affinity...

... é a mesma sensação de estar nas nuvens Reforçamos nosso compromisso com os agentes de viagens em não comercializar diretamente ao consumidor final. Nosso compromisso é valorizar o setor e incentivar o consumidor a buscar um agente de viagem sempre que estiver programando a sua próxima viagem. Marilberto França - CEO

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CORIS OFERECE O MELHOR CUSTOBENEFÍCIO E COBERTURAS COMPLETAS

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Coris, empresa especialista em seguro viagem com mais de 30 anos de experiência e com selo inédito de ‘Melhor Empresa Para se Trabalhar’ no ramo de seguros e assistência ao viajante, tem atuado para aprimorar e oferecer o melhor custo-benefício e as coberturas mais completas do mercado, adaptando seus produtos ao cenário mundial e às necessidades dos viajantes brasileiros. A empresa foi uma das primeiras a anunciar cobertura médica para covid-19 em todos os planos de seguro viagem para destinos internacionais e uma das poucas a oferecer cobertura para covid-19 para viajantes com até 99 anos. Entre os destaques do portfólio da Coris está o Plano Vip, um produto especial e completo que contempla limites maiores em várias coberturas e com opções exclusivas como assistência pet, danos à mala e assistência psicológica. A Coris já oferece nos combos Vip e Max maior cobertura de despesas médicas e hospitalares para covid-19. E o melhor, sem aumento das tarifas. Outro pilar da Coris é o atendimento. Hoje, a empresa é a única do setor de seguro viagem com uma Central de Assistência própria que funciona 24h em Barueri (SP) e com todos os atendentes brasileiros, característica que acolhe o cliente, elimina qualquer problema com o idioma e garante a excelência e o cuidado principal do seguro: atender os viajantes quando eles mais precisam, em qualquer parte do Brasil e do mundo. A Coris está desenvolvendo uma assistente virtual para acelerar o atendimento da central 24h, afinal, o cuidado com os clientes e a excelência na assertividade do atendimento é o maior diferencial da empresa. A retomada do setor de Turismo veio com força e bons frutos para o mercado de seguro viagem. A cons26

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Cláudia Brito, sócia-diretora Comercial da Coris

ciência do viajante aumentou, assim como a dos agentes de viagens, que estão optando por oferecer produtos completos e de confiança para seus passageiros. Por isso, a Coris sempre oferece o que há de melhor quando o assunto é seguro viagem e não abre mão de garantir o melhor atendimento quando o viajante mais precisa.

“Para o trade, que comercializa nossos produtos com prioridade há mais de 30 anos, temos um time sempre pronto para atendê-los, com nossos executivos e equipes de apoio, além dos gerentes comerciais atentos às demandas de todos os nossos parceiros”, reforça a sócia-diretora Comercial da Coris, Cláudia Brito. n



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TREINAMENTOS E PROMOÇÕES SÃO TRUNFOS DA GTA PARA AQUECER VENDA DE SEGUROS esse público”, acrescenta. O resgate do calendário de capacitações presenciais, a partir do último mês de maio, vai ao encontro dessa filosofia. “Só em junho mobilizamos 200 agentes nos eventos em parceria com o Hot Beach Resort e o Enjoy Hotéis & Resorts. Complementada com os treinamentos online da Academia GTA, essa programação vai nos ajudar a superar a marca de 8 mil profissionais qualificados em 2022”, projeta.

Presidente da GTA, Celso Guelfi

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m março deste ano, a GTA Global Travel Assistance alcançou 88% da receita de março de 2019 – período pré-pandemia. A notícia representou mais uma sinalização da retomada da atividade turística e indica que a cultura do seguro viagem vem pegando carona nesse momento de recuperação. E a empresa aposta nos treinamentos e promoções como impulsos para aquecer os negócios. “A Covid-19 demonstrou a necessidade de reforçar a segurança nas viagens e o mercado nos traz claramente essa resposta. Hoje, 80% dos pacotes turísticos fechados por meio das 7,5 mil agências de viagem parceiras já contemplam seguro. Há três anos, esse percentual era de 27%”, destaca o presidente Celso Guelfi. A despeito da profunda transformação da cultura de vendas e atendi28

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mento no contexto da pandemia, com consumidores cada vez mais exigentes e bem informados, a empresa preservou sua essência. “Nosso DNA é o B2B, tanto que ampliamos o compromisso em estreitar relações e levar informação de qualidade para

PROMOÇÕES INCENTIVAM VENDAS COM VALOR SOCIAL O investimento em promoções surgiu como resposta da GTA à Covid-19 e à redução natural do fluxo turístico. E essas iniciativas também contribuíram para agregar valor social às vendas. É o caso da Promo+65, que assegura descontos para passageiros de 65 a 85 anos; e da Tô Vacinado, que contempla 60% de desconto nos planos adicionais de Covid-19. Outras opções com desconto são os planos para intercambistas e para viagens com famílias ou amigos. “Ao colocar em evidência nossa diversidade de produtos, também estamos movimentando a cadeia produtiva”, acredita. n



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INTERMAC SE PREPARA PARA UM NOVO FUTURO DE POSSIBILIDADES Equipe Intermac

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om 23 anos de atuação, a Intermac Assistance se consolida como uma empresa de valores fortalecidos que não se acomoda frente às transformações do mercado. Qualidade, inovação e modernidade fazem parte desta empresa que proporciona a melhor experiência para seus passageiros.

Luis Torniero, CEO Brasil

CONFIRA AS NOVIDADES E OS DIFERENCIAIS DA INTERMAC: Novos Produtos – Feitos para simplificar o uso da proteção necessária para garantir uma viagem segura e com o máximo de cuidado para todos os momentos da sua viagem; Atendimento Intermac personalizado – Desde o check-in na Central de Atendimento até a conclusão dos serviços, um Customer Care Intermac Rep - CCIT cuidará de tudo e disponibilizará a melhor opção de especialidade para sua demanda; Plataforma de serviços – Para contratar, tirar dúvidas, procurar informações e pedir serviços, no computador ou celular, em qualquer lugar e a qualquer hora; 30

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Barbara Aoki, Eduardo Aoki e Laís Aoki

Presença no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa – A Intermac, através de seus escritórios regionais ou de seus representantes, está à disposição em todo o Brasil e em mais 14 países.

Para dirigir a Intermac Brasil, a holding conta com o aporte do CEO Luís Torniero e da experiência da Família Aoki. Saiba mais sobre a Intermac Assistance durante a Abav Expo, em Pernambuco, e acesse o site. n



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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NO SEGMENTO DE SEGURO VIAGEM DIFERENCIAIS TECNOLÓGICOS DA UNIVERSAL ASSISTANCE

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Único seguro viagem a oferecer o serviço de autoatendimento no Brasil, pelo qual o cliente gerencia os cuidados médicos 100% on-line, sem necessidade de falar com atendente

Federico Siri, presidente da Universal Assistance

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QR Code com todos os dados da apólice, permitindo fácil e imediata visualização via dispositivos móveis

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Atendimento via telemedicina, consulta on-line sem precisar ir a um centro médico

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ara melhorar a experiência dos usuários e simplificar as viagens, a Universal Assistance está investindo em inovações tecnológicas. Último lançamento da empresa, o recurso por QR Code apresenta todos os dados da apólice, permitindo que o viajante acesse e visualize facilmente toda a cobertura diretamente de qualquer dispo-

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sitivo móvel. Outro exemplo de inovação é a autogestão médica móvel, que permite aos clientes gerenciarem os cuidados médicos de forma totalmente on-line, sem a necessidade de falar com um atendente. “Para nós, é prioridade estar cada vez mais perto dos nossos clientes, disponibilizando ferramentas tecnológicas, seguras e con-

fiáveis”, afirma o diretor regional de Marketing da Universal Assistance, Diego Baron. Não é por acaso que o seguro viagem se tornou item essencial para os viajantes. Segundo a empresa, 40% dos casos onde a teleassistência era uma solução médica possível foram resolvidos no primeiro trimestre de 2022 em toda a América Latina, e os serviços mais acessados no aplicativo são as informações sobre coberturas, autogestão médica e o chatbot. “Escolher vender para seus clientes produtos Universal Assistance é garantir o que há de mais tecnológico no mercado. Temos um atendimento de excelência, rede de prestadores que inclui mais de 10 mil fornecedores médicos ao redor do mundo, atendimento via telemedicina e inúmeras outras facilidades. Somos os únicos a oferecer o serviço de autoatendimento no País”, lembra o presidente da Universal Assistance, Federico Siri. n


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Luciano Bonfim, diretor da Vital Card

VITAL CARD É SINÔNIMO DE INOVAÇÃO E CONFIANÇA

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m duas décadas de atuação, a Vital Card já assegurou a viagem de mais de 10 milhões de passageiros. Para reforçar seu compromisso com os agentes de viagens, a empresa está divulgando as principais ações implementadas durante a pandemia. Uma das novidades foi um novo produto no portfólio, o Telemedicina Vital Card. À parte do seguro viagem, é um serviço por assinatura mensal que protege os clientes em sua própria casa e pode ser adquirido no site. Já no seguro viagem, em parceria exclusiva com a seguradora American Life, a Vital Card desenvolveu 34

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uma cobertura robusta para casos de covid-19, de até US$ 30 mil, e uma cobertura de prorrogação de estada e remarcação de passagens aéreas. Com este adicional a empresa tem o melhor custo-benefício do mercado. Desde março de 2020, a Vital Card reembolsou mais de mil bilhetes de seguro viagem, sem a utilização da MP 934/2020 (que deu a empresas de setores como o Turismo até 12 meses para reembolsar os passageiros) e mais de três mil bilhetes de créditos foram emitidos a pedido dos próprios passageiros. Ainda, a Vital Card enviou mês a mês um e-mail lembrando aos agentes de viagens

e passageiros sobre os bilhetes créditos pendentes. E como prova da transparência da Vital Card, todas as certidões negativas de débito são disponibilizadas e atualizadas mês a mês. A Vital Card segue se modernizando em diversos aspectos, sempre procurando facilitar a venda e utilização por meio de inovações tecnológicas, como link virtual, white label e APIs, além de oferecer facilidade de reembolso e, principalmente, atendimento humanizado em sua central de atendimento. Confiança para você e seu passageiro é prioridade para a Vital Card. n


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Aviação

Maria Izabel Reigada, especial para a Revista PANROTAS

NÃO TEM BAGAGEM GRÁTIS

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ompanhias aéreas, agência reguladora e organismos que defendem os direitos do consumidor receberam com elogios a Medida Provisória 1.089, conhecida como MP do Voo Simples, e suas propostas para modernizar a regulação do setor aéreo. Entre seus pontos principais, está o entendimento de que os serviços aéreos são considerados atividade econômica de interesse público, dispensando diversos procedimentos burocráticos para a operação de companhias no Brasil. Um grande “porém”, no entanto, foi imediatamente colocado pelas companhias aéreas, uma vez que o texto com a nova regulamentação propôs o retorno da proibição de cobrança pelo despacho de uma bagagem de até 23 quilos, nos voos nacionais, e até 30 quilos nas rotas internacionais. Praticada desde junho de 2017 no Brasil, a cobrança pelas bagagens despachadas é uma das principais características da segmentação de mercado e prática adotada internacionalmente, com exceção de Cuba e Coreia do Norte. “Essa iniciativa é claramente fruto da incompreensão de como a aviação funciona, ao tentar vender ao País a noção contrária do que se está fazendo, colocando a bagagem no custo de todos os passageiros, uma vez que não há bagagem gratuita”, diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. Levada à sanção presidencial, a MP foi transformada na lei 14.368, com o veto do presidente Jair Bolsonaro ao item que tratava da gratuidade da bagagem, devendo regressar para análise do Congresso Nacional, que pode derrubar o veto. “Já retomamos nosso trabalho de diálogo com todos os parlamentares, explicando como, na prática, esse retorno encareceria as tarifas, uma vez que esse custo precisaria ser diluído entre todos os passageiros. Deixaríamos de ter a terceira coluna que hoje todas as empresas oferecem no momento de comprar uma passagem, aquela que vem com a tarifa mais barata. É ela que deixaria de existir com essa mudança”, enfatiza Sanovicz. Para o professor do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Alessandro Oliveira, a volta do modelo de franquia gratuita de bagagem neste momento poderia acentuar o cenário econômico de estagflação, quando há inflação com estagnação econômica. 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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Alessandro Oliveira, do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do ITA

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“Estamos em um momento de busca da retomada do crescimento após a pandemia. No transporte aéreo internacional, se imagina um bom crescimento, mas isso vem concomitante com o risco de inflação forte mundo afora”, avalia. “Podemos entrar em um período de inflação sem crescimento econômico, a estagflação. A volta da proibição da cobrança de bagagem acentuaria a estagflação, ao forçar o bloqueio no crescimento, colocando mais um custo para a companhia aérea, que terá que repassar isso para o consumidor, que já está com medo de viajar por causa dos impactos da inflação. É a estagflação vista de perto em um setor por causa da regulação”, alerta.

TARIFAS A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), responsável pela inclusão do tema da franquia de bagagem na Medida Provisória, defendeu a retomada do modelo antigo alegando que “os parlamentares foram enganados ao permitir a cobrança em nome da redução nas tarifas, que não ocorreu”. Entre 2002, quanto teve início a liberdade tarifária, e 2016, o tíquete aéreo médio no Brasil foi de R$ 910, com cerca de 30 milhões de passagens emitidas, para R$ 420, com 104 milhões de bilhetes naquele ano, segundo dados da Abear. Desde 2017, no entanto, o câmbio teve uma valorização de 60% - e metade dos custos das companhias aéreas é dolarizado – e o querosene de aviação aumentou 220%. “O Congresso confundiu algo conjuntural com política de precificação”, explica o presidente da Abear, ressaltando que o cenário econômico vivido desde 2017 foi o responsável pela reversão no gráfico de queda no preço dos bilhetes aéreos. O professor do ITA concorda. “Quando o Brasil inaugurou a cobrança de franquia de bagagem, em 2017, estávamos com o dólar em R$ 3, R$ 3,50, e o barril de petróleo custava US$ 75. Agora o barril está mais de US$ 100 e o dólar, mais de R$ 5. As pressões inflacionárias e de custo fizeram as empresas aéreas perderem a competitividade que seria importante para assegurar a redução de tarifas com a cobrança do despacho.” Oliveira alerta ainda que a volta da franquia afetaria a entrada de outras empresas aéreas no Brasil, especialmente aquelas do modelo low cost (baixo custo). “As aéreas que são genuinamente de baixo custo devem maximizar a eficiência de suas operações cobrando por todos os itens. A cobrança de tarifa extra é a marca das ultra low cost e nós precisamos desse tipo de empresa no Brasil para fomentar a concorrência, de forma sustentável”, defende. “A cobrança de bagagem vai no bojo de uma segmentação de mercado


Evolução de tarifas aéreas 2003-2021

que qualquer companhia aérea faz hoje no mundo. A segmentação é maior que a cobrança de bagagem, mas a cobrança é parte importante disso”, explica. “É a segmentação que permite que quem quer comprar passagem bem barata encontre isso. E quem quer a comodidade de despachar bagagem, marcar assento, tem isso também. O setor aéreo sempre foi reconhecido pela baixa rentabilidade e instabilidade de suas empresas. A segmentação possibilita a sustentabilidade do negócio.” Em nota, a Anac ressaltou que “a eliminação de barreiras regulatórias – como, por exemplo, a desregulamentação da franquia de bagagem despachada e o fim do limite de 20% para participação de estrangeiros no capital com direito da vota de empresas aéreas brasileiras – tende a contribuir para a promoção da concorrência, da eficiência e da inovação, além da entrada de novas empresas aéreas e de novos modelos de negócios no brasil, como o modelo usualmente denominado low cost.”

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

QUANTO CUSTA A BAGAGEM? Em abril, as empresas aéreas reajustaram os preços para despacho de bagagens, o que levou a Fundação 11 a 17 de julho de 2022 — PANROTAS

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André Américo, diretor de Planejamento, Revenue Management e Alianças da Azul

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Procon-SP a notificá-las, pedindo esclarecimentos sobre os itens que compõem o valor da taxa. Na ocasião, a Latam enviou nota esclarecendo que “a vulnerabilidade externa em função da guerra na Ucrânia impacta diretamente no preço do petróleo e, consequentemente, na alta do preço do querosene de aviação (QAV) e nos custos da empresa.” A nota afirmava ainda que, diante da imprevisibilidade da crise, “a empresa precisou fazer algumas alterações em voos programados para os próximos meses e postergar o lançamento de novas rotas, cenário que impacta em aumento de preços das passagens e serviços adicionais da ordem de 25% a 30%.” Na Latam, despachar a primeira bagagem em voos domésticos custa a partir de R$ 75. Na Gol, a primeira

mala despachada sai por entre R$ 95 a R$ 140, nas rotas domésticas. Na Azul, as bagagens têm tarifa a partir de R$ 90, também nos voos domésticos. Para o diretor de Planejamento, Revenue Management e Alianças da Azul, André Mercadante Américo, os custos envolvidos na precificação da bagagem são semelhantes ao das tarifas aéreas, com boa parte deles dolarizados. “Temos um fator de oferta de mercado, adaptado ao comportamento do consumidor, mas também temos custos fixos, como o querosene de aviação e o câmbio”, diz o diretor. “Há pouca margem de manobra e os reajustes acompanham, principalmente, variações cambiais”, acrescenta. “Na prática, não dá para saber exatamente o custo de uma bagagem em trechos curtos ou longos, por exemplo, então a taxa vem de um rateio global”, completa. Para Américo, não há sentido na volta de um modelo de franquia gratuita de bagagem. “Sabemos que não existe essa gratuidade. O que acontecia no modelo antigo é que todos os passageiros pagavam pelo despacho, usufruindo ou não desse serviço. Hoje, podemos ter preços bem mais acessíveis para o passageiro que não quer utilizar esse serviço, bem como para aqueles que não precisam marcar assento.” Segundo dados da Abear, entre 60% e 65% dos passageiros que voam em rotas domésticas não despacham bagagem no Brasil. PASSO PARA TRÁS Durante o Fórum PANROTAS 2022, em 22 de junho, o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, comentou sobre o tema. "Acredito que ainda existe o risco do veto ao despacho gratuito de bagagem ser derrubado no Congresso, o que seria um passo para trás impressionante nesse País. O impacto negativo disso é incalculável. O que vimos é quase uma revanche contra o setor pelo aumento das passagens. Eles não entendem como isso prejudica o Brasil, prejudica a atratividade


para novas empresas e demonstra volatilidade das regras. Torço para que exista uma voz mais inteligente nessa discussão. A aviação vai crescer de forma muito mais devagar por causa dessa medida. É irrisório que uma decisão pontual em 2016 vai definir o preço das passagens, ainda mais com a sequência de situações que rolou desde então", afirmou Cadier. Procurada pela reportagem, a Gol disse que segue o posicionamento da Abear. O Procon-SP não respondeu à reportagem. AGÊNCIAS DE VIAGENS Para a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, a questão não tem impactos diretos para os agentes de viagens, tampouco no desejo de viajar dos consumidores. “Hoje o custo das viagens já é tão alto que o percentual

das bagagens se tornou pequeno em um bilhete aéreo, especialmente nas viagens nacionais. Isso é uma tendência mundial e temos muito passageiros em viagens a trabalho ou mesmo em finais de semana, viagens curtas, que não levam bagagem e realmente não devem pagar por algo que não utilizam”, defende. Magda lembra que, embora a cobrança de bagagens despachadas não tenha representado uma redução no preço das tarifas, em 2017, quando ocorreu, possivelmente fosse verificado um aumento agora, no novo cenário, com a volta ao antigo modelo. “Acredito que o Brasil deva acompanhar o mundo nesse tema. Os preços são voláteis, há muitos fatores envolvidos na precificação do bilhete aéreo e acho que a bagagem ganha um processo mais transparente com a cobrança separada.” n

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional

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OS DESAFIOS DE OPERAR NO BRASIL Com três voos semanais entre São Paulo e Medelín e conexão para mais de dez destinos a partir do hub colombiano, a empresa aérea Viva estreou no Brasil no mês passado com desempenho positivo. “A ocupação na rota de São Paulo está mais alta que nossa expectativa e as vendas para os próximos meses também”, conta o vice-presidente de Operações, Francisco Lalinde. Definida como aérea ultra low cost, a Viva tem tarifa a partir de US$ 129 na rota São Paulo-Medelín e cobra por todos os serviços extras. Questionada sobre o retorno da franquia de bagagem gratuita, caso o veto presidencial seja derrubado pelo Congresso, o VP da empresa mostra preocupação. “Estamos acompanhando de perto as decisões do governo brasileiro. Temos que ser claros, não existe bagagem de graça. Se um decreto faz isso, significa que haverá impacto nas tarifas aéreas”, diz. “Em nosso caso, isso pode ser de até 30% a mais nos custos da passagem.”O VP da Viva 42

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explica que esse aumento ocorreria por conta do modelo de negócios da empresa. “Quando a bagagem é gratuita, você não sabe quais passageiros chegarão ou não com bagagem no check-in, precisando repassar esse custo a todos eles. No nosso modelo, o planejamento da viagem é fundamental. Com esse retrocesso, o passageiro não pode selecionar os serviços que precisa para sua viagem”, diz. Para ele, apresentar o modelo da companhia ao mercado brasileiro é o maior desafio da companhia neste momento. “É importante que o passageiro conheça as possibilidades que tem de viajar a baixo custo, sabendo que o planejamento é fundamental e que os preços no aeroporto sempre serão mais caros que a compra na página web ou na agência de viagens”, avisa. Pesquisador do tema, o professor do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Alessandro Oliveira, lembra que o Risco Brasil é o primeiro fator a prejudicar a entrada de mais empresas aéreas no País. “Você vê que

a regulação pode sofrer interferência a qualquer momento, como estamos vendo agora, por questões políticas. Risco regulatório, dentro do Risco Brasil, acrescido da alta tributação, dos preços do combustível e da vulnerabilidade nas bolsas de valores são desafios sérios para a chegada de outras empresas”, avalia. Ele alerta ainda para o risco do aumento de judicialização do setor aéreo, diante dos novos debates sobre franquia de bagagem. “A volta do debate gera instabilidade na interpretação do que pode e não pode. A assimetria de informação pode ter um efeito transitório com mais atrito entre demanda e oferta, o que não é bom. A gente quer as regras claras e a Anac está aí para isso, evitando judicializar o setor”, acrescenta. “É importante evitar mudanças regulatórias para que o passageiro não se sinta lesado à toa. Não podemos ficar perturbando essa relação empresa e consumidor a todo instante.” n


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