PANROTAS 1583

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Novotel Itu (SP), do Grupo Accor, é o primeiro resort do Brasil a receber a certificação de sustentabilidade Green Key

ÍNDICE

Página 05

Editorial - Não procrastine a lição de casa ESG

Página 06

Hotelaria - Ações da Accor para se tornar carbono zero

Página 09

Cruzeiros marítimos em busca de oceanos mais protegidos

Página 16

Artigo - ESG na cadeia de fornecimento em viagens corporativas

Página 22

O que as TMCs podem fazer pelo ESG?

Página 26

KONTIK

Página 28

MARINGÁ

Página 30

TOUR HOUSE

Página 32

WTTC mostra o impacto do ESG nos negócios do Turismo

Página 36

Conhecemos o Utopia of the Seas, da Royal Caribbean

Página 48

Scenic Amber, luxo e exclusividade nos rios europeus

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta

GESTÃO

José Guilherme Condomí Alcorta

TECNOLOGIA

Ricardo Jun Iti Tsugawa

EDITORIAL

Artur Luiz Andrade

Media Partner

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Parceria Estratégica

NÃO PROCRASTINE A LIÇÃO DE CASA ESG

Quando falamos em desenvolvimento dos conceitos ESG no Turismo, há uma priorização à sustentabilidade ambiental. É até compreensível que os olhares sejam mais atentos à proteção e respeito à biodiversidade, no uso eficiente de água e energia e na mitigação das mudanças climáticas.

Afinal, é uma maneira de dizer ao mundo que esta indústria, inexoravelmente ligada ao transporte e fragmentada em outras fontes emissivas de gases de efeito estufa, está ao menos atenta com algo que, se um dia foi fachada, passou a ser uma preocupação real para os tomadores de decisão da economia global, os grandes investidores, os stakeholders do topo da pirâmide.

Acontece que falar de ESG muitas vezes é...chato. Nos faz sentir culpa, nos deixa entediados. Os resultados para as práticas ambientais requerem longos prazos e muitas vezes são invisíveis, o que a sociedade do imediatismo encara como algo facilmente descartável. As pessoas físicas, então, preferem delegar esses assuntos para as jurídicas.

Os CNPJs muitas vezes até têm recursos para investir, mas não têm tempo nem energia necessários. E ESG é fundamentalmente um processo de transformação empresarial que exige um trabalho árduo, resiliente e focado, que é precisamente a maneira como as empresas construirão confiança com seus clientes, funcionários e investidores.

Frequentemente, vemos empresas focando nos resultados. Turbina-se o marketing e envia-se mensagens de ESG e posicionamento de produto, ao invés de se dedicar a um trabalho de primeiro incorporar práticas de sustentabilidade em todo o seu negócio.

Porém, os consumidores percebem. Em algum momento, vão acabar percebendo, e a estratégia apelativa vai ter um efeito indesejado em médio prazo. Um efeito insustentável. Mais do que a busca por marcas conscientes, os consumidores querem marcas honestas. Querem ver evidências de uma marca com base no que ela diz, mas também no que ela faz. À mulher de César honesta, tem de parecer honesta, e na medida certa.

Se você é um distribuidor de viagens que não é necessariamente dono dos ativos poluentes, delegue essa função para seus fornecedores, mas os cobrem pelas melhores práticas, por investimento em combustível sustentável, em tecnologias que reduzam o consumo de energia, em ações simples que com sua alta escala já farão enorme diferença. Enquanto isso, como está o bem-estar do seu funcionário, dos seus líderes? O que eles estão pensando, do que estão precisando, para trazer o seu melhor? Ele se sente representado? O selo de diversidade e inclusão, de lugar exemplar, que você coloca no rodapé do seu site realmente reflete a realidade mesmo após você ter ouvido o comentário naquela terça-feira em que um tema tabu foi motivo de piada discriminatória contra minorias? Para poder cobrar que seu fornecedor polua menos e para poder apontar a falta de ética do seu concorrente, primeiro você precisa exercitar o ESG e fazer com que, organicamente, seu cliente saiba disso.

ACCOR LIDERA EM

SUSTENTABILIDADE NA HOTELARIA

AAccor, rede que conta com mais de 330 hotéis no Brasil e cerca de 450 empreendimentos na divisão Premium, Midscale & Economy nas Américas, reforça seu compromisso com a Sustentabilidade com a adesão de mais iniciativas, que têm como objetivo reduzir a pegada de carbono de suas operações e tornar-se Net Zero até 2050. Entre os elementos que mais impactam neste desafio está o consumo de energia e água, algo que ganha cada vez mais atenção na estratégia global, com foco na economia destes recursos. No entanto, para reduzir as emissões é preciso mensurar os dados. E o grande destaque neste sentido é a ferramenta GAIA 2.0, lançada no primeiro trimestre de 2024, com 99% dos hotéis da região já integrados. Essa ferramenta agrupa todas as ações da operação que representam emissões de gases de efeito estufa. Utilizando funcionalidades melhoradas por inteligência artificial, o software reúne toda a informação

relevante, incluindo dados sobre consumo de energia, gás e água (extraídos automaticamente das faturas mensais quando carregadas no sistema), desperdício de alimentos, utilização de artigos de plástico descartáveis, entre outros. Estes dados norteiam a estratégia com foco na redução da pegada de carbono. O Grupo Accor tem realizado nos últimos meses diversos treinamentos, para equipes de toda a região das Américas, de maneira que os hotéis se adaptem a essa nova realidade e possam otimizar suas operações, colaborando com o objetivo da Accor de zerar as emissões. “Estamos trabalhando fortemente na definição de estratégias e formas de calcular e medir a nossa pegada de carbono, e agora é hora de agir. Realizamos workshops em cada região que a Accor está presente no mundo, incluindo todas as marcas. Assim, queremos ter certeza de que todos têm as mesmas informações para mitigar as alterações climáticas”, explica a SVP Environment da Accor Global, Valérie de Robillard.

Workshop sobre Carbono, realizado para o time da Accor Américas, com a presença de Valérie de Robillard e Quentin Witvoet, ambos da área de Sustentabilidade da Accor Global

MAIS DE 50 HOTÉIS COM CERTIFICAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE NAS AMÉRICAS

Além das medidas internas, a Accor assumiu o compromisso de certificar externamente seus hotéis com selos globais de sustentabilidade. Em Brasil, Colômbia, México e Peru, a certificação escolhida é a Green Key. Em Argentina e Chile, os hotéis estão sendo certificados pelos selos locais Hoteles Más Verdes e Sello S, respectivamente. Até o momento, mais de 50 hotéis Premium, Midscale & Economy da rede nas Américas já receberam certificações locais por suas iniciativas.

DESTAQUE DE INICIATIVAS NAS AMÉRICAS:

• 412 hotéis da Accor usam lâmpadas de LED, 230 dos quais estão equipados com sensores de luz;

• 402 hotéis possuem regulador de água no chuveiro;

• 319 hotéis possuem mecanismos de fluxo para a descarga dos banheiros;

• 185 hotéis usam tecnologia VRF de ar condicionado, que é menos poluente e consome menos energia;

• 172 hotéis possuem painéis de energia solar;

• 168 hotéis no Brasil já compram energia verde no mercado livre;

• 58 hotéis contam com carregadores para veículos elétricos.

De cima para baixo: cerimônias de entrega da certificação do Sello S dos hotéis da Accor no Chile, do primeiro hotel Green Key no Brasil, o ibis Maringá (PR), e do primeiro resort Green Key do País, o Novotel Itu (SP)

Há muitos anos a Accor está empenhada no desenvolvimento sustentável. Estabelecemos nosso compromisso de contribuir para zerar as emissões de carbono globalmente até 2050 e reduzir nossas emissões absolutas em 46% (Escopo 1 e 2) e em 28% (Escopo 3) até 2030. Ao incentivar a certificação de sustentabilidade em nossos hotéis, garantimos a transparência e confiabilidade para hóspedes, investidores e demais stakeholders, ao mesmo tempo em que diminuímos o impacto das nossas operações ao meio ambiente.

Antonietta Varlese, SVP de Sustentabilidade e Comunicação da Accor Américas na divisão Premium, Midscale & Economy.

Cerimônia de certificação Green Key dos hotéis da Accor no México

POR MARES MAIS PROTEGIDOS

Acada ano aumenta o número - e o tamanho - dos navios de cruzeiros que são lançados pelo mundo, assim como a quantidade de passageiros que viaja neles. Se por um lado essas embarcações são muito elogiadas por sua oferta de entretenimento, por outro, também entram no radar de críticos a respeito dos impactos ambientais nos oceanos. O transporte marítimo é responsável por cerca de 3% das emissões globais de CO2, o que equivale a um bilhão de toneladas por ano e, embora os navios de cruzeiros representem menos de 1% da comunidade marítima global, também causam impacto ao meio ambiente. Por seu grande volume de passageiros e tripulantes transportados, eles podem ser causadores de desperdício alimentar e produção de esgoto. Essas embarcações emitem gases poluentes no ar, descarregam substâncias nos oceanos e têm impactos também em terra, nos ecossistemas e comunidades dos destinos turísticos que visitam. Uma pesquisa da Federação Europeia de Transportes e Meio Ambiente mostra que, em 2022, os 218 navios de cruzeiro da Europa emitiram mais óxido de enxofre do que um bilhão de automóveis, ou 4,4 vezes mais do que todos os automóveis do continente.

O impacto ambiental gerado pelos navios de cruzeiros é grande e, se considerarmos o cenário atual do setor, tende a aumentar, pois:

• As vendas de passagens para navios atingiram níveis recordes neste ano;

• Espera-se que, em 2024, cerca de 35,7 mi -

lhões de passageiros zarpem em navios de cruzeiros, 6% a mais do que em 2019;

• A capacidade global deverá crescer pelo menos 10% nos próximos quatro anos, com a expectativa de a indústria receber 56 navios e 121 mil novos leitos, segundo a Cruise Lines International Association (Clia);

Análise da Clia mostra crescimento da indústria de cruzeiros
A capacidade dos cruzeiros deverá crescer pelo menos 10% nos próximos quatro anos

INDÚSTRIA TRABALHA PARA DIMINUIR OS

EFEITOS

As armadoras trabalham para provar que estão a favor do vento da sustentabilidade e que o avanço de suas iniciativas tem sido rápido. Os players que fazem parte desse ecossistema estão bem cientes disso e garantem que, sim, os cruzeiros podem ser sustentáveis.

“A sustentabilidade é um tema importante e essencial para a indústria de cruzeiros e que está avançando muito rapidamente. As companhias marítimas, além de respeitarem todas as regras locais e internacionais, têm realizado iniciativas que estão inclusive muito à frente dessas regulações em temas como a proteção do meio ambiente, diminuição das emissões de gases do efeito estufa, economia de energia, proteção dos oceanos e sustentabilidade econômica e social das regiões que recebem cruzeiristas”, assegura o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz.

Ele conta que a indústria de cruzeiros assumiu o compromisso de diminuir em 40% a emissão de gases de efeito estufa até 2030 e de zerar essas emissões até 2050, com iniciativas que estão progredindo muito por meio de grandes investimentos em práticas ambientais, novos combustíveis, novas tecnologias, infraestrutura e eficiência operacional.

“Um número crescente de navios que serão lançados nos próximos cinco anos será capaz de usar combustíveis alternativos ou de incorporar combustíveis com zero carbono, uma vez disponíveis em grande escala, inclusive com motores híbridos que podem receber diferentes combustíveis”, pondera Ferraz.

No momento, há 32 projetos-pilo-

to e iniciativas de colaboração em curso com produtores de combustíveis sustentáveis e empresas de motores que testam combustíveis e tecnologias sustentáveis, acrescenta o presidente da Clia Brasil.

“Para implementar essas mudanças de forma cada vez mais rápida, dependemos dos governos para a definição dos combustíveis que serão utilizados e para garantir a disponibilidade em grande escala, de forma competitiva.”

O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz

INICIATIVAS VERDES (OU AZUIS?)

Seguindo o compromisso da Clia Global, são muitas as iniciativas das companhias de cruzeiros para reduzir a pegada ambiental e as armadoras são unânimes ao dizer que esse é um processo constante, que sempre pode melhorar.

“A MSC Cruzeiros acredita que essa jornada é baseada em melhoria contínua, com foco em aprimorar e desenvolver sistemas e tecnologias que visam minimizar e reduzir continuamente o impacto ambiental das operações – tanto no mar quanto em terra”, destaca a companhia marítima, que dá alguns números a esse avanço: a intensidade de carbono de sua frota melhorou 6,5% em comparação com 2022, marcando uma redução de 37,8% desde 2008.

Também é destaque da MSC Cruzeiros o lançamento do segundo navio movido a gás natural liquefeito (GNL), o MSC Euribia, com uma viagem de zero emissão líquida de gases de efeito estufa (GEE) da França à Dinamarca, entre outras iniciativas realizadas.

A diretora geral da Norwegian Cruise Line Holding no Brasil, Estela Farina,

opina que a indústria de cruzeiros tem feito avanços importantes em sustentabilidade e está se movendo na direção certa.

“Há iniciativas importantes e inovadoras adotadas pelo grupo NCL, como a eliminação de plástico de uso único em toda nossa frota. O comprometimento contínuo com a inovação tecnológica e a adoção de práticas mais verdes são essenciais para que a indústria possa alcançar um papel proeminente na promoção do Turismo sustentável”.

“No entanto, como em toda indústria, sempre há espaço para melhorias. A contínua evolução e o compromisso com a sustentabilidade serão cruciais para a NCL não apenas responder às críticas que os navios de cruzeiros recebem sobre os impactos ambientais, mas também liderar a indústria rumo a um futuro mais sustentável”, complementa. Segundo Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, as companhias de cruzeiro que fazem parte do portfólio da empresa (Royal Caribbean, Celebrity Cruises, Silversea, AmaWaterways, Costa Cruzei-

Estela Farina, diretora geral da Norwegian Cruise Line no Brasil

ros, Uniworld, Australis, HX-Hurtigruten Expeditions e Swan Hellenic) também estão comprometidas em reduzir seu impacto ambiental.

“A Royal Caribbean, com os maiores navios do mundo, por exemplo, tem espaço para iniciativas e novas tecnologias que diminuem proporcionalmente o impacto ambiental, como sistemas de tratamento de águas residuais, gestão eficiente de resíduos e uso de combustíveis mais limpos. Da mesma forma, outras companhias representadas por nós têm iniciativas semelhantes para minimizar o impacto ambiental. Todas estão em busca de inovações e colaborações em prol da sustentabilidade”, comenta.

“Na R11 Travel também temos uma iniciativa que pode ser considerada. Em nosso escritório no Edifício Itália (SP), agentes de viagens e clientes podem ter acesso à R11 Travel Virtual Experience, que permite realizar uma visita 360º aos navios sem a necessidade de deslocamento físico, contribuindo assim para a redução da pegada de carbono associada a viagens de inspeção”.

A Costa Cruzeiros, por sua vez, vem apostando em quatro prioridades: avançar para a neutralidade climática, regenerar recursos, capacitar pessoas e construir um ecossistema transformador. A armadora tem introduzido uma nova geração de navios que possam operar com zero emissão de carbono até 2050 e garante estar trabalhando para melhorar a eficiência energética de sua frota existente e apoiar a inovação na infraestrutura portuária.

UMA MISSÃO EM

TODOS OS NÍVEIS

Vale ressaltar que as questões de sustentabilidade não se aplicam apenas às empresas de cruzeiro, mas a todo um ecossistema, que inclui portos, destinos e todas as suas partes interessadas. É uma decisão conjunta que deve abranger toda a indústria.

“A indústria de cruzeiros tem realizado um grande trabalho em parceria com órgãos públicos e toda a comunidade de cidades como Dubrovnik (Croácia), Veneza (Itália), Barcelona (Espanha) e Juneau (Alasca), para fazer uma gestão inteligente das escalas dos locais que visitamos, mantendo a contribuição de impacto econômico e social nessas regiões”, conta Marco Ferraz.

Empresas como a MSC Cruzeiros, por exemplo, buscam desenvolver parcerias com estaleiros, universidades, cientistas, empresas de tecnologia, fornecedores de combustível, entre outras entidades, com o objetivo de liderar, auxiliar e investir fortemente no desenvolvimento de pesquisas em novas tecnologias e soluções ambientais.

Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel

ALÉM DO “E” NO ESG

Até aqui falamos das questões ambientais, que embora sejam o foco das companhias de cruzeiro, representam apenas a letra E (environmental, em inglês) do ESG. O que essas empresas estão fazendo em relação às demais letras (ou seja, no que se refere às questões sociais e de governança)?

COSTA CRUZEIROS

® Além das questões ambientais, a companhia tem como foco a capacitação de pessoas. O objetivo é conscientizar os hóspedes para que sejam viajantes cada vez mais responsáveis em suas escolhas, enquanto para os colaboradores o objetivo é promover um ambiente de trabalho justo e inclusivo, potencializando suas competências;

® Há também o valor gerado nos territórios e comunidades que acolhem os navios da Costa. Em 2021, com navios operando apenas no Mediterrâneo por um período reduzido do ano, os navios da

MSC CRUZEIROS

® A companhia tem se dedicado a promover a diversidade e a inclusão, além de oferecer suporte e treinamento a todos os colaboradores, com o intuito de desenvolver um plano de carreira;

® A criação de uma nova posição global de liderança – head de Diversidade, Inclusão e Bem-Estar – veio com o objetivo de atrair, reter e desenvolver talentos diversos;

NORWEGIAN CRUISE LINE HOLDING

® No quesito "navegação segura", a companhia possui uma manutenção de protocolos de saúde pública rigorosos e aposta no fortalecimento da saúde e segurança, por meio do comitê de Segurança da Saúde do Meio Ambiente, que supervisiona a implementação de padrões estabelecidos para operações seguras de navios, prevenção de poluição e segurança;

® Entre as ações para capacitação de pessoas e fortalecimento das comunidades, a NCLH tem o compromisso com doações em diversas causas, como por exemplo desastres ambientais e apoio a comunidades locais e projetos;

armadora visitaram 31 portos, com 17 itinerários diferentes, movimentando um ecossistema que inclui cerca de 16 mil fornecedores;

® Por fim, há os projetos da Fundação Costa Crociere, uma organização independente sem fins lucrativos cujo trabalho é complementar as atividades de sustentabilidade. Desde a sua criação, em 2014, a Costa Crociere Foundation já realizou 31 projetos ambientais e sociais, beneficiando mais de 125 mil pessoas de mais de 130 nacionalidades diferentes.

® Em 2022, uma estrutura de governança de sustentabilidade foi introduzida na companhia, com comitês responsáveis pela implementação de novas estratégias ESG, priorizando as ações e mantendo os mais elevados padrões éticos. O principal objetivo é fazer mudanças significativas e mensuráveis ao longo dos anos, garantindo um impacto positivo para hóspedes, colaboradores e o planeta.

® A armadora busca constantemente a melhoria dos benefícios aos funcionários e promove a contratação inclusiva, por meio da diversidade, equidade e inclusão;

® Recentemente, a companhia lançou uma série de vídeos chamada "Meet the Crew", que acompanha o presidente da Norwegian, David Herrera, para dar aos espectadores acesso aos bastidores. Nos vídeos, é possível aprender como os resíduos alimentares são manejados a bordo e descobrir o que é necessário para manter os sistemas de tratamento de águas residuais do navio funcionando perfeitamente.

EMPRESAS DO PORTFÓLIO DA R11 TRAVEL

® Royal Caribbean – Promove a inclusão e diversidade em sua força de trabalho e a bordo de seus navios (veja mais na página 36);

® Swan Hellenic – Está comprometida com a contratação diversificada e a criação de um ambiente inclusivo para todos os funcionários e passageiros;

® Celebrity Cruises – Engaja-se com comunidades locais por meio de iniciativas de voluntariado e parcerias que promovem o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social;

® AmaWaterways – Apoia comunidades locais por meio de parcerias e programas de voluntariado, beneficiando diretamente as áreas visitadas;

® HX-Hurtigruten Expeditions – Trabalha com comunidades locais em regiões remotas para apoiar o desenvolvimento sustentável e cultural.

A GOVERNANÇA CORPORATIVA EM

ESG NA CADEIA DE FORNECIMENTO

EM VIAGENS CORPORATIVAS

Pós-doutora, doutora e mestre em educação. Certificada em liderança na inovação e times inovadores MIT/ PE/ EUA. Docente FGV/ IDE - Head de sustentabilidade da Arbache Innovations. Fundadora do HubMulher e Co-fundadora e conselheira HubEsg Alagev - Co-criadora e coordenadora do Programa de Formação de Talentos em ESG para a Hotelaria com a Resorts Brasil

Os conhecimentos e práticas em torno das diretrizes ESG ganharam relevância no mundo a partir de 2019. Apesar de parecer novidade, essa sigla surgiu em 2004 dentro de um grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), uma rede internacional de instituições financeiras defensoras dos investimentos responsáveis e apoiada pela ONU. No entanto, as diretrizes ESG receberam destaque somente em 2019, quando grandes investidores trouxeram essa pauta com robustez e poder de influenciar o mercado financeiro mundial. A Bloomberg indicou que as diretrizes ESG têm o potencial de gerar até US$ 53 trilhões até 2025. No Brasil, essa quantia estimada é de US$ 762 bilhões, com 574 grandes empresas brasileiras movimentando-se em torno dessas diretrizes. Elas representam a tentativa de pautar temas significativos para o planeta, a sociedade e os negócios, mas o que indicam essas letras ESG?

As três letras (ESG) orientam diretrizes voltadas para a responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa, ou em língua inglesa: Environmental, Social, and Corporate Governance. Essas diretrizes mudam a lógica do que sempre foi feito nos negócios, pois o lucro pelo lucro dá espaço para o lucro com impacto positivo para todos os envolvidos. As diretrizes ESG estão inseridas no chamado “capitalismo de stakeholder” (termo criado por Milton Friedman, economista e

ganhador do prêmio Nobel). Sendo assim, é necessário conhecer o que elas significam e endereçam para os negócios, lideranças e liderados, pois eles terão a grande tarefa de aplicá-las. Particularmente aqui, incidir nossa atenção para o segmento do Turismo como grande cenário e a gestão de viagens corporativas como nosso foco. Vale destacar que o Turismo no Brasil

Ana Paula Arbache

gerou, até maio de 2024, R$ 36 bilhões, tendo um crescimento pelo 35º mês consecutivo. Também gerou 3,38 milhões de empregos formais e tem uma previsão de crescimento de 2% ainda esse ano, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As diretrizes ESG trazem uma pivotagem no mercado de capitais, onde os investidores assumem um apetite maior para investirem em negócios que são orientados pelas diretrizes ESG e retiram os investimentos daqueles que não são direcionados por elas.

Isso não é por acaso; muitos deles tiveram seus investimentos prejudicados por danos na reputação das empresas investidas, perdendo dinheiro e arranhando suas imagens no mercado. Os desastres ambientais causados pelas operações nas empresas investidas, os riscos à vida das comunidades envolvidas, o trabalho escravo e análogo à escravidão descobertos em cadeias de fornecedores, os escândalos envolvendo denúncias de fraudes, lavagem de dinheiro, corrupção e outras situações negativas vieram à tona nos últimos tempos. Em 2024, isso é ainda mais acentuado, com a chegada de normas de asseguração globais, principalmente da União Europeia, que aumentam a demanda por maior transparência, rastreabilidade e monitoramento de todos que fazem parte dos negócios, principalmente aqueles que são multinacionais. Além disso, os consumidores, atentos e conscientes do papel das empresas em relação à sociedade, estão mais propensos a “cancelar” aquelas empresas que não cumprem o que falam em termos de ESG. As práticas de comunicação enganosa como greenwashing, social washing e diversity washing têm vida curta diante do avanço do acesso às novas tecnologias e da agilidade das redes sociais. Uma comunicação honesta e transparente é parte essencial da governança

em ESG, tanto para atrair esses consumidores conscientes, como também para gerar valor para a marca empregadora.

AÇÕES QUE PODEM AJUDAR O GESTOR DE VIAGENS CORPORATIVAS COM ESG

No que tange às viagens corporativas, o cuidado nas relações com os fornecedores e o trato em relação aos impactos gerados por elas são fatores importantes que devem ser considerados. Elas fazem um chamado claro para uma conduta responsável em relação aos destinos, captura de carbono, cuidado com a biodiversidade, a preservação da cultura local e o direcionamento para o Turismo regenerativo.

Destaco também algumas ações que podem ajudar o gestor das viagens corporativas a conhecer e alinhar as viagens à dimensão do Turismo regenerativo.

A raiz da palavra governança está no vocábulo grego direção. Ela é direcionadora de estratégias, políticas e práticas que serão aplicadas nas operações das organizações e envolve a definição da missão, visão e valores que devem ser compartilhados pelos acionistas, lideranças, liderados, fornecedores e todos os envolvidos nos negócios. A partir daí, a governança instrumentaliza sistemicamente a organização para que todos, incluindo a gestão de viagens corporativas, possam agir em conformidade com seu direcionamento, buscando:

® Apresentar e atender às legislações e regulamentações mandatórias para os negócios da organização e da área de viagens corporativas;

® Orientar boa convivência e conduta ética entre todos os envolvidos, incluindo sua cadeia de fornecimento;

® Apontar, informar e mitigar ações de sua operação que colocam em risco a reputação e geram impacto negativo para a organização e seus colaboradores, o planeta e as pessoas.

Para fortalecer a governança, é preciso que todos os “aparatos” e “instrumentos” estejam preparados e distribuídos, para que sejam acessados e conhecidos pelo seu público de relacionamento.

A criação de uma cultura de boa governança corporativa não nasce de um dia para o outro, por isso é importante que acionistas, conselheiros e lideranças sejam os grandes patrocinadores dessa cultura, dando o exemplo e advogando por ela. Sem a ação desses atores, não se constrói uma governança corporativa sólida e responsável.

Desse modo, a organização que atua orientada pelas diretrizes ESG e por uma governança pautada em uma cultura de compliance, voltada para a ética e valores como a integridade, a transparência, a honestidade, o respeito, a responsabilidade, potencializa resultados positivos, adicionando valor à marca empregadora e consumidora e alargando sua reputação nas sociedades onde está presente.

A governança, como tratado acima, também gera direcionamento para a área de gestão de viagens corporativas, que não pode ser vista como um apêndice do negócio, uma vez que pode trazer riscos e oportunidades para a empresa. Seguem alguns temas que podem nos ajudar a começar, ou amadurecer essa jornada nas empresas e contribuir para que gestores de viagens corporativas possam estar alinhados com as diretrizes ESG.

® Os guias ou códigos de conduta das empresas devem orientar as relações entre compradores e fornecedores, garantindo o alinhamento e a aplicação das boas práticas com todos os envolvidos com a empresa. É preciso revisar e atualizar o código de conduta ética periodicamente, disseminá-lo e alinhá-lo com a cultura organizacional. Além do código de ética, os documentos jurídicos relativos às relações

comerciais também devem estar atualizados e disponíveis para que o compromisso e a responsabilidade entre as partes estejam em conformidade.

® Dar atenção a situações que possam ocorrer: em conflitos de interesse, onde relacionamentos pessoais se sobrepõem aos interesses das partes envolvidas, concorrência desleal e acordos e práticas indevidas em busca de maior rentabilização, gerando denúncias de gestão fraudulenta e inquéritos policiais que mancham a reputação da empresa denunciada e das demais empresas do segmento.

® A alta direção deve direcionar e sustentar as decisões relativas às diretrizes ESG assumidas pela empresa. Ainda há muita incoerência entre o que se diz e o que se faz. O "vale tudo para bater meta" é usual, quando não se tem o apoio da alta direção para declinar propostas que vão de encontro ao que foi assumido pela empresa.

® Realizar um diagnóstico da cadeia de fornecimento, identificando aqueles que estão mais próximos das diretrizes ESG e dos indicadores buscados pela empresa. Criar categorizações para identificar fornecedores que precisam de qualificação e monitoramento, bem como buscar novos fornecedores que se adequam aos compromissos ESG da empresa. Retirar o cadastro dos fornecedores que não têm a intenção de seguir essas diretrizes, uma vez que podem trazer risco para a empresa.

® Revisar contratos obsoletos e atualizar aspectos e normas conforme o amadurecimento do tema na empresa, buscando novos indicadores e resultados preconizados pela empresa. Inserir questões relativas às vulnerabilidades de segurança cibernética e gestão de risco em caso de ataques cibernéticos.

® As consequências e punições para os envolvidos devem estar claras. Todos devem assumir responsabilidades conforme acordado.

® Ter diferentes frentes de gerenciamento preditivo: prevenção e mitigação de riscos, auditorias internas e externas.

® Garantir educação para todos os envolvidos, disseminando orientações e normas que envolvem as relações entre clientes e fornecedores. O letramento e a educação contínua são necessários para que todos conheçam suas responsabilidades nas operações. Com o avanço das novas tecnologias, é possível "entregar" educação por meio de modelos híbridos e escaláveis, aumentando o nível de maturidade e educação dos líderes e profissionais que atuam na área de viagens corporativas.

Cabe considerar a governança corporativa como um fator principal para que se tenha coerência e consistência em relação às diretrizes ESG e às ações delas decorrentes. Por meio de uma governança consolidada e responsável, é possível criar uma

cultura de compliance alicerçada na ética e em seus valores como a integridade, a transparência, a honestidade, o respeito, a responsabilidade, potencializa resultados positivos, adicionando valor à marca empregadora e consumidora e alargando sua reputação nas sociedades onde está presente.

A área de viagens corporativas deve ser uma grande aliada nessa jornada, não há como ter direcionamentos diferentes, se o que se busca é a integração das estratégias para que toda a organização possa ser coerente com seu compromisso em ESG. Para contribuir ainda mais com essa discussão e trazer uma visão mais sistêmica em relação ao tema, trago a imagem abaixo, que mostra como a perspectiva de uma governança voltada para o Turismo regenerativo pode contribuir para as discussões e ações da área.

Medidas preventivas, formativas e corretivas são essenciais para educar e disseminar boas práticas de governança. A governança precisa formar talentos que possam converter diretrizes ESG em projetos, produtos e serviços, além de criar um ambiente mais justo e digno para o trabalho.

TURISMO REGENERATIVO, ESG E INOVAÇÃO

Fonte: Ana Paula Arbache. Imagem apresentada no Summit Iguassu Valley –Palestra ministrada pela autora abordando o tema: Turismo Regenerativo, ESG e Inovação. –Junho de 2023 – Foz do Iguaçu

Agências de viagens corporativas

ESG, UM CAMINHO SEM VOLTA PARA AS TMCS

Conforme se tornam imperativos em todas as camadas da economia e da sociedade globalmente, os princípios ESG são cobranças inevitáveis em um setor que é tão impactante para a economia global e o meio ambiente, o de viagens corporativas. As TMCs, agências especializadas em viagens a trabalho e eventos corporativos, têm de se alinhar às boas práticas exigidas não só pelos próprios viajantes, que como consumidores também são cada vez mais conscientes dos pilares ESG, mas principalmente pelas empresas-clientes.

As corporações, sobretudo as grandes multinacionais, estão cortando de seu escopo os parceiros e fornecedores desalinhados com as causas de meio ambiente, social e de governança. Mesmo para uma empresa que faz o papel de intermediária, como é o caso das TMCs, se tornou crucial oferecer soluções tangíveis em metas ESG.

Uma TMC pode, por exemplo, desempenhar um papel fundamental ao alinhar as práticas de viagem com as metas de sustentabilidade. Por exemplo, já há TMCs no Brasil e no mundo capazes de oferecer um conjunto avançado de ferramentas projetadas para identificar, medir, reduzir e compensar as emissões residuais de carbono, tornando mais simples a incorporação das metas ESG na política de viagens de seu cliente.

“Há cerca de dois anos e meio, percebemos o início de uma preocupação mais séria das grandes empresas em relação a ESG, e de lá para cá essas cobranças só cresceram. Todas preocupadas se seus fornecedores estão atentos a questões ambientais, sociais e de governança”, reconhece o diretor de Vendas

e Relacionamento da Maringá Turismo, Fabiano Coelho. “Falava-se muito em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), mas hoje LGPD é apenas um elemento debaixo do guardachuva ESG”, completa.

Tanto nas concorrências para a escolha de uma nova TMC quanto na revisão dos contratos, teve início, no início desta década, uma cobrança muito grande para que as agências estivessem com suas ações de ESG definidas. No Brasil, algumas TMCs passaram a comunicar melhor algumas diretrizes já existentes e, claro, correram para inserir novas. "Quem não tiver pautas claras de ESG ficará fora dos bids e será desconsiderado para prestar serviço a muitas empresas. E por mais que algumas TMCs já tenham começado, ainda há uma caminhada enorme para se realizar nesse tema. Mais do que isso, é um caminho sem volta. Não falamos mais de ESG no futuro, e sim no presente, em tom de obrigatoriedade", afirma o CEO do Grupo Tour House, Carlos Prado, que tem a meta de neutralizar 100% o carbono da TMC até 2025.

Carlos Prado, CEO da Tour House

MAIORES DEMANDAS

Na prática, no dia a dia da gestão de viagens, a maior demanda para as TMCs está relacionada aos relatórios de emissão de carbono das companhias aéreas, e as próprias empresas fazem a neutralização por meio de seus programas internos, como explica a head de ESG da Kontik, Raquel Monteiro.

“Quando falamos de iniciativas a serem aplicadas em hotéis e locadoras de veículos, ainda sinto muita timidez no sentido de haver poucas solicitações dos clientes nesse sentido”, completa a especialista.

Como intermediária, uma das principais funções de uma agência de viagens corporativas pode ser na consolidação de relatórios e insights a seus clientes.

"A TMC tem de olhar para o mercado, entender o que todos os seus fornecedores estão fazendo em ESG e consolidar dados e insights para o cliente, dando a ele a solução que mais se adequa às suas metas ESG. Que programas as companhias aéreas oferecem que podem dar valor ao nosso cliente final? Nós, como TMC, podemos inclusive negociar com o fornecedor um desconto para compra de passagens e dentro dessa negociação trazemos possibilidade de compensação de carbono. Há clientes dispostos a renunciar a alguma porcentagem de desconto para garantir que aquela fatia a impulsione rumo à meta de descarbonização", pondera Fabiano Coelho.

Raquel Monteiro, head de ESG da Kontik
Fabiano Coelho, diretor de Vendas e Relacionamento da Maringá Turismo, TMC do Grupo Arbaitman

Dito isso, Carlos Prado acrescenta que outro papel fundamental de uma TMC é justamente cobrar seus parceiros e fornecedores para que entreguem essas boas práticas. “Como intermediária, a TMC não tem tanto impacto em relação ao meio ambiente como os fornecedores têm, principalmente no setor de transportes. O que devemos é mostrar que esse é um caminho sem volta e provar com números a importância de que essas práticas sejam adotadas”, acrescenta o CEO do Grupo Tour House. A TMC certa será capaz de incorporar práticas de viagem sustentáveis nas atividades diárias de viagens e eventos de seu cliente, resultando na redução gradual de sua pegada de gases poluentes e na melhoria do bem-estar dos viajantes. É fato que haverá emissões residuais de viagens de negócios e eventos no futuro previsível que precisarão ser compensadas. Uma boa TMC deve ser capaz de fornecer um portfólio de projetos de compensação de carbono de alta qualidade e certificados.

S e G NAS TMCs

Se no pilar ambiental o que cabe a uma agência de viagens corporativas é intermediar as relações entre fornecedores e clientes, nos pilares social e governança corporativa é bem mais possível que uma TMC dê seus exemplos. E algumas delas estão se esforçando para mostrar que ao menos a lição de casa está sendo feita.

“Na Tour House, nossa meta é ter pessoas não brancas e pelo menos 20% de LGBTQIAPN+ em todos os níveis hierárquicos do grupo até 2030. Sem ser de maneira forçada. Prezamos pela empatia, valorizando cada ser humano. E isso dá resultado. Rachel Maia, referência em ESG no meio corporativa e minha amiga, diz que o E de ESG deveria dizer respeito à economia, pois uma empresa inclusiva tem muito mais capacidade de criar produtos e serviços mais aderentes

com aquele público da comunidade ao qual o colaborador pertence", afirma Prado. Quanto mais diversa a empresa em termos estruturais, mais clientes ela atingirá assertivamente, acrescenta o CEO da Tour House. "Além disso, por meio da equidade, conseguimos reparar questões de injustiça social."

Segundo Fabiano Coelho, o Grupo Arbaitman, que compreende a TMC Maringá, Lemontech e Central de Eventos, já vinha de uma trajetória de pelo menos 20 anos em ações sociais quando os pilares ESG começaram a ser amplamente demandados no setor. "O que fizemos foi organizar as ações. Nossa estratégia foi criar uma mandala para consolidar tudo o que fizemos. Nesta mandala expomos os três pilares ESG para clientes e funcionários", afirma o especialista. Segundo ele, comunicar as ações ESG é fundamental para que todos dentro da corporação tenham conhecimento do que é feito e assim possam se inspirar e absorver as práticas. "Muitas vezes o funcionário da empresa cliente Maringá não conhece o que a TMC está fazendo. Criamos então uma estrutura de compartilhar essa mandala para ser vista interna e externamente. Montamos uma estratégia para que todos saibam tudo o que está sendo feito", conclui.

A Kontik trabalha os três pilares ESG, mas a governança é fundamental para a empresa, conta Raquel Monteiro. “Eu costumo dizer que a governança é de fato abrir a gaveta da empresa, ver tudo o que já temos de documentações e procedimentos, refazê-los, criar documentações do zero, mas principalmente colocar isso em prática nas nossas operações, fazendo com que toda a cadeia de stakeholders tenha acesso as nossas políticas”, ilustra a head de ESG da Kontik, Raquel Monteiro.

SETOR DE EVENTOS ESTÁ AVANÇADO

Com o surgimento de empresas especializadas na neutralização da pegada de carbono em eventos, este é um dos segmentos mais avançados no setor de viagens corporativas em relação a ESG. “O Fórum PANROTAS, em parceria com a Tour House, está aí para provar que é possível realizar eventos limpos em carbono sem grandes esforços. Já faz 11 anos que a Tour House certifica o fórum como evento 100% livre de carbono”, afirma Carlos Prado. A Eccplan é a parceira da Tour House neste tipo de ação.

O CEO da Tour House acrescenta que uma grande parte dos principais eventos corporativos já tem uma consideração sobre a necessidade de minimizar o impacto negativo de suas atividades no meio ambiente.

“Isso pode resultar em taxas de participação mais altas e reconhecimento positivo da marca. Além disso, integrar práticas de sustentabilidade no planejamento e execução de eventos pode trazer benefícios financeiros, já que a conservação de recursos e as medidas de redução de desperdício frequentemente levam à economia de custos”, conclui.

KONTIK BUSINESS TRAVEL:

UM COMPROMISSO COM O FUTURO

Na Kontik Business Travel, adotamos práticas que beneficiam nossos colaboradores e a sociedade, criando um futuro mais justo e sustentável. Nossas estratégias empresariais sólidas visam proporcionar um horizonte melhor para nossa empresa e nossos stakeholders.

TRANSPARÊNCIA E SEGURANÇA

Implementamos políticas organizacionais para garantir a ética em todas as nossas operações. Contamos com um canal de denúncias ativo, que proporciona um ambiente seguro e justo para todos os colaboradores e o selo Great Place to Work reflete o nosso compromisso com um espaço de trabalho sustentável. Nossas práticas de governança também são reforçadas por selos de segurança da informação, como ISO/IEC 27001, ISO/IEC 27018 e PDCI DDS.

ALINHAMENTO

COM OS ODS DA ONU

Apoiamos os compromissos da ONU, implementando programas

que promovem o desenvolvimento sustentável. Priorizamos os ODS 4 (Educação de Qualidade), 5 (Igualdade de Gênero) e 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

LIDERANÇA AMBIENTAL

Destacamo-nos com projetos de neutralização de CO2 para eventos e iniciativas como Tampinha Legal (SP) e Soul Ambiental (RJ), evidenciando nosso compromisso em reduzir a pegada de carbono e promover práticas responsáveis no ambiente corporativo.

IMPACTO SOCIAL

Em parceria com a Teto, construímos casas de emergência para famílias vulneráveis. No Lar Bom Jesus, promovemos uma festa de Dia das Crianças e apoiamos a ONG Saberes no Pano, que capacita mães através da costura. No Outubro Rosa, lançamos o Kontik in Moviment para apoiar a luta contra o câncer de mama. Também realizamos doações em parceria com o RH, como a campanha no Rio Grande do Sul.

2: Plantando o futuro! No projeto Meu Pé de Árvore, já plantamos mais de 110 árvores, em que cada uma delas representa um passo em direção a um mundo mais sustentável.

INOVAÇÃO E APRENDIZADO

Promovemos viagens eficientes, priorizamos reuniões on-line, compensamos emissões de carbono, investimos em projetos de carbono neutro e escolhemos fornecedores sustentáveis. Recentemente, reduzimos 96% da emissão de CO2 com a locação de veículos com etanol.

RESULTADOS POSITIVOS

Nos orgulhamos de ter 57% de mulheres em cargos de liderança, 57% de colaboradores pretos e pardos, 5% de PCDs, 2% de transgêneros e 1% de migrantes, em parceria com a TOTI Diversidade.

Com uma abordagem integrada, a Kontik Business Travel está comprometida com a construção de um futuro sustentável, onde as viagens corporativas são realizadas com responsabilidade e respeito ao nosso planeta.

Foto 1: Kontik in Moviment - Unidos pela saúde! 120 participantes se juntaram na corrida do Outubro Rosa para apoiar a prevenção do câncer de mama
Foto

+ de 4,282 tCO2e

neutralizados

Sustentabilidade que leva seus negócios ainda mais longe.

GRUPO ARBAITMANPLANTANDO AS SEMENTES DO AMANHÃ

Ao longo de seus mais de 60 anos de história, o Grupo Arbaitman vem demonstrando profundo respeito às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade, estando estes entre seus principais valores. O Grupo vem ampliando o seu compromisso em tornar as três empresas – Maringá Turismo, Central de Eventos e Lemontech, em ambientes mais sustentáveis e acolhedores com as práticas ESG - Ambientais, Sociais e de Governança, fortalecendo cada vez mais iniciativas em prol de um mundo melhor. Por meio de uma mandala exclusiva, aborda amplamente cada letra desta famosa sigla. Um dos destaques da mandala é o Projeto Frutos do Amanhã, lançado em 2023, com o mote principal de plantar hoje as sementes do que querem colher no amanhã. A ação incentiva boas práticas e arrecada entre os colaboradores tampinhas de plástico, lacres de latas, pilhas e roupas no geral, que são revertidos em cadeiras de rodas para idosos junto a Heróis dos Lacres, castração de pets abandonados com a Ecopatas, e apoio a mora-

dores de rua junto ao Exército da Salvação. Já foi reunida meia tonelada de itens apenas nos primeiros meses de 2024.

Mas o trabalho mais importante e impactante do Grupo é voltado ao Social. Há 25 anos são mantenedores da AMEM - Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior, uma instituição que transforma a vida de crianças e adolescentes em oportunidades de um futuro mais digno. Por meio de atividades esportivas, de informática, cidadania, recreativas e profissionalizantes, promovidas no contraturno escolar, já atenderam mais de 4,9 mil jovens na Vila Olímpica Mario Covas, zona sul de São Paulo. São movidos pelo propósito maior do amor e da educação, dando acesso a conhecimento e abrindo o leque de possibilidades. Desde sua fundação, a AMEM tem sido um farol de esperança para milhares de crianças em condições vulneráveis. O presidente do Grupo, Marcos Arbaitman, responsável pela fundação da AMEM, é inspiração diária e ressalta sempre que “Salvar uma

criança equivale a salvar a toda a Humanidade, e tenho muito orgulho em dizer que, também por isso, somos únicos no Turismo.”

Ao continuar semeando ações e colhendo resultados transformadores, o vice-presidente do Grupo Arbaitman, Siderley Santos, reafirma: “Temos o sério compromisso de buscar um futuro mais justo e sustentável, em que cada iniciativa em prol do ESG, seja uma prova concreta de que o verdadeiro sucesso é medido pelo impacto positivo gerado na sociedade e no planeta”.

COMPROMISSO COM O FUTURO: CONHEÇA AS PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DO COMITÊ ESG DA TOUR HOUSE

No cenário empresarial atual, a sustentabilidade, uma governança sólida e ações sociais não são mais apenas tendências, mas deveres de toda empresa responsável. O Grupo Tour House, ciente dessa realidade, está na vanguarda com seu Comitê ESG, realizando algumas entregas importantes. O presidente e fundador da Tour House, Carlos Prado, destaca: “temos uma visão de futuro agora no presente. Cuidar do meio ambiente e das pessoas, desenvolvendo uma governança sólida é um compromisso de qualquer empresa séria.”

Entenda como a Tour House está colocando em prática seu compromisso com a agenda ESG:

1. Publicação da Política de Sustentabilidade

2. Neutralização de toda a operação de CO2 desde 2007

3. Apoio na neutralização de carbono em eventos do trade

4. Plantio de mudas decorrente da campanha lançada no evento HSM+

5. Gestão de descarte de resíduos nas unidades da Tour House

6. Construção do relatório de sustentabilidade

7. Criação do Manual de Letramento de Diversidade e Inclusão

8. Implementação do Código de Conduta e Ética

9. Estabelecimento de um canal de denúncia

10. Realização de webinars mensais com temas voltados à agenda ESG

11. Atualização do programa de onboarding

12. Apoio a ações sociais por meio da Fundação Abrinq e Amigos do Bem

DIVERSIDADE

E INCLUSÃO,

UM COMPROMISSO DA TOUR HOUSE

E as iniciativas do Grupo Tour House não param por aí. Olhando para o futuro,

a empresa estabeleceu metas ambiciosas para 2030, incluindo aumentar a presença de pessoas LGBTQIAPN+ para 20% dos colaboradores e garantir que 50% das lideranças sejam ocupadas por pessoas não brancas. Essas metas sublinham um compromisso contínuo com a Diversidade e a Inclusão, pilares essenciais para um futuro sustentável e ético. Comprometidos com um amanhã melhor, o Grupo Tour House prova que o futuro sustentável começa com as ações de hoje.

Para saber mais sobre essas iniciativas, visite o site: tourhouse.com.br/esg/ambiental.

Carlos Prado, presidente da Tour House

TURISMO POSITIVO PARA A NATUREZA EM AÇÃO

Aluta pela sustentabilidade é uma das principais bandeiras do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), órgão formado por grandes conglomerados globais do setor. Em todas suas cúpulas globais, ESG é tema, e as três diretrizes que compõem a sigla inclusive têm um evento dedicado do WTTC para discutir as melhores práticas de cada segmento do Turismo para o meio ambiente. Um dos principais papéis do conselho nesta batalha é assegurar que as companhias se engajem em causas para mitigar seus efeitos nocivos para a biosfera. Em abril deste ano, membros do WTTC publicaram um relatório em direção a um plano conjunto para ajudar a deter e reverter a perda de biodiversidade. Entre eles, grupos líderes dos setores de cruzeiro, hospitalidade e transporte aéreo, três dos mais sensíveis quando o assunto é ESG no Turismo.

O relatório, denominado Nature Positive Travel & Tourism in Action (Viagens e Turismo Positivos para a Natureza em Ação, em tradução livre) é uma parceria do WTTC com a UN Tourism (antiga OMT) e a Sustainable Hospitality Alliance.

"Desenvolvido em colaboração com a consultoria especializada Animondial, o relatório é o compromisso do setor em apoiar a implementação do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal (GBF), o Plano de Biodiversidade da ONU", afirma a presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson. O documento apresenta mais de 30 casos de ações inspiradoras e progressivas envolvendo grandes e pequenas empresas, agências governamentais nacionais e locais, grupos da sociedade civil e parcerias intersetoriais.

"Este não é apenas um relatório, mas

um movimento para integrar a gestão ambiental no cerne das experiências de viagem. Vamos atender ao chamado para nutrir e proteger nossos destinos. A dependência do nosso setor na natureza, juntamente com nossa expertise em criar experiências inspiradoras e memoráveis, significa que estamos idealmente posicionados para sermos guardiões da natureza", pondera Julia Simpson.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC
Conselho Mundial de Viagens e Turismo é um dos órgãos mais atentos à sustentabilidade para a nossa indústria. Em sua cúpula global, grande parte do tempo é dedicada a discutir ações positivas

O IMPACTO DO ESG NOS NEGÓCIOS

O estudo aponta que Viagens & Turismo tem um papel central na transição para um mundo positivo para a natureza, e isso se deve em parte ao seu tamanho: o setor deve sustentar cerca de um em cada dez empregos em todo o mundo em 2024. Neste ano, espera-se que o setor contribua com um recorde de US$ 11,1 trilhões para a economia global, e a receita de visitantes internacionais deve atingir US$ 1,89 trilhão. O Turismo é uma fonte vital de empregos e crescimento em todos os continentes, em quase todos os países, obrigando os governos a proteger seu patrimônio natural.

O setor de Viagens & Turismo também é profundamente dependente da natureza. Mais de 80% do valor de seus bens e serviços depende dos recursos e ecossistemas da natureza. A exploração da natureza representa mais da metade de todos os passeios, com o Turismo baseado na natureza crescendo em popularidade e estimativa de geração de US$ 665 bilhões anualmente até 2030.

TURISMO

POSITIVO PARA A NATUREZA

Turismo Positivo para a Natureza é aquele que não apenas minimiza os danos ambientais, mas também investe ativamente na restauração da natureza em destinos turísticos. Inclui monitoramento rigoroso e relatórios sobre danos ambientais, e esforços para preveni-los. Em reunião da Conferência das Partes da Convenção das ONU sobre Diversidade Biológica (CBD COP 15), o setor de Viagens & Turismo foi destacado como um potencial “Guardião da Natureza” por sua capacidade de liderar uma transição mais ampla para um mundo positivo para a natureza. Foi então que WTTC, UN Tourism e a Sustainable Hospitality Alliance estabeleceram a Parceria de Turismo Positivo para a Natureza, a fim de ajudar o setor a deter e reverter a perda de biodiversidade.

VIAGENS & TURISMO E SUA DEPENDÊNCIA PELA NATUREZA

Como muitos setores, Viagens & Turismo depende da natureza de várias maneiras, diretas e indiretas. Em particular, o setor depende fortemente de:

• Ecossistemas e vida selvagem: O Turismo demanda ecossistemas intactos, como savanas, florestas, recifes de corais e inúmeras outras atrações naturais.

• Água doce: Usada diretamente na limpeza, gastronomia e hospitalidade, e indiretamente na produção de materiais e produtos, bem como no cultivo de alimentos para os turistas.

• Recursos naturais: Viagens & Turismo depende de muitos materiais naturais, desde o papel usado em brochuras até o concreto e metais vitais para a construção de hotéis.

• Energia: Viagens & Turismo usa combustível de muitas maneiras, incluindo viagens aéreas, rodoviárias, ferroviárias e marítimas. Além disso, há a necessidade de combustível para hospedagem, incluindo aquecimento, resfriamento e iluminação.

• Regulação do clima: Um clima estável é crítico para a nossa indústria, tanto para atrair visitantes quanto para evitar interrupções nas viagens.

Praia do Sancho, Fernando de Noronha,

imperativo moral, mas também comercial. Quando a natureza sofre, o Turismo também sofre. Olhando para o futuro, a dependência mútua deve evoluir para suporte e cuidado mútuos. Se isso não for garantido, o planeta, a sociedade e o Turismo sofrerão.

As dependências listadas anteriormente podem ter um impacto significativo no mundo natural, particularmente nas seguintes áreas:

• Mudança no uso da terra e do mar: Hotéis, resorts e estradas podem perturbar ecossistemas terrestres e marinhos, levando à fragmentação de habitats e perda de espécies.

• Destruição da natureza: O Turismo não regulamentado pode prejudicar animais e plantas, e degradar habitats naturais. A caça e pesca intensas, seja para alimentação, souvenires ou entretenimento, podem levar à perda de espécies.

• Uso intensivo de materiais: O Turismo tem uma pegada material significativa, representando entre 5% e 8% da extração global. Sua pegada hídrica é equivalente a 5,8% do uso global de água doce.

• Emissões de gases de efeito estufa (GEE): O setor é responsável por 8,1% das emissões globais de GEE, em grande parte resultado do transporte, que representa 5% do total das emissões globais. O consumo de energia na hospedagem também é um fator significativo.

• Poluição: A indústria de Turismo polui de muitas formas, incluindo pesticidas, resíduos, ruído e luz – todos prejudiciais aos habitats naturais e à vida selvagem.

• Espécies exóticas invasoras: A introdução de espécies não nativas, intencionalmente ou não, perturba ecossistemas e causa perda de biodiversidade, muitas vezes com repercussões econômicas substanciais.

QUANDO A NATUREZA

Dadas as muitas maneiras pelas quais dependemos do mundo natural, é inegável que o Turismo Positivo para a Natureza é não apenas um

RECONHECER

É UM PRIMEIRO

PASSO

Muitas empresas de Viagens & Turismo, ao começar a examinar sua política e planejamento positivos para a natureza, ficam ansiosas para entender o contexto mais amplo da indústria. O que outras empresas estão fazendo? Como elas estão fazendo isso? Quais desafios específicos nosso setor enfrenta? Essas são perguntas significativas, mas só nos últimos anos começaram a ser abordadas sistematicamente.

As respostas podem variar muito entre as indústrias dentro do setor. Os impactos são diferentes ao comparar, por exemplo, agências de viagens, operadoras, cruzeiros, companhias aéreas, hospitalidade etc.).

O WTTC recomenda que em um primeiro momento, cada negócio faça um reconhecimento da questão. Pesquisas do órgão mostram que a importância da natureza para Viagens & Turismo é amplamente reconhecida e priorizada. Quando perguntados em 2022 sobre os desafios para implementar uma agenda positiva para a natureza, a falta de prioridade da gestão e a falta de política interna ficaram no fim da lista. No ano seguinte, apenas 9% dos entrevistados disseram que a biodiversidade não era uma prioridade para seus negócios, e quando perguntados sobre os requisitos futuros para monitorar e divulgar os impactos na biodiversidade, 96% dos entrevistados disseram que acolheriam essas disposições.

De modo geral, a principal mensagem do Turismo Positivo para a Natureza está sendo ouvida em todo o setor. A ação está ganhando ritmo, particularmente em algumas áreas amplamente reconhecidas. No entanto, um engajamento mais profundo em questões mais complexas ou menos divulgadas, e uma resposta mais integrada levando

Observação de gorilas da montanha transformou países africanos como Ruanda em questões ambientais, sociais e econômicas. É um case de como Turismo e natureza podem e têm de andar lado a lado

em consideração impactos indiretos, ainda não se tornaram práticas comuns. Embora tempo e dinheiro sejam fatores limitantes, a motivação ao nível da alta gestão não é.

Encontre o estudo Turismo Positivo para a Natureza completo no site do WTTC, neste link: https://researchhub.wttc.org/ product/nature-positive-in-action

Lencastre, especial

O MAIOR FIM DE SEMANA DO MUNDO

Oconceito é novo no mercado global de cruzeiros: posicionar a embarcação mais recente da frota nos itinerários mais curtos. Essa é a aposta da Royal Caribbean International. O Utopia of the Seas, batizado em 15 de julho pela cantora e compositora pop americana Meghan Trainor, fará apenas roteiros de três ou quatro noites.

Navegando entre Porto Canaveral, a cerca de uma hora de Orlando, e as Bahamas, com apenas uma ou duas paradas nas ilhas, dependendo da viagem, o Utopia oferece entretenimento a bordo praticamente 24 horas por dia. A ideia é justamente que o passageiro aproveite o maior número de atrações que conseguir ao longo de um fim de semana.

“O maior fim de semana do mundo”, slogan do Utopia, vale também para os dias úteis, já que os cruzeiros acontecem de

sexta a segunda-feira ou de segunda a sexta-feira. Na primeira opção há escala na ilha privativa da Royal Caribbean nas Bahamas, Perfect Day at CocoCay. No segundo itinerário o navio faz também uma parada em Nassau, capital do arquipélago.

“O Utopia proporciona escapadas curtas que têm tudo a ver com celebrações entre amigos e família”, diz Michael Bayley, presidente e CEO da Royal Caribbean International.

“É um navio que atende de jovens famílias com crianças pequenas a casais sem filhos, passando por grupos multigeracionais e de amigos”, reforça Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, distribuidora exclusiva da Royal Caribbean no Brasil. “O ponto forte do Utopia é a multiplicidade de experiências. Tem muitas festas e animação, mas também paz e silêncio”.

Utopia of the Seas

ESG EM UM NAVIO-DESTINO

O maior desafio do mercado mundial de cruzeiros é se adequar aos atuais critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). É preciso inovar nas experiências para os passageiros e, também, em tecnologias e estratégias. Não seria diferente com o Utopia, o segundo maior do mundo, atrás apenas do Icon of the Seas, lançado em janeiro de 2024. Construído no estaleiro Chantiers de l’Atlantique, em Saint-Nazaire, na França, o Utopia é o sexto e último da classe Oasis. O navio reaproveita o calor residual dos motores e está preparado para usar biocombustíveis em geral e gás natural liquefeito (GNL), o que reduz a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Além de eficiente no consumo de energia limpa, adota outras medidas de redução do impacto ambiental, como tratamento de 100% da água.

“O Utopia é um navio híbrido e pode operar com GNL”, diz o CEO Michael

A

Bayley. “Mas o GNL ainda não é um combustível viável em grande escala. Nem está claro qual será a nova tecnologia que vai prevalecer, por isso queremos desenvolver motores híbridos e estamos avançando. O Porto de Miami, por exemplo, está trabalhando para ter plugues para carregar os navios. Porém, no Caribe, principal destino da Royal, a conversa é outra. Há ilhas nas quais os moradores ainda têm seus próprios problemas com as redes elétricas locais. A jornada da descarbonização é longa, mas estamos comprometidos com a meta carbono zero”.

madrinha Meghan Trainor no show de encerramento do cruzeiro de batismo
CocoCay, ilha privativa da RCI nas Bahamas

O Royal Caribbean Group patrocina, há cerca de três décadas, o programa Save the Waves, voltado para o manejo ambiental e a preservação dos oceanos. Ricardo Amaral acrescenta que ser sustentável, seja em alto-mar, no porto ou na cadeia de fornecedores, e aprimorar as relações com as comunidades locais nos destinos visitados e as boas práticas de governança corporativa, promovendo um ambiente diverso e inclusivo, faz bem para os negócios:

“Se os tripulantes não se sentirem bem, por exemplo, a operação não funciona. Ao longo dos anos, vi crescer o cuidado com o bem-estar da tripulação, desde a alimentação até o conforto das cabi -

nes. Se o navio consome menos energia, o gasto com combustível é menor. Há mais de 20 anos que a Royal Caribbean estuda alternativas para substituir o combustível fóssil. A meta carbono zero é para 2050, mas os critérios de ESG fazem parte do DNA da empresa.”

Em 2023, segundo o relatório de sustentabilidade do Royal Caribbean Group, a RCG foi a primeira empresa a transformar lixo em energia a bordo de um navio. E a usá-la para atender parte da demanda energética da hotelaria. Já o novo clube privativo da companhia a ser inaugurado nas Bahamas está sendo concebido para, até 2030, ter 100% de energia renovável.

Save the Waves

UTOPIA EM NÚMEROS

362 metros de comprimento

64 metros de largura

18 deques, sendo 16 de passageiros

2.834 cabines

2.290 tripulantes

5 piscinas

Royal Promenade, o deque principal do navio
Varanda de cabine com vista para o mar
Deque das piscinas

8 hidromassagens

79 metros no escorrega The Ultimate Abyss, o mais longo em um navio

10 deques de queda no escorrega, dos deques 16 ao 6

40 opções de bares, cafés, lounges e restaurantes

Hidromassagem
Entrada do escorrega The Ultimate Abyss
Vue Bar, no deque 15

370 máquinas caça-níqueis

68 televisões no sports bar Playmarkers, no Boardwalk

2 cassinos (um somente para não-fumantes e com drinques sem álcool)

240 metros quadrados (mais varanda de 48 metros quadrados) na Royal Loft Suite, a maior do navio

Sala e varanda da Royal Loft Suite
Playmakers, sports bar no Boardwalk
Entrada do cassino principal

60 metros quadrados de varanda na AquaTheater Suite , com vista para o show Aqua80Too

9 pessoas de ocupação máxima na ultracolorida Ultimate Family Suite , de 230 metros quadrados

AquaTheater visto de uma das suítes que leva o nome do teatro
Um dos quartos da Ultimate Family Suite

6 ATRAÇÕES QUE SÓ O UTOPIA TEM

1. TREM DENTRO DO NAVIO

O exclusivo restaurante Royal Railway Utopia Station, com somente 48 lugares em cada um dos dois horários de jantar, foi a sensação entre os convidados durante o cruzeiro de batismo do Utopia of the Seas. A entrada é ambientada como uma estação ferroviária antiga, com funcionários vestidos a caráter recebendo os passageiros. Há dois vagões, com 24 lugares cada um em mesas para duas ou quatro pessoas.

Dentro do vagão-restaurante, as janelas se transformam em telas de alta definição nas quais a paisagem repleta de detalhes vai mudando conforme o jantar avança, dando a sensação de um trem em movimento. São dois roteiros: Velho Oeste americano, às 18h, e a volta do explorador Marco Polo da Ásia para a sua Veneza natal, somente para adultos, às 20h30.

2. BRIAN, O PAPAGAIO CHATO

Na Royal Promenade, o principal calçadão do navio, no deque 5, o bar caribenho Pesky Parrot fez sucesso com drinques à base de frutas e rum. É decorado como um tiki bar, só que com um telão de alta definição exibindo imagens da Pig Beach, praia nas Bahamas com divertidos porcos nadadores. Brian é o nome do “papagaio chato”.

Entrada do novo restaurante Royal Railway Utopia Station
Brian, o Pesky Parrot

3. FOOD TRUCK

Ao lado de uma das piscinas do deque 14, o novo food truck The Spare Tire tem lanches rápidos prontos, como salsicha empanada e wrap de vegetais. É chegar e pegar.

5. SOBRE O GELO

Uma dúzia de patinadores artísticos brilham no novo show Youtopia Ice Spectacular , concebido especialmente para o rinque gelado do Utopia. Studio B, deque 4.

6. SUÍTE NA ÁREA DE ADULTOS

Na categoria Star, a mais alta da Royal Class Suite, a Solarium Suite é uma acomodação de luxo para até quatro pessoas em 70 metros quadrados. Tem acesso direto ao Solarium, somente para adultos, na proa do navio, deque 14. Com piscina, duas hidromassagens e um bistrô, o Solarium é uma das áreas mais bonitas e tranquilas do Utopia of the Seas.

4. ITALIANO COM VISTA

A varanda do Giovanni’s Italian Kitchen & Wine Bar, transferido para os deques 11 e 12, tem mesas para jantar al fresco e vista para o Boardwalk. É a Gio’s Terraza

The Spare Tire, novo food truck
Gio’s Terraza com vista para o Boardwalk
Solarium à noite

TRADE AVALIA O UTOPIA OF THE SEAS

O cruzeiro de batismo do Utopia of the Seas, realizado antes da primeira viagem regular em 19 de julho, reuniu convidados de diferentes partes do mundo. Entre eles estiveram a bordo representantes da Mondiale by Ancoradouro, Teatur Viagens, Magic Blue Turismo e Destinos com Ju, empresas de São Paulo especializadas em Orlando.

“A Royal Caribbean tem muitos brasileiros fazendo cruzeiro no Exterior. Porto Canaveral, de onde sai o Utopia, fica a apenas uma hora de Orlando. E o passageiro ainda pode ter exclusividade com espaço e experiências que um navio pequeno não proporciona”, aposta Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, distribuidora exclusiva da Royal Caribbean no Brasil.

A PANROTAS conversou sobre o novo produto com Juliana Sanches, da Destinos com a Ju ; Joice Ferreira, da Magic Blue Turismo, e Flavia Mendes, da Teatur Viagens. “O que mais me chamou atenção no Utopia of The Seas foi a quantidade de atrações tanto para adultos quanto para crianças”, diz Juliana Sanches, da Destinos com a Ju. “É um navio voltado para quem gosta de agitação, com bares, festas e shows imperdíveis por toda a parte, mas também com ambientes mais calmos para relaxar. O Rising Bar, que sobe e desce como um elevador por três deques, é imperdível. Para os brasileiros que viajam para Orlando é uma ótima opção de cruzeiros curtos de três ou quatro noites. Será um sucesso”.

Boardwalk
Ricardo Amaral no Solarium, área somente para adultos
Juliana Sanches, Flavia Mendes e Joice Ferreira na Sugar Beach, no Boardwalk

Flavia Mendes, da Teatur , concorda com o bom potencial de venda do Utopia:

“Amei a proposta de um navio novo, maravilhoso, fazer minicruzeiros. O passageiro tem aqueles dias incríveis, mas exaustivos nos parques de Orlando. Ao final relaxa em um cruzeiro, passa um dia na praia, é muito bom. Você encaixa no roteiro um serviço de alta qualidade com um custo bacana. A Teatur é franqueada da CVC e a equipe está animada”.

Para Flavia, a gastronomia é um dos pontos altos no novo gigante dos mares:

“O Utopia tem entretenimento, gastronomia e serviço com o padrão Royal que a gente conhece. Os restaurantes incluídos no preço são bons e os de especialidades, excelentes. Adorei o italiano Giovanni´s, que eu ainda não conhecia. É pago à parte, e vale a pena”.

Joice Ferreira, da Magic Blue , também destaca a oferta e a boa relação custo x benefícios dos restaurantes especializados em diferentes cozinhas, como italiana, japonesa etc:

“A quantidade e a variedade gastronômica é surpreendente. Ainda que alguns restaurantes sejam pagos à parte, compensa muito porque são bons e oferecem experiências com ótima relação custo x benefício. Os espetáculos são outro ponto que chama a atenção,

com estilos variados, e diferentes do que a gente costuma ver em cruzeiros. Há apresentações regulares no teatro, mas também há shows acontecendo em vários bares do navio, o espetáculo de acrobacias de danças aquáticas no AquaTheater, o show de patinação no gelo.”

Joice concorda ainda que o Utopia vai preencher uma lacuna: “Combina com as famílias brasileiras que vão para Orlando de férias e querem fazer uma viagem de navio ao final da maratona de parques, conhecer um navio grande em um cruzeiro curto”.

Giovanni’s, agora em dois andares e com varanda
Uma das seis mesas de teppaniaky no Izumi

NOVOS DESTINOS EXCLUSIVOS DA ROYAL CARIBBEAN

O CEO da Royal Caribbean International, Michael Bayley, destacou que a companhia está investindo em novos destinos privativos nas Bahamas, no México e na Austrália. Renata Lazari, diretora geral da RCI para o Brasil, detalha os novos clubes de praia que estarão nos itinerários da empresa. O das Bahamas poderá ser aproveitado pelos passageiros do Utopia.

“Teremos beach clubs em Nassau, nas Bahamas, e em Cozumel, no México. Na Austrália, no Pacífico Sul, o modelo será mais parecido com o Perfect Day at CocoCay, uma ilha exclusiva da Royal incluída no preço do cruzeiro. O novo clube de praia nas Bahamas é somente para adultos, será pago à parte e está previsto para 2025. O clube de Cozumel e a ilha na Austrália devem ser inaugurados em 2026. Eram planos pré-pandemia, que foram retomados depois”. Nos cruzeiros de três noites, a única escala do Utopia é na Perfect Day CocoCay, que tem parque aquático, bares e restaurantes. Quando o Utopia atraca no píer ao lado de outro navio da Royal, como o Vision of the Seas, chama a atenção a diferença de tamanho.

A atração mais recente de CocoCay é a Hideway Beach, clube de praia para adultos, inaugurado este ano. Não é bem uma praia, e sim uma espécie de piscinão animado de água salgada à beira-mar. Lugar perfeito para continuar em terra a festa eterna a bordo do Utopia.

O roteiro de quatro noites do Utopia faz uma escala em Nassau, onde está sendo construído o Royal Beach Club at Paradise Island. O novo clube de praia não terá cabanas overwater, como no Coco Beach Club de CocoCay, e, até 2030, usará energia 100% renovável. Este são dois dos compromissos com práticas mais sustentáveis assumidos pela Royal Caribbean.

Viagem a convite da R11 Travel (Royal Caribbean) com seguro GTA

Renata Lazari
Cabanas overwater no Coco Beach Club
Utopia e Vision em CocoCay
Hideaway Beach

SCENIC AMBER, LUXO

E EXCLUSIVIDADE

NOS RIOS EUROPEUS

Fundada em 1986, a empresa de cruzeiros australiana Scenic Cruises oferece 85 itinerários que abrangem 54 países e 357 portos. Reconhecida como uma empresa de cruzeiros “ultraluxuosa” e premiada como “Melhor Companhia de Cruzeiros Fluviais da Europa” no primeiro World Cruise Awards, a Scenic oferece o que chamam de “experiências enriquecidas”; uma proposta de cruzeiro contemporânea que provavelmente atrai um público mais jovem, bem como fãs de cruzeiros fluviais de longa data.

“Nossos cruzeiros fluviais levam os viajantes a regiões extraordinárias, ao mesmo tempo que os mergulham em sua rica história, culturas locais e delícias culinárias”, destaca Lore Sebelle, gerente sênior de Marketing, Grupo, Charters da Scenic Cruises para a América Latina.

Dos canais históricos da Europa ao poderoso rio Mekong, no Sudeste Asiático, estes cruzeiros fluviais panorâmicos parecem únicos, onde cada detalhe foi cuidado pela tripulação e tudo está incluso (as exceções ficam para uma lista de vinhos, champanhes e licores premium e os tratamentos de spa).

A oferta de itinerários europeus por vias navegáveis inclui: Europa Central, França e Portugal, entre os quais se destacam os seus itinerários pelo Danúbio, Normandia e Sena, além de castelos e vinícolas ao longo do Reno e Mosela, o sul de França, a bela Bordeaux, e o encantador Douro em Portugal.

A oferta de itinerários pelo Sudeste Asiático convida você a descobrir a magia dos dinâmicos canais do Mekong em uma viagem ao Vietnã, Camboja e Laos, onde os viajantes podem admirar os templos ornamentados e o caleidoscópio de cores à medida em que passam.

Adrian Bertini, especial para a Revista PANROTAS
O navio Scenic Amber em Budapeste

VIAGEM A BORDO DO SCENIC AMBER

PANROTAS & Ladevi foram as únicas mídias da América Latina convidadas a visitar o rio Danúbio, em um passeio a bordo do navio Scenic Amber de Budapeste a Nuremberg, que incluiu desembarques e visitas a cidades como Viena e Salzburgo. Veja detalhes sobre o navio e a experiência que ele oferece:

• O Scenic Amber tem capacidade para 164 passageiros e 55 tripulantes. Suas 82 suítes (de 15 a 44 metros quadrados) contam com serviço de mordomo e oferecem uma ampla variedade de categorias: Suítes Standard, Suítes Varanda, Suítes Junior, Suítes Royal e a exclusiva Suíte Owner. O código de vestimenta a bordo dos cruzeiros e passeios Scenic é casual e confortável. O traje para o jantar é casual elegante;

• As cabines Scenic Amber têm capacidade máxima para dois passageiros e, com exceção das cabines inferiores localizadas no convés 1 (ao nível da água), todas possuem varanda (80% das cabines do navio possuem varanda);

Scenic Amber no Danúbio
Banheiro da Owner Suite
Suite Royal

• A bordo do cruzeiro, os viajantes poderão desfrutar de diversas opções gastronômicas, como o casual River Café, o Crystal Dining (que também serve café da manhã e almoço), o tradicional high tea inglês no Riverview Terrace, restaurante italiano intimista Portobellos (somente para convidados) e o exclusivo Table La Rive para hóspedes das suítes Diamond Deck, Junior e Royal, com menu de seis pratos acompanhados de vinhos apresentados pelo chef;

• Os passageiros podem desfrutar de excursões em terra em bicicletas

elétricas, dar um mergulho na piscina, relaxar no terraço, exercitar-se no centro de fitness ou percorrer a pista de corrida a bordo apreciando as vistas panorâmicas. Tratamentos de spa também estão disponíveis por um custo adicional;

• As excursões estão inclusas em todos os itinerários. O programa Scenic Freechoice permite aos viajantes fazer a pré-reserva dos passeios de acordo com seus interesses. Geralmente, há três opções por destino. Os transfers de/para aeroportos, para check-in e check-out, também estão inclusos nos programas.

SERVIÇO

PARA MAIS INFORMAÇÕES, VISITE:

Espanhol: https://www.scenicusa.com/ latam

Português: https://www.scenicusa.com/ latam-pt

América Latina: ] latam@scenicusa.com

Brasil (Velle Representações): info@velle.tur.br

Piscina do Scenic Amber, com vista para Budapeste
Terraço do navio com vista panorâmica para Budapeste

Lukasz Szymonowicz, diretor de Cruzeiros do Scenic Amber, e Lore Sebelle, gerente sênior de Marketing, Grupo, Charters da Scenic Cruises para a América Latina

NOVIDADES PARA 2024 E PLANOS PARA 2025

Durante a viagem no navio Scenic Amber, falamos com Lore Sebelle sobre as novidades da companhia para este ano e os planos para o próximo. Confira abaixo:

PANROTAS & LADEVI – Como a Scenic está posicionada com seus cruzeiros fluviais no mercado latino-americano?

SEBELLE – O Scenic é a marca de cruzeiros de luxo tanto no oceano como nos rios. Com tanta coisa incluída – excursões, dicas e bebidas – os hóspedes têm o luxo de não precisar pensar em detalhes e podem viver experiências únicas em cada lugar visitado, cultivando momentos inesquecíveis. A Scenic se posiciona como a companhia de cruzeiros fluviais mais luxuosa e com tudo incluído disponível no mercado atualmente. Com exclusividades inclusas, como serviço de mordomo em todas as suítes e excursões em terra. Chegamos ao mercado como uma alternativa para viajantes que buscam novas experiências de luxo e pretendemos desenvolver relacionamentos de longo prazo com o setor, que ainda exige muito treinamento e aprendizado sobre os produtos de cruzeiros fluviais que a Scenic oferece

PANROTAS & LADEVI – Quais são as novidades para o resto de 2024 e os planos para 2025?

SEBELLE – Iniciamos a temporada com a remodelação dos lounges de grande parte da frota. Devemos também iniciar a temporada com um novo itinerário – “Danúbio em Profundidade” – um cruzeiro de dez dias que oferece a oportunidade de um ritmo um pouco mais lento durante a viagem e inclui dois dias em Budapeste e dois dias em Nuremberg para explorar essas cidades icônicas de forma mais aprofundada; Já temos os roteiros de 2025 disponíveis para reserva. É o momento ideal para garantir o seu lugar para aquelas viagens inesquecíveis. Talvez viajar para a Holanda durante a época das tulipas, ou visitar os históricos mercados de Natal – que têm sido tão populares que aumentamos o número de navios disponíveis para desfrutar dessa experiência; Para o restante de 2024, acreditamos que o mercado latinoamericano ainda pode se beneficiar muito das nossas ofertas de última hora e oportunidades de viajar ainda este ano, devido à natureza dos nossos mercados, que tendem a reservar mais perto das partidas, em comparação com outros países.

Vemos também estas ofertas como uma oportunidade para os clientes que ainda não viajaram em cruzeiros intimistas experimentarem cruzeiros fluviais e de iate e se tornarem clientes fiéis deste tipo de viagem;

Até 2025, planejamos oferecer diversos treinamentos e benefícios aos nossos agentes de viagens latino-americanos, para que possam finalmente se tornar especialistas em cruzeiros fluviais e de iate.

Nosso objetivo é expandir fortemente nossa presença na maioria dos mercados latino-americanos, especialmente no México, onde contratamos recentemente um gerente regional de Vendas, que agora poderá oferecer suporte local nesse mercado.

PANROTAS & LADEVI – Quais são as promoções/incentivos da marca para agentes de viagens?

SEBELLE – Atualmente, temos diversas oportunidades para agentes de viagens com grupos e passeios temáticos. Neste segundo semestre temos três viagens temáticas a bordo do Scenic Eclipse com saídas em outubro e novembro de 2024, nas quais os agentes podem oferecer tarifas exclusivas para seus clientes e ganhar uma suíte grátis para acompanhar seus clientes, caso vendam no mínimo três suítes.

Estes passeios temáticos têm foco na música, no bem-estar e na gastronomia. A viagem com foco na música partirá de Nova York com um artista da Broadway.

A segunda partida será focada no bem-estar, saindo de Bridgetown, em Barbados, para o Rio de Janeiro. Nesta viagem, os hóspedes poderão selecionar pacotes de programas de bem-estar, desde Detox e Sculpting, até revitalização e relaxamento do corpo e da mente. E por último, o terceiro cruzeiro focado na culinária contará com a participação do Top Chef do México, Gabri Rodriguez, que, junto com nosso chef executivo e também Top Chef, Tom Goetter, oferecerá aos nossos hóspedes uma viagem culinária única.

Além disso, temos também disponível o nosso Programa de Grupo para todos os nossos produtos, que oferece descontos exclusivos, comodidades e créditos de Tour Driver, além da oportunidade única de garantir espaço de grupo por até 90 dias sem depósito. Acreditamos que este importante benefício ajudará os agentes de viagens a formar mais grupos e a desenvolver relacionamentos de longo prazo com a Scenic.

NAVIO SCENIC AMBER

Banheiro da Junior Suite
Sala de sal
Junior Suite Junior Suite

NAVIO SCENIC AMBER

Recepção do navio
Academia do navio
Chef Gabor Varsanyi prepara pratos a bordo do navio
Regensburg, Alemanha
Crystal Dining (onde é servido o café da manhã, almoços e jantares)
Praça Maria Teresa, em Viena

NAVIO SCENIC AMBER

River Café
Palácio Liechtenstein, em Viena, onde os passageiros assistiram a um concerto de Mozart privado e exclusivo para a Scenic
Ônibus da Scenic Cruises para excursões exclusivas em terra
Escadas do navio
Iguaria oferecida em restaurante a bordo do navio Scenic Amber
Iguaria oferecida a bordo do navio

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