Edição nº 1.335 - Ano 26 | 29 de agosto a 4 de setembro de 2018 | www.panrotas.com.br
R$ 11,00
Alex Savic e Lucimar Reis, da United Airlines
MAPEANDO O BRASIL United Airlines coloca pin de “estratégico” no mercado brasileiro e elege o País como âncora para liderar tráfego aéreo da América Latina para os Estados Unidos
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Eduarda Chagas, Henrique Santiago e Rodrigo Vieira Reportagens: Beatrice Teizen, Janize Colaço, Karina Cedeño, Marcel Buono e Raphael Silva Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br), Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
ÍNDICE
nº 1.335 | 29 de agosto a 4 de setembro de 2018 | www.panrotas.com.br
SEÇÕES 04 Editorial
Os limites do Turismo
05 Check-In
Prejuízos de Prime e Intercontinental ainda ecoam
12 Infográfico
O que Philippe Coutinho, Keno e David Luiz têm a ver com o Turismo?
36 Diagnóstico
Como investir na hotelaria dos EUA
38 Memória
Você se lembra do fax a bordo?
40 LGBTravel Do Rio ao Canadá
42 Follow
Almundo Brasil
14 Operadoras
Os melhores vendedores da Grande São Paulo
22 Top 10 United
Em Chicago, Lucimar Reis e Alex Savic acompanham os campeões de vendas
30 Next 2018
O que a Mapie e Luiz da Gama Mór levaram ao Nordeste nos eventos PANROTAS Media Partner
Associações
Parceria Estratégica
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Editorial
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OS LIMITES DO TURISMO
olíticos nas ruas e poucos (ou quase ninguém) lembram do Turismo. Normal, estamos acostumados. E catequizar não é fácil mesmo (a não ser na época em que era mais fácil matar índios, escravizar negros... aí era a irracional lei da força bruta e desumana que valia). Mais uma vez o trabalho de ampliar o reconhecimento da indústria de Viagens e Turismo fica nas mãos do empresariado e mais uma vez exemplos do Exterior caem como uma luva. Novas necessidades do viajante, que, por exemplo, quer explorar melhor e localmente experiências gastronômicas nos destinos, têm ajudado a trazer restaurantes, produtores, mercados, lojas, vinícolas, cervejarias e uma série de outros players para perto do Turismo. Food & Wine é um grande mercado para o novo turista. Uma nova forma de oferecer experiências e transformar uma necessidade (comer em viagens) em um atrativo, um produto, um roteiro que integra diversos elos de uma cadeira poderosa. Nos Estados Unidos é muito comum vermos de restaurantes a produtores próximos das empresas de Turismo e já parte da oferta regular aos visitantes. O mesmo vale para shoppings, outlets e lojas diversas. Fazer compras também faz parte da atividade turística. E não estamos falando das lembrancinhas made in China, que só mudam o nome do destino. O Turismo ajuda a movimentar a economia local muitas vezes na contramão dos consumidores do destino; o turista chega até os artesãos e produtores locais, ele quer e faz questão de prestigiar essa ponta da cadeia; e o visitante é um consumidor dos mais diversos produtos, principalmente dos que
lhe são mais fáceis de ter acesso (a Amazon agradece aos turistas diariamente por conta disso, e vice-versa). Se ficarmos nesses dois exemplos, alimentação e compras, vemos que no Brasil ainda há um longo percurso a ser trilhado. O comércio reclama de feriados, mas nada faz para atrair turistas nessas datas e oferecer vantagens. Outlets não chegam aos pés dos internacionais. Não há facilidades ou diferenciais para os visitantes, que lá fora vão de shuttles gratuitos ou com valores simbólicos até o retorno do imposto local. Nos restaurantes, cardápio em outra língua que não o português é raridade e são mais raros ainda os locais com estrutura e facilidades para grupos, além dos famosos menus fixos que fazem a alegria dos visitantes na Europa. Se souberem que são turistas, capaz de algumas casas cobrarem mais ainda, pensando em como o câmbio favorece os visitantes... Com as viagens multigeracionais, os novos turistas e as novas tecnologias, não há limites para a indústria de Viagens e Turismo e seu impacto na geração de riquezas e empregos. O Turismo pode ajudar a Cultura, o Esporte, hospitais e clínicas, restaurantes e lojas, produtores e artesãos, indústrias diversas, segmentos que acham que nada têm a ver com turistas, governos... Em época de eleição é bom deixar claro, como no mote da campanha lançada pelo Ministério do Turismo: Nosso trabalho gera empregos. E em um País com 13 milhões de desempregados, quem valorizar essa plataforma de geração de empregos tem tudo para se dar bem. Desde que leve a sério e, eleito, ajude essa indústria a se desenvolver ainda mais.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Check-in
NO BRASIL, COM OS CRAQUES
Luis Paulo Luppa está, oficialmente e por tempo indeterminado, de volta ao Brasil. Ele retornou no início do mês após passar dois anos e meio em sua residência de Orlando, trabalhando direto do escritório da Trend Travel na cidade, que agora é CVC Corp. Sua volta é exigida por dois motivos. O primeiro deles é para ajudar na aproximação e sinergia da Trend com a CVC Corp, algo que vem acontecendo desde o ano passado mas, segundo ele, com certa demora. "São duas companhias muito grandes, então para se movimentar tem,
Mercado +Lidas da semana Portal PANROTAS
Júnior Baiano, Túlio Maravilha, César Sampaio e Marcos Assunção foram convidados por Mário Antônio e Luis Paulo Luppa para participar do torneio Amigos da Trend
1 Aéreas têm prejuízo milionário no
sim, um pouco de lentidão. Mas com a ida para Santo André [sede da CVC Corp], a gente ganha muito. Já unificamos todas as tecnologias em um único prédio, temos outro só de operações e dividimos um prédio com a Rextur Advance, o que faz sentido já que temos o mesmo leque de clientes", explica Luppa durante o 11o Amigos da Trend, em Brasília, que reuniu craques da bola como César Sampaio, Túlio Maravilha, Júnior Baiano e Marcos Assunção, para uma pelada com os principais parceiros da operadora.n
3 Revista PANROTAS analisa venda
LONGE DE ACABAR
caso Intercontinental e Prime
2 Fusão da Avianca será decisiva em joint venture com United e Copa da Esferatur para a CVC; leia
4 Exigir aprovação para compra de passagens? Veja prós e contras
5 Em ano atípico, Luppa retorna ao Brasil para 'retomada' na Trend
6 Azul anuncia voos para cidades do Paraná e Pernambuco
7 Repaginado, aeroporto de Cabo Frio (RJ) ganha voos à Argentina
8 Dispositivo móvel é responsável por 60% das vendas de viagens
9 Entender a motivação do viajante torna as empresas bemsucedidas
O caso entre a subconsolidadora Prime e a consolidadora capixaba Intercontinental, 10 Reservas on-line aumentam as que encerrou suas atividades após acusar a primeira de não honrar com bilhetes vendas de passeios e atividades emitidos, ainda ecoa no mercado. A PANROTAS entrou em contato com mais de dez companhias aéreas, entre brasileiras e internacionais, mas apenas a Air Canada se pronunciou até a publicação desta matéria. Em entrevista, a empresa declara que foi lesada em um R$ 295.359,76 (até 10 de agosto). Outras empresas não quiseram comentar oficialmente, mas confirmam prejuízos. A reportagem descobriu que uma das principais europeias do Brasil teve perdas avaliadas em R$ 500 mil. “O nosso prejuízo com a Intercontinental foi de R$ 16.981,35. Em um período muito próximo, maio de 2018, tivemos um outro prejuízo com a Prime Consolidadora, quando deixou de pagar várias empreAcompanhe essas e outras notícias no sas aéreas e foi suspensa da Iata, o total do nosso prejuízo com a Prime foi de R$ 479.161, 75. Com o rateio da garantia Iata mais o que tínhamos de deposito de grupos, o valor atual em aberto é de R$ Siga a PANROTAS 295.359,76”, esclareceu a Air Canada, em nota. “Além do prejuízo financeiro, esse portalpanrotas tipo de acontecimento gera insegurança ao trade e aos passageiros, que muitas portalpanrotas vezes são impedidos de desembarcar”, PANROTAS Editora concluiu a empresa. No Brasil, o diretor geral da Air Canada é portalpanrotas Giancarlo Takegawa.n
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Operadoras +Lidas operadoras 1 Revista PANROTAS analisa
venda da Esferatur para a CVC; leia
2 Em ano atípico, Luppa retorna ao Brasil para 'retomada' na Trend
3 Trade Tours lança plataformas para ingressos e locação de carros
4 DMC libanesa Club ganha representação no Brasil; conheça
5 Flytour MMT congela dólar a R$ 3,99 em campanha relâmpago
Realidade virtual segue em alta na promoção de destinos
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Magda Nassar (Braztoa) entre Alberto Alves e Bob Santos (MTur) no Experiência Braztoa de Brasília
EXPERIÊNCIA REGIONAL
A Braztoa segue com sua estratégia de levar o conteúdo de associados e parceiros para longe do Sudeste, na intenção de capacitação dos agentes de viagens pelo País. O principal vetor desta pulverização é o Experiência Braztoa, evento que em 2018 já passou por Foz do Iguaçu (PR) e Manaus e, em suas mais recentes edições reuniu agentes de Maceió e Brasília. A proposta é entregar conteúdo de maneira palatável e aprazível aos participantes, por isso a associação aposta em atrativos como gastronomia e realidade virtual. "A gastronomia é um forte motivo de viagem, por isso essa escolha. Não fazemos uma feira tradicional e sim a abertura de um espaço diversificado para troca de experiências e fechamento de novos negócios. Além disso, abrimos o debate sobre temas relevantes para o segmento, como a luta para a atualização da Lei Geral do Turismo, que será essencial para a atividade no Brasil", explica a presidente da entidade, Magda Nassar. Com cerca de 40 expositores presentes em Brasília, o encontro teve foco no Centro-Oeste, com parceria do Sebrae, e recebeu caravanas de agentes de viagens de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de presença internacional com participação de países como Peru, Colômbia e Israel e destinos da região da Patagônia. O objetivo, de acordo com a Braztoa, é posicionar as regiões prestigiadas pelo evento como destinos turísticos integrados e de qualidade nos cenários nacional e internacional. Como já faz parte da rotina dos roadshows e feiras do Turismo, a realidade virtual também foi outro atrativo. Foz do Iguaçu e Israel, por exemplo, mostraram alguns de seus principais pontos turísticos utilizando a tecnologia dos óculos VR.
“O diálogo entre os operadores e os agentes de viagens é importante para o aumento nas vendas de pacotes e roteiros e para estimular novas viagens tanto para turistas domésticos quanto internacionais. As empresas ligadas à Braztoa têm números expressivos com o transporte de cinco milhões de passageiros que geram faturamento R$ 12,2 bilhões”, destaca a presidente da Embratur, Teté Bezerra. MACEIÓ Na capital alagoana, no último dia de julho, o Experiência Braztoa Nordeste 2018 atraiu mais de 250 agentes de viagens, autoridades políticas e executivos do trade. "Nos últimos anos, Alagoas foi o Estado que mais cresceu em número de turistas e de leitos no Nordeste, enquanto outras regiões retraíram. Esse é um grande momento para os alagoanos no Turismo nacional e resolvemos prestigiá-los", afirma a presidente da Braztoa, Magda Nassar. O movimento no aeroporto Zumbi dos Palmares teve alta de 6,9% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado, e no acumulado até este mesmo mês já somava 1.264.836 passageiros. Na hotelaria, apenas em 2018 foram inaugurados três novos hotéis em Maceió, que representam acréscimo de 953 leitos. Atualmente, são 14 hotéis em construção e quatro em ampliação no Estado, que soma 34,4 mil leitos. "Nos últimos anos tivemos um aumento de 383% no número de turistas estrangeiros. E isso tem sido fundamental pelos operadores e agentes. Conseguimos melhorar o fluxo devido às capacitações sobre o destino com profissionais do Turismo de todo o Mercosul", reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Rafael Brito.n
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+Lidas mercado 1 Revista PANROTAS analisa venda da Esferatur para a CVC; leia
Mercado
NÃO BASTA EMITIR
2 Em ano atípico, Luppa retorna ao Brasil para 'retomada' na Trend
3 Com Esferatur, CVC Corp
ultrapassa R$ 1 bilhão em aquisições
4 Dispositivo móvel é responsável por 60% das vendas de viagens
5 Reservas on-line aumentam as
vendas de passeios e atividades
6 Após balanço, fundo venderá fatia de 43,7% na Decolar.com
7 Bastidores: como o mercado reage à compra da Esferatur pela CVC
8 Novo 'barco-hotel' de luxo é
lançado no Pantanal; conheça
9 São Paulo promove 15 roteiros
inusitados no Hiper Feirão Flytour
10 Trade Tours lança plataformas para ingressos e locação de carros
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Novo logo e novo nome da “Abav dos Estados Unidos”, a Asta
Uma entidade dos Estados Unidos saiu na frente e oficializou o tratamento aos agentes de viagens da maneira que eles devem ser: consultores. A Asta, entidade com o mesmo papel que a nossa Abav Nacional, anunciou troca de nome: será American Society of Travel Advisors (Sociedade Americana dos Consultores de Viagens), em vez de American Society of Travel Agents (Sociedade Americana dos Agentes de Viagens). O termo "consultor", "especialista" ou "conselheiro", segundo o CEO e presidente da associação, Zane Kerby, é mais preciso do que "agente". "Esse termo reflete mais precisamente o que o consumidor necessita hoje, pois há uma série de ferramentas que os viajantes têm para ajudá-los nas buscas", afirma. "Porém, há tanta informação por todos os lados que o que os viajantes precisam é de um orientador." A mudança vai ao encontro de uma tendência encaminhada pelo CEO da Virtuoso, Matthew Upchurch, ao Portal PANROTAS, em dezembro. "Agentes de viagens estão bem próximo do fim. Sobrevivem apenas os consultores de viagens. Aliás, há muito espaço para consultores no mercado, não só no luxo. Acontece que isso não é para qualquer um", justificou Upchurch, uma espécie de guru do Turismo de luxo.n
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Hotelaria +Lidas hotelaria 1 Aventura, novo hotel da
Universal, é inaugurado hoje
2 Four Seasons São Paulo abre
em seis semanas; veja fotos do quarto
3 Startup criada para acelerar
check-in conquista hotéis no Brasil
4 Nobile assume administração de 2 Best Western no Rio; entenda
Ernesto Draque, à disposição do agente de viagens brasileiros para vender Oetker Collection
5 Hyatt celebra prêmio de 'melhor da hotelaria' e exalta inserção
6 Mélia lança pulseira inteligente e serviço de Whatsapp a hóspedes
7 Com nova marca, Átrio
administrará hotéis na América do Sul
8 Setor hoteleiro tem queda na diária média e no Revpar em 2017
9 Palladium traz descontos de até 60% em resorts via agentes
10 Santa Clara Eco Resort
(SP) aumenta o número de apartamentos
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OETKER COMO TEM QUE SER
Rodrigo Vieira
O luxo é o segmento do Turismo com maior dependência da consultoria de um agente de viagens, e o profissional brasileiro está entre os mais exigentes do mundo, um tipo de vendedor que cuida de seus clientes e, portanto, precisa de um suporte profissional que o acompanhe do início ao fim da reserva. Essa é a visão do diretor de Vendas e Marketing da Oetker Collection para América Latina, Ernesto Draque. A rede alemã é a proprietária do Palácio Tangará, de São Paulo, que completa um ano com status elevado na hotelaria de luxo brasileira, mas outros nove empreendimentos de alto padrão completam seu portfólio. Destaque para Le Bristol Paris e L’Apogée Courchevel, na França; The Lanesborough, em Londres; e Eden Rock, em St Barths. “Meu trabalho é para que os agentes de viagens tenham o acompanhamento de um executivo da Oetker não apenas para fazer a reserva, mas também cuidar e personalizar a proposta. Esse é o luxo que o consumidor, e consequentemente o agente, busca. Os executivos da Oetker são cobrados para entregar não apenas o básico da proposta econômica, mas também somos capazes de oferecer serviços de transfer nos aeroportos, conciergeria, indicação dos melhores hotéis e quartos para determinados tipos de clientes”, afirma o argentino Draque, com português praticamente perfeito. Segundo ele, o papel que o agente de luxo tem de oferecer ao seu cliente é exatamente o mesmo papel que ele dispõe ao próprio agente. “Sou mais do que um executivo de vendas, sou um assessor do destino.” A chave para vender Oetker Collection ao público brasileiro, aconselha Ernesto Draque, é argumentar sobre a experiência de uma rede que atende há décadas no continente. Aproveitar a onda de sucesso do Palácio Tangará também pode ser uma dica convincente. “Os agentes têm de apresentar uma coleção clássica europeia e a mais exclusiva gastronomia do mundo. Esse prestígio dá a tradição, a elegância e a sofisticação que marcam nossa história. Lá o cliente vai se sentir como um residente, um local em Paris, em Londres... Os agentes podem garantir que lá seus clientes se sentirão em casa. Não é uma experiência de viagem, mas sim do dia a dia de um francês ou de um inglês”, afirma. “Também vale aproveitar o sucesso do
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Palácio Tangará para indicar o que é a Oetker, embora nenhuma de nossas propriedades seja igual à outra. Somos como a pérola.” Segundo ele, uma cilada em que um agente de viagens pode cair é tratar o luxo como algo frio, e o mesmo acontece com os hotéis. “Há redes que tratam o alto padrão com frieza, como algo esnobe. Nosso diferencial é a conexão com o cliente. Nossa identidade é mostrada no serviço espontâneo, na humildade de servir, sem ser frio.” A Oetker atua com representante próprio na América Latina há mais de dez anos, mas o momento é especial. O Palácio Tangará cresce comercialmente em ritmo satisfatório para a rede, e a recente conquista das estrelas Michelin ao restaurante Jean-Georges atrai ainda mais hóspedes. “O hóspede não se sente em São Paulo com tamanha natureza que circunda o hotel. É um local tranquilo, sem ruídos, é a oportunidade de carregar as energias depois de um dia de trabalho neste oásis urbano”, avalia Draquer. “É um destino à parte dentro de São Paulo.” Depois dos brasileiros, os norte-americanos são o principal público do Palácio Tangará, seguido dos latino-americanos. Em relação à distribuição, Ernesto Draque garante que a missão número um para a rede alemã é fidelizar os agentes, mas com tanta concorrência, foi inevitável abrir os canais on-line. “Mas garanto que a venda via agentes é bem diferente, por se tratar de um canal personalizado e com valor agregado. Os agentes podem contar conosco a qualquer momento.” Contato: ernesto.draque@oetkercollection.com ou +54 911 5132-5732.n
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O PORTFÓLIO OETKER COLLECTION Brasil: Palácio Tangará França: L’Apogée Courchevel, Le Bristol Paris, Chateau Saint-Martin & Spa, Hotel du Cap-Eden-Roc Londres: The Lanesborough Alemanha: Brenners Park-Hotel & Spa St. Barths: Eden Rock Seychelles: Fregate Island Private Antigua: Jumby Bay Island
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Eventos
NA EXPECTATIVA O Hiper Feirão de Viagens Flytour retorna este ano para mais duas edições, com expectativa de atrair ao menos 77 mil visitantes – 30 mil em Santos e 47 mil em Campinas. Principal outlet de Turismo do Brasil, o evento da operadora Flytour MMT oferece descontos de até 50% em produtos turísticos e pacotes. Em Santos, o feirão chega a sua quarta edição, entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. Já Campinas recebe o evento pela segunda vez de 14 a 16 de setembro. A entrada é gratuita. Assim como nos últimos anos, os visitantes terão atrativos que vão muito além de promoções, descontos e das melhores condições de pagamento. Haverá diversas atrações para o público, como apresentações de personagens famosos do Universal Orlando Resort e Beto Carrero World, pocket shows, exposições, distribuição de brindes, food trucks e experiências interativas. “Chegamos em Santos pela quarta vez, estamos bem solidificados e ainda acreditamos no crescimento e investimento da região. Campinas recebe a segunda edição do evento e estamos animados e ansiosos. No primeiro ano tivemos uma ótima procura e estamos certos de que em 2018 teremos o aumento no número de visitantes e passageiros, nos consolidando ainda mais no setor”, afirma o presidente da Flytour MMT, Michael Barkoczy. Em 2017, o público total somando os eventos de Santos e Campinas foi de 73,9 mil potenciais viajantes que adquiriram milhares de produtos e serviços de viagens. Em Santos, foram 14.060 vendas, enquanto em Campinas, 22 mil. Para este ano, a meta é vender 20% mais que no ano passado. TREINAMENTOS PARA AGENTES Tradicionalmente, o Hiper Feirão de Viagens Flytour tem sido construído por três pilares: consumidor final, marcas 10 5 a 10.indd 10
Hiper Feirão de Viagens Flytour recebeu 73,9 mil visitantes no ano passado
expositoras e agentes de viagens (que bateram as metas estipuladas pela operadora). Este ano, haverá 420 posições de venda no evento: 190 em Santos e 230 em Campinas. Uma novidade para os profissionais em 2018 são os treinamentos que a operadora irá promover nas quintasfeiras que antecedem os eventos (30 de agosto e 13 de setembro). A programação contará com palestras e exposições de companhias aéreas, hotéis, parques e destinos. Já estão confirmados treinamentos da Universal Orlando, Copa Airlines, Avianca, AM Resorts, Walt Disney World, Kissimmee, St. Pete/Clearwater, Santa Monica, Porto de Galinhas, Pará e São Paulo.
EXPOSITORES Mais de 250 expositores participarão de cada edição do evento este ano. Alguns estreantes são a operadora de Grécia e Turquia Renaissance, Visit Florida, Turismo de Nevada, Dubai e Tailândia. Diversas secretarias de Turismo do País também estão confirmadas. O encontro terá a presença dos escritórios de Bahia, Paraíba, Alagoas, Amazonas, Maceió, Espírito Santo, Pará, Barra de São Miguel (AL), Marechal Deodoro (AL), Búzios (RJ), Ilhabela (SP), Foz do Iguaçu (PR), Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Fortaleza, Rio Grande do Norte, Porto de Galinhas (PE) e Maragogi (AL).n
Hiper Feirão de Viagens Flytour SANTOS Data: 31 de agosto, 1 e 2 de setembro Horário: 31 de agosto: das 12h às 22h 1o de setembro: das 11h às 22h 2 de setembro: das 11h às 20h Local: Mendes Convention Center - Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Vila Mathias Santos/SP
CAMPINAS Data: 14, 15 e 16 de setembro Horário: 14 de setembro: das 12h às 22h 15 de setembro: das 11h às 22h 16 de setembro: das 11h às 20h Local: Expo Dom Pedro - Av. Guilherme Campos, 500 - Jd. Santa Genebra Campinas/SP
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Abav Expo 2018
NOVO FORMATO DE SITE PERMITE CONEXÕES MAIS AMPLAS ESTE ANO A 46 a Abav Expo Internacional de Turismo e 50o Encontro Comercial Braztoa, que este ano ocorre de 26 a 28 de setembro no Anhembi (SP), é a oportunidade para toda a cadeia do Turismo se conectar e ficar por dentro das novidades que acontecem no maior evento do setor de viagens e turismo do Brasil. E a primeira oportunidade para esta conexão está no site do evento (www.abavexpo.com.br), que foi todo redesenhado este ano, está mais interativo e traz diversas opções e facilidades para que visitantes e expositores tenham a melhor experiência possível. Conheça algumas: CREDENCIAL ASSOCIADO ABAV O associado da Abav que realizar sua inscrição individual com o CNPJ da agência pode solicitar seu bilhete aéreo com AD90 (90% de desconto) sobre o valor da tarifa cheia do voo (cada agência de viagens associada tem direito a solicitar até cinco emissões). Após finalizar e receber a aprovação da inscrição, pode imprimir sua credencial e assim ganhar tempo no acesso ao pavilhão. Quem não for associado Abav, pode realizar a inscrição individualmente como visitante, bastando a indicação do CNPJ de sua empresa, uma vez que o evento é exclusivo para profissionais do setor. AGENDAMENTO DE REUNIÃO Todos os participantes da Abav Expo podem agendar previamente reuniões com os expositores, sugerindo data e horário no campo “Agenda” do portal do evento. O expositor avalia a solicitação, e quando ela é aceita o visitante recebe a confirmação pelo e-mail informado no credenciamento. INSCRIÇÃO VILA DO SABER A Vila do Saber vai reunir especialistas e empresários que são referência no Brasil para a apresentação de um programa de palestras e painéis sobre assuntos que são tendências no setor e também permitirá inscrições antecipadas. São dezenas de palestras em cada dia e a grade completa pode ser acessada, com reserva de assento, a partir do dia 22/09. Participe da Abav Expo e aproveite todas as oportunidades de se conectar com estes e outros segmentos do setor. O credenciamento é gratuito e pode ser feito até o dia 21 de setembro diretamente no site http://www.abavexpo.com.br
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Infográfico
SE AS AQUISIÇÕES FOSSEM OS CRAQUES Maior futebolista brasileiro da atualidade, Neymar custou € 222 milhões na transferência do FC Barcelona ao Paris Saint-Germain FC e está no topo do ranking de transações mais caras do futebol mundial. E se os jogadores fossem as aquisições do Turismo brasileiro?*
2010
Philippe Coutinho
Carlyle compra 64% da CVC por cerca de R$ 700 milhões**
O atleta da seleção representa a terceira transação mais cara do mundo, quando foi do Liverpool FC ao Barcelona FC em 2018 por € 130 milhões (R$ 620 milhões). Era o primeiro passo da CVC Corp para crescer de grande para gigante
2015
Pato
Há 11 anos, Pato foi com 17 anos do SC Internacional ao AC Milan e está entre os jovens mais valiosos da história do futebol. Valor da transação foi de € 22 milhões (R$ 104 milhões)
Insight Venture compra 5% da OTA Hotel Urbano (Hurb) por cerca de R$ 100 milhões
2015
CVC Corp compra 51% da Rextur Advance por R$ 208 milhões
2015
CVC Corp compra Submarino Viagens por R$ 80 milhões
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Thiago Silva Zagueiro titular do Brasil na última Copa do Mundo, Silva foi do AC Milan ao Paris Saint-Germain FC em 2012 por € 44 milhões (R$ 209 milhões), a 43a compra mais cara do futebol. No Brasil, era a primeira compra de expressão da empresa
Emerson Palmieri
Enquanto a compra da CVC Corp movimentou o mercado do Turismo com a entrada de uma OTA de peso ao grupo, o pouco conhecido lateral-esquerdo representa uma transação sem holofotes da Roma ao Chelsea FC por € 19 milhões (R$ 90,2 milhões) em 2018
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2016
Keno
A venda do Palmeiras surpreendeu o mundo da bola, “a compra mais cara da história da liga do Egito”. O Al Ahram Pyramids FC levou o palmeirense por US$ 10 milhões (R$ 41 milhões) em 2018. Na CVC Corp, a aquisição está longe de ser a mais cara, mas marca a entrada em um segmento antes inédito
CVC Corp compra Experimento por R$ 40 milhões
2017
David Luiz
O zagueiro que divide a opinião dos brasileiros desde o fatídico 7x1 está entre as 30 transações mais caras da história do futebol ao se transferir do Chelsea FC ao Paris Saint-Germain por cerca de € 60 milhões (R$ 285 milhões) em 2014. Já a CVC Corp via a empresa de Luis Paulo Luppa como um golaço para ganhar market share e entrar para a consolidação hoteleira
CVC Corp compra 90% do Grupo Trend por R$ 258,8 milhões
2017
Richarlison
CVC Corp compra restante da Rextur Advance por cerca de R$ 250 milhões
O atacante não é dos mais midiáticos, mas é bem valioso. Conhecido por sua passagem no Fluminense, Richarlison custou € 50 milhões (R$ 238 milhões) ao Everton FC, que o comprou do Watford neste ano. A CVC Corp fez valer sua opção de compra de 33% e adquiriu o restante dos sócios da consolidadora aérea
2018
CVC Corp compra Esferatur por R$ 245 milhões
Vinicius Junior
A joia de 17 anos do Flamengo é o segundo jogador sub20 mais caro da história do futebol mundial. Foi do rubronegro ao Real Madrid por € 45 milhões (R$ 213 milhões) neste ano. Um pouco menos do que o valor da Esferatur, mas a consolidadora já chega com status na CVC Corp, enquanto o jovem ainda terá que provar seu valor em um gigante europeu
*Valores em moeda estrangeira levam em consideração a conversão de câmbio atual, e não da época em que as transações futebolísticas aconteceram. Euro: R$ 4,75 e dólar: R$ 4,12. **Valor estimado pelo mercado 29 de agosto a 4 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Executivos da CVC Corp dominaram o ranking PANROTAS de melhores promotores de vendas de Operadoras com CVC, Trend e Visual
Domínio da CVC Corp. O maior grupo de Turismo da América do Sul mostra toda sua força na categoria de Operadoras do ranking PANROTAS de melhores promotores de vendas da Grande São Paulo. Efetuados diretamente pelos agentes de viagens e outros profissionais do mercado, os votos vêm como uma prova de que a estratégia de diversificar marcas e produtos vem dando certo. No primeiro semestre, as vendas multimarcas da CVC Corp superaram, de maneira inédita, os canais próprios e, no mercado, os executivos de Contas do grupo dominam a corrida como os melhores vendedores da operadora. O grupo faturou R$ 6,2 bilhões de janeiro a junho, acréscimo de 9,1% sobre o mesmo período em 2017. Justamente nesta que foi a primeira semente do conglomerado, a CVC Operadora levou cinco representantes no Top 8. Trend Operadora e Visual, recém-chegadas ao ABC, registram um executivo cada uma, enquanto a Interep aparece como a única empresa fora do grupo que se destaca na Grande São Paulo. No ranking por empresas, Flytour MMT e Abreu emplacaram no Top 5. E a maioria dos votados se mostra satisfeita em ter o respaldo de uma gigante como é a CVC Corp. A única que vê desvantagens nas grandes fusões e compras do setor é justamente quem mais sofre com elas, a Interep. Foram mais de 815 votos nesta que é uma das categorias mais concorridas entre os segmentos. Como algumas equipes têm mais profissionais do que outras, também somamos as empresas mais votadas no geral. Veja o ranking por equipe:
1 - CVC 2 - Trend Operadora 3 - Visual 4 - Flytour MMT 5 - Abreu Viagens
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1 Vivian Lima ESPECIALISTA E CATEGÓRICA Formada em Turismo pela Anhembi Morumbi, Vivian Lima ainda fez um curso com ênfase em organização e gestão de eventos antes de entrar, de fato, na área. Foi pelo PanEmpregos do Portal PANROTAS que ela encontrou o estágio na CVC, em 2006, e desde então segue sua trajetória de crescimento dentro da maior operadora do Brasil. Na empresa, começou como estagiária de Vendas, passou pelo Financeiro e, por gostar de navios, acabou se destacando na promoção de produtos marítimos e internacionais, batendo logo a primeira meta que lhe foi dada. Após 12 anos de CVC, Vivian conta com uma carteira de clientes vasta e produtos diversificados que são oferecidos diariamente aos agentes, sempre aliando um atendimento ágil com as facilidades tecnológicas que o mundo atual permite.
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EMPRESA: CVC IDADE: 31 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO DE TURISMO: 14 anos OUTRAS EMPRESAS: Tia Augusta, Cantatur QUALIDADES PROFISSIONAIS: Estou há 12 anos na CVC e já conheço muita gente. Cuido de uma carteira muito grande e sempre dou muita atenção aos agentes. Fico disponível o tempo todo, sou determinada, persistente e criativa. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Valter Patriani, melhor vendedor do Turismo. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? É um mercado muito importante e com uma concorrência muito grande, por isso um contato próximo com as agências é fundamental hoje em dia. Cada vez temos mais produtos e oportunidades para divulgar, além de mais parcerias, incluindo hotéis novos. A CVC está abrindo o leque de serviços e destinos, além de aumentar sua participação em intercâmbio. COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? No caso da CVC, empresas excelentes como a Visual, a Trend e a Rextur Advance agregaram muito. Ajudamos com os nossos clientes e eles ajudam com os clientes deles. Assim, unimos forças, o que considero positivo. A CVC fica maior no mercado e quanto mais forte, melhor. VOCÊ VENDE MAIS DOMÉSTICO OU INTERNACIONAL? QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Vendo de tudo, mas internacional sai mais, apesar do câmbio desfavorável ao brasileiro no momento. Destinos como Caribe, Orlando e Nordeste são os mais vendidos. Cancun e Punta Cana representam cerca de 90% das vendas no Caribe, enquanto Porto Seguro (BA), Natal e Porto de Galinhas (PE) são os maiores destaques brasileiros. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Envio diariamente informações sobre promoções e ofertas disponíveis, tanto via e-mail como também via listas de transmissões do Whatsapp. Recomendo que os agentes adotem táticas semelhantes, aproveitando as tecnologias para alcançar seus clientes. A CVC é líder de mercado e muito focada no aprimoramento de atendimento ao cliente e aos agentes de viagens. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Ajudar na capacitação das agências para que elas possam mostrar que a CVC apresenta produtos de muita qualidade e preços competitivos em relação aos oferecidos pela internet. Passar conhecimento detalhado de sistemas e produtos é essencial. DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO SETOR: É imprescindível dominar todos os produtos que a empresa oferece. Ser criativo, inovador, simpático, solicito, extrovertido e acessível. METAS PROFISSIONAIS: Continuar na CVC, aprimorando ainda mais meu conhecimento em relação ao mercado. O QUE BUSCA NA PANROTAS: As principais novidades sobre o mercado e sobre os concorrentes. É sempre bom ver o que está acontecendo no “território inimigo”. Já até me inscrevi para receber a revista por Whatsapp. Recomendo.
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2 Reinaldo Borelli o
EMPRESA: Trend IDADE: 36 anos CARGO: Executivo de Vendas sênior TEMPO DE TURISMO: 16 anos OUTRAS EMPRESAS: Tam, Promo Inteligência Turística, E-HTL QUALIDADES PROFISSIONAIS: Estou sempre presente nos clientes e procuro solucionar todos os casos da maneira mais rápida possível. Ofereço tudo o que a empresa disponibiliza para incrementar o mix de vendas do cliente, afinal, ajudamos os agentes a conseguirem rentabilidade. Bom relacionamento e visão estratégica também fazem a diferença. PROFISSIONAIS DE INSPIRAÇÃO: Rolim Amaro (Tam) e Luis Paulo Luppa (Trend). COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? É um mercado muito desafiador e intermitente. Sujeito a variações como dólar, greve dos caminhoneiros, novos concorrentes no mercado, operadoras nacionais e internacionais. Temos sempre que fazer algo a mais e responder dúvidas rapidamente. Meu celular fica 24 horas ligado. COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? É uma tendência no mundo todo. Grandes fusões acontecem em várias áreas. É preciso saber concorrer entre os grandes. A Trend demoraria 20 anos para crescer o que vai crescer em cinco anos entrando para a CVC Corp. Temos mais oportunidades para alavancar negócios e será um caminho bom. VOCÊ VENDE MAIS DOMÉSTICO OU INTERNACIONAL? QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? É um mix de produtos que envolve tanto destinos internacionais como nacionais. As vendas internacionais possuem o tíquete médio mais elevado, por isso busco trabalhar mais com elas. Cerca de 65% são referentes a lazer, enquanto 35% vêm do corporativo. Tive um crescimento de 36% na minha carteira em relação ao ano passado. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Temos todo um portfólio consolidado por trás. Eu quero saber o que todos estão fazendo para poder oferecer as melhores ofertas. Temos uma equipe forte para dar todo o apoio necessário e cobro agilidade nos processos. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Os serviços disponibilizados pela internet estão fazendo uma frente pesada aos tradicionais. É preciso sair do atendimento de massa e oferecer um serviço mais personalizado. DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO SETOR: Trabalho em equipe é fundamental, sempre. É preciso conhecer o mercado e estar presente no cliente. A pessoa não pode perder o foco no trabalho e nunca deve desistir dos seus objetivos. METAS PROFISSIONAIS:Futuramente, gerenciar ou dirigir uma equipe de vendas dentro do mercado de Turismo. O QUE BUSCA NA PANROTAS:Informações e notícias sobre o trade e ações da concorrência. É preciso ter uma visão geral do mercado.
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3 Thaís Siqueira EMPRESA: CVC IDADE: 40 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO DE TURISMO: 22 anos OUTRAS EMPRESAS: American Airlines, Espécietur, Chancetur, Nascimento, Soletur, Atlantis QUALIDADES PROFISSIONAIS: Sou bem comprometida com meus clientes e nunca os deixo sem resposta. Retorno mesmo que seja para dar uma resposta negativa. Estou sempre tentando ajudar e os agentes sabem que podem contar comigo. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: José Médici (Zezo), da Atlantis. Profissional muito correto que me ensinou muito. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? Tivemos um momento com muitas operadoras fechando, mas a CVC continuou crescendo bastante. Garantimos credibilidade e isso é fundamental no mercado. Não vejo muito espaço para outras operadoras porque a desconfiança com empresas menores ficou muito grande. Os maiores concorrentes hoje em dia são os on-line. QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Em vendas, destinos internacionais representam mais, mas o volume maior de passageiros é dentro da minha carteira nacional. Estados Unidos, Flórida, Orlando, Punta Cana, Cancun e os resorts do Nordeste são os que mais saem. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Sempre apresento o portal da CVC, que dá bastante autonomia aos agentes de viagens. Dou dicas de produtos, promoções e o que pode oferecido de acordo com os clientes. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Parte dos agentes ama a CVC, mas uma parte não gosta. Um grande desafio é apresentar a empresa e mostrar que podemos ser grandes parceiros nos negócios. DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO SETOR: Tem que gostar de Turismo. Não só de viajar, mas de lidar com pessoas, porque não é uma tarefa fácil. Além de vender, temos que ser um pouco psicólogos. Tem que estar sempre lendo e aprendendo sobre o assunto. O QUE BUSCA NA PANROTAS: Entro quase todos os dias. O que tem de lançamento é o que eu mais procuro. Busco inaugurações de atrações e novidades em geral para passar para os agentes.
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4 Naiana Savieto EMPRESA: CVC IDADE: 35 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO DE TURISMO: 16 anos OUTRAS EMPRESAS: Tam Viagens, Leiser QUALIDADES PROFISSIONAIS: A CVC abre muitas portas neste mercado. Os agentes costumam ser muito receptivos conosco. Procuro entender o lado dos agentes e quais as melhores ações para cada um de acordo com seus respectivos públicos. É preciso dar atenção no atendimento e sempre dar feedbacks. A simpatia também sempre ajuda, é importante estar com o sorriso no rosto. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: O Carlos Alberto, da Leiser, foi uma referência muito importante para mim no início da minha carreira. Rogério Mendes e Douglas Silva, da CVC, também me ajudaram e acreditaram no meu trabalho. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? O mercado está crescendo muito, mesmo após o surgimento das OTAs. As pessoas ainda procuram empresas com credibilidade para realizar negócios. É possível encontrar diversas opções de pacotes, desde os mais tradicionais até outros mais exóticos. Capacitação de agentes e visita de campo são sempre importantes. COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? É uma situação positiva, pois uma agrega a outras novos conceitos e metodologias. Acredito que fortaleça o mercado. VOCÊ VENDE MAIS DOMÉSTICO OU INTERNACIONAL? QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Minha carteira é bastante diversificada, atendendo públicos diferentes, e inclui pacotes internacionais com passagem aérea, hotel e serviços. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Sempre levamos nosso relatório para que eles saibam quais produtos estão em queda e quais estão em ascensão. Tentamos entender os motivos dessas variações e passar informações para que todas as opções sejam vendidas com eficiência. O QUE BUSCA NA PANROTAS: Eu sempre consulto porque é o veículo mais atualizado em relação aos produtos e ao mercado turístico como um todo.
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5 Eduardo Buccelli EMPRESA: CVC IDADE: 56 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO DE TURISMO: 38 anos OUTRAS EMPRESAS: Welcome, Rextur (hoje Rextur Advance), Panexpress QUALIDADES PROFISSIONAIS: Todo trabalho que você realiza com amor e dedicação é reconhecido. Procuro sempre fazer o melhor para o cliente e sou comprometido com os valores da empresa. Visto a camisa. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Valter Patriani, da CVC COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? A internet passou a ser concorrente de todas as operadoras, por isso é preciso estar sempre informado para instruir os agentes de viagens, pois eles têm a missão de convencer o consumidor final sobre as ofertas e não perder vendas para a internet. Temos muita gente boa no mercado, mas também muitos que caíram de paraquedas, que não estudaram o suficiente sobre o assunto ou muitas vezes nem amam a área. É preciso amar para ter sucesso. QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Nós temos praticamente 95% dos produtos do mundo em nossas prateleiras. É muito difícil alguém procurar alguma coisa que não podemos vender. Dentro do Brasil, a Bahia é o Estado mais vendido, depois vem a cidade de Fortaleza. No Sul, Foz do Iguaçu (PR) tem o maior destaque. Cancun e Punta Cana dominam o Caribe, enquanto Orlando, Paris, Madri, Portugal, Dubai e Tailândia aparecem como principais destinos mundo afora. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? A concorrência dos pacotes vendidos na internet. É preciso mostrar que vale a pena pagar um pouco mais caro para ter todo o suporte necessário. Existe certa dificuldade em passar para os clientes o porquê de alguns pacotes serem mais caros.
6o Suellen Bandeira EMPRESA: Interep IDADE: 34 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO DE TURISMO: 16 anos OUTRAS EMPRESAS: Tam, Copa, Avianca, Alatur (hoje Alatur JTB) QUALIDADES PROFISSIONAIS: Abraçar a causa do cliente. Atendimento ágil e atencioso. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Eliana Guazzini e Carlos Barbosa, ambos da Avianca, e Mariana Saul, minha coordenadora atual. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? Ainda tem muito a ser explorada, apesar da entrada das OTAs. É preciso seguir nessa linha de fortalecimento dos agentes e se adequar aos perfis. O operador tem que ser parceiro do agente de viagens e a diversificação de serviços é muito importante. QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Vendo de tudo. Hotelaria internacional, nacional, ingressos, serviços, cruzeiros, Disney e aluguel de carros. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Cada um tem um perfil. Nós pagamos a comissão na hora, o que é um ponto diferencial. Dou dicas de passeios, de onde comer e de onde ficar, saindo um pouco do arroz com feijão que vemos por aí. Damos dicas para enriquecer a venda dos agentes. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Os clientes hoje em dia vêm com as colinhas prontas de pesquisas na internet. Por isso, o maior desafio está na questão da consultoria em viagem. 20 14 a 21.indd 20
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7 Thiago Benetti EMPRESA: Visual IDADE: 34 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO DE TURISMO: 14 anos OUTRAS EMPRESAS: BRA/PNX QUALIDADES PROFISSIONAIS: Boa comunicação com o mercado e boa articulação entre equipe e clientes. Isso facilita muito no decorrer no processo de vendas. Conhecimento dos produtos também é fundamental. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Afonso Louro, da Visual, e Valter Onishi, da BRA/PNX. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? Por mais que a gente esteja passando por uma turbulência econômica e política, o brasileiro está começando a investir cada vez mais em viagens. É um mercado muito importante e está crescendo muito. QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? O forte da Visual é o mercado nacional. Sempre vendi todos os produtos na minha carteira, incluindo cruzeiros, que é um produto que vem crescendo muito. Estamos trabalhando mais forte com grupos de incentivo também. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Sempre passamos segurança para os clientes. Já são 32 anos de Visual e trabalhamos sempre focados nos nossos parceiros, que são os agentes de viagens. Minha dedicação é 100% a eles. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? É preciso cativar e conquistar a confiança das pessoas, além de fazer a manutenção dos seus clientes. O mercado é muito concorrido, então é preciso estar sempre atualizado e próximo.
8o Vitor Mascarenhas EMPRESA: CVC IDADE: 27 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO DE TURISMO: 9 anos OUTRAS EMPRESAS: Viação Garcia QUALIDADES PROFISSIONAIS: Sintonia com os agentes. Relacionamento estreito. Trabalho para ser lembrado por eles. PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Cintia Mascarenhas, Elaine Simão, Duda Bonaldo, Rogério Mendes e Douglas Silva. COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? Vejo a CVC como a principal do mercado. É um momento excelente, de crescimento para todos os lados. A empresa já é grande, mas ainda tem muito para crescer. É preciso dar segurança aos agentes de viagens, clientes finais e funcionários para obter sucesso. QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? A Série Conquistas, que é um produto exclusivo da CVC para países europeus, é o que eu sempre tento vender. Mas o trivial é vender mais pacotes nacionais, principalmente os da região Nordeste. COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Destacamos nossos produtos sem falar mal dos produtos do vizinho. Mostramos a realidade, sempre munidos de informações. Destaco a segurança e os valores da empresa. QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? O maior desafio dentro do canal Multimarcas é desafiar o canal franquias. A gente tem uma briga sadia dentro da própria CVC. Temos que fazer o cliente acreditar que o seu trabalho vai fazer total diferença. 29 de agosto a 4 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Aviação Artur Luiz Andrade, Estados Unidos
Os Top Sellers receberam uma serigrafia do artista urbano brasileiro Eduardo Kobra, assinada e numerada
UNITED ESTENDE O TAPETE EM CHICAGO Alatur JTB, Ancoradouro, BCD Travel, CVC Corp, CWT, Esferatur, Grupo Flytour, High Light, Kontik e Skyteam foram as maiores vendedoras de United Airlines no último ano e como é tradição seus representantes participaram da viagem de Top Sellers da companhia, desta vez para Chicago, principal hub e sede da empresa nos Estados Unidos. De acordo com o diretor da United para América Latina, Alex Savic, a maioria das vendas no Brasil é feita por canais indiretos e esse grupo representa a maior força de vendas. A consolidação de empresas e a criação de grupos, como a CVC Corp e o Grupo Flytour, facilita a representatividade dos maiores vendedores e é vista como normal por Savic (veja entrevista na página 23). Os Top Sellers United puderam conhecer três assets que diferenciam a empresa americana: a nova classe Polaris, disponível em boa parte da frota e testada na ligação de volta, entre Chicago e São Paulo; o novo lounge Polaris no Aeroporto de Chicago O’Hare, com direito a banheiros com chuveiro, restaurante à la carte e sala para cochilos; e a sede da United, na Willis Tower, também um dos pontos turísticos da cidade. O grupo visitou o Centro Operacional da United, que controla mais de cinco mil voos por dia, e também assistiu a uma apresentação de Alex Savic. 22 22 a 27.indd 22
O diretor foi claro no recado aos Top Sellers: “conhecemos o mercado brasileiro, sabemos dos desafios e riscos, temos comprometimento a longo prazo e vemos o País como chave para sermos número um na América Latina, como já somos entre os Estados Unidos e a Ásia e Europa”. Para isso, Savic disse contar com seu time na região e no Brasil (Sandra Kaspar, Lucimar Reis e equipe) e de parceiros como os Top 10 representados na viagem. Savic destacou o novo momento da United, com quatro novas lideranças: o CEO Oscar Muñoz, mexicano e com uma visão de quem conhece bem a América Latina (ele já morou no Rio, inclusive, quando trabalhava para a Coca-Cola), o presidente Scott Kirby, o chefe comercial e VP executivo, Andrew Nocella, e o novo vice-presidente de Vendas Globais, Jake Cefolia, recém-promovido. Kirby e Nocella são ex-American Airlines, hoje a empresa líder na América Latina. “Somos a segunda empresa na América Latina, mas gostamos de ser primeiros e conhecemos e apostamos na região”, afirma Savic. ALIANÇAS Savic ainda comentou o namoro para uma joint-venture com a Avianca e a Copa Airlines (na qual já teve participação
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Time United Airlines: Anthony Stevenson Mota (RJ), Monica Reis (SP), Cibele Narazaki e Alex Savic (Chicago), Lucimar Reis (SP), Nelson de Oliveira (da CWT), Sandra Kaspar (Chicago) e Jacqueline Conrado, Ivone Gouvea e Guilherme Dal Secco (SP)
acionária, ainda com a marca Continental Airlines) e disse que a maior parte dos guidelines do negócio está definida, mas ainda falta um pouco mais para o casamento. A aceleração da instalação da classe Polaris nos aviões de longo alcance, os novos lounges Polaris, novos procedimentos para grupos no Brasil (para dar assistência total no pré e no pós venda, além da viagem em si) e um novo programa de fidelidade para empresas são outras novidades da United Airlines.
Alex Savic, diretor América Latina, e Lucimar Reis, diretora Brasil da United Airlines
“BRASIL É ESTRATÉGICO PARA A UNITED” REVISTA PANROTAS — Recentemente houve uma dúvida sobre se a United iria passar a cobrar pelos assentos das primeiras fileiras da classe econômica. O que foi negado de imediato. Mas qual a estratégia por trás do controle desses assentos? ALEX SAVIC — O público corporativo é um dos pilares da United e queremos que eles viajem nas classes premium (primeira classe doméstica, economy premium ou Polaris). Mas quando eles viajam de econômica vamos reservar essas primeiras fileiras para esses clientes de contratos corporativos. Sem cobrar mais por isso. Os demais passageiros poderão também usar esses assentos, mas terão de esperar até o check-in, para ver se estão
disponíveis. Também sem custo adicional. Esse é apenas mais um benefício para o público corporativo, para quem já temos o United Propel, pacote que aumenta as vantagens para pequenas e médias empresas e o United Perks Plus, nosso programa de fidelidade para empresa. RP — O viajante corporativo continua sendo, então, a prioridade da United Airlines... SAVIC — As viagens corporativas estão no DNA da United. Temos a preferência desse público por conta de nossa malha e de nossos hubs, em cidades como Chicago, Newark, Washington, Los Angeles, São Francisco, Denver e Houston. Mas não é o único público em nossa estratégia. Queremos também ser a companhia para as famílias, que podem conectar em nossos hubs para todos os destinos americanos, e pessoas que viajam a lazer. Para esse público de lazer oferecemos, em alguns de nossos voos saindo do Brasil, a gratuidade do stopover. Ou seja, o passageiro pode parar em um destino, sem pagar mais. RP — O público corporativo de ponta valoriza uma classe executiva com privacidade, na configuração 1-2-1. A United foi a última americana a introduzir esse produto e ainda em apenas parte da frota de longo curso. Por que demorou tanto? SAVIC – Demoramos porque temos uma frota muito grande e porque decidimos também introduzir a Premium Economy Plus. Assim, são duas as mudanças nas aeronaves, o que demanda mais tempo. Chegar primeiro, claro, tem suas vantagens, mas chegar depois também, pois hoje temos o melhor produto entre nossas concorrentes. Valeu esperar pela Polaris. A previsão é que até 2020 toda a frota de 777-300, 200 e 767 esteja com a nova configuração. Os 767 estão mais adiantados e devem ser completados ainda este ano. Assim, no Brasil, há mais chances de o cliente já ver a nova Polaris nos voos de Houston (Rio e São Paulo) e Washington (São Paulo). Nos de Chicago e Newark (ambos da capital paulista) também é possível pegar o novo produto, mas as mudanças na frota de 777 vão demorar um pouco mais. RP — E como estão os negócios no Brasil? SAVIC — Para a United está sendo um bom ano, apesar dos desafios, especificamente por causa das eleições. Os 29 de agosto a 4 de setembro de 2018 — PANROTAS
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Ivo Lins, do Grupo Flytour, aprovou a nova cabine da Polaris
preços voltaram a patamares anteriores e os setores de agronegócio e petróleo estão fortes para a gente. Mesmo no Rio, vemos investimentos e bons resultados. E sabemos que o problema do câmbio não afeta apenas o Brasil, mas outros países, como a Argentina. Mas reafirmo que para a United o Brasil é estratégico para nossa meta de sermos o número um na região entre as empresas americanas. Assim como o Reino Unido na Europa e a China na Ásia. Somos os primeiros em oferta nessas regiões. Na América Latina somos o número dois, com mais de mil voos semanais para 62 destinos em 29 países. São oito cidades na América do Sul, 19 no Caribe, dez na América Central e 23 no México. RP — O investimento na Azul entra de que forma nessa estratégia na América Latina? SAVIC — Temos 8% de ações da Azul e não se trata de um investimento silencioso. Queremos melhorar essa relação a cada ano e temos assento no board da empresa brasileira. Temos conexões em Guarulhos em voos de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Vitória e Recife e também via Viracopos para cidades que apenas a Azul opera no Brasil. Ainda não temos codeshare nos voos da Azul para os Estados Unidos, mas diria que o início do acordo de Céus Abertos vai facilitar muito nossa relação e permitir mais combinações. RP — Alguns agentes, durante a viagem do Top Sellers pediram uma maior proximidade comercial da United com a Azul, como existe entre Gol e Delta. Acha isso possível? SAVIC — Estamos comprometidos com a Azul e entendemos sua estratégia. Vamos trabalhar o mais próximo que pudermos. 24 22 a 27.indd 24
RP — Como a United enxerga a consolidação de empresas no mercado brasileiro? SAVIC — Se há oportunidades de melhorar e a consolidação é uma solução, ótimo. A consolidação (de empresas) pode fazer a indústria mais forte. Mas não é um remédio mágico. Já passamos por isso, com a fusão de United e Continental. O ideal é o meio termo, mercado nem tanto fragmentado, nem tanto consolidado. RP — O que é bom ou diferente em fazer negócios com o Brasil e a América Latina? SAVIC — São 29 países e os 29 diferentes. Fazer negócios com o Brasil é mais similar com o restante da América Latina do que se percebe. O brasileiro se destaca, porém, por sua criatividade incrível, a habilidade para se adaptar às mais diversas circunstâncias. Precisa melhorar, no entanto, a questão da estabilidade. Sabemos que os ciclos econômicos são normais e devo dizer que na última crise o Brasil não foi pior que a Europa ou a Venezuela ou a Turquia. O que o mercado brasileiro precisa é facilitar os negócios, as barreiras. RP — Ainda acredita que cabem mais voos da United para o Brasil? SAVIC — Sim. Temos sete hubs nos Estados Unidos. O Brasil é nossa força na América Latina e vamos ter voos para os três hubs que faltam. A PANROTAS viajou a convite da United Airlines, com proteção GTA. n
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POLARIS NAS ROTAS PARA O BRASIL A United Airlines aos poucos está instalando as novas cabines da classe Polaris em suas aeronaves 767 e 777-200 e 300. Muitas delas já estão vindo ao Brasil, com maiores chances nas rotas entre São Paulo-Washington, Rio-Houston e São Paulo-Houston, que usam o 767 (primeiros a serem transformados, com prazo de estarem prontos até o fim de 2018). Mas até 2020 toda a frota estará equipada com a nova poltrona, mais tecnológica e em formato de cabine, o que dá mais privacidade e conforto aos viajantes premium. Os voos GRU-Chicago e GRU-Newark, operados com o 777, também já podem receber a nova configuração, apesar do menor número de aeronaves já renovadas (em relação ao 767). Na semana passada, os Top Sellers que participaram da viagem de premiação a Chicago, conseguiram experimentar a nova poltrona no retorno ao Brasil. A aprovação foi geral. Alguns diferenciais do assento Polaris incluem: nova tecnologia para reclinar a poltrona, mesa dobrável e ampla com fácil acesso (não é preciso manual para abri-la, como em algumas empresas), muitos compartimentos para guardar objetos pessoais (como óculos, celular, passaporte, revistas...), espelho, luzes individuais com diversos controles, incluindo um mini-abajur, enxoval
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Saks Fifth Avenue (manta, edredom e travesseiro), mini travesseiro extra com espuma especial (memory foam, bastante maleável), entretenimento com filmes ainda no cinema, seleção de vinhos e comida por chefs renomados, chinelos e nécessaire completa. Todos os assentos têm acesso ao corredor, na configuração 1-2-1, em um total de 50 poltronas (contra 48 anteriormente). Os passageiros Polaris podem experimentar também os novíssimos lounges Polaris, como em Chicago, Newark, São Francisco e Houston, com direito a área de descanso para cochilos rápidos, restaurante à la carte, bufê completo, banheiros com chuveiros e amenidades, bar all inclusive e diversos outros serviços. Próximas aberturas serão em Los Angeles (2018), Washington, Londres Heathrow, Hong Kong e Tóquio Narita. O diretor da United Airlines para a América Latina, Alex Savic, sabe que a companhia foi a última entre as americanas a oferecer esse produto (disposição 1-2-1, poltronas em formato cabine), mas diz que há vantagens em chegar depois. “Agora temos o melhor produto, incomparável com o que existe no mercado. Temos a melhor experiência premium entre o Brasil e os Estados Unidos e de nossos hubs para todo o mundo”, disse ele. n
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Top 10 United - 2018
Nelson de Oliveira, da CWT, e Anthony Mota, da United Top Sellers no embarque em Guarulhos, na sala vip da Star Alliance
Wania Fasulo e Monica Afonso, da High Light
Eduardo e Gyza Camargo, da Esferatur, e Paula e Eduardo Kina, da Alatur JTB, em frente à escultura The Bean, no Millennium Park
Jusara Souza e Peter Weber, da Skyteam Consolidadora
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Sandra Kaspar, Alex Savic, Lucimar Reis e Cibele Narazaki, da United Airlines
Anthony Mota, Jacqueline Conrado, Lucimar Reis, Ivone Gouvea e Guilherme Dal Secco, da United
Michelly e Rodrigo Dias, da CVC Corp, no Skydeck da Willis Tower, onde também fica a sede da United
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Paul Barry, da BCD Travel, recebe sseu quadro do muralista Eduardo Kobra
Parte do grupo no Skydeck da Willis Tower
Eduardo Camargo, da Esferatur, na sua vez de ser reconhecido pela United
Mais uma foto no ponto mais alto de Chicago
Artur Luiz Andrade e Emerson de Souza, da PANROTAS, na homenagem do time United à editora
Sandra Kaspar, da United, e Ivo Lins, do Grupo Flytour Grupo no novo lounge Polaris no Aeroporto de Chicago O’Hare
Monica Afonso e Wania Fasulo, da High Light, são premiadas por Alex Savic
Eduardo e Gyza Camargo, da Esferatur
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MAIS CHICAGO Terceira maior cidade dos Estados Unidos, Chicago recebeu 55,2 milhões de turistas no ano passado. Cultura, gastronomia, compras, vida ao ar livre: são muitos os fatores que atraem visitantes ao local, em todas as estações do ano. A cidade abriga, por exemplo, o Art Institute of Chicago, um dos principais museus do país, com mais de 260 mil peças. O cenário cultural, aliás, é riquíssimo, com diversas galerias de arte, teatros e espetáculos de música. Chicago é também o berço do famoso festival de rock Lollapalooza. Pelas ruas, a arquitetura impressiona, com diversos edifícios icônicos e famosos pelo mundo todo. Inclusive, há passeios de barco que mostram a riqueza arquitetônica da cidade; o tour é quase obrigatório para quem visita o destino. Diversos parques, como o Grant Park e o Millennium Park, além do Lago Michigan, também atraem quem busca mais vida ao ar livre. Quer compras e luxo? Chicago não fica atrás de nenhum destino americano. O endereço para ir é a Michigan Avenue, que reúne algumas das marcas mais conceituadas da contemporaneidade. A gastronomia diversa, com representantes da culinária de diferentes países, é outro ponto forte. Além de contar com restaurantes premiados, a cidade tem entre as suas especialidades os clássicos pizza (em uma receita exclusiva, recheada), cachorroquente e sanduíche de rosbife. PRESENÇA DA UNITED Chicago é também a cidade sede da United Airlines. O escritório da aérea fica localizado na Willis Tower, arranha-céu construído para ser o maior dos Estados Unidos na década 28 28 e 29.indd 28
de 1970. Hoje, o prédio abriga o Skydeck, mirante com vista privilegiada da cidade e que é um famoso ponto turístico local. A 412 metros de altura, o espaço oferece uma visão panorâmica de Chicago. “A maioria dos brasileiros já conhece bem Nova York e Flórida, mas observamos uma busca por outros destinos, principalmente Chicago. Quando visitam, ficam encantados e querem voltar! É uma cidade encantadora, com um lago que parece mar, passeios arquitetônicos, gastronomia e arte”, afirma a diretora da United no Brasil, Lucimar Reis. “É a cidade da nossa sede mundial e a United tem orgulho de ser a única companhia aérea a oferecer voos diretos a partir do Brasil”. A presença da companhia aérea no destino já dá para ser percebida no aeroporto internacional de O´hare. Lá, a empresa conta com o United Polaris Lounge, um novo conceito de sala VIP, exclusivo para clientes United Polaris, nova classe executiva da United para voos de longa distância. O local oferece maior privacidade e conforto antes do voo e, além de possuir duchas e suítes para descansar, se destaca por oferecer um cardápio à la carte sazonal, e um bar com uma seleção variada de bebidas e coquetéis. A aérea é a única companhia no Brasil a oferecer voos diários para a cidade. Os voos são diretos e saem do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A empresa tem apostado em diferentes produtos para atrair os milhões de clientes que atende anualmente (em 2017, foram 148 milhões). Além de wi-fi disponível em todas as aeronaves, a aérea oferece cerveja e vinho na classe econômica, sem custo adicional. Com a Economy Plus, os passageiros podem optar por mais conforto para as pernas, com maior espaço entre as poltronas.
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PATROCINADO
POLARIS A United Polaris, nova classe executiva da aérea, tem como principal objetivo oferecer aos clientes as condições ideais para que eles tenham uma boa noite de sono e cheguem ao destino revigorados. Além de roupa de cama Saks Fifth Avenue e produtos do spa Cowshed, a categoria oferece um cardápio sazonal, elaborado por chefs renomados. Outro destaque é a poltrona flat bed, de 2,01m, com cabine que proporciona conforto e privacidade. Os clientes podem contar ainda com lounges exclusivos, com local para banho, snack bar e salas privativas. Aeroportos de Chicago (ORD), São Francisco (SFO), Nova York (EWR) e Houston (IAH), nos Estados Unidos, já possuem os ambientes. Ainda este ano, o LAX, em Los Angeles, ganhará o espaço. Estão previstos ainda lounges em Washington (IAD), Londres (LHR), Hong Kong (HKG) e Tóquio (NRT).
O lounge da United Airlines no aeroporto internacional de O´Hare
United Polaris, nova classe executiva da aérea
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Eventos Marcel Buono, Recife e Fortaleza
QUE VENHAM
José Guilherme Alcorta, CEO da PANROTAS, um dos cabeças do Next, se apresentou no Recife e em Fortaleza
OS PRÓXIMOS
Os dias 15 e 17 de agosto foram marcados pelas duas últimas edições do Next em 2018, e nenhum lugar poderia ser melhor para fechar a série de eventos itinerantes da PANROTAS do que o Nordeste brasileiro. Recife e Fortaleza foram as cidades que reuniram profissionais do Turismo para palestras e apresentações que sempre visam inspirar seus participantes, ajudando na multiplicação de resultados dentro dos negócios. Ao longo do ano, mais de 600 profissionais estiveram presentes nas sete edições do Next. Antes das capitais de Pernambuco e Ceará, Curitiba, Rio de Janeiro, Goiânia, Campinas (SP) e Belo Horizonte já haviam sediado o evento, evidenciando a vontade da PANROTAS de levar ideias e conversas interessantes sobre a área para as diferentes regiões do País. A primeira parada do Next pelo Nordeste foi no Recife, no Hotel Atlante Plaza. “É uma honra voltar para trazer conteúdo e discussão sobre a nossa indústria, que está em constante transformação. Queremos fomentar o debate sobre a área e entender quais os caminhos devem ser trilhados, principalmente em razão dos avanços tecnológicos e das mudanças de estilo e comportamento dos consumidores”, afirmou o CEO da 30 30 a 34.indd 30
PANROTAS, José Guilherme Alcorta, durante a abertura das apresentações.
TECNOLOGIA E ADAPTAÇÃO A primeira palestra de Recife e Fortaleza ficou a cargo do diretor de Marketing e Distribuição da Slaviero Hotéis, Gustavo Syllos, que focou seu bate-papo com a plateia no uso das novas tecnologias disponíveis que possibilitam a geração de melhores experiências aos viajantes e facilitam o trabalho dos agentes de viagens. Syllos participou de vários Next neste ano, desmistificando a complexidade da tecnologia para os agentes de viagens e os incentivando a fazer interação entre redes hoteleiras, metabuscadores e OTAs e instigando o lado consultor do agente de viagens. NA CABEÇA DAS NOVAS GERAÇÕES A segunda palestrante do Next no Nordeste foi a especialista em gestão de pessoas Tricia Neves, da Mapie Consultoria, que relacionou as rápidas mudanças do mundo atual com novos modelos de gestão de empresas. Afinal, transformações impactam no comportamento das pessoas e, consequentemente, os serviços precisam se adaptar aos novos cenários. “Os millennials estão transformando a
forma de liderança e gestão de negócios. Eles querem outras coisas e possuem interesses diferentes do que outras gerações. O mundo está cada vez mais conectado, abundante, transparente, líquido e não linear, oferecendo situações que não existiam em outros tempos, quando a gestão era linear, segmentada, repetitiva, previsível e hierárquica”, explicou Tricia. A consultora destacou como a entrada de novos players transformam os negócios e a necessidade de buscar soluções para cada tipo de situação nova, uma vez que planejamento de longo prazo não é algo muito simples de ser feito em um mundo em constante (e rápida) transformação como o nosso. “Não perca tempo planejando os próximos cinco anos, pois as coisas nunca vão sair exatamente como você espera. O Turismo é on-line e isso não tem mais volta. É preciso fazer com que as empresas tenham ambientes amigáveis, com ciclos curtos de gestão e novas formas de avaliação de performance. Se não se transformarem, não terão pessoas para trabalharem nelas”, continuou Tricia. A globalização e a rapidez nas informações também foram abordadas. “O que acontece do outro lado do mundo afeta a nossa vida. As pessoas querem
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Joan Romero, diretor do Turismo da Catalunha no Brasil
Tricia Neves, da Mapie Consultoria
autenticidade. Querem saber como pensa a empresa que ela está comprando e aliar o seu próprio comportamento, seus pensamentos, com o poder de consumo. É fundamental ter conhecimento para fazer escolhas em um mundo de abundância e os agentes de viagens têm a missão de ajudar nessas escolhas, passando confiança aos clientes”, completou a consultora da Mapie. A VOZ DA EXPERIÊNCIA O ex-vice-presidente executivo da Tap, Luiz da Gama Mór, também passou um pouco da sua larga experiência no mundo do Turismo para os participantes. A palestra abordou temas como o excesso de turistas em alguns destinos espalhados pelo mundo e a padronização de algumas cidades em diferentes países, um reflexo da intensa globalização. “Estou há 18 anos morando em Portugal e, quando saí do Brasil, o mercado nacional era dominado por Varig, Vasp e Transbrasil, um cenário completamente diferente do atual. Apesar de parecer chocante, o nome das companhias aéreas representa apenas uma das mudanças do setor em todos estes anos”, comentou o especialista em aviação, que acredita que a busca pela autenticidade deve ser prioritária para o sucesso nos negócios. “Existem oportunidades de lugares autênticos do Oiapoque ao Chuí. Temos grandes possibilidades de trazer turistas do mundo inteiro durante todo o ano. Não devemos comparar a nossa situação
Há 18 anos morando em Portugal, o ex-Tap Luiz da Gama Mór destaca as mudanças pelas quais o Brasil passou
Guillermo Alcorta, presidente da PANROTAS e um dos idealizadores do Matcher
com a de Estados Unidos e Europa, pois cada um tem que correr sua própria corrida, buscando seu próprio mercado”, recomendou Mór, que destacou os perigos da massificação turística. “Recentemente, tivemos diversas reações contra o Turismo, como em Portugal, na Espanha e na Holanda, principalmente em Amsterdã, que adotou uma série de medidas para limitar o excesso de visitantes por suas ruas. Problemas como segurança, lixo, água e mobilidade precisam ser enfrentados pelas autoridades de locais que atraem grandes hordas de pessoas”, completou. DIVERSÃO EM CENA Em Fortaleza, o Next abriu espaço para conversas sobre parques temáticos e de diversão. Primeiro, Rafaela Marques, representante do Beto Carrero World, que já havia se apresentado em Recife, falou sobre os atrativos do melhor parque do tipo no Brasil. Depois, foi a vez do diretor do Turismo da Catalunha, Joan Romero, apresentar o Port Aventura World ao trade da capital cearense. Barcelona, a principal cidade da Catalunha, recebe mais de 20 milhões de visitantes por ano, e a região como um todo possui diversas opções de acesso, com cinco aeroportos internacionais, quatro portos de cruzeiros e cinco cidades abastecidas com trens de alta velocidade. Quanto ao Port Aventura World, são mais de quatro milhões de entradas a cada ano. “Os brasileiros representam apenas 1%
dos turistas que chegam a Barcelona anualmente, porém, eles gastam três vezes mais que a média mundial. É um viajante que agrega valor e queremos atraí-lo cada vez mais não só à cidade, como ao Port Aventura, pois é mais uma das fantásticas opções de lazer que a região oferece. Os agentes de viagens devem associar o parque em suas vendas ao destino”, recomendou o representante catalão. O Port Aventura World oferece opções de hospedagens de alto padrão em seu complexo e não se resume apenas ao lazer, mas também ao universo corporativo. Recentemente, o centro de eventos do parque, que está a uma hora de carro de Barcelona, sediou uma convenção de franqueados da Latam Travel que recebeu mais de 140 agentes. Por fim, não poderia haver lugar melhor do que o Nordeste o presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta, falar sobre a sua nova investida: o Matcher, que ocorrerá em 19 e 20 de fevereiro, em Fortaleza. O Next Recife teve patrocínio de Hotel Atlante Plaza, Avianca, Beto Carrero World, Visit Monaco, R1 Soluções Audiovisuais, Rextur Advance, Rio Galeão e Cep Transportes. O Next Fortaleza teve patrocínio de Amadeus, Avianca, Beto Carrero World, Hotel Gran Marquise, Rextur Advance, Rio Galeão, Ilhas Seychelles e Cep t Transportes.n
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Rafael Carrara, do Rio Galeão
Filipe Luck, Juliana Luck e Guilherme Luck, da Luck Receptivo
Roberta Carvalho e Rodrigo Ricciardi, da Avianca
Sérgio Paraíso, do Atlante Plaza Hoteis
Jeanine Pires e Guillermo Alcorta apresentaram o Matcher em Pernambuco José Guilherme Alcorta, Luiz da Gama Mór, Ana Paula Villaça (Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Recife) e Guillermo Alcorta
Rafaela Marques (Beto Carrero World), Gustavo Syllos (Slaviero Hotéis) e Mara Pessoa (Visit Monaco)
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Ricardo Sidaras, Mara Pessoa, Rafael Carrara, Rafaela Marques, Luiz Mór, Tricia Neves, Gustavo Syllos, Guillermo Alcorta, José Guilherme Alcorta, Jeanine Pires, Roberta Carvalho, Rodrigo Ricciardi e Erica Venturim
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Next Fortaleza
Em cima: Gustavo Syllos, Kleyber Guimarães (Gran Marquise), José Guilherme Alcorta, Joan Romero (Catalunha) Embaixo: Rafaela Marques (Beto Carrero World), Tricia Neves (Mapie), Guillermo Alcorta e Mara Pessoa (Ilhas Seychelles)
Kleyberg Guimarães, do Gran Marquise Hotel
Emilia Cunha, da Avianca
Emerson Muniz (Evidence), Airton Cabral (Secretaria de Turismo de Fortaleza), Norma Lazar (Nettour) e Jackey Guimarães (Costa Verde)
Guillermo Alcorta e Joan Romero, diretor do Turismo da Catalunha para a América do Sul Guillermo Alcorta e Erick Vasconcelos, da Secretaria de Turismo de Fortaleza
Manuela Gorni, diretora da MBG
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Guillermo Alcorta, Paula Braga (Amadeus), Rafaela Marques (Beto Carrero World) e José Guilherme Alcorta
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Diagnóstico
Raphael Silva
NEGÓCIO PRONTO Há cerca de três anos, a Driftwood desembarcou no Brasil para trazer um novo modelo de investimento. Brasileiros interessados em investir no desenvolvimento hoteleiro dos Estados Unidos passaram a poder comprar fatias de hotéis ainda na fase embrionária, com a possibilidade, inclusive, de adquirir o green card, visto permanente para viver no país norte-americano. Após período de reconhecimento, a empresa comemora hoje o crescimento de 700% nos negócios em território brasileiro. “A gente constrói, compra e opera hotéis. Fazemos um pouco de tudo”, explica o diretor de Investimentos da Driftwood, o brasileiro André Salles. A companhia oferece dois modelos de negócios, separados pela estratégia. Em um deles, compra hotéis que já existem e revende partes, a partir de US$ 100 mil, aos investidores que buscam por um investimento na moeda americana, com rentabilidade anual média de 8,5%. Após cinco anos operando o empreendimento, a empresa vende o hotel a grandes redes, como Marriott, Hilton e Intercontinental – principais compradores dos hotéis da Driftwood – e repassa o valor ao investidor. Segundo André Salles, esse é o modelo tradicional de qualquer setor imobiliário, seja comercial, residencial e até envolvendo os shoppings centers. “Cada investidor tem a liberdade de detalhar sua estratégia, já que cada investimento é referente a um empreendimento individual. Eles têm a segurança de estar investindo em uma moeda forte como o dólar”, detalhou, aproveitando para exaltar a proximidade com grandes redes hoteleiras. “No momento, temos um hotel no Arizona que nos foi trazido pela própria Hilton. Vamos adquirir, desenvolver e vendê-lo para eles”, completou. GREEN CARD O outro modelo de negócio oferecido pela Driftwood envolve um investimento ainda maior, mas garante residência legal a quem quer viver nos Estados Unidos. Graças ao programa de visto EB-5, os estrangeiros que investem US$ 500 mil em uma entidade comercial norteamericana, criando empregos para os moradores locais, adquirem o direito de ter o green card para si próprio e sua família – cônjuge e filhos solteiros menores de 21 anos de idade. “É uma modalidade muito procurada pelos brasileiros que buscam a oportunidade para se mudar aos Estados Unidos. Na nossa empresa, 35% dos investidores pelo 36 36.indd 36
André Salles, diretor de Investimentos da Driftwood, especializada em hotéis nos Estados Unidos
visto EB-5 são brasileiros. É o nosso maior mercado”, afirmou Salles. Esse modelo, porém, não envolve a compra de um hotel já existente, mas sim a construção de um novo empreendimento, que gerará novos empregos, uma das exigências do governo no programa EB-5. São necessários dois anos para construí-lo, sendo que a Driftwood ainda irá operá-lo por outros cinco anos, oferecendo uma rentabilidade anual média de 2% aos investidores, até vendê-lo. O retorno financeiro é menor, mas, segundo Salles, a oportunidade de garantir um visto permanente é o grande atrativo, principalmente aos brasileiros. O perfil do investidor brasileiro que busca o EB-5 é entre 35 e 50 anos de idade, com filhos em idade escolar. Salles explica que são indivíduos que ainda têm a intenção de gerar riqueza e que buscam oportunidades de negócios nos Estados Unidos, assim como a possibilidade de fazer com que os filhos cresçam no país. EXPERIÊNCIA VALIOSA Uma empresa norte-americana trazendo oportunidades de investimentos entre US$ 100 mil e US$ 500 mil em empreendimentos hoteleiros. Aos olhos do brasileiro, o negócio ainda é visto como novidade, o que Salles tenta desmistificar para atrair os investidores. Segundo ele, a experiência e as raízes da Driftwood são o grande trunfo para dar segurança a quem pretende investir seu dinheiro nesse negócio. “Atuamos há quase 30 anos com isso. Nascemos como um "braço" de investimento em hotéis da Lehman Brothers – uma das maiores instituições financeiras do mundo até 2008, quando fechou as portas após a crise imobiliária. Naquele momento, nos separamos e passamos a operar com capital próprio e de outros fundos de investimento, o que deu sequência ao nosso forte DNA no mercado investidor”, explicou o diretor da empresa.n
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Memória
Rodrigo Vieira
PASSA O SINAL Avianca Brasil e Gol Linhas Aéreas já voam com wifi em parte considerável de suas frotas em território doméstico, e muitas companhias realizam voos intercontinentais com a tecnologia, o que certamente é uma das grandes conquistas da aviação nesta década. Se hoje a internet sem fio distrai os passageiros em voos longos e auxiliam os viajantes a trabalho 25 anos atrás a tecnologia que era lançada (ou melhor, em teste) a bordo era o...fax. O bom e velho fax (você ainda o usa?) “A empresa Skyphone, que oferece os serviços de telefone nos voos da Singapore International Airlines
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e outras companhias aéreas, testou com sucesso a utilização do fax dentro de aviões e pretende oferecê-lo, a partir do próximo verão no hemisfério norte, nas linhas da empresa aérea de Cingapura. Formado pela British Telecom, Singapore Telecom e Norwegian Telecom, o consórcio utiliza três estações de transmissões terrestres para cobrir sua área de operação. Depois da Singapore, a Air Chine pretende oferecer o serviço”, atestava o Jornal PANROTAS 31, de maio de 1993. Parece pré-histórico? Mas é assim que as inovações começam. E quem sai na frente leva vantagem.
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Créditos: Tourisme Montréal/ Eva Blue
LGBTravel
Marcos Martins
Bolas coloridas fazem parte da identidade de Montreal
CORES CANADENSES A cidade de Montreal, localizada na província de Quebec, no Canadá, lançou sua nova campanha, chamada We’ve Got Balls, com foco no turista LGBTQ, por meio da Tourisme Montréal. A ação, direcionada aos mercados de Toronto, Nova York e Califórnia, é inspirada na obra 18 Shades of Gay, do artista Claude Cormier, que tem 180 mil bolas coloridas penduradas na rua Sainte Catherine. “Essas bolas se tornaram um ícone, pois além de dar cor à cidade, elas são uma excelente vitrine para a campanha de Turismo”, afirma o presidente e fundador do Montreal Pride, Éric
Pineault. A campanha convida os visitantes a experimentar a energia jovem com a mensagem de que o destino é um imenso playground. “Montreal é uma cidade criativa, com visão de futuro e um destino obrigatório para este segmento de visitantes. Queremos lembrálos de que há muito a oferecer com a vibrante cena cultural e artística, vida noturna agitada e gastronomia rica e variada”, reforça a vicepresidente de Marketing da Tourisme Montréal, Danièle Perron. Mais informações estão disponíveis em: www.mtl.org.
CULTURA (E POLÊMICA) NO RIO
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Divulgação/ Gabi Carreira
A exposição Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira chegou ao Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde fica até o dia 16 de setembro, após sofrer repressão em Porto Alegre. O espaço reúne 264 obras de 85 artistas como Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Bia Leite e Cândido Portinari, cedidas de coleções públicas e privadas. O objetivo é mostrar a diversidade, expressão e identidade de gênero por meio de obras com estética do século 20 até a atualidade. A exposição seria realizada no Rio de Janeiro, pelo Museu de Arte do Rio (MAR), mas foi censurada pela prefeitura. Então o Parque Lage realizou uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou mais R$ 1 milhão. O Queermuseu abre de segunda a sexta, de 12h às 20h, e aos sábados e domingos, de 10h às 17h.
Exposição mostra a diversidade em coleção de obras
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ALMUNDO BRASIL Henrique Santiago
Recém-chegada ao Brasil, a agência de viagens on-line (OTA) Almundo entrou em um mercado dominado por gigantes do segmento, como Decolar.com, Booking e Expedia. Ainda que timidamente, a empresa pertencente ao Grupo Iberostar traçou uma estratégia baseada em disparo de promoções. Ainda há muito espaço para a marca explorar.
Os posts de promoção no Facebook não trazem preços, mas indicam a porcentagem de desconto e mostram destinos em imagens convidativas. Em uma publicação, uma usuária reclamou que sua viagem foi cancelada sem motivo aparente. A equipe de SAC respondeu prontamente, informando o contato via inbox.
As imagens de promoção, chamadas de Promo 2D, seguem o mesmo padrão nas redes sociais. No entanto, as publicações não informam que o link de acesso às viagens está na biografia do perfil da conta. Os usuários interagem entre si e marcam seus amigos. Os clientes que perguntam à Almundo não são respondidos.
O perfil do Twitter é explorado com menos frequência. Ao todo são apenas dez tweets focados em descontos desde a entrada no site, em 1o de março. Com pouco mais de 50 seguidores, a interação é quase nula. 42 42.indd 42
PERFIL Facebook:@almundo.brasil 701.970 curtidas Twitter: @almundo_br 52 seguidores Instagram: @almundo_br 2.660 seguidores
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