Edição nº 1.339 - Ano 26 | 26 de setembro a 2 de outubro de 2018 | www.panrotas.com.br
R$ 11,00
As 100 lideranças da indústria de Viagens e Turismo no Brasil compartilham sua visão de negócios e apontam os caminhos para os próximos anos. Com o País novamente em mar de incertezas, são eles e outros milhares de profissionais que continuam carregando o setor nas costas. E com louvor
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Apoio
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' O TECNICO ~ DA SELECAO
Luiz Eduardo Falco, em seis anos, colocou a CVC na bolsa, diversificou os negócios, preparou a equipe e internacionalizou a companhia. Ainda dá tempo para mais
O cartola
O novo craque
Luiz Fernando Fogaça está se preparando desde abril para suceder um dos grandes nomes do Turismo brasileiro. Continuidade sim, mas com personalidade
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Guilherme Paulus criou um império que hoje vale cerca de R$ 6 bilhões... Tudo começou com viagens rodoviárias em Santo André. E no que ele aposta hoje?
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ÍNDICE
nº 1.339 | Edição especial Power List 20181 | www.panrotas.com.br
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS
06 Editorial Sobre tempo e Turismo 14 A lista completa e os critérios 16 Capa: Falco, Fogaça e Paulus 25 Top 20 51 Consolidadoras 64 Operadoras 72 Viagens Corporativas 86 Hotelaria 102 Locadoras 103 Tecnologia 114 Política 120 Aviação 128 Eventos 130 Destinos 131 Cruzeiros 134 Parques Temáticos 135 100+1 Guillermo Alcorta 141 Visit Florida
Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Henrique Santiago, Raphael Silva e Rodrigo Vieira Reportagens: Beatrice Teizen, Janize Colaço, Karina Cedeño, Marcel Buono e Renato Machado Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Gerente de Marketing e Eventos: Patricia Brandão (patricia@panrotas.com.br) Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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Editorial
LUXO E NECESSIDADE T empo para se preparar. Tempo para um planejamento consciente. Qual o tempo ideal? O tempo para que o projeto ande, o tempo para que não comece emperrado. Sem pressa, mas com urgência. Com timing apurado e sem lentidão. Hoje em dia ter tempo é um luxo ou uma necessidade? Dar tempo para as coisas acontecerem não naturalmente, mas da melhor forma. A dosagem desse tempo é uma ciência não exata (apesar de tantas ferramentas à disposição, que ajudam) e que pode definir questões como sucesso, liderança, pioneirismo, antecedência de chegada ao mercado... Para ficarmos no exemplo que ilustra essa capa, com três das grandes lideranças de nossa indústria, podemos analisar bem como o tempo funcionou em alguns estágios da (hoje) CVC Corp. Fundada na década de 1970, em outros tempos do mundo e do Turismo, a CVC por muitos anos foi a operadora que permitia os trabalhadores a viajar (na maioria das vezes de ônibus). Com o tempo foi ampliando seus voos (quem não lembra dos 100 mil lugares comprados da Vasp?), abrindo lojas por todos os lugares (e sendo criticada pelo que se mostrou um acerto em sua estratégia) e ocupando espaços vazios (como o da Soletur). Quando a revolução chegou, tinha tido tempo de amadurecer e Guilherme Paulus foi rápido (apesar de ter pensado muito) ao decidir vender. O criador conseguiu perpetuar seu negócio. Entra o Carlyle, e a primeira administração gerou um dos maiores constrangimentos da história do Turismo
brasileiro: a demissão de Valter Patriani. A figura mais querida da indústria, seu maior vendedor, “não servia mais”. O tempo foi ágil e implacável e para arrumar a casa (incluindo devolver Patriani a seu lugar de destaque) entra Luiz Eduardo Falco, homem forte da Tam mais de uma década antes e que o tempo tratou de melhorar longe do Turismo. No tempo de menos de seis anos (curto? suficiente? extenso?) Falco colocou a CVC na bolsa, comprou cinco empresas (desde 2015), fincou a bandeira CVC na Argentina e, entre outras ações, preparou sua sucessão e a de diversas marcas da CVC Corp. Entra em cena Luiz Fernando Fogaça, na CVC desde 2010, e que foi anunciado, em março de 2018 como sucessor de Falco como CEO da corporação a partir de 2 de janeiro de 2019. Uma sucessão planejada, com cronograma, com uma passada do futuro CEO em todas as áreas da empresa (nas férias de seus titulares) e com direito a dois meses intensivos em Harvard. Algo pouco usual (um luxo até) e que ajudará tanto na continuidade quanto nas inovações do estilo Fogaça de gerir (um plano estratégico para os próximos cinco anos, aliás, está em curso). Quando o mundo (quase) ideal encontra o real têmse ótimos resultados e mais chance de sucesso. Mas na maior parte das vezes, somos atropelados pelo tempo, que vai passando sem cerimônia pelas nossas vidas. Nosso trunfo é que podemos sempre recomeçar, refazer e replanejar. Já o tempo, ele passa sem fim, sem poder olhar para trás, sem conseguir reviver o que se foi.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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A Norwegian Cruise Line prepara o lançamento do novo navio Norwegian Encore, o 17º da frota e o quarto da classe Breakaway Plus, a mais bem-sucedida categoria na história da marca. Com aproximadamente 167,8 mil toneladas brutas e acomodando quatro mil hóspedes, a embarcação será mais um dos Big Ships destinados ao Caribe, um dos mais importantes mercados da companhia. O Encore, que está nascendo nos estaleiros Meyer Werft, em Papenburg, na Alemanha, fará cruzeiros semanais de sete dias pelo Caribe, partindo todos os domingos de Port Miami e oferecendo aos hóspedes um serviço superior, entretenimento de excelência, alta gastronomia e experiências a bordo pelas quais a NCL é reconhecida mundialmente. O navio ainda combinará design inovador a uma decoração luxuosa e moderna, com uma variedade de opções que permitirão aos hóspedes a liberdade e flexibilidade para aproveitar suas férias em um estilo único. APOSTA NO ALASCA Outra novidade da NCL para essa temporada é a presença do Norwegian Joy no Alasca a partir de abril. Lá, ele se juntará ao ‘irmão’, Norwegian Bliss, o mais novo e mais bem-sucedido navio dos 52 anos da empresa. As rotas partirão de Seattle, tanto no Joy como no Bliss, oferecendo viagens de sete dias para o Alasca com vários itinerários, incluindo Juneau, Ketchikan, Skagway, Holkham Bay e Icy Strait Point. O ponto alto dos destinos é a conexão com a natureza selvagem intocada. Antes de ir a Seattle, porém, o Joy será submetido a um upgrade de aproximadamente US$ 50 milhões para me10
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lhorar seus já populares recursos e implementar design e serviços que o tornem praticamente idêntico ao Bliss, inaugurado em 2018 com o que a armadora tem de melhor. Os dois navios oferecem experiências únicas a seus hóspedes, partindo dos inovadores lounges panorâmicos, com mais de mil metros quadrados e que permitem visão 360 graus das paisagens do Alasca, durante o verão, e do Caribe, no inverno. Ambos também dispõem de pistas de corrida de kart, com quase 305 metros para motoristas novatos, intermediários e avançados, com quatro configurações de velocidade, chegando a até 48 quilômetros por hora. Em cada volta, os pilotos ainda podem utilizar o Turbo Boost, sistema de som exclusivo para canalizar sons de carros de corrida reais, otimizando a experiência automobilística. O design aperfeiçoado de Bliss e Joy oferece liberdade e flexibilidade aos cruzeiristas, que podem criar sua própria experiência em alto mar. A extensa variedade de acomodações, incluindo luxuosas suítes no The Haven by Norwegian® Studios para viajantes individuais, com vista virtual para o oceano, e novas cabines conectadas, ideais para grandes grupos e famílias viajando juntos. No Norwegian Joy, as inovadoras Concierge Suites também fazem sucesso entre os viajantes. Após a temporada no Alasca, o Norwegian Joy ficará dedicado a cruzeiros na Riviera Mexicana, Costa do Pacífico e Canal do Panamá, partindo de Miami ou Los Angeles. Já o Bliss cumprirá roteiros de inverno nas Bahamas, Flórida, Caribe, Costa do Pacífico e Canal do Panamá após deixar o Alasca.
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RECORDE LOCAL O condado de Palm Beach bateu recorde de visitantes no primeiro semestre desse ano. Foram mais de 4,3 milhões de turistas de janeiro a junho, sendo 3,92 milhões domésticos e 413 mil internacionais. Os números representam um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2017, segundo o órgão de promoção turística local, Discover The Palm Beaches. Entre os visitantes internacionais, o Brasil foi um dos países que mais contribuíram com o incremento de turistas. Ao todo, foram 15,1 mil viajantes (+11%). Os demais destaques são: Canadá (203,6 mil, 2% de aumento), Reino Unido (19,8 mil, +9%), Colômbia (10,1 mil, +3%), França (8,7 mil, +12%), México (4,7 mil, +9%) e Austrália (3,3 mil, +20%). Os cinco principais mercados domésticos foram Nova York (650 mil, aumento de 2%), Miami/Fort 12 12.indd 12
Lauderdale (415,4 mil, + 2%), Orlando (293 mil, +16%), Baltimore DC (177 mil, +1%) e Boston (149,6 mil, +4%). O CEO do Discover The Palm Beaches, Jorge Pesquera, atribui o crescimento às inovações em ferramentas de marketing, vendas de grupos e eventos e promoções, assim como a implementação de um programa piloto do Google, que gerou mais de 6,9 milhões de visualizações nas imagens do destino. Ao longo dos últimos oito anos, o Turismo de Palm Beach vem comemorando resultados que evoluem duas vezes mais rapidamente do que os da Flórida em geral. Em 2017, a região recebeu 7,89 milhões de visitantes, que geraram US$ 4,7 bilhões em gastos diretos e apoiaram mais de 70 mil postos de trabalho. www.ThePalmBeaches.comn
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Luiz Fernando Fogaça, Luiz Eduardo Falco e Guilherme Paulus
RETRATO DE 2018 Eles já foram 50, 50 + 25 (criativos), 75 e finalmente chegamos ao modelo dos 100 Mais Poderosos do Turismo. A Power List 100 da PANROTAS (usem e procurem a hashtag #panrotas100 nas redes sociais) é publicada há oito edições e lançada no primeiro dia da Feira da Abav Braztoa. Mas há muitos mais tempo (26 anos de Jornal e Revista PANROTAS, quase 45 de publicações em geral) quem faz essa indústria no Brasil está em nossas páginas, capas e reportagens. Sim, este ano já vimos a CVC Corp em algumas de nossas capas, a cada compra ou jogada mais ousada. Mas também os melhores promotores de vendas da Grande São Paulo. E ainda executivos de aviação, lideranças diversas e empresas cujos produtos enchem a prateleira dos distribuidores e tornam realidade os sonhos e negócios de tantos. Os Poderosos do Turismo estão todas as semanas, todos os dias, a todo o momento na PANROTAS. E nós fazemos questão de reconhecer e contar essas histórias. Nesta edição especial #PANROTAS100 trazemos 100 pontos de vista de alguns dos líderes dessa indústria (101 pois mais uma vez incluímos o olhar de nosso fundador, José Guillermo Alcorta, que, 45 anos depois, inicia nova empreitada em favor do Turismo brasileiro — leia mais na página 135). Como sempre dizemos, as primeiras posições são baseadas em poder econômico, geração de riquezas e empregos, vendas... dinheiro mesmo. Na segunda metade da lista buscamos tirar uma fotografia desse momento e também escolhemos nichos e segmentos para nos aprofundarmos. No ano passado, por exemplo, em franca recuperação das viagens internacionais, colocamos
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várias operadoras especializadas em Orlando e também profissionais que sabíamos (ou apostávamos) que ganhariam destaque em breve. Em 2018, alguns setores ganharam nomes na lista, como Hotelaria, Cruzeiros, Aviação Internacional e as TMCs. Figuras que habitualmente ocupavam as primeiras posições “sumiram” da lista, mas é, em nossa opinião, apenas uma questão de tempo para vermos esses profissionais, que ainda agem nos bastidores, em projetos ousados e que surpreendam toda a indústria. De Valter Patriani, que se despede da CVC, a Marcelo Sanovicz, que antecipou sua saída na Rextur Advance, de Elói Oliveira a Goiaci Guimarães, não se assustem, eles podem voltar a qualquer momento (e na verdade, nunca “foram embora”). O próprio Luiz Eduardo Falco, que anuncia sua “aposentadoria” para dezembro, continuará no Conselho da CVC Corp e em outros negócios, com sua visão e pontos de vista que o Turismo não pode dispensar, desprezar ou esquecer. Mais sobre os critérios da lista: diversidade de segmentos, novos setores, profissionais mais ligados ao mercado (no lugar dos CEOs mais distantes do dia a dia do trade) e, acima de tudo, foco na venda, na distribuição, nos canais. Depois de juntar as 101 peças desse quebra-cabeça, com certeza os profissionais de Viagens e Turismo do País poderão absorver o que lhes for mais conveniente e adequado, e sentar nesse final de 2018 para planejar melhor os próximos dois ou cinco anos. Mais que isso sabemos que, com tantas mudanças e inovações, fica muito difícil. Boa leitura e vida longa aos Poderosos do Turismo.
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OS 100 MAIS PODEROSOS DO TURISMO Guilherme Paulus (CVC/GJP Hotels) Luiz Eduardo Falco (CVC Corp) Luiz Fernando Fogaça (CVC Corp) Paulo Kakinoff (Gol Linhas Aéreas) Jerome Cadier (Latam Airlines Brasil) Alexandre Moshe (Decolar.com) John Rodgerson (Azul Linhas Aéreas) Frederico Pedreira (Avianca Brasil) Emerson Belan (CVC Operadora) Luciano Guimarães (Rextur Advance) Patrick Mendes (Accor Hotels América do Sul) Christiano Oliveira (Grupo Flytour) Fernando Michellini (CWT) Eduardo Kina (Alatur JTB) Beto Santos (Esferatur) Luis Paulo Luppa (Grupo Trend) Bruno Lasansky (Localiza Hertz) Juarez Cintra Neto (Grupo Ancoradouro) Eduardo Bernardes (Gol Linhas Aéreas) Rui Alves (Grupo Flytour) Ivo Lins (Grupo Flytour) Peter Weber (Skyteam) Helvécio Garófalo (Confiança) Wagner Chaves (Sakuratur) Hugo Picchioni (PVT Consolidadora) Eraldo Palmerini (Grupo BRT) Wania Fasulo (Grupo High Light) André Khouri (CNT) Flavia Pirola (Tyller) Michael Barkoczy (Flytour MMT Viagens) Martin Jensen (Queensberry) Ana Maria Berto (Orinter Tour & Travel) Aldo Leone Filho (Agaxtur) Rodolpho Gerstner (RCA) Marcelo Bento (Azul Viagens) Aroldo Schultz (Schultz) Marcos Arbaitman (Grupo Arbaitman) Eduardo Vasconcellos (Kontik Viagens) Paul Barry (BCD Travel) Edmar Bull (Copastur) Marcelo Cohen (Belvitur) Carlos Prado (Tour House e Abracorp) Fernando Dias (Master) Fernando Slomp (Avipam) Tomás Ramos (BHG) Alexandre Ghelen (Intercity e Fohb) Eduardo Giestas (Atlantica Hotels) Roberto Bertino (Nobile Hotels) Chieko Aoki (Blue Tree Hotels) Rosangela Gonçalves (Transamerica) Matt Teixeira (Best Western Hotels)
Alejandro Moreno (Wyndham) Bruno Heleno (Hotéis Othon) Gil Zanchi (Marriott) Francisco Costa Neto (Rio Quente e Costa do Sauípe) Daniel Santos (Nacional Inn) Orlando Giglio (Iberostar) Renato Franklin (Movida) Oskar Kedor (Mobility) Paulo Rezende (Amadeus) Elisa Carneiro (Sabre) Luis Vargas (Travelport) Alexandre Arruda (Argo Solutions) Bob Rossato (Viajanet) Jackson Andrade (Wooba) Luis Ferrinho (Omnibees) Luis Vabo (Reserve) Marcio Nogueira (Hoteldo) Alexandre Oliveira (HRS) Raffaele Cecere (R1 Soluções Audiovisuais) Vinicius Lummertz (Ministro do Turismo) Magda Nassar (Braztoa e Trade Tours) Alexandre Sampaio (CNC e FBHA) Marco Ferraz (Clia Brasil) Geraldo Rocha (Abav Nacional) Rodrigo Cezar (Alagev e Roche) Arialdo Pinho (Setur Ceará) Igor Miranda (Latam Brasil) Tarcísio Gargioni (Avianca Brasil) Fábio Camargo (Delta Air Lines) Dilson Verçosa (American Airlines) Lucimar Reis (United Airlines) Mário Carvalho (Tap) Jean-Marc Pouchol (Air France-KLM) Annette Taeuber (Lufthansa e Swiss) Gonzalo Romero (Air Europa) José Antônio Coimbra (British Airlines e Ibéria) Emerson Sanglard (Copa Airlines) Marta Rossi (Festuris Gramado) Viviânne Martins (Academia de Viagens) Luciane Leite (WTM Latin America) Claudio Junior (JPA Travel Market) Marcelo Kaiser (Aviareps) Adrian Ursilli (MSC Cruzeiros) Estela Farina (NCL e Clia Brasil) Ricardo Amaral (R11 Travel) Alex Calabria (Costa Cruzeiros) Cristina Scielzo (Discover Cruises) Rogério Siqueira (Beto Carrero World) Carlos Vazquez (Esferatur) Guillermo Alcorta (PANROTAS e Matcher)
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1 GUILHERME PAULUS CVC CORP E GJP HOTELS O
Guilherme Paulus construiu seu império, como todo mundo sabe, levando trabalhadores do ABC para excursões rodoviárias, juntamente com a mulher, Luiza, e com o braço direito, Valter Patriani, mais conhecido como o maior vendedor do Turismo brasileiro. E por trás de todo grande vendedor tem um visionário, que apostou, ousou, soube quando recuar e, pasmem, depois de tantas conquistas (e fortunas) continua investindo na indústria brasileira de Viagens e Turismo, seja com os hotéis da GJP, seja com os residenciais de luxo ou com sua mais nova paixão, o golfe. Então, depois de tanto sucesso e exemplos a serem seguidos (e copiados), Guilherme Paulus tem moral e credibilidade para farejar e ditar tendências. Quer saber algumas delas? 1. Navios Ele já fretou várias embarcações pela CVC, já fixou um navio na costa brasileira e hoje, a princípio, está distante dessa paixão. Mas garante: “é imprescindível que o Brasil tenha um navio permanente em sua costa. Precisamos disso. É viável”. 2. Golfe Paulus investiu na construção de um dos melhores campos, no Wish de Foz do Iguaçu e disse que tem se surpreendido com o potencial do esporte, ligado ao Turismo. “É caro quando não se tem concorrência. O
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CVC
Não tem como conversar com Guilherme Paulus e não pedir opinião, análise e prognósticos sobre a CVC. Além de maior acionista individual, ele ainda tem a empresa, hoje uma corporação com diversas marcas, em sua memória afetiva. Pedimos que ele desse seu parecer sobre o momento do grupo. LUIZ EDUARDO FALCO: “A era Falco foi fantástica. E ele agora passa o bastão de forma tranquila, como o Valter (Patriani) para o (Emerson) Belan. O Falco estruturou a CVC para essa nova fase e liderou a transição. Ele também pegou amor pelo Turismo e lutou pela indústria, indo a Brasília, participando de ações com a Braztoa e a Abav... O Conselho da CVC vai ganhar muito com sua chegada em janeiro”. LUIZ FERNANDO FOGAÇA: “A palavra de sua gestão será continuidade. Converso muito com os franqueados e sinto que há uma harmonia e um entrosamento com o Fogaça”. EMERSON BELAN: “Uma grande revelação na CVC. Simpático, tem com relacionamento com a rede e aos poucos vai conquistar o mercado”. VALTER PATRIANI: “Patriani é o maior vendedor do Turismo brasileiro, e tem uma visão de mercado como poucos. Nossa parceria deu muito certo porque somamos visões, não apenas sobre o Turismo no Brasil, mas também no mundo”.
golfe em Portugal, que é menor que o Estado de São Paulo, é muito valorizado. Tem como ser aqui no Brasil também”.
experiências gastronômicas criativas e de alto nível nos empreendimentos de Paulus.
3. Hotéis de luxo O empresário, que já tem o Saint Andrews, em Gramado (RS), está de olho nas oportunidades para continuar investindo em hotéis-butique de altíssimo padrão. Rio e São Paulo são possibilidades. O sucesso e os prêmios do Saint Andrews comprovam seu faro para bons produtos.
5. Hotéis ligados a operadores Seja como parceiros ou sócios. Paulus acredita no modelo da unidade hoteleira que fecha acordos mais robustos e parrudos com os distribuidores, no caso os operadores. Pode haver participação de capital no negócio e o grande modelo é a Tui.
4. Experiências gastronômicas Suas investidas na gastronomia começaram no Serrano, em Gramado (RS), com vários restaurantes diferentes, mas foi no Saint Andrews e no Wish Foz que ele viu que as experiências culinárias na hotelaria não apenas engajam e movimentam as comunidades locais, como atraem um público fiel que percorre o Brasil e o mundo atrás do segmento de “food & wine” e outras bebidas, como cervejas artesanais e destilados. Esperem mais
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6. Rio de Janeiro Seu Prodigy Santos Dumont tem ocupação na casa dos 70% e ele acredita na recuperação do destino. “Tudo o que o Rio significa e tem não pode ser perdido. O Rio vai melhorar”, acredita. 7. Casas de luxo Além do golfe, da alta gastronomia e dos hotéis-butique, Paulus tem se dedicado aos condomínios de luxo, como o Village Iguaçu (PR). Outros nesse modelo virão.
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1 LUIZ EDUARDO FALCO CVC CORP O
FATURAMENTO EM 2017: R$ 10,2 BILHÕES
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A CVC Corp tem uma história muito extensa e respeitável para atribuir a uma única pessoa “uma nova era”, mas se tem alguém que transformou a história recente da companhia é o atual CEO Luiz Eduardo Falco. Claro que sem bons tripulantes a embarcação não avança, mas, próximo à sua “aposentadoria”, o capitão comandou os períodos mais importantes da década e consolidou a companhia como a principal do setor na América Latina. Se Rextur Advance, Submarino Viagens, Grupo Trend, Experimento, Visual, Esferatur e, mais recentemente, três empresas argentinas na primeira tacada internacional, agora são parte da holding, é porque Luiz Eduardo Falco viu nelas algum sentido. Isso se não tocarem a campainha de sua empresa até dezembro. A CVC Corp segue declaradamente faminta por novas aquisições, mas o que acontecer daqui para frente será legado de Falco. Ele deixa a companhia em dezembro carregando na bagagem profissional 49 fusões e aquisições e garante que não haverá uma 50ª. Não como presidente, mas liderando o Conselho. A companhia não abre mão deste que desde 2013 voltou à indústria para comandar sua abertura de capital. Seria um desperdício, afinal, quem consegue engatar 18 trimestres de alta consecutiva? “Nós estamos reportando resultados contínuos com dois dígitos de crescimento, o que, com PIB zero é algo bem interessante. Em todas as frentes, inclusive o corporativo, está com crescimento. Companhia de capital aberto não tem outra escolha a não ser crescer. Não há plano B”, afirma o presidente de uma empresa que obrigatoriamente abre seus dados, devido ao IPO, portanto nada de crescimentos apenas no discurso.
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TECNOLOGIA VS. PESSOAS Se um dia a concorrência com o on-line foi um problema para a CVC Corp, não passou de 2015, quando a companhia anunciou a aquisição da Submarino Viagens. Depois de algum tempo tentando achar o melhor modelo para sua OTA, Falco garante que a fórmula foi encontrada, “e agora cresce o dobro do que qualquer on-line do mercado, mas sem queimar dinheiro, o que me deixa muito feliz por não torrar caixa de acionista para uma aventura”. A Submarino Viagens pratica uma guerra em que a CVC Corp participa para não ficar para trás em nenhum canal, mas não é a preferida de Falco. O empresário está incomodado com a comoditização do setor, em que os players têm concorrido cada vez mais com preço e menos com serviços e produtos. Ele reconhece que por enquanto a guerra tarifária permeia as regras do on-line, mas alerta para os perigos de migrá-lo pelo off-line. “Hoje ninguém mais fala de produto, só fala de preço. Nós também vendemos preço. Se você quer comprar produto, vá de CVC, se quiser preço, de Submarino, mas as OTAs têm suas consequências ao consumidor. Quem comprar priorizando o preço tem de saber o terreno em que se está pisando. Tem muita gente que quer pagar o mais barato possível e não há problema nisso. O que não pode é o mercado achar que tudo é preço. Tem que ter produto, se diferenciar”, avalia Falco, na bronca com o empresário do on-line que diz que tudo começa e termina no e-commerce. “Temos dificuldade em concordar com isso. Tudo começa e termina onde o cliente quiser. Se ele quiser que seja na internet, lá vai ser. Se não, não será. O que não quer dizer que você não possa pegar dados dele da internet, dados dele da vida real e trabalhar nos seus melhores modelos de previsão de demanda. Em uma loja física, a cada dez pessoas que entram, uma compra. No e-commerce, a cada 500 um compra. Não se pode somar isso e dividir por dois e dizer que é uma média. Isso não é uma média, são informações importantes que, distintas, podem abastecer seu modelo.” Palavras de quem tem quase 1,3 mil lojas de fachada própria e alcance a dez mil agências de viagens. “Não é que os varejistas ficaram imbecis depois da invenção da internet. Mas eles contam com uma ferramenta a mais que é a digitalização.” Trata-se de um recado muito claro. Quem quer ser remunerado pelo serviço, tem que gerar valor na cadeia. Se não gerar, não faz sentido. Não faz sentido fazer parte da cadeia produtiva e não gerar valor. Na CVC Corp, segundo Falco, a missão é gerar valor para o cliente em uma ponta
e um fornecedor na outra. “Queremos que as pessoas que estão conosco ganhem mais dinheiro e tenham melhor serviço”, afirma, pedindo cuidado para a distinção entre Turismo de massa e comoditização. B2B VS B2C “Não estamos preocupados com essa competição. Só queremos atingir todos os consumidores da maneira que eles querem, quaisquer que sejam. No caso específico do multimarcas, estamos mais interessados em business do que Turismo. No lazer as lojas próprias são o carro-chefe. Estamos mais preocupados em atender o cliente, mas quando você tem uma rede de franquias, você está mais preocupado em como ela se rentabiliza, em como o franqueado ganha dinheiro. O agente independente não é nosso sócio, o franqueado é. Nosso franqueado está com a possibilidade de ganhar margem. A rede de franqueada é muito saudável. Vejo poucas redes pelo Brasil crescendo com essa saúde. O franqueado CVC conta com um sistema diferenciado. Todos nossos dados de inteligência chegam a ele para aprimorar as vendas, para que as vendas aconteçam. Esses dados são importantes e existia muita briga dos agentes de viagens com as franquias.” INTERNACIONALIZAÇÃO A CVC Corp bateu o martelo na internacionalização que vinha sendo esperada pelo mercado há meses. Começou pela Argentina. Na falta de uma, foram três empresas (de dois grupos) e nove novas marcas: Biblos e Avantrip (do mesmo grupo, Bibam) e Ola Turismo. Pelas três, a empresa brasileira desembolsou US$ 19,4 milhões (cerca de R$ 80 milhões, com o câmbio de 5 de setembro, quando a aquisição foi oficializada). “A Argentina é o óbvio para nós. Os clientes das empresas compradas vão muito para o Brasil, o Caribe e Orlando, e a única diferença é que vão mais para a Espanha que para Portugal. Ou seja, há uma coincidência muito grande no fluxo de turistas onde já temos acordos, negociações e estrutura. Isso facilita a elaboração de produtos. Obviamente a Argentina vive um momento complexo, agravado nos últimos dias, mas isso também pode ser bom a curto prazo”, avalia, declarando que este é o fim de um legado. “Essa foi minha 49ª aquisição na carreira, vou parar. Não vai dar tempo para a 50ª. Mas o projeto da CVC não tem fronteiras. Onde tiver mercado, equipe, marcas, oportunidades, estaremos. Seja na América Latina ou fora dela. Sempre com esse modelo que implantamos no Brasil, com vários canais, e aquisições parecidas. Nosso modelo é muito bom, sei que sou suspeito, mas é muito bom.” n
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 10,2 BILHÕES
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Aos 51 anos, na CVC desde 2010, depois de duas décadas na Coca Cola-Femsa, Luiz Fernando Fogaça está se preparando para assumir, em 2 de janeiro de 2019, o posto mais alto na CVC Corp, substituindo Luiz Eduardo Falco, na empresa há seis anos e o responsável pela mudança que os investidores queriam no escopo da companhia: da abertura de capital à diversificação dos negócios e à internacionalização. Continuidade deverá ser sim, uma das palavras-chave da nova gestão, afinal Fogaça acompanhou e participou ativamente de todas as mudanças desde antes da venda da CVC por Guilherme Paulus, mas também será uma fase diferente. Coincidentemente o último plano estratégico da CVC Corp (que ainda não tinha essa nomenclatura) se encerra este ano. Foi feito em 2012 e tinha duração até 2018. Fogaça já lidera a preparação do novo plano, para os próximos cinco anos, e com a casa em ordem: da estrutura organizacional às marcas adquiridas, da diversidade de produtos à internacionalização, do modelo de franquias oficializado ao novo momento do on-line. O plano para os próximos cinco anos, na teoria, terá mais embasamento e estrutura para olhar as oportunidades que virão. Antes de assumir a cadeira de CEO, Fogaça, que deixou o cargo de CFO em março deste ano (sendo substituído por Leopoldo Saboya), passou dois meses em Harvard em um curso intensivo, de segunda-feira a sábado, para CEOs, e iniciou, de junho para cá, um rodízio por todas as principais áreas da CVC Corp. Nesse rodízio, além de acompanhar de perto o operacional e a área de vendas, ele assume por uma ou duas semanas a cadeira principal (coincidindo com as férias do titular) e toca a área ou unidade de forma efetiva, com direito a metas (que ele garante ter batido nas áreas por que passou) e negociações com fornecedores, por exemplo. Confira a seguir, trechos da entrevista exclusiva com Fogaça, que, curiosamente, faz aniversário no mesmo dia da CVC (28 de maio). “Mas a CVC é mais nova”, diz bem humorado. PANROTAS — O senhor assumirá no momento de crescimento internacional. Como avalia essa nova etapa? LUIZ FERNANDO FOGAÇA — É um momento muito parecido com o de 2012, quando identificamos as oportunidades para os anos
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seguintes. Ganhamos escala com as cinco aquisições em três anos, incluindo a compra das duas maiores consolidadoras do mercado, e agora é a hora da América Latina, o que é natural. Vamos crescer na região como no Brasil, com lojas físicas e o on-line, um crescimento multicanal. PANROTAS — Qual o próximo destino? FOGAÇA — Vamos fazer como fizemos no Brasil. Primeiro compramos a Rextur e depois de consolidada essa compra partimos para outras aquisições. Vamos primeiro nos consolidar na Argentina, onde já chegamos com nichos variados e ocupando a terceira posição no mercado, para depois seguir a outros países. PANROTAS — A ideia é abrir lojas com a marca CVC na Argentina? FOGAÇA — Não. A princípio não, pois as marcas adquiridas já são fortes nos segmentos diversos. Luxo, que ainda não temos no Brasil, on-line, fidelidade e operação. PANROTAS — O on-line no Brasil finalmente deslanchou? FOGAÇA — Foi um processo demorado, mas era esperado, pois compramos a Submarino Viagens sem a permanência dos sócios, houve trocas de equipes e de sistema. Mas os últimos trimestres foram de crescimento. Melhoramos o mix da Submarino Viagens, que só vendia bilhete aéreo e hoje já tem 25% em pacotes e hotéis, renovamos por mais cinco anos o contrato de fullfilment com a Livelo, e na CVC.com, onde ainda é preciso fazer melhorias de funcionalidades, as vendas já estão 30% maiores. PANROTAS — O senhor falou no investimento na diversificação dos negócios. Mas e quanto ao público? A CVC continua sendo a empresa da classe média brasileira? FOGAÇA — Isso existe ainda. Em São Paulo essa imagem é muito forte, pois foi onde a empresa nasceu e cresceu. Começamos com as excursões em Santo André. Mas no interior e no Nordeste vemos que todo mundo compra na CVC, inclusive o público high end. Este ano mudamos a nossa agência de publicidade (é a Lew Lara) e vamos começar a mostrar essa diversidade na CVC. Você pode ir de ônibus, van, motorista particular, pode comprar Porto Seguro ou Taiti... PANROTAS — Como foi a convivência do B2B com o B2C nesses últimos anos? Inclusive vocês regressaram para a Feira da Abav Braztoa, onde não iam há alguns anos. FOGAÇA — Hoje metade da CVC Corp é B2B e metade B2C, o que está alinhado com as oportunidades que vimos lá no plano de 2012. Diria que a integração entre as empresas e culturas foi mais fácil que imaginávamos. E a ideia é seguir com esses múltiplos canais. Desde 2016 o canal agências multimarcas, para a operadora CVC, vem crescendo no mesmo nível das lojas físicas. O que mostra que acertamos na estratégia, que contou com a
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criação de um departamento exclusivo para atender as agências. PANROTAS — O modelo de franquias é o ideal ainda? Qual a previsão de lojas da CVC? O ritmo de aberturas diminuiu por conta do on-line? FOGAÇA — É um ótimo modelo e temos aberto mais de 100 lojas por ano. A cada três anos fazemos reuniões de oportunidades com os máster-franqueados e este é o período de fazer novos encontros. O (Emerson) Belan já está fazendo isso, ouvindo de cada um o potencial de aberturas para os próximos anos. A ideia é fechar 2018 perto de 1,3 mil e vemos que, no curto prazo, com a economia e o cenário como estão hoje, podemos chegar a 1,7 mil ou 1,8 mil lojas. Claro que novos modelos podem aparecer, novas mudanças, e isso é ajustável. PANROTAS — Dá para ter serviço sendo tão grande ou aposta é somente na tecnologia? FOGAÇA — O diferencial das lojas e das agências de viagens é o serviço. A tecnologia agrega, facilita, mas é o contato humano o diferencial. O Falco e o Belan têm mudado bastante a forma como as lojas conseguem atender, com mais ferramentas e mais rapidez no sistema, para que as pessoas se dediquem a atender os clientes, conhecê-los, prestar melhor serviço. Acabamos de inaugurar um alerta que avisa ao vendedor sobre a queda de preço em algum produto que o cliente consultou mas não fechou. Isso lhe dará mais argumentos para falar uma outra vez com o passageiro potencial, com seu cliente, e vai gerar mais confiança do consumidor. PANROTAS — Ser líder traz que responsabilidades para a CVC em relação à indústria? Qual deve ser o papel da CVC e do governo no desenvolvimento do Turismo? FOGAÇA — Sim, temos responsabilidade como líderes e precisamos ir junto com as entidades e parceiros nas principais discussões. O Falco e o Guilherme fazem muito isso. O papel do governo é olhar para as oportunidades de crescimento do Turismo e incentivar esse potencial represado. Questões como segurança, infraestrutura, fazer uma divulgação positiva, acabar com a corrupção... são pontos que dependem do governo. PANROTAS — Em termos de produto o Brasil está bem? FOGAÇA — O nosso produto nacional é bom, o preço que é um problema, o que acaba levando o consumidor, muitas vezes a apostar no apelo internacional. PANROTAS — O que podemos esperar da CVC Corp nos próximos anos? FOGAÇA — Vamos continuar investindo em tecnologia, treinamentos, na expansão internacional e aquisições, seguindo o modelo que começou com a Rextur Advance: garantir que conhecemos bem o segmento, integrá-lo à CVC Corp e depois partir para outros. n
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4 PAULO KAKINOFF O
GOL LINHAS AÉREAS
FATURAMENTO EM 2017: R$ 10,6 BILHÕES
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Em seus 18 anos, a Gol nunca esteve tão bem posicionada no mercado brasileiro e deve muito disso à atual gestão, que tem à frente o presidente Paulo Kakinoff. Desde 2012, quando o exVolkswagen e Audi assumiu o posto, a companhia foi ganhando novo posicionamento de mercado, atingiu a liderança doméstica no segmento corporativo e se posicionou como uma “nova Gol, com novos tempos no ar” não só no B2B, mas também com o consumidor final. A mudança é palpável. O programa de fidelidade Smiles tem abrangência cada vez maior, as parcerias em codeshare ou interline com Delta e Air France-KLM estão fáceis de associar, a oferta de assentos é inteligente, equilibrada entre lazer e corporativo, e o serviço de bordo sob demanda dá liberdade ao passageiro. O que era uma companhia alvo de reclamações se tornou referência em serviço. A Gol teve o menor número de reclamações por passageiros transportados em 2017, segundo
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pesquisa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa teve sete reclamações a cada 100 mil passageiros no ano passado. Em números absolutos, foram quase 29,2 milhões de passageiros transportados, com 2.178 reclamações. A frota unificada de Boeing 737 da Gol traz, além de performance e redução de custo operacional, um padrão de qualidade com o qual o passageiro gosta cada vez mais e reclama cada vez menos. Voar com wi-fi, bancos de couro e sky interior já é realidade em praticamente 100% dos voos da Gol. Os resultados financeiros tardaram, mas estão no azul (ou no laranja?), a liderança de mercado é registrada em vários índices, a pontualidade também agrada e se esse é o legado de Kakinof até aqui, as próximas páginas prometem ainda mais. Isso porque pousaram no Brasil neste mês as duas primeiras unidades da aeronave que inicia uma nova fase na Gol, o B737 Max 8, mais um passo para a aérea ser a primeira escolha de todos os brasileiros, a verdadeira meta de Kakinoff. A encomenda inicial era de 120 aeronaves até 2027, mas a companhia já assinou um novo contrato com a Boeing para a aquisição adicional de 15 jatos do modelo. Agora serão 135 unidades, além da conversão de 30 pedidos atuais de Max 8 para 737 Max 10. Até dezembro deste ano serão seis unidades do novo avião. “Em média, teremos um novo avião disponível a cada 40 dias. Até dezembro, já contaremos com seis aeronaves”,
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promete Kakinoff. “Essa encomenda é o reflexo de uma estratégia bem traçada pela Gol nos últimos anos, isto é, operando uma frota padronizada e uma malha integrada, permitindo que a Gol continue a reduzir as tarifas nas rotas atendidas pela companhia e também adicionar novos destinos.” Ele também diz que está confiante nas “vantagens competitivas que serão trazidas pelo B737 Max 10 em rotas de alta densidade e em aeroportos com restrições de slots.” As primeiras unidades do B737 Max 8 serão responsáveis pelos quatro voos diários para a Flórida, previstos para estrear em novembro — dois de Fortaleza e dois de Brasília, sendo um para Orlando e um para Miami partindo de cada cidade. Vale destacar que, em dezembro deste ano, a Gol lançará sua nova operação para Quito, no Equador, e que também deverá ser operado pela nova aeronave. Contudo, segundo o presidente da aérea, o plano é ir além. “A nossa meta é lançarmos um novo destino a cada semestre, e apostamos que essa estratégia será concretizada nos meses que virão”, pontua. “É com muito orgulho que damos início a uma nova fase. Acabamos de reformular nosso produto e serviço que nos permitiu chegar ao patamar de liderança e preferência no mercado”, comentou. A Gol é a empresa aérea que mais transporta passageiros em voos domésticos e a número um em share na Abracorp, ratificando a liderança também entre os viajantes a negócios. n
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5 JEROME CADIER O
LATAM AIRLINES BRASIL
Atenta a todas as oportunidades de mercado com sustentabilidade (econômica), a Latam Airlines pretende seguir como a principal companhia aérea da América Latina, ofertando ao cliente a melhor rede de voos da região, garante seu comandante no Brasil, Jerome Cadier. O contínuo investimento nos produtos visa oferecer mais conforto ao passageiro, seja em voos domésticos ou internacionais. PANROTAS — Como foi o ano para a empresa? JEROME CADIER — O Grupo Latam tem registrado aumento da receita, mas nosso resultado final tem sido afetado em 2018 pela valorização do dólar e o aumento violento do petróleo. O segundo trimestre também foi especialmente difícil para nossas vendas no Brasil em virtude da greve dos caminhoneiros e de eventos como os problemas no radar do aeroporto de São Paulo. Apesar disso, mantivemos nosso plano de expansão da oferta de assentos, sempre de forma sustentável.
FATURAMENTO EM 2017: US$ 10,16 BILHÕES (VALOR DA HOLDING, CONTANDO LATAM CHILE)
PANROTAS — Os novos voos já mostram algum resultado? CADIER — O Brasil tem sido protagonista do movimento de expansão internacional do Grupo Latam e o nosso foco para o investimento continua sendo os mercados mais sustentáveis. Lançamos rotas que realmente fazem sentido para seguirmos como a companhia aérea que mais conecta a América do Sul e toda a nossa região com outras partes do mundo. Todos estes novos destinos — Roma, Las Vegas, Boston, Mendoza, Tucumán, Lisboa e Tel Aviv — partiram de um planejamento estratégico da nossa malha aérea, com foco na sustentabilidade, e estamos satisfeitos com o desempenho deles até aqui. No caso de Fortaleza-Orlando, trata-se da oportunidade de oferecer um serviço ainda mais conveniente para o passageiro da região, assim como outros lançamentos internacionais que alocamos em cidades como Brasília, Salvador e Recife, ou até mesmo em Porto Alegre, que vai contar com voo direto e inédito da Latam para Santiago a partir de janeiro de 2019.
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TOP 20
6 ALEXANDRE MOSHE O
DECOLAR.COM
A Decolar.com, maior OTA da América Latina, com negócios de cerca de US$ 7 bilhões ao ano, está com novo country manager, Alexandre Moshe, ex-Livelo, e, diz o mercado, também está com planos ambiciosos para o País. Aquisições podem ser uma opção. “Sendo o Brasil um mercado estratégico para a companhia, chego com a meta de continuar os esforços para a consolidação da marca e para que os brasileiros escolham cada vez mais nossos produtos na hora de viajar”, disse Moshe na época de sua contratação. PANROTAS — Como a Decolar.com trata a concorrência com os canais off-line, principalmente as franquias CVC? ALEXANDRE MOSHE — Na Decolar estamos muito focados em fazer com que os nossos clientes encontrem a nossa oferta completa de produtos e serviços de viagem e queremos que isto ocorra da forma que for mais conveniente para todos os perfis de usuários. Contamos hoje com a plataforma tecnológica de Turismo mais avançada do mercado. Contamos com uma experiência mobile que atualmente responde por
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FATURAMENTO EM 2017: ENTRE R$ 5,6 BILHÕES E R$ 7,2 BILHÕES
mais de 30% das nossas vendas, o que nos torna uma referência no mercado nacional, e uma importante rede de afiliados. Estamos fortemente engajados em estar cada vez mais próximos dos nossos clientes, usando diferentes formatos e canais. PANROTAS — O que o consumidor brasileiro busca na Decolar.com? MOSHE — O consumidor brasileiro, tanto no Turismo quanto em outras experiências de consumo, quer cada vez mais praticidade, simplicidade e a segurança de que está fazendo uma boa escolha. Nesse sentido, um exemplo do que oferecemos para nosso cliente é a ferramenta de pacote dinâmico, que permite combinar de uma forma flexível e intuitiva, a data da viagem de sua preferência, com opções de voos e hospedagem, agregando serviços de forma muito dinâmica. Dentro dessa ferramenta o nosso cliente tem acesso, inclusive, a ofertas imbatíveis. Um sinal de que isso de fato atende às necessidades dos nossos consumidores é que o nosso percentual de vendas em pacotes, hotéis e outros produtos além de voos chega a 59%.
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TOP 20
7 JOHN RODGERSON O
AZUL LINHAS AÉREAS Quando uma empresa mantém sua estratégia durante anos é sinal de que o que foi traçado lá atrás, para longo prazo, está rendendo frutos. Há um ano, John Rodgerson, um dos fundadores da Azul Linhas Aéreas, assumiu o cargo de presidente e deu continuidade ao que a companhia aérea sempre pregou. A frota híbrida, que permite o alcance a destinos mais remotos, faz da Azul a companhia com maior número de cidades atendidas entre as concorrentes nacionais: 108, o dobro do que o atendido pelo segundo rival nesse ranking. PANROTAS — Como está 2018 para a Azul? JOHN RODGERSON — Estamos felizes com os resultados de 2018 e dando continuidade aos nossos planos de negócio. Esse ano tinha tudo para ser melhor que o ano passado, mas questões como o câmbio têm dificultado um pouco esse cenário. Estamos otimistas com o futuro. Mantemos o planejamento de abrir novas bases e dar continuidade a nossa renovação de frota. Ao longo dos próximos anos, nossa intenção é voar para mais 35 cidades no País e tornar a vida de muitos brasileiros ainda melhor. Somos hoje a única companhia que promove o mercado da aviação em todas as regiões do Brasil, provendo o transporte aéreo a lugares que antes nunca tiveram acesso a esse serviço. A partir do
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ano que vem, começamos a receber os primeiros Embraer 195 E2, sem contar com os A320neo, que já somam 18 em nossa frota e serão 63 ao longo dos próximos anos. Essa nova geração de aeronaves, mais eficientes, é essencial para o nosso plano de crescimento. Muitas pessoas acham que o Brasil se resume a São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas sempre gosto de reforçar que o Brasil é grande e há uma crescente demanda por transporte aéreo em todo o território nacional. Por isso, estamos sempre analisando novos mercados para operar. Um dos grandes impulsionadores da nossa economia hoje é o agronegócio. Esse segmento nos permite operar em cidades como Sinop e Sorriso, no Mato Grosso. PANROTAS — Fale sobre a parceria da United: o quão próximos vocês estão e onde essa parceria pode chegar? RODGERSON — A United Airlines recentemente ampliou sua participação de capital na Azul, passando de 3,7% para 8%. Esse foi um movimento que só reforça a confiança em nossa companhia, fortalecendo essa parceria estratégica com uma das maiores e mais rentáveis companhias aéreas do mundo. Tenho certeza que isso traz ainda mais sinergias e oportunidades para continuarmos a crescer juntas.n
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TOP 20
8 FREDERICO PEDREIRA O
AVIANCA BRASIL
Pouco a pouco, a Avianca Brasil consolida sua posição na aviação nacional. Em 2017, a companhia se aproximou das adversárias e cresceu em market share para 12,99%, ainda se mantendo como a quarta força da aviação comercial do País. A previsão de passageiros transportados foi acertada e a aérea terminou o ano com 10,6 milhões de viajantes embarcados. Com estratégias bem definidas, as lideranças da companhia aérea não escondem o jogo. Se 2017 foi um ano de expansão para destinos internacionais, como Miami e Nova York (Estados Unidos), Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), esta temporada foi de aumento da malha nacional, com novas rotas para as capitais Belém e Vitória. Alguma dúvida de que as estratégias já estão bem traçadas para 2019? O presidente executivo da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, deixa claro que os planos estão na mesa. “Nos últimos anos, a Avianca Brasil cresceu de forma acelerada, com novas operações, tanto no Brasil como no Exterior. Nosso principal foco para 2019 será ter mais clientes voando conosco nos destinos onde já
operamos. Também estamos priorizando a eficiência e a qualidade da nossa operação para melhorar ainda mais a experiência dos nossos passageiros”, explica. Ainda em pauta, a aguardada fusão entre as Aviancas Brasil e Holdings parece ainda não ter data para sair. “No momento, a Avianca Holdings e a Avianca Brasil têm gestões e operações totalmente independentes. O plano de fusão entre as duas segue em andamento, é esperada por ambas e sua finalização será divulgada em momento oportuno”, despista o executivo. No papel, a expectativa da aérea é que os resultados de 2018 repitam o crescimento sustentável de temporadas anteriores. “Devemos fechar o ano com crescimento de dois dígitos, transportando um total de 13 milhões de passageiros”, projeta Pedreira. Como comparativo, em 2017 esse crescimento foi de 15,6% (em relação a 2016). Mas o dirigente tem um adendo importante, lembrando que esses saltos em produção surgem “mesmo diante de adversidades, como alta do dólar, greve dos caminhoneiros e instabilidade econômica”. n
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TOP 20
9 EMERSON BELAN O
CVC OPERADORA
Em março deste ano, em Dubai, na primeira convenção da CVC Operadora fora do Brasil, a companhia apresentou aos 1,7 mil participantes do evento a ferramenta + Venda CVC, plataforma de treinamento, cursos e gestão, incluindo conteúdo sobre vendas, direcionados para necessidades especificas de cada perfil, ou seja, vendedores, gerentes e franqueados. O responsável por sua apresentação foi o diretor geral da CVC Lazer, Emerson Belan. Top 20 na PANROTAS Power List 2018, Belan está na CVC há pouco mais de três anos. Nesse tempo viu muita coisa acontecer dentro da CVC Corp, como a compra da Submarino Viagens, da Experimento Intercâmbio, da Esferatur e da Visual Turismo, até então uma de suas grandes concorrentes na operação. Isso sem contar a internacionalização, essa bem recente, que a CVC Corp inicia pela Argentina. Acima de tudo, o ex-Coca-Cola Femsa não decepcionou em seus primeiros passos no Turismo – logo na líder do setor. Além da + Venda CVC, implementada, portanto, no começo do ano, os resultados da CVC Operadora mostram que Belan trilha o caminho certo. Alta do dólar, cenário político confuso e incertezas impactam, mas o planejamento, o respaldo do fornecedor com a marca,
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 5,2 BILHÕES
o profundo conhecimento sobre o viajante brasileiro de uma empresa de décadas e principalmente o volume transacional garantem o ritmo de crescimento. “A CVC vem conseguindo mitigar esses impactos em todas as frentes: vendas, expansão de lojas, lucratividade, taxa de conversão, vendas on-line, entre outros canais”, aponta Belan. “Nossas respostas para esse cenário são sempre muito rápidas e se traduzem em mais promoções, descontos, congelamento de câmbio, enfim, todas as estratégias para fazer com que a viagem continue cabendo no bolso do consumidor.” E em time que está ganhando não se mexe. A meta de fechar o ano com cerca de 1,3 mil lojas próprias segue firme no radar, como indica Belan. O viajante brasileiro continuará demandando, e para cada um deles haverá uma CVC oferecendo. “Diante deste cenário, que tende, nos próximos meses, continuar muito parecido com o que estamos vivendo, as estratégias da CVC continuam as mesmas. Independentemente se o vento sopra a favor ou contra, continuamos abrindo as lojas todos os dias com promoções e condições de pagamento para incentivar os consumidores a planejarem suas viagens de férias.”
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TOP 20
10 LUCIANO GUIMARÃES O
REXTUR ADVANCE
FATURAMENTO EM 2017: R$ 3,3 BILHÕES
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Recentemente, a Rextur Advance pegou o mercado de surpresa ao congelar o dólar em pleno pico da moeda norte-americana no Brasil. Câmbio a R$ 3,99 enquanto o valor original flutuava perto dos R$ 4,20. Até então, essa era uma ação estritamente de operadoras, nunca vista no ramo da consolidação. Isso ilustra o que o mercado pode esperar de Luciano Guimarães no comando da maior consolidadora de passagens aéreas do Brasil. Sangue jovem, inovação e coragem para não ter a chance de descer do primeiro lugar do pódio, o que ficou mais fácil depois da aquisição pela CVC Corp da Esferatur, concorrente que brigava pela vice-liderança nesta corrida. Primeiro lugar reforçado também pela integração da parte terrestre da Trend, empresa que desde o segundo trimestre integrou o Na Trend ao Reserva Fácil e desde agosto divide o teto com a Rextur Advance. “Somos definitivamente a maior provedora de crédito brasileira para agentes de viagens, mas, acima de tudo, nosso diferencial é ter a nata do Turismo aqui dentro”, afirma Guimarães, que cresceu respirando consolidação aérea e conhece o negócio como poucos no País, e prova disso é que em agosto de 2017 acumulou a área de Tecnologia na empresa, quando era VP de Operações e Marketing. Hoje Guimarães é diretor geral, o homem forte da Rextur Advance. Sucedeu Marcelo Sanovicz, outro guru do setor, antes mesmo do previsto – seria ano que vem. “Luciano foi escolhido para ser o meu sucessor com toda aprovação da CVC Corp”, afirmou Sanovicz, na ocasião. “Foi uma escolha por merecimento, por sua capacidade e dedicação, e é mais uma prova de como fomos bem-sucedidos desde a primeira venda, de 51%, para a CVC, em 2014, até os 100%.” Não bastasse toda essa influência, os números da Rextur Advance justificam o poder de Guimarães. A consolidadora fechou 2017 com R$ 3,3 bilhões, líder absoluta no segmento, e no primeiro semestre, a CVC Corp fechou com R$ 2,4 bilhões o que chama de corporativo: Rextur Advance mais Trend, alta de 7% na comparação ano após ano. Isto é, a meta de R$ 5 bilhões com consolidação aérea e terrestre em 2018 já estaria palpável sem a Esferatur... Aliás, em relação à ex-concorrente, agora empresa do mesmo grupo, já é praticamente certo que seguirão com marcas separadas, mas a intenção é levar a empresa de Roberto Santos ao ABC Paulista e estreitar o relacionamento entre elas, aproveitando o melhor de cada uma.
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11 PATRICK MENDES O
ACCOR HOTELS
Ele é um dos grandes responsáveis pela propagação do nome da Accor no Brasil. Prestes a inaugurar a 300ª propriedade no País, um Novotel em Curitiba, nos próximos dias, a rede francesa depositou no mercado brasileiro a confiança para expandir seus negócios de maneira exponencial na América do Sul. O CEO da Accor para a América do Sul, Patrick Mendes, tem uma série de projetos já bem encaminhados. Enquanto a companhia se movimenta na aquisição de concorrentes diretas e indiretas, a operação no Brasil se tornará ainda mais diferenciada com a chegada do Jo & Joe no Rio de Janeiro, assim como um Fairmont a ser inaugurado na Cidade Maravilhosa – o planejamento mostra também espaço para a unidade em São Paulo. O francês, cada vez mais familiarizado com o Brasil, enxerga a hotelaria de um jeito diferente. Por aqui, assim como em outras cidades do globo, a Accor quer promover uma experiência de hospitalidade e proximidade com os moradores locais. Inovação e tecnologia, mas sem esquecer do fator humano, são pontos primordiais para o desenvolvimento da hoteleira no Brasil. Nem mesmo a instabilidade políticoeconômica do País incomoda pois, ao que tudo indica, os investimentos por aqui crescerão a partir de 2019. Na semana passada ele anunciou que está criando uma segunda sede para a Accor na América do Sul, em Santiago, onde Frank Pruvost tocará as unidades econômicas e midscale dos países hispânicos. No Brasil, esse papel caberá a Olivier Hick. E os hotéis lifestyle e de luxo na América do Sul continuam com Philippe Trapp, baseado em São Paulo. Em poucos dias a Accor irá anunciar também novas caras regionais para a rede, com nomes que representarão a empresa em praças como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Nordeste... O objetivo é se aproximar do mercado e das comunidades. Afinal, são 300 unidades no Brasil e mais de 30 marcas no total. A Accor conta com mais 120 projetos em desenvolvimento, em construção ou contratos já assinados para execução. “Então, batemos nossa meta do ciclo 2018-2020, que era o de atingir 400 hotéis no Brasil”. Em 2019 o Fairmont abrirá suas portas em Copacabana, no Rio de Janeiro. A Accor Hotels investe e acredita muito no potencial do Rio e, por isso, neste ano também anunciou a futura chegada da marca Jo & Joe. O mercado fluminense ainda não dá sinais de recuperação, mas é uma aposta da rede. Já São Paulo, cresceu 15% seu Revpar este ano e mostra uma boa retomada. n
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12 CHRISTIANO OLIVEIRA GRUPO FLYTOUR O
Ele passou de promessa à realidade. De carimbador de bilhetes, Christiano Oliveira galgou um caminho marcado pela migração às áreas de franquias, corporativo até chegar a diretor executivo e CEO do Grupo Flytour, após a fusão com a Gapnet. É praticamente impossível desassociar sua história da de seu pai, Elói, fundador da Flytour. Há dois anos no comando da holding, Oliveira tem buscado se mostrar mais do que executivo. Estar à frente de 11 empresas se mostrou uma resposta a qualquer insegurança, pois ele se tornou o “número um” em um momento já conhecido do Brasil: crise, crise e mais crise. Até o momento, porém, o profissional não tem do que reclamar. Com pouco mais de 40 anos, o conglomerado de empresas atuante em sete segmentos (consolidadora, operadora, corporativo, tecnologia, franchising, eventos e operadora de programas de fidelidade) obteve um faturamento de R$ 5,5 bilhões em 2017. Em 2018, os indicadores seguem a mesma curva de crescimento. De janeiro a julho, o Grupo Flytour cresceu organicamente 11,7% em receita em comparação ao mesmo período do ano passado. Os números de agosto ainda não estão concluídos, mas apontam uma alta de R$ 525 milhões nesses 31 dias, revelou à reportagem o diretor executivo da holding. Outubro já está batendo à porta e a pergunta que fica é: os negócios manterão o padrão de dois dígitos em um momento de incerteza na política? Foco e disciplina são as palavras-chave, aponta. Ao se debruçar sobre os números, Oliveira apresenta mais indicadores positivos: a consolidadora Flytour Gapnet cresceu 11,5%; Flytour Amex Global Business Travel (+10%), franqueadas (+11,3%), Vai Voando (+14,6%) e Conexxe (+95%). Um dos articuladores da fusão Flytour e Gapnet, o CEO do grupo vê um mercado cada vez mais centrado em grandes players. Uma de suas concorrentes, a CVC Corp, atribuiu ao portfólio de operadoras a Visual e Trend, além de três empresas argentinas recentemente: Biblos, Avantrip e Ola Turismo. Dentro do seu ambiente de negócios, as operadoras Flytour Viagens e MMTGapnet iniciaram um processo de fusão (com seus percalços naturais) que deve ser finalizado no decorrer do último trimestre. “O mais importante e difícil não é fechar um novo negócio, e sim criar valor para os nossos clientes. Estamos prontos para o futuro e se nele existir a oportunidade de novas aquisições que gerem valor para nosso cliente, não tenho dúvida que a coragem e determinação não faltarão para realizar”, afirmou.
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PANROTAS — 19 a 25 de setembro de 2018
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TOP 20
13 FERNANDO MICHELLINI O
CWT
É com novas parcerias e o crescimento no número de clientes que a Carlson Wagonlit Travel tem apresentado resultados além do previamente projetado para 2018. Para Fernando Michellini, que dirige a empresa no Brasil, “o ano tem sido muito bom para nós, até melhor do que prevíamos”. Sem revelar números, o executivo afirmou que além do crescimento da quantidade de clientes, o faturamento também apresenta bons resultados nos oito primeiros meses do ano. A estratégia, aliás, é bastante simples: investir em mais inovações — e de maneira consciente. “Como qualquer empresa, nós apostamos em sempre trazer novidades ao mercado, porém buscamos ter responsabilidade com os nossos clientes.” No entanto, ainda há questões a serem melhoradas. O mercado brasileiro precisa aprender e amadurecer alguns pontos em que outras localidades do mundo já estão mais desenvolvidas. Segundo Michellini, a forma de pagamento é uma delas. “Vemos muitas novidade surgindo neste âmbito, mas o Brasil está atrás em alguns pontos.” Tendo o Brasil como principal mercado da América Latina e a tecnologia como diferencial, a CWT tem como oferta global oferecer as melhores soluções tecnológicas possíveis aos seus clientes, não só no País, mas no mundo todo. “O investimento neste quesito faz parte do nosso dia a dia como companhia”, salienta. Apesar disso, para além da tecnologia, fatores externos aos planos estratégicos da empresa podem afetar o seu desempenho — e, pensando na atual conjuntura brasileira, as eleições para presidente e a formação do novo Congresso Nacional tornam incertas as projeções acertadas para 2018. De acordo com ele, a CWT pensa na política e analisa a atual situação, assim como qualquer empresa e investidor no País. “Mas além disso, o que importa para gente é o nosso planejamento estratégico. Acho que precisamos continuar com ele, independentemente de políticas e possíveis reformas que o futuro governo irá adotar ou não”, revela.
FATURAMENTO EM 2017: R$ 1,17 BILHÃO
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TOP 20 PANROTAS — Em relação ao Turismo, o que esperar das próximas eleições? EDUARDO KINA — É uma eleição atípica, com muitos candidatos com chances de ir para o segundo turno. Existe um desejo claro do eleitorado por mudanças, o que tem um aspecto positivo e um negativo: no campo positivo, existe uma clara percepção da população em geral de que o País não caminha no rumo certo, tanto no front econômico quanto político. Essa percepção não era tão clara em eleições passadas, quando já havia sinais de que o caminho não estava correto. O lado negativo que pode surgir a partir desse anseio por mudança é de que podemos ter uma correção de rumo na direção correta ou na direção errada. Nesses momentos de clamor social, sempre surgem “salvadores da pátria” com propostas inexequíveis e demagogas. Com respeito à indústria de viagens, no curto prazo acredito que o resultado da eleição em si não é tão relevante. Qualquer candidato que venha a ser eleito terá que priorizar a recuperação econômica e acredito que 2019 será um ano melhor do que foram 2017 e 2018. Mas o que me preocupa é o longo prazo, pois somente teremos um crescimento sustentável no front econômico e uma estabilidade no front político com investimentos em educação. Sem essa base, não há país que consiga ser sustentável.
FATURAMENTO EM 2017: R$ 1,69 BILHÃO
14 EDUARDO KINA O
ALATUR JTB
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PANROTAS — Como a Alatur JTB se saiu nesse cenário desafiador de 2018? KINA — Em agosto tivemos um crescimento de 7% nas vendas comparado com o mesmo período do ano passado. Mesmo em julho, que é um mês fraco em termos de vendas no corporativo e ainda sob os efeitos de Copa do Mundo, tivemos um crescimento de 5% com relação a 2017 e superamos em 12% o nosso orçamento. A maior parte desses crescimentos se deu por conta de nossa carteira de clientes atual, ou seja, estamos percebendo uma recuperação consistente com relação ao exercício anterior. PANROTAS — A Alatur JTB tem planos de novas fusões e aquisições no Brasil? KINA — Na Alatur JTB, os últimos meses foram concentrados no processo de aquisição da JTB, com 100% das ações (Nota da Redação: o imbroglio jurídico com os sócios brasileiros foi resolvido em agosto). Agora, com esse processo concluído, estaremos atentos a novas oportunidades. PANROTAS — Como ajudar os clientes em estratégia e gestão de custo? KINA — Cada vez mais o papel da TMC tem sido de consultoria, de assessorar nossos clientes de forma a garantir que a sua mobilidade corporativa seja mais eficaz e eficiente. Isso passa por compreender o orçamento de nossos clientes em viagens corporativas e eventos, garantir que eles se beneficiem das melhores condições junto aos fornecedores e sugerir, implementar e executar políticas de viagens que atendam a esses objetivos.
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TOP 20
15 ROBERTO SANTOS O
ESFERATUR
Como se já não bastasse sua relevância para o segmento de distribuição de passagens aéreas no Brasil, Roberto Santos não poderia ficar de fora do Top 20 desta lista. Afinal, o empresário é uma das partes principais da maior transação do ano no Turismo até aqui. Sua consolidadora, Esferatur, atraiu a atenção da CVC Corp, que desembolsou R$ 245 milhões para levá-la sob seu guarda-chuva. De presidente, Beto Santos se torna diretor geral da Esferatur, cadeira em que se manterá até 2021. Exceto pelo novo cargo, nada muda, ele garante. O DNA da empresa continua sendo o mesmo, com uma equipe unida, atendimento de primeira e sempre próxima do agente de viagens. Mantém-se até a grande concorrente da empresa, Rextur Advance, que agora divide a presença na mesma holding. “A Esferatur continua com sua linha de atuação, solidificando sua posição de segunda consolidadora do mercado”, aponta, acrescentando que viver momento de crise não é nada inédito nessas quase três décadas de Esferatur. “Na linha do tempo, sempre tivemos altos e baixos. Não maltratamos o dinheiro que ganhamos em tempos de ventos bons e estamos preparados para enfrentarmos crises como essa que não é a primeira nem será a última que viveremos. Importante é tirarmos algumas lições, sempre.” Apesar disso, ele lamenta o cenário político que afeta o Turismo principalmente com a volatilidade cambial. “Essa instabilidade reflete imediatamente em nosso segmento. Estamos em uma fase em que, quando muito, não conseguimos traçar uma estratégia de longo prazo, tendo que tomarmos decisões com base em nosso dia a dia.”
FATURAMENTO EM 2017: R$ 2 BILHÕES
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OTIMISMO NOS NEGÓCIOS Estima-se que, em uma compra ou fusão, principalmente do porte da CVC Corp e Esferatur, a companhia adquirida perca por volta de 20% de sua cartela de clientes. Quando Santos diz à PANROTAS que “não venderia sua alma ao diabo”, sobre a venda para a CVC Corp, ele tenta garantir ao mercado que a essência se mantém. A companhia tem 400 colaboradores e as milhares agências de viagens fiéis à marca não ficariam desamparadas.
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TOP 20
FATURAMENTO EM 2017: R$ 1,2 BILHÃO
16 LUIS PAULO LUPPA O
TREND
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Luis Paulo Luppa sempre teve o dom da oratória. E esse talento, aliado ao vasto conhecimento que tem do setor, resulta em insights que todo agente de viagens deve ouvir. Agora ele fala como um dos diretores do maior grupo de Turismo da América Latina. Quem segura? De volta ao Brasil, após temporada cuidando das empresas da divisão da Trend nos Estados Unidos, Luppa trabalha no mesmo prédio da Rextur Advance, em Santo André (SP). Duas consolidadoras, cada uma com um tipo de produto, e um futuro cheio de perspectiva. Com os sistemas Reserva Fácil e Na Trend migrados ainda no primeiro semestre, bilhetes aéreos e hotéis aparecem na mesma tela para o agente de viagens, uma mudança que parece simples, mas somadas, as empresas contabilizam mais de 20 mil transações por segundo, se consideradas as buscas. São quase 200 mil fornecedores para uma carteira de cerca de sete mil agentes de viagens clientes. Um se beneficia da expertise do outro. “A cada 1% que evoluímos por aqui, melhoramos em 100% a vida dos nossos agentes parceiros. Nesse prédio está a equipe que atende, serve, que existe para facilitar a vida dos nossos agentes”, ele avalia. Luppa joga no time dos agentes de viagens. É isso que ele sabe fazer de melhor. Por isso, o empresário se mostra contente em fazer parte da CVC Corp. Contente também por ter desafios pela frente, que sem eles, não há motivação que aguente. “Mover um elefante já é difícil, conduzir uma manada, imagina. Estamos investindo muito nos processos novos e na adequação das sinergias”. “Estamos inseridos no maior grupo de viagens da América Latina, onde há unidades de negócio que somam mais de um século de expertise em seus segmentos e profissionais altamente experientes. Esse ‘intercâmbio’ é extremamente saudável para todos com visão de vendas, tecnologia e gente”, afirma o empresário. Embora tecnologia pese muito na rotina dos agentes, o atendimento e, claro, o controle de crédito são fundamentais para manter o equilíbrio de uma consolidadora de ponta. “Repito que tecnologia é algo comprável, que devemos investir e ter as melhores soluções, mas atendimento tem valor imensurável, é a parte mais importante do nosso negócio, faz toda a diferença na ponta. Por fim, o controle de crédito, e hoje somos a maior provedora de crédito do Brasil para os agentes, vem de todo o respaldo de estar na líder do setor, que tem volume para oferecer as melhores condições.” Ainda pode-se dizer que a Trend vive um novo momento. A aquisição da CVC Corp, de R$ 258,9 milhões por 90% da empresa é muito grande para dizer que já se consolidou. Tanto é que a mudança da Trend para Santo André exigiu o remanejamento de 1,5 mil colaboradores em termos de espaço físico. Trend Operadora (hotéis nacionais, internacionais e outros produtos, para corporativo e lazer), Shop Hotel (empresa lowcost para venda de produtos B2B), TC World (consolidadora aérea), Trend Travel USA (empresa com sede nos Estados Unidos), Trend Tech (tecnologia) e VHC - Vacation Homes Collection (aluguel de casas nos Estados Unidos)... A gama é muito grande para ser simplificada, mas para resumir em apenas uma palavra: especialista. Trend e Rextur Advance são especialistas e não generalistas. “Nossa dinâmica inclui construir a prateleira para a agência de viagens de forma competitiva. O que interessa é o cliente.”
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TOP 20
17 BRUNO LASANSKY O
LOCALIZA HERTZ
FATURAMENTO EM 2017: R$ 6,1 BILHÕES
No primeiro semestre de 2018, a Localiza Hertz manteve uma trajetória de crescimento com rentabilidade e alcançou o importante marco de 208.552 veículos na frota, a maior da América Latina. Nesse período, sua divisão de aluguel de carros apresentou um aumento de 50,6% no volume de diárias em relação a 2017, expandindo sua liderança em excelência no atendimento ao cliente e oferecendo uma rede de quase 600 agências. Um dos grandes responsáveis pelo momento de ascensão é seu diretor geral da divisão de Aluguel de Carros, Bruno Lasansky. “Não poderia deixar de agradecer aos nossos grandes parceiros do trade, agências de viagens e emissores, pela contínua parceria que tem sido um pilar fundamental do nosso negócio”, afirma o executivo, que claramente vê o mercado de Turismo como fundamental na trajetória da locadora. Embora seja uma daquelas empresas top of mind, de referência ao consumidor brasileiro quando remetido à sua atividade, a Localiza Hertz, que desembolsou R$ 337 milhões para comprar as operações da notória marca internacional e ganhar esse “sobrenome”, não pretende deixar esse posto. Segue investindo em tecnologia e inovações para alcançar um cliente cada vez mais conectado e prático. “Nosso primeiro semestre também foi marcado pelo reconhecimento ao nosso protagonismo em inovação e transformação digital. A Localiza foi eleita a empresa mais inovadora do Brasil no segmento de transportes pelo “Prêmio Valor Inovação”, concedido pelo jornal Valor Econômico, sendo a única locadora na América Latina a oferecer uma locação 100% digital através do produto Localiza Fast, em que o cliente realiza todo o processo de locação via aplicativo, inclusive a abertura do carro sem passar pelo balcão”, aponta. “Outro destaque tem sido a grande aceitação do novo Programa Multiprêmios, que premia os melhores emissores de agências de viagens com reconhecimentos e pontuação Dotz.” Com nítido poder de fogo, a companhia de 45 anos não baixa as rédeas para a crise vivida pelo País. Apesar das incertezas no cenário político e econômico, as promessas de investimento não cessam. “No primeiro semestre deste ano, a companhia investiu R$ 2,57 bilhões na aquisição de novos veículos para renovação e ampliação da frota. A Localiza Hertz manterá o foco na geração de valor no longo prazo para nossos investidores por meio da inovação e melhoria contínua da gestão operacional e financeira, sempre priorizando a melhor experiência para os nossos clientes para que possamos oferecer um serviço ágil, surpreendente e de excelência.”
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TOP 20
18 JUAREZ CINTRA NETO GRUPO ANCORADOURO O
Fusões e aquisições são estratégias cada vez mais frequentes no mercado de Turismo, mas não são o único caminho do sucesso. Em Campinas (SP), a Ancoradouro o ilustra muito bem. A companhia de 31 anos caminha com suas próprias pernas e não só segue entre as mais relevantes do Brasil como só vê oportunidades nessas aquisições da concorrência. À frente do grupo está o presidente Juarez Cintra Neto, que costuma ver cada fusão como um concorrente a menos no mercado. “No caso da CVC Corp, por exemplo. Independentemente de ganharem share e volume, é um player a menos no mercado”, avalia. “Isso cria naturalmente uma preocupação por parte dos fornecedores. E cria também a necessidade de atenção ao cliente, no caso o agente. É nítido que essas compras abrem brecha no mercado, aí vai de quem souber aproveitar.” “Nosso atendimento é consequência de décadas de treinamento, como o nosso evento anual Encontro Ancoradouro. Em relação à tecnologia, temos um investimento contínuo em sistema, que cresceram ainda mais desde que o E-Fácil Plus se transformou em empresa. Acreditamos que tecnologia é commodity e que as plataformas do mercado estão muito equiparadas. Vai, então, da questão comercial e do atendimento”, aponta o presidente da Ancoradouro. “Procuramos nos mostrar como atendimento artesanal, fazendo coisas que os clientes não conseguem no dia a dia por uma questão de gestão. Essa é nossa prioridade”.
FATURAMENTO EM 2017: R$ 785 MILHÕES
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CONSOLIDADORA E OPERADORA A Ancoradouro cresceu na casa dos dois dígitos no primeiro trimestre do ano, um “crescimento interessante” na comparação anual, de cerca de 12%. O ritmo seguia forte até a greve dos caminhoneiros, “que impactou menos do que o esperado, mas foi sentida”. Para se manter entre as principais empresas do Turismo nacional, o Grupo Ancoradouro já conduz planos para expandir a consolidadora e turbinar a operadora. A primeira fincou sua bandeira no Nordeste ao encontrar oportunidades na região, principalmente com as novas rotas internacionais anunciadas a partir de Fortaleza, Recife e Salvador. “Aproveitamos a saída da Aeroturismo naquele mercado para recrutar profissionais com conhecimento regional. Estamos colhendo bons frutos no Nordeste”, garante o poderoso. Em relação à Mondiale, nome que sempre foi a razão social da Ancoradouro Operadora e agora é definitivamente o nome comercial neste segmento. Quem conduz o novo posicionamento da marca é Edson Ruy, da Intercontinental, de Vitória. “Edinho é um profissional qualificado e sempre trabalhou com a operação. Temos bons projetos para o futuro”, concluiu Cintra Neto.
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TOP 20
19 EDUARDO BERNARDES O
GOL LINHAS AÉREAS
FATURAMENTO EM 2017: R$ 10,6 BILHÕES
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A importância da equipe de Vendas e Marketing em uma companhia aérea prestes a inaugurar voos aos Estados Unidos a partir de novos mercados no Brasil é inegavelmente central. Este é o cenário em que a Gol está envolta, às vésperas do início das operações para Miami e Orlando via Fortaleza e Brasília e este é o ambiente em que trabalha o executivo à frente desse time, Eduardo Bernardes. A responsabilidade por definir estratégias e ações tão fundamentais para o sucesso dessa empreitada é mais compromisso do que desafio para o vice-presidente, que define o momento da aérea nacional como “bastante promissor”. “Os nossos desafios não são diferentes daqueles que as companhias áreas já estão acostumadas a trabalhar, inerentes ao nosso negócio. Estamos investindo na cultura organizacional da Gol para que estejamos preparados a enfrentar essas variantes macroeconômicas”, pontua o CCO, que reforça a necessidade de ter a casa arrumada antes de dar passos grandes como os de agora. As novas ligações aos Estados Unidos, anunciadas no início deste ano, mostraram ao mercado que há uma vontade da Gol em assumir posições cada vez mais relevantes na indústria – que acompanham, por exemplo, a liderança nacional no segmento corporativo. A estratégia atual é densamente baseada na renovação da frota, com a chegada dos primeiros Boeing 737 Max 8 (de uma encomenda total de 120 aeronaves). “Eles abrem a oportunidade de voar para mercados que a gente não voava e ter performance superior em mercados que a gente já voa”, enfatiza. “Mercados internacionais fazem parte dessa pauta. Existe uma lista de mercados potenciais que a gente pode trabalhar, e de tempo em tempo ela é revisitada pelos nossos times para ver se estamos no momento certo”, afirma ele, brincando que a tal lista “é quase tão grande quanto o prêmio da mega-sena”. O voo
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S
São Paulo-Quito já é certeza, e o serviço se inicia em dezembro, também com a aeronave. Novos itinerários e novos aviões não significam, no entanto, um produto diferente do que o consumidor da Gol já está acostumado. O passageiro fiel sabe o que esperar das operações da aérea, seja na ponteaérea de rotina ou na viagem internacional com a família, por isso mudanças bruscas no serviço não devem orientar o futuro da companhia. “O produto que a gente oferece é o mesmo, seja no lazer ou no corporativo, e com alto grau de satisfação desse cliente”, defende Bernardes, que reivindica ser “o líder em malha nos principais aeroportos”. A continuidade da viagem de seus passageiros, aliás, norteia as decisões da Gol para além das fronteiras do Brasil. A íntima relação com as gigantes globais Delta e Air France-KLM mostra como a internacionalização da Gol não vem de agora – e não deve acabar por ora. “Temos parceria estratégica, que é muito mais que participar de uma aliança ou de um acordo de interline ou codeshare”, diz Bernardes. “Com isso a gente vem se desenvolvendo de maneira que podemos oferecer a maior capilaridade com a melhor experiência quando a gente conecta o mercado internacional com nacional, ou nacional com internacional.”
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SEM COSTURA Em resumo, o VP define que “o trabalho é intenso e contínuo, no sentido de que a gente possa oferecer uma experiência seamless, sem desvio e nem costura”. Segundo o executivo, são mais de 320 ligações em codeshares com a Delta, dentro do território norte-americano, e mais de 900 voos compartilhados com AF-KLM, ligando a destinos em todo o globo. “É uma relação importante, a gente tem mais de um milhão de passageiros transportados só na relação Gol-Delta nesses últimos seis anos de parceria”, aponta o diretor, revelando que, “em alguns casos, a gente conecta de 25% a 30% dos passageiros vindo de fora pelas nossas parceiras”. “É uma forma de ampliar nossa malha de uma maneira eficiente com dois parceiros que possuem excelência na forma de atendimento ao cliente.” Atualmente, tanto Delta quanto AF-KLM são acionistas da Gol, uma mostra de quão relevante é essa relação entre as aéreas. A presente atuação de Eduardo Bernardes e sua equipe não esconde que o futuro da Gol é, definitivamente, se aproximar dos clientes e companhias que escolheram a aérea como suas prediletas. Por isso, o executivo afirma que o mercado pode esperar “constante investimento no atendimento ao cliente em processos que façam que a experiência de compra, de voo e de pós voo seja a melhor experiência dentre as companhias que operam”. n
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TOP 20
FATURAMENTO EM 2017: R$ 5,6 BILHÕES
20 RUI ALVES O
GRUPO FLYTOUR
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Ele tem acompanhado ativamente o desenvolvimento da indústria do Turismo nas últimas décadas. Muitas vezes protagonista, foi um dos responsáveis pela criação, lá nos anos 1990, da consolidadora Gapnet e da Tam Viagens, a primeira operadora de viagens de uma companhia aérea brasileira. Com Ivo Lins e Sylvio Ferraz, sócios e amigos de longa data, esteve por trás da consolidação e expansão de duas das principais empresas. A Gapnet se uniu à Flytour e tornou-se Flytour Gapnet em 2015; já a Tam Viagens foi comprada pela aérea do Comandante Rolim e hoje atende pelo nome Latam Travel. Quase sempre no background, Alves raramente aparece em público para falar de negócios. De postura reservada, o profissional formado em jornalismo tem uma vida dedicada ao Turismo. Assim como todo e qualquer setor depende da política, o hoje sócio e vice-presidente do Grupo Flytour reconhece o momento difícil do Brasil. Mas para ele, a situação traz menos receio do que poderia. “O momento é bastante delicado do ponto de vista político por conta dos cenários possíveis para a eleição do próximo presidente da República não serem claros e não indicarem boas perspectivas. É claro que isto tudo tem efeito na economia e nos negócios, mas não penso que sejam tão fortes como alguns analistas e economistas tratam de mostrar”, afirmou Rui Alves. Ao refletir sobre as políticas voltadas para o Turismo, a insatisfação ainda é maior. A falta de protagonismo da indústria de Viagens em Brasília tende a permanecer, aponta. Muito desse descontentamento pode ser atribuído às constantes trocas de ministro, baixo orçamento para investimento em promoção nacional e internacional, entre outros fatores já conhecidos do trade. Um dos comandantes de um grupo que faturou R$ 5,5 bilhões em 2017, Rui Alves vê espaços de sobra para investir em 2019. Ele é também um dos nomes por trás da Vai Voando, agência que oferece passagens aéreas com condições especiais para classes populares. A empresa iniciou recentemente a venda de pacotes, englobando mais produtos além do tíquete, e apostará no modelo de franquias pelo Brasil. Ao olhar para outras unidades de negócio, Rui Alves consegue enxergar além do território nacional. “Continuaremos a investir em nossa operadora [Flytour MMT Viagens], que se dedica ao nacional e internacional, e continuamos buscando oportunidades de atuar na América Latina em alguns dos segmentos que atuamos”, finalizou, sem entregar mais detalhes.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 5,6 BILHÕES CONSOLIDADORAS
IVO LINS
GRUPO FLYTOUR Seu nome ecoa entre os principais da consolidação aérea no Brasil. Fundador da Gapnet, hoje Flytour Gapnet, integrante do segundo maior conglomerado de viagens do País, Ivo Lins sabe bem o que é a transformação de um segmento que por anos ofereceu apenas crédito para agências de viagens para disponibilizar um verdadeiro leque de produtos além de bilhetes. Hoje sócio e vice-presidente do Grupo Flytour, o empresário faz parte de uma holding que faturou R$ 5,5 bilhões no ano passado, atuando em sete áreas distintas (consolidadora, operadora, corporativo, tecnologia, franchising, eventos e operadora de programas de fidelidade). O ano tem despontado como um período positivo para sua empresa. Além de atestar seu compromisso com o agente de viagens, o grupo sediado na Barra Funda e em Alphaville (SP) tem abraçado também o B2C (com vendas via agências cadastradas), em duas edições do Hiper Feirão de Viagens, promovido pela Flytour MMT Viagens, nas cidades de Santos e Campinas, em São Paulo. Toda essa onda de resultados favoráveis acompanha também os inúmeros desdobramentos de uma política de incerteza. Lins não é o primeiro e nem será o último a contestar o que vem por aí.
“Tenho uma enorme preocupação com os extremos que se apresentam nas candidaturas que lideram as pesquisas, espero que essa preocupação seja minimizada ao encerramento das eleições onde tenhamos eleito um presidente que traga conciliação como base para a retomada de crescimento do País”, afirmou. A falta de liderança do Turismo em Brasília também deixa o executivo consternado. Sua esperança é que o segmento de viagens receba a mesma importância que o agronegócio recebeu em gestões de presidentes anteriores. Enquanto a política patina, o Grupo Flytour tem feito seu dever de casa ao longo do ano. De janeiro a julho, algumas empresas merecem destaque em desempenho em receita: a consolidadora Flytour Gapnet cresceu 11,5%; Flytour Amex Global Business Travel (+10%), franqueadas (+11,3%), Vai Voando (+14,6%) e Conexxe (+95%). Especialista no braço de consolidação, ele sabe bem como acompanhar as muitas mudanças dessa área. Acreditar e investir no lado humano em um mundo cada vez mais digital é de total relevância. “Vamos continuar investindo em nossos colaboradores para mantermos a liderança em profissionais cada vez mais qualificados”, concluiu.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 762,4 MILHÕES CONSOLIDADORAS
PETER WEBER
SKYTEAM CONSOLIDADORA Gaúcha de origem, a Skyteam atualmente dispõe de 14 escritórios nas cinco regiões do País. Com a expectativa de ampliar sua capilaridade ainda mais no Nordeste, tendo em vista a futura inauguração de um escritório em Fortaleza, somando-se a Salvador, João Pessoa e Recife, a consolidadora fundada por Peter Weber está confiante com os resultados do ano. “Em todos os meses tivemos vendas superiores às do ano anterior, tendo agosto sido o melhor mês da história da Skyteam. Os últimos quatro meses do ano também prometem resultados melhores que 2017”, revela Weber. De acordo com ele, o equilíbrio entre tecnologia, atendimento e regulação de crédito, haja vista a horizontalização das estruturas que prescinde de inúmeros cargos de chefias intermediárias, possibilitaram as conexões mais diretas entre as equipes de produção e a diretoria da empresa. E, consequentemente, têm impulsionado o bom desempenho da consolidadora. Apesar das projeções e resultados prévios positivos, o
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empresário, porém, destaca os desafios do ano atípico em que o País está mergulhado – sobretudo com as eleições que se aproximam. Segundo ele, o cenário da corrida eleitoral, de duração muito curta dada a importância do pleito, segue com promessas vagas e pontuais sobre temas do dia a dia, deixando de lado a discussão sobre as grandes reformas que o País necessita. “O quadro pior é o das eleições proporcionais, Câmara e Senado, em que o eleitor tem informações mínimas sobre as propostas de cada candidato e suas coligações. Novamente, uma boa parte destes votos poderá refluir para políticos de carreira, pouco comprometidos com as reais mudanças que promovam emprego e renda”, argumenta. Para além de escolhas acertadas por parte da nação, o diretor da Skyteam, como brasileiro e empresário, espera que, seja quais foram os eleitos, tenham condições para unificar o País em torno de um projeto nacional de crescimento. “É preciso dar fim à polarização política que vem travando o desenvolvimento nos últimos anos.”
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CONSOLIDADORAS
HELVÉCIO GARÓFALO CONFIANÇA
Helvécio Garófalo, presidente da Confiança, enxerga que o mercado turístico tem caminhado para a maturidade, sobretudo na consolidação aérea. Embora o segmento seja bastante competitivo e, constantemente, marcado por aquisições e parcerias, a empresa obteve um crescimento de 25% até agosto deste ano no comparativo com os oito primeiros meses de 2017. Entre os fatores que podem ter contribuído para o bom desempenho da consolidadora, o empresário destaca a atuação da empresa em diferentes polos do País. “Hoje temos uma atuação muito forte no Centro-Oeste, mas o Sudeste já ultrapassou esse mercado, e o Sul está praticamente empatado com a região onde originalmente começamos”, aponta “Nosso diferencial é a prestação de serviços aos clientes. Estamos praticamente em todo Brasil e na maioria dos Estados com escritórios físicos e equipe capacitada e comprometida."
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 733,5 MILHÕES
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 705,5 MILHÕES CONSOLIDADORAS
WAGNER CHAVES SAKURATUR
Embora já disponha de 43 anos de existência, há apenas sete que a Sakuratur entrou no mercado da consolidação. E é sob a missão de suprir a carência que a prestação de serviços aos agentes de viagens continuamente enfrenta que a empresa sob a direção de Wagner Chaves tem buscado se tornar, cada vez mais, uma das referências nacionais. “O consultor tem o cliente final, e o que ele precisa da consolidadora é um bom atendimento para conquistar o comprador e fechar a venda”, destaca o executivo. Segundo ele, dentre os diferenciais da empresa, está sua equipe qualificada para atender as necessidades e, acima de tudo, ter agilidade e acesso a boas negociações com as companhias aéreas. Essa é a função do consolidador, segundo Chaves. Oferecer aos clientes prestação de serviços de alto nível. “No entanto, não podemos ficar estagnados. Pois os clientes são cada vez mais exigentes e nós, na Sakura, adoramos o desafio de surpreendê-los com serviços diferenciados como departamento de vistos e atendimento no aeroporto, além de oferecer
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sempre o que há de melhor em tecnologia”, salientou. Para além da tecnologia, o executivo destaca a necessidade do equilíbrio de outros dois importantes pilares na consolidação: o atendimento e a regulação de crédito. “É necessário ter uma boa gestão, pessoas qualificadas e com conhecimento de mercado para que possam entender as necessidades do agente de viagens de hoje e já se programarem para o que está por vir. Pois, se tratando de tecnologia, os ponteiros do relógio se movimentam de forma frenética”, brinca. Apesar disso, não são só os três pilares que possibilitam uma boa direção para as empresas – sobretudo em um cenário político e econômico instável pelo qual o Brasil tenta sair. “Hoje em dia não basta nos adaptarmos ao mercado. Temos de antever as mudanças e planejar todos os passos a médio e longo prazos de forma a lidar com os novos cenários e tirar o melhor proveito dos mesmos”, revela Chaves, como se tal estratégia fosse também um pilar para a caminhada da empresa em direção de resultados cada vez mais prósperos.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 575 MILHÕES CONSOLIDADORAS
HUGO PICCHIONI PVT CONSOLIDADORA A PVT surgiu como consolidadora aérea para ser uma opção prática, sendo especializada na distribuição de bilhetes nacionais e internacionais. Hoje a empresa conta também com opções de aluguel de carro, seguro viagem e cruzeiros, marcando presença nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. O diretor Hugo Picchioni argumenta que o Turismo é uma das vocações naturais do Brasil e oferece diversos atrativos para todos os gostos, devido a sua grande extensão territorial e diversidade de ecossistemas. No entanto, há muito trabalho a se fazer para melhorar a infraestrutura, segundo o empresário. “O que esperamos dos próximos governantes e legisladores é que estabeleçam uma política de longo prazo para o setor, visando às melhorias, especialmente na segurança pública e infraestrutura turística. Além disso, mudanças na legislação com a inserção dos diversos players do mercado, como os consolidadores, já que o setor é, sabidamente, um dos maiores multiplicadores de empregos na economia, o que, evidentemente, trará benefícios econômicos e sociais”, ressalta Picchioni. Outros pontos considerados importantes por ele são a melhoria da educação, saúde e segurança pública. Além disso, seria importante uma redução do tamanho do Estado
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e a não-intervenção em setores que a iniciativa privada possa desenvolver com mais eficiência. EM 2018 “Em função do ano eleitoral e consequente indefinição política, a economia como um todo se retraiu prevendose hoje que o PIB crescerá a metade do que era previsto no início do ano. O real se desvalorizou muito, afetando as vendas de passagens internacionais, embora as nacionais tenham melhorado, mas não a ponto de compensar a redução no internacional”, explica. Para a consolidadora, a tecnologia de ponta e sistemas de segurança robustos demandam investimentos cada vez maiores e são importantes para o desenvolvimento como um todo. Na PVT, a agilidade com qualificação no atendimento são requisitos imprescindíveis para quem quiser se estabelecer no longo prazo no setor. “Investimos com outros parceiros numa plataforma tecnológica multifuncional, o E-fácil Plus, com basicamente todos os produtos e serviços relacionados ao Turismo. Paralelamente, temos investido continuamente na qualificação da nossa equipe, que também é considerada uma das melhores do mercado, especialmente em Minas Gerais.”
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 560 MILHÕES CONSOLIDADORAS
ERALDO PALMERINI GRUPO BRT
O Grupo BRT, do Paraná, presidido por Eraldo Palmerini, teve bons motivos para comemorar 2018, apesar de o ano ter sido marcado por eventos atípicos. Com as novas bases em São Paulo e em Vitória, sem revelar números, o executivo destaca que a empresa, em relação ao ano anterior, cresceu no faturamento. Segundo Palmerini, o grupo tem buscado investir na tecnologia de ponta para, assim, proporcionar o melhor atendimento aos seus clientes. Dentre os destaques, está o portal E-Fácil Plus, responsável pela distribuição de produtos não-aéreos. “Ele veio como a evolução natural deste modelo de negócio: um integrador de conteúdo”, explica o empresário. Segundo ele, a ideia é permitir que o agente de viagens realize buscas, reservas e emissões de aéreo, entre outros serviços agregados
aos viajantes, em uma mesma ferramenta e com a praticidade e rapidez necessária. A ideia, aliás, é poder proporcionar a melhor performance dos consultores. “Se o agente compra o bilhete conosco, assim como o hotel, isso cria oportunidade para vendas maiores. Entramos com consolidação de ônibus, com site de operadora e o vendedor conta com inúmeros produtos e ofertas aos seus clientes.” Com a chegada do novo portal, a operadora do grupo ainda reforça a oportunidade de levar os produtos nacionais e internacionais para dentro das principais agências do País. “Garantindo produtos de qualidade, atendimento especializado e segurança. Pois, vale ressaltar, que o novo portal já está funcionando de acordo com a normativa da Iata, que exige a certificação PCI-DSS para pagamentos”, completa.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 485,4 MILHÕES CONSOLIDADORAS
WANIA FASULO GRUPO HIGH LIGHT
PANROTAS — O que podemos esperar das próximas eleições presidenciais e do novo Congresso a ser formado? WANIA FASULO — Não espero muita diferença do que já é hoje em dia. Políticos sem berço administrativo, sem visão empresarial ou os mesmos de sempre que nunca fizeram algo para o empreendedorismo no Brasil, as empresas de médio porte pagando mais impostos e tendo menos receita... Até a organização geral dessa eleição, acredito que nosso setor só começará a se desenvolver novamente em meados de março de 2019, a passos lentos. PANROTAS — Como foi o ano para a High Light? WANIA — Tivemos desempenho bem modesto até agora, nosso crescimento não foi relevante. Tendo a matriz no Rio de Janeiro, um Estado falido, passamos a desenvolver e trabalhar outras regiões onde temos filiais ou home office. Este ano contamos também com a atuação e perseverança da nossa filial de São Paulo, dirigida pelo nosso sócio André Sanajoti. PANROTAS — Tecnologia, atendimento e controle de crédito: como equilibrar esses três pilares? WANIA — A nossa tecnologia teve que ser aprimorada. Temos a Iata regulamentando nosso setor e com isso tivemos um gasto
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substancial esse ano. Aproveitamos essa regulamentação e nos atualizamos tecnologicamente um pouco mais com aplicativo no celular, melhoria na infraestrutura da hospedagem do portal, melhoramos nosso sistema de back-office, entre outros investimentos. Tivemos mudanças internas no atendimento para continuarmos garantindo a excelência como um dos melhores serviços prestados da consolidação. Mudamos nossa central telefônica, permitindo uma autonomia maior entre matriz e filiais e um monitoramento constante das ligações recebidas, minimizando o tempo de espera de nossos clientes. Tivemos mudanças na carteira dos nossos executivos de conta e a implementação de um aplicativo de gestão de vendas para eles e um melhor monitoramento nosso. Cada centavo investido valeu a pena. Com isso, garantimos uma inadimplência média baixa, com pequenas variações de Estado para Estado. PANROTAS — Como a High Light se diferencia? WANIA — Somos conhecidos e respeitados pela nossa expertise internacional e por nossa seriedade. Essa credibilidade, fomentada ao longo dos 27 anos de existência da High Light, faz com que o mercado consumidor e as companhias aéreas assegurem o nosso espaço perante as grandes empresas do mercado.
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CONSOLIDADORAS
ANDRÉ KHOURI
CNT CONSOLIDADORA PANROTAS — Como sua consolidadora se diferencia em um mercado tão competitivo e de margens cada vez mais apertadas? ANDRÉ KHOURI — Nos diferenciamos no atendimento, apesar de termos sistema de reserva e emissão onde permitimos que as agências possam emitir. Temos uma equipe bem preparada para buscar as melhores opções para as cotações e buscamos sempre as melhores tarifas com nossos parceiros das companhias aéreas. Isso fez com que a CNT se tornasse uma consolidadora butique, na qual nosso lema é atender sempre da melhor forma, oferecendo um atendimento personalizado e sob medida para cada agência. Contamos também com um atendimento 24 horas, sete dias por semana e 365 dias por ano. PANROTAS — Tecnologia, atendimento e regulação de crédito: como equilibrar esses três pilares? KHOURI — Em nosso segmento de consolidação, quem não investe em tecnologia está fora do mercado. Fomos pioneiros em fornecer os sites com vendas on-line e criação de aplicativos para as agências, sem esquecer do atendimento. O crédito é uma situação que preocupa todo o mercado, porém os clientes da CNT são agências bem estruturadas e que já nos prestigiam há muito tempo. Não usamos cartão para dar crédito estendido
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 318,7 MILHÕES para os clientes, pois na nossa carteira a maioria de suas emissões já é no cartão do próprio passageiro. Isso faz com que o risco de crédito caia bastante.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 204,4 MILHÕES CONSOLIDADORAS
FLAVIA PIROLA TYLLER CONSOLIDADORA Com 45 anos no mercado, a consolidadora Tyller aposta como um de seus diferenciais o investimento nas pessoas. A neta do fundador, aliás, Flavia Pirola, há duas décadas compõe o time da consolidadora e atualmente é uma de suas diretoras. Em um mercado cada vez mais competitivo e de margens mais apertadas, a empresa mostra-se confiante com os serviços prestados e os resultados obtidos. “Damos prioridade a um atendimento de qualidade e personalizado, o que cada vez mais está em falta, pois treinamento de pessoal qualificado não é fácil no nosso segmento”, salienta Flavia. Outra questão importante que também tange o desempenho da empresa, e das demais inseridas na cadeia turística, aliás, é a política. A poucas semanas
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da eleição tanto do novo presidente quanto do novo Congresso Nacional, o cenário ainda é de desafios. “Acho que por enquanto teremos uma incerteza em relação ao ‘novo’. Porém o esperado é que o próximo Congresso tenha mais consciência e aprove mudanças favoráveis à economia do País, melhorando assim o desempenho Turismo como um todo.” Para além de empresária do mercado turístico, Flavia ainda destaca a esperança no próximo governante nacional, ainda que nomes ainda sejam incertos. “Espero honestamente que o candidato que ganhar consiga exercer um mandato com pensamento no bem comum, sem privilégios de uma minoria, e que tenha uma visão geral do País. Obviamente sem corrupção”, finaliza.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 600 MILHÕES (VALOR ESTIMADO) OPERADORAS
MICHAEL BARKOCZY FLYTOUR MMT VIAGENS Profissional experiente e ousado, Michael Barkoczy acumula quase quatro décadas na indústria de Viagens eTurismo. Mas foi apenas no final de 2017 que ele foi incumbido de uma nova função: liderar a transformação de duas empresas em uma. Com a fusão de Flytour Viagens e MMTGapnet, o experiente executivo tem em mãos hoje a Flytour MMT Viagens, segunda maior operadora do Brasil, com apenas sete anos de mercado (contando a fundação da Flytour Viagens). Embora o volume de vendas não seja revelado (mas estima-se em cerca de R$ 600 milhões ao ano), o braço de operações de lazer integra a holding, o Grupo Flytour, que obteve um faturamento de R$ 5,5 bilhões no ano passado. “Fizemos todo o trabalho de fusão, estamos alinhados e organizados. Fizemos uma revisão de equipe, o que trouxe vantagens para ambos os lados. Essa troca começa a trazer resultados para nosso time de cerca de 230 colaboradores”, declarou ele. Essa empreitada coincidiu também com o agravamento da crise político-econômica brasileira em 2018. A pouco menos de duas semanas para a eleição, Barkoczy desperta preocupação com as muitas incertezas que
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pairam sobre o Brasil. Para ele, tão importante quanto a escolha do próximo presidente é a definição do ministro ou da ministra do Turismo. “Quero uma ideia empresarial de ministério. Que não tenha trocas, porque isso atrapalha e muito o segmento. Acredito também que ele tem de ficar os quatro anos e entenda a importância da nossa indústria, pois geramos empregos e muitas oportunidades. Realmente, falta um especialista, um ‘catedrático’ no Turismo.” Ainda que não seja um especialista na política, podese dizer que Michael Barkoczy é “letrado” em viagens. Mesmo com o céu nublado, a Flytour MMT Viagens pretende se desvencilhar das tempestades e crescer de 20% a 22% em faturamento neste ano. Mas qual é o segredo para subir dois dígitos? Sem muitos mistérios, o presidente da operadora destaca que a presença no nacional e internacional é fundamental. A especialização em apenas um nicho, segundo ele, não é válida para uma empresa de grande porte. “Quando olho para o futuro, vejo que quem estiver em um só nicho dificilmente vai sobreviver”, finalizou, sugerindo que sua operadora estará cada vez mais presente em todos os segmentos possíveis.
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OPERADORAS
MARTIN JENSEN QUEENSBERRY
As viagens de luxo são possivelmente o segmento mais resistente aos inúmeros problemas da economia e política. A Queensberry, operadora fundada e comandada por Martin Jensen, manteve-se de pé em anos em que a economia brasileira esteve no vermelho. A empresa, reconhecida no trade pelo seu trabalho em viagens de grupo, por meio do Grupo de Brasileiros pelo Mundo (GBM), e também as sob medida, resistiu aos boatos de venda, à concorrência e segue nas mãos do inglês residente no Brasil há mais de 40 anos. PANROTAS — Qual receita de sucesso de uma operadora nos dias atuais, é ser generalista ou especialista? MARTIN JENSEN — Se existe uma “receita de sucesso”, acredito que é a busca constante de novas oportunidades para oferecer ao mercado novos produtos que não são disponíveis na internet. PANROTAS — Como está o ano para a Queensberry? JENSEN — O volume de vendas embarcadas representa um aumento de 12% sobre o mesmo período do ano passado. Infelizmente, o inesperado aumento do dólar está reduzindo bastante a margem bruta nas vendas. Baseados nesta perspectiva, nossas decisões com respeito a proteção com
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 305 MILHÕES “hedge cambial” se comprovaram inadequadas. Aprendemos há muitos anos que o que afeta as nossas vendas muito mais que a taxa de câmbio é a incerteza sobre os rumos da economia (e da política). Temos muitos clientes, neste momento, que pretendem viajar mesmo se o dólar não baixa depois das eleições, mas que somente irão comprar quando souberam dos resultados das eleições. Por este motivo estamos oferecendo um “câmbio especial” temporário para incentivar a venda de grupos embarcando a partir de dezembro.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 247 MILHÕES OPERADORAS
ANA MARIA BERTO
ORINTER TOUR & TRAVEL É importante que o velejador perceba e tenha sensibilidade para onde está indo o vento. Da vida ao mercado, tal afirmação se encaixa em vários contextos. Ela evidencia a necessidade em se ter sabedoria para lidar conforme a situação, sem exageros, sem errar o caminho. Em meio a um mar tempestuoso, com ventos que mudam facilmente de direção, Ana Maria Berto conduz a Orinter Tour & Travel como poucos velejadores guiam suas operadoras. A diretora vem de uma escola de operadoras generalistas, mas está consciente de que o caminho que o futuro das agências de viagens físicas é a especialização em nichos. Portanto, capacita sua equipe para ter especialistas em casamentos, exóticos, grupos e locação de carros, mas sem esvaziar totalmente uma prateleira generalista, caso seja necessário. “Vi a oportunidade e a necessidade do mercado e transformei a Orinter para que ela seja especialista em determinados nichos em que a especialidade faz a diferença. Grupos, casamentos e exóticos são nichos que exigem a mão de um especialista, portanto minha empresa vem investindo nisso. Nossos profissionais viajam e se capacitam para atender todos esses perfis”, afirma Ana Maria, revelando que pretende aumentar essa gama, mas sem dar pistas de quais serão as novas especialidades. “Porém, temos executivos focados em prateleiras gerais. Vendemos destinos nacionais e inter
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que não requerem toda essa diferenciação.” Sinal de que a estratégia vem dando certo é o resultado da Orinter neste 2018 tão complicado. “Estou feliz com o balanço. Crescemos em share, volume de venda e rentabilidade na comparação com os oito primeiros meses de 2017, chegando a quase 40% de alta neste período. Justamente os nichos de grupo, exóticos e casamento cresceram demais”, comemora a empresária, embora lamente os obstáculos no cenário político. “O reflexo na moeda sempre nos atinge. O impacto é enorme, mas o brasileiro segue viajando.” Independente do Grupo Esferatur desde dezembro do ano passado, a Orinter sofreu impacto zero com a saída da empresa comprada pela CVC Corp. Segundo Ana Maria Berto, a consolidadora pouco impactava nos negócios da operadora, era mais uma gentileza, uma formalidade. “A Esfera foi uma forma carinhosa dos nossos sócios nos apresentarem, nos introduzirem no mercado. Em princípio, a Orinter estava apenas no Sul do Brasil. Em março de 2015 começou a ocupar escritórios em São Paulo, Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP) e Fortaleza. Era necessário que o mercado soubesse quem estava se apresentando. Mas não tivemos nenhum tipo de ingerência por parte da Esferatur. Desde sempre tenho liberdade, responsabilidade e confiança dos sócios, que continuam conosco.”
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 287 MILHÕES OPERADORAS
ALDO LEONE FILHO
AGAXTUR
Agentes de viagens têm de oferecer serviço, nicho ou estão fadados ao fracasso. Já se foi o tempo em que as agências podiam sobreviver de emissão de bilhetes. Por sua vez, é papel das operadoras oferecer ao agente todo material necessário para que sua consultoria seja completa. Commodity é coisa para os e-commerces. No off-line a ordem da vez é diferenciação por meio de um serviço de ponta. Quem entende bem disso é Aldo Leone Filho. Tradicionalíssima, a Agaxtur entende bem dessas mudanças. Aliás, sempre foi uma operadora com alto nível de serviço. Nunca foi generalista. É reconhecida pelo seu perfil de viagens internacionais, luxo, esqui e outros segmentos. De administração familiar, a empresa conta com mais de 20 pontos de vendas com a fachada da marca, entre franquias e lojas próprias, e atua ao lado de agências multimarcas. É uma das poucas operadoras do mercado que conhece bem o agente de viagens e o passageiro que atende, de classes A e B. Após rumores de que estaria preparando a venda da operadora, Leone Filho não só ficou no comando como tem apresentado bons resultados no primeiro semestre de um ano cheio de lamentos para o setor. De janeiro a junho, a Agaxtur vendeu 37% mais do que no primeiro semestre de 2017. Boa parte do sucesso vem do programa de expansão
de vendas via agências de viagens, que representam de 55% a 60% do total da produção da operadora. Renomada na capital paulista, a Agaxtur fincou bandeiras em Porto Alegre, Ribeirão Preto (SP) e Belo Horizonte, e colocou promotores em home office em diversas cidades do País, sempre com foco no atendimento às agências. Já há unidades voltadas às agências, além desses mercados, em Campinas (SP), Sorocaba (SP) e Santos (SP). Agora a mira está voltada ao Nordeste. “Temos visto muito crescimento em grupos e vimos que a força dos agentes de viagens voltou. O consultor, o especialista faz a diferença no mundo da compra pela internet. Viagens como circuitos, grupos, cruzeiros, luxo, que são forças da Agaxtur, são força também do agente de viagens”, aponta. América do Sul, Orlando e cruzeiros ranqueiam as vendas da Agaxtur, mas sua fama no internacional como um todo permitiu com que o leque fosse aberto para Europa, Ásia e exóticos em geral. “Garanto que somos os maiores especialistas em Rússia no Brasil”, acrescentou o presidente. Para fortalecer o atendimento às agências (cerca de três mil em todo o País), a Agaxtur reformulou o departamento na matriz e também seu sistema, que, de acordo com a vice-presidente Andrea Leone, está mais ágil nas respostas.
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OPERADORAS
RODOLPHO GERSTNER RCA OPERADORA
A operadora, especializada em Orlando e que acaba de completar 25 anos, é uma das maiores vendedoras de Disney. Foi homenageada recentemente durante famtur realizado no complexo, tornando-se a primeira representação brasileira a receber tal reconhecimento. Também recebeu placa comemorativa da Universal Orlando, firmando ainda mais seu compromisso com o destino na Flórida. PANROTAS — Generalista ou especialista? Qual a receita de sucesso de uma operadora nos dias atuais? RODOLPHO GERSTNER — O sucesso se constrói com décadas de trabalho sério e respeito ao consumidor, aos parceiros comerciais e nosso público interno, nossos colaboradores. Uma relação de respeito e ética comercial certamente favorece nosso desempenho junto aos agentes de viagens, o consumidor, assim como com os fornecedores ao redor do mundo. Honrar o que se promete é receita de sucesso. Perseguimos a excelência diariamente investindo em treinamento contínuo, atualização de opções de viagens e preços competitivos que garantam a alta qualidade de nossos produtos. PANROTAS — Como está o ano para a RCA? GERSTNER — Os anos de 2016 e 2018 vão entrar para a
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recente história como os piores para nossa atividade. Entretanto, com uma política de gestão austera, sem oferecer vantagens que enfraqueceriam a estrutura da companhia, garantindo qualidade acima da média, estamos enfrentando bem as adversidades econômicas. Isso, sem contar que a RCA só oferece produtos de renomada e comprovada eficiência e que entregam aos viajantes e clientes a melhor experiência, com o melhor e mais justo custo possível. PANROTAS — Como lidar com a alta da moeda americana? GERSTNER — Como a empresa tem 25 anos de história, criamos uma estrutura financeira que nos permite enfrentar essa crise cambial com solidez, sem a necessidade de comprar mercado ou mágicas de congelamento de câmbio. Práticas mentirosas que, infelizmente, muitas empresas do segmento empregam, talvez por desespero de causa ou dificuldades de caixa, mas que – certamente –, como já vimos em um passado recente, pode levá-las à bancarrota. Aliás, os agentes de viagens deveriam analisar essas práticas inventivas, porém de resultados desastrosos a médio prazo. n
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OPERADORAS
MARCELO BENTO
AZUL VIAGENS Esse será mais um grande ano para a Azul Viagens, garante seu diretor, Marcelo Bento. A estratégia está na especialização, oferecendo margens maiores e produtos especiais para suprir a falta de escala e manter os negócios saudáveis. “E existe grande demanda por produtos especiais nas mais diversas áreas de interesse dos consumidores”, afirma. “Já as grandes operadoras precisam de escala e portanto, tendem a ser mais generalistas. Porém, não é impossível que possam operar em alguns nichos criando algumas células especiais em seu negócio. Mas é muito difícil chegar ao nível de qualidade e customização que uma empresa dedicada pode chegar.” As operadoras que levam as marcas de companhias aéreas têm encontrado dificuldade com a inflexibilidade ao vender pacotes amarrados atrelados ao grupo. Bento admite essa limitação na Azul Viagens, mas, por outro lado, é otimista quanto a compartilhar serviços com as demais unidades de negócios da empresa. Quando a Azul
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cresce, a operadora se beneficia, e a Azul vem crescendo. Em relação ao papel do agente de viagens, Marcelo Bento afirma que é de filtrar a enxurrada de informações encontradas facilmente na internet. “É de cada vez mais aconselhar e organizar a informação de forma fácil para aqueles clientes que conhece bem e que confiam nele.”n
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 139 MILHÕES OPERADORAS
AROLDO SCHULTZ GRUPO SCHULTZ O Grupo Schultz prepara diversas novidades para os próximos meses. O presidente, Aroldo Schultz, terá pela frente desafios como a expansão internacional da sua operadora em Portugal, que marcará presença em mais eventos ao redor do mundo, e os passos mais largos da TZ Systems, que começou a oferecer as suas soluções tecnológicas para mais empresas – como a DMC Tumlare Brasil, que pertence à JTB. “Em 2017 e 2018 tivemos alta e, agora em 2019, vamos explodir em crescimento. Isso é gestão e todo empresário deve entender que mais vale dar um passo para trás do que dois para frente e cair no
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precipício. Recuamos no momento certo e agora estamos crescendo de novo, mas com estabilidade e sedes próprias. Desafio qualquer operadora do Brasil a ter o patrimônio que a empresa Schultz possui”, destaca. Recentemente, o grupo reuniu mais de 150 parceiros do Brasil inteiro em Curitiba durante o Encontro Comercial Schultz e revelou o novo endereço da sua matriz, a partir de abril de 2019. O local escolhido foi o prédio Universe Life Square, no Centro da capital paranaense, que terá 500 metros quadrados e seis salas interligadas no décimo primeiro andar.
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VIAGENS CORPORATIVAS
MARCOS ARBAITMAN
GRUPO ARBAITMAN
FATURAMENTO EM 2017: R$ 1,05 BILHÃO
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Com mais de 50 anos de experiência em Viagens Corporativas, de Lazer e Eventos, o Grupo Arbaitman, formado pela Maringá Turismo, Central de Eventos e Lemontech, acaba de realizar mudanças em sua estrutura diretiva e firmar novas parcerias. O objetivo? Contratar mais profissionais, atingir outros clientes e obter um crescimento de 18% em 2019. “Neste ano vamos crescer pelo menos 15%, o que já é um milagre. O aumento do ano que vem acontecerá, pois vamos contratar pelo menos 18% a mais de profissionais. E geração de empregos é fundamental para o Brasil, afirma o presidente do grupo, Marcos Arbaitman. Por isso, no que se refere às eleições que o País enfrentará em outubro, Arbaitman espera que, os candidatos que assumirem os cargos, sejam pessoas de respeito, seriedade e honestidade e que conheçam bem o setor em que vão trabalhar. “O Turismo pode ser, se não a principal, uma das principais receitas do Brasil. Ele é limpo, dá emprego e não pode ser substituído por um robô. É um ramo muito competente, muito sério e uma riqueza do País. A pessoa que for nomeada precisa ser correta e trabalhadora. Sem ética nada funciona”, diz. Pensando nas empresas clientes que atuam fora do Brasil, o grupo vem focando fortemente na sua globalização. Por meio de sua oferta tecnológica, a Maringá Turismo está sendo globalizada de forma independente. Até o momento há clientes implantados na América Latina, ainda neste ano haverá na América do Norte e no início do ano que vem o mercado europeu será explorado. Com as ferramentas disponíveis, um gestor de viagens pode, em tempo real, monitorar o que surgir de solicitação de cada um dos países, como está cada processo e enxergar o que está dentro ou não da política de viagens. Atualmente, são três clientes com o modelo de 100% da gestão e atendimento a partir do Brasil, e, no primeiro semestre de 2019, serão 16. “O serviço da Lemontech, por exemplo, permite aos clientes ver se a política está sendo seguida, se os funcionários estão usando as menores tarifas de hotel, parte aérea e locação de carros e se as despesas da viagem estão corretas. Viajar é investimento, tanto que as companhias estão contratando cada vez mais ferramentas.”
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 903 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
EDUARDO VASCONCELLOS
KONTIK VIAGENS
PANROTAS — Como empresário do setor de Viagens e Turismo, como o senhor avalia esse período político do País? EDUARDO VASCONCELLOS — Sinceramente, com essa polarização política que está acontecendo, ainda acho um mistério o que acontecerá no próximo dia 7. O que eu gostaria era que o Congresso fosse ocupado por novos deputados e senadores e que o próximo presidente tivesse equilíbrio e força para fazer as reformas de que o País tanto precisa. Especificamente falando do Turismo, acho que pela relevância da nossa indústria, temos pouquíssima voz no Congresso e nas assembleias do nosso País e dos nossos Estados. O dólar é outro grande ponto de atenção, pois a cada pesquisa divulgada ele oscila e gera um forte impacto no nosso setor. Espero que o povo brasileiro possa ter sabedoria para escolher alguém que ajude a colocar o Brasil no trilho do crescimento. Só assim poderemos gerar mais emprego, ter mais segurança, educação e saúde. O voto é a nossa arma para fazer isso acontecer. PANROTAS — E como a Kontik tem se comportado nesse cenário desafiador de 2018? VASCONCELLOS — Depois de passarmos pela crise destes
dois últimos anos, fizemos nossa projeção de 2018 já levando em consideração possíveis impactos decorrentes do cenário político–econômico e das instabilidades do câmbio. Dentro do que planejamos, estamos seguindo com investimentos programados, sendo rigorosos com o fator custo e sempre atentos a novas oportunidades de negócios. No geral, 2018 tem se revelado um ano muito bom para o nosso grupo. PANROTAS — Como ajudar os clientes em estratégia e gestão de custo? Fale sobre as melhores práticas nesse sentido. VASCONCELLOS — Acho que o melhor caminho é o uso irrestrito da tecnologia. Tecnologia para melhorar a experiência de quem viaja, tecnologia para melhorar a gestão dos programas de viagens das empresas e tecnologia para se comprar sempre o melhor preço dentro da sua política de viagens. Quanto às melhores práticas, na minha opinião, estão na escolha de fornecedores preferenciais para que se possa ter condições diferenciadas, focar de perto no comportamento de compra dos colaboradores (como antecedência de compra, menor preço e adesão aos OBTs) e, por último, manter uma comunicação transparente entre clientes e TMCs.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 525,8 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
PAUL BARRY BCD TRAVEL
É fato que a corrida eleitoral tem gerado muitas incertezas em nosso País, mas independentemente de quem vencer as eleições, o diretor presidente da BCD Travel no Brasil, Paul Barry, pretende manter uma postura positiva. Para ele, o próximo presidente precisa investir em todos os brasileiros, melhorando a qualidade de vida para o Nordeste, investindo em infraestrutura para apoiar o crescimento econômico e também na educação em todos os níveis, além de acabar com o desemprego, que ainda atinge uma porcentagem inaceitável da população. “É o que eu espero, mas a história tem nos mostrado que será uma missão bem difícil para quem vai assumir o controle do nosso País”, expõe o diretor presidente da BCD Travel. A empresa tem se desempenhado muito bem, segundo ele, e vem acompanhando a recuperação da economia com um crescimento de dois dígitos. “A BCD está se consolidando no segmento corporativo e cada vez mais criando seu espaço. Temos crescido ano após ano, mesmo durante 2014, nosso primeiro ano de operação no meio de uma das piores recessões que este País viveu. Nosso time está preparado para continuar apoiando os objetivos de
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crescimento para superar nossas metas e melhor atender aos clientes”, comenta Barry. A BCD ajuda os clientes com estratégias de gestão de custo, sendo a principal ferramenta o BI, que tem um módulo analítico no qual os gestores podem acessar em tempo real para ver vários componentes das despesas do seu programa de viagens. “Outras práticas são trabalhar a quatro mãos com os gestores por meio de campanhas de engajamento dos viajantes, para que eles tenham as melhores informações em mãos e tomem as decisões certas na hora de programar suas viagens corporativas”, destaca o executivo. “Sempre analisamos o programa de viagens e as políticas para, de uma forma consultiva, ver se há melhores práticas da indústria e os ajustes que podem ser feitos para que o cliente extraia o maior valor da sua política e baixe os custos. Nossas relações com os clientes vão muito além de somente gestão de custo e damos muito enfoque na experiência do viajante, investindo pesado para tornar a BCD Travel a agência digital de referência ao redor do mundo”, conclui Barry.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 504,8 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
EDMAR BULL COPASTUR
“Este tem sido um ano muito bom para a Copastur em todos os sentidos”, avalia o presidente da agência de viagens corporativas, Edmar Bull. Sua trajetória no Turismo já justificaria uma vaga nesta lista. Ex-presidente da Abracorp e um dos responsáveis pelo fôlego recente tomado pela Abav Nacional, entidade que também presidiu, Bull demonstra profundo conhecimento de mercado. Aos 45 anos, a Copastur atende executivos de companhias renomadas no País, e há pouco tempo anunciou que daria seus primeiros passos no segmento de luxo no lazer. Trata-se da Copastur Prime, que aproveita a influência da TMC para vender viagens de alto padrão a um público com alto poder de consumo. Essas e outras fontes de receita já fizeram a Copastur ultrapassar a meta de crescimento estipulada para 2018. “Isso é muito positivo e demonstra que ainda temos muito espaço para conquistar, considerando que o mercado
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ainda não alcançou 100% da estabilidade”, avalia Bull. Em 2018, o empresário comemora outra conquista de peso, o a terceira nomeação entre as melhores empresas para se trabalhar no País. “Conquistamos pelo terceiro ano consecutivo o selo de certificação da Great Place to Work (GPTW), o que é um grande motivo de orgulho para nós e para os nossos 200 colaboradores.” Resultados que a Copastur alcança após ter descoberto o segredo das viagens corporativas, o olhar atento à solução de problemas dos clientes. “Ter o acompanhamento de uma agência especializada em viagens corporativas é a melhor indicação. Investimos muito em treinamento e em tecnologia porque a cada dia surgem novas ferramentas, especialmente voltadas ao controle e à gestão de custos, e levar essas soluções para os clientes é precisamente a expertise das agências corporativas.”
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 504 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
MARCELO COHEN BELVITUR
A Belvitur é evidência de que uma dose de ousadia nunca é demais. Cerca de dois anos atrás, a empresa do diretor Marcelo Cohen, reconhecida pelas viagens corporativas, dava seus primeiros passos no lazer, algo que pegou parte do mercado de surpresa. Lojas em shopping, câmbio, seguro viagem, receptivo, e-commerce e agência oficial do cada vez mais visado Inhotim... Quem ousa dizer que a Belvitur não é uma holding? Quando a crise estourou ao patamar atual, a agência mineira estava pronta, pulverizada, remando conforme a maré. Isso só é possível devido a essa atuação macro. Quando um setor vai mal, o outro compensa.
PANROTAS — Como ajudar os clientes em estratégia e gestão de custo? Fale sobre as melhores práticas nesse sentido. COHEN — Acreditamos que a consultoria dos nossos experts e a transparência no serviço que prestamos são fundamentais para a redução dos custos de viagem. Além disso, trabalhamos com as tecnologias mais avançadas do mercado para oferecer agilidade de atendimento e o melhor preço do mercado. Estamos investindo no desenvolvimento de ferramentas on-line, que auxiliarão ainda mais na estratégia e gestão de custos das viagens corporativas e do lazer. Teremos muitas novidades em 2019.
PANROTAS — Como avaliar o desempenho da Belvitur até agosto de 2018? MARCELO COHEN — O desempenho é surpreendente para todo o grupo Belvitur. Se continuarmos nesse ritmo, teremos o melhor ano da história. Fecharemos 2018 atuando no lazer, corporativo, eventos, receptivo, casas de câmbio, venda online de passagens aéreas e seguro viagem. Somos também a agência oficial de Inhotim e temos investido em startups no segmento de Turismo. Estamos investindo em todos os nossos produtos e hoje nenhum desses nichos representa mais de 30% do nosso faturamento.
PANROTAS — Em relação ao Turismo, o que esperar das próximas eleições presidenciais e do novo congresso a ser formado? Como é desenhado o cenário desta corrida eleitoral? COHEN — O Brasil é um país que tem um potencial enorme para o Turismo. Precisamos de investimento, de um governo que valorize esse mercado, que dê condições de crescimento, de capacitação e de profissionalização do setor. Além disso, para que o brasileiro volte a investir no Turismo internacional, precisamos de estabilidade econômica no País.
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PATROCINADO
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 455,6 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
CARLOS PRADO TOUR HOUSE E ABRACORP
Muito se fala da importância do Turismo, assim como da geração de empregos e riquezas, mas pouco se faz além da fala. Essa é a opinião exposta pelo presidente da Tour House, Carlos Prado, que espera que o próximo presidente do Brasil tenha foco. “Espero que ele tenha uma agenda positiva e crie um plano diretor para o Turismo brasileiro, tendo uma boa equipe junto à qual possa conduzir o Ministério do Turismo a fazer avanços”, comenta Prado. Prado fala com a propriedade de presidente da Associação Brasileira de Viagens Corporativas, a Abracorp, entidade para a qual pretende trazer organização e agilidade e, assim, colher conquistas ao setor. Ele expõe o sonho de que o Turismo chegue a patamares equivalentes aos do agronegócio brasileiro. “Que possamos nos orgulhar do Turismo no futuro, tendo na Câmara deputados que olhem para o setor como uma grande fonte de recursos e arrecadação”, afirma Prado, destacando as riquezas naturais que o País tem, o que o torna um ótimo produto não apenas aos olhos dos próprios brasileiros como também dos estrangeiros. “O governo deve ter um plano que estimule os brasileiros a viajarem mais dentro do próprio País e os estrangeiros a visitarem o Brasil. É preciso avançar na questão dos vistos
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e também focar na segurança, que inibe a visitação de estrangeiros no Brasil”, comenta o presidente da Tour House, ressaltando o quão importante é a união de todos os players do setor e das esferas púbico e privada. JÁ EM CASA... Como toda empresa do setor, a Tour House também sofreu na crise de 2015 e 2016, mas nas palavras de seu presidente, a TMC “soube fazer a lição de casa e hoje está muito bem”. “Não deixamos de investir em tecnologia e hoje temos soluções para gerir tanto a nossa empresa como os negócios de nossos clientes, agregando valor a eles, seja na área de eventos ou viagens corporativas”, comenta Prado. Uma das ferramentas é a Single Point Event Controller (Spec), software desenvolvido pela TMC que coleta dados de mercado de forma a mensurar o desempenho individual de clientes e também como um todo. “A ferramenta acompanha todo o processo do evento, desde a sua solicitação até a entrega, fazendo uso de gráficos e big data para criar cenários que mostrem ao cliente o que foi gasto e qual é o retorno obtido com o evento disso”, explica o presidente da Tour House.
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VIAGENS CORPORATIVAS
FERNANDO DIAS MASTER TURISMO
PANROTAS — Como avalia o desempenho da Master diante dos desafios de 2018? FERNANDO DIAS — Estamos com desempenho em ascensão em relação a 2016 e 2017, os números melhoraram bem após dois anos difíceis para toda a indústria. Passamos por uma reengenharia total, conseguimos aprimorar as práticas de governança corporativa e compliance, que passam a integrar a rotina do Grupo Master de forma sistêmica. Está sendo um ano de aprimoramento do métier da empresa, que é especializada em soluções para viagens corporativas, eventos, incentivos e bleisure. Em 2017 firmamos uma parceria estratégica com a agência global Reed & Mackay, que possui sua sede em Londres e tem os mesmos propósitos de atingir níveis de excelência (convergente com o propósito do nosso grupo), agregando muitas boas práticas. PANROTAS — Como ajudar os clientes em estratégia e gestão de custo? DIAS — Diria que é um trabalho de compliance e consultoria, mapeando e estudando os processos. Como a tecnologia provê recursos para a obtenção e circulação muito rápida
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 201 MILHÕES das informações, saber usá-la a seu favor é o diferencial. Agir de forma data-driven é o ponto focal. O caminho que praticamos é efetuar uma revisão completa do processo de atendimento aos clientes que demandam serviços, buscando identificar eventuais “desvios” ou gastos que podem ser eliminados, otimizados ou reduzidos.
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FATURAMENTO EM 2017: R$ 350,1 MILHÕES VIAGENS CORPORATIVAS
FERNANDO SLOMP AVIPAM
Com a quantidade de habitantes que o Brasil tem, o País poderia receber pelo menos o triplo de turistas que o visitam hoje, e essa é uma questão que merece a atenção do novo presidente a ser eleito no Brasil, na opinião do presidente da Avipam, Fernando Slomp. “Hoje o nosso País recebe menos turistas do que as ilhas do Caribe, por exemplo, e essa questão deve ser considerada, assim como a segurança. A violência no Brasil inibe a chegada de turistas, principalmente das famílias que vêm a lazer”, comenta Slomp. A liberação do jogo é outro fator defendido por ele. “Por mais que alguns setores sejam contra, é notável que os países que liberaram o jogo estimularam o seu Turismo. Esse é o caso da Costa Rica, que possui grande quantidade de resorts com jogo liberado e hoje é um dos maiores receptores de turistas”, comenta o presidente da Avipam. Este ano tem sido bem melhor para a empresa do que o anterior, nas palavras de Slomp, e a TMC vem contratando
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funcionários e ampliando o seu escritório no Rio de Janeiro para um novo espaço. “Apesar da violência, o Rio já está recuperando a sua força e há muitas novas empresas chegando na cidade”, destaca o empresário. O segundo semestre deste ano já apresenta melhores resultados em relação ao mesmo período do ano passado. “Registramos crescimento de 22% com novos clientes entrando e começando a trabalhar conosco. No ano que vem já temos uma carteira contratada significativa e a expectativa de continuar crescendo em torno deste valor”, comenta o presidente da Avipam. A TMC continua investindo em tecnologia e em outubro deste ano implementará uma nova ferramenta que gera relatórios em tempo real, permitindo aos clientes que tenham total controle de suas despesas e possam tomar decisões mais assertivas, com base em relatórios que mostram – entre outros fatores – onde deixaram de ter economia.
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HOTELARIA
TOMÁS RAMOS Depois de 27 anos na rede Othon, onde começou na recepção e chegou a diretor estatutário, o executivo Tomás Ramos, um dos experts em distribuição hoteleira no País, está há três na BHG e experimentando o lado global de uma rede que promete muitas novidades em breve e que, como ele, nunca para. Comemorando 30 anos na indústria de Viagens e Turismo, Ramos pode ser definido como atento e antenado, além de bem relacionado. Inquieto, foi aluno da terceira turma de Turismo da Faculdade da Cidade e já fez vários cursos e especializações no Exterior, como na Universidade de Cornell e a
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BHG
Columbia (curso atual de um ano em digital business). Com 52 anos, Tomás Ramos pegou a transição dos processos da hotelaria, a mudança na distribuição e a chegada dos novos consumidores. “Viajei o mundo todo para captar clientes em feiras internacionais. Hoje isso não existe mais, mas foi um grande aprendizado”, conta. Aprendizado que ele faz questão de dividir com mestres e profissionais que influenciaram sua carreira e modo de pensar o Turismo: DORA AVNAIM – “Eu era gerente de Vendas da Othon e ela veio da Sheraton, e me mostrou a visão de uma
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rede global. Aprendi muito com ela sobre o mercado internacional, assim como com a Worldhotels, quando passou a ser parceira da Othon.” LETÍCIA E ÁLVARO BEZERRA DE MELLO – Dois nomes da família proprietária dos hotéis Othon que Tomás Ramos faz questão de destacar em sua trajetória. Letícia no Marketing e Álvaro Bezerra no comando da rede e das entidades de hotelaria do Rio e do País. PAULA SANTOS – A diretora da Blumar era companheira de Tomás nas viagens internacionais e até hoje é uma referência no receptivo para ele. FERNANDO CHABERT – Seu último grande parceiro na rede Othon. Ficaram nove anos trabalhando juntos e saíram no mesmo ano do grupo. ALEXANDRE SOLLEIRO – O presidente da BHG, segundo Ramos, tem uma visão global de negócios inspiradora e que lhe faz crescer a cada dia. “Com ele
também vi como funciona a relação de uma operadora com o proprietário.” EVOLUÇÃO DA HOTELARIA Nesses 30 anos, Tomás Ramos vê que operacionalmente ainda há uma defasagem entre a hotelaria brasileira e a internacional, acredita que a tecnologia ainda vai mudar muito mais o setor e diz que em serviço o Brasil não deixa a desejar a nenhum país. Basta querer e investir em pessoas e qualificação. “Chego aos 30 anos de carreira muito feliz e realizado e reconhecendo o quão importante foi meu preparo acadêmico, desde novo, e os relacionamentos que construí, muitos que continuam por décadas”, afirma. Animado com a nova fase da BHG e novidades que virão por aí, está pronto (e atento e antenado) para as próximas décadas. n
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HOTELARIA
ALEXANDRE GEHLEN ICH E FOHB
O diretor geral da ICH Administração de Hotéis e presidente do Conselho do Fohb, Alexandre Gehlen, destaca o papel da tecnologia no setor que lidera. “É um desafio constante. Sempre esteve no nosso DNA a inovação e fidelização dos nossos hóspedes. Fomos pioneiros em diversas tecnologias que hoje parecem banais. Por outro lado, e infelizmente, os trâmites de importação, tributários e mercado fechado brasileiro fazem com que ainda não tenhamos algumas novidades que já são amplamente difundidas lá fora”, conta. Por meio de uma pesquisa interna, a empresa observou que os acessos oriundos de smartphones já ultrapassam os de outros dispositivos. Para facilitar, a rede adotou o conceito tecnológico do mobile first em seu novo portal, lançado no início de setembro, direcionado principalmente para entrada por meio de dispositivos móveis. E com a participação crescente das novas gerações Y e Z, existe uma tendência muito forte que demanda por um ambiente mais descontraído. Por isso, nos novos projetos, a rede busca inspirações para disponibilizar espaços conectados, de convivência e com uma pegada mais divertida, muito focada no lifestyle. n
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EDUARDO GIESTAS ATLANTICA HOTELS
PANROTAS — Como equilibrar os canais de distribuição? EDUARDO GIESTAS — Cada canal de distribuição tem um papel específico no processo de venda e atua em um determinado perfil ou segmento de hóspede. De maneira geral, podemos dizer que esses canais se encaixam em duas grandes categorias: viajantes corporativos e viajantes a lazer. Ter essa visão da especificidade e foco de cada canal é o que nos ajuda a equilibrá-los entre si e trazer harmonia para nosso processo de marketing e vendas. PANROTAS — Como sua empresa tem se posicionado para o novo hóspede que busca mais experiências e tecnologia? GIESTAS — Reformulamos nosso site, que passou a ser muito mais focado na experiência de reserva do usuário para prover uma experiência de compra agradável e integrada e 100% focada em reservas. Além do site, remodelamos e trocamos todo o sistema de wi-fi de nossos hotéis e temos procurado dar um novo dinamismo à gestão de serviços ao hóspede. E, para atender aos anseios que surgiram ao longo dos últimos anos, a Atlantica oferece um leque de opções de marcas de padrão internacional, alinhado às demandas por conectividade, praticidade, design e sustentabilidade, por meio do seu portfólio de 19 marcas segmentadas em seis categorias que atendem a estas expectativas atuais dos hóspedes. n
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HOTELARIA
ROBERTO BERTINO NOBILE HOTÉIS
O ano tem sido marcado por novas oportunidades – e novos negócios – para a Nobile Hotéis. Presidida por Roberto Bertino, a empresa recentemente investiu cerca de R$ 1,5 milhão para administrar três Best Western, sendo dois em endereços nobres no Rio de Janeiro e um em Linhares (ES), somando-se às 54 propriedades abertas até o momento. Bem estabelecido no Brasil, onde 19 novos contratos serão transformados em empreendimentos nos próximos 12 meses, o fundador da companhia é ambicioso e almeja ir mais longe, mais especificamente desbravando a América do Sul. Nos próximos anos, a bandeira Nobile será fincada na Argentina, no Uruguai, Chile, além do Paraguai, onde já existe uma unidade. Depois desses mercados, o empresário pretende cobrir toda a região. Por ora, o pensamento é de encerrar este ano com R$ 350 milhões de faturamento. PANROTAS — Como equilibrar os canais de distribuição na hotelaria? ROBERTO BERTINO — A Nobile investiu recursos expressivos em tecnologia, revenue management,
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marketing digital, programa de fidelidade, ferramentas de feedback dos hóspedes para elevação da reputação online e na sua força de vendas, atualmente com mais de 70 vendedores de Norte a Sul do País. Esses investimentos atrelados a nossa expertise no negócio hoteleiro nos permitiram atingir um equilíbrio na segmentação da demanda dos nossos hotéis, garantindo uma melhor performance em relação aos nossos competidores nos mercados onde atuamos. PANROTAS — Como a Nobile tem se posicionado para o novo hóspede, que busca mais experiências e tecnologia? BERTINO — Nós colocamos as experiências dos hóspedes no centro de nossas operações. Estamos focados em promover a satisfação dos nossos clientes, agregando não só tecnologia, mas experiências, cultura e sabores locais. Oferecemos hotéis em excelentes localizações, quartos funcionais e confortáveis, tecnologia, gastrobar no lobby, serviços ágeis e carismáticos em ambientes inclusivos.n
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CHIEKO AOKI BLUE TREE HOTELS Presidente da Blue Tree Hotels, Chieko Aoki é uma das figuras mais icônicas do Turismo brasileiro e, quando o assunto é hospitalidade, ela sabe tudo. Em um mundo em constante transformação, a experiência de longa data de Chieko e todas as lendas em torno de sua persona permitem análises profundas sobre as mudanças de cenários, hábitos e necessidades dos clientes. Hoje em dia, a tecnologia aparece como ferramenta básica no relacionamento entre hotel e hóspede, e ela sabe muito bem que precisa usá-la com precisão para buscar o melhor atendimento possível. “A Blue Tree tem como foco o bem cuidar do hóspede com o melhor de nossa equipe e da tecnologia que desenvolvemos, sempre com foco em superar e prevenir as necessidades dos clientes. Entendemos que o tempo dos clientes é muito valioso e temos desenvolvido ferramentas para que todo o atendimento seja rápido e eficiente. Neste ano, implantamos um novo conceito de atendimento, por exemplo, no qual nossa equipe vai ao encontro do hóspede na sua chegada, recebendo-o na porta do carro, e não mais no balcão da recepção. Os hóspedes são acolhidos como convidados em nossa casa, recebem atendimento proativo e humano”, afirma Chieko. “Acreditamos que a tecnologia é meio e não o fim, como dizia Johan Naisbitt: high tech, high touch. Resumindo, estamos buscando mais tecnologia para proporcionar mais atendimento humano e personalizado para clientes, hóspedes e colaboradores”, continua.n
ROSÂNGELA GONÇALVES TRANSAMERICA
Os 20 anos de rede Windsor ainda estão ligados à imagem de Rosângela Gonçalves e foi essa experiência e todo seu diferencial que fizeram com que ela fosse cobiçada como uma das melhores executivas da hotelaria nacional. Sorte da Transamérica, onde ela já está há mais de um ano, com novos desafios, os mesmos valores e muitos projetos. A paixão pelo Rio continua, mas também por não se acomodar. Criativa, inclusiva, integradora, tem agitado os hotéis da sua nova casa, de Comandatuba a São Paulo. Relacionamento com distribuidores, conhecimento de canais e de pessoas (ela sempre fala das aulas de vendas de Valter Patriani, mas a gente sabe que ela também já tem grandes turmas de seguidores) e abertura ao novo e ao aprendizado são algumas de suas marcas. Rosângela também se encantou pela capital paulista e já entende a dinâmica da cidade, o que ajuda nos projetos para o Transamérica São Paulo, para captar e criar eventos e para levar a outras unidades da rede. Uma das profissionais de destaque na hotelaria nacional, Rosângela Gonçalves faz a diferença onde levar sua dedicação e talento. n
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MATT TEIXEIRA BEST WESTERN
Há mais de nove anos em um dos cargos mais estratégicos da Best Western (cuidando da América Latina), Matt Teixeira surge como um dos principais nomes da hotelaria para a lista dos Poderosos de 2018. Teixeira é defensor de uma modernização do setor hoteleiro, utilizando exemplos de distribuição on-line que deram certo, como no caso das OTAs e do próprio Airbnb. Sua visão da distribuição hoteleira traz a experiência global da rede com o olhar latino. “A distribuição de serviços de viagem é um mercado bilionário e repleto de intermediários. Apesar de a venda por distribuidores indiretos ser consideravelmente mais cara para os fornecedores e provedores de serviços, é vital para evitar estoques vazios (por exemplo assentos em aviões, e quartos em hotéis)”, avalia. “No entanto, os pequenos e médios prestadores de serviços de viagens brasileiros ainda estão excluídos dos modernos sistemas de distribuição. Assim, existem grandes oportunidades para negócios capazes de
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incluí-los nos sistemas de distribuição. Há também oportunidades para empreendimentos capazes de promover a desintermediação na cadeia de distribuição de viagens. As OTAs foram muito bem sucedidas nisso”. E como está o ano para a rede? “Continuamos a experimentar um enorme crescimento em tamanho e escala, assim como um aumento da penetração em diversos mercados globalmente. Estamos crescendo em todo o mundo, com um impressionante pipeline de 296 hotéis na América do Norte. Abrimos nove hotéis na Ásia em 2017, em Mianmar, Japão, Indonésia, Tailândia e Filipinas. Temos planos ainda de abrir seis hotéis na Índia e três em Bangladesh em 2018”. “Somos uma marca contemporânea e relevante, digna dos viajantes de hoje. Mudamos a imagem e nome do grupo, para nos apresentarmos como líder inovador do setor. No ano passado, um impressionante número de 1.956 hotéis do grupo foram reconhecidos no prêmio 2017 Tripadvisor de Excelência”, finaliza ele.n
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ALEJANDRO MORENO WYNDHAM
Encontrar um hotel Wyndham é tarefa fácil em diversas partes do mundo. No Brasil, porém, a realidade é diferente. Com 34 empreendimentos em operação no território nacional, a rede dos Estados Unidos pretende reverter esse cenário nos próximos meses. O principal encarregado nessa investida é Alejandro Moreno, que chegou para assumir o cargo de presidente e diretor geral para América Latina. Mexicano de origem, o executivo atua no Brasil há quase duas décadas e sabe bem como funcionam os negócios por aqui, assim como está a par da situação política. Dos desempregos ao PIB negativo, Moreno usa sua vivência para, junto à sua equipe, caminhar na contramão da economia brasileira. Uma resposta a qualquer destempero causado em Brasília é a recente abertura de um escritório em São Paulo. A partir dessa sede, o objetivo da Wyndham é ser a marca de hotéis número um no Brasil. Os passos mais concretos rumo à expansão serão dados com a abertura de sua primeira propriedade administrada no Brasil, sob bandeira Wyndham, em Gramado (RS). Assim como seus concorrentes, o desafio da rede é promover a melhor experiência ao seu cliente final. Mas para que isso aconteça, qualquer empresa do segmento precisa focar em um processo anterior: a distribuição. Como uma companhia global, a hoteleira marca presença nos mais diversos canais, assinala Moreno. “Na distribuição hoteleira, com a pluralidade de canais, o equilíbrio tende a ser um pouco mais complexo, porém acreditamos que todas as forças de vendas são importantes: os agentes de viagens, as empresas, os operadores, as OTAs e os canais diretos. Nossa política comercial valoriza cada um dos stakeholders e os remunera conforme as práticas de cada mercado.” n
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BRUNO HELENO HOTÉIS OTHON
Desde 2006 atuando nos Hotéis Othon, Bruno Heleno assumiu o cargo de diretor de Vendas e Marketing em 2016. Com anos de experiência na área, ele sabe muito bem o que precisa ser feito para atender aos clientes da melhor maneira possível. “É fundamental antecipar as necessidades dos clientes. Buscamos estar sempre atentos às tendências e novidades no mercado. Também é extremamente essencial ouvir e entender qual o tipo de experiência deseja cada hóspede. Dessa forma, traçamos um direcionamento do que precisa ser ajustado para atender e entregar com qualidade o serviço que nossos hóspedes esperam da rede. Além dos millennials, percebemos que as demais gerações também buscam viver experiências de valor adequadas aos seus respectivos perfis”, disse o executivo. “Entendemos que a experiência do hóspede é um ciclo que vai do momento antes da reserva até a comunicação após a hospedagem. Então começamos com um trabalho de desenvolvimento de brand awareness e de brand equity, passando pela experiência do usuário em nosso website com um ambiente prático, rápido e seguro. Para a hospedagem acontecer da melhor maneira possível e ser capaz de superar as expectativas de nossos hóspedes, oferecemos sempre um check-in acolhedor, confortáveis acomodações e alta qualidade em A&B até para eventos abertos. Dessa forma, conseguimos
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uma maior fidelização e, via CRM, é trabalhada uma régua de relacionamento e comunicação assertiva, aumentando a taxa de retorno”, continuou. Em relação ao equilíbrio necessário entre os canais de distribuição dos Hotéis Othon, Bruno Heleno acredita que boas ferramentas de inteligência, RMS e uma equipe especializada fazem a diferença. “É fundamental que, de fato, se conheçam os custos de distribuição em cada canal e, consequentemente, a contribuição da receita vinda por cada um deles. Paralelamente, acreditamos que o principal foco sempre será o hóspede. Sem dúvida, todas as ações devem ter como objetivo entregar uma experiência de qualidade. Assim, sempre que questionarmos sobre canais e falarmos de distribuição, torna-se essencial o envolvimento da equipe de marketing. As estratégias de inbound marketing, CRM, loyalty program devem ser integradas, tendo o engajamento da equipe de distribuição. Com um cliente fidelizado, surpreendido positivamente e tecnologia, torna-se possível orientar parte do processo de compra aos canais mais interessantes ao hotel”, explicou Heleno. Para o grupo hoteleiro, apesar do momento problemático vivido pelo Brasil macroeconomicamente, 2018 vem sendo melhor que 2017.n
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GIL ZANCHI MARRIOTT
Ele responde há quase sete anos pela maior empresa hoteleira do mundo no Brasil. Foi neste ano, porém, que Gil Zanchi, gerente geral da Marriott International para o País, declarou mais abertamente que o interesse da gigante hoteleira estava se voltando ao Brasil. Começou com a abertura do Sheraton, em Santos (SP), primeiro a ser aberto no País desde a compra da Starwood pela Marriott — mas se depender dele, a rede deve ir mais longe no território nacional: “Queremos definitivamente ter mais hotéis no Brasil e podemos trazer novas marcas para cá”, revelou o executivo neste ano. Atualmente, a rede hoteleira tem 15 hotéis em operação em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife; a capital paulista surgiu inclusive como um dos principais alvos para receber novos empreendimentos da rede. PANROTAS — Como avaliar o rendimento no Brasil e no mundo em 2018? GIL ZANCHI — No Brasil, a Marriott International obteve bons resultados. Vimos uma melhora em nossos indicadores de ocupação e em receita advinda de quartos ofertados no primeiro trimestre de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. Também inauguramos um Four Points em Curitiba e o novo Sheraton Santos Hotel no litoral de São Paulo. No mundo, estamos satisfeitos com os resultados obtidos no primeiro semestre de 2018. Do começo do ano até agora, abrimos 242 novos hotéis — somando 38,192 novos quartos.
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PANROTAS — Como equilibrar os canais de distribuição no Brasil? ZANCHI — A estratégia de distribuição da Marriott é construir um poderoso portfólio de canais diretos e indiretos que impulsionem a aquisição e retenção de clientes, bem como entregar lucro a longo prazo aos nossos hotéis e seus proprietários. Hoje, cerca de 70% das reservas da Marriott são feitas diretamente conosco — vindas dos sites das propriedades, dispositivos móveis, aplicativos, voz e no próprio hotel. Estamos trabalhando para unificar nossos dois sites em um único Marriott.com, que vai apresentar todas as nossas 30 marcas de forma conveniente, em um único local. Nem todos os clientes farão reservas diretamente conosco, e é aí que nossos importantíssimos parceiros intermediários entram em cena. PANROTAS — Como a Marriott tem se posicionado para o novo hóspede, que busca mais experiências e tecnologia acima de tudo? ZANCHI — Conectividade e novas tecnologias permitem que personalizemos os serviços que oferecemos de forma a agradar os diferentes tipos de clientes que recebemos em nossos hotéis. Estamos trabalhando com conceitos de Internet das Coisas (IoT) e tecnologia de ativação por voz para tornar as estadas de nossos hóspedes ainda mais fáceis e confortáveis. Queremos também que nossos hóspedes não pensem nos hotéis apenas como um lugar para ficar, e sim como um espaço que oferece experiências únicas e momentos de lazer e relaxamento através de parcerias em áreas como esportes, culinária, artes, música e mais. E para oferecer uma experiência mais fluida e eficiente aos novos hóspedes, unificamos nossos três programas de fidelidade (Marriott Rewards, The Ritz-Carlton Rewards e Starwood Preferred Guest - SPG).n
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FRANCISCO COSTA NETO GRUPO RIO QUENTE
É quase impossível falar do Grupo Rio Quente em 2018 sem lembrar da maior aquisição da história da empresa, concluída ainda no início do ano. A compra do complexo Costa do Sauípe, localizado na Mata de São João, na Bahia, foi sem dúvida uma das maiores e mais impactantes decisões de Francisco Costa Neto, CEO, à frente do grupo goiano. Mais que acumular um segundo empreendimento, este com proporções tão grandes que chegam perto de se equivaler ao Rio Quente Resorts — complexo original da empresa e localizado em Caldas Novas (GO) —, o investimento de R$ 140 milhões conduzido pelo CEO elevou o patamar do Grupo Rio Quente para um novo nível: o de conglomerado nacional, controlador de 12 hotéis e cinco pousadas que somam mais de 2,7 mil apartamentos, 2,2 milhões de visitantes por ano, mais de quatro mil associados e 30 mil membros nos programas de férias compartilhadas (time share). Isso tudo sem falar do faturamento. “Com a consolidação dos dois complexos, estamos caminhando para atingir uma receita bruta superior a R$ 600 milhões em 2018 [R$ 240 milhões devem vir do empreendimento da Bahia, enquanto outros R$ 360 milhões do Rio Quente Resorts].” n
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DANIEL SANTOS
NACIONAL INN E SALVATUR Após a saída da Trend em 2014, Daniel Santos iniciou uma segunda grande trajetória de sucesso dentro do trade nacional. Primeiro como diretor da rede Nacional Inn, empresa de sua família e onde está até o momento; e desde 2016, como um dos principais acionários do grupo Salvatur, da Bahia, empresa que adquiriu junto de dois sócios e que é uma das principais agências de viagens corporativas do Nordeste — além da TMC, conta com uma operadora (Bahia Travel) e uma consolidadora. Agora tanto no ramo de hotéis quanto no de agências, operadoras e consolidadoras, Daniel Santos defende um crescimento no número de opções de canais de distribuições. “[Eles] tendem a aumentar. Temos que trabalhar com estratégia e acreditamos que existe espaço para todos — uns mais agressivos em custo de distribuição e outros menos. Mas todos os hotéis precisam de todos”, explica em entrevista à PANROTAS. Quanto às realizações da empresa, Santos confessa que o momento é de cautela; afinal, a crise ainda não acabou 100%. “Mas nós continuamos investindo”, lembra. n
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ORLANDO GIGLIO IBEROSTAR
Diretor da Iberostar para o Brasil, Orlando Giglio tem muito a comemorar em 2018. Apesar do cenário político e econômico conturbado do País, a empresa tem tido um excelente desempenho no ano, mostrando capacidade para enfrentar crises nacionais. Porém, para o próximo ano, a expectativa é de melhora no cenário, principalmente pela eleição de um novo presidente da República. “Apesar da desaceleração durante o período da Copa do Mundo, o desempenho da Iberostar tem sido muito positivo até o momento. Fechamos o primeiro semestre com 70% de ocupação nos resorts da Bahia e registramos uma marca inédita com o Iberostar Grand Amazon que, em julho, registrou 91% de ocupação, sua melhor taxa desde a abertura em 2005”, declarou Giglio. Enquanto outubro (ou janeiro) não chega, a Iberostar segue trabalhando firme para atender ao mercado da melhor maneira possível, adaptando-se às tendências internacionais que a tecnologia proporciona aos negócios atualmente, mas sem deixar de lado, claro, os agentes de viagens e operadores ainda essenciais para o alto número de vendas. “O mercado está em constante modificação e a Iberostar busca atender com rapidez a essas mudanças. As vendas por meio das OTAs e do site Iberostar.com vêm crescendo exponecialmente e investimentos foram feitos para tornar
esse ambiente de compra mais inteligente e agradável para o consumidor. Porém, no nosso caso, a maior parte das vendas vem de operadores, que realizam um trabalho mais pessoal e de maior proximidade com o consumidor final. Por isso, investimos em um relacionamento estreito com os agentes, por meio de uma equipe de profissionais experiente e qualificada. Entendemos que é fundamental estarmos presentes em todas as frentes para atender com satisfação aos nossos clientes”, afirmou Giglio. Ciente das necessidades da sociedade atual, que cada vez mais espera resolver seus assuntos de maneira ágil e, de preferência, na palma da mão, a Iberostar lançou seu aplicativo para smartphones no ano passado, para facilitar a vida dos seus clientes. “Pensando justamente em um novo perfil de hóspede, lançamos o Iberostar App, que possibilita ao cliente acessar toda a programação de entretenimento do resort onde está hospedado, consultar a oferta gastronômica do hotel, reservar mesas em qualquer um dos restaurantes ou até mesmo contatar o serviço de quarto e solicitar o jantar na acomodação. Além disso, ampliamos a oferta de internet sem fio nas propriedades da Bahia, pensando justamente nos hóspedes que não querem se desconectar durante o período de férias”, completou o diretor.n
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LOCADORAS
RENATO FRANKLIN MOVIDA
Desde 2006 no mercado, a Movida já é uma das maiores empresas de aluguel de carros do Brasil, com uma frota de mais de 65 mil veículos. Em fevereiro de 2017, a locadora abriu capital com uma oferta de ações que somou R$ 600 milhões na bolsa de valores e, em setembro de 2018, fechou uma parceria com a Avis para impulsionar a marca internacionalmente. Todo esse rápido crescimento pode ser colocado na conta do seu CEO, Renato Franklin. “Durante muitos anos, o setor ficou praticamente estagnado, oferecendo as mesmas coisas e sendo lembrado, basicamente, em viagens. Desde 2014, principalmente, a Movida trouxe uma série de inovações e acabou sacudindo o mercado, melhorando a experiência e se aproximando ao cliente. Fomos os primeiros a oferecer a opção de pré-pagamento, wi-fi no carro, reserva via chatbot e um modelo de aluguel mensal flexível para pessoa física. Também vamos além do carro, oferecendo serviços como rádio digital, proteção para malas e aplicativo com jogos para crianças. Isso sem contar a diversificação da frota, que inclui modelos coloridos, automáticos, 4x4, blindados e de luxo. Hoje, todos os meses, entram cerca de 30 mil novos CPFs na Movida”, declarou o CEO.n
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OSKAR KEDOR MOBILITY
Com 18 anos de atuação, a Mobility é considerada uma referência em serviços de carros de luxo, motos, motorhomes e atendimento de transporte executivo de alto padrão. Seu sucesso está atrelado a uma metodologia própria encabeçada pelo CEO Oskar Kedor. Hoje em dia, a empresa conta com mais de três mil agências de viagens credenciadas, totalizando cerca de dez mil agentes de viagens. “A Mobility tem se destacado no mercado e realizado diversas ações de marketing, principalmente em campanhas de incentivo. Mais que visibilidade para a marca, o nosso objetivo é fortalecer o setor de locação de carros no Brasi, por meio dos agentes de viagens. E os resultados provam que estamos no caminho certo. Só com a campanha Futuro do Rent a Car, que teve cinco meses de duração (de abril a agosto), registramos um crescimento de 47% nos serviços”, revelou Kedor. Apesar dos bons números alcançados, o CEO da locadora ainda vê muito espaço para crescer, mesmo em um mercado bastante concorrido. Para se destacar em relação aos demais, uma das táticas utilizadas pela Mobility é o estabelecimento de parceria exclusivas. n
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TECNOLOGIA
PAULO REZENDE AMADEUS
Ele é responsável por comandar, no Brasil, uma das maiores empresas de distribuição de tecnologia para o Turismo no globo. Paulo Rezende, desde o início de 2017 comanda a Amadeus para o País e estreia na Power List da PANROTAS este ano. E isso não apenas pelo seu cargo. Desde que assumiu a função, Rezende tem se mostrado atuante em diversos tópicos recentes e polêmicos no Turismo, sendo o rosto da Amadeus para o País e apontando as direções que a empresa acredita serem as melhores para setor. Defendeu, por exemplo, a facilitação do visto para países estrangeiros de confiança, após estudo da Amadeus revelar crescimento na vinda de estadunidenses como consequência disso; apontou o blockchain como possível solução para as fraudes; defendeu a atuação das TMCs como consultoras de viagens nas corporações, deixando as tarefas operacionais para soluções automatizadas… E por aí vai, além do market-share e reconhecimento do trade, que só têm aumentado. PANROTAS — Como está sendo 2018 para a Amadeus no Brasil? PAULO REZENDE — Mesmo com as dificuldades trazidas por um ano complicado como este, com greve de caminhoneiros, alta do dólar e incerteza trazida pelo cenário eleitoral, a Amadeus vem tendo um bom 2018 no Brasil, dentro do planejado e com crescimento superior ao do mercado em geral. PANROTAS — Qual é a ferramenta recente que representa um salto de qualidade da Amadeus? REZENDE — A Amadeus tem consciência das mudanças no Turismo: comportamento das novas gerações de viajantes, expectativa por serviços e ofertas cada vez melhores e personalizadas, variedade de tecnologias à disposição de provedores e vendedores… Nos vemos como capazes de permitir que as agências mantenham-se como o melhor canal para servir aos novos viajantes, e para isso estamos evoluindo do atual sistema de distribuição global para o live travel space: um espaço onde os participantes da indústria de Turismo poderão conectar-se e colaborar para endereçar os desejos dos viajantes e entregar jornadas únicas e memoráveis.
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Traremos para esta plataforma todos os tipos de conteúdo de viagens, acomodando os diversos modelos de negócios. PANROTAS — Qual é o diferencial da Amadeus em um mercado tão competitivo? REZENDE — É a capacidade que temos de investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), nos produtos que serão utilizados por nossos clientes. Isto é fundamental em um ambiente em constante mudança. Em três anos, investimos dois bilhões de euros em P&D, 15% da receita total. No Brasil trabalhamos com mais de dois mil clientes, entre agências, aéreas, aeroportos e destinos. n
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TECNOLOGIA
ELISA CARNEIRO SABRE BRASIL
O ano da Sabre foi repleto de novidades, tanto nacional quanto internacionalmente falando. Encabeçam a lista a integração do cartão Elo com seu GDS, acordo concluído em maio deste ano, e o esperado lançamento do programa NDC da empresa, já em agosto. À frente dessas mudanças no Brasil esteve a figura de Elisa Carneiro: os 22 anos de empresa levaram a especialista a assumir, em dezembro de 2017, o cargo de country manager, um dos mais altos da Sabre no País e de onde é responsável por tocar as decisões da empresa de tecnologia. REVISTA PANROTAS — Como avaliar o desempenho da empresa até agosto de 2018? ELISA CARNEIRO — De acordo com os resultados reportados no segundo trimestre deste ano, crescemos a receita em 9,3%. Só a unidade de Travel Network, que provê tecnologia para as agências de viagens, cresceu 13,2% em receita, além de 7,6% no números de segmentos reservados no sistema Sabre. PANROTAS — Qual é a ferramenta recente que representa um salto de qualidade do Sabre? ELISA — Com certeza, um dos grandes diferenciais do
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Sabre são as nossas APIs. Em um mercado como o do Brasil, absolutamente maduro no desenvolvimento de ferramentas próprias, é crucial oferecer a possibilidade de soluções Do-it-yourself. Um salto grande de qualidade é o novo Sabre Red Workspace, área de trabalho utilizada pelos agentes. Foi um avanço enorme em termos de experiência do usuário e utilização de dados para o auxílio na tomada de decisão. O agente pode agir como um consultor, dizendo ao passageiro se aquela é a melhor época para a compra dessa viagem, considerando as recentes oscilações do preço, além deoferecer serviços adicionais. PANROTAS — Qual é o diferencial do Sabre em um mercado tão competitivo? ELISA — Somos um parceiro de negócios saudável financeiramente, com uma visão ampla de futuro e em constante evolução. Em conjunto com nossas soluções tecnológicas, nosso serviço é um grande diferencial. Com uma equipe de profissionais experiente e satisfeita com nossa cultura organizacional, nossos clientes nos dizem o quanto são satisfeitos com o apoio diário que recebem, com as recomendações que realmente agregam valor aos negócios. n
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TECNOLOGIA
ALEXANDRE ARRUDA ARGO
Após um 2017 comemorado pela Argo Solutions, a fornecedora de soluções tecnológicas para o Turismo enfrenta com cautela, mas otimista, os desafios de um 2018 complicado ao setor. O ano passado, segundo o CEO Alexandre Arruda, foi recorde em termos de volume e resultado e historicamente o melhor ano desde fundação da Argo. Neste ano outros recordes foram batidos. “Em termos de volume de transações, julho e agosto foram os melhores meses da história da empresa. Crescemos mais de 20% no acumulado, o que está dentro do esperado”, aponta. Poucos players, ou quase nenhum, no Turismo não incluem tecnologia em seus discursos ao falar de inovação. A Argo, que há 13 anos iniciava como uma ferramenta de viagens corporativa, hoje abrange tanto travel e expenses, quanto gestão de mobilidade. Sinal de que entendeu muito bem o panorama que se desenhava. “Nossa ferramenta corporativa é muito flexível, permitindo atender clientes que têm dez e 100 mil funcionários, que fazem dez e dez mil transações. A combinação de conteúdo para reserva de viagens e flexibilidade de atendimento das políticas de viagens das corporações são as principais vantagens.” Para Arruda, o grande diferencial da Argo na América Latina é entender melhor o cliente local, um potencial competitivo enorme quando comparado às empresas de tecnologia que vêm de fora. “A região tem toda uma complexidade diferente dos Estados Unidos e Europa. E por sermos latina, entendemos muito bem esse mercado, conseguindo trabalhar com agilidade.”n
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LUIS VARGAS TRAVELPORT
É um dos nomes brasileiros mais experientes dentro da aviação internacional. Iata, Taca Airlines, Qantas, British, Iberia e Varig fazem parte de seu extenso currículo de mais de 30 anos de carreira no Turismo. Mas foi no setor de soluções tecnológicas que Luis Carlos Vargas alçou o voo mais alto em sua longa trajetória: hoje lidera a Travelport, empresa com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões, em toda a América Latina. Dentro de seu portfólio de clientes, algumas das maiores empresas brasileiras e latinas do segmento – Despegar, Almundo, CVC, Esferatur, Ancoradouro, Agaxtur, Aviatur, CTS… E muito mais. Desde 2017 na posição de gerente comercial para América Latina, após cinco anos como gerente geral para o Brasil, tem sido abertamente um defensor do enfoque nas pequenas e médias agências: um levantamento de 2017 da empresa revelou que 44% dos viajantes brasileiros fazem a reserva no “cara a cara” com um agente. O crescimento das receitas foi positivo em todas as regiões durante o período, com aumento da participação no mercado aéreo na Ásia, Europa e América Latina. As receitas ligadas a aviação subiram 5%, e as demais cresceram 21%. De acordo com ele, a principal responsável pelo salto de qualidade foi a ferramenta Travelport Smartpoint, uma tecnologia que dá acesso a conteúdo de viagens de mais de 400 aéreas, assim como 650 mil hotéis e 35 mil pontos de aluguel de automóvel em todo o mundo.” n
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TECNOLOGIA
BOB ROSSATO VIAJANET
Após um crescimento de 30% no faturamento no ano passado, a empresa dirigida por Bob Rossato almeja resultados tão ou mais significativos. Apenas no primeiro semestre deste ano, marcado pela greve caminhoneiros, Copa do Mundo e volatilidade cambial, a Vijanet, que está próxima de completar dez anos, já obteve um crescimento de 37% ante ao mesmo período do anterior. PANROTAS — Como uma OTA pode fugir da guerra tarifária em que o on-line se encontra? BOB ROSSATO — Entendemos que o mix de produtos pode ser um grande diferencial na composição das nossas receitas. Claro que somos sensíveis aos preços, mas nem tudo que vendemos são tarifas baixas. PANROTAS — O que sua empresa oferece de diferente? ROSSATO — Nos últimos anos temos investido na escala da nossa plataforma tecnológica, com lançamento de novos produtos e novas parcerias. Baseados nas milhares de pesquisas diárias que temos, feitas pelos nossos clientes, criamos um produto chamado “Quando Viajar”. Os clientes podem pesquisar o preço de uma viagem sem ter uma data específica, com um calendário baseado no “mapa de calor das tarifas”, do mais barato ao mais caro.n
JACKSON ANDRADE WOOBA
Se você é um profissional de Turismo nos dias de hoje, dificilmente não esbarrou em algum momento por um sistema Wooba, de Jackson Andrade. De forma indireta, a empresa conta com aproximadamente 200 clientes, entre agências de viagens, operadoras, consolidadoras e companhias aéreas. Por meio deles, a Wooba alcança 12 mil agências de viagens no Brasil, e fora do Brasil mais um terço desse total. O segredo é, além de criar plataformas em prol do mercado, ouvir suas dores. Assim a empresa pode dissipar suas soluções. “A Wooba hoje tem uma linha de produtos extensa, que atende backoffice, frontoffice e canais de venda direta para agências de viagens, operadoras, consolidadoras e companhias aéreas”, soma o empresário, sem saber apontar qual é a ferramenta mais importante dentre todas. “Todas têm sido construídas com o propósito de integrarmos cada vez mais o negócio viagem. Nosso foco de atenção é o negócio e o interesse do cliente. Essa é a nossa arma mais poderosa, não estamos produzindo tecnologia por tecnologia, produzimos tecnologia para que nossos clientes ganhem mais dinheiro, tenham operações mais baratas e sejam bem-sucedidos.” Para Jackson Andrade, o maior diferencial da Wooba é ser a empresa de um dono. A meta para os próximos dois anos é estar em todos os países da América Latina e Central. n
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TECNOLOGIA
LUÍS FERRINHO OMNIBEES
Também presidente do Conselho da Visualforma e investidor em mais de oito empresas ligadas à tecnologia e Turismo, iniciou sua jornada empreendedora aos 16 anos, ainda como programador de software. Em 2010 fundou a Omnibees em Portugal. Nos anos seguintes arquitetou a expansão internacional da empresa para o Brasil, México, Colômbia, Argentina e Estados Unidos. PANROTAS — Qual ferramenta representou um salto de qualidade da Omnibees? LUÍS FERRINHO — Um dos mais importantes avanços e motivo de muito orgulho para nosso time é a nova solução chamada HIQ – Big Data Solutions. Ela estrutura os dados dos clientes Omnibees e os transforma em informações capazes de ajudar os hoteleiros, operadores e TMCs a tomarem as melhores decisões de negócios com o objetivo de aumentar suas vendas, otimizar margens e garantir mais eficiência em suas operações. A versão anterior já disponibilizava informações de produção, relatórios customizados e análises comparativas de canais e segmentos. Agora, com inteligência artificial, a HIQ permite a análise preditiva de vendas, tendências e informações de demanda versus oferta.
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PANROTAS — Qual é o diferencial da sua empresa no segmento em que atua? FERRINHO — Desenvolvemos relações consultivas com nossos hotéis. Cada hotel cliente Omnibees possui um gestor de conta que o auxilia no aproveitamento máximo das nossas soluções, incluindo as funcionalidades técnicas e também o auxílio consultivo na construção de uma estratégia tarifária e de comunicação correta, que fará o hotel aumentar as vendas e melhorar o posicionamento. PANROTAS — Para quantas companhias vocês fornecem tecnologia hoje no Brasil? FERRINHO — Atualmente são mais de 4,2 mil meios de hospedagem utilizando a nossa tecnologia, desde grandes redes nacionais e multinacionais, a pequenas pousadas em todas as regiões do Brasil. Além disso, temos conectados à Omnibees mais de 400 parceiros de distribuição, como OTAs, agências de viagens, empresas, operadoras, wholesalers, metabuscadores, PMS e booking engines.n
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TECNOLOGIA
LUIS VABO RESERVE
“O cenário do País não é bom. As eleições seguem indefinidas, as cartas estão na mesa, mas tudo pode mudar. O risco de a velha política permanecer no poder é enorme, a possibilidade de avanço é remota. Um sonho, quase uma utopia”, analisou o fundador e CEO do sistema Reserve e da Solid Corporate Travel, Luís Vabo. Em um período de incertezas, Vabo vê o mercado seguindo as tendências da economia brasileira. Muitos projetos na gaveta, alguns investimentos represados e muitos empresários sonhando com uma proposta. “A maioria segue aplicando muito empenho e criatividade para perpetuar o seu negócio”, complementou. Se quem empreende pelo fator do diferenciado se destaca, Vabo ganha pontos com o sistema Reserve de gestão de despesas e viagens corporativas entrando na era do PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standards). A atual demanda por segurança e facilidades faz com que, cada vez mais, as agências busquem por serviços que as poupem tempo e otimizem sua operação. Enquanto isso, o Reserve vai além, com assessoria, para os players licenciados, durante os processos relacionados à segurança de dados. Um dos atos mais recentes da empresa comandada por Vabo é o New Reserve Mobile, aplicativo que integra as viagens e despesas corporativas em um só espaço. n
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MÁRCIO NOGUEIRA HOTELDO
De uma simples conversa em um bar na Argentina surgiu a ideia de criar a Hoteldo, em 2000. Hoje, a empresa é uma das principais distribuidoras de serviços turísticos da América Latina, crescendo exponencialmente ao longo dos últimos anos. No primeiro semestre de 2018, houve alta de 91% nos negócios da empresa, que superou a marca dos R$ 130 milhões em vendas e chegou próxima aos números do agregado anual de 2017. O diretor de Vendas da Hoteldo para o Brasil, Márcio Nogueira, abriu o jogo sobre a expectativa da empresa diante do atual cenário econômico e como eles estão se movimentando para combater esses fatores. “Até junho deste ano, a empresa vinha apresentando um crescimento de 91% em relação ao mesmo período do ano passado. De julho para cá, seguimos crescendo, porém, em um ritmo muito menor, na casa dos 15%. Essa queda se dá principalmente pela flutuação cambial e o cenário político atual que faz com que os clientes fiquem mais inseguros para investir seu dinheiro em uma viagem”, analisa. “Hoje, a maior parte de nossas vendas se concentra em destinos internacionais e, por conta disso, o aumento do dólar acaba por impactar de forma significativa em nosso negócio.” Segundo ele, um dos diferenciais é tratar cada cliente como único. “Apesar de a maior parte dos processos ser feita de forma automatizada e on-line, quando necessário, atendemos e escutamos caso a caso para ajudar nosso cliente na resolução do problema, melhoria de preço para não perder vendas.”n
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TECNOLOGIA
ALEXANDRE OLIVEIRA HRS
Em um cenário econômico e político adverso, uma das coisas que as empresas mais procuram é previsibilidade em seus gastos, e a HRS é uma das empresas que têm direcionado seus objetivos a este fator. “Permitir que as empresas saibam quanto gastaram no último ano e quanto desembolsarão no seguinte, tendo um panorama de qual vai ser a redução de custo esperada, é a nossa estratégia de gestão”, comenta o diretor da HRS para a América Latina, Alexandre Oliveira. A empresa busca cada vez mais proporcionar uma abordagem de ponta a ponta às necessidades do cliente. “Temos dados, benchmarking, metodologia e ferramentas para apoiar as empresas a elevarem a categoria de hospedagem corporativa a uma categoria que inclui também a gestão estratégica”, comenta Oliveira. Este ano a empresa registrou bons resultados, segundo ele. “Os números que temos são excelentes e a perspectiva é de um crescimento ainda mais acentuado. O mercado brasileiro é tão grande que, mesmo se temos um desempenho acima da média, ainda há muito espaço para crescer. E é isso o que vai acontecer nos próximos anos”, pontua o executivo. n
RAFFAELE CECERE R1 SOLUÇÕES
PANROTAS — Como as empresas estão utilizando eventos para engajar clientes e aumentar renda e que ferramentas podem ajudá-las? RAFFAELE CECERE — Evento é uma grande ferramenta de aproximação das empresas com seus clientes. Um destaque especial vai para o live marketing, que permite usar toda a imaginação e criar experiências únicas para os participantes. A grande sacada é que você mexe com todos os sentidos, causando um enorme impacto, por um custo muito menor. Nesse sentido, as tecnologias podem ajudar muito e o céu é o limite, a imaginação é realmente o que manda. PANROTAS — Qual a abrangência da R1 hoje no mercado? CECERE — Hoje a R1 está presente em 43 hotéis e realizamos em torno de 13,5 mil eventos anualmente. Acredito que o nosso grande diferencial é a busca incansável por inovações, capacitação de nossa equipe e muita vontade de ajudar nossos clientes. Outro ponto muito importante é que devolvemos ao nosso mercado toda ajuda que recebemos. Hoje contribuímos com muitos eventos em parceria com o trade e apoiamos várias causas, promovendo e capacitando o setor de Turismo e Eventos.n
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POLÍTICA
VINICIUS LUMMERTZ MINISTRO DO TURISMO
No posto desde abril de 2018, o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, enxerga a aprovação da Nova Lei do Turismo e a mudança da natureza jurídica da Embratur em autarquia vinculada ao ministério do Turismo, para serviço social autônomo, como as principais urgências políticas do Turismo. O ministro conta que o ministério está trabalhando para aprovação do PL 2.724/15, que acaba com o limite de 20% do capital estrangeiro para as empresas aéreas estrangeiras que desejam atuar no País, permitindo que as companhias internacionais com filial no Brasil ofereçam voos internos por aqui, ampliando a conectividade entre as regiões e reduzindo os custos dos bilhetes, uma vez que haverá uma maior concorrência. “Também temos trabalhado para melhorar o ambiente de negócios para quem deseja investir no setor de viagens no Brasil. Precisamos ser mais atrativos para esses investidores e isso passa obrigatoriamente por um ambiente de negócios mais seguro, menos burocrático e definitivamente mais aberto.” “Temos como meta chegar aos 12 milhões de visitantes estrangeiros em 2022, mas para isso precisamos de uma política para elevar a competitividade do setor. Isso inclui iniciativas como estímulo à operação de aéreas low cost no Brasil, fim do imposto de importação para equipamentos usados em parques temáticos, desburocratização e aumento da segurança jurídica.”n
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MAGDA NASSAR
BRAZTOA E TRADE TOURS
É uma das principais líderes das batalhas do Turismo em Brasília. Além de presidir a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), cargo que acumula com a vice-presidência da Abav Nacional, Magda Nassar tem sido uma das vozes mais ativas do trade nacional junto ao governo desde 2015, quando foi eleita para presidência da associação que representa as operadoras brasileiras. Logo no segundo ano de mandato, liderou uma das principais causas de mobilização na história do setor no País, que envolveu, além da Braztoa, também a Abav Nacional, CVC e Clia: a redução do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para 6,38%, em 2016 – ele incide sobre os pagamentos destinados a fornecedores do Exterior e chegou a 33% em 2015, algo que inviabilizaria o Turismo internacional. Não foi, porém, a única luta da presidente: o processo de segurança PCI-DSS, da Iata, o pagamento de 5% do valor total da venda para o Imposto Sobre Serviços (ISS) e ainda a não inclusão da tarifa operador no bilhete foram algumas áreas onde Magda Nassar atuou em favor do trade nacional. Além da associação, Magda Nassar se dedica à Soft Travel, sua empresa há 28 anos, Trade Tours e à Trade Tech, sua sociedade com Nicanor Abreu e Silvia Fagundes.n
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POLÍTICA
ALEXANDRE SAMPAIO FBHA E CNC
Chamar a atenção dos candidatos à Presidência da República para que “ouçam a voz do Turismo” e mostrar a eles o quanto o segmento é relevante para o País: essas foram duas das mais importantes missões que Alexandre Sampaio liderou no ano de 2018. Presidindo tanto a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), onde foi reeleito neste ano, quanto o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Cetur/CNC), Sampaio esteve à frente das propostas do Turismo enviadas aos presidenciáveis nos últimos meses — o documento foi elaborado pela CNC em conjunto com 25 das maiores entidades representativas da cadeia produtiva do setor no País. À PANROTAS, o executivo ressaltou o papel das entidades na política como um todo. A atuação delas em sinergia com os sindicatos filiados acarretaram em “inúmeras demandas resolvidas, nas assembleias legislativas, câmaras municipais e nos judiciários.” “Para a CNC, [uma das maiores conquistas] foi a
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ratificação da imagem perante o trade nacional de nossa liderança, e das realizações em prol do Turismo brasileiro. Estendemos a percepção positiva da nossa atuação com a criação de vários conselhos estaduais empresariais de Turismo e Hospitalidade em inúmeras Fecomércio Brasil afora, e com a atuação dos já existentes, consolidamos esta referência”, comemora Sampaio.
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POLÍTICA
GERALDO ROCHA ABAV NACIONAL
À frente da Abav Nacional desde junho, depois da polêmica envolvendo a eleição de Carlos Palmeira, o economista Geraldo Rocha é cauteloso ao tratar do futuro político do País e de como a escolha do próximo projeto de governo pode influenciar o Turismo no Brasil. “Qualquer que seja o presidente eleito, a expectativa é para que o Turismo encontre interlocutores que nos permitam avançar com os pleitos que ficaram pendentes no governo atual”, afirmou o dirigente, destacando os impasses em relação às mudanças “necessárias e urgentes” na Lei Geral do Turismo. A Abav e outras 24 entidades de classe com assento no Conselho Nacional do Turismo tentaram trazer o Turismo para a discussão dos presidenciáveis ao assinar um documento com propostas do trade. Mais do que tudo, é imperativo para as associações a manutenção da pasta do Turismo em um ministério relevante e “sob o comando de gestores alinhados e comprometidos com as necessidades do setor”, complementa. Em outra esfera, o presidente da Abav Nacional acredita que “a falta de competitividade é o maior entrave a ser vencido pelo Turismo brasileiro e isso passa por questões ligadas à capacitação, infraestrutura, tributação e pelo exercício de uma política pública que garanta continuidade aos planos de trabalho”.n
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MARCO FERRAZ CLIA BRASIL
Ele presidiu duas das mais importantes associações de Turismo no Brasil: Braztoa, entre 2011 e 2014, e desde o final daquele ano, a Clia Brasil (na época ainda Clia Abremar). Marco Ferraz, desde então, tem lutado ao lado de outros líderes do Turismo nacional em prol do trade do País e, durante seus quase quatro anos de Clia Brasil, pelas companhias de cruzeiros que atuam no País. À frente da Cruises Lines International Association no País, Ferraz representa algumas das maiores operadoras brasileiras e redes de cruzeiros internacionais; são elas: Agaxtur, Ancoradouro, CVC, Discover Cruises, Marítimos, Navigare, Píer 1, Qualitours, Queensberry, Velle Representações, Norwegian Cruise Line, Grupo Royal Caribbean, Costa Cruzeiros e MSC Cruzeiros. Agregador, ele, porém, acha difícil juntar todas as entidades dos segmentos do Turismo, eliminando as que são mais segmentadas. “O que apoio é que exista uma entidade macro para o Turismo em geral, com maior força política e econômica, mas mantendo as mais específicas, que conseguem atender às demandas dos diferentes nichos e mercados do País”.n
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POLÍTICA
ARIALDO PINHO SETUR CEARÁ
O Estado do Ceará assumiu posição de protagonismo na indústria de Turismo brasileira e, nos últimos meses, o grande destaque é o novo hub da Gol e Air France-KLM, que passaram a conectar a capital Fortaleza a Amsterdã e Paris (além do incremento de voos domésticos com Gol e Latam). De acordo com a Secretaria do Turismo (Setur), o número de estrangeiros deve subir entre 60 e 70 mil pessoas, anualmente, com o crescimento de voos internacionais também de outras companhias como a Latam, Copa Airlines, TACV (Cabo Verde Airlines) e Condor. Dessa maneira, a meta do Estado é consolidarse como principal porta de entrada para estrangeiros no Nordeste e, pelo atual ritmo, será apenas uma questão de tempo. Um dos principais responsáveis por este trabalho bemsucedido é o atual secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho, que prova que vontade política quando alinhada com os players da indústria, é sinônimo de sucesso. “Temos que nos profissionalizar muito se quisermos fazer um Turismo de qualidade. O País é muito grande e não podemos falar nele por inteiro, sendo necessário focar, em primeiro momento, nos destinos fortes”, sugere.n
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RODRIGO CEZAR ALAGEV E ROCHE
PANROTAS — Quais são as maiores urgências do setor politicamente? RODRIGO CEZAR — Acredito que precisamos de um gestor que realmente olhe para o Turismo como uma oportunidade de crescimento, de geração de renda e empregos. Tivemos uma rotatividade muito grande de ministros no Turismo. Alguns até que realizaram bons projetos, mas o setor possui várias possibilidades e ainda é inexplorado. PANROTAS — Como está sendo o ano para a Alagev? CEZAR — O ano de 2018 está sendo promissor para a entidade. O Lacte 13 apresentou um crescimento de 13% em relação ao número de participantes de 2017 e, em número de associados, crescemos 15%, de janeiro a agosto. Temos mais gestores associados e estamos levando a Alagev para outros Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Em recente pesquisa, 46% dos gestores de viagens perceberam crescimento de até 10% no primeiro semestre de 2018, quando comparado ao mesmo período de 2017. Do ponto de vista dos fornecedores, um número maior (67%) registrou aumento de até 10% de um ano para o outro.n
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4 a 10 de julho de 2018 — PANROTAS
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AVIAÇÃO
TARCÍSIO GARGIONI AVIANCA BRASIL
O ano de 2018 marca a despedida de um dos ícones da aviação brasileira: Tarcísio Gargioni. O experiente executivo deixaria, oficialmente, o cargo de vicepresidente de Marketing e Vendas da Avianca Brasil em julho, mas o processo de transição e sucessão fez com que ele precisasse estender suas atividades como consultor por mais algum tempo, além de integrar o Conselho Administrativo da companhia. Em seu último ato à frente da empresa, ele destaca o bom desempenho mesmo diante das adversidades do mercado. “Esse ano, tivemos uma forte desvalorização do câmbio e isso gerou um aumento significativo dos custos da empresa”, explica Gargioni. Segundo ele, mesmo com a greve dos caminhoneiros, a aérea conseguiu manter 95% dos voos programados e, com isso, as consequências ao cliente foram minimizadas. “Quase oito anos depois, deixo a Avianca Brasil muito orgulhoso, com 13% do market share doméstico, 11 pontos percentuais a mais de quando entrei, e pelo menos 26% de participação nos mercados em que atuamos”, analisou o executivo, em entrevista à PANROTAS quando anunciou sua aposentadoria.n
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IGOR MIRANDA
LATAM AIRLINES BRASIL
Há alguns anos, a Latam Brasil vê uma corrida cada vez mais acirrada pelo passageiro corporativo no Brasil. Isso faz com que a aérea se movimente para se manter entre os líderes na preferência do mercado corporativo, sendo o remodelamento das cabines dos aviões a principal arma para atraílo. Mais privacidade ao viajante, assentos full flat e telas de entretenimento maiores na classe executiva, além de poltronas mais confortáveis na econômica estão entre as mudanças prometidas pela empresa. “Essas ações, em conjunto com inúmeras iniciativas que já estão em curso, compõem um mix robusto de atributos que fazem com que a Latam se destaque no mercado corporativo”, explicou o diretor de Vendas e Marketing da aérea, Igor Miranda. Além dos atributos nas aeronaves, o Latam Fidelidade é outro alvo de investimento da aérea. Fortalecer o programa por meio de benefícios exclusivos e obter a tabela de resgate mais competitiva do mercado é o grande objetivo da marca.n
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AVIAÇÃO
FÁBIO CAMARGO DELTA AIR LINES
Continuidade foi a palavra utilizada pelo diretor geral da Delta Air Lines no Brasil, Fábio Camargo, para definir o pilar da sua gestão ao assumir o comando da aérea por aqui, no ano passado. De lá para cá, a única novidade da empresa para o mercado brasileiro foi o sucesso da operação sazonal entre o Rio de Janeiro (GIG) e Nova York (JFK), com voos entre dezembro e março. Isso mostra uma companhia satisfeita com os números apresentados pela conexão com o País. De acordo com Camargo, o voo registrou entre 80% e 90% de ocupação, confirmando a grande demanda nesse mercado e fazendo com que a Delta voltasse a investir nele. “Resolvemos renová-lo para a próxima alta temporada”, confirmou o diretor. A parceria com a o grupo Air France-KLM também rendeu frutos ao corporativo neste ano. Recentemente, a Delta anunciou o lançamento conjunto do primeiro programa de benefícios destinados aos viajantes a negócios, o Global Corporate Priority. Ações como a seleção de assentos, embarque prioritário e a recuperação de serviço prioritário estão disponíveis aos passageiros participantes. n
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LUCIMAR REIS UNITED AIRLINES
A United Airlines celebrou o aniversário de 25 anos no Brasil em 2017, e uma das grandes estrelas da noite foi a diretora da aérea no País, Lucimar Reis. Apontada pelo vice-presidente mundial de Vendas, Dave Hilfman, como a liderança que faltava à empresa em território brasileiro, ela comanda o momento de aproximação da companhia com o Turismo daqui, do trade ao passageiro. O Brasil, inclusive, é visto como um mercado importante não apenas para as Américas, mas em nível global nos negócios da United. Lucimar, por sua vez, ganha destaque e, consequentemente, mais responsabilidade diante dos investimentos crescentes da empresa no mercado brasileiro. O voo solitário de Houston com destino ao Brasil, inaugurado em 1992, se transformou em cinco frequências diárias partindo de São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG) à própria Houston, além de Nova York, Washington D.C. e Chicago. A operação mais próxima da Azul é outro viés de investimento no País. Dona de 8% das ações da aérea brasileira, a United ainda conta com uma cadeira no conselho e participa das decisões estratégicas, trabalhando forte pela compatibilidade de malha e aproximando-se de outros destinos do Brasil por meio das conexões da Azul.n
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DILSON VERÇOSA JR. AMERICAN AIRLINES
No último mês, a American Airlines deixou o endereço onde esteve sediada por 28 anos no Rio de Janeiro para um novo escritório. A nova casa da aérea no País acomoda a equipe comercial, formada por 12 profissionais, e representa um novo momento para a companhia. Diante de um cenário de recuperação econômica por aqui, anunciou o fim de rotas e reduziu frequências para se adaptar à nova realidade do Turismo brasileiro, ao menos por enquanto. Segundo o diretor regional da American para o Brasil, Dilson Verçosa Jr., a aérea identificou um reaquecimento na procura dos passageiros brasileiros, apesar de o mercado não ter se recuperado tão rapidamente quanto eles esperavam. “Continuamos a apostar no Brasil como um dos principais mercados da América do Sul para a American Airlines e estamos confiantes no contínuo reaquecimento do mercado”, apontou.n
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AVIAÇÃO
MÁRIO CARVALHO TAP
Diretor geral da Tap no Brasil, Mário Carvalho é o principal líder da companhia aérea que oferece o maior leque de viagens entre o País e a Europa. Atualmente, a empresa possui 70 frequências semanais para Lisboa ou Porto partindo de dez cidades brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Apesar do grande papel na conexão entre cidades brasileiras e europeias, a Tap tem visto a concorrência por algumas rotas aumentar, principalmente as operadas pela Latam a partir do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e as compartilhadas entre Air France e KLM a partir do hub de Fortaleza. “A Tap tem uma estratégia baseada na oferta de voos diretos de norte a sul do País para a Europa, e estamos em todas essas cidades há muitos anos. Isso nos dá um know how muito grande em relação a todas essas rotas. Muitos desses aeroportos nunca haviam sequer recebido voos internacionais antes da chegada da Tap”, comentou Carvalho. “A companhia tem feito um trabalho forte de promoção desses destinos no Exterior, e isso tem nos permitido manter essas rotas independentemente de o mercado brasileiro estar aquecido ou em crise. Costumo dizer que, na alegria ou na tristeza, a Tap tem mantido as rotas porque acredita no Brasil”, finalizou.n
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JEAN-MARC POUCHOL AIR FRANCE-KLM
A partir de abril do ano que vem, Air France e KLM, juntas, transformarão sua frequência para diária a Paris e Amsterdã partindo de Fortaleza, o que mostra a consolidação do hub do conglomerado aéreo no Nordeste. Tudo isso vem graças aos bons resultados registrados pelo grupo em 2018, conforme confirma o próprio diretor-geral do grupo para a América do Sul, Jean-Marc Pouchol. “O desempenho do grupo Air France-KLM no Brasil, neste ano, tem sido bom e acima das nossas expectativas”, explicou Pouchol. O investimento no hub nordestino, além da inclusão de aeronaves maiores nas rotas para São Paulo e o aumento da oferta de voos no Rio de Janeiro, se dá após a identificação de um crescimento da demanda pelas aéreas. “Queríamos investir com agilidade e inteligência para, então, contribuir ativamente com essa recuperação”, complementou. “Estamos confiantes de que somos os que oferecem o que há de melhor. Além disso, voamos para dois dos mais importantes centros de conexão do hemisfério norte, o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e o Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã”, analisou o diretor.n
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AVIAÇÃO
ANNETTE TAEUBER LUFTHANSA E SWISS
Conhecidamente uma das companhias aéreas que mais se preocupam com serviço de bordo em rotas de e para a Europa, a Lufthansa foi considerada pelo World Airline Awards nos últimos dois anos a melhor aérea europeia. Um reconhecimento que, de certa forma, cria uma pressão para que a empresa siga investindo em aprimorar cada vez mais seus produtos. No Brasil, sob a batuta da diretora Annette Taeuber, a Lufthansa opera com o Boeing 747-800, saindo de São Paulo e Rio de Janeiro. Infelizmente Annette não estava disponível para uma entrevista no momento do fechamento de nossa edição especial. n
GONZALO ROMERO AIR EUROPA
A importância do Brasil para a Air Europa tem uma mostra clara na contratação de Gonzalo Romero, ex-Aerolíneas Argentinas. A experiência dupla na aviação civil e na cultura brasileira fez do executivo nome forte para liderar as ações da aérea espanhola no País. Daí sua presença nessa lista (a companhia argentina, até o fechamento dessa edição, não havia escolhido o sucessor de Romero). Agora diretor da companhia espanhola, o objetivo de Gonzalo Romero no cargo está bem ensaiado: “alinhar as diversas oportunidades do mercado nacional, integrando de forma estratégica à nossa estrutura latino-americana e mundial.” Ele define o mercado brasileiro como “um ambiente rico”, o suficiente para manter o crescimento da Air Europa desde sua chegada no País. “Esta é uma oportunidade e um desafio que muito me motivam e tenho certeza de que meu knowhow de 14 anos na aviação vai contribuir para a consolidação das estratégias da Air Europa no Brasil”, complementa. Com 12 voos semanais para Madri (de São Paulo, Salvador e Recife) e operação com o moderno Boeing 787-8 desde Guarulhos, a aposta, segundo Romero, é o segmento corporativo, “já que a companhia opera com uma excelente opção de viagem para passageiros de negócios com destino à Espanha e toda a Europa com conexões no hub de Madri”.n
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AVIAÇÃO
JOSÉ ANTÔNIO COIMBRA BRITISH E IBERIA
A análise da velha relação oferta e demanda do mercado brasileiro guiou a Iberia em suas ações nas últimas temporadas. A estratégia da aérea espanhola na América Latina tem como um dos principais mercados justamente o Brasil. O diretor da Iberia/British Airways no Brasil, José Antonio Coimbra, conta que a decisão foi apostar nos mercados tradicionais, fornecedores do maior fluxo de viajantes internacionais. “A Iberia manteve a aposta no Brasil, tanto no mercado do Rio de Janeiro quanto em São Paulo, quando notamos uma evolução positiva da demanda. A partir daí, incrementamos nossa oferta para os dois mercados”, explica. Foram colocadas em prática então ações que aprimorassem o produto. “A Iberia modernizou a frota de aeronaves que opera no Brasil, oferecendo o melhor produto na classe Business, Turista e, agora também nos voos para São Paulo, a nova cabine Turista Premium”, afirma o executivo, que almeja ver a Iberia como “a companhia aérea preferida tanto para viagens a negócios, quanto para o segmento de lazer premium”. Juntamente da modernização das aeronaves, veio o aumento de oferta. No Rio de Janeiro, por exemplo, o número de assentos oferecidos cresceu 14%.n
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EMERSON SANGLARD COPA AIRLINES
Em 2018, a Copa Airlines ampliou sua malha aérea no Brasil ao conectar Salvador e Fortaleza ao seu hub na Cidade do Panamá: o Aeroporto Internacional Tocumen. Gerente geral da companhia panamenha para o Brasil, Emerson Sanglard exerce papel fundamental no crescimento da empresa em território brasileiro, e nem o cenário macroeconômico turbulento parece afetar suas aspirações. “O ano de 2018 tem sido bastante desafiador para todo mercado. No entanto, buscamos sempre alcançar nossas expetativas de acordo com o nosso planejamento. Lançamos novas rotas em Fortaleza, Salvador e Barbados, e já anunciamos novos voos para Salta, na Argentina, e Puerto Vallarta, no México, para dezembro. Além disso, retomamos as operações em Sint Maarten e estamos bastante otimistas em relação ao futuro”, declarou Sanglard. “O Brasil é o segundo mercado global para a Copa Airlines e somos, atualmente, a segunda maior companhia aérea internacional em operação no País em termos de capilaridade e número de frequências”, comentou o executivo.n
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EVENTOS
VIVIÂNNE MARTINS ACADEMIA DE VIAGENS CORPORATIVAS
Em um momento de mudanças, a Academia de Viagens Corporativas, empresa de consultoria, design de eventos, exposições e feiras, inteligência e projetos na área de viagens corporativas e Mice, está sempre se reinventado para trazer inovações aos negócios. Mudou de escritório, criou a Academia on-line e está focando em novos investidores e modelos de eventos para continuar crescendo. “Assim como todos os outros negócios desta nova era digital, deve haver uma mudança para que produtos e serviços sejam apresentados de maneira diferente. O consumidor deseja eventos mais objetivos, rápidos e com resultados concretos”, explica uma das sócias da Academia, Viviânne Martins. O evento mais recente realizado pela Academia trouxe esse espírito de inovação para os participantes. O Acte Abroad Summit Rio, no Rio de Janeiro, foi mais um sucesso na trajetória de Viviânne. No dia 25 de outubro, será a vez da edição de Campinas, no Royal Palm Hall. E o que querem os participantes de feiras e eventos corporativos? “Na minha opinião os participantes querem conhecer produtos e serviços novos e fazer relacionamento. Para eventos corporativos, acho que exposições com produtos e serviços sendo apresentados de uma maneira mais experimental funcionam mais.n
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MARTA ROSSI
FESTURIS GRAMADO Alguns itens são obrigatórios na lista de qualquer visitante de feiras de Turismo. Se engana quem acha que os brindes são prioridade, o profissional está lá em busca de “conteúdo, negócios, relacionamentos, lazer e oportunidades de vivenciar experiências diferentes”. Essa é a visão da criadora (junto com Silvia Zorzanello) do Festuris Gramado, Marta Rossi, que se prepara para movimentar a cidade gaúcha neste ano com a 30ª edição da feira de Turismo. “Há 30 anos trabalhamos fomentando o Turismo no Sul do País com nossos eventos e vemos um crescimento exponencial de nossos produtos. A consequência é que toda a cadeia turística é beneficiada a cada evento realizado.” Com todo esse know-how e experiência em produção de eventos, a opinião de Marta Rossi sobre o futuro das feiras é extremamente relevante. “Não vejo um fim e nem acredito que este modelo de reencontros vai acabar. Ao contrário, eu vejo mudanças importantes nos processos, mas as pessoas vão precisar se encontrar cada vez mais”. Ela segue, reforçando que “surgem novos mercados, novas necessidades e os encontros vão se alinhando em torno de novos assuntos”.n
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EVENTOS
LUCIANE LEITE
WTM LATIN AMERICA PANROTAS — O que querem os participantes de feiras e eventos corporativos? LUCIANE LEITE — Tanto expositores quanto visitantes de feiras e eventos corporativos estão sempre em busca de inovações do setor, conteúdo relevante, fortalecimento de networking e, principalmente, geração de negócios. Eventos como a WTM Latin America têm objetivos muito mais amplos. Trazemos 12 meses de interação, por intermédio de nossas plataformas de tecnologia que conectam os participantes e, assim, agregamos, cada vez mais, valor à toda a cadeia. PANROTAS — Como se reinventar neste cenário? LUCIANE — É importante estar atento às mudanças de hábito de consumo do público-alvo e, a partir daí, utilizar insights, ferramentas e tecnologias que possam surpreender e levar uma experiência completa a quem expõe e visita o evento. Além disso, visitar e observar tendências ao redor do mundo neste mercado é enriquecedor para geração de brainstorm e o intercâmbio das melhores práticas, buscando incessantemente soluções diferenciadas que contribuam para o segmento. PANROTAS — Como está o desempenho da WTM Latin America?
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LUCIANE — Na última edição, reunimos cerca de 600 expositores e 7,9 mil visitantes únicos – um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. Nosso principal objetivo não é apenas trazer outros destinos para a América Latina, mas também aumentar os produtos valiosos que temos aqui. Para 2019, já temos firmadas as parcerias com Abracorp, GBTA, TMG e Alagev, reforçando os conteúdos e temáticas do setor de Viagens Corporativas, e teremos uma agenda exclusiva para Mice. Mais uma boa notícia é a renovação da parceria com a Interamerican Network, que em 2018 levou 700 agentes de viagens à feira, ou seja, um incremento de 16,5% em relação ao ano anterior. n
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EVENTOS
MARCELO KAISER AVIAREPS
Ethiopian Airlines, Brand USA, Visit Florida, Palm Beaches, Condor, Visit Brussels, Singapore Airlines e Paradise Coast... O que essas empresas têm em comum? Tirando a obviedade da resposta em relação aos destinos norte-americanos, a resposta é: Marcelo Kaiser. Todas essas empresas são representadas no Brasil pela Aviareps, e Kaiser é o diretor geral da companhia no País. Aliás, era. A companhia alemã está em franca expansão pela América Latina e escolheu o brasileiro para dirigir toda a região. Ele assumiu o desafio em julho e acumula a operação Brasil pelo menos até dezembro. A Aviareps possuiu escritórios em oito países latinos. São eles: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e México. Kaiser dirigirá um portfólio de 35 clientes, entre companhias aéreas, destinos, hotéis, e mais de 80 colaboradores. No mundo são cerca de 300 clientes e 800 colaboradores. n
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CLAUDIO JUNIOR JPA TRAVEL MARKET
Reivindicar seu lugar na vitrine do Turismo internacional é a intenção do Festival de Turismo de João Pessoa. Não à toa o evento ganhou nova roupagem com a renomeação para JPA Travel Market. Mudanças surgem por melhorias e o diretor do evento, Claudio Junior, sabe que se agarrar eternamente a moldes tradicionais pode ser um caminho sem volta. “Será sempre o fim de quem não inovar a cada minuto. Estudar o mercado e se antecipar às mudanças não é fácil, mas necessário”, opina. Dentre as prioridades que a organização precisava tratar para a próxima edição, Junior elenca alguns pontos que estiveram em sua pauta nos últimos meses. “Ao longo do ano analisamos como melhorar a formatação da feira, o conteúdo das capacitações, o fórum e a rodada de negócios. É quase uma eterna pesquisa junto aos nossos clientes, além de estudarmos outros eventos B2B realizados no Brasil, Espanha, Inglaterra, Portugal e outros países.” O diretor promete ainda estandes “tão elaborados que chamarão atenção dos visitantes” e áreas exclusivas para empresas dos Estados Unidos. n
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CRUZEIROS
ADRIAN URSILLI MSC CRUZEIROS
O argentino Adrian Ursilli desembarcou no Brasil quando ainda era criança. Com uma família que já trabalhava com Turismo, não demorou muito para que o executivo também migrasse para o setor. Principal executivo da italiana MSC Cruzeiros no País, Ursilli destaca que o ano tem sido muito positivo para a armadora e uma das razões disso é, em suas palavras, tanto o público, quanto o agente de viagens que têm percebido que os cruzeiros são ótimas opções de férias. “Para nós, o movimento do mercado está em linha com as nossas expectativas para o período. Em comparação com o mesmo período do ano passado, já observamos um aumento de vendas em torno de 5%. Para a próxima temporada, teremos uma oferta 13% maior do que na temporada anterior, trazendo para o País grandes novidades com o MSC Seaview, MSC Fantasia e MSC Poesia. Serão 102 mil cabines ofertadas”, afirmou. “Os cruzeiros são opções muito versáteis, adequados à inúmeros perfis de viajantes, uma vez que esse tipo de viagem proporciona uma experiência superior em termos de lazer, entretenimento, Turismo e gastronomia, a um valor bastante acessível. Por isso, observamos que nossas ofertas são muito procuradas por casais, famílias e amigos, e também para os que desejam realizar casamentos e outras eventos a bordo. Outro público tem chamado muito a nossa atenção: o corporativo".n
ESTELA FARINA
NCL E CLIA BRASIL
Executiva de liderança, Estela Farina tem presenciado os altos e baixos da indústria de cruzeiros marítimos no Brasil. Há quase quatro anos à frente do escritório da Norwegian Cruise Line Holdings no País, ela presenciou a ascensão e o declínio dos navios internacionais em nossos mares, com alta exponencial na demanda e uma redução impactante na oferta. Por meio das marcas Norwegian, Oceania Cruises e Regent Seven Seas, o grupo pretende crescer 15% em faturamento este ano, mostrando atenção às mudanças e aos novos gostos dos consumidores. “O crescimento da NCL até o momento está em 8% em relação ao ano passado, com uma expectativa de melhora até o final do ano”, comemora. “A Norwegian mudou o conceito dos cruzeiros em 2000, criando o jeito livre de navegar, sem horários fixos, sem turnos de refeições e com inovações como pista de corrida de carros a bordo.” Em relação ao cenário político, a também presidente do Conselho da Clia Brasil espera que o setor ocupe seu lugar no Palácio do Planalto, assim como os congressistas encarem o Turismo como uma indústria de fato. “O que se espera é uma visão macro do Turismo com ações que sejam de longo prazo, com medidas que promovam a estabilidade política e especialmente econômica do País. Também espero dos eleitos, seja no Legislativo ou Executivo, uma conscientização sobre o quanto os cruzeiros contribuem para a economia em geral e para a divulgação internacional dos destinos."n
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CRUZEIROS
RICARDO AMARAL R11 TRAVEL
Como ser otimista em tempos difíceis? A pergunta pode até parecer um título de autoajuda, mas essa definição pode ser atribuída a Ricardo Amaral. Diretor executivo da R11 Travel, ele tem colecionado um número positivo atrás do outro. PANROTAS — Como está 2018 para a R11? RICARDO AMARAL – Muita gente reclama de crise e dos negócios. Isso não ocorreu na R11 em 2017; em 2018 temos um planejamento sério e um engajamento de equipe com trade, que nos protege em momentos “desafiadores”. Desta forma crescemos em 2017, também cresceremos em 2018 e já pretendemos um 2019 ainda melhor. Temos crescido de 5% a 15% nesse período e esperamos ter média de 10% acumulado ano a ano em dois anos. PANROTAS — Qual é o perfil do novo cruzeirista e o que ele encontra em sua empresa? AMARAL – Um mercado de cruzeiros ampliado, em constante crescimento, mas também em evolução. O consumidor final busca mais informações para fazer sua escolha e os agentes precisam e têm buscado mais preparo e treinamento. A capacitação tem um papel cada dia maior no Turismo. A R11 Travel tem um portfólio de marcas de cruzeiros marítimos capaz de atender diferentes perfis de hóspedes.n
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ALEX CALABRIA
COSTA CRUZEIROS
Comemorando 70 anos desde sua primeira navegação ao Brasil, a Costa Cruzeiros tem em Alex Calabria seu homem de confiança no contato com o trade no País. O gerente de Vendas e Marketing acredita que o sucesso em nosso mercado se deve à diversidade de cruzeiristas atendida. Ele prevê um crescimento de 23% na oferta de cruzeiros na próxima temporada e de 11% em leitos na América do Sul com os dois mega navios Fascinosa e Favolosa operando na região por 197 dias e com mais de 120 mil leitos. “Agradamos solteiros, casais e famílias que querem confraternizar a bordo. É importante frisar que o viajante brasileiro busca, acima de tudo, comodidade no momento de adquirir o cruzeiro. Detectamos que os consumidores nacionais se sentem mais confortáveis ao comprar um cruzeiro marítimo atrelado a outros serviços, como os bilhetes aéreos e os traslados. Por isso, tivemos uma boa adesão entre os hóspedes do Brasil em nossos pacotes air & sea, tanto para cruzeiros nacionais, quanto para internacionais.” “Acreditamos que o País necessita de mais destinos capacitados como hubs para operações de embarque e desembarque de grandes navios de cruzeiros. Não fossem os altos custos e a infraestrutura deficitária, teríamos condições de expandir as atividades em importantes destinos turísticos no Nordeste e no Sul do País.” n
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CRUZEIROS
CRISTINA SCIELZO DISCOVER CRUISES
Se a indústria de cruzeiros no Brasil sofre com problemas de décadas, vender esse produto aqui não é desafiador. Uma prova viva dessa afirmação é a Discover Cruises, empresa que adicionou ao seu portfólio de representação exclusiva a alemã Hurtigruten, integrando um grupo composto por Princess, Cunard e Holland. Para comportar esse crescimento, a companhia, dirigida a partir do Rio de Janeiro por Cristina Scielzo, abriu um escritório em São Paulo, nas proximidades da avenida Paulista. A estrutura na capital paulista inclui dois gerentes, um vendedor e um executivo de Vendas. Sobre tendências na indústria, ela diz que a cada ano os viajantes de cruzeiro se mostram mais exigentes, especialmente os de luxo. Em busca de personalização e exclusividade, as empresas buscam soluções para entregar a tão chamada “experiência de vida”. “São pessoas que têm mais acesso às informações, planejam melhor seus gastos e buscam qualidade e confiança. Nós representamos empresas sólidas e prestigiadas da indústria de cruzeiros. Na Discover Cruises, embarcar sonhos faz parte da nossa missão”, finalizou a diretora.n
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PARQUES TEMÁTICOS
ROGÉRIO SIQUEIRA BETO CARRERO WORLD
Em um sábado ensolarado de setembro de 2018, 23,7 mil pessoas foram responsáveis pelo recorde de público da história do Beto Carrero World. O parque temático em Penha (SC) deu um salto de qualidade nítido na segunda metade desta década e colhe os frutos de uma gestão dedicada, de gente que leva a sério. À frente do projeto está Rogério Siqueira, presidente do complexo. O último dos lançamentos foi a área temática de Hot Wheels, e o parque hoje é o único no mundo que oferece um show da tradicional marca de carrinhos. O sucesso não vem à toa. Em 2016, antes da crise estourar e trazer ao patamar que vivemos hoje, o Beto Carrero World criou uma equipe de Inteligência para acompanhar não só o mercado de Turismo, mas o Brasil no cenário macro. “Exploramos nichos e situações mercadológicas muito importantes. Estamos crescendo em relação ao ano passado em nível de 14%”, compara Siqueira. “Para além das capitais, espalhamos nossa equipe por mercados emissivos volumosos, como o agronegócio, que pode ser considerado um Brasil sem crise, sempre de olho nos modais de transporte. Mais de 60 milhões de pessoas viajam anualmente no Brasil e fomos buscar os visitantes que vêm de ônibus, o poder de consumo das regiões. Adaptamos a oferta, criamos um produto que não envolve só o Beto Carrero, mas toda a região, incluindo Oktoberfest e outros eventos pontuais, como festivais gastronômicos.”n
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E AGORA?
CARLOS VAZQUEZ ESFERATUR
E então depois de anos construindo uma trajetória baseada no dom de vender e de criar e manter relacionamentos sólidos, a vida lhe obriga a mudar de rumo (ok, com uma boa quantia de dinheiro no bolso). Carlos Vazquez, um dos grandes vendedores e entusiastas do Turismo brasileiro (e da consolidação especificamente), tem à sua frente um mar de oportunidades, agora com sua empresa parte de um grande grupo (a CVC Corp) e sabemos que ele não apenas as aproveitará, como construirá novas e nos surpreenderá. E com certeza ele pode ajudar a CVC Corp, pois tem visão do mercado fora do Brasil, é expert em distribuição e descobre oportunidades onde poucos veem. Vazquez é mestre em relacionamento e se dá com todos os fornecedores, até com aqueles para os quais a maioria torce o nariz e “tolera”. O segredo? A empatia. Carlinhos entende o ponto de vista do outro, dialoga, brinca, choca até, e mostra que é verdadeiro, mesmo nos momentos mais agressivos (comercialmente). Estamos curiosos e torcendo por seus próximos passos. n
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GUILLERMO ALCORTA PANROTAS E MATCHER
Em 2019 a PANROTAS fará 45 anos. E seu presidente, José Guillermo Condomí Alcorta, 80 anos. A Matcher, por sua vez, estará em sua primeira edição, dias 19 e 20 de fevereiro, em Fortaleza. Matcher é a plataforma e empresa criada por Alcorta, em sociedade com Ana Maria Donato e Jeanine Pires, e que nasceu de um desejo que está no empresário desde o começo da PANROTAS: não apenas ser parte e estar junto, mas também ajudar ativamente o desenvolvimento do Turismo brasileiro. Como dono de uma editora especializada em publicações para a indústria de Viagens e Turismo (e hoje, além de publicações, diversos tipos de conteúdo, eventos e ações), Guillermo Alcorta sempre fez questão de olhar o todo, enxergar toda a cadeia produtiva, ir além do papel do jornal e da tela do computador. Não à toa ele é visto como conselheiro para diversos assuntos, como embaixador para outros, como um dos porta-vozes do Turismo. Foram muitas as empresas e empresários que não apenas aconselhou mas esteve ao lado, os vendo crescer e sempre com foco nas oportunidades do pouco aproveitado Turismo brasileiro.
Com a Matcher, uma empresa independente da PANROTAS, mais uma vez ele faz a parte que lhe cabe, que vê que é possível fazer. E se é possível, ele vai e faz. Promover negócios entre compradores estrangeiros e os fornecedores brasileiros, com ajuda da tecnologia (outra marca sua – o Portal PANROTAS, por exemplo, é do ano 2000, pioneiro no setor), dos relacionamentos, de sua expertise e de suas sócias (que conhece e com quem trabalha há anos), é sua forma de celebrar as datas de 2019 contribuindo ainda mais para o Turismo brasileiro. E com o olhar aguçado de sempre, escolheu Fortaleza e o Nordeste pelo bom momento e pela conjunção de pessoas e fatores que estão movendo o destino e a região. Guillermo Alcorta tem se dedicado intensivamente à Matcher, com reuniões, eventos, planejamentos e viagens, sem tirar o olho, claro, da PANROTAS, que tem seu filho José Guilherme como CEO e que também é um de seus legados para essa indústria. Outras ideias virão, outros projetos, conselhos, opiniões e análises, que estamos acostumados a admirar e, como ele, colocar em prática.n
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Lailson Santos / Sectur Ilhabela
ILHABELA: UM DESTINO PARA TODOS Ilhabela (SP)
Reconhecida oficialmente como a Capital Nacional da Vela, Ilhabela (SP) vai muito além do esporte que consagrou medalhistas olímpicos como Robert Scheidt e os irmãos Torben e Lars Grael. A cidade, que oferece um amplo leque de atividades aquáticas e de aventura, mescla o estilo arquitetônico histórico das vilas do litoral e ainda conta com 84% de seu território integrando a reserva natural Parque Estadual de Ilhabela. Também investe para se tornar o melhor destino de natureza do Brasil até 2020, e mostra o porquê. Recentemente, o MTur incluiu Ilhabela no topo do Mapa do Turismo Brasileiro com a classificação A no ranking. Alguns fatores determinantes para o município foram o aumento do fluxo turístico, doméstico e internacional, e o crescimento do setor de hospedagem, que tem aumentado o número de room nights e atingido uma média de ocupação de 95% durante a alta temporada. Esse reconhecimento é um reflexo do investimento da Secretaria de Turismo, que prepara uma nova investida para ampliar a infraestrutura turística. Ao longo dos próximos quatro anos, mais de R$ 400 milhões serão destinados à estruturação do destino pensando exclusivamente nos turistas. Projetos como o Parque das Cachoeiras, o Ecoparque do Perequê e o Parque Linear do Mangue estão entre os beneficiados pelo investimento no Turismo local. Outros pontos, como instrumentos para a observação de pássaros e guaritas para recepcionar os visitantes, além de banheiros e duchas, também estão nos planos, que também incluem a manutenção de trilhas pela maior faixa preservada da Mata Atlântica localizada em área insular. Ilhabela ainda ganha, constantemente, novos equipamentos para facilitar a vida dos turistas, das bicicletas compartilhadas e do tradicional Aqua Bus à internet wi-fi gratuita nos pontos de ônibus. Turismo é a economia da experiencia. Além de bons equipa136 136 e 137.indd 136
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INFORME PUBLICITÁRIO
ALÉM DO SOL E MAR Sol e praia são a combinação perfeita para as férias no Brasil, mas não a única, o que torna Ilhabela um destino especial. Além das conhecidas praias do Bonete, de Castelhanos, do Perequê e da Feiticeira, a cidade aposta nos esportes de aventura, ecoturismo e atividades ao ar livre para agradar até os mais exigentes turistas. Trekking, remo, caiaque, mergulho e banhos de cachoeira são só o início do que o arquipélago paulista pode oferecer. As mais de duas toneladas de camarão consumidas no Centro Histórico durante o 23º Festival do Camarão, realizado em agosto, definem perfeitamente o modelo de experiência gastronômica típica da cidade. Neste ano, mais de 30 mil pessoas participaram da festa, que gerou um faturamento de R$ 308 mil e mais de dois mil postos de emprego, entre vagas diretas e indiretas. A grende influência de várias nacionalidades advindas dos imigrantes que chegaram à ilha ainda faz com que a gastronomia seja rica e variada, incluindo a tradicional culinária caiçara local. Ilhabela também é cultura histórica, representada pelos 62 sítios arqueológicos pré-coloniais, denominados sambaquis, e outros monumentos. Os casarões coloniais da épo-
Marco Yamin / Sectur Ilhabela
Aurelio Rufo / Sectur Ilhabela
mentos, é necessário ter pessoas preparadas para receber bem o turista. Nesse sentido, cabe destacar os diversos cursos promovidos visando o empresariado local e o que Ilhabela tem de mais autêntico: a cultura caiçara. Há investimentos na qualificação dos moradores das comunidades para a gestão de pequenos empreendimentos ao atendimento ao cliente, contribuindo assim para o empoderamento dos que vivem nas comunidades para estarem a frente dos seus negócios.
ca do engenho têm alta representatividade e compõem roteiros turísticos pela cidade. Já na beira das praias, naufrágios como o do Príncipe de Astúrias, o “Titanic Brasileiro”, inspiram histórias que ganharam o Brasil. O RETORNO DOS CRUZEIROS As águas que banham o arquipélago se apresentam como outro atrativo para os visitantes, mas não apenas para a prática de atividades e sim para navegar a bordo de navios de cruzeiro. O destino, que já teve 156 escalas de cruzeiros nos tempos áureos, voltou a crescer e poderá receber até 70 escalas na próxima temporada. Essa alta se dá, principalmente, pela construção de três novos píeres, que ajudarão a comportar o novíssimo MSC Seaview, que fará sua estreia nos próximos meses carregando cerca de 5,3 mil cruzeiristas por viagem. O retorno dos cruzeiros a Ilhabela representa, também, a oportunidade de incremento no crescimento turístico. O ganho é geral, desde os negócios locais a uma maior exposição de mídia, o que causa a necessidade por mais capacitação aos profissionais que atuam no local para manter o nível de excelência no atendimento ao turista, seja ele doméstico ou internacional. Ainda que a temporada de cruzeiros tenha duração de novembro a abril, a cidade se desdobra para agregar eventos atrativos durante o ano todo, somando mais de 100 acontecimentos ao longo do calendário. A Semana de Vela, por exemplo, reuniu também no Race Village velejadores, turistas e comunidade local para exposições, desfiles, regatas, palestras com personalidades do esporte como Amyr Klink e Luigi Cani e shows como Os Paralamas do Sucesso e Gabriel O Pensador. PANROTAS POWER LIST 2018
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LOCADORAS EM AÇÃO
As locadoras Avis, Budget, Dollar, Hertz e Thrifty se uniram em prol da campanha Futuro do Rent a Car, promovida pela Mobility. Ao todo foram cinco meses de muito conhecimento, diversos quizzes e mais de mil agentes de viagens participantes, concorrendo a uma viagem ao berço da tecnologia mundial, o Vale do Silício. O embarque dos seis vencedores, incluindo um colaborador da Mobility, está marcado para o próximo dia 28 de setembro. De acordo com o CEO da Mobility, Oskar Kedor, a campanha faz parte da estratégia de negócios da marca. “Um bom atendimento começa no conhecimento. Ter domínio do assunto que estamos falando é primordial para orientar o cliente da pré a pós-viagem. Por isso, decidimos reunir as principais marcas do setor de locação de carros para oferecer aprimoramento profissional aos participantes, sem sair de casa”, declarou. A vencedora foi a agente Fernanda Rabner, da Agência Tangerina, que exaltou a ação como uma maneira de acrescentar conhecimento. “Quanto mais me inteirava e estudava sobre o assunto, compartilhava com os clientes sobre as novas formas de transportes, como carros voadores e elétricos e compartilhamento de veículos. Nós da Tangerina temos como missão encantar nossos clientes e proporcionar experiências únicas. Estamos animados com as novidades que já existem e ansiosos pela chegada do futuro”, afirmou. O sucesso do Futuro do Rent a Car também foi refletido
em números com um aumento de 47% nas locações da Mobility. “Para nós, da Avis Budget, ações como está são muito importantes. Essa oportunidade nos permitiu crescer em vendas e consolidar, ainda mais, as nossas marcas no setor. Acredito que os resultados são reflexo do ótimo engajamento que as agências de viagens têm com a Mobility, e estamos certos de que novas parcerias ainda estão por vir”, disse a gerente Internacional de Vendas da Avis Budget Group, Paola Roberta Belon. As outras parceiras, Hertz, Dollar e Thrifty, também comemoraram o sucesso da ação. “A Mobility atingiu sua maioridade no ano em que a Hertz completa seu centenário, momento perfeito para uma campanha inteligente e com benefícios para ambas as empresas”, explicou o gerente Comercial da SG Agente Geral do Grupo Hertz, Rodrigo Pereira. A VIAGEM Os agentes premiados viajarão ao Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos, por sete dias. A proposta é trazer um novo olhar e percepção não apenas sobre o universo de negócios, mas também no setor do Turismo, otimizando o conhecimento de tecnologia para o dia a dia dos profissionais. No roteiro da viagem consta que os vencedores visitarão as instalações do Facebook HQ, Googleplex, Intel Museum, Apple Park, além de um jantar no Fog Harbor Fish House e uma reunião exclusiva na Puente Labs. PANROTAS POWER LIST 2018
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AS MELHORES PRAIAS Ao longo dos 56 quilômetros de areia branca, você encontra tudo o que é necessário para aproveitar as melhores férias em St. Pete Clearwater, na Flórida. As praias, eleitas as melhores dos Estados Unidos pelo Tripadvisor, são apenas o primeiro atrativo do destino, de Clearwater Beach, onde o Pier 60 se destaca como um lugar magnífico para assistir ao pôr do sol, a Shell Key.
HONEYMOON STATE Ao norte de St. Pete, a bela ilhota Honeymoon Island State Park é perfeita para atividades ao ar livre, seja para quem quer nadar, caminhar, andar de bicicleta ou simplesmente relaxar. As areias dog friendly atraem milhares de visitantes que querem passear com seus cães pela praia. CALADESI ISLAND STATE Uma vez que o Caladesi Island State Park é acessível apenas de barco pela Honeymoon Island, alugar um caiaque para remar até essa praia é comum aos turistas em St. Pete. Leve cadeiras de praia e faça um belo piquenique, ou, se preferir, alugue uma cabana à beira da areia e aproveite a vista para o Golfo do México. CLEARWATER BEACH A principal praia do destino, eleita uma das sete melhores do mundo, em 2018, pelo Tripadvisor, Clearwater Beach atrai visitantes do mundo inteiro. As largas faixas de areia se unem às águas cristalinas, povoadas de surfistas, e à 142 142.indd 142
ampla oferta de bares e lojas no Beach Walk. Ao fim do dia, desfrute o belo pôr do sol no Pier 60. SAND KEY Em caso de preferir um local mais tranquilo e romântico, Sand Key Park é o local ideal. Bem próxima a Clearwater Beach, essa praia conta com diversas trilhas pelo parque do condado, além de pavilhões para piquenique e casas de banho. Aos interessados, caminhar pelo calçadão através de um pântano salgado e terminar a manhã coletando conchas ao longo da costa é outra opção de roteiro calmo para explorar a dois ou junto à família. NORTH REDINGTON BEACH & REDINGTON SHORES Que tal pegar a vara de pescar, um lanche rápido e passar a tarde no píer de North Redington Beach? Uma ótima opção aos postulantes a pescador, o local ainda conta com aluguel de varas e iscas disponíveis para facilitar a experiência ao longo dos 365 metros de comprimento do píer. SHELL KEY, FORT DE SOTO PARK E EGMONT KEY Um dos parques mais populares de St. Pete se estende por cinco ilhas. Lá, as belezas naturais do Fort De Soto, com vistas da impressionante ponte Sunshine Skyway, se juntam a atividades aquáticas como surfe e stand up paddle em Shell Key. Já em Egmont Key, tenha a chance de realizar mergulhos com snorkel e apreciar a vida marinha do local. www.VisitStPeteClearwater.com/br.n
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HOSPEDAGEM ARTÍSTICA Com exposições e coleções de arte incorporadas no design interior, aulas de pintura, música ao vivo, acesso especial a museus e outros benefícios artísticos, um número crescente de hotéis focados em arte pela Flórida proporcionam estadas criativas para os turistas. Confira, abaixo, cinco opções de hotéis que investem na programação de artes como diferencial aos hóspedes.
como Adam Russel e John Martini. O resort colabora com os estúdios de Key West em um programa de arte que conta com pintura à beira da piscina e aulas de desenho com artistas visitantes. Música ao vivo e sessões de cinema na piscina também fazem parte da experiência neste hotel, com 96 quartos disponíveis.
CASA MONICA RESORT & SPA, ST. AUGUSTINE Um hotel que tem sua própria galeria de arte Grand Bohemian no lobby merece destaque quando o assunto é hospedagem artística. Inaugurado em 1888, o Casa Monica Resort & Spa, um dos hotéis mais antigos dos Estados Unidos, possui uma eclética coleção de arte com mais de 100 pinturas contemporâneas, arte em vidro, joias e cerâmicas. O resort de 138 quartos sedia exposições e recepções de artistas, enquanto o lounge apresenta jazz ao vivo e música soul.
ALOFT, SARASOTA O novo e badalado hotel de Downtown Sarasota mira nos jovens hóspedes. Internet wi-fi de alta velocidade gratuita, um bar com comida rápida e a aceitação a pets são os destaques do empreendimento, que também investe em arte. Ao longo dos dez andares, a parceria com a faculdade de arte da cidade, Rigling College of Art and Design, leva obras dos estudantes às paredes do local. Arte e mensagens também são projetadas à noite no muro do jardim externo, enquanto bandas locais tocam no bar do lobby.
LE MÉRIDIEN, TAMPA Localizado no distrito de artes e entretenimento do centro da cidade de Tampa, o Le Méridien é a representação da arte. O hotel butique de 130 quartos é sediado onde, antigamente, já operou o tribunal federal Beaux-Arts, com mais de 100 anos de idade. Além de se hospedar em um marco histórico, os hóspedes contam com entrada gratuita ao Museu de Arte de Tampa, que fica a quatro quadras de distância. MARKER RESORT, KEY WEST Único hotel construído nos últimos 20 anos em Old Town, o Marker Resort exibe esculturas fantásticas de artistas locais, 144 144.indd 144
THE SAGAMORE HOTEL, MIAMI BEACH Apelidado como “Hotel de Arte”, o The Sagamore Hotel, em South Beach, foi inaugurado um ano antes do início da famosa feira Art Basel Miami Beach. O local, que já foi cenário para a famosa série de nu artístico do fotógrafo Spencer Tunick, também conta com uma ousada coleção de pinturas, esculturas e fotografias modernas espalhadas pelos ambientes comuns. Se hospedar nesse hotel é como passar a noite em uma galeria particular no coração do mais sofisticado cenário de arte de Miami.
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AVENTURA GASTRONÔMICA Além das inúmeras opções de lojas que integram o Aventura Mall, em Miami (EUA), novas alternativas gastronômicas têm ganhado espaço no shopping. As mais recentes novidades são os restaurantes Chipotle Mexican Grill e o Little Brittany Crêperie, que dão um toque mexicano e francês, respectivamente, ao Treats Food Hall, a praça de alimentação do local. Os tradicionais burritos, tacos, bowls e saladas são a especialidade do Chipotle Mexican Grill, que investe na alta qualidade dos ingredientes para oferecer uma experiência gastronômica mexicana de primeira. Mesmo assim, mantém o modelo de serviço fast-food, apostando em uma entrega rápida e simples, pensando na satisfação dos clientes. A creperia Little Brittany Crêperie leva os famosos crepes franceses a Miami. São opções salgadas e doces, além de sucos naturais, café, waffles e outros produtos de confeitaria com um toque especial inspirado na região de Brittany, na França. Outra inauguração recente do Aventura Mall foi o Joe & The Juice, que conta com um ambiente que une modernidade ao estilo hippie em um bar de sucos natu146 146.indd 146
rais e cafés. Os clientes ainda podem degustar deliciosos milk-shakes e sanduíches, sempre preparados com ingredientes orgânicos. Já no Holi Vegan Kitchen, o público vegano conta com uma experiência holística de refeições, drinques e sobremesas da mais alta qualidade e sem ingredientes de origem animal. O Treats Food Hall ainda conta com restaurantes como Shake Shack, Zuuk Mediterranean Kitchen, My Ceviche, Poke 305, Figs + Mozzarella by Todd English, Luke’s Lobster e muitos outros. O objetivo é atender a todos os públicos com refeições de verdade. Da mesma maneira, o The Little Beet investe em alternativas sem glúten, seguindo a tendência de uma gastronomia mais saudável. O Aventura Mall ainda prepara mais novidades gastronômicas para os visitantes. Em breve, um Bar Crème, especializado em sorvetes no estilo francês, e um Aubi & Ramsa, marca local de Miami que aposta em uma mistura única entre sorvetes e bebidas alcóolicas, também deverão ser inaugurados nas instalações do shopping.
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